ficha pedagógica - trigo - pr

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  • 7/25/2019 Ficha Pedaggica - Trigo - Pr

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    ARCAFAR - ASSOCIAO REGIONAL DASCASAS FAMILIARES RURAIS

    DO SUL DO BRASIL

    CASA FAMILIAR RURAL DE PROLA D'OESTEPR

    TRIGOFICHA PEDAGGICA

    NOME DO JOVEM: ___________________________________ DATA: ___/___/___

    Elaborao: VNIA L. S. DOS SANTOSEng Agr,JOLCIO R. DE MARCOS e JOS A. R. BUENOTcnicos Agrcolas .

    Reviso: Eng Agr MARCOS A. FURLAN e Tc. em Agropec. IVAIR LUIZ SAVICFR Prola DOeste - PR.

    ABRIL - 2.002

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    NDICE

    INTRODUOHISTRICOPREPARO DO SOLOESCOLHA DE CULTIVARES

    CORREO DO SOLOADUBAOADUBAO DE COBERTURAPRAGASDOENASTRATOS CULTURAISCOLHEITACOMERCIALIZAO

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    I - INTRODUO

    A Cultura do trigo, no Brasil e em nvel mundial, sempre mereceu destaque. Trata-se domais importante cereal cultivado pelo homem, por causa de sua produo e, principalmente,por sua importncia na alimentao humana. Mas, no Brasil, tem alcanado pouco espao,apesar de possuir boas condies para a produo e do consumo ser crescente.

    Aps se aproximar da auto-suficincia, em 1987, o pas tornou-se o maior compradormundial, em 2000, importando mais de 80,0% do total consumido, expondo-se s condies devariaes do preo no mercado internacional.

    Mesmo tendo capacidade para cultivar acima de 10,0 milhes de hectares, estamosimportando o equivalente a US$ 1,0 bilho, isto , 8,4 milhes de toneladas, valor quepossibilita o custeio de aproximadamente 5,5 milhes de hectares e a produo de cerca de9,9 milhes de toneladas.1) Quais seriam as vantagens do cultivo de trigo para o agricultor e para a economiabrasileira? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    A necessidade de se ter um cultivo econmico bsico no inverno, principalmente na RegioSul do Pas, nos leva a propor uma poltica a ser implantada para que essa cultura maiorparticipao na oferta de alimentos.

    Metas de produo elaboradas em reunies do Ministrio da Agricultura para a produo deTrigo para o perodo do 2001 a 2005:

    a) Primeiro ano (2001): produo de 2,5 milhes de toneladas, aproximadamente 25,0% dademanda nacional;b) Segundo ano (2002): produo de 3,0 milhes de tonelada, aproximadamente 30,0% dademanda nacional;c) Terceiro ano (2003): produo de 4,0 milhes de toneladas, aproximadamente 40,0% dademanda nacional;d) Quarto ano: (2004): produo de 5,0 milhes de toneladas, aproximadamente 50,0 % dademanda nacional;e) Quinto ano: (2005): produo de 6,0 milhes de toneladas, aproximadamente 60,0% da

    demanda nacional.MEDIDAS DE APOIO PRODUO

    1. Financiamento de Custeio

    Para se atingir as metas de produo, com qualidade, preciso que a tecnologiadisponvel seja de fato aplicada ao processo produtivo. Grande parte dos triticultores, contudo,est com baixssima capacidade de autofinanciamento, por causa do baixo preo dascommodities no mercado internacional, necessitando de recursos para implantar e conduzirsuas lavouras. Em 2000 a situao econmica foi significativamente agravada pela ocorrncia,

    em julho, das mais fortes geadas historicamente registradas no Paran, com perda de 68,0%da produo inicialmente estimada.

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    Devido baixa quantidade de sementes, no primeiro ano de implantao do plano, safra2001, foi possvel cultivar uma rea prxima de 1,6 milho de hectares, exigindo a quantia deR$ 415 milhes, para financiar o custeio, com crescimento progressivo para os demais anos,conforme a expanso da rea a ser cultivada.

    Para o financiamento do custeio agrcola, sugere-se que:- Um sistema de liberao das parcelas de acordo com o cronograma de utilizao

    - poca de liberao; no mnimo 30 dias antes do plantio, por regio, de acordo com ozoneamento agrcola.- Manuteno das atuais taxas de juros do crdito rural (8,75% a.a. PROGER) adotando orebate de 25% para pagamento pontual, como j concedido para o PRONAF.- Limites: financiamento de 100% do oramento tcnico.

    2. Seguro

    A implementao do zoneamento agrcola, a partir de 1996, contribuiu para aumentar osucesso da produo. Contudo a cultura do Trigo, por ser conduzida no perodo de inverno, omais adverso do ano, est sujeita a eventos no previsveis ou controlveis. Defende-se

    portanto:

    a) fortalecimento dos programas de seguro agrcola, permitindo que a taxa de seguro sejacompatvel com o retorno da atividade e possa tambm ser financiada juntamente com ocusteio.b) que o prmio (valor pago a seguradora) no seja superior a 5% do valor financiado.

    3. Preo

    Estabelecer um Preo Mnimo de Garantia equivalente ao custo operacional de produo, egarantia de compra direta para a produo da agricultura familiar.

    necessrio que se d especial ateno problemtica das importaes, pois acompetio desleal e subsdios existentes no mercado internacional tm sido o maiorentrave manuteno da produo nacional.

    IIHISTRICO

    Acredita-se que o trigo, como conhecido hoje, seja originrio de gramneas silvestres,

    que se desenvolviam nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates (sia Oriente Mdio), porvolta dos anos de 10.000 a 15.000 anos a.C., contudo os primeiros registros encontradosdatam que o incio do cultivo da planta de Trigo, foi no Egito por volta de 8.000 a.C.

    No Brasil, o trigo foi introduzido no ano de 1534 na Capitania de So Vicente, porcolonizadores portugueses.

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    IIIUTILIZAES

    O trigo um cereal utilizado em larga escala na indstria alimentcia, onde se destacadesde a fabricao de alimentos para o consumo humano, como pes, bolos etc., atalimentos de consumo animal, como raes. Agora vamos citar outras utilidades do trigo que

    conhecemos:

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    IVROTAO DE CULTURAS

    Rotao de culturas uma prtica que melhora as condies fsicas, qumicas ebiolgicas do solo, auxiliam no controle de plantas invasoras, pragas e doenas. Protege o solocontra a eroso (cobertura) e repe a matria orgnica.

    O uso da rotao leva a diversificao da propriedade alternando culturas econmicas eculturas destinadas a melhoria do solo como os adubos verdes tais como: ervilhaca, mucuna,chcharo e nabo forrageiro.

    1 ANO 2 ANO 3 ANOSOJA

    (VERO)TRIGO

    (INVERNO)FEIJO*(VERO)

    ERVILHACA**(INVERNO)

    MILHO(VERO)

    AVEIA***(INVERNO)

    * Ou Milho** e/ou tremoo e/ou nabo forrageiro*** Ou cevada e/ou nabo forrageiro

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    VPREPARO DO SOLO

    1) Sistema TradicionalNo sul do Brasil ainda muito utilizado este sistema, que resume em uma arao com

    arado de discos sucedida de duas gradagens com grade niveladora, para um total

    destorroamento e nivelamento do terreno.

    2) Preparo MnimoUtiliza-se uma escarificao seguida de uma ou duas gradagem com grade niveladora. A

    vantagem desse sistema que diminui consideravelmente o problema de eroso.

    3) Semeadura Direta ou Plantio Direto o sistema que menos afeta a estrutura do solo. compreendida por uma dessecagem

    com herbicida no seletivo, para eliminar a vegetao existente e, em seguida, feito o plantio,com mquina especial que corta a cobertura morta, abrindo um sulco e depositando o aduboseguido da semente.

    4) Anlise do soloAntes do preparo do solo deve-se fazer uma anlise, isto , conhecer o solo a ser

    trabalhado.A coleta de amostras para a anlise do solo deve ser feita como nas demais culturas, ou

    seja, caminhar em zig-zag pelo terreno coletando amostra em diversos pontos da lavoura. Emseguida devemos misturar todas as amostras coletadas e retirar uma nica amostra comaproximadamente 1 Kg, para enviar ao laboratrio.

    5) CalagemAps ser feita a anlise do solo o produtor vai partir para a correo do solo, devendo o pH

    ser entre 5,0 a 5,5, onde muitas vezes se faz necessrio o uso de calcrio, que deve seraplicado de preferncia em duas vezes tomando o cuidado de seguir rigorosamente asrecomendaes tcnicas para o uso dessa prtica, pois o uso inadequado de calcrio, podecausar uma doena conhecida como mal -do-p (a qual estudaremos mais adiante) queocasiona srios danos cultura.

    Para efetuar a correo devemos distribuir o calcrio de maneira uniforme sobre o terreno e,em seguida, incorpora-lo ao solo a uma profundidade que pode variar entre 17 a 20 cm,usando-se grade e arado.

    Em reas que apresentem compactao, a ponto de dificultar a incorporao at aprofundidade recomendada, efetuar a descompactao do solo antes da incorporao do

    calcrio.Calagem no Sistema Plantio Direto

    Nas lavouras manejadas com plantio direto, o calcrio pode ser aplicado na superfcie dosolo. A necessidade de calagem deve ser determinada com base na anlise de solo deamostras coletadas na camada de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm.

    6) Adubao QumicaA adubao qumica geralmente feita de acordo com a anlise de solo.

    A pesquisa vem mostrando os melhores resultados com o N.P.K.

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    NITROGNIO

    Recomenda-se para as cultivares de portes alto e mdio 30 e 50 Kg por hectare,respectivamente. Parte da dosagem pode ser aplicada por ocasio da semeadura e o restanteno incio do perfilhamento, at o incio do emborrachamento, porm devemos observar se hcondies de umidade para a aplicao.

    A adubao de cobertura deve ser aplicada preferencialmente no incio do perfilhamento.Exemplo: Em uma variedade de porte mdio quantos Kg de Uria deveremos aplicar,sabendo-se que a Uria contm 45% de Nitrognio em sua formulao? E em uma variedadede porte baixo?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    FSFORO

    Recomenda-se aplicar 90 Kg/ha para solos com teores de fsforo menores que 4 mg/dm 3 (muito baixo), visando o suprimento das necessidades da cultura e a correo e manutenoda fertilidade do solo em nveis adequados.

    Para solos com altos teores, ou seja, P maior que 9 mg/dm3, aplicar de 20 a 30 Kg/ha.Geralmente em solos com altos teores, a aplicao feita a lano. Porm, a maior parte

    das lavouras no tem as condies ideais para adubao a lano.

    POTSSIO

    Tambm adubar de acordo com a anlise do solo, conforme a tabela abaixo:

    Teor de (cmol (+/dm3)). K2O a aplicar em Kg/ha0,10 60

    0,11 a 0,30 45> 0,30 30

    7) Adubao Orgnica

    A adubao orgnica (adubao verde, resduo de culturas, dejetos de animais oucomposto), oferece uma srie de vantagens. Incorpora nutriente e leva ao aumento (muitasvezes temporrio) da matria orgnica do solo. Ela traz uma srie de benefcios ao solo, muitas

    vezes melhorando sua estrutura fsica bem como propiciando uma intensa atividademicrobiana.

    Veremos a seguir um quadro onde so comparados os diversos tipos de matria orgnica esua composio por tabela:

    Matria OrgnicaQuantidade em Kg

    N P KEsterco de curral 2,4 1,5 1,9Palha de cereais 1,6 0,7 1,4

    Palha de leguminosas 2,7 0,9 1,9

    Adubo verde 2,1 1,0 1,5Hmus 25,0 13,0 15,0Cama de galinheiro 15,0 14,0 9,0

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    VIPLANTIO

    O sucesso da semeadura depende de muitos fatores que devem ser consideradosconjuntamente.

    O primeiro fator a qualidade e a quantidade de sementes. Escolhida a variedade, assementes devem possuir bom vigor e poder germinativo, para se alcanar populao ideal de

    plantas.O segundo a profundidade de plantio ou semeadura.O Terceiro o sistema de distribuio a lano (pouco usado) e em linhas.Como quarto fator, o tipo de preparo de solo e a umidade do mesmo.O sistema de distribuio de sementes mais usado o de plantio em linha, porque

    apresenta as seguintes vantagens:a) distribuio uniforme das sementes;b) maior eficincia na utilizao do adubo pelas plantas;c) menor possibilidade de danos s plantas quando na utilizao de herbicidas pr-

    emergentes.

    Vamos descrever como plantado o trigo em nossa propriedade e/ou comunidade:

    1) Plantio Direto

    O plantio direto traz as seguintes vantagens: como a diminuio de custos em hora/mquina e combustvel, investimentos; a

    reduo drstica da eroso e economia de tempo, reduzindo substancialmente operodo entre a colheita da cultura anterior e o estabelecimento da nova cultura;aumento e manuteno da gua no solo; aumento de vida no solo, principalmentede minhocas.

    O uso de herbicida um requisito fundamental nesse sistema de plantio, pois h

    necessidade de eliminar a vegetao existente antes da implantao da nova cultura. Para issoso usados alguns agrotxicos como o Paraquat, Glyphosat, 2.4 D, etc.

    Comente as vantagens e desvantagens do plantio direto que voc conhece:

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    2) Plantio Convencional

    No Sul do Brasil o arado de discos usado no preparo do solo, acompanhado de trabalhoscomplementares com grade leve ou niveladora (uma ou duas passagens), para odestorroamento do solo. Este preparo foi largamente usado no revolvimento do campo nativona poca da expanso da rea de cultivo de trigo. O sistema permite a incorporao de

    resduos das culturas, invasoras, adubos e corretivos a uma grande profundidade. O trabalhosuplementar da grade destorroa completamente o solo, formando uma boa cama para agerminao dos cereais, h tambm um controle efetivo de plantas invasoras e molstias quepermaneceriam nos resduos das culturas no caso se estes no fossem incorporados. Aconjugao de arado e grade, pelo grande revolvimento do solo, tornando-o muito mais sujeito eroso, se usado continuadamente, provoca uma compactao do solo a uma certaprofundidade, que limita seriamente a passagem de razes e gua.

    VIIPOCA DE PLANTIO E CULTIVARES RECOMENDADOS

    A poca de plantio recomendada conforme divises chamadas zonas. No mapa aseguir vamos conhecer como esto divididas estas zonas do sudoeste do estado do Paran.

    SUDOESTESUDOESTE

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    Conforme as zonas identificadas no mapa veremos agora as pocas de plantio eas cultivares conforme suas regies.

    ZONA ECICLO DAS

    CULTIVARESMAIO JUNHO JULHO

    I II II I II III I II III

    PRECOCEINTERMEDIRIO P

    PP

    PP

    PP

    P

    LATITUDE (S)24 50 a 25 50

    LONGITUDE (W)52 20 a 54 40

    ALTITUDEabaixo de 600 metros

    ZONA FCICLO DAS

    CULTIVARESMAIO JUNHO JULHO

    I II III I II III I II

    PRECOCEINTERMEDIRIO P

    PP

    PP

    PP

    PP

    LATITUDE (S)24 15 a 26 15

    LONGITUDE (W)48 32 a 53 50

    ALTITUDE800 a 1000 metros

    PROLA DOESTELATITUDE LONGITUDE ALTITUDE

    2550 5345 480

    Cultivares de trigo recomendado e com disponibilidade de sementes no municpio. Zona F:

    CULTIVARCICLO/diasESPIGAMENTO

    ALTURAcm

    MATURAO/DIAS TOLERNCIA Al+++

    BR 18TERENA 62 74 114 MSBR 23 73 85 128 ModeradamenteToleranteBR 35 73 91 128 ToleranteBRS - 120 74 91 124 MTBRS49 72 97 124 TCOODETEC 104* 74 81 118 Moderadamente sensvelCOODETEC 105* 64 81 121 MTIAPAR 78 71 88 120 MTIPR 84 81 91 135 MT

    IPR 85 60 85 113 MTOCEPAR21 77 88 128 MTOCEPAR22 75 97 131 MTRUBI* 84 88 131 MTOUTROS CULTIVARES PLANTADOS: GRANITO, OR-1...

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    VIIIDENSIDADE, ESPAAMENTO E PROFUNDIDADE DE SEMEADURA

    1) Densidade

    A densidade de sementes utilizadas na semeadura do trigo um fator que determina oestabelecimento da populao ideal de plantas na lavoura de numa determinada cultivar. As

    densidades variam de 200 a 400 sementes viveis/m2

    , em funo do ciclo, porte das cultivarese, em algumas vezes, quanto aos tipos de solo e clima.A quantidade de sementes por metro linear ou metro quadrado deve ser calculada em

    funo do resultado do teste de germinao em laboratrio ou emergncia a campo.Considerando que cada 100 gr. de semente contm em torno de 150 sementes. Quanto Kg

    de sementes iremos gastar para plantar 1 ha de trigo com a densidade de 350 plantas pormetro quadrado?

    2) Espaamento

    O espaamento recomendado para o trigo em torno de 17 cm entre linhas, outrosespaamentos so possveis, mas no devem ultrapassar 20 cm. Em solos com boafertilidade e sem Alumniotrocvel, se d preferncia a espaamentos menores.

    Considerando um espaamento de 17 cm e uma densidade de 400 sementes por m2,quantas sementes ns devemos colocar em um metro linear?

    3) Profundidade

    A profundidade deve ficar em torno de 2 a 5 cm dependendo principalmente da umidadeexistente no solo.

    Deve-se dar preferncia semeadura em linha, por distribuir mais uniformemente as

    sementes; pela maior eficincia na utilizao de fertilizantes e menor possibilidade de danos asplantas, quando da utilizao de herbicidas de ps-emergncia.A quantidade necessria de sementes dada pelas seguintes frmulas:

    N de sementes/m linear = nmero de sementes/m2 X espaamento (cm)Poder Germinativo (%)

    Sementes Kg/ha = nmero de sementes/m2 X peso de mil sementes (gramas)Poder Germinativo (%)

    Sementes sacas/alq. = nmero de sementes/m2

    X peso de mil sementes (g) X 0,0484Poder Germinativo (%)

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    Na prxima tabela, encontra-se o nmero aproximado de sacas de sementes necessrias poralqueire, baseado em funo do peso de mil sementes e do poder germinativo, calculado paraa densidade de 300 sementes/m2. A utilizao de densidade adequada em relao a essesfatores, para cada cultivar, pode reduzir consideravelmente parte do custo de produo, emrelao ao item sementes.

    NECESSIDADE APROXIMADA DE SACAS DE SEMENTES DE TRIGO POR ALQUEIRE,PARA A DENSIDADE DE 300 SEMENTES POR METRO QUADRADO.

    PG%

    Peso mdio aproximado de mil sementes (gramas)30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

    100 4 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 799 4 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 798 4 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 797 4 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 796 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 895 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 894 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 893 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 8 892 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 891 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 8 8 890 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 889 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 888 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 887 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 886 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 885 5 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9

    84 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 983 5 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 982 5 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 981 5 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 980 5 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9

    EXEMPLO: Vamos supor que uma determinada cultivar possua 92% de podergerminativo e um peso mdio de mil sementes igual a 43, a quantidade de sementesnecessrias para semear um alqueire ser aproximadamente de 7 sacas. Para outra cultivarcom a mesma percentagem de germinao e peso de mil sementes igual a 31, a necessidadeaproximada de sacas por alqueire ser de 5. Portanto, tem-se uma diferena de 2 sacas poralqueire. Se multiplicarmos essa diferena pelo preo da saca de semente e a quantidade derea (alqueires) a ser cultivada, teremos uma estimativa da economia em sementes.

    4) Tratamento de SementesDevido a grande incidncia de agentes patgenos, j comprovados que so transmitidos

    atravs das sementes, se torna necessrio, o tratamento das sementes para que no haja acontaminao da lavoura, pois se isso acontecer, a cultura est totalmente comprometida.

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    IX - DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO

    Nesse captulo vamos ver todo o desenvolvimento da cultura do trigo desde germinaoat a colheita.

    1) Germinao

    Quando a semente colocada para germinar inicia-se uma srie de etapas que vodesde a absoro de gua at a sada do coleptilo, na superfcie do solo. Para que issoocorra, necessria a conjuno dos seguintes fatores, em nveis favorveis:

    gua temperatura oxignio

    A presena da luz no condio essencial para desencadear esse processo.A absoro de gua segue at a semente atingir 40% de umidade quando ento se-inicia

    o processo enzimtico. Esse processo leva de 5 a 14 dias e a temperatura mnima para que

    isso ocorra est entre 3,0 a 5,5 C, sendo que as temperaturas timas variam de 20 a 25 C.

    Quando a temperatura est tima o perodo de germinao menor e quando est aoredor da mnima esse perodo maior.

    2) Afilhamento

    Aps a emergncia, h o aparecimento progressivo de diversas folhas. Em paralelo, otecido meristemtico e os primeiros ns da folha (de onde provem as folhas, razes e afilhos),so deslocados e posicionam-se logo abaixo da superfcie do solo. Esse conjunto foi referidoanteriormente com o ponto de crescimento ou coroa.

    Em seguida, tornam-se visveis, as estruturas laterais chamadas de afilhos ou perfilhos,e o estgio de desenvolvimento denominado afilhamento. Todos os cereais de estao friacultivados no Brasil emitem afilhos.

    A fase do afilhamento termina quando inicia o alongamento dos entre-ns e h adiferenciao da espiga (pancula) no ponto de crescimento.

    3) Alongamento do Colmo

    Terminando o afilhamento, a planta tem um acelerado crescimento dos entre-ns e dasbainhas foliares, aumentando a estatura da planta, paralelamente h o desenvolvimento dos

    afilhos e das espigas da planta me.O incio desta fase caracterizado pelo aparecimento externo do primeiro n na base daplanta. Pouco antes da emergncia da espiga, a inflorescncia j atingiu grande tamanho eest envolta na bainha da folha bandeira. Este intumescimento caracterstico, chamado deemborrachamento. Nesta etapa, surge a ltima folha, denominada folha bandeira. Etapamuito sensvel a danos por geadas.

    4) Emergncia das Inflorescncias

    O aparecimento externo da inflorescncia um estdio crtico do ciclo da planta. Ela est,neste momento, atingindo a estatura final, plena rea foliar, sistema radicular praticamente

    formado e realizando a fecundao dos vulos.

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    O surgimento das inflorescncias no coincide com o florescimento. Em trigo, a aberturadas anteras se processa alguns dias (ao redor de 5 a 7 dias) aps a plena emergncia dasinflorescncias.

    O florescimento, ocorre primeiro no colmo principal e aps nos afilhos, na mesma ordemde seu aparecimento. Dentro de cada espiga, inicia-se na parte central-superior e progride paraa parte basal e apical. O tempo requerido para que uma espiga realize a fecundao em todas

    as flores de 3 a 5 dias.

    5) FertilizaoA fertilizao em trigo, ocorre praticamente durante o dia (80 a 90% das flores). A

    abertura depende das condies climticas, temperaturas de 13 a 25 C so favorveis,enquanto que em dias de chuva, dias nublados e frios favorecem a abertura das flores. Cercade 2 horas aps o gro de plen ter cado no estigma ele comea a germinar.

    6) Formao dos Gros o perodo que vai desde a fertilizao do vulo, mxima acumulao de matria seca

    nos gros e caracteriza-se pela formao do embrio e deposio de reservas no gro. O

    material carreado aos gros provm da fixao de gs carbnico (CO 2), realizadas pelas reasverdes, neste perodo, e pela utilizao de nutrientes previamente armazenadas no colmo, nasfolhas e nas razes.

    A durao deste perodo vai de 30 a 50 dias. Os fatores que diminuem esse perodo so:alta temperatura, baixa umidade do solo e dias longos e ensolarados. Para que o perodoaumente so necessrios dias nublados, temperaturas baixas e solo com boa umidade.

    Vamos conhecer agora uma escala de desenvolvimento da cultura chamada de FEEKESLARGE:

    Conhecendo a escala e os estdios de desenvolvimento da cultura do trigo, vamosdescreve-los sucintamente:

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    XDOENAS DO TRIGO

    Uma das principais causas de perda na produtividade, devido falta de controle dedoenas, que muitas vezes no so controladas, porque o agricultor no as conhece.

    Entre outras doenas que diminuem a produtividade do trigo, quais as que eu conheo?

    Veremos a seguir algumas doenas da cultura do trigo e seus respectivos controlesapropriados:

    Doenas Sintomas Controle

    1) Ferrugem dafolhaPuccinia reconditaRob. Ex Desin

    O fungo ataca principalmente as folhas, podendoestender-se s bainhas e a outros rgos da planta. Adoena caracteriza-se por apresentar pstulas deformato arredondado e colorao amarelo-alaranjado,dispostas sem ordenao nas folhas. Ocorre desde afase de perfilhamento at a maturao.

    - uso decultivares resistentes

    - pulverizaescom fungicidas

    - eliminao detrigo voluntrio.

    2) Ferrugem doColmoPuccinia graministritici. Eriks. &Henn

    A molstia manifesta-se principalmente em colmos,podendo infectar ainda folhas e espigas. Produzpstulas alongadas de colorao marrom-avermelhada, que rompem a epiderme da plantaexibindo os esporos de colorao ferruginosa. Suaocorrncia se d principalmente na fase deespigamento.

    - uso decultivares resistentes

    - pulverizaescom fungicidas

    - eliminao dotrigo voluntrio

    3)Mancha da GlumaSeptorioseSeptoria nodorum

    A SEPTORIA infecta as folhas, colmos, espigas esementes. Os sintomas manifestam-se inicialmentenas folhas como manchas marrom-clara ou escura,com halos violceos. Com o progresso da infeco, asleses adquirem colorao castanha, com o centroclaro, contendo em seu interior os rgos dereproduo do fungo. Os ns, quando atacados,apresentam-se enrugados e quebradios e as espigasapresentam glumas de colorao marrom-escurascom as aristas arrepiadas. Em ataques severos, asplantas quebram facilmente na regio dos ns,

    produzindo gros chochos. Os sintomas iniciais dessadoena podem ser confundidos com os dahelmintosporiose.

    - escolha devariedades com melhornvel de resistncia- rotao de

    culturas e enterro derestevas- tratamento de

    sementes- pulverizaes de

    sementes- procurar manter a

    rea livre de trigovoluntrio e outrasgramneas.

    4)Mancha da Folha

    SeptorioseSeptoria tritici

    Manifesta-se nas folhas sob forma demanchas alongadas, de aspecto aquoso e decolorao verde-escura, paralela a nervura. Com oprogresso da infeco as leses podem afetarparte ou toda a folha, a qual adquire coloraopalha, onde so observados numerosos pontosproeminentes com colorao preta. O patgenopode atacar tambm outras partes da planta como

    espigas e colmos.

    - escolha de cultivarescom nvel deresistncia- rotao de culturas e

    enterrio de restevas- pulverizaes com

    fungicidas- procurar manter a

    rea livre de trigovoluntrio e outrasgramneas.

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    5)HelmintosporioseHelminthosporiumsativum

    A molstia, tambm denominada mancha angular, pode ocorrer em qualquer estdio dedesenvolvimento da planta. Nas folhas, os sintomasiniciais caracterizam-se por pequenas manchas,alongadas, de colorao marrom-escura ou preta, comhalos amarelados, que ao evolurem causam a morte

    prematura das folhas.Nos ns, as leses so castanhas-escuraspodendo, em ataques severos, ocasionar oestrangulamento destes. Sob condies favorveisobserva-se a multiplicao do fungo neste local, sendofavorveis observa-se a multiplicao do fungo nosns, sendo a doena tambm denominada de carvo-do-n.

    As espigas, quando atacadas, apresentam lesesde colorao escura. As espiguetas, quando mortas,adquirem colorao palha, tornando-se pretas quando

    h frutificao do fungo. Nos gros, o sintomacaracterstico denominado de ponta preta. Sobcondies severas de ataque os gros produzidos tmaspecto enrugado.

    - escolha decultivares comnvel deresistncia

    - rotao deculturas

    - tratamento desementes- pulverizaes

    com fungicidas- rea livre de

    trigo voluntrio ede invasorasgramneas

    6) GiberelaFusarioseGibberella zeae(Schw.) Petch(=FusariumgraminearumSchwabe)

    O ataque de Fusarium pode ocorrer em qualquerestdio de desenvolvimento da planta. Suaimportncia maior quando ocorre na floraoresultando no aborto de flores e produo de groschochos. Nesta fase o sintoma caracterstico dadoena a morte de algumas espiguetas ou de todaa espiga, exibindo uma massa de colorao rosadaformada pelo miclio do fungo, que mais tarde, adquirecolorao escura devido as pontuaes negras queso rgos de frutificao da Giberela. As sementesinfectadas so enrugadas e de cor rosa ou branca. Ofungo transmitido atravs das sementes e podecausar a morte das plntulas. tambm conhecidacomo Sarna, Golpe Branco, Giberela, Mal Branco ouMorte da Espiga.

    - escolha de cultivarescom melhor nvel deresistncia

    - rotao de culturasno suscetveis eenterrio da resteva

    - tratamento desementes- pulverizaes

    7) Odio Esta doena tambm conhecida como mofo ou

    cinza, por apresentar nas partes areas da plantaaspecto de mofo, devido a massa de miclio do fungo.Esse miclio inicialmente de cor branca, passa aacinzentada com pontculos escuros.

    - escolha de cultivares

    com melhor nvel deresistncia- pulverizaes

    8) Antracnose Caracteriza-se pela ocorrncia de pequenas lesesde forma elptica de colorao escura,principalmente na regio da coroa e parte inferiordo colmo das plantas. Infeces severas reduzemo vigor das plantas, causam acamamento nalavoura e produzem gros enrugados.

    - Rotao de culturas eenterrio de restevas- Procurar manter a

    rea livre de trigovoluntrio e outrasgramneas

    - Tratamento desementes comfungicidas.

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    9) Mal-do-p Os ataques de fungos s razes causam leses decolorao preta brilhante. Sobre estas, podem sedesenvolver crostas escuras formadas pelo miclio, dofungo e suas frutificaes em forma de pequenosgrnulos. Na lavoura, as plantas infectadas podemmorrer prematuramente ou produzir espigas

    esbranquiadas e eretas, com a formao de gros ousem formao de gros.

    - Pousio de inverno erotao de culturas- Procurar manter a

    rea livre de trigovoluntrio e outrasgramneas.

    Obs: esta doena provocada muitas vezes pelo uso inadequado de calcrio, comprometendomuitas vezes toda a produo da safra, alm de ser necessrio o pousio da rea infectada por 3anos, ou a rotao de culturas com leguminosas.

    XIPRAGAS DE CAMPO

    Os insetos, se no transmissores de fitopatgenos (doenas), somente tornam-se

    pragas quando atingem nveis populacionais que causam dano econmico produo,justificando nessas condies, a aplicao de medida de controle de efeito imediato e eficiente.nfase deve ser dada integrao de medidas de controle biolgico sobre as pragas.

    O ataque de pragas na fase inicial da cultura relativamente pouco e no ocasionasrios danos a cultura. Essas pragas vo causar problemas apartir do emborrachamento.

    Deve-se acompanhar atentamente o desenvolvimento das populaes de pragas e dosseus inimigos naturais, principalmente ao aproximar-se a tendncia de rpido crescimentopopulacional dessas. A deciso de aplicar inseticida somente deve ser tomada quando apopulao atingir os nveis de danos econmicos indicados. Quando ocorrer essa situao, aescolha de produtos mais seletivos fundamental para a preservao dos parasitides epredadores, que poderiam manter o controle as populaes de pragas ressurgentes, aps aaplicao. O uso correto desses produtos, em princpio, permitiria o aumento das populaesde inimigos naturais, possibilitando, dessa forma, a reduo do nmero de aplicaes deinseticidas.

    As principais pragas so: Pulgo Amarelo e Pulgo Vermelho. Sendo que estas pragasno afetam a planta diretamente mas ocasionam doenas como as fngicas, da anecessidade de controle dessas pragas.Quais as pragas que atacam o trigo em nossa propriedade ou na nossa comunidade?

    XIIPLANTAS DANINHAS

    12.1) Controle cultural

    Consiste em utilizar caractersticas ecolgicas da cultura e da planta da planta daninha, detal forma que a primeira leve vantagem na competio. O uso desse mtodo, alm de auxiliarqualquer outro tipo de controle, no aumente os custos de produo.

    A essncia do controle cultural consiste em obter uma lavoura sadia, de crescimentorigoroso, e que fecha, rapidamente, a rea semeada. Para isso, preciso observar os

    seguintes pontos:- escolher as cultivares recomendadas para as condies de clima e solo- empregar semente fiscalizada

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    - semear na poca indicada para a regio, usando a quantidade de sementes e osespaamentos recomendados.

    - empregar a quantidade de adubo recomendada- observar o sistema de rotao de culturas.

    12.2) Controle Mecnico

    Em regies de pequenas reas de cultivo, que ocorrem geralmente compequenos e miniprodutores rurais, sugere-se o controle manual das plantas daninhas (capina).

    12.3) Controle QumicoO Trigo semeado a alta densidade, pelo que no permite o uso de cultivadores e

    dificilmente o uso de enxada.quando no h disponibilidade de mo-de-obra, ou o tamanho dalavoura e/ou o grau de infestao no permitirem o controle manual das plantas daninhas, que se recomenda o uso de Herbicidas, mantendo-se a cultura, se no limpa, pelo menos combaixa densidade de ervas daninhas durante o ciclo. O prejuzo causado pelas infestantesdepende tambm da agressividade das espcies. O uso de herbicidas no dispensa, porm, asprticas culturais e preventivas, como forma de reduzir a infestao do terreno.

    12.3.1) Cuidados na aplicaoNa utilizao de pulverizador, devero ser tomados cuidados com a altura de conduo

    da barra na aplicao dos ps-emergentes, para permitir boa cobertura sobre as plantasdaninhas pelos herbicidas.

    Na presena de orvalho, no aplicar herbicidas de contato, podendo ser usado herbicidasistmico, desde que sejam aplicados com baixo volume de calda.

    No aplicar herbicidas de ps-emergncia quando ocorrerem perodos de estressehdrico, de umidade relativa do ar inferior a 50% e de temperatura do ar igual ou inferior a 10C,pois nessas situaes a eficcia dos herbicidas prejudicada. Aplicar na poca de crescimentointenso das invasoras.

    Em lavouras nas quais, nas vizinhanas, existirem culturas de folhas largas, como soja,feijo e frutferas em geral, recomenda-se a utilizao de 2,4D (amina) em vez de 2,4D (ster),para diminuir possveis efeitos fitotxicos de deriva.

    12.3.2) Controle Qumico em Plantio DiretoCom esse sistema, o solo no sofre qualquer preparo, e o controle das plantas daninhas

    representa principal fator de sucesso. Esse controle obtido pelo efeito conjugado da presenados restos culturais (palha), e pela utilizao de herbicidas, quando necessrio. Os herbicidaspodem ser usados em duas etapas:

    - Pr-semeadura: consiste na eliminao das plantas daninhas aps a semeadura,

    utilizando-se herbicidas de contato ou sistmicos de ao total. tambm chamada deoperao de manejo.- Ps-semeadura: consiste na eliminao das plantas daninhas aps a semeadura,

    utilizando-se os mesmos herbicidas recomendados no plantio convencional.

    Quando aplicar antes do perfilhamento as folhas podem soldar-se pelas margens ficandosemelhante a folha de cebola, dificultando a sada de espiga e provocando o encurvamento dopednculo, como tambm as deformaes da espiga. Quando aplicado no emborrachamentoos herbicidas hormonais prejudicam o enchimento de gros, provocando a formao deespigas leves, estreitas e alongadas, em prejuzo do rendimento e qualidade dos gros.

    O Basagran* e o Ally* podem ser aplicados em qualquer fase de desenvolvimento do trigo.

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    Em algumas situaes (altas infestaes de plantas daninhas bem desenvolvidas),fazem-se necessrias duas aplicaes em pr-semeadura. A primeira dever ser feita, nomnimo 10 dias antes da semeadura; na segunda, utiliza-se a metade da dose recomendada,no mnimo 3 dias antes da semeadura. Nesse ltimo caso no se deve incluir o herbicida 2,4-D.

    Escreva o que voc entende por plantas daninhas:

    Cite as plantas daninhas mais comuns nas lavouras de trigo que voc conhece:

    XIIICOLHEITA

    A colheita dos cereais de estao fria no sul do Brasil, vai desde o fim de Outubro at ocomeo de Dezembro.

    As condies meteorolgicas durante o perodo de colheita so favorveis a esta prtica. Astemperaturas so relativamente elevadas propiciando rpida secagem. H perodos curtos deprecipitao que so seguidos de tempo seco. Com isso os eventuais retardamentos por causade chuva no so freqentes.

    A colheita da lavoura deve ser procedida o mais rpido possvel aps os gros terematingido o ponto ideal de secagem; de extrema importncia, tanto para garantir a

    produtividade da lavoura quanto para assegurar a qualidade final do gro.

    As lavouras de trigo podem ser colhidas antecipadamente, visando escapar de chuvas namaturao plena, evitando-se o problema de germinao na espiga, dentre outros. Nesse caso,para colheita ao redor de 20% de U, aconselhvel a regulagem cuidadosa da colhedora.Sugere-se, nesse caso, folga entre cilindro e cncavo de 6 mm e 1300 rpm de rotao nocilindro. Deve-se ter cuidado especial na velocidade e na localizao do ar ventilador,lembrando que tanto a palha quanto o gro esto mais pesados.

    1) Sistema de Colheita

    O sistema de colheita pode ser manual ou mecnico, este ltimo realizando o corte e atrilha numa mesma operao ou em separado. Cada sistema pode ser empregado emdiferentes momentos da maturao dos gros. Eles podem ser com alta umidade (at 30%) oucom teores ao redor de 13%, como normalmente procedido.

    A colheita com alta umidade pode ser feita cortando-se a planta rente ao solo(manualmente) e deixando secar em medas. A secagem neste sistema no h perdas degros, eles vo perdendo gua progressivamente at atingirem cerca de 13% de U quandoesto aptas para serem trilhadas.

    Este sistema pouco utilizado mais muito importante em reas de colheita manualquando dispe de trilhadeiras facilmente disponvel. Neste caso a umidade das folhas nointerfere na colheita e a palha vai perdendo umidade ao mesmo tempo em que o gro. importante no entanto no colher os gros antes da maturao fisiolgica. Esta s atingida

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    quando o gro reduzir a umidade a 30 a 45%. A colheita manual com o gro com alta umidade muito importante principalmente em variedades com tendncia e debulha.

    A colheita dos gros com alta umidade pode ser feita com colheitadeira, embora esseequipamento pode trazer uma srie de inconvenientes, como: a palha est com muitaumidade e pode embuchar a mquina; a trilha do gro imperfeita, perdendo-se muitas

    espiguetas com os gros aderidos; h maiores probabilidades com as quebras de gros, e hnecessidade de secagem com secadores.

    2) Ponto Ideal de Colheita

    A umidade adequada para efetuar a colheita situa-se entre 15 a 17%, quando os teores de uidade estiverem muito acima ou abaixo destes valores pode acarretar danos mecnicos assementes, prejudicando sua qualidade.

    Quando a lavoura destina-se a produo de sementes o cuidado com a semente deve sermaior, pois quando a semente colhida com umidade acima de 17% a queda de germinao

    aumenta sensivelmente.

    XIVCOMERCIALIZAO

    Ficha de apoio:

    Pg. 031) Quais seriam as vantagens do cultivo de Trigo para melhorar a economia do Brasil?

    - diluio dos custos das lavouras de vero- viabilizao da rotao de culturas- aumento da oferta de empregos

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    - melhoria da renda dos estados e municpios- contribuir para diminuir o dficit comercial.

    Pg. 05UTILIZAES DO TRIGO:

    - rosquinha, po, macarro, tortas, bolos, cucas, pastel, bolachas, bolinhos, farinha de

    rosca, rao, farelo de trigo, pizzas, pudins.

    Pg.09Plantio Direto

    Vantagens Desvantagens

    Mantm adequada cobertura morta sobre osolo que atua no(a):

    Mquinas especiais, que custam um valor alto;

    Reduo da evaporao, e proteo dosagregados da superfcie do terreno contra

    efeitos corrosivos da chuva e do escorrimentosuperficial;

    Uso de agrotxicos que polui a gua e osalimentos que consumimos;

    Aumento da infiltrao e do armazenamentode gua no solo;

    Aumento de vida no solo, principalmente deminhocas;Melhoria no controle da germinao desementes de plantas infectantes;Economia de fertilizantes e combustveis, eno reduz a vida til das mquinas;

    Custo operacional menor por exigir menorquantidade de horas mquinas trabalhadas doplantio a colheita;