ficha para catÁlogo · “É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual,...
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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: RESÍDUOS SÓLIDOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL: VALORES QUE SE APRENDEM NO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor Maria Glória Jaskiu
Escola de Atuação Colégio Estadual D. Pedro I – E.F.M.P.N
Município da escola Pitanga
Núcleo Regional de
Educação
Pitanga
Orientadora Ana Lucia Crisostimo
Instituição de Ensino
Superior
UNICENTRO
Disciplina/Área Ciências
Produção Didático-
pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Público Alvo
Aluno de 7a série
Localização
Rua João Gonçalves Padilha, 151 Centro Pitanga- Pr
CEP 85200000
Apresentação:
A Unidade Didática focalizará como a reciclagem é
relevante tanto para o ambiente como para a
qualidade de vida dos habitantes da cidade de
Pitanga – PR, visando um trabalho de sensibilização
e conscientização sobre desenvolvimento
sustentável, a reciclagem de resíduos sólidos e
responsabilidade social.
Palavras - chave Reciclagem- Desenvolvimento Sustentável-
Resíduos Sólidos
1
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - D PPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
PDE 2010
RESÍDUOS SÓLIDOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL : Valores que se
Aprendem no Ensino Fundamental
PITANGA
2010
MARIA GLÓRIA JASKIU
RESÍDUOS SÓLIDOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL : Valores que se
Aprendem no Ensino Fundamental
Unidade Didática apresentada ao PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional – SEED – SETI – UNICENTRO. Orientadora: Profª.: Ana Lúcia Crisóstimo.
PITANGA
2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................4
PRIMEIRA PARTE..................................... .................................................................6
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................. ....................................................6
RESÍDUOS SÓLIDOS, RECICLAGEM E EDUCAÇÃO AMBIENTAL .. .....................7
SEGUNDA PARTE ...................................... .............................................................13
PROPOSTAS DE ATIVIDADES DIDÁTICAS.................. .........................................13
ATIVIDADE 1 - PRÉ-TESTE............................ .........................................................13
PARTE I ....................................................................................................................14
PARTE II ...................................................................................................................15
ATIVIDADE 2 - SONDAGEM SÓCIO- AMBIENTAL ............ ....................................17
ATIVIDADE 3 - EXPERIMENTO COM GARRAFAS PET PARA ANÁ LISE DE
DECOMPOSIÇÃO. ...................................................................................................19
ATIVIDADE 4 - TEXTOS.............................. ............................................................20
ATIVIDADE 5 - DOCUMENTÁRIO ILHA DAS FLORES......... .................................28
ATIVIDADE 6 - CAMPANHA: CIDADE LIMPA: QUE TAL COMEÇ AR POR VOCÊ?
..................................................................................................................................29
ATIVIDADE 7 - VISITA AO ATERRO SANITÁRIO DE PITANGA E PRODUÇÃO DE
CHARGES ................................................................................................................30
ATIVIDADE 8 - PATRULHA DO LIXO ..................... ................................................32
ATIVIDADE 9 - PÓS - TESTE.......................... .........................................................33
REFERÊNCIAS.........................................................................................................34
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TÍTULO: RESÍDUOS SÓLIDOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL: VALORES QUE
SE APRENDEM NO ENSINO FUNDAMENTAL .
INTRODUÇÃO
É possível perceber constantemente a degradação do meio ambiente e suas
catastróficas consequências, o que originou estudos e as primeiras reações no
sentido de se conseguir fórmulas e métodos de diminuição dos danos ao ambiente.
Para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado, é preciso que o
planejamento e o reconhecimento de recursos naturais tornem-se finitos. Esse
conceito representou uma nova forma de conceber o desenvolvimento econômico,
que considera o meio ambiente em todos os seus aspectos.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico,
que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de
desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos
naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem ser
encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses
recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o
próprio crescimento econômico.
Neste cenário, a escola desempenha papel primordial, pois é ela quem
muitas vezes educa e ensina valores, contribuindo até mesmo com a família de cada
educando.
Tomando como base a educação escolar busca-se desenvolver neste
âmbito a melhoria da qualidade de vida humana, que deve ser amplamente revista
pelos professores em relação aos seus alunos, de modo que possa induzi-los a
práticas ecologicamente sustentáveis em relação ao meio ambiente. Particularmente
em relação à reciclagem de resíduos sólidos é relevante que toda comunidade
escolar recicle e ao mesmo tempo aprenda o reaproveitamento de materiais
recicláveis, respeitando os limites da capacidade de provisão dos ecossistemas nos
quais se vive.
Faz-se necessário, portanto, conscientizar alunos do ensino fundamental, a
necessidade e a importância em conhecer o desenvolvimento sustentável, a
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reciclagem de sólidos e a responsabilidade social, identificando-se na temática da
reciclagem uma alternativa de melhoria no convívio homem-meio ambiente.
Nesse sentido, o material didático, ora apresentado, focalizará como a
reciclagem é relevante tanto para o ambiente como para a qualidade de vida dos
habitantes da cidade de Pitanga – PR. Para tanto tem como proposta um trabalho de
sensibilização e conscientização sobre desenvolvimento sustentável, a reciclagem
de resíduos sólidos e responsabilidade social.
O material didático, no formato de Unidade Didática será implementado junto
a alunos da 7ª série do Colégio Estadual D. Pedro I – Ensino Fundamental, Médio,
Profissionalizante e Normal, durante o segundo semestre de 2011.
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PRIMEIRA PARTE
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A chegada do novo milênio trouxe uma nova onda de reflexão e ação. Os
seres humanos fazem parte dessa epopéia histórica e possuem a rara oportunidade
de mudar os rumos e ajudar na preservação das presentes e futuras gerações. A
atitude de mudar, reciclar, renovar é transcender. O compromisso pela
sustentabilidade sensibiliza a todos que continuam maltratando a mãe natureza. Os
padrões de consumo são insustentáveis. As pessoas estão direcionadas a consumir,
a buscar o que é mais prático, rápido, descartável, barato, levando a um
consumismo compulsivo, capaz de gerar um efeito danoso ao meio ambiente e à
sociedade. A responsabilidade é coletiva – difusa e pertence a todos os cidadãos.
O desenvolvimento sustentável não se caracteriza como um estado fixo de
harmonia, mas como um processo constante de transformação, no qual a
exploração de recursos naturais, o gerenciamento dos investimentos, a orientação
do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais deverão ser
compatíveis tanto como as necessidades do presente quanto às potencialidades do
futuro (FRANCO 2001). Contudo, tomada como um conceito novo, a
sustentabilidade não teve tempo de se incorporar totalmente às doutrinas de
planejamento urbano e desenvolvimento econômico no país, muitas vezes ainda
sendo vista com desdém ou desconfiança por grande número de políticos,
economistas e urbanistas.
Entretanto, visando a sustentabilidade das cidades, o processo econômico
contemporâneo deverá ocorrer de uma forma mais duradoura, sóbria e saudável, do
que vem sendo praticado até hoje. Para tanto, talvez a única opção que viabilizaria
um desenvolvimento econômico sem exclusão social e em harmonia com o meio
ambiente natural seria a mudança dos paradigmas do sistema de consumo e
produção, de modo que se pudessem satisfazer as necessidades de todos a um
nível baixo de uso de energia e recursos naturais.
Meio ambiente e desenvolvimento não constituem desafios separados, já
que estão interligados. O desafio não se mantém a base de recursos ambientais que
se deterioram. O meio não pode ser protegido se o crescimento não levar em conta
as consequências da destruição ambiental. A exigência da sustentabilidade,
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portanto, há de ser assegurada e condicionada aos instrumentos públicos do
desenvolvimento, já que busca uma transformação social que integre homem e
natureza, com a participação do progresso na preservação do patrimônio ambiental.
A partir da segunda metade do século XIX começou-se a perceber em nível
planetário a degradação do meio ambiente e suas catastróficas consequências, o
que originou estudos e as primeiras reações no sentido de se conseguir fórmulas e
métodos de diminuição dos danos ao ambiente. No que se refere ao
desenvolvimento sustentável, pode-se dizer que a definição mais aceita para este
termo surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada
pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o
desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
“É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”. (ONU, 1987)
Dessa forma, cabe às comunidades humanas promover a exploração de
áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não), de forma a prejudicar o
menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e os seres vivos que nela
habitam.
Resíduos sólidos, reciclagem e educação ambiental
A humanidade consumiu uma quantidade enorme de recursos desde o seu
aparecimento na Terra causando grande pressão ambiental sobre os recursos
naturais, demonstrando sinais de escassez, gerando quantidades de resíduos que
causam impactos ambientais com reflexos na população.
As implicações quanto aos resíduos sólidos no meio ambiente, refletem na
degradação dos sólidos, no comprometimento dos mananciais, na poluição do ar e
na saúde pública, também induzem as questões sociais dos centros urbanos que é a
catação em condições insalubres. Segundo Azevedo (2001), que realizou estudo
para avaliação do potencial de risco à saúde humana decorrente da disposição
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inadequada dos resíduos sólidos, este também ressalta que, a relação de resíduo
sólido versus doenças é complexa e avaliou o risco ao qual a população exposta
está sujeita quando a alternativa de disposição adotada é o lixão ou o aterro
controlado. O autor conclui que os resíduos sólidos devem ser considerados como
um importante componente do perfil epidemiológico de uma comunidade e, que as
práticas de gestão destes resíduos devem abordar estes aspectos a fim de melhorar
não só a qualidade ambiental como também as condições de saúde da população.
A quantidade e o tipo de lixo produzido são ocasionados pelos padrões de
consumo, embora a degradação ambiental atinja todas as classes sociais, as
desigualdades que imperam em nosso país determinam que o impacto nas
condições de vida seja mais sentido nos que possuem menos renda.
O crescimento demográfico assinala a produção de resíduos com o passar
dos anos, a industrialização promoveu uma grande mudança nas características dos
resíduos, que anteriormente era constituído por matéria orgânica. Junto com isso
temos o excesso de consumo e o desperdício. Para Lima (2002), a reversão do atual
padrão de desenvolvimento em direção a sustentabilidade ambiental, tem, no
manejo adequado dos resíduos sólidos, um de seus maiores desafios, sendo que a
adoção das práticas de gerenciamento integrado pelas municipalidades poderia ser
à base do processo de enfrentamento do problema.
Atualmente a matéria orgânica ainda é um dos resíduos que eleva o índice
de produção, mas o plástico que surgiu na década de 60 diminui a participação da
matéria orgânica nas sociedades mais desenvolvidas.
A administração indevida do lixo provoca mau cheiro, favorece a proliferação
de animais nocivos (ratos, baratas, moscas e outros) e transmissores de doenças
(febre tifóide, amebíase, dengue, leptospirose) poluem pelo chorume o solo e o
lençol de água subterrâneo, principalmente em locais de deposição não controlada,
onde a grande quantidade desses líquidos infiltra-se facilmente no solo, poluindo o
ar, uma vez que é a prática comum a queima desse lixo.
O lixo que é jogado nas ruas é carregado pela água das chuvas para os
bueiros, provocando entupimento das galerias de drenagem e consequentemente
enchentes e inundações. Boa parte desse lixo chega até os córregos e rios, poluindo
suas margens e leitos. É um problema sério nos centros urbanos, pois além da
sujeira causa graves doenças.
A destinação final é a etapa posterior à coleta de resíduos, sendo a última
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fase do processo de limpeza. Existem vários métodos de destino final e dependendo
do método adotado, os resíduos podem sofrer algum tipo de beneficiamento,
recuperação e reaproveitamento de matéria prima, no caso, a reciclagem. É
importante no processo de coleta dos resíduos primeiramente diminuir seu volume
(mediante compactação e trituração), para aumentar a capacidade de coleta e
otimizar o uso dos aterros sanitários. Para Shalch (1992, p. 2, apud MILANEZ e
TEIXEIRA, 2001).
A visão moderna da gestão dos resíduos sólidos urbanos consiste no abandono do paradigma da disposição de resíduos, onde os mesmos são vistos como uma massa uniforme que deve ser coletada compactada e enterrada ou queimada, e na adoção de uma visão de que os resíduos sólidos são compostos a partir de diferentes materiais que, dependendo de suas características físicas, químicas e biológicas e de seu valor econômico, devem ser manejados mediante diferentes processos.
A situação em relação à destinação final dos resíduos sólidos é critica, e
quase todos os municípios brasileiros apresentam dificuldades em relação ao trato
de seus resíduos, que abrangem desde a coleta até a destinação final. A estratégia
de minimização de resíduos onde o foco seria evitar ao máximo o lixo a ser disposto
no solo a partir dos princípios de redução, reutilização e reciclagem é uma medida
adequada para se introduzir nesse contexto sensibilizando o consumidor para que
compre produtos com embalagem retornáveis reutilizáveis, recicláveis; que evite o
desperdício de matérias primas, insumos em geral como também outros bens de
consumo; e que encaminhe seus resíduos para recuperação.
Segundo Zaneti (1997, p.14):
(...) para reduzir o impacto no meio ambiente, tanto na acumulação do lixo, como no esgotamento das fontes de recursos naturais, começam os processos de reciclagem. Mas, de nada adianta campanhas para reciclar e programas de Coleta Seletiva de Lixo, se não fizermos um trabalho de internalização de novos hábitos e atitudes para que, num futuro próximo, não haja mais lixo excessivo e a sua causa, o consumo desmedido, tenha sido controlado.
Os métodos disponíveis hoje não resolvem o problema de forma definitiva,
sendo consideradas tecnologias transitórios, que, na maioria das vezes, apresentam
vantagens e desvantagens do ponto de vista ambiental, social, econômico. Porém,
torna-se importante destacar que a destinação final do lixo a céu aberto, em lixões e
vazadouros, não se constitui método ou tecnologia, mas revela, na realidade, a
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precariedade do gerenciamento dos resíduos sólidos.
Para amenizar este cenário, precisamos pensar em uma forma de atuação a
partir de uma escola, que desencadeie transformações e leve a uma espiral
crescente de compromissos, preocupações e reflexões com o ambiente, o social e o
econômico em relação à problemática ligado a produção e reciclagem dos resíduos
sólidos no cenário mundial e local. Tal forma de pensar e agir, permite que as outras
ações e mudanças significativas sejam empreendidas para melhorar a qualidade de
vida de uma determinada comunidade. Sob esta perspectiva, a atuação pedagógica
ocorre por meio do conhecimento sistematizado que leve o sujeito a agir e pensar
criticamente na sociedade, com vistas à emancipação e a transformação social.
Na perspectiva da evolução humana sempre houve a interação entre a
sociedade e a natureza. Segundo Ponting (1995) citado no Caderno Temático da
Diversidade, de Educação Ambiental (2008), todas as sociedades humanas foram e
ainda são dependentes de complexos processos físicos, químicos e biológicos
interligados, incluindo a energia produzida pelo sol, elementos cruciais para a vida,
processos geofísicos responsáveis pela migração de massas terrestres e
continentais sobre a superfície do globo, bem como as mudanças climáticas. Tais
fatos constituem os fundamentos essenciais para a formação e desenvolvimento de
plantas e animais, essenciais para a formação de comunidades complexas e
interdependentes.
Existem inúmeros fatores, que demonstram além das áreas do
conhecimento que há equilíbrio no âmbito do meio natural envolvendo a vida na
Terra. Os estudos levam a compreender como a natureza e seus processos acabam
afetando o desenvolvimento das sociedades humanas, tanto quanto o seu impacto
sobre a mesma, essa interação é do interesse da Educação Ambiental.
Segundo Freire (2001, p.38):
Não só por suas relações e por suas respostas o homem é criado de cultura, ele é também “fazedor” da história. Na medida em que o ser humano cria e decide, as épocas vão se formando e reformando.
A transformação da natureza mediante a dominação humana sempre esteve
interligada entre a relação do ser humano com o ambiente. Atualmente constata-se
que o domínio sobre o ambiente não têm mais sentido. O ser humano não está mais
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no centro do universo, mais sim na periferia e para tanto é necessário desvincular do
antigo modo de pensar e agir, próprio de uma educação tradicional, na busca de
uma alternativa pautada num processo reflexivo e crítico, com caráter político.
Diante disso se reconhece a relação sociedade e natureza e a necessidade
de intervenção política e cultural que as primeiras iniciativas de Educação Ambiental
se desencadearam como componente educativo essencial na tentativa de deflagrar
ação consciente, crítica e transformadora das posturas em relação ao modo de
conceber o ambiente, o mundo e seus semelhantes, assinalando possível
articulação entre ciências naturais e as ciências humanas e sociais.
Perante a essas articulações, Mário Grün (1996, p.21), afirma a.
Necessidade de se adicionar o predicado ambiental à educação. A Educação Ambiental surge como uma necessidade quase inquestionável pelo simples fato de que não existe ambiente na educação moderna. Tudo se passa como se fôssemos educados e educássemos fora do ambiente.
Baseando-se nos dados de Dias (1994) a Educação Ambiental teve suas
raízes em Roma, no ano de 1968, onde ocorreu um encontro de cientistas dos
países desenvolvidos a fim de discutir o consumo e as reservas de recursos naturais
não renováveis e o crescimento da população. Um dos méritos dos debates e das
conclusões dessa reunião, conhecida como “Clube de Roma”, foi o problema
ambiental a nível planetário. Consequentemente, em 1972, em Estocolmo, na
Suécia, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou a 1ª Conferência Mundial
do Meio Ambiente Humano, cujo tema discutido foi à poluição ocasionada
principalmente pelas indústrias.
Segundo Dias (1994) a conferência foi considerada um marco histórico-
político internacional decisivo para o surgimento de políticas de gerenciamento do
ambiente, além de chamar a atenção do mundo para os problemas ambientais.
A UNESCO, órgão encarregado de divulgar e promover a Educação
Ambiental organizou em 1975 uma reunião de especialistas em educação e áreas
afins ligadas ao meio ambiente para definir os seus objetivos, conteúdos e métodos,
sendo que neste encontro elaborou-se a Carta de Belgrado, um documento básico
da Educação Ambiental Dias (1994).
Nas últimas décadas a UNESCO promoveu dois congressos mundiais sobre
a Educação Ambiental, um em 1977 em Tibilissi na Geórgia e o segundo em 1987
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em Moscou. No Brasil, em 1992, realizou-se na cidade do Rio de Janeiro a
Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – UNCED (Eco 92),
onde se discutiram várias questões ligadas ao ambiente e a Educação Ambiental
Dias (1994).
Nos dias atuais, a Educação Ambiental é um tema muito discutido, além de
haver muitos projetos elaborados sobre essa temática, visando-se a solução para os
inúmeros problemas ambientais, todavia, o número de ações para a implementação
de políticas públicas, projetos e diretrizes que fomentem a consciência ambiental
ainda é restrito. A partir da Educação Ambiental abre-se um estimulante espaço para
repensar práticas sociais. Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica
do Estado do Paraná, o professor quando for elaborar o seu Plano de Trabalho
Docente deve contemplar a Educação Ambiental. Neste contexto, o papel dos
professores é fundamental como mediadores e transmissores de um conhecimento
necessário para que os alunos adquiram uma base adequada de compreensão
essencial do meio ambiente global e local, da interdependência dos problemas e
soluções, da importância da responsabilidade de cada um para construir uma
sociedade planetária mais equitativa e ambientalmente sustentável.
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SEGUNDA PARTE
PROPOSTAS DE ATIVIDADES DIDÁTICAS
ATIVIDADE 1
PRÉ-TESTE
Modalidade: Questionamento
Duração: 1 aula
Local: Sala de aula
Aplicação do PRÉ- TESTE.
Objetivo:
- Fazer uma sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos de 7a série do Ensino
Fundamental sobre a temática proposta.
Justificativa:
As questões ambientais estão presentes no nosso cotidiano, principalmente
as relacionadas com o lixo e a reciclagem, sendo um assunto que preocupa não só
as autoridades, mas toda a sociedade. Apesar de existirem leis que cobram uma
solução rápida, está apenas engatinhando, e isso é um problema angustiante. E
como sabemos esses temas são trabalhados nos conteúdos escolares, constando
nas Diretrizes Curriculares. Então surgiu dessa angustia a idéia de trabalhar o tema
com os alunos. Através da sensibilização e a conscientização, partindo do lema que
é na escola que se iniciam os conhecimentos que são levados para as atitudes
diárias, permitindo - se viver adequadamente em sociedade, visando uma melhoria
na qualidade de vida.
Nessa direção sugere-se que o educador faça a sondagem sobre os
conhecimentos prévios dos alunos para que ele possa desenvolver as atividades.
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Metodologia:
Para que tenhamos um parâmetro comparativo para análise de dados é
utilizado um questionário chamado Pré-Teste, que é constituído por questões
objetivas e subjetivas que conceituam e envolvem o destino do lixo, o tratamento do
lixo doméstico, a importância da reciclagem, a questão dos 3 Rs, a decomposição
do lixo e as doenças causadas pelo mesmo.
PRÉ - TESTE
TEMA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA
PARTE I
Questões Subjetivas
Responda expondo sua opinião para cada questão abaixo:
1) Um tema muito comentado nos dias atuais pelos meios de comunicação escrita e
falada, é o Desenvolvimento Sustentável. O lixo está relacionado com esse
Desenvolvimento Sustentável ou não? Justifique.
2) O lixo acumulado pode causar alguns danos à saúde dos seres vivos, pois nele
proliferam animais transmissores de doenças, como ratos e baratas. Cite três
doenças causadas pelo mesmo.
3) Hoje o lixo está relacionado com a educação da população. Diante disso há uma
grande preocupação das autoridades em geral. No dia- a - dia em sua casa é
utilizado diversos produtos. Deste cite cinco materiais que podem ser:
Recicláveis Não recicláveis
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4- Vivemos numa sociedade consumista, e isso influencia num maior acúmulo de
lixo. Então, foram criadas normas para auxiliar a população a diminuir a produção do
lixo, que os chamados 3 Rs. Escreva o que significa:
R1--------------------------------
R2--------------------------------
R3--------------------------------
PARTE II
Questões Objetivas
Marque x ou associe as respostas corretas:
1) Que destino é dado ao lixo produzido em sua casa?
( ) Queimado ( ) Coleta Pública ( ) Enterrado ( ) Jogado em terrenos baldios
( ) Outros
2) Se o seu lixo é separado, indique qual o destino dado a ele:
( ) Vende ( ) Doa para catadores ( ) Coloca na lixeira comum a todos os tipos de
lixo ( ) Entrega em postos de coleta
3) Numere em ordem crescente os fatores que estão gerando aumento no volume
do lixo produzido pela população:
( ) Uso freqüente de alimentos industrializados
( ) Aumento da renda familiar
( ) Consumismo
( ) Influência dos meios de comunicação
4) No sistema de Coleta Seletiva, os materiais recicláveis são depositados em
recipientes próprios até sua coleta. A cor do recipiente e o tipo de material seguem
uma padronização internacional Lei no 6938/81 e Resolução CONAMA no 275/2001.
Faça a correspondência entre eles:
(A) Marrom ( ) Vidro
(B) Amarelo ( ) Papel
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(C) Vermelho ( ) Metal
(D) Azul ( ) Plástico
(E) Verde ( )Resíduos Orgânicos
5) Você já parou para pensar quanto tempo leva para que alguns materiais que
usamos no dia-a-dia se decomponham na natureza? Relacione os materiais e seu
tempo de decomposição na natureza.
( A ) Palito de sorvete ( ) 200 anos
( B ) Chiclete ( ) 6 meses
( C ) Lata de refrigerante ( ) 1 a 3 meses
( D ) Casca de frutas ( ) 3 a 6 meses
( E ) Folha de caderno ( ) 450 anos
( F ) Garrafa PET ( ) 5 anos
6) Devido às leis vigentes em âmbito nacional, estadual e municipal todas as
cidades precisam urgentemente se adequar às normas de acondicionamento do lixo.
Você sabe como é acondicionado o lixo de sua cidade?
( ) Lixão ( ) Aterro Sanitário ( ) Aterro Controlado ( ) Incineração
( ) Compostagem
7) Em se tratando da questão ambiental, como está o seu nível de consciência
ecológica em relação à problemática do lixo em centros urbanos?
( ) Bastante consciente
( ) Pouco consciente
( ) Mais ou menos consciente
( ) Nada consciente
8) Você se sente motivado(a) para desenvolver projetos de educação ambiental na
sua escola que tenham como foco a reciclagem de materiais sólidos?
( ) Bastante motivado(a)
( ) Pouco motivado(a)
( ) Mais ou menos motivado(a)
( ) Nada motivado(a)
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ATIVIDADE 2
SONDAGEM SÓCIO- AMBIENTAL
Modalidade: Questionário.
Tempo: 1 aula.
Local: Casa com a participação dos pais.
Objetivo:
- Fazer uma sondagem sobre as condições sócio-ambientais da família.
- Analisar as questões relacionadas com o lixo no local da moradia do aluno.
Justificativa:
Esta sondagem sócio-ambiental tem como objetivo diagnosticar a realidade
em que os alunos estão inseridos, para verificar os conhecimentos que a família tem
sobre a problemática do lixo e a forma como os mesmos tratam à questão ambiental
no local onde vivem.
Metodologia:
As questões referem-se a saneamento, produção de lixo, destino dado ao
lixo, conhecimento relacionado à reciclagem. As mesmas serão encaminhadas pelos
alunos, juntamente com um bilhete de apresentação do professor PDE, contendo o
nome do projeto que está sendo desenvolvido e orientações sobre a importância dos
pais participarem respondendo da enquete sobre as condições sócio-ambientais.
SONDAGEM SÓCIO- AMBIENTAL
1) Quantas pessoas moram em sua casa?
2) Você mora:
( ) zona urbana ( ) zona rural
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3) Sua casa é.
( ) própria ( ) alugada
4) Tem luz elétrica?
( ) sim ( ) não
5) Tem água encanada?
( ) sim ( ) não
6) Tem saneamento em seu bairro?
( ) sim ( ) não
7) Como é a rua em frente a sua casa?
( ) asfaltada ( ) calçamento ( ) cascalhada ( ) terra
8) Qual a quantidade de lixo produzida diariamente em sua casa?
( ) menos de 1 kg ( ) 1 kg ( ) mais de 1 kg
9) É feita a coleta de lixo em sua rua?
( ) sim ( ) não
10) Se é realizada a coleta, quantas vezes na semana?
( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) mais de três vezes
11) Na sua casa é realizada a separação do lixo?
( ) sim ( ) não
12) Se o seu lixo não é separado, o que está faltando?
( ) coleta ( ) informações sobre a coleta ( ) vontade de reciclar
13) Sua família separa e vende o lixo reciclável? ( Lata, papel, plástico, etc. )
( ) sim ( ) não
14) Se você reside na zona rural qual o destino dado ao seu lixo?
( ) enterra ( ) separa ( ) joga a céu aberto ( ) acondiciona e traz na cidade
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15) Você acha importante a coleta seletiva na sua cidade?
( ) sim ( ) não
16) Você estaria disposto a colaborar na campanha de coleta seletiva?
( ) sim ( ) não
17) Você acha possível o desenvolvimento sem a degradação ambiental?
( ) Sim ( ) Não ( ) Indiferente
18) Você consegue identificar problemas ambientais na sua comunidade e/ou região
onde mora?
( ) Não consigo ( ) Sim, consigo ( ) Não sei
19) Como você vê o futuro do Planeta?
( ) Com otimismo ( ) Com pessimismo ( ) Indiferente
ATIVIDADE 3
EXPERIMENTO COM GARRAFAS PET PARA ANÁLISE DE DECOMP OSIÇÃO.
Modalidade: Experimento.
Tempo: 1 aula.
Local: Ambiente escolar.
Objetivo:
- Observar o tempo de decomposição dos materiais.
- Sensibilizar para que adotem hábitos de reciclar os materiais utilizados no seu dia-
a -dia.
Justificativa:
A decomposição na natureza ocorre de maneira lenta, pois depende de
microorganismos para agirem, e como são lançados todos os tipos de materiais no
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meio ambiente, existem alguns resíduos que nunca serão decompostos como é o
caso do vidro.
Com esse experimento espera-se que os alunos se sensibilizem e tenham
atitudes de preservação em relação ao meio ambiente revendo suas ações de
cidadania.
Metodologia:
Essa atividade traz à tona a questão da decomposição dos materiais mais
utilizados pelos alunos. Para esse experimento as turmas serão divididas em
grupos, onde cada grupo será responsável por um tipo de material, serão utilizadas
garrafas PET, cortadas 20 centímetros acima da base, tesouras sem ponta para
cortar as garrafas PET, terra adubada, luvas para manusear a terra, para evitar
contaminação por agentes patogênicos, colheres para enterrar os seguintes
materiais: palito de sorvete, chiclete, lata de refrigerante, sacola de mercado, casca
de fruta e folha de caderno. Após enterrar cada material em seu devido recipiente,
solicite que os alunos confeccionem etiquetas com as cores da padronização da
coleta seletiva para seu respectivo material, nome do grupo e a data, após as
etiquetas estarem prontas, fixar as mesmas no local correspondente.
Ao final da implementação, que será de um semestre, serão desenterrados
os materiais juntamente com os alunos das respectivas turmas para que observem o
que aconteceu com cada exemplar, aproveitando o momento para resgatar a
importância da reutilização de materiais, consumo consciente, reciclagem e
compostagem.
ATIVIDADE 4
TEXTOS
Modalidade: Leitura e Análise de Textos.
Tempo: 2 aulas.
Local: Sala de aula.
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Objetivos:
- Elaborar conceitos.
- Desenvolver atitudes críticas sobre o desenvolvimento sustentável e consumismo.
- Despertar a conscientização quanto à importância da reciclagem de resíduos
sólidos.
- Conhecer as doenças causadas pelo acúmulo de lixo.
- Debater os temas estudados.
- Realizar uma paródia para fixar os temas estudados.
Justificativa:
Devido ao grande enfoque a respeito de lixo, reciclagem, desenvolvimento
sustentável e decomposição, tornam-se necessário trabalhar textos científicos sobre
o tema apresentado, buscando sanar a falta de conhecimento que muitas vezes
dificulta a aprendizagem do aluno.
Metodologia:
Essa atividade é de suma importância para o educando, pois através da
leitura prévia dos textos, poderão ser trabalhados os conceitos de conteúdos como:
lixo, coleta seletiva, reciclagem, 3 Rs, decomposição, doenças. Podendo então ser
realizados debates e questionamentos sobre o que os mesmos sabem a respeito do
assunto tratado. Podendo ser feito os seguintes questionamentos como: O que é
lixo? Quais os tipos de lixo? Você sabe a diferença entre lixo úmido e lixo seco? O
que é reciclagem? O que é coleta seletiva? Onde o lixo recolhido em sua casa é
armazenado? Você sabe como é feita a compostagem do lixo? O que é
sustentabilidade? E consumismo? Será que você é uma pessoa consumista? Quais
suas atitudes em relação ao meio ambiente? E os 3 Rs, o que significam? Você
sabe distribuir o lixo em lixeiras padronizadas por cores? Qual o tempo de
decomposição dos materiais? Com esses questionamentos os alunos serão
motivados a buscar novos conhecimentos sobre o assunto e elencando atitudes que
ajudarão na conservação do ambiente em que vivem. Porque o tema norteador do
projeto é sensibilizar e conscientizar o aluno para práticas que melhorem o ambiente
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LIXO
Atualmente, vivemos num mundo onde a natureza é profundamente agredida. Toneladas de matéria-prima, geradas dos mais diferentes lugares do planeta, são industrializadas e consumidas criando rejeitos e resíduos, que são chamados de lixo. Assim, lixo é todo material descartado, proveniente das atividades humanas. É importante lembrar que o lixo gerado pelo homem é apenas uma pequena parte da montanha acumulada todos os dias, composta pelos resíduos de outros setores. O tratamento adequado do lixo visa á busca de alternativas ao modelo atual de desenvolvimento sócio-econômico e ambiental. Para o correto aproveitamento dos meios naturais disponíveis, a sociedade deve ter noções de uso sustentável na exploração dos recursos naturais disponíveis. Muito do que jogamos fora e é consideramos lixo, pode ser aproveitado por outras pessoas, economizando dinheiro, energia e recursos naturais.
Para diminuirmos a quantidade de lixo não basta apenas produzirmos menos dejetos, mas, principalmente, devemos aprender a consumir. As pessoas devem ser conscientizadas da importância do trabalho de cada um. A educação aparece como ferramenta nesse processo.
A responsabilidade pelo lixo que você está gerando vai desde o momento da compra, quando se opta por um produto com menos embalagens, até a hora do seu descarte de forma adequada. Mesmo dentro de casa, é importante separar o lixo em recicláveis (lixo seco) e orgânico (lixo úmido).
Esse texto está disponível em: HTTP://lixo.no.mundo.zip.net/lixo/ acesso em 12 de julho de 2011.
da escola, sua casa e sua cidade, buscando uma melhoria na sua qualidade de vida.
Como fechamento da análise dos textos os alunos deverão produzir uma paródia
que poderá ser individual ou em grupos de no máximo 4 indivíduos, com posterior
apresentação para os alunos da sala.
LEI DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Decreto Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999 – art.1
Constituição da República Federativa do Brasil, artigo
225 de 1988.
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RECICLAGEM E COLETA SELETIVA
Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa
produção reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível
e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Aqueles materiais que deveriam ser descartados, mas após
sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo
homem, são chamados de materiais recicláveis.
O incentivo a reciclagem não é apenas uma questão ambiental,
mas também uma forma de inclusão social. A reciclagem de
resíduos sólidos pode ser fonte de emprego e renda para muitas
famílias, mas isso só é possível com a conscientização da
população.
Entretanto, ao contrário do que imaginamos a quantidade de lixo
não significa o descaso com o meio ambiente. O que deve ser
levado em consideração é a forma como esse lixo é tratado, se
passa por alguma triagem, se é reutilizado ou reciclado antes de ser
descartado.
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A REGRA DOS 3 "R”S
1. Reduzir : Sempre que possível devemos diminuir a nossa produção de resíduos, pois quanto menos produzirmos, menores serão os problemas para acondicionar, coletar, transportar e dar destino final. 2. Reutilizar : Frequentemente podemos reutilizar materiais que no passado seriam simplesmente descartados. 3. Reciclar : Significa transformar resíduos em novos produtos. O resíduo é tratado como matéria prima, evitando sua extração.
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SOLUÇÕES PARA O LIXO
A destinação final e o tratamento do lixo podem ser realizados através dos
seguintes métodos:
O Lixão representa o que há de mais primitivo em termos de disposição final de
resíduos. Todo o lixão coletado é transportado para um local afastado e
descarregado diretamente no solo, sem tratamento algum.
Assim, todos os efeitos negativos para a população e para o meio ambiente, se
manifestarão. Infelizmente, é dessa forma que a maioria das cidades brasileiras
ainda "trata" os seus resíduos sólidos domiciliares.
O Aterro Sanitário é um tratamento baseado em técnicas sanitárias
(impermeabilização do solo/compactação e cobertura diária das células de
lixo/coleta e tratamento de gases/coleta e tratamento do chorume), entre outros
procedimentos técnico-operacionais responsáveis em evitar os aspectos negativos
da deposição final do lixo, ou seja, proliferação de ratos e moscas, exalação do
mau cheiro, contaminação dos lençóis freáticos, surgimento de doenças e o
transtorno do visual desolador por um local com toneladas de lixo amontoado.
O sistema de aterro sanitário precisa ser associado à coleta seletiva de lixo e à
reciclagem, o que permitirá que sua vida útil seja bastante prolongada, além do
aspecto altamente positivo de se implantar uma educação ambiental com
resultados promissores na comunidade, desenvolvendo coletivamente uma
consciência ecológica, cujo resultado é sempre uma maior participação da
população na defesa e preservação do meio ambiente.
A compostagem é uma forma de tratamento biológico da parcela orgânica do
lixo, permitindo uma redução de volume dos resíduos e a transformação destes em
composto a ser utilizado na agricultura, como recondicionante do solo. Trata-se de
uma técnica importante em razão da composição do lixo urbano do Brasil.
A incineração é um tratamento baseado na combustão (queima) do lixo.
É um processo que demanda custos bastante elevados e a necessidade de um
super e rigoroso controle da emissão de gases poluentes gerados pela combustão.
Esse texto está disponível em:
http://www.ecolnews.com.br/lixo.htm acesso em 12 de julho de 2011.
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PADRONIZAÇÃO DAS CORES
As cores foram definidas por uma resolução do CONAMA a de número
275/2001, que visava padronizar e facilitar a coleta de resíduos.
Padrão de cores
AZUL: papel/papelão;
VERMELHO: plástico;
VERDE: vidro;
AMARELO: metal;
PRETO: madeira;
LARANJA: resíduos perigosos;
BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
ROXO: resíduos radioativos;
MARROM: resíduos orgânicos;
CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não
passível de separação.
Esse texto está disponível em:
http://www.ecologiaonline.com/cor-das-lixeiras/2001/ acesso em 12 de julho
de 2011.
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TABELA DE DECOMPOSIÇÃO
Está disponível em:
HTTP://saopaulourgente.blogspot.com/2009/07/tempo-de decomposicao-do-lixo.html, acesso em 12 de julho de 2011.
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LIXO x DOENÇAS
O lixo tem se tornado uma preocupação crescente de alguns anos para cá.
Hoje, fala-se muito mais em conscientização e educação ambiental, justamente
porque o acúmulo de lixo vem aumentando e trazendo conseqüências cada vez
mais desastrosas ao meio ambiente e à saúde pública. Até o início do séc. XX
existia uma harmonia entre o ser humano e a natureza, uma vez que todo o lixo
gerado – que era composto basicamente de materiais orgânicos, como restos
de alimentos, excrementos de animais e outros – era absorvido pela natureza,
cumprindo um ciclo onde não existia o excesso. A vida moderna, marcada pela
industrialização e enorme concentração de pessoas nas grandes cidades,
trouxe consigo a produção de lixo, que de tão constante e desenfreada, se
tornou um problema.
Esses rejeitos, que são os resultados daquilo que é retirado da natureza e
que depois, transformados, não conseguem mais retornar ao ciclo, acumulam-
se e tornam-se uma perigosa fonte de doenças e de contaminação para o meio
ambiente. É atribuída ao lixo acumulado a céu aberto a culpa pelos grandes
problemas causados ao meio ambiente e à saúde, pois estes costumam atrair e
proliferar vetores, como moscas, baratas, ratos, mosquitos, formigas e
escorpiões, entre outros, que podem trazer muitas doenças como diarréias
infecciosas, parasitoses, amebíase, leptospirose, pode ainda permitir o
desenvolvimento de larvas de mosquitos vetores de doenças como a dengue,
leishmaniose e malária. Além disso, quando os lixões estão localizados
próximos a aeroportos, podem atrair pássaros diversos, principalmente urubus,
capazes de provocar acidentes aéreos. A maioria das espécies prolifera pela
quantidade de alimentos, como o rato, por exemplo, que não procria se não
tiver alimento. “Mas todos os dias as pessoas levam restos de comida, caixas e
outros objetos que servem de abrigo, latas que acumulam água, e isso acaba
ajudando na proliferação desses vetores”.
Esse texto está disponível em:
HTTP://jornalizta.blogspot.com/2007/04/lixo-acmulo-de-problemas05.html,
acesso em 12 de julho de 2011.
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ATIVIDADE 5
DOCUMENTÁRIO ILHA DAS FLORES
Modalidade: Vídeo.
Tempo: 2 aulas.
Local: Sala de aula e em casa.
Objetivos:
- Refletir sobre a desigualdade social.
- Adquirir práticas de consumo consciente.
- Importância de reciclar o lixo.
Justificativa:
Optou-se pelo documentário Ilha das Flores. Direção: Jorge
Furtado/Realização: Casa do Cinema. Duração: 12 min. – Porto Alegre, 1989, por
retratar a desigualdade social de forma realista, onde mostra a decadência do ser
humano perante a sociedade consumista e egocêntrica.
Metodologia:
Para essa atividade serão utilizados os seguintes recursos didáticos:
notebook, pendrive, data show ou TV pendrive, ou ainda DVD.
Após os alunos assistirem ao documentário Ilha das Flores, será realizado
um debate, onde irão expor suas opiniões, reflexões e em seguida os mesmos
serão avaliados produzindo um texto, de acordo com os seguintes tópicos: Que
trajeto o tomate percorreu no documentário e que pessoas estiveram envolvidas
nesse caminho? Por que no filme a frase “mamíferos que se distinguem dos demais
por serem dotados de telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor é
repetido diversas vezes em relação aos seres humanos”? O que é necessário para
que os habitantes da Ilha das Flores tenham uma vida digna com saúde, moradia e
alimentação? Porque em uma sociedade tão consumista como a nossa ainda
existem pessoas que não tem acesso a alimentação? Que atitudes você pode tomar
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para que sua cidade não se transforme numa Ilha das Flores?
ATIVIDADE 6
CAMPANHA: CIDADE LIMPA: QUE TAL COMEÇAR POR VOCÊ?
Modalidade: Cartaz.
Tempo: 2 aulas.
Local: Sala de aula.
Objetivos:
- Estimular a criatividade do educando onde irá expor sua opinião sobre o lixo.
- Incentivar as atitudes para a preservação ambiental.
Justificativa:
Para tanto será realizada uma campanha com a confecção de cartazes,
junto aos alunos contemplados no projeto PDE, visando à socialização,
sensibilização e conscientização para a problemática do lixo no ambiente em que o
aluno vive.
Metodologia:
Dentro da linguagem, o cartaz representa o gênero textual, cuja finalidade é
convencer e sensibilizar as pessoas. Apresenta linguagem verbal e não verbal onde
as figuras usadas devem ter relação com o assunto trabalhado. Deve ter visual
atraente, com letras grandes e coloridas, demonstrando um objetivo claro. Um fator
extremamente importante na confecção de um cartaz é o cuidado com os erros de
escrita.
A confecção dos cartazes pode ser uma forma de mobilizar e envolver os
alunos para a campanha de preservação e a manutenção da limpeza na cidade.
Para a confecção dos cartazes os alunos serão divididos em grupos e trabalharão
na elaboração de frases curtas de motivação e conscientização. Após as frases
elaboradas, serão montados em papel cartão, tamanhos A4 colorido, com letras de
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vários tamanhos recortadas de revistas e jornais usados, onde serão coladas para
formar as frases. No centro do cartaz será colada uma gravura a qual transmitirá
uma mensagem relacionada à frase. Esses cartazes serão plastificados e utilizados
na divulgação da campanha junto à comunidade, e posteriormente fixados no
comércio e repartições públicas com o intuito de estimular a população na
preservação e limpeza de nossa cidade.
ATIVIDADE 7
VISITA AO ATERRO SANITÁRIO DE PITANGA E PRODUÇÃO DE CHARGES
Modalidade: Pesquisa de campo e o trabalho pedagógico com charges.
Tempo: 4 aulas.
Local: Aterro sanitário, sala de aula e casa.
Objetivos:
- Observar um aterro sanitário.
- Visualizar o destino dado ao lixo do município de Pitanga.
- Identificar os tipos de resíduos depositados no aterro.
- Reforçar a importância da reciclagem para o meio ambiente.
- Socializar os conteúdos estudados.
- Refletir suas atitudes do dia-a-dia em relação ao meio ambiente.
- Elaborar uma charge com o intuito de satirizar o ambiente visitado.
Justificativa:
A visita ao aterro sanitário culmina com todos os conceitos trabalhados, e
proporciona a observação in loco, fazendo com que os alunos reflitam e repensem
seus atos, procurando mudar suas atitudes e participe ativamente na luta para
reverter o descaso da sociedade em relação ao meio ambiente. O uso de charges
foi escolhido para o trabalho pedagógico pois são desenhos criados para satirizar e
criticar um determinado tema. Portanto como um aterro sanitário é um local
deprimente, optou-se pela elaboração de charges para amenizar os efeitos
negativos da visita, bem como estimular a criatividade do aluno, para representar o
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local visitado de uma forma mais agradável.
Metodologia:
Para que a visita ocorra tranquilamente, serão tomadas algumas
providências pelo educador. Primeiramente o professor fará o reconhecimento do
local a ser visitado, para avaliar a localização, as condições do local, analisando se
traz algum risco para os alunos e fazendo contato com os responsáveis para
esclarecimentos e agendamento da visita. A seguir, o professor comunicará a
Direção da escola que levará os alunos para uma visita in loco. Entrará em contato
com a Secretaria de Transportes do município para solicitar um ônibus para
transportar os alunos até o aterro sanitário. Após o agendado do transporte será
enviado uma autorização para ser preenchida pelos pais onde constará o nome do
aluno, o número do RG do aluno e o número do RG do responsável com a sua
assinatura (modelo em anexo).
Para a visita o aluno deverá usar o uniforme da escola, tênis, boné, protetor
solar, repelente contra insetos, para melhor comodidade e proteção. Também
deverá levar uma garrafa com água para uso próprio. Orientar para não se
dispersem, pois necessitam de atenção redobrada, pois no local existem veículos e
máquinas em funcionamento, lixo de todos os tipos, bem como vetores de doenças,
portanto não devem pegar objetos, plantas, pedras que poderão estar
contaminados.
Durante a visita o responsável pelo aterro fará uma explanação de como é o
funcionamento das atividades diárias, e posteriormente serão sanados os
questionamentos e dúvidas dos alunos. Os mesmos deverão observar bem o local,
ficando atentos para determinadas indagações como: Tipos de materiais
depositados? Presença de vegetação próxima? Se existem rios ou córregos no
entorno? Observar a presença de animais? Verificar se tem pessoas morando nas
proximidades? Observar como é feita a disposição do lixo dentro do aterro? Ao
retornar a escola, a turma será dividida em grupos de 4 indivíduos para discutirem e
criarem uma charge contemplando as observações feitas,e posteriormente será
realizada uma exposição no ambiente escolar.
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ATIVIDADE 8
PATRULHA DO LIXO
Modalidade: Extraclasse.
Tempo: Ilimitado.
Local: Escola.
Objetivo:
- Incentivar as atitudes para a preservação do ambiente escolar.
- Divulgar a campanha junto à comunidade escolar.
- Adquirir o hábito de trabalhar em equipe visando o bem comum.
- Orientar os alunos em relação aos cuidados com o patrimônio público.
Justificativa:
Faz-se necessário desenvolver um trabalho em relação à preservação e
limpeza do prédio, visando à manutenção do Colégio Estadual D. Pedro de Pitanga -
Pr. Este tipo de atividade deve ser contínuo, e não somente durante a
implementação da Unidade Didática, para estimular atitudes permanentes de
cidadania.
Metodologia:
Como o projeto PDE será desenvolvido com alunos de 7a série, que estão
participando da implementação, os mesmos serão convidados, para formarem uma
patrulha do lixo, que colocarão em prática os conhecimentos adquiridos com o
projeto, como por exemplo: não riscar as paredes e carteiras, depositar o lixo nas
respectivas lixeiras, preservar os trabalhos expostos, cuidar na conservação dos
banheiros, torneiras, ventiladores, e com os próprios materiais, também orientando
sobre a manutenção nas proximidades da escola, inclusive no local onde aguardam
o transporte escolar. Desta forma pretende-se promover à socialização,
sensibilização e conscientização para a conservação do novo ambiente escolar.
Para a identificação da patrulha serão confeccionadas camisetas ou coletes
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com slogan criado pela equipe participante, e os mesmos estarão trabalhando com
os demais alunos, conscientizando para a manutenção do prédio escolar. Durante o
processo de implantação, alunos de outras turmas poderão fazer parte da patrulha e
juntos lutarem por um ambiente limpo, agradável, com a responsabilidade de todos.
ATIVIDADE 9
PÓS - TESTE
Modalidade: Aplicação do Pós-Teste.
Tempo: 1 aula.
Local: Sala de aula.
Objetivo:
- Avaliar os conhecimentos adquiridos após a implementação do projeto e fornecer
dados para a elaboração do artigo a ser produzido na etapa final do Programa PDE.
Justificativa:
Quando realizamos atividades diversas com os alunos, enfocando
determinado assunto, precisamos qualificar e quantificar os resultados adquiridos no
processo ensino-aprendizagem para posteriores resultados.
Metodologia:
Reaplicação das questões do pré-teste da atividade 1 desta Unidade
Didática, sobre o tema Educação Ambiental e Cidadania, com o intuito de comparar
os conhecimentos entre os dois momentos e avaliar o processo ensino-
aprendizagem desenvolvido.
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REFERÊNCIAS
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