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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: O Uso de Mapas conceituais em temas de ecologia

Autor Regina Célia Bruneli Amadeu Gomes

Escola de Atuação Escola Estadual Ipiranga

Município da escola Maringá

Núcleo Regional de Educação Maringá

Orientador Dra Ana Lúcia Olivo Rosas Moreira

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá

Disciplina/Área (entrada no PDE)

Ciências

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Geografia

Público Alvo Alunos das 5ª. série do Ensino Fundamental

Localização Escola Estadual Ipiranga, Rua Campo Sales 953

Apresentação: Esse material didático versa sobre a temática Biodiversidade e Conservação, com objetivo de promover a interação dos conceitos de vários componentes do meio ambiente. O tema ecologia é fundamental para o Brasil, em função de sua riqueza biológica, por ser signatário de acordos internacionais de biodiversidade, além de ser lembrado como um dos países que mais perde em riqueza biológica. Uma das formas de tratar o problema, historicamente descritos das relações exploração do homem com o meio ambiente, é a educação ambiental. É importante educar os jovens para reconhecer o valor do meio ambiente em suas vidas e a urgência de promover a sua conservação. Dessa forma, a realização desse trabalho compreende a aplicação de mapas conceituais, devido à possibilidade de sua ação em diversos conteúdos correspondentes às disciplinas do Ensino Fundamental. Um dos maiores desafios que os educadores enfrentam é fazer com que seus alunos tenham uma aprendizagem significativa. Dessa forma, a utilização dos mapas conceituais no ensino de temas

2

de ecologia, especialmente em biodiversidade e suas relações com a conservação, favorece o aprendizado significativo, uma vez que esse recurso apresenta técnica e flexibilidade, permitindo o uso em diversas situações como, também, como um instrumento de avaliação.

Palavras-chave Aprendizagem significativa, mapa conceitual, biodiversidade, conservação e ecologia.

3

Sumário:

INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4

UNIDADE I - A ECOLOGIA................................................................................... 7

Definição e hierarquização ............................................................................7

Componentes da biosfera...............................................................................8

Níveis de organização.................................................................................... 9

Cadeia alimentar ............................................................................................ 11

Atividade I ..................................................................................................... 13

UNIDADE II - OS BIOMAS E A DIVERSIDADE BIOLÓGICA .......................... 17

Os biomas ...................................................................................................... 18

Diversidade Biológica ................................................................................... 22

Atividade II.................................................................................................... 23

UNIDADE III - CONSERVAÇÃO........................................................................... 26

Atividade III .................................................................................................. 29

SUGESTÕES DE SITES PARA PESQUISA........................................................... 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 31

4

Introdução

No ensino de ciências, muitas vezes, os conceitos seguem padrões hierárquicos,

apresentando uma seqüência de componentes, com diversos níveis e pré-requisitos. Dessa

forma a técnica conhecida como mapa conceitual, proposta por Joseph Novak em meados da

década de setenta, pode ser utilizada de maneira a facilitar o aprendizado desses conceitos.

Essa técnica de mapas conceituais pode ser considerada como uma proposta para os alunos

aprofundarem seus conhecimentos nos diferentes temas dos currículos escolares, contribuindo

sobremaneira para uma melhor aprendizagem. Mais especificamente, os mapas conceituais

podem ser vistos como diagramas hierárquicos que vão demonstrar a organização conceitual

de uma determinada temática, que nessa proposta correspondem à ecologia, diversidade e

conservação. A representação hierárquica que mostra as relações entre a biodiversidade e a

conservação está representada na Figura 1.

Como pode ser notado, o uso de mapas conceituais no ensino de temas relacionados à

ecologia, especialmente à biodiversidade e suas relações com a conservação, favorece o

aprendizado significativo, uma vez que são flexíveis e de fácil compreensão.

Figura 1. Modelo conceitual mostrando a possível ligação entre um

desdobramento do ensino da biodiversidade para alunos da 5ª Série do Ensino Fundamental (Gomes, 2010).

Quando se refere a um mapa conceitual, pode-se pensar em uma analogia com mapas

geográficos, nos quais as cidades seriam os conceitos e as estradas linhas ligando estes,

5

simbolizando a relação. Moreira (1986) considera como um recurso que pode ser usado em

uma variedade de situações e com finalidades diferentes, o que possibilita a construção de

diversos tipos de mapas conceituais. Novak e Gowin (1984) orientam com algumas

estratégicas básicas a produção desse instrumento. Portanto, seguem os passos principais

apontados pelos autores:

1. Introduzir a idéia de conceito (palavra que usamos para designar a “imagem” de algum

objeto ou acontecimento).

2. Escrever no quadro palavras, e perguntar aos alunos quais as imagens que essas

palavras mostram e se todas as palavras são consideradas conceitos.

3. Demonstrar pelos exemplos que algumas palavras não são conceitos e sim palavras de

ligação que usamos no discurso oral e escrito para dar sentido aos conceitos.

4. Construa no quadro pequenas frases com dois conceitos e uma palavra de ligação. Por

exemplo, ”a Terra é azul” ou “formigas são insetos”.

5. Peça aos alunos para construírem frases curtas de uma temática e identificarem os

conceitos e as palavras de ligação.

6. Selecionar um parágrafo do livro texto sobre o conteúdo a ser abordado e peça aos

alunos para indicarem os conceitos importantes, montando uma lista ordenada,

seguindo a hierarquização, ou seja, da maior para a menor generalidade e

inclusividade.

7. Discuta com os alunos as palavras escolhidas e se todos concordam com a ordenação.

8. Elaborar o mapa com os alunos, utilizando as palavras da lista ordenada e inserindo as

palavras de ligação.

A seguir, é apresentado um exemplo, mostrando a representação de um mapa

conceitual sobre o aparelho reprodutor de plantas (Fig. 2). Esse tema foi selecionado pela

facilidade de ser observado o padrão hierárquico de seus componentes, além de integrar

tópicos básicos relacionados com a preservação de espécie, garantindo conceitos prévios da

biodiversidade. Para traçar o mapa conceitual, não há necessidade de seguir um modelo

rígido, pois o que se deve considerar são as relações e a hierarquia dos conceitos. Um modelo

de mapa apresenta os conceitos mais gerais no topo da hierarquia e os mais específicos na

base, com a preocupação de explicar de maneira clara e concisa o modo pelo qual ele foi

montado, pois o mapa tem compromisso com a complexidade e a clareza das idéias.

6

No exemplo da Figura 2, a parte superior do mapa indica o tema geral a ser abordado

(aparelho reprodutor), sendo a principal hierarquia o aparelho reprodutor masculino e o

feminino, que leva o mapa a seguir dois caminhos, o do Androceu (masculino) e do Gineceu

(feminino). Na seqüência, são apresentados como eles são formados, seguindo a estrutura

anatômica. Seguindo o Androceu, por definição, sabemos que ele é um conjunto de Estames,

que são Folhas Modificadas, formando dois componentes, a Antera e o Filete. A mesma

interpretação pode ser feita seguindo o Gineceu, aparelho reprodutor feminino. Nessa

apresentação hierárquica estão descritos todos os conceitos necessários para explicar o tema,

com palavras chaves de ligação, como, formado por conjunto de, além de ter sido adicionado

os símbolos para o sexo masculino e o feminino, o que propicia uma melhor interpretação por

parte do aluno, facilitando o aprendizado. É importante ressaltar que, ao visualizar o mapa

conceitual, o aluno tenha a capacidade de assimilar os principais componentes do tema a ser

estudado, sendo, portanto, a preocupação de quem esta montando o mapa.

Figura 2. Mapa conceitual representando o tema aparelho reprodutor de plantas

com flores, que é abordado na 6ª Série do Ensino Fundamental (Gomes, 2010).

7

Unidade I – A Ecologia

Definição e hierarquização

O termo ecologia foi usado pela primeira vez por Ernest Haeckel (1886), que do

grego significa:

Assim, a ecologia estuda as relações entre os seres vivos (da mesma e com outras

espécies), e destes com o ambiente em que vivem.

Somente a partir da década de 1930 foi que a ecologia ganhou um espaço

independente dentro da biologia, sendo que nos últimos anos os estudos ecológicos têm se

mostrado de fundamental importância para resolver os diversos problemas ambientais

causados pela poluição ambiental, aumento populacional e a escassez de recursos naturais.

A ecologia, desde que foi criada, é uma ciência multidisciplinar, pois além da

biologia, ela se utiliza de conceitos da física, química, economia e das ciências sociais. Dessa

maneira, a ecologia é uma ciência tipicamente hierarquizada e, portanto, pode ser bem

representada adequadamente pelos mapas conceituais. Considerando os conceitos

relacionados à Ecologia como, por exemplo, os níveis de organização representados por

indivíduos, populações, comunidades e ecossistemas, os mapas conceituais devem facilitar o

entendimento dos vários conceitos relacionados a esse conteúdo. Na Figura 3 estão

representados, de forma didática a hierarquização da ecologia com os diversos níveis de

organização da ecologia e os possíveis temas que podem ser abordados para cada um deles.

Cabe ressaltar que a hierarquização, representada na Figura 3, é a utilizada para a estruturação

da maior parte dos livros didáticos da área, inclusive aqueles utilizados no Ensino

Fundamental e Médio.

8

PARA SABER MAIS

Figura 3. Esquema representativo do sistema hierárquico dos níveis de organização estudados na

ecologia. Para cada nível de organização são apresentados os possíveis temas que são abordados nas diversas séries do ensino fundamental e médio (* indica a ênfase desse estudo). Modificado de Likens (1991).

Os componentes da biosfera

A vida na Terra surgiu a cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, por uma série de

transformações químicas e físicas que pelas quais o planeta passou. Com essas mudanças e o

aparecimento dos seres vivos, a constituição da Terra se alterou e passou a ter, além da

Litosfera (crosta), da Hidrosfera (água), da Atmosfera (ar), também a Biosfera. Por definição,

Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra (Fig. 4). Apesar de esse termo nos

levar a pensar que em cada região da Terra exista vida, isso não é bem verdade, pois a Terra

apresenta regiões climáticas diferentes, que vão determinar a abundância ou a escassez dessas

formas de vida. A grande variedade de características existentes nos diferentes ambientes da

biosfera se manifesta na diversidade de espécies de uma região.

9

Figura 4. Representação dos diversos componentes da Terra. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Fi le/imagens/3ciencias/1biosfera.jpg

Os níveis de organização

Vamos imaginar um trecho da Savana africana, onde diversas espécies vivem na

mesma região. Nela temos uma comunidade, que também pode ser chamado de biota ou

biocenose. A biocenose de uma Savana é formada pelas populações de arbustos, pássaros,

elefantes, zebras e árvores, que se relacionam entre si e um com os outros (Ver Fig. 5), onde:

# Espécie - Conjunto de indivíduos semelhantes entre si que quando se cruzam geram

descendentes férteis. Ex: Elefante

# População - Conjunto de organismo da mesma espécie, que vivem na mesma área ou

região. Ex: População de elefantes de uma Savana

# Comunidade - Conjunto de todas as populações que vivem no mesmo ambiente. Ex:

Todas as populações da Savana.

# Ecossistema - É a relação existente entre os fatores bióticos e os abióticos do ambiente.

Ex. Savana.

# Biosfera- Conjunto de todos os ecossistemas da Terra.

# Habitat - É o local onde uma espécie vive. Ex: Elefantes na Savana africana

# Nicho ecológico - Atividade e comportamentos exibidos por uma espécie. Ex: Leão na

Savana se alimentando de uma zebra.

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Figura 5. Representação dos diversos níveis de organização que são abordados na ecologia. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Fi le/imagens/2010/biologia/organizacao.jpg

O sistema ecológico ou ecossistema seria qualquer unidade funcional que abranja

todos os organismos que funcionam em conjunto numa dada área, interagindo com o

ambiente físico de tal forma que o fluxo de energia produza estruturas bióticas claramente

definidas e uma ciclagem de materiais entre a parte viva e a não viva. Dessa maneira,

ecossistema não deve ser primariamente entendido como uma unidade espacial, mas sim

como um conceito, que representa um nível de organização ecológica, onde os organismos

estão interagindo entre si e com o meio físico. Seguindo essa definição, uma floresta ou um

lago ou mesmo um pequeno aquário podem representar um ecossistema. Assim, pode-se

dividir os ecossistema em naturais que seriam florestas, lagos, desertos e os artificiais, que são

aqueles criados pelo homem como plantações, reservatórios e cidades.

Então, o funcionamento de todos os ecossistemas depende de: fatores não-vivos ou

abióticos, representados pelas condições físicas e químicas do ambiente, que pode ser o solo

com seus sais minerais, a água com suas características (pH, oxigênio dissolvido, nutrientes),

e a atmosfera, com seus gases, umidade, temperatura, grau de luminosidade entre outros, e

ainda, de fatores bióticos, que são os seres vivos.

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Cadeia Alimentar

O que mantém um ecossistema em funcionamento é o fluxo de energia através de seus

diversos componentes. Então, os seres vivos precisam de matéria e energia para desenvolver

suas atividades, inclusive a reprodução. A energia é proveniente basicamente da energia solar,

que é aproveitada pelos produtores, junto com alguns nutrientes importantes, que originam

algumas substâncias presentes na forma de alimentos, que são consumidos pelos diversos

seres vivos.

Os componentes bióticos de um ecossistema podem ser divididos em heterótrofos e

autótrofos. Os heterotróficos são seres que não conseguem produzir seu próprio alimento,

dependendo, assim do consumo de outras fontes alimentares, inclusive de outros organismos.

Os autótrofos são aqueles componentes bióticos capazes de produzir seu próprio alimento,

através de um processo denominado de fotossíntese. Na fotossíntese, a luz solar é absorvida

por pigmentos esverdeados presentes nas folhas das plantas, denominados de clorofila. A luz

solar é absorvida como fonte de energia e é utilizada para produzir matéria orgânica a partir

do gás carbônico retirado do ambiente. O produto da fotossíntese é a glicose e o gás oxigênio

liberado para a atmosfera. A fotossíntese pode ser representada pela equação mostrada na

Figura 6.

Figura 6. Esquema didático representado a equação da fotossíntese, que ocorre nas folhas. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Fi le/imagens/2010/biologia/9equafotossintese.jpg

12

Os seres vivos podem apresentar diferentes estratégias para obtenção de seu alimento.

Assim, das relações tróficas existentes, os componentes bióticos de um ecossistema pode ser

classificados em níveis tróficos, como segue:

# Produtores - São seres autótrofos, ou seja, capazes de produzirem o seu próprio

alimento. Ex: As plantas.

# Consumidores - São seres incapazes de produzir o seu próprio alimento. Ex: Animais.

# Decompositores - São organismos que se alimentam da matéria orgânica morta,

liberando no ambiente gás carbônico, sais minerais e outras matérias. Ex: Fungos e

bactérias.

A classificação dos organismos nesses níveis tróficos e a relação entre eles formam

uma cadeia alimentar e o conjunto de todas as cadeias em um ecossistema formaria uma teia

alimentar, representada pela Figura 7.

Figura 7. Representação esquemática de uma teia alimentar com os diversos níveis tróficos. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Fi le/imagens/2010/biologia/9niveltrofico.jpg

Na teia alimentar representada na Figura 7, a seqüência de uma determinada cadeia

alimentar seria:

Uma cadeia alimentar completa sempre apresentará as três categorias de níveis

tróficos: produtores, consumidores e decompositores, e as setas mostram a direção do fluxo

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do alimento (e de energia) entre os níveis tróficos. Por definição, os produtores fazem parte do

primeiro nível trófico, os consumidores primários (herbívoros) do segundo nível trófico, os

consumidores secundários do terceiro nível trófico e assim por diante, até os decompositores,

que seriam o último nível. Em resumo, uma cadeia alimentar vai apresentar um fluxo de

matéria e energia (Fig. 8), formando um ciclo, o qual pode ser observado na figura a seguir. A

energia do sistema não será perdida, mas transformada em outra forma de energia com

liberação de calor do sistema.

Figura 8. Representação do fluxo de energia nos níveis tróficos de uma teia alimentar. Disponível em

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Fi le/imagens/2011/biologia/5fluxo_matergia.jpg

Atividade I:

1. Observe o quadro do artista italiano Giuseppe Arcimboldo, que viveu entre (1526 -

1593). Essa composição de imagens mostra a relação do homem com o animal.

Baseado no conceito de cadeia alimentar, montar três possíveis cadeias alimentares

com os animais que aparecem no quadro. Lembrar de usar um produtor primário para

elaborar as cadeias.

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Disponível em http://www.nat-n-bio.santotomas.edu.bo/2011/05/26/ilusiones-opticas

2. Em grupo de três alunos, elaborar um mapa conceitual com as seguintes palavras

chaves: população, comunidade, habitat, biosfera, ecossistema, espécie e nicho

ecológico, que estão todas relacionadas com o conceito de Biosfera.

3. O esquema abaixo representa os organismos que vivem em um lago. Baseado nessas

informações responder as questões sobre cadeia alimentar;

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Fi le/imagens/2011/biologia/4cadeialimentar.jpg

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a. Quais os produtores e consumidores do lago?

b . Os peixes maiores são classificados como consumidores terciários. Por quê?

c. Quanto a obtenção de alimentos, em que os fungos e as bactérias do lago

diferem dos outros consumidores?

d. Como as plantas conseguem crescer no fundo do lago?

4 Um lago pode ser considerado um ecossistema. Usando os organismos presentes no

esquema abaixo, completar as possíveis relações colocando setas e palavras de ligação para a

montagem de um mapa conceitual. Responder, também, quais os organismos do lago que

dependem da sobrevivência de todos os outros? Justificar.

Lembrar que macrófitas são as plantas aquáticas e plânctons, pequenos organismos

microscópicos que flutuam na água.

Desenho feito por Jaime Luiz Lopes Pereira

5. Quando sabemos qual é o número de indivíduos de cada nível trófico de uma cadeia

alimentar, podemos representar cada um desses níveis por um retângulo. Essa representação é

chamada pirâmide de energia.

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a) Observe a pirâmide abaixo e retire dela uma cadeia alimentar com 5

organismos.

b) Para representar uma comunidade em uma pirâmide, o que é preciso levar em

consideração?

c) Quantos níveis tróficos existem nessa pirâmide? Quais são eles?

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000001369/0000016431.jpg

6. Quando uma planta faz fotossíntese, ela produz substâncias para substituir o que ela gastou

e também para serem absorvidas pelos seus tecidos para crescer, dar folhas, frutos. A mesma

coisa ocorre com os animais, que quando comem adquirem substâncias que serão absorvidas e

acrescentadas aos seus organismos, possibilitando, por exemplo, seu crescimento. Imagine,

agora, que uma pessoa ganhe mensalmente por seu trabalho R$ 10.000,00 reais. Com esse

salário ela paga, aluguel, alimentação, roupas, transporte, médico, educação e diversão,

totalizando no final do mês um gasto de R$7.000,00 reais. Essa pessoa tem assim um saldo

mensal de R$3000,00 reais.

a) Baseado nas informações acima, montar um mapa conceitual que represente os

acontecimentos descritos no texto.

7. Imaginar a seguinte situação: Um criador de gado tem um pasto e cada metro quadrado do

seu pasto armazena, em um ano, cerca de 3000 kcal de substâncias orgânicas. Um boi

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comendo o capim absorve, em um ano, cerca de 500 kcal de cada metro quadrado de

pastagem. Responder:

a) O gado assimila todo o capim ingerido? Justificar.

b) Completar os acontecimentos ocorridos, mostrados abaixo na forma de um

mapa conceitual.

Unidade II – Os biomas e a diversidade biológica

Os grandes ecossistemas terrestres são chamados de Biomas. Como característica um

bioma apresenta aspecto homogêneo na sua constituição florística e condições climáticas

semelhantes em toda sua extensão. Os principais biomas terrestres são: tundras, taigas,

florestas temperadas, campos (representados pelas savanas) e desertos observados na figura a

seguir, mostrando a diferença de temperaturas entre eles e taxa de precipitação.

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Figura 9. Representação esquemática da relação entre temperatura e precipitação em diversos biomas

(modificado de Amabis e Martho, 1996).

Os biomas

Veja, a seguir, as características gerais de cada bioma terrestre:

BIOMAS LOCALIZAÇÃO CLIMA FLORA FAUNA

Tundra Pólo ártico, norte

Canadá, Europa e

Ásia

Três meses de

verão, temperatura

no máximo100C.

Predominam

musgos,

liquens e

pequenos

arbustos

Mamíferos (rena,

caribu e boi

almiscarado), aves

migratórias e

alguns insetos

Taigas Do hemisfério

norte ao sul da

Inverno rigoroso,

com duas estações

Coníferas

como

Mamíferos (alces,

lobos, ursos

19

tundra asiática no ano verão e

inverno.

pinheiras, com

musgos e

liquens

raposas, visons),

esquilo, aves

migratórias

Floresta

Temperada

Europa e América

do Norte

Clima temperado

com quatro

estações do ano

bem definidas

Carvalhos,

faias, arbustos

e plantas

herbáceas e

musgos

Mamíferos

(javalis, veados,

raposas) pequenos

mamíferos corujas

insetos como

besouros e

joaninhas.

Desertos Maioria se situa

na África e na

Ásia

Clima seco, com

dias muito quentes

e noites frias

Plantas

adaptadas a

falta de água

como cactos

Animais adaptados

a falta de água

como o roedores,

répteis e insetos

Savanas Encontrado na

África, Ásia,

Austrália e

América

Apresentam

períodos quentes e

secos e outros

chuvosos.

Arbustos,

árvore de

pequeno porte

e gramíneas.

Herbívoros de

grande porte

(antílopes, zebras,

elefantes, girafas)

carnívoros (leões,

guepardos), aves

(gaviões,

avestruz).

Floresta

Tropical

América do Sul,

América Central,

África, Austrália e

Ásia

Clima equatorial,

com temperaturas

médias de 250C,

com duas estações.

Árvores de

grande porte e

exuberantes

Fauna rica em:

mamíferos

(macacos),

anfíbios (sapos),

répteis (cobras e

lagartos),

carnívoros (onças),

herbívoros

(veados, antas)

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O Brasil também apresenta biomas mostrados no mapa a seguir:

Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=169

Floresta Amazônica

É a maior floresta tropical do mundo, cobre cerca de 60% do território brasileiro. O

clima da região favorece o desenvolvimento de uma vegetação exuberante, há uma pequena

variação de temperaturas entre o dia e a noite com um índice pluviométrico elevado. Possui

uma diversidade de espécies tanto da fauna como da flora muito grande, sendo por isso muito

divulgado o potencial terapêutico das suas plantas.

Cerrado

É o segundo maior bioma brasileiro, e está localizado entre os estados de Goiás,

Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, oeste da Bahia e Distrito

Federal. Devido a isso apresenta espécie encontrada na caatinga, mata atlântica e floresta

21

amazônica. Apresenta duas estações climáticas bem definidas, um inverno seco e um verão

chuvoso. A vegetação tem gramíneas, arbusto e algumas árvores de pequeno porte. O Cerrado

é a nascente de três principais rios brasileiros o rio Paraná, Araguaia e Tocantins, que

contribuindo para a sua biodiversidade. Devido a sua vasta extensão o Cerrado é um dos

ecossistemas mais ameaçados com queimadas e comércio ilegal. A fauna tem uma

diversidade grande de répteis, mamíferos aves e anfíbios. Existem várias espécies ameaçadas

de extinção entre ela o lobo-guará, o cervo, tamanduá bandeira, onça pintada.

Caatinga

Sua localização vai do norte de Minas Gerais, passando pelos estados da Bahia,

Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.

Apresenta um clima semi-árido, sendo o principal fator a distribuição irregular das

precipitações pluviométricas. A vegetação é composta por plantas adaptadas ao clima seco

como as xerófitas, alguns arbustos e árvores de médio porte. Entre as mais famosas da região

está o mandacaru. Na fauna é composta por répteis (cobras e lagartos), alguns anfíbios

(sapos), roedores, alguns mamíferos como o gambá e o veado catingueiro e aves como a arara

azul ameaçada de extinção e asa branca.

Pantanal

Em território brasileiro ele ocupa os estado do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

sendo formado por uma grande área alagável. O clima é úmido com duas estações do ano bem

definidas, uma seca, e a outra chuvosa. Devido a essas condições ambientais, o pantanal

apresenta uma variedade grande de espécies vegetais com adaptações para a vida aquática.

Apresenta uma fauna aquática rica com destaque para os tuiuiús, garça-real entre os répteis

está o jacaré do pantanal.

Mata Atlântica

Localizada na região litorânea, passando pelo sul, sudeste e nordeste brasileiro. É uma

floresta tropical, com árvores de grande porte algumas e muitas espécies de epífitas. A fauna

possui grande diversidade, entre as espécies em extinção estão o macaco prego, a onça

pintada e o mico-leão-dourado. Grande parte da mata atlântica foi destruída devido a

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ocupação desordena e intensa da região. Hoje como medida de proteção às espécies, foram

criados vários parques nacionais ao longo dos estados que ela faz parte dela.

Pampas

Localizado no sul do país no estado do Rio Grande do Sul indo até a fronteira com o

Uruguai. O clima é temperado, no verão as temperaturas chegam a 35oC e no inverno podem

ser negativas. A vegetação é composta por gramíneas e poucas espécies arbóreas. Que foram

removidas para a criação de gado e agricultura. A fauna é rica em biodiversidade, contando

com várias espécies endêmicas e outras ameaçadas e extinção como o mico-leão-dourado, a

jaguatiricas e outras.

Diversidade biológica

O termo biodiversidade foi usado pela primeira vez em 1986, pelo entomólogo

americano Edward O. Wilson, durante o primeiro fórum americano sobre diversidade

biológica, realizado pelo governo americano e amplamente divulgado em todo o mundo.

Posteriormente, durante uma convenção nos Estados Unidos, ficou estabelecido que o

conceito de biodiversidade fosse a variedade de qualquer organismo vivo de todos os

ambientes (FAPESP, 2007).

Diversidade biológica (ou na sua forma contraída biodiversidade), pode ser definida

como todas as variedades e a variabilidade dentro e entre os organismos vivos e os complexos

ecológicos nos quais eles ocorrem, compreendendo a diversidade de ecossistemas ou

comunidades, diversidade de espécies e diversidade genética. Esta definição abrangente

considera todos os organismos, seus componentes (genes) e a ambiente físico.

Para melhor entender a definição, precisamos definir os diversos tipos de diversidade.

Diversidade genética é a combinação dos diferentes genes encontrados em uma única espécie

e o padrão de variação encontrado nas diferentes populações da mesma espécie. Por exemplo,

as populações de onças do bioma Amazônico apresentam adaptações genéticas para

explorarem as condições da região, como a temperatura, que serão diferentes daquelas

populações que habitam a parte mais inferior do bioma Mata Atlântica, onde as temperaturas

são inferiores. Essas adaptações são decorrentes da atuação de diferentes grupos de genes, que

foram selecionados ao longo do tempo.

23

A diversidade de espécies é mais fácil de entender e refere aos diferentes tipos de

organismos que habitam uma determinada área. Já a diversidade de ecossistemas abrange a

variedade de habitats que ocorrem em uma determinada região, ou o mosaico de manchas

(tipos) encontrado em uma paisagem. Mais recentemente, a diversidade cultural também tem

sido incluída como um importante componente da diversidade biológica, e tem recebido

grande atenção para melhor compreensão deste tema.

O Brasil, bem como outros 16 países, são considerados países megadiversos. São eles (em

ordem alfabética): Austrália, África do Sul, China, Colômbia, Congo, Estados Unidos,

Equador, Filipinas, Índia, Indonésia, Madagascar, Malásia, México, Nova Guiné, Peru, e

Venezuela. A grande maioria deles localizados na região tropical. O Brasil, sozinho, tem de

15% a 20% de toda a biodiversidade do Planeta. A estimativa grosseira de toda a diversidade

brasileira estaria entre 140.000 e 190.000 espécies, sendo que a Mata Atlântica um dos

grandes contribuintes para esse total.

Para os cientistas a diversidade biológica deve ser medida, para poder comparar os diversos

tipos de ambientes e suas importâncias. Alem disso, também é considerado o conceito de

endemismo (espécies endêmicas), que se referem aquelas espécies que apresentam

distribuição espacial restrita e, muitas vezes, com exigências especificas a certas

características dos habitats. Locais de elevado endemismo são chamados, pelos cientistas, de

“mancha quente” ou “hotspot.”

A medida de diversidade mais fácil de ser entendida é a chamada riqueza de espécies (ou

simplesmente, o número de espécies). Desta maneira, poderia ser considerado que aqueles

locais com maior riqueza de espécies devem ser mais importantes sob a ótica da conservação,

do que aqueles com baixa riqueza (desde que não sejam endêmicas).

Atividade II:

1. Por que o Brasil é considerado um país megadiverso?

2. Observar o mapa dos biomas brasileiros e identificar qual bioma pertence a sua

região?

3. Como a extinção de espécies pode afetar as nossas vidas?

24

4. Imagine uma área verde de sua cidade onde se encontram várias espécies distribuídas,

observe no quadro abaixo:

Locais

Espécies 1 2 3 4 5 6 7

Espécie 01 X X X

Espécie 02 X X X X

Espécie 03 X X X X X X X

Espécie 04 X X X

Espécie 05 X X X X

Espécie 06 X

Espécie 07 X X

Espécie 08 X X X

Espécie 09 X X

Espécie 10 X

Espécie 11 X X

Diversidade

a) Quais os locais onde a diversidade é mais alta?

b) Quais locais onde a diversidade é mais baixa?

c) Quais dos locais são representados com espécies endêmicas?

d) Estes locais podem ser associados com os hotspots ? Qual a relação com a

preservação de espécies?

5) Em grupos de três alunos, marcar no texto sobre Biomas 5 frases que definem

conceitos importantes, identificando as palavras chave. A seguir, discutir com os colegas e

reescrever em frases curtas os conceitos interligados com as palavras de ligação para,

posterior, montagem do mapa conceitual.

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6) A vida no planeta se distribui de forma diferenciada, sendo marcada por variáveis

climáticas e ações do homem. Abaixo está mostrada uma figura de uma área rural que foi

transformada pela ação do homem. Montar um mapa conceitual desta figura mostrando a ação

do homem nesta área, os riscos de perda da diversidade, e os riscos de poluição desse

ecossistema.

Figura esquemática de uma área rural (Autor Jaime Luiz Lopes Pereira).

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7) Pensar e resolver a seguinte situação:

Na região do Cerrado brasileiro, moradores querendo proteger a população de cervos ou

veado-campeiro, resolveram matar os predadores naturais.

a) O que deverá ter ocorrido com a população de cervos sem os predadores

naturais?

b) O que ocorreu com a vegetação quando esta se tornou insuficiente?

c) Depois de algumas estações de seca as plantas não conseguiram sobreviver,

pois o ambiente não estava se sustentando mais. O que deve ter ocorrido com

população de cervos?

8. O bioma Mata Atlântica está situado em faixas no sul da Bahia, trechos do Rio de Janeiro,

Santa Catarina e norte do Paraná. Ler o texto “Era uma vez a Mata Atlântica, disponível no

planeta sustentável (http://planetasustentavel.abril.com.br) e com os conteúdos desenvolvidos

em sala de aula, elaborar, em grupo, um texto com imagens descrevendo os seguintes temas:

as características naturais do bioma, sua forma de ocupação e quais os desafios para a sua

preservação.

Unidade III- Conservação

A conservação tem como finalidade básica a proteção da diversidade biológica em

todos seus integrantes, considerando organismos, genes, habitats e cultura. A disciplina que

fornece fundamentos científicos para a conservação é a biologia da conservação, sendo uma

ciência orientada para missões, cujo objetivo principal é amenizar a crise de extinção em que

vivemos e colaborando para demonstra a importância da diversidade biológica. É uma ciência

nova, que teve seu desenvolvimento muito acelerado nas últimas décadas.

A biologia da conservação, que aqui é dada ênfase, é aquela que procura levantar

informações sobre os organismos e seus habitats, sempre com o objetivo de compreender o

seu papel, suas características biológicas e estrutura, que forneçam subsídios que podem ser

usados para a proteção.

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PARA SABER MAIS

A partir do meio do Século XX, as perdas da biodiversidade aumentaram de

forma contundente, levando as nações a tomarem medidas para sua

conservação. A maior parte das perdas de biodiversidade registrada está

fortemente relacionada às ações antropogênicas. Essas perdas podem ser

decorrentes de causas diretas ou indiretas. As causas diretas incluem alterações

ligadas ao ecossistema e as populações, como, por exemplo, a destruição e

fragmentação de habitats, introdução de espécies exóticas, exploração

excessiva de espécies vegetais e animais, poluição do solo e das águas. As

indiretas seriam as que ocorrem basicamente por alteração da atmosfera e do

clima (Enger et al., 1989).

A biologia da conservação estuda os organismos e, com base em suas características

biológicas, podem identificar a necessidade de maior atenção. Na tabela 2, está uma síntese

das principais características e os motivos que de devem ser levadas em consideração para

identificar a necessidade de proteção ou não de uma espécie.

Considerando as características e motivos acima, bem como o status de uma espécie

quanto a abundancia e distribuição, elas podem ser classificadas em diversas categorias,

segundo a IUCN (The World Conservation Union), são elas:

1. Extinto – não existe dúvida razoável de que o último individuou morreu;

2. Extinto na natureza – Com sobreviventes apenas em cultivo, cativeiro ou como

população naturalizada fora da sua área de distribuição conhecida;

3. Provavelmente extinto na natureza – quando levantamentos exaustivos em sua

área de distribuição não encontram a espécie;

4. Criticamente em perigo – quando uma espécie, de acordo com critérios

estabelecidos, está enfrentando risco extremamente alto de extinção na natureza;

5. Em perigo – quando uma espécie, de acordo com critérios estabelecidos, está

enfrentando riscos muito altos de extinção na natureza;

6. Vulnerável – quando uma espécie, de acordo com critérios específicos está

enfrentando riscos de extinção na natureza;

7. Quase ameaçada – quando uma espécie, de acordo com critérios específicos não

está em risco ou vulnerável, mas há indicações de que possa ser classificada como

ameaçada em um futuro próximo;

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8. Preocupação menor – quando uma espécie não se enquadra em critérios

específicos como ameaçada, vulnerável ou quase ameaçada. Nessa categoria estão as

espécies com elevada abundancia e amplamente distribuídas.

Tabela 2 Características das espécies bem como os principais motivos que devem ser consideradas na conservação de uma espécie.

Característica Razões para conservar

Endêmica Risco de extinção global

Tamanho da população reduzido Risco de extinção global

Baixa densidade Risco de extinção global

Raridade crescente Pode estar ameaçada

Baixa taxa reprodutiva Recuperação lenta de distúrbio e facilidade de sobre-exploração

Maturação lenta Risco de morte antes da reprodução

Longevidade Geralmente com baixa taxa reprodutiva e maturação lenta

Grande porte Geralmente com baixa taxa reprodutiva e maturação lenta, freqüentemente caçada

Alta mortalidade natural Facilmente sobre-explorada, independente da taxa de reprodução

Reduzida dispersão Menor capacidade de resgate de populações em declínio, baixa recolonização

Carnívoros de topo Geralmente com perdas rápidas em ecossistemas manejados ou por distúrbios

Sensitividade Facilmente sujeita a distúrbios, levando a menor reprodução

Alta especificidade de habitat Depende de habitats raros

Espécies migradoras Podem requerer amplos habitats ameaçados

Modificado de The Word Conservation Union disponível em: http://intranet.iucn.org/webfiles/doc/SSC/RedList/redlistcatsenglish.pdf

Uma das estratégias eficientes para a conservação é o uso de Espécies Bandeiras.

Essas são espécies que tem grande apelo à população humana e podem ser usadas para a

proteção de outras, bem como dos habitats onde vivem. O exemplo mais conhecido é o do

urso Panda, que é usado para conservação de diversas áreas da China. Uma espécie vegetal

brasileira reconhecida como espécie bandeira é o Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia).

Habitats também devem ser conservados por apresentar determinadas características

que são levadas em consideração, sendo as mais importantes: a diversidade, ameaça de

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interferência humana, valor educacional, representatividade, valor cientifico, fragilidade

ecológica, valor potencial, singularidade, disponibilidade, espécies miradoras, banco genético

e potencial de funcionar como reservatório da vida silvestre. Habitats considerados com

elevada diversidade biológica e endemismo, são classificados com “hotspots” e também

devem ter prioridade para conservação. Esse termo foi criado pelo ecólogo inglês Norman

Myers que terminou assim um conflito entre os cientistas do que precisa preservar e como

preservaro. Os principais hotspots brasileiros são o Cerrado, a Mata Atlântica e a Floresta

Amazônica

PARA SABER MAIS

De maneira geral, a conservação da biodiversidade pode ser categorizada em

dois grandes grupos. Os métodos “in situ”, que buscam a proteção de espécies

ou taxa selecionadas em seu habitat natural, através da proteção de habitats e

indivíduos. Para isso, requer-se a identificação dos fatores que determinam o

declínio populacional e as fases críticas do ciclo de vida. Como exemplo,

podemos citar as grandes reservas africanas para conservação de grandes

mamíferos. Os métodos “ex-situ” são aqueles que procuram a conservação das

espécies fora do seu hábitat natural, sendo os zoológicos e jardins botânicos os

exemplos mais comuns, que inclusive servem para chamar a atenção para a

conservação de espécies (PRIMACK; RODRIGUES, 2001).

Atividade III

1- Fazer uma lista para as causas da perda da biodiversidade.

2- Em grupo de 4 alunos desenhar um mapa do globo terrestre com contornos de todos os

continentes e localizar os principais “hostpots” brasileiros.

3- Em grupo montar um mapa conceitual usando os conceitos apresentados na tabela 2

Para o professor:

Montar um mapa conceitual final, unindo todos os mapas elaborados nas unidades,

mostrando assim a integração do tema biodiversidade como mostra a figura abaixo utilizando

o programa cmap tolls disponível em: http://cmaptools.softonic.com.br/

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Sugestões de sites para pesquisa:

http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/biodiversidade-612402.shtml

http://www.infoescola.com/geografia/hotspot-ambiental/

http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/HotspotsRevisitados.pdf

http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/investigando_a_biodiversidade.pdf

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_239360.shtml

http://www.cenedcursos.com.br/hotspots-conservacao-biodiversidade.html

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_418165.shtml

http://intranet.iucn.org/webfiles/doc/SSC/RedList/redlistcatsenglish.pdf

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FAPESP. Programa Nacional de Pesquisas Cientifica em Biodiversidade com Caráter Interministerial e Recursos Mínimos. Biodiversidade Interna Especiais. 2007. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/8069>. Acesso em: 20 abr. 2011.

MILANO, M. S. (Coord.) et al. A estratégia global da biodiversidade: diretrizes de ação para estudar, salvar e usar de maneira sustentável e justa a riqueza biótica da terra. Curitiba: WRI: UICN; PNUMA, 1992.

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NOVAK, J. D.; GOWIN, D. B. Aprender a aprender. Trad. Carla Valadares. Lisboa: Plátano. 1996.

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara, 1988.

OLIVEIRA, E. M. Educação ambiental uma possível abordagem. Brasília, DF: UNB, 2000.

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PADUA, S. M.; TABANEZ, M. F. Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica - Ciências. Curitiba, 2008.

PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia de conservação. Londrina: Vida, 2001 MOREIRA, M. A.; BUCHWEITZ, B. Novas estratégias de ensino aprendizagem: os mapas conceituais e o vê epistemológico. Lisboa: Plátano Edições Moraes, 1993.

SÃO PAULO, Secretária de Estado da Educação. Subsídios para a implementação da proposta curricular de biologia para o 20 grau, vol I, ecologia, 1979.