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FTF Versão: Revisão: Elaborado por: Revisto por: Aprovado por: 13.00 01/2018 00 ANPC 1 de 23 Ficha Técnica de Fiscalização Segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE) Legislação aplicável: Segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE): o Decreto Regulamentar n.º 8/89, de 21 de março – Regulamento respeitante à construção, instalação e funcionamento dos estabelecimentos hoteleiros, dos meios complementares de alojamento turístico, dos empreendimentos de animação, culturais e desportivos de interesse para o turismo, bem como dos estabelecimentos similares dos hoteleiros. o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro – Estabelece o Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RJ-SCIE). o Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro – Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE). o Portaria n.º 64/2009, de 22 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 136/2011, de 5 de abril – Estabelece o regime de credenciação de entidades pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) para a emissão de pareceres, realização de vistorias e de inspeções das condições de segurança contra incêndio em edifícios. o Portaria n.º 610/2009, de 8 de junho – Regulamenta o funcionamento do sistema informático previsto no n.º 2 do artigo 32.º do Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro. o Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho – Define o procedimento de registo, na ANPC, das entidades que tenham por objeto a atividade de comercialização,

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Ficha Técnica de Fiscalização

Segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE)

Legislação aplicável:

Segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE):

o Decreto Regulamentar n.º 8/89, de 21 de março – Regulamento respeitante à

construção, instalação e funcionamento dos estabelecimentos hoteleiros, dos meios

complementares de alojamento turístico, dos empreendimentos de animação,

culturais e desportivos de interesse para o turismo, bem como dos estabelecimentos

similares dos hoteleiros.

o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo

Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro – Estabelece o Regime Jurídico da

Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RJ-SCIE).

o Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro – Aprova o Regulamento Técnico

de Segurança contra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE).

o Portaria n.º 64/2009, de 22 de janeiro, com as alterações introduzidas pela

Portaria n.º 136/2011, de 5 de abril – Estabelece o regime de credenciação de

entidades pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) para a emissão de

pareceres, realização de vistorias e de inspeções das condições de segurança contra

incêndio em edifícios.

o Portaria n.º 610/2009, de 8 de junho – Regulamenta o funcionamento do

sistema informático previsto no n.º 2 do artigo 32.º do Decreto -Lei n.º 220/2008,

de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de

outubro.

o Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho – Define o procedimento de registo, na

ANPC, das entidades que tenham por objeto a atividade de comercialização,

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instalação e ou manutenção de equipamentos e sistemas de segurança contra

incêndio em edifícios.

o Portaria n.º 1054/2009, de 16 de setembro – Define as taxas por serviços de

segurança contra incêndio em edifícios prestados pela ANPC.

As referidas taxas são atualizadas anualmente por despacho do presidente da ANPC.

o Despacho n.º 2074/2009, de 15 de janeiro – Define os critérios técnicos para a

determinação da densidade de carga de incêndio modificada.

o Despacho n.º 10738/2011, de 30 de agosto – Regulamento para acreditação

dos técnicos responsáveis pela comercialização, instalação e manutenção de

produtos e equipamentos de segurança contra incêndio em edifícios.

o Despacho n.º 12037/2013, de 19 de setembro – Aprovação da Nota Técnica 8 -

Grau de Prontidão dos Meios de Socorro.

o Despacho n.º 12605/2013, de 3 de outubro – Aprovação da Nota Técnica 13 -

Redes secas e húmidas.

o Despacho n.º 13042/2013, de 14 de outubro – Aprovação da Nota Técnica 14 -

Fontes Abastecedoras de Água para o Serviço de Incêndio (SI). Retificado pela

Declaração de Retificação n.º 1176/2013, de 6 de novembro.

o Despacho n.º 14903/2013, de 18 de novembro – Aprovação da Nota Técnica

15 - Centrais de Bombagem para o Serviço de Incêndio.

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

Sim Não

Existe projeto de SCIE, de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 8/89, de

21 de março?

Existe projeto de SCIE, de acordo com o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de

novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de

outubro?

Existe ficha de segurança de acordo com o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12

de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de

outubro?

Nota: O projeto de SCIE, previsto pelo Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro pode ser substituído pela ficha de segurança para a 1.ª categoria de risco

O estabelecimento possui medidas de autoproteção?

Se “Sim” as medidas de autoproteção foram entregues na ANPC para

parecer?

O estabelecimento solicitou a realização da inspeção regular quando

obrigatória?

Nota: Os estabelecimentos da 1.ª categoria de risco não têm obrigatoriedade de solicitar inspeção regular.

O estabelecimento realizou os simulacros quando obrigatórios?

Nota: A realização de simulacros é obrigatória para os estabelecimentos da 2.ª categoria de risco (com locais de risco D ou E – definição na secção XX) e 3.ª e 4.ª categorias de risco.

O estabelecimento proporcionou formação no domínio da segurança contra

incêndio?

Nota: A realização de formação em SCIE não é obrigatória para 1.ª categoria de risco (sem locais de risco D ou E).

Quais os equipamentos e sistemas de SCIE previstos no projeto de SCIE

aprovado, no projeto de SCIE com termo de responsabilidade do autor de

projeto ou na ficha de segurança?

Nota: O projeto de SCIE poderá ter sido aprovado à luz do Decreto Regulamentar n.º8/89, de 21 de março ou do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro.

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

Sim Não

Nota: O termo de responsabilidade do autor de projeto pode substituir a aprovação do projeto se elaborado ao abrigo do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro com exceção de o projeto de SCIE se enquadrar no artigo 14.º ou 14.º-A, em que a aprovação pela ANPC é obrigatória.

Sinalização de emergência (equipamentos sistemas de SCIE e de

evacuação)

Iluminação de emergência

Deteção, alarme e alerta

Instalações de controlo de fumos (desenfumagem)

Extintores

Bocas-de-incêndio tipo carretel

Bocas-de-incêndio tipo teatro

Saídas de coluna húmida

Saídas de coluna seca

Boca-de-incêndio de alimentação tipo siamesa

Depósito da rede de incêndio e central de bombagem

Sistema fixo de extinção automática por água (sprinklers)

Sistema fixo de extinção automática por agente extintor diferente da

água

Sistema de cortina de água

Deteção de gás combustível

Extintor, manta de incêndio e equipamento de primeiros socorros

acessível aos utilizadores (no alojamento local com capacidade inferior ou

igual a 10 utentes)

Existem os equipamentos e sistemas de SCIE previstos no projeto ou ficha de

segurança?

Sinalização de emergência (dos equipamentos e sistemas de SCIE e de

evacuação)

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

Sim Não

Iluminação de emergência

Deteção, alarme e alerta

Instalações de controlo de fumos (desenfumagem)

Extintores

Bocas-de-incêndio tipo carretel

Bocas-de-incêndio tipo teatro

Saídas de coluna húmida

Saídas de coluna seca

Boca-de-incêndio de alimentação tipo siamesa

Depósito da rede de incêndio e central de bombagem

Sistema fixo de extinção automática por água (sprinklers)

Sistema fixo de extinção automática por agente extintor diferente da

água

Sistema de cortina de água

Deteção de gás combustível

Extintor, manta de incêndio e equipamento de primeiros socorros

acessível aos utilizadores (no alojamento local com capacidade inferior ou

igual a 10 utentes)

As entidades responsáveis pela manutenção dos equipamentos e sistemas de

SCIE do estabelecimento encontram-se registadas na ANPC?

Nota: A ANPC disponibiliza no seu sítio a listagem com as entidades registadas ao abrigo da Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho.

Nota: As entidades policiais deverão comunicar à ANPC o nome das entidades em infração à obrigatoriedade de registo.

O estabelecimento possui registos de segurança?

Nota: Entre os quais, relatórios das ações de manutenção efetuadas nos equipamentos e sistemas de segurança; relatórios das ações de formação, relatórios dos simulacros, relatórios de inspeção.

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

Sim Não

O estabelecimento possui os quadros elétricos devidamente sinalizados?

O estabelecimento possui instalações de gás combustível?

Se “Sim” as instalações de gás combustível dispõem de válvula de corte de

emergência de alimentação de gás devidamente sinalizada?

As instalações elétricas apresentam as condições técnicas de segurança

previstas na lei?

As saídas e caminhos/vias de evacuação encontram-se praticáveis

(desobstruídas, não trancadas, sem elementos que reduzam a sua largura,

entre outros)?

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

I) REGIME

O Decreto Regulamentar n.º 8/89, de 21 de março, prevê a aplicação, com efeitos

retroativos, de medidas de segurança contra incêndio. Todos os estabelecimentos

licenciados até essa data devem possuir projeto de SCIE aprovado e vistoriado.

De acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro,

alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, os edifícios

e recintos estão do ponto de vista da segurança contra incêndio, classificados de

acordo com o seu uso em 12 utilizações-tipo (UT), correspondendo a cada uma

das UT 4 categorias de risco (1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª), sendo a 1.ª e a 4.ª categorias de

risco as de menor e de maior risco de incêndio respetivamente, de acordo com o

seguinte:

UT I – «habitacionais»

UT II – «estacionamentos»

UT III – «administrativos»

UT IV – «escolares»

UT V – «hospitalares e lares de idosos»

UT VI – «espetáculos e reuniões públicas»

UT VII – «hoteleiros e restauração»

UT VIII – «comerciais e gares de transportes»

UT IX – «desportivos e de lazer»

UT X – «museus e galerias de arte»

UT XI – «bibliotecas e arquivos»

UT XII – «industriais, oficinas e armazéns»

Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com exceção dos espaços interiores

de cada fogo, das vias horizontais e verticais de evacuação e dos espaços ao ar

livre, são classificados de acordo com a natureza do risco, do seguinte modo:

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a) Local de risco A — local que não apresenta riscos especiais, no qual se

verifiquem simultaneamente as seguintes condições:

i) O efetivo não exceda 100 pessoas;

ii) O efetivo de público não exceda 50 pessoas;

iii) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem limitados na mobilidade ou nas

capacidades de perceção e reação a um alarme;

iv) As atividades nele exercidas ou os produtos, materiais e equipamentos que

contém não envolvam riscos agravados de incêndio;

b) Local de risco B — local acessível ao público ou ao pessoal afeto ao

estabelecimento, com um efetivo superior a 100 pessoas ou um efetivo de público

superior a 50 pessoas, no qual se verifiquem simultaneamente as seguintes

condições:

i) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem limitados na mobilidade ou nas

capacidades de perceção e reação a um alarme;

ii) As atividades nele exercidas ou os produtos, materiais e equipamentos que

contém não envolvam riscos agravados de incêndio;

c) Local de risco C — local que apresenta riscos particulares agravados de eclosão

e de desenvolvimento de incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvidas,

quer às características dos produtos, materiais ou equipamentos nele existentes,

designadamente à carga de incêndio modificada, à potência útil e à quantidade de

líquidos inflamáveis e, ainda, ao volume dos compartimentos. Sempre que o local

de risco C se encontre numa das condições referidas no n.º 3 do artigo 11.º,

designa- se como local de risco C agravado;

d) Local de risco D — local de um estabelecimento com permanência de pessoas

acamadas ou destinado a receber crianças com idade inferior a seis anos ou

pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de perceção e reação a um

alarme;

e) Local de risco E — local de um estabelecimento destinado a dormida, em que

as pessoas não apresentem as limitações indicadas nos locais de risco D;

f) Local de risco F — local que possua meios e sistemas essenciais à continuidade

de atividades sociais relevantes, nomeadamente os centros nevrálgicos de

comunicação, comando e controlo.

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O âmbito da presente Ficha é a UT VII «hoteleiros e restauração», incluindo os

estabelecimentos de alojamento local não abrangidos pelo Decreto-Lei n.º

220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º

224/2015, de 9 de outubro.

Segundo o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado

pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro a UT VII «hoteleiros e

restauração», corresponde a edifícios ou partes de edifícios, recebendo público,

fornecendo alojamento temporário ou exercendo atividades de restauração e

bebidas, em regime de ocupação exclusiva ou não, nomeadamente os destinados

a empreendimentos turísticos, alojamento local, quando aplicável,

estabelecimentos de restauração ou de bebidas, dormitórios e, quando não

inseridos num estabelecimento escolar, residências de estudantes e colónias de

férias, ficando excluídos deste tipo os parques de campismo e caravanismo, que

são considerados espaços da utilização tipo IX.

Categorias de risco da utilização-tipo VII «Hoteleiros e restauração»

As categorias de risco (1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª) definem-se de acordo com o Quadro VI,

do anexo III ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, conforme se

apresenta no Quadro I seguinte:

Quadro I – Categorias de risco da utilização-tipo VII «Hoteleiros e restauração»

Categoria

Valores máximos referentes à utilização-tipo VII

Altura

da UT

VII(*)

Efetivo da UT VII

Efetivo(**) Efetivo em locais de

risco E(***)

1.ª ≤ 9 m ≤ 100 ≤ 50

2.ª ≤ 28 m ≤ 500 ≤ 200

3.ª ≤ 28 m ≤ 1 500 ≤ 800

4.ª > 28 m > 1 500 > 800

(*) Altura da utilização-tipo – a diferença de cota entre o plano de referência e o pavimento do último piso

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acima do solo, suscetível de ocupação por essa utilização-tipo. Quando o último piso coberto for

exclusivamente destinado a instalações e equipamentos que apenas impliquem a presença de pessoas para

fins de manutenção e reparação, tal piso não entra no cômputo da altura da utilização- tipo. O mesmo

sucede se o piso for destinado a arrecadações cuja utilização implique apenas visitas episódicas de pessoas.

Se os dois últimos pisos forem ocupados por espaços em duplex, pode considerar-se a cota altimétrica da

entrada como o piso mais desfavorável. À mesma utilização -tipo, num mesmo edifício, constituída por

corpos de alturas diferentes, são aplicáveis as disposições correspondentes ao corpo de maior altura,

excetuando- se os casos em que os corpos de menor altura forem independentes dos restantes.

(**) Efetivo – o número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de

um edifício ou recinto.

(***) Local de risco E – local de um estabelecimento destinado a dormida, em que as pessoas não

apresentem as limitações indicadas nos locais de risco D.

Local de risco D – local de um estabelecimento com permanência de pessoas acamadas ou destinado a

receber crianças com idade inferior a seis anos ou pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de

perceção e reação a um alarme.

NOTA: O artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto (Regime Jurídico da Exploração dos

Estabelecimentos de Alojamento Local), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23

de abril, estabelece as condições de segurança contra risco de incêndio a observar nos estabelecimentos de

alojamento local, estando as referidas condições de segurança descritas adiante na presente Ficha Técnica.

Projetos e medidas de autoproteção de SCIE

Os procedimentos administrativos respeitantes às operações urbanísticas são

instruídos com um projeto de especialidade de segurança contra incêndio. No

entanto, as operações urbanísticas das utilizações-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX,

X, XI e XII da 1.ª categoria de risco são dispensadas da apresentação deste

projeto de especialidade, o qual pode ser substituído por uma ficha de segurança,

por cada utilização-tipo, conforme modelo da ANPC. Estas exigências aplicam-se

também às operações urbanísticas promovidas pela administração pública.

À exploração ou utilização dos edifícios e recintos, que se segue ao licenciamento,

aplicam-se medidas de autoproteção, que estabelecem a gestão da segurança

contra incêndio, as quais devem ser apresentadas na ANPC para parecer. No caso

da utilização-tipo VII «hoteleiros e restauração» (1), as medidas de autoproteção

exigíveis constam do artigo 198.º, quadro XXXIX, da portaria n.º 1532/2008, de

29 de dezembro, nomeadamente, as referidas no seguinte Quadro II seguinte:

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Quadro II – Medidas de autoproteção exigíveis para a utilização-tipo «Hoteleiros e

restauração»

Utilização-

tipo

Categoria

de risco

Medidas de autoproteção

(Referência ao artigo aplicável)

Regis

tos d

e s

egura

nça

(art

igo 2

01.º

)

Pro

cedim

ento

s d

e p

revenção

(art

igo 2

02.º

)

Pla

no d

e p

revenção

(art

igo 2

03.º

)

Pro

cedim

ento

s e

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e

em

erg

ência

(art

igo 2

04.º

)

Pla

no d

e e

merg

ência

inte

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(art

igo 2

05.º

)

Ações d

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form

ação e

m S

CIE

(art

igo 2

06.º

)

Sim

ula

cro

s (

art

igo 2

07.º

)

VII

1.ª «sem

locais de

risco

D ou E»

● ●

1.ª «com

locais de

risco D

ou E» e

2.ª «sem

locais de

risco D

ou E»

● ● ● ●

2.ª «com

locais de

risco D

ou E»,

3.ª e 4.ª

● ● ● ● ●

(1) Excetuam-se da exigência de medidas de autoproteção os estabelecimentos de alojamento local que tenham

capacidade inferior ou igual a 10 utentes.

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Alojamento local

Os estabelecimentos de alojamento local diferenciam-se dos estabelecimentos

considerados empreendimentos turísticos.

O artigo 13.º do Decreto-Lei nº 128/2014, de 29 de agosto (Regime Jurídico da

Exploração dos Estabelecimentos de Alojamento Local), com as alterações

introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de abril, estabelece as condições

de segurança contra risco de incêndio a observar nos estabelecimentos de

alojamento local, que a seguir se transcreve.

“Artigo 13.º

Requisitos de segurança

1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, os estabelecimentos de

alojamento local devem cumprir as regras de segurança contra riscos de

incêndio, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de

novembro, e do regulamento técnico constante da Portaria n.º 1532/2008, de

29 de dezembro.

2 - O disposto no número anterior não se aplica aos estabelecimentos de

alojamento local que tenham capacidade inferior ou igual a 10 utentes, os quais

devem possuir:

a) Extintor e manta de incêndio acessíveis aos utilizadores;

b) Equipamento de primeiros socorros acessível aos utilizadores;

c) Indicação do número nacional de emergência (112) em local visível aos

utilizadores.”

As disposições legislativas para estabelecimentos de alojamento local

determinam que:

Aos que tenham capacidade superior a 10 utentes se aplique o RJ-SCIE,

previsto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado

pelo Decreto-Lei n.º Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, bem como a

restante legislação complementar, nomeadamente o RT-SCIE, a que devem

obedecer os projetos de arquitetura, as fichas de segurança, os projetos de

Segurança Contra Incêndio em Edifícios e os projetos das restantes especialidades

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a concretizar em obra, designadamente no que se refere às condições gerais e

específicas de SCIE referentes às condições exteriores comuns, às condições de

comportamento ao fogo, isolamento e proteção, às condições de evacuação, às

condições das instalações técnicas, às condições dos equipamentos e sistemas de

segurança e, durante a sua exploração, às condições de autoproteção.

Aos que tenham capacidade inferior ou igual a 10 utentes não se aplique o

RJ-SCIE, previsto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, bem como a restante

legislação complementar, nomeadamente o RT-SCIE, incluindo-se nesta exclusão

as medidas de autoproteção. Estes casos estão sujeitos apenas a cumprir as

condições de segurança previstas no n.º 2 do artigo 13.º, do Decreto -Lei nº

128/2014, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de

abril, acima transcrito.

O regime jurídico de segurança contra incêndio, estabelecido no Decreto-Lei n.º

220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º

224/2015, de 9 de outubro, bem como a legislação complementar, aplicam-se

sem nenhuma exclusão aos estabelecimentos hoteleiros, integrados na definição

de empreendimentos turísticos e à restauração e/ou bebidas.

Inspeções

Os edifícios e recintos estão sujeitos a inspeções, de acordo com o estabelecido no

artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, o qual a seguir se

transcreve.

“Artigo 19.º

Inspeções

1 - Todos os edifícios ou recintos e suas frações estão sujeitos a inspeções, a

realizar pela ANPC ou por entidade por ela credenciada.

2 - As inspeções classificam-se em regulares e extraordinárias.

3 - As inspeções regulares são obrigatórias e devem ser realizadas no prazo

máximo de seis anos no caso da 1.ª categoria de risco, cinco anos no caso da 2.ª

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categoria de risco, quatro anos no caso da 3.ª categoria de risco e três anos no

caso da 4.ª categoria de risco, a pedido das entidades responsáveis referidas nos

n.os 3 e 4 do artigo 6.º.

4 - Excetuam-se do disposto no número anterior os edifícios ou recintos e

suas frações das utilizações-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª

categoria de risco, e os edifícios de utilização exclusiva da utilização-tipo I da 2.ª

categoria de risco.

5 - As inspeções extraordinárias são realizadas por iniciativa da ANPC, ou de outra

entidade com competência fiscalizadora.

6 - Compete às entidades, referidas nos n.os 3 e 4 do artigo 6.º,

independentemente da instauração de processo contraordenacional, assegurar a

regularização das condições que não estejam em conformidade com a legislação

de SCIE aplicável, dentro dos prazos fixados nos relatórios das inspeções referidas

no presente artigo.”

Outras indicações relevantes

A ANPC disponibiliza no seu sítio da internet, em www.prociv.pt, uma área

reservada à SCIE, na qual divulga e disponibiliza a atual legislação que estabelece

o RJ-SCIE, documentação técnica complementar ao referido Regime Jurídico,

como sendo as Notas Técnicas da ANPC ou ainda informações várias tais como: a

divulgação das entidades registadas na ANPC, ao abrigo da Portaria n.º 773/2009,

de 21 de julho; a divulgação da lista dos técnicos autores de projetos e medidas

de autoproteção (medidas de organização e gestão da segurança, durante a

exploração de um estabelecimento, com o objetivo de atuar na prevenção e na

resposta a situações de emergência) de SCIE de edifícios e recintos da 3.ª e 4.ª

categorias de risco, ou ainda a divulgação das formações objeto de

reconhecimento pela ANPC (como a formação de 128h destinada à obtenção da

certificação de especialização para a elaboração de projetos e medidas de

autoproteção de SCIE de edifícios e recintos da 3.ª e 4.ª categorias de risco; ou a

formação para técnicos com formação de base e/ou experiência em SCIE (70h) e

para elementos dos corpos de bombeiros (90h), previstas na Portaria n.º 64/2009,

de 22 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 136/2011, de 5

de abril).

Esclarece-se ainda que os autores das fichas de segurança ou projetos de SCIE de

edifícios e recintos da UT VII da 1.ª categoria de risco devem possuir a

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qualificação prevista na Lei n.º31/2009, de 3 de julho, alterada e republicada pela

Lei n.º 40/2015, de 1 de junho. Enquanto não se encontrar totalmente

implementado o disposto no artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de

novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro,

os autores de projetos de SCIE de edifícios e recintos da UT VII da 2.ª categoria

de risco devem possuir a qualificação prevista na Lei n.º31/2009, de 3 de julho,

alterada e republicada pela Lei n.º 40/2015, de 1 de junho. Os autores de projetos

de SCIE de edifícios e recintos da UT VII da 3.ª e 4.ª categorias de risco devem

possuir certificação de especialização, de acordo com o previsto no artigo 16.º do

Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo

Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro.

Para os autores das medidas de autoproteção de SCIE de edifícios e recintos da

1.ª categoria de risco não está definida nenhuma qualificação. Enquanto não se

encontrar totalmente implementado o disposto no artigo 16.º do Decreto-Lei n.º

220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º

224/2015, de 9 de outubro, os autores das medidas de autoproteção de SCIE de

edifícios e recintos da UT VII da 2.ª categoria de risco devem possuir o grau de

engenheiro, engenheiro técnico ou arquiteto. Os autores das medidas de

autoproteção de SCIE de edifícios e recintos da UT VII da 3.ª e 4.ª categorias de

risco devem possuir certificação de especialização, de acordo com o previsto no

artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro.

Esta Autoridade disponibiliza ainda, para consulta e download, diversas

publicações: Cadernos Técnicos PROCIV, guias técnicos, estudos e manuais de

referência em diversas áreas da Proteção Civil, entre as quais a SCIE.

II) FISCALIZAÇÃO

Sem prejuízo das competências genéricas da GNR e PSP, são competentes para

fiscalizar o cumprimento das condições de SCIE:

i. A Autoridade Nacional de Proteção Civil;

ii. Os municípios, na sua área territorial, quanto às utilizações-tipo I, II, III, VI,

VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de risco;

iii. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, no que respeita à

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colocação no mercado dos equipamentos referidos na Portaria n.º 1532/2008,

de 29 de dezembro.

No exercício das ações de fiscalização pode ser solicitada a colaboração das

autoridades administrativas e policiais para impor o cumprimento de normas e

determinações que por razões de segurança devam ter execução imediata no

âmbito de atos de gestão pública.

III) COIMAS E SANÇÕES ACESSÓRIAS

As contraordenações e respetivas coimas e as sanções acessórias (caso estejam

previstas) encontram-se previstas no artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de

12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de

outubro, conforme os Quadros III e IV seguintes.

Quadro III – Contraordenações imputáveis ao proprietário ou entidade

exploradora do estabelecimento

Situação / Descrição Norma

Infringida Sanção Norma Punitiva

A obstrução, redução, ocultação ou anulação dos

meios de intervenção, sinalética, iluminação e

sistemas automáticos de deteção de incêndio, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º

Alínea d) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A alteração dos meios de compartimentação ao

fogo, isolamento e proteção, através da abertura

de vãos de passagem ou de novas comunicações

entre espaços, que agrave o risco de incêndio, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º;

Alínea e) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

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A alteração dos elementos com capacidade de

suporte de carga, estanquidade e isolamento

térmico, para classes de resistência ao fogo com

desempenho inferior ao exigido, que agrave o

risco de incêndio, em infração ao disposto nas

normas técnicas constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea f) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A alteração dos materiais de revestimento e

acabamento das paredes e tetos interiores, para

classes de reação ao fogo com desempenho

inferior ao exigido no que se refere à produção de

fumo, gotículas ou partículas incandescentes, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º

Alínea g) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

O agravamento da respetiva categoria de risco,

em infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º

Alínea h) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A alteração do uso total ou parcial dos edifícios

ou recintos sem cumprimento das exigências

legais de SCIE;

Alínea i) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A ocupação ou o uso das zonas de refúgio, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º;

Alínea j) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

O armazenamento de líquidos e de gases

combustíveis, em violação dos requisitos

determinados para a sua localização ou

quantidades permitidas, em infração ao disposto

nas normas técnicas constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea k) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência ou a utilização de sinais de

segurança, não obedecendo às dimensões,

formatos, materiais especificados, a sua incorreta

instalação ou localização em infração ao disposto

nas normas técnicas, constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea m)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo 25.º

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A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento, ou manutenção dos

equipamentos de iluminação de emergência, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º;

Alínea n) do

n.º 1 do

artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento, manutenção dos equipamentos

ou sistemas de deteção, alarme e alerta, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º;

Alínea o) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos

equipamentos ou sistemas de controlo de fumos,

a obstrução das tomadas de ar ou das bocas de

ventilação, em infração ao disposto nas normas

técnicas constantes do regulamento técnico

referido no artigo 15.º;

Alínea p) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos extintores de

incêndio, em infração ao disposto nas normas

técnicas constantes do regulamento técnico

referido no artigo 15.º;

Alínea q) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos

equipamentos da rede de incêndio armada, do

tipo carretel ou do tipo teatro, em infração ao

disposto nas normas técnicas constantes do

regulamento técnico referido no artigo 15.º;

Alínea r) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos

equipamentos da rede de incêndio seca ou

húmida, em infração ao disposto nas normas

técnicas constantes do regulamento técnico

referido no artigo 15.º;

Alínea s) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência ou deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção do depósito da

rede de incêndio ou respetiva central de

bombagem, em infração ao disposto nas normas

Alínea t) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

N.º 2 do artigo 25.º

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técnicas constantes do regulamento técnico

referido no artigo 15.º;

coletiva)

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos hidrantes, em

infração ao disposto nas normas técnicas

constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º;

Alínea u) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos

equipamentos ou sistemas de controlo de

monóxido de carbono, em infração ao disposto

nas normas técnicas constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea v) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A existência de extintores ou outros

equipamentos de SCIE, com os prazos de validade

ou de manutenção ultrapassados, em infração ao

disposto nas normas técnicas constantes do

regulamento técnico referido no artigo 15.º;

Alínea w) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos

equipamentos ou sistemas de deteção

automática de gás combustível, em infração ao

disposto nas normas técnicas constantes do

regulamento técnico referido no artigo 15.º;

Alínea x) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção dos

equipamentos ou sistemas fixos de extinção

automática de incêndio, em infração ao disposto

nas normas técnicas constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea y) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

O uso do posto de segurança para um fim diverso

do permitido, em infração ao disposto nas

normas técnicas constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea z) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência de medidas de autoproteção

atualizadas e adequadas à utilização-tipo e

categoria de risco, ou a sua desconformidade nos

termos do disposto nas normas técnicas,

Alínea aa)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

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constantes do regulamento técnico referido no

artigo 15.º;

A inexistência de registos de segurança, a sua não

atualização, ou a sua desconformidade com o

disposto nas normas técnicas constantes do

regulamento técnico referido no artigo 15.º;

Alínea bb)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

Equipa de segurança inexistente, incompleta, ou

sem formação em segurança contra incêndio em

edifícios, em infração ao disposto nas normas

técnicas, constantes do regulamento técnico

referido no artigo 15.º;

Alínea cc)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

Plantas de emergência ou instruções de

segurança inexistentes, incompletas, ou não

afixadas nos locais previstos nos termos do

presente regime, em infração ao disposto nas

normas técnicas, constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea dd)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo 25.º

Não realização de ações de formação de

segurança contra incêndio, em infração ao

disposto nas normas técnicas, constantes do

regulamento técnico referido no artigo 15.º;

Alínea ee)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

Não realização de simulacros nos prazos previstos

no presente regime, em infração ao disposto nas

normas técnicas, constantes do regulamento

técnico referido no artigo 15.º;

Alínea ff) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A falta do registo a que se refere o n.º 4 do artigo

16.º; Alínea gg)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo 25.º

O incumprimento negligente ou doloso de deveres

específicos que as entidades credenciadas,

previstas no n.º 2 do artigo 5.º e no artigo 30.º,

estão obrigadas a assegurar no desempenho das

suas funções;

Alínea hh)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A falta de pedido de Inspeção Regular, em

infração ao previsto no artigo 19.º; Alínea ii) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

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A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção das instalações

técnicas, em infração ao disposto nas normas

técnicas publicadas no regulamento técnico

referido no artigo 15º;

Alínea jj) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação,

funcionamento ou manutenção das fontes de

centrais de energia de emergência, em infração

ao disposto nas normas técnicas publicadas no

regulamento técnico referido no artigo 15º;

Alínea kk)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência de medidas de autoproteção, em

infração ao disposto nos n.º 1 do artigo 21.º; Alínea ll) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A existência de medidas de autoproteção, não

entregues na ANPC para parecer, em infração aos

n.os 2 e 3 do artigo 21.º e ao n.º 2 do artigo 34.º

ou em infração ao artigo 34º do Anexo II do

Regulamento Técnico referido no artigo 15º;

Alínea mm)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo 25.º

A inexistência de projeto de SCIE ou da ficha de

segurança, quando exigível, em infração ao

disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 17.º;

Alínea nn)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

A inexistência ou a deficiente instalação, e/ou

falta de manutenção/conservação de portas e

divisórias resistentes ao fogo em infração ao

disposto nas normas técnicas publicadas no

Regulamento Técnico referido no artigo 15º;

Alínea rr) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €370 a €3 700

(pessoa singular) e

até €44 000 (pessoa

coletiva)

N.º 2 do artigo 25.º

Quadro IV – Contraordenações não imputáveis ao proprietário ou entidade

exploradora do estabelecimento

Contraordenação Previsão

legal Coima

Legislação

Punitiva

A subscrição dos termos de responsabilidade

previstos no n.º 2 do artigo 6.º, verificando-se a

execução das operações urbanísticas em

Alínea a) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

N.º 3 do artigo

25.º

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desconformidade com os projetos aprovados; coletiva)

A subscrição de projetos de SCIE, medidas de

autoproteção, emissão de pareceres, relatórios de

vistoria ou relatórios de inspeção, relativos a

condições de segurança contra risco de incêndio

em edifícios, por quem não preencha os requisitos

legais;

Alínea b) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo

25.º

A comercialização de equipamentos e sistemas de

SCIE, a sua instalação e manutenção, sem registo

na ANPC em infração ao disposto no artigo 23.º;

Alínea l) do

n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo

25.º

A falta do registo a que se refere o n.º 4 do artigo

16.º; Alínea gg)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo

25.º

O incumprimento negligente ou doloso de deveres

específicos que as entidades credenciadas,

previstas no n.º 2 do artigo 5.º e no artigo 30.º,

estão obrigadas a assegurar no desempenho das

suas funções;

Alínea hh)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo

25.º

O não cumprimento da obrigação de notificação

da ANPC das alterações que respeitem ao registo,

previsto no artigo 32.º, e no artigo 3.º da Portaria

n.º 773/2009, de 21 de Julho, em infração ao

disposto no artigo 8.º da supra referida Portaria.

Alínea pp)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €275 a €2 750

(pessoa singular) e

até €27 500 (pessoa

coletiva)

N.º 3 do artigo

25.º

A realização da manutenção de extintores não

certificada nos termos da NP 4413, em infração ao

disposto no n.º 9, do artigo 8.º, do Anexo I, da

Regulamento Técnico referido no artigo 15.º;

Alínea qq)

do n.º 1 do

artigo 25.º

De €180 a €1 800

(pessoa singular) e

até €11 000 (pessoa

coletiva)

N.º 4 do artigo

25.º

IV) Sanções acessórias

As sanções acessórias encontram-se previstas no artigo 26.º do Decreto-Lei n.º

220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º

224/2015, de 9 de outubro, conforme se transcreve a seguir:

“1 - Em função da gravidade da infração e da culpa do agente, simultaneamente com

a coima, podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:

a) Interdição do uso do edifício, recinto, ou de suas partes, por obras ou alteração de

Page 23: Ficha Técnica de Fiscalização Segurança Contra ... · de cada fogo, das vias horizontais e verticais de evacuação e dos espaços ao ar livre, são classificados de acordo com

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13.00 01/2018 00 ANPC

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uso não aprovado, ou por não funcionamento dos sistemas e equipamentos de

segurança contra incêndio;

b) Interdição do exercício da atividade profissional, no âmbito da certificação a que

se refere o artigo 16.º;

c) Interdição do exercício das atividades, no âmbito da credenciação a que se

referem o n.º 2 do artigo 5.º e o artigo 30.º;

2 - As sanções referidas no número anterior têm a duração máxima de dois anos,

contados a partir da decisão condenatória definitiva.”