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FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICA

Título: A máscara e suas faces

Autor Helena de Fátima Castanheira Facio

Escola de Atuação Escola Estadual Regente Feijó Ensino Fundamental

Município da Escola Doutor Camargo

Núcleo Regional de Educação Maringá

Orientador José Henrique Rollo Gonçalves

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Pr

Disciplina/Área do Conhecimento História

Relação Interdisciplinar Arte

Público Alvo 6ª série / 7º ano

Localização Rua Xavier da Silva,998

Apresentação: A lei 10639 trouxe a necessidade de nos aprofundarmos ainda mais sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Torna-se importante obedecê-la principalmente para que as novas gerações conheçam a riqueza que essa cultura proporcionou e ainda proporciona. Para o desenvolvimento da historicidade da arte através das máscaras africanas será estudada a utilização desses objetos na pré-história, na antiguidade, no Egito, nos reinos de Mali e Gana. A cada término de um tema serão realizadas atividades relacionadas. O fechamento será com uma exposição das máscaras confeccionadas pelos alunos na Semana da Consciência Negra. As máscaras são de grande relevância para os africanos e podem ser zoomórficas (com formas de animais) ou antropomórficas ( com formas humanas). São utilizadas em ritos fúnebres, para espantar maus espíritos, cultos aos antepassados, entretenimento, em cerimônias de agradecimento pela safra, em rituais de

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iniciação, em sociedades secretas, ciclos agrícolas, para a fertilidade entre outros. A harmonia com a natureza é importante para a máscara da fertilidade e também para a confecção desses objetos, pois os africanos tem muito respeito pela natureza e seus espíritos.

Palavras-chave Africa; Cultura;Máscara.

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APRESENTAÇÃO

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Martin Luther King

Helena de Fátima Castanheira Facio1

José Henrique Rollo Gonçalves2

A Lei 10.639/2003 estabeleceu a obrigatoriedade da “História e Cultura Afro-

Brasileira” na rede de ensino. A importância em abordar este estudo é ressaltar a

historicidade e influência do tema na humanidade.

A história da população afro-brasileira vem sendo construída a partir de vários

fatores e de várias formas, atendendo a interesses que impõe um determinado modo

de divulgar os fatos históricos ao longo do tempo, principalmente na educação.

A intenção deste trabalho é fazer um estudo sobre a historicidade da arte por

meio das máscaras africanas, destacando os reinos africanos e o significado

daquelas, para cada povo marcado pelos rituais fúnebres, colheitas férteis,

entretenimento, sociedades secretas, entre outros. Além dos africanos o povo

romano também utilizava máscaras para representar a comédia e a tragédia.

Este material está dividido em temas e ao final de cada momento encontram-

se as atividades a serem trabalhadas e os sites que poderão ser consultados.

1 Professora PDE da rede pública do Estado do Paraná. E-mail: [email protected]

2 Professor/Pesquisador: Programa de Estudos de Populações-Laboratório de Arqueologia, Etnologia e

Etno-história-UEM. Orientador do PDE. E-mail: [email protected]

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1. Introdução

A Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003 estabeleceu a obrigatoriedade do

ensino da “História e Cultura Afro-brasileira e Africana” na educação básica em todo

o país e trouxe a necessidade de nos aprofundarmos ainda mais sobre essa cultura.

Torna-se importante obedecê-la, principalmente para que as novas gerações

conheçam a riqueza que a cultura africana proporciona em nosso país. Havia

desinteresse em trabalhar essa temática devido à visão distorcida que temos em

acreditar que a África é somente um país paupérrimo que sofreu dominação

européia.

Para que então estudar essa temática? Ao se valorizar esse conhecimento

nas escolas procura-se conhecer e aplicar o artigo 5° da Carta Magna o qual relata

que “Todos são iguais perante a lei, portanto não há desigualdades”. É importante

ressaltar o respeito, valorizando a diferença. Ao conhecer a África se observará a

contribuição desse povo, mediante os ancestrais, reafirmando-a com a literatura,

arte, dança, política, economia e com o vocabulário.

A instituição escolar é o melhor local para se desenvolver essa parte da

História, pois assim se estará valorizando a cultura do povo africano que muito

contribuiu para a humanidade. Cabe a nós professores fazermos com que nossos

alunos aprendam a respeitar e exercer a cidadania, tornando-os responsáveis pelas

próprias atitudes.

Nesse sentido, Souza (2008) afirma que:

“Abordar conteúdos que trazem para a sala de aula a história da África e do Brasil africano é fazer cumprir nossos grandes objetivos como educadores: levar à reflexão da diversidade étnica, gerar debates, estimular valores e comportamentos de respeito, solidariedade e tolerância. E é também a oportunidade de levantar a bandeira de combate ao racismo e às discriminações que atingem em particular a população negra, afro-brasileira e afro-descendente.”

A escola hoje tem um papel de grande relevância, pois está contribuindo na

construção dos valores sociais e morais, possibilitando ser adquirindo

conhecimentos de uma África considerada o berço da civilização humana.

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2. Objetivos

2.1. Objetivo geral

- Promover reflexões sobre a utilização das máscaras e seu significado.

2.2. Objetivos específicos

- Explicar por meio de estudos, a cultura expressa em cada rito, magia e força

mística envolvendo as máscaras usadas pelos povos da região de Gana, Benin,

Costa do Marfim, Mali e Egito.

- Descrever a importância da utilização de máscaras nos diversos rituais dos

povos antigos.

-Descrever o processo de confecção de diferentes tipos de máscaras.

3. Metodologia

Para o desenvolvimento da historicidade da arte através das máscaras

africanas será estudado a utilização desses objetos na pré-história, na antiguidade,

no Egito, nos reinos de Mali e Gana, a fim de que o educando possa entender por

meio dos textos e atividades toda a magia e ritual existentes.

Ao fim de cada tema, após fundamentação teórica e explanação, são

propostas pesquisas e atividades para aprofundamento do conhecimento. A última

etapa deste trabalho será a confecção de máscaras pelos próprios educandos, os

quais terão de utilizar capa de telha e materiais da natureza. A intenção é criar uma

exposição na semana da Consciência Negra no mês de novembro de 2011.

4. Máscaras na pré-história

Máscaras são uma expressão da fé e representam uma espécie de mediação entre os homens e o mundo invisível. Ferreira e Spiassa (1996) definem que máscara é uma “cobertura para resguardo de cara; representação destinada a cobrir o rosto.”

“Em cavernas pré-históricas, de mais de 2OOO anos, encontram-se desenhos de figuras humanas, que dançam com máscaras de animais. Por que um homem há de querer assemelhar-se a um animal? A crença em forças sobrenaturais, com domínio exclusivo dos espíritos sobre o mundo, é comum entre os povos de cultura material (instrumentos e técnicas) pouco elaborada. Não conhecendo as causas reais dos fenômenos da natureza, doenças, germinação das plantas, dor, chuva e não sabendo, por isso, como beneficiar-se

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deles ou contorná-los, os primitivos lhes atribuem como causas misteriosas entes superiores.” (Civita, 19??)

As cavernas de Lascaux na França e Altamira na Espanha revelam pinturas

rupestres de caçadores abatendo animais com bois, cavalos, cervos, cabras

selvagens, entre outros e utilizando máscaras feitas deles. Eles são considerados

verdadeiros artistas, pois utilizavam as formas das paredes para retratarem os

desenhos, sendo as pinturas feitas com carvão e pigmentos naturais/minerais (terra

e rochas) misturados com sangue e gordura.

Esses homens que dependiam da caça e da coleta acreditavam que ao

desenhar um animal sendo abatido e utilizar a máscara deste animal teriam a força

dele e seriam bem sucedidos na captura. Ao encontrar o animal, este já estaria

debilitado e capturado espiritualmente.

5. O uso das máscaras na Antiguidade

A cultura grega é conhecida pela riqueza demonstrada por meio da arte. A

área que mais se destacou foi o teatro, o qual surgiu com as festividades ao deus

Dionísio (deus do vinho, da colheita e da fertilidade).

“As máscaras eram parte do teatro grego desde muito antes de Ésquilo e Aristófanes. A tradição grega atribui a invenção do teatro à Téspis. De acordo com a história, este ator arquetípico fez sua primeira atuação da tragédia disfarçando seu rosto com chumbo

• Atividades

1) Após a leitura faça o que se pede:

a) O que são máscaras?

b) Em que locais aparecem a arte rupestre?

c) Por que os primitivos utilizavam máscaras?

Como sugestão, visite os sites (acesso em 15 de jul. 2011 às 19h):

- http://miriamsalles.info/wp/?p=4889 (clicar na figura Lascaux)

- http://lascauxculture.fr/#/es/02_00.xml

- http://www.historiadaarte.co.br/arteprehistorica.html

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branco, antes de formalizar a maquiagem pela utilização de verdadeiras máscaras. As evidências sobre as máscaras nas tragédias de Ésquilo, Sófocles ou Eurípedes são escassas, advindo em sua maioria da pintura em vasos. Aparentemente as máscaras cobriam toda a cabeça como um capacete.” (OLIVEIRA, 2010)

O teatro era como uma instituição social com grande importância na

educação, realizada ao ar livre para milhares de cidadãos. Porém, somente os

homens participavam das representações/encenações. Nestas eram misturados

assuntos políticos, adoração aos deuses, destino, justiça, além de enredos da vida

social e política.

Os gregos possuíam dois gêneros para representações teatrais: a comédia e

a tragédia. A primeira satirizava os políticos, os líderes militares e o funcionamento

da democracia, tendo como autor o sátiro Aristófanes e suas obras “As nuvens”, “As

rãs” e “As vespas”. Já a segunda retratava guerras (presente) sendo representada

pelos autores Ésquilo – pai da tragédia, Prometeu Acorrentado, Sófocles, Édipo Rei,

Eurípedes-Midéias.

As máscaras não foram usadas só nas encenações, mas também pelos

exércitos gregos e romanos, e em cerimônias religiosas. No Egito eram

ornamentadas com pedras preciosas e colocadas no rosto do morto para a travessia

ao outro mundo.

No teatro chinês o rosto pintado de negro significava violência, de branco a

hipocrisia e de vermelho a honestidade. No Japão, o gênero teatral “Nô”, ou seja,

“espetáculo de Máscaras Nô” possui três tipos, as quais se originaram de

divindades, ancestrais e mulheres. Para eles, as máscaras restabelecem o contato

entre os homens e os deuses.

• Atividades

1) De acordo com o texto responda:

a) Quais povos utilizavam máscaras?

b) Por que nas representações teatrais gregas eram utilizadas as máscaras?

2) Pesquise sobre as representações e ilustre com a máscara:

a) As nuvens

b) Prometeu acorrentado

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6. A África

Entre os séculos VIII e XVII a África era habitada por povos que sabiam ler e

escrever, conhecedores de técnicas de produção agrícola e artística, de astronomia

e medicina. Alguns desses povos construíram impérios e reinos representando a

arte com usos e costumes, expressando muita sensibilidade.

Em muitas culturas de origem africana o visível constitui manifestações do

invisível, por isso pode haver uma energia viva nas pedras e folhas, nos rios,

fenômenos temporais, animais e alimentos. Entre as civilizações “bantu” essa

energia denomina-se “bamba”, já para o povo “iorubá” é “axé”. As pedras e árvores

não são adoradas pela matéria que são, mas por serem sagradas, acrescidas de

significados simbólicos. Quando um objeto ou acontecimento é visto como sagrado

ele permanece o mesmo, mas passa a ser e a possuir outra força. No universo

africano e afro-brasileiro revela-se uma dimensão criadora e ancestral, uma vez que

os costumes, valores e as memórias são revividos, por exemplo, em cada cantiga,

dança, ritual e narrativas que expressam as marcas culturais.

Os africanos que vieram para o Brasil trouxeram consigo seus rituais de

celebração, valores e costumes, além de suas linguagens e religiões. Com isso,

conhecemos as vestimentas, os penteados, os temperos, as canções, as danças, e

os tambores, as técnicas de agricultura, metalurgia, pesca , entre outros, comuns a

eles.

Com a extração de metais, os africanos confeccionavam jóias e ferramentas

e ainda utilizava argila e madeira na confecção de máscaras. Eles procuravam a

força dos ancestrais (espíritos), pois acreditavam que os fatos que ocorriam

diariamente, dependiam deles.

As relações econômicas e sociais dos povos africanos estavam relacionadas

atividades que buscavam atender sua sobrevivência. Braick e Mota (2006) afirmam

que “até meados do século XV, os europeus conheciam apenas os territórios

africanos localizados acima do Deserto do Saara” e, por volta do século XV,

mediante documento papais, é que os reis portugueses obtiveram o direito de posse

sobre estes.

Entre os séculos XV e XVI a África começou a sofrer com a expansão

marítima comercial ao qual visavam mão de obra e as riquezas a serem exploradas.

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6.1. Egito Antigo

Para os egípcios antigos a religião era de grande relevância, sendo os deuses

os responsáveis pela criação do mundo. Eles eram retratados na forma humana por

meio das máscaras e representavam a colheita, a fecundidade, a morte e outros

assuntos. Pode-se citar como exemplos: “Rá – deus sol” (iluminador do mundo),

“Osíris – deus dos mortos”, Ísis (irmã e esposa de Osíris) e Anúbis – deus do

embalsamento.

Havia grande preocupação com a vida após a morte, por isso era realizada a

mumificação de acordo com a classe social. O corpo mumificado era posto

juntamente com os pertences em sarcófago. Além dos objetos, eram feitas pinturas

nos túmulos reais para serem vistas durante a passagem. A máscara funerária de

maior importância é a de “Tutankamon”, feita em ouro e pedras preciosas.

6.2. Reino de Mali

Desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI e tem suas histórias transmitidas

oralmente pelos Griots. Conta-se que Mali, quando em poder de Gana, possuía um

rei opressor, então o povo pediu ajuda a Sundiata Keita para se libertarem. Em 1235

na batalha de Kirina, Sundiata venceu, fundou o império, tornou-se grande líder,

converteu-se ao Islamismo e recebeu o título de “Mansa” que significa “imperador”.

• Informação complementar:

BRAICK, P.R; MOTA, M.B. Egito: estava escrito nas pirâmides?. In: ________. História:

das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2006. Cap. 7, p.106.

Atividades:

1) Relacione/nomeie os deuses conforme as características

• Atividades

1) A África é um país ou um continente? Justifique.

2) Confeccione o mapa africano, destacando o Egito e os reinos de Mali e

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Outro importante imperador foi Kantu Mussa. De acordo com Figueira e

Vargas (2009, p.149) a fama de governante rico chegou à Europa devido a uma

peregrinação à Meca, na qual se teria atravessado o Saara com grande quantidade

de ouro. Além de serem considerados os maiores produtores de ouro, eram bons

mercadores e a prática do artesanato era bem desenvolvida.

Mali se enfraqueceu e começou a perder território, principalmente para

Songhai cuja capital era Gaô. Assim, por volta do século XVI, esse império não

resistiu e foi destruído.

6.3. Reino de Gana

Gana, nome de um ser intermediário entre as divindades e os humanos,

situava-se a oeste do continente africano na área correspondente a Mali e

Mauritânia, divisa com o deserto do Saara.

A região era mantida graças à cobrança de impostos e o comércio era

realizado com os árabes por meio de trocas de objetos como ouro, joias, cobre,

• Atividades

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

13 1 12 9 13 5 3 1 16 1 19 20 15 18 5 9 15 15 21 18 15

__ __ __ __ __ __ __ __ __ - __ __ __ __ __ __ - __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

9 19 12 1 13 9 19 13 15 7 18 9 15 20 19 1 21 20 15 18 9 4 1 4 5

__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

13 1 14 19 1 15 16 18 5 19 19 1 15

• Você sabia?

- O Imperador era a maior autoridade de Mali.

- Grande parte da população era agricultora e se dedicava também ao pastoreio, havendo

então fartura de alimentos.

- Importante frase dos Griots que chegou até nós: “Cada dia se aprende algo novo, basta

saber ouvir.”

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tecidos, figos, sal e tâmaras. O sal era muito importante para a conservação dos

alimentos e para os que atravessavam o deserto.

Os berberes, povo muçulmano que ocupava as regiões montanhosas ao norte

da África, eram contra o Islamismo que estava se alastrando na região de Gana,

então o ocuparam causando o declínio com consequente anexação do território a

Mali por volta do século XIII.

7. As máscaras africanas

A máscara faz parte da arte africana e constitui um processo de

transformação, o qual tem papel sagrado em sua representação. A máscara

geralmente de madeira manifesta a divindade, transmitindo o poder para aquele que

a usa e transformando o corpo de quem a carrega. É um objeto destinado a captar

as forças mágicas dos espíritos ou deuses, sendo utilizada em benefício ao próprio

clã ou comunidade.

As máscaras são de grande relevância para os africanos e podem ser

zoomórficas (parecidas com animais) ou antropomórficas (semelhante aos

humanos). São utilizadas em ritos fúnebres para espantar maus espíritos, cultos aos

• Atividades

1) Encontre as palavras ÁRABES, SAL, OURO, SAARA, CONTINENTE,

IMPOSTOS, TECIDOS, DIVINDADES, ISLAMISMO,BERBERES e coloque-as nos

espaços brancos.

O U R O T G F S A A R A H T B Z C AS I M N A O O M S I M A L S I R C RA H D I V I N D A D E S J A A Z H AS O T S O P M I B T R E S L B V D BT E C I D O S Z B E R B E R E S J EP D N C O N T I N E N T E Q V E F S

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antepassados, entretenimento, em cerimônias de agradecimento pela safra, em

rituais de iniciação de sociedades secretas e ciclos agrícolas, para a fertilidade,

entre outros. A máscara da fertilidade depende da harmonia do africano com a

natureza.

Os funerais e cultos aos antepassados são realizados pelos africanos, pois

creem que ao serem enterrados estão fertilizando terra que pertence aos ancestrais,

os quais seriam invocados para a cerimônia para se comunicarem com os mortos.

Os membros das sociedades secretas Fang são homens que utilizam a

máscara Ngil, alongadas e com o rosto em formato de coração, para iniciação de um

novo membro ou para punir os que praticavam bruxaria.

Há muitos tipos de máscaras, identificados por sua finalidade e também

origem/etnia. Alguns exemplos são: Dan, Senufo, Ashanti, Baule, entre outros.

Disponível em: < http://africasaberesepraticas.blogspot.com/2009/10/baule-origem-

costa-do-marfim-mascara.html >. Acesso em: 08 de mar. 2011

Disponível em:<http://afrobrasileira.multiply.com/photos/album/6/6#photo=3.jpg>.Acesso em: 08 de mar. 2011

A máscara da etnia “Baule” é originária da República da Costa do Marfim, país do

oeste africano. É categorizada como máscara de entretenimento, presentes em

eventos com dança. É de uso exclusivo dos homens, embora sejam inspiradas nos

dois gêneros, desde que neles haja beleza e talento para a dança.

A “Ashanti” tem origem ganense, oeste africano, e se supõe que seja inspirada na

etnia de Luba. Tem por finalidade a decoração e o entretenimento, sendo

confeccionada na modernidade com miçangas.

As máscaras zoomórficas representam diversos animais. A “Borboleta”,

pertencentge a etnia “Bobo”, de origem Burkina faço, do oeste africano é utilizada

para cerimônias de agradecimento pela nova safra, rituais de iniciação e funerais,

objetiva afastar maus espíritos e reverenciar os deuses por seus pertences. Podem

ainda simbolizar espíritos e animais que trazem boa sorte na agricultura.

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Disponível em:< http://afrobrasileira.multiply.com/photos/album/6/6#photo=19.jpg>. Acesso em: 08 de mar.

Disponível em:< http://afrobrasileira.multiply.com/photos/album/6/6#photo=39.jpg>.

Acesso em: 08 de mar. 2011

Disponível em: < http://africasaberesepraticas.blogspot.com/2009/10/baule-origem-costa-do-marfim-mascara.html >. Acesso em: 08 de mar. 2011

7.1. Confecção

O processo de confecção envolve um ritual de “purificação” no qual o escultor

pede permissão para utilizar a matéria-prima e chama pelos ancestrais para que a

força e o poder sejam transferidos para a máscara e o portador. (AGUIAR, 2009)

Para o africano a árvore possui espírito, portanto é necessário fazer uma

cerimônia de purificação com sacrifício para o espírito dessa. Acredita-se que este

espírito transfere para a máscara parte de sua força.

Além da madeira o escultor utiliza outros materiais como ráfia, tecidos

grossos, cascas de árvores, fibras de vegetais ou mabela e miçangas. A pintura das

máscaras é feita com produtos extraídos também da natureza.

Já a “Dan”, originária da Costa do Marfim. É esculpida em madeira, identificada

pelos furos nos olhos e utilizada para entretenimento em festivais da vila. É

também máscara de corrida, usada em uma espécie de jogo no qual o portador

persegue outras pessoas e ao encostar em alguém, repassa-a para ele.

Historicamente, essas corridas treinam homens para lutar e o vencedor ganha

reconhecimento social.

Por fim, a máscara “Guro”, originária da Costa do Marfim, da etnia “Guro”.

Utilizada por sociedades secretas, são polidas e geralmente policrômicas. A

existência de chifres, totens de animais e da figura do pássaro Calao ocorrem

devido a tendência de zoomorfizar a face humana. Podem ser usadas por

dançarinos nas ruas ou guardadas em residências como objeto de adoração.

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• Atividades

1) Confeccione:

a) Máscaras

Técnica: Massa de papel

Material:

• Papel de jornal ou papel higiênico (papéis grossos não devem ser utilizados

para não estragar o liquidificador)

• Água

• Liquidificador

• Peneira

• Tinta

• Capa de telha

Como fazer:

Rasgue o papel em pedaços bem pequenos e deixe o papel picado de molho

em uma vasilha com água limpa, no mínimo uma hora. Depois triture o papel no

liquidificador ou pique-o bem pequeno. Para isso, use pouco papel e mais água.

Coloque a massa na peneira para escorrer o excesso de água. Pegue uma

capa de telha para servir de molde para a máscara. No fundo da telha coloque um

plástico (serve para não grudar a massa no molde) e, depois, a massa de papel.

b) Tintas da natureza

* GUACHE DA TERRA

Material

• 1 xícara de terra

• Água

• 1 colher (sopa) de cola branca

• 1 colher (sopa) de óleo de cozinha

Como fazer: Misture a terra com água até formar um barro bem grosso. Depois,

misture os outros ingredientes. A cor alcançada dependerá da terra colhida.

Dica: Se precisar amolecer a tinta, basta acrescentar mais água.

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*TINTA DE ÁGUA DE BETERRABA (CORES BONINA OU ROSA)

Material:

• 1 beterraba

• Água

• 1 colher (sopa) de cola branca

Como fazer: Cozinhe a beterraba na água, retire-a e acrescente a cola. Para obter a

cor rosa acrescente mais água e cola.

*TINTA DE FOLHAS VERDES (VÁRIAS TONALIDADES DE VERDE)

Material:

• Folhas verdes (couve, capim, etc.)

• 100mL de álcool

• 1 colher (sopa) de cola branca

Como fazer: Deixe as folhas curtindo em álcool e,quando obtiver a cor desejada,

acrescente a cola. A tinta estará pronta.

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8. Referências

AGUIAR, R. Máscaras africanas. Negro mostra a tua face. Disponível em: <http://negromostraatuaface-atividades.blogspot.com/>. Acesso em: 16 nov. 2010.

ARAÚJO, L. da S. Máscaras. InfoEscola Navegando e Aprendendo. Disponível em:<http://www.infoescola.com/artes/mascara/>. Acesso em: 24 de set. 2010.

CIVITA, V. (editor). Máscaras. Conhecer: dicionário enciclopédico. São Paulo: Abril S.A Cultural e Industrial. p. 457-460

FERREIRA, R.M; SPIASSA, G.A. Máscara. In: ______. Dicionário Prático Brasileiro. Londrina: M.E. Furtado & Cia, 1996. p. 487.

FIGUEIRA, D.G; VARGAS, J.T. As múltiplas civilizações africanas. In: ______. Para entender a história, 7º ano. 2.ed., São Paulo: Saraiva, 2009. Cap.10, p. 148-149.

O Papel das Máscaras na Cultura Africana. Ritafro. Disponível em:<http://ritafro.arteblog.com.br/96210/O-Papel-das-Mascaras-na-Cultura-Africana/>. Acesso em 22 de set. 2010.

OLIVEIRA, R. A. de. Entre o Rosto e a Máscara. Corpo e Sociedade. Disponível em:< http://corpoesociedade.blogspot.com/2010/09/entre-o-rosto-e-mascara.html>. Acesso em: 23 de set. 2010.

RABELLO, C. Máscaras africanas. África, saberes e práticas. Disponível em:< http://africasaberesepraticas.blogspot.com/2009/10/baule-origem-costa-do-marfim-mascara.html >. Acesso em: 08 de mar. 2011.

SOUZA, M. de M. Sociedades africanas. In: ______. África e Brasil africano. 2.ed. São Paulo: Ática, 2008. Cap. 2, p. 31-45.

8.1. Imagens:

Máscara Ashanti. Disponível em: <http://afrobrasileira.multiply.com/photos/album/6/6#photo=3.jpg>. Acesso em: 08 de mar. 2011.

Máscara Baule: Disponível em: < http://africasaberesepraticas.blogspot.com/2009/10/baule-origem-costa-do-marfim-mascara.html >. Acesso em: 08 de mar. 2011.

Máscara Borboleta: Disponível em:< http://afrobrasileira.multiply.com/photos/album/6/6#photo=39.jpg>. Acesso em: 08 de mar. 2011.

Máscara Dan: Disponível em:< http://afrobrasileira.multiply.com/photos/album/6/6#photo=19.jpg>. Acesso em: 08 de mar. 2011.

Page 18: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · APRESENTAÇÃO “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Martin Luther King Helena de Fátima

Máscara Guro: Disponível em: < http://africasaberesepraticas.blogspot.com/2009/10/baule-origem-costa-do-marfim-mascara.html >. Acesso em: 08 de mar. 2011.

8.2. Sites na internet para pesquisa

• Miriam Sales: Informação educacional, ciências e meio ambiente:

http://miriamsalles.info/wp/?p=4889 (clicar na figura Lascaux). Acesso em 15

de jul. 2011.

• http://www.historiadaarte.co.br/arteprehistorica.html Acesso em 15 de jul.

2011.