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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: AS TECNOLOGIAS NO ENSINO REFLEXIVO DA POP ART

Autor EDITH HELMA MAIER

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL PADRE SIGISMUNDO

Município da escola QUEDAS DO IGUAÇU

Núcleo Regional de Educação LARANJEIRAS DO SUL

Orientador ANDERSON COSTA

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO - GUARAPUAVA

Disciplina/Área (entrada no PDE) ARTE

Produção Didático-pedagógica UNIDADE TEMÁTICA

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

ALUNOS DA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

COLÉGIO ESTADUAL PADRE SIGISMUNDO

RUA MARFIM, 1177 CENTRO QUEDAS DO IAGUAÇU

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Material de pesquisa sobre a Pop Art, que significa arte popular, entretanto não quer dizer que ela seja feita pelo povo, mas sim ela faz referencia à produção para massa.É o movimento das artes plásticas que utilizava figuras e temas populares para a construção de suas ideologias e pinturas.É considerada uma arte de contestação ao conservadorismo das camadas médias da população. Leva o aluno a refletir sobre a configuração da sociedade atual, a partir de uma relação possível entre o movimento da Pop Art dos anos 50 do século XX com os dias de hoje. E atrelar a tecnologia ao ensino das artes, com o objetivo de ampliar o contato do aluno com as novas tecnologias, bem como propiciar uma maior integração na sociedade, que tem como foco o consumo desenfreado e os impactos no meio ambiente.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Tecnologia; Pop Art; sociedade; consciência

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE – UNICENTRO

AS TECNOLOGIAS NO ENSINO REFLEXIVO DA POP ART

UNIDADE TEMÁTICA: ARTE

PROFESSORA EDITH HELMA MAIER

GUARAPUAVA - PR

2011

EDITH HELMA MAIER

AS TECNOLOGIAS NO ENSINO REFLEXIVO DA POP ART

Material Didático do Programa de Desenvolvimento Educacional na Área de arte apresentado à Secretaria do PDE – UNICENTRO, para efetivação de etapas de produções. Prof. orientador: Anderson Costa

GUARAPUAVA - PR

2011

“A tarefa magna do educador é ajudar o educando a conhecer a si mesmo e a capacitar-se para participar na construção de um mundo melhor”. Gustavo Alberto Corrêa Pinto

1. IDENTIFICAÇÃO

Área: Artes

Professora PDE: Edith Helma Maier

Local de Residência: Laranjeiras do Sul

Professor Orientador: Anderson Costa

IES vinculada: Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste)

Local da IES: Guarapuava

Núcleo Regional de Educação: Laranjeiras do Sul

Escola de Implementação: Colégio Estadual Padre Sigismundo

Local da Escola: Quedas do Iguaçu

Público Alvo da Intervenção: 1º ano do Ensino Médio

1.1 Tema de estudo da intervenção

O uso das tecnologias na sala de aula para o ensino reflexivo da arte.

1.2 Título

As Tecnologias no Ensino Reflexivo da Pop Art.

2. Justificativa

Pop Art significa arte popular, entretanto não quer dizer que ela seja feita pelo

povo, mas sim que ela faz referência à produção para massa. É o movimento das

artes plásticas que utilizava figuras e temas populares para a construção de suas

ideologias e pinturas. Este movimento surgiu na metade da década de 1950, na

Inglaterra, na Escócia e em outros países da Europa, recebendo influência de

artistas ligados desde ao Dadaísmo até o Surrealismo.

A Pop Art é considerada uma arte de contestação ao conservadorismo das

camadas médias da população. Apresentava de forma debochada e com humor

todas as imagens de consumo características do american way of life, por exemplo:

propagandas criadas pela burguesia como grandes conquistas do progresso social

dos Estados Unidos.

Um dos principais objetivos da Pop Art era criticar como era produzido o

capitalismo. Utilizando para isso cores fortes inusitadas e diferenciadas,

fluorescentes, brilhantes, vibrantes, resignificando a publicidade que estimulava o

consumo. Usavam matérias como o gesso, tinta acrílica, poliéster, látex.

Reproduziam objetos do uso cotidiano em tamanhos exagerados, e tinh etc.am

como base em suas criações a linguagem da publicidade e da televisão, os

quadrinhos, as embalagens industrializadas, a fotografia, os ídolos populares, os

produtos descartáveis e a fast food. Exemplos: Coca-Cola, um pirulito, o rótulo da

lata de sopa, Elvis Presley, Marilyn Monroe,

3. Objetivos

- Estudar as artes tendo em vista o desenvolvimento da capacidade crítica de

leitura de imagens, passo fundamental para que se possa melhor compreender o

mundo no qual estamos inseridos;

- Refletir sobre a configuração da sociedade atual, a partir de uma relação

possível entre o movimento da Pop Art dos anos 50 do século XX com os dias de

hoje. O foco será o consumo desenfreado e os impactos no meio ambiente;

- Atrelar a tecnologia ao ensino das artes, em especial da Pop Art, com o

objetivo de ampliar o contato do aluno com as novas tecnologias, bem como

propiciar uma maior integração na sociedade;

- Ampliar a percepção do aluno em relação ao mundo artístico que o circunda.

4. Conteúdos de estudo

4.1 Os artistas pop dos anos 50 do século XX

4.1.1 Andy Warhol

Seu registro confere-lhe o nome de Andrew Warhola, filho de pais vindos da

Eslováquia, que imigraram para os Estados Unidos durante a primeira Guerra

Mundial. Logo que começou a estudar, foi identificada uma doença no seu sistema

nervoso, que lhe provocava movimentos involuntários nas extremidades. A principio

acreditava-se que se tratava de uma doença escarlatina que causava manchas de

pigmentação na pele, e isso contribuiu para que ele se tornasse um hipocondríaco

com medo de médicos e hospitais.

Ficar muito tempo de cama fez dele um excluído entre os seus colegas de

escola, e a ligação com a sua mãe se tornou cada vez mais forte. Muitas vezes,

quando acamado, ele desenhava, ouvia rádio e recortava das revistas os seus

ídolos do cinema e colecionava estas imagens. Mais tarde, Warhol descreveu esse

período como muito importante na definição de suas preferências artísticas e no

desenvolvimento de sua personalidade e do conjunto de suas habilidades.

Em 1945, então com 17 anos, ingressou no Instituto de Tecnologia de

Carnegie, em Pittsburg, hoje conhecida como Universidade Carnegie Mellon. Lá se

formou em Design. Em seguida, mudou-se para Nova York, onde conseguiu seu

primeiro emprego como ilustrador. Nessa profissão, fez desenhos para importantes

revistas, como Vogue, Harper’s Bazaar e The New Yorker. Também trabalhou com

anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Essa diversidade de ofícios

deu início a uma carreira de sucesso como artista gráfico, ganhando inclusive vários

prêmios como Diretor de Arte. Em 1952, fez sua primeira mostra individual exibindo

quinze desenhos, todos baseados na obra de Truman Capote, um pioneiro do

jornalismo literário. Esta série de trabalhos foi apresentada em muitos lugares

durante os anos 50, inclusive no MOMA (Museum of Modern Art1). A partir dessa

mostra, começou a assinar apenas como Warhol.

Nos idos de 1960, sua carreira como artista plástico tem uma reviravolta. Ele

passa a usar motivos e conceitos da publicidade em suas obras, como as tintas

1 Museu de Arte Moderna

acrílicas, as cores fortes e brilhantes e acaba por reinventar a Pop Art com a

reprodução mecânica, recursos serigráficos, colagens e materiais descartáveis. Os

seus temas vem do cotidiano e de artigos de consumo. Ele utiliza as imagens das

latas de sopas Campbell e as garrafas de Coca-Cola, além de rostos de artistas

conhecidos, inclusive de seus ídolos, como Liz Taylor, Elvis Presley, Marilyn Monroe

e Che Guevara. Também não poupou esforços na desconstrução de obras de arte já

famosas, como a Mona Lisa, figura símbolo da história da arte. Ele a reproduzia

apenas variando as cores.

Não se sentindo bem em janeiro de 1987, internou-se em um hospital de

Nova York para exames. Acabou tendo de se submeter a uma cirurgia de vesícula,

considerada simples, porém, durante o pós-operatório, teve uma arritmia cardíaca e

faleceu aos 59 anos de idade.

Considerado um dos mais famosos artistas plásticos de toda a história, deixou

além de uma vasta obra, esta célebre frase: “No futuro todos serão famosos durante

quinze minutos, só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente

massificada em que a arte será distribuída por meios de produção de massa”.

4.2 Roy Liechtenstein

Roy Liechtenstein nasceu em 27 de outubro de 1923 na cidade de Nova York.

Interrompeu seus estudos em conseqüência da Segunda Guerra Mundial e, após

ela, ganhou a vida como desenhista, professor de artes e decorador de vitrines. Em

1956 realizou a litografia de uma nota de dólar a qual se atribui o protótipo da obra

de arte Pop. Influenciado por seus amigos Lasar Segal e Jim Dine, nos anos 60

desenvolveu a imagem que o levou a imortalidade. Com motivos vindos da

publicidade e da sociedade de consumo, criticou de forma irônica o capitalismo. Os

temas preferidos em suas obras eram as banalizações da guerra, imitando o

trabalho coletivo dos cartoons da época. Em suas obras sempre procurou valorizar

os clichês das histórias em quadrinhos, colocando-se dentro do movimento da Pop

Art para criticar a cultura de massa.

O interesse pelas histórias em quadrinhos começou em 1960, enquanto

desenhava o rato Mickey para os seus filhos. Nos quadros à óleo e à tinta acrílica,

ampliou as características dessas histórias e dos anúncios comerciais, os quais

reproduzia à mão, com fidelidade. Usou várias técnicas, entre elas, o pontilhismo.

Roy Liechtenstein foi o artista plástico que mais discutiu a cultura de massa e

o universo imagético norte-americano, através de exposições de desenhos de vida-

animada. É apontado como um dos mais importantes artistas da Pop Art.

Os seus quadros oferecem também uma reflexão sobre a própria linguagem e

as formas artísticas. Surgem símbolos ambíguos do mundo moderno, e uma

combinação ímpar de arte comercial e abstração.

Liechtenstein mostrou que as imagens veiculadas pelos canais de

comunicação de massa, em sua maioria vulgares e banais, eram meticulosamente

produzidas com a finalidade de esvaziar o pensamento, rebaixar a leitura e a escrita,

transformar a fala numa forma de expressão repleta de gírias e balbucios sem

sentido.

Liechtenstein faleceu aos 74 anos em 29 de setembro de 1997, em Nova

York.

4.3 Richard Hamilton

Richard Hamilton nasceu em 24 de fevereiro de 1922 em Londres, em meio a

uma família humilde. Abandonou a escola só com o conhecimento básico e foi

trabalhar em uma firma de eletrônicos, onde descobriu sua vocação e habilidade

para o desenho. Teve sua primeira exposição individual em 1950 na galeria Gimpel

Fils. Mais tarde, foi professor e divulgador de Marcel Duchamp. Hamilton se tornou

um importante pintor, desenhista e gravador, sempre buscando o envolvimento do

público nos seus trabalhos. Suas obras apresentavam ligações com o cotidiano,

traduzindo várias impressões audiovisuais muito típicas da cultura atual e isso

contribuiu para que ele recebesse o titulo de “Pai da Pop Art”, mesmo não tendo

muita identificação pessoal com este estilo.

Comparando sua obra com os movimentos artísticos de 1960, sua obra foi

sutil e multifacetada. Hamilton usa imagens do dia a dia para refletir fenômenos

sociais, sem perder de vista a fronteira entre o produto e a obra de arte.

Nas décadas de 60 e 70, Hamilton resolveu projetar seu próprio estilo, mas

isso após estudar os designers de uma empresa alemã de eletrodomésticos. O

resultado sintomático dessa fase é uma prótese dentária fixada na ponta de uma

escova de dentes elétrica, que vibra freneticamente quando se aperta um botão. “O

Crítico Ri” é o nome da obra.

Hamilton evitava se identificar com uma determinada técnica. Ele declarou em

uma entrevista à televisão alemã que “Estilo nunca me interessou muito, sempre

achei que meus quadros são livres de estilo, assim como de gosto, o que não é

inteiramente verdadeiro, pois agora reconheço que, no decorrer do tempo, uma certa

personalidade se tornou visível”.

“O que a mídia faz conosco?”, perguntava-se Hamilton já nas décadas de 40

e 50, logo após a Segunda Guerra Mundial. “De que se compõe nosso mundo, que

processos o estruturam? Como percebemos e compreendemos?”. Com a certeza de

um cirurgião, ele disseca nosso presente, reconstruindo-o de forma inesperada, mas

sem deixar de acrescentar fortes pinceladas desmascaradoras e irônicas.

O museu Ludwig em Kolonia na Alemanha possui o maior acervo hamiltiano

em todo o mundo. Atualmente, apresenta cerca de 180 peças.

4.4 Cláudio Tozzi

O artista brasileiro que mais se aproximou das características da Pop Art

norte-americana foi Cláudio Tozzi, admirador do americano Roy Liechtenstein. Tozzi

transpôs de forma pessoal aquela geração de ideias, técnicas, meios e suportes

para a realidade do Brasil dos anos de 1960.

Tozzi, até então um jovem estudante de arquitetura da USP (Universidade de

São Paulo), se envolveu politicamente e socialmente com o que acontecia no país,

naquele momento dominado pela opressão e repressão da ditadura militar. Também

o envolviam os protestos contra as guerras do Vietnã, a morte de Che Guevara (um

ícone para a juventude brasileira), a posição do Brasil como terceiro mundo e ainda

a chegada do homem à lua.

Devido à ditadura militar e a censura, Tozzi chegou a ser detido pela

Operação Bandeirantes. A partir daquele momento passou a se dedicar a outro tipo

de denuncias. Inicia uma série de trabalhos de multiplicação e alteração de imagens

a partir da técnica da reprodução gráfica.

Tozzi é um artista que está sempre em busca de coisas novas, vive em um

contínuo processo de experimentação. Em 1980, sua preocupação é com a

exploração do espaço sideral. Nesse contexto, vemos emergir uma das

características de sua produção, chamada técnica do “pontilhismo reticular”, na qual

se substitui os pincéis por rolos de borracha reticulado, proporcionando ao

expectador a visualização, a olho nu, de uma infinidade de pontinhos.

Ainda jovem foi considerado pela critica como um dos dez melhores pintores

da década, e até hoje é considerado o mais expressivo artista do cenário nacional

pela diversidade temática do conjunto de suas obras. Claudio Tozzi revela-se um

arquiteto construtor de imagens, e, para muitos, um marco divisório da arte

contemporânea no país.

4.5 Wesley Duke Lee

Neto de norte-americanos e portugueses, Wesley Duke nasceu na cidade de

São Paulo em 21 de dezembro de 1931 e foi criado pela avó, pintora acadêmica e

uma de suas maiores incentivadoras em sua juventude. Começou a estudar

desenho livro no MASP (Museus de Arte de São Paulo) no momento em que se vivia

o auge da pop arte nos Estados Unidos e Hélio Oiticica, no Brasil, estava na

vanguarda.

Wesley Duke Lee foi um dos iniciadores da Pop Art no Brasil, e o movimento

conceitual dos anos de 1960, inaugurando instalações e diferentes experiências

técnicas no panorama artístico nacional. Também foi gravador, desenhista e artista

gráfico.

Em 1952 viajou para Nova York, onde entrou em contato com os iniciadores

do movimento Pop. De volta ao Brasil, foi detido pela Ditadura Militar, contra a caul

passou a pintar constantemente. Ingressou no Grupo Phases, convidado por Walter

Zanini. Foi Professor de desenho na Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, na

Escola de Desenho Industrial de Ribeirão Preto São Paulo e na Pós-Graduação da

Universidade do Sul da Califórnia em Irving, Estados Unidos.

Em abril de 2009, estreou, no Centro Cultural Maria Antonia, uma mostra dos

trabalhos artísticos de Wesley e de outros artistas que trabalharam com ele, como

Frederico Nasser, José Resende e Carlos Fajardo.

5. Sugestão de atividades

As atividades sugeridas partem da observação dos materiais utilizados na

confecção das obras da Pop Art. As composições plásticas e os temas do cotidiano

configuraram formas de analisar, criticar e ironizar o capitalismo e a sociedade

consumista. Nesse sentido, os alunos serão orientados a fazer releituras atuais

desses materiais e a produzir obras que dialoguem com a realidade percebida pelo

próprio estudante.

Em outra atividade, se trabalhará alguns conceitos básicos da publicidade e

se pesquisará as maneiras como ela é representada na Pop Art. Em seguida, os

alunos serão instigados a perceber a influência da publicidade no seu dia-a-dia e a

investigar formas de propaganda responsável e comprometida com o futuro do

planeta, uma propaganda que gera um consumo consciente.

Também poderão ser realizadas pesquisas em grupos na internet sobre os

artistas plásticos da Pop Art. Por exemplo: Andy Warhol, Roy Liechtenstein, Richard

Hamilton, Reyner Banham, Eduardo Paulozzi, Alisson Smithoson, Claes Oldenburg,

Tom Wesselmann, Duke Lee, Nasser,Rezende, Claudio Tozzi

A partir das obras de artistas acima citados e pesquisados pelo aluno,

questionar junto com o aluno, quais foram os elementos utilizados pelo artista?

Qual foi o objetivo do artista na construção da obra? Qual a crítica que o

aluno pode fazer ao analisar a obra?

Para os dias atuais é possível fazer uma releitura da obra?

O professor deve instigar o aluno para que ele perceba o quanto a critica é

importante em uma obra construída em cima de um tema.

O Professor deve conduzir o aluno a praticar a releitura, e orientar sempre

para que eles não fujam do tema abordado.

E na releitura, analisar em conjunto com os demais da turma que materiais

foram utilizados, quais elementos formais foram apreciados.

Os alunos podem ser instigados a observar as obras dos artistas pesquisados

e então a produzir releituras, aplicando materiais da atualidade, como sacolas

plásticas, rótulos, isopor, latas de refrigerante, garrafas PET, lixo eletrônico, CDs,

fitas K7, discos de vinil, etc.

Com o uso da máquina fotográfica, o aluno pode ir a campo coletar imagens

inusitadas. Após seleção e impressão, pode-se montar uma obra de arte com

características Pop abordando temas atuais, como meio-ambiente, aquecimento

global, depósito indevido de lixo, etc.

Sugerimos aos professores que organizem a montagem de uma instalação

no saguão do colégio para exposição dos trabalhos e produções dos alunos. A

instalação deve privilegiar meios tecnológicos de exibição, sobretudo audiovisual.

Utilizando o rolo para texturizar paredes, pode-se ainda desenvolver uma

técnica diferente de pontilhismo, sobre uma superfície plana. Também é possível se

criar em sala de aula propaganda com mensagens exageradas de consumo,

fazendo com que o aluno perceba e reflita sobre o efeito da propaganda no seu

cotidiano. Nesse sentido, uma das propostas é justamente desconstruir essas

propagandas para que se possa privilegiar um consumo consciente.

6. Avaliação

Os PCN`s dizem: “Avaliar é uma ação pedagógica guiada pela atribuição de

valor apurada e responsável que o professor realiza das atividades dos alunos”.

Cada aluno é um individuo. E o que define como apto nos conhecimentos em

Arte não são os chamados “dons artísticos”, mas sim o desenvolvimento e o

crescimento conquistado durante o processo de ensino-aprendizagem.

Segue adiante um quadro que pode auxiliar o Professor no processo de

avaliação dos trabalhos feitos pelos alunos, com algumas sugestões de critérios e

valores agregados.

critérios 100 80 60 40

Participação Participou das atividades e contribuiu para a discussão

Participou em alguns momentos das atividades e fez poucas contribuições para a discussão

Realizou algumas atividades, mas não contribuiu para o grupo

Não participou das atividades e pouco contribuiu para as discussões.

Qualidade Articulou bem as idéias, trabalho bem concluído.

Dificuldades de articular as idéias, precisa melhorar o acabamento

Idéias desarticuladas e deve melhorar o acabamento

Pouco participou do seu grupo, para a articulação das idéias. E organização dos materiais.

Criatividade,

interpretação

e técnica

Aplicou de forma adequada a técnica e os conceitos da Pop Art.

Aplicou de forma adequada o conceito, porém teve dificuldades com as técnicas

Dificuldade de aplicar as técnicas e conceitos

Trabalho confuso em relação as idéias e as técnicas aplicadas, falta de participação.

7.0 - Referências

AUAD, Ronaldo. Ensino da Arte no Brasil – Tendências Pedagógicas. Disponível

em <http://www.ubm.br/ubm/paginas/cultura/ref19/ensino-arte.htm>. Acesso

em 11/05/2011.

BUENO, Luciana Estevam Barone. Metodologia do Ensino de Artes. Curitiba,

Paraná: Editora Ibpex, 2008.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência- O futuro do pensamento na era da

informática. São Paulo: Editora 34, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Arte no Ensino Médio. Imprensa do

Estado do Paraná, 2008.

SILVA JÚNIOR, João B. O Ensino de Arte no Brasil. Disponível em

<http://www.webartigos.com/articles/14770/1/O-Ensino-de-Arte-no-

Brasil/pagina1.html#ixzz1FNayBfo5>. Publicado em 24/02/2009. Acesso em

15/06/2011.

www.brasilescola.com › Artes Acesso em 20/07/2011

www.historiadaarte.com.br/popart.html -Acesso em 20/07/2011

www.itaucultural.org.br Acesso em 20/07/2011