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Ficha Catalográfica Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2010

Título A leitura está no ar: Blog confabulando e oficinas de leitura e escrita de poemas.

Autora Margarete Albino Pereira

Escola de Atuação Escola Estadual Cristo Redentor

Município da escola Nova Prata do Iguaçu

Núcleo Regional de Educação Dois Vizinhos

Orientador Profª. Drª Beatriz Helena Dal Molin

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Área do Conhecimento Língua Portuguesa

Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Arte

Público Alvo Alunos da 5ª série (6ºano)

Localização Escola Estadual Cristo Redentor

Rua Otacílio Rodrigues, S/N, Nova Prata do Iguaçu

Apresentação

Este trabalho ocupa-se de mostrar a importância e a necessidade de utilizarmos os recursos tecnológicos no cotidiano de nossas salas de aula. A leitura e escrita de poemas trabalhadas em oficinas em conjunto com o Blog, na Internet, como meio e repositório do que se leu e escreveu. Tal recurso apresenta-se, como via facilitadora da função de divulgar o poema escrito e dar ao estudante a oportunidade de publicar seu trabalho, de modo que ele perceba a função e o objetivo das oficinas. O estudante também aprende a ler melhor e intensificar seu elenco de leitura buscando-as em vários espaços como o da biblioteca, o das trocas em sala de aula, e também no laboratório de informática, interagindo com os colegas, partilhando descobertas, reinventando, fazendo novas leituras, postando suas produções poéticas no Blog e comentando as postagens dos colegas e de outros blogueiros. Outras atividades e estratégias desenvolvidas permitem que o estudante seja também autor e divulgador do trabalho de leitura e escrita, para os pais e para a comunidade em movimentos de constante dialogismo e interatividade.

Palavras-chave Leitura; Blog; Oficinas.

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho ocupa-se de mostrar a importância e necessidade de

utilizarmos os recursos tecnológicos no cotidiano de nossas salas de aula. É papel

da escola formar leitores com domínio da leitura e escrita, que saibam interpretar o

que lêem, que sejam críticos, que saibam refletir sobre a própria realidade. A

Internet é atraente para o educando e deve ser aproveitada como recurso didático

para auxiliar na aprendizagem.

A leitura de poemas em conjunto com a Internet, como meio e repositório do

que se leu e escreveu, vem facilitar essa função porque a criança também aprende

buscando leituras, vivenciando outra realidade no laboratório de Informática,

interagindo com os colegas, partilhando descobertas, reinventando, fazendo novas

leituras, postando suas produções poéticas no Blog e comentando as postagens.

Na qualidade de professores cabe-nos o papel de buscar novas alternativas

para despertar os educandos para o deleite pela leitura, para desenvolver neles a

imaginação, a capacidade de entender seu ambiente e nele atuar de forma

consciente. Uma delas é aproveitar recursos tecnológicos como o Blog que é uma

ferramenta que o estudante domina ou quer conhecer. Através dele o trabalho com

as oficinas de leitura e escrita de poemas pode ser divulgado, comentado e

apreciado, possibilitando que pais e comunidade fiquem inteirados das atividades da

escola. Permite ainda que o estudante seja autor, além de uma interação entre

texto-leitor-autor, num dialogismo teoria-prática.

Esse material didático destina-se a estudantes da 5ª série (6º ano), da

Escola Estadual Cristo Redentor de Nova Prata do Iguaçu, e tem o intuito de

promover essa interação entre texto e sujeitos como motivação para leitura e escrita

de poemas utilizando o Blog entre outras estratégias e formas de produção,

incentivo e compartilhamento.

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FUNDAMENTAÇÃO

A leitura é muito mais do que uma simples relação dos olhos com os livros... A leitura é um espaço, um lugar predileto, uma luz escolhida, um ritual em que importa até a época do ano.

(Luis Garcia Montero)

A leitura é um meio de formação e transformação humana que deve ser

ensinada e promovida sempre. Ler é um processo social. Segundo Freire (1985,

p.11) "a leitura do mundo precede a leitura da palavra", mostrando-nos a importância

de todos os conhecimentos antes e depois da alfabetização, para que os novos

leitores sejam capazes de interpretar, sejam autônomos de seus próprios interesses,

dado que a leitura não é só repetir fonemas ou decodificar códigos, mas é um todo

relacionado. Silva (2005, p.6) corrobora escrevendo que “a boa leitura é aquela que,

depois de terminada, gera conhecimentos, propõe atitudes e analisa valores,

aguçando, adentrando,refinando os modos de perceber e sentir a vida por parte do

leitor”. Ler é usar conhecimentos de vida para chegar a outros mais elaborados.

Para Cândido (1972) a literatura é vista como “arte que transforma/humaniza

o homem e a sociedade”. (Cândido apud Diretrizes Curriculares para a Educação

Básica, 2008, p.57). A leitura só ocorre plenamente quando o homem é capaz de,

através do conhecimento, transformar-se e melhorar o mundo que o cerca.

Ainda de acordo com Machado (1999, p.40), temos que “um livro não é

apenas aquilo que está escrito nele, mas também a leitura que o leitor faz desse

texto”. Queremos, pois, formar leitores que exercitem o senso crítico e isto só se

consegue com muito incentivo para a leitura na escola, provocação de debates que

suscite opiniões diversas.

De nossa parte entendemos que o desenvolvimento de oficinas para a

leitura de e escrita de poemas que serão apresentados de diversas modalidades de

exposição, somadas ao uso do Blog, acreditamos que o trabalho acrescenta um

saldo positivo aos processos de leitura e escrita, tão importantes para a produção de

novos conhecimentos e também para a formação do senso crítico.

Cagliari (1991, p.1480) afirma, “A leitura é a realização do objeto da escrita.

Quem escreve, escreve para ser lido. O objeto da escrita é a leitura”. Assim funciona

nosso material didático: o estudante lê e escreve poemas na classe, posta no Blog,

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lê as postagens, escreve comentários, esses, por sua vez, são lidos novamente e,

assim segue-se um círculo de leitura-escrita-leitura. Atividades como “A árvore de

leitura”, Pão com poesia, Tem poesia na Praça e outras, compõe o elenco de

incentivo a leitura e escrita de poemas.

Neste contexto entendemos ainda mais a importância do trabalho do

professor, conforme frisa nas Diretrizes Curriculares Estaduais,

Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da comunicação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos (intertextualidade) (PARANÁ, 2008, p.73)

A escola deve propiciar o acesso a diferentes textos produzidos nas muitas

esferas sociais, inclusive considerar as linguagens não verbais. Todas apresentam

possibilidades de leitura de mundo, cabe-nos ensinar nossos educandos a lê-las,

pois muitos têm dificuldades de ler o mundo que os cerca, e até mesmo, dificuldades

para entender a própria língua portuguesa.

O professor, inúmeras vezes, percebe que o ensino da leitura parece vazio e

estéril. Neste momento precisamos, pois ser criativos, gostar de ler, de contar

histórias para cativar os educandos, utilizar as mídias, aproveitar as novas

tecnologias e a Internet para ir tecendo os fios e tramas da aprendência e de

desenvolvimento do senso crítico.

O livro foi uma criação plena, mas de acordo com Magda Soares

[...] o hipertexto, ao contrário, tem a dimensão que o leitor lhe der: seu começo é ali onde o leitor escolhe, com um clique, a primeira tela, termina quando o leitor fecha, com um clique, uma tela, ao dar-se por satisfeito ou considerar-se suficientemente informado – enquanto a página é uma unidade estrutural, a tela é uma unidade temporal. (SOARES, 2002, p.7)

Este novo letramento ainda assusta muitas pessoas por parecer que vai

substituir o livro, a leitura e escrita tradicionais. Urge entender que esta nova

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tecnologia surgiu para somar, auxiliando as já existentes. Seu objetivo é facilitar a

vida das pessoas, aproximando-as, melhorando a comunicação, facilitando a

educação e o conhecimento.

Os educandos, inclusive, preferem utilizar o computador e as ferramentas

que ele dispõe. É uma forma mais interativa de aprender. Eles podem escrever seu

texto, modificar o texto de outro, partilhar opinião, postar comentários, comunicarem-

se, pesquisar... E tudo isto exige produção escrita e leitura. Dal Molin (2003)

corrobora "Na era da tecnologia, os princípios fundamentais da Aprendência são a

flexibilidade, a integração e o compartilhamento das idéias e saberes”.

O bom professor é flexível. Ele lembra de incluir em suas aulas, além de

bons livros, estratégias tecnológicas como a Internet e outros dispositivos digitais

para dinamizar e atualizar suas aulas. É um grande desafio utilizar o Blog atrelado

às oficinas de leitura e escrita de poemas, uma vez que, este universo tecnológico

ainda nos assusta, mas com a paixão que me toma e o desejo de superar desafios,

sei que vou ultrapassar os temores que me cercam.

Na contemporaneidade é comum à criança e o jovem navegar na web, os

que tem acesso. É um meio natural, para eles, de comunicação. Para eles acessar a

www via site, e-mail, facebook, orkut, blog, MSN é algo natural; comunicam-se,

conversam, pesquisam, conectam-se com o mundo. O Blog foi criado no final de

2001 por Evan Williams, no site blogger.com, tornou-se mania entre os jovens.

Atualmente é utilizado por profissionais de todas as áreas. A maioria dos provedores

é gratuita facilitando assim a adesão de tantos usuários; pode ser acessado por

qualquer pessoa e permite que as mesmas comentem as postagens. Nesse material

ele será utilizado como actante das oficinas de poemas para divulgar o trabalho,

interação entre os participantes, ampliação do conhecimento, comunicação e

avaliação.

Como apregoa Pierre Lèvy (1999, p. 145) em seu livro Cibercultura, que “Os

mundos virtuais podem eventualmente ser enriquecidos e percorridos coletivamente. Tornam-se um

lugar de encontro e um meio de comunicação entre seus participantes”.

Assim o blog: http://aleituraestanoar.blogspot.com será enriquecido com as

produções dos alunos proporcionando uma troca poética de comunicar

conhecimento entre os participantes da 5ªsérie (6º) ano e a comunidade.

Essa troca poética será possível porque a poesia pertence a todas as

épocas, é uma forma natural de expressão entre a humanidade, é música, é ritmo, é

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melodia, é a voz da alma para despertar emoções e sentimentos, é a inspiração

para falarmos das coisas como as vemos e sentimos, é autoconhecimento. Nela

predomina uma linguagem afetiva que ainda existe nos educandos de 5ªsérie (6º).

Desperta a fantasia e a sensibilidade tão necessárias para nos entendermos e ao

mundo que nos cerca; desperta para os diferentes valores contidos na palavra, suas

combinações morfológicas e tônicas, estruturação, recursos visuais, auditivos e

expressionais que se percebe ao estudar um poema. A poesia cumprirá o seu papel

integrador assim que buscamos na palavra do poeta e do educando a essência da

expressão do ser humano. Trabalhar poemas é explorar os recursos metafóricos da

linguagem, o valor emocional da palavra, a beleza mágica da língua; é perceber que

ela educa a sensibilidade e a arte de ouvir, melhorando a leitura na rima e na prosa.

Poema é forma, poesia é substância. Huizinga corrobora

A poesia é uma função lúdica. Ela se exerce no interior da região lúdica do espírito, num mundo próprio para ela criado pelo espírito, no qual as coisas possuem uma fisionomia diferente da que apresentam na vida comum, e estão ligadas por relações diferentes das da lógica e da casualidade. (HUIZINGA, 1999. p. 133).

Trabalhar poesia/poema contribui para a formação integral do estudante

porque envolve descobertas, sentimentos, invenção, encantamento. Auxilia no

autoconhecimento afetivo e cognitivo. O desafio é permitir que o estudante viva seu

mundo de imaginação visitando o mundo de imaginação presente nos poemas.

Para implementar nosso trabalho de intervenção pedagógica na escola,

escolhemos várias estratégias de ação e dentre elas as oficinas de leitura e escrita

de poemas, que nos possibilitam estender outras possibilidades de interferência no

cotidiano dos educandos, da escola e da comunidade da qual estamos inseridos.

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PROCEDIMENTO, CONTEÚDOS, ORIENTAÇÕES E ATIVIDADES Oficinas de leitura e escrita de poemas.

Blog: http://aleituraestanoar.blogspot.com

OFICINA 1 – MURAL DE POEMAS

Objetivos

Verificar o conhecimento dos alunos sobre poesia e poemas.

Reconhecer diversas formas de poemas.

Organizar o mural de poemas.

Atividades

- Distribuição do poema impresso: ”Convite” – de José Paulo Paes Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/Mjk2NDA/ último acesso em 28/07/2011.

- Ler para a classe o poema: “Convite” de José Paulo Pais. - Trocar ideias com a classe a respeito do poema. Pedir para que os alunos leiam em voz alta também. - Realizar um levantamento para descobrir os poemas que os alunos já sabem, para poder ampliar seu repertório e levá-los a apreciar mais os poemas. - Para isso dividir a classe em grupos de três alunos para que dialoguem e partilhem os poemas que conhecem. - Apresentação dos poemas que os grupos escolheram. Anotar o nome dos poemas no quadro de giz. - Então cada grupo anota um poema em uma folha branca e ilustra para afixá-la no mural. - Combinar com a turma a melhor forma de organizar o mural. Depois organizar juntos. Colocar os poemas nele e deixá-lo bem bonito. Convidar os outros sextos anos para ler. - Passar para o aluno anotar no caderno: Poema = é um texto em prosa em que há poesia. Poesia = é a expressão de sentimentos e emoções, toca a sensibilidade através de uma linguagem. Duração: aproximadamente 4 aulas

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Oficina 2 – CONHECER O BLOG

Objetivos

Acessar e navegar no Blog:< http://aleituraestanoar.blogspot.com>

Criar um e-mail para cada aluno.

Atividades

- Explicar aos alunos que eles irão ao laboratório conhecer o

blog, dar o endereço do Blog. Dizer-lhes que irão fazer o e-mail

dos que ainda não tem que terão de ficar em trios no

computador, que quem for aprendendo deve ir ajudando os

outros.

- Levar a turma ao laboratório de informática. Acessar o blog:

http://aleituraestanoar.blogspot.com e deixar que leiam.

- Dizer-lhes que aí serão postadas suas produções. Que eles

poderão postar comentários, para isso cada um terá o seu e-mail;

também para se comunicar com a professora fora da escola.

Ensinar fazer um e-mail individual, enviar e abrir. Tarefa: enviar

e-mails.

Duração: aproximadamente 4 aulas

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OFICINA 3 – ENTÃO, UM POEMA

Objetivos

Conhecer as características do poema: versos, estrofes, rimas.

Atividades

Parte 1

- Conversar com a turma sobre os poemas que estão no mural:

trocar idéias e informações; fazer perguntas sobre eles: Como os

versos estão organizados? Por que são diferentes de um texto de

jornal, de uma história, de um resumo? Os versos pulam linhas?

Tem rimas? Sonoridade? Como se chama cada linha de um

poema?

- Registrar no caderno:

Poema: é um texto em que há poesia.

Poesia : é a versão em palavras de como o poeta

sente e vê o mundo.

Estrofe : é um conjunto de versos.

Verso: é cada linha de um poema.

Rima: são palavras que tem sons iguais ou

semelhantes, que combinam, e dão musicalidade

aos versos.

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Atividades

Parte 2

- Passar o vídeo do poema: O Relógio – Vinícius de Moraes,

disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=gUZBPCnOKwU acesso em 28/07/2011.

- Pedir-lhes para ler o poema em voz alta, todos juntos. Ler em

voz alta na classe.

- Perguntar: De que trata o poema? O que ele pode exprimir?

Quantos versos ele possui? Quantas estrofes? Tem rimas? Tem

sonoridade? Poemas têm que ter rimas e sonoridade? O que

aprenderam até agora sobre poemas?

Identificar estas questões nos poemas do mural. Anotar no

quadro as respostas dos alunos em forma de itens.

- Dividir a classe em trios, pedir para cada grupo anotar, em tiras

de papel, um item do quadro. Fixar as tiras no mural.

- Pedir aos mesmos trios para dramatizar o poema. Confeccionar

com eles três relógios em cartolina, recortar, colocar um barbante

para pendurar no pescoço. Eles vão declamar o poema fazendo

os movimentos do tic-tac com o corpo. Pode filmar, fazer um

vídeo para por no Blog.

Duração aproximada: 4 aulas.

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OFICINA 4 – LER NA INTERNET

Objetivos

Pesquisar e ler poemas na internet.

Ampliar seu universo de leitura de poemas.

Escolher e imprimir um poema para a árvore da leitura.

Atividades

- Levar os alunos ao laboratório de informática e permitir que

descubram e leiam vários poemas. Pedir-lhes para digitar no

Google “poemas de Cecília Meireles”, (Vinícius de Moraes, Paulo

Leminski, Manoel Bandeira e outros), e eles descobrirão lindos

poemas. Estipular um tempo para a leitura.

- Dizer para cada trio escolher um poema para a árvore da

leitura. Imprimir os poemas. De volta à classe permitir que

coloquem os textos em garrafas pets, transparente, que foram

previamente providenciadas. Dar um pedaço de barbante para

amarrar cada garrafa. Levá-los ao pátio da escola, escolher as

melhores mangueiras e amarrar as garrafas com os poemas.

- Fotografar as ações.

- Convidar a comunidade escolar para ler.

Duração aproximada: 4 aulas.

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OFICINA 5 - EXPERIÊNCIA DE POETA

Objetivos

Escrever um poema para avaliar o que já aprenderam.

Avaliar sua produção.

Atividades

- Revisar com os alunos o que já foi estudado sobre poemas. Fazê-los

lembrar que um poema é diferente de uma redação escolar ou de um

diário. Ele expressa a emoção do poeta, a forma como ele vê a

realidade.

- Quem escreve, escreve para ser lido, mas também para emocionar,

divertir, informar e fazer pensar.

Informar à turma que eles são os poetas e suas produções vão ser

expostas num varal de poesias, algumas vão ser postadas no Blog e

uma será publicada no jornal da cidade “Espaço Regional”.

- Cada um vai escrever no seu próprio caderno, o tema é “Minha Vida

Atual”

- Antes de escrever pense: Vou fazer várias estrofes ou só

uma?Quantas? Vou colocar rimas? Como eu vivo? O que gosto de

fazer e o que não gosto? Como me divirto? O que sonho para meu

futuro? Que esporte pratico? Como me relaciono com minha família e

amigos? Sou alegre ou triste? O que faço além de estudar? O que me

deixa feliz? O que me deixa magoado? Como é minha vida escolar?

Sou estudioso? Sou amigável e comunicativo?

- Corrigir possíveis falhas nas produções dos alunos. Distribuir uma

folha para cada um e pedir-lhes para passar o poema a limpo e ilustrar.

- Apresentar as produções poéticas para a classe.

- Organizar com a turma o varal de poemas onde a comunidade escolar

possa ler.

- Postar no Blog também. Escolher uma para publicar no jornal da

cidade.

Duração aproximada: 4 aulas.

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OFICINA 6 - HAICAI

Objetivos

Conhecer haicais.

Diversificar os conhecimentos sobre poemas.

Atividades

- Colocar um haicai na carteira de cada estudante. Pedir para cada

aluno pegar o seu e ler em voz alta. Perguntar se sabem que tipo de

texto é esse que acabaram de ler. Se souberem interagir com eles; se

não, explicar.

- Registrar no caderno:

Haicai é um poema de origem japonesa. É conhecido como haiku no

Japão. Está no Brasil desde o início do século XX onde é estudado e

praticado por muitos brasileiros. Inicialmente fazia referência à

natureza. Indica um acontecimento no presente.

- É um poema de três versos, divididos em 5, 7 e 5 sílabas poéticas.

Haicai: Chega a primavera

Perfumes transpõem os muros

Destes casarões – Zuleica dos Reis

Disponível em <http://www.kakinet.com/antologia/ > acessado em

20/03/2011

Ex.: Che gaa pri ma ve ra = 5 sílabas poéticas

Per fu mês trans põem os mu ros = 7 sílabas poéticas

Dês tes Ca sas rões = 5 sílabas poéticas

- Fazer o mesmo com outros haicais, pegar os que os alunos leram.

- Pedir para formar duplas e escrever um haicai. Orientá-los. Dizer-lhes

para apresentar para a classe. Distribuir tiras de papel para passar o

haicai a limpo e por no mural. Postar no Blog.

Duração aproximada : 4 aulas.

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OFICINA 7 - QUADRINHAS RIMADAS

Objetivos

Identificar rimas e aliterações.

Criar quadrinhas rimadas.

Atividades

Parte 1

- Escrever na lousa a quadra popular:

“Lá atrás daquele morro

Passa boi, passa boiada.

Também passa professora

Ensinando a garotada”.

- Perguntar se sabem que texto é este se conhecem outros, anotar as

quadras que eles falam. Se for necessário sugerir outras. Explorar as

rimas.

- Registrar no caderno:

Quadra: poema com quatro versos com rimas, geralmente, no final do

segundo e quarto versos e no primeiro e terceiro versos.

- Copiar três quadras populares no caderno.

- Em duplas inventar duas quadras bem bonitas para apresentar e

expor.

- Se for necessário os dicionários estarão à disposição para formar

rimas.

Duração aproximada : 2 aulas.

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Atividades

Parte 2

- Encapar uma caixa de sapatos com papel colorido e colocar nela

inúmeras quadras de Fernando Pessoa. Todas recortadas em

quadrados. Ligar um som. Organizar a classe em círculo. Pedir para

cada estudante passar a caixa de mão em mão, parar a música, quem

estiver com a caixa na mão pega uma quadra e recita bem alto.

Continuar até todos recitar

- Chamar a atenção para as palavras que rima, qual verso rima com

qual. O tipo de verbos usados. Que o poeta usa as palavras no tempo

normal. Incentivá-los a usar o dicionário para possíveis dúvidas.

- Perguntar-lhes se sabem quem escreveu essas quadras. Fale para

eles sobre o autor.

- Registrar no caderno:

Fernando Pessoa: grande poeta português, considerado o maior.

Escreveu sob vários nomes diferentes. Criou heterônimo: um

pseudônimo com biografias, personalidades e características próprias.

Os mais conhecidos no Brasil são: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e

Álvaro de Campos.

Duração aproximada : 2 aulas.

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Atividades

Parte 3

- Outra forma de brincar com as palavras é essa encontrada na “A

Onda” de Manuel Bandeira, disponível em

<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-bandeira/a-

onda.php> acesso em 28/07/2011.

- E “Colar de Carolina” de Cecília Meireles, disponível em

http://www.casadobruxo.com.br/poesia/c/colar.htm. acesso em

28/07/2011.

- Passar um deles para a classe; ler para a turma; pedir para que eles

leiam todos juntos.

- Pergunte: Este poema pode ser considerado musical? Tem algum

som que se repete? Qual? Já ouviram falar de fonemas? E aliteração?

Explore a musicalidade e a intencionalidade.

- Revisar rimas, versos, estrofes.

- Em grupos recitar, colocar poesia no poema.

- Registrar no caderno:

Fonemas: som de cada letra.

Aliteração: Fonemas que se repetem.

Copiar as aliterações do poema “A Onda” e “Colar de Carolina”

Postar o trabalho no Blog e no mural.

Ir ao laboratório de informática para ler e conhecer mais sobre os

autores estudados nesta oficina e suas poesias.

Duração aproximada : 2 aulas.

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OFICINA 8 – SARAU DE CLÁSSICOS

Objetivo

Conhecer poemas clássicos da nossa literatura.

Atividades

- Preparar uma chuva poética

- Selecionar vários poemas de autores brasileiros e portugueses;

escrevê-los em folhas brancas, dobrá-las e colocá-las dentro de balões,

enchê-los e pendurá-los no teto da classe. Dizer-lhes que nessa aula

vai chover poesia, então estourar os balões. Dizer-lhes para juntar os

poemas e, em duplas, fazer leitura silenciosa.

TEXTOS

Soneto XXXII - Guilherme de Almeida. Poema das Reformas – Cláudio Murilo De Gramática e de Linguagens – Mário Quintana. Dois e Dois: Quatro – Ferreira Gullar As Borboletas – Vinícius de Moraes. Se todos fossem iguais a você – Vinícius d e Moraes. Soneto da Felicidade – Vinícius de Moraes. Soneto da Separação – Vinícius de Moraes. Canção da tarde no campo – Cecília Meireles. O Cavalinho Branco – Cecília Meireles. José – Carlos Drummond de Andrade. Onda que, enrolada, tornas – Fernando Pessoa. Balada da Neve – Augusto Gil. O Pintor – Roseana Murray. Amigo – Roseana Murray. Oração do Tempo – Caetano Veloso. Atrás da Porta – Chico Buarque. O Bicho – Manuel Bandeira. Soneto (Amor) – Luís Vaz de Camões. Casamento – Adélia Prado

- Espalhar dicionários pela sala para usarem nas possíveis dúvidas.

- Pegar um poema. Ler em voz alta. Pedir-lhes para fazer o mesmo.

- Ajudá-los a descobrir que sentimentos ou impressões os poemas

evocam.

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Atividades - (Continuação)

- Pergunte: O que você sentiu ao ler e ouvir o poema? Foi a mesma

sensação? O que ele lhe fez lembrar? Coisas tristes ou alegres? Por

que o poeta usou estas palavras em seus versos? Este poema ensina

algo? Faz pensar? Diverte?

Revisar questões sobre ritmo, sonoridade, rimas, estrofes, versos, tom

para declamar.

- Registrar no caderno:

Poetas mostram uma maneira única de ver o mundo, expressam os

sentimentos e descrevem os lugares de uma forma original.

Às vezes nos identificamos com o que o poeta expressa em sua obra.

- Quando vamos ler temos um objetivo: buscamos informação,

conhecimento ou entretenimento.

- O objetivo da leitura de um poema é o encantamento com a forma

diferente que os poetas têm de ver a vida e as coisas do mundo; é a

busca de novos significados e sentidos, compreensão e interpretação

da realidade; é perceber o que é relevante no poema.

- Agora cada grupo vai preparar um jeito de apresentar seu poema para

a classe: pode ser com gestos, movimentos, entonação, ritmo, pausas,

em forma de jogral, procure cativar os ouvintes,

- O professor também declama um poema para a classe.

- Cada grupo escolhe um poema, copia no caderno e faz uma cópia

ilustrada para afixar no mural.

- Postar alguns no Blog.

- Apresentação do sarau.

- Previamente pedir para as garotas trazer um prato e os garotos um

refrigerante para a apresentação.

- Organizar a sala em círculo e num canto a mesa com os “comes e

bebes”.

- Cada grupo vai apresentar seu poema conforme ensaiou e depois

encerrar com o lanche.

- O professor pode fotografar as ações e fazer um vídeo para postar no

Blog.

Duração: aproximadamente 5 aulas.

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OFICINA 9 - NOME DA GENTE

Objetivos

Descobrir a história do próprio nome.

Pesquisar o significado do seu nome.

Ler com entonação e fluência.

Escrever a história do se nome.

Atividades

- Distribuir o poema: ”Nome da Gente” de Pedro Bandeira.

BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris 16ed. São Paulo: Moderna, 1991. p. 12.

- Ler o texto para a classe.

- Pedir para a turma ler também: primeiro em silêncio, depois em grupo e individual.

- No caderno do aluno: (Passar as questões no quadro)

1 – Você concorda com a opinião do eu lírico na última estrofe do poema? Justifique

sua opinião.

2 – Copie a 1ª estrofe substituindo isso , aquilo , jacaré e crocodilo por outras

palavras inventando rimas. Observe o exemplo:

Por que é que me chamo Cláudio e não me chamo Muriel?

Por que é que cavalo não se chama carrossel?

3 – Reescreva a 3ª estrofe no plural:

4 – Preencha os espaços com o verbo pôr e faça as adaptações necessárias:

Vocês já ------------ o nome na folha?

Quando eu tiver uma filha vou --------------- um nome bem bonito.

Vá --------- a mesa para o jantar, Pedro!

Ele ---------- o material na mochila, ontem, antes de ir dormir.

As crianças ----------- o pé no molhado sempre que podem.

5 – Reescreva as frases do exercício anterior substituindo o verbo pôr pelo verbo

colocar .

- Pesquise com seus pais a história do seu nome.

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- Leve-os ao laboratório de informática para pesquisarem no Google o significado de

seus nomes.

- Previamente pedir para os alunos pesquisar com os pais a história de seus nomes.

- Escreva um texto contando a história do seu nome. Siga os seguintes tópicos:

1º parágrafo – como é seu nome e quantos anos você tem: quem escolheu o seu

nome, o que ele significa.

2º parágrafo – motivos que levaram à escolha de seu nome. Inclua, entre aspas, a

explicação que você recebeu sem esquecer-se de indicar quem explicou.

3º parágrafo – qual sua opinião sobre o seu nome: você gosta ou não dele, por que,

que outro nome gostaria de ter.

- Corrigir as produções dos alunos e postar algumas no blog.

- Peça para lerem seus textos para a classe e colocarem no mural da escola.

- Agora transforme seu texto em poema e leia para os colegas.

Duração: 5 aulas aproximadamente.

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OFICINA 10 – ACRÓSTICOS

Objetivos

Conhecer acrósticos.

Escrever um acróstico com seu próprio nome.

Pesquisar biografia de Patativa do Assaré.

Atividades

- Passar o acróstico na lousa. Lê-lo em voz alta para a turma. Pedir-lhes para lerem

todos juntos.

- Copiar o acróstico:

- Pergunte, leitor amigo.

Aonde foi Patativa?

Terminando a narrativa

Atentamente lhe digo:

Teve ele o seu abrigo

Imediato no céu.

Velando pelo incréu,

Além de todo o perigo.

Dizendo sempre consigo:

O pai proteja o cordel!

Assim, fique, eternamente,

Seu verso sempre presente,

Seu exemplo mais profundo

Ao reviver Patativa

Repito: sua chama viva

É uma lição para o mundo!

Patativa do Assaré, A Voz que ainda Canta o Sertão

http://www.compadrelemos.com/visualizar.php?idt=102467.acessado em 24/03/2011

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Perguntar: Gostaram? Perceberam alguma singularidade diferente dos outros

poemas? Como o autor ordenou as letras iniciais dos versos? O que formou?

Sabem como se chama este tipo de poema?

Pesquisar no dicionário as palavras desconhecidas.

Dizer: Façam uma lista com suas características pessoais, seus gostos e objetivos e

procurem, no dicionário, palavras que rim

Anotar

Acróstico – é um recurso poético, uma forma de poema em que as letras iniciais dos

versos formam um nome, uma palavra.

No caso de Patativa do Assaré, assim como outros poetas da literatura de cordel,

(poetas populares), usam o acróstico nos seus versos para identificá-lo.

Cada um vai escrever um acróstico com o seu nome.

Este é o meu:

Muito mais conhecimento

Acróstico quero cantar

Reitero neste momento

Garra para confabular

Agora já aprendi

Rimas lindas produzir

E no Blog vou postar

Tenho vontade de ler.

E até de pesquisar.

Ler os acrósticos e postar no Blog.

Ir ao laboratório pesquisar sobre Patativa do Assaré e literatura de cordel.

Apresentar a pesquisa na classe.

Fazer um resumo coletivo na lousa para postar no Blog e por no mural.

Duração aproximada: 6 aulas.

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OFICINA 11 – POEMAS NARRATIVOS Objetivos: Conhecer esse gênero. Revisar narração. Atividades: Apresente o texto: “Carta” – do poeta Carlos Drummond de Andrade. (Obra completa, Rio de Janeiro, Aguillar, 1967. P.349) em folhas impressas.

Carta

Há muito tempo, sim, que não te escrevo. Ficaram velhas todas as notícias. Eu mesmo envelheci: Olha, em relevo, Estes sinais em mim, não das carícias. (tão leves) que fazias no meu rosto: São golpes, são espinhos, são lembranças Da vida a teu menino, que ao sol - posto Perde a sabedoria das crianças. A falta que me fazes não é tanto À hora de dormir, quando dizias “Deus te abençoe”, e a noite abria em sonho. É quando, ao despertar, revejo a um canto A noite acumulada de meus dias, E sinto que estou vivo, e que não sonho. Ler o texto. Pedir para os alunos ler em silêncio. Perguntar: Que tipo de texto é esse? É igual ou diferente dos que já estudamos? Quais são suas características? O que é soneto? Qual a diferença entre poesia e prosa? O que é narração? Para quem o autor escreveu? É semelhante a qual meio de comunicação? Esclareça o vocabulário caso haja dúvidas. Quem já escreveu, recebeu ou enviou cartas? Quem sabe escrevê-las? Qual o tipo de correspondência mais comum, atualmente, que substitui a carta? Quem já escreveu ou recebeu e-mails? Qual a diferença do endereço de carta e de e-mail? Vocês já têm um endereço de e-mail, lembram? Ler o soneto para a classe. Pedir para a classe ler também. Registrar no caderno do aluno:

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Poemas narrativos são poemas que narram (contam) uma história, um fato ou acontecimento. Eles apresentam uma sequência de acontecimentos. Soneto é um poema com quatorze versos, divididos em dois quartetos e dois tercetos. Quarteto é a reunião de quatro versos do poema. Terceto é a reunião de três versos do poema. E-mail é o correio eletrônico. Prosa é quando as linhas ocupam todo o espaço da página, menos as margens convencionais. O texto divide-se em parágrafos. Poesia: as linhas não ocupam todo o espaço horizontal da página. O texto divide-se em estrofes. Cada linha recebe o nome de verso. Em duplas, escrever um poema narrativo contando alguma coisa sobre sua vida, sua escola ou sua comunidade. Apresentar as produções na classe e postar no Blog. Duração aproximada: 5 aulas.

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OFICINA 12 – CHÁ POÉTICO Objetivo: Socializar os resultados da aplicação do material didático. Atividades Convidar os pais e a comunidade escolar para prestigiar. Passar slides das fotos tiradas no decorrer do trabalho coma as oficinas no data show. Os alunos vão declamar poemas que produziram ou leram as oficinas. Preparar poemas para distribuir aos visitantes. Servir um chá gelado. Duração aproximada: 4 aulas. LEMBRETE AO PROFESSOR Preparar com antecedência os recursos utilizados em cada oficina. Ter muitos outros poemas impressos na caixa de poemas: acrósticos, quadras, haicais, poemas narrativos, poemas clássicos, quadras e outros para o aluno ler na sala de aula. RECURSOS UTILIZADOS NAS OFICINAS Poemas impressos, cartolina, material escolar do aluno, lápis de cor, mural de poemas, computador, impressora. Laboratório de informática, Blog http://aleituraestanoar.blogspot.com Pendrive, tvpendrive, vídeos, câmera digital, aparelho de som e cd. Internet, papel A4, poemas impressos para a “Árvore da Leitura”, Poemas impressos para a caixa de poemas que estará sempre à disposição para leitura. Caixa de sapatos vazia e encapada, balões, garrafas pets, barbante, cola, tesoura, TNT. Dicionários, uma caixa de livros ficará a disposição na classe para leitura em casa, sala de aula, pincel atômico, data show. AVALIAÇÃO A avaliação será permanente e progressiva. Avaliar as produções escritas, a seqüência das ideias, observar ortografia, clareza.

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As apresentações orais, o desempenho, participação e interesse durante todo o processo. A produção de pesquisa e resumo. O sucesso, seriedade e cooperação na realização das atividades. Acertos nas respostas. Declamação de poesias.

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CAGLIARI, Luís Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 1991. DAL MOLIN, Beatriz Helena. Do tear a tela: uma tessitura de linguagens e sentidos para o processo de aprendência . Tese de Doutorado em Engenharia da Produção, Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, UFSC, Florianópolis. (237f). 2003. FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler . 9 ed. São Paulo: Cortez, 1985. GUINDASTE, Reny Maria Gregolin Língua Portuguesa: 6ªsérie//Reny Maria Gregolin Guindaste, Elisiani Vitória Tiepolor, Sonia Aparecida Gladis Medeiros. Curitiba: Módulo, 1994 128pp.:il p. 30 HUIZUNGA, Johan. Homo Ludens . 4 ed. São Paulo: Editora Perspectivas, 1999.

KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura . Campinas: Pontes, 2000. LAJOLO, Marisa. O texto não é pretexto. Será que não é mesmo? Escol a e Literatura Velha Crise e Novas Alternativas. Global, São Paulo, 2009.

________. Do mundo da leitura para a leitura do mundo . 2 ed. São Paulo: Ática, 1994. LÉVY, Pierre. Cibercultura . São Paulo: Editora 34, 1999.

MACHADO, Ana Maria. Contracorrente: conversa sobre Leitura e Política. São Paulo: Ática, 1999.

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SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita : letramento na cibercultura. Educ. Soc. , Campinas, v. 23, n. 81, 2002. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101> Acesso em 02/08/2011. .