ficha de leitura 4

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Ficha de Leitura 4 Flávio Eduardo de Souza Caldas EDF0287 02-2015 – Diana Gonçalves Vidal NºUSP 8024662 O artigo “80 anos do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: questões para debate” explora alguns aspectos contextuais, de produção e de influência do manifesto dos Pioneiros como documento que inaugura o pensamento e as práticas vindouras para a educação pós República Velha no Brasil. Ao pensamos no momento em que surge esse manifesto, o sistema de educação tradicional sob a tutela da igreja católica se depara com os propósitos da Escola Nova, pretendia-se “modernizar o sistema educativo e a sociedade brasileira” promovendo essencialmente a laicidade a gratuidade e a obrigatoriedade da educação. Essas transformações englobam não só os temas da educação, mas também no âmbito da política o manifesto lançado no jornal o Estado de São Paulo com o apoio de Júlio de Mesquita filho, repercute como parte do que acabam nas décadas seguintes como parte do movimento constitucionalista de 1932. Na visão de Diana Vidal o manifesto cumpre o papel de marcar um ponto histórico na educação brasileira, onde o debate sobre os rumos da escola estão em voga. O manifesto também servirá como “estratégia de legitimação” nas intervenções futuras no campo educacional, tendo invariavelmente a presença em vários momentos dos signatários do manifesto de 1932. Quanto às questões, apenas uma me surgiu à mente durante a leitura: O comentário de que o manifesto (esvaziado das condições de sua emergência) é uma marco para discutirmos a “responsabilidade do Estado pela difusão da educação pública no país”, implica na relação entre a presença do Estado e a educação, levando em conta que atualmente, no que se refere a vagas ofertadas aos alunos em idade escolar, percebemos um avanço, por outro lado existem estudos (como observamos na aula anterior) que apontam o esvaziamento do significado do espaço escolar, o que denota em maior grau o abandono do Estado às questões internas à escola, gerenciamento escolar e ensino. De quê forma podemos medir o avanço desse sistema levando em conta fatores tão díspares, mas que mantêm forte relação um com o outro?

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breve fichamento para disciplina Introdução aos estudos da educação.

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Page 1: Ficha de Leitura 4

Ficha de Leitura 4 Flávio Eduardo de Souza Caldas EDF0287 02-2015 – Diana Gonçalves Vidal NºUSP 8024662

O artigo “80 anos do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova:

questões para debate” explora alguns aspectos contextuais, de produção e de

influência do manifesto dos Pioneiros como documento que inaugura o

pensamento e as práticas vindouras para a educação pós República Velha no

Brasil.

Ao pensamos no momento em que surge esse manifesto, o sistema de

educação tradicional sob a tutela da igreja católica se depara com os

propósitos da Escola Nova, pretendia-se “modernizar o sistema educativo e a

sociedade brasileira” promovendo essencialmente a laicidade a gratuidade e a

obrigatoriedade da educação. Essas transformações englobam não só os

temas da educação, mas também no âmbito da política o manifesto lançado no

jornal o Estado de São Paulo com o apoio de Júlio de Mesquita filho, repercute

como parte do que acabam nas décadas seguintes como parte do movimento

constitucionalista de 1932.

Na visão de Diana Vidal o manifesto cumpre o papel de marcar um

ponto histórico na educação brasileira, onde o debate sobre os rumos da

escola estão em voga. O manifesto também servirá como “estratégia de

legitimação” nas intervenções futuras no campo educacional, tendo

invariavelmente a presença em vários momentos dos signatários do manifesto

de 1932.

Quanto às questões, apenas uma me surgiu à mente durante a leitura: O

comentário de que o manifesto (esvaziado das condições de sua emergência)

é uma marco para discutirmos a “responsabilidade do Estado pela difusão da

educação pública no país”, implica na relação entre a presença do Estado e a

educação, levando em conta que atualmente, no que se refere a vagas

ofertadas aos alunos em idade escolar, percebemos um avanço, por outro lado

existem estudos (como observamos na aula anterior) que apontam o

esvaziamento do significado do espaço escolar, o que denota em maior grau o

abandono do Estado às questões internas à escola, gerenciamento escolar e

ensino. De quê forma podemos medir o avanço desse sistema levando em

conta fatores tão díspares, mas que mantêm forte relação um com o outro?