FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Plano de Trabalho Docente

Autor Ivani de Jesus Duarte Azevedo Roque

Escola de Atuação Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza EFM

Município da escola Presidente Castelo Branco

Núcleo Regional de Educação Maringá

Orientador Rosângela Célia Faustino

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá – UEM

Disciplina/Área Pedagogia

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Público Alvo Professores e pedagogos

Localização Rua Professor Antonio Ribeiro , 233 – Presidente Castelo Branco-PR

Apresentação: Esta Unidade Didático-Pedagógica teve como objeto de estudo o Plano de Trabalho Docente e suas contribuições como instrumento para uma prática pedagógica eficaz, pois observa-se que na escola o Plano de Trabalho Docente está vinculado apenas a questões meramente burocráticas e para atender as determinações da equipe pedagógica, desvinculada de uma prática pedagógica docente reflexiva. Percebemos que na prática diária tanto pedagogos quanto professores não tem ampla clareza sobre todas as questões relacionadas ao Plano de Trabalho Docente, o que acaba gerando dificuldades em se definir, conjuntamente uma metodologia adequada, bem como uma proposta de avaliação articulada ao PPP (Projeto Político Pedagógico) do Colégio e à PPC (Proposta Pedagógica Curricular). A partir destas

considerações, objetivamos desenvolver estudos e pesquisas sobre o Plano de Trabalho Docente e sua importância para o trabalho dos professores, ampliando a reflexão sobre o mesmo, através da realização de curso de extensão em parceria com a UEM (Universidade Estadual de Maringá), para formação continuada de pedagogos e professores do Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza, no município de Presidente Castelo Branco- PR.Tem como proposta, aos professores e pedagogos um material para estudo e aprofundamento, com textos e sugestões de atividades de leitura complementares sobre o Tema

Palavras-chave Plano de Trabalho Docente;Pratica Pedagógica.

INTRODUÇÃO

Dentre as atribuições do pedagogo na rede pública da Educação Básica do Estado do Paraná, uma das funções da equipe pedagógica é a de acompanhar junto aos professores o desenvolvimento das diversas disciplinas desde à elaboração e efetivação do PTD- Plano de Trabalho Docente, sua implementação em sala de aula, até o momento da avaliação e discussão das práticas pedagógicas.

No trabalho diário, sentimos a necessidade de aprofundar estudos teóricos e práticos para que possamos melhor auxiliar o educador a desenvolver, em sala de aula, um trabalho mais consistente que resulte em melhor aprendizagem dos estudantes.

As observações empíricas tornam perceptíveis que tanto pedagogos como professores não tem ampla clareza sobre todas as questões relacionadas ao Plano de Trabalho Docente, o que acaba gerando dificuldades em se definir, conjuntamente, uma metodologia adequada, bem como uma proposta de avaliação articulada ao Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular.

Estudiosos desta temática, como Vasconcelos (1995), afirmam que o planejamento, na maior parte das vezes, é considerado pelo professor como um documento meramente burocrático, o qual se realiza mecanicamente, para cumprir prazos e obrigações formais exigidos pela escola. Em consonância com estes estudos, as observações e constatações da prática do pedagogo, justificam a importância do estudo sobre o Plano de Trabalho Docente que contribua com o melhor entendimento de um trabalho pedagógico planejado.

Nesta Unidade Didático-Pedagógica propõe-se aos professores e pedagogos um material para estudo e aprofundamento, com textos e sugestões de atividades de leitura complementares sobre este tema. As questões propostas estão embasadas em levantamentos e estudos realizados durante a elaboração do Projeto do PDE e nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

Esta Unidade Pedagógica visa auxiliar professores das diversas disciplinas ao melhor acesso de um subsidio que contribua com a promoção e aprimoramento teórico por meio de pressupostos conceituais e práticos necessário ao mais amplo entendimento de suas ações na elaboração do Plano de Trabalho Docente, servindo também como material de apoio a uma proposta de formação continuada num projeto direcionado pela equipe pedagógica ao corpo docente.

Objetiva também, auxiliar o projeto de implementação na escola como parte das atividades previstas no PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) que oferece formação continuada aos professores e pedagogos.

A proposta de trabalho é a realização de um curso de extensão em parceria com a Universidade Estadual de Maringá, coordenado pela Professora Dra Rosângela Célia Faustino, orientadora do PDE, e ministrado por mim, Professora Pedagoga PDE.

O público alvo para a realização do curso de extensão são os pedagogos e professores do Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza, pertencentes ao núcleo de Educação de Maringá, que atuam no ensino fundamental e médio, do município de Presidente Castelo Branco. O Curso contará com uma carga horária de 40 horas distribuídas em encontros semanais de 4 horas, sendo 24 horas presenciais e 16 horas não presenciais destinadas a leituras complementares e realização de atividades previamente planejadas.

A certificação será feita pela UEM- Universidade Estadual de Maringá, para os professores que participarem de, no mínimo, 80% (oitenta por cento), do Curso com suas respectivas atividades.

O PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Por que planejar?

Ao longo da história o ser humano sempre teve a preocupação de planejar as suas ações, a longo e curto prazo. Segundo Menegolla e Sant’Anna , “O homem primitivo, imaginou como poderia agir para vencer os obstáculos que se interpunham na sua vida diária”. Pensava as estratégias de como poderia caçar, pescar, coletar frutas, mel, castanhas, ovos de pássaros etc e de como deveria se defender ou atacar os seus inimigos. Desta forma buscava organizar o seu dia-a-dia, antecipava suas ações pensando como realizá-las para atender suas necessidades básicas.

A história do homem é um reflexo do seu pensar sobre o presente, passado e futuro. O homem pensa sobre o que fez; o que deixou de fazer; sobre o que esta fazendo e o que pretende fazer. O homem no uso da sua razão sempre pensa e imagina o seu “que fazer”, isto é, as suas ações, e até mesmo, as suas ações cotidianas e mais rudimentares. O ato de pensar não deixa de ser um verdadeiro ato de planejar. (MENEGOLLA; ,SANT’ANNA, 2010,p,13)

Assim, o homem, ao pensar suas ações e tomar decisões o faz por meio de um planejamento. Para Vasconcelos, o ser humano planeja mais do que imaginamos, pois, ”[...] coisas mínimas do dia a dia, como tomar banho ou dar um telefonema, estão presentes atos de planejamento, evidentemente,existem diferentes níveis de complexidade de ações e, portanto, de planejamento.” (1995, p.11)

Segundo Sacristán, planejar significa prever uma ação. Para este pesquisador, Plano indica a confecção de um apontamento, rascunho, croqui, esboço ou esquema que representa uma ideia, um objeto, uma ação ou sucessão de ações, uma aspiração ou projeto que serve como guia para ordenar a atividade de produzi-la efetivamente. “Desta forma o que era uma intenção passa a tomar corpo como uma realidade prévia, servindo de guia para uma prática”. O plano resulta da atividade de esboçar antecipa ou representa, em alguma medida, a prática que resultará.” Sacristan(2000, p.198).

Sacristan ,indica que :

Em todo tipo de práticas dirigidas explicitamente para fins desejados são feitos planos prévios para racionalizar a ação, guiá-la adequadamente e economizar recursos, tempo, e alcançar resultados de acordo com as finalidades estabelecidas. Processos de produção e

ações sociais dirigidas são planejadas para que as práticas sigam ordem: planeja-se a guerra, a economia, a política internacional, o processo de produção industrial de um produto, as intervenções cirúrgicas, as campanhas eleitorais, o desenvolvimento de uma sessão de trabalho de um grupo humano com uma ordem do dia, uma campanha publicitária ; também se pode falar em educação de planejar um curso, uma aula, uma jornada escolar, uma unidade didática, uma matéria ou todo um currículo e o sistema educativo.( SACRITAN, 2000, p.198)

Se as ações do cotidiano e todo tipo de prática precisam ser pensadas e

planejadas, muito mais a prática pedagógica e o processo de ensino e aprendizagem que, além de ser planejado deve vir acompanhado de uma intencionalidade e objetivos o que é fundamental para o trabalho educativo. Este, não pode ser improvisado ou executado de qualquer maneira sem uma organização formal. Para Vasconcelos:

[...] quando falamos em processo de ensino e aprendizagem, estamos falando de algo muito sério, que precisa ser planejado, com qualidade e intencionalidade. Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos, que vêm de necessidades criadas por uma determinada realidade, e, sobretudo, agir de acordo com essas ideias.(VASCONCELOS,JAN/2010).

Deste modo, planejar a prática educativa, o processo ensino aprendizagem possibilita organizá-lo criando subsídios para um trabalho comprometido com um resultado esperado que se fundamente em objetivos prévios.

O que é planejar?

Vasconcelos (1995) esclarece que, planejar é fazer a antecipação mental de uma ação. O planejamento envolve uma ação a ser realizada, não uma ação qualquer, mas uma ação que visa um fim, e por sua vez, tanto o fim quanto a ação estão referidos a uma realidade a ser transformada. (VASCONCELOS, 1995, p. 42)

Planejar é também se comprometer com a concretização daquilo que foi elaborado enquanto plano. O planejamento é uma mediação teórico-metodológica para a ação consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e para isto é necessário “ amarrar”, “ condicionar”, estabelecer as condições- objetivas e subjetivas- prevendo o desenvolvimento da ação no tempo (o que vem primeiro, o que vem em seguida), no espaços (onde vai ser feita), as condições materiais (que recursos,

materiais, equipamentos serão necessários), bem como a disposição interior, para que aconteça; caso contrário, vai-se improvisando, agindo sob pressão, administrando por crise.(VASCONCELOS, 1995, p.42)

O trabalho educativo requer planejamento, e é de fundamental importância. Segundo o CINFOP (Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores), a ação de planejar se dá em pelo menos três movimentos. Segundo este documento (CINFOP, 2005, p.13), no Planejamento é necessário:

• Ter clareza de onde se quer chegar;

• Conseguir dimensionar a que distância se está desse ponto de chegada;

• Definir o que se deve fazer para diminuir essa distância.

Neste sentido, a ação de planejar visa alguma alteração no objeto de planejamento. É na articulação entre pensamento e prática, na unidade entre teoria e prática que se dá a práxis1:

É pela busca de coerência entre as grandes finalidades da ação educativa e as ações que cotidianamente se traduzem em alvo dessa ação que podemos produzir a desejada convergência. Isso quer dizer que entre os discursos e as práticas pedagógicas há um vácuo que, ao ser preenchido de modo intencional e planejado, oportuniza a realização do fazer educativo em sua plenitude. (CINFOP, 2005, p.20)

Tendo como referência as orientações e conceitos acima (CINFOP) entendemos que o ato de planejar se dá através da práxis que favorece a transformação.

1“ Podemos,entender Praxis como sendo ação consciente do homem sobre a realidade, onde há união da teoria com a prática, com vistas a transformação.”(VASCONCELOS,1995, P.89)

O plano de trabalho e a prática pedagógica

Para Vasconcellos (1995), o planejamento é considerado pelo professor como

um documento burocrático, na maior parte das vezes, realizado mecanicamente,

para cumprir prazos e obrigações formais. O autor elenca, questões que são

observadas na escola.

• Planos são entregues e engavetados;• A prática do professor em sala de aula, de modo geral, não leva em conta o que foi colocado no plano;• Planos são copiados de livro didáticos;• Planos são copiados dos colegas; (da mesma escola ou de outras),• Coordenadores/ orientadores/ supervisores ficam cobrando exaustivamente para que professores entreguem os planos;• Escolas com textos belíssimos na sua filosofia, na agenda escolar, porém regimento, e práticas bastante contraditórias;• Escolas fazem seus projetos e estes ficam esquecidos;• Escola faz projeto político-pedagógico; muda a direção (ou o governo); projeto é arquivado, etc. (VASCONCELLOS, 1995, p.11)

Segundo Vasconcellos (1995), pode-se perceber que um grande número de

professores não acredita na eficácia dos planos de aula e não questiona a

necessidade de realizá-lo ou não.

Neste sentido constata-se que o Plano de Trabalho Docente, sendo realizado

por alguns professores como uma forma de atender as formalidades burocráticas da

escola, dissociada de seu trabalho em sala de aula não produz os resultados

esperados, ou seja, a organização e melhoria da prática pedagógica do professor.

No entendimento de Fusari (1994, p.46), a escola, precisa mudar a maneira

de conceber e trabalhar o planejamento sendo muito importante “desencadear um

processo de repensar todo o ensino, buscando um significado transformador para os

elementos curriculares básicos”.

O autor destaca questões importantes, sobre a estrutura do planejamento.

Estas questões estão relacionadas aos objetivos da educação escolar (para que

ensinar e aprender?); ao conteúdo (o que ensinar e aprender); ao método (como e

com que ensinar e aprender?); ao tempo e espaço da educação escolar (quando e

onde ensinar e aprender?); e a avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e

aprendido?); (FUSARI, 1994, p. 46). Estes elementos podem auxiliar no

direcionamento do trabalho a ser desenvolvido.

Quando orientamos a elaboração do PTD, delineamos um ponto de partida,

que facilita o pensar e planejar do professor, pois ampliando as possibilidades de

encaminhamento das ações. Para Fusari, neste processo, a escolha de formulário

não é o fator preponderante.

O fundamental não é decidir se o plano será redigido no formulário x ou y, mas assumir que a ação pedagógica necessita de um mínimo de preparo, mesmo tendo o livro didático como um instrumento comunicacionais no trabalho escolar em sala de aula. (FUSARI, 1994,p. 46)

O autor salienta que os profissionais da Educação deveriam ter mais

capacitação, em relação ao Plano de Trabalho Docente, voltada para as

necessidades da prática docente de sala de aula.

Elaborar, executar e avaliar planos de ensino exige que o professor tenha clareza (critica): da função da educação escolar na sociedade brasileira; da função político-pedagógica dos educadores escolares (diretores, professores, funcionários, conselho de escola.,); dos objetivos gerais da educação escolar (em termos de país, estado, município, escola, área de estudo e disciplinas), efetivamente comprometida com a formação da cidadania do homem brasileiro;do valor dos conteúdos como meios para a formação do cidadão consciente, competente e crítico; das articulações entre conteúdos, métodos, técnicas e meios de comunicação; e da avaliação no ensino-aprendizagem.(FUSARI,1994,p51)

Menegolla e Sant’Anna (1991),esclarecem que o Plano de Disciplina é que vai

dar condições para o professor atingir seus objetivos em sala de aula, entendemos

que este autor quando se refere ao “Plano de Disciplina” faz-nos entendê-lo como o

Plano de Trabalho docente.

Para Menegolla e Sant’Anna (1991), o “Plano de Trabalho de Disciplina” é:

A previsão dos conhecimentos e conteúdos que serão desenvolvidos na sala de aula, a definição dos objetivos mais importantes, assim como a seleção dos melhores procedimentos e técnicas de ensino,

como também, dos recursos humanos e materiais que serão usados para um melhor ensino e aprendizagem. Além disso, o plano de disciplina propõe a determinação das mais eficazes técnicas e instrumentos de avaliação para verificar o alcance dos objetivos em relação à aprendizagem ( p,62).

Os autores (MENEGOLLA,SANT’ANNA,1991,p,63,64) ainda indicam que o

professor ao planejar a Educação precisa pensar antes de agir e ter seriedade no

planejar sua ação. O Planejamento é importante para os professores porque :

• possibilita ao professor selecionar e organizar os conteúdos mais significativos para os alunos;

• facilita a organização dos conteúdos de forma lógica, obedecendo a estrutura da disciplina;

• ajuda o professor a selecionar os melhores procedimentos e os recursos para desencadear um ensino mais eficiente, orientando o professor no como e com que deve agir;

• auxilia o professor a evitar a improvisação, a repetição e a rotina;

• facilita a integração e a continuidade do ensino;

• ajuda a ter uma visão global de toda a ação docente e discente;

• ajuda o professor e os alunos a tomarem decisões de forma cooperativa e participativa.

Quando se planeja a aula para uma determinada disciplina se faz necessário

obedecer a uma ordem ou etapas para organizá-la coerentemente. Esta ordem ou

etapa deve se levar em consideração: o conhecimento e realidade do aluno, do

professor, da escola e da comunidade; a definição dos objetivos em relação à

disciplina; a delimitação dos conteúdos; a escolhe dos procedimentos e técnicas de

ensino; a seleção dos recursos humanos e materiais; os melhores procedimentos

de avaliação ; (MENEGOLLA; ,SANT’ANNA,1991, p. 63).

Numa perspectiva Histórico Crítica Gasparin (2009) apresenta uma proposta

de PTD, onde o mesmo parte da Prática Social Inicial do conteúdo, esta prática

social esta ligada á contextualização, que é uma primeira leitura da realidade, um

contato inicial com o tema .Essa Prática Social Inicial é entendida como

Problematização, que tem como finalidade selecionar e questionar os problemas

que tem sua origem na prática social e precisam ser resolvidos no cotidiano das

pessoas ou da sociedade, neste momento faz-se uma ligação entre a prática social

e o conteúdo a ser trabalhado, levantando as questões postas da prática social

relacionadas ao conteúdo e direcionando o trabalho do professor e alunos de acordo

com os objetivos de ensino.

Para que ocorra a construção do conhecimento a Instrumentalização, ações

de professores e alunos são fundamentais. Ambos trabalham na elaboração da

aprendizagem, onde o professor apresenta o conteúdo sistematicamente e os

alunos buscam se apropriar desse conhecimento. GASPARIM (2009) explica que; “A

instrumentalização é o caminho pelo qual o conteúdo sistematizado é posto á

disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e , ao incorporá-lo,

transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional” ( p.51).

Segundo GASPARIM (2008).Quando o aluno é capaz de fazer a síntese

mental dos conteúdos se da a Catarse , onde ele mostra que o conteúdo foi

aprendido e contribui na mudança de seus conceitos anteriores. “Significa,

outrossim, a conclusão, o resumo que ele faz do conteúdo aprendido recentemente.

É o novo ponto teórico de chegada; a manifestação do novo conceito adquirido”.

O autor coloca ainda que: Prática Social Final do Conteúdo “O ponto de

chegada do processo pedagógico na perspectiva histórico-crítica é o retorno à

Prática Social”. É quando o aluno demonstra que aprendeu o conteúdo, e faz uso do

conteúdo científico (p.124,143)

Nas Diretrizes Curriculares do Paraná, Plano de Trabalho Docente possibilita

o desenvolvimento de uma prática pedagógica organizada e eficaz de modo a

contribuir para melhores resultados no processo ensino aprendizagem.

Para Vasconcelos (1995) várias são as contribuições do planejamento, pois

ele ajuda na organização mais adequada do currículo, racionalização das

experiências de aprendizagem, que visam a ação pedagógica mais eficaz e

eficiente. O planejamento também proporciona uma integração curricular, através da

comunicação entre os professores evitando repetições desnecessárias o que

possibilita melhor aproveitamento do tempo e de oportunidades de aprendizagem.

Entendemos ainda, de acordo com o autor que o planejamento ajuda na auto

formação do professor evitando a improvisação e estabelecendo um vínculo mais

efetivo diminuindo a distância entre a teoria e a prática, estabelecendo a

comunicação e a participação dos alunos nas aulas tornando-as mais interessantes.

Vasconcelos entende que:

Vivemos hoje um mundo de fragmentação, de correria, em que o sujeito educando tem uma série de outras coisas para fazer, uma série de outros estímulos.Se queremos efetivamente atingi-lo, temos que aproveitar da melhor forma o espaço-tempo de sala de aula. Um bom planejamento certamente tem repercussão na disciplina, uma vez que as necessidades dos alunos estão sendo levadas em conta e o professor tem maior convicção daquilo que esta propondo. (VASCONCELOS, 1995, P.35)

O Plano de Trabalho Docente pode proporcionar maior participação dos

alunos nas aulas ;No PTD elaborado com seriedade e comprometimento o professor

seleciona os melhores objetivos, melhores procedimentos metodológicos e uma

avaliação que venha ao encontro dos objetivos propostos.

1) Atividades Propostas:

• Leitura e discussão do texto apresentado e de excertos dos textos dos autores mencionados;

• Questões para discussão e reflexão;

a) De acordo com o texto lido e as orientações contidas nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, será proposto o

seguinte encaminhamento:

A partir da proposta pedagógica curricular o professor elaborará seu plano de trabalho docente, documento de autoria, vinculado à realidade e as necessidades de suas diferentes turmas e escolas de atuação. No plano, se explicitarão os conteúdos específicos a serem trabalhados nos bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem como as especificações metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem, além dos critérios e instrumentos que objetivam avaliação no cotidiano escolar. (Paraná, SEED, p. 26,27, 2008).

Após os estudos e as discussões, será encaminhado, junto aos cursistas que

elaborem um plano de trabalho docente .

2) Sugestão de leitura para aprofundamento do tema:

Livro: Planejamento Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. Autor Celso dos S. Vasconcelos. São Paulo: Libertad, 2010.

Dissertação: O planejamento de aula em dois contextos: do institucional ao colaborativo. Mestrado (PUC-SP) 2003. Autora: Márcia Sueli Pereira da Silva Schneider.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - CURSO DE EXTENSÃO

O curso de extensão será realizado em 6 encontros presenciais de 4 horas , o público alvo serão os professores e pedagogos inscritos no Colégio Estadual Maria Carmella Neves de Souza EFM.

Os encontros serão assim organizados:

1º ENCONTRO

Apresentação do material planejado para o curso (textos) Avaliação inicial (diagnóstica) do grupo de professores sobre os temas a serem trabalhados no curso de extensão.

Será utilizado um questionário distribuído aos participantes com questões que versam sobre :

- Plano Trabalho Docente, conhecimentos prévios sobre o texto das Diretrizes Curriculares do Paraná.

-A hora atividade do professor e o PTD;

-Dificuldades na efetivação do PTD em sala de aula;

-O comprometimento da equipe pedagógica na prática docente em questões relativas ao PTD.

2º ENCONTRO

O que é Planejamento? (Conceitos de diversos teóricos sobre planejamento ou PTD)

3º ENCONTRO

Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

-A opção curricular do Estado do Paraná;

-Os conteúdos estruturantes;

-A interdisciplinar e contextualização sócio- histórica;

4º Encontro

Grupo de estudos – monitorado

-Conteúdo;

- A metodologia e a avaliação no PTD;

5º ENCONTRO

- Teóricos e autores que tratam da avaliação e as DCEB do Paraná.

6º ENCONTRO

Estudo do texto: Plano de Trabalho Docente- numa perspectiva Histórico Crítica;

Elaborar um Plano de trabalho docente da sua disciplina, a partir da proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

-Avaliação do curso de extensão.

REFERÊNCIAS:

CINFOP, Coleção Gestão e Avaliação da Escola Pública. Planejamento e trabalho coletivo.Curitiba. UFPR: 2005.

FUSARI, J. C., O Planejamento Educacional e a Prática dos Educadores. In

ANDE

GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico – Crítica. Campinas,

SP: Autores Associados, 2009.

MENEGOLLA, SANT’ANNA; Maximiliano , Ilza Martins, Por que Planejar?Como

Planejar?, Petrópolis,RJ: Vozes 1991.

PARENTE,J., Planejamento Estratégico na Educação. Brasília – DF: LGE 2010

_______, J. C. O Planejamento do Trabalho Pedagógico: Algumas Indagações e

Tentativas de Respostas. Disponível em:

http://diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/OplanejamentodoTrabalhopedagógicofusari

.pdf Acesso em novembro de 2010 .

SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1986.

_________, Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez,

1991.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Paraná. Paraná: 2008

VASCONCELLOS, C. dos S., Planejamento Plano de Ensino-Aprendizagem e

Projeto Educativo. São Paulo: Libertad, 1995; v.1.

________________, C. dos S., Planejamento Projeto de Ensino-Aprendizagem e

Projeto Político-Pedagógico. São Paulo: Libertad, 2010.