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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Produção de uma Sequência Didática do Gênero “Crônica Literária”

Autora Denise Casola Nascimento

Escola de Atuação Colégio Est. Antônio de Castro Alves Ensino Fundamental

e Médio

Município da Escola Capitão Leônidas Marques

Núcleo Regional de Educação Cascavel

Orientadora Profª Drª Carmen T. Baumgartener

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-Pedagógica Sequência Didática do Gênero “Crônica Literária”

Público Alvo Alunos - 1º ano do Ensino Médio

Localização Colégio Est. Antônio de Castro Alves - Ensino

Fundamental e Médio. Localizado na Rua Iapó nº118 -

Centro

Apresentação O gênero crônica literária é trabalhada na escola

superficialmente, sem mostrar ao educando o quanto ela

é interessante, pois narra os fatos do cotidiano em tom

despretensioso, ora poético, ora filosófico, analisado

muitas vezes pelo olhar do cronista. Os objetivos são:

aproximar os educandos do gênero; possibilitar-lhes que

identifiquem a diversidade de estilo e linguagem entre

autores de épocas diferentes; distinguir o tom de humor,

ironia, lirismo ou reflexivo nas crônicas selecionadas. A

metodologia utilizada para a realização das atividades em

sala de aula será com uma sequência didática com o

gênero crônica literária. Para finalizar o trabalho com o

gênero, os educandos deverão fazer a produção textual, e

na sequência será feita uma coletânea das produções e

disponibilizado na biblioteca da escola.

Palavras-Chave Gênero; crônica; sequência didática; produção

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL - PDE

PRODUÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

DO GÊNERO CRÔNICA LITERÁRIA

Denise Casola Nascimento (Professora PDE)

Profª Drª Carmen T. Baumgartner

(Orientadora/UNIOESTE)

CASCAVEL - PR

2010/2012

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA

GÊNERO TEXTUAL “CRÔNICA LITERÁRIA’’

1º Ano do Ensino Médio

1. APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO

Professor(a):

O trabalho com o gênero textual “crônica literária”, para o 1º Ano do Ensino

Médio, na proposta de uma sequência didática, para ser trabalhada e consolidada

em um bimestre, tem como objetivos:

Proporcionar aos educandos leituras do gênero textual crônica literária;

Realizar um estudo teórico sobre o gênero textual crônica literária;

Fazer uma coleta de textos do gênero, pesquisando na biblioteca ou na

internet;

Disponibilizar aos educandos, crônicas literárias de várias épocas, para

analisar os estilos de produção daquele contexto histórico;

Identificar o tom de lirismo, ironia, humor ou reflexão;

Analisar as diferenças de produções das crônicas literárias, estabelecendo

relações de significados e de importância, partindo da literatura de

informação até a atualidade;

Trabalhar as crônicas: “Carta do Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de

Caminha, “O Novo Manifesto”, de Lima Barreto, e “Meu Gol Inesquecível”,

de Cristovão Tezza.

Identificar, no gênero crônica: o tema, situação escolhida, a linguagem em

diferentes épocas, análise linguística, tom do texto e o foco narrativo;

Produção do gênero crônica literária com os educandos, analisando o

contexto atual.

Reescrever o texto quantas vezes precisar pelo educando, com a

orientação do educador;

Fazer uma coletânea dos textos produzidos pelos educandos, para ser

disponibilizada na biblioteca da escola.

Para iniciar a Sequência Didática, sugiro aos professores que questionem,

que discutam com os educandos quanto ao conceito, ou o que eles entendem em

relação a gênero textual. Na sequência, instigue-os a registrarem quais são os

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gêneros que conhecem. Quais são os gêneros que realizaram uma produção

textual. A atividade poderá ser realizada em grupos, para deixar os educandos

menos tímidos ao responder sobre o assunto. Quando todos os grupos discutirem e

anotarem suas respostas, faz-se uma discussão com todos, para que percebam,

com a mediação do educador, se estão mais focados em tipologias textuais ou em

gêneros discursivos.

É neste momento que o educador apresenta ao educando o gênero crônica.

MÓDULO - 01

Pesquisa sobre o Gênero Crônica Literária

Após mostrar o gênero textual é interessante e importante para o educando,

realizar uma pesquisa sobre o gênero crônica, com o intuito de (re)conhecer,

entender e valorizar o texto na sociedade. O mesmo poderá usar como instrumento

de pesquisa a internet, livros e outros materiais.

Gênero Crônica

O Mito

Na mitologia clássica, o deus Cronos, filho de Urano (o Céu) e de Gaia (a

Terra), destronou o pai e casou com a própria irmã, Réia. Urano e Gaia,

conhecedores do futuro, predisseram-lhe, então, que seria, por sua vez, destronado

por um dos filhos que gerasse. Para evitar a concretização da profecia, Cronos

passou a devorar todos os filhos nascidos de sua irmã com Réia. Até que está,

grávida mais uma vez, conseguiu enganar o marido, dando-lhe a comer uma pedra

em vez da criança recém-nascida. E, assim, a profecia realizou-se: Zeus, o último da

proledivina, conseguindo sobreviver, deu a Cronos uma droga que o fez vomitar todos

os filhos que havia devorado. E liderou uma guerra contra o pai, que acabou sendo

derrotado por ele e os irmãos (BENDER; LAURITO,1993, p.10-11).

“Cronos é a personificação do tempo”. E, de acordo com uma das

abordagens teóricas dos mitos clássicos, sua lenda pode ser lida como uma alegoria:

a de que o tempo, em sua passagem fatal, engole tudo o que é criado e tudo o que é

criatura (BENDER; LAURITO,1993, p.10-11).

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A Palavra

A palavra grega chronos, que significa “tempo”, encontra-se, em nossa língua,

como radical de muitos termos que, etimologicamente, ligam-se ao sentido original.

No Dicionário etimológico, de Antenor Nascentes, “a palavra crônico é dada como

originária do grego chronikós ( relativo ao tempo), recebida pelo latim chronicu”

(BENDER; LAURITO, 1993, p.10-11).

O Gênero

“ Designativo de um gênero específico de textos, o termo crônica mudou de

sentido em sua evolução, mas nunca perdeu os vinculos com o sentido etimológico

que lhe é inerente e que está em sua formação. O primeiro dos significados da

crônica remete para o seu sentido primordial, de registro do passado e dos fatos que

sucederam. O segundo encara a crônica em sua acepção atual, ou seja,enfoque dos

fatos do dia-a-dia. Portanto, a crônica é sempre um resgate do tempo e poder-se-ia

dizer que , assim como um Zeus humano, o cronista também arranca das entranhas

de Cronos os filhos que ele quer devorar, na medida em que não deixa perecer no

tempo a matéria fugaz da vida, registrando-a e salvando-a do esquecimento”

(BENDER; LAURITO,1993, p.10-11).

O Sentido Histórico do Termo

O marco da crônica em Portugal foi no ano de 1434, em que o cronista passa

a ser um escritor profissional, pago para trabalhar com a matéria histórica, para atear-

se aos fatos e à interpretações desses fatos.

A crônica, no sentido em que o termo é comumente usado, que começou na

França, no século XIX, para designar um texto jornalístico que abordava os mais

diversos assuntos. Nasceu de um filão chamado Folhetim ( do francês feuilleton), que

era um espaço livre no rodapé do jornal, destinado a entreter o leitor e a dar-lhe uma

pausa de descanso em meio à enxurrada de notícias graves e pesadas.

“O marco da crônica no Brasil, foi em 1500, com a Carta de Pero Vaz de

Caminha, que na verdade era uma crônica enviada ao rei D. Manoel contando os

lances da descoberta do Brasil” ( BENDER;LAURITO,1993, p.11-15).

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O gênero crônica compreende subgêneros como, por exemplo, a crônica

esportiva, jornalística do cotidiano e a literária, dentre outros. Na sequência didática

apontamos algumas informações sobre a crônica literária.

A Crônica Literária

Laurito comenta que “a crônica remete ao seu sentido primordial, de registro

do passado e dos fatos na ordem em que sucederam e também que encara o gênero

em sua acepção atual, ou seja, enfoca os fatos do cotidiano” (BENDER; LAURITO,

1993, p.11).

Bender observa que, “para registrarmos os fatos do nosso cotidiano, o

espaço literário é a crônica. No gênero é fundamental o humor, bem como a leveza e

o tom coloquial” (In BENDER; LAURITO, 1993, p.43). Mas de tanto se dizer que a

crônica é um gênero menor, talvez o próprio cronista acabe se convencendo disso e

não se leve muito a sério. A esse respeito diz Antonio Candido, o professor e critico

literário:

“A crônica não é um gênero maior. Não se imagina uma literatura feita de

grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas,

dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por

melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor.

„‟Graças a Deus”, - seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica perto de nós” (In

BENDER; LAURITO, 1993, p. 43).

Outro estudioso de crônica literária, Sá prenuncia que “o cronista age de

maneira mais solta, dando a impressão de que pretende apenas ficar na superficie de

seus próprios comentários, sem ter se quer a preocupação de colocar-se na pele de

um narrador, que é, principalmente, personagem ficcional (como acontece nos contos,

novelas e romances). Assim, quem narra uma crônica é seu autor mesmo, e tudo o

que ele diz parece ter acontecido de fato, como se nós, leitores, estivéssemos diante

de uma reportagem” (SÁ, 1992, p. 9).

Rubem Braga afirma que: “A verdade não é o tempo que passa, a verdade é o

instante. Brevissímo instante, onde se oculta a complexidade das nossas dores e

alegrias, protegidas pela máscara da banalidade. Em nome dessa aparência amena é

que muitas vezes nos desobrigamos de pensar na vida. Em nome dessa mesma

aparência, o escrivão do cotidiano compõe um claro caminho, através do qual o leitor

reencontra o prazer da leitura e - mesmo que não perceba - aprende a ler na história “

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inventada” a sua própria história” (In SÁ, 1992, p.12).

Aponta o crítico Eduardo Portella para o fato de as crônicas tomarem as mais

variadas formas, podendo ser até fabulas. E chama a atenção para a crônica

enquanto um fazer literário:

“A estrutura da crônica é uma desestrutura; a ambiguidade é a sua lei. A

crônica tanto pode ser um conto, como um poema em prosa, um pequeno ensaio,

como as três coisas simultaneamente. Os gêneros literários não se excluem: incluem-

se. O que interessa é que a crônica, acusada injustamente como um desdobramento

marginal ou periférico do fazer literário, é o próprio fazer literário. E quando não o é,

não é por causa dela, a crônica, mas por culpa dele o cronista. Aquele que se apega à

notícia, que não é capaz de construir uma existência além do cotidiano, este se perde

no dia-a-dia e tem apenas a vida efêmera do jornal. Os outros, esses transcendem e

permenecem” (In BENDER; LAURITO, 1993, p. 53).

1.1. Leitura de Texto do Gênero Professor (a):

Escolha uma diversidade de crônicas para que os educandos possam fazer

leituras na biblioteca, na sala de aula, ou em outro local que achar propício.

O objetivo deste trabalho é instigar o educando a perceber o quanto o

gênero está presente no cotidiano das pessoas, sendo contado de uma forma

diferente, ou seja, com um olhar perspicaz pelo autor.

A leitura é o momento de produzir sentido, compreender, interpretar,

relacionar e reter o que foi mais relevante ao leitor - educando, para ampliar o seu

conhecimento em relação ao assunto que está sendo abordado no texto.

Como início das atividades, trabalhe com a crônica “Meu Gol Inesquecível”,

de “Cristovão Tezza”. Leve a crônica gravada em pendrive ou CD, para que os

educandos ouçam o texto. Na sequência, distribua o texto impresso a todos. Oriente

os educandos para numerar as linhas do texto e que irão trabalhar as outras

atividades propostas na sequência didática.

Outra sugestão é imprimir o gênero com uma marca d‟água de futebol ou de

uma bola, para que a crônica esteja mais próxima do leitor quanto ao tema.

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Texto - 01

Folha de S. Paulo

Caderno Mais!

São Paulo, 26 de maio de 2002

Meu Gol Inesquecível

Cristovão Tezza

Era o último amistoso da seleção antes da Copa de 82; era o Maracanã numa tarde

magnífica de domingo. Brasil e Alemanha Oriental. Duas da tarde e eu já fazíamos

parte de uma multidão semovente e animada, subindo rampas de concreto de um

lado a outro até perder as referências. Súbito o mundo se abriu azul-e longe,

embaixo, aquele campo verde brilhante, pequeno à distância, exato como uma mesa

de botões atraentes como um brinquedo. Fui sendo arrastado em direção a algum

espaço na arquibancada e ao me acomodar percebi que estava no centro de toda a

torcida vascaína do mundo que, a cada nome de jogador que ressoava pelos alto-

falantes, trocava insultos e ovações ritmadas com a torcida do Flamengo, um

vermelho e negro ondulante adiante. O jogo começou. Num momento um vendedor

equilibrando-se à minha frente levou com os passos dele a ponta do meu cadarço;

baixei a cabeça para amarrar o cordão do sapato e no primeiro nó houve um

princípio de terremoto e milhões de pessoas se ergueram ao mesmo tempo num

desvario ululante - tentei também ficar em pé e, quando consegui, vi sobre as

cabeças, lá longe, jogadores amarelinhos se abraçando, pulando uns sobre os

outros, e de relance percebi um alemãozinho tímido buscando a pequena bola no

fundo da rede. Reflexo condicionado busquei em vão alguma tela em busca do gol

perdido, para voltar os segundos que avançavam impiedosos. Inútil; a partida

terminou um - a zero. Meu gol inesquecível restou vazio na memória. (Disponível em:

<www.cristovaotezza.com.br>. Acesso em: 28/07/2011).

1.2. Biografia do Autor

Cristovão Tezza nasceu em Lages, Santa Catarina, em 1952. Em junho de

1959, a sua família se mudou para Curitiba, Paraná.

Em 1970 concluiu o ensino médio no Colégio Estadual do Paraná. No ano

seguinte, entrou para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (RJ).

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9

Em dezembro de 1974, foi a Portugal estudar Letras na Universidade de Coimbra,

matriculado pelo Convênio Luso-Brasileiro, mas como a universidade estava

fechada pela Revolução dos Cravos, passou um ano perambulando pela Europa.

Em 1988 publicou Trapo (Brasiliense), livro que tornou seu nome conhecido

nacionalmente. Nos dez anos seguintes, publicou os romances Aventuras

Provisórias (Prêmio Petrobrás de Literatura), Juliano Pavollini, A Suavidade do

Vento, O Fantasma da Infância e Uma Noite em Curitiba. Em 1998, seu romance

Breve Espaço entre Cor e Sombra (Rocco) foi contemplado com o Prêmio Machado

de Assis da Biblioteca Nacional (melhor romance do ano); e O Fotógrafo (Rocco),

publicado em 2004, recebeu no ano seguinte o Prêmio da Academia Brasileira de

Letras de melhor romance do ano e o Prêmio Bravo. Em 2006, assinou contrato com

a Editora Record, que começou a relançar sua obra. Em julho de 2007 foi publicado

seu novo romance O Filho Eterno, e foram reeditados, com novo projeto gráfico,

seus romances Trapo, Aventuras Provisórias e O Fantasma da Infância. Em

dezembro de 2007, o romance O Filho Eterno recebeu o Prêmio da APCA

(Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor obra de ficção do ano. Em

2008, recebeu os prêmios Jabuti de melhor romance, Prêmio Bravo de melhor obra,

Portugal-Telecom de Literatura em Língua Portuguesa (primeiro lugar) e Prêmio São

Paulo de Literatura, como melhor livro do ano. Em 2009, recebeu o prêmio Zaffari &

Bourbon, da Jornada Literária de Passo Fundo, como o melhor livro dos últimos dois

anos.

Em dezembro de 2009, O Filho Eterno foi considerado pelo jornal O Globo

uma das dez melhores obras de ficção da década, no Brasil.

Em março de 2010, a tradução francesa de O Filho Eterno recebeu o prêmio

Charles Brisset, concedido pela Associação Francesa de Psiquiatria. O romance foi

lançado na Itália, Portugal, França, Holanda, Espanha, catalão, Austrália e Nova

Zelândia.

Em outubro de 2010, a Editora Record lançou seu mais recente trabalho, o

romance Um Erro Emocional.

Em março de 2011, entregou à Editora Record os originais do livro de contos

Beatriz, a sair em agosto deste ano.

Em 2012, será lançada uma coletânea de suas crônicas. Atualmente,

Cristovão Tezza está escrevendo um ensaio sobre o romance, que ele define como

10

"um olhar de escritor" sobre esse gênero. (Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>.

Acesso em: 29/07/2011).

1.3. Discussão sobre o Contexto de Produção

a) Como é o nome desse texto?

( ) poema ( ) conto ( ) crônica

b) Onde e quando foi publicado?

___________________________________________________________________

c) Para quem foi produzido?

___________________________________________________________________

d) A organização e a linguagem utilizada favorecem a interação do leitor com o

texto?

___________________________________________________________________

e) Quem produziu o texto? O que você sabe sobre esse autor? Faça uma pesquisa

sobre o mesmo.

___________________________________________________________________

f) Você gosta de ler crônica literária? Por que este gênero chama sua atenção, para

a leitura?

___________________________________________________________________

g) Você lê com frequência jornais e revistas? Quantas vezes você leu esse texto

neste material?

___________________________________________________________________

1.4. Conteúdo Temático a) Ao ler o título você consegue dizer qual é o assunto do texto?

___________________________________________________________________

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b) Após a leitura do texto. Qual é o assunto? Você permaneceu com a mesma ideia

ou modificou, por quê?

___________________________________________________________________

c) O texto flagra situações do cotidiano. Quais são estas situações?

___________________________________________________________________

d) Em que momento do texto o cronista fala do gol inesquecível. Por quê?

___________________________________________________________________

1.5. Estrutura Composicional

Na perspectiva literária, as características comuns da crônica literária são:

Narrativa curta e muitas vezes sucinta;

Linguagem simples e espontânea;

Personagens ficcionais ou reais;

Discursos diretos, indiretos e livres;

Tema são os flagrantes do cotidiano;

Muitas vezes aparece no gênero carta, poema, conto e fábula;

O cronista dá um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como

ficção, fantasia e criticismo;

É narrado em 1ª pessoa ou 3ª pessoa;

Geralmente é estruturada em parágrafos curtos e longos;

O cronista ao desenvolver a sua crônica, apresenta sua visão no que se

refere a um determinado assunto, ou seja, está transmitindo a sua visão de

mundo ao leitor.

a) Baseando-se na leitura do texto que você leu, e naquilo que foi discutido em sala

de aula, assinale (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as alternativas

falsas, com relação às características da crônica literária “Meu gol inesquecível”.

( ) A crônica é um fato do cotidiano.

( ) A crônica é uma narrativa curta.

( ) o suporte de circulação dessa crônica foi o jornal.

( ) O texto não é narrado em 1ª pessoa.

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( ) A linguagem não é simples e espontânea.

( ) O texto não apresenta discursos indiretos.

b) Agora reescreva as alternativas falsas, transformando em verdadeiras.

___________________________________________________________________

c) É possível localizar o conflito? E o desfecho?

___________________________________________________________________

1.6. Interpretação do Texto

a) Como o autor descreve o Maracanã, onde ocorreu o jogo?

___________________________________________________________________

b) O personagem sentou-se junto a qual torcida?

( ) Vasco ( ) Grêmio ( ) Fluminense

c) E com qual torcida trocava insultos e ovações ritmadas?

( ) Palmeiras ( ) Flamengo ( ) Internacional

d) Por que o personagem do texto não assistiu o gol?

___________________________________________________________________

e) Qual foi o terremoto que houve no estádio?

___________________________________________________________________

f) Quando o personagem conseguiu levantar-se, o que presenciou.

( ) o gol ( ) os telespectadores comemorando

g) Por que o autor terminou o texto com a seguinte frase: “Meu gol inesquecível

restou vazio na memória”.

___________________________________________________________________

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h) O cronista relatou como foi assistir a um jogo no Maracanã. Você acha que é

dessa maneira que as pessoas se comportam em um estádio?

___________________________________________________________________

1.7. Trabalhando o vocabulário 1.7.1. Substitua as palavras sublinhadas, por outra de mesmo sentido. a) Parte de uma multidão semovente e animada.

___________________________________________________________________

b) A cada nome de jogador que ressoava pelos alto-falantes.

___________________________________________________________________

c) Trocava insultos e ovações ritmadas com a torcida do Flamengo.

___________________________________________________________________

d) Um vermelho e negro ondulante adiante.

___________________________________________________________________

e) Ao mesmo tempo num desvario ululante – tentei também ficar em pé.

___________________________________________________________________

1.7.2. Explique o sentido da palavra sublinhada na oração. a) Era o último amistoso da seleção antes da Copa de 82.

___________________________________________________________________

1.8. Análise Linguística

a) Ao ler o texto, você percebeu alguma diferença em relação à paragrafação. Qual?

___________________________________________________________________

b) O titulo do texto “Meu gol inesquecível” apresenta uma ambiguidade, ou seja, um

duplo sentido com a palavra gol. Quais são as interpretações.

___________________________________________________________________

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c) Na primeira linha aparece duas vezes o verbo conjugado era. Em que sentido foi

usado, em que tempo.

___________________________________________________________________

d) “Perder as referências” (linha 4), as expressões referem-se ao:

( ) jogo ( ) Maracanã ( ) telespectador

e) A palavra “súbito” (linha 04) está empregado no texto em que sentido. Troque a

palavra por outra com o mesmo sentido.

__________________________________________________________________

f) Como o autor descreveu o campo.

__________________________________________________________________

- Quando caracterizamos os seres recebem o nome de ______________________

g) O autor compara o campo com que objetos (linha 5). Assinale as alternativas

corretas.

( ) mesa de botões ( ) brinquedo ( ) azul brilhante

h) Na linha 09 a palavra “começou” que sentido tem no texto. Que outra palavra

(verbo) poderia ser usada.

___________________________________________________________________

i) “Levou com os passos dele a ponta do meu cadarço” (linha 10 e 11). Os

pronomes referem-se a quem:

Dele _______________________________________________________________

Meu _______________________________________________________________

j) O número ordinal empregado no texto (linha 11) refere-a:

( ) nó ( ) gol ( ) cordão

k) O advérbio de lugar “lá longe” (linha 14) indica:

( ) jogadores ( ) campo ( ) juiz

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l) Na linha 15 ”de relance percebi um alemãozinho tímido buscando a pequena bola

no fundo da rede”.

Quem era o alemãozinho tímido.________________________________________

Em que sentido foi empregado o adjetivo “pequena” na oração _________________

___________________________________________________________________

m) Por que a palavra “também” (linha 13) foi empregada. Explique.

___________________________________________________________________

n) “Vi sobre as cabeças” (linha 13).

Qual o sentido da palavra sobre _________________________________________

Reescreva a oração no singular. Poderia ser usado dessa forma no texto. Por quê?

___________________________________________________________________

o) Na linha 16 “...busquei em vão alguma tela em busca do gol perdido “.

Que outro verbo pode ser usado no lugar de busquei ________________________

Troque o substantivo tela por outro _______________________________________

O verbo busquei refere-se a quem _______________________________________

p) Analise o fragmento e responda: “Jogadores amarelinhos se abraçando,

pulando uns sobre os outros”.

O pronome sublinhado outros refere a: ____________________________________

MÓDULO - 02

Professor (a):

Para instigar a leitura, e o interesse pelas atividades pelos educandos, é

interessante apresentar a crônica da “Carta do Achamento do Brasil” de “Pero Vaz

de Caminha”, digitada em um papel reciclável e todos os textos em um barco, para

aproximar o gênero do educando e o momento de produção.

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O gênero para ser trabalhado na SD, não está na integra, pois os autores

que organizaram disponibilizaram alguns fragmentos, (Livro: Cronistas do Brasil de

Antonio Carlos Olivieri e Marcos Antonio Villa-Fundação Nestlé de Cultura).

Outra sugestão, dividir o texto em fragmentos e numerá-lo no verso e

entregar aos educandos para realizar a leitura. O objetivo desta metodologia de

leitura é para ser mais prazerosa pelo educando e que o texto seja entendido com

mais sutileza e facilidade. Após esta atividade de leitura, possibilitar a discussão

para analisar o gênero e não esquecer que os alunos precisam numerar os

parágrafos.

Comente com os educandos que o gênero foi produzido em 1500, que é

contextualizada na Literatura de Informação, que foi o momento de registrar as

condições de vida e a mentalidade dos primeiros colonizadores e habitantes da terra

Brasil.

Texto - 02

Carta do Achamento do Brasil

Pero Vaz de Caminha

O texto usado para as atividades encontra-se no livro: Cronistas do

Descobrimento. Antonio Carlos Olivieri; Marco Antonio Villa. São Paulo. Fundação

Nestlé de Cultura, Ática, 1999.

Professor (a):

Em relação à biografia do autor Pero Vaz de Caminha encontra-se poucas

informações.

2.1. Biografia do Autor Pesquise em: Nicola, J de; Cavallete, F. T.; Terra, E. Português para o ensino médio.

Língua, Literatura e Produção de Textos. São Paulo: Scipione, 2002. (Disponível em:

<educacao.uol.com.br>. Acesso em: 01/07/2011).

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Professor (a):

Possibilite aos educandos pesquisarem na internet ou em livros, o

manuscrito original da “A Carta do Achamento do Brasil”, escrito por “Pero Vaz de

Caminha”, para os mesmos visualizarem e conhecerem o papel usado na época, o

traçado da letra e a organização. Você também pode levar o pergaminho em

pendrive e mostrar. (Disponível em: <http://-www.superdownloads.com.br>. Acesso em:

05/07/2011).

2.2 . Discussão sobre o Contexto de Produção

a) Que texto você leu? Assinale a alternativa correta.

( ) romance ( ) conto ( ) crônica

Por quê__________________________________________________

b) Quem produziu o texto?

___________________________________________________________________

c) Para quem foi produzido?

___________________________________________________________________

d) A organização e a linguagem utilizada favorecem o entendimento e a interação do

leitor com o texto?

___________________________________________________________________

e) Qual o veículo de circulação do texto naquela época? Hoje, onde circula?

___________________________________________________________________

f) Por que, em sua opinião, as crônicas são produzidas?

___________________________________________________________________

2.3. Conteúdo Temático a) Lendo o título do texto, você consegue dizer qual o assunto? Por quê?

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________________________________________________________

b) A palavra “Achamento” na época em que o texto foi escrito queria dizer o quê?

Por que o autor usou essa palavra e não outra?

___________________________________________________________________

c) Hoje, que palavra pode usar com o mesmo sentido? Reescreva o título.

___________________________________________________________________

d) As crônicas relatam fatos do cotidiano, analisadas pelo mundo do cronista.

Assinale a alternativa em relação ao tema do texto:

a) ( ) a descoberta dos índios;

b) ( ) a descoberta da natureza intocável;

c) ( ) a descoberta de uma nova terra.

e) O texto circulava em que veículo naquela época?

( ) carta ( ) documento ( ) pergaminho

f) E hoje, onde o texto circula?

( ) revista ( ) jornal ( ) livro

2.4. Estrutura Composicional

Em relação à estrutura textual, como a crônica é organizada. Preencha o

quadro em relação ao texto “A Carta do Achamento do Brasil”.

1. Titulo:

2. Quantidades de parágrafos:

( ) curtos ( ) longos Total =

3. Narrador:

( ) 1ª pessoa - participa do fato ( ) 3ª pessoa - não participa do fato

4. Personagens são:

( ) ficcionais ( ) reais

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5. Presença de discurso:

( ) direto ( ) indireto ( ) livre

6. Tipologia predominante:

( ) narrativa ( ) argumentativa

7. Linguagem:

( ) simples e sucinta ( ) complexa e rebuscada

8. Os temas para o gêneros são extraídos de:

( ) fatos do cotidiano ( ) fatos inventados

2.5. Interpretação do Texto a) Pero Vaz de Caminha escreveu a carta ao rei, com qual objetivo?

___________________________________________________________________

b) Leia o fragmento.

“E, acabada a pregação, como Nicolau Coelho trouxesse muitas cruzes de

estanho com crucifixos, que lhe ficaram ainda da outra vinda, houveram por bem

que se lançasse a cada um a sua ao pescoço.”

Com esta atitude de Nicolau, ao trazer os crucifixos após a primeira missa, os

portugueses tinham um objetivo. Qual?

( ) catequizar os indígenas ( ) início do cristianismo ( ) chegada dos portugueses

c) Quais são os personagens do texto?

___________________________________________________________________

d) O que você entendeu do fragmento: “Quando fizemos vela, estariam já na praia

assentados perto do rio obra de sessenta ou setenta homens que se haviam juntado

ali poucos e poucos”.

___________________________________________________________________

e) A Carta do Achamento do Brasil, de Caminha deu início a qual literatura. Assinale

a alternativa correta.

( ) a literatura brasileira com o texto crônica;

( ) a literatura do realismo com o texto fábula;

20

( ) a literatura barroca com o texto artigo.

f) Enquanto Caminha escrevia a Carta ao rei confrontava com duas culturas. Quais

culturas?

___________________________________________________________________

g) Relacione a primeira coluna com a segunda, em relação ao nativo e a natureza

como era descrita na carta.

(1) Nativo ( ) árvores frondosas

(2) Natureza ( ) homem forte

( ) fronte pintada

( ) dançavam perto do rio

( ) águas límpidas

( ) animais livres

h) Na noite seguinte, segunda-feira (parágrafo 5). E assim seguimos nosso caminho,

por este mar (no sétimo parágrafo). Os fatos foram narrados em ordem:

( ) cronológica ( ) psicológica

2.6. Trabalhando o Vocabulário 2.6.1. Substitua as palavras em negrito, por outro sinônimo: a) A Carta do Achamento do Brasil é o documento que registrou o nascimento da

nossa história.

___________________________________________________________________

b) Alguns índios andavam pela natureza com tintas quartejados pelo corpo e outros

ornamentos confeccionados por eles.

___________________________________________________________________

c) Fez-lhe muita honra e deu-lhe uma camisa mourisca e ao outro uma camisa

destoutras.

___________________________________________________________________

21

d) A terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta,

é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa.

___________________________________________________________________

2.6.2. Explique o significado das palavras sublinhadas nas orações abaixo: a) Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhe cobrisse suas vergonhas

(parágrafo 12).

b) Senhor, a inocência desta gente é tal, que a de Adão não seria maior, quanto a

vergonha (parágrafo 36).

Explique a diferença de sentidos das palavras sublinhadas.

___________________________________________________________________

Como se diria isso, hoje? Reescreva as orações.

___________________________________________________________________

2.7. Análise Linguística a) O autor inicia o texto com um pronome. Por quê?

___________________________________________________________________

b) “Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam

a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta

navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa

Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que - para o bem contar e falar -- o saiba

pior que todos fazer” (parágrafo 02).

O que você entendeu desse parágrafo.

___________________________________________________________________

“O saiba pior que todos fazer”. A letra negritada refere-se a que?

___________________________________________________________________

Reescreva a oração “ainda que - para o bem contar e falar - o saiba pior que todos

fazer”, na ordem direta.

___________________________________________________________________

Assim, como eu melhor puder, ainda que - para o bem contar e falar. Substitua a

conjunção negritada por outra de mesmo sentido. Marque a correta:

( ) já que ( ) pois ( ) mesmo que

22

“Desta vossa frota” o pronome sublinhado refere-se ao:

( ) rei ( ) capitão ( ) comandante

“Não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza”. Quais ideias estão

implícitas na oração.

___________________________________________________________________

c) Leia o trecho a seguir: “Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e

doutras serras mais baixas ao sul dele: e de terra chã, com grandes arvoredos

(parágrafo 40).

As palavras negritadas são:

( ) substantivos ( ) adjetivos ( ) artigo

Que sentido pode ser atribuído as palavras negritadas no texto?

___________________________________________________________________

Reescreva o período sem as palavras negritadas. Teve o mesmo sentido. Explique.

__________________________________________________________________

Reescreva as palavras na linguagem formal:

dum _______________________________________________________________

doutras _____________________________________________________________

mui ________________________________________________________________

d) Pesquise na crônica a palavra que pelo Novo Acordo Ortográfico perdeu o acento.

___________________________________________________________________

e) No parágrafo 03 em “para aformosear nem afear”. Qual o sentido que as palavras

sublinhadas podem ter no texto.

afear _______________________________________________________________

aformosear __________________________________________________________

f) No parágrafo 02 o cronista se humilha ao rei. Reescreva a oração que demonstra

essa atitude.

___________________________________________________________________

g) No parágrafo 03 “não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu”.

23

O advérbio sublinhado aqui se refere a:

( ) carta ( ) terra

O verbo em negrito vi e pareceu faz referência ao:

( ) cronista ( ) rei

h) Quem são os interlocutores do texto “Carta do Achamento do Brasil”, em 1500?

___________________________________________________________________

i) E hoje, que são os interlocutores da crônica?

___________________________________________________________________

j) Releia o parágrafo 12 e responda:

“Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas

mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau

Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram”.

Neste parágrafo o autor está falando de quem:

( ) dos marinheiros ( ) dos nativos ( ) dos portugueses

Com que objetivo trazia nas mãos arcos com suas setas.

___________________________________________________________________

Hoje, esse tipo de arma é utilizada pelos índios? Por quê?

___________________________________________________________________

Qual o significado das seguintes palavras no parágrafo:

Setas ______________________________________________________________

Rijos _______________________________________________________________

Batel _______________________________________________________________

Os pronomes sublinhados “todos-eles-lhes” no parágrafo estão se referindo a quem:

( ) Nicolau Coelho ( ) nativos ( ) portugueses

Em que sentido foi empregado o verbo pousassem no texto. Substitua o verbo por

outro com o mesmo sentido.

___________________________________________________________________

k) O primeiro contato entre os portugueses e os nativos foi a troca de presentes, no

parágrafo 13. O que trocaram:

portugueses _________________________________________________________

24

nativos _____________________________________________________________

l) Quais são as características físicas dos nativos. Por que impressionava os

portugueses essas qualidades.

___________________________________________________________________

m) “O Capitão mandou Diogo Dias, por ser homem ledo, com que eles folgavam.

Aos degredados mandou que ficassem lá está noite, entre eles” (parágrafo 28).

O advérbio lá indica que espaço _________________________________________

O que é ser um homem ledo?

( ) alegre ( ) medroso ( ) intransigente

Em que sentido foram empregada as palavras sublinhadas folgavam e degredados

no texto:

folgavam ____________________________________________________________

degredados _________________________________________________________

MÓDULO - 03

Professor (a):

Comente com os educandos sobre o momento histórico, em que o país

estava passando, para a crônica ser compreendida e ter sentido. O que a época do

Pré-Modernismo significou na história do Brasil.

Foi um período governado por militares, sendo que, houve muitas guerras e

revoltas. Poucos escritores se dedicaram a escrever sobre este período, pois

precisavam vivenciar e conhecer a realidade brasileira e os problemas sócio-

políticos da época.

Lima Barreto foi um dos escritores que, em suas obras criticava a situação

da época.

Antes de iniciar as atividades da Sequência Didática, discuta com os

educandos sobre o uso da paragrafação no texto e peça que numerem os

parágrafos para realizar as atividades.

25

3.1. Momento da Leitura

Peça aos educandos que realizem uma leitura silenciosa e individual;

Após terem realizado a leitura, que os educandos anotem em seu caderno,

que sensações perceberam no momento de lerem;

Proporcione o momento da leitura coletiva;

Discuta com eles sobre as sensações que sentiram no momento da leitura

individual;

Quais as informações ou expressões que foram mais sentidas ou percebidas

por eles.

Oralmente instigue os educandos a narrar à crônica em terceira pessoa, para

que analisem o sentido do texto. É igual? Ficou diferente? Por quê?

Texto - 03

O Novo Manifesto

Lima Barreto (Disponível no livro: Antologia da Crônica Brasileira de Machado

de Assis à Lourenço Diaféria. Douglas Tufano. 1ª ed. São Paulo, Moderna, 2005).

3.1. Biografia do Autor

Disponível em: <www.bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 15/05/2011.

3.2. Discussão sobre o Contexto de Produção

a) Quem é o autor do texto? O que você sabe sobre ele? Caso não sabe, realize

uma pesquise sobre o autor.

___________________________________________________________________

b) O titulo “O novo manifesto” sugere que assunto? Por quê?

___________________________________________________________________

c) Qual é o assunto? O que tem a ver com a realidade?

___________________________________________________________________

d) Por que a temática estava sendo discutida naquele momento?

___________________________________________________________________

26

e) Quem era o público leitor daquela época?

___________________________________________________________________

f) Em que ano foi escrita a crônica?

( ) 1950 ( ) 1906 ( ) 1915

g) A crônica foi publicada novamente em que ano, e em que veículo de circulação?

___________________________________________________________________

3.3. Conteúdo Temático

a) O assunto do texto é:

( ) sobre a política ( ) sobre a crise do país ( ) sobre ser candidato a deputado

b) Em quantos parágrafos está organizado texto? __________________________

c) Com uma frase, indique a ideia principal de cada parágrafo.

___________________________________________________________________

d) Por que, em sua opinião, a crônica foi produzida?

___________________________________________________________________

e) Que sentimentos ou emoções a crônica despertou em você?

___________________________________________________________________

3.4. Estrutura Composicional 3.4.1. Assinale a alternativa correta em relação à estrutura do texto. a) O texto é narrado em:

( ) 1ª pessoa ( ) 3ª pessoa

b) Predomina no texto a tipologia:

( ) descritiva ( ) narrativa

27

c) Predomina os discursos:

( ) diretos ( ) indiretos ( ) diretos,indiretos e livres

d) A linguagem utilizada pelo cronista é:

( ) simples ( ) complexa

e) Os parágrafos do texto são:

( ) curtos ( ) longos

f) Através da linguagem o cronista consegue transmitir o tom de lirismo, de humor,

de ironia ou de critica no texto. Qual o tom que predomina na crônica de Lima

Barreto?

___________________________________________________________________

g) O texto que você leu é uma crônica, um conto ou uma fábula. Por quê?

___________________________________________________________________

h) O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador, de fora?

___________________________________________________________________

3.5. Interpretação do Texto

a) A ideia de ser candidato fica explicito no parágrafo:

( ) 5º parágrafo ( ) 3º parágrafo ( ) 1º parágrafo.

b) A palavra subsídio no texto refere-se a:

( ) salário ( ) recompensa ( ) dinheiro

c) No parágrafo 04 o candidato a deputado deixa claro sua intenção. Qual era e por

quê?

___________________________________________________________________

28

d) O candidato a deputado tem uma grande vocação. Qual? Comprove com trecho

do texto.

___________________________________________________________________

e) No texto o candidato a deputado tem outro desejo, que é saborear o “paraíso de

Maomé”. Que paraíso é esse?

___________________________________________________________________

f) Reescreva o que o candidato a deputado não sabe, no entanto, quer ser o

representante do povo (parágrafo 09).

___________________________________________________________________

g) Ele quer ser candidato por qual estado, província ou emirado (parágrafo15)?

___________________________________________________________________

h) Explique as possíveis ideias que estão implícitas (parágrafo 15).

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3.6. Trabalhando o Vocabulário

3.6.1. Consultem o dicionário e substitua as palavras em negrito por outra. a) Ando mal vestido e tenho uma grande vocação para as elegâncias.

___________________________________________________________________

b) Eu desejo ser deputado para gozar esse paraíso de Maomé sem passar pele

algidez da sepultura.

___________________________________________________________________

c) Eis aí em que vai consistir o máximo da minha ação parlamentar, caso o

preclaro eleitorado sufrague o meu nome nas urnas.

___________________________________________________________________

d) Nenhum candidato apresentou, espero da clarividência dos homens.

29

___________________________________________________________________

e) Solicitar de meus compatriotas atenção para o meu obscuro nome.

___________________________________________________________________

f) O subsidio meus senhores, seria para realizar essa minha velha aspiração.

___________________________________________________________________

3.7. Análise Lingüística a) No parágrafo 06 “... ficando mais generoso nas facadas aos meus amigos”. Em

que sentido foi empregado a palavra em negrito.

( ) sentido conotativo ( ) sentido denotativo

b) No parágrafo 08, “Concordarão os nossos eleitores e prováveis eleitores”.

Indique que tempo verbal e que modo o verbo está conjugado:

( ) no presente e está no modo imperativo, indicando ordem;

( ) no futuro, no modo indicativo, indicando uma ação que acontecerá.

c) “Desde que minha mulher e os meus filhos passem melhor de cama, mesa e

roupas, a humanidade ganha” (parágrafo 07).

Os pronomes sublinhados expressam a ideia de:

___________________________________________________________________

As palavras em negrito no fragmento têm a função de:

( ) indicar uma qualidade ( ) nomear os nomes

Reescreva o período de outra maneira, sem mudar o sentido.

___________________________________________________________________

d) No parágrafo 01 “Eu também sou candidato a deputado. Eu não pretendo fazer

coisa alguma pela Pátria. Os pronomes repetidos no texto foram usados com que

intencionalidade? Qual o nome dos pronomes.

___________________________________________________________________

30

e) “O subsidio, meus senhores, viria dar-me elementos para realizar essa minha

velha aspiração de empenhar-me com a deschanelesca elegância do Senhor Carlos

Peixoto”.

Quem são os meus senhores, citado no fragmento ___________________________

O pronome oblíquo me refere-se a quem no período:

( ) ao candidato a deputado ( ) aos políticos

Explique por que o pronome minha foi empregado.

___________________________________________________________________

f) No parágrafo 02 e 03 encontramos “ver-se-ia” e “levantar-se-iam”. Substitua os

verbos por outros de mesmo sentido.

Ver-se-ia: __________________________________________________________

Levantar-se-iam: ____________________________________________________

g) “Recebendo os três contos” e “ficando mais generoso”.

Os verbos em negrito foram usados no sentido de?

___________________________________________________________________

A palavra contos refere-se a:

( ) uma história ( ) uma moeda

Qual o sentido do uso do mais antes da palavra generoso.

___________________________________________________________________

h) No parágrafo 11, “Ando mal vestido e tenho uma grande vocação para

elegâncias”. Substitua o advérbio sublinhado por outro de sentido oposto, sem

mudar o sentido da oração.

___________________________________________________________________

i) No último parágrafo o candidato diz que: “não faço questão alguma”. Por que

empregou a o pronome indefinido.

___________________________________________________________________

j) No parágrafo 09, o candidato nega os seus conhecimentos dizendo: “que nada

sei”. Substitua o advérbio negritado por outro. Qual foi a possível intenção ao usar

está palavra.

31

___________________________________________________________________

k) O cronista fez uma critica em relação à política da época ou não? Explique.

___________________________________________________________________

l) Você acha que nos dias atuais, temos políticos com as mesmas atitudes e

comportamentos. Comente.

___________________________________________________________________

m) “Ganha, porque, sendo eles parcelas da humanidade” (parágrafo 07). O porquê

foi usado no sentido de uma:

( ) resposta ( ) pergunta

n) Há ainda um poderoso motivo, que, na minha consciência, pesa para dar este

cansado passo.

Substitua o verbo negritado por outro com o mesmo sentido.

___________________________________________________________________

MÓDULO - 04

4.1. Produção e Reescrita de Textos Professor (a)

Considerando que os educandos já adquiriram um bom conhecimento sobre

o gênero e após todas as atividades realizadas, é possível solicitar a produção de

uma crônica literária, conforme foi proposto no início da sequência didática.

Neste momento de produção dos educandos, o educador deve estar atento

em relação à produção do gênero, orientando-os em todas as dúvidas que surgirem.

Que seja proposto aos educandos uma reflexão dos assuntos dos textos

trabalhados na SD, juntamente com a estrutura do gênero.

Em conjunto com a turma, faça uma relação dos acontecimentos do

cotidiano, que estão presentes na escola, família, sociedade, política, futebol e

outros temas que achar relevante para os educandos.

32

Nesta primeira produção, oriente aos educandos para que produzam o seu

texto, sendo o cronista que analisa os fatos do cotidiano, pelo seu conhecimento de

mundo.

No segundo momento, oriente que os educandos releiam o seu texto e

analisam a estrutura composicional que o gênero exige, para que percebam e

analisem o que está faltando, com a orientação do educador.

No terceiro momento, o educador deverá fazer uma correção do texto e na

sequência pedirá aos educandos que realizem as correções necessárias, quanto à

exigência do gênero.

No quarto momento, os textos deverão ser lidos novamente pelos

educandos, para que possam fazer a análise de sua produção textual.

Após a correção do gênero, o educando deverá digitar o texto no laboratório

de informática da escola (combinar com a turma as regras de digitação do texto) e

entregar ao educador para fazer a coletânea e encadernar.

É interessante o educador realizar um feedback com os educandos em

relação ao conhecimento adquirido com o gênero trabalhado.

4.2. Circulação do Gênero

Após a coleta dos textos, o educador encaminha a mecanografia da escola,

para encadernar o material e deixar disponibilizado na biblioteca da escola.

33

Referências AMOP. Associação dos municípios do Oeste do Paraná. Sequência didática: uma

proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais. (Organizadora:

Terezinha da Conceição Costa-Hübes). Cascavel: Assoeste, 2007 a. Caderno

Pedagógico 01.

___________. Associação dos municípios do Oeste do Paraná. Sequência

didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais.

(Organizadora: Carmen Teresinha Baumgärtener e Terezinha da Conceição Costa-

Hübes). Cascavel: ASSOESTE, 2007 b. Caderno Pedagógico 02.

ANDRADE, Carlos Drummond de; SABINO, Fernando; CAMPOS, Paulo Mendes;

BRAGA, Rubem. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1987.v.1.

BENDER, Flora Christina; LAURITO, Ilka Brunhilde. Crônica história, teoria e

prática. São Paulo: Scipione, 1993.

NASCENTES, Antenor; Dicionário etimológico da língua portuguesa. Rio de

Janeiro, 1995. v.1.

Nicola, J de; Cavallete, F. T.; Terra, E. Português para o ensino médio. Língua,

Literatura e Produção de Textos. São Paulo: Scipione, 2002.

OLIVIERI, Antonio Carlos; VILLA, Marco Antonio. Cronistas do descobrimento.

São Paulo: Fundação Nestlé de Cultura, Ática, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência Educação.

Diretrizes curriculares de língua portuguesa: para os anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, Paraná.

SÁ, Jorge de. A crônica. São Paulo: Ática, 1992.

34

SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola.

2ªed, São Paulo: Mercado de Letras, 2010.

TUFANO, Douglas. Antologia da crônica brasileira de Machado de Assis à

Lourenço Diaféria.1ª ed. São Paulo, Moderna,2005.

Sites Pesquisados

Disponível em: <www.cristovaotezza.com.br/textos/p_contos.htm>. Acesso em

28/07/2011 às 09h55min.

Disponível em: <http:www.bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em 15/05/2011 às

10h30min.

Disponível em: <www.educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u456.jhtm>. Acesso

em 01/07/2011às 9h40min.

Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>. Acesso em 29/07/2011 ás

10h24min.

Disponível em: <http://www.superdownloads.com.br>. Acesso em 05/07/2011 às

8h05min.