fichamento como chegar ao sim

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  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA UNIVALICENTRO DE CINCIAS JURDICAS E SOCIAISDISCIPLINA: MTODOS DE SOLUO DE CONFLITOSPROFESSORA: MRCIA SARUBBI10 PERODO B NOTURNO

    FICHA DESTAQUE DE OBRA CIENTFICA

    1 NOME COMPLETO DO AUTOR DO FICHAMENTO

    Maria Eduarda de Souza Ignacio Duarte da Silva

    2 OBRA EM FICHAMENTO

    FISHER, Roger; RIBEIRO, Vera; BORGES, Ana Luiza; URY, William;PATTON, Bruce. Como chegar ao sim: negociao de acordos semconcesses. 2. ed. rev.e ampl. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 2005.

    3 ESPECIFICAO DO REFERENTE UTILIZADO

    Destacar na obra em fichamento as proposies que a critrio do fichador so

    essenciais para a compreenso do mtodo de negociao de Harvard.

    4 DESTAQUES CONFORME O REFERENTE:

    4.1 Cada um dos lados toma uma posio, defende-a e faz concesses parachegar a uma soluo de compromisso. (p. 21)

    4.2 Qualquer mtodo de negociao pode ser julgado imparcialmente por trs

    critrios: deve produzir um acordo sensato, se houver possibilidade de acordo;

    deve ser eficiente, e deve aprimorar, ou, pelo menos, no prejudicar o

    relacionamento entre as partes. (p. 22)

    4.3 Quanto mais voc esclarece sua posio e a defende dos ataques, mais

    se compromete com ela. (...) Seu ego se identifica com sua posio. (p. 22)

    4.4 medida que se presta maior ateno s posies, menos ateno

    voltada para o atendimento dos interesses subjacentes das partes. O acordo

    torna-se menos provvel. (p. 23)

    4.5 Na barganha posicional, voc procura aumentar a probabilidade de quequalquer acordo atingido lhe seja favorvel, comeando numa posio

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    extremada, aferrando-se obstinadamente a ela, iludindo a outra parte quanto as

    suas verdadeiras opinies e fazendo pequenas concesses apenas na medida

    necessria para manter a negociao em andamento. (pp. 23 e 24)

    4.6 Quando cada deciso envolve no apenas ceder ao outro lado, mas tendetambm a gerar presso para que se ceda ainda mais, o negociador tem

    poucos incentivos para apressar-se. (p. 24)

    4.7 A barganha posicional converte-se numa disputa de vontades. (...) Assim,

    a barganha posicional tensiona e, por vezes, destri o relacionamento entre as

    partes. (p. 24)

    4.8 Quanto maior o nmero de pessoas envolvidas numa negociao, maisgraves os inconvenientes da barganha posicional. (p. 25)

    4.9 As concesses recprocas so difceis: a quem se deve fazer uma

    concesso? (p. 25)

    4.10 Assim, esperam evit-lo adotando um estilo de negociao mais gentil.

    Em vez de encararem o outro lado como um adversrio, preferem v-lo como

    um amigo. (p. 25)

    4.11 No jogo da negociao afvel, as medidas-padro consistem em fazer

    ofertas e concesses, confiar no lado oposto, ser amistoso e ceder conforme a

    necessidade para evitar a confrontao. (p. 25)

    4.12 medida que cada uma das partes concorre com a outra para ser mais

    generosa e mais franca, o acordo torna-se altamente provvel. (p. 26)

    4.13Entretanto, qualquer negociao primordialmente voltada para orelacionamento corre o risco de produzir acordos malfeitos. (p. 26)

    4.14 O jogo da negociao transcorre em dois nveis. Num deles, a

    negociao diz respeito substncia; no outro, concentra-se no procedimento

    para lidar com a substncia. (p. 26)

    4.15 Esse mtodo, chamado negociao baseada em princpios ou

    negociao dos mritos, pode ser resumido em quatro pontos fundamentais.

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    (...) definem um mtodo direto de negociao que pode ser usado em quase

    qualquer circunstncia. (p. 28)

    4.16 O primeiro ponto responde ao fato de que os seres humanos no so

    computadores. (...) Em termos figurados, seno literais, os participantes devemchegar a perceber-se como trabalho lado a lado, atacando o problema e no

    uns aos outros. (p. 28)

    4.17 O segundo ponto destina-se a superar o inconveniente de concentrar-se

    nas posies declaradas das pessoas, quando o objetivo da negociao

    satisfazer seus interesses subjacentes. A posio na negociao

    frequentemente obscurece o que realmente se quer. (p. 29)

    4.18 O terceiro ponto concerne dificuldade de conceber solues timas

    enquanto se est sob presso. Tentar decidir na presena de um adversrio

    algo que estreita a viso. (...) antes de tentar chegar a um acordo, invente

    opes de benefcios mtuos. (p. 29)

    4.19 Isso no significa insistir em que os termos se baseiam no padro

    escolhido por voc, mas sim em que algum padro razovel como o valor de

    mercado, a opinio especializada, os costumes ou a lei determine oresultado. Ao discutir esses critrios, em vez de o que as partes esto ou no

    dispostas a fazer, nenhum dos lados precisa ceder ao outro; ambos podem

    acatar uma soluo justa. Da o quarto ponto bsico: insista em critrios

    objetivos. (p. 29)

    4.20 As quatro proposies fundamentais da negociao baseada em

    princpios so importantes desde o momento em que se comea a pensar na

    negociao at o momento em que se chega a um acordo, ou em que se

    decide interromper o esforo. Esse perodo pode ser dividido em trs etapas:

    anlise, planejamento e discusso. (p. 31)

    4.21 Durante a fase de anlise voc simplesmente tenta diagnosticar a

    situao. (...) Tambm no estgio de discusso, quando as partes se

    comunicam entre si em busca de um acordo, os mesmos quatro elementos so

    os melhores temas de discusso. (...) Em suma, em contraste com a barganhaposicional, o mtodo da negociao baseada em princpios, concentrando-se

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    nos interesses bsicos, nas opes mutuamente satisfatrias e em padres

    imparciais, resulta, tipicamente, em acordos sensatos. (p. 31)

    4.22 Todos sabem como difcil lidar com um problema sem que as pessoas

    se interpretem mal, zanguem-se ou fiquem irritadas e tomem as coisas emtermos pessoais. (p. 35)

    4.23 Esse aspecto humano da negociao pode ser til ou desastroso. (...) Os

    mal-entendidos reforam o preconceito e levam a reaes que produzem

    reaes contrrias, num crculo vicioso; a investigao racional das solues

    possveis torna-se invivel e a negociao fracassa. (p. 37)

    4.24 Todo negociador quer chegar a um acordo que satisfaa seus interessessubstantivos. (...) A maioria das negociaes ocorre no contexto de um

    relacionamento contnuo em que importante conduzir cada negociao de

    maneira que ajude, e no prejudique as relaes futuras e as futuras

    negociaes. (p. 38)

    4.25 Uma conseqncia fundamental do problema das pessoas na

    negociao que o relacionamento entre as partes tende a confundir-se com

    suas discusses da substncia. Tanto do lado que d como do lado querecebe, tendemos a tratar as pessoas e o problema como se fossem uma

    entidade nica. (p. 38)

    4.26 Estruturar uma negociao como uma disputa de vontades em torno de

    posies agrava o processo de emaranhamento. (...) A barganha posicional

    lida com os interesses do negociador, tanto pelas substncias como pelo bom

    relacionamento, colocando um contra o outro. (p. 39)

    4.27 Fundamente a relao em percepes exatas, comunicao clara,

    emoes apropriadas e numa viso deliberada e voltada para o futuro. (p. 39)

    4.28 Compreender o pensamento da outra parte no meramente uma

    atividade til que ir ajud-lo a solucionar seu problema. O pensamento do

    outro lado o problema. (...) Em ltima instncia, porm, o conflito no est na

    realidade objetiva, e sim na mente das pessoas. (p. 40)

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    4.29 Por mais til que seja buscar a realidade objetiva, a realidade tal como

    cada lado a v que, em ltima instncia, constitui o problema de uma

    negociao e abre caminho para uma soluo. (p. 41)

    4.30 O modo como voc v o mundo depende do lugar onde voc seencontra. As pessoas tendem a ver aquilo que querem ver. (...) No basta

    saber que eles vem as coisas de maneira diferente. Se voc quiser influenci-

    los, precisar tambm compreender empaticamente o poder do ponto de vista

    deles e sentir a fora emocional com que acreditam nele. (p. 41)

    4.31 No deduza as intenes do outro a partir de seus prprios medos. As

    pessoas tendem a pressupor que o que quer que temam o que o outro lado

    pretende fazer. (...) extremamente fcil incorrer no hbito de atribuir a pior

    das interpretaes ao que o outro lado diz ou faz. (p. 43)

    4.32 No culpe o outro por seu problema. (...) ainda que a atribuio da culpa

    seja justificada, ela geralmente contraproducente. Colocando sob ataque, o

    outro lado torna-se defensivo e resiste ao que voc tem a dizer. (p. 43)

    4.33 Uma das formas de lidar com percepes diferentes consiste em

    explicit-las e discuti-las com o outro lado. (p. 44)

    4.34 Talvez a melhor maneira de mudar as percepes de outrem consista em

    enviar-lhes uma mensagem diferente da que esperam. (p. 45)

    4.35 Se no for envolvido no processo, muito pouco provvel que o outro

    aprove o produto. (...) Quando voc quer que o outro lado aceite uma

    concluso desagradvel, crucial que o envolva no processo de chegar a essa

    concluso. (p. 45)

    4.36 Mesmo que os termos de um acordo paream favorveis, o outro lado

    pode rejeita-los simplesmente por uma desconfiana nascida de sua excluso

    do processo de preparo. O acordo torna-se mais fcil quando ambas as partes

    sentem-se donas da idia. Todo o processo de negociao se fortalece

    medida que cada lado imprime sua marca, passo a passo, numa soluo que

    desenvolvida. (p. 46)

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    4.37 Salvar as aparncias reflete a necessidade que uma pessoa tem de

    conciliar a postura que assuma numa negociao ou num acordo com seus

    princpios e com suas afirmaes e aes passadas. (p. 47)

    4.38 As emoes de um lado geram emoes no outro. (p. 48)

    4.39 Transformar seu sentimento ou o deles num foco explcito de discusso

    no apenas sublinhar a gravidade do problema, como tambm tornar as

    negociaes menos reativas e mais proativas. (p. 49)

    4.40 Muitas vezes, um modo eficaz de lidar com a raiva, a frustrao e outras

    emoes negativas das pessoas consiste em ajuda-las a liberarem esses

    sentimentos. (...) O desabafo pode tornar mais fcil falar racionalmente maistarde. (...) Desse modo voc d pouco apoio substncia inflamada, oferece

    ao orador todo o incentivo para que se expresse livremente, e deixa pouco ou

    nenhum resduo que possa causar exasperao. (p. 49)

    4.41 A liberao de emoes pode revelar-se arriscada se levar a uma reao

    emocional. (p. 50)

    4.42 Use gestos simblicos. (...) Os atos capazes de produzir um impacto

    emocional construtivo num dos lados frequentemente envolvem pouco ou

    nenhum nus para o outro. (p. 50)

    4.43 A negociao um processo de comunicao bilateral com o objetivo de

    se chegar a uma deciso conjunta. (p. 50)

    4.44 H trs grandes problemas na comunicao. Primeiro, os negociadores

    podem no falar um com o outro, ou, pelo menos, no de maneira a serem

    entendidos. (...) Mesmo quando se fala direta e claramente com o outro, talvez

    ele no escute. Esse constitui o segundo problema da comunicao. (...) O

    terceiro problema da comunicao so os mal-entendidos. (p. 51)

    4.45 Escutar permite que voc compreenda as percepes do outro, sinta

    suas emoes e oua o que ele est tentando dizer. (...) As tcnicas

    padronizadas da boa escuta consistem em prestar estreita ateno ao que

    dito, pedir outra parte que explicite com cuidado e clareza exatamente o quepretende dizer, e pedir que as ideais sejam repetidas quando houver qualquer

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    ambigidade ou incerteza. Ao escutar, faa com que sua tarefa seja no a de

    formular mentalmente uma resposta, mas sim a de compreender o outro tal

    como ele se v. Leve em conta as percepes, necessidades e limitaes

    dele. (p. 52)

    4.46 Compreender no significa concordar. (p. 53)

    4.47 Em muitas negociaes, cada uma das partes explica e condena

    longamente as motivaes e inteno da outra. mais convincente, porm,

    descrever um problema em termos de seu impacto sobre voc do que em

    termos do que o outro fez ou por qu. (p. 54)

    4.48 Por vezes, o problema no a falta de comunicao, mas a comunicaoexcessiva. Quando a raiva e as percepes errneas so intensas, h alguns

    pensamentos que melhor no verbalizar. Em outras ocasies, a revelao

    total de sua flexibilidade pode tornar mais difcil a obteno de um acordo. (p.

    54)

    4.49 (...) o melhor momento de lidar com os problemas das pessoas antes

    de eles se tornarem problemas pessoais. (p. 55)

    4.50 Conhecer pessoalmente o outro lado algo que realmente ajuda. muito

    mais fcil atribuir intenes diablicas a uma abstrao desconhecida,

    chamada o outro lado, do que a algum com quem voc conhea

    pessoalmente. (p. 55)

    4.51 A tcnica favorita de Benjamin Franklin consistia em perguntar a seus

    adversrios se poderiam emprestar-lhes determinado livro. Isso envaidecia as

    pessoas e lhes dava a sensao confortvel de saberem que Franklin lhesdevia um favor. (p. 55)

    4.52 Quando os negociadores se encaram como adversrios num confronto

    pessoal cara a cara, difcil separar seu relacionamento do problema

    substantivo. Nesse contexto, o que quer que um negociador diga sobre o

    problema parecer pessoalmente dirigido ao outro e assim ser recebido. Cada

    um dos lados tender a tornar-se defensivo e reativo e a ignorar por completo

    os interesses legtimos da outra parte. (p. 56)

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    4.53 Separar as pessoas do problema no algo que se possa fazer uma s

    vez e depois esquecer; preciso continuar a trabalhar nesse sentido. A

    abordagem bsica consiste em lidar com as pessoas como seres humanos e

    com o problema segundo seus mritos. (p. 57)

    4.54 Para chegar a uma soluo sensata, concilie interesses e no posies.

    (...) Uma vez que o problema das partes parece ser um conflito de posies e

    j que a meta de ambas concordar quanto a uma posio, elas tendem

    naturalmente a pensar e a falar sobre posies e, nesse processo, chegam

    freqentemente a um impasse. (p. 58)

    4.55 Os interesses motivam as pessoas; so eles os motores silenciosos por

    trs da algazarra de posies. (p. 59)

    4.56 O exame de seus interesses, e no de suas posies, tornou possvel

    elaborar uma soluo. (p. 59)

    4.57 A conciliao de interesses, em vez do compromisso entre posies,

    funciona tambm porque, por trs das posies opostas, h muito mais

    interesse em comum do que conflitantes. (p. 60)

    4.58 Em muitas negociaes, contudo, um exame criterioso dos interesses

    subjacentes revela a existncia de um nmero muito maior de interesses

    comuns ou compatveis do que de interesses opostos. (p. 60)

    4.59 Muitas vezes, o acordo se torna possvel precisamente porque os

    interesses diferem. (p. 61)

    4.60 Pergunte por qu. Uma tcnica bsica consiste em colocar-se no lugar

    do outro. Examine cada posio que ele assumir e pergunte a si mesmo: Por

    qu? (p. 62)

    4.61 Pergunte por que no?. Pensa na escolha do outro. Uma das maneiras

    mais teis de desvendar os interesses consiste, primeiramente, em identificar a

    deciso bsica que as pessoas do outro lado provavelmente acham que voc

    est pedindo, e ento perguntar a si prprio por que elas no tomaram tal

    deciso. (p. 62)

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    4.62 Agora, analise as conseqncias, tal como o outro lado provavelmente os

    veria, de eles concordarem ou se recusarem a tomar a deciso que voc est

    solicitando. (p. 65)

    4.63 Aperceba-se de que cada lado tem interesses mltiplos. Em quase todasas negociaes, cada uma das partes tem muitos interesses e no apenas

    um. (p. 65)

    4.64 Um erro comum no diagnstico de um situao de negociao consiste

    em supor que cada uma das pessoas do outro lado tem os mesmos interesses.

    Isso quase nunca acontece. (p. 66)

    4.65 Pensar na negociao como um assunto de duas pessoas e dois ladospode ser esclarecedor, mas no deve cegar-nos para a presena corriqueira de

    outras pessoas, outros lados e outras influncias. (p. 66)

    4.66 Os interesses mais poderosos so as necessidades humanas bsicas.

    Ao buscar os interesses bsicos por trs de uma posio declarada, procure

    particularmente os interesses fundamentais que motivam todas as pessoas.

    (p. 66)

    4.67 As necessidades humanas bsicas incluem: segurana; bem-estar

    econmico; um sentimento de pertena; reconhecimento; e controle sobre a

    prpria vida. (p. 67)

    4.68 Por mais fundamentais que sejam, as necessidades humanas bsicas

    so fceis de ignorar. Em muitas negociaes, tendemos a pensar que o nico

    interesse envolvido o dinheiro. (p. 67)

    4.69 O que se aplica aos indivduos aplica-se igualmente aos grupos e

    naes. As negociaes no tendem a progredir muito enquanto um dos lados

    acha que a satisfao de suas necessidades humanas bsicas est sendo

    ameaada pelo outro. (p. 67)

    4.70 Faa uma lista. Para discriminar os vrios interesses de cada lado,

    convm escreve-los medida que eles lhe ocorrerem. (p. 68)

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    4.71 A finalidade de negociar consiste em atender a seus interesses. A

    probabilidade de que isso acontea aumenta quando voc os comunica. O

    outro lado pode no saber quais so seus interesses, e talvez voc no

    conhea. (p. 68)

    4.72 sua tarefa fazer com que o outro lado compreenda exatamente quo

    importantes e legtimos so seus interesses. (p. 69)

    4.73 Seja especfico. Os detalhes concretos no s do credibilidade a sua

    descrio, como tambm acrescentam impacto. (p. 69)

    4.74 Parte da tarefa de convencer o outro lado de seus interesses consiste em

    estabelecer a legitimidade desses interesses. preciso fazer o outro sentir quevoc no o est atacando pessoalmente, mas sim que o problema que voc

    est enfrentando exige legitimamente ateno. (p. 69)

    4.75 Reconhea os interesses do outro como parte do problema. Cada um de

    ns tende a preocupar-se tanto com seus prprios interesses que presta muito

    pouca ateno aos interesses de outrem. As pessoas ouvem melhor quando

    sentem que voc as compreende. (p. 69)

    4.76 Coloque o problema antes de oferecer sua soluo. (...) Se voc quer que

    algum escute e compreenda seu raciocnio, fornea primeiro seus interesses

    e razoes e, mais tarde, suas concluses ou propostas. (p. 70)

    4.77 Olhe para frente e no para trs. (...) Se voc perguntar a duas pessoas

    por que elas esto discutindo, a resposta identificar tipicamente uma causa, e

    no uma finalidade. (pp. 70 e 71)

    4.78 A pergunta Por qu? tem dois sentidos bem diferentes. Um deles volta-

    se para trs em busca de uma causa e trata nosso comportamento como

    sendo determinado por acontecimentos anteriores. O outro olha para adiante

    em busca de uma finalidade e trata nosso comportamento como estando

    sujeito a nosso livre arbtrio. No precisamos entrar num debate filosfico entre

    o livre arbtrio e o determinismo para decidir como agir. Ou bem temos livre

    arbtrio, ou est determinado que nos comportemos como se tivssemos.

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    Qualquer que seja o caso, fazemos opes. Podemos optar por olhar para trs

    ou para frente. (p. 71)

    4.79 Seja objetivo, mas flexvel. Numa negociao, voc precisa saber onde

    quer chegar, mas permanecer aberto s idias novas. (p. 71)

    4.80 Seja rigoroso com o problema e afvel com as pessoas. (...) De fato,

    geralmente aconselhvel ser rigoroso. Pode no ser sensato comprometer-se

    com sua posio, mas sensato comprometer-se com seus interesses. (p. 72)

    4.81 Com freqncia, as solues mais sbias as que produzem o mximo

    de lucro para voc com um mnimo de nus para o outro lado s so geradas

    atravs da defesa firme de seus interesses. (p. 72)

    4.82 No deixe que seu desejo de ser conciliador impea de fazer justia a

    seu problema. (p. 73)

    4.83 Uma regra emprica til consiste em dar aos seres humanos do outro lado

    um apoio positivo de intensidade igual ao vigor com que voc enfatiza o

    problema. (p. 73)

    4.84 Por mais valioso que seja contar com muitas opes, as pessoasenvolvidas numa negociao raramente sentem necessidade delas. Numa

    disputa, as pessoas costumam acreditar que sabem a resposta certa. (...) Na

    maioria das negociaes, h quatro obstculos fundamentais que inibem a

    inveno de uma multiplicidade de opes: (1) o julgamento prematuro; (2) a

    busca de uma resposta nica; (3) a pressuposio de um bolo fixo; e (4) pensar

    que resolver o problema deles problema deles. (p. 76)

    4.85 Para inventar opes criativa, portanto voc precisa (1) separar o ato de

    inventar opes do ato de julga-las; (2) ampliar as opes sobre a mesa, em

    vez de buscar uma resposta nica; (3) buscar benefcios mtuos; e (4) inventar

    meios de facilitar as decises do outro. (p. 79)

    4.86 Visto que o julgamento obstrui a imaginao, separe o ato criativo do ato

    crtico; separe o processo de conceber solues possveis do processo de

    fazer uma seleo entre elas. Invente primeiro, decida depois. (p. 79)

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    4.87 Antes da sesso de sugestes livres: 1. Defina seu objetivo; 2. Escolha

    alguns participantes; 3. Mude o ambiente; 4. Planeje uma atmosfera informal;

    5. Escolha primeiro um facilitador. (p. 80)

    4.88 Durante a sesso de sugestes livres: 1. Faa com que os participantessentem-se lado a lado, enfrentando o problema; 2. Esclarea as regras

    bsicas, inclusive a regra da ausncia de crtica; 3. Faa as sugestes livres; 4.

    Registre as idias vista de todos. (p. 81)

    4.89 Depois da sesso de sugestes livres: 1. Assinale as idias mais

    promissoras; 2. Invente aperfeioamentos para idias promissoras; 3. Estipule

    um prazo para avaliar as ideais e discutir. (p. 81)

    4.90 Invente acordos de pesos diferentes. Voc pode multiplicar o nmero de

    acordos possveis a serem postos na mesa se pensar em verses mais leves

    que gostaria de ter mo caso o acordo buscado venha a revelar-se

    inatingvel. (p. 88)

    4.91 Modifique o alcance do acordo proposto. Considere a possibilidade de

    variar no apenas o peso do acordo, mas tambm seu alcance. (p. 88)

    4.92 O terceiro grande obstculo resoluo criativa de problemas a

    suposio de um bolo fixo: quanto menos para voc, mais para mim.

    Raramente ou nunca essa suposio verdadeira. Antes de mais nada, os

    dois lados sempre poderiam ficar em situao pior do que esto agora. (p. 89)

    4.93 Identifique os interesses comuns. Na teoria, bvio que os interesses

    comuns contribuem para produzir acordos. (p. 89)

    4.94 Vale a pena relembrar trs aspectos acerca dos interesses comuns.

    Primeiro, os interesses comuns esto latentes em toda a negociao. Mas

    podem no ser imediatamente evidentes. (p. 91)

    4.95 Segundo, os interesses comuns so oportunidades, e no ddivas

    divinas. Para que sejam teis, preciso deduzir algo a partir deles.

    conveniente explicitar o interesse comum e formul-lo como uma meta

    comum. (p. 91)

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    4.96 Terceiro, enfatizar seus interesses comuns torna a negociao mais

    serena e amistosa. (p. 92)

    4.97 Harmonize os interesses diferentes. (...) O acordo baseia-se

    frequentemente na discordncia. to absurdo pensar, por exemplo, quesempre se deve comear apor chegar a um acordo sobre os fatos, quanto

    absurdo para um comprador de aes tentar convencer o vencedor da

    probabilidade de que ao suba. (p. 92)

    4.98 Em suma, a abordagem consiste em comprometer-se com a chegada a

    uma soluo baseada em princpios, e no presses. Concentre-se nos mritos

    do problema e no no carter das partes. Seja acessvel razo, mas feche-se

    s ameaas. (p. 101)

    4.99 A negociao baseada em princpios produz acordos sensatos amistosa

    e eficientemente. Quanto mais voc aplicar padres de imparcialidade,

    eficincia ou mrito cientfico a seu problema especfico, maior ser sua

    probabilidade de produzir uma soluo final sensata e justa. (p. 101)

    4.100 A aproximao do acordo pela discusso de critrios objetivos reduz

    tambm o nmero de compromissos que cada um dos lados precisa assumir edesfazer ao se encaminhar para o sim. (p. 101)

    4.101 Depois de identificar alguns critrios e procedimentos objetivos, como

    fazer para discuti-los com o outro lado? (...) 1. Formule cada questo como

    uma busca conjunta de critrios objetivos; 2. Pondere e permanea aberto s

    reflexes sobre quais so os padres mais apropriados e como devem ser

    aplicados; 3. Jamais ceda presso, mas to somente aos princpios. (...) Em

    suma, concentre-se nos critrios objetivos de maneiras firme, porm flexve l.

    (p. 106)

    4.102 Nenhum mtodo pode garantir sucesso quando a balana pende toda

    para o lado oposto. (p. 117)

    4.103 Em qualquer negociao, h dados de realidade que so difceis de

    alterar. Em resposta ao poder, o mximo que qualquer mtodo de negociao

    pode fazer atender a dois objetivos: primeiro, proteg-lo de fazer um acordo

  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    que voc deveria rejeitar, e, segundo, ajud-lo a extrair o mximo dos recursos

    de que efetivamente dispe, para que qualquer acordo obtido satisfaa seus

    interesses tanto quanto possvel. (p. 117)

    4.104 Comumente, os negociadores tentam proteger-se desse tipo deresultado estabelecendo antecipadamente a pior soluo aceitvel seu piso

    mnimo. (...) Dispor de um piso mnimo facilita a resistncia presso e s

    tentaes do momento. (p. 118)

    4.105 Mas a proteo oferecida pela adoo de um piso mnimo envolve

    elevado nus. Ela limita sua capacidade de beneficiar-se daquilo que voc

    aprende durante a negociao. Por definio, o piso mnimo uma posio

    que no se pretende modificar. Nessa medida, voc ter tapado os ouvidos,

    decidindo antecipadamente que nada que a outra parte diga poder faz-lo

    subir ou descer aquele piso. (pp. 118 e 119)

    4.106 O piso mnimo tambm inibe a imaginao. Reduz o estmulo a inventar

    uma soluo sob medida que conciliaria interesses diferentes de maneira mais

    vantajosa para ambas as partes. Quase todas as negociaes envolvem mais

    de uma varivel. (p. 119)

    4.107 Em suma, embora a adoo de um piso mnimo possa proteg-lo de

    aceitar um acordo muito insatisfatrio, pode tambm impedi-lo de inventar e de

    concordar com uma soluo que seria sbio aceitar. (p. 119)

    4.108 Qual sua MAANA sua Melhor Alternativa Negociao de um

    Acordo? Esse o padro em relao ao qual qualquer proposta de acordo

    dever ser medida. (p. 120)

    4.109 Se voc no tiver pensado cuidadosamente no que far se deixar de

    conseguir um acordo, estar negociando de olhos fechados.(p. 120)

    4.110 Na maioria das circunstncias, porm, o perigo maior voc estar

    comprometido demais para chegar a um acordo. No tendo desenvolvido

    nenhuma alternativa para uma soluo negociada, voc se sentir

    indevidamente pessimista sobre o que acontecer se as negociaes se

    interromperem. (p. 121)

  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    4.111 Embora sua MAANA seja a verdadeira medida pela qual voc deve

    julgar qualquer proposta de acordo, possvel que voc queira um teste

    adicional. Para adverti-lo a tempo de que o contedo de um possvel acordo

    est comeando a correr o risco de ser excessivamente insatisfatrio, convm

    identificar um acordo que esteja longe de ser perfeito mas que seja melhor do

    que sua MAANA. Antes de aceitar qualquer acordo pior do que esse cordo de

    isolamento, faa uma pausa e reexamine a situao. Tal como o piso mnimo,

    o cordo de isolamento serve para limitar a autoridade de um agente. (p. 121)

    4.112 Proteger-se de um acordo ruim uma coisa. Extrair o mximo dos

    recursos de que dispe para produzir um bom acordo outra. (p. 122)

    4.113 De fato, o poder relativo de negociao de duas partes depende,

    primordialmente, de quo atraente para cada uma delas a opo de no

    chegar ao acordo. (p. 122)

    4.114 A vigorosa explorao do que voc far se no chegar a um acordo

    pode fortalecer enormemente sua situao. As alternativas atraentes no esto

    simplesmente sua espera: em geral, preciso desenvolv-las. A gerao de

    possveis MAANAS exige trs operaes distintas: (1) inventar uma lista de

    providncias de que voc poderia tomar caso no chegue a um acordo; (2)

    aperfeioar algumas das idias mais promissoras e convert-las em opes

    prticas; e (3) escolher provisoriamente a opo que se afigura como a

    melhor. (p. 123)

    4.115 A primeira operao a de inventar. (...) O segundo estgio consiste em

    aperfeioar a melhor de suas idias e transformar as mais promissoras dentre

    elas em opes reais. (...) O ltimo passo no desenvolvimento da MAANA selecionar a melhor das opes. (pp. 123 e 124)

    4.116 Depois de empenhar-se nesse esforo, voc conta agora com uma

    MAANA. Julgue todas as ofertas em comparao com ela. Quanto melhor sua

    MAANA, maior sua capacidade de melhorar os termos de qualquer negociao

    de acordo. Saber o que ir fazer se a negociao no levar a um acordo dar-

    lhe- uma confiana adicional no processo de negociao. (p. 124)

  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    4.117 Voc tambm deve pensar nas alternativas s negociaes de acordo

    de que dispe o outro lado. (...) Quanto mais voc puder saber sobre as

    opes do outro, mais estar preparado para negociar. (...) possvel que a

    MAANA do outro seja melhor para ele do que qualquer boa soluo que voc

    possa imaginar. (p. 125)

    4.118 Em outras palavras, se a MAANA do outro for to boa que ele no vir

    nenhuma necessidade de negociar com base nos mritos, considere o que

    voc pode fazer para modific-la. (p. 125)

    4.119 Quando ambos os lados tm MAANAs atraentes, bem possvel que omelhor resultado da negociao para as duas partes seja no chegar a

    nenhum acordo. Nesses casos, a negociao bem-sucedida aquela em que

    voc e o outro lado descobrem, amigvel e eficientemente, que a melhor

    maneira de atender a seus respectivos interesses cada um de vocs voltar-se

    para o outro lugar e no mais tentar chegar a um acordo. (p. 125)

    4.120 Falar em interesses, opes e padres pode ser um jogo habilidoso,

    eficiente e amigvel, mas, e se o outro lado no quiser jogar? (p. 127)

    4.121 H trs abordagens bsicas para focalizar a ateno do outro nos

    mritos. A primeira est centrada no que voc pode fazer. (...) Se isso no

    surtir efeito e o outro continuar a usar a barganha posicional, voc pode

    recorrer a uma segunda estratgia, que est centralizada no que ele pode

    fazer. (...) A terceira abordagem concentra-se no que pode ser feito por um

    terceiro. Se nem a negociao baseada em princpios, nem o jiu-jitsu da

    negociao levarem a outra parte a jogar, considere a incluso de um terceiro,

    treinado para centralizar a discusso nos interesses, opes e critrios. (p.

    127)

    4.122 Se contra-atacar no adianta, o que pode surtir efeito? Como se pode

    impedir o ciclo de ao e reao? No contra-ataque. Quando o outro declarar

    suas posies, no as rejeite. Quando ele atacar suas idias, no as defenda.

    Quando atacar voc, no contra-ataque. Rompa o crculo vicioso recusando-sea reagir. (p. 128)

  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    4.123 Tipicamente, o ataque do outro consiste em trs manobras: declarar

    firmemente uma posio, atacar suas idias e atacar voc. (p. 129)

    4.124 No ataque a posio do outro: olhe por trs dela. Quando o outro lado

    expuser sua posio, no a rejeite nem aceite. Trate-a como uma opopossvel. Procure os interesses por trs dela, busque os princpios que ela

    reflete e pense em meios de aprimor-la. (p. 129)

    4.125 Presuma que cada posio assumida pelo outro uma tentativa

    genuna de abordar os interesses bsicos de cada lado; pergunte-lhe como ele

    acha que tal posio lida com o problema em pauta. Trate a posio dele como

    uma opo, e examine objetivamente a medida em que ela atende aos

    interesses de cada uma das partes, ou como poderia ser aprimorada para faz-

    lo. (p. 129)

    4.126 Busque e discuta os princpios subjacentes s posies do outro lado.

    (p. 129)

    4.127 Para orientar a ateno do outro no sentido de melhorar as opes

    colocadas na mesa, discuta com ele, em termos hipotticos, o que aconteceria

    se uma das posies por ele propostas fosse aceita. (p. 130)

    4.128 No defenda suas idias: pea crticas e conselhos. Muito do tempo das

    negociaes gasto em crticas. Em vez de resistir s crticas do lado oposto,

    solicite-as. Em vez de pedir-lhe que aceite ou rejeite uma idia, pergunte-lhe o

    que h de errado com ela. (p. 130)

    4.129 Outra maneira de canalizar crticas num sentido construtivo inverter a

    situao e pedir a orientao do outro. Pergunte-lhe o que ele faria seestivesse em sua posio. (p. 131)

    4.130 Quando o outro lado o atacar pessoalmente o que frequentemente

    acontece resista tentao de defender-se ou de atac-lo. Em vez disso,

    relaxe e deixe-o desabafar. Oua-o, mostre compreender o que ele est

    dizendo e, quando ele tiver terminado, reformule o ataque feito a voc como

    um ataque ao problema. (p. 131)

  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    4.131 Faa perguntas e espere. As afirmaes geram resistncia, ao passo

    que as perguntas geram respostas. As perguntas permitem que o outro lado

    exponha seus pontos de vista e o leve a entend-los. (p. 132)

    4.132 O silncio uma de suas melhores armas. Se eles fizerem umaproposta absurda ou um ataque que voc considere injustificado, a melhor

    coisa a fazer sentar-se e no dizer uma s palavra. (p. 132)

    4.133 Se voc tiver formulado uma pergunta franca qual o outro tiver

    fornecido uma resposta insuficiente, apenas espere. As pessoas tendem a

    sentir-se pouco vontade com o silncio, especialmente quando tm dvidas

    sobre os mritos de algo que disseram. (p. 132)

    4.134 O silncio muitas vezes cria a impresso de um impasse, que o outro

    lado sente-se compelido a romper, seja respondendo a sua pergunta, seja

    formulando uma nova sugesto. Quando voc fizer perguntas, aguarde. No as

    tire do ar, formulando imediatamente outra pergunta ou tecendo voc mesmo

    um comentrio. Algumas das negociaes mais eficazes que voc pode fazer

    so aquelas em que voc no diz nada. (p. 132)

    4.135 Se voc no conseguir mudar o processo para uma busca de soluocom base nos mritos, talvez um terceiro possa faz-lo. Com maior facilidade

    do que uma das pessoas diretamente envolvidas, o mediador separa as

    pessoas do problema e orienta a discusso para os interesses e opes. Alm

    disso, frequentemente sugere uma base imparcial para a resoluo das

    diferenas.(p. 133)

    4.136 A tcnica do texto nico de grande valia para as negociaes entre

    duas partes envolvendo um mediador. Nas grandes negociaes multilaterais,

    quase essencial. (p. 136)

    4.137 A essncia da negociao baseada em princpios es t em permanecer

    aberto persuaso por fatos e princpios objetivos. Ao tratar cautelosamente

    os fatos objetivos como sendo possivelmente inexatos e pedir Sra. Jones que

    os corrija, Turnbull estabelece um dilogo baseado na razo. Convida-a a

    participar, seja concordando com os fatos tal como apresentados, seja

  • 7/23/2019 FICHAMENTO COMO CHEGAR AO SIM

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    retificando-os. Esse jogo os torna solidrios na tentativa de determinar os fatos.

    O confronto se esvazia. (p. 138)

    4.138 Dar apoio pessoal pessoa do outro lado crucial para separar as

    pessoas do problema separar as questes de relacionamento dos mritossubstantivos. (...) Ademais, o louvor e o apoio implicam que a pessoa

    continuar a merec-los. (p. 139)

    4.139 Turnbull assume uma postura bsica em relao aos princpios e

    anuncia sua inteno de ater-se a ela: s poder ser convencido com base em

    princpios. (p. 139)

    4.140 Em vez de reagir, porm, ele se mantm calmo e reconduz anegociao aos mritos. Esse um bom exemplo do jiu-jitsu da negociao.

    Ele desvia o ataque da Sra. Jones, assumindo a responsabilidade pelas

    percepes errneas dela, e tenta convenc-la de seu interesse sincero nos

    princpios. (p. 140)

    4.141 As afirmaes dos fatos so ameaadoras. Sempre que possvel, faa

    perguntas, em vez de recorrer a elas. (...) Revestir cada informao do carter

    de uma pergunta permite que a Sra. Jones participe, oua informaes, faauma avaliao delas e as aceite ou ratifique. (p. 142)

    4.142 O negociador que se baseia em princpios no aceita nem rejeita as

    posies do outro lado. Para manter o dilogo centrado nos mritos, Turnbull

    questiona a Sra. Jones sobre as razes de sua posio. (p. 143)

    4.143 A negociao baseada em princpios requer uma boa comunicao. (p.

    143)

    4.144 Um bom negociador raramente toma uma deciso importante na mesma

    hora. A presso psicolgica no sentido de ser gentil e fazer concesses

    grande demais. Um pouco de tempo e distancia ajudam a separar as pessoas

    do problema. (p. 144)

    4.145 Na negociao baseada em princpios, voc deve apresentar

    primeiramente todas as suas razoes, antes de fazer uma proposta. Se osprincpios vierem a posteriori, no parecero ser os critrios objetivos a que

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    qualquer proposta dever atender, mas antes meras justificativas para uma

    posio arbitrria. (p. 145)

    4.146 Turnbull no apresenta a proposta como sua, mas antes como uma

    opo razovel que merece a considerao conjunta de ambos. No afirmatratar-se de nica soluo justa, mas de uma soluo razovel. Ele especfico

    sem atrelar-se a uma posio que seja um convite recusa. (p. 145)

    4.147 Quer voc use a negociao baseada em princpios e o jiu-jitsu da

    negociao, como fez Frank Turnbull, ou convoque um terceiro com a tcnica

    do texto nico, a concluso permanece a mesma: geralmente se pode levar o

    outro lado a participar do jogo da negociao baseada em princpios, mesmo

    que, de incio, ele no parea disposto a tanto. (p. 146)

    4.148 H muitas tticas e truques que as pessoas usam para tentar tirar

    proveito de outrem. (p. 148)

    4.149 Ao reconhecer que uma ttica de negociao traioeira est sendo

    usada contra elas, a maioria das pessoas reage de duas maneiras. A primeira

    reao padro consiste em toler-la. desagradvel balanar o andor. Voc

    pode dar ao outro lado o benefcio da dvida, ou zangar-se e prometer a simesmo nunca mais negociar com aquela pessoa. Por ora, voc espera pelo

    melhor e fica calado. A maioria das pessoas reage dessa maneira. (p. 148)

    4.150 A segunda resposta comum consiste em reagir altura. Se o outro

    comear por fazer exigncias ultrajantes, voc comea a fazer ofertas

    ultrajantes. Se se fechar numa dada posio, voc se fecha ainda mais

    firmemente na sua. Ao final, ou uma das partes cede ou, muito frequentemente,

    a negociao interrompida. (p. 149)

    4.151 Existem trs passos na negociao das regras do jogo da negociao

    em que o outro lado parece estar usando uma ttica traioeira: identificar a

    ttica, abordar explicitamente esse problema e questionar a legitimidade e a

    convenincia da ttica negocia-la. (p. 149)

    4.152 No ataque pessoalmente algum por usar uma ttica que voc

    considere ilegtima. (...) Concentre-se nos interesses, no nas posies. (...)

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    Sugira jogos alternativos. (...) Acima de tudo, seja firme quanto aos princpios.

    (p. 150)

    4.153 Como ltimo recurso, recorra a sua MAANA e retire-se. (p. 151)

    4.154 As tticas escusas podem ser divididas em trs categorias: fraude

    deliberada, guerra psicolgica e ttica de presso posicional. (p. 151)

    4.155 Muitas vezes, difcil determinar o que significa negociar com boa-f.

    As pessoas demarcam esse limite em diferentes lugares. Talvez seja til fazer

    a si mesmo perguntas como: ser uma abordagem que eu usaria ao negociar

    com um bom amigo ou com um membro de minha famlia? Se um relato

    completo do que disse fosse publicado nos jornais, ser que eu ficariaembaraado? (p. 161)

    4.156 A barganha posicional fcil, de modo que no admira que as pessoas

    a faam com frequencia. No requer um preparo, compreendida

    universalmente (s vezes pode at mesmo ser feita por gestos, quando as

    partes no falam a mesma lngua), e, em alguns contextos, arraigada e

    esperada. Em contraste, buscar interesses por trs das posies, inventar

    opes de ganho mtuo, descobrir e usar critrios objetivos do trabalho e,quando o outro lado parece recalcitrante, requer controle emocional e

    maturidade. (p. 169)

    4.157 Na maioria das negociaes no h uma resposta certa ou mais

    justa; as pessoas anteciparo diferentes padres de julgamento do que

    justo. (p. 171)

    4.158 No propomos que voc deva ser bom pelo mrito de ser bom (nem odesencorajamos a isso). (p. 172)

    4.159 Achamos que, alm de prover um mtodo abrangente para voc

    conseguir o que quer em negociao, a negociao baseada em princpios

    pode ajudar a tornar o mundo um lugar melhor. Promove a compreenso entre

    as pessoas, quer sejam pai e filho, quer empregado e empregador, quer rabe

    ou israelense. Concentrar-se em interesses e opes criativas ajuda a

    aumentar a satisfao e minimizar o desperdcio. Confiar nos padres de

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    justia e procurar atender aos interesses de ambas as partes ajuda a produzir

    acordos duradouros, a estabelecer bons precedentes, e a construir relaes

    estveis. Quanto mais um mtodo de solues de problemas se torna a norma

    para lidar com as diferenas entre indivduos e naes, mais baixos sero os

    custos de conflito. E alm de tais benefcios sociais, o uso dessa abordagem

    atende aos valores de solicitude e justia de maneira a nos satisfazer

    pessoalmente. (p. 172)

    4.160 Os problemas das pessoas requerem com freqncia mais ateno que

    os substanciais. A propenso humana para o comportamento defensivo e

    reativo uma das razoes por que muitas negociaes fracassam quando

    chegar a um acordo teria sido mais razovel. (p. 174)

    4.161 Por mais que o outro lado seja repugnante, se voc no tiver uma

    MAANA melhor, a questo no se deve negociar, mas como negociar. (...)

    Negociao no significa fazer concesso. (p. 178)

    4.162 O sentido e o esforo dispendido na negociao depende do quanto

    satisfatria voc acha a sua MAANA e de como avalia a probabilidade dessa

    negociao produzir melhores resultados. (p. 181)

    4.163 As pessoas so, de certa forma, semelhantes em todo lugar. Queremos

    ser amados, nos preocupamos com a considerao dos outros e com a nossa,

    e no gostamos de nos sentir tirando vantagem. (p. 182)

    4.164 Enquanto negociadores, pessoas diferentes revelaro interesse e estilos

    de comunicao diferentes. (p. 182)

    4.165 Um bom conselho ttico requer o conhecimento das circunstnciasespecficas. (p. 185)

    4.166 Antes mesmo de comear a negociar, cabe prefigurar como seria um

    acordo bem-sucedido. Isso o ajudar a imaginar quais as questes que

    devero ser abordadas na negociao e o que ser necessrio para resolve-

    las. (p. 187)

    4.167 Em negociaes, experimente onde os riscos so pequenos, onde voctem uma boa MAANA, onde padres objetivos favorveis esto disponveis e

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    parecem relevantes, e onde a outra parte tende a ser receptiva a esse tipo de

    abordagem. Comece com idias fundamentadas em suas habilidades, depois

    experimente novas idias, uma de cada vez. (p. 190)

    4.168 Claro que, independente de sua habilidade, h limites no que alcanarna negociao. (p. 192)

    4.169 Na situao em que h uma chance de acordo, o modo como voc

    negocia pode definir entre conclu-lo ou no, ou entre um resultado favorvel

    ou meramente aceitvel. (p. 192)

    4.170 O poder de negociao a capacidade de persuadir algum a fazer

    alguma coisa. (p. 193)

    4.171 arriscado avaliar se voc ou sua contraparte mais poderosa. (...) De

    fato, muito pode ser feito para aumentar seu poder de negociao, mesmo

    quando o equilbrio de recursos unilateral. (p. 193)

    4.172 H poder no desenvolvimento de uma boa relao de trabalho entre as

    pessoas que esto negociando. Se voc compreende o outro lado, e este o

    compreende, se as emoes so admitidas e as pessoas so tratadas com

    respeito, mesmo quando discordam, se h uma comunicao franca, bilateral,

    com bons interlocutores, e se os problemas das pessoas so abordados

    diretamente, no por exigncia e oferta de concesso na substncia, as

    negociaes tendem a ser mais tranqilas e mais bem-sucedidas para ambas

    as partes. (p. 194)

    4.173 H poder em compreender interesses. Quanto mais voc compreender

    as preocupaes do outro lado, mais capacitado estar para satisfaze-las como mnimo de custo para si mesmo. (p. 196)

    4.174 H poder no uso de padres externos de legitimidade. Voc pode usar

    padres de legitimidade tanto como uma espada para persuadir o outro, quanto

    como um escudo que o ajude a resistir presso para ceder arbitrariamente.

    (p. 197)

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    4.175 H poder no desenvolvimento de uma boa MAANA. (...) Uma MAANA

    atraente um forte argumento com o qual persuadir o outro a oferecer mais.

    (p. 198)

    4.176 H poder na formulao cuidadosa de um compromisso. Uma fonteadicional de poder persuasivo merece ateno: o poder de assumir

    compromissos. (p. 198)

    4. 177 Para usar o mximo de seu poder de negociao, voc deve usar cada

    fonte de poder em harmonia com outras fontes. s vezes, os negociadores

    buscam sua fonte de poder mais forte e tentam usa-la isoladamente. (p. 201)

    5 REGISTROS PESSOAIS DO FICHADOR SOBRE OS DESTAQUESSELECIONADOS E SUA UTILIDADE PARA A PESQUISA E/OUAPRENDIZAGEM EFETIVA HAVIDA COM O FICHAMENTO:

    A obra possibilita uma percepo imparcial dos meios de negociao, de forma

    que o leitor pode ver-se em cada caso analisado e imaginar-se em suas aes

    e reaes a fim de tirar melhor proveito da discusso, chegando ao fim

    desejado, quais sejam, a meu ver, as solues mais sbias as que

    produzem o mximo de lucro para voc com um mnimo de nus para o outro

    lado.

    Itaja, 27 de agosto de 2010.