ficha para catálogo de produção didático - pedagógica ... · práticas pedagógicas em estudos...

52

Upload: hoangkhuong

Post on 23-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%
Page 2: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica

Título Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia.

Autor Maria P. Fávaro Zancanaro

Escola de Atuação Colégio Estadual Presidente Castelo Branco

Município da escola Toledo

Núcleo Regional de Educação Toledo

Orientador Anderson Bem

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE

Disciplina/Área (entrada no PDE) Geografia

Produção Didático-Pedagógica Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(Indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Público Alvo

(Indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Professores de geografia que atuam na Rede Pública do Estado do Paraná e Alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco.

Localização

(Identificar nome e endereço da escola de implementação)

Rua Guaíra, 3275, Jardim La Salle. Telefone: (45)3252-2174 CEP: 85903-2 Email: –[email protected] Toledo-Paraná

Apresentação:

(Descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

No decorrer de nossa caminhada como professora na escola pública do Ensino Fundamental e Médio verificou-se por várias vezes na prática pedagógica, muitas dificuldades por parte dos alunos em entender os conteúdos de geografia. Essa questão pode estar relacionada não apenas ao desinteresse dos alunos, mas também na nossa prática pedagógica. Proporcionar interação e envolvimento dos alunos com o conteúdo trabalhado é uma

Page 3: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

necessidade do ensino atual.

Diante do encaminhamento metodológico da Geografia da População como pressuposto da organização do trabalho docente, propomos contribuir com os professores que trabalham no Ensino Médio na Rede Pública do Estado do Paraná, para a compreensão e a organização de um ensino de Geografia na unidade temática – “Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia”, com a produção de um caderno pedagógico - unidade temática que oriente a prática pedagógica docente.

• Construir recursos e estratégias necessárias para o desenvolvimento do projeto;

• Estudar a Questão Demográfica para a contextualização na prática pedagógica;

• Propor e trabalhar com professores de geografia uma metodologia diferenciada e eficaz na prática de sala de aula;

• Buscar atividades múltiplas vinculadas ao ensino da Geografia da População;

Palavras-chave (3 a 5 palavras) “Geografia; Demografia; Docência”.

Page 4: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

Superintendência da Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento Educacional UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

MARIA P. FÁVARO ZANCANARO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA UNIDADE TEMÁTICA

TOLEDO-PR 2011

Page 5: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

MARIA P. FÁVARO ZANCANARO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA UNIDADE TEMÁTICA

Orientador: Anderson Bem

Disciplina: Geografia

Núcleo Regional de Educação de Toledo

Colégio Estadual Presidente Castelo Branco

Conteúdo Estruturante: A Transformação Demográfica, a Distribuição Espacial e os

Indicadores Estatísticos da População

Série: 2º Ano Ensino Médio

TÍTULO: Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia.

TOLEDO-PR 2011

Page 6: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

SUMÁRIO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA .................................................................. 4

1.1 Práticas Pedagógicas no Estudo da População em Geografia ................... 4

1.1.2 Fundamentação Teórica ........................................................................... 5

2. INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR . .................................... 9

2.1 TEORIAS DEMOGRÁFICAS ....................................................................... 9

2.1.2 Atividades com Imagens .......................................................................... 12

2.1.3 Atividades com Vídeo .............................................................................. 13

2.2 POPULAÇÃO BRASILEIRA ...................................................................... 14

2.2.1 Atividade com Imagem ........................................................................... 17

2.2.2. Atividades com Mapas ........................................................................... 20

2.2.3 Atividades com Textos ............................................................................ 23

3. POPULAÇÃO DE TOLEDO ........................................................................ 25

4.POPULAÇÃO DO PARANÁ ........................................................................ 27

4.1 Atividades com Pirâmides Etárias............................................................... 30

5. MIGRAÇÕES ............................................................................................... 35

5.1 Atividades com Músicas ............................................................................ 40

5.1.2 Atividade com Vídeo ............................................................................... 42

6. A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO ............................................. 43

6.1 Atividade. .................................................................................................... 44

7.PESQUISA JUNTO AOS ALUNOS ............................................................... 46

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 48

Page 7: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

4

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Práticas Pedagógicas no Estudo da População em Geografia

Apresentação

Nesta Unidade Temática apresento aos professores de geografia propostas

de atividades para trabalhar população em sala de aula, entre as quais destacam-se:

Introdução aos Estudos da População em Geografia, Teorias e Políticas

Demográficas, Evolução da População Mundial. Este material tem como objetivo

subsidiar o professor para que ele ao estudar a população não faça apenas um

estudo descritivo e superficial, onde normalmente se apresenta números sendo que

a população não é uma abstração, temos que considerar as classes sociais que a

compõem, seus conflitos e suas relações sociais, deixar evidente o seu modo de

vida e o seu tipo de produção.

Esta unidade temática apresenta uma produção direcionada aos professores,

equipe pedagógica, eventuais interessados e/ou direção da escola. A produção

didático-pedagógica teve sua idealização fomentada no âmbito do PDE, sendo

considerada como um material didático que pode ser utilizado com o compromisso

de enriquecer ainda mais o processo ensino-aprendizagem que, prioritariamente

considera os sujeitos da escola como público primordial. O material ora apresentado,

busca oferecer informações e indicações bibliográficas, com o propósito de dar

sustentação teórica aos professores das escolas estaduais e das disciplinas afins.

No decorrer da caminhada como professora na escola pública do ensino

fundamental e médio verificou-se por várias vezes na prática pedagógica, muitas

dificuldades por parte dos alunos em entender os conteúdos de geografia. Essa

questão pode estar relacionada não apenas ao desinteresse dos alunos, mas

também na nossa prática pedagógica. Proporcionar interação e envolvimento dos

alunos com o conteúdo trabalhado é uma necessidade do ensino atual. A partir da

elaboração e o uso de recursos didáticos, adequando os conteúdos programáticos à

metodologia da geografia vivenciada pelos alunos, a relação professor-aluno se

torna mais prazerosa, pois dá uma significação especial aos conteúdos trabalhados

em sala de aula. Na busca pela qualidade no ensino se faz necessário descobrir e

Page 8: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

5

desenvolver atividades que oportunize ao aluno aprender de forma prazerosa sem

perder a qualidade científica dos conteúdos.

1.1.2 Fundamentação Teórica

A partir do século XVIII, muitos países sofreram uma profunda transformação

que alterou significativamente, a vida da sociedade. Estas transformações ocorreram

pela Revolução Industrial, progressos técnicos na agricultura e na indústria

emergente, aumento da rede de transporte e outras transformações do espaço

geográfico. Neste período as cidades tinham péssimas condições sanitárias

retratada na falta de rede de água e esgotos.

A indústria desde a fase inicial de expansão, em alguns países da Europa,

necessitava de trabalhadores e de consumidores para seus produtos. Muitos

atraídos pelas novas perspectivas de trabalho e pelos benefícios encontrados nas

cidades, saíram do meio rural e se dirigiram para as zonas urbanas, aumentando a

população das cidades e reduzindo o número de habitantes do campo.

A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores nas fábricas. O aspecto

mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta

separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas,

matéria-prima); de outro, o trabalho dos camponeses e artesãos se tornaram

assalariados dos capitalistas (donos do capital).

Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento

urbano. Londres chegou ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se

para o norte, centros como Manchester, abrigavam massas de trabalhadores, em

condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o ritmo de seu

trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a

concorrência de mulheres e crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres

formavam mais de metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar

aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidente nem indenização ou

pagamento de dias parados neste caso.

Page 9: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

6

A revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das

populações dos países que industrializaram. As cidades atraiam os camponeses e

os artesãos se tornavam cada vez mais importantes. Em 1850 já haviam mais

pessoas vivendo na cidade do que no campo. Entre 1500 e 1750 a população da

Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5 milhões e 1880 ela saltou para 36

milhões. Para que o contingente populacional mundial atingisse a 1 bilhão de

habitantes, por volta de 1850 foram necessários milênios de anos. Este crescimento

estava condicionado a fatores tais como: a fome as doenças, e a guerra. O índice de

crescimento da população mundial, entre 1650 e 1750, foi de 0,3% por ano e, entre

1750 e 1850, de 0,5%. A partir de 1850 houve crescimento da população, em torno

de 2% a 2,5%, ao ano.

Para muitos, esse crescimento populacional era motivo de preocupação e

deveria ser combatido, pois anunciava grandes problemas futuros. Quando a

explosão demográfica se anunciava, Thomas Robert Malthus considerava que o

crescimento populacional era tido como uma das principais limitações ao progresso

da sociedade. Segundo ele, o crescimento ilimitado da população não se ajustava à

capacidade limitada dos recursos naturais existentes no planeta, ele afirmava que a

população crescia numa progressão geométrica – PG, enquanto que os meios de

subsistência crescem numa progressão aritmética – PA. Ao lançar suas idéias,

Malthus propunha ao poder público criar medidas para controlar o crescimento da

população. Ele também era contrário à Leis dos Pobres, que existia na Inglaterra,

que obrigava o Estado prover as necessidades humanas aos menos favorecidos.

Essa lei, segundo ele, estimulava o crescimento populacional descontrolado, pois

amparava aqueles que mais procriavam e menos tinham condições de sustentar os

filhos que colocava no mundo.

Já, Karl Max considerava que as causas da fome, da miséria, da pobreza

estavam associadas com o modo de produção capitalista e não com o crescimento

da população.

No Brasil o desenvolvimento industrial foi acentuado a partir de 1930, com

Getulio Vargas, que realizou uma importante mudança na forma de conduzir a

Page 10: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

7

política interna, ao afastar-se das oligarquias agrárias, adotando uma política

industrial, que priorizava a mão de obra do imigrante estrangeiro pelo nacional.

A crise do setor cafeeiro gerou um grande êxito rural, e contribuiu para o

aumento de mão de obra para as indústrias. A crise econômica mundial e um pouco

mais tarde a ocorrência da Segunda Guerra mundial, tiveram participação crucial no

esforço de substituição das importações pela produção nacional. Até meados da

década de 40 houve uma importante evolução da indústria de base e energia no

Brasil, com a criação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, CVRD –

Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Hidrelétrica de São Francisco.

As mudanças ocorridas nesse período tiveram forte impacto sobre os Estados

de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, influenciando na

concentração industrial e populacional. A segunda aceleração do crescimento

populacional ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países subdesenvolvidos.

Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial foi marcado pelo

surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes

conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra

uma série de doenças. Tais conquistas se difundiram pelos países subdesenvolvidos

graças a atuação das entidades internacionais, de ajuda de campanhas de

vacinação, a implantação de postos de saúde pública em zonas urbanas e rurais e a

ampliação das condições de higiene social. Todos esses fatores permitiram uma

acentuada redução nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que até então

eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição da mortalidade e a

manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento

populacional.

Outro fenômeno que ajuda a compreender a população de um terminado

espaço geográfico, é a dinâmica populacional, que é muito complexa. As causas e

as motivações que levam aos deslocamentos são variadas, tendo conseqüências

bastante diversificadas, dependendo dos diferentes contextos sócio-culturais e da

singularidade de cada pessoa. Cabe frisar, contudo, que as migrações em si

representam um fenômeno basicamente positivo. Não podemos esquecer o direito

humano de ir e vir, as funções sociais e econômicas dos deslocamentos, a relativa

Page 11: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

8

melhoria das condições de vida da fuga de situações de opressão ou de catástrofes

ecológicas, as novas oportunidades abertas e o enriquecimento cultural decorrente

do encontro entre diferentes povos, culturas e religiões.

Portanto, entendo que, com base no processo de industrialização, a nível

mundial que se constituiu a organização espacial que definiu o Brasil como país

subdesenvolvido e industrializado. A indústria enquanto atividade organizadora do

espaço e centralizadora das demais atividades econômicas introduziu outras

questões como, as relações cidade-campo e a estruturação do espaço urbano e a

modernização da agricultura. Entender o estudo da população numa compreensão

da realidade populacional como sociedade de homens concretos envolvidos em

relações sociais.

Page 12: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

9

2. INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR

2.1 TEORIAS DEMOGRÁFICAS

Em 1798 Thomas Malthus desenvolveu uma teoria demográfica que se

apoiava basicamente em dois princípios, crescimento da população e produção de

alimentos. Ao considerar esses dois princípios Malthus concluiu que o ritmo de

crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da

produção de alimentos (progressão geométrica versus progressão aritmética). Previu

também que um dia as possibilidades de aumento da área cultivada estariam

esgotadas, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela

agropecuária, no entanto, a população mundial ainda continuaria crescendo. A

conseqüência disso seria a fome, ou seja, a falta de alimentos para abastecer as

necessidades de consumo do planeta, e as mortes, doenças, guerras civis, disputas

por territórios, etc.

Hoje, sabemos que suas previsões não se concretizaram a população do

planeta não duplicou a cada 25 anos, e a produção alimentos se acelerou graças ao

desenvolvimento tecnológico. Mesmo que se considere uma área fixa de cultivo, a

quantidade produzida aumentou, uma vez que a produtividade (quantidade

produzida por área; toneladas de arroz por hectare, por exemplo) também vem

aumentando ao longo das décadas.

Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de

previsão estão ligados principalmente às limitações da época para a coleta de

dados, já que Malthus tirou suas conclusões partindo da observação do

comportamento demográfico em uma determinada região, com população

predominantemente rural, e às considerou válidas para todo o planeta no transcorrer

da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução

humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica

e do progresso tecnológico aplicado à agricultura. Desde que Malthus apresentou

Page 13: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

10

sua teoria, são comuns os discursos que relacionam de forma simplista a ocorrência

da fome no planeta ao crescimento populacional. A fome que castiga mais da

metade da população mundial é resultado da má distribuição da renda e não da

carência na produção de alimentos. Nos primeiros anos do século XXI, a produção

agropecuária mundial era suficiente para alimentar cerca de 9 bilhões de pessoas,

enquanto a população do planeta era pouco superior a 6 bilhões. A fome existe

porque as pessoas não possuem o dinheiro necessário para suprir suas

necessidades básicas, fenômeno este facilmente observável no Brasil, onde, apesar

do enorme volume de alimentos exportados e de as prateleiras dos supermercados

estarem sempre lotadas, a panela de muitos trabalhadores permanece vazia .

Em resposta aos neomalthusianos, foi elaborada a teoria reformista, que

inverte a conclusão das duas teorias demográficas anteriores, já anteriormente

contestada por nada mais, nada menos que Karl Marx, cuja teoria se sustenta em

que à causa de uma superpopulação se deve a forma de produção capitalista e seus

respectivos sistemas econômicos exigem um excesso relativo de população.

A explosão demográfica gerou um imenso contingente de mão-de-obra sem

qualificação, que continuamente ingressa no mercado de trabalho. Tal realidade

tende a rebaixar o nível médio de produtividade por trabalhador e a empobrecer

enormes parcelas da população desses países. É necessário o enfrentamento, em

primeiro lugar, das questões sociais e econômicas.

Page 14: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

11

Para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio, quando o cotidiano

familiar transcorre em condições miseráveis e as pessoas não têm consciência das

determinações econômicas e sociais às quais estão submetidas, vivendo de

subempregos, em sub-moradias e subalimentadas, como esperar que elas estejam

preocupadas em gerar menos filhos?

No âmbito da teoria reformista os países subdesenvolvidos buscaram

identificar a raiz de seus problemas na colonização de exploração realizada em seus

territórios e na desigualdade das relações comerciais que caracterizaram o

colonialismo e o imperialismo. Por isso, passaram a propor amplas reformas nas

relações econômicas, em escala planetária, que diminuiriam as vantagens

comerciais e, portanto, o fluxo de capitais e a evasão de divisas dos países

subdesenvolvidos em direção aos desenvolvidos. Neste contexto histórico, foi

formulada a teoria demográfica neomalthusiana, uma tentativa de explicar a

ocorrência da fome e do atraso nos países subdesenvolvidos. Ela é defendida por

setores da população e dos governos dos países desenvolvidos – e por alguns

setores dos países subdesenvolvidos – com o intuito de se esquivarem das

questões econômicas. Segundo essa teoria uma numerosa população jovem

resultante das elevadas taxas de natalidade verificada em quase todos os países

subdesenvolvidos, necessitaria de grandes investimentos sociais em educação e

saúde. Com isso, sobrariam menos recursos para serem investidos nos setores

agrícola e industrial, o que impediria o pleno desenvolvimento das atividades

econômicas e conseqüentemente, da melhoria das condições de vida da população.

Seus defensores passam a propor, então, programas de controle da natalidade nos países

subdesenvolvidos mediante a disseminação de métodos anticoncepcionais.

“É uma tentativa de enfrentar os problemas socioeconômicos partindo exclusivamente de posições contrárias à natalidade, e ainda acobertar os efeitos danosos dos baixos salários e das péssimas condições de vida que vigoram nos países subdesenvolvidos, apenas com base em uma argumentação demográfica conclusão bastante simples”. (SENE, 2008, p.432)

Page 15: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

12

2.1.2 ATIVIDADES COM IMAGENS

1. Nas atividades com imagens, o professor pode propor as seguintes questões:

Primeiro os alunos farão uma análise crítica das figuras abaixo. Estabelecer

sua análise identificando formas de manifestações que as mesmas expressam,

utilizando diferentes leituras.

A partir das imagens, o aluno identificará quais conteúdos do estudo da população

em que estão presentes e como cada uma está ligada ao seu cotidiano.

Ilustração 1 - Gomes, Fabrício de Abreu. Produzida em 16 de maio de 2011.

2. Várias teorias têm sido sugeridas para explicar a explosão demográfica que

começou no século XVIII, e disparou com a Revolução Industrial.

• Através da imagem é possível estudar qual teoria demográfica? Ou as duas

teorias? Explique as mesmas analisando a figura.

• Com qual delas você concorda? Por quê?

Nesta atividade o professor poderá dividir a turma em dois grupos e cada

grupo defender uma Teoria Demográfica

Page 16: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

13

Com quais textos as representações estão diretamente ligadas? Como podem

ocorrer as diferentes manifestações da dinâmica populacional.

3.Responda:

Fonte: www-ewertton.blogspot.com

a) Que relação às pessoas tem com a máquina?

b) Em que época da historia você relaciona esta figura?

c) Que importância teve a Revolução Industrial na Dinâmica Populacional?

2.1.3 ATIVIDADE COM VIDEO

a) Vídeo: “Corrida pela Comida”

Este vídeo mostra a evolução da tecnologia e o crescomento populacional,

fazendo um contraponto à teoria de Malthus.

b) Video: “O Germinal Filme”

O fragmento do filme Germinal, baseado na obra de Èmile Zolá, apresenta as

condições de vida e de trabalho dos mineiros franceses na segunda metade do

século XIX.

Page 17: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

14

2.2 POPULAÇÃO BRASILEIRA

A população brasileira começa a ser constituída durante o período da

colonização. Na sua origem, além dos colonos portugueses, estão os índios

americanos e os negros africanos. As principais estimativas referentes à população

indígena à época da invasão portuguesa são muito diversas entre si, variando de 1

milhão a 3 milhões de indivíduos. O certo é que essa população declina rapidamente

com a colonização, em função das doenças, da fome e das guerras de extermínio.

Supõe-se que, até a independência, dois terços dos nativos já haviam sido

eliminados. Quanto aos negros, as estimativas também são variadas. Calcula-se

entre 3,5 milhões e 4 milhões de indivíduos trazidos da África para o Brasil pelo

tráfico de escravos, sendo 1,5 milhão na sua última fase, entre 1800 e 1850.

Dois aspectos se destacam na evolução demográfica brasileira nesse

período. O primeiro é o grande salto da população no século XVIII, decorrente do

incremento da imigração colonial portuguesa e do tráfico africano provocado pela

mineração de ouro e diamante no Sudeste e Centro-Oeste. O segundo é o

crescimento da população mestiça gerado pela miscigenação de brancos e índios e

de brancos e negros, decorrente da alta taxa de masculinidade da imigração colonial

e do tráfico africano, estimulada pela política natalista da metrópole interessada em

ocupar mais rapidamente o território da colônia. Outro aspecto determinante do

crescimento e da formação da população brasileira é o alto grau de urbanização. Em

1940 a população urbana representa 30% da população total em 1970, ela já

alcança 55%; hoje é de 84,4%.

As origens do fenômeno estão ligadas ao processo geral da industrialização,

intensificada a partir dos anos 40 e 50. O incremento das atividades industriais faz

crescer o mercado de trabalho urbano e leva para as cidades médias e grandes boa

parte da força de trabalho rural. A proporção de pessoas vivendo em cidades no

Brasil supera os Estados Unidos de 82%, Na China, a parcela está em 49%. Na

Índia o grau de urbanização é ainda menor de 30%. O maior crescimento da

Page 18: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

15

população das regiões: Norte 2,09%, e Centro-Oeste 1,91%, se explica em grande

parte, pelas novas oportunidades de empregos, principalmente no agronegócio. A

região sul, que desde 1970 apresentava expansão populacional de 1,4%, foi a que

menos cresceu na última década, 0,87%.

As cidades médias entre 100 mil 500mil habitantes são as que ganham mais

participação na população do país. As pequenas cidades até 10 mil habitantes e as

grandes cidades, acima de 5 milhões reduzem a participação. (IBGE,2010). A

população do Brasil alcançou a marca de 190.755.799 habitantes (censo 2010) A

população brasileira cresceu quase vinte vezes desde o primeiro censo realizado no

Brasil, em 1872, quando tinha 9.930.478 habitantes.O crescimento demográfico

relaciona-se com a urbanização e a industrialização e com incentivos à redução da

natalidade.

O Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica de 22 hab./km², inferior

à média do planeta e bem menor que a dos países intensamente povoados, como a

Bélgica (342 hab./km²) e o Japão (337 hab./km. O estudo da população apóia-se em

alguns fatores fundamentais, que influenciam o crescimento populacional. IBGE,

2010). Até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas. O custo

social da manutenção e educação dos filhos é bastante elevado, similar a de outros

países subdesenvolvidos. Contudo houve sensível diminuição nos últimos anos, que

pode ser explicada pelo aumento da população urbana, já que a natalidade é bem

menor nas cidades, em conseqüência da progressiva integração da mulher no

mercado de trabalho, e do controle de natalidade. A taxa de mortalidade, desde

1940, também vem caindo, como reflexão de uma progressiva popularização de

medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, ampliação de

atendimento médico, campanhas de vacinação e outros.

O Norte e o Nordeste — regiões mais pobres — têm os maiores índices

de mortalidade infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de

vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população que tem

maiores rendimentos. A população de uma localidade qualquer aumenta em função

das migrações e do crescimento vegetativo. Assim, como esse aumento é alto,

conclui-se que o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, altas taxas de

Page 19: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

16

mortalidade, sobretudo infantil. A estimativa da Fundação IBGE para 2010 é de

uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja, 18,67% nascidos para cada

grupo de mil pessoas ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou

seja, 6,25 mortes por mil nascidos ao ano. Esses revelam um crescimento vegetativo

anual de 12,68.

No Brasil, a expectativa de vida está em torno de 69 anos para os homens e

77 para as mulheres, conforme estimativas para 2010. Dessa forma, esse país se

distância das nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos

(Mauritânia, Guiné, Níger e outras), mas ainda não alcança o patamar das nações

desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 75 anos (Noruega, Suécia e

outras). A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou

seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao

decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da expectativa de vida.

Conforme estimativa de 2009, a taxa média de fecundidade é de 1,94 filhos

por mulher. Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e

elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacionada ao nível sócio-

econômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda

concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se

em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores. Há

também variações regionais, as taxas são menores no Sul e no Sudeste sendo

maiores no Norte, Centro-Oeste no Nordeste.

Em 1980, os homens tinham duas vezes mais chances de falecer aos 22

anos de idade do que as mulheres. Vinte e nove anos depois, a sobre mortalidade

masculina mais que duplicou. Em 2009, houve uma morte de mulher para 4,5 mortes

masculinas, no universo de jovens com menos que 23 anos. A violência é a principal

causa de morte entre jovens no Brasil. Causas violentas foram os principais

motivadores de mortes no Brasil entre pessoas de 15 a 29 anos em 2009. Entre os

jovens de 15 a 19 anos este tipo de óbito respondeu por 60,29% do total, percentual

que salta para 61,29% entre jovens de 20 a 24 anos e fica em 52, 7% entre os de 25

a 29 anos.

Page 20: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

17

2.2.1 ATIVIDADES COM IMAGENS

ILUSTRAÇÃO-Gomes, Fabrício de Abreu. Produzida em 16 de maio de 2011.

a) Os alunos poderão verificar as dinâmicas e transições que possibilitam

atitudes e procedimentos nas tomadas de decisão individuais que trazem novos

modos de vida da população que eram incomuns há algumas décadas.

b) Por que nas grandes cidades do mundo subdesenvolvido , a população

cresce muito mais rapidamente do que naquelas situadas nos países

desenvolvidos?

c) Qual a influência da urbanização no controle de natalidade?

d) Esta figura o professor poderá trabalhar a mulher no mercado do trabalho

ILUSTRAÇÃO -Gomes, Fabrício de Abreu. Produzida em 16 de maio de 2011.

Page 21: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

18

Na figura acima o professor poderá trabalhar:

a) Teorias demográficas;

b) Industrialização e o subdesenvolvimento;

c) Distribuição da renda;

d) População ativa;

e) O controle de natalidade resolveria a questão da pobreza?

f) São os países subdesenvolvidos os responsáveis pelo alto consumo de

recursos naturais? Por quê?

Ilustração 5: Gomes, Fabrício de Abreu. Produzida em 16 de maio de 2011.

a) Nos últimos trinta anos, o Brasil passou por uma forte transição

demográfica, com o aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de

fecundidade.

b) Esse processo já havia ocorrido na Europa, onde as mudanças foram

desencadeadas há muito tempo pelo advento da industrialização.

Page 22: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

19

c) Para você, o que é transição demográfica? Quais fatores levaram a esse

acontecimento?

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/4geografia/5aumento_populacional.jpg

a) Você é favor ou contra o controle de natalidade?

b) Se as pessoas estão vivendo mais, a população mundial pode aumentar?

Page 23: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

20

2.2.2. ATIVIDADES COM MAPAS

Analise os mapas e responda:

a) No mapa acima, onde existe maior concentração da população?

b) E os maiores vazios demográficos?

c) Esse mapa representa o crescimento demográfico? Justifique.

Page 24: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

21

MAPA DA DISTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA NO BRASIL

d) No mapa acima, quais as regiões no Brasil de maiores concentrações das

indústrias?

e) Que relação existe entre os dois mapas quanto: a industrialização e

distribuição da população no Brasil? Justifique.

http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/04/29/primeiros-resultados-definitivos-do-censo-2010/

Page 25: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

22

2.2.3 ATIVIDADES COM TEXTOS

Situação 1

Textos adaptados do livro “Para Ensinar Geografia”, de João Rua, p.167

Simone e José são casados há quinze anos. Eles se conheceram na

faculdade. José trabalha num banco e Simone é professora do Ensino Fundamental.

Eles moram no centro de Toledo, e possuem dois filhos. Adriana de 13 anos e Raul

de 16 anos. Simone e José estão preocupados com a defasagem salarial em que se

encontram. Cada dia fica mais difícil pagar aluguel, gás, luz, condomínio, telefone,

escolas dos filhos. Adriana e Raul estudam em escolas particulares, além disso,

ambos estão matriculados no curso de inglês. Outro dia Adriana pediu aos pais que

pagassem aulas particulares de matemática e geografia, matérias que ela tem

grandes dificuldades, Simone teve que explicar a Adriana, que no momento seria

impossível pagar estas aulas particulares, ainda mais agora que o plano de saúde

dobrou de preço. Simone comenta com José “como é difícil manter um filho.” José

responde: “Difícil e caro”.

Situação 2

Iracema e João são casados há 18 anos. Eles se conheceram no mercado,

onde João trabalhava de empacotador e Iracema era caixa. Eles moram no bairro

Santa Cruz em Cascavel e possuem 5 filhos: Carlos de 16 anos, Pedro de 15 anos,

Angel de 13 anos, Rosana de 11 anos e Maria Rita de 9 anos. Iracema e João estão

muitos preocupados com os preços das coisas. O salário de João é de pouco mais

que um salário mínimo. Iracema não pode trabalhar fora, pois precisa ficar em casa

para cuidar dos filhos, mas mesmo assim ajuda nas despesas de casa, pois faz

Page 26: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

23

doces para vender, além de lavar roupas para fora. Os filhos estudam em escolas

públicas, mas também ajudam nas despesas familiares. Alguns vendem os doces

que a mãe faz. Outros buscam e lavam as roupas que a mãe lava. Iracema passou

amanhã toda na fila do posto de saúde para ver qual o problema da Maria Rita, que

tem tido febre nos últimos dias. Ao chegar em casa, ela comenta com João:” Como a

vida está cara. Se não fosse a ajuda de nossos filhos, a gente estaria passando

fome”.

Sabemos que a população, entendida como sociedade , é formada por

diferentes classes sociais. Nas duas situações expostas acima, são citados

problemas do cotidiano de duas famílias, uma de classe média e outra de classe

baixa. Com base nos textos responda as questões:

a) O custo de formação do indivíduo (total que os pais vão gastar com filhos

até que eles comecem a trabalhar) é muito diferente nas diferentes classes sociais

de um país. Quem vai gastar mais no custo de formação do indivíduo?

b) Como o caso de Simone, que trabalha fora e contribui com as despesas

familiares, pode exemplificar a diminuição dos percentuais de fecundidade no Brasil?

c) Como a situação da família de Iracema serve para explicar o aumento da

economia informal?

Situação 3

Casar? Quem sabe um dia...

Veja18/04/2011

Surge uma geração de brasileiros quarentões que nunca subiram ao altar,

eles são reflexos de uma população que envelhece e adia todo o ciclo de vida.

Mulheres atenção: segundo os demógrafos, o bordão “falta homem no mercado”

está ficando ultrapassado no Brasil. Pelo menos no que diz respeito à parcela da

população masculina que já cruzou a fronteira dos 40 anos. Eles, que costumavam

Page 27: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

24

chegar a essa fase da vida casados e já com filhos, começam a ingressar no clube

dos quarentões sem nunca ter vivido uma relação amorosa sob o mesmo teto – seja

ela fruto de casamento ou de uma união informal. Segundo um recém-concluído

estudo sobre esse emergente grupo, a fatia de solteirões entre 40 e 50 anos de

idade cresceu a um ritmo mais de três vezes o da população brasileira como um

todo. Um espanto do ponto de vista estatístico. Com base em dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa revela ainda que,

numericamente, o perfil predominante entre os quarentões é o de homens egressos

dos estratos de renda mais alta e com diploma universitário. Existem 4,2 milhões de

brasileiros com tais características no país. Pois foi nesse universo que o time dos

solteirões subiu 66% desde 2003 – efeito de uma mudança bem maior no conjunto

da população brasileira. “Estamos assistindo a um fenômeno típico de populações

que envelhecem e começam a postergar todo o ciclo de vida, incluindo aí casamento

e filhos”, explica o doutor em demografia pela Universidade da Califórnia, em

Berkeley, Reinaldo Gregori, à frente do estudo.

Isso se manifesta de forma mais acentuada entre os homens principalmente

porque, ao contrário das mulheres, não recai sobre eles a premência da

maternidade. Com o pensamento típico dos novos quarentões, o empresário Flávio

Pereira nunca refutou a idéia de um enlace mais sério, mas, como todos os outros

que ilustram as páginas desta reportagem, só agora ele passou a encarar o

casamento como uma hipótese verdadeiramente concreta. Ainda que falte encontrar

a noiva. “Nos meus 30 anos, mulher e filhos eram uma coisa legal, mas para os

outros”, sintetiza Pereira, de 42 anos, que, acerca das duas últimas décadas,

conclui: “Tratei da carreira e de mim mesmo”. Gente como ele foi marcada por um

mercado de trabalho bem distinto do que absorveu a geração imediatamente

anterior. As exigências cresceram. “A maior competição no ambiente de negócios

impôs aos jovens que tivessem um currículo impecável”, observa o vice-presidente

da consultoria de recursos humanos DBM, José Augusto Figueiredo. “Muitos dos

atuais quarentões estavam completamente absortos na carreira um momento da

vida em que os seus antecessores já constituíam família.” Brasileiros com esse perfil

já são enquadrados por empresas de variados setores em um nicho próprio de

mercado. Depois de cruzar dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares

(POF), do IBGE, o novo estudo conduzido pelo demógrafo Reinaldo Gregori deixa

Page 28: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

25

claras as razões. Em média, os solteiros com mais de 40 gastam o dobro com

celular e quatro vezes o que despende um cidadão típico em restaurantes. Também

não economizam na compra do carro nem em viagens ao exterior. Eles ajudam

ainda a impulsionar segmentos já voltados para brasileiros que vivem sozinhos.

Consideradas todas as faixas etárias, a proporção dos solitários mais que dobrou no

Brasil da década de 90 para cá, segundo levantamento do Centro de Políticas

Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV). Os solteiros com mais de 40 devem

logo, logo deixar o grupo. Para eles, a passagem do tempo já começa a pesar.

Por meio da analise do texto, os alunos poderão verificar as dinâmicas e

transições que possibilitam atitudes e procedimentos nas tomadas de decisão

individuais que trazem novos modos de vida da população que eram incomuns há

algumas décadas.

a) Qual o perfil dos entrevistados na reportagem?

b) Qual a classe social?

c) A atitude de vida tomada pelos entrevistados, de retardar o casamento e

filhos, é aplicável para outras camadas sociais?

d) A taxa de fecundidade média das brasileiras, de 1,94 filhos por mulher em

2010. Que formato de pirâmide ela produz?

e) Algumas dinâmicas da população estão se modificando no Brasil,

conforme os mais recentes dados do IBGE. Poderiam estes dados identificar o que

chamamos de novos padrões populacionais?

3. POPULAÇÃO DE TOLEDO

Dentro deste contexto da Dinâmica Populacional, destacamos a população do

município de Toledo. Portanto, é importante observar alguns fatores que

determinaram grandes transformações no quadro evolutivo da população Toledana.

Page 29: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

26

De março de 1946, com a chegada da primeira caravana, a 1949, ocorreram poucas

variações no aumento da população em decorrência das dificuldades iniciais. Com

aberturas de estradas, vendas de terras e planos de colonização, no início de 1950,

tornou-se evidente um grande aumento de moradores Toledanos.

Em 1955 o município de Toledo já contava com 7 mil habitantes. A fertilidade

do solo conjugada ao sistema de pequenas propriedades rurais e a policultura,

foram atrativos da concentração demográfica e do desenvolvimento da região.

População Absoluta Quadro Periódico

ANO URBANA RURAL TOTAL

1956 2720 7.225 9.945 1960 5.925 19.033 24.945 1970 14.986 53.899 68.885 1980 42.994 38.288 81.282 1990 72.232 22.477 94.879 2000 85.968 12.232 98.200 2010 108.287 11.066 119.353

Fonte: Projeto História, 1988. (IBGE)

O aumento da população urbana e diminuição da rural, a partir de 1970, se

deve principalmente a ocorrência da mecanização da terra e implantação da

monocultura da soja e do trigo , que passaram exigir menos mão-de-obra, causando

sérios problemas urbanos, inclusive habitacionais. O conforto e comodidade

oferecidos pela cidade acentuaram ainda mais o êxodo rural, fazendo com que

inúmeros agricultores mesmo sem vender suas propriedades fixassem residência na

área urbana. O processo de industrialização no município também foi o atrativo para

população estar na cidade, oferecendo maior número de empregos no comercio,

bancos, construção civil, transportes, indústria de alimentos (SADIA) e outros. De

acordo com dados do IBGE, 2010, Toledo tem uma população de 119,313

habitantes, sendo 58.359 homens e 60.9994 mulheres. Com área territorial de

1.197.002 Km² e sua densidade demográfica de 99,68 hab/km².

Page 30: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

27

4. POPULAÇÃO DO PARANÁ

A formação da população paranaense confunde-se com a da população

brasileira, ela é constituída, pelo indígena, branco, negro e mestiço. O Paraná tem

hoje aproximadamente 9.000 indígenas, habitando mais de 85.000 hectares de terra.

Esta área está distribuída em 17 terras abrigando as etnias Kaigangue, Guarani, e o

povo Xetá.

No estado do Paraná devido a sua formação sócio-espacial, não apresenta

um grande contingente populacional de etnia africana. No estado a população negra

está dispersa espacialmente, havendo quilombos nos Campos Gerais, em Lapa, em

Paranaguá, Antonina e Guaira. De todos os imigrantes que povoaram o território

paranaense, os de maior representatividade são: portugueses, eslavos, ucranianos,

japoneses, e outros em menor. De todos os imigrantes que povoaram o território

paranaense, os de maior representatividade são: portugueses, eslavos, ucranianos,

japoneses, e outros em menor número. O primeiro censo da população paranaense

ocorreu somente no ano de 1872.

Page 31: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

28

O grande crescimento da

população paranaense seguiu as

tendências do Brasil, isto é, a partir das

décadas de 40 e 50, com a redução da

taxa de mortalidade, e a fecundidade

permanecia em níveis elevados, e

posteriormente, com a mecanização do

campo e a urbanização. Até os anos 60,

o intenso crescimento demográfico do

Estado foi motivado por fluxo de

migrações procedentes de várias regiões

do país, que reflete em elevados

crescimento populacional.

IBGE-2010

Os anos 70 inauguram uma fase nessas tendências, que se prolonga por toda

a década de 80. Marcado por um intenso processo de modernização das práticas

agrícolas e de transformação da base produtiva no sentido da integração dos

setores econômicos sob a hegemonia do capital industrial, o Estado passa a

experimentar um conjunto de mudanças estruturais de profundo significado. Alteram-

se as relações de produção e de trabalho no campo, provocando a desestabilização

das condições rurais de sobrevivência e a expulsão de enormes contingentes

populacionais, até então vinculados às atividades agrícolas. Parcela significativa

desses emigrantes rurais se transfere para os centros urbanos do próprio Paraná,

em busca de oportunidades de trabalho e de obtenção de renda. Nesse processo, o

grau de urbanização do Estado e a tendência de concentração da população nos

centros urbanos de maior porte. Ao mesmo tempo, extensas correntes migratórias

dirigem-se às áreas urbano-industriais do Sudeste, particularmente para São Paulo

e às regiões de fronteira agrícola do Norte e do Centro-Oeste brasileiro. Dessa

forma, o Paraná, de receptor, passa a constituir uma das principais áreas expulsoras

de população do país, e se até esse período se destacava em função do forte ritmo

DATA DO CENSO

NÚMEROS DE HABITANTES

1872 126.722 hab.

1890 249.491hab.

1900 327.136 hab.

1920 685.711 hab.

1940 1.326.276 hab.

1950 2.115.547 hab.

1960 4.277.763 hab.

1970 6.299.868 hab.

1980 7.630.202 hab.

2000 9.558.454 hab.

2010 10.439.601hab.

Page 32: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

29

de incremento de sua população, passa a apresentar o menor crescimento

populacional dentre as UF brasileiras Entretanto, não apenas o fator migratório foi

definidor dos novos rumos da dinâmica demográfica do Estado, mas também a

fecundidade que começa a diminuir a partir do final dos anos 60 e início dos anos

70.

De um número médio de 6,5 filhos por mulher, apresentado na década de

1950, o Estado chega ao final dos anos 80 evidenciando um nível de fecundidade de

apenas 2,6 filhos, em média, por mulher. A mortalidade prosseguia em ritmo

declinante, traduzido pela melhoria dos índices de mortalidade infantil e elevação

dos níveis de expectativa de vida. Os anos 90 refletem uma ligeira retomada no

ritmo de crescimento populacional paranaense, sem dúvida ainda sob influência

estreita da dinâmica migratória. A grande maioria da população estadual reside em

cidades-8.906.442 pessoas, perfazendo um grau de urbanização de 85,3%. Embora

essa proporção seja elevada, é importante considerar que as áreas rurais do Paraná

ainda abrigam 1.533.159 habitantes, um volume considerável de população, quase

toda ela vinculada às atividades agrícolas.

A taxa de crescimento da população urbana na década atual, 1,35% ao ano

também é inferior à observada nos anos 90, 2,59% ao ano. Por outro lado, as áreas

rurais se esvaziaram mais lentamente entre 2000e 2010, uma vez que o decréscimo

populacional neste período se deu a – 1,47% ao ano. Dentre as mesorregiões, as

mais urbanizadas são a Metropolitana de Curitiba, a Norte Central- ambas com

91,6% de urbanização – e a Oeste, com 85,6%. Na outra ponta, as mesorregiões

que apresentam maiores proporções de pessoas residindo no meio rural são

sudeste com 58,6 % e a Centro-Sul, com 67,1%.

A urbanização foi bem maior nas cidades com mais de 100 mil hab. Essas

cresceram a 1,93% ao ano entre 2000 e 2010, ao passo que as cidades com mesmo

período. Assim, em 2010 quase 53% da população urbana do Estado está

concentrada em 15 cidades maiores. Em 2000 eram 12 cidades e o respectivo

percentual era pouco inferior a 50%. Os três municípios que ao longo dessa década

passaram abrigar mais de 100 hab. Em suas áreas urbanas foram Araucária, Toledo

e Arapongas. O Estado tem 485.060 mulheres e 391.083 homens. Curitiba, Ivatuba

Page 33: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

30

e Londrina são os municípios que mais tem mulheres. Com predominância

masculina são os municípios de Manfrinópolis, Mato Rico, e Guaraqueçaba

(IBGE,2010).

4.1 ATIVIDADES COM PIRÂMIDES ETÁRIAS

FONTE -IBGE-2010

Page 34: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

31

FONTE-IBGE-2010

Page 35: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

32

FONTE-IBGE-2010

a) Há aspectos em comum entre as três pirâmides (Brasil, Paraná e Toledo)?

b) Como se comportam as taxas demográficas (natalidade, mortalidade e

expectativa de vida) nas três pirâmides e o que justificaria tal comportamento?

c) Como tarefa, será proposta a reflexão acerca do espaço do município e as

diferentes intervenções que terá que sofrer para abrigar o novo perfil etário da

população. Propostas deverão ser elencadas e apresentadas em sala de aula em

forma de seminário.

DEMONSTRATIVO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

Page 36: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

33

Dados sobre a população mundial http://www.ufjf.br/ladem/pop-clock-2009/

d) faca uma relação entre a Pirâmide Etária do Brasil nos anos de 2010 e

1978. Porque ocorreram essas transformações?

e) Peça que os alunos comparem a pirâmide etária do Brasil atual aos

padrões de pirâmide associados a pelo menos três padrões de transição

demográfica :

• . As pirâmides que possuem uma base larga, com uma população

formada por muito jovens e poucos idosos.

• As pirâmides etárias que possuem uma base menor, com menos

crianças que a população jovem e adulta, e uma população idosa, com

mais de 60 anos mais significativa que as pirâmides do primeiro e

terceiro padrões.

• As pirâmides etárias nas quais a população jovem possui uma base

mais restrita que a população adulta e a população idosa é bastante

significativa, “engrossando” o topo da pirâmide. Peça que analisem

qual é o padrão brasileiro.

Page 37: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

34

Pirâmide etária hipotética

Fonte: http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/2578018/t131.asp

f) Nesta atividade o professor pode propor que o aluno se identifique em que

lugar da pirâmide etária ele está.

g) Depois o professor poderá construir a pirâmide da turma. É importante que

o aluno perceba que ele faz parte desta distribuição da população.

Page 38: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

35

5. MIGRAÇÕES

Roberto Marinucci/Ir.Rosita Milesi (adaptações e inserções)

A migração movimenta-se pelo espaço geográfico dentro de um mesmo país,

ou muitas vezes, atravessando oceanos e mudando de continente. Esse movimento

é chamado de migração, e compreendem a imigração e a emigração. Quando

acontecer dentro do país, são chamadas de migrações. As pessoas migram por

vários motivos: econômicos, religiosos e políticos. As diferenças de desenvolvimento

entre os países também são causa de movimentos populacionais. A pobreza e o

desemprego existem praticamente em todo o mundo, mas nos países

subdesenvolvidos em maior número.

As migrações não ocorrem como conseqüências de eventuais desequilíbrios

econômicos, sociais ou demográficos: mais que isso, os deslocamentos da

população trabalhadora constituem-se em elementos centrais da organização

espacial de uma sociedade. A distribuição territorial da população é essencialmente

dinâmica e a cada momento histórico, como condição para a realização dos diversos

processos sociais. Elas contribuem, ainda hoje, para intervenção sobre a natureza,

na medida em que se expressam como movimentos de ocupação territorial. O Brasil

é exemplo disso, uma vez que apresenta processos de ocupação em regiões que,

se não são vazios demográficos, encontram-se em momentos de redefinição

demográfica e econômica, com nítidas implicações ambientais.

Brasil é um país de migrantes. É bastante comum encontrar nas nossas

comunidades no trabalho, entre os colegas de aula ou na parada de ônibus pessoas

provenientes de outras cidades, outros estados e até mesmo de diferentes países.

Às vezes, quem migrou foram os pais, os avós ou os bisavós. No fundo, se

remontamos às origens históricas, somos todos migrantes ou descendentes de

migrantes. Essa realidade, que pode ser averiguada pela experiência do dia-a-dia, é

o espelho de um país de grande mobilidade humana mulheres, homens, crianças,

idosos, famílias, trabalhadores com e sem emprego perambulam no país em busca

de melhores condições de vida, muitas vezes fugindo de situações insustentáveis,

outras vezes perseguindo um sonho. A história das migrações para o Brasil é, de

certo modo, a história do próprio país.

Page 39: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

36

Fonte: www.diaadia.pr.gor.br

No século XVI, os portugueses foram protagonistas do primeiro grande fluxo

migratório europeu para o Brasil. Trouxeram as tradições culturais e religiosas da

península ibérica e, ao mesmo tempo, introduziram o Brasil no sistema colonial. O

hediondo tráfico negreiro foi uma das conseqüências dessa situação. Comprados ou

capturados na África, os escravos e as escravas eram tratados como simples

mercadoria - “estoques” ou “peças” - e destinados a alimentar o comércio triangular

entre Europa, África e Américas, comércio que enriqueceu apenas o primeiro dos

três continentes. Estima-se que cerca de 4 milhões de escravos e escravas

chegaram no Brasil, principalmente entre os séculos XVII e XIX.

A “imigração” dos escravos e das escravas no Brasil foi forçada, compulsória.

As condições das viagens eram terríveis, sendo freqüentes as mortes antes da

chegada no lugar de destinação. Assim como os índios, eles perdiam o direito de ir e

vir, confinados entre a senzala e o trabalho. A única mobilidade possível decorria da

venda por parte dos amos, das perigosas fugas e das andanças dos negros libertos.

Existem casos de escravos e escravas que, movidos pela profunda saudade da terra

Page 40: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

37

de origem, conseguiram voltar para África, onde ainda hoje conservam traços

culturais adquiridos no Brasil.

A partir do século XIX até os dias de hoje, outras populações aportaram no

Brasil, com prevalência de italianos, espanhóis, alemães e poloneses. Mas não pode

ser esquecida também a imigração de outros grupos que contribuem para a

variedade cultural e do nosso país, como os turcos, holandeses, japoneses,

chineses, sul-coreanos, sírio-libaneses, judeus, latino-americanos, entre outros. Não

é fácil avaliar as motivações de tal imigração. Em geral, foi determinante a

combinação entre fatores de atração (especialmente a demanda de mão-de-obra

barata para substituir o extinto sistema escravagista) e fatores de expulsão na terra

de origem como, crises econômicas, conflitos internos, questões políticas e

perseguições.

http://www.ibge.gov.br/brasil500/tabelas/imigracao_nacionalidade_45a54.htm

Page 41: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

38

Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e teve o início

do ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas em

direção ao novo centro econômico do país. Graças ao ciclo do café e,

posteriormente, com o processo de industrialização, a região Sudeste pôde se tornar

efetivamente o grande pólo de atração de migrantes, que saíam de sua região de

origem em busca de empregos ou melhores salários. Acentuou-se o processo de

êxodo rural pela concentração de terras nas mãos dos latifundiários e pela

mecanização das atividades agrárias. A população rural sente-se atraída pelas

perspectivas de um emprego urbano, que melhore seu padrão de vida.

Segundo o IBGE 2010, hoje nós temos a saída de população das metrópoles

em direção às cidades médias do interior. A causa desse movimento é que as

metrópoles estão completamente inchadas, com precariedade no atendimento de

praticamente todos os serviços públicos, altos índices de desemprego e

criminalidade. Já as cidades do interior desses estados, além de estar passando por

um período de crescimento econômico, oferecem melhor qualidade de vida à

população.

Page 42: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

39

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/censo2010/index.html

A população rural no país perdeu 2 milhões de pessoas entre 2000 e 2010, o

que representa metade dos 4 milhões que foram para as cidades na década

anterior, significando que o êxodo rural caiu pela metade. No último censo, a média

de habitantes que deixavam a zona rural era de 1,31% a cada ano, enquanto na

atual amostra a média caiu para 0,65%. Sendo assim um país cada vez mais

urbano.

Nas regiões Norte e Centro-Oeste ocorreram movimentos inversos, com o

aumento da população rural (4,2 milhões e 1,6 milhão, respectivamente). A região

Norte concentra os quatro Estados que tiveram a maior taxa de crescimento da

população rural no período (Roraima, Amapá, Pará e Acre).

O Norte ainda atrai pessoas para a área rural principalmente pela mineração

e, no Centro-Oeste, o movimento ocorre pelo forte desenvolvimento da agricultura

da região. O maior crescimento da população das regiões: Norte 2,09%,e Centro-

Oeste 1,91%, se explica em grande parte, pelas novas oportunidades de empregos,

principalmente no agronegócio. As cidades médias entre 100 mil 500mil habitantes

são as que ganham mais participação na população do país. As pequenas cidades

até 10 mil habitantes e as grandes cidades, acima de 5 milhões reduzem a

participação.

Page 43: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

40

Pela atração agrícola e mineração a Região Norte apresentou o maior

crescimento populacional entre as cinco regiões do país nos últimos dez anos.

IBGE-2010

5.1 ATIVIDADES COM MÚSICAS 1) Cidadão Zé Ramalho/Zé Geraldo Composição: Lucio Barbosa Tá vendo aquele edifício moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me chega um cidadão E me diz desconfiado, tu tá aí admirado Ou tá querendo roubar? Meu domingo tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber

E pra aumentar o meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer Tá vendo aquele colégio moço? Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Pus a massa fiz cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem pra mim toda contente Pai vou me matricular Mas me diz um cidadão Criança de pé no chão Aqui não pode estudar

Page 44: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

41

2) Asa Branca Luíz Gonzaga Composição: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira. Até mesmo o asa branca Bateu asas do sertão Então eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração 2x Hoje longe muitas léguas, nessa triste solidão, espero a chuva cair de novo, pra eu voltar pro meu sertão. 2x Quando o verde dos teus olhos, se espalha na plantação, eu te asseguro, não chores não, viu..... 3) Luar do Sertão Maria Bethânia Oh que saudade do luar da minha terra Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão Este luar cá da cidade tão escuro Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão! Se a lua nasce por detras da verde mata Mais parece um sol de prata, prateando a solidão E a gente pega na viola e ponteia E a canção e a lua cheia, a nascer no coração Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão

Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão... 4) Lamento Sertanejo Gilberto Gil Composição: Dominguinhos / Gilberto Gil Por ser de lá Do sertão, lá do cerrado Lá do interior do mato Da caatinga do roçado. Eu quase não saio Eu quase não tenho amigos Eu quase que não consigo Ficar na cidade sem viver contrariado. Por ser de lá Na certa por isso mesmo.... 5) Casinha Branca Maria Bethânia Às vezes saio a caminhar pela cidade À procura de amizades Vou seguindo a multidão Mas eu me retraio olhando em cada rosto Cada um tem seu mistério Seu sofrer, sua ilusão Eu queria ter na vida simplesmente Um lugar de mato verde Pra plantar e pra colher Ter uma casinha branca de varanda Um quintal e uma janela Para ver o sol nascer ....

Na música Luar do Sertão retrata o homem na cidade com saudades de

sua terra (migrante).

a) Para você qual a relação que existe entre a música Asa Branca de Luiz

Gonzaga e Lamento Sertanejo de Gilberto Gil? Em que elas se diferenciam?

b) Agora construa a relação da música Luar do Sertão com Maria Bethânia e

Casinha Branca

Page 45: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

42

5.1.2 ATIVIDADES COM VIDEO

a) O HOMEM QUE VIROU SUCO (1979) Trecho 1

Disponivel em http://www.youtube.com/watch?v=nAyBfuvB838

Trecho do filme O homem que virou suco (1979). Roteiro e Direção: João

Batista de Andrade. 90 min. SelecioneiTrecho do filme O homem que virou suco

(1979). Roteiro e Direção: João Batista de Andrade. 90 min. Selecionei alguns

trechos desse filme que é pouco conhecido. O mesmo foi restaurado em 2006

(www.originalvideo.com.br) Trata da peleja do poeta nordestino Deraldo na capital

São Paulo. Trabalho precário, humilhações, violência, enfim, são aspectos presentes

nessa obra trata sobre migração e marginalidade urbana no Brasil no período. Um

cantor de cordel é confundido pela polícia com um operário que esfaqueou o patrão.

b) Observe a Imagem Abaixo e responda:

Ilustração7 Gomes, Fabrício de Abreu. Produzida em 16 de maio de 2011.

a) Os movimentos migratórios estão relacionados a que tipos de fatores?

b) Explique migração pendular.

Page 46: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

43

6. A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no

mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada,

percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%). As mulheres

empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%.

Enquanto 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo, ou seja, pelo

menos o ensino médio completo, para os homens este percentual era de 53,2%. A

parcela de mulheres ocupadas com nível superior completo era de 19,6%, também

superior ao dos homens (14,2%). Por outro lado, nos grupos de menor escolaridade,

a participação dos homens era superior a das mulheres.

O rendimento de trabalho das mulheres, estimado em R$ 1.097,93, continua

inferior ao dos homens (R$ 1.518,31). Em 2009, comparando a média anual de

rendimentos dos homens e das mulheres, verificou-se que as mulheres ganham em

torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens. Em 2003, este percentual era

de 70,8%.

Considerando um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e do

mesmo grupamento de atividade, a diferença entre os rendimentos persiste. Tanto

para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que

tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram

superiores aos da feminina. Verificou-se que nos diversos grupamentos de atividade

econômica, a escolaridade de nível superior não aproxima os rendimentos recebidos

por homens e mulheres. Pelo contrário, a diferença acentua-se: no caso do

“Comércio”, por exemplo, a diferença de rendimento para a escolaridade de 11 anos

ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é

feita para o nível superior, ela é de R$ 1.653,70 para eles. No entanto, no

grupamento da Construção, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo têm

rendimento ligeiramente superior ao dos homens com a mesma escolaridade: elas

recebem, em média, R$ 2.007,80, contra R$ 1.917,20 dos homens. Aumentou a

escolaridade das mulheres que procuram trabalho.

Page 47: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

44

Em 2009, entre 1,057 milhões de mulheres desocupadas e procurando por

trabalho, 8,1% tinha nível superior. Houve aumento na escolaridade dessas

mulheres, visto que em 2003, em média, 5,0% tinham nível superior. Esse

crescimento resulta do aumento da escolaridade de uma forma geral. O aumento da

escolaridade também pode ser verificado em outros níveis. Em 2003, em média,

44,7% das mulheres desocupadas tinham 11 anos ou mais de estudo. Em 2009,

essa proporção ultrapassou significativamente a metade da população (59,8%).

Verificou-se que a população feminina desocupada é proporcionalmente mais

escolarizada que a população feminina acima de 10 anos. Enquanto, em média,

81,2% da população feminina desocupada tinham oito anos ou mais de

escolaridade, na população em idade ativa este percentual era de 61,1%. Cresceu o

percentual de mulheres adultas querendo trabalhar. A população feminina

desocupada (1,057 milhão de mulheres, em 2009) está muito concentrada no grupo

etário entre 25 e 49 anos de idade. Em 2003, as mulheres nesta faixa etária

correspondiam a 49,3% da população feminina desocupada. Em 2009, elas já eram

mais da metade 54,2%.

6.1 ATIVIDADE

Comece a aula propondo uma discussão sobre a situação social da mulher na

atualidade. Para estimular o debate, peça aos alunos para ler e discutir em grupo o

texto abaixo, escrito pela socióloga Débora Carvalho.

A mulher: da esfera doméstica à esfera pública

Modernamente, a família sofreu grandes mudanças em decorrência da

expansão do processo de industrialização verificado após os anos 1950 em muitos

países. Parte dessas mudanças foi ocasionada pelo fato de a mulher começar a

trabalhar no processo produtivo, adquirindo autonomia financeira e intelectual.

Emancipada, ela conquista direitos semelhantes aos dos homens, que perderam em

quase todos os lugares o papel tradicional de provedor do lar. Esse fenômeno tem

grande significado. Ao solapar o poder e o privilégio masculino no interior da relação

familiar, ele contribui decisivamente para o aparecimento de uma situação nova, na

Page 48: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

45

qual os parceiros estão em posição de mais igualdade. Isso torna possível a

supressão do autoritarismo masculino na relação familiar e contribui para o

aparecimento de uma nova forma de organização da família, mais baseada na

decisão de cada parceiro e no diálogo aberto. Tal fato está, por sua vez, diretamente

relacionado aos valores e práticas de uma sociedade democrática. Se democracia é

compartilhar direitos e deveres em situação de igualdade, então a nova estrutura

familiar é democrática.

O sociólogo inglês Anthony Gilddens constata, inclusive, uma alteração

significativa nos motivos que levam à formação de um casal ou de uma unidade

familiar. A relação não mais é estabelecida para garantir a sobrevivência material,

como ocorria no casamento tradicional, com suas imposições e normas arcaicas,

mas para os parceiros conquistarem e criarem vínculos afetivos, nos quais podem

desenvolver suas potencialidades, de modo a poder viver conjuntamente com base

em mútua decisão ancorada numa “comunicação emocional”. Giddens identifica a

emergência de uma “democracia das emoções na vida cotidiana”, que seria tão

importante quanto a democracia pública.

a) Por que embora se verifique uma tendência geral para a igualdade dos

gêneros no mercado de trabalho, as mulheres ainda ganham 28,4% menos do que

os homens?

Page 49: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

46

7. PESQUISA JUNTO AOS ALUNOS DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO

Este questionário é um instrumento investigativo que aplicaremos junto aos

alunos do 2º Ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco-

Toledo. O referido instrumento busca investigar informações com relação a Dinâmica

Espacial do estudo da População em Geografia em que o aluno está inserido, e

pesquisar o interesse do aluno pelo estudo da disciplina de geografia.

1-Idade:

( ) 13 a 14 ( ) 15 a 16 ( ) 17 a 18 ( ) 19 a 20 ( ) + de 20

2-Sexo: ( ) feminino ( ) masculino

3-Residência:

( ) Toledo ( ) Distrito de Toledo ( ) outro município

4-Local de nascimento:

( ) município de Toledo

( ) outro município do Paraná . Qual? –

( ) Em outro Estado. Qual?-----------------------------------------------------

5-Você mora com:

( ) pai e mãe ( ) só com o pai ( ) só com a mãe ( ) com os avós ( ) com tios

( ) outros

6-Quem trabalha fora para o sustento da família?

( ) pai e mãe ( ) pai ( ) mãe ( )ninguém ( ) irmão ( ) outros

7-Qual a profissão do seu pai?----------------------------------

8-E da sua mãe?------------------------------------------------

Page 50: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

47

9 .Você gosta da sua escola?

( ) sim Por quê?-------------------------

( ) não Por quê?--------------------------------------

10- E de estudar, você gosta? ( ) sim Por quê?------------------------------- ( ) não Por quê?----------------------------------

11- Cite três matérias que você mais gosta de estudar:------- ----------------

12 -E três que você não gosta de estudar:------------------------- ---------------

13. Você gosta ou não da matéria de Geografia? Justifique sua resposta.

14 . Pra que serve a Geografia para você?

15 .Você e sua família já migraram para outras regiões : ( ) sim ( ) não 16. Se migrou, qual foi o motivo?

Page 51: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

48

REFERÊNCIAS

ARCHELA, Rosely de Sampaio. Ensino de Geografia, Eduel, 2008.

CALVACANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de

Conhecimentos. Ed. Papirus, 4º Edição, Campinas 2003.

CASTELAR, Sônia , Educação e Geografia- Teorias e Práticas Docentes, Editora

Contexto, São Paulo 2010.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Ensino de Geografia. Editora Moderna, Porto

Alegre, 2000.

DEMÉTRIO, Magnoli; ARAUJO, Regina. Projeto de Ensino de Geografia. Ed.

Moderna, São Paulo, 2000.

GRASMIL, Silva Oscar; PRAGANOLLO, Rubens. Toledo e Sua História. Prefeitura

de Toledo, 1988.

. Livro Didático Público. Geografia. Curitiba: 1° Ed. SEED/PR, 2006.

MOREIRA, João Carlos. Geografia. São Paulo: Ed. Scipione, 2005.

MOREIRA, Ruy. O Pensamento Geográfico. Contexto. V1. São Paulo, 2008.

MOREIRA, Ruy. Para Onde Vai o Pensamento Geográfico. Contexto, São Paulo

2006.

PALHARES, José Mauro. Aspecto da Geografia. Impressão Grasmil; Paraná, 2001.

RUA, João, Para Ensinar Geografia, Ed. Access, Rio de Janeiro, 2005.

SEED, 2008. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Geografia.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Page 52: Ficha Para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica ... · Práticas Pedagógicas em Estudos da População em Geografia. ... foi de 0,3% por ano e, entre 1750 e 1850, de 0,5%

49

Secretaria Municipal de Educação de Toledo. Cartilha Conhecendo Toledo. 2004,

SENE, Moreira J.C.Eustáquio. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e

Globalização. São Paulo, Ed. Scipione, 2005.

.

Disponível em:

CRISTO, Inês

http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/sociologia/11_migracoes.htm,acesso:

4/05/2011.

KONCHINSKI,Vinícius, http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/grande-sao-paulo-registra-exodo-de-migrantes-de-2000-a-2010, acesso:24/04/2011.

http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/nova-piramide-etaria-brasileira-625330.shtml ,acesso:03/06/2011

NOGUEIRA, F. Primeiros resultados do Censo 2010. Disponível em:http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/04/29/primeiros-resultados-definitivos-do-censo-2010/ acesso: 30/04/2011.

REVISTA VEJA: Casar, quem sabe um dia.... ,lhttps://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/4/18casarquem-sabe-um-dia16/04/2011, acesso: 25/05/2011.

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia= acesso:15/05/2011.

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaultestudos.shtm,acesso:16/05/2011

http://www.seed.pr.gov.br/portals/portal/mapas/localizacao_parana.php# , acesso:20/05/2001.

http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/fluxos-populacioanais-migracoes-internacionais.htm, acesso:20/05/2011.

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/censo2010/index.html, acesso: 22/05/2011.

http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/98/marisa_mainha.pdf, acesso:01/06/2011.

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2010/geografia/3geografia/chimoio1.jp, acesso: 11/05/2011.