FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Orientação profissional na escola pública não é um luxo, mas sim, uma

necessidade.

Autor: Neocimara Mintkewski

Disciplina/Área: (ingresso no PDE). Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto

e sua localização:

Colégio Estadual General Eurico Gaspar

Dutra

Município da escola: Virmond-Pr

Núcleo Regional de Educação: Laranjeiras do Sul

Professor-Orientador: Drª Suzete Terezinha Orzechowski

Instituição de Ensino Superior: Unicentro

Relação Interdisciplinar: Não haverá outras disciplinas envolvidas

no desenvolvimento do trabalho

Resumo: Este projeto apresenta-se em forma de Caderno Temático e tem como objetivo realizar uma intervenção com alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Eurico Gaspar Dutra – EFM, do município de Virmond-Pr-Brasil. Tem como pretensão ser uma alternativa de trabalho para os/as colegas pedagogos/as. A presente proposta contempla momentos de reflexão sobre autoconhecimento, escolhas e as implicações do mundo do trabalho. Busca mostrar e orientar os alunos com relação aos diferentes programas de ingresso na Universidade (Enem, Sisu),vestibulares e sobre a importância de estudos. Discutir as dificuldades encontradas na escolha das profissões e como a escola pode contribuir para ajudar o aluno que nesse

momento, se vê cercado muitas vezes de grandes incertezas quanto ao seu futuro profissional fornecendo subsídios para uma escolha mais consciente. Pois, ao final do Ensino Médio os alunos apresentam muitas dúvidas e insegurança a respeito de que caminho seguir no momento de prestar vestibular, e, também por se entender que a fase da escolha da profissão acontece justamente na adolescência, tornando-os mais suscetível emocionalmente. Portanto, não se sente preparado, ainda mais quando é submetido à pressão de uma sociedade que exige dos adolescentes/jovens a independência e autonomia financeira, é que se idealizou essa proposta.

Palavras-chave: Escolha Profissional; Adolescência;

Trabalho; Ensino Médio.

Formato do Material Didático: Caderno Temático

Público: Alunos do 3º ano do Ensino Médio

1. APRESENTAÇÃO

ste material didático está organizado na forma de Caderno Temático é

parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE, e tem a finalidade de trazer subsídios teóricos e práticos para auxiliar o

professor pedagogo da escola pública paranaense no sentido de orientar os alunos

do 3º ano do Ensino Médio a uma escolha profissional mais condizente com suas

necessidades. As atividades estão organizadas em três unidades e tem a

intencionalidade de contemplar temáticas relacionadas ao autoconhecimento,

projetos futuros, escolhas, os desafios profissionais, o mundo do trabalho e formas

de ingresso na Universidade.

É comum enquanto pedagoga de uma escola pública ouvir relatos dos jovens

sobre preocupações e expectativas quanto ao futuro próximo. Constata-se que

necessitam de espaço para discutir, debater, expor e trocar ideias e conhecimentos a

respeito das expectativas juvenis.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB

9394/96 onde dispõe como finalidades propostas para o Ensino Médio do nosso

país:

I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.

Percebe-se que nas escolas públicas estes debates e discussões relativos à

continuidade de sua escolarização são quase inexistentes.

Para tanto é necessário que ao término do Ensino Médio a escola traga

elementos da realidade que fundamentem questões referentes às expectativas

juvenis relativas a vida laboral, de modo que a instituição escolar cumpra a sua

função na sociedade contemporânea como prevê a LDB. Se a escola não atende as

expectativas dos jovens, ela perde o sentido.

Constata-se que há uma grande preocupação com o vestibular e muitas

dúvidas com relação à escolha do curso. Os jovens buscam na escola um espaço

que ofereça informações sobre o vestibular e que também lhes dê orientações e

encaminhamentos para o seu futuro.

Para tanto podemos perceber a importância de a escola pública oferecer um

programa de Orientação Profissional a esses adolescentes/jovens, sendo que

muitos já estão inseridos no mundo do trabalho, seja ajudando seus familiares ou

com trabalhos temporários para poder suprir suas necessidades. Este programa

busca auxilia-los a fazer uma escolha tranquila e segura, dar-lhes a possibilidade de

falar sobre suas dificuldades, obstáculos, dúvidas, aptidões e desejos, dessa forma

fazer os orientandos compreenderem o que desejam, para poderem assumir um

projeto de vida levando em conta seus interesses e a sua realidade pessoal.

Segundo Dias e Soares (2007), “a escolha profissional faz parte de um projeto

profissional que implica pensar o futuro, construir um cenário de realizações de

interesses e desejos e que deve se estabelecer a partir do autoconhecimento.” O

autoconhecimento por parte do educando é importantíssimo para sua escolha

profissional. Entende-se que o papel do pedagogo enquanto orientador deste

processo não é dar uma resposta pronta ao orientando, mas sim, auxiliá-lo para que

chegue a uma decisão pessoal responsável . O processo de escolha é sempre do

aluno que a partir de seus interesses, valores pessoais e sociais, influências

familiares e expectativas de vida que auxiliarão na tomada de decisão quanto ao seu

futuro.

Neste sentido o trabalho busca trazer informações sobre o mundo do

trabalho, reflexões sobre a identidade dos educandos, autoconhecimento, projetos

futuros, bem como informações relativas à entrada na Universidade. Portanto, o

projeto objetiva contribuir para um plano de vida profissional dos estudantes, bem

como proporcionar aos pedagogos subsídios para a prática de um trabalho voltado a

orientação profissional na escola pública.

2. MATERIAL DIDÁTICO

UNIDADE 1 – AUTOCONHECIMENTO

1.1. Fundamentação Teórica.

ara escolher ou para saber o que fazer, antes é necessário se

conhecer: identificar seus gostos, reconhecer suas principais

habilidades, fragilidades e suas perspectivas quanto ao futuro.

Diante disso Neiva (2010, p.205) salienta que: “o autoconhecimento diz

respeito ao quanto o indivíduo sabe sobre os diferentes aspectos de sua pessoa que

são relevantes para a sua escolha profissional: características pessoais, habilidades,

interesses, valores entre outros”. Os adolescentes apresentam dificuldades em se

conhecer, pois o momento em que estão vivenciando muitas vezes dificulta este

autoconhecimento em função dos medos e frustações da fase de vida em que se

encontram. Isso faz com que tenha dificuldade em definir sua identidade, devido à

transição da fase infantil para a adulta, o que interfere na escolha da profissão.

É importante que cada um conheça a si mesmo, pois o autoconhecimento é o

ponto de partida para o crescimento emocional, intelectual e pessoal. Saber quais

são os seus reais valores. À medida que conheço melhor a mim, conheço melhor as

coisas que me cercam para isso é necessário observar, refletir e ter alguém mais

experiente para compartilhar e orientar.

Para o adolescente a fase da escolha é uma fase de conflitos e mudanças.

Diante disso, Mahl e Neto (2005, p.51) destacam que: “o adolescente não sabe

direito quem ele é, pois está deixando de ser criança, mas não sabe bem o que está

se tornando, pois ainda não é um adulto”. As atividades de orientação profissional

devem vir de encontro a estes conflitos e angústias, para que possa auxiliar o jovem

a pensar e refletir sobre o mundo que o cerca, as suas dúvidas, incertezas e medos

e assim construir sua identidade. Pois nesse momento sua identidade está em crise,

há dificuldade de aceitar as mudanças, não sabe ao certo se é adulto ou

adolescente. O que gera conflitos emocionais, psicológicos e sociais, por isso é

necessário que se adapte a essa nova fase e tenha uma nova visão de mundo para

que possa enfrentar os problemas com maior consciência e maturidade.

Nesse sentido os encontros de orientação estarão centrados em dinâmicas e

reflexões sobre: autoconhecimento, a influência da família e a escolha do

adolescente. Esses são fatores que auxiliam numa escolha mais segura, em relação

ao seu futuro, tornando-o sujeito de sua própria decisão.

Um dos objetivos específicos do projeto é favorecer o autoconhecimento dos

estudantes levando-os a entender que uma escolha implica em deixar de lado uma

série de outras atividades que também poderiam ser de seu interesse.

Para tanto esta unidade contempla atividades que envolvem dinâmicas de

grupo, estudos de textos, mensagens, vídeos, etc.

1.2. Objetivos.

Refletir sobre memórias passadas e memórias futuras;

Proporcionar momentos de autoconhecimento através de reflexão e análise de

suas potencialidades e fragilidades e assim traçar de forma objetiva e prática

metas e objetivos;

1.3. Sugestões Para o Encaminhamento Metodológico.

tória de vida, autoconhecimento e

escolhas.

1ª Encontro

1º Momento: Atividade – Colcha de Retalhos

1- Passar a história da “A Colcha de Retalhos” de autoria: Conceil

Correa da Silva e Nye Ribeiro da Silva. Disponível no endereço:

http://beteramos.blogspot.com.br/2015/09/livro-digital-colcha-de-

retalho-conceil.html. Acesso em 08/08/2016.

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/desenhos-animados-

crian%C3%A7as-crian%C3%A7a-1099717/ Acesso em 21/08/2016.

Questão para debate:

O que mais lhe chamou atenção na história?

2º Momento: Construção da colcha de retalhos da

turma. Nesta atividade os alunos terão a oportunidade de se

expressar construindo um “pequeno retalho”.

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/smilie-

smiley-amor-amarelo-face-1858768/ - Acesso em: 22/08/2016.

Cada aluno desenha ou escreve algo que marcou sua trajetória escolar:

“Memórias da minha vida: O que aconteceu no mundo desde 2005 até 2016”.

Proposta de trabalho construir uma Colcha de Retalhos onde cada aluno fará

um retalho contando através de poesia, verso, desenho, pintura um pouco de suas

memórias, fatos que marcaram sua trajetória de vida até o 3º ano do Ensino Médio.

Entregar uma folha de sulfite com os seguintes questionamentos:

MINHA COLCHA DE RETALHOS

“O que vivi” “O que mais me marcou.”

“Do que me lembro com mais carinho.” “Quem foi importante para mim nessa

caminhada.”

“Como encerro está etapa (3º ano)” O que levo para minha vida...

“O que eu ainda quero construir.”

A finalização da atividade se dará com a

união das produções individuais que formará a

Colcha da turma, (pode ser usado retalhos de

tecidos) este trabalho será exposto na sala de

aula. A frase a seguir será escrita ao final do

cartaz.

Para concluir a atividade Entregar o texto

para leitura coletiva:

“Somos a memória que temos

e a responsabilidade que

assumimos, sem memória

não existimos e sem

responsabilidade talvez não

mereçamos existir”.

Autor: José Saramago

PARA REFLETIR ....

A história de uma pessoa é como uma colcha de retalhos: ela é formada dos

acontecimentos, dos momentos de alegria e de tristeza, dos sonhos (...) da vida de cada

um. A importância da relação afetiva entre as pessoas da mesma família, da escola, pois é

assim que aprendemos a amar e ser amado.

É importante refletir sobre o ser humano como um ser de projeto que se estrutura,

social e psiquicamente, também nas relações de trabalho. Entender que o homem não

anda sozinho, que há caminhos que se completam. Ninguém é igual ao outro.

Um completa o outro. Um apoia o outro formando a humanidade. Eu sou um

pedacinho no grande conjunto. Importante é querer ser costurado aos outros retalhos e não

ficar isolado. Todos unidos na procura da união e da fraternidade, cada um do seu modo,

formam a grande colcha da unidade da pluriformidade.

Todos pensam diferentes, sentem diferentes, agem diferentes. Aí está a riqueza da

diversidade, das identidades, dos valores. Todos podem ser diferentes e construir algo com

o mesmo objetivo. Desse modo, poderão se sentir parte da grande teia da vida. Nós somos

aquilo que vivemos.

Somos um pouquinho da vida de nossos pais e avós, das pessoas que estão à

nossa volta. A cultura, o modo de ser das pessoas influencia o nosso modo de ser e de ver

as coisas. Buscar a nossa própria história nos proporciona o autoconhecimento e o

conhecimento de todos e de tudo o que nos rodeia. “Entender para respeitar” nossos

sentimentos e os daqueles com quem compartilhamos a vida.

Autor: Desconhecido

3 º Momento: Dinâmica: Caixinha de surpresa

Objetivo: autoconhecimento: Falar sobre si.

Materiais: caixinha com tampa e espelho.

Procedimento:

dentro;

As pessoas do grupo devem se sentar em círculo;

− xplicar que dentro da caixa tem a foto de uma pessoa muito importante

(enfatizar), depois deve passar para uma pessoa e pedir que fale sobre a pessoa da

foto, e não devem deixar claro que a pessoa importante é ela própria;

Ao final, o pedagogo deve provocar para que as pessoas digam como se

sentiram falando da pessoa importante que estava na foto.

Debater sobre a importância de reconhecermos nossas qualidades.

Para Concluir a atividade passar a mensagem: “O pote rachado” Disponível

no endereço https://www.youtube.com/watch?v=dfHImUBsXCQ.

4º Momento: Conceito de identidade

Feedback: No encontro anterior construímos a nossa colcha de retalho,

“Somos, como essa colcha de retalhos, um pouquinho de todos com quem

convivemos e da realidade que nos rodeia, esse pouquinho cria nossa identidade.”

Isso nos torna único e insubstituível, somos pessoas com defeitos e qualidades,

precisamos nos autoconhecer e procurar superar nossos defeitos e valorizar nossas

qualidades.

Na sequencia solicitar aos alunos que procurem no dicionário o significado de

identidade e façam a leitura. No coletivo construir um conceito de identidade com as

próprias palavras.

Após as discussões acerca do assunto, questionar o que entendem por

identidade profissional (deixar que falem livremente) depois realizar a leitura coletiva

do seguinte texto: “O que é identidade profissional?” Autor: José Roberto Marques.

Disponível http://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que-e-identidade-profissional/

5º Momento: Dinâmica - Adivinhe quem sou eu?

Objetivo: Trabalhar a identidade profissional de maneira

descontraída e divertida aguçando o sentimento de não saber

quem é, e ter que descobrir-se.

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/homem-d%C3%BAvida-

menino-negro-pessoa-1529153/ - Acesso em 21/08/2016.

Consigna: Inicialmente faz-se um aquecimento corporal que termine com todos

formando um círculo, estando um de costas para o outro. Distribui-se um pedaço de

papel e um alfinete a cada um, que deve fixar o papel às costas do outro. Solicita-se

que cada participante escreva no papel às costas do colega que está a sua frente o

nome de uma profissão (pode definir com detalhes). Após todos terem escrito, pede-

se que caminhem pela sala e leiam as profissões dos colegas. Com perguntas

referente a: Quem sou eu? Trabalho em que tipo de atividades? Tenho emprego

fixo? Trabalho com pessoas? Com que objetivos etc.

Deve ficar bem claro que os colegas não podem dizer quem é o outro. Deve

limitar-se a responder às perguntas, sempre que possível, dizendo apenas “sim” ou

“não”. À medida que cada um for descobrindo a profissão, vai dizendo em voz alta

para ser confirmado ou não pelo grupo. No final todos comentam a experiência.

Comentários:

A busca de descobrir quem somos, isto é, qual papel profissional definido pelo

outro para a gente desempenhar, traz à tona uma série de conteúdos a respeito de:

* a influência dos outros na escolha da profissão;

* como a gente se sente quando o outro escolhe por nós;

* a satisfação de receber o papel de uma profissão que se deseja seguir, e outras

questões mais.

6ª Momento: Identificar habilidades dos colegas.

Explicar que este momento é muito importante para toda a turma, pois terão

que identificar habilidades dos colegas da sala. Lembrar que todos têm muitas

qualidades e que muitas vezes no dia-a-dia não percebemos o potencial de cada

um. Entregar uma ficha com os seguintes questionamentos:

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/alunos-desenho-vector-1617762/

A qual colega da sala de aula pediria

ajuda caso precisasse em.....

Nome

Atividades de cálculos e raciocínio lógico

Para lhe guiar num passeio

Para pintar uma tela de arte

Para criar uma história

Para organizar uma festa

Para socorrer um colega que passou mal

na sala

Para tocar um instrumento ou cantar uma

música

Para organizar e apresentar uma peça de

teatro

Para ajudar nas experiências da feira de

Ciências, Química e Física.

Atividades de futebol, vôlei ou em outro

esporte.

Aquele que faz piada de tudo e vive

sorrindo. (Tem mais senso de humor)

Para leitura e escrita

Aquele que ajuda mais os colegas

Ajuda a turma a pensar o que os outros

não pensaram, ou seja, são mais

observadores.

Para montar uma coreografia

Aquele que é muito organizado e

perfeccionista

Na próxima aula trazer a tabela de indicações segundo a nomeação dos

colegas para que todos possam identificar as habilidades que possuem. Deixar que

falem sobre o resultado se concordam ou discordam e por quê ?

2º Encontro

1º Momento: Questionário individual

Objetivo: Identificar sua personalidade

Responda as questões de acordo com as suas preferências.

1- Se você fosse um programa de

televisão qual seria?

2- E um animal?

3 - E um livro?

4 - E uma musica?

5 - E uma comida?

6 - Fica uma fera quando:

7 - Fica tranquilo quando:

8 - Quando está feliz gosta de:

9 - Quando está triste gosta de:

10 - O que imagina que as pessoas

pensam de você?

11 - O que te deixa inseguro ou com

medo?

12 - Qual é o seu sonho?

13 - O que pensa do futuro?

14- O que sabe fazer de melhor?

16 - O que não se imagina fazendo?

17 - Houve algum fato marcante em sua

vida?

18 - O que sua família espera de você?

19 - O que mais sente prazer em fazer?

20 - Descreva você em apenas uma

frase:

Disponível em: http://escolhadaprofissao.blogspot.com.br/2008_12_01_archive.html

Acesso em 08/09/2016

2º Momento

Dinâmica: O Naufrágio

Objetivo: Refletir a respeito da importância de uma escolha e quais as

consequências que ela trará para nossa vida.

Material didático: Quadro negro, giz, pedaços de papel, lápis ou caneta.

Atividade didática: Distribuir um pedaço de papel e lápis para cada participante.

1. O professor desenha um barco no quadro, e diz ao grupo que aquele barco está

navegando em alto mar com três tripulantes e dezoito passageiros;

2. Os passageiros são: um vaqueiro, um engenheiro, um banqueiro, uma

dentista, uma dona de casa, uma ecologista, um atleta, um programador de

computador, um pastor, um ladrão, um drogado, um político, um bêbado, uma

atriz famosa, cantor gospel, uma criança, uma professora e um operário;

3. Uma repentina tempestade avaria o barco e ele começa a afundar;

4. Existem apenas dois barcos salva-vidas;

5. Um foi arrebatado pela tripulação, todos os membros da tripulação entraram nele

e este barco salva-vidas se afastou rapidamente;

6. No outro barco salva vidas só cabem três pessoas. Como só o ATLETA sabe

manejar esse barco, ele com dificuldade coloca-o ao mar, assume o controle do

barco e grita que pode salvar mais duas pessoas.

Pergunta problematizadora: Se você tivesse o poder de decidir, nesse

momento, quem você salvaria?

Neste momento devem tomar uma decisão. Salvar dois passageiros, e

escrever no papel em suas mãos, a sua escolha; logo após, cada um deve ler a sua

decisão, explicando os motivos que o levaram a escolher aquelas duas pessoas

para serem salvas.

- Pedir que alguns voluntários digam o que sentiram ao ter que tomar a difícil

decisão.

Concluir a dinâmica dizendo:

- É claro que não se pode contestar as escolhas pessoais de cada um de nós nem

os motivos que a determinaram; mas o objetivo da dinâmica é nos levar a refletir

que, às vezes, repentinamente, temos que tomar decisões difíceis e fazer

escolhas e que as nossas escolhas geram consequências diretamente no nosso

presente e no nosso futuro.

– Não podemos colocar as emoções à frente da razão no momento de tomar uma

decisão ou fazer uma escolha.

- Cada escolha que fazemos terá uma consequência, boa ou ruim.

- As consequências estão diretamente ligadas à qualidade das nossas escolhas.

Disponível em: http://euvoupraebd.blogspot.com.br/2015/10/dinamica-da-licao-05-as-

consequencias.html#.WDJFJ7IrLIU. Acesso em 21/11/2016.

3º Momento: Vídeo

Pedro Bial: Escolhas de uma vida.

https://www.youtube.com/watch?v=47PudWEghSo Acesso em 11/08/2016.

Na sequencia entregar o texto impresso para leitura e interpretação.

Interpretando o texto

QUESTÃO 01

De acordo com o texto, assinale a única opção INCORRETA.

( ) As escolhas permitem às pessoas mudar seu estilo de vida quando bem

entender, “... a gente é o que a gente escolhe ser,...”

( ) As escolhas que fazemos dizem muito do que somos e a maneira como

encaramos o mundo e nossa própria vida.

( )Podemos mudar de opinião, de postura, mas o interessante é não anular as

vivências anteriores. "Nós somos a soma das nossas decisões".

( ) Toda decisão tem seu prós, contras e consequências; portanto, convém pensar

bem para se evitarem frustrações futuras.

QUESTÃO 02

O texto permite afirmar que:

( ) pode-se escolher entre amar e não amar.

( ) basta vontade e disciplina para que a vida esteja sempre no rumo certo.

( ) é impossível ser atriz e arquiteta ao mesmo tempo.

( ) a vida é uma sucessão ininterrupta de escolhas.

QUESTÃO 3:

A) Vocês acreditam na possibilidade de mudar a trajetória das nossas vidas?

B) As escolhas que fazemos agora podem afetar o nosso futuro?

C) Quem é o responsável pelas escolhas que fazemos?

http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/progp/ND_Operador_de_Luz.pdf

Acesso em 11/08/2016

4º Momento: Produção textual

Realizar a leitura da citação de Blauth e a partir das discussões realizadas

até este momento produzir um texto falando de suas escolhas. Após concluir o texto

em duplas ler o texto de seu colega e analisar pontos divergentes e convergentes

para compartilhar com o grupo.

Disponível em: http://cronicasetextosrblauth.blogspot.com.br/2009/

09/escolhas-decisoes.html ou Disponível em: LINIERS, Macanudo. N. 3.

Campinas; Zarabatana Books 2010. P. 95. Acesso em 12/08/2016

PRODUÇÃO TEXTUAL

Caro estudante, convidamos você, para refletir

um pouco sobre a importância das escolhas em sua

vida. Escolher demanda atitude e esta demanda

reflexão.

Viver é fazer escolhas: refletindo sobre as encruzilhadas da vida, escreva um

texto com o tema: “Viver é fazer escolhas”

“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das

consequências.” (Pablo Neruda)

TEXTO: ESCOLHAS – DECISÕES

“Todos os dias fazemos escolhas, decidimos por algo a fazer ou

não. Podem ser coisas simples como a cor de uma camisa, qual o filme

que iremos ver entre as opções apresentadas. [...] Cada um de nós é

um individuo. Único, inigualável, imperfeito, com dons e genes

recebidos independente da nossa escolha. Conhecer o que somos,

aceitar o que somos e em cima disto aprender que não temos defeitos

nem virtudes, temos características. Saber quais são, não questionar,

mas tentar tirar proveito de tudo que nos pode conduzir a viver

momentos impermanentes que são. Nada é para sempre. Culturas

mostram isto, filosofias, pensamentos, a própria história da humanidade

está ai para ser lida, estudada, e erros evitar, com acertos aprender,

com nossas próprias ideias viver.” Ricardo Garopaba Blauth.

Fonte da imagem:

http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=309

5º Momento: Texto para discussão

Cordel: A procura

CORALINA, Cora. Meu livro de cordel. 10ª ed. São Paulo: Global, 2002. Disponível no

Livro: http://atocadaspalavras.blogspot.com.br/2013/11/a-procura-cora-coralina.html

acesso em 21/09/2016

Questionamentos:

1- A família e a escola devem participar do momento de escolha profissional dos

jovens?

2- Escolher a profissão é um ato de muita responsabilidade e traz grandes

mudanças na vida de um jovem. Como você vê essa afirmação? A sociedade

prepara seus jovens para isso?

3- Você já deve ter ouvido a frase: “Fulano escolheu a profissão certa”. Como

você entende isso? Há mesmo profissões certas para as pessoas?

6º Momento: Análise de música

Para finalizar a unidade trabalhar a Música do Barão vermelho – “Amor pra

recomeçar”.

https://www.vagalume.com.br/frejat/amor-pra-recomecar.html acesso em 15/08/2016

Cantar a música com os alunos e depois pedir que façam uma autoanálise

para compartilhar com os colegas pensando em: O que você deseja para sua vida?

2.1. Fundamentação Teórica.

ivemos numa sociedade capitalista, moderna e que age na

defesa dos interesses do Capital, administrando de maneira

secundária as demandas populares, revelando sua natureza de

classe, ou seja, o Estado da classe dominante. E quem detém o poder dita as

regras.

Na atualidade, em decorrência do intenso desenvolvimento tecnológico, o

capitalismo vive uma transformação que reflete na produção e consequentemente no

mercado de trabalho. Essa transformação caracteriza-se por:

- Produção seletiva e controlada ( quantidade x qualidade);

- Automação da produção (substituição da mão de obra repetitiva por máquinas);

- Qualificação da mão-de-obra: necessidade cada vez maior de conhecimentos,

cursos universitários e o máximo de informações que o mercado atual exige.

Portanto, criou-se a necessidade de um novo mercado de trabalho, e um

trabalhador que necessita cada vez mais de qualificação, cujo ponto de partida é o

curso universitário sendo que a continuidade de aperfeiçoamento é cada vez maior.

Com a automação desapareceram algumas atividades técnicas, mudando as

atividades econômicas e criando novos setores e novos empregos.

UNIDADE 2

ESCOLHAS, PROJETOS DE VIDA E IMPLICAÇÕES NO MUNDO DO

TRABALHO

Outro agravante que podemos verificar no capitalismo contemporâneo é a

precarização das relações de trabalho. Os novos postos de trabalho que surgem em

virtude da divisão internacional do trabalho e das inovações tecnológicas não mais

oferecem, na sua grande maioria, as garantias sociais e trabalhistas, conquistadas

pelos trabalhadores ao longo de anos.

Essa, portanto, é a realidade do mundo do trabalho hoje: intensificação da

exploração do trabalhador, desemprego, precarização das relações de trabalho,

flexibilização das relações de trabalho, desregulamentação dos direitos trabalhistas,

e outros aspectos que aflige a classe trabalhadora e que provoca a exclusão social.

Torna-se necessário à classe trabalhadora construir alternativas a este

quadro desolador, ANTUNES (1999, p.88) aponta que “precisamos reconhecer a

possibilidade de emancipação do e pelo trabalho, como ponto de partida decisivo

para a melhoria das condições de trabalho na sociedade atual”.

O que está ficando claro para todos é a impossibilidade de o capitalismo dar

respostas às demandas sociais da população mundial. O emprego formal, além de

não se expandir proporcionalmente às necessidades sociais, exige cada vez mais

qualificação.

A sociedade hoje se encontra confrontada com grandes desafios: a

globalização, a sociedade da informação, a aceleração da evolução cientifica e

técnica. A grande questão da sociedade da informação é que as tecnologias mudam

muito rápido, são diferentes a cada 10 anos.

O trabalhador deve estar capacitado para desenvolver habilidades

polivalentes, entender as instruções operacionais e sujeitar-se à rigidez das normas

do estabelecimento de trabalho. Como se vê estas exigências eliminariam de

imediato parte da população mundial, desqualificada para o trabalho, nos moldes do

capitalismo atual.

É fato que a sociedade contemporânea exige hoje pessoas empreendedoras e

autônomas, que apresentem competências múltiplas, saibam trabalhar

coletivamente, com espírito de equipe e ainda que possuam capacidades de atuar

em situações inovadoras e com certo grau de complexidade, capazes de

enfrentarem possíveis desafios gerados pela própria transformação social. Portanto

faz-se necessário preparar os jovens desde cedo para o mundo do trabalho,

auxiliando-os no processo de ingresso e atuação no mercado, tornando-os

profissionais que saibam planejar ações, buscar informações e estabelecer metas,

para si e para a sociedade.

A forma como a sociedade do trabalho capitalista se organiza na atualidade,

traz uma necessidade de qualificação cada vez maior. É nesse contexto que nos

propomos a auxiliar nas escolhas profissionais dos estudantes da escola pública,

visando promover essa consciência, mantendo o foco de estudos na dicotomia

existente entre o que se deseja e o que é possível escolherem; elevando o nível de

conhecimento sobre o mundo do trabalho bem como suas implicações frente às

escolhas.

Arroyo (2007, p.52) afirma que:

O trabalho é inerente a condição humana e que reconhecer o direito ao trabalho e aos saberes sobre o mesmo deve ser o ponto de partida para indagar os currículos, indo além do referente mercantil, do aprendizado de competências. Uma proposta de educação que possibilite ao estudante condições tanto de se inserir no mundo do trabalho quanto de continuar seus estudos.

Diante de tudo isso os jovens emergem em dúvidas geradas pelo medo e

indecisão, pois temem não saber escolher algo que de retorno lhe garanta

sustentabilidade, realização e ascensão social. Sentem-se inseguros e equivocados

quando o assunto é escolher entre uma faculdade ou uma ocupação no mercado de

trabalho, além disso, precisam, muitas vezes, atrelar aos seus desejos profissionais

uma resposta frente às expectativas da família ou pessoas de convivência comum.

Buscando atender as dificuldades do adolescente atual diante da urgência em

tomar uma decisão cada vez mais cedo frente à instabilidade social e a forma atual

de organização do trabalho, complexa e injusta, e visando possibilitar ao jovem

vislumbrar formas de inserção social através de uma opção profissional mais

consciente, é o que se propõe esta unidade.

Desempenhar funções, sem dúvida faz parte de um projeto pessoal, com fins

e objetivos comuns a todos os indivíduos e devem estar ligadas as questões de

sobrevivência e realização. Sendo assim o jovem precisa entender que irá projetar-

se no mercado de trabalho, não somente para atender suas necessidades básicas,

mas também para garantir sua cidadania e de outras pessoas. Proposição possível

na sociedade contemporânea, pois apesar de ser evidente o fato, de as

oportunidades não serem ofertadas de maneira igualitária a todos os cidadãos,

distintos em classes sociais, ainda acredita-se que todos podem conquistar seus

espaços e crescerem por meio da perseverança, otimismo e competência, seja

através do trabalho ou pelo conhecimento, executando atividades profissionais

físicas ou intelectuais.

Fantasias são comuns nesta fase, pois a falta de maturidade, as influências

da família, da escola, dos amigos, bem como o modismo no campo ocupacional,

levam o jovem muitas vezes a acreditar que a melhor escolha é aquela que

acarretará em status social, fama, dinheiro e poder, assumindo uma conduta

equivocada no que diz respeito à realização pessoal.

Segundo Ferretti (1992, pg.48):

O trabalho permeia todas as esferas da vida humana, e a escola é responsável pela formação integral do aluno ampliando sua visão do mundo do trabalho e ressaltando a importância da escolha profissional como um projeto de vida a ser desenvolvido. A reflexão sobre o mundo trabalho enquanto atividade social, processo de modificação da natureza e determinante de relações sociais é fundamental para que desenvolvam uma consciência crítica dessa atividade humana que influencie o seu exercício profissional.

Nesse sentido faz-se necessário realizar um projeto que aborde as questões

sociais, éticas e econômicas possibilitando ao jovem realizar escolhas profissionais

autônomas e conscientes ampliando a visão do mesmo sobre o mundo do trabalho.

O processo de Orientação Profissional deve ter em vista as mudanças

ocorridas na sociedade e a realidade sociocultural e econômica. Devendo ser

baseado na troca de experiências e na reflexão conjunta sobre o processo de

escolha da profissão. O processo de reflexão profissional só tem sentido e real

eficácia quando é verificado em um contexto amplo, onde cada orientando é único. É

de suma importância criar condições para que os indivíduos tenham acesso à maior

quantidade possível de informações a respeito das profissões: implicações do

mundo do trabalho, suas características, aplicações, cursos, requisitos, locais de

trabalho, etc.

Quanto mais conhecimento o estudante tiver sobre as reais condições de

trabalho, mais a escolha será ajustada ao seu momento de vida e maior será sua

capacidade de argumentação sobre seus reais interesses, capacidades e

potencialidades. Por isso, conhecer a área escolhida e as implicações do mundo do

trabalho é fundamental para o sucesso.

Neste sentido FERRETTI, (1992, pg.45) sugere que:

A orientação profissional se proponha a criar condições para que a pessoa a ela submetida reflita, sobre o processo e o ato da escolha profissional bem como sobre o ingresso em uma atividade

profissional e no seu exercício no contexto mais geral da sociedade onde tais ações se processam.

Diante desta afirmação propomos nesta unidade didática um trabalho que

contemple os projetos futuros, o trabalho e sua realização no âmbito da sociedade

brasileira.

Portanto é necessário que o(a) educando(a) compreenda a realidade

buscando compreender que tipo de profissão condiz com as suas características e

interesses; quais os cursos de graduação ou técnicos que proporcionariam

conhecimentos na área; quais as instituições de ensino que oferecem esses cursos;

qual a grade curricular e como está o mundo de trabalho.

2.2. Objetivos.

Levar os jovens a pensarem sobre as escolhas profissionais, relacionada aos

projetos de vida;

Oportunizar a aquisição de informações sobre as profissões e cursos que

preparam os sujeitos para as atividades de trabalho;

Aprimorar os conhecimentos dos alunos sobre a relação da

educação com o mundo do trabalho, aprofundando os conceitos sobre trabalho e

alienação;

Levar os alunos a refletir sobre as relações de trabalho na sociedade

capitalista;

Proporcionar discussões sobre o mundo do trabalho e as áreas profissionais

existentes.

2.3. Sugestões para o Encaminhamento Metodológico.

1º Encontro

1º Momento – Música

Colocar o vídeo clip da música: “Quem sou eu” da Banda Hori - Trilha Sonora

da Malhação

Composição: Max Klein e Fiuk - Álbum: Hóri (Versão + Fã)2010 Faixa: 3

Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=WB99CgjSWco – acesso em

29/10/2016.

Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=9StfsETahVg – Acesso em14/11/2016

Após a apresentação do vídeo, entregar a letra da música: Link da letra da

música disponível: https://www.letras.mus.br/hori/1581851/ Acesso em 29/10/2016.

Questões para debate:

1- Qual a mensagem da música?

2- O que o autor da música quer dizer com: “Não quero mais saber, o que eles

vão dizer sobre o que eu vou ser”?

3- Vocês acham que o autor da música sabe como deseja ser quando afirma:

“Ganhar ou perder tanto faz, não me importa. Eu quero ser quem eu sou”:

4- Vocês acham que o autor sabe qual caminho seguir para construir sua

Identidade quando afirma: “São tantos desencontros, são tantas linhas tortas

formando a identidade que eu sempre sonhei para mim.”

5- Vocês sabem que profissões desejam e qual caminho devem seguir para

construir a Identidade Profissional que desejam?

6- Vocês acham que é importante a pessoa se conhecer para saber que rumo

tomar na vida? Por quê?

7- Vocês acreditam ser importante a pessoa se conhecer para escolher uma

profissão?

Após as discussões em grupos, o professor deverá promover uma discussão

entre todos os alunos, de forma que as questões do roteiro anterior sejam debatidas.

2º Momento: Dinâmica: “Entrevista comigo daqui a cinco anos”.

Procedimento: Todos sentados em circulo, colocar uma música suave para

facilitar a concentração e pedir que fechem os olhos, (se necessário faça alguns

exercícios para relaxamento) quando perceber que todos estão a vontade solicitar

que pensem em como são hoje, estudantes à busca de uma profissão. Em seguida,

o professor deverá pedir para que os alunos se imaginem daqui a cinco anos, (10,

15 e 20) visualizem: O que estão fazendo? Como estão? Com quem estão? Como

estão se sentindo (felizes ou não etc.)?

Consigna:

Agora imaginem que estamos dentro de uma máquina do futuro, que nos

levara há um dia qualquer de nossa vida daqui a dez anos. Estamos acordando em

nossa casa. Levantamos, tomamos o café e nos preparamos para sair para o

trabalho. Como estamos nos sentindo? Para onde vamos? Como vamos? A pé, de

ônibus, de carro, como? E o caminho para o trabalho, como é? É longe? O que

vemos? Estamos chegando. Como é o lugar em que eu trabalho? É um prédio muito

grande? Ou é ao ar livre? Entro e cumprimento algumas pessoas. Vou para o meu

lugar? Como ele é? É fixo ou não? Tenho colegas ou trabalho sozinho? Que tipo de

atividades eu desenvolvo? Surge um problema. É grave! Como resolvo? Sozinho?

Tenho essa autonomia? Preciso pedir ajuda a alguém? Como me sinto nessa hora?

E assim vai passando o meu dia. Vai chegando a hora de ir embora. Já fiz tudo o

que deu para fazer nesse dia. Estou voltando para casa, e penso como foi meu dia

de trabalho. Chego em casa e comento. O que eu digo? Agora, devagarzinho vou

voltando para o grupo de sala de aula, principalmente mexendo as mãos, os pés,

devagarzinho vou mexendo o corpo, espreguiçando, me despertando. Aos poucos

todos vão se sentando e comentando com o grupo como foi sua viagem.

Os alunos deverão ter mais ou menos dez minutos para se imaginarem no

futuro. Passados esses 10 minutos, eles deverão abrir os olhos e cada aluno deverá

contar ao grupo o que realizou nesse período, como está sua vida profissional, como

é visto pelas pessoas à sua volta.

Questões para debate:

1- Foi difícil imaginar o futuro profissional? Por quê? Como decidiram qual

profissão seguir? Ficaram satisfeitos com futuro que imaginaram?

2- O que pretendem fazer para alcançar essa realidade? O que vocês podem

fazer agora para transformar esses sonhos em realidade?

3- Vocês acham que as escolhas feitas no presente são orientadas pela visão de

futuro?

Essa técnica foi adaptada do livro: Pensando e Vivendo a Orientação

Profissional de Dulce Helena Penna Lucchiari. Pg. 55.

3º Momento: Linha do tempo

Objetivo: Construir uma linha do tempo aonde o adolescente irá realizar uma

projeção para os próximos anos de sua vida.

Após ouvir as respostas, informar que irão construir uma “Linha do Tempo”.

Explicar que a mesma é construída por datas, acontecimentos marcantes, em um

determinado momento histórico com espaço entre si proporcionalmente à distância

de tempo (dar alguns exemplos). Na sequencia os alunos deverão construir a sua

“Linha do Tempo”, levando em consideração acontecimentos importantes e que

marcaram suas vidas até os 15 anos de idade e nas idades subsequentes como se

projetaram para o futuro na atividade anterior.

Orientação quanto ao preenchimento da Linha do

Tempo: Escrever ou desenhar o que mais lhe marcou em

cada idade até os quinze anos, e nos anos seguintes

como você se projeta, quais sonhos imagina para seu

futuro nas respectivas idades:

2º Encontro: As escolhas

1º Momento:

Vídeo: Desafio profissão – Escolha da profissão: O certo e o errado.

O vídeo é uma entrevista com Mario Sergio Cortella sob o comando do

orientador profissional Silvio Bock e promovido pela equipe de Orientação

2º Encontro: As escolhas

Profissional do Curso de Psicologia da PUC-SP. O Programa Desafio Profissão

coloca em pauta o processo de escolha profissional e o universo das diversas

profissões. O vídeo está disponível:

https://www.youtube.com/watch?v=Ade8DxmNImo – acesso em 31/10/2016.

Questão para debate:

- Segundo Mario Sergio Cortella o que seria o certo e o errado na escolha de uma

profissão?

2º Momento: Dinâmica: Bexigas Distantes

Objetivo: Mostrar que nem sempre os caminhos mais fáceis são os melhores,

aliás, quase nunca. Se precisarem da ajuda (frente às dificuldades) de outro diga,

quando não conseguimos vencer algo sozinho (vícios, frustrações etc.) podemos

pedir ajuda a outra pessoa, mais velhas (no caso de adolescentes).

Material: bexigas coloridas; fitilho (fita de presente); balas; tirinhas de papel

com palavras boas e ruins: sucesso, amor, paz, estudo, mentira, drogas, festas,

realização profissional.

Procedimento: preparar antes a sala colocando balas junto com as palavras

chave;

−Colocar uma tirinha de papel com um dizer 'ruim' encher a bexiga e colocar uma

fita longa, colar no teto essa bexiga, de forma que fique fácil de pegar;

−Ir dificultando as bexigas e “melhorando” as palavras até a última bexiga, se

ninguém alcançar dizer que pode pedir ajuda um ao outro.

Em seguida promover um debate solicitando que falem da experiência e das

dificuldades encontradas para alcançar algumas bexigas e o que isso tem a ver com

a busca de uma profissão. O que as palavras nos dizem sobre nossas escolhas e os

caminhos que teremos que percorrer. Trabalhar a importância de se estabelecer

metas a cumprir, de se traçar um projeto de vida, de ser persistente naquilo que

acredita ou quer para si.

3º Momento: Técnica das atividades profissionais

Objetivo: Auxiliar o jovem a imaginar algumas atividades profissionais que gostaria

de desempenhar.

Imagem disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/?image_type=&cat=people&min_width=&min_height=&

q=imagens+de+menina+em+preto+com+flores+&order=popular Acesso em

06/08/2016.

Na sequencia solicitar aos alunos que listem, para cada item assinalado,

aquelas profissões que você acha que envolveria esse tipo de requisito. Colocar

todas que vierem à cabeça. Depois escolher três requisitos que gostaria de

desenvolver, e explicar por que se sente bem atuando dessa forma.

Promover uma plenária para exposição oral das reflexões individuais.

Esta técnica está disponível no Livro: Pensando e vivendo a orientação

profissional. Org. Dulce H. P.S. Luchiari. Pg. 58.

4º Momento: Pesquisa

Realize uma pesquisa no laboratório de informática sobre:

Profissão Atuação Nível salarial Habilidades exigidas

Responda as questões abaixo:

Imagem retirada do endereço: https://pixabay.com/pt/empreendedor-

bolsa-de-valores-pagar-1428452/ acesso em 20/09/2016

Que

profissional

quero ser?

Como

alcançar a

profissão que

escolhi?

Estudos mostram que a escola é representada pelos jovens como caminho

para um futuro melhor, para ser alguém na vida (por exemplo: Matos, 2003; Oliveira,

Sá, Fischer, Martins, & Teixeira, 2001 pg. 6).

Para tanto propor as seguintes questões:

1- O que significa ter sucesso no futuro pessoal e profissional?

2- O que é ser alguém na vida?

3- Temos que estudar para sermos alguém na vida?

4- Qualquer pessoa é livre para escolher a profissão que deseja?

5- Como a questão financeira interfere em nossas escolhas?

4º Momento: Entrevistas com profissionais

Elaborar com os alunos roteiros de entrevista com profissionais do

município para conhecer e entender o dia-a-dia da profissão,

dificuldades encontradas ou curiosidades e dúvidas que os alunos

acharem conveniente ( média salarial, campo de atuação, tempo para formação, o

que o levou a escolher esta profissão, se está satisfeito ou não e por quê...). No

próximo encontro cada aluno irá apresentar os resultados da pesquisa.

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/crian%C3%A7as-meninos-meninas-estudo-

1716239/ Acesso em: 21/09/2016

5º Momento: Questionário de Autoconhecimento

O educando em fase de escolha profissional além de fazer pesquisas sobre o

curso pretendido e o mundo do trabalho deve principalmente ter autoconhecimento.

O objetivo dessa atividade é expandir o conhecimento do aluno: quanto maior for

seu horizonte na hora da decisão, mais certeira será sua escolha.

Algumas questões que ajudarão a esclarecer: "Que carreira seguir?"

Questões Respostas

1. Identifique competências O objetivo é estimular e refletir sobre

preferências e habilidades.

1.1. O que você gosta de fazer?

1.2. O que você ama fazer?

1.3. Em que atividades você se

destaca?

1.4. O que faz com maestria?

1.5. Qual é sua paixão secreta?

2. Esclareça objetivos.

O propósito é ajudar a refletir sobre as

expectativas acerca da profissão que

ele está preste a escolher

2.1. Que planos tem para sua vida

nos prazos de um, três e cinco anos?

2.2. Quais frutos espera colher ao

concluir a universidade?

2.3. De que maneira acredita que a

graduação pode mudar sua vida?

2.4. Que tipo de conquistas está

buscando?

2.5. Que passos pretende seguir para

alcançar a carreira almejada?

3. Reconheça recursos

disponíveis.

O objetivo é analisar facilidades e

dificuldades que podem influenciar o

sucesso na busca por uma profissão.

3.1. Qual o papel de sua família nessa

decisão? Ela o apoia?

3.2. E os amigos?

3.3. Você possui as habilidades

necessárias para abraçar a carreira

pretendida?

3.4. E dinheiro?

3.5. De que outros recursos você irá

precisar? Como pretende obtê-los?

4. Diferencia alternativas: O propósito é identificar as carreiras

que despertam interesse e destacar,

entre elas, as que mais se combinam

ao seu perfil.

4.1. Quais são suas modelos de

carreira?

4.2. Quem pode ajudá-lo a esclarecer

dúvidas a respeito delas?

4.3. Quais as vantagens e

desvantagens de cada uma das

carreiras pretendidas?

4.4. Qual lhe traria mais satisfação?

4.5. Qual lhe daria mais frutos?

Após responderem individualmente será socializado no grupo.

Esta atividade foi adaptada do site: Universitários Notícias da UFRGS.

Disponível em: http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=12178 - Acesso em

30/06/2016.

3º Encontro: O mundo do trabalho

Neste encontro serão discutidas questões relativas às implicações do Mundo do

trabalho no sistema capitalista neoliberal.

1º Momento – Discussões e leitura de texto

Objetivos:

Apresentar o conceito de divisão social do trabalho, de acordo

com o pensamento de Karl Marx e Émile Durkheim.

Identificar as mudanças no processo e na organização do trabalho.

Iniciar a aula com um bate-papo sobre o "mundo do trabalho". Fazer uma

sondagem da turma e tirar dúvidas sobre o tema.

- Como é organizado o trabalho nos dias de hoje, tanto em relação as questões

formais e jurídicas, quanto em relação aos seus aspectos práticos?

- Para que serve a carteira de trabalho?

- Vocês têm noções sobre os direitos e obrigações de trabalhadores e

empregadores?

- Em sua opinião, existem profissões melhores ou piores? Por quê?

- Ouvimos constantemente falar do desemprego no Brasil, como vocês percebem

essa realidade?

- Como você projeta sua entrada no mercado de trabalho?

Para estimular o interesse dos estudantes, convide-os a ouvirem, com atenção, a

música "Meu nome é trabalho" de autoria de interpretação de Arlindo Cruz,

disponível em: https://www.vagalume.com.br/arlindo-cruz/meu-nome-e-trabalho.html

- Acesso em 25/11/2016.

Após ouvirem a música, perguntar:

- Que problema retrata a letra dessa música? Que leitura(s) pode-se fazer desta

canção?

- Quem eram os desempregados de ontem e quem são os de hoje?

Nesse ponto esclareça algumas dúvidas sobre a legislação trabalhista no

Brasil. Por exemplo: de acordo com os artigos 402 ao 441 da CLT (Consolidação

das Leis do Trabalho), que tratam do trabalho de menor de idade, é proibido aos

menores de 16 anos trabalhar em qualquer função, exceto como "menor aprendiz"

ou estagiário. Nesses casos, porém, a jornada de trabalho poderá ser de no máximo

6 horas, respeitando o horário em que o menor deve frequentar a escola.

Incentive os alunos a compartilhar suas expectativas e questionamentos:

- Quais as principais vantagens e desvantagens das profissões mencionadas por

vocês como sendo as melhores e piores?

- Como eram as profissões citadas pela turma há cem anos? Já existiam ou são

ocupações mais recentes?

- Elas mudaram muito?

Após a conversa inicial dividir a turma em 4 grupos. Cada grupo ficará

responsável por pesquisar no laboratório de informática os principais motivos do

desemprego em cada momento histórico (Primeira, Segunda e Terceira Revolução

Industrial), bem como o nível de escolaridade das pessoas mais afetadas nos postos

de trabalho. Quando todos tiverem concluído a pesquisa o professor deverá auxilia-

los a elaborem um quadro comparativo.

Modelo:

Período Causa do desemprego Escolaridade das pessoas

desempregadas

1ª Revolução Industrial

2º Revolução Industrial

3ª Revolução Industrial

Salientar que as significativas mudanças nos postos de trabalho

alteraram a distribuição das pessoas economicamente ativas nos

setores da economia, aumentando expressivamente o número

daquelas que atuam no setor terciário (comércio e serviços).

Nesta etapa, saliente que vivemos na era do conhecimento

e da informação, portanto as pessoas devem cada vez mais buscar melhores

qualificações e, dessa forma, a educação tem um papel cada vez mais construtivo

e fundamental na vida dos sujeitos.

Imagem retirado do site: https://pixabay.com/pt/homem-branco-modelo-3d-isolado-3d-1834100/

2º Momento: Leitura coletiva do texto

Após essa conversa inicial, introduzir a ideia da divisão do trabalho, conforme

a perspectiva de Karl Marx (1818-1883). Disponível em:

https://drive.google.com/a/escola.pr.gov.br/file/d/0B6rpsfKklVoXSzFuV01NVkhLWGs

/view?usp=sharing

Para aprofundar o debate passar os vídeos: Karl Marx e alienação, que

traz o conceito de alienação de forma clara e simples. Disponível em:

https://www.youtube.com/ watch?v=3Et54iF5xx4 - Acesso em 12/11/2016 ou

disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y6wvReQt-_w – acesso em

12/11/2016

Questão para debate:

- Segundo o conceito de trabalho proposto por Karl Marx como você entende o

processo de alienação no trabalho nos dias de hoje?

3º Momento: Vídeo – “Desafio Profissão”

Para aprofundar o debate passar o vídeo: “Desafio profissão –

Mercado de trabalho.” Pedir que a turma reflita a respeito das

mudanças históricas no mercado de trabalho e nos tipos de

ocupações existentes. Disponível em:

www.youtube.com/watch?v=Q7QmGWcVDMw&list=PL99vyy3Wwlvp5wGWwRyesB

4U4cVyUKnnG&index=2 – acesso em 03/11/2016

- Quais os aspectos que se mantém em relação ao trabalho e profissões desde a

Revolução Industrial até os dias de hoje?

- Segundo o vídeo como a economia influência as profissões?

- Quais os setores que tem gerado mais trabalho para a juventude segundo o vídeo?

- Por que nas indústrias Brasileiras os postos de trabalho têm diminuído?

- Qual é o perfil do profissional que as empresas buscam nos dias de hoje?

4º Momento - Leitura do texto

Realizar a leitura no coletivo do texto: “O mundo do trabalho

na sociedade da informação e do conhecimento”.

Texto disponível em: http://www.egov.ufsc.br:8080/portal/ conteudo/texto-

mundo-do-trabalho-na-sociedade-da-informa%C3%A7%C3%A3o#co mment-3641 –

Acesso 26/10/2016

A leitura deverá ser realizada em grupos (3 integrantes) após a leitura

entregar as questões para reflexões. Após discussões em pequenos grupos

organizar uma plenária para compartilhar as discussões:

Questões para debate:

- O que é trabalho nos dias de hoje?

- Como você percebe a carreira ou ocupação profissional nos dias de hoje?

- Que mudanças ocorreram no Mundo do trabalho? Que habilidades são

necessárias?

- O que você espera do mundo trabalho?

- Você concorda com o autor em relação às profissões que poderão desaparecer ou

mudar nos próximos 15 anos?

- Caso aconteça qual a saída?

- Após a leitura confeccionar cartazes para expor no colégio sobre: profissões

inusitadas e profissões que podem desaparecer com o passar dos anos.

5º Momento: Vídeo

Mudanças no Mercado de Trabalho e Perfil do Profissional do Futuro - O Prof. Luiz

Guilherme Brom fala sobre as mudanças no mercado de trabalho e como deve ser e

se comportar o profissional neste novo cenário – Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=kQF3Qw1MtRA - Acesso em 02/11/2016

Solicitar que ao assistir o vídeo vão realizando anotações

que acharem pertinentes para discussão posterior.

Questão para debate:

- Segundo o profº Brom, as principais caraterísticas do mercado de trabalho na

atualidade é que ele é volátil, mutante e dinâmico, não é mais estático como em

tempos atrás. Portanto como os profissionais podem enfrentar essas mudanças e

conseguir sobreviver no mundo do trabalho?

4º Encontro: Exigências do mundo trabalho.

1º Momento: Slides feitos no PowerPoint 2010 sobre:

O que é necessário para ser um bom profissional? Texto disponível em:

https://papouniversitario.anhembi.br/2015/04/o-que-e-necessario-para-ser-um-

bom-profissional/ acesso em 21/08/2016 Autor: Alessandro Temperini

Vantagens de estagiar enquanto durante a Universidade. Texto Disponível

em: http://noticias.universia.pt/carreira/noticia/2016/01/13/1134545/conheca-

beneficios-estagiar-durante-universidade.html# acesso em 21/08/2016

2º Momento: Vídeo: O que o Mercado de Trabalho exige do jovem?

O vídeo é parte de uma entrevista realizada pela jornalista e apresentadora do

Conexão Jovem, Bianca Oliveira com o palestrante e escritor Sidnei Oliveira. Nesse

trecho da entrevista você fica sabendo o que o Mercado de Trabalho exige hoje dos

jovens? Se especializar demais ajuda no processo de contratação? Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=aRUjr1_mk-A – acesso 02/11/2016

Proposta de atividade sobre o vídeo: Construção de um mapa conceitual

Entregar aos educandos pedaços de papeis todos do mesmo

tamanho (pode ser folha de sulfite e dividir em quatro partes) solicitar

que cada um escreva uma palavra que mais lhe chamou atenção, ou

que segundo seu ponto de vista é uma palavra que resume as ideias do escritor

Sidnei Oliveira sobre o mercado de trabalho. Cada um justifica sua escolha para o

grupo. Depois explicar que com essas palavras irão formar um “Mapa conceitual”,

explicar o que é, e mostrar exemplos, na sequencia deixa-los a vontade para que

organizem o mapa sobre a temática usando as palavras escritas nos papeis para

expor na sala.

3º Momento: Palestra

Palestra com um ex. aluno do Colégio sobre: carreiras, formação e mundo do

trabalho.

3.1. Fundamentação Teórica.

adolescência é uma fase da vida caracterizada por uma série de

mudanças, não só fisiológicas cognitivas e psicológicas, mas também em

relação aos papéis sociais a serem assumidos pelo indivíduo. Entre

estes, destaca-se a escolha de uma profissão.

O jovem da escola pública após o término do ensino médio é chamado a fazer

escolhas profissionais e pode decidir pela continuação dos estudos ou pelo ingresso

imediato ao mundo do trabalho. Uma das alternativas disponíveis para que o jovem

continue seus estudos é o ensino superior. Para Erikson (1976 pg. 23):

O ingresso no ensino superior é uma transição que traz potenciais repercussões para o desenvolvimento psicológico dos jovens estudantes. Em primeiro lugar, ela representa muitas vezes a primeira tentativa importante de implementar um senso de identidade autônomo, tentativa esta traduzida por meio da escolha profissional (ou tentativa de escolha), que é uma tarefa típica do desenvolvimento na passagem da adolescência para a vida adulta.

A atual legislação educacional brasileira oferece ao jovem uma série de

possibilidades para continuação dos estudos, tanto no âmbito da educação superior

como no da educação profissional. Atualmente a parcela de alunos da escola

pública que chega a Universidade é muito baixa.

Segundo Ortega (2001 pg. 9):

O elitismo do acesso ao ensino superior brasileiro está mais relacionado à preparação dos alunos por parte de suas escolas

UNIDADE 3

FORMAS DE INGRESSO NA UNIVERSIDADE

do que ao processo seletivo em si. As escolas particulares da elite estão mais interessadas em preparar seus alunos para as boas universidades públicas, enquanto as escolas públicas não disponibilizam sequer informações necessárias sobre o ingresso aos seus estudantes. Os fatores que auxiliam a entrada dos alunos de escola particular são: a) o fato de estarem previamente decididos a se inscreverem nos vestibulares a fim de tentar o ingresso; b) o fato de estarem informados sobre os vestibulares de diferentes universidades; c) o fato da estrutura educacional pública básica não incentivar seus alunos a tentar o ingresso nas universidades.

A escola pública não apresenta orientação especifica nesse sentido,

colaborando, mesmo que sem intenção, para que a maioria desses alunos nem

mesmo cheguem a tentar o ingresso no ensino superior. Portanto fica evidente a

falta de preparo da escola pública em instrumentalizá-los não só com os

conhecimentos científicos, mas também quanto aos aspectos relacionados às

formas de ingresso na Universidade, deixando os sujeitos em desvantagem, não

mostrando as possibilidades e formas de ingresso na universidade, excluindo até

mesmo a motivação para tentar buscar uma educação e formação num nível mais

elevado.

Sabemos que os pais dos alunos de escola pública na sua maioria não tem

curso superior, e muitos não projetam esses anseios e motivações em seus filhos.

Por outro lado, quando há estímulo por parte da família, em especial, quando

alguém já frequentou o ensino superior, a motivação é maior. Outro fator que impede

a continuidade nos estudos de muitos alunos da escola pública são as condições

socioeconômicas, pois a prioridade é ajudar no orçamento familiar o que os obriga

desistir na continuidade dos estudos. Desta forma, mais uma vez a desigualdade

social impõe uma barreira sobre os indivíduos de classe social mais baixa, que

precisam trabalhar para se sustentar, mas que, por outro lado, precisam do estudo

para conseguir trabalhar.

Além desses aspectos o adolescente de classe baixa muitas vezes não tem

acesso a muitas informações sobre as formas de ingresso a uma universidade e

também com relação aos programas governamentais que concedem bolsas de

estudos que auxiliam os jovens a cursar uma universidade.

E quando a escola não instrumentaliza os educandos colabora para que

sejam excluídos, e os que já se sentem a margem poderão ver o ensino médio como

uma etapa final de escolaridade.

Temos clareza que só informações referentes às formas de ingresso não

garantem a entrada do educando na Universidade. Existem inúmeros fatores

envolvidos nessa problemática e que merecem maior aprofundamento e que não irei

destacar neste momento, pois devem ser pensados e revistos no processo

pedagógico da escola, que vem de encontro com uma discussão bem mais

abrangente merecedora de mais pesquisas. Neste momento me propus a pensar

somente nas formas de ingresso a universidade. Diante disso percebe-se que de

qualquer forma os alunos de escola pública estarão sempre em desvantagem em

relação aos alunos da escola particular.

Portanto para que possamos diminuir essas desvantagens precisamos pensar

em alternativas mesmo que modestas, como a que me propus nesta unidade, que é

levar aos educando conhecimentos relativos ao ingresso na universidade, entre eles

os programas governamentais e informações relativas ao vestibular.

A formação do estudante de escola pública é permeada por algumas

dificuldades próprias a esse tipo de ensino. Dentre os principais problemas,

destacam-se a falta de estrutura e recursos, a desmotivação dos professores por

conta da desvalorização, o desinteresse dos alunos, seja pelo cansaço físico, ou

pela falta de perspectivas para o futuro, que é difundida por meio de uma cultura de

inferioridade dos alunos do ensino público. O distanciamento entre as escolas e a

universidade e a falta de divulgação das oportunidades existentes fazem do ensino

superior uma realidade um tanto longínqua para a maioria desses estudantes. Ainda

assim, apesar de todas as dificuldades, com esforço e dedicação, tendo que “correr

um pouco mais atrás”, pois é possível que muitos egressos do ensino público

consigam ter acesso ao ensino universitário.

Percebe-se que nos últimos anos o número de vagas na universidade teve

um aumento considerável tendo em vista que uma das metas estipuladas no Plano

Nacional da Educação (PNE-2014), contempla:

Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Tais metas estão associadas a programas governamentais como a

Universidade para Todos - PRÓUNI que oferece bolsas de estudo em instituições

privadas de educação superior a alunos de baixa-renda egressos de escolas

públicas, FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) o

Sistema Especial de Reserva de Vagas, que institui reserva de vagas nas

instituições públicas federais de educação superior para alunos egressos de escolas

públicas, com cotas específicas para negros e indígenas.

O papel das escolas deve ser o de divulgar e despertar nos alunos o interesse

pela universidade. A escola pública deveria incentivar mais seus alunos a participar

dos processos seleção e despertar nesses a motivação para tentá-los. Não existe na

escola pública uma cultura motivadora. Pois é comum entre os alunos da rede

pública não tentar o vestibular, simplesmente por acreditar que não tem condições

de concorrer com os outros candidatos.

Diante disso Zago (2006 pg. 18) salienta que “muitos estudantes do ensino

médio de escolas públicas possuem pouca informação sobre o vestibular e a

formação universitária”. A autora afirma ainda a falta de um “capital informacional”

referente aos sistemas dos vestibulares, os cursos e as instituições que os

oferecem.

É inegável a importância de se promover o acesso de estudantes vindos de

escolas públicas no Ensino Superior, por meio de programas para expansão das

universidades, como o Prouni, Sisu, Fies e Enem e outros. Para que assim possam

conhecer e estabelecer metas para conseguir entrar e permanecer na Universidade.

Esta unidade tem como objetivo auxiliar o jovem com relação à continuidade

nos estudos bem como às formas de ingresso na educação superior ou cursos

profissionalizantes como alternativa para inserção no mundo trabalho.

Tenho certeza que é uma sementinha que estarei plantando dando-lhes

suporte para que busquem novas alternativas para conseguir uma vida mais digna

numa sociedade neoliberal.

3.2. Objetivos.

Promover discussões a respeito das questões envolvidas nas áreas de

atuação profissional;

Possibilitar informações sobre os programas de ações afirmativas que

promovem o ingresso à Educação Superior;

Auxiliar o jovem na escolha profissional, através do conhecimento das

diversas áreas profissionais existentes.

3.3. Sugestões para o encaminhamento Metodológico.

1º Encontro: Formas de ingresso a Universidade

1º Momento: Slides intitulados: “Formas de ingresso na Universidade”

Objetivo: Mostrar que há diversas formas para ingressar nas instituições de Ensino

Superior (IES) no Brasil.

2º Momento: Solicitar que selecionem os cursos de

interesse para prestar vestibular ou cursos técnicos que gostariam

de fazer após concluir o Ensino Médio. Na sequencia fazer uma

pesquisa no laboratório de informática com relação às Universidades que ofertam o

curso pretendido ou quais instituições tem cursos técnicos e formas de ingresso

(Enem, SISU, PAC, vestibular, outros). Buscar também informações relativas à:

modalidade, concorrência, turno, grade do curso, duração, quais disciplinas tem

mais peso de nota, isenção de taxa de inscrição, cotas, etc.

Depois que todos tiverem realizado a pesquisa referente ao curso escolhido,

solicitar que acessem o portal dia-a-dia-educação na página de alunos no endereço:

http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=16 e

acessem o ícone “ Enem” e “ Vestibular” onde está disponibilizado neste espaço,

alguns recursos, materiais, informações e dicas de estudo que poderão colaborar

com a preparação para enfrentar o vestibular e o Enem. Pedir que acessem cada

recurso.

OBS: Professor usar o Datashow e ir abrindo a página para indicar cada recurso e

mostrar o que irá encontrar em cada ícone, enquanto eles acessam e vão conferindo

as possibilidades de uso para estudo e pesquisa.

Depois que todos conseguirem realizar a pesquisa solicitar que compartilhem,

pois assim ampliam os conhecimentos e informações relativos aos outros cursos e

universidades.

3ª Momento:

Vídeo: Cearense que acertou 95% do Enem diz que sempre sofria bullying. É

uma reportagem do Fantástico programa da TV Globo que destaca a trajetória de

um estudante de escola pública que sofreu bullying por conta de seus aspectos

físicos e também pela letra e como defesa começou a ler. No vídeo o aluno relata

sobre as dificuldades financeiras de se manter na escola, mas apesar disso sempre

se dedicou aos estudos, e principalmente à leitura.

Disponível em: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/11/cearense-que-

acertou-95-do-enem-diz-que-sempre-sofria-bullying.html - Acesso em 20/11/2016.

4º Momento

Atividade: Leitura de textos:

- Professores dão dicas para estudantes que vão fazer ENEM – Disponível em:

http://www.tonorumo.org.br/2013/09/professores-dao-dicas-para-estudantes-que-

vao-fazer-enem/ Acesso em 10/09/2016

- Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no vestibular –

Disponível em: http://veja.abril.com.br/educacao/dez-passos-e-20-questoes-para-

escolher-uma-carreira-no-enem-e-demais-vestibulares/ - Acesso em 10/09/2016.

Dinâmica de leitura: Dividir a turma em 2 grupos. Dar um texto para cada

grupo. Orientar que deverão ler o texto, discutir e em seguida apresentar as ideias

principais.

5º Momento

Atividade: Sessão Cinema

Passar o filme: “Mãos Talentosas” o filme é baseado em fatos reais e mostra

uma história de determinação e muita disciplina. Uma mãe humilde que luta para ver

seus filhos bem na vida, e um de seus filhos (Bem Carson) que se considera incapaz

acaba se tornando um dos melhores médicos neurocirurgião do mundo. Tendo

crescido em um lar desfeito e em meio à pobreza e ao preconceito, suas notas eram

baixas e seu temperamento inflamado. No entanto, sua mãe nunca perdeu a fé em

seu filho. Ela insistiu para que ele seguisse as oportunidades que ela nunca teve,

ajudou-o a expandir sua imaginação, sua inteligência e, acima de tudo, sua crença

em si mesmo. Essa fé seria seu dom - a essência que o levaria a perseguir seu

sonho de tornar-se um neurocirurgião

Após o filme organizar os alunos em círculo e propor discussões sobre vários

temas abordados no filme, como:

1 - O filme mostra a importância da leitura. Como você vê isso na realidade atual?

2 - Que lições o filme passou que contribuem no seu desenvolvimento? Em que

sentido?

3 – Como você percebe o preconceito em nossa sociedade?

4 – Como você percebe o papel da escola:

a) Nos estudos e na sua vida:

b) Na escolha da profissão:

2º Encontro: Conhecendo as Universidades

1º Momento Atividade: Visita á feira das profissões na Unicentro.

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/smiley-amarela-feliz-

sorriso-163510/ Acesso em 21/08/2016.

O objetivo desta atividade é proporcionar aos alunos contato com a

Universidade no sentido de adquirir informações e experiências sobre os cursos

oferecidos, a fim de que possam adquirir subsídios para a realização das suas

escolhas profissionais.

Queridos alunos! Chegou ao final do nosso projeto. Espero

que os temas abordados nos encontros, bem como as reflexões

propostas referentes ao processo de escolha profissional os

ajudaram a encontrar um caminho com mais conhecimento e consequentemente

maior segurança na sua decisão.

Portanto, chegou o momento de avaliar o projeto e também sua participação

durante os encontros. Marque com bastante seriedade, dando sugestões,

levantando críticas ou elogios.

Escolha um dos CONCEITOS e marque X na respectiva coluna, ou se preferir desenhe a

carinha. Regular Bom Ótimo

1- Avaliação das atividades desenvolvidas no projeto

1.1. Os temas discutidos nos encontros

3º Encontro: Avaliação do Projeto

atenderam suas necessidades.

1.2. A metodologia aplicada foi acessível e de

fácil entendimento

1.3. As reflexões propostas lhe ajudaram a

pensar nas suas escolhas profissionais

1.4. A professora PDE demonstrou domínio de

conteúdo e de metodologia e de relações

humanas

1.5. Você concorda que atividades relacionadas

à escolha profissional são necessárias aos

alunos que estão cursando o 3º ano do Ensino

Médio e devem continuar nos próximos anos.

2. Autoavaliação

2.1. Como foi seu envolvimento pessoal e sua

participação nos encontros.

2.2. Teve criatividade e iniciativa

demonstrando interesse e colaborando com o

grupo.

3. Neste espaço deixe uma sugestão, crítica ou elogio.

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho? Ensaios sobre as metamorfoses e a

centralidade do mundo do trabalho. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1999. p. 88.

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