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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título:Leitura de Imagens figurativas e abstratas: interpretar e produzir

Autor Siraide Moreira

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Arte

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Professor Aídes Nunes da Silva

Município da escola Congonhinhas

Núcleo Regional de Educação Cornélio Procópio

Professor Orientador Roberta Puccetti

Instituição de Ensino Superior UEL : Universidade Estadual de Londrina

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

Português, História

Resumo

(descrever a justificativa, objetivos

e metodologia utilizada. A

informação deverá conter no

máximo 1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou Times

New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

Esta Unidade Didática propõe aos professores,uma reflexão sobre a

importância de realizar leituras de imagens com alunos do 6ºAno do

Ensino Fundamental. Entendemos que é possível propiciar ao aluno

por meio de leitura de imagens o valor de uma obra de arte e a

construção do conhecimento em arte para sua formação.

A leitura envolve um questionamento que desperte o interesse e a

capacidade de observação dos alunos, e o professor é o mediador

desta proposta.

Compreendemos que alunos que realizam atividades de leituras de

imagens na escola apresentam um crescimento mais acentuado em

arte.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Imagem, Leitura, Entendimento e Produção.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo

(indicar o grupo para o qual o

material didático foi desenvolvido:

professores, alunos,

comunidade...)

Alunos do 6º Ano

1

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

SIRAIDE MOREIRA

LEITURA DE IMAGENS FIGURATIVAS E ABSTRATAS:

INTERPRETAR E PRODUZIR

LONDRINA – PR 2012

2

SIRAIDE MOREIRA

UNIDADE DIDÁTICA

LEITURA DE IMAGENS FIGURATIVAS E ABSTRATAS:

INTERPRETAR E PRODUZIR

Orientadora: Profa. Roberta Puccetti

LONDRINA – PR.

2012

3

SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ......................................................................... 03

1.1 TITULO ........................................................................................................... 03

2 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03

3 MAPA DE ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA ................................................... 05

4 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 06

5 METODOLOGIA .............................................................................................. 08

6 AVALIAÇÃO .................................................................................................... 09

7 PROPOSTAS.................................................................................................... 10

7.1 PROPOSTA: O EXERCÍCIO DA LEITURA DE IMAGEM .............................. 10

7.2 PROPOSTA: DA PESQUISA A DESCOBERTA ........................................... 11

7.3 PROPOSTA: DA DESCOBERTA À COMPOSIÇÃO ..................................... 11

7.4 PROPOSTA: LEITURA E PRODUÇÃO ........................................................ 11

7.5 PROPOSTA: ALÉM DA LEITURA, EXPOSIÇÃO E COMPARTILHAMENTO 12

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 14

ANEXOS .............................................................................................................. 15

4

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Siraide Moreira

Área PDE: Arte

NRE: Cornélio Procópio

Professora Orientadora: Roberta Puccetti

IES vinculada: UEL-Universidade Estadual de Londrina.

Escola de Implementação: Colégio Estadual Professor Aídes Nunes da Silva –

Congonhinhas.

Público objeto da intervenção: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental.

1.1 TITULO

Leitura de Imagens Figurativas e Abstratas: Interpretar e Produzir.

2 INTRODUÇÃO

O tema desta Unidade Didática é Leitura de Imagem e a proposta é

levar professores a reflexão da importância de realizar leituras de obras de arte com

os alunos, a fim de que eles tenham além do conhecimento, também o contato

visual com obras de arte, visto que a maioria deles não tem a oportunidade de visita

e acesso a museus. E o público alvo desta proposta são alunos do 6º Ano do Ensino

Fundamental.

Entendemos, que é possível oferecer ao aluno um conhecimento

mais elaborado em arte, associando ações em ver, observar, sentir, pensar,

descobrir, conhecer, exprimir e fazer, a partir de leituras de obras de arte,

transformando, criando e formando um olhar mais estético e crítico. E isso deve ser

acessível a todos, para que ocorram as transformações culturais onde os indivíduos

percebam melhor o mundo a sua volta e possam ainda compreendê-lo.

Desta forma percebemos que quando realizamos leitura de obras,

com nossos alunos, estamos garantindo uma aprendizagem que contribui para o

desenvolvimento natural, pois todo conhecimento em arte que os alunos vão

adquirindo fazendo essas leituras, irão contribuir para a descoberta de habilidades

5

artísticas, estabelecendo no processo educacional a ponte entre o refletir, o

conhecer e o fazer.

Um dos desafios para os professores de arte é manter vivo o

interesse dos alunos pelas atividades de leitura de imagens, para que seja possível

a continuidade do crescimento e aprendizado iniciado em anos anteriores.

É importante que nossos alunos exercitem o ver e o observar.

Educar o modo de ver e observar é fundamental para transformar e ter consciência

da participação e construção do conhecimento em arte. Ver significa essencialmente

conhecer, perceber pela visão formas, linhas e cores, os elementos que compõem a

imagem. E o observar é olhar, pesquisar, detalhar, estar atento de diferentes

maneiras às particularidades visuais da imagem. Numa educação do ver, do

observar, significa desvendar o ainda não descoberto.

Para nossos alunos essa educação do ver e do observar, difere

significativamente do saber ver e observar das pessoas que dominam

conhecimentos artísticos. Como diz Pareyson (1984, p 103), os olhares [dos artistas]

são reveladores sobretudo porque são construtivos, como o olho do pintor, cujo ver

já é um pintar e para quem contemplar se prolonga no fazer.

O ato de ver ao ser aprimorado permite observar melhor o mundo, o

ambiente, a natureza. Um bom observador, investigando detalhes, encontrará

particularidades que poderão enriquecê-lo.

Queremos também que nossos alunos tenham uma percepção mais

aguçada para imagens, olhem produções artísticas com interesse, apreciem com

olhar sensível e tenham uma compreensão do valor de uma obra de arte. Assim eles

irão construindo um conhecimento elaborado em arte e aprimorando a sua

formação.

6

3 MAPA DE ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

LEITURA

DE

IMAGEM

Linguagem

Artística

Apreciação

interpretação

Pesquisas

Valorização do

Conteúdo

Procedimentos

Metodológicos

Teia dos

Saberes

- História

- Português

Formação e

educação de

olhar Novos conceitos

Crescimento

Intelectual

Observação

Entendimento

Produção

Exposição

Fazer

Artístico

Processo

De

Criação

Compreensão e

Realização de

Leitura de imagem

Vivencia do

aluno.

Saberes de anos

Anteriores

Contextos

Estéticos

Como fazer

Uma leitura de

obra

Figurativa e

abstrata

7

4 DESENVOLVIMENTO

A partir da década de 80 a história nos mostra um repensar de

novos conceitos sobre o ensino da arte e o professor começa então a trabalhar não

só com a produção do aluno, mas com a leitura da imagem e a contextualização

histórica, fazer e produção. Muitos estudos e definições surgem para a leitura de

imagem e segundo Pillar (1992), ler uma imagem é o mesmo que ler um texto, o que

significa dizer que assim como as palavras constroem um texto, as formas, as cores,

as texturas e o volume constroem a imagem.

Assim, um rabisco num desenho de criança tem um significado, num

mapa tem outro, num texto tem outro. O sentido vai ser dado pelo contexto gráfico e

pelas informações que o leitor tem. (...) “Ao ler, estamos entrelaçando informações

do objeto, suas características formais, cromáticas, topológicas; e informações do

leitor, seu conhecimento acerca do objeto, suas interferências, sua imaginação.

Assim leitura depende do que está em frente e atrás dos nossos olhos” (PILLAR,

1999, p.12).

Na década de 1990 a pedagogia das competências e habilidades

fundamentaram os Parâmetros Currriculares Nacionais. A principal fundamentação

metodológica proposta, trazida por Ana Mae Barbosa, denominada de Metodologia

Triangular, postula-se a construção do conhecimento em arte. Isto acontece quando

há inserção da experimentação com a codificação, com a informação e o ensino

elaborado a partir das três ações básicas que executamos quando nos relacionamos

com a arte: ler obras de arte, fazer arte e contextualizar.

E segundo Barbosa (2000), pretende-se não só desenvolver a

criatividade através do fazer arte, mas através de leituras de imagens e

interpretações de obras de arte, desconstruir para reconstruir, selecionar e

reelaborar, partir do conhecimento e modificá-lo de acordo com o contexto e a

necessidade são processos criadores desenvolvidos pelo fazer e ver arte, e

fundamentais para sobrevivência do mundo cotidiano.

Uma obra de arte pode ser entendida como a forma pela qual o

artista percebe e se comunica com o mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua

época, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos será o ponto de

partida para que a leitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a

8

experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra

de arte.

Para Pillar (1999), cópia de obra de arte diz respeito ao

aprimoramento técnico (tentativa de imitação), sem transformação e sem criação. Já

na releitura há interpretação, transformação e criação com base em um referencial

que é a obra de arte. Ambas são atividades de ensino: cópia e releitura, mas uma é

reprodução e a outra é criação. E na de obra, ao contextualizar estamos ampliando

conhecimentos necessários para a formação do aluno em arte.

Em anos anteriores talvez tenha acontecido alguma resistência por

parte de professores em relação ao trabalhar com a imagem, com a concepção de

que induziam ou incentivavam a reprodução como cópia. Mas depois de tantos

estudos, informações, formação continuada para professores, isso já se alterou

positivamente, para uma nova visão e para um novo processo de leitura e releitura

com criação própria do leitor.

O olhar estético tem natureza e função diferentes do olhar banal e é

por meio da educação formal que podemos desenvolver tal olhar em nossos alunos.

Entendemos também que a alfabetização visual não se resume apenas a análise de

formas, cores e linhas, mas deve ser centrada na significação que esses elementos

conferem a imagem. Não se trata mais de perguntar o que o artista quis dizer em

uma obra, e sim o que a obra nos diz.

E segundo a pesquisa de Housen (1983), que constitui sua tese de

doutorado em Educação na Universidade de Harvard, nos EUA, as habilidades de

leitura crescem cumulativamente, à medida que o leitor vai evoluindo. No início toda

leitura é feita a partir de um ponto de vista ingênuo, que leva em conta apenas o

conhecimento pessoal do leitor. Posteriormente, o leitor usa um conhecimento mais

geral, e finalmente interage com o conhecimento estético.

Para a autora o conhecimento estético continua por toda a vida e o

que mais favorece este desenvolvimento é a familiaridade com a arte.

As Diretrizes Curriculares da disciplina de arte do Paraná, aponta

para os professores da área, formas efetivas de levar o aluno apropriar-se do

conhecimento em arte, que produza novas maneiras de perceber e interpretar tanto

produtos artísticos quanto o próprio mundo. Educar o aluno em arte é possibilitar-

lhes um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das

9

aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das

possibilidades de fruição.

5 METODOLOGIA

A leitura de obra envolve um questionamento, que leva à descoberta

da capacidade de observação dos alunos. E sabemos que existem diversas formas

de proceder uma leitura de obra e o professor sendo o mediador desta proposta

pode aplicar quantas ele desejar, sendo que uma leitura completa a outra. Portanto

a metodologia para ler uma obra é variável.

É interessante o professor conduzir este processo de forma

prazerosa, para que ele não se torne apenas perguntas e respostas de sim e de

não. O professor pode escolher um questionamento de forma a orientar o

desenvolver do processo de leitura fazendo com que os alunos não se dispersem da

proposta.

Nota-se que alunos que têm atividades de leitura de imagens na

escola apresentam um crescimento mais acentuado em arte. Considerando, que

esta atividade vem ocupando um lugar importante tanto quanto a produção artística,

sendo um elemento essencial no processo educacional e não apenas uma atividade

escolar.

Lembramos também que cada um observa e interpreta uma obra de

maneira diferente, tem uma visão diferente, e cabe ao professor orientar para que

todos tenham sua vez de falar. E assim ele tem a oportunidade de verificar o

entendimento de todos.

A proposta desta Unidade Didática traz a leitura da obra por meio de

imagens figurativas e abstratas. Para imagens figurativas indicamos obras do artista

modernista americano Edward Hopper:

- Quarto de Hotel;

- Casa ao Lado da Ferrovia;

- Noite de Verão;

- Gás, etc.,

E da artista americana Geórgia O’keeffe:

- Água Viva;

- Iride Negro;

10

- Petúnia I;

- Yellow Calla.

Para obras abstratas imagens do artista russo Wassily Kandinsky:

- Improvisação nº 19;

- Improvisação Controlada: fuga;

- Composição IX;

- Composição IV.

Do artista holandês Piet Mondriam:

- Composição Vermelho, Amarelo e Azul;

- Composição com Amarelo;

- Composição nº 6.

E do artista suíço Paul Klee:

- Revolution dês Viadutes, 1937;

- Pavilhão Embandeirado, 1927;

- Pedreira, 1915;

- Giardino Del Tempio.

6 AVALIAÇÃO

Hernandez, apresenta o portfólio como instrumento de avaliação

para a “reconstrução do processo de aprendizagem. É uma modalidade de avaliação

retirada do próprio campo da arte e que demonstra ser apropriado para o uso

avaliativo do ensino de arte nas escolas, condizente às novas concepções de ensino

contemporâneo (HERNANDEZ, 2000, pp.163-174).

Será proposto para o aluno a construção do portfólio que conterá

todos os trabalhos produzido por eles. Podemos dizer que o portfólio é um excelente

aliado que leva o professor a compreender o desenvolvimento do aluno e a

construção do seu conhecimento.

Por meio do portfólio o aluno irá registrar por escrito e refletir sobre

suas ideias, seu processo percorrido para realização das leituras de obras, tecendo

seus comentários, suas dificuldades, progressos e expectativas. Será incorporado

também suas produções artísticas, pesquisas e relatórios diários das propostas

realizadas.

11

Para construir um bom portfólio é importante coletar as informações

diárias em sala de aula para um melhor aproveitamento, e não deixar de anotar

todas as fontes (HERNANDEZ, 2000).

Ao concluir as propostas desta Unidade Didática os alunos

organizarão uma amostra de suas produções artísticas juntamente com seus

portfólios para relatarem seus processos de leitura e ampliação de seus

conhecimentos em arte.

Para o professor será possível avaliar sua prática docente, e terá

oportunidade de refletir sua metodologia e rever se há necessidade de mudanças.

E para tanto elencamos as propostas que serão desenvolvidas para abordar estes

conteúdos.

7 PROPOSTAS

7.1 PROPOSTA: O EXERCÍCIO DA LEITURA DE IMAGEM

A partir da apresentação aos alunos de vários tipos de imagens, tais

como: obras abstratas e figurativas, imagens de revistas e jornais, iniciar um diálogo

mediado pelo questionamento:

- Para que serve uma imagem?

- Você vê diferenças entre elas? Quais?

- O que elas sugerem a você?

- Já viu algo parecido? Onde?

- O que você pensa quando olha para elas?

- Você gosta destas imagens?

- Qual é a melhor? E a pior? Por quê?

- Escolha a que mais lhe agrada e comente sobre ela.

Não há resposta certa ou errada, o importante é os alunos se

expressarem espontaneamente sobre as imagens que veem. É apropriado neste

momento, falar sobre arte figurativa e abstrata, definições, histórico, artistas e

períodos.

Tempo estimado - 2 horas aula.

12

7.2 PROPOSTA: DA PESQUISA A DESCOBERTA

Dinâmica – procurar e encontrar: esconder pelo colégio algumas

cópias de obras figurativas e abstratas. Os alunos em grupo procuram e encontram.

Após acontecer a dinâmica levar os alunos ao laboratório de

informática para uma pesquisa direcionada para artistas modernos, pinturas

abstratas e figurativas, como também materiais e técnicas utilizadas. Num outro

momento eles apresentam à turma a pesquisa realizada e fazem uma amostra de

imagens pesquisadas.

Tempo estimado – 4 horas aula, sendo 3 para a dinâmica e

pesquisa, e 1 para apresentação.

7.3 PROPOSTA: DA DESCOBERTA À COMPOSIÇÃO

É hora de fazer arte. Peça para que os alunos tragam um objeto de

casa para a elaboração de uma composição. Em sala direcione uma conversa a

fim de que eles anotem no quadro palavras relacionadas com o cotidiano deles.

Cada um escolhe duas palavras e junto com o objeto trazido de casa produzem

uma composição figurativa e outra abstrata.

Tempo estimado – 4 horas aulas, sendo 2 para composição

figurativa e 2 para composição abstrata.

7.4 PROPOSTA: LEITURA E PRODUÇÃO

E a partir da pesquisa realizada por eles, selecionar da própria

pesquisa uma obra figurativa e uma abstrata para proceder à leitura, que será

enriquecida pela informação teórica e histórica.

Questionamento para a leitura da imagem figurativa.

- Qual a primeira sensação que esta imagem lhe provoca?

- Esta imagem é familiar a você? Lembra algo? Comente.

- Você se sente atraído por esta imagem ou ela é indiferente? Por

quê?

- O que foi pintado pelo pintor? Descreva.

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- De que esta imagem fala? Registre o que vê, imagina, o que sabe

ou falam sobre esta obra?

- Observando as cores, quais são as que mais se destacam?

- Como são as tonalidades?

- As cores são uniformes ou são manchadas?

- Podemos perceber formas geométricas? Quais?

- Quais os tipos de linhas identificamos?

- Há texturas visuais tais como: superfícies lisas, ásperas, rugosas,

etc.?

- Qual a interpretação que você faz desta imagem?

- Traduza em uma palavra esta imagem.

Questionamento para a leitura da obra abstrata.

- Você sente atração por esta imagem ou ela é indiferente para

você? Comente.

- O que ela lembra? (paisagem, nuvens, mapas, manchas, folhas,

pedras, formas geométricas, sementes). Comente.

- Você já viu algo parecido com ela? Registre seu comentário.

- Quais as cores que aparecem?

- As cores estão isoladas ou existem sobreposições?

- As cores aparecem em forma de manchas ou em formas

geométricas?

- Você acrescentaria outra cor para essa obra? Qual seria?

- Quais as linhas que você consegue observar?

- Como é a textura visual desta imagem? (lisa, rugosa, áspera,

quebradiça).

- Resuma esta obra em uma palavra.

OBS: os questionamentos podem e devem serem modificados de

acordo com a obra selecionada.

Tempo estimado – 2 horas aulas.

7.5 PROPOSTA: ALÉM DA LEITURA, EXPOSIÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Num espaço físico do Colégio, organizar uma amostra de todas as

composições realizadas por eles. Onde eles explicarão para alunos de outras turmas

14

como fazer uma leitura de imagens, relatando seus processos de apreciação,

observação, pesquisas, leituras, composição e conhecimento.

Tempo estimado – 4 horas aulas, sendo 2 horas no período matutino

e 2 horas no período vespertino.

OBS: o aluno irá construindo o seu portfólio, após concluir cada proposta, por meio

das atividades realizadas, fazendo anotações sobre o processo percorrido, e

apresentando em forma de relatório com o apontamento das dificuldades, avanços

conquistados e demais comentários que achar pertinente.

Sugerimos também a leitura da imagem a partir da proposta

apresentada por Buoro (2000):

1) Olhar atentamente a imagem e descrever tudo o que nela está

presente.

2) Perceber a imagem como um texto visual e destacar toda a sua

estrutura compositiva (elementos formais).

3) Observar imagens de produção anterior e posterior, produzida

pelo mesmo artista para estabelecer relações.

4) Realizar pesquisas para entender em que contexto sócio-cultural

foi produzida a imagem.

5) Colocar a imagem em diálogo com a produções artísticas do

período em que foi produzida, para estabelecer relações.

6) Construir um texto verbal com o objetivo de registrar a leitura

realizada do texto visual.

15

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 2007. _______. Inquietação e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2003. BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo. Cortez, 2002. CUNHA, Sergio. Arte, educação e projetos. Campinas: Árvore do Saber, 2005. Disponível em: www.google.com.br.imagens. DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007. FUSARI, Maria F. de Rezende; FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo. A arte na educação escolar. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2010. GOODING, Mel. Arte abstrata: movimentos da arte moderna. Tradução de Otacilio Nunes e Valter Ponte. São Paulo: Cosac Naify, 2002. Tradução de: Abstrat art. MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1994. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Básica: arte. Curitiba, 2008. PAREYSON, Luydi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984. PARSONS, Michael. Compreender a arte. Lisboa: Editorial Presença, 1992. PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino da arte. Porto Alegre: Mediação,1999. ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2009. SANT’ANA, Renata. Saber e ensinar arte contemporânea. São Paulo: Panda Books, 2009. SCALÉA, Neusa Schilaro; SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Arte e educação para professores. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 2006. ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte. Campinas: Autores Associados, 1998.

16

ANEXOS

ARTE FIGURATIVA

Imagem figurativa é a representação de alguma coisa para o nosso

olhar, o qual pode ler, analisar, interpretar e contemplar.

A imagem figurativa são representações de formas conhecidas e

que fazem parte de nossa realidade. Esta imagem pode ser realista ou estilizada:

Realista quando a forma de expressão artística busca reproduzir na

obra imagens bem próximas da realidade. Já na produção estilizada a

representação da forma foge do padrão realista, podendo até mesmo simplificar a

forma de acordo com a preferência do artista.

A arte figurativa é representada por objetos, seres, pessoas,

paisagens com formas reconhecíveis para quem visualiza. Pois o objetivo do pintor é

que o apreciador visualize a obra e identifique a figura. A imagem deve ser muito

clara para quem a observa.

Muitas vezes o artista utiliza cores da realidade visual buscando

representar a realidade na tela. A pintura é planejada, pois o pintor faz esboços ou

mentaliza o que deseja pintar antecipadamente.

Esta arte tem sido representada ao longo da história da humanidade,

desde a pré-história até os dias atuais. Na pré-história representada pela pintura

rupestre. Posteriormente pelos povos da antiguidade: egípcios, gregos, romanos,

etc.

No fim do século XVIII predominou o estilo neoclassicismo ou

academismo. No século XIX com a Revolução Industrial e Revolução Francesa a

arte passou por mudanças refletindo no surgimento de vários movimentos artísticos

e a natureza passa então a ser tema de muitas pinturas, como também muitos

temas diversos foram incorporados a pintura.

No Brasil a arte figurativa ganhou espaço com a vinda da Missão

Artística Francesa e junto com a Missão vieram artistas como: Taunay, Debret e

outros, que retratavam nossas paisagens e costumes do povo brasileiro.

Independente da Missão Artística Francesa, outros artistas vieram

para o Brasil. Rugendas nos deixou importantes registros de nossa fauna, flora e

também dos costumes brasileiros no século XIX.

17

Então, desde a pré-história o homem fez seus registros através da

arte, usando imagens figurativas, que se tornaram um verdadeiro testemunho

histórico, pois esta arte se faz presentes em todas as culturas revelando a própria

história dos povos.

ARTE ABSTRATA

A Arte Abstrata surge em consequência da rejeição de velhas

formas de arte que buscava imitar a aparência das coisas.

A originalidade criativa para os artistas modernos vem de encontro

com a autenticidade e as respostas que buscavam para a liberdade de expor formas

diferentes e novas formas.

O que os artistas criam em relação as fontes de criatividade e as

intenções de suas obras nunca é definitivo ou conclusivo, cabe ao espectador criar

significados, não cabe ao artista ditá-los.

Cores arbitrárias, pinceladas rápidas, texturas exageradas, colagens

e outras distorções da figura e de outras formas naturais, foram algumas das

diversas maneiras adotadas pelos artistas.

A abstração passou a ser um meio potente para a expressão de uma

grande diversidade de ideias. Os artistas abstratos criam imagens originais que se

equiparam em intensidade e força com a arte figurativa. Portanto a abstração

descobriu novas possibilidades de visão, mudando a maneira de como as coisas são

vistas e conhecidas.

Wassily Kandisnsky precursor da arte abstrata, acreditava que a

pintura, como a música deveria exprimir a vida interior do artista, os mais profundos

sentimentos e intuições, sem recorrer a reprodução de fenômenos naturais,

A principal característica da arte abstrata é não representar nada da

realidade que nos cerca, não representar cenas históricas, literárias, religiosas ou

mitológicas.

Dentro desta proposta de pintura podemos diferenciar: O

Abstracionismo Informal e o Abstracionismo Geométrico.

No Abstracionismo Informal predominam as formas e cores

livremente, já no Abstracionismo Geométrico as formas e cores devem ser

organizadas de maneira que a composição tenha expressão geométrica.

18

Obras do pintor holandês Piet Mondriam são as mais representativas

do abstracionismo geométrico. Paul Klee é outro grande artista representativo deste

movimento abstracionista, viveu no final do século XIX e tornou-se um inovador e

um dos criadores da arte do século XX. Suas produções artísticas sempre foram

acompanhadas de textos escritos com significados muito particular. A arte não

produz o visível, ela torna visível (PAUL KLEE).

A interpretação de uma obra abstrata pode ser nenhuma, ou pode

ser muitas, isso depende da pessoa que observa. Isso não importa ao artista, sua

intenção é criar uma imagem, imagem em si mesmo é a matéria prima da pintura.

O que é uma imagem abstrata?

Uma imagem abstrata representa algo para a mente assim como

uma imagem figurativa representa algo para os olhos. (Google acadêmico-

03.09.2012). Podemos dizer ainda que uma pintura ou escultura para ser

considerada abstrata ela não deve ser representação natural ou de ilustração da

realidade, nem copiada do mundo real que podemos ver a nossa volta, e sim uma

nova forma criada sendo uma representação intuitiva e sentimentalista da natureza

com simplificação da forma, uso de cores fortes e sem efeito de luz e sombra.

Cabe lembrar que a arte abstrata ou abstracionismo surgiu no inicio

do século XX, sendo o artista precursor deste movimento, o artista russo Wassily

Kandisnsky, que usava pinceladas fortes e rápidas, com muitas cores e que foi

seguido por outros artistas.

Este movimento causou muita polêmica e indignação para a

sociedade que considerou este novo estilo artístico como uma arte de mau gosto e

esquisita. A sociedade estava acostumada com uma arte real com formas e

representações perfeitas. Esse movimento quebrou o tradicional, a representação da

perfeição.

Concluindo, imagem abstrata é uma representação de algo

imaginário com formas irreconhecíveis onde o mundo real foi deixado de lado. O

artista ao criar sua obra abstrata se desliga completamente da realidade visível. E

para sua obra ter sentido significativo ele dispõe de recursos como: cores fortes,

linhas sobrepostas, formas inusitadas e sua imaginação criadora e original. Portanto

uma obra de arte abstrata pode ser vista, sentida e interpretada de várias maneiras,

depende de quem a observa.