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Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596

Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina, Pr).

Anais do 16o Simpósio de Controle Biológico - 11 a 15 de agosto de

2019 Londrina Pr./ (Org.). Adeney de Freitas Bueno et al. – Londrina, Pr:

Parque Ney Braga, 2019.

ISBN.: 978-85-94054-02-9

Modo de acesso: https://siconbiol.com.br/

Encontro realizado nos dias 11 a 15 agosto de 2019, com o tema:

“Controle biológico: da academia ao campo, rumo à sustentabilidade”

1.Entomologia. 2. Simpósio. 3. Pesquisa. 4. Controle biológico. I.

Bueno, Adeney de Freitas. II. Neves, Pedro Manuel Oliveira Janeiro. III.

Potrich, Michele. IV. Carvalho, Geraldo Andrade. V. Título.

CDD: 632.7

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COMISSÃO ORGANIZADORA

PRESIDENTE

Adeney de Freitas Bueno – Embrapa Soja

VICE-PRESIDENTE

Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves - Universidade Estadual de Londrina

PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Geraldo Andrade Carvalho – Universidade Federal de Lavras

TESOURARIA

João Armelin Filho – Embrapa Soja

SECRETARIA

Hugo Soares Kern – Embrapa Soja

Sandra Maria Santos Campanini – Embrapa Soja

COMISSÃO CIENTÍFICA Ângelo Pallini – Universidade Federal de Viçosa

Brígida de Souza – Universidade Federal de Lavras

Bruno Zachrisson – Instituto de Investigación Agropecuaria de Panamá

Daniel Ricardo Sosa Gomez – Embrapa Soja

Dirceu Pratissoli – Universidade Federal do Espírito Santo

Dori Edson Nava – Embrapa Clima Temperado

Fernando Hercos Valicente – Embrapa Milho e Sorgo

Flávio H. V. Medeiros – Universidade Federal de Lavras (Fitopatologia)

Harley Nonato – Embrapa Agropecuária Oeste

Italo Delalibera Jr. – Universidade de São Paulo, Esalq

Jorge Braz Torres – Universidade Federal Rural de Pernambuco

José Eduardo Marcondes de Almeida – Instituto Biológico

José Roberto Postali Parra – Universidade de São Paulo, ESALQ

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Luís Cláudio Paterno Silveira – Universidade Federal de Lavras

Marcus Vinícius Sampaio – Universidade Federal de Uberlândia

Maria Isabel Balbi Peña – Universidade Estadual de Londrina (Fitopatologia)

Maria Fernanda G. Billalba Peñaflor – Universidade Federal de Lavras

Odair Aparecido Fernandes – UNESP, Jaboticabal

Regiane Cristina Oliveira de Freitas Bueno – Unesp, Botucatu

Ricardo Antonio Polanczik – Unesp, Jaboticabal

Rogério Biaggioni Lopes – Embrapa, Cenargen

Tiago Cardoso da Costa Lima – Embrapa Semiárido

Vanda Helena Paes Bueno – Universidade Federal de Lavras

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS E

CONCURSO DE ESTUDANTES

Coordenadora: Michele Potrich – Universidade Federal Tecnológica do Paraná – Campus

Dois Vizinhos

Membro: Geraldo Andrade Carvalho – Universidade Federal de Lavras

COBIQUIZ Adriano Thibes Hoshino - Universidade Norte do Paraná (Unopar)

Bruna Magda Favetti – PROMIP Manejo Integrado de Pragas

Gabriela Vieira Silva – Agribela Soluções Tecnológicas

PROGRAMAÇÃO SOCIAL E TURÍSTICA Jaciara Gonçalves – Universidade Federal do Paraná

CONCURSO DE FOTOGRAFIAS Adair Vicente Carneiro – Embrapa Soja

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APRESENTAÇÃO

Este volume contém os resumos dos trabalhos técnico-científicos apresentados no 16º

Simpósio de Controle Biológico (SICONBIOL), realizado na cidade de Londrina – PR, no

Parque Ney Braga, no período de 11 a 15 de agosto de 2019.

Promovido pela Sociedade Entomológica do Brasil (SEB) e realizado pela Embrapa e

Universidade Estadual de Londrina, o evento trouxe como tema principal “Controle

Biológico: da academia ao campo, rumo à sustentabilidade”.

O evento contou com a presença de aproximadamente 800 participantes entre

pesquisadores, professores, profissionais da área, consultores, produtores, estudantes de

graduação e pós-graduação. Com uma programação extensa, o Simpósio foi composto por

palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalhos na forma pôster, além do concurso de

estudantes que premiou os melhores trabalhos apresentados no evento e também o Cobiquiz

(jogo de perguntas e respostas voltadas ao controle biológico de insetos pragas e doenças).

Os participantes tiveram a oportunidade de trocar informações com os diversos

profissionais que ministraram as palestras e com colegas que trabalham com agentes de

controle biológico de pragas e doenças no Brasil e em outras partes do mundo.

Foram apresentados 450 resumos de trabalhos em formato poster, abordando 11 áreas

temáticas. Estes resumos estão publicaos neste documento.

Mais uma vez agradecemos a todos os participantes, patrocinadores, palestrantes e

comissão organizadora, que não mediram esforços e dedicação para que esta edição fosse um

sucesso.

Comissão Organizadora do Evento

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SUMÁRIO

ÁREA TEMÁTICA: Biotecnologia e formulação de biopesticidas………32

Obtenção de endotoxinas cry a partir de Bacillus thuringiensis utilizando fermentação em

biorreator………………………………………………………………………...…...……33

Produção de endotoxinas a partir de Bacillus thuringiensis utilizando diferentes meios de

cultivo……….…………………………………………………………...…...……………34

Gene expression associated to chemosensing in the parasitoid Diachasmimorpha

longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) ………………………………………….…….35

Uso da tecnologia de RNA de interferência como método de controle de mosca-das-frutas

(Diptera: Tephritidae) ……………………………………………...…...…………………36

Uso da tecnologia de RNAi para controle de Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas,

1851) (Hemiptera: Pentatomidae) ……………………………………………………...…37

Silenciamento gênico por RNAi: da biologia do desenvolvimento ao controle de

pragas…………………………………………………………………………………...…38

Avaliação da vazão e do espectro de gota na eficiência de Bt no controle de Spodoptera

frugiperda………...……………………………...………………………………………...39

Avaliação do potencial antagônico do bioproduto BioTCD à fungos

fitopatogênicos…………………….………………………………………………………40

Análise genômica e identificação de genes inseticidas de uma nova cepa de Bacillus

thuringiensis…………………….…………………………………………………………41

Eficiência de diferentes proporções da mistura do baculovírus (SfMNPV) no controle da

Spodoptera frugiperda…………………………………………………………..………...42

Gene silencing and mortality in larval stages of Anastrepha fraterculus induced by

RNAi……………………………………………………………………………………....43

Meios de cultivo e produção de Bacillus thuringiensis……………………………………44

Perfil de expressão de genes candidatos à tecnologia de RNA interferente em Brevipalpus

yothersi………………….…………………………………………………………………45

Efeitos de anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial de Diatraea saccharalis (F.) (L Lepidoptera: Crambidae) visando a multiplicação

de Trichogramma galloi Z. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Cotesia flavipes (C.)

(Hymenoptera: Braconidae) …………………….………………………………………...46

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Substitutos ao formaldeído no preparo da dieta artificial para criação de Diatraea

saccharalis (Fabricius) (Lepidoptera: Crambidae) em laboratório …….…………………47

Efeito do Tween 20 na formulação de um produto para biocontrole com Bacillus

thuringiensis 1450…………………..………………….………………………………….48

Produção de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 por fermentação bifásica e

sacos aerados…………………….…….…………………..………………………………49

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico com entomopatógenos/microrganismos…50

Patogenicidade de uma nova linhagem de Beauveria bassiana contra Lema bilineata…...51

Efeito de toxinas do milho Bt sobre a patogenicidade de nematoides entomopatogênicos

(Rhabditida: Steinernematidae, Heterorhabditidae) a larvas de Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera, Noctuidae)……………………………………………………………….…52

Tratamento de sementes de feijoeiro com Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae

visando ao manejo de pragas de folhas…………………….……………………………...53

Aplicação de Trichoderma harzianum em raízes de mudas de tomateiro visando ao

controle de pragas e doenças da parte aérea……………………….………………………54

Maize seed coating with microsclerotia of Metarhizium spp. as biostimulant and protection

against Spodoptera frugiperda…………………….………………………………………55

Effect of Exudate Droplets from Metarhizium sp. on Rhipicephalus microplus….………56

Ação de inseticidas sobre os ovos de Erinnyis ello L. 1758 (Lepidoptera: Sphingidae) com

diferentes idades…………………….……………….…………………………………….57

Rizobactérias multi-funcionais atuam também no controle da mosca branca……….……58

How is the current knowledge domain about biological control? ………………………...59

Associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin e Lavandula angustifolia para o

controle de Sitophilus zeamais…………………..………………………………………...60

UV-B Tolerance of Native Metarhizium spp. Conidia in Aqueous Suspensions, Oil-in-

water Emulsions, or in Different Types of Soil…………………….…………………..…61

Utilização associada de nematoides entomopatogênicos com inseticida e milho transgênico

no controle da Spodoptera frugiperda…………………….………………………….…...62

Ação de repelentes de predadores sobre ovos de percevejo parasitados com Telenomus

podisi……………………………….…………………………………………………...…63

Ação de repelentes de predadores sobre pupas de Cotesia flavipes…………………….…64

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Quantidade liberada de T. galloi para o controle dediferentes densidades de ovos de D.

saccharalis em cana-de-açucar……………….………………………………………...…65

Estabelecimento de Metarhizium spp. como endofítico em cana reduz as populações de

cigarrinha-das-raízes…………………….………………….……………………………..66

Efeito da inoculação de Metarhizium sp. no crescimento e produtividade de cana-de-

açúcar…………………….………………………………………………...…………...…67

Eficiência de Armigen® (HearNPV) em diferentes doses para o controle de Helicoverpa

armigera na cultura da soja em Imbituva…………………….……………………………68

Eficiência de Armigen® (HearNPV) Para o Controle de Helicoverpa armigera na Cultura

da Soja no Município de Lapa - PR…………………….…………………………………69

Eficiência de Armigen® (HearNPV) para o controle de Helicoverpa armigera na cultura

da soja em Ponta Grossa - PR…………………….………………………………………70

Ocorrência natural de Isaria javanica sobre Sarsina violascens e patogenicidade sobre

Gonipterus platensis………………………………………………………………………71

Influência dos estágios de Gonipterus platensis na infecção por Heterorhabditis

amazonensis…………………….………………………………...……………….………72

Influência da concentração de Heterorhabditis bacteriophora na mortalidade de

Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) …………………….……………………….73

Influência do substrato na infecção de nematoides entomopatogênicos a pupas de

Drosophila melanogaster Diptera:Drosophilidae…….……...……………………………74

Comparative virulence of blastospores and conidia of Beauveria bassiana and Cordyceps

fumosorosea against soybean pests…………………….………………………………….75

Biogenic synthesis and characterization of titanium nanoparticles based on Beauveria

bassiana…………………….…………………………………………………………...…77

Associação de terra de diatomáceas e Beauveria bassiana Unioeste 04 para o controle de

cascudinho-dos-aviários…………………….……………………………………………..78

Avaliação de isolados de Beauveria bassiana sobre Oligonychus yothersi (McGregor)

(Tetranychidae) na erva-mate…………………….……..…………………………………79

Efeito da associação de inseticida a base de Bt com adjuvante na concentração letal para

Spodoptera frugiperda…………………………………………………………………….80

Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) and Surtivo® Plus against Elasmopalpus

lignosselus…………………….…………...………………………………………………81

Efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos……82

Preservação a longo prazo do fungo Metarhizium rileyi adsorvido em sílica gel e mantido a

-20°C…………………….……………………...…………………………………………83

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Microesclerotia production of Purpureocillium lilacinum in three different media………84

Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP04) em diferentes

hospedeiros…………………….…………………………………………………….…….85

Virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos para controle do Euschistus

heros…………………….………………………………………………….…………...…86

Efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de Metarhizum anisopliae

isolado IBCB 425…………………….……………………………………………………87

Mortalidade e patogenicidade do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana em

formigas do gênero Atta sp. em condições de labo…………………….…………………88

Cordyceps javanica Associado a Inseticidas Químicos para o Controle de Bemisia tabaci

MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em Soja…………………….………………………..89

Seletividade de produtos biológicos a pupas de Trichogramma pretiosum Riley, 1879

(Hymenoptera: Trichogrammatidae) …………………….………...…………………...…90

Metodologia de Separação por Ludox e Purificação de Esporos e Cristais de Bacillus

thuringiensis var. Kurstaki…………………….….…………………………………….…91

Idade Larval e Temperatura para Sistemas de Produção de Baculovirus spodoptera

(SfMNVP) Utilizando Droplet Feeding Method……………...………………………...…92

Fungos entomopatogênicos contra Disonycha glabrata (Fabricius, 1775) (Chrysomelidae:

Alticinae) ……………………….….…………………………………………………...…93

Entomopathogenic nematodes on Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees

longevity…………………….…………………………………………………...……...…94

Does commercial entomopathogenic fungi interfere on the longevity of Apis mellifera L.

(Hymenoptera: Apidae) bees? …………………….…………………….……………...…95

Ocorrência natural de Beauveria bassiana sobre Cicadellidae em plantio de pinus na

cidade de Enéas Marques, Paraná-Brasil…………………….……………………………96

Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP03) em diferentes

hospedeiros…………………….………………………………………………….……….97

Eficiência do baculovírus no controle de Errinyis ello L., 1758 (Lepidoptera: Sphingidae),

em dois de tempos de armazenamento……………………..……………………………...98

Persistência de Cordyceps javanica e eficiência de controle de Bemisia tabaci em

intervalos de aplicações de fungicidas…………………….……………………………....99

Beneficial fungi for promoting biocontrol in cassava: ecostacking prospects for the

management of cassava pests…………………….……………………………………....100

Persistência de conídios de Cordyceps javanica em folhas de soja sob diferentes métodos e

horários de pulverização………………….………………………………………………101

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Uso de fungos associados ao Bacillus methylotrophicus no controle de pragas e doenças da

alface……………………………….………………………………………………….…103

Uso dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae no controle de pragas e

doenças da rúcula (Eruca vesicaria) ……………………………………………………..104

Dispositivo para autoinoculação do fungo Beauveria bassiana visando o controle da

ampola da erva-mate (Gyropsylla spegazzini) ……………………….………………….105

Transmissão horizontal do fungo Beauveria bassiana entre indivíduos de Gyropsylla

spegazziniana em laboratório…………………….………………………………………106

Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) against Agrotis ipsilon…………….……107

Controle da lagarta-da-soja com Bacillus thuringiensis……………..……………..……108

Controle da lagarta falsa-medideira em soja com Bacillus thuringiensis………………..109

Relation between biocontrol efficacy of Meloidogyne incognita and the quality of bacterial

based products…………………….……………………………………………………...110

Controle do percevejo marrom (Euschistus heros) em soja pela aplicação de meta-turbo

SC®/ Control of brown stink bug (Euschistus heros) in soybean by meta-turbo SC®

application……………….…………………………………………………………….…111

BT-TURBO MAX® no biocontrole da lagarta-falsa medideira (Chrysodeixis includens)

em soja…………………….…………………………………………………………...…112

Evaluation of Hemocytes from Metarhizium robertsii-Infected Ticks Using Light

Microscopy…………………….…………………………………………………………113

Interação de formulações de bioinseticidas Bt e do espectro de gotas no controle de

Anticarsia gemmatalis……………..……………………………………………………..115

Potencial de uso de Bacillus thuringiensis Berlinder israelensis no controle de Bradysia

spp. na produção de mudas de tabaco…………………….……………………………...116

Eficiência do Erinnyis ello granulovirus (ErelVG) em mistura com herbicidas………...117

Toxicidade de cepas de Bacillus thuringiensis para lepidópteros-pragas………………..118

Interferência do Baculovírus (SfMNPV) no canibalismo de Spodoptera frugiperda em

sistema de criação…………………….………………………………….……………….119

Patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos ao bicudo-do-algodoeiro

Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae) …………………….……………...…120

Effect of Metarhizium sp. and Carvacrol Association to Control Rhipicephalus microplus

Larvae…………………….……………………………..……………………………..…121

Análise e predição in silico de pequenos RNAs não codificadores (sRNAs) no grupo

Bacillus cereus sensu lato…………………….………………………………………….122

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Virulência de nematóides entomopatogênicos isolados no Norte do Paraná sobre Dichelops

melacanthus……………………….…………………………………………………...…123

Manejo biológico de pragas e doenças do tomateiro (Solanum lycopersicum) com

tratamento de mudas com Beauveria bassiana…………………………………………..124

Compatibilidade de Heterorhabditis amazonensis (CB46) com Azamax……………….125

Temperaturas cardinais para o crescimento e produção de conídios de três fungos

entomopatogênicos…………………….…………………………………………………126

Potencial Inseticida de cepas de Bacillus thuringiensis oriundas de gleisolo e planosolo do

Rio Grande do Sul, BR…………………….…………………..…………………………127

Eficiência de produtos biológicos e químicos no controle da mosca-branca Bemisia tabaci

(Genn.) Biótipo B (MEAM1) (Hemiptera: Aleyrodidae) em soja…………………….…128

Virulência de diferentes isolados de nematoides entomopatogênicos nativos do Norte do

Paraná sobre Galleria mellonela…………………………………………………………129

Patogenicidade de Steinernema rarum e Heterorhabditis bacteriophora a Ceratitis capitata

(Widmann,1824) (Diptera:Tephritidae) …………………………………………………130

Patogenicidade de Steinernema brazilense a larvas de Bradysia ocellaris (Comstock, 1882)

(Diptera: Sciaridae) …………………….………………………………………………..131

Qualidade dos produtos à base de Beauveria bassiana comercializados em Santa Catarina

para o controle de brocas-da-bananeira………………………………………………..…132

Genetic diversity of Bacillus thuringiensis active Aedes aegypti…………………...…...133

Metarhizium anisopliae with insecticidal activity for the biological control of the fruit fly

(Anastrepha obliqua), the main…………………….………….…………………………134

Efeito tóxico de proteínas expressas em fase vegetativa de crescimento de Bacillus

thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda…………………..…………………………..135

Alta toxicidade de proteínas expressas por Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera

frugiperda e Chrysodeixis includens……………………………………………………..136

Diferentes concentrações de isolados de nematoides entomopatogênicos sobre

Dismycoccus brevipes…………………….……………………………………………...137

Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da

soja em Imbituva-PR…………………….….……………………………………………138

Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da

soja no Município de Lapa-PR…………………….……………………..………………139

Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) aplicado via foliar para o controle de Spodoptera

eridania na cultura da soja em Ponta Grossa…………………….………………………140

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Analise da produção in vitro do vírus Spodoptera frugiperda MNPV em dois sistemas de

biorreatores…………………….……………...……………………………………….....141

Seleção de Steinernema spp. Visando o Controle do Cascudinho de Aviário, Alphitobius

diaperinus…………………….………………………………………………………......142

Microbiota associated with alternative food of soil predatory mites: Potential to enhance

biological control……………………..……………………………………..……………143

Tratamento de mudas de tomateiro com Metarhizium ansiopliae para o controle de pragas

e doenças da parte aérea………………..……………………………………...…………144

Comparative RNAseq analysis of the insect-pathogenic fungus Metarhizium anisopliae

reveals specific transcriptome signatures………………..…………………………….…145

Compatibilidade de produtos fitossanitários com nematoides entomopatogênicos visando o

manejo de Dysmicoccus brevipes…………………….………………………………..…146

Susceptibility of Helicoverpa armigera to field-sprayed entomopathogenic fungi……...147

Plasmid Rap-Phr systems act synergistically to regulate sporulation of the Bacillus

thuringiensis kurstaki HD73 strain……………………….……………………………...148

Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga

cortadeira Atta sexdens rubropilosa……………………………………………………...149

Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga

cortadeira Atta sexdens rubropilosa…………..……………………………….…………150

Effect of Bacillus thuringiensis on the displacement of Apis mellifera L. (Hymenoptera:

Apidae) Africanized…………………….………………………………...……………...151

Does Bacillus thuringiensis in Apis mellifera workers diet interferes in their

longevity?.......................................................................................................................…152

Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Beauveria

bassiana……………………………………………………………………………......…153

Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Purupureocillium

lilacinum………………………………………...………………………………………..154

Bacillus thuringiensis sublethal effects (Bacillales: Bacillaceae) in Helicoverpa armigera

(Lepidoptera: Noctuidae) ……………………..…………………………………………155

Suscetibilidade de diferentes instares de Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae)

a Cry1Ac…………………….………………………………………………………...…156

Eficiência de Controle do Percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis com Fungos

Entomopatogênicos em Amendoim…………………………………………………...…157

Seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus Nixon, 1937

(Hymenoptera: Platygastridae) …………………………………………..………………158

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Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos

pulverizados com entomopatógenos…………………….…………...………………..…159

Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)(Hemiptera: Aethalionidae) a

Fungos Entomopatogênicos…………………….…...………………………………...…160

Suscetibilidade de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a diferentes isolados de Cordyceps

javanica em feijoeiro…………………….……………………………...………………..161

Aprimoramento do método de fermentação líquida de Trichoderma

asperelloides…………………….……………………………………...……………...…162

UV-B Tolerance and Conidiogenesis of Metarhizium anisopliae Maintained in the

Laboratory or Under Natural Conditions…………………….………………………..…163

Potencial inseticida de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre

Spodoptera frugiperda…………………….……………………………………………..164

Primeiro Registro de Isaria sp. em lagartas de Palpita forficifera………………………165

Atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus heros (Fabr.) (Hemiptera:

Pentatomidae) ……………………………………………………………………………166

Atividade de isolados fungicos sobre Pappista granicollis (Pierce, 1916) (Coleoptera:

Curculionidae) ………………………………………………………………………...…167

Uso da Chromobacterium subtsugae no manejo da Chrysodeixis includes…………...…168

Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) a

Fungos Entomopatogênicos………………………………………………………...……170

Eficiência da cepa 1603B de Bacillus thuringiensis e seu produto comercial no controle de

lepidópteros-praga……………………………………………………………………..…171

Persistência residual em condições de campo do Erinnyis ello granulovirus (EreIVG)...172

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico com predadores e/ou parasitoides……173

Preferência alimentar de Podisus nigrispinus……………………………………………174

Parasitismo em adultos de Dichelops melacanthus e Euschistus heros em seis áreas de soja

na região Norte Central Paranaense…………………………………………………...…175

Pulgões dos cereais (Hemiptera: Aphididae) e seus inimigos naturais associados à aveia, na

região Norte do Paraná………………………………………………………………...…176

Ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae em pupários de Drosophila

suzukii………177

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Ritmo de Emergência de Trichopria anastrephae Criados em Pupários de Drosophila

suzukii………………………………………………………………………………….…178

Manejo biológico de Diatraea saccharalis comparando Trichogramma galloi com Cotesia

flavipes em cana-de-açúcar………………………………………………………………179

Parasitismo de Diaphorina citri Kuwayama (Liviidae) por Tamarixia radiata Waterston

(Eulophidae) após liberações inoculativas…………………………………………….…180

Estabelecimento de Trichogramma pretiosum Riley, importado da Colômbia, na região

nordeste do Brasil………………………………………………………………………...181

Impacto de uma dieta enriquecida com lipídiossobre adultos de Trichogramma pretiosum

Riley…………………………………………………………………………………...…182

Interação competitiva entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi em ovos de Dichelops

melacanthus…………………….……………….……………………………………..…183

Efeito da cápsula de liberação na proteção de pupas de Trichogramma pretiosum,

Telenomus remus e Telenomus podisi em campo………………………………………..184

Crisopídeos no controle biológico conservativo…………………….………………...…185

Influência de Doru luteipes na regulação populacional de Spodoptera frugiperda em

variedades de milho crioulo ………………….……………….……………….………...186

Interação multitrófica entre Doru luteipes, Spodoptera frugiperda em plantas de milho

geneticamente modificado…………………….……………….……………….……...…187

Parasitismo de Palmistichus elaeisis e Trichospilus diatraeae sobre pupas de Citheronia

laocoon…………………….……………….……………….……………….………...…188

Amblyseius aerialis (Acari: Phytoseiidae) preda Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae)?

…………………….……………….……………….……………….……………………189

Parasitism and phylogeny of Dinocampus coccinellae through different hosts and

continents……………………….……………….……………….……………….……...190

Atividade de parasitismo por Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera:

Braconidae) em diferentes horários…………………….……………….……………..…191

Tetrastichus giffardianus como principal parasitoide de Ceratitis capitata em goiabas, no

Vale do São Francisco……………………….……………….…………………………..192

Eficiência do Chrysoperla externa no controle da Spodoptera frugiperda………………193

Parasitismo do Palmistichus elaeises em pupas de Diatraea saccharalis……………….194

Fatores climáticos influenciando a liberação aérea de (Telenomus podisi) no solo para o

controle de ovos de percevejos…………………….……………….………………….…195

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Preferência de Telenomus podisi por ovos de Euschistus heros ou Dichelops melacanthus

em laboratório…………………….……………….……………….………………….…196

Presença/ausência de pedicelo em ovos de Chrysoperla externa como parâmetro de

qualidade para criações massais…………………….……………….………………...…197

Phytoseiulus macropilis (Acari: Phytoseiidae) no controle biológico aplicado de

Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) …………………….……………….…...…198

Resposta funcional de machos e fêmeas de Euborellia annulipes a Spodoptera

frugiperda…………………….……………….……………….…………………………199

Avaliação da taxa de parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera coffeella em Café

conilon…………………….……………….……………….………………………….…200

Predação de Zelus leucogrammus (Hemiptera: Reduviidae) em Thyrinteina arnobia

(Lepidoptera: Geometridae) …………………….……………….………………………201

Comportamento predatório de Xylocoris sordidus em ovos parasitados por Trichogramma

pretiosum............ ……………….……………….……………….……………………....202

Aphid parasitoids (Hymenoptera: Braconidae), still defending cereal crops after forty years

of its introducing in Passo Fundo……………………….……………….……………….203

Taxonomic status of Aphidius colemani species group (Hymenoptera: Braconidae) in

southern Brazil…………………….……………….……………….……………………204

Distribuição vertical de Leptocybe invasa e do parasitoide Selitrichodes neseri

(Hymenoptera: Eulophidae) em eucaliptos…………………….……………………...…205

Predação de Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) por Atopozelus opsimus

(Hemiptera: Reduviidae) …………………….……………….……………….…………206

Two new species of Telenomus Haliday (Hymenoptera: Platygastridae) parasitizing eggs

of Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Erebidae) …………………….……………..…207

Comparativo de sistemas de coleta de adultos de Anagasta kuehniella……………….…208

Novos registros de parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em Minas

Gerais…………………….……………….…………………………………………...…209

Mapeamento da dispersão de Diachasmimorpha longicaudata em diferentes fruteiras por

modelagem geoestatística por krigagem…………………….……………….………..…210

Morfologia do sistema reprodutor masculino de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmed)

(Hymenoptera: Braconidae) …………………….……………….………………………211

Influência do tabaco na dieta sobre a biologia de Ephestia kuehniella e de seu parasitoide

Habrobracon hebetor…………………….……………….……………….…………..…212

Interaction between Tenuisvalvae notata and Cryptolaemus mountrouzieri (Coleoptera:

Coccinellidae) under prey scarcity……………………….……………….……………...213

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Competição entre dois parasitoides pupais de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae)

…………………….……………….……………….……………….……………………214

Prospecção de agentes de controle biológico para o manejo de ácaros pragas em culturas de

solanáceas no DF e entorno…………………….……………….……………………..…215

Ação de substâncias repelentes na emergência de Tetrastichus howardi via exposição

direta e em cápsula de liberação por drone…………………….……………………...…216

Behavior and Chemical Ecology of Diachasmimorpha longicaudata: basic studies as tools

to improve biological control programs……………………….……………….………...217

Occurrence of green lacewings species (Neuroptera: Chrysopidae) from coffee

agroecosystems………………….……………….………………………………….……218

Parasitismo de ovos de Euschistus heros na cultura do algodão no Arenito Caiuá……...219

Influência do estágio de desenvolvimento e da dieta de Lasioderma serricorne no

parasitismo de Anisopteromalus calandrae…………………….……………….…….…220

Could footprints of ladybugs (Coleoptera:Coccinelidae) affect the behavior of other

ladybugs? ………………….……………….……………….……………………………221

Manejo de Euschistus heros em soja com liberações de Telenomus podisi……………...222

Sobrevivência de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae)

sob diferentes temperaturas em diferentes…………………….…………………………223

Liberação de Telenomus podisi em pupas soltas e em cápsulas ao longo do ciclo de

desenvolvimento da soja…………………….……………….………………………..…224

Mass-rearing the parasitoids Telenomus podisiunder fluctuating temperature regime:

Fitness and economic benefits…………………….……………….…………………..…225

Parasitismo de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos

pulverizados com entommopatógeno…………………….………………………………226

Parasitismo de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae) em Oxydia vesulia

(Lepidoptera: Geometridae) …………………….……………….………………………227

Protocolo de produção de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros desfolhadores

em plantios de eucalipto…………………….……………….………………………...…228

Liberações inoculativas de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros

desfolhadores em plantios de eucalipto…………………….………………………….…229

Reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Hym.: Encyrtidae) em ovos criopreservados de

Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae) …………………….………………………...…230

Avaliação do potencial predatório de espécies de Phytoseiidae (Acari) tendo Calacarus

heveae (Acari: Eriophyidae) como presa…………………….………………………..…231

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Ácaros Astigmata predando Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae): uma nova perspectiva

no controle biológico de eriofiídeos…………………….……………………………..…232

Preferência de substrato por Euseius citrifolius (Acari: Phytoseiidae) ………………….233

Preferência de oviposição de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) em casa de

vegetação…………………….……………….……………….……………………….…234

Seletividade de entomopatógenos no parasitismo de Trichogramma pretiosum Riley, 1879

(Hymenoptera: Trichogrammatidae) …………………….………………………………235

The contribution of the companion plants to the biological control of pest, in

agroecological orchards of Rosario, Argentina…………………….………………….…236

Plantas espontâneas presentes sob cultivo suspenso de morangueiro como plantas

banqueiras para controle do ácaro rajado…………………….…………………....…..…237

Parasitism of Pentatomidae adults (Hemiptera) by Tachinidae (Diptera), at different

moments of the year, in the south of Sant…………………….……………………….…238

Controle de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) com Trichogramma

pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammat)……….……………….………………239

Predação de ovos de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) ao longo da vida

de Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera, Miridae) em plantas de tomate…………240

Preferência de oviposição de Telenomus podisi e Trissolcus basalis por ovos de

Glyphepomis dubia de diferentes idades…………………….……………….………..…242

Seletividade de inseticidas e acaricidas utilizados na cultura do cafeeiro ao predador

Chrysoperla externa (Hagen) ……………………….……………….………………..…243

Materiais utilizados para evitar a fuga de lagartas de Diatraea saccharalis em toletes de

cana-de-açúcar……………………………….……………….……………….……….…244

Parasitismo natural de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) em lagartas de Diatraea

saccharalis (Fabr., 1794) ……………………………………………………………...…245

Preferência alimentar da formiga acrobática Crematogaster Lund, 1831 (Hymenoptera:

Formicidae) em cana-de-açúcar……………………………………………………….…246

Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y Doryctobracon areolatus

(Hymenóptera: Braconidae) en frutos de ciruela Jobo………………………………...…248

Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y Doryctobracon areolatus asociada al

control biológico de mosca de la fruta………………………………………………...…249

Incidência de inimigos naturais sobre Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera

(Lepidoptera:Noctuidae) em soja……………………………………………………...…250

Rastreabilidade dos processos produtivos de agentes macrobiológicos adotada pela

Promip……………………………………………………………………………………251

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Controle de qualidade do produto Macromip Max® (Phytoseiulus macropilis Banks,

Acari: Phytoseiidae)……………………………………………………………...………252

Aplicativo Promip Compatibilidade: uma ferramenta imprescindível no manejo biológico

de pragas……………………………………………………………………………….…253

Gênero Archytas (Jaennicke) (Diptera: Tachinidae) como relevante agente de controle

natural de lepidópteros-praga em soja……………………………………………………254

Parasitoides e Entomopatógenos Associados às Lagartas Desfolhadoras na Cultura da Soja

em Goiás……………………………………………………………………………….…255

Distribuição de Diatraea saccharalis no canavial influenciando oviposição e o parasitismo

por Trichogramma galloi……………………………………………………………...…256

Telenomus podisi parasitism on Dichelops melacanthus and Podisus nigrispinus eggs at

different temperatures……………………………………………………………………257

Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de cerejeira-do-rio-

grande em Caçador, Santa Catarina…………………………………………………...…258

Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de araçazeiros

vermelho e amarelo em Caçador, SC…………………………………………………….259

Determinação da dose ideal de Telenomus podisi a ser liberado para o controle de

Euschistus heros na fase vegetativa da soja…………………………………………...…260

Determinação do número ideal de Telenomus podisi a ser liberado para controle de

Euschistus heros na fase reprodutiva da soja………………………………………….…261

Características biológicas de Telenomus podisi criados em ovos frescos e ovos

armazenados em nitrogênio líquido…………………………………………………...…262

Capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros……….…263

Biologia de Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus………………………264

Spinetoram compatibility with the lady beetle Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae)

resistant to pyrethroids………………………………………………………………...…265

Control of the brown stink bug in soybean with release of different amounts of Telenomus

podisi (Hymenoptera: Platygastridae) ………………………………………………...…266

Soybean productivity with release of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) for

control of the brown stink bug………………………………………………………...…267

Preferência do ácaro predador Amblyseius tamatavensis (Mesostigmata: Phytoseiidae) por

ovos e imaturos de Bemisia tabaci biót………………………………………………..…268

Perspectivas para o uso de ácaros tarsonemídeos (Acari: Tarsonemidae) no controle

biológico…………………………………………………………………………………269

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Coccinelídeos predadores associados à Maconelicoccus hirsutus em agroecossistemas de

videira no Submédio São Francisco…………………………………………………...…270

Biologia de Telenomus podisi e Trissolcus basalis em ovos de Glyphepomis

dubia…………………………………………………………………………………...…271

Pode o parasitismo por Tamarixia radiata afetar a dispersão de Diaphorina citri? …..…272

Control de chinches hediondas en cultivos de leguminosas en los Estados Unidos de

Norteamerica…………………………………………………………………………..…273

Biological control of Solanum viarum Dunal in Florida, USA………………………..…274

Flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na cultura do alho em Caçador,

Santa Catarina……………………………………………………………………………275

Influência da alimentação com mel na longevidade e reprodução de Anisopteromalus

calandrae parasitando Lasioderma serricorne…………………………………………..276

Tempo gasto pela formiga Crematogaster sp. Lund, 1831 (Hymenoptera: Formicidae) para

alcançar a fonte de alimento…………………………………………………………...…277

Avaliação da eficiência da liberação de Cotesia flavipes (Cameron, 1891)(Hym.:

Braconidae) através de cápsulas biodegradáveis…………………………………………278

Influência da adubação fosfatada em cultivos de soja transgênica no tamanho de adultos de

Trichogramma pretiosum emergidos de ovos de Chrysodeixis includens ………………279

Potencial efeito indireto no controle biológico de plantas invasoras no sistema

aguapé………………………………………………………………………………….…280

Parasitismo do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae) na cultura da

soja em sistema de cultivo orgânico…………………………………………………...…281

Sobrevivência de Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) a agrotóxicos na

cultura do tomateiro indústria……………………………………………………………282

Control Biológico Natural en Chrysodeixis includens Walker, [1858]) y Rachiplusia nu

(Guenée, 1852) en el cultivo de soja…………………………………………………..…283

Inimigos Naturais de Dirphia moderata Bouvier, 1929 (Lepidoptera: Saturniidae) .……284

Avaliação do forrageamento e parasitismo de Tamarixia radiata (Waterston, 1922)

(Hymenoptera: Eulophidae) ………………………………………………………..……285

Cleruchoides noackae (Hym.: Mymaridae): ritmo de parasitismo sobre ovos de

Thaumastocoris peregrinus (Hem: Thaumastocoridae) …………………………………286

Relação espacial entre massa corp de inimigos naturais e a presença de recursos

florais…………………………………………………………………………………..…287

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Tamanho é documento? Propriedade de conexões tróficas alteradas por recursos

florais…………………………………………………………………………………..…288

Recursos florais mediando variações nas assimetrias predador-presa em

agroecossistemas…………………………………………………………………………289

Parasitismo de Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), em Curuquerê-da-couve

na região do Arenito Caiuá, PR……………………………………………………..……290

Parasitismo de ovos de percevejos em soja na região do Arenito Caiuá, Paraná……...…291

Um novo passo na produção de Trichogramma Westwood: Criopreservação de ovos de

Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)…….…………………………292

Desenvolvimento e capacidade reprodutiva de quatro espécies de Trichogramma em ovos

de Mythimna sequax criopreservados……………………………………………………293

Uso de dietas artificiales y suplementos alimenticios para optimizarla cría masiva de

Coccinellidae (Coleoptera) ………………………………………………………………294

Desenvolvimento e sobrevivência de larvas de Chrysoperla externa alimentadas com ovos

de Spodoptera frugiperda……………………………………………………………...…295

Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa (Neuroptera:

Chrysopidae) alimentadas com mosca-branca………………………………………...…296

Resposta comportamental de Aphelinus abdominalis (Hymenoptera: Aphelinidae) a óleos

voláteis de Tagetes erecta……………………………………………………………..…297

Preferência de inimigos naturais de mosca-branca a diferentes grupos genéticos de

bananeira…………………………………………………………………………………298

Development of Diatraea saccharalis in artificial diet with different anti-contaminants and

effect on the parasitism of Cotesia flavipes…………………………………………...…299

Taxonomia integrativa dos himenópteros parasitoides do bicudo-do-algodoeiro no

Brasil…………………………………………………………………………………..…300

Volatile compounds emitted by soybeans under multiple infestations of herbivores attract

the predator Neoseiulus californicus…………………………………………………..…301

Preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos de Dichelops melacanthus,

Euschistus heros e Podisus nigrispinus……………………………………………….…302

Efeito de diferentes idades do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Telenomus

podisi…………………………………………………………………………………..…303

O armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em

baixas temperaturas, afeta o parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:

Platygastridae)? …………………………………………………………………………304

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Parasitismo sobre broca da cana criadas em dietas artificiais com redução de caragenato e

corante……………………………………………………………………………………305

Parasitismo em Spodoptera frugiperda (J.E.Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em

milho na fazenda escola do CLM……………………………………………………...…306

Influência do número de pupas por cápsulas biodegradável na razão sexual de Cotesia

flavipes……………………………………………………………………...……………307

Suplementação alimentar do ácaro predador Stratiolaelaps scimitus no controle biológico

do nematoide das galhas em tomate……………………………………………………...308

Parasitismo natural de ovos de Chrysodeixis includens por Trichogramma pretiosum em

variedades de soja transgênica submetidas………………………………………………309

Seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma spp. (Trichogrammatidae),

parasitoides de Erinnyis ello L.( Sphingidae) ………………………………………...…310

Oscilação da umidade relativa do ar afetando o parasitismo de Trichogramma galloi sobre

ovos de Diatraea saccharalis……………………………………………………………311

Impacto da umidade constante e oscilante no parasitismo de Trichogramma galloi sobre

ovos de Diatraea saccharalis……………………………………………………………312

Resposta functional de Chrysoperla externa quando alimentado com ovos e ninfas da

mosca branca do cajueiro Aleurodicus cocois……………………………………………313

Inimigos naturais de Aculus schlechtendali (Eriophyidae): uma praga quarentenária

reportada em macieiras no Sul do Brasil…………………………………………………314

Cheyletus malaccensis como agente de controle de ácaro causador de alergia………….315

Parasitismo de Telenomus remus e Trichogramma pretiosum sobre ovos de lepidópteros

pragas da cultura do amendoim…………………..………………………………………316

Infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a diferentes estratégias

de manejo……………………………………………………………………………...…317

Espécies de pulgões e seus inimigos naturais em lavoura de trigo………………………318

Estimativa do controle biológico prestado por coccinelídeos nativos na presença de

Harmonia axyridis……………………………………………………………………..…319

Taxas de parasitismo do predador exótico Harmonia axyridis e de coccinelídeos nativos

das Américas…………………………………………………………………………..…321

Diversidade de parasitoides associados a coccinelídeos nativos e a Harmonia

axyridis………………………………………………………………………………...…322

A criação de Telenomus remus, em laboratório, por gerações sucessivas, altera suas

características para controle biológico? …………………………………………………323

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Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) Como Hospedeiro Alternativo para

criação de Trichogramma pretiosum Riley………………………………………………324

Interação entre modos de liberação de Telenomus podisi: plantio direto (SPD) e

convencional (SC) …………………………………………………………………….…325

Seletividade de inseticidas utilizados na cultura da soja a Trichogramma pretiosum em

diferentes condições experimentais………………………………………………………326

Efeito do parasitismo de Hexacladia smithii em aspectos biológicos e demográficos de

Euschistus heros……………………………………………………………………….…327

Comportamento de busca de hospedeiros pelo parasitoide de ovos Telenomus podisi em

ambientes com estímulos multimodais……………………………………………..……328

Differentiation of parasitized or non-parasitized Tephritidae pupae based on hyperspectral

reflectance profiling…………………………………………………………………...…329

Competição interespecífica entre os himenópteros Diachasmimorpha longicaudata

(Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Figitidae) ……………………………………..…330

A importância do parasitismo natural no controle de noctuídeos tolerantes a soja

Bt…………………………………………………………………………………………331

Biologia de uma nova espécie de Aleiodes sp. (Hymenoptera: Braconidae) parasitando

lagartas de Spodoptera eridania (Cramer) ………………………………………………332

Dinâmica do parasitoide Quadrastichus mendeli em galhas de Leptocybe invasa em mudas

de Eucalyptus grandis x E. camaldulensis………………………………………………333

Prospecção de endossimbiontes em Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae)

……………………………………………………………………………………………334

Características biológicas de Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) em estádios

ninfais de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) Middle East-Asia Minor 1 (MEAM

1)…….……………………………………………………………………………………335

Efeito da temperatura no voo do parasitóide Cleruchoides noackae ( Hymenoptera:

Mymaridae) ……………………………………………………………………………...336

Predação de lagartas de Palpita forficifera por ninfas de Podisus nigrispinus……..……337

Parasitismo de Thyanta perditor (Heteroptera: Pentatomidae) e fenologia de ninfas e

adultos na sua planta hospedeira selvagem………………………………………………338

Relação entre o pulgão Lipaphis erysimi e seus predadores na produção orgânica da

couve…………………………………………………………………………………..…339

Levantamento de parasitoides Tachinidae em S. eridania (CRAMER) e S. cosmioides

(WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) ……………………………………...…340

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Efeito da idade do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Trichogramma pretiosum

em ovos de Anticarsia gemmatalis……………………………….………………………341

Parasitismo de Telenomus remus em ovos de Spodoptera frugiperda: diferentes idades do

parasitoide e do ovo

hospedeiro……………………………………………………………………………..…342

Características biológicas de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros e Dichelops

melacanthus………………………………………………………………………………343

Liberação de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em sistemas de manejo de

Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae) …………………………………………...…344

Endossimbiontes associados ao parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead

(Hymenoptera: Platygastridae) ………………………………………………………..…345

Seletividade de abamectina ao predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera:

Chrisopidae) ………………………………………………………………………..……346

Parasitismo de adultos de Euschistus heros (F. 1798) (Pentatomidae) na cultura da soja em

diferentes sistemas de cultivo……………………………………………………………347

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de doenças de plantas…….348

Controle biológico de Ustilaginoidea virens, isolado de plantas de arroz por Trichoderma

spp. ………………………………………………………………………………………349

Análise da eficiência agronômica de Trichoderma spp. no controle de Sclerotinia

sclerotiorum em alface……………………………………………………………...……350

Bactérias esporulantes utilizadas no controle in vitro do fungo Cercospora

coffeicola…………………………………………………………………………………351

Ação de metabólitos voláteis de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de

Fusarium oxysporum…………………………………………………………………..…352

Trichoderma spp. no controle in vitro de Fusarium oxysporum…………………………353

Potencial de Trichoderma para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura da

soja…………………………………………………………………………………….…354

Potencial de biocontrole in vitro e in vivo da cepa bacteriana LABIM22 frente a fungos

fitopatógenos…………………………………………………………………………..…355

Coinoculação associado a condicionador de solo na cultura da soja………………….…356

Potencial de Beauveria bassiana e metabólitos na indução de resistência em

soja…………………………………………………………………………………….…357

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Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum com o uso de Trichoderma harzianum na cultura

da soja………………………………………………………………………………….…358

Inibição do crescimento de Lasiodiplodia sp., agente causal da podridão da coroa da

banana, por isolados de Bacillus sp. …………………………………………………..…359

Efeito da microbiolização de sementes de cenoura (Daucus carota) infectadas com

Sclerotinia Sclerotiorum…………………………………………………………………360

Enterobacter cloacae como uma ferramenta biotecnológica para nutrição e controle de

enfermidades das bananeiras…………………………………………………………..…361

Supressividade do solo a Ceratocystis paradoxa……………………………………...…362

Embate antagônico entre Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens e

rizobactérias nativas dos solos do oeste do PR………………………………………..…363

Potencial de Trichoderma harzianum para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura

do feijão………………………………………………………………………………..…364

Embate antagônico de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis versus

rizobactérias nativas de solos do Oeste do Paraná…………………………………….…366

Atividade antifúngica de produtos bioativos de Cladosporium cladosporioides contra

Pestalotiopsis clavispora…………………………………………………………………367

Utilização de Trichoderma spp. para o controle biológico de Sclerotinia sclerotiorum na

cultura da soja………………………………………………………………………….…368

Potencial de microrganismos aplicados na soja, em campo, para redução da população de

fitonematoides……………………………………………………………………………369

Ensaios com diferentes microrganismos aplicados em soja, para o controle de Meloidogyne

javanica………………………………………………………………………………..…370

Avaliação do efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de

Trichoderma

endophyticum………………………………………………………………………….…371

Efeito de defensivos químicos de uso agrícola sobre a germinação de conídios de

Trichoderma harzianum……………………………………………………………….…372

Tratamento de sementes com inoculantes e Trichoderma na cultura da soja……………373

Uso de biológicos no tratamento de sementes de soja………………………………...…374

Avaliação da eficiência de produtos de controle biológico de Macrophomina phaseolina

em soja……………………………………………………………………………………375

Inibição de bactérias fitopatogênicas por metabólitos secundários da cepa LABIM17 de

Brevibacillus sp. …………………………………………………………………………376

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Compatibilidade de Trichoderma koningiopsis a defensivos químicos de uso agrícola....377

Seletividade de defensivos químicos de uso agrícola ao fungo Trichoderma

asperellum……………………………………………………………………………..…378

Atividade antifúngica in vitro de óleos essenciais contra Colletotrichum gloeosporioides

isolado de folhas de macieira………………………………………………………….…379

Controle Biológico de Cercospora beticola em Beterraba………………………………380

Antagonismo in vitro entre Trichoderma spp. e Cercospora coffeicola…………………381

Potencial antagonista de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum sp. in vitro………..…382

Controle de fitopatógenos por metabólitos de fungos sapróbios…………………...……383

Controle de Botrytis cinerea por leveduras antagonistas………………………………...384

Avaliação do potencial biotecnológico de Brevibacillus sp. na produção de compostos

bactericidas…………………………………………………………………………….…385

Avaliação in vitro da atividade biofungicida de Brevibacillus sp. ………………………386

Efeito de preparações de Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de

Phakopsora pachyrhizi………………………………………………………………...…387

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de insetos de importância

médico-veterinária...388

Ação In Vitro Residual em Papelão de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus

gallinae (De Geer, 1778) ……………………………………………………………...…389

Armadilha de Auto-inoculação de Beauveria bassiana para o Manejo do Ácaro-vermelho

Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae)………………390

Efeito Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De

Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae)…… …………………………………...…391

Multiplicação do ácaro predador Macrocheles embersoni (Acari: Macrochelidae) em

laboratório……………………………………………………………………………..…392

Dispositivo Atrai-e-Infecta para o Controle do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Acari: Dermanyssidae) com o Fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill.…

…………………………………………………………………………........................…393

Ação de Contato e Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra o Ácaro-

vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) ………………………………………394

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ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de vetores de doenças humanas…395

Eficácia de formulados de Bacillus thuringiensis israelensis no controle de Culex L. 1758

(Culicidae) em condições de campo…………………………………………………...…396

Eficácia de armadilhas de oviposição para monitoramento e controle de Aedes (Diptera:

Culicidae) ……………………………………………………………………………..…397

Novo isolado de Bacillus thuringiensis subesp. israelensis usado para formulação de

larvicida no controle de Aedes aegypti………………………………………………...…398

Mass-Rearing Conditions and Behavi Responses of the Giant Water Bug, Belostoma

anurum………………………………………………………………………………...…399

Atividade larvicida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana em Anopheles

darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae) ……………………………………………...…400

Atividade entomopatogênica de fungos de solo da Amazônia em Aedes (Stegomyia)

aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae) ……………………………………………401

Efeito da seleção em laboratório com o biolarvicida Espinosade na fecundidade da

população de Aedes aegypti em Manaus, AM………………………………………...…402

Vigilância e controle de Aedes com uso de armadilha associada a diferentes atrativos e

bioinseticida em Londrina, Paraná………………………………………………………404

Monitoramento da resistência de Aedes aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae),

exposto ao biolarvicida Espinosade…………………………………………………...…406

Atividade larvicida de Bacillus spp. da Amazônia para o controle biológico de Aedes

aegypti Linnaeus (1762) …………………………………………………………………407

Efeito da seleção laboratorial com o biolarvicida Espinosade no desenvolvimento de Aedes

aegypti (Diptera: Culicidae) ……………………………………………………………408

Efeito do biolarvicida Espinosade no peso corp das fêmeas de Aedes aegypti (Diptera:

Culicidae), em laboratório……………………………………………………………..…409

ÁREA TEMÁTICA: Empreendedorismo e comercialização no controle biológico…410

Dieta artificial para criação de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) em

laboratório……………………………………………………………………………..…411

Programa de desenvolvimento de biofábricas para a produção de inseticidas

microbiológicos a base de fungos entomopatogênicos………………………………..…412

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ÁREA TEMÁTICA: Gargalos do uso de produtos biológicos no campo…413

Armazenamento de Trichogramma pretiosum em baixas temperaturas como logística para

liberações em programas de CBA……………………………………………………..…414

Evaluation of Soil Persistence and Root Colonization of a Native Metarhizium anisopliae

Isolate………………………………………………………………………………….…415

Anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial para

criação de Helicoverpa armigera……………………………………………………...…416

Impacto de fatores ambientais no parasitismo e emergência de Trichogramma pretiosum,

Telenomus remus e Telenomus podisi……………………………………………………417

ÁREA TEMÁTCIA: Interações do Controle biológico e outras táticas de manejo

integrado de pragas e doenças…..418

Ação de Beauveria bassiana Bals. Vuill. e óleo essencial de patchouli (Pogostemon cablin)

sobre a mortalidade de tripes (Thysanoptera: Thriptidae) em Ficus sp.…………………419

Há interferência no parasitismo de Spodoptera frugiperda quando se alimentam de plantas

tratadas com silício e inoculante? …………………………………………………..……420

Predação de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício e inoculante………421

Efeito da adição de óleos vegetal e mineral a inseticidas no controle do Anthonomus

grandis……………………………………………………………………………………422

Compatibilidade de óleos essenciais de Eugenia uniflora e Pogostemon cablin com

Bacillus

thuringiensis…………………………………………………………………………...…423

Repelência de piretroides a dois importantes inimigos naturais da cultura da soja…...…424

Avaliação da repelência de inseticidas compatíveis com o Neoseiulus californicus

McGregor (Acari: Phytoseiidae) ……………………………………………………...…425

Uso de radiação UV-B para o controle de Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae) com a

preservação de predadores…………………………………………………………….…427

Influência de produtos fitossanitários sobre parâmetros biológicos do fungo Metarhizium

anisopliae (Isolado UNIOESTE 86) ……………………………………………………428

Efeitos de cultivares de soja resistentes a percevejos e soja Bt no intestino médio de

Euschistus heros…………………………………………………………………………429

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Aspectos biológicos de Euschistus heros alimentado com cultivares de soja Bt e resistentes

a percevejos………………………………………………………………………………430

Germinação do fungo Metarhizium anisopliae após exposição a produtos fitossanitários

usados na cultura da mandioca………………………………………………………...…431

Influência da interação roseira-pulgão-plantas atrativas sobre o comportamento de

Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae)…… ………………………………..…432

Compatibilidade de Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus (PsinSNPV)

com fungicidas e herbicidas…………………………………………………………...…433

Resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia

flavipes em Diatraea saccharalis……………………………………………………...…434

Óleo de laranja 6% e lambda-cialotrina causam efeitos subletais na capacidade reprodutiva

de Nesidiocoris tenuis (Hemiptera: Miridae)? ………………………………………..…435

Evaluation of predation preference of Podisus nigrispinus to SfMNPV-Infected vs. Healthy

Spodoptera frugiperda larvae………………………………………………………….…436

Um novo hospedeiro de Diaphorina citri e a sua contribuição para o controle biológico

com Tamarixia radiata em citros……………………………………………………...…437

Ação de diferentes inseticidas sobre predadores de insetos-praga na cultura da

soja…………………………………………………………………………………….…438

Compatibilidade do baculovírus SfMNPV com herbicidas e adjuvante no controle de

Spodoptera frugiperda………………………………………………………………...…439

Seletividade de piriproxifem sobre predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em

soja Bt próximo à área de refúgio……………………………………………………..…441

Compatibilidade in vitro de inseticidas para o controle de pragas de solo de cana de açúcar

com Beauveria bassiana…………………………………………………………………442

Suscetibilidade do predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) a

inseticidas em duas vias de exposição……………………………………………………443

Eficiência da ação de agentes de biológicos no controle do nematoide das galhas

radiculares (Meloidogyne incognita) na cultura da bananeira……………………………444

Influência do fruto hospedeiro de Anastrepha fraterculus no comportamento de busca de

parasitoides…………………………………………………………………………….…445

Atratividade química dos óleos voláteis de Tagetes erecta ao predador Adalia bipunctata

(Coleoptera: Coccinellidae) …………………………………………………………...…446

Trichogramma pretiosum (Trichogrammatidae) pode aprender a reconhecer ovos de

Grapholita molesta (Tortricidae)? …………………………………………………….…447

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Efeito de películas minerais sobre maças infestadas por Anastrepha frateculus no

parasitismo de Diachasmimorpha longicaudata…………………………………………449

O substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda tem influência sobre

Trichogramma pretiosum? ………………………………………………………………451

Toxicidad de Amistar sobre los depredadores Hippodamia variegata, Eriopis connexa

(Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) y el hongo

entomopatógeno Beauveria bassiana (Ascomycota: Hypocreales) …………………..…452

Monitoramento e flutuação populacional de Cosmopolites sordidus em 3 cultivares de

banana no município de Campo Verde, MT…………………………………………..…453

Estimativas de fases imaturas de Helicoverpa armigera em Dourados e Ponta Porã em

apoio ao biocontrole…………………………………………………………………...…454

Áreas aptas ao parasitoide exótico Fopius arisanus e a Bactrocera carambolae

considerando seis hospedeiros no Brasil…………………………………………………455

Crescimento vegetativo e produção de conídios de Metharizium anisopliae exposto a

produtos utilizados na cultura da mandioca…………………………………………...…456

Efectos letales y subletales de spirotetramat y metaflumizone sobre el depredador Eriopis

connexa (Coleoptera: Coccinellidae) ……………………………………………………457

Entomopathogenic fungi isolates compatible with two pesticides to control of the Plutella

xylostella…………………………………………………………………………………458

Toxicity of Tithonia diversifolia to Plutella xylostella (L.,1758) (Lepidoptera: Plutellidae

1758) and biocontrol agent Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:Chrysopidae)

……………………………………………………………………………………………459

Controle de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp. utilizando fungo Beauveria

bassiana e óleo essencial de Eugenia uni……………………………………………..…460

Controle de Myzus persicae Sulzer, 1776 (Hemiptera: Aphididae) utilizando fungo

Beauveria bassiana e óleo essencial de pitanga……………………………………….…461

Potencial da associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin para o controle de

Atta sexdens (Linnaeus, 1758) ………………………………………………………..…462

Compatibilidade biológica in vitro de bioinseticidas e inseticidas para Chrysodeixis

includens (Lepidoptera: Noctuidae) …………………………………………………..…463

Compatibilidade do baculovírus AgMNPV com fungicidas e herbicidas…………….…464

Impacto do distanciamento de faixa de plantas adicionais na bordadura sobre a ocorrência

de fitófagos no cultivo de couve…………………………………………………………465

Predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em diferentes sistemas de manejo de

pragas em soja……………………………………………………………………………466

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Is Macrolophus basicornis Affected by Insecticides Used to Control Whitefly Biotype B in

Tomato?

……………………………………………………………………………………………467

ÁREA TEMÁTICA: Produtos botânicos e potencial no controle

de insetos e doenças…468

Target and non-target effects of eight essential oils on the cotton aphid and its parasitoid

Aphidius colemani………………………………………………………………………..469

Screening da atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer

(Coleoptera:Tenebriodae) ……………………………………………………………..…470

Atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer

(Coleoptera:Tenebrionidae) …………………………………………………………..…471

Bioatividade de óleos essenciais de Citrus spp. para Alphitobius diaperinus Panzer

(Coleoptera: Tenebrionidae) ……………………………………………………………472

Extrato hexânico de Piper cubeba apresenta atividade inseticida sobre Spodoptera

frugiperda e Helicoverpa armigera? ……………………………………………………473

Toxicidade letal de extratos de Annona sobre Pachycrepoideus vindemmiae

(Hymenoptera: Pteromalidae) ……………………………………………………………474

Atividade fumigante de óleos essenciais para o ácaro Dermanyssus gallinae (De Geer)

(Acari: Dermanyssidae) …………………………………………………………………475

Efeito tóxico e subletal do extrato hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus

communis sobre Chrysodeixis includens Wal……………………………………………476

Efeito de diferentes doses do óleo de Neem em ninfas de 5º instar de Eushistus

heros…………………………………………………………………………………...…477

Toxicidade de óleos essenciais provenientes de anonáceas para Alphitobius diaperinus

Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) …………………………………………………..…478

Bioatividade de óleos essenciais de anonáceas para Alphitobius diaperinus Panzer

(Coleoptera: Tenebrionidae) ……………………………………………………….……479

Metabólitos secundários de plantas da família Annonaceae como alternativa ao controle de

Alphitobius diaperinus Panzer………………………………………………………...…480

Bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum spp. para Alphitobius diaperinus

(Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) ………………………………………………...…481

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Potencial de Mikania laevigata, com fertilizante orgânico e Bacillus thuringiensis, no

controle de Fusarium oxysporum……………………………………………………...…482

Toxicidade de Óleo Essencial de Ocotea bicolor sobre Sitophilus zeamais em Trigo

Armazenado…………………………………………………………………………...…483

Efeito carcinogênico e anticarcinogênico do resveratrol por mio do teste para detecção de

clones de tumors epiteliais (warts) em Drosophila melanogaster………………………484

Efeitos letais e subletais dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado sobre o ácaro

predador Typhlodromus ornatus…………………………………………………………485

Aplicação tópica do extrato etanólico de Asclepias curassavica L. sobre Spodoptera

frugiperda (J.E.Smith,1917) …………………………………………………………..…486

Óleo de mamona (Ricinus communis L.) no controle de formiga cortadeiras (Atta spp.) em

campo………………………………………………………………………………….…487

Bioatividade do extrato etanólico e frações de Euphorbia pulcherrima sobre Spodoptera

frugiperda……………………………………………………………………………...…488

Controle de ninfas Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae) por óleos e

extratos vegetais em mudas de couve manteiga…………………………………………489

Influência do substrato de cultivo de plantas na ocorrência Bemisia tabaci (Gennadius)

Hemiptera: Aleyrodidae) ……………………………………………………………...…490

Efeitos de extratos aquosos vegetais sobre ninfas de Bemisia tabaci (Gennadius)

Hemiptera: Aleyrodidae na cultura da Berinjela (Solanum melongena L.)…….……..…491

Atividade inseticida de óleos essenciais sobre Myzus persicae (Sulzer, 1776)

(Hemiptera:Aphididae) em couve-verde…………………………………………………492

Toxicidade do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora) sobre Rhyzopertha

dominica (Coleoptera: Bostrichidae) ……………………………………………………493

ÁREA TEMÁTICA: Transformação de agentes de controle biológico e/ou

microbianos…494

Modificação genética: um estudo de expressão gênica em eventos de milho singular e

estaqueado……………………………………………………………………………..…495

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Obtenção de endotoxinas cry a partir de Bacillus thuringiensis

utilizando fermentação em biorreator

Cesar A. D. Arias1; Ana C. C. Xavier1; Páblo E. C. Silva1; Tamiris J.S. Rêgo1;

Gilvanda R. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3

1CooperativaMista de Desenvolvimento do Agronegócio;2Instituto Agronômico de Pernambuco; 3Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – Universidade Federal Rural de Pernambuco;

4Universidade de Pernambuco – Campus Serra Talhada

Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) é uma bactéria esporulante

que produz inclusões protéicas cristalinas (proteínas Cry), capazes de causar morte

em insetos vetores de doenças e pragas, com alta especificidade pelo alvo e menor

impacto à saúde humana e ambiental. Em virtude destas características, considera-

se Bt como o principal microrganismo utilizado no controle biológico.

Aproximadamente 98% dos biopesticidas utilizados, correspondem às formulações a

partir de Bt. A utilização de inseticidas Bt é mais difundida em países desenvolvidos,

sendo os EUA e o Canadá os principais produtores, detendo cerca de 50% da

produção mundial de bioinseticidas. Sendo assim, a busca por novas formas na

melhoria de produção e fabricação de bioinseticidas no país vem se acentuando. O

objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de endotoxinas a partir de diferentes

meios de cultura, visando à formulação futura de um novo bioinseticida. Inicialmente,

a reativação foi realizada por imersão das fitas contendo esporos em frascos de

Erlenmeyers (250 mL) contendo 125 mL de meio de cultura líquido UG, sob agitação

de 200 rpm, a 30 °C, durante 12 horas. Após 12 horas de cultivo, 5% (v/v) do caldo

fermentado era utilizado como inóculo e adicionado ao biorreator (5L) contendo meio

M1ou UG, sob agitação de 300 rpm, aeração de 7 LPM, a 30 °C, durante 72 horas.A

dosagem de endotoxinas foi realizada durante toda a fermentação utilizando o kit

BCA. A concentração de endotoxinas utilizando o meio M1 apresentou maior

concentração após 24 horas de cultivo, obtendo 3535,0 mg L-1, três vezes maior do

que apresentado quando cultivado em meio UG, que apresentou uma máxima

concentração de 1053,0 mg L-1 após 39 horas de cultivo. Dessa forma, conclui-se

que o meio M1 apresentou uma melhor condição para a produção de Bt,

aumentando a concentração de endotoxinas e reduzindo o tempo de obtenção

máxima das proteínas.

Palavras-Chave: Proteínas Cry

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

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34

Produção de endotoxinas a partir de Bacillus thuringiensis

utilizando diferentes meios de cultivo

Cesar A. D. Arias1; Ana C. C. Xavier1; Páblo E. C. Silva1; Tamiris J.S. Rêgo1;

Gilvanda R. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3

1Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio; 2Instituto Agronômico de Pernambuco; 3Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – Universidade Federal Rural de Pernambuco;

4Universidade de Pernambuco – Campus Serra Talhada.

Durante as últimas décadas, a eficiência do Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner

(Bacillaceae) no manejo de pragas estendeu seu uso nos setores agrícola, florestal

e urbano. A atividade larvicida desses bioinseticidas é baseada em cristais

produzidos pelas células bacterianas durante a fase de esporulação. Atualmente, o

custo da produção de Bt usando a tecnologia de fermentação existente é elevado

por causa do alto custo da produção. Encontrar fontes econômicas disponíveis e

desenvolver um processo de otimização rentável para a produção de cepas de Bt

são conhecidas como uma das mais importantes etapas do desenvolvimento de

biopesticidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de endotoxinas a partir

de diferentes meios de cultura, visando uma aplicação futura no controle de pragas.

Inicialmente, a reativação foi realizada por imersão das fitas contendo esporos em

frascos de Erlenmeyers (250 mL) contendo 125 mL de meio de cultura líquido UG,

sob agitação de 200 rpm, a 30 °C, durante 12 horas.Após 12 horas de cultivo, o

inóculofoi adicionado afrascos Erlenmeyers contendo 100 mL do meio de cultura

testado (M1, M5 e M8) e, em seguida, incubados sob agitação orbital a 200 rpm em

mesa agitadora, a 30 °C, durante 72 horas.A dosagem de endotoxinasfoi realizada

durante toda a fermentação utilizando o kit BCA. A concentração de

endotoxinasutilizando o meio M1 foi melhor apresentada após 48 horas de cultivo,

obtendo 1765,0 mg L-1, mais de oito vezes maior, quando comparado aos cultivos

em meio M5 ou M8, que apresentaram uma máxima concentração de 180,0 mg L-1

após 56 horas de cultivo e 206,0 mg L-1 após 48 horas de cultivo, respectivamente.

Conclui-se que o meio M1 apresentou uma melhor condição para a produção de

endotoxinas, também reduzindo o tempo de obtenção máxima das proteínas.

Palavras-Chave: Proteínas Cry;

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

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Gene expression associated to chemosensing in the parasitoid

Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae)

Juan Pedro Wulff1; Maximo Rivarola2; Francisco Devescovi1; Diego F. Segura1;

Silvia B. Lanzavecchia1; Diego

(1) Instituto de Genética “E.A. Favret”, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.

(2) Instituto de Investigación Biotecnología, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires,

Argentina

Diachasmimorpha longicaudata Ashmead is a solitary endoparasitoid considered

themain biological control agent of Tephritidae fruit flies of economic importance.

Females parasitize late instar larvae of several fruit fly species, such as

Ceratitiscapitata and Anastrepha fraterculus Wiedemann. Numerous ecological

andbehavi studies have addressed key issues about D. longicaudata

foragingbehavior. Current methods of monitoring the efficiency of D. longicaudata as

abiological control agent are limited to the sampling of infested fruit and the

recordingof parasitism rates. Recent research works have identified volatile

compounds frominfested fruits possibly guiding female parasitoids to their host

larvae. Conversely, nostudies have focused on the molecular mechanisms

associated with this behavior. Inthe present work we performed a functional analysis

of chemoreceptors potentiallyassociated to odor detection in this species. We carried

out a bioinformatic screeningof a whole body transcriptome of D. longicaudata. After

a phylogenetic analysis and atissue expression profile, fourteen odorant binding

proteins and seven chemosensoryproteins (odorant molecule transporters associated

to membrane chemoreceptors) were characterized. Subsequently, functional

analyses of a set of genes wereperformed through behavi and molecular tests in

which the gene expression wassilenced through the provision of RNAi to adult

females. Preliminary results showedthat several of the selected genes are linked to

the foraging behavior. This is the firstmolecular approach to the study of

chemosensing in D. longicaudata providing usefulinformation to understand the

underlying biochemical mechanism. Our results will beof help to the development of

attractive baits for monitoring parasitoid performance inthe field and also to increase

efficiency of biological control strategies by stimulatingthe presence of parasitoids in

area of high incidence of the pest.

Palavras-Chave: Foraging behavior; odorant binding proteins

Apoio Institucional: PNBIO-1131023 (INTA); IAEA22515. (FAO/IAEA); PIP

11220130100001CO (MinCyT), PICT 2017 0402 (ANPCyT).

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Uso da tecnologia de RNA de interferência como método de

controle de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae)

Grazielle C. Maktura; Henrique Marques-Souza; Cyro Z. V. Negrão; João

Gabriel A. Elston; Giovanna V. Guidelli

Universidade Estadual de Campinas

Pragas causam prejuízo anual de mais de R$ 55 bilhões na agricultura brasileira. No

ramo das frutíferas, as moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha Schiner (1868) e

Ceratitis MacLeay (1829) (Díptera: Tephritidae) são consideradas as principais

pragas, ocasionando queda prematura, apodrecimento e inviabilidade comercial dos

frutos, além de participar das restrições quarentenárias. Devido o impacto que

causam na agricultura, essas moscas tem sido alvo de muitas pesquisas visando

seu controle. O controle biológico de moscas-das-frutas por meio de parasitóides e

predadores é uma excelente alternativa de controle. Entretanto, sua eficácia é

prejudicada pelo uso concomitante de inseticidas, que possuem efeito generalista. O

silenciamento gênico por RNA de interferência (RNAi), devido sua alta

especificidade e não-toxicidade ao meio ambiente, apresenta-se como uma valiosa

técnica complementar ao controle biológico de pragas. Este trabalho visa realizar

ensaios de silenciamento de genes alvos essenciais para a homeostase das

espécies-praga da família Tephritidae, por delivery . Até o presente momento genes

alvos selecionados, como β-tubulina e α-amilase, foram clonados, sequenciados e

as respectivas moléculas silenciadoras (dsRNAs) produzidas. As moléculas

silenciadores serão administradas à larvas e adultos, tanto das espécies alvo quanto

de parasitóides. O efeito do silenciamento gênico será avaliado através da

expressão do gene alvo, da taxa de mortalidade e desenvolvimento de larvas. Além

disso, o efeito cruzado das moléculas nos parasitoides (off-targets) será avaliado.

Moléculas cujo efeito do silenciamento resulte em altos níveis de mortalidade serão

utilizadas no desenvolvimento de métodos de entrega específicos para estas pragas

no campo.

Palavras-Chave: silenciamento gênico; controle de pragas; Anastrepha;

Apoio Institucional: CAPES; Brazilian Laboratory on Silencing Technologies

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Uso da tecnologia de RNAi para controle de Dichelops (Diceraeus)

melacanthus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae)

Grazielle C. Maktura; Henrique Marques-Souza

Universidade Estadual de Campinas

A presença de pragas e doenças no campo reduzem a produção agrícola mundial

em cerca de 40%, sendo o prejuízo financeiro no Brasil equivalente a um terço de

seu Produto Interno Bruto. Dentre as espécies fitófagas, os percevejos da família

pentatomidae tem importância especial devido à dificuldade no controle e crescente

dano associado. Seu hábito polífago e alta ocorrência em diversas culturas, como

soja e milho, esta relacionada à redução da produtividade e qualidade de grãos e

deformações nas plantas. Tido como praga secundária em soja, o percevejo

Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) vem

sendo considerado praga primária em cultivos de trigo e milho. O controle biológico

utilizando parasitóides de ovos de percevejos é um método promissor, mas sua

eficácia é comprometida pelo uso de indiscriminado de inseticidas generalistas. O

uso da tecnologia de silenciamento gênico por RNA de interferência (RNAi)

apresenta-se como uma promissora técnica complementar ao controle biológico de

pragas pela sua alta especificidade e não-toxicidade. Este trabalho visa realizar

ensaios de silenciamento de genes alvos essenciais para a homeostase do

percevejo D. melacanthus pelo delivery. Até o presente momento os genes alvos,

como actina e arginina quinase, foram clonados, sequenciados e suas moléculas

silenciadoras (dsRNAs) sintetizadas. A próxima etapa será a realização dos ensaios

de RNAi, no qual ninfas e adultos da espécie alvo e parasitóides serão submetidos a

diferentes dsRNAs. A partir da análise da expressão do gene alvo, taxa de

mortalidade e desenvolvimento das ninfas, será mensurado o efeito do

silenciamento gênico, tanto no organismo alvo quanto no parasitóide (off-target). As

moléculas que resultarem em maiores níveis de mortalidade a partir do efeito de

silênciamento serão selecionadas para o desenvolvimento de métodos de entrega

específicos para esta praga no campo.

Palavras-Chave: silenciamento gênico; controle de pragas; percevejo-barriga-verde

Apoio Institucional: Brazilian Laboratory on Silencing Technologies

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Silenciamento gênico por RNAi: da biologia do desenvolvimento ao

controle de pragas

Henrique Marques-Souza; Cyro V Z Negrão; Grazielle C Maktura; Jeruza P S

Bossonaro; Giovanna Guidelli

Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual - Universidade Estadual de Campinas

O silenciamento gênico por RNAi (RNA de interferência) é um mecanismo presente

na maioria dos seres vivos que identifica moléculas de RNA em forma de dupla fita

dentro da célula como uma molécula viral. Quando a molécula de RNA dupla fita é

identificada pela maquinaria de RNAi na célula, esta molécula é fragmenta e

incorporada em um complexo chamado RISC (RNA interference silencing complex)

que passa a identificar sequências endógenas (transcritas à partir do genoma do

hospedeiro) similares em sequência com a molécula fita dupla invasora. Este

reconhecimento resulta na fragmentação do RNA endógeno impedindo a sua

utilização como molde para a síntese proteica. Desta forma, a inativação de

qualquer gene pode ser obtida através da introdução de moléculas de RNA dupla fita

nas células alvo, de fungos à seres humanos. À partir do uso de RNAi para inativar

genes essenciais para o desenvolvimento de insetos surgiu uma aplicação desta

tecnologia para controlar a incidência de insetos pragas à agricultura. Identificando

genes essenciais para sobrevivência, digestão ou qualquer outro processo biológico

que impeça o dano causado por sua herbivoria, pode-se desenvolver moléculas

silenciadoras para estes genes alvos e introduzi-los em plantas transgênicas ou

pulverizar formas estáveis destas moléculas diretamente sobre a planta. Nosso

laboratório desenvolve moléculas silenciadoras para o controle de diversas pragas

agrícolas e a aplicação desta tecnologia, sendo desenvolvida junto de empresas

brasileiras, representa uma grande promessa de um produto inovador, não-tóxico e

altamente específico com grande potencial de sinergia com métodos biológicos,

como o uso de predadores e parasitoides, para promover soluções mais específicas

e eficientes de controle de pragas. Os avanços recentes do nosso grupo de

pesquisa serão apresentados.

Palavras-Chave: RNAi; Insetos; Silenciamento Gênico

Apoio Institucional: Fapesp; CNQp; Capes; TMG

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Avaliação da vazão e do espectro de gota na eficiência de Bt no

controle de Spodoptera frugiperda

Joacir do Nascimento; Kelly C. Gonçalves; Matheus H. T. G. Borges; Natalia D.

Danzi; Sandy S. Fonseca; Stéfane C. Q. S. Faria; Cícero A. M. dos Santos;

Ricardo Antônio Polanczyk;

Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita Filho", 14884-

900, Jaboticabal-SP, Brasil

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidóptera : Noctuidae) é a principal

praga da cultura milho. Seu controle é realizado principalmente com inseticidas

químicos, no entanto, nas últimas safras a utilização de bioinseticidas à base de

Bacillus thuringiensis (Bt) tem sido uma ferramenta bastante utilizada no controle.

Apesar da sua especificidade e seletividade, alguns fatores podem influenciar na

eficiência desses produtos na aplicação, à exemplo a vazão de calda e o espectro

de gota usado na pulverização. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar o

efeito da vazão e do espectro de gota e a interação desses fatores sobre a

mortalidade de S. frugiperda. O experimento foi realizado em esquema fatorial com

tratamento adicional [(3x2) +1] e 40 repetições (lagartas). Para a aplicação do

bioinseticida Dipel® foram analisadas duas vazões (70 L/ha e 100 L/ha) e três

espectros de gota (fina, média e grossa), utilizando água como testemunha. Cada

unidade experimental foi constituída de 50 m2 com aproximadamente 300 plantas de

milho, em estádio fenológico V8. Uma hora após a aplicação, foram coletadas 10

folhas de cada tratamento. Em laboratório, foram retirados 4 discos foliares (3 cm de

diâmetro) de cada folha, e fornecidos para lagartas de 2º instar de S. frugiperda. A

avaliação da mortalidade das lagartas foi realizada cinco dias após a aplicação. Os

dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste

Tukey a 5% de probabilidade usando o programa R. Não foi constatada diferença

significativa na mortalidade de lagartas para as vazões e espectros de gota

avaliados, indicando que ambos fatores não influenciaram na eficiência do

bioinseticida Dipel® sobre S. frugiperda.

Palavras-Chave: lagarta do cartucho do milho; Dipel;

Apoio Institucional: FCAV/Unesp, CNPq, EMBRAPA.

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Avaliação do potencial antagônico do bioproduto BioTCD à fungos

fitopatogênicos

Juliana P. Braga; Josegueri Celeri; Taisa P. Gomes; Celeste P. D’Alessandro;

Italo Delalibera Jr

VitialForce e ESALQ-USP

A empresa Vital Brasil desenvolve uma linha de produtos relacionados à nutrição de

plantas em diversos estados brasileiros e em outros países. Em parceria com o

Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, ESALQ - USP foi

desenvolvido o bioproduto denominado BioTCD constituído pelo fungo Trichoderma

asperelloides com efeitos benéficos no crescimento de plantas e antagonismo aos

fungos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum e Rhizoctonia solani. Os testes de

antagonismo foram conduzidos em casa de vegetação usando sementes de soja,

feijão e milho tratadas com BioTCD ou sem tratar (controle), as quais foram

transferidas para vasos contendo substrato estéril com ou sem a introdução dos

fitopatogenos. As estruturas fúngicas de S. sclerotiorum e R. solani foram

produzidas em meio de cultura contendo 20 g de fubá e 80 g de cenoura picada e,

iormente, inoculadas em substrato vegetal para a realização do plantio em vasos

plásticos acondicionados em uma casa de vegetação. O revestimento das sementes

de soja com BioTCD reduziu em 40% o número de plantas doentes com S.

sclerotiorum e em 20% com R. solani. O revestimento das sementes de feijão com

BioTCD reduziu em 40% os danos causados pelos fitopatógenos e aumentou a

porcentagem de germinação para 87% e 93% nos substrato com S. sclerotiorum e

R. solani, respectivamente. Também, foi observado que a inoculação de S.

sclerotiorum e R. solani no substrato causou só umas poucas regiões de necrose

nas plantas de milho tratadas com BioTCD em comparação com as plantas em

substrato estéril observando um 40% de plantas doentes pelo fungo S. sclerotiorum

e um 60% pelo fungo R. solani. O revestimento das sementes de milho com o

produto BioTCD resultou em um aspecto mais saudáveis das plantas com folhas

mais verdes e com o número maior de folhas/planta. Portanto, o bioproduto BioTCD

tem potencial para aumentar a sanidade vegetal das plantas reduzindo os efeitos

negativos das fitopatógenos S. sclerotiorum e R. solani.

Palavras-Chave: Biofungicida; Trichoderma;

Apoio Institucional: Programa FAPESP de Apoio à Pesquisa Inovativa em

Pequenas Empresas (PIPE Fase II, Número de processo: 2017/05214-0).

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Análise genômica e identificação de genes inseticidas de uma nova

cepa de Bacillus thuringiensis

Karine S. Carvalho; Samuel F. A. Galvão; Roberto W. Noda; Fernando H.

Valicente

UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) é uma bactéria gram-positiva com atividade

entomopatogênica a diversos insetos-pragas que provocam danos econômicos na

agricultura. A sua toxicidade é devido à produção de diversas proteínas inseticidas

durante a fase de crescimento conhecidas como Cry, Cyt, Vip e Sip. Os genes

responsáveis pela expressão dessas proteínas estão localizados nos genomas e

plasmídeos bacteriano, e a sua correta identificação e localização possibilita aplicá-

los em inovações biotecnológicas, como por exemplo, plantas transgênicas

resistentes à insetos-praga. O objetivo desse estudo foi analisar as sequências de

nucleotídeos correspondentes ao genoma de uma nova cepa de Bacillus

thuringiensis com atividade tóxica à lepidópteros-praga de importância agrícola e

identificar os genes candidatos presentes. O DNA genômico da cepa 775E foi

extraído utilizando o kit Wizard® Genomic DNA Purification e iormente sequenciado

em paired-end por meio da plataforma Illumina HiSeq 4000 system. Os Scaffolds

resultantes da montagem foram analisados por meio de alinhamento local de

sequências (BLASTn) contra um banco de dados específico contendo sequências

nucleotídicas de toxinas de Bt nomeadas e depositadas no NCBI utilizando o

software ncbi-blast-2.7.1. O sequenciamento gerou um total de 8,422,300 de reads

de alta qualidade, com tamanho total de 6,668,999 pb, 256 scaffolds, 259 contigs,

valor de N50 de 75,208 e 34.54% de conteúdo de G+C. As análises forneceram um

relatório de saída com valores de score, e-value, gap, mismatch, localização do

gene e o sentido na fita de DNA. Foram identificados seis genes que expressam

proteínas Cry (cry9Ea, cry1Da, cry1Ca7, cry1Ia, cry1Aa, cry2Ab) e um gene que

expressa proteína VIP (vip3Aa). A sequência completa do genoma de B.

thuringiensis 775E será depositada no GenBank. Os genes localizados no genoma

da cepa são promissores para serem estudados e utilizados em estratégias de

controle biológico de pragas.

Palavras-Chave: Bt; Sequenciamento; Toxinas

Apoio Institucional: Embrapa Milho e Sorgo, CAPES

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Eficiência de diferentes proporções da mistura do baculovírus

(SfMNPV) no controle da Spodoptera frugiperda

Karolay G. Reis; Gabriel H. F. Nunes; Fernando H. Valicente; Frederick M.

Aguiar; Jean M. R. Pinho; Karine S. Carvalho; Vinícius A. S. Santos; Nívea A. M.

Evangelista

UNIFEMM

Os baculovírus compreendem grande parte dos vírus patogênicos à insetos. A

lagarta Spodoptera frugiperda, se destaca, pois, demanda um alto investimento para

o seu controle. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência

da mistura da solução viral diluída em água deionizada dos isolados 6 (que não

rompe o tegumento imediatamente após a morte da lagarta) e 19 (rompe o

tegumento quando da morte da lagarta), em diferentes proporções, para o controle

da lagarta S. frugiperda. O experimento teve 7 tratamentos, contendo 3 repetições

cada, no qual utilizaram-se 24 lagartas por repetição com idade de 5 dias.

Primeiramente, as folhas do milho foram imersas em solução viral na concentração

de 3,5x107 poliedros mL-1 proveniente do Banco de Microrganismos da Embrapa

Milho e Sorgo nas respectivas proporções: T1: ISO 19 (10%) e ISO 6 (90%); T2:

ISO 19 (20%) e ISO 6 (80%); T3: ISO 19 (30%) e ISO 6 (70%); T4: ISO 19 (50%) e

ISO 6 (50%); T5: ISO 6 (100%); T6: ISO 19 (100%) e T7: Sem baculovírus. Em

seguida, as lagartas foram inseridas e mantidas na folha de milho, durante 48hrs, e

iormente, transferidas para a dieta artificial e mantidas na temperatura de 25°C para

avaliação da mortalidade durante 12 dias. A testemunha apresentou a menor taxa

de mortalidade equivalendo a 1,4%. Os demais tratamentos (T1, T2, T3, T4, T5 e

T6) não diferiram entre si estatisticamente, entretanto, o tratamento T6 (ISO 19)

apresentou maior taxa de mortalidade (95,70%), seguido do tratamento T1, com

uma mortalidade de 94,26%. Na sintomatologia das lagartas infectadas, notou-se

que mesmo na menor concentração do ISO 19 as lagartas na sua maioria romperam

tegumento.

Palavras-Chave: Mortalidade; Tegumento; Formulados;

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED

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Gene silencing and mortality in larval stages of Anastrepha

fraterculus induced by RNAi

Naymã P. Dias; Deise Cagliari; Guy Smagghe; Dori E. Nava; Moisés J. Zotti

Universidade Federal de Pelotas

The South American fruit fly, Anastrepha fraterculus (Wied. 1830) (Diptera:

Tephritidae) is a major polyphagous pest of fruit crops. The main control tactic

available for A. fraterculus in Brazil is the application of bait sprays. However, new

environmentally sustainable tactics have been proposed to pest management, such

as the RNA interference (RNAi) technique. Our study was designed to examine

whether the sensitivity of A. fraterculus larvae to the uptake of double-stranded RNA

(dsRNA) could generate an RNAi response. The dsRNA delivery was performed by

soaking in second-instar larvae to evaluate the gene-silencing of V-ATPase, using

GFP gene as control. The larvae were soaked in dsRNA solution (500 ng/µl) for 30

min. After the larvae were transferred to artificial diet and the mortality was monitored

over a 7-day period. Larvae of A. fraterculus were stored at −80°C at 24, 48 and 72 h

after dsRNA delivery for the RNAi silencing efficiency assay by quantitative PCR

(qPCR). Larvae soaked in dsRNA solution showed a strong gene silencing of V-

ATPase as early as 24 h after exposure to dsRNA. The soaking resulted in an 85%

knockdown and increased to 100% after 48 h. The silencing effect persisted up to 72

h. The mortality induced by dsRNA reached 40% at 7 days. Our data demonstrated

the existence of a functional RNAi machinery in the South American fruit fly, and we

present a robust assay with the larval stages, that can further be used for screening

of target genes for RNAi-based control of fruit fly pests. This is the first study that

provides evidence of a functional RNAi machinery in A. fraterculus.

Palavras-Chave: RNA interference; dsRNA; South American fruit fly

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FWO-Vlaanderen, COST

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Meios de cultivo e produção de Bacillus thuringiensis

Nívea A. M. Evangelista; Jean M. R. Pinho; Fernando H. Valicente

Universidade Federal de São João Del Rei

A produção em larga escala de Bacillus thuringiensis (Bt) requer a obtenção de

fermentados com alta atividade biopesticida e de baixo custo. Neste sentido são

pertinentes as pesquisas por meios de cultivo que satisfaçam esses requisitos.

Neste trabalho foram elaborados seis meios alternativos (M1 a M6) e comparados

com o fermentado proveniente do meio Luria Bertani (LB 2%), em triplicas (50 ml em

erlenmeyers de 250 ml). Após 72 horas de cultivo (250 rpm, 29,5oC, inóculo 2%)

foram avaliados os parâmetros formação de esporos (esporos totais/ml), massa

celular seca e percentual de mortalidade de lagartas Spodoptera frugiperda,

alimentadas com folhas do cartucho de milho, em bioensaios de laboratório. Outro

fator considerado foi o custo de produção destes meios. Os meios M1, M2 e M3

eram compostos de uma fonte de nitrogênio (N) 1% (p/v) e glicose 0,75% (M1), 1,0%

(M2) e 1,25% (M3). Os componentes dos meios M4, M5 e M6 foram: N (0,4%),

proteína de soja (0,4%), sulfato de amônio (0,2%) e glicose 0,75% (M4), 1% (M5) e

1,25% (M6). Ao término da fermentação os meios apresentaram formação de

esporos entre 108 (M2, M3, M4 e LB) e 109 (M1, M5 e M6). O aumento da

concentração de glicose contribuiu para maior esporulação em M5 e M6 em relação

ao meio M4. Todos os meios alternativos produziram mais massa celular

comparando com LB. Este parâmetro foi maior nos fermentados que incluíam as

diferentes fontes de nitrogênio associadas, com destaque para M6, evidenciado pela

maior concentração de glicose. Quanto ao potencial biopesticida de Bt não houve

diferença estatística entre os fermentados, que apresentaram índices de mortalidade

acima de 96%, entretanto, ao considerar o custo de produção, os meios alternativos

propiciaram uma redução de 92,6% (M6) a 96,5% (M1) em relação ao meio LB,

sendo, portanto, opções bastante atrativas para produção em larga escala.

Palavras-Chave: Fermentação; Biopesticida; Formulação

Apoio Institucional: Embrapa, Faped

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Perfil de expressão de genes candidatos à tecnologia de RNA

interferente em Brevipalpus yothersi

Sara Stefani Domingos; Diogo M. Galdeano; Maria A. Nunes; Luana Ap.

Rogerio; Letícia Montelatto; Valdenice Moreira Novelli;

Centro Avançado de Pesquisa de Citros Sylvio Moreira - IAC

Considerada uma das doenças virais mais preocupantes da citricultura, a leprose

dos citros é comumente transmitida pelo ácaro Brevipalpus yothersi (Baker)

(Tenuipalpidae) e causada pelo citrus leprosis virus (CiLV-C, Cilevirus). Os sintomas

da doença são restritos aos locais de alimentação dos ácaros, caracterizados por

lesões cloróticas e necróticas em frutos, ramos e folhas. Nos pomares de citros, o

manejo é feito basicamente pelo uso de acaricidas, porém tem alto custo e traz

riscos à saúde humana, além da contaminação do meio ambiente. Portanto,

estratégias de controle sustentáveis são altamente desejáveis. A tecnologia de RNA

interferente (RNAi) é baseada em um mecanismo de silenciamento gênico pós-

transcricional, que impede a funcionalidade de uma determinada proteína alvo, via

dupla fita de RNA do gene (dsRNA) alvo, sendo uma estratégia molecular com

potencial uso no controle pragas via biopesticidas. Neste sentido, nosso objetivo foi

obter informações básicas para os experimentos voltados à aplicação da tecnologia

RNAi ao controle do ácaro da leprose. Após a seleção de genes vitais para o

desenvolvimento de B. yothersi (acetylcholinesterase, cathepsin L1 e chitin

synthase) foi avaliada por qRT-PCR a expressão destes potenciais alvos nas

diferentes fases biológicas do ácaro (ovos, larvas, protoninfas, deutoninfas e

adultos), visando estabelecer a mais propícia para administrar dsRNAs. Em todas as

fases foi possível obter diferenças nos perfis de expressão dos alvos, sendo em

protoninfas observado o maior nível de expressão para todos os genes. Concluímos

que os experimentos de entrega do dsRNA, tendo como alvos os genes

acetylcholinesterase, cathepsin L1 e chitin synthase, deverão ser conduzidos na fase

de larva dos ácaros, proporcionando uma maior eficiência visto ser a fase que

antecede a de maior expressão destes alvos.

Palavras-Chave: Ácaro da leprose dos citros; RNAi; Biopesticidas;

Apoio Institucional: FAPESP (Processos 2016/21749-8; 2018/15747-8)

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Efeitos de anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial de Diatraea saccharalis (F.)

(Lepidoptera: Crambidae) visando a multiplicação de Trichogramma galloi Z. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e

Cotesia flavipes (C.) (Hymenoptera: Braconidae)

Suélen C. da S. Moreira; Vinícios N. da Silva; Ivana F. da Silva; Crébio J. Ávila;

Harley N. de Oliveira

Universidade Federal da Grande Dourados

O formaldeído é utilizado como anticontaminante em dietas artificiais para criação de

insetos em todo o mundo. Todavia, essa substância apresenta alta toxicidade e

como é usada de forma rotineira é imprescindível sua substituição. Com isso,

avaliou-se as performances biológicas dos parasitoides T. galloi e C.

flavipes multiplicados em ovos e lagartas, respectivamente, de D. saccharalis criada

em dieta artificial com diferentes anticontaminantes. O experimento foi conduzido em

DIC, com os seguintes tratamentos (dose/2L dieta): ácido acetilsalicílico AAS(3,7g),

ácido sórbico (3,7g) ácido benzoico (3,7g), formaldeído (2,7ml) e testemunha (água

destilada) em 25 repetições. Para T. galloi cada repetição foi constituída por uma

massa de 30 ovos de D. saccharalis, expostas a 24h/fêmea de T. galloi. Já para C.

flavipes cada repetição foi constituída por uma lagarta de D. saccharalis (3º instar)

/fêmea de C. flavipes. As características biológicas avaliadas foram: % parasitismo,

emergência, progênie, razão sexual e longevidade (dias). Além de estimaro

parasitismo (PE), sendo: PE/100 x % emergência= emergência estimada (EE). EE x

progênie=progênie estimada (PE). PE x razão sexual=nº de fêmeas estimado

(NºFE). As fêmeas de T. galloi parasitaram a maior quantidade de ovos nos

tratamentos com AAS, formaldeído e testemunha. As demais características

biológicas do parasitoide não foram influenciadas pelos anticontaminantes. Porém

ao estimar 100 ovos de D. saccharalis parasitados por T. galloi, os

anticontaminantes AAS e ácido sórbico apresentaram a maior progênie e maior

proporção de fêmeas do parasitoide. Os anticontaminantes não apresentaram

diferenças nas características biológicas de C. flavipes. E ao estimar100 lagartas

parasitadas por C. flavipes, o tratamento com ácido benzoico aumentou a progênie e

o nº de fêmeas do parasitoide. Portanto, a substituição do formaldeído no preparo da

dieta de D. saccharalisé viável, sem interferir na produção dos parasitoides T.

galloie C. flavipes.

Palavras-Chave: parasitoides; criação massal; controle biológico;

Apoio Institucional: CAPES, Embrapa Agropecuária Oeste

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Substitutos ao formaldeído no preparo da dieta artificial para

criação de Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lepidoptera:

Crambidae) em laboratório

Suélen C. da S. Moreira¹; Vinícios N. da Silva²; Ivana F. Silva¹; Crébio J. Ávila³;

¹Departamento de Entomologia e Conservação da Biodiversidade – Universidade Federal da Grande

Dourados (UFGD), Dourados, MS ²Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados,

MS; ³Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS; E-mail:

[email protected]

Diatraea saccharalis é a espécie que mais causa danos na cultura da cana-de-

açúcar. A criação do inseto em laboratório, a partir da dieta artificial, é imprescindível

para estudos bioecológicos, bem como, para a produção de inimigos naturais. O

formaldeído é um dos componentes básicos utilizados no preparo da dieta artificial

de diversos insetos. Porém, sua utilização pode ocasionar efeitos indesejáveis à

saúde humana. Avaliou-se produtos substitutos ao formaldeído para a criação de D.

saccharalis. Foram utilizados oito tratamentos nas seguintes doses: ácido

acetilsalicílico AAS (1g e 2g/dieta), ácido sórbico (1,85g e 3,7g/dieta), ácido benzoico

(1,85g e 3,7g/dieta), o tratamento padrão (formaldeído) e testemunha (água). O

experimental foi conduzido em DIC, sendo cada repetição constituída por 10 lagartas

neonatas, alimentadas com dieta artificial contendo os respectivos

anticontaminantes. Avaliou-se a contaminação no interior dos tubos, a viabilidade

larval, pupal e o peso de pupas. Na fase adulta, 20 casais/tratamentos foram

individualizados em gaiolas, sendo avaliado a longevidade dos indivíduos e a

capacidade reprodutiva. Os estudos foram realizados por duas gerações do inseto.

A contaminação no interior dos tubos ocorreu somente na segunda geração de D.

saccharalis, no tratamento com ácido benzoico na menor dose utilizada, semelhante

a testemunha. Não houve contaminação nos demais tratamentos. Para a fase

reprodutiva não se verificou nenhuma diferença entre os produtos avaliados na

primeira geração. Já na segunda, todos os produtos avaliados proporcionaram uma

maior fecundidade total em relação à testemunha e formaldeído. Diante dos

resultados obtidos, os anticontaminantes AAS, ácido sórbico e ácido benzoico (maior

dose), podem ser recomendados em substituição ao formaldeído no preparo da

dieta artificial, assegurando eficácia no controle de microrganismos contaminantes,

além de ser de fácil acesso e baixo custo.

Palavras-Chave: Broca-da-cana; criação massal; controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CAPES

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Efeito do Tween 20 na formulação de um produto para biocontrole

com Bacillus thuringiensis 1450

Francielly R. Nascimento1; Tamiris J. S. Rêgo1; Páblo E. C. Silva2; José P.

Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3; Daniela A. V. Marques4; Cesar A.

D. Arias1

Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio1; Instituto Agronômico de Pernambuco2;

Universidade Federal Rural de Pernambuco3; Universidade de Pernambuco4

Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) é uma bactéria Gram-positiva

esporulante. O seu cultivo ocorre comumente em batelada simples, sendo os

subprodutos deste cultivo altamente desejados por apresentarem proteínas

cristalinas com alto potencial inseticida. Essa característica o direciona como uma

alternativa biotecnológica eficiente no controle biológico. Dentro do processo de

produção, a fase de formulação é um ponto crítico a ser estudado, pois diferentes

formulações podem ocacionar a perda da viabilidade dos esporos, entupimento dos

bicos de pulverização, baixa dissolução com outras misturas, entre outros. O

objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tween 20 na formulação final de um

produto à base de B. thuringiensis linhagem 1450 registrada para a agricultura

orgânica. Os materiais utilizados foram tween 20 (Synth) e produto de fermentação a

partir da linhagem Bt 1450. Foram tomadas amostras de 5mL por triplicata e foi

avaliado o efeito na viabilidade, na concentração de esporos, no pH e na

solubilidade do produto a partir de diferentes concentrações de 0,2; 0,4; 0,8 e 1mL

de twenn 20. A análise dos dados foi realizada utilizando ANOVA one-way. Não foi

observada diferença significativa na viabilidade para as doses testadas, contudo foi

observado que na concentração de 0,2 de tween foi obtida perda de viabilidade de

26%. Por outro lado, a concentração de esporos demostrou não ter diferença

significativa ao serem avaliadas todas as amostras em conjunto (p=0,077), no

entanto, quando analisadas separadamente, a concentração 0,2 de tween

apresentou diferença significatica (p=0,003). Já para a análise do pH observou-se

diferença significativa na predição integrada (p=0,036). Finalmente, o teste de

solubilidade demostrou que todas as amostras têm diferenças quando comparadas

com o controle positivo.

Palavras-Chave: Polissorbato20; Dissolução; Controle biológico

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

(COMDEAGRO)

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Produção de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04

por fermentação bifásica e sacos aerados

Tiago T. Ferreira1; Gabriella C. Marafon1; Luis F. A. Alves1; José Eduardo M. de

Almeida2; Bruno V. Neves1

1Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel,

PR; 2Instituto Biológico, Centro Experimental Central, Laboratório de Controle Biológico

A produção de fungos entomopatogênicos no Brasil é feita da mesma maneira

desde a criação das primeiras biofábricas, pelo método de fermentação sólida sobre

arroz parboilizado em sacos de polipropileno. Contudo, tem crescido o interesse por

novos métodos de produção, como o uso de sacos aerados e o método de produção

bifásico. Assim, foi avaliada comparativamente, a produção e a atividade inseticida

de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 em sacos com e sem

aeração, em fermentação sólida e bifásica, utilizando-se o arroz parboilizado como

meio de cultura. Foram analisados os parâmetros da produção ao longo de 10 dias:

viabilidade e produtividade do fungo, e a atividade inseticida frente ao cascudinho do

aviário, Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae). Na análise da

produção de conídios em cada um dos tempos de incubação, os tratamentos de

produção bifásica em sacos aerados (LA) e fermentação sólida em sacos comuns

(CN) não apresentaram variações significativas. Mas na fermentação sólida em

sacos aerados (CA) houve significativo aumento na produção. A produção bifásica

em sacos comuns (LN) foi a de menor produção entre os tratamentos. O uso de

sacos aerados foi o que proporcionou maior rendimento, tanto LA como CA, sendo

respectivamente a produção média de 9,45 e 7,23g de fungo/kg de arroz com

3,14x109 e 3,96x109 conídios/g de fungo peneirado. A viabilidade dos conídios não

foi significativamente afetada, sendo próxima de 90%. A atividade inseticida também

não foi alterada, sendo obtidos valores de mortalidade total confirmada de 71% (108

conídios/mL). Os sacos aerados, em ambos os tipos de fermentação,

proporcionaram produção significativamente maior, sendo para LA e CA,

respectivamente observado no último dia de avaliação 104% e 34% a mais que seus

respectivos comparativos LN e CN, mostrando o potencial para otimização do

processo de produção.

Palavras-Chave: Método bifásico; controle microbiano; fungos entomopatogênicos

Apoio Institucional: CNPq, Biocamp Laboratórios Ltda.

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Patogenicidade de uma nova linhagem de Beauveria bassiana

contra Lema bilineata

Adelia M. Bischoff; Jason L. Furuie; Rayne Baena; Rubens C. Zimmermann;

Alessandra Benatto; Ida C. Pimentel; Maria A. C. Zawadneak

Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Produção Vegetal, Setor de Ciências Agrárias,

Universidade Federal do Paraná

Sabe-se que a presença de entomopatógenos no ambiente pode contribuir para o

controle natural de insetos-praga. Apesar dos dados disponíveis em todo o mundo,

há uma falta de informações sobre o controle de vaquinhas desfolhadoras

(Chrysomelidae) por fungos entomopatogênicos no Brasil. Isso demonstra a

importância de estudos com novos isolados de fungos para uso no controle

biológico. Nesta pesquisa objetivou-se avaliar a patogenicidade deBeauveria

bassiana (Bals.) Vuill. contra Lema bilineata Germar, 1823 (Coleoptera:

Chrysomelidae) em condições controladas. Amostras de insetos mumificados foram

coletadas em Physalis peruviana L. (Solanaceae) em Campo Largo, PR. Após

isolamento do fungo do corpo do inseto, sua identificação foi confirmada por micro e

macromorfologia. O isolado B. bassiana (L12) encontra-se depositado na Coleção

Microbiológica da Rede Paranaense TAXonline-UFPR. Para os testes de

patogenicidade foram testadas as fases de ovo, larva e adulta do inseto. Em

delineamento inteiramente casualizado, cada tratamento foi realizado em triplicata.

Para cada repetição foram utilizados 7 adultos, 8 larvas e 10 ovos de L. bilineata

acondicionados em placas de Petri com papel filtro no fundo. A concentração foi

ajustada a 2,16 x 108 conídios.mL-1 e foi pulverizado 1 mL da suspensão para ação

de contato direto, com auxílio de um aerógrafo Sagyma® (modelo AW 186) sob 40

lb.pol-1. Como controle foi utilizada solução salina. A mortalidade foi avaliada

diariamente por 7 dias e os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney a

95% de confiabilidade. O isolado L12 de B.bassiana teve sua patogenicidade a L.

bilineata comprovada pelo Postulado de Koch com mortalidade de 100% dos insetos

na fase adulta (p-valor = 0,0279) após 7 dias, mortalidade de 87% na fase larval (p-

valor = 0,0009) e 100% de mortalidade dos ovos após 3 dias (p-valor = 4,81e-10).

Os resultados sugerem o potencial de utilização deste isolado como alternativa no

controle biológico de L. bilineata.

Palavras-Chave: Physalis peruviana; controle biológico; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior

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Efeito de toxinas do milho Bt sobre a patogenicidade de nematoides entomopatogênicos (Rhabditida: Steinernematidae,

Heterorhabditidae) a larvas de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera, Noctuidae)

Fernanda S. Sales; Alcides Moino Jr.; Pedro G. Chagas;

Universidade Federal de Lavras

Plantas geneticamente modificadas que expressam proteínas com ação inseticida

têm sido uma importante ferramenta no controle de Spodoptera frugiperda (JE

Smith) (Lepidoptera, Noctuidae), praga-chave da cultura do milho (Zea mays L.). O

uso contínuo e inadequado dessa tecnologia tem reduzido o grau de supressão

populacional das larvas, portanto é essencial a utilização conjunta de diferentes

táticas de manejo para retardar a resistência a pragas em culturas que produzem

toxinas inseticidas derivadas de Bt. Nematoides entomopatogênicos (NEP) possuem

simbiose com bactérias e são importantes agentes de controle biológico para vários

insetos, podendo ser um método alternativo e seguro para o controle de pragas.

Apesar de alguns trabalhos mostrarem uso conjunto de NEP e milho Bt para o

controle de S. frugiperda, pouco se sabe sobre o efeito do Bt aos NEP. Nesse

contexto, para identificar o efeito de Bt nos NEP usados no controle de duas

populações de S. frugiperda resistentes às proteínas Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1F,

foram aplicados 1mL de suspensão contendo 500 juvenis infectantes (JI)/mL de

Heterorhabditis amazonensis isolado JPM4, H. amazonensis isolado RSC05

(Rhabditida: Heterorhabditidae) e Steinernema carpocapsae (Rhabditida:

Steinernematidae) em larvas resistentes a essas proteínas, 15 dias após a eclosão

das mesmas, alimentadas somente por milho Bt, a fim de avaliar os efeitos na

patogenicidade dos NEP. O isolado RSC05 teve sua patogenicidade afetada

negativamente para ambas as populações com significativa diminuição da

mortalidade dessas larvas quando comparadas às mortalidades obtidas no

tratamento controle. Com relação aos NEP H. amazonensis (JPM4) e S.

carpocapsae não houve efeitos negativos para a patogenicidade sobre populações

resistentes às proteínas Cry. Conclui-se que os NEP são afetados pela presença

das proteínas Cry de maneira distinta, e estudos futuros devem ser feitos para

elucidar as causas dessas interações.

Palavras-Chave: Controle Microbiano; Transgênicos; Resistência

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Tratamento de sementes de feijoeiro com Beauveria bassiana e

Metarhizium anisopliae visando ao manejo de pragas de folhas

Alexandre de Sene Pinto; Ana Julia Hernandes; Mayara Jundurian Miyazaki;

Victoria Ricco Miralha; Luis Rodolfo Rodrigues; Eric Novato de Sousa;

Centro Universitário Moura Lacerda

O feijoeiro é atacado por diversas pragas, como lagartas desfolhadoras,

crisomelídeos e larva-minadora, Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae), e o controle

delas é realizado predominantemente com inseticidas químicos no Brasil. O uso dos

fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae é

promissor no controle dessas pragas, desde que aplicados em pulverizações foliares

sistemáticas. Entretanto, existe a possibilidade do tratamento de sementes com

esses fungos para indução de resistência a diferentes pragas e doenças na parte

aérea. Esse trabalho teve por objetivo avaliar a ação dos fungos mencionados, em

diferentes concentrações de conídios, no tratamento de sementes para o controle de

pragas da parte aérea. O ensaio foi instalado em Ribeirão Preto, SP, onde os fungos

B. bassiana cepa ESALQ PL63 e M. anisopliae cepa ESALQ E9 foram aplicados nas

concentrações de 1x108, 1x109, 1x1010 e 1x1011 conídios viáveis por hectare,

usando o equivalente a calda de 150 L ha-1, além de uma testemunha (água

destilada). Cada parcela foi constituída por um copo plástico de 500 mL contendo

terra fertilizada e uma semente tratada (±0,11 mL copo-1), sendo cada tratamento

repetido 10 vezes. Aos 13, 14, 15, 19 e 22 dias da semeadura, as plantas foram

avaliadas quanto ao número de folhas com danos e porcentagem de desfolha em

cada uma delas e quanto ao número de plantas com presença de minas de

Liriomyza sp. Verificou-se que o fungo B. bassiana reduziu significativamente

(Tukey, 5%) a porcentagem média de desfolha em todas as datas de avaliação e em

todas as concentrações de testadas, mas não diminuiu a infestação de Liriomyza

sp., pois os tratamentos não diferiram da testemunha. O tratamento de sementes

com M. anisopliae diminuiu a desfolha apenas nas primeiras avaliações, mas a

concentração menor mostrou o menor valor até 22 dias após a semeadura. A menor

concentração de M. anisopliae reduziu significativamente a porcentagem de plantas

com minas de Liriomyza sp.

Palavras-Chave: controle microbiano; Fabaceae; fungos entomopatogênicos

Apoio Institucional: Centro Universitário Moura Lacerda

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Aplicação de Trichoderma harzianum em raízes de mudas de

tomateiro visando ao controle de pragas e doenças da parte aérea

Alexandre de Sene Pinto; Lucas Santos Vian; Matheus Barros Oliva; Luis

Rodolfo Rodrigues; Rodolfo Pontes Carneiro; Arthur Pontes Carneiro; Eric

Novato de Sousa

Centro Universitário Moura Lacerda

São várias as pragas e doenças que atacam a cultura do tomateiro (Solanum

lycopersicum) (Solanaceae) e o manejo fitossanitário é realizado quase que

exclusivamente com agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o

desenvolvimento da cultura e o controle de pragas e doenças após o tratamento das

raízes das plantas com Trichoderma harzianum cepa IB19/17. Em um delineamento

em blocos casualizados, quatro tratamentos (imersão das raízes em soluções em

três concentrações diferentes, 5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L-1, mais uma

testemunha) foram repetidos sete vezes. Após o tratamento das raízes, as mudas

foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e

doenças. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca

(Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas

(Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras

(Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici,

murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período

reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. T. harzianum, na dose

de 1,5x1010 conídios L-1, diminuiu a população de mosca-minadora, Liriomyza sp. e

a na dose de 5x109 conídios L-1 diminuiu a incidência de septoriose nas folhas do

tomateiro, ambos em duas datas consecutivas. O fungo T. harzianum no tratamento

de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem

melhorou a produtividade da cultura, mas a menor concentração do fungo mostrou

significativamente maior peso médio do fruto quando comparado com a maior

concentração testada. As menores concentrações de conídios deverão ser mais

bem estudadas no controle de pragas e doenças da parte aérea.

Palavras-Chave: controle microbiano; Solanaceae; fungo

Apoio Institucional: Biocontrol

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Maize seed coating with microsclerotia of Metarhizium spp. as

biostimulant and protection against Spodoptera frugiperda

Aline Cesar de Lira; Gabriel Moura Mascarin; Italo Delalibera Júnior

ESALQ/USP

The use of microsclerotia (MS) of the entomopathogenic fungi Metarhizium spp. may

be an alternative for pest control due to its long persistence in soil and production of

infective conidia in situ. In this study we produce MS of 48 isolates of Metarhizium

spp. and selected three most productive isolates to be used in maize seed coating for

two purposes: enhancement of plants growth and protection against Spodoptera

frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). MS were cultured in liquid medium with carbon:

nitrogen (C:N) ratio of 10:1. The role of Metarhizium as a biostimulant was measured

on 30-day-old plants grown from seeds inoculated with microsclerotia of the three

selected isolates. Survival of S. frugiperda 3rd instar larvae was evaluated on maize

plants grown from MS-coated seeds. MS yields were 1.2×103, 1.8×103 and 3.6×103

MS mL-1 within 4 days of fermentation for M. anisopliae ESALQ1814, M. robertsii

ESALQ2450 and Metarhizium sp. indeterminate ESALQ1638, respectively. The

germination rates of MS for these isolates were always above 90% in 24h incubation

period, while conidia concentration from sporogenic MS after 7 days incubation on

water agar reached 1.33×108 - 1.31×109 conidia g-1 of MS granules. The isolates of

Metarhizium ESALQ1638 improved somehow maize plant growth; higher shoot

height and root size, while increased plant biomass was shown with ESALQ1814 and

ESALQ2450. Mortality of S. frugiperda was 55-64% and median survival time (ST50)

was 5-6 days when larvae were fed on maize plant inoculated with any of the three

Metarhizium species. Due to the lack of mycosis on larvae by Metarhizium spp., we

postulate that the indirect detrimental effect on S. frugiperda survival was probably

linked with plant biochemical defenses. Our results prompt the feasibility and

effectiveness of using MS of Metarhizium spp. in maize seed coating with a dual

benefit in plant growth promotion and protection against insect feeding.

Palavras-Chave: Fungal entomopathogen; Plant biostimulant; Liquid fermentation

Apoio Institucional: CAPES

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Effect of Exudate Droplets from Metarhizium sp. on Rhipicephalus

microplus

Allan F. Marciano; Jessica F. de Paulo; Emily M. Silva; Mariana G. Camargo;

Laura N. Meirelles; Thais A. Corrêa; Patrícia S. Gôlo; Vânia R. E. P. Bittencourt

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Metarhizium anisopliae (Metschn.) Sorokin, 1883 (Hypocreales: Clavicipitaceae) can

produce exudate droplets with toxic metabolites for arthropods. The effects of

exudate from the M. anisopliae strain CG148 inoculated on Rhipicephalus microplus

Canestrini,1887 (Acari: Ixodidae) were evaluated. Strain CG148 was cultured on

CTC medium (Potato dextrose agar, Chloramphenicol, Thiabendazole and

Cycloheximide) and the exudate produced on the colonies were collected on the 14th

day of growth and sterilized by filtration. Two methods of inoculation were used, one

to evaluate the reproductive parameters and tick’s mortality percent (inoculation in

the leg thigh insertion using 10 females per group) and another to evaluate

hemocytes’ quantification (inoculation in the foramen between the scutum and the

capitulum using 30 females per group). Besides the females inoculated with the

fungus exudate (GIFE group), three control groups were established: a group without

inoculation (WI), a group inoculated only with sterile distilled water (SDWI), and a

group perforated with the needle without inoculation (SN). Tick mortality was

observed daily and the egg production index (EPI) were calculated. To access

information on the number of hemocytes, cells concentrations were obtained after

hemolymph collection using a Neubauer chamber. The fungal exudate caused 50%

of tick mortality 24h after the inoculation. There was a significant difference in the EPI

after exudate inoculation in comparison to the control groups: WI (P=0.0001; n=10),

SDWI (P=0.0003; n=10) and SN (P=0.0003; n=10). Hemocytes from females of

GIFE group were reduced up to 7.2 times in comparison to control groups. Exudate

droplets from CG148 isolate directly affected R. microplus engorged females,

causing death, reduction in their egg production and number of hemocytes. This

study adds data about the effect of metabolites produced by Metarhizium sp. on the

cattle tick providing new perspectives for future researches.

Palavras-Chave: cattle tick; biological control; fungal guttation

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001, FAPERJ, CNPq.

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Ação de inseticidas sobre os ovos de Erinnyis ello L. 1758

(Lepidoptera: Sphingidae) com diferentes idades

Amanda C. Favorito; Leidiane C. Carvalho; Gabriele L. Hoelscer; Letícia D.

Zanachi; Pablo W. R. Coutinho; Maria A. Urnau; Vanda Pietrowski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

A principal praga na cultura da mandioca é o Erinnyis ello Lineu (Sphingidae). Seu

controle é realizado em geral com inseticidas químicos, porém utiliza-se também

inseticidas biológicos, sendo o efeito ovicida destes produtos pouco estudado sobre

esta praga. Devido a isto, foi objetivo do trabalho avaliar a eficiência de inseticidas

sobre ovos e lagartas recém-eclodidas. Os ovos de E. ello foram obtidos da criação

do Laboratório de Controle Biológico da Unioeste. Os tratamentos consistiram da

testemunha (água destilada) e da utilização de 1 produto biológico e 5 químicos,

sendo: baculovirus (ErelGV); espinetoram (espinosinas); lufenuron + profenofos

(Benzolurina + organofosforado); cipermetrina (piretoide); lambda-cialotrina

(piretoide); zeta-cipermetrina (piretoide); e duas idades de ovos (até 12 horas e

mais de 48 horas). As dosagens dos produtos seguiram a recomendação do

fabricante. O delineamento utilizado foi DBC em esquema fatorial, sendo 6 produtos

+ testemunha x 2 idades x 4 blocos, cada repetição era composta por 5 ovos. Os

ovos foram separados por tratamento em gerbox, sendo as aplicações realizadas via

pulverização direta aos ovos com uso de aerógrafo. Em seguida, os ovos foram

individualizados em capsula de gelatina transparente, tamanho 0, para evitar a

desidratação. Estes foram acondicionado em câmara incubadora (B.O.D) à

temperatura de 25 ± 2ºC UR de 70 ± 10 % e fotofase de 14 horas. As avaliações de

mortalidade foram realizadas diariamente. Os dados foram submetidos à análise de

variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Não houve interação

entre as idades de ovos e os produtos. Porém, houve diferenças estatística entre os

produtos químicos e a testemunha. Todos os produtos utilizados, inclusive o

biológico afetou a mortalidade de E. ello, independentemente da idade dos ovos,

porém não houve interação entre os produtos químicos. Assim, o baculovirus é

ferramenta importante no controle de E. ello, inclusive na fase de ovo.

Palavras-Chave: Manihot esculenta; controle biológico; baculovírus;

Apoio Institucional: Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná -

ATIMOP

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Rizobactérias multi-funcionais atuam também no controle da

mosca branca

Amanda Lopes Ferreira; Leandro Ribeiro de Matos; William Rafael Ribeiro;

Marta Cristina C. de Filippi; Elder Tadeu Barbosa; Patricia Valle Pinheiro;

Embrapa Arroz e Feijão

O uso de insumos de origem microbiana vem crescendo devido à necessidade de

novas moléculas para o controle de pragas. As rizobactérias dos gêneros

Burkholderia e Pseudomonas vem sendo exploradas como microrganismos multi-

funcionais, atuando como promotoras de crescimento e no controle biológico de

doenças. O presente trabalho teve como objetivo testar a eficiência das bactérias

benéficas P. fluorescens e B. pyrrocina no controle da mosca branca. Ninfas de 2º

instar de mosca branca em folhas primárias de feijoeiro cv. BRS 401 RMD (n=9)

foram micro-pulverizadas com suspensões bacterianas de P. fluorenscens (R55) e

B. pyrrocina (R46), a 108 bactérias/mL . Água destilada foi pulverizada como

controle negativo e o fungo entomopatogênico Cordyceps javanica (5x107

conídios/mL) como controle positivo. As plantas foram mantidas em casa telada e as

avaliações foram feitas no 5º, 6º, 7º e 10º dias após a pulverização, através da

contagem de ninfas vivas e mortas. Para isso, foi coletada uma folha de cada

repetição em cada um dos tratamentos por dia de avaliação. As médias de

mortalidade acumulada foram comparadas através do teste de Tukey (p>0.05)

considerando a leitura do 10º dia. A maior mortalidade foi observada para C.

javanica (94,4%), como já esperado. O isolado R55 teve média de mortalidade

37,7%, diferindo significativamente do controle negativo. Esse resultado demonstra o

grande potencial desta bactéria para uso no manejo integrado de pragas, como uma

ferramenta multi-funcional. O ensaio foi repetido com ninfas de 4º instar, usando os

mesmos tratamentos. C. javanica causou 12% de mortalidade, sendo o tratamento

mais eficiente. Os isolados R55 e R46 tenderam a causar mortalidade superior ao

controle negativo, porém não significativa. Sabendo que nem mesmo inseticidas

sintéticos são eficientes para o controle de ninfas de 4º instar, é possível que o uso

de rizobactérias para multi-funções possa contribuir na redução da população de

insetos em estágios mais avançados.

Palavras-Chave: Bemisia tabaci; entomopatogênicos; mortalidade

Apoio Institucional: Embrapa Arroz e Feijão

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How is the current knowledge domain about biological control?

Amanda R. Sampaio; Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Fernanda C. Colombo;

Gabriela O. Varpechoski; Rodrigo M. A. Maciel; Everton R. Lozano; Michele

Potrich; Nédia de C. Ghisi

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Each day, an enormous amount of scientific knowledge is produced and published.

Scientometric analysis aims to answer the questions about the knowledge domain

about a specified scientific field. In this sense, this study aimed to explore the state of

the art of research about Biological Control of insect pests using entomopathogens.

The Web of Science was used to search for the terms "biological control", "pest

insect" and "entomopathogenic", obtaining a total of 837 publications among 1991-

2019. Then, the data was filtered, removing publications not related with Biological

Control itself. After this, 483 publications were submitted to analysis in CiteSpace

software. The analysis of categories shows 'Entomology' with the highest

publications frequency (287), and also with the highest centrality (0.59), it means that

it has greater influence and strong connection with other areas. The area of

'Biotechnology and Applied Microbiology' was 2nd in publications number (87), but

3rd in the centrality (0.32), behind the 'Agriculture' area with a centrality of 0.52.

'Entomology' and 'Biotechnology and Applied Microbiology' also presented citations

burst, showing that they are more active research areas, in Biological Control issues.

The leader country in publication number, until 2019, is the USA, with 117

publications, followed by Brazil (52), Turkey (31), China (28). Also, an explosion of

citations was detected in the USA and China, and greater centrality in the USA (0.63)

and Turkey (0.41). Thus, the area of knowledge of greatest influence in Biological

Control researches is ‘Entomology’; the country leader of publication in this field are

the USA, which with China stand out in citations and, together with Turkey, have

greater connections with other countries. Brazil has a relevant representativeness in

the number of publications, but an increasing in cooperation relations with other

countries would improve its placement in the other variables.

Palavras-Chave: Scientometry; Publications; Entomopathogens

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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Associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin e

Lavandula angustifolia para o controle de Sitophilus zeamais

Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Amanda R. Sampaio; Gabriela V. Osowski;

Anderson Guimarães; Leonardo T. Alves; José C. Bianchini-Junior; Gregory H.

R. Pinheiro; Everton Lozano; Michele Potrich

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O gorgulho-do-milho, Sitophilus zemais L. (Coleoptera: Curculionidae), é um inseto-

praga encontrado em grãos armazenados reduzindo sua qualidade. Usualmente são

utilizados produtos químicos para seu controle, no entanto, a possibilidade de

contaminação do alimento tem tornado crescente a busca por outros métodos de

controle. Neste sentido, objetivou-se avaliar a associação de dois diferentes óleos

essenciais (OE) ao fungo Beauveria bassiana para o controle de S. zeamais. Foram

realizados cinco tratamentos e duas testemunhas, sendo: T1) OE de lavanda 5%

(Lavandula angustifolia), T2) OE de patchouli 5% (Pogostemon cablin) 5%, T3) B.

bassiana (1 x 108 conídios.mL-1), T4) OE de lavanda 5% + B. bassiana (1 x 108

conídios.mL-1) e T5) OE de patchouli 5% + B. bassiana (1 x 108 conídios.mL-1); e

Testemunha (água destilada esterilizada) e Controle (água destilada esterilizada +

Tween® 80). O experimento foi conduzido em dois bioensaios, 1) imersão dos

insetos nos tratamentos 2) incorporação dos tratamentos na alimentação. Cada 15

insetos foram acondicionados em recipientes plásticos, contendo 20 g de arroz.

Foram realizadas quatro repetições por tratamento. Estes foram alocados em

ambiente controlado (27 ± 2 °C, U.R. 60% ± 10%, 12 h), sendo realizadas avaliações

diárias, quanto a mortalidade, durante dez dias. No bioensaio 1 pode-se observar

que os tratamentos 2, 3, 4 e 5 aumentaram a mortalidade de S. zeamais,

ocasionando ao fim de 240 horas, taxas de mortalidade de 95, 78, 83 e 90%

respectivamente, quando comparados às testemunhas, 57 e 77%. Já no bioensaio

2, apenas o tratamento 4 aumentou a mortalidade de S. zeamais (63%) quando

comparado as testemunhas (33 e 32%). A associação de B. bassiana + OE de

lavanda, em ambos os bioensaios, foi efetiva para o controle de S. zeamais.

Palavras-Chave: Gorgulho do milho; Lavanda; Patchouli;

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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61

UV-B Tolerance of Native Metarhizium spp. Conidia in Aqueous

Suspensions, Oil-in-water Emulsions, or in Different Types of Soil.

Amanda Rocha da Costa Corval; Emily Mesquita da Silva; Thaís Almeida

Corrêa; Ricardo de Oliveira Barbosa Bitencourt; Éverton Kort Kamp

Fernandes; Vânia Rita Elias Pinheiro Bittencourt; Patrícia Silva Gôlo

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Metarhizium anisopliae Sorokin (Clavicipitaceae) has shown promising results

against Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae). However, these

entomopathogenic agents are negatively impacted by abiotic factors, such as UV-B

radiation. The present study analyzed ten native Metarhizium spp. isolates from soil

samples as to their tolerance in aqueous suspensions, oil-in-water emulsions, or

while in different types of soil after exposure to UV-B radiation. Conidial aqueous

suspensions or oil-in-water emulsions were exposed to UV-B radiation (4.0 kJ m-2).

After irradiation, the plates were incubated for 24h or 48h at 27°C in the dark and

then the relative germination was calculated. Metarhizium robertsii Bischoff, Humber

& Rehner (Clavicipitaceae) ARSEF 2575 and Metarhizium acridum (Driver & Milner)

Bischoff, Rehner & Humber (Clavicipitaceae) ARSEF 324 were used as standard

isolates to validate the assays. To assess the impact of different soil types in the UV-

B tolerance of conidia, fungal suspensions were inoculated into three different soil

types: (I) soil conditioner; (II) clayey soil; and (III) sandy soil. Soil spiked with conidia

was exposed to 4.0 kJ m-2. After irradiation, Tween 80® aqueous suspension was

added to the soil and inoculated in artificial selective medium. The plates were

incubated at 27±1°C in the dark, and the fungal colonies were counted 7 days after

the treatment. Overall and as expected, the addition of mineral oil improved conidial

UV-B tolerance, however, we did not observe a standard in the tolerance of

Metarhizium when the different species were compared. Our results showed that

regarding the different amount of silt and clay, the soil types that were tested

provided similar UV-B protection to the conidia, except for the isolate LCM S05 when

exposed in soil type I. The characterization of the fungal isolates’ tolerance to UV-B

is a fundamental step to select biological agents with high potential for tick control.

Palavras-Chave: cattle tick; entomopathogenic fungi; abiotic factors;

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior – Brasil (CAPES) – Finance Code 001; Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ); Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq).

Page 62: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Utilização associada de nematoides entomopatogênicos com

inseticida e milho transgênico no controle da Spodoptera

frugiperda

Ana C Barbosa; Marcelo Sanches; Paulo Henrique S Sabino

Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas

A lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera:

Noctuidae) é considerada a principal praga do milho. A utilização associada de

táticas para o seu controle torna-se importante. O objetivo do presente trabalho foi

avaliar a utilização associada de nematoides entomopatogênicos (NEP) com

inseticida e milhos transgênicos no controle da S. frugiperda. O experimento foi

conduzido em um delineamento inteiramente casualizado, em um esquema fatorial

4x2, sendo dois transgênicos, um inseticida e um tratamento controle (cultivar

convencional com apenas água) interagindo com e sem a aplicação de NEP. O

nematoide utilizado foi o Steinernema carpocapsae. Cada tratamento foi repetido

doze vezes e cada repetição foi constituída por uma placa de Petri. Em cada

repetição foram utilizadas duas lagartas de terceiro instar. Nas placas de Petri foram

colocadas folhas de milho com 10 x 5 cm e após 24 horas do inicio da alimentação

foi aplicado o NEP em uma suspensão de 250 JI/ml. Após 72 horas foram avaliadas

a porcentagem de mortalidade das lagartas pelo nematoide. As lagartas que não

receberam os nematoides a mortalidade foi avaliada 96 horas após o inicio da

alimentação. O inseticida utilizado foi o Cropstar® e sua aplicação realizada na

cultivar convencional BR-106 no tratamento de semente. Os milhos transgênicos

utilizados foram NS90PRO-CENTRO e SX7341 VIP3. A porcentagem de

mortalidade das lagartas que alimentaram da cultivar convencional e receberam

NEP foi de 75%. Em relação à utilização associada de Cropstar® e NEP a

porcentagem de mortalidade foi de 58%. A porcentagem de mortalidade das

lagartas que alimentaram do milho transgênicos NS90PRO-CENTRO e SX7341

VIP3 e em seguida foi aplicado os NEP apresentou menor mortalidade do que

quando as lagartas foram submetidas somente ao milho transgênico. A utilização de

NEP é eficaz no controle da S. frugiperda. A utilização associada de milhos

transgênicos e NEP apresentaram efeito antagonista.

Palavras-Chave: Controle biológico; Lagarta-do-cartucho; Manejo Integrado de

Pragas

Apoio Institucional: Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas

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Ação de repelentes de predadores sobre ovos de percevejo

parasitados com Telenomus podisi

Ana C. Honório; Leandro P. de Araújo Júnior; Rodolfo P. Carneiro; Luis R.

Rodrigues; Eric N. de Souza; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;

Centro universitário Moura Lacerda

Apesar de consagrado o uso do controle biológico de percevejos da soja utilizando

parasitoides de ovos, pouco se conhece sobre a tecnologia de liberação desses

inimigos naturais. A estratégia de liberação proposta na década de 1990, manual e

terrestre, é onerosa e precisa evoluir. Esse trabalho teve por objetivos avaliar a

emergência de Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) a partir

de ovos de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados e tratados

com diferentes repelentes de predadores, em diferentes doses e misturas, conhecer

se há diferença na predação de ovos parasitados e não parasitados, pois esses

últimos são mais fáceis de serem obtidos, e verificar a predação em campo de ovos

tratados. Os ensaios foram instalados em Ribeirão Preto, SP, em 2018. No

laboratório foram testados a noz moscada (Myristica fragrans), o açafrão (Curcuma

longa) e o dicloroisocianurato de sódio (DIS), todos em pó, em diferentes doses e

misturas. Para a predação em campo, utilizou-se de parcelas experimentais

constituídas por palitos de madeira com apenas um ovo de E. heros colado,

espalhados pelo solo, simulando a liberação aérea por espalhamento do parasitoide.

Não houve preferência dos predadores por ovos parasitados ou não parasitados, em

solo. Nenhum dos repelentes afetou a emergência do parasitoide em laboratório,

nas doses de 0,05 a 0,1 g 50 ovos-1, isolados ou em misturas. Em campo, em três

ensaios realizados em épocas distintas, nenhum dos tratamentos de repelentes

mostrou porcentagem média de predação significativamente inferior ao da

testemunha, indicando que os mesmos não foram eficazes em repelir predadores.

Entretanto, a predação na testemunha foi baixa, pois a metodologia usada permitiu

uma distribuição dos ovos muito próxima da realidade de uma liberação aérea (um

ovo a cada 1 ou 2 m-2, respectivamente proporcional a 10.000 a 5.000 ovos ha-1), o

que pode indicar a não necessidade de um repelente de predadores para a liberação

aérea.

Palavras-Chave: técnica de liberação;

Apoio Institucional: Centro universitário Moura Lacerda

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Ação de repelentes de predadores sobre pupas de Cotesia flavipes

Ana C. Honório; Gustavo Pedrazzi; Anderson I. F. Kobayashi; Luis R.

Rodrigues; Eric N. de Sousa; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;

Centro universitário Moura Lacerda

A liberação de Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) para o controle

de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar é feita

manualmente, exigindo grandes equipes de funcionários somente para essa

atividade. A liberação desse parasitoide em cápsulas de proteção via veículos

aéreos não tripulados (VANTs) começa a ficar comum na atualidade, mas se por um

lado essas cápsulas protegem C. flavipes, por outro diminuem o rendimento da

operação. Esse trabalho teve por objetivo avaliar produtos repelentes e misturas na

emergência de adultos de C. flavipes, em laboratório, e na repelência de

predadores, em campo, visando à liberação aérea por espalhamento de “massas”

desprotegidas em cana-de-açúcar. Os ensaios foram conduzidos em Ribeirão Preto,

SP. Em laboratório, 30 produtos ou combinações de doses deles foram testados,

com uma testemunha, repetidos 10 vezes. Em campo, 13 produtos ou misturas

foram escolhidos e 10 “massas” tratadas de cada tratamento foram colocadas sobre

o solo de canavial para exposição por 24 h à predação. Outro ensaio de laboratório

testou alguns dos produtos em recipientes fechados com tecido “voile” que permitia

trocas gasosas, diferente do primeiro ensaio (filme plástico) e um novo ensaio de

campo testou a predação das “massas” tratadas com as misturas com cloro. A

mistura de ácido tricloro-isocianúrico triturado e noz moscada (Myristica fragrans) em

pó (0,01 + 0,05 g 5 “massas”-1) e do mesmo ácido com grafite em pó (0,01 + 0,25 g 5

“massas”-1) foram as mais indicadas para o tratamento de “massas” de C. flavipes,

quando os mesmo fossem ficar armazenados com o material biológico. Para

misturas realizadas somente no momento da aplicação, o ácido tricloro-isocianúrico

mais a noz moscada (0,10 + 0,05 ou 0,10 + 0,10 g 5 “massas”-1), ou apenas o ácido

(0,10 ou 0,25 g 5 “massas”-1), foram as melhores opções para a liberação aérea de

pupas desprotegidas via VANTs em canavial.

Palavras-Chave: parasitoide larval

Apoio Institucional: BIocontrol

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Quantidade liberada de T. galloi para o controle dediferentes

densidades de ovos de D. saccharalis em cana-de-açucar

Ana C. Honório; Lucas de M. Bertate; Murilo M. da Silva; ; Giovanni R. Tibaldi;

Luis R. Rodrigues; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;

Centro universitário Moura Lacerda

Atualmente tem-se realizado liberações de quantidades fixas de parasitoide

Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) independentemente

do nível de infestação de ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae)

em cana-de-açúcar. Este trabalho teve por objetivo estudar o efeito da quantidade

liberada de T. galloi para o controle de diferentes densidades de ovos de D.

saccharalis em cana-de-açúcar. O ensaio foi conduzido em Sertãozinho, SP, Brasil,

em cana-de-açúcar var. CTC 9005HP de 5 meses de desenvolvimento. Em parcelas

de 3 x 4 m (12 m² ), com 40 m de bordadura, sete tratamentos foram repetidos 6, 12

e 18 vezes, respectivamente para os níveis de infestação de ovos da praga de

80.000, 160.000 e 240.000 por hectare e para as liberações de 50.000 e 100.000

adultos de T. galloi, além de uma testemunha sem liberação (80.000 ovos por

hectare ). Os parasitoides foram liberados em 27/10/2017 e as infestações foram

realizadas em 26/10, 27/10 e 28/10. O parasitismo foi permitido por 24 horas em

campo. As infestações (relação parasitoide: ovo) obtidas foram de 228.333 (1: 4,6),

198.33 (1: 4,0) e 373.333 (1: 7,5) ovos por hectare nas áreas onde foram liberados

50.000 parasitoides e de 133.333 (1: 1,3), 164.167 (1: 1,6) e 316.667 (1 : 3,2) ovos

por hectare para liberação de 100.000 parasitoide por hectare . Em infestações

artificiais de 148.750 a 373.333 ovos por hectare, diferentes quantidades de adultos

de T. galloi liberadas por hectare proporcionaram a mesma eficácia de parasitismo,

sendo a recomendação de 50.000 parasitoides por hectare a mais indicada para o

controle dessa praga.

Palavras-Chave: tecnologia de liberação

Apoio Institucional: Centro universitário Moura Lacerda

Page 66: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Estabelecimento de Metarhizium spp. como endofítico em cana

reduz as populações de cigarrinha-das-raízes

Ana Carolina Oliveira Siqueira; Cassiara Regina Noventa Correa Bueno

Gonçalves.; Roberto Gaioski Junior; Italo Delalibera Junior;

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ESALQ/USP

A cigarrinha-das-raízes Mahanarva fimbriolata Stål (Cercopidae) é uma das

principais pragas da cana-de-açúcar. Os danos do inseto são resultados da

alimentação de ninfas e adultos, que causam desequilíbrio hídrico e desordem

fisiológica. O controle desta praga tem sido feito com a aplicação do fungo

Metarhizium anisopliae Metchnikoff (Clavicipitaceae), porém não sabemos sobre seu

efeito endofítico sobre a redução de pragas. O objetivo deste trabalho foi verificar o

efeito da utilização de espécies de Metarhizium como inoculantes em cana-de-

açúcar sobre a ocorrência de ninfas e adultos da cigarrinha. O experimento consistiu

de uma área de 1 hectare, variedade CTC-4, em Sertãozinho/SP. A área foi dividida

em três blocos com três parcelas de 30 por 22,5 metros cada. Os tratamentos

consistiram da aplicação de Metarhizium sp. indet. 1 (ESALQ1638) e M. robertsii

(ESALQ1635) na concentração 2x10¹² conídios/ha no sulco de plantio. O controle

consistiu de aplicação do inseticida químico Regent® seguindo recomendação do

fabricante. Dentre os meses de outubro de 2018 e fevereiro de 2019, foram feitas

amostragens do número de touceiras com ataque por ninfas, por linha e o número

de adultos coletados por meio de armadilhas amarelas (30x10 cm), por parcela.

Verificamos que a inoculação de ambas espécies de Metarhizium resultou em

menores populações de adultos e ninfas de M. fimbriolata comparado ao controle. A

porcentagem de touceiras com ataque de ninfas foi de 81,7±8 % no tratamento com

aplicação de Regent, enquanto nos tratamentos com aplicação de fungo foi de

55,6±2 % para ESALQ1638 e 52,9±5 % para ESALQ1635. O número médio de

insetos adultos coletados em cada tratamento também foi maior no tratamento com

aplicação de Regent (4,8±3 insetos), em comparação aos tratamentos com a

inoculação de ESALQ1638 (3,8±2 insetos) e ESALQ1635 (1,7±1 insetos).

Metarhizium colonizou endofiticamente as plantas de cana-de-açúcar e sua

inoculação resultou na redução de cigarrinha-das-raízes.

Palavras-Chave: Inoculante; Cana-de-açúcar; M. fimbriolata

Apoio Institucional: CAPES e SIMBIOSE

Page 67: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

67

Efeito da inoculação de Metarhizium sp. no crescimento e

produtividade de cana-de-açúcar

Ana Carolina Oliveira Siqueira; Cassiara Regina Noventa Correa Bueno

Gonçalves; Roberto Gaioski Junior; Italo Delalibera Junior;

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ESALQ/USP

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma das principais culturas do país, com

produção de 29 milhões de toneladas de açúcar e 33 bilhões de litros de etanol na

safra 2018/19. O fungo entomopatogênico Metarhizium spp. é utilizado em usinas do

Brasil para o controle da cigarrinha-das-raízes Mahanarva fimbriolata Stål

(Cercopidae), sendo aplicado em grandes áreas. Apesar da ampla utilização de M.

anisopliae para biocontrole, há o interesse em se explorar seu mecanismo de

colonização endofítica e efeito na promoção de crescimento de cana. O objetivo

deste estudo foi avaliar a promoção de crescimento de cana-de-açúcar inoculada

com Metarhizium. O experimento consistiu de uma área de 10 hectares da variedade

IAC95-5000, em Batatais/SP. No sulco de plantio de 5 hectares foi aplicado

Metarhizium sp. indet. 1 (ESALQ1638) com concentração 2x10¹² conídios/ha,

considerando 100L/ha. Nos outros 5 hectares foi aplicado, da mesma forma, o

inseticida Regent® seguindo recomendação do fabricante. Nas avaliações pré-

colheita, observou-se maior comprimento (3,04±0,26 m) e diâmetro (2,81±0,06 cm)

do colmo da cana onde foi inoculado ESALQ1638 em comparação ao tratamento

que recebeu o inseticida Regent (2,72±0,19 m e 2,57±0,05 cm, respectivamente). O

talhão com inoculação de ESALQ1638, resultou em 138 toneladas de cana por

hectare e 20.653 ATR (kg/tonelada), enquanto o talhão com aplicação de Regent

resultou em 124,67 toneladas de cana por hectare e 19.832 ATR (kg/tonelada),

representando um ganho financeiro de R$2.326,50 reais na área com aplicação de

Metarhizium em relação à área com aplicação de inseticida. Esses resultados são

promissores para a utilização de Metarhizium sp. como promotor de crescimento da

cana e o futuro desenvolvimento de um inoculante à base do mesmo. Novos estudos

deverão verificar se os efeitos obtidos são relacionados somente ao efeito promotor

de crescimento do fungo, ou também ao controle de pragas, que pode influenciar no

desenvolvimento da planta.

Palavras-Chave: Fungos entomopatogênicos; Inoculantes

Apoio Institucional: CAPES e SIMBIOSE

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Eficiência de Armigen® (HearNPV) em diferentes doses para o

controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja em Imbituva

Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Marina Senger

3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera:Noctuidae) é uma praga de difícil

controle e tem causado perdas significativas em diversas culturas. Tendo em vista a

necessidade de novas alternativas de manejo, este estudo avaliou eficiência de

Armigen® (Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus - HearNPV) sobre H.

armigera na cultura da soja. O experimento foi realizado na 3M Experimentação

Agrícola, Imbituva-PR, Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e

o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro

repetições, utilizando-se a cultivar de Soja NA5909RG. Foram realizadas duas

aplicações, com sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos

seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki

500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e

200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação de H. armigera foi

avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do

percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14

e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela,

sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados

foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste t 10%.

Armigen® nas doses de 50; 100 e 200 mL.ha-1 apresentou respectivamente 60; 60

e 50% de eficiência sobre H. armigera, semelhante ao tratamento Dipel (60%). As

maiores produtividades forram obtidas nos tratamentos que continham aplicações de

Armigen®, nas doses de 50 (3756 kg.ha-1); 100 (3739 kg.ha-1) e 200 (3699 kg.ha-1)

mL.ha-1. Dados que corroboram com os menores percentuais de desfolha causados

pela praga nos tratamentos com Armigen®, entre 11,75 e 8,75%, em relação a

16,50% observado na testemunha. O bioinseticida à base de HearNPV representa

uma ferramenta alternativa e complementar para o manejo dessa espécie na cultura

da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo,

Brasil

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Eficiência de Armigen® (HearNPV) Para o Controle de Helicoverpa

armigera na Cultura da Soja no Município de Lapa - PR

Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Marina Senger

3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

Na cultura da soja é habitual a ocorrência de insetos-praga, sendo Helicoverpa

armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) uma praga-chave. O controle biológico,

por meio de baculovírus, é uma realidade para otimizar o uso de pesticidas e

manejar a resistência de insetos a moléculas químicas e tecnologias. O objetivo do

trabalho foi avaliar a eficiência de Armigen® (Helicoverpa armigera

Nucleopolyhedrovirus-HearNPV) sobre H. armigera na cultura da soja cultivar

NA5909RG. O experimento foi realizado na 3M Experimentação Agrícola, Lapa-PR,

Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento

experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições.

Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo no início do

aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus

thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1;

50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A

infestação com H. armigera foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3

batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação

dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi

avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e

transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo

teste F e comparados pelo teste t 10%. Armigen® proporcionou, sobre H. armigera,

controle de 40; 60, 80 e 20% nas doses de 25; 50; 100 e 200 mL.ha-1,

respectivamente. As doses de Armigen® testadas minimizaram os danos foliares

causados pela praga com redução de 7,75% (E=89%) na dose de 100 mL.ha-1.

Observa-se que ocorreu um incremento na produtividade de 6,35 e 6,23%, com a

utilização de Armigen® nas doses de 25 e 200 mL.ha-1. Armigen® foi efetivo para

controle H. armigera, com duas aplicações em intervalos de 7 dias, sendo a primeira

realizada no início da infestação.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; Controle Biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo,

Brasil

Page 70: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Eficiência de Armigen® (HearNPV) para o controle de Helicoverpa

armigera na cultura da soja em Ponta Grossa - PR

Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;

Marina Senger

3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

O controle biológico é um dos componentes do MIP e baseia-se na utilização de

predadores, parasitoides e entomopatógenos para a regulação populacional de

pragas. Inseticidas à base de vírus entomopatogênicos são alternativas para manejo

de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) praga-chave da cultura

da soja (Glycine max L.). Com o objetivo de avaliar a eficiência de Armigen®

(Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus-HearNPV) sobre H. armigera na cultura

da soja instalou-se um experimento na 3M Experimentação Agrícola, Ponta Grossa,

PR, na Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento

experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições,

utilizando-se a cultivar de Soja NA5909RG. Foram realizadas duas aplicações, com

sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos seguintes

tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1;

3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1,

ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação com H. armigera foi avaliada por

meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de

desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após

a primeira aplicação. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F

e comparados pelo teste t 10%. Armigen® nas doses de 25; 50; 100 e 200 mL.ha-1

proporcionou controle de 67; 33; 78 e 56% respectivamente sobre H. armigera,

sendo observado resultado semelhante com Dipel (E=78%). Todos os tratamentos

proporcionaram menores percentuais de desfolha quando comparados com a

testemunha, com redução de até 5,00% (E=71%) de desfolha para o tratamento com

Armigen® na dose de 100 mL.ha-1, evidenciando a possibilidade do emprego de

inseticidas biológicos para o manejo de H. armigera na cultura da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; Controle Biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo,

Brasil

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71

Ocorrência natural de Isaria javanica sobre Sarsina violascens e

patogenicidade sobre Gonipterus platensis

André Ballerini Horta; Carolina Jordan; Murilo F. Ribeiro; José E. M. Almeida;

Ricardo Harakava; Carlos Frederico Wilcken

1Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603-

970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: [email protected]. 2Centro Avançado de

Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal, Instituto Biológico, 13101-680, Campinas, São

Paulo. 3Laboratório de Bioquímica Fitopatológica, Instituto Biológico, 04014-002, São Paulo, São

Paulo

Plantios de eucalipto cultivados como monocultura favorecem a ocorrência de surtos

populacionais de insetos-praga como Sarsina violascens Herrich-Schaeffer

(Lepidoptera: Lymantriidae) e Gonipterus platensis Marelli (Coleoptera:

Curculionidae). A alta densidade de insetos pode favorecer também a ocorrência de

fungos entomopatogênicos, importantes agentes de controle biológico natural.

Durante surto populacional de S. violascens, pupas foram coletadas, conduzidas ao

laboratório e individualizadas em potes plásticos contendo uma fita de papel filtro

levemente umedecido com água destilada autoclavada. Após a emergência de

parasitoides, foi verificada a presença de um fungo em uma das pupas

remanescentes. Foi realizada sua desinfecção, mergulhando a pupa em solução de

hipoclorito de sódio (2,5% de cloro ativo, v/v), sob agitação durante três minutos,

seguindo-se três lavagens sucessivas em solução salina (0,9%), para eliminação do

excesso de cloro. A pupa foi transferida para placa de Petri contendo meio de cultura

Batata Dextrose Agar (BDA) e incubada a 25oC. A partir das colônias formadas,

esse isolado foi repicado em nova placa com meio BDA e enviado ao Instituto

Biológico para caracterização morfológica e molecular. O resultado obtido no

sequenciamento da região ITS apresentou 100% de similaridade com a espécie

Isaria javanica (Frieder & Bally) Samson & Hywell-Jones (Fungi Sordariomycetes).

Para confirmar o potencial entomopatogênico do isolado, uma suspensão de 5 x 107

conídios/ml foi inoculada sobre adultos de G. platensis. Os insetos morreram até o

sétimo dia após a exposição ao fungo, confirmando sua patogenicidade sobre G.

platensis. Esse é o primeiro relato da ocorrência natural de I. javanica em S.

violascens e, também, de sua patogenicidade a G. platensis, abrindo mais uma

alternativa de agente biológico a ser avaliado no controle desse besouro, que

atualmente é considerado uma das espécies mais invasivas e danosas aos plantios

de eucalipto ao redor do mundo.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Fungos Entomopatogênicos; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

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72

Influência dos estágios de Gonipterus platensis na infecção por

Heterorhabditis amazonensis

André Ballerini Horta; Murilo F. Ribeiro; Carolina Jordan; Adriana A. Gábia;

Lorena E. D. C. Hilário; Silvia R. S. Wilcken; Carlos Frederico Wilcken

Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603-

970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: [email protected]

Gonipterus platensis Marelli, 1926 (Coleoptera: Curculionidae) é um dos insetos

mais nocivos aos plantios de eucalipto e sua suscetibilidade a nematoides

entomopatogênicos foi comprovada. Entre as espécies avaliadas, Heterorhabditis

amazonensis Andaló, Nguyen e Moino Junior, 2006 (Rhabditida: Heterorhabditidae)

promoveu maiores mortalidades conforme o desenvolvimento dos insetos e picos de

multiplicação de juvenis infectivos (JIs) em indivíduos aos 14 dias no solo. Para

esclarecer a influência do desenvolvimento do inseto na infecção pelo nematoide e

na multiplicação de JIs, um grupo de 200 insetos sadios foi observado paralelamente

a 30 insetos inoculados com doses de 360, 720 e 1440 JIs/inseto em areia. Os

insetos sadios foram avaliados diariamente quanto a massa e evoluções

morfológicas impactantes na infecção pelos JIs. Os insetos mortos foram dissecados

e o número de nematoides avaliado em seu interior. Ao longo do desenvolvimento

dos insetos sadios houve redução na massa dos indivíduos. O número de

nematoides no interior dos insetos mortos foi bem abaixo das doses aplicadas e

reflete a ação das defesas de G. platensis. As trocas de tegumento foram

registradas entre as fases de pré-pupa, pupa e adulto aos 12,89 dias e 21,63 dias. A

troca do tegumento danificado pela ação de JIs também permitiu a recuperação de

insetos sobreviventes à infecção. Os picos de JIs multiplicados sobre insetos aos 14

dias no solo coincidem com a exposição de pupas (recém-formadas) à penetração

de JIs em maiores quantidades. Os números reduzidos de JIs obtidos de insetos em

início de desenvolvimento reflete a multiplicação dos poucos JIs que conseguiram

penetrar esses indivíduos. Enquanto os menores números vistos ao final do

desenvolvimento dos insetos reflete a menor massa disponível para multiplicação

dos JIs. Esses resultados mostram a importância da compreensão da biologia e do

comportamento de G. platensis no solo para o sucesso de seu controle com

nematoides entomopatogênicos.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Heterorhabditidae; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

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73

Influência da concentração de Heterorhabditis bacteriophora na

mortalidade de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae)

Andressa L. Brida; Sergio D. C. DIAS; Maguintontz C. Jean-Baptiste; Silvia R.

S. Wilcken; Luis G. Leite; Flávio R. M. Garcia

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética.

Drosophila suzukii (Matsumura, 1931) é considerada uma das pragas mais

importantes da fruticultura. Devido à sua rápida expansão, alternativas de controle

dessa mosca devem ser investigadas. Entre as alternativas de manejo destacam-se

o uso de nematoides entomopatogênicos (NEPs), com destaque aos gêneros

Steinernema e Heterorhabditis, mais estudados para o manejo de pragas. O objetivo

do trabalho foi avaliar a influência de diferentes concentrações de Heterorhabditis

bacteriophora (Poinar), HB na mortalidade de pupas de D. suzukii em laboratório. O

bioensaio foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado em nove

tratamento e com oito repetições. As unidades experimentais (EU) foram

constituídas por recipiente de plástico (200 mL) contendon 50g de areia seca e

autoclavada com 5% de umidade, contendo 10 pupas de D. suzukii (48 horas de

idade). Feito isso, foi inoculado 2 mL da suspensão do isolado de NEPs,

concentrações de 200, 400, 600, 800, 1000, 1800, 3600 e 4600 juvenis infectantes

(JIs)/mL. Como testemunha, foi adicionado 5 mL de água destilada sem a presença

de NEPs. As EU foram acondicionadas em BODs a 250C, 80% UR, fotoperiodo de

12 horas. As avaliações foram realizadas diariamente até que as pupas da

testemunha atingissem 80% de emergência (6 dias). Os insetos mortos foram

transferidos para placas de Petri (9 cm) e dissecados em água destilada para

confirmação da causa morte e quantificação dos JIs. A mortalidade de pupa de D.

suzukii por JIs de H. bacateriophora HB variou da menor concentração (200

JIs/pupa) com a menor taxa de mortalidade de 25% com a presença de 24,5

JIs/pupa, diante da maior taxa de mortalidade de 80%, em concentração de 4500

JIs/mL, com a presença de 485,75 JIs/pupa. A concentração de 800 JIs/ml permitiu

a mortalidade de 60,21% de pupa com o maior número de JIs, 2094, 12/pupa. As

melhores taxas de mortalidade de H. bacteriophora HB a pupas de D. suzukii foram

de 800, 3600 e 4500 JIs/mL.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CAPES/PNPD

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74

Influência do substrato na infecção de nematoides

entomopatogênicos a pupas de Drosophila melanogaster Diptera:

Drosophilidae

Andressa L. Brida1*; Maguintontz C. Jean-Baptiste2; Sergio C. D. Dias1; José J. Dos Santos1;

Alice S. Da Silva3; Ana L.C. Machado3; Monica L. Blauth1; Élvia E. S. Vianna4; Luis G. Leite5;

Flávio R. M. Garcia1

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética.

Nematoides entomopatogênicos (NEPs) são alternativas eficientes para o controle

de pragas e são capazes de infectar diferentes espécies de dípteros. Sabe-se que o

substrato em que é aplicado o nematoide pode influenciar na taxa de infecção dos

juvenis infectantes (JIs) causando uma variabilidade na mortalidade de inseto. O

objetivo do trablaho, foi avaliar a influência do substrato na mortalidade e na

capacidade de infecção de JIs de Heterorhabditis bacteriophora (Poinar)HB,

Heterorhabditis amazonenses (Andaló, Nguyen & Moino Jr) IBCB 24, Steinernema

carpocapsae (Weiser) IBCB 02 e Steinernema brazilense (Nguyen) IBCB 06 a pupas

de Drosophila melanogaster (Meigen) (Diptera: Drosophiliade), um organismo

modelo de estudos genéticos e evolutivos. O delineamento experimental foi

inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições. As parcelas,

constituídas por placa de Petri (9cm), com duas folhas de papel filtro, e por

recipientes plásticos de 200 mL contendo 50g de areia esterilizada, com 5% de

umidade, inoculados em suspensão de 2mL contendo 500 JIs e cinco pupas de D.

melanogaster com um dia de idade. Após a inoculação, as placas foram vedadas e

os recipientes plásticos tampados, armazenados em BODs, a 25oC, 80% UR,

fotoperiodo de 12 horas. Após sete dias da inoculação, as pupas foram dissecadas

para a confirmação da causa morte e quantificação dos JIs. A taxa de mortalidade

de pupas de D. melanogaster variou de 12 a 20% em papel filtro e de 16 a 32% em

substrato areia. A infecção por JIs de H. bacteriophora HB, H. amazonenses IBCB

24, S. carpocapsae IBCB 02 e S. braziliense IBCB 06, variaram de 2,0 a 24,5

JIs/pupa em papel filtro, e de 2,8 a 11,6 JIs/pupa em areia S. braziliense IBCB 06

não foi capaz de infectar pupa quando inoculado em papel filtro. O substrato areia,

permite a maior taxa de mortalidade e infecção de JIs de H. bacteriophora HB e S.

carpocapsae IBCB 02.

Palavras-Chave: Organismo modelo; Heterorhabditis; Steinernema

Apoio Institucional: CAPES/PNPD

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Comparative virulence of blastospores and conidia of Beauveria

bassiana and Cordyceps fumosorosea against soybean pests

Bianca Corrêa; Vanessa S. Duarte; Daniela M. Silva; Gabriel M. Mascarin; Italo

Delalibera Jr.;

Universidade de São Paulo (USP) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ)

Entomopathogenic fungi are biocontrol agents capable to infect many insect pests

and can produce different infection propagules in artificial media. The soybean crop

suffers with attack of many pests and an ideal option would be the use of a single

fungal species for the control of a broad host range of this crop. This study aimed to

compare the virulence of conidia and blastospores (fresh or air dried) of Beauveria

bassiana (Bals.) Vuill. and Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler (Cordycipitaceae)

against Bemisia tabaci (Gennadius) biotype B (Aleyrodidae), Chrysodeixis includens

(Walker) and Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Noctuidae). Two isolates of each

fungal species were selected and their conidia and blastospores were obtained by

solid and liquid fermentation process, respectively. Blastospores were dried using an

air drying method. Bioassays were performed with 2nd and 3rd instar nymphs of B.

tabaci and 3rd instar larvae of C. includens and S. frugiperda. Suspensions of

blastospores and conidia in a concentration of 5 × 107 propagules mL-1 were

sprayed on the insects, and the control received only distilled water + Tween

(0.02%). The mortality was recorded during 10 days. For B. tabaci, the air dried

blastospores of ESALQ1296 (C. fumosorosea) and ESALQ543 (B. bassiana) caused

the highest mortalities (83.97% and 66.47%, respectively) and exhibited the smallest

median survival times (ST50 = 4 and 6 days, respectively). S. frugiperda larvae

treated with air dried blastospores of ESALQ3422 and ESALQ1296 (C. fumosorosea)

presented the highest mortalities (87.50% and 91.25%, respectively) with ST50 of 4

and 3 days. For C. includens, fresh blastospores of ESALQ1296 was the most lethal

propagule, killing 79.17% of larvae and attaining ST50 of 4 days. Thus, blastospores

of the two fungal species hold great promise as active propagule for the control of

these important soybean pests. Entomopathogenic fungi are biocontrol agents

capable to infect many insect pests and can produce different infection propagules in

artificial media. The soybean crop suffers with attack of many pests and an ideal

option would be the use of a single fungal species for the control of a broad host

range of this crop. This study aimed to compare the virulence of conidia and

blastospores (fresh or air dried) of Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. and Cordyceps

fumosorosea (Wize) Kepler (Cordycipitaceae) against Bemisia tabaci (Gennadius)

biotype B (Aleyrodidae), Chrysodeixis includens (Walker) and Spodoptera frugiperda

(JE Smith) (Noctuidae). Two isolates of each fungal species were selected and their

conidia and blastospores were obtained by solid and liquid fermentation process,

respectively. Blastospores were dried using an air drying method. Bioassays were

performed with 2nd and 3rd instar nymphs of B. tabaci and 3rd instar larvae of C.

Page 76: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

76

includens and S. frugiperda. Suspensions of blastospores and conidia in a

concentration of 5 × 107 propagules mL-1 were sprayed on the insects, and the

control received only distilled water + Tween (0.02%). The mortality was recorded

during 10 days. For B. tabaci, the air dried blastospores of ESALQ1296 (C.

fumosorosea) and ESALQ543 (B. bassiana) caused the highest mortalities (83.97%

and 66.47%, respectively) and exhibited the smallest median survival times (ST50 =

4 and 6 days, respectively). S. frugiperda larvae treated with air dried blastospores of

ESALQ3422 and ESALQ1296 (C. fumosorosea) presented the highest mortalities

(87.50% and 91.25%, respectively) with ST50 of 4 and 3 days. For C. includens,

fresh blastospores of ESALQ1296 was the most lethal propagule, killing 79.17% of

larvae and attaining ST50 of 4 days. Thus, blastospores of the two fungal species

hold great promise as active propagule for the control of these important soybean

pests.

Palavras-Chave: Entomopathogenic fungi; Liquid fermentation; Soybean pests

Apoio Institucional: São Paulo Research Foundation (FAPESP 2016/21387-9)

Page 77: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

77

Biogenic synthesis and characterization of titanium nanoparticles

based on Beauveria bassiana

B. M. Ramos; M. Guilger; L. F. Fraceto; R. Lima

LABiToN – Laboratory of Bioactivity Assessment and Toxicology of Nanomaterials (UNISO),

Sorocaba, Brazil

The objective of this study was to perform the biological synthesis of Titanium

nanoparticles using the fungus Beauveria bassiana (Cordycipitaceae) as a reducing

agent. Beauveria bassiana is known due to its application as a biological control

against insects, being used frequently in Brazil. For the nanoparticle synthesis,

different culture of fungi was carried out, followed by selection of mycelial discs and

transference to medium (potato-dextrose broth). The mix of different strains occurred

and after some time, the biomass obtained was transferred to the water in order to

obtain the filtrate to be used in the synthesis. The titanium was added in the filtrate

and kept under stirring to obtain the nanoparticles. After the synthesis of the

nanoparticles, physic-chemical characterization was performed using the dynamic

light scattering technique and nanoparticle tracking analysis. The synthesis of the

titanium nanoparticle (TiO2NP) was possible, its characteristics were within the

quality standard. Considering the application of this fungus in the control of insects,

the new steps are to perform tests of activity and toxicity aiming at the possible

application of the same in the agricultural area.

Palavras-Chave: Biological control.; Biogenic metallic nanoparticles.

Apoio Institucional: Laboratory of Environmental Nanotechnology (UNESP),

Sorocaba, Brazil.

Page 78: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Associação de terra de diatomáceas e Beauveria bassiana Unioeste

04 para o controle de cascudinho-dos-aviários

Bruno Vinicius Neves; Luis Francisco Angeli Alves; Rafaela Barbosa Pares;

Tiago Tavares Ferreira; Rogério Biaggione Lopes; Marla Juliane Hassemer

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) [Coleoptera: Tenebrionidae]) (cascudinho-dos-

aviários) é um inseto cosmopolita e importante praga da avicultura de corte. Seu

controle é baseado em inseticidas de ação limitada, com riscos de contaminação

das aves e ambiente e intoxicação do produtor, além de selecionarem populações

de insetos resistentes. Alternativas vêm sendo buscadas, e o fungo Beauveria

bassiana Unioeste 04 e a terra diatomáceas (TD) demonstram grande potencial.

Com base na ação abrasiva da TD que auxilia na penetração do fungo no tegumento

do inseto, e visando desenvolver um dispositivo atrai-e-infecta, foi avaliada a

interação de ambos em preparações secas contendo diferentes proporções

(compondo o mix ativo) em uma mistura com zeolita (10% de mix + 90% de zeolita)

(T1): controle zeolita (T2); TD (T3); fungo (T4); TD+zeolita (1:1) (T5); TD+fungo

(1:5) (T6); TD+fungo (1:10) (T7); zeolita+fungo (1:5) (T8); zeolita+fungo (1:10) (T9).

As misturas em diferentes combinações foram transferidas para copos plásticos

onde foram liberados 25 adultos, mantidos ali por 10 minutos. Após o tratamento, os

insetos foram transferidos para placas de Petri + ração para aves e incubados por 10

dias em 26±2oC e UR de 60%. Os insetos mortos onde havia fungo foram

submetidos à câmara úmida para confirmação da mortalidade pelo mesmo. Em

todos os tratamentos envolvendo Beauveria bassiana Unioeste 04, a mortalidade foi

superior a 90%, mesmo nas combinações em que o fungo estava em concentrações

inferiores ao puro, confirmando o potencial da associação. Destacaram-se T6 com

96% de mortalidade total e 91% de confirmação por fungo T9 com 93,6% de

mortalidade e 88,8% confirmada. Além disso, não houve diferença expressiva entre

as proporções 1:5 e 1:10 de todos tratamentos. A etapa seguinte será testar essas

misturas em aviários de frango de corte, em dispositivos desenvolvidos para esse

fim.

Palavras-Chave: Interação

Apoio Institucional: Fund. Araucária; CNPq; Biocamp Laboratórios Ltda.;

Unioeste

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Avaliação de isolados de Beauveria bassiana sobre Oligonychus

yothersi (McGregor) (Tetranychidae) na erva-mate

Bruno V. Neves; Priscila de A. Rode; Jaqueline S. Loeblein; Cristina B.

Nascimento; Tiago T. Ferreira; Luis F. A. Alves

Laboratório de Biotecnologia Agrícola. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste,

Campus Cascavel. Rua Universitária, 2069, Bairro Universitário, Cascavel - PR, Brasil, 85819-110

Oligonychus yothersi (McGregor) é encontrado nas folhas da erva-mate, causando

bronzeamento e queda precoce das mesmas, quando em populações elevadas. Na

busca por alternativa para seu controle estão os fungos entomopatogênicos. O

objetivo do trabalho foi avaliar isolados de Beauveria bassiana como potenciais

controladores. Para o estudo foi acessada a Coleção de Isolados de Fungos

Entomopatogênicos do Laboratório de Biotecnologia Agrícola da Unioeste, Campus

Cascavel, PR. Os isolados foram multiplicados em placas de Petri com meio ME

(26±1oC, fotofase 12 horas, 10 dias para conidiogênese). Os conídios foram

coletados, transferidos para tubos de vidro esterilizados e mantidos a temperatura

de –10°C até a utilização nos bioensaios. Para a realização dos experimentos cada

tubo recebeu 10 mL de água destilada + Tween® 80 (0,01%) e as suspensões foram

padronizadas em 1,0×109 conídios/mL. Foram preparadas placas de Petri com o

fundo coberto por espuma e com folhas de erva-mate com a região adaxial para

cima, envoltas por algodão umedecido. As folhas foram previamente infestadas com

15 fêmeas adultas. Em seguida, para cada isolado, 1mL da suspensão 1×109

conídios/mL foi pulverizado em Torre de Potter sobre 5 folhas (repetições). Na

testemunha, os ácaros foram pulverizados com água destilada estéril + Tween 80

(0,01%). Os ácaros foram mantidos em condições de laboratório (26±1oC; umidade

80±10%; fotofase 12hs). Observações diárias durante sete dias foram realizadas

para análise de mortalidade. Os indivíduos mortos foram coletados e imersos em

álcool 70% e água destilada, e a confirmação de mortalidade por fungo foi realizada

em câmara úmida. Posteriormente, foram realizadas avaliações dos parâmetros

biológicos. Os isolados que apresentaram maior mortalidade total e confirmada

foram Unioeste 62 e Unioeste 87, mostrando potencial dos isolados para o controle

de populações de O. yothersi a nível de laboratório. Novos experimentos serão

conduzidos para avaliar novos isolados.

Palavras-Chave: Controle biológico; Ilex paraguariensis; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: CNPq

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Efeito da associação de inseticida a base de Bt com adjuvante na

concentração letal para Spodoptera frugiperda

Caio Cesar Truzi; Tamires Doroteo de Souza; Gabriel Fernandes Rezende;

Natalia Fernanda Vieira; Sergio Antonio de Bortoli

Programa de Pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias

e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso

Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) tem elevada

capacidade de adaptação, sendo praga-chave da cultura do milho, mas pode se

alimentar de diversas culturas de importância econômica. Uma das técnicas de

controle desenvolvidas para essa praga foi a introdução de toxinas da bactéria

Bacillus thuringiensis (Berliner) em plantas de milho, existindo também diversos

produtos a base desse microrganismo para comercialização. Deste modo, o objetivo

do trabalho foi determinar a concentração letal do inseticida biológico Xentari® (B.

thuringiensis subsp. aizawai) associado ao adjuvante Haiten® (Polioxietileno alquil

fenol éter) para lagartas de S. frugiperda, em condições de laboratório. Foram

utilizadas 7 concentrações do produto, com ou sem adição do adjuvante a 0,2%,

além de um tratamento com água destilada (controle). Pedaços de folha de milho

foram imersos nas caldas por 3 segundos, secos sobre papel filtro em temperatura

ambiente e colocados individualmente em placas de Petri (6,0 cm diâmetro)

contendo uma lagarta de segundo ínstar. Cada placa de Petri foi considerada uma

repetição, sendo observadas 50 lagartas por tratamento. Registrou-se a mortalidade

de lagartas 7 dias após o início da experimentação. Os dados de concentração

mortalidade foram submetidos a análise de regressão de Probit e obtidos os valores

de concentração letal de 50% (CL50). O valor da CL50 encontrado para o inseticida

isolado foi de 0,0819 g Bt/L e para o inseticida associado de 0,1416 g Bt/L, sendo

semelhantes. A associação do inseticida biológico Xentari® com o adjuvante

Haiten® é eficaz para o controle de lagartas de S. frugiperda, sem alteração na

eficiência.

Palavras-Chave: sinergismo; controle microbiano; lagarta do cartucho

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

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81

Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) and Surtivo® Plus

against Elasmopalpus lignosselus

Carla M. S. Oliveira; Danielle A. Ferreira; Janayne M. Rezende; Paula G.

Marçon; Holly J. R. Popham

AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil/AgBiTech Pty Ltd, CP 76155, Fort

Worth, TX, EUA

Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae) is a polyphagous

pest that bores through plant stems and can cause significant reduction in plant

stand, particularly during drought periods. No information is found in the literature

regarding the control of this pest with Baculoviruses. This study evaluated the

insecticidal activity of two new Baculovirus-based insecticides against E. lignosellus

neonate larvae in laboratory conditions: Lepigen® (Autographa californica multiple

nucleopolyhedrovirus (AcMNPV)) and Surtivo® Plus (premixture of AcMNPV;

Chrysodeixis includens nucleopolyhedrovirus (ChinNPV); Helicoverpa armigera

nucleopolyhedrovirus (HearNPV); and Spodoptera frugiperda multiple

nucleopolyhedrovirus (SfMNPV)). Droplet ingestion bioassays were conducted using

a completely randomized design. A total of 30 larvae were used per treatment in

each bioassay and bioassays were repeated on different dates. For each insecticide

bioassay, a total of 6 doses were used: untreated control, 1x10^5, 1x10^6, 1x10^7,

1x10^8 and 1x10^9 occlusion bodies per mL (OB.mL-1). Larval mortality was

assessed at 7 and 10 days post-ingestion of the solution droplets. Data generated

were analyzed using Probit. Both Lepigen® and Surtivo® Plus were active against E.

lignosselus with LC50 values of 6.1x10^6 (3.5x10^6–1.0x10^7) and 7.0x10^7

(3.8x10^7–1.3x10^8) OB.mL-1, respectively. This study confirms the insecticidal

activity of Lepigen® and Surtivo® Plus under laboratory conditions. Additional

studies will be required to evaluate their efficacy under field conditions. These

Baculovirus-based insecticides are now registered in Brazil for the control of several

lepidopteran species and may provide considerable on-going suppression of E.

lignosellus, as viral particles have the potential to remain active in the soil for several

months and even from one season to the next.

Palavras-Chave: Baculovirus; lesser corn stalk borer; IPM

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos

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Efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control

de crisomélidos

Yordanys Ramos1; Alberto D. Taibo1; Andy L. Alvarez1; Chabely Abreu1;

Lisneyi Machado2; Celeste P. D’Alessandro3;

1Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas, Cuba. 2Delegación Provincial de la Agricultura,

Cuba. 3Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Brasil

El siguiente trabajo se realizó con el objetivo de determinar el efecto del hongo

entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos (Coleoptera:

Chrysomelidae). Estos insectos reducen el área fotosintética de las plantas y causan

pérdidas considerables en los rendimientos del cultivo de frijol común. Los

experimentos fueron realizados en el laboratorio de Microbiología y Entomología de

la Facultad de Ciencias Agropecuarias, perteneciente a la Universidad Central

“Marta Abreu” de Las Villa. Se utilizaron las cepas comerciales de B. bassiana (Bb-

18 y Bb-1) a una concentración de 1x108 conidios/ml y con viabilidad superior a

95%. Se sumergieron 20 insectos adultos de la especie Diabrotica balteata y 20

insectos de Cerotoma ruficornis en las suspensiones de conidios de cada cepas

fúngica y en agua destilada con 0.05% Tween 80 como control. Los insectos

tratados fueron colocados en placas de Petri estériles con un papel de filtro

humedecido y una hoja trifoliada de frijol para su alimentación. Los mismos se

incubaron a 25°C, 75% humedad relativa y completa oscuridad. Diariamente, fue

determinada la mortalidad y la micosis producida por las cepas de B. bassiana. Los

resultados revelaron que después de 3 días de aplicación de los tratamiento, la

cepa de B. bassiana (Bb-18) ocasionó un 45 y 50% de mortalidad, respectivamente.

Además, esa cepa fúngica infectó el 100% de los insectos tratados a los 7 días. El

porcentaje de insectos con micosis fue mayor con la cepa Bb-18 (73%) en

comparación con la cepa Bb-1(69%), aunque no mostró diferencias significativas. De

esta forma se evidencia que B. bassiana (Bb-18) es capaz de controlar a

crisomélidos asociados a frijol común contribuyendo a una nueva estrategia de

Manejo Integrado de crisomélidos.

Palavras-Chave: hongos hypocreales; Chrysomelidae; manejo integrado de plagas

Apoio Institucional: La Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas y la

Delegación Provincial del Ministerio de la Agricultura, Villa Clara, Cuba.

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Preservação a longo prazo do fungo Metarhizium rileyi adsorvido

em sílica gel e mantido a -20°C

Andrea C. S. Gonçalves; Daniel R. Sosa-Gómez;

Embrapa-Soja, Londrina, PR, Brasil

A preservação de coleções de fungos visa manter e disponibilizar material para

realizar estudos comparativos, caracterizar suas propriedades, desenvolver agentes

de controle biológico, preservar genes com potencial de utilização em engenharia

genética, desenvolver estudos de genética de populações, entre outros. Nos

agroecossistemas da soja e do algodão o fungo Metarhizium rileyi (Farl.) Kepler,

S.A. Rehner & Humber apresenta grande relevância por ser agente de controle de

espécies de lepidópteros de importância agronômica e econômica. As técnicas de

preservação podem ser de custo elevado, sendo necessário contar com liofilizadores

e tanques de nitrogênio, que requerem manutenção constante ou reposição de água

como no método por estase em água ou repicagens periódicas de colônias mantidas

em óleo mineral. Portanto nosso objetivo foi avaliar o potencial de preservação de

isolados do fungo M. rileyi armazenados pelo método de adsorção em sílica gel

utilizando lactose como agente protetor. Isolados de M. rileyi coletados ou recebidos

de outras coleções foram armazenados desde a década de 1990. A técnica de

armazenamento utilizada foi a da adsorção em pedras de sílica gel de uma

suspensão de conídios em leite desnatado 8%, em condições de esterilidade. Em

2018 e 2019, esses isolados adsorvidos na sílica gel foram colocados em meio de

cultura SMAY sólido e sua capacidade de conidiogênese e viabilidade avaliada.

Aproximadamente 55% dos isolados apresentaram conidiogênese elevada, 11%

capacidade média de produzir conídios e 33% dos isolados produziram poucos

conídios. Todas as colônias apresentaram aspecto normal sem a formação de

setores ou alteração da cor. A maior parte dos isolados foram recuperados após 13

a 20 anos de armazenamento. Portanto, o armazenamento de M. rileyi pode ser

realizado utilizando essa técnica de custo reduzido e por períodos de no mínimo 20

anos.

Palavras-Chave: coleção de culturas; fungos entomopatogênicos; controle

microbiano

Apoio Institucional: Embrapa Soja e Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq)

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Microesclerotia production of Purpureocillium lilacinum in three

different media

Daniela Milanez Silva; Gabriel Moura Mascarin; Italo Delalibera Jr

University of São Paulo

The use of the resistant propagules, termed microsclerotia (MS), produced by the

nematophagous fungus Purpureocillium lilacinum stands out as an eco-friendly tool

for the control of various soil-inhabitant pests. The present study aimed to screen 36

isolates of P. lilacinum from the ESALQ collection of microorganisms for maximum

MS production. Three culture media were tested varying Carbon:Nitrogen ratio

corresponding to 10:1 for medium named J4 and 50:1 for both media J6 and A1. All

liquid cultures were cultivated in baffled flasks (250 mL) containing 45 mL of each

medium inoculated with 5 mL of spore suspension. The flasks were maintained on a

rotary incubator shaker (300 rpm at 28 ± 2°C) for 96h. Concentrations of MS greatly

varied among all isolates, where yields reached up to 6x104 MS.mL-1 for J6, 1-2x104

MS.mL-1 for J4 and A1. Therefore, there is a strong evidence that higher

Carbon:Nitrogen ratio promotes greater numbers of MS for isolates of P. lilacinum.

Media optimization and bioefficacy tests against nematodes and arthropod pest are

underway with the bests P. lilacinum MS producers.

Palavras-Chave: liquid fermentation; biological control

Apoio Institucional: Council for Scientific and Technological (CNPq)

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Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP04) em

diferentes hospedeiros

Denis W. de Albuquerque; Gabriela S. Doneze; Jessica M. da Silva; Douglas M.

Cecconello; Jael S. S. Rando; Laila H. Mihsfeldt; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná - Cornélio Procópio

A produção in vivo de nematoides é um importante recurso para a realização de

estudos destes agentes, ou mesmo para o uso em programas de Controle Biológico

de pequena escala. Trata-se de um método de pouca complexidade técnica, e com

custos mais baixos. Assim, este trabalho teve como objetivo, avaliar a capacidade

produção in vivo do nematoide entomopatogênicos Heterorhabditis sp. Isolado

UENP04 em lagartas de último instar de Galleria mellonella Linnaeus, 1756

(Lepidotera: Pyralidae) e em lagartas de último instar de Tenebrio molitor Linnaeus,

1758 (Coleoptera: Tenebrionidae). Para tanto, as lagartas foram pesadas e,

iormente, colocadas em placas de Petri com duas folhas de papel filtro ao fundo,

contendo 10 lagartas por placa. Em seguida, o nematoide foi inoculado na

concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIs)/cm2, e as placas mantidas em câmara

climática a 25ºC±1 e no escuro por um período de três dias para verificação da

sintomatologia. As lagartas com sintomatologia característica, foram colocadas em

placas com papel filtro seco por mais cinco dias. Após esse período, as lagartas

infectadas foram transferidas para armadilha de White para que ocorresse a

emergência dos JIs na água. As coletas de JIs foram realizadas diariamente, do

início da produção até o final dela (até o esgotamento das lagartas). O total de

JIs/dia foi quantificado e os dados foram submetidos a Análise de Regressão pelo

programa Excel para determinação da curva de produção e da equação referente a

produção. O pico de produção do isolado em T. molitor ocorreu no 6º dia de coleta, e

em G. mellonella no 4º dia. Quanto aos valores totais de JIs também houve

diferença na produção entre os dois hospedeiros, sendo que G. mellonella alcançou

valores de 1,2 x106 JIs e T. molitor 1,1 x106. Constatou-se, que o pico de produção

de G. mellonella ocorreu entre o 3º e 4º dia, anteriormente ao pico observado em T.

molitor e a produção em G. mellonella foi superior à observada em T. molitor.

Palavras-Chave: Nematoides entomopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento

da pesquisa

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Virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos para

controle do Euschistus heros

Douglas M. Cecconello; Leticia B. Silva; Gabriela S. Doneze; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, Paraná

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo e a ocorrência de pragas

como o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabr., 1794) (Heteropta:

Pentatomidae) podem reduzir a produtividade. Por outro lado, os nematoides

entomopatogênicos (NEPs) tem potencial para controle de diversas pragas, além

disso, não oferecem risco às plantas, não poluem a água e deslocam-se no solo em

busca de insetos e devido a associação com bactérias simbiontes, causam a morte

do inseto hospedeiro por septicemia em até 3 dias. Assim, este trabalho teve como

objetivo avaliar quatro isolados de NEPs do gênero Heterorhabditis em condições de

laboratório sobre o percevejo E. heros. O ensaio foi conduzido com percevejos

adultos cedidos pela Embrapa Soja, Londrina-PR, provenientes de duas populações:

insetos criados em laboratório e insetos coletados a campo. Os quatro isolados de

nematoides utilizados foram NEPET 11, GL, IBCB-n 40 e IBCB-n 46. Cada parcela

consistiu de uma placa de Petri de vidro de 9cm de diâmetro, contendo papel filtro

duplo, uma vagem de soja e 10 percevejos adultos, onde os nematoides foram

aplicados na concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIS)/cm² com volume total de

2mL de água. Foi realizado um tratamento testemunha onde foram aplicados 2mL

de água destilada. A avaliação se deu após 4 dias, através da contagem e

dissecação dos insetos mortos, sob microscópio estereoscópio, para confirmação da

mortalidade pelos NEPs. Os dados foram submetidos à Análise de Variância e teste

de Tukey (P≤0,05) pelo programa Sisvar. Todos os isolados avaliados foram

patogênicos a E. heros de ambas as populações de insetos, mas os insetos criados

em laboratório foram mais suscetíveis que os provenientes do campo, de forma que

as porcentagens de morte com os isolados de maior virulência NEPET 11 e IBCB-n

46 com insetos criados em laboratório 95% e 100% e com os insetos coletados a

campo 50% e 65% respectivamente. Ambos os isolados possuem potencial para

aplicação de testes a campo.

Palavras-Chave: Heterorhabditis; pragas da soja; percevejo

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através

do financiamento da pesquisa

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Efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de

Metarhizum anisopliae isolado IBCB 425

Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Izabeli I. Santos;

Sandra Schkalei

Innova/UNILA/UFT

O uso de defensivos químicos na agricultura foca diversos controles e muitos desses

produtos são tóxicos e podem interferir na ação de agentes biocontroladores como o

bioinseticida Metarhizium anisopliae isolado IBCB 425. Objetivou-se neste trabalho

avaliar o efeito de fungicidas, inseticidas e herbicidas de uso agrícola, sobre o fungo

Metarhizium anisopliae (isolado IBCB 425). Uma suspensão de 1x109 conídios

viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações

recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de

viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à

temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram

avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de

germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de

germinação em relação a testemunha (100%), sendo que para a faixa de 0 a 30% o

produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60%

é considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, é considerado

compatível. O fungicida Mancozebe foi altamente tóxico inibindo totalmente a

germinação dos conídios, Azoxistrobina + Benzovindiflupir foi muito tóxico, reduzindo

a germinação 39,4%, Trifloxistrobina + Ciproconazol possibilitou germinação de

56,6%, sendo moderadamente toxico e Trifloxistrobina + Protioconazol mostrou-se

compatível possibilitando germinação de 83%. Os inseticidas, com exceção de

Tiametoxam que inibiu totalmente a germinação, sendo considerado altamente

tóxico, Lambda-cialotrina, Acefato, e Imidacloprid foram considerados compatíveis

proporcionando 62%, 86,6% e 86,6% de germinação dos conídios. Todos os

herbicidas foram considerados compatíveis: Haloxifope-r éster metílico 82,2%,

Cleodim 91,7%, Glifosato 93,7%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético

(2,4-D) 93,7% e Dicloreto de Paraquate 94,7% de germinação dos conídios.

Palavras-Chave: Agroquímicos; Bioinseticida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

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Mortalidade e patogenicidade do fungo entomopatogênico

Beauveria bassiana em formigas do gênero Atta sp. em condições

de labo

Simone C.S. Moraes; Walter V. Cunha; Elisa Q. Garcia;

Centro Universitário de Patos de Minas

As formigas cortadeiras (Atta sp.) são consideradas pragas por serem responsáveis

pela desfolha de diversas espécies vegetais. E, portanto, a busca por alternativas

que auxiliem no controle desta praga, como o controle biológico, tem sido alvo de

pesquisas. Diante disto, este estudo teve como objetivo avaliar a mortalidade e

patogenicidade do fungo Beauveria bassiana no controle de formigas do gênero Atta

sp. em condições de laboratório. Foi utilizado o isolado do fungo B. bassiana ESALQ

PL63 do Laboratório de Genética e Biotecnologia do Centro Universitário de Patos

de Minas. As formigas do gênero Atta sp. foram coletadas em um ninho em uma

área de pastagem no município do Carmo do Paranaíba (MG). Para o bioensaio,

utilizamos cinco tratamentos com cinco repetições e em cada repetição, 25 formigas:

T1: água destilada, T2: 5x107 conídeos/g, T3: 1x108 conídeos/g, T4: 2x108

conídeos/g, T5: 3x108 conídeos/g. Os indivíduos foram pulverizados com os

tratamentos e cada repetição foi encaminhada para câmara climatizada e mantidos a

25 ± 1°C por 10 dias. A verificação de mortalidade foi realizada diariamente e para

verificar a eficiência do tratamento consideramos a mortalidade acima de 70%. Para

avaliar a patogenicidade, as formigas mortas foram mantidas em câmara climatizada

por mais cinco dias para observar a esporulação do fungo B. bassiana. Os

resultados mostraram que a partir de T3 (T3, T4 e T5), as doses se mostraram

eficientes (mortalidade acima de 70% no 3º dia). Além disso, segundo os testes de

patogenicidade, foi observado o crescimento de conídeos de B. bassiana nos

cadáveres de Atta sp.. Este resultado indica que B. bassiana foi responsável pela

mortalidade dos indivíduos de Atta sp. neste bioensaio. Portanto, B. bassiana é

eficiente no controle de soldados de Atta sp. na dosagem de 1x108 conídeos/g em

laboratório. Entretanto, há necessidade de se testar esta dosagem em campo.

Palavras-Chave: bioensaio; controle biológico; saúva

Apoio Institucional: Centro Universitário de Patos de Minas

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Cordyceps javanica Associado a Inseticidas Químicos para o

Controle de Bemisia tabaci MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em

Soja

Enio do N. Santos; Heloiza A. Boaventura; José Francisco A. e Silva; Eliane D.

Quintela

Faculdade Uni-Anhanguera, Embrapa Arroz e Feijão

Bemisia tabaci MEAM1 (Genn.1889) (Hemiptera: Aleyrodidae) causa danos diretos

(sucção da seiva e injeção de toxinas) e indiretos (excreção de substância

açucarada que favorece o desenvolvimento da fumagina e pela transmissão de

vírus) em soja. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Cordyceps javanica

em associação com inseticidas químicos no controle de ninfas de B. tabaci em

condições de campo. O experimento foi conduzido na área experimental da

Embrapa Arroz e Feijão de fevereiro a março de 2018. Os tratamentos avaliados

foram: Testemunha (Água+Silwet); C. javanica 1×1012 conídios/ha sozinho; os

inseticidas químicos flupiradifurona, ciantraniliprole, espiromesifeno (500mL/ha) e

piriproxifeno (250mL/ha) sozinhos ou em associação com o fungo. O delineamento

foi em blocos casualizados com quatro repetições e parcelas de 12,5m2. O

pulverizador foi o costal pressurizado a CO2 com barras tipo “Drop Leg” (de baixo

para cima). As avaliações de ninfas vivas e mortas foram realizadas antes da

pulverização e após 7, 14 e 21 dias em 15 folíolos/parcela. Após as avaliações dez

folíolos de cada parcela foram mantidos em B.O.D. para confirmação da mortalidade

das ninfas pelo fungo. O número de ninfas vivas reduziu com as avaliações em

todos os tratamentos, sendo observada alta taxa de parasitismo das ninfas pelos

parasitoides Eretmocerus sp. e Encarsia sp. (≤62,6% parasitismo). Após 21 dias o

número de ninfas mortas foi significativamente maior nos tratamentos com fungo

sozinho e fungo+espiromesifeno em relação a testemunha. Somente a mistura

fungo+piriproxifeno reduziu o número de ninfas infectadas por C. javanica em

relação ao tratamento com fungo sozinho em todas as datas. A mortalidade total de

ninfas variou de 70,6 a 86,7% para os tratamentos com fungo sozinho ou em

combinação com os inseticidas. Devido a alta taxa de parasitismo, não foi possível

verificar o efeito da combinação do C. javanica com os inseticidas químicos no

controle de ninfas de B. tabaci.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; Mosca branca; Glycine max

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand

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Seletividade de produtos biológicos a pupas de Trichogramma

pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae)

Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F.

Bueno; Pedro M. O. J. N.

Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a pupas do

parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:

Trichogrammatidae) em laboratório, utilizando o protocolo proposto para estudos de

seletividade de inseticidas a Trichogramma cacoeciae pela Organização

Internacional de Organismos Benéficos para o Controle Biológico (IOBC). Os

entomopatógenos avaliados foram: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®),

Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), Bacillus thuringiensis var. aizawai

(Agree®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana

(Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum

(Trichodermil®). Como testemunhas utilizou-se água (testemunha seletiva) e

clorpirifós (testemunha nociva). Cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella

foram oferecidas às fêmeas de T. pretiosum recém-emergidas, para oviposição 24 h.

Em seguida, essas cartelas foram transferidas para tubos de vidro (2,5 cm de Ø× 8

cm de altura) até a aplicação dos tratamentos. Os entomopatógenos e as

testemunhas foram pulverizados sobre os ovos parasitados de A. kuehniella e as

cartelas tratadas foram inseridas em gaiolas até a emergência dos adultos. Após a

emergência dos adultos, novos ovos de A. kuehniella foram oferecidos as fêmeas

para parasitismo. Os parâmetros avaliados foram viabilidade das pupas pulverizadas

e viabilidade do parasitismo. Os entomopatógenos pulverizados não causaram

efeitos nocivos à viabilidade das pupas de T. pretiosum ou sobre o parasitismo da

próxima progênie sendo, portanto, classificados como inócuos (seletivos). Apenas o

inseticida clorpirifós foi classificado como nocivo. Sendo assim, T. pretiosum e os

entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no manejo

integrado de pragas (MIP), já aplicações de clorpirifós devem sempre evitadas

quando possível pelo seu efeito nocivo.

Palavras-Chave: Controle biológico; Entomopatógenos; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Metodologia de Separação por Ludox e Purificação de Esporos e

Cristais de Bacillus thuringiensis var. Kurstaki

Fernando M. L. Souza; Ubiraci G. P. Lana; Kees van Frankenhuyzen; Fernando

H. Valicente

Embrapa Milho e Sorgo

Compreender o papel do esporo de Bacillus thuringiensis (Berliner, 1915) é

fundamental para os estudos do seu modo de ação. O objetivo deste trabalho foi

adaptar o método Ludox de separação dos esporos e cristais do Bt. A cepa Bt var.

kurstaki (HD1) foi crescida em LB sólido por 72 h, transferida para frascos com 200

mL de solução (0,1 mol/L Tris base, 1 mol/L NaCl, 10 mmol/L EDTA, 0,02 % NaN3,

0,01 % Triton, pH 7,2) e agitados por 15 min. iormente, centrifugados por 15 min a

15000 rpm e descartado o sobrenadante. Isso foi repetido até a massa celular ficar

esbranquiçada. Foram adicionados 100 mL de água, 1 g de lisozima e 1 mL de 1 %

Triton, assim obtendo o crude. Em tubos de 17 mL foi adicionado 8 mL de Ludox

HS-40 (Sigma®; pH ajustado para 8) diluído em 55 % e abaixo 4 mL 65 %, formando

dois gradientes. Foi acrescentado 4 mL do crude sobre o Ludox e centrifugados a

8000 xg por 30 min a 24 °C (Hitachi: Himac CP80β, SW 28) formando 5 camadas,

sendo a 3ᵃ camada os esporos e a 5ᵃ camada (pellet) os cristais. Para obter 100 %

de pureza os esporos foram centrifugados por 15 min a 10000 rpm, o pellet

ressuspendido em 10 mL de 0,05 % NaOH (pH 12) e incubados por 1 h, iormente,

centrifugados e ressuspendidos em 20 mL de água. A concentração foi de 2,7 x

10^8 esp/mL, determinada por Câmara de Neubauer. Os cristais foram centrifugados

a 10000 rpm por 10 min. Os pellets foram ressuspendidos em 15 mL de 0,2 M CAPS

(pH 10,5) e incubados a 175 rpm por 24 h. Após, foram centrifugados por 5 min a

8000 rpm e o sobrenadante filtrado utilizando 0,2 µm acrodisco. Através do Método

de Bradford e SDS Page foi identificado o perfil de proteínas dos cristais

solubilizados e confirmação da purificação dos esporos. A concentração de

proteínas Cry foi determinada pelo software Quantity One da Bio-Rad (versão 4.4)

resultando em 400 ng/µL. Estes resultados sugerem que a adaptação da

metodologia foi satisfatória possibilitando estudos mais aprofundados do modo de

ação do Bt.

Palavras-Chave: controle biológico; Cry; modo de ação

Apoio Institucional: Capes; Embrapa Milho e Sorgo

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92

Idade Larval e Temperatura para Sistemas de Produção de

Baculovirus spodoptera (SfMNVP) Utilizando Droplet Feeding

Method

Fernando M. L. Souza; Frank C. Salvato; Fernando H. Valicente;

Embrapa Milho e Sorgo

Os sistemas de produção de baculovírus visam obter alta concentração de corpos

de inclusão poliédrica (pib) em um curto período de tempo, assim, resultando em

economia no processo. Desse modo, o objetivo deste estudo foi identificar a idade

larval de Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) e a

temperatura de acondicionamento que resultam em aumento da mortalidade e

número de pib. O bioensaio foi conduzido utilizando Droplet Feeding Method (0,25

µL) e concentração de 1,14 x 10^5 pib/larva de Baculovirus spodoptera (SfMNVP) -

Isolado 6 NR purificado por gradiente de sacarose. Larvas de S. frugiperda com 6 e

7 dias após eclosão foram inoculadas e mantidas a 25 °C e 26 °C. A cada 24 h,

durante 12 dias, as larvas mortas foram coletadas, pesadas e determinado o número

de pib. Larvas de 6 dias apresentaram maior mortalidade a 25 °C (100 %) do que a

26 °C (93,75 %), enquanto larvas de 7 dias apresentaram 25 % e 50 % de

mortalidade, respectivamente. Larvas de 6 dias apresentaram maior mortalidade por

coleta após 7 dias da inoculação (62,5 %) e larvas de 7 dias após 8 dias da

inoculação (31,25 %), ambas a 26 °C. O peso médio das larvas de 7 dias foi maior,

resultando em 0,11825 g a 25 °C e 0,12181 g a 26 °C. Adicionalmente, larvas de 7

dias apresentaram maior valor médio de pib/larva, 1,6 x 10^9 pib/larva a 25 °C e 26

°C. Quando somados os valores de pib de todas as larvas coletadas por tratamento,

larvas de 7 dias resultaram em maior valor de pib total (1,3 x 10^10) a 26 °C e larvas

de 6 dias (9,5 x 10^9) a 25 °C. Portanto, esses dados sugerem que larvas de S.

frugiperda com 6 dias após eclosão aumentaram a mortalidade a 25 °C. No entanto,

apesar da baixa mortalidade, larvas de 7 dias a 26 °C resultaram em maior peso

médio, valor médio de pib/larva e valor de pib total. Desse modo, sugere-se testar

diferentes concentrações de inoculação, todavia, estes resultados são relevantes

para os estudos da otimização da produção de baculovirus em larga escala.

Palavras-Chave: Alimentação por micro-gotas; controle biológico; Spodoptera

frugiperda

Apoio Institucional: Capes; Embrapa Milho e Sorgo

Page 93: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Fungos entomopatogênicos contra Disonycha glabrata (Fabricius,

1775) (Chrysomelidae: Alticinae)

Erick Johnson da Silva Cruz; Gabriel Silva Magalhães Andrade; Luana de

Souza Cruz; Rozimar de Campos Pereira

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

As vaquinhas são insetos da Família Chrysomelidae com grande diversidade e

ampla distribuição no continente americano. A maioria das espécies é oligófaga ou

polífaga tendo entre seus hospedeiros muitas plantas cultivadas. O gênero

Disonycha é ainda pouco conhecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar, em

condições de laboratório, os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Bals.)

Vuill. (Boverril®) e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. (Metarril®) no controle

de Disonycha glabrata. Foram realizados bioensaios para avaliar a patogenicidade,

virulência e produção de conídios em cadáveres dos insetos. As suspensões de

conídios foram preparadas com água destilada esterilizada contendo Tween 80 a

0,01% 1,0 x 106; 1,0 x 107; 1,0 x 108 e 1,0 ×109 conídios.mL-1, além da testemunha

(água destilada + Tween 0,01%). Insetos adultos foram coletados e levados ao

Laboratório de Entomologia Florestal. Para cada isolado usou-se 10 repetições, com

quinze insetos. Nas placas foram colocadas papel filtro esterilizado e sob este

algodão umedecido com uma folha de guanxuma. A folha foi pulverizada com 1 mL

da suspensão de cada tratamento. A mortalidade foi verificada diariamente. Os

dados foram submetidos à análise de variância, pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05).

Insetos mortos por M. anisopliae e B. bassiana foram colocados em placas de Petri

individualizados, mantidos em BOD a 26±1°C e UR de 80±10%, examinados

diariamente para avaliar a presença de micélio e a esporulação. Os dois fungos se

mostraram eficientes pois promoveram alta mortalidade (média de 78,6%) nos

quatro primeiros dias após a inoculação. M. anisopliae apresentou maior capacidade

de esporular nos cadáveres das vaquinhas, sendo mais patogênico (mortalidade de

87,8% e virulento (T50= 1,6 dias) seguido pelo fungo B. bassiana que causou 79%

de mortalidade nos primeiros três dias após a inoculação. B. bassiana e M.

anisopliae mostraram-se patogênicos a adultos de D. glabrata, sendo promissores

agentes de controle microbiano para esta praga.

Palavras-Chave: vaquinha; desfolhador; controle biologico

Apoio Institucional: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Page 94: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

94

Entomopathogenic nematodes on Apis mellifera L. (Hymenoptera:

Apidae) bees longevity

Gabriela Libardoni; Raiza Abati; Amanda R. Sampaio; Fernanda Colombo;

Rodrigo A. Maciel; Bruna Guide; Fabiana M. C. Maia; Pedro J. O. Neves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Universidade Estadual de Londrina

Africanized Apis mellifera is considered an important insect pollinator, increasing the

productivity of several crops when present. But, each year the number of bees is

decreasing due to the intense use of synthetic pesticides, but little is known about the

effects of biological control agentes on bees. Thus, the objective of this work was to

evaluate the effect of entomopathogenic nematodes on Africanized A. mellifera

workers’ longevity. Seven treatments were used: Heterorhabditis amazonenses,

Heterorhabditis bacteriophora, Heterorhabditis indica, Steinernema carpocapsae,

Steinernema feltiae e Steinernema rarum, at the recommended concentration (100

infective juveniles per cm2-J1 / cm2) and as control autoclaved distilled water was

used. For this, two bioassays were performed: 1) Spraying the nematodes on the

workers and 2) Spraying the nematodes in glass plates, in which the bees remained

for two hours. Each treatment consisted of five replicates with 20 bees each. The

bees were kept in PVC cages (20x10cm) covered with voile and supplied pieces of

cotton soaked in water and candy paste. The cages were kept in a heated room (27

± 2 ° C, 60% ± 10%, 12 h) and the mortality was evaluated for one to 240 hours. In

the bioassay 1 the three treatments with Steinernema nematodes reduced workers’

longevity (103.9, 96.3 and 99.6 hours) when compared to treatments with

Heterorhabditis (149.7, 126.8 and 134.7 hours), of which only H. amazonenses

(149.7 hours) did not differ from the control (166.0 hours). In the bioassay 2 all

treatments reduced the longevity of the bees (155.4 to 93.9 hours) relative to the

control (176.1 hours). The entomopathogenic nematodes, especially Heterorhabditis,

need to be tested in other methodologies and in different times of exposure and

application, because in the laboratory they were less selective to A. mellifera.

Palavras-Chave: africanized bee; Steinernema sp.; Heterorhabditis sp.

Apoio Institucional: CNPQ

Page 95: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

95

Does commercial entomopathogenic fungi interfere on the

longevity of Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees?

Gabriela Libardoni; Raiza Abati; Amanda Sampaio; Fernanda Colombo;

Rodrigo A. Maciel; Gabriela V. Osowski; Pedro J. O. Neves; Fabiana M. Costa-

Maia

Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Universidade Estadual de Londrina

The entomopathogenic fungi are being increasingly studied and applied in pest

control because they are considered safer when compared to synthetic phytosanitary

products. Thus, the objective was to evaluate commercial entomopathogenic fungi on

africanized Apis mellifera workers’ longevity, which are non target insect, but may be

affected. For this, four fungus products were used: Product A (Beauveria bassiana),

Product B (Isaria fumosorosea), Product C (Metarhizium anisopliae) and Product D

(Trichoderma harzianum). The commercial dosage recommended by the

manufacturer was used for all products. The control was composed of autoclaved

distilled water. Three bioassays were performed: B1) the products were incorporated

into the diet which was composed of Candy paste; B2) the products were sprayed

on the bees and B3) the products were sprayed in glass plates (15 cm in diameter x

1,5 cm in height) where the bees remained for two hours. Five replicates were

performed and each replicate counted on 20 bees, which were allocated in PVC

cages (20x10 cm), being supplied candy paste and cotton soaked in water. The

cages were kept in a heated room (27 ± 2 ° C, 60% ± 10%, 12 h) and the longevity

was evaluated from one to 240 hours. It was verified that Product A decreased the

bees’ longevity in bioassay 1 (146.4 hours) and 3 (128.4 hours) when compared to

respective controls (185.6 hours and 184.4, respectively). In the bioassay 2, only

Product B reduced the bees’ longevity (98.5 hours) in relation to the control (164.6

hours). The Product A reduced bees’ longevity in B1 and B3, while Product B

decreased longevity in B2. The commercial fungi B. bassiana and I. fumosorosea

interfere in A. melifera longevity, in this way spray tests at different times on bees of

different ages and in the field are recommended.

Palavras-Chave: Africanized bee; Selectivity; Entomopathogens

Apoio Institucional: CNPQ

Page 96: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Ocorrência natural de Beauveria bassiana sobre Cicadellidae em

plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, Paraná-Brasil

Felipe S. Vieira; Gabriela Libardoni; Dianafaz E. Canan; Gabriela Osowski;

Everton R. Lozano; Michele Potrich

Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Campus Dois Vizinhos

As cigarrinhas são consideradas insetos praga em diversas culturas agrícolas e

florestais, além de serem insetos sugadores, apresentam a capacidade de transmitir

doenças às plantas atacadas. O presente trabalho teve como objetivo identificar o

fungo com ocorrência natural em cigarrinhas (Hemiptera: Auchenorrhyncha) da

família Cicadellidae em um plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, PR. A

coleta de insetos foi realizada na cidade de Enéas Marques em plantio de Pinus

taeda L. com 11 anos de idade. Para a coleta utilizaram-se cartões adesivos

amarelos, com dimensões de 12,5x10cm, distribuídos em 10 hectares. Os cartões

foram instalados no plantio de forma equidistante, a cada 100m, sendo 2 cartões por

ponto, um na linha e outro na entre linha de plantio, fixados com barbante branco a

1,80m do solo. Depois da retirada dos cartões do campo, os mesmos foram

armazenados em refrigerador a ±4ºC. Nestes observou-se cigarrinhas com a

presença de micélio envolvendo o corpo. A repicagem do fungo foi realizada em

câmara de fluxo laminar, através da raspagem do inseto com pinças para retirada do

micélio, o qual foi colocado em meio de cultura Batata-Dextrose-Agar (BDA). Após a

inoculação as placas foram vedadas com filme plástico e mantidas em câmara

climatizada (26 ±2ºC 14 h de fotofase e UR de 70 ±10%), durante sete dias. Após o

procedimento de isolamento do fungo, montaram-se lâminas de identificação e

registros fotográficos foram gerados. Identificou-se o fungo, como sendo Beauveria

bassiana (Bals. Vuill) (Ascomycetes Clavicipitaceae). Verifica-se que o controle

biológico por fungos entomopatogênicos, como B. bassiana, ocorre de forma natural

e espontânea em florestas de Pinus no sudoeste do Paraná. Este controle favorece

um equilíbrio de pragas secundárias, como as cigarrinhas, as quais não têm um

protocolo de controle específicos nesta cultura.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; Pinus taeda; Cartão Adesivo

Page 97: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP03) em

diferentes hospedeiros

Gabriela S. Doneze; Douglas M. Cecconello; Jessica Moura da Silva; Denis W.

de Albuquerque; Jael Simões Santos Rando; Laila Herta Mihsfeldt; Viviane S.

Alves

UENP

O isolamento de nematoides entomopatogênicos nativos é um passo importante no

uso desses agentes em programas de Controle Biológico, pois isolados autóctones

em geral apresentam maior potencial de controle de pragas. No entanto, para o uso

efetivo desses isolados é necessário que existam informações sobre sua ecologia,

biologia e comportamento e a capacidade de produção, pois isolados com boa

capacidade de produção podem otimizar a realização de estudos e reduzir os custos

e o tempo dedicado. Este trabalho teve como objetivo, avaliar a capacidade de

produção in vivo do nematoide Heterorhabditis sp. Isolado UENP03 em lagartas de

último instar de Galleria mellonella Linnaeus, 1756 (Lepidotera: Pyralidae) e

TenebriomolitorLinnaeus, 1758 (Coleoptera:Tenebrionidae). Para tanto, as lagartas

foram pesadas e em grupos de 10 insetos, foram alocadas em placas de Petri

contendo duas folhas de papel filtro. Em seguida, o nematoide foi inoculado na

concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIs)/cm2, e as placas mantidas em câmara

climática a 25ºC±1, no escuro por um período de três dias para verificação da

sintomatologia. As lagartas com sintomatologia característica, foram colocadas em

placas limpas com papel filtro seco por mais cinco dias. Após esse período, as

lagartas infectadas foram transferidas para armadilha de White para que ocorresse a

emergência dos JIs na água. As coletas de JIs foram realizadas diariamente,

contados do início da produção até o final dela (até o esgotamento das lagartas). O

total de JIs/dia foi quantificado e os dados foram submetidos a Análise de Regressão

pelo programa Excel para determinação da curva de produção e da equação

referente a produção. Houve diferença de produção entre os dois hospedeiros

utilizados, sendo que a produção em G. mellonella foi superior a produção em T.

molitor, com valores de 1,0x106 e 0,9x106 respectivamente. O pico de produção em

G. mellonella aconteceu entre o 2º e 3º dia, enquanto em T. molitor, o pico ocorreu

no 5º dia. Sendo assim, a G. mellonella apresentou maior produçao de JIs.

Palavras-Chave: Nematoides Entomopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária

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Eficiência do baculovírus no controle de Errinyis ello L., 1758

(Lepidoptera: Sphingidae), em dois de tempos de armazenamento

Gabriele Larissa Hoelscher; Leidiane Coelho Carvalho; Claudecir Castilho

Martins; Letícia Delavalentina Zanachi; Amanda Cecato Favorito; Vanessa

Exteckoetter; William Ribeiro De Carvalho; Vanda Pietrowski

UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O mandarová-da-mandioca (Errinyis ello) é uma importante praga na cultura da

mandioca. Seu ataque é esporádico, porém quando ocorre devido sua grande

capacidade de consumo foliar, pode dizimar a lavoura em poucos dias, se não

controlada. O baculovírus tem sido uma importante ferramenta para controle desta

lagarta, aliado ao fato de ser um produto biológico e seletivo, preservando assim os

inimigos naturais. Porém apresenta como desvantagem a necessidade de manter o

vírus congelado ou sob refrigeração, o que dificulta sua aplicação a campo.

Contudo, sua mistura com caulin, permitindo uma formulação em pó, com maior

tempo de prateleira, tem se mostrado viável. Com isso, o objetivo deste trabalho foi

verificar a eficiência do vírus formulado em caulin com diferentes tempos de

prateleira. O experimento foi realizado com três tratamentos T1(testemunha), T2

(vírus formulado em 2015) e T3 (vírus formulado em 2018), em delineamento

inteiramente ao acaso, com 100 repetições, sendo cada repetição um pote com uma

lagarta de 2º instar. Os tratamentos foram aplicados em lavoura comercial na dose

de 40g/ha com volume de calda de 150L/ha, por meio de equipamento costal

pressurizado com CO2. Após a aplicação foram coletadas as folhas de cada parcela,

levadas ao Laboratório de Entomologia da Unioeste, e oferecidas para as lagartas,

de acordo com seu respectivo tratamento. Este procedimento foi realizado

diariamente até o fim das avaliações (morte ou empupamento das lagartas). Os dois

formulados apresentaram resultados estatisticamente superiores (5%) à testemunha.

O formulado T2 apresentou taxa de mortalidade de 92% e para o T3 esta taxa foi de

79%. A diferença entre os formulados provavelmente seja em virtude da qualidade

das lagartas coletadas a campo e utilizadas na formulação nos diferentes anos.

Sendo assim, o baculovírus formulado em caulin apresentou um bom tempo de

prateleira e passa a ser uma importante ferramenta no manejo integrado de pragas

na cultura da mandioca.

Palavras-Chave: controle biológico; EreIVG; Manihot esculenta

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

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Persistência de Cordyceps javanica e eficiência de controle de

Bemisia tabaci em intervalos de aplicações de fungicidas

Gabriella de A. Godoi; Letícia R. M. Alves; Sara A. G. de Souza; Enio do N.

Santos; Heloiza A. Boaventura; José Francisco Arruda e Silva; Eliane Dias

Quintela

Unievangélica Av. Universitária Km. 3,5 - Cidade Universitária, 75083-515 Anápolis -

GO, Brasil

Cordyceps javanica tem se mostrado eficiente no controle de ninfas de Bemisia

tabaci MEAM1 a campo, mas os fungicidas aplicados na soja para o controle da

ferrugem podem afetar sua eficiência e persistência. O objetivo deste trabalho foi

determinar o efeito de intervalos de aplicações de fungicidas sobre a persistência e

eficiência de conídios no controle da mosca-branca. O experimento foi conduzido em

casa telada na Embrapa Arroz e Feijão. Os tratamentos avaliados foram:

Testemunha; C. javanica sozinho; C. javanica + fungicida aplicado no mesmo dia do

fungo e após 3, 7 e 14 dias; fungicida sozinho. O isolado BRM27666 (2 × 10^7

conídios mL-1) foi pulverizado sobre ninfas de 2º instar (parte inferior das folhas)

com aerógrafo manual e o fungicida trifloxistrobina + protioconazol (400 mL ha-1)

com pulverizador convencional (parte superior das folhas). Avaliou-se a mortalidade

das ninfas e persistência dos conídios em um folíolo de cada repetição (5 repetições

/tratamento) aos 3, 5, 7, 10, 12, 14 e 16 dias após a aplicação. Para avaliar a

persistência dos conídios um círculo de 3,5 cm de cada folíolo foi transferido para

Erlenmeyer com 50 mL de Tween 80 a 0,01%. Após agitação, 100 µL de cada

suspensão foram transferidos para meio de aveia contendo antibiótico e dodine, e as

unidades formadoras de colônias (UFC’s) avaliadas após 5 dias. A persistência dos

conídios não foi afetada pela aplicação do fungicida nos diferentes intervalos. Já a

mortalidade de ninfas reduziu significativamente quando o fungo foi aplicado no

mesmo dia do fungicida em comparação ao fungo sozinho ou fungo + fungicida aos

3, 7 e 14 dias. A partir do 4º dia observou-se redução significativa nas UFC’s, mas

no 9º dia, devido à esporulação do fungo nas ninfas, as UFC’s aumentaram

significativamente. Nossos resultados mostram que este fungicida deve ser aplicado

preferencialmente sete dias após a pulverização do fungo.

Palavras-Chave: Mosca-branca; Controle biológico; Fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO) e

Lallemand (Patos de Minas, MG)

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Beneficial fungi for promoting biocontrol in cassava: ecostacking

prospects for the management of cassava pests

Hokkanen HMT; Menzler-Hokkanen I; Nasruddin AD

University of Eastern Finland

The cassava mealybug Phenacoccus manihoti has become a serious threat to

cassava around the world after invading the crop. In most regions, classical

biocontrol has successfully been used to control the pest. Many other pests threaten

the cassava crop, including several species of mites and whiteflies. One of the most

recent invasions by P. manihoti has taken place in the province of South Sulawesi,

Indonesia – an important producer of cassava. During the past three years, all

surveyed cassava plantations in the province were infested by mealybugs (P.

manihoti, Pseudococcus jackbeardsley, Ferrisia virgata) with different levels of

infestation. In some locations, cassava plants were almost totally destroyed by the

mealybugs. Stake treatments with the persistent insecticide thiametoxam - standard

practice in many countries - provides some control of the insect, but may lead to

environmental and other problems if used widely and continuously. We have isolated

several species of beneficial fungi from naturally infected mealybugs, and have

obtained highly encouraging results by spraying the plants with them. The most

effective fungus was a Fusarium sp., providing over 70% control and 62% infection

rate of the insects within 6 weeks, compared with untreated plants. As further

components of “ecostacking” (see Hokkanen 2017, Hokkanen & Menzler-Hokkanen

2018), we have studied the effects of beneficial soil inoculants on plant growth,

production of extrafl nectaries, and population development of the cassava mealybug

and spider mites (Tetranychus urticae) in the greenhouse. We used six inoculation

treatments: Trichoderma harzianum, Glomus spp.(Symbio™), Beauveria bassiana,

Metarhizium robertsii, Control 1 with mealybugs, and Control 2 without mealybugs.

Plants grown in soil treated with Metarhizium robertsii grew best (relative to untreated

control without mealybugs), had fewer spider mites and mealybugs, and produced

the highest number of extrafl nectaries. Second best treatment was with the

mycorhizal fungus Glomus spp. Field validation of these results is in progress. We

conclude that ecostacking techniques can be successfully employed to control

cassava mealybugs and other pests in South-East Asia. This may include several

techniques, including parasitoid releases, soil inoculation or stake treatment with

beneficial microbes, and direct spray treatment with mealybug pathogenic fungi.

Enhancement of the impact of natural enemies such as parasitoids and predators via

stimulation of the production of extrafl nectaries remains to be studied, but appears

as a promising addition to the ecostacking techniques on cassava.The cassava

mealybug Phenacoccus manihoti has become a serious threat to cassava around the

world after invading the crop. In most regions, classical biocontrol has successfully

been used to control the pest. Many other pests threaten the cassava crop, including

Page 101: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

101

several species of mites and whiteflies. One of the most recent invasions by P.

manihoti has taken place in the province of South Sulawesi, Indonesia – an important

producer of cassava. During the past three years, all surveyed cassava plantations in

the province were infested by mealybugs (P. manihoti, Pseudococcus jackbeardsley,

Ferrisia virgata) with different levels of infestation. In some locations, cassava plants

were almost totally destroyed by the mealybugs. Stake treatments with the persistent

insecticide thiametoxam - standard practice in many countries - provides some

control of the insect, but may lead to environmental and other problems if used

widely and continuously. We have isolated several species of beneficial fungi from

naturally infected mealybugs, and have obtained highly encouraging results by

spraying the plants with them. The most effective fungus was a Fusarium sp.,

providing over 70% control and 62% infection rate of the insects within 6 weeks,

compared with untreated plants. As further components of “ecostacking” (see

Hokkanen 2017, Hokkanen & Menzler-Hokkanen 2018), we have studied the effects

of beneficial soil inoculants on plant growth, production of extrafl nectaries, and

population development of the cassava mealybug and spider mites (Tetranychus

urticae) in the greenhouse. We used six inoculation treatments: Trichoderma

harzianum, Glomus spp.(Symbio™), Beauveria bassiana, Metarhizium robertsii,

Control 1 with mealybugs, and Control 2 without mealybugs. Plants grown in soil

treated with Metarhizium robertsii grew best (relative to untreated control without

mealybugs), had fewer spider mites and mealybugs, and produced the highest

number of extrafl nectaries. Second best treatment was with the mycorhizal fungus

Glomus spp. Field validation of these results is in progress. We conclude that

ecostacking techniques can be successfully employed to control cassava mealybugs

and other pests in South-East Asia. This may include several techniques, including

parasitoid releases, soil inoculation or stake treatment with beneficial microbes, and

direct spray treatment with mealybug pathogenic fungi. Enhancement of the impact

of natural enemies such as parasitoids and predators via stimulation of the

production of extrafl nectaries remains to be studied, but appears as a promising

addition to the ecostacking techniques on cassava.

Palavras-Chave: ecostacking; cassava; Phenacoccus manihoti

Apoio Institucional: Universitas Hasanuddin

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102

Persistência de conídios de Cordyceps javanica em folhas de soja

sob diferentes métodos e horários de pulverização

Heloiza A. Boaventura; Enio do N. Santos; José Francisco A. Silva; Eliane D.

Quintela

¹Mestranda em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Av. Esperança, s/n -

Chácaras de Recreio Samambaia, 74690-900, Goiânia, GO, Brasil. Email:

[email protected] ²Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova

Veneza km 12 Zona Rural Caixa Postal 179, 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO,Brasil

Um dos fatores que afeta a eficiência de entomopatógenos está relacionado a

persistência dos conídios no campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a

persistência dos conídios de Cordyceps javanica BRM 27666 comparando métodos

e horários de pulverização. O fungo não formulado (NF) e nas formulações pó

molhável (WP) e granulado (WG) (1×10¹² conídios/ha) foi aplicado em folhas de soja

com pulverizador costal pressurizado a CO2. Foram comparadas duas barras de

pulverização: “Drop Leg” (DP) (pulveriza de baixo para cima) e barra de metal

regular (B). Os tratamentos avaliados foram: Barra DP e B (sem fungo); Barra DP e

B (NF); Barra DP e B (WP); Barra DP e B (WG). O delineamento foi em blocos

casualizados com 4 repetições e parcelas de 5 m². A persistência dos conídios foi

avaliada em 10 folíolos/parcela coletados às 0, 8, 24 e 48 horas e às 0, 16, 24 e 48

horas após aplicação pela manhã e à tarde, respectivamente. Os folíolos foram

cortados com cilindro de 2,5 cm e transferidos para Erlenmeyer com 50 mL de

Tween 80 a 0,01% e agitados por 5 minutos em agitador orbital. Foi plaqueado 100

µL da suspensão, original ou diluída, em placa com meio de aveia contendo

antibiótico+dodine e mantidas em B.O.D (26°C 80-90% UR 12 h fotofase) por 5 dias

quando foram realizadas as contagens das unidades formadoras de colônia (UFC’s).

Maior UFC’s foram recuperadas em WP quando pulverizado com a barra B. A

persistência dos conídios foi maior quando o fungo foi aplicado após às 17 h,

independente da formulação e forma de aplicação. No período da manhã e tarde, as

UFC’s foram maiores quando o fungo foi pulverizado com a barra B (distribuição

mais uniforme das suspensões) em comparação a DP. Com isso, recomenda-se que

as pulverizações com C. javanica formulado ou não sejam realizadas no período da

tarde (menor incidência de radiação solar e temperaturas mais amenas). Entretanto,

recomenda-se o uso da barra “Drop leg”, pois como o fungo atua por contato é

imprescindível que atinja o alvo.

Palavras-Chave: fungos entomopatogênicos; pulverizadores; eficiência de controle

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas – MG)

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103

Uso de fungos associados ao Bacillus methylotrophicus no

controle de pragas e doenças da alface

Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Paula Alves Silveira de Rensis; Leandro

Pires de Araújo Júnior; Arthur Pontes Carneiro; Fernanda Rodrigues da Silva;

Marta Maria Rossi; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

A cultura da alface (Lactuca sativa L.) (Asteraceae) é atacada por diversas pragas e

doenças e o controle é feito com agrotóxicos, mesmo em áreas urbanas. Esse

trabalho teve por objetivos avaliar o controle de pragas e doenças por

aplicações foliares e no sulco de plantio dos fungos entomopatogênicos Metarhizium

anisopliae cepa IBCB425 e Beauveria bassiana cepa IBCB66 (ambos 300 g p.c. no

sulco de plantio e 200g p.c. ha-1 na parte aérea, em aplicações semanais)

juntamente com a bactéria Bacillus methylotrophicus (6 L p.c. Ônix ha-1) na cultura

da alface plantada em associação com rúcula em horta de Ribeirão Preto, SP,

Brasil. Para as avaliações de pragas e doenças e da produtividade na colheita,

foram avaliadas 15 plantas a acaso em três canteiros por tratamento. Ocorreram

pulgões (Hemiptera: Aphidae), mosca-branca (Bemisia tabaci) (Hemiptera:

Aleyrodidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae)

e a doença septosiose, Septoria lactucae. Os fungos B. bassiana e M. anisopliae,

aplicados com B. methylotrophicus, controlaram mosca-branca, tripes e septoriose, e

não controlaram pulgões e cigarrinhas. O peso médio da matéria seca da alface foi

igual em todos os tratamentos. Não houve diferença significativa entre os fungos e a

testemunha quanto ao número médio de folhas por planta, mas na terceira avaliação

a B. bassiana proporcionou menor porcentagem média de folhas doentes e com

sinais de ataque de pragas, na quarta data de avaliação, o fungo M. anisopliae

mostrou o menor valor e diferiu estatisticamente da testemunha, já na última

avaliação não existiam mais plantas doentes nos tratamentos com fungos, diferindo

significativamente da testemunha, que estava completamente comprometida. Pelo

motivo dos dois fungos terem mostrado eficácia no controle dessa doença, fica a

dúvida se não foi a bactéria Bacillus methylotrophicus aplicada junto aos fungos que

controlou a doença. Novos ensaios deverão testar os fungos isoladamente.

Palavras-Chave: Controle microbiano

Apoio Institucional: CUML

Page 104: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

104

Uso dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae no

controle de pragas e doenças da rúcula (Eruca vesicaria)

Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Paula Alves Silveira de Rensis; Leandro

Pires de Araújo Júnior; Rodolfo Pontes Carneiro; Eric Novato de Souza; Marta

Maria Rossi; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

As plantas da rúcula (Eruca vesicaria L.) (Brassicaceae) têm a produtividade

comprometida pelo ataque de pragas e doenças e o controle é feito quase que

exclusivamente com produtos químicos, até em áreas urbanas. Esse trabalho teve

por objetivos avaliar o controle de pragas e doenças por aplicações foliares

sistemáticas dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae cepa IBCB425 e

Beauveria bassiana cepa IBCB66 (ambos 300 g p.c. no sulco de plantio e 200 g p.c.

ha-1 na parte aérea, em aplicações semanais) juntamente com a bactéria Bacillus

methylotrophicus (6 L p.c. Ônix ha-1) na cultura da rúcula plantada em associação

com alface em horta de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Para as avaliações de pragas e

doenças e da produtividade na colheita, foram avaliadas 15 plantas ao acaso em

três canteiros por tratamento. Ocorreram pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-

branca (Bemisia tabaci) (Hemiptera: Aleyrodidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae) e

cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), sem a presença de doenças. Os fungos B.

bassiana e M. anisopliae, aplicados com B. methylotrophicus, controlaram a mosca-

branca e não controlaram pulgões e cigarrinhas. Pelo contrário, os fungos até

propiciaram o aumento significativo de pulgões na cultura. No tratamento B.

bassiana houve diminuição do número médio de folhas por planta e do peso médio

de matéria seca de plantas de rúcula em relação à testemunha, mas o tamanho da

amostra pode ter interferido nesses resultados. Os dois fungos têm potencial de uso

no controle de pragas da rúcula, mas precisam ser melhor estudados.

Palavras-Chave: Controle microbiano; Praga agrícola; Bacillus methylotrophicus

Apoio Institucional: CUML

Page 105: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

105

Dispositivo para autoinoculação do fungo Beauveria bassiana

visando o controle da ampola da erva-mate (Gyropsylla spegazzini)

Isabela Fetter; Jaqueline S. Loeblein; Luis F. A. Alves; Priscila A. Rode;

Cristina B. Nascimento; Ana L. M. Taveira; Gabriel S. Araújo; Maria Elena

Schapovaloff

Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

A erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) é uma importante cultura para o Sul do

Brasil, Argentina e Paraguai. Gyropsylla spegazziniana (Lizer & Trelles)

(Aphalaridae) popularmente conhecida como ampola da erva-mate é uma praga

relevante que ataca plantas no campo e em viveiros de mudas, deformando as

folhas novas que crescem formando galhas ou “ampolas”, onde se desenvolvem as

ninfas. Essas folhas caem, reduz o rendimento e compromete o crescimento e

formação de folhas sadias. Não há inseticidas registrados para o seu controle no

Brasil, e alternativas vêm sendo buscadas. O fungo B. bassiana Unioeste 44 foi

previamente selecionado contra o inseto e no presente estudo avaliou-se um

dispositivo para a autoinoculação do fungo em populações da ampola. Com base na

atratividade de adultos para superfícies amarelas, foram preparadas misturas de

conídios de B. bassiana Unioeste 44 e terra de diatomáceas, em diferentes

proporções. O material foi distribuído em papel de armadilha Colortrap amarelo,

contendo ou não a camada de cera emulsionável Splat®. Os dispositivos foram

testados em 2 experimentos, no interior de 1) gaiolas cilíndricas de PVC incolor (120

× 40 cm alt.) e 2) gaiola de tecido voil com armação de canos (90 × 85 × 120 cm –

A×L×C), contendo mudas de erva-mate e adultos da ampola. Na testemunha, os

dispositivos não receberam nenhum tratamento. Houve atração e infecção dos

insetos, variando entre 50 e 90% de mortalidade confirmada, sendo mais expressiva

nos dispositivos contendo Splat®. A presença de Splat® promoveu maior aderência

dos conídios na superfície dos dispositivos durante seu preparo e maior viabilidade

dos conídios nos dispositivos mantidos por 21 dias em 25±2°C; U.R. 60±10% (70%

na presença de Splat® e cerca de 30% de viabilidade sem a cera). O dispositivo em

teste se mostrou eficaz, sendo necessário testá-lo em campo para atestar a

capacidade de redução da população do inseto, como uma ferramenta para o

manejo da praga.

Palavras-Chave: Controle biológico; Produção vegetal; Entomopatógenos

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda., Isca Tecnologias

Ltda.

Page 106: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

106

Transmissão horizontal do fungo Beauveria bassiana entre

indivíduos de Gyropsylla spegazziniana em laboratório

Isabela Fetter; Jaqueline S. Loeblein; Luis F. A. Alves; Priscila A. Rode;

Cristina B. Nascimento; Ana L. M. Taveira; Gabriel Santos de Araújo;

Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Gyropsylla spegazziniana (Lizer & Trelles) (Aphalaridae) popularmente conhecida

como ampola da erva-mate é uma praga relevante para a cultura pois ataca plantas

em ervais e em viveiros de produção de mudas. O dano consiste na deformação das

folhas novas resultando na queda da produtividade e comprometimento do

crescimento e formação de folhas sadias. B. bassiana Unioeste 44 foi previamente

selecionado para o controle da ampola em pulverizações e em dispositivos para

atração-e-infecção. Considerando que tática de atração-e-infecção pode ser

otimizada pela transmissão horizontal do fungo entre indivíduos de uma população,

o presente estudo avaliou a transmissão horizontal do fungo B. bassiana Unioeste

44 entre adultos de G. spegazziniana em condições de laboratório, a partir de

insetos infectados (a) e cadáveres (b) como fonte de inóculo. Para infecção, insetos

vivos foram colocados em um recipiente com conídios do fungo. Após 1 hora, os

insetos foram transferidos para gaiolas de PVC incolor (12Ø × 40 cm alt.) contendo

uma muda de erva-mate e adultos não infectados. Os cadáveres utilizados foram

obtidos previamente conforme descrito e estavam com o corpo recoberto por

conídios do fungo. Na testemunha, foram utilizados somente insetos sadios. As

gaiolas foram mantidas em sala climatizada (25±2°C; U.R. 60±10% e 14 h de

fotofase) por 21 dias. Constatou-se a transmissão do fungo entre os indivíduos,

sendo que em ambas as estratégias de transmissão os resultados foram

significativos em relação a testemunha, com mortalidades mínimas de 54% e

máxima de 87,6%, tanto a partir de vivos infectados como de cadáveres. As

diferentes estratégias não diferiram estatísticamente entre si. Sendo assim,

demonstrou-se que o inseto apresenta elevada susceptibilidade ao fungo e se

comprovou a capacidade de transmissão horizontal entre os indivíduos, mesmo a

fonte de inóculo sendo pequena, reforçando o potencial do fungo em um dispositivo

de atração-e-infecção.

Palavras-Chave: Controle biológico; Produção vegetal; Entomopatógenos

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda.

Page 107: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

107

Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) against Agrotis ipsilon

Danielle A. Ferreira; Carla M. S. Oliveira; Holly J.R. Popham; Paula G. Marçon;

Janayne M. Rezende

AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil/AgBiTech Pty Ltd,CP 76155, Fort

Worth, TX, EUA

Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae) is considered a pest of

economic importance in many crops, attacking young plants as they emerge from the

ground. In high infestation, plant stand can be reduced by more than 50%.

Baculovirus-based insecticides could offer a highly desirable alternative control

method, given their selectivity and safety to the environment and applicators.

AcMNPV (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus) has been studied

over the years and shown to be effective against several Lepidopteran pest species.

The objective of this study was to evaluate the insecticidal activity of Lepigen®

(AcMNPV) against A. ipsilon neonate larvae in laboratory conditions. Droplet

ingestion bioassays were conducted using a completely randomized design. A total

of 30 larvae were used per treatment and bioassays were repeated on different

dates. For each bioassay, a total of 6 doses were used: untreated control, 1x10^5,

1x10^6, 1x10^7, 1x10^8 and 1x10^9 occlusion bodies per mL (OB.mL-1). Larval

mortality was assessed daily for 9 consecutive days post-ingestion of the solution

droplets. Mortality data were analyzed using Probit and survival curves were

generated using the Kaplan-Meier method. Lepigen® demonstrated good

insecticidal activity against A. ipsilon, with an LC50 value (lethal concentration to kill

50% of the tested larvae) of 1.2x10^6 (7.5x10^5–1.9x10^6) OB.mL-1. At the

concentration of 1x107 OB.mL-1, the median LT50 value (time to kill 50% of the

tested larvae) was 6 days (5.4 to 6.6 days CI95%) and100% mortality was reached 9

days post-ingestion. This study confirms the insecticidal activity of Lepigen® against

A. ipsilon under laboratory conditions, indicating its potential for inclusion in field

management programs aiming to control this pest.

Palavras-Chave: Baculovirus; cutworms; IPM

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos

Page 108: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

108

Controle da lagarta-da-soja com Bacillus thuringiensis

Janine Palma; Aline S. Correa; Gilmar Seigel

CCGL

O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de controle de produtos a base de

Bacillus thuringiensis var. kurstaki para a lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis

Hübner (Lepidoptera: Erebidae). O ensaio foi conduzido na safra 2018/19 na área

experimental da CCGL, Cruz Alta, RS, com a cultivar BMX Ativa RR. O

delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco

tratamentos, testemunha, dois biológicos e dois químicos como controle positivo (T1.

Testemunha (sem controle); T2. Dipel (500 ml ha-1); T3 Bt Control (800 ml ha-1); T4.

Nomolt (200 ml ha-1) e T5. Avatar (400 ml ha-1). Foram realizadas duas aplicações

dos tratamentos com intervalo de sete dias entre as aplicações, realizadas nos

estádios R5.1 e R5.3. As avaliações foram realizadas contando-se o número total de

lagartas aos 3, 7 e 10 Dias Após a Aplicação (DAA). Os dados foram transformados

por raiz quadrada e submetidos a análise de variância e teste de comparação

múltipla de médias de Tukey (α=5%). A eficiência agronômica dos inseticidas foi

calculada conforme a equação de Abbott (1925). Aos 4 DAA1 e 7 DAA1 os

tratamentos biológicos e químicos apresentaram diferença estatística da testemunha

para o controle do total de lagartas, sendo que os tratamentos T2, T3 e T5

demonstraram eficiência de controle acima de 80%. O tratamento T2 alcançou 72%

de eficiência de controle. Após a segunda aplicação os tratamentos T4 e T5

apresentaram diferença estatística da testemunha e dos demais tratamentos 7

DAA2. A eficiência de controle para os tratamentos T4 e T5 foi de 100 e 91% aos 4

DAA2 e de 89 e 95% aos 7 DAA2, respectivamente. Os inseticidas a base de

Bacillus thuringiensis var. kurstaki controlaram lagartas de Anticarsia gemmatalis na

primeira aplicação, com alta porcentagem de controle.

Palavras-Chave: Anticarsia gemmatalis; entomopatógeno

Apoio Institucional: CCGL

Page 109: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

109

Controle da lagarta falsa-medideira em soja com Bacillus

thuringiensis

Janine Palma; Aline S. Correa; Gilmar Seigel

CCGL

O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de controle de produtos a base de

Bacillus thuringiensis var. kurstaki em lagartas pequenas e grandes de falsa-

medideira Chrysodeixis includens Walker (Lepidoptera: Noctuidae). O ensaio foi

conduzido na safra 2018/19 na área experimental da CCGL, Cruz Alta, RS, com a

cultivar BMX Ativa RR. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com

quatro repetições e cinco tratamentos (T1. Testemunha (sem controle); T2. Dipel

(500 ml ha-1); T3 Bt Control (800 ml ha-1); T4. Nomolt (200 ml ha-1) e T5. Avatar (400

ml ha-1). Foram realizadas duas aplicações dos tratamentos com intervalo de sete

dias entre as aplicações, realizadas nos estádios R5.1 e R5.3. As avaliações foram

realizadas contando-se o número de lagartas pequenas (< 1,5 cm) e grandes (> 1,5

cm) aos 3, 7 e 10 Dias Após a Aplicação (DAA). Os dados foram transformados por

raiz quadrada e submetidos a análise de variância e teste de comparação múltipla

de médias de Tukey (α=5%). A eficiência agronômica dos inseticidas foi calculada

conforme a equação de Abbott (1925). Aos 7 DAA1 os tratamentos biológicos e

químicos apresentaram diferença estatística da testemunha para o controle de

lagartas pequenas, sendo que os tratamentos T2, T3 e T5 demonstraram eficiência

de controle acima de 80%. Após a segunda aplicação os tratamentos T2 e T5

apresentaram diferença estatística da testemunha e dos demais tratamentos aos 4

DAA2 e os tratamentos T4 e T5 aos 7 DAA2. Os tratamentos T2 e T5 apresentaram

eficiência de controle de 87.5% aos 3 DAA2 e os tratamentos T2, T4 e T5

apresentaram eficiência de controle acima de 80% aos 7 DAA2. Apenas o T5

apresentou diferença estatística para o controle de lagartas grandes. Os tratamentos

T4 e T5 atingiram eficiência de controle maior de 80% para lagartas grandes, sendo

que o T5 chegou a 100% de controle aos 7 DAA2. Os inseticidas a base de Bacillus

thuringiensis var. kurstaki controlaram lagartas pequenas de falsa-medideira.

Palavras-Chave: Chrysodeixis includens; entomopatógeno

Apoio Institucional: CCGL

Page 110: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

110

Relation between biocontrol efficacy of Meloidogyne incognita and

the quality of bacterial based products

Jaqueline R. de Almeida; Tiago S. de Oliveira; Tiago S. Izeppi; Letícia M.

Lamana; Maria I. S. Comparin; Rodolfo A. Zapparoli; Lars Moelbak;

Chr. Hansen Indústria e Comércio Ltda.

The plant-parasitic nematodes are responsible for one of the most losses in the

global agriculture, with a value estimated in $157 billion annually. In Brazil, the losses

in sugarcane in specific conditions can reach a production reduction until 50% and

reduce the soybean productivity in 20%. In the last years, the bionematicides use has

been increasing, and getting a market previously dominated by the chemical

nematicides. With the opening of this new promising business, the Brazilian market

experienced a huge increase in the number of biological products. The aim of this

study was to evaluate the efficacy of 5 commercial biologic products Bacillus sp.

based for their control of Meloidogyne incognita and to find a co-relation between

these results and the product quality. Green house experiments were developed with

sugarcane and soybean, using soil with a high M. incognita population and the

products: Quartzo®, Presence®, Product 1 and 2 (B. methylotrophicus + B. subtilis)

and Prod. 3 (B. amyloliquefaciens) were tested in their ability to reduce the number of

juveniles and root-knot nematodes, and their impact on plant development. To verify

the products quality, the number of bacterial endospores and the resistance to

aggressions like temperature and pH was also evaluated. In both crops tested, all the

treatments showed some reduction in the nematode population even that it varied,

compared to untreated control. The products quality evaluation showed a big

diversity, three of the products had a high concentration of endospores, while other

had less than 50% of endospores out of the total CFU measured. Although the

aggressions tests present a diversity of results between the parameters evaluated,

was possible observe a tendency between efficacy and product quality. Due the

agricultural importance of the bionematicides, this study showed the importance not

only to measure of product efficacy, as well as product quality to get robust field

results.

Palavras-Chave: Bionematicide; Bacillus; Biocontrol

Apoio Institucional: Chr. Hansen Holding A/S

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111

Controle do percevejo marrom (Euschistus heros) em soja pela

aplicação de META-TURBO SC®/ Control of brown stink bug

(Euschistus heros) in soybean by META-TURBO SC® application

Jessica Brasau da Silva; Henrique Monteiro Ferro; Germison Tomquel Ski

BIOVALENS LTDA

O percevejo marrom (Euchistus heros) é uma das principais pragas sugadoras da

cultura da soja, com dano econômico registrado em diversas regiões produtoras. O

controle químico é o principal método utilizado, contudo estratégias de manejo

integrado tem ganhado relativa importância devido à perda de eficiência de algumas

moléculas e a seleção de indivíduos resistentes. Neste contexto, o objetivo deste

trabalho foi avaliar a eficácia e seletividade agronômica do inseticida microbiológico

META-TURBO SC® (Metarhizium anisopliae IBCB425) no controle de percevejo

marrom na cultura da soja em condições de campo. Foram avaliados os

tratamentos: testemunha, META-TURBO SC® nas doses de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L p.c.

ha-1 e o inseticida químico Engeo Pleno S® na dose de 0,2 L p.c. ha-1. O

delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram

realizadas quatro pulverizações foliares em intervalos de 10 dias. Realizou-se a

contagem do número de indivíduos de E. heros ninfas e adultos aos 7, 14, 28 e 35

dias após a primeira aplicação (DA1A) e a determinação da produtividade em kg ha-

1. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo

teste de Tukey (p<0,05). Aos 7 DA1A o inseticida microbiológico META-TURBO

SC® nas doses de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L p.c. ha-1 apresentou eficiência de 44%, 53%

e 63% no controle total de E. heros (ninfas+adultos), respectivamente,

assemelhando-se estatisticamente ao inseticida Engeo Pleno S® (75%), além de

proporcionar incrementos na produtividade variando de 3,7 a 8,9% em relação à

testemunha. Tendo em vista a ausência de produtos biológicos registrados para o

controle do E. heros e diante dos resultados apresentados neste trabalho, o

inseticida microbiológico META-TURBO SC® pode ser recomendado dentro de

estratégias de manejo integrado (MIP) na cultura da soja.

Palavras-Chave: manejo integrado; controle biológico; entomopatogenico

Apoio Institucional: BIOVALENS LTDA

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112

BT-TURBO MAX® no biocontrole da lagarta-falsa-medideira

(Chrysodeixis includens) em soja

Jessica Brasau da Silva; Henrique Monteiro Ferro

GRUPO VITTIA

A cultura da soja representa a maior área cultivada no país, com elevada

participação na economia brasileira. Entretanto, a cultura abriga diversas espécies

de pragas que afetam diretamente sua produtividade, entre elas a lagarta-falsa-

medideira (Chrysodeixis includens) que possui alta capacidade de consumo da área

foliar, se alimentando também das vagens da planta. Diante disso, o objetivo deste

trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade agronômica do inseticida

microbiológico BT-TURBO MAX® (Bacillus thuringiensis var. kurstaki, cepa HD-1

(2,0x1010 UFC/mL, 11% m/v)) no controle de C. includens e produtividade da cultura

da soja. Os tratamentos aplicados foram: testemunha, BT-TURBO MAX® nas doses

de 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0 L p.c. ha-1 e o padrão comercial Dipel® (Bacillus

thuringiensis var. kurstaki) na dose 0,5 L de p.c. ha-1. Foram realizadas três

aplicações dos tratamentos, sendo a primeira no início de infestação da praga e as

demais em intervalos de dez dias. O delineamento experimental utilizado foi o de

blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. A comparação entre

as médias foi realizada pelo teste de SCOTT-KNOTT (p<0,05) e as eficácias dos

tratamentos foram calculadas segundo ABBOTT. Diante dos resultados obtidos,

conclui-se que o inseticida BT-TURBO MAX® aplicado nas doses de 0,5, 0,75 e 1,0

L de p.c. ha-1 é eficiente no controle de lagarta-falsa-medideira na cultura da soja,

reduzindo a infestação de lagartas pequenas em 49% a 100%, no intervalo de 5

DAA¹ a 10 DAA³, com desempenhos estatisticamente semelhante ou superior ao do

inseticida padrão Dipel®, e ainda proporcionando incrementos de produtividade de

até 33%.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; ENTOMOPATOGENICO; LAGARTAS

Apoio Institucional: BIOVALENS LTDA

Page 113: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

113

Evaluation of Hemocytes from Metarhizium robertsii-Infected Ticks

Using Light Microscopy

Jéssica Fiorotti; Patrícia S. Gôlo; Thaís A. Corrêa; Mariana G. Camargo; Diva D.

Spadacci-Morena; Isabele C. Angelo; Vânia R.E.P. Bittencourt;

UFRRJ

Metarhizium robertsii Bischoff, Humber, and Rehner (Clavicipitaceae) is an

entomopathogenic fungus widely used in the biological control of arthropods.

Hemocytes are cells present in the hemolymph of all invertebrates and are involved

in the immune response. Despite this, knowledge about the morphological aspects of

Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) hemocytes as well as their role in the

tick’s response to the fungal infection are scarce. The present study aimed to analyze

the hemocytes of R. microplus females after M. robertsii infection using light

microscopy. Ticks infected with M. robertsii ARSEF 2575 (5 µL at 1.0 × 107 conidia

mL-1), inoculated with Tween® 80 aqueous solution (v/v) or under physiological

conditions (untreated group) had their hemolymph collected through the dorsal

surface of the tick female, 24 hours after infection. Drops from total hemolymph were

placed directly onto glass slides, dried at room temperature for 20–30 min, and fixed

in methanol for 3 min. Slides were then stained with Giemsa for 30 min and observed

by light microscope. For analysis using historesin, hemocytes were removed from

plasma and fixed in 4% paraformaldehyde for six hours at room temperature,

dehydrated in ascending ethanol series (70% - 100%), embedded in historesin and

stained with methylene blue. Five stained slides were performed per group. When

engorged females were infected with M. robertsii, spherulocytes and oenocytoids

were not observed. Granulocytes from fungus-infected ticks showed fewer granules

than hemocytes from untreated or tween-inoculated ticks. Prohemocytes were similar

in uninfected or fungus-infected females. Plasmatocytes from fungus-infected ticks

showed cytoplasm heterogeneity and also intense vacuolization. Morphological

alterations of plasmatocytes suggested a phagocytic activity and also may indicate a

process to cell death, elucidating the effect of entomopathogenic fungi on tick cells.

Metarhizium robertsii Bischoff, Humber, and Rehner (Clavicipitaceae) is an

entomopathogenic fungus widely used in the biological control of arthropods.

Hemocytes are cells present in the hemolymph of all invertebrates and are involved

in the immune response. Despite this, knowledge about the morphological aspects of

Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) hemocytes as well as their role in the

tick’s response to the fungal infection are scarce. The present study aimed to analyze

the hemocytes of R. microplus females after M. robertsii infection using light

microscopy. Ticks infected with M. robertsii ARSEF 2575 (5 µL at 1.0 × 107 conidia

mL-1), inoculated with Tween® 80 aqueous solution (v/v) or under physiological

conditions (untreated group) had their hemolymph collected through the dorsal

surface of the tick female, 24 hours after infection. Drops from total hemolymph were

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114

placed directly onto glass slides, dried at room temperature for 20–30 min, and fixed

in methanol for 3 min. Slides were then stained with Giemsa for 30 min and observed

by light microscope. For analysis using historesin, hemocytes were removed from

plasma and fixed in 4% paraformaldehyde for six hours at room temperature,

dehydrated in ascending ethanol series (70% - 100%), embedded in historesin and

stained with methylene blue. Five stained slides were performed per group. When

engorged females were infected with M. robertsii, spherulocytes and oenocytoids

were not observed. Granulocytes from fungus-infected ticks showed fewer granules

than hemocytes from untreated or tween-inoculated ticks. Prohemocytes were similar

in uninfected or fungus-infected females. Plasmatocytes from fungus-infected ticks

showed cytoplasm heterogeneity and also intense vacuolization. Morphological

alterations of plasmatocytes suggested a phagocytic activity and also may indicate a

process to cell death, elucidating the effect of entomopathogenic fungi on tick cells.

Palavras-Chave: immune response; phagocytosis; fungal infection

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenacão de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) from Brazil, finance code

001, CNPq and FAPERJ

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115

Interação de formulações de bioinseticidas Bt e do espectro de

gotas no controle de Anticarsia gemmatalis

Joacir do Nascimento; Kelly C. Gonçalves; Lucas Hahn; Manuela R. Hanich;

Ariadne C. Sanches; Sandy S. Fonseca; Adriano A. Melo; Ricardo A. Polanczyk

Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita

Filho", 14884-900, Jaboticabal-SP, Brasil

A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) é

uma das principais pragas desfolhadoras no cultivo de soja e a utilização de

bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis (Bt) (Berliner, 1915) tem sido uma

alternativa de controle. Dentre os fatores que interferem na eficiência do controle,

aspectos inerentes à formulação e à tecnologia de aplicação desses produtos devem

ser considerados. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar a influência do

espectro de gotas e de três formulações de Bt bioinseticidas na mortalidade de A.

gemmatalis. O experimento foi realizado em esquema fatorial [(3 x 3)+1], com 40

repetições (lagartas), composto por três Bt bioinseticidas [um isolado HD125

(encapsulado e não encapsulado) e o bioinseticida (Dipel WP®)], aplicados com

câmara de pulverização com três espectros de gota (fina, média e grossa) +

testemunha (água). A concentração da calda foi 3 x 108 esporos/mL, determinada

com o auxílio da câmara de Neubauer, em microscópio com contraste de fase. Após

a aplicação foram coletados 40 discos de folhas de soja do terço superior no estádio

R2 da cultura e fornecidos para lagartas de 2º instar de A. gemmatalis. Os dados

foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey

a 5% de probabilidade usando o programa R. O espectro de gota não apresentou

diferença na mortalidade de A. gemmatalis para nenhum dos bioinseticidas

avaliados. No entanto, o fator bioinseticida apresentou diferença para o espectro de

gota fina e média. O bioinseticida Dipel® e o isolado HD125 não encapsulado

apresentaram maior eficiência de controle utilizando gota fina e média. No entanto,

este último não apresentou diferença na mortalidade para o isolado encapsulado

não encapsulado, indicando que o processo de encapsulamento não interferiu de

maneira significativa na virulência do Isolado.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; lagarta-da-soja; câmara de pulverização

Apoio Institucional: FCAV/Unesp, UFSM, CNPq, LabMaq, EMBRAPA.

Page 116: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

116

Potencial de uso de Bacillus thuringiensis Berlinder israelensis no

controle de Bradysia spp. na produção de mudas de tabaco

Alceu J. Zanardi; Joathan Simoneti; Fernando J. Campos

Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul

A principal causa de perdas devido ao ataque de insetos-pragas na produção de

mudas de tabaco no sistema “float” tem sido o ataque de Bradysia spp. (Diptera:

Sciaridae), conhecida como mosquinha-preta ou fungus gnats. Além do controle

químico, tem-se estudado a utilização de ácaros predadores, nematoides e bactérias

para controle da mosca. Desta forma, objetivou-se avaliar a eficiência no controle de

fungus gnats utilizando Bti (Bacillus thuringiensis israelensis). Para tanto, foi

conduzido um ensaio com cinco tratamento e três repetições, em um delineamento

inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram na utilização do Bti nas doses

de 6,67, 13,34 e 20ml do P.C./l de água; Stratiolaelaps scimitus (670

ácaros/bandeja) e imidacloprido (2,0 g. P.C./l de água). Foram realizadas duas

aplicações: a primeira 17 dias após a semeadura e a segunda 21 dias após a

primeira aplicação, nas mesmas dosagens. Para o tratamento com imidacloprido foi

realizada apenas uma pulverização, 17 dias após a semeadura. O número de larvas

foi estimado coletando o substrato de cinco células por repetição. Para tanto foi

utilizado o funil de Berlesse-Tullgreen modificado, com avaliação 48 horas após o

recebimento das amostras. Nas condições testadas todos os tratamentos biológicos

mostraram-se tão eficientes no controle das larvas quanto o inseticida.

Palavras-Chave: Nicotiana tabacum; Controle biológico; Bti

Apoio Institucional: Alliance One Brasil

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Eficiência do Erinnyis ello granulovirus (ErelVG) em mistura com

herbicidas

José A. S. Franco; Leidiane C. Carvalho; Vanessa Exteckoetter; Anderson M.

Gibbert; Hiago Canavessi; William R. Carvalho; Vanda Pietrowski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

A utilização de agentes entomopatogênicos apresenta grande potencial de controle

de insetos, nos quais se tem os baculovirus. O sucesso do uso destes

microorganismos depende de alguns fatores como, por exemplo, a mistura com

produtos químicos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do

baculovirus (ErelGV) quando aplicado em mistura com herbicidas. O ensaio

consistiu dos seguintes tratamentos: T1- testemunha negativa (sem aplicação); T2-

testemunha positiva, vírus na dose 40 gramas ha-1 (só vírus); T3- vírus na dose 40

gramas ha-1 + cloroacetanilida; T4 vírus na dose 40 gramas ha-1 + Izoxazolidinona e

T5- vírus na dose 40 gramas ha-1 + Cletodim e nafta leve. A dosagem dos herbicidas

seguiu a recomendação dos fabricantes para a cultura da mandioca. A aplicação dos

tratamentos a campo foi realizado no período da manhã, em parcela única (10 x 6

metros) para os respectivos tratamentos, com volume de calda: 200 L ha-1,

utilizando o equipamento CO2. Após a aplicação, após os produtos secarem, as

folhas correspondentes a cada tratamento foram coletadas e levadas ao laboratório

onde foram fornecidas as larvas de Erinnyis ello Lineau (Sphingidae), oriundas da

criação, individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras. O

delineamento foi DBC, com 5 tratamentos x 20 blocos x 5 repetições, totalizando 100

lagartas por tratamento. A alimentação diária das larvas até alcançarem a fase pré-

pupa foi realizada através da coleta de folhas de mandioca das parcelas onde foi

realizado a aplicação dos produtos. A mortalidade diária foi anotada os dados foram

submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a

5% de probabilidade. Os resultados obtidos indicaram que a aplicação de

baculovirus em mistura com os herbicidas utilizados não afetaram a eficiência do

inseticida biológico. Portanto, o uso de herbicida em mistura com baculovirus não

reduz sua eficiência.

Palavras-Chave: Manihot esculenta Crantz; Controle biológico; Bioinseticida

Apoio Institucional: ATIMOP- Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do

Paraná.

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118

Toxicidade de cepas de Bacillus thuringiensis para lepidópteros-

pragas

Karine S. Carvalho; Natália A. Leite; Karolay G. Reis; Marco Aurélio G.

Pimentel; Fernando H. Valicente

UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) é um importante entomopatógeno utilizado no

controle de pragas agrícolas, principalmente de insetos da ordem Lepidóptera.

Devido ao seu sucesso como biopesticida, a busca por novos isolados com

propriedades mais tóxicas aos insetos torna-se constante. Uma das análises mais

utilizadas para avaliar a toxicidade dos isolados de Bt é através de bioensaios de

concentração letal média (CL50) para determinar a mudança das taxas de

mortalidade entre diferentes espécies com o aumento dos níveis de dose, além de

sugerir e estimar a melhor dosagem para aplicação de um pesticida. O objetivo

desse estudo foi avaliar a patogenicidade e a virulência das cepas 1608A e 775E de

Bacillus thuringiensis em larvas de Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818),

Crysodeixis includens (Walker, 1858) e Helicoverpa armigera (Hübner, 1808). Os

bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Controle Biológico da Embrapa

Milho e Sorgo e consistiram em sete diluições das suspensões contendo esporos e

cristais na proporção de 1:10 de cada cepa que foram aplicadas superficialmente em

dietas artificiais específicas distribuídas em copos descartáveis de 50 mL.

Posteriormente, larvas neonatas foram adicionadas aos recipientes e mantidas em

sala climatizada a 25 ºC ± 2. Após sete dias, a mortalidade foi avaliada. Os

tratamentos consistiram em quatro repetições contendo 24 larvas/ repetição. As

CL50 e CL90 foram determinadas por meio da análise de probit utilizando o software

SAS. A cepa 1608A demonstrou maior toxicidade para todas as espécies avaliadas

com menores concentrações necessárias para matar 50% da população de cada

espécie, com valores de CL50 variando de 1.69x103 a 1.87x105 esporos/mL em

relação à cepa 775E que apresentou valores de CL50 de 7.42x104 a 4.42x105

esporos/mL, além disso, as espécies avaliadas tiveram níveis de suscetibilidade

diferentes para as toxinas de B. thuringiensis, demonstrando que umas são mais

permissivas que outras ao entomopatógeno.

Palavras-Chave: Bt; suscetibilidade; concentração letal

Apoio Institucional: Embrapa Milho e Sorgo, CAPES, UFLA

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119

Interferência do Baculovírus (SfMNPV) no canibalismo de

Spodoptera frugiperda em sistema de criação

Karolay G. Reis; Gabriel H. F. Nunes; Fernando H. Valicente; Frederick M.

Aguiar; Jean M. R. Pinho; Karine S. Carvalho; Vinícius A. S. Santos; Nívea A. M.

Evangelista; Celso G. Vieira; Osmar S. Souza

UNIFEMM

A inoculação do baculovírus em substratos vegetais para a alimentação da lagarta

Spodoptera frugiperda é uma das formas mais comuns de multiplicação desse vírus,

porém essa técnica apresenta um alto canibalismo entre lagartas, o que pode levar a

perdas significativas na produção. Dessa forma, o comportamento canibal de

lagartas de S. frugiperda oriundas da USP com idade de 5 dias foram avaliadas

quando inoculadas ou não com o ISO 6 de baculovírus proveniente do Banco de

Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo, na concentração de 3,5x107

poliedros/mL. O experimento foi composto por 4 tratamentos, contendo 3 repetições

cada, no qual utilizou-se T1: 100 lagartas sem ISO 6; T2: 100 lagartas com ISO 6;

T3: 200 lagartas sem ISO 6; T4: 200 lagartas com ISO 6. As lagartas foram mantidas

em caixa plástica (Gerbox) com folhas de milho inoculadas ou não com baculovírus.

Em seguida foram realizadas avaliações após 24 e 48 horas da inoculação para

mensurar o canibalismo. Posteriormente, os dados foram submetidos a análise de

variância pelo teste de Scott-Knott. Os tratamentos não apresentaram diferença

significativa para os resultados de canibalismo quando observado as variáveis

lagartas inoculadas ou não com baculovírus. Entretanto, quando considerado o

tempo de avaliação e a quantidade de lagartas contidas no gerbox, os tratamentos

apresentaram diferença significativa. Após 48 horas da inoculação a porcentagem

de canibalismo foi significativamente superior a 24 horas, no qual, T1: 15,66%; T2:

16; 00% T3: 51,00% T4: 57,66% e T1: 1,33%; T2: 3,66%; T3: 5,66%; T4: 11,00%,

respectivamente. Nos tratamentos com maior número de lagartas no gerbox a

porcentagem de canibalismo foi superior aos demais nos dois tempos de avaliação.

Portanto, pode-se concluir que para as lagartas S. frugiperda oriundas da USP o

baculovírus ISO 6 não influência diretamente no comportamento canibal.

Palavras-Chave: Milho; Comportamento; Canibal

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED

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Patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos ao

bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis (Coleoptera:

Curculionidae)

Larissa M. de Sousa1; Heloiza A. Boaventura1; Bruna M. D. Tripode2; José E.

Miranda2; José F. A. e Silva3; Eliane D. Quintela3

1Mestranda em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Av. Esperança, s/n –

Chácaras de Recreio Samambaia, 74690-900, Goiânia, GO, Brasil. Email:

[email protected]. 2Embrapa Algodão - Núcleo Cerrado, Rodovia Goiânia a

Nova Veneza km 12 Zona Rural, 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil. 3Embrapa Arroz e

Feijão, Rodovia Goiânia a Nova Veneza km 12 Zona Rural, Caixa

Postal 179, 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil

Os fungos entomopatogênicos são encontrados causando epizootias em diferentes

ordens de insetos e apresentam grande potencial para o controle biológico. O

objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade de diferentes fungos

entomopatogênicos a adultos do bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis

Boheman, 1843 (Coleoptera: Curculionidae). O experimento foi conduzido no

laboratório da Embrapa Arroz e Feijão em Santo Antônio de Goiás, GO. Dez adultos

de A. grandis foram pulverizados com 1 × 108 conídios mL-1 de dois isolados de

Cordyceps javanica (código 01 e 02), Metarhizium anisopliae (BRM2335), um de

Beauveria bassiana e testemunha com Tween 80 a 0,01%. As pulverizações foram

realizadas com uma torre de Potter com volume de 1 mL sobre 10 adultos em placas

de Petri (6,5 cm de diâmetro). Após tratamento, as caixas de Gerbox contendo 10

adultos do bicudo e botões florais de algodão foram mantidas em temperatura

ambiente. Foram utilizados 40 insetos por tratamento em quatro repetições. As

avaliações ocorreram diariamente a partir do 3º dia. Após 10 dias, M. anisopliae

causou mortalidade confirmada de 92,5% e diferiu significativamente dos isolados C.

javanica 01 e 02 (60% e 43% de infecção confirmada, respectivamente). Não foi

observado o crescimento de B. bassiana nos insetos mortos. Estes resultados

demonstram o potencial de M. anisopliae e C. javanica como agentes de controle

microbiano de adultos do bicudo-do-algodoeiro.

Palavras-Chave: controle microbiano; manejo integrado de pragas; algodão;

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas, MG).

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121

Effect of Metarhizium sp. and Carvacrol Association to Control

Rhipicephalus microplus Larvae

Laura N. Meirelles; Mariana G. Camargo; Jéssica Fiorotti; Allan F. Marciano;

Vânia

R.E.P. Bittencourt;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Synergic effects can be found in the interaction between Carvacrol and Metarhizium

spp., enhancing this association to control Rhipicephalus microplus Canestrini

(Ixodidae) tick. This work aimed to evaluate the compatibility between Carvacrol and

Metarhizium anisopliae s.s. Rocha et al. (Clavicipitaceae) isolate (IP 119) and the

effect of this association on tick larvae. Compatibility was assessed through fungal

germination and solid media diffusion tests. 10 μL of IP119 at 106 conidia mL-1 and

10 μL of Carvacrol at 3.125; 6.25; 12.5 or 25 mg mL-1 were added to the culture

medium and fungal germination was analyzed after 24 and 48 h. For fungal growth

inhibition, 50 μL of suspension were spread on the culture medium, three filter paper

disks were placed and 3 μL of Carvacrol or 3%Tween 80 were added on disks. 72 h

after, the halo was measured with a caliper. Then, larvae were immersed for 3 min in

1 mL of fungal suspension and/or Carvacrol solution. Larval mortality rate was

analyzed 1, 3 and 5 days after treatment. 24 h after compatibility test, the fungus

alone or associated with Carvacrol at 3.125 or 6.25 mg mL-1 germinated fully unlike

other associations. 48 h, the fungus associated with Carvacrol at 12.5 mg/mL

germinated fully. Carvacrol at 3.125 or 6.25 mg mL-1 did not produce halos around

the discs, while at 12.5 or 25 mg mL-1 produced halos with a mean diameter of 1.3

and 4 mm, respectively. Carvacrol at 0.156 or 0.312 mg mL-1 were selected for the

biological assay. On the 1st day after treatment, only IP 119 at 105 or 106 conidia

mL-1 + Carvacrol at 0.312 mg mL-1 presented larvae mortality and in the 3rd and 5th

days, the same groups produced mortality rates greater than groups treated only with

fungus or Carvacrol. In conclusion, Carvacrol at 3.125 and 6.25 mg/mL can be

associated with IP 119 isolate and the association with concentrations at 105 or 106

conidia ml-1 with Carvacrol at 0.312 mg mL-1 has potential use to control of R.

microplus larvae.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; essential oil; biological control

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenação de

Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001;

CNPq and FAPERJ

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Análise e predição in silico de pequenos RNAs não codificadores

(sRNAs) no grupo Bacillus cereus sensu lato

Kátia B. Gonçalves; Renan J. C. Appel; Rogério F. de Souza; Laurival A. Vilas-

Bôas; André Luciano Nadal; Gislayne T. Vilas-Boas

Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular. Universidade Estadual de Londrina

(UEL), Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380, s/n – Campus Universitário, 86057-970, Londrina, PR,

Brasil. E-mail: [email protected]. 2Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de

Londrina (UEL)

A identificação de small RNA (sRNA) tornou-se parte importante da genética

microbiana. sRNAs são pequenas moléculas de RNA que ao se ligarem a mRNAs,

são capazes de regular processos biológicos, sobretudo a nível pós-transcricional,

ajustando a fisiologia bacteriana em resposta a sinais ambientais. Bacillus cereus

(Frankland & Frankland, 1887) sensu lato é utilizado para designar sete espécies de

bactérias Gram-positivas e formadoras de esporos. Dentro desse grupo temos B.

cereus (Bc), Bacillus anthracis (Koch 1815) (Ba) Bacillus thuringiensis (Berliner

1911) (Bt), sendo que apresentam diferente importância na atividade humana com

destaque para o Bt que é o principal agente usado no controle biológico de pragas e

vetores de doenças. A taxonomia do grupo ainda é bastante questionada, uma vez

que diferentes ferramentas de análise mostram resultados controversos. Embora a

descoberta de sRNAs tornou-se possível por meio de abordagens computacionais,

isso tem se mostrado um grande desafio. Este trabalho tem como objetivo principal

detectar e caracterizar sRNAs nos genomas de Bt, Bc e Ba. A busca dos sRNAs foi

feita utilizando 132 genomas completos disponíveis no NCBI. Estes foram anotados

com o programa INFERNAL utilizando o pacote cmsearch; os modelos de

covariância presentes no banco de dados Rfam foram então selecionados na ordem

Bacillales. Os resultados preliminares permitiram a identificação de 45.629 sRNAs

considerados significativos pelo programa e estes sRNAs estão subdivididos em 53

famílias designadas núcleo, por serem compartilhadas entre as 3 espécies.

Verificamos ainda que Bc e Bt compartilham algumas famílias de sRNAs, já Ba não

possui sRNA compartilhado com nenhuma outra espécie. Dentre as famílias

identificadas, algumas são exclusivas em apenas uma das espécies. Estes

resultados ainda serão explorados por meio de validação e correlacionando com

atividades bacterianas importantes, sobretudo aquelas relacionadas

entomopatogenicidade e classificação, contribuindo para uma maior segurança de

produtos à base de Bt.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; Taxonomia; Bioinformática

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

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123

Virulência de nematóides entomopatogênicos isolados no Norte do

Paraná sobre Dichelops melacanthus

Leandro B. Gonçalves; Mariana F. de Macedo; Gabriela S. Doneze; Lucimara A.

Araújo; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Cornélio Procópio

Considerado em muitas regiões como a principal praga da cultura do milho, o

percevejo-barriga-verde Dichelops melacanthus Dallas, 1851 (Hemiptera:

Pentatomidae) vem causando grandes prejuízos nas lavouras de milho, onde tanto

adultos como ninfas causam danos ao introduzirem seus estiletes na base das

plantas, através da bainha das folhas, atingindo as folhas internas. Na entressafra,

os insetos adultos se abrigam nos restos de culturas e na palhada. É neste estágio

que se tornam alvos para os nematoides entomopatogênicos (NEPs), pois estes são

patógenos de solo. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a virulência de isolados

de nematoides entomopatogênicos provenientes da Região Norte do Paraná sobre

D. melacanthus em condições de laboratório. O experimento consistiu de oito

tratamentos (sete isolados de NEPs e um tratamento controle) com cinco repetições.

Cada parcela constituiu de uma placa de Petri de vidro (9 cm de Ø) contendo dois

papéis filtro na parte inferior e 10 percevejos adultos. Em seguida, foram aplicados

com auxílio de micropipeta, os isolados na concentração de 100 JIs/cm2. No

tratamento testemunha aplicou-se 2 mL de água destilada. O ensaio foi mantido em

câmara climatica a 26±1°C e fotoperíodo de 14h, por 5 dias. Após esse período, foi

feita a avaliação de mortalidade, através da contagem e a dissecação dos insetos

para a confirmação da morte por NEPs. Os dados do experimento foram submetidos

a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott (p≤0,05).

Observou-se que todos os isolados apresentaram patogenicidade para D.

melacanthus, e houve diferença na virulência entre os isolados, sendo que UENP 1,

2, 3 e 6 foram os que causaram as menores mortalidade, não ultrapassando 50%.

Por outro lado, os isolados 4, 5, e 7 causaram mortalidade com valores de 58 % e

78%, respectivamente, concluindo que estes isolados apresentam potencial para o

controle de sobre percevejo-barriga-verde.

Palavras-Chave: Steinernema; Heterorhabditis; Percevejo-da-barriga-verde

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através

do financiamento da pesquisa

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Manejo biológico de pragas e doenças do tomateiro (Solanum

lycopersicum) com tratamento de mudas com Beauveria bassiana

Leonaldo Donato Dias; Lucas Santos Vian; Leandro Pires de Araújo Júnior;

Eric Novato de Sousa; Gustavo Henrique Soares; Luis Rodolfo Rodrigues;

Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

A cultura do tomate, Solanum lycopersicum, sofre ataque de diversas pragas e

doenças que comprometem a produção e em busca de controlar estes limitantes de

produção, utiliza-se agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle

de pragas e doenças e a produtividade após o tratamento das raízes das plantas de

tomateiro com Beauveria bassiana cepa IBCB66. O método utilizado foi a imersão

das raízes em soluções em três concentrações diferentes (5,0x109, 1,0x1010 e

1,5x1010 conídios L-1), mais uma testemunha, e após este procedimento as mudas

foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil. O

delineamento experimental foi em blocos casualizados, onde os quatro tratamentos

foram repetidos sete vezes cada. Todas as plantas foram avaliadas semanalmente

quanto à presença de pragas e doenças, contando-se o número de pulgões por

planta e de folhas com presença de moscas-brancas ou mosca-minadora e de

plantas com doenças. A produtividade foi avaliada contando-se o número e peso de

frutos por planta e peso de cada fruto. Foram encontrados pulgões (Hemiptera:

Aphididae), mosca-branca (Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera:

Pseudococcidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera:

Thripidae), moscas-minadoras (Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças

septoriose, Septoria lycopersici, murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no

período vegetativo. No período reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não

identificadas. B. bassiana diminuiu a população de mosca-branca, Bemisia tabaci

(Gennadius), em apenas uma data de avaliação, em todas as concentrações

testadas, mas não controlou nenhuma outra praga que ocorreu naturalmente.

Também diminuiu a incidência inicial de murcha-de-verticílio e diminuiu a incidência

de septoriose, em uma data, nas doses de 5x109 e 1x1010 conídios L-1 em folhas de

tomateiro. O fungo B. bassiana no tratamento de mudas de tomateiro não diminuiu a

incidência de doenças em frutos e nem melhorou a produtividade da cultura. Esse

fungo deve ser mais bem estudado, em outras concentrações de conídios, no

controle de pragas e doenças.

Palavras-Chave: controle microbiano

Apoio Institucional: Biocontrol

Page 125: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Compatibilidade de Heterorhabditis amazonensis (CB46) com

Azamax

Leticia Bernadete da Silva1; Cássia Brito2; Douglas Cecconello2; Vivivane

Sandra Alves2

1Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) - Campus Cornélio Procópio Unidade Centro; 2Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Bandeirantes

O uso de produtos químicos para controle de pragas por muito tempo foi

amplamente utilizado como única medida de controle a campo. No entanto, hoje

temos uma vasta gama de produtos naturais e inimigos naturais que podem ser

usados em programas de Manejo Integrado de Pragas, mas que precisam ser

estudados quanto a sua compatibilidade com outras técnicas de controle. Assim, o

objetivo deste trabalho foi avaliar a compatibilidade do H. amazonensis (isolado

CB46) com o inseticida natural Azamax. Foi utilizada a metodologia da IOBC,

modificada por Negrisoli et al. (2008), onde em um tubo de vidro de fundo chato foi

adicionado 1mL do produto preparado com o dobro da dose indicada pelo fabricante,

mais 1mL da suspensão do nematoide contendo 2000Juvenis Infectantes (JIs)/mL,

resultando em uma calda na dose indicada com concentração de 1000 JIs/mL. Para

o tratamento controle a suspensão de JIs foi diluída apenas em água destilada.

Cada tratamento foi repetido cinco vezes e mantido em câmara climática a 22ºC por

dois dias. Para lavagem, 3mL de água destilada foi adicionado a cada tudo, agitados

e mantidos em geladeira por 30 min para decantação dos JIs, e o sobrenadante foi

retirado. Esse processo foi repetido três vezes. Em seguida, para a avaliação de

viabilidade, foram retiradas 5 aliquotas de 0,05mL para contagem dos JIs vivos. A

infectividade foi avaliada através da adição de 0,2 mL da suspensão de JIs em

placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo papel filtro duplo e 10 larvas de

Galleria mellonella e o número de insetos mortos foi avaliado 5 dias após a

inoculação. Os dados foram submetidos a análise estatística pelo programa Sisvar,

onde foi feita análise de variância e teste de médias de Tukey. O produto Azamax

reduziu a sobrevivência do nematoide, restando apenas 24,5%. Quanto a

infectividade, observou-se que o Azamax com o CB46 obteve uma infectividade de

57,5%, sendo diferente da testemunha onde houve uma mortalidade de

87,5%. Palavras-chave: Nematoides entomopatogênicos, Nim, Manejo Integrado de

Pragas. Apoio financeiro: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária

através do financiamento da pesquisa.

Palavras-Chave: nematoides entomopatogenicos; nim; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Capes e CNPq

Page 126: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Temperaturas cardinais para o crescimento e produção de conídios

de três fungos entomopatogênicos

Letícia R. M. Alves; Heloiza A. Boaventura; José F. A. e Silva; Eliane D.

Quintela

¹ Unievangélica Av. Universitária Km. 3,5 - Cidade Universitária, 75083-515 Anápolis - GO, Brasil. ²

Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova Veneza km 12 Zona Rural Caixa Postal 179,

75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil

A temperatura tem grande influência no crescimento de fungos entomopatogênicos,

sendo este processo dependente de reações químicas que são alteradas pela

temperatura. O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura mínima, ótima e

máxima para o crescimento e esporulação de Beauveria bassiana, Cordyceps

javanica e Metarhizium anisopliae. O experimento foi desenvolvido no Laboratório de

Patologia de Insetos, na Embrapa Arroz e Feijão. Dois microlitros de uma suspensão

de 1 × 107 conídios mL-1 preparada com Tween 80 a 0,01% de cada isolado foi

inoculada no centro de uma placa de Petri (60 mm), contendo meio de BDA,

totalizando 10 repetições por tratamento. As placas foram incubadas em câmaras

B.O.D. a 12, 15, 18, 25, 30 e 34 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 80 ±

10%. A medição do diâmetro das colônias foi feita diariamente durante 10 dias e,

logo após, os halos das colônias foram recortados e adicionados em tubos Falcon

contendo 30 mL de Tween 80 a 0,01%. Estes tubos foram agitados em Vortex por

quatro minutos e o número de conídios quantificados em câmara de Neubauer. Para

Beauveria, a melhor temperatura para crescimento e produção de conídios foi 25 °C.

Para M. anisopliae e C. javanica a temperatura de 30 °C foi a mais adequada para o

desenvolvimento. Somente M. anisopliae se desenvolveu a 34 °C, mas não foi

observada produção de conídios. O crescimento micelial e a produção de conídios

para os dois isolados de Cordyceps foram semelhantes em todas as temperaturas.

Após 10 dias, foi observada pouca produção conídios nas temperaturas de 12 e 15

°C. Estes resultados demonstram a importância da temperatura no desenvolvimento

das diferentes espécies dos fungos entomopatogênicos, havendo uma temperatura

ideal para o seu crescimento e esporulação.

Palavras-Chave: Beauveria bassiana

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand

Page 127: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Potencial Inseticida de cepas de Bacillus thuringiensis oriundas de

gleisolo e planosolo do Rio Grande do Sul, BR

Lidia M. Fiuza1; Diounéia L. Berlitz1; Samuel Roggia2; Jaime V. Oliveira3; Akio

S. Matsumura1; Akira S. Matsumura1; Aida T. S. Matsumura1

1ICB BIOAGRITEC LTDA. Bacteriologia, Arabutan 386, Porto Alegre, E-mail: [email protected]; 2Embrapa/CNPSo, Entomologia, Londrina; 3IRGA/Fitotecnia, Cachoeirinha

Nas lavouras do RS, especialmente em gleisolos e planosolos, por duas décadas

foram obtidas amostras dos laboratórios de solos da UFRGS e IRGA. Entre os

Bacillus spp. mantidos em laboratório, sete Bacillus thuringiensis Berliner (1911)

(Bacillaceae) foram eleitos para avaliar o potencial inseticida contra lepidópteros,

hemípteros e coleópteros (Embrapa/CNPSo e EEA/IRGA), e genes cry. As cepas de

Bt MTox126-6; MTox3146-4; MTox144-9; MTox2638-1; MTox2974-11; MTox2014;

MTox1958-2 foram cultivadas até a lise celular e as proteínas Cry purificadas. Para

os genes cry, o DNA foi amplificado com primers, sequenciado e alinhado para

análise filogenética. Nos bioensaios, com: (i) lagartas de 2º instar de Spodoptera

frugiperda (J. E. Smith) (Lep., Noctuidae) e Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818)

(Lep., Noctuidae) foi aplicado, em dieta de Poitout, o pellet (1.10ˆ10 céls./mL) e/ou

proteínas Cry; (ii) ninfas de 2º instar de Euschistus heros (Fabricius) (Hem.,

Pentatomidae), as proteínas Cry foram aplicadas nas vagens de soja e (iii)

Oryzophagus oryzae (Costa Lima) (Col., Curculionidae), as larvas foram mantidas

em tubos de ensaio com plântulas de arroz e proteínas Cry. No controle foi aplicada

H2O (30 insetos) e os ensaios foram em triplicatas por espécie. Os tratamentos

foram constituídos de diluições seriadas e mantidos a 25 ± 2°C, 70% UR e fotofase

de 12 a 14h. A mortalidade foi avaliada até o 7° dia e corrigida por Abbott (MC). Os

dados revelam MTox 2638-1 e MTox 2974-11 (cry1J) com 100% MC à S. frugiperda,

sendo a CL50 da MTox1958-2 (cry1) de 173µg/mL. Para A. gemmatalis, a MC foi

superior a 96 % para as cepas testadas e com as proteínas Cry de MTox126-6

(cry2), MTox144-9 (cry1, cry2 e cry9) e MTox3146-4 (cry9), as CL50 foram de 184;

514 e 1.138µg/mL, respectivamente. A MTox144-9 revelou CL40 de 280 mg/mL para

E. heros. Já a MTox2014-2 (cry3) mostrou CL50 de 5,4µg/mL para O. oryzae. Sendo

assim, as cepas MTox1958-2, MTox144-9 e MTox2014-2 têm maior potencial

inseticida.

Palavras-Chave: Bacillus; proteínas Cry; Insetos

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

Page 128: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

128

Eficiência de produtos biológicos e químicos no controle da

mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1)

(Hemiptera: Aleyrodidae) em soja

Lúcia M. Vivan1; Ana Flávia O. Nascimento

1Setor de Entomologia, Fundação Mato Grosso, Caixa Postal 79, 78750-000, Rondonópolis - MT,

Brasil. E-mail: [email protected]

Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1) hoje é uma das principais pragas da soja

em algumas regiões do estado do Mato Grosso. Os adultos e ninfas desta espécie

sugam seiva, ocasionando danos diretos, com perdas na produtividade. Também,

podem causar danos indiretos, como aparecimento da fumagina, afetando a

fotossíntese, e transmitindo viroses. Os produtos biológicos têm sido empregados

como uma das opções de controle. Este trabalho objetivou avaliar o controle de

mosca-branca com produtos químicos e biológicos na cultura da soja. O estudo foi

realizado na Fazenda Lagoa Vermelha, Sorriso, MT, onde foram testados seis

tratamentos em quatro repetições: 1) Testemunha; 2) Ballvéria® (150 g/ha-1); 3)

Boveril PL63 (300 g/ha-1) +Saurus (100 g/ ha-1); 4) Boveril PL63 (300 g/ ha-1); 5)

Ballvéria® (150 g/ ha-1) + Saurus (100 g/ha-1); e 6) Benevia® 100 OD (500 ml/ha-1).

O tratamento 6 recebeu uma aplicação, os tratamentos 2, 3, 4, 5 receberam duas

aplicações em intervalos de 14 dias. Nas avaliações foram coletados 10 folíolos da

parte mediana da planta para avaliar ninfas em laboratório. Os produtos biológicos

em mistura com o inseticida reduziram significativamente a população de ninfas de

mosca-branca a partir da segunda aplicação, em relação aos produtos biológicos

aplicados isoladamente. Benevia® 100 OD demonstrou controle superior da praga

com apenas uma aplicação. Os produtos biológicos podem ser utilizados no manejo

desta praga, em mistura com inseticidas a base de neonicotinóides, no entanto,

necessitam de um maior número de aplicações em relação ao controle com

Benevia® 100 OD.Palavras-chave: Beauveria bassiana; Bioinseticida; Controle

Microbiano.Apoio: Projeto FASE-MT 003/2019.

Palavras-Chave: Beauveria bassiana; Bioinseticida; controle microbiano

Apoio Institucional: Fase MT

Page 129: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Virulência de diferentes isolados de nematoides

entomopatogênicos nativos do Norte do Paraná sobre Galleria

mellonela

Lucimara A. Araújo; Mariana F. de Macedo; Leandro B. Gonçalves; Gabriela D.

Souza; Viviane S. Alves

Universidade Estadual Do Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio Unidade Centro

O uso de patogenos autóctones pode conferir vantagens no controle de pragas, e a

busca por isolados nativos deve fazer parte das estratégias em programas de

controle biológico. Os nematoides dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis são

empregados no controle biológico de pragas, visando principalmente pragas de solo,

pois, possuem uma vinculação simbiótica com bactérias que são patogênicas aos

insetos. Por outro lado, o inseto Galleria mellonella Linnaeus 1758 (Lepidoptera:

Pyralidae) também conhecida como traça dos favos, é um inseto utilizado em

laboratório para multiplicação in vivo de nematoides entomopatogêncios (NEPs)

devido a sua susceptibilidade aos mesmos. Assim, objetivo deste trabalho foi avaliar

a virulência de diferentes isolados de NEPs provenientes da Região Norte do

Paraná (isolados UENP 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7), sobre larvas de último ínstar G.

mellonela em condições de labortatório. O experimento foi realizado com oito

tratamentos e cinco repetições, e cada repetição constituiu de uma placa de Petri de

vidro (9 cm de Ø) contendo dois papéis filtro na parte inferior e 10 lagartas. Os NEPs

foram aplicados com auxílio de micropipeta, na concentração de 100 JIs/cm². No

tratamento testemunha aplicou-se 2 mL de água destilada. O ensaio foi mantido em

câmara climatizada a 25±1ºC e sem fotoperíodo. Os dados do experimento foram

sujeitos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott

(p≤0,05). Verificou-se, que todos os isolados apresentaram patogenicidade para G.

mellonela e diferiram do tratamento controle. No que se refere a virulência, as

porcentagens de mortalidade variaram de 88 a 98%, mas não houve diferença

estatística entre elas.

Palavras-Chave: Isolados nativos

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através

do financiamento da pesquisa

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Patogenicidade de Steinernema rarum e Heterorhabditis

bacteriophora a Ceratitis capitata (Widmann,1824)

(Diptera:Tephritidae)

Maguintontz C. Jean-Baptiste1*; Andressa L. de Brida2; Sérgio Da. C. Dias2;

José J. dos Santos2; Luis G. Leite3; Daniel Bernardi1; Silvia R. S. Wilckens4;

Flávio R. M. Garcia2

1Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Fitossanidade. Pelotas, RS. 2Universidade

Federal de Pelotas, Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Laboratório

Ecologia de Insetos, Pelotas, RS. 3Instituto Biológico, Laboratório de Controle Biológico,Campinas,

SP. 4Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de ProduççãoVegetal, Botucatu, SP. *E-

mail: [email protected]

Ceratitis capitata (Widmann, 1824) representa uma das pragas mais frequentes e

limitantes à produção de frutas no Brasil. As larvas se alimentam da polpa das

frutas, facilitando podridões e queda prematura de frutos. Entre as alternativas de

manejo, destacam-se o uso de nematoides entomopatogênicos (NEPs), com

destaque aos gêneros Steinernema e Heterorhabditis, considerados os gêneros

mais estudados para o manejo de pragas. O objetivo do trabalho foi avaliar a

patogenicidade Heterorhabditis bacteriophora HB (Poinar,1976) e Steinernema

rarum PAM 25 (Doucet,1986) a larvas e pupas de C. capitata em laboratório. O

bioensaio foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado em três

tratamentos com 10 repetições. As unidades experimentais (EU) foram constituídas

por recipiente de plástico (200 mL) contendo 50g de areia seca e autoclavada com

5% de umidade, contendo 10 larvas (72 horas de idade) ou 10 pupas (48 horas de

idade) de C. capitata. Feito isso, foi inoculado 1 mL da suspensão do isolado de

NEPs, na concentração de 1000 juvenis infectantes (JIs). Como testemunha, foi

adicionado 5 mL de água destilada sem a presença de NEPs. As EU foram

acondicionadas em BODs a 25ºC, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. Decorrido três

dias após a inoculação (DAÍ) dos NEPs, foi avaliada a mortalidade larval e, aos oito

DAÍ, a mortalidade pupal de C. capitata. Durante as avaliações, os cadáveres dos

insetos foram transferidos para placas de Petri (9 cm) e dissecados em água

destilada para confirmação e quantificação dos JIs. Os isolados H. bacteriophora HB

e S. rarum PAM 25, causaram 78 e 61% de mortalidade larval com a presença de

33,158 JIs/larva e 167,313 JIs/larva, respectivamente. Para a fase de pupa, foi

observado mortalidade superior a 60%, com a presença de 118,502JIs/pupa (H.

bacteriophora) e 40,103JIs/larva (S. rarum). Frente aos resultados, as espécies H.

bacteriophora HB e S. rarum PAM 25 são considerados promissores para o uso no

manejo de C. capitata.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CAPES/PROEX

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Patogenicidade de Steinernema brazilense a larvas de Bradysia

ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae)

Maguintontz C. Jean-Baptiste1*; Andressa L. de Brida2; Adriane da F. Duarte1;

Juliano L. P. Duarte1; Luis G. Leite3; Uemerson S. da Cunha1; Moisés J. Zotti1;

Flávio Roberto M. Garcia2

1Universidade Federal de Pelotas. Pós-Graduação em Fitossanidade, Pelotas, RS. 2Universidade

Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Pelotas, RS. 3Instituto de

Biológico, Laboratório de Controle Biológico, Campinas, SP. *E-mail:

[email protected]

Bradysia ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae) é uma das espécies dentre

os sciarídeos, que possuem importância econômica nos cultivos em estufa. As

larvas causam perdas significativas de rendimento dos cultivos, uma vez que

prejudicam o sistema radicular, além de facilitar a entrada de patógenos. Poucas são

as alternativas de controle para auxiliar no manejo deste inseto. Dentre as

perspectivas de estudos para manejo, o controle biológico por meio de nematoides

entomopatogênicos (NEPs) demonstra ser uma alternativa promissora. Assim, o

objetivo deste trabalho, foi avaliar a patogenicidade e virulência de Steinernema

brazilense IBCBn6 a B. ocellaris em duas concentrações em condição controlada de

laboratório. Foi utilizada uma espécie de nematoide: Steinernema brazilense IBCBn6

(Nguyen, 2010). O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente

casualizado, com três tratamentos e cinco repetições. Cada unidade experimental

(EU) foi constituída de uma placa de Petri (5 cm) revestida com duas folhas de papel

filtro, contendo 10 larvas de B. ocellaris. Os juvenis infectantes (JIs) do isolado S.

brazilense IBCBn6, foram inoculados em suspensão de 1 mL nas concentrações de

100 e 1000 JIs/mL Como testemunha, foi adicionado 1 mL de água destilada sem a

presença de NEPs. Após a inoculação, as EU foram armazenadas em câmara

climatizada BOD a 25°C, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. As avaliações foram

realizadas sete dias após a inoculação (DAÍ) dos NEPs, sendo as larvas mortas

dissecadas para verificar a causa de mortalidade e ior quantificação dos JIs. S.

brazilense IBCBn6 causou mortalidade de 52% na concentração de 100JIs/mL e

82% de mortalidade na concentração de 1000JIs/mL. O número médio de JIs foi de

31,22 e 11,00 para ambas concentrações estudadas. A concentração foi de 1000 JIs

de S. braziliense IBCBn6 permitiu a maior taxa de patogenicidade a larvas,

demonstrando ser um agente promissor no controle de B. ocellaris.

Palavras-Chave: Controle biológico; juvenil infectante; fungus gnats

Apoio Institucional: CAPES/PROEX

Page 132: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Qualidade dos produtos à base de Beauveria bassiana

comercializados em Santa Catarina para o controle de brocas-da-

bananeira

Marcelo M. Haro; André B. Beltrame

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação

Experimental de Itajaí

O manejo das brocas-da-bananeira, principalmente o moleque-da-bananeira,

Cosmopolites sordidus Germar. (Coleoptera, Curculionidae), pode ser feito por meio

da aplicação de produtos à base do fungo entomopatogênico Beauveria

bassiana Vuill. (Hypocreales: Cordycipitaceae). Entretanto, a eficácia destes

produtos tem sido questionada no mercado catarinense, principalmente pela

presença no mercado de produtos de procedência duvidosa, principalmente os

comercializados na forma líquida. Desta forma, o presente estudo analisou a

presença de B. bassiana em produtos utilizados no manejo de bananais no Lit Norte

de Santa Catarina. Os produtos avaliados nos experimentos foram adquiridos em

casas agropecuárias, sendo: dois na forma líquida, denominados Produto A e

Produto B; e três na forma de pó molhável, denominados Produto C, D e Produto E.

Foram executadas análises microbiológicas com intuito de avaliar quantitativamente

e qualitativamente os microorganismos presentes. O produto A registrou a presença

de 1,7x10² UFC/mL de fungos, dentre os quais foram identificados Paecilomyces sp.

e Rhizopus stolonifer (Muces: Mucoraceae). O produto B apresentou 1,8 x 104

UFC/mL de fungos, sendo predominante a espécie Curvularia sp. Foram detectados

coliformes totais nos dois produtos testados, sendo que no Produto A foi registrado

também a presença de coliformes fecais. Todos os produtos comercializados na

forma de pó molhável apresentaram a presença de B. bassiana, nas concentrações

compatíveis ao rótulo, ou superiores. Desta maneira, conclui-se que nenhum dos

produtos líquidos, testados no Lit Norte de Santa Catarina, contém efetivamente o

fungo entomopatogênico, devendo ser desestimulada a sua comercialização e uso,

por possuir contaminantes prejudiciais ao ambiente agrícola e rural. Por sua vez, os

produtos comercializados na forma de pó molhável se mostraram confiáveis para o

uso no manejo das brocas-da-bananeira.

Palavras-Chave: Manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de

Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

Page 133: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

133

Genetic diversity of Bacillus thuringiensis active Aedes aegypti

Maria C. da Silva; Nayanne S. de Oliveira; Geysla da C. Fernandes

Universidade Estadual do Maranhão

Rep-PCR has been widely used for analyzes of more specific genetic relationships,

seeking the genetic differentiation among Bacillus thuringiensis (Bt) isolates. The

Collection of Entomopathogenic Bacteria of Maranhão (CBENMA) has several

isolates of Bt highly toxic to larvae of Aedes aegypti L. 1762 (Diptera: Culicidae) and

that may constitute new tools for the biological control of this vector. The objective of

this work was to analyze the genetic diversity of Bt isolates active to A. aegypti of

CBENMA. Thirty isolates and seven subspecies of Bt were used for DNA extraction.

The PCR reactions were performed using the BOX, ERIC and REP markers, and the

generated fragments were analyzed by electrophoresis in 1.5% agarose gels. To

analyze the data, a binary matrix (0/1) was constructed based on in the presence or

absence of bands. The genetic distances were obtained by complement of the

Jaccard similarity coefficient and clusters were performed using the UPGMA method.

The BOX marker was detected in all isolates, with distinct profiles, although some

share the same bands, already for ERIC and REP primers, most isolates presented

different bands profile. The number of fragments generated by the BOX marker

ranged from one to seven per isolate and the ERIC and REP primers generated a

maximum of six fragments. The analysis of Bt isolates of the CBENMA with the

subspecies showed for the BOX primer four groups and for the ERIC and REP

primers six groups. Among these groups, the B3 group stood out, in which the isolate

BtMA-459 grouped with a similarity of 65% with the Bt subesp. israelensis, confirming

the toxic potential of this isolate for the control of insect vectors.The results found in

this study showed the genetic variability of Bt isolates toxic to A. aegypti of CBENMA

providing important information on their phylogenetic relationships and similar to the

standard subspecies and demonstrate that the rep-PCR technique was effective for

to establish genetic relationships between Bt strains.

Palavras-Chave: Entomopathogen

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico

do Maranhão

Page 134: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

134

Metarhizium anisopliae with insecticidal activity for the biological

control of the fruit fly (Anastrepha obliqua), the main

Maria Denis Lozano Tovar; Karen Ballestas; Luis Andres Sandoval Lozano

Corporación Colombiana de Investigación Agropecuaria Agrosavia

Fruit flies (Diptera: Tephritidae) are an economically significant pest for fruit-growing

countries because of their incidence, severity, quarantine restrictions and the

economic losses they generate. Anastrepha obliqua (Macquart), or the West Indian

fruit fly is the main pest in mango (Mangifera indica L. Bark) and guava (Psidium

guajava L.). This problem is of great importance since it is estimated that more than

40% of the fruit production in Colombia is already affected by several species of the

Tephritidae family. The aim of this study was to evaluate and select

entomopathogenic fungi that produce insecticidal compounds for the control of adults

of A. obliqua (Diptera: tephritidae). One isolate of the genus Metarhizium anisopliae

(Metch. Sorokin) with insecticidal activity was selected. With fractionation by column,

an active fraction was obtained causing mortalities higher than 90% after 48 hours.

Fractionation of the active fraction by HPLC indicated that it is composed of more

than 22 metabolites. Identification by UHPLC showed the presence of destruxin

groups E, D, A and B (destruxin E-diol, destruxin D, destruxin D1, destruxin D2,

destruxin A2, destruxin A, destruxin A3, dihydrodestruxin A, desmB, destruxin B2,

destruxin B, and destruxin B1) in extracts and of these, one stands out due to its high

insecticidal activity producing mortalities of up to 100% and two other generate

mortalities between 60.0 and 81.6.3% after 48 hours of exposure. These metabolites

were identified as A, A2 and B destruxins respectively, indicating that adults of A.

obliqua are highly susceptible to these compounds.

Palavras-Chave: Secondary metabolites; entomopathogenic fungus; destruxins

Apoio Institucional: Agrosavia

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135

Efeito tóxico de proteínas expressas em fase vegetativa de

crescimento de Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda

Bruna Carneiro Silva; Igor V. P. de Melo; Larissa H. R. Santos; Maria Luisa

Zardo

IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão

Bacillus thuringiensis Berliner,1911 (Eubacteriales: Bacillaceae) (Bt) é uma bactéria

gram-positiva com alta capacidade entomopatogênica devido a diversas proteínas

sintetizadas durante o seu processo fermentativo, dentre elas: Vip (proteína

inseticida vegetativa) produzida em sua fase exponencial de crescimento e Cry

(inclusões proteicas parasporais) durante a esporulação. Sua utilização no controle

biológico tornou-se uma eficiente alternativa para manejo integrado de pragas

agrícolas, evitando assim grandes perdas econômicas e a preservação da saúde

ambiental e humana. O objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento de cepas

de Bt em relação ao seu tempo de crescimento e mortalidade contra a lagarta

Spodoptera frugiperda Smith,1797 (Lepidoptera: Noctuidae). O experimento foi

realizado com 4 cepas pertencentes ao banco de germoplasma de Bt do Instituto

Mato-grossense do Algodão, onde foram cultivadas sob agitação de 150rpm à 30°C

por 3, 6, 9, 12, 24, 48 e 72 horas. Para cada período foram avaliados crescimento

celular, formação de esporos-cristais e efeito tóxico sobre S. frugiperda. Os ensaios

foram feitos com a adição de uma camada do produto fermentado sobre dieta

artificial. Os experimentos foram realizados em triplicata biológica, sendo 16 lagartas

neonatas cada, avaliados após 144h. As cepas apresentaram curva de crescimento

padrão: fase lag (3-6h), log (6-24h) e estacionária (24-72h). O surgimento de

esporos foi visualizado a partir de 12h, presença de cristais a partir de 24h e

completa autólise 72h. Todas as cepas apresentaram mortalidade acima de 90%

com 72h, 48h e 24h de fermentação. Com 12h de crescimento, os isolados W, X e Y

mantiveram efeito tóxico sobre 55% da população. A cepa W se destacou em

relação as outras por apresentar em média 40% de mortalidade nas primeiras 9h de

fermentação. Conclui-se que estas cepas expressam proteínas entomopatogênicas

durante todo o ciclo de vida, sendo potenciais alvos para formulações de

biopesticidas.

Palavras-Chave: VIP; lagarta-do-cartucho; controle biológico

Apoio Institucional: IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão, IBA - Instituto

Brasileiro do Algodão e AMPA - Associação dos Matogrossense dos Produtores de

Algodão

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136

Alta toxicidade de proteínas expressas por Bacillus thuringiensis

sobre Spodoptera frugiperda e Chrysodeixis includens

Igor Vinicius Pereira de Melo; Bruna C. Silva; Larissa H. R. Santos; Fabrini L. S.

Pontello; Maria Luisa Zardo

IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão

O Bacillus thuringiensis Berliner,1911 (Eubacteriales:Bacillaceae) (Bt) é uma

bactéria gram-positiva, esporogênica, caracterizada por produzir corpos proteicos

semelhantes à cristais (Cry) dentre outras proteínas que possuem atividades

entomopatogênicas específicas aos seus alvos. Sendo assim, são amplamente

utilizadas no setor agropecuário como ferramenta de controle biológico dentro do

Manejo Integrado de Pragas. O objetivo deste trabalho é avaliar a mortalidade de 3

insetos-praga através de produtos de fermentação de distintas cepas de B.

thuringiensis. As 7 estirpes selecionadas pertencem ao banco de germoplasma de

Bt do Instituto Matogrossense do Algodão e foram cultivados a 30°C, 260rpm por

15h ou 120h. Os alvos da ordem lepidóptera: Spodoptera frugiperda Smith, 1797

(Lepidoptera:Noctuidae) e Chrysodeixis includens Walker, 1818

(Lepidoptera:Noctuidae) foram testados com a adição do produto de fermentação à

superfície da dieta artificial. Para coleóptero, Anthonomus grandis Boheman,1843

(Coleoptera:Curculionidae) o material foi incorporado à alimentação artificial, para

manter a disponibilidade destas toxinas em toda amplitude de ingestão do inseto. O

delineamento experimental foi feito com larvas neonatas em triplicata biológica,

sendo 16 ou 30 o número de lepidópteros ou coleópteros por réplica. Avaliação foi

feita após 7 dias. Com 120h de fermentação todas as cepas apresentaram

mortalidade acima de 87% para ambos lepidópteros, mas com baixa eficiência para

A. grandis. Dentre as 7 estirpes testadas com 15h de fermentação, 4 mostraram alta

mortalidade para C. includens, mas apenas 1 repetiu o efeito em S. frugiperda.

Esses resultados convergem para um estudo mais detalhado sobre expressão de

proteínas que independem do processo de esporulação e a caracterização da

interação dos isolados com distintos insetos-praga, tempo de fermentação e

potencial letal que corroboram para formulações de produtos biológicos cada vez

mais viáveis no mercado.

Palavras-Chave: Bicudo-do-algodoeiro; Lagarta-do-cartucho; Lagarta falsa-

medideira

Apoio Institucional: IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão, IBA - Instituto

Brasileiro do Algodão e AMPA - Associação dos Matogrossense dos Produtores de

Algodão

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137

Diferentes concentrações de isolados de nematoides

entomopatogênicos sobre Dismycoccus brevipes

Mariana F. de Macedo; Marcelo Zart; Adriano Albonetti; Leandro B. Gonçalves;

Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Luiz Meneghel

Dismycoccus brevipes Cockerel, 1893 (Hemiptera: Pseudococcidae) foi registrada

em Santa Catarina, atacando raízes da cultura da mandioca, e consequentemente

reduzindo o acúmulo de reserva e causando retardo no desenvolvimento da planta.

Devido ao seu hábito subterrâneo, o manejo por produtos químicos é dificultoso. No

entanto, elas acabam sendo alvo para os nematoides entomopatogênicos (NEPs),

pois estes agentes são organismos que vivem no solo. Assim, objetivo do trabalho

foi avaliar diferentes concentrações dos isolados NEPET 11 e IBCB-40 sobre

fêmeas adultas de D. brevipes em condições de laboratório. O experimento foi

realizado em copos plásticos de 100 mL, contendo 50cm3 de areia estéril e um

pedaço de abóbora da cultivar “cabotiá” com três cm2 e parafinado na parte oposta

à casca. Na superfície sem parafina foram dispostas 10 cochonilhas (fêmeas

adultas) e em seguida os insetos foram recobertos com areia. Os isolados foram

aplicados nas concentrações 0 (Controle), 25, 50, 100 e 200 JI/cm2 suspensos em

água destilada, totalizando 10% de umidade em relação à massa de areia. Após a

inoculação, os copos foram fechados com tampas plásticas perfuradas e mantidos

em câmara climática com controle de temperatura (25±1ºC) e no escuro. A avaliação

ocorreu após cinco dias da inoculação, realizando a contagem dos insetos mortos, e

feita a confirmação da mortalidade por meio de dissecação sob microscópio

estereoscópico. Os dados de mortalidade foram submetidos a análise de variância e

as médias comparadas pelo teste Tukey (P≤5%). Ambos isolados foram patogênicos

em todas as concentrações avaliadas. O isolado NEPET 11 causou 88% de

mortalidade na concentração de 25 JI/cm2. O isolado IBCB-40 apresentou aumento

na mortalidade variando de 64% (25JI/cm2) a 88% (200JI/cm2). Assim, podemos

concluir que NEPET 11 apresenta maior virulência mesmo em menor concentração.

Palavras-Chave: Cochonilha; Controle Biológico; Heterorhabditis

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através

do financiamento da pesquisa

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138

Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera

eridania na cultura da soja em Imbituva-PR

Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;

Anderson H. Briega

3M Experimentação Agrícola

A ocorrência de S. eridania tem se tornado relevante em cultivos de soja Intacta,

pois apresenta baixa suscetibilidade a proteína Cry1Ac. O controle biológico é uma

das ferramentas que pode ser empregado para a regulação populacional desta

praga. Com o objetivo de avaliar a eficiência de Lepigen® (Autographa californica

multiple nucleopolyhedrovirus) na cultura da soja no controle de S. eridania, instalou-

se um experimento em uma das áreas da 3M Experimentação Agrícola, em

Imbituva, PR, Safra 2018/19. Cada parcela constituiu-se de 30m² (3mx10m). O

delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro

repetições, utilizando-se a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas

aplicações, com sete dias de intervalo e com início no aparecimento da praga, dos

seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom (Profenofós+Lufenurom) 550 EC

400 mL.ha-1; 3- Lepigen® ® 25 mL.ha-1; 4- Lepigen® ® 50 mL.ha-1; 5- Lepigen®

® 75 mL.ha-1; 6- Lepigen® ® 100 mL.ha-1; 7- Lepigen® 150 mL.ha-1. O volume de

calda foi de 100 L.ha-1. A infestação por S. eridania foi avaliada por meio da

contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha,

previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a

primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5m² por parcela, sendo os dados

corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram

submetidos a análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste

de T a 5%. Lepigen® nas doses de 50 a 150 mL.ha-1, apresentou controle

satisfatório da lagarta, levando em consideração que a aplicação foi no início da

infestação na cultura, promovendo resultados semelhantes ao tratamento Curyom

550 EC. Os tratamentos com diferentes doses de Lepigen® e Curyom 550 EC

apresentaram menores percentuais de desfolha quando comparados com a

testemunha, mostrando que o baculovírus é uma ferramenta promissora para o

manejo de S. eridania na cultura da soja.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

Page 139: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera

eridania na cultura da soja no Município de Lapa-PR

Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;

Anderson H. Briega

3M Experimentação Agrícola

Inseticidas à base de baculovírus são uma estratégia importante para a regulação

populacional de pragas agrícolas, devido a sua seletividade e segurança ao meio

ambiente e aos aplicadores. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do

inseticida biológico Lepigen® (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus

(AcMNPV)) comparada a um inseticida padrão registrado para o controle de

Spodoptera eridania (Cramer,1782) (Lepidoptera:Noctuidae) na cultura da soja. O

trabalho foi realizado em uma das áreas da 3M Experimentação Agrícola, Lapa, PR,

Safra 2018/2019. Cada parcela constituiu-se de 30m² (3x10m). O delineamento

experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições,

utilizando-se a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas aplicações,

com sete dias de intervalo e com início no aparecimento da praga, dos seguintes

tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom (Profenofós+Lufenurom) 550 EC 400 mL.ha-

1; 3 a 7) Lepigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 75 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e

150 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. Os tratamentos foram aplicados nos

dias 02 e 09/02/2019. A infestação por S. eridania foi avaliada por meio da contagem

de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha,

previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a

primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela, e os dados corrigidos

a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a

análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste de T a 5%. Referente ao

número de lagartas as doses de 50 a 150 mL.ha-1 de Lepigen® apresentou (0,5 a

1,5 de média de lagartas por parcela) resultados semelhantes ao produto Curyom

550 EC (0,8 lagartas). Quando comparada a testemunha (10%) observou-se a

redução na desfolha com valores de 1 a 3% nos tratamentos com Lepigen® nas

doses 25 a 150 mL.ha-1. De acordo com os resultados acima o produto Lepigen®

pode ser uma nova ferramenta de MIP, visando o controle de S. eridania.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens; Baculovírus; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

Page 140: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) aplicado via foliar para o controle

de Spodoptera eridania na cultura da soja em Ponta Grossa

Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;

Anderson H. Briega

3M Experimentação Agrícola

O controle biológico de pragas é uma ferramenta fundamental no manejo de pragas

agrícolas por ser de menor risco à saúde humana e ao meio ambiente e apresentar

excelente custo/benefício. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Lepigen®

(Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus, AcMNPV), comparada a um

inseticida padrão registrado para controle de Spodoptera eridania (Cramer,1782)

(Lepidoptera:Noctuidae) na cultura da soja. Instalou-se um experimento na 3M

Experimentação Agrícola, Ponta Grossa, PR, Safra 2018/19. Cada parcela

constituiu-se de 45 m² (3mx15m). O delineamento experimental foi em blocos ao

acaso, com sete tratamentos e quatro repetições, sendo a cultivar de Soja LANÇA

IPRO. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo com início no

aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom 550

EC (Profenofós+Lufenurom) 400 mL.ha-1; 3 a 7) Lepigen® nas doses de 25 mL.ha-1;

50 mL.ha-1; 75 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 150 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-

1. Os tratamentos foram aplicados no dia 16 e 23/01/2019. A infestação de S.

eridania foi avaliada através da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por

parcela e a avaliação do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos

tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi

avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e

transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo

teste F e comparados pelo teste Duncan 5%. Lepigen® nas doses de 50 a 150

mL.ha-1, apresentou controle de 50 a 70% sobre S. eridania, quando a aplicação foi

realizada no início da infestação na cultura, com resultados semelhantes ao

tratamento Curyom 550 EC (80%), aplicado nas mesmas condições. Todos os

tratamentos apresentaram menores percentuais (1 a 2%) de desfolha quando

comparados com a testemunha (9%), o que comprova a eficácia do uso do inseticida

biológico no manejo de S. eridania na cultura da soja.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens; Baculovírus; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

Page 141: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

141

Analise da produção in vitro do vírus Spodoptera frugiperda MNPV

em dois sistemas de biorreatores

Karina Klafke; Guilherme Fabri Pereira; William Sihler; Marlinda Lobo de

Souza; Aldo Tonso

Universidade de Sao Paulo

A largarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda – J.E.Smith – Lepidoptera, Noctuidae)

é a principal praga de milho das Américas, tendo sido reportada recentemente na

África e na Índia. Um baculovírus patogênico a essa praga, Spodoptera frugiperda

MNPV (SfMNPV), tem sido produzido comercialmente no Brasil. A produção in vivo

de baculovírus apresenta limitações, tais como a alta especificidade do vírus, e

dificuldades no processo de criação massal de inseto. Dessa forma, a produção in

vitro em biorreatores tem se tornado uma alternativa atrativa, sendo que diversas

culturas de células de inseto encontram-se estabelecidas. Esse trabalho apresenta a

análise da produção in vitro do vírus SfMNPV I-19 em dois sistemas de biorreatores.

Inicialmente, a cinética da linhagem celular Sf9 foi padronizada usando o meio

Sf900-III e, em seguida, testes em pequena (Schott) e grande (biorreator BioFlo 110)

escala foram realizados pela infecção com o vírus. Os efeitos citopáticos induzidos

pelo vírus foram monitorados por microscopia óptica, bem como a porcentagem de

células infectadas. Os poliedros (produto final) foram analisados por microscopia

eletrônica, confirmando sua morfologia regular. No entanto, os experimentos iniciais

sugeriram que a aspersão de gás poderia estar causando estresse de cisalhamento

na célula. Para avaliar essa hipótese foi feita comparação entre biorreator padrão

STR (Stirred Tank Reactor) com aspersão de gás (BioFlo 110) e um sistema “bubble

free” (BioStat B), equipado com uma membrana de silicone permeável a gás. Os

resultados indicam que cisalhamento poderia causar um efeito prejudicial no

crescimento celular já que a taxa específica de crescimento máximo (µ) foi similar

nos sistemas comparados, porém a concentração celular máxima e viabilidade

diferiram significativamente. No entanto, os dados apontam similaridade na

produção específica do vírus (PIBs/células) nos dois sistemas. Estudos encontram-

se em andamento para melhor compreensão do evento.

Palavras-Chave: biopesticida; baculovirus; controle biologico

Apoio Institucional: CNPq, FAPESP, Embrapa

Page 142: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

142

Seleção de Steinernema spp. Visando o Controle do Cascudinho de

Aviário, Alphitobius diaperinus

Matheus C. Marcomini; Bruna Ap. Guide; Thiago A. P. Fernandes; Alex R.

Lopes; Pedro M. O. J. Neves

Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, Departamento de Ciências Agrárias

O cascudinho, Alphitobius diaperinus (Coleoptera: Tenebrionidae) (Panzer), é um

inseto praga-chave dos aviários. Seu combate, com inseticidas é dificultado pela

presença quase interrupta de aves no galpão além da resistência formulações

inseticidas, logo o controle microbiano representa uma alternativa no manejo

integrado das populações deste inseto. O presente estudo teve por objetivo,

comparar a patogenicidade e virulência de diferentes NEPs do gênero Steinernema

no controle de adultos e larvas de cascudinho. Os isolados selecionados para o

teste foram: Steinernema puertoricense, S. feltiae, S. rarum, S. braziliense e S.

diaprepes. No teste de seleção utilizou-se a concentração de 100 JIs/cm². Para cada

espécie foram feitas quatro repetições (10 insetos adultos) em placas de Petri (9 cm

de diâmetro) contendo dois papeis de filtro. Para larvas, foram feitas também quatro

repetições com 12 larvas individualizadas em placas de cultivo de células com 12

poços, contendo dois discos de papel de filtro em cada poço. Os JIs foram

inoculados com micropipeta sobre o papel de filtro já contendo os insetos. O

experimento foi mantido em câmara climatizada, a 25 ± 1°C sem fotoperíodo. Após

cinco dias de exposição, foi avaliada a mortalidade e dissecação dos insetos para

confirmar a morte por nematoide. Os dados foram submetidos ao teste de médias

Scott-Knott (p≤5%). Observou-se que todos os NEPs foram patogênicos a larvas e

adultos de cascudinho, mas variaram em relação à virulência. No ensaio com

adultos, S. feltiae causou maior porcentagem de mortalidade (92,5%), seguido de S.

diaprepes (47,5%), S. puertoricense (47,5%), S. rarum (32,5%) e S. braziliense

(2,5%). No teste com larvas S. feltiae também foi o mais virulento (96%). Já os S.

diaprepes (16,7%) e S. rarum (17,2%) provocaram baixa mortalidade, porém

superior a S. puertoricense (2%) e S. braziliense (0%) que não diferiram da

testemunha. Portanto o S. feltiae apresenta melhor eficiência e potencial de uso

entre os testados.

Palavras-Chave: Controle biológico; Controle Microbiano; Nematoides

entomopatogênicos

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Londrina

Page 143: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

143

Microbiota associated with alternative food of soil predatory mites:

Potential to enhance biological control

Matheus F.P. Moreira; Eric Palevsky; Gilberto J. de Moraes; Fernando L.

Cônsoli

ESALQ/USP

Predatory mites are important natural enemies in soil food web, but their interactions

within soil communities is still scarce. Previous research in our group focused on the

use of alternative prey to enhance populations of predatory soil mites to foster

biological control, using the free-living non-parasitic nematode (FLNPN), the

bacterivore Rhabditella axei (Cobbold,1884) (Rhabdita: Rhabditae) as an alternative

food source for Mesostigmata mites. FLNPN were cultured on rotting beans and

made available to predatory mites along with their associated microbial community,

which resulted in an increased control of the target pest used. In order to further

develop this system and improve our understanding of the existing interactions, we

investigated the diversity of the microbiota associated with the rearing of R. axei by

using a culturable-dependent approach. Bacteria colonies were morphotyped,

subjected to DNA extraction and amplification of the 16S ribosomal RNA gene for

bidirectional Sanger´s sequencing 16S rDNA, sequences obtained were used in

heuristic searches against databases for the putative identification of each

colony. Representative sequences were selected and subjected to phylogenetic

analysis for further characterization of the isolated bacteria.

We identified eight phylotypes belonging to Firmicutes

(Bacillales, Lactobacilalles), four Proteobacteria

(Burkholderiales, Pseudomonales, Enterobacteriales) and two of Bacteriodetes (Flav

obacteriales). Among the isolates identified, we were able to

recognize many phylotypes that establish positive interactions with plants, while

others are commonly associated with species of Rhabditida. Some

of phylotypes identified also have the potential for use as biocontrol agents of pests.

The potential benefits in the use of FLNPN and associated microbiota to improve

predatory mite populations, increase the availability of microbial pathogens of other

pests and promote plant growth will be discussed.

Palavras-Chave: Food web; Bacteria; Mesostigmata

Apoio Institucional: CNPQ; FAPESP

Page 144: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

144

Tratamento de mudas de tomateiro com Metarhizium ansiopliae

para o controle de pragas e doenças da parte aérea

Murilo Gaspar Litholdo; Lucas S. Vian; Matheus B. Oliva; Luis R. Rodrigues;

Rodolfo P. Carneiro; Arthur P. Carneiro; Alexandre de S. Pinto

Farmbio Controle Biológico

O tomateiro (Solanum lycopersicum) (Solanaceae) apresenta muitas pragas e

doenças que comprometem a produção e o manejo fitossanitário é realizado quase

que exclusivamente com agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o

desenvolvimento da cultura e o controle de pragas e doenças após o tratamento das

raízes das plantas com Metarhizium anisopliae cepa IBCB425. Em um delineamento

em blocos casualizados, quatro tratamentos (imersão das raízes em soluções em

três concentrações diferentes, 5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L-1, mais uma

testemunha) foram repetidos sete vezes. Após o tratamento das raízes, as mudas

foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e

doenças. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca

(Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas

(Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras

(Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici,

murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período

reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. M. anisopliae, nas

doses de 5,0x109 a 1,5x1010 conídios L-1, diminuiu a incidência inicial de murcha-

de-verticílio e na dose de 1x1010 conídios L-1 diminuiu a incidência de septoriose,

em uma data apenas, em folhas de tomateiro. O fungo M. anisopliae no tratamento

de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem

melhorou a produtividade da cultura. Esse fungo deve ser mais bem estudado, em

outras concentrações de conídios, no controle de pragas e doenças.

Palavras-Chave: controle microbiano; Solanaceae; fungo

Apoio Institucional: Esalq

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145

Comparative RNAseq analysis of the insect-pathogenic fungus

Metarhizium anisopliae reveals specific transcriptome signatures

Natasha S.A. Iwanicki; Italo D. Júnior; Jørgen Eilenberg; Henrik H. De F. Licht

USP / ESALQ

Blastospores play an important role for M. anisopliae pathogenicity during disease

development. They are formed solely in the hemolymph of the insects as a fungal

strategy to quickly multiply and colonize the insect´s body. Hyphae are vegetative

structures that are formed as M. anisopliae grows in soil, associated with plants or

inside killed insect hosts but they do not require insects to be formed. Hyphae and

blastospores can be produced in vitro under specific conditions and blastospores

have great commercial potential for direct application in biological control. Here, we

use comparative genome-wide transcriptome analyses to determine changes in gene

expression between the mycelial (hyphal) and blastospore growth phases in vitro in

order to characterize physiological changes and metabolic signatures associated with

M. anisopliae dimorphism. Our results show a clear molecular distinction between the

blastospore and mycelial phases. In total 6.4% (n=696) out of 10,981 predicted

genes in M. anisopliae were significantly differentially expressed between the two

phases with a Log2 fold-change>4. The main physiological processes associated

with up-regulated gene content in blastospores during liquid fermentation were

oxidative stress, amino acid metabolism, respiration processes, transmembrane

transport, and production of secondary metabolites. In contrast, the up-regulated

gene content in hyphae were associated with increased growth metabolism and cell

wall re-organization, which underlines the specific functions and altered growth

morphology of M. anisopliae blastospores and hyphae, respectively. These findings

illustrate important aspects of fungal morphogenesis in M. anisopliae and highlight

the main metabolic activities of each propagule under in vitro growing conditions.

Moreover, we found that blastopores produce secondary metabolites from different

families compared to the hyphal phase. These metabolites could be further

investigated for potential commercial use.

Palavras-Chave: Fungal morphogenesis; Entomopathogenic fungi; Differentially

expressed genes (DEGs)

Apoio Institucional: PROJETOS FAPESP: 2016/20610-6 e 2017/04870-0;

PROJETO UNIVERSAL CNPQ: 421629/2016-9

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146

Compatibilidade de produtos fitossanitários com nematoides

entomopatogênicos visando o manejo de Dysmicoccus brevipes

Nathália C. Andrade; Marcelo Zart; Adriano Albonetti; Gabriela S. Doneze;

Mariana F. de Macedo; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Cornélio Procópio

Nematoides entomopatogênicos (NEPs) são encontrados no solo e podem ser uma

alternativa no controle de pragas que vivem no solo, como é o caso de Dysmicoccus

brevipes Cockerel, 1893 (Hemiptera: Pseudococcidae), espécie de cochonilha

encontrada no estado de Santa Catarina atacando raízes de mandioca. No entanto,

para que o Manejo Integrado de Pragas seja eficiente, é importante conhecer a

integração dos nematoides com produtos químicos usados na cultura. Assim, o

objetivo do trabalho foi a avaliar a compatibilidade do isolado NEPET11, com os

produtos químicos Curyom, Gaucho, Actara, Standaktop, Tiger, Nomolt,

Cipermetrina, EC, Poquer, Fusilade, Gamit, Callisto. Para tanto, utilizou a

metodologia de Vainio (1992), adaptada por Negrisoli (2008), e realizou-se o preparo

de caldas de cada produto, com o dobro da recomendação de uso comercial. Em

seguida, em tubos de vidro de fundo chato, adicionou-se 1mL da suspensão do

nematoide (2000 Juvenis Infectantes/mL) e 1mL da calda do produto. Após 48

horas, foi feita tríplice lavagem, adicionando-se 3mL de água destilada em cada

tubo, deixando decantar e retirando-se o sobrenadante. Para avaliação da

viabilidade, foi feita a contagem do número de JIs vivos e mortos, sendo considerado

morto aquele que não se movimentou ao estímulo de toque. A avaliação da

infectividade foi feita em larvas de G. mellonella, aplicando-se 200 JIs/placa de petri

contendo 10 lagartas. Após cinco dias, avaliou-se o número de lagartas mortas. Os

produtos Poquer, Tiger, Gaucho e Actara causaram redução na viabilidade e o

produto Curyom foi o único que reduziu a infectividade sobre G. mellonella em 8%.

Palavras-Chave: Cochonilhas; Mandioca; Controle Biológico

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através

do financiamento da pesquisa

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Susceptibility of Helicoverpa armigera to field-sprayed

entomopathogenic fungi

Naymã P. Dias; Tamires D. de Souza; Joacir do Nascimento; Rosie Mangan;

Luc F. Bussière; Matthew Tinsley; Ricardo A. Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

The cotton bollworm, Helicoverpa armigera (Hubner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae)

was reported in Brazil in 2012/2013 crop season when outbreaks in various cultures

caused losses of around R$ 2 billion. Currently, this pest is widely distributed in all

Brazilian agricultural regions. This wide distribution is mainly due to their migratory

behavior and rapid resistance evolution to pesticides. In recent years, the use of

microbial agents for pest control has received more attention, motivated by the

demand for ecologically and evolutionarily sustainable control tactics. Our aim was

evaluated the susceptibility of H. armigera larvae to two entomopathogenic fungi

isolates on field conditions. We performed screening of entomopathogenic fungi at

lab conditions and selected two fungi isolates for field assays. We sprayed 108

conidia mL-1 Metarhizium anisopliae IBCB 425 (Metchnikoff) Sorokin (Hypocreales:

Clavicipitaceae) or Beauveria bassiana IBCB 1363 (Bals.) Vuill. (Hypocreales:

Cordycipitacea) on 750 soybean plants and water was used as control. One leaf disk

(2 cm diameter) was collected in 20 plants at 30 min, 1, 2, 3, 4, 5, 6 and 7 h after

treatment and provided to 50 H. armigera first instar larvae in each period. Mortality

was recorded 7 days after treatment and data were analyzed by Tukey test (5%).

Colony forming units (CFU) in the soybean leaves were counted at the same periods.

Mortality due to B. bassiana ranged from 64% to 96% and due to M. anisopliae

ranged from 4% to 80%. The mortality caused by B. bassiana differed from the

control at all periods evaluated, having greater or similar mortality caused by M.

anisopliae. The mortality caused by both isolates and the CFUs presented a

significant correlation (r) of 0.8. Decreased in H. armigera mortality caused by M.

anisopliae can indicate the lower persistence these conidia on field conditions. An

increase in the mortalities rate is expected in the next field assays to both fungi with

the addition of inserts and conidia encapsulation.

Palavras-Chave: microbial control; cotton bollworm; Beauveria bassiana

Apoio Institucional: FAPESP/CAPES

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Plasmid Rap-Phr systems act synergistically to regulate sporulation

of the Bacillus thuringiensis kurstaki HD73 strain

Priscilla F. Cardoso; Fernanda A. P. Fazion; Stéphane Perchat; Christophe

Buisson; Gislayne T. Vilas-Bôas; Didier Lereclus

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Bacillus thuringiensis is a spore-forming Gram positive bacterium that produces

crystalline proteins pathogenic to larvae of diverse insect and nematode species. The

cry genes are located on plasmids and the Cry proteins are mostly produced during

the stationary growth phase and the sporulation. B. thuringiensis contains a

remarkable amount of extra-chromosome DNA molecules and a great number of

plasmid rap-phr genes. Rap-Phr quorum sensing systems regulate different bacterial

processes, notably the commitment to sporulation in Bacillus species. Rap proteins

act as phosphatases on Spo0F, intermediate of the sporulation phosphorelay, and

are inhibited by Phr peptides that function as quorum sensors. Rap-Phr systems

belong to the RNPP family of quorum sensing systems that were shown to regulate

the B. thuringiensis infectious cycle. In this study, we describe the Rap63-Phr63

system encoded on the pAW63 plasmid from the B. thuringiensis var. kurstaki HD73

strain, toxic to Lepidoptera insects. Moreover, we have analyzed this system together

to the already described Rap8-Phr8 plasmid system that cohabite the B. thuringiensis

HD73 strain. Rap63 have a moderate activity on sporulation that is inhibited by the

Phr63 whose the mature form is included in the C-terminal end of its precursor. The

two components of this signaling cassette are co-transcribed and the phr63 gene is

also transcribed by an additional promoter. Interestingly, we show that the

Δphr8Δphr63 mutant strain strongly prevent sporulation in Galleria mellonella larvae.

Despite the Phr8 and Phr63 similarities, there is no cross-talk between the Rap63-

Phr63 and Rap8-Phr8 systems. Our results suggest a synergistic activity of these two

Rap-Phr systems in the regulation of the sporulation process ensuring the survival

and the dissemination of the B. thuringiensis at the end of the infectious cycle. Our

results also pointed out the relevance of the plasmid network to the fitness of B.

thuringiensis bacteria.

Palavras-Chave: quorum sensing; phosphatase; infectious cycle

Apoio Institucional: CAPES; Programa CAPES-COFECUB

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Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras

para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa

Rafael M. Brito; Fábio Yamashita; Amarildo Pasini; Admilton G. O. Júnior

Universidade Estadual de Londrina

As iscas formicidas são consideradas seguras aos aplicadores e efetivo método de

controle. A escolha do material atrativo das iscas torna-se imprescindível para

garantir sua eficácia e evitar possível rejeição. Os objetivos do trabalho foram avaliar

a atratividade de diferentes matrizes poliméricas por Atta sexdens rubropilosa Forel,

1908 (Hymenoptera: Formicidae) para confecção de iscas e controle com os agentes

microbianos Beauveria bassiana (TB) e Metarhizium anisopliae (TM). As matrizes

poliméricas extrudadas a base de amido, poliéster biodegradável e resíduo

lignocelulósico e comercial à base de polpa cítrica foram submetidas ao teste de

atratividade. O extrudado mais atrativo foi revestido com os entomopatógenos

individuais (TB e TM), mistura de ambos (TMB) e com amido no tratamento controle

(TC) para bioensaio de controle a campo na região de Londrina-PR. As iscas

apresentaram atratividade semelhantes, todavia a composição lignocelulósica

apresentou maior aceitação global, material identificado e carregado em menor

tempo pelas operárias. O mecanismo de infecção iniciou-se no aparelho bucal e com

desenvolvimento de conídios no primeiro par de pernas e antenas, membros

utilizados na identificação e transporte da isca. As operárias não foram capazes de

identificar os entomopatógenos e aceitaram as iscas extrudadas como fonte de

alimento e não apresentarem rejeição do material. As atividades de forrageamento e

total foram reduzidas para os tratamentos TB e TMB, porém a suspensão

permanente somente foi observada em TM. A diferença no tamanho das operárias

foi observada com 49 dias após a aplicação (DAA) em TM e com 55 DAA em TB. A

eficiência de controle foi de 100% para TM, em TB e TMB apresentam eficiência de

76% e 90%, respectivamente. Deste modo, as iscas desenvolvidas possuem

potencial para serem produzidas em escala comercial para controle de formigas

cortadeiras Atta sexdens rubropilosa.

Palavras-Chave: Polímeros; Formicida; Manejo de insetos sociais

Apoio Institucional: CAPES

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Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras

para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa

Rafael M. Brito; Fábio Yamashita; Amarildo Pasini; Admilton G. O. Júnior

Universidade Estadual de Londrina

As iscas formicidas são consideradas seguras aos aplicadores e efetivo método de

controle. A escolha do material atrativo das iscas torna-se imprescindível para

garantir sua eficácia e evitar possível rejeição. Os objetivos do trabalho foram avaliar

a atratividade de diferentes matrizes poliméricas por Atta sexdens rubropilosa Forel,

1908 (Hymenoptera: Formicidae) para confecção de iscas e controle com os agentes

microbianos Beauveria bassiana (TB) e Metarhizium anisopliae (TM). As matrizes

poliméricas extrudadas a base de amido, poliéster biodegradável e resíduo

lignocelulósico e comercial à base de polpa cítrica foram submetidas ao teste de

atratividade. O extrudado mais atrativo foi revestido com os entomopatógenos

individuais (TB e TM), mistura de ambos (TMB) e com amido no tratamento controle

(TC) para bioensaio de controle a campo na região de Londrina-PR. As iscas

apresentaram atratividade semelhantes, todavia a composição lignocelulósica

apresentou maior aceitação global, material identificado e carregado em menor

tempo pelas operárias. O mecanismo de infecção iniciou-se no aparelho bucal e com

desenvolvimento de conídios no primeiro par de pernas e antenas, membros

utilizados na identificação e transporte da isca. As operárias não foram capazes de

identificar os entomopatógenos e aceitaram as iscas extrudadas como fonte de

alimento e não apresentarem rejeição do material. As atividades de forrageamento e

total foram reduzidas para os tratamentos TB e TMB, porém a suspensão

permanente somente foi observada em TM. A diferença no tamanho das operárias

foi observada com 49 dias após a aplicação (DAA) em TM e com 55 DAA em TB. A

eficiência de controle foi de 100% para TM, em TB e TMB apresentam eficiência de

76% e 90%, respectivamente. Deste modo, as iscas desenvolvidas possuem

potencial para serem produzidas em escala comercial para controle de formigas

cortadeiras Atta sexdens rubropilosa.

Palavras-Chave: Polímeros; Formicida; Manejo de insetos sociais

Apoio Institucional: CAPES

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Effect of Bacillus thuringiensis on the displacement of Apis

mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized

Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Amanda R. Sampaio; Lucas Battisti; Caroline

M. Allein; Leonardo T. Alves; Thaís Pauli; Everton R. Lozano

Discente no Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da Universidade Tecnológica

Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos. Estrada para Boa Esperança, Km 04 CEP 85660-000 -

Dois Vizinhos - PR – Brasil

Entomopathogenic bacteria have a higher selectivity to non-target insects, such as

Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized, when compared to other

methods of control. However, the sub-letals effects of these agents are still little

known about bees, especially the changes in behavior. Thus, the objective was to

evaluate the ability of vertical displacement of A. mellifera after ingestion of two

commercial products based on Bacillus thuringiensis (Bt). For this bioassay, the

products have been incorporated in Candy paste (diet) and provided to newly

emerged honeybees workers, being the treatments: T1) control (pure Candy paste);

T2) Bt A (dosage recommended by manufacturer) + Candy paste and T3) Bt B

(dosage recommended by the manufacturer) + Candy paste. Were prepared five

repetitions per treatment, with 20 bees each. The bees were kept with diet, in cages

of PVC (20 x 10 cm). They were maintained during seven days in climatized room

(27 ± 2° C, R.H. 60% ± 10%), where were analyzed the honeybees longevity. On the

seventh day 1) vertical displacement and 2) free fall tests were performed. For this,

we used a flight Tower (35 x 35 x 105 cm LxWxH), with scale, and light stimulus on

top. The longevity of bees did not differ between treatments (average 130 hours).

The Bt A reduced the ability of vertical displacement of honeybees workers, with an

average of 1 to 35 cm heigh, while the average height of displacement of bees from

control and Bt (B) varied between 75 and 105 cm. In the free-fall test there was no

difference between the treatments and the control, and the resumption of flight

occurred, on average, between 35 and 70 cm height. Despite the Bt A product have

interfered in the ability of vertical displacement, the same product did not interfered

on resumption of flight and longevity of A. mellifera.

Palavras-Chave: Entomopathogenic bacteria; Africanized honeybee; Behavior

Apoio Institucional: Cnpq; UTFPR

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152

Does Bacillus thuringiensis in Apis mellifera workers diet interferes

in their longevity?

Raiza Abati; Amanda R. Sampaio; Gabriela Libardoni; Caroline M. Allein; Luiz

G. S. Nunes; Everton R. Lozano; Fabiana M. Costa-Maia; Anderson Guimarães;

Thaís Pauli; Michele Potrich

Laboratório de Controle Biológico – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Câmpus

Dois Vizinhos, Estrada para Boa Esperança, Km 4, 85660-000, Dois Vizinhos, PR, Brasil

Bacillus thuringiensis (Bt) is entomopathogenic bacteria used in the control of wide

range of insects considered agricultural pests. In this way, new isolates are

constantly available to the market and with that comes the need to evaluate the

safety to non-target insects, such as the Africanized honeybee Apis mellifera L.

(Hymenoptera: Apidae). The aim of this study was to evaluate if the presence of Bt in

A. mellifera workers diet interferes the longevity of the same. Four strains of Bt

(RR14P, EM41S, PR11P, PR31P - 1,0 x 108 spores.mL-1) obtained from soil

samples of Federal University of Technology - Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, and

a commercial product (the basis of Bt, at the dosage recommended by the

manufacturer) had been tested in newly emerged A. mellifera workers, in bioassay of

ingestion. As a control was used sterile distilled water. To perform the bioassay, the

treatments were incorporated into Candy paste (diet) for workers. Each treatment

consisted of five repetitions, with 20 honeybees each. The honeybees were placed in

PVC cages (20 x 10 cm), closed with voile, where the diet was provided. The cages

were kept in a controlled room (27 ± 2° C, R.H. 60% ± 10%) and the evaluation

occurred 1 hour after the beginning of the bioassay up to 240 hours. The average

longevity of the workers coming from strains RR14P, EM41S, PR11P, PR31P was

120.9; 106.3, 104.5 and 112.8 hours respectively, while the control was 182.4 hours.

The commercial product reduced the longevity of workers to 92.5 hours. The dead

honeybees from Bt treatments presented in liquid feces, characteristic of the effect of

bacteria on this insect. The Bt strains, as well as the commercial product, when

present in the diet of A. mellifera reduce worker longevity in laboratory conditions.

Tests with different methods of application, different times and field conditions should

be performed.

Palavras-Chave: Entromopathogenic bacteria; Honeybee; Selectivity

Apoio Institucional: Cnpq; UTFPR;

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153

Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de

conídios de Beauveria bassiana

Raquel Andrade Sá; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Izabeli I.

Santos; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei

Innova LTDA

No Brasil o uso de fungos entomopatogênico na agricultura tem crescido nos últimos

anos. O fungo Beauveria bassiana têm sido utilizado com sucesso no controle de

insetos-praga diversos. No manejo integrado o uso em conjunto desse bioagente

com outros defensivos químicos de uso agrícola é interessante. Entretanto a

incompatibilidade de muitos desses produtos pode prejudicar a ação desse agente

biocontrolador. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de defensivos químicos de

uso agrícola, sobre o fungo B. bassiana (isolado IBCB 66). Uma suspensão de

3,5 x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas

concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em

lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após

20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%.

Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem

de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de

germinação em relação a testemunha (100%), para a faixa de 0 a 30% o produto é

considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é

considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado

compatível. Os fungicidas foram muito tóxicos, sendo que Mancozebe e

Trifloxistrobina + Protioconazol inibiram a germinação dos conídeos, e

Trifloxistrobina + Ciproconazol e Azoxistrobina + Benzovindiflupir possibilitaram 3% e

13,2% de germinação, respectivamente. Os herbicidas testados foram compatíveis,

Cletodim 80,5%, Haloxifope-r éster metílico 84,5%, Sal de dimetilamina do ácido

diclorofenoxiacético (2,4-D) 85,2%, Glifosato 86,2% e Dicloreto de Paraquate 87,2%.

Os inseticidas incompatíveis foram Tiametoxam, que inibiu a germinação de

conídeos, e Lambda-cialotrina com 0,4% de germinação. Imidacloprid com 79,4% e

Acefato com 86,2% de germinação foram classificados como compatíveis.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Bioinseticida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

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154

Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de

conídios de Purupureocillium lilacinum

Raquel Andrade Sá; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Marilda J.

Silva; Matheus G. Ferreira3; Sandra Schkalei; Izabeli I. Santos

Innova LTDA

No Brasil o fungo Purpureocillium lilacinum têm sido utilizado com sucesso no

controle de pragas de solo como nematóides do gênero Meloidogyne. No manejo

integrado é de interesse aplicá-lo juntamente com outros defensivos de uso agrícola.

Porém a incompatibilidade de muitos desses produtos pode prejudicar a ação desse

bioagente. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos químicos de uso agrícola,

sobre o fungo P. lilacinum (isolado PUR 17/09). Uma suspensão de

3,4x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas

concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em

lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após

20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%.

Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem

de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de

germinação em relação a testemunha (100%) para a faixa de 0 a 30% o produto é

considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é

considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado

compatível. Os fungicidas testados foram muito tóxico, sendo que Mancozebe e

Trifloxistrobina + Protioconazol inibiram a germinação dos conídios, Trifloxistrobina +

Ciproconazol e Azoxistrobina + Benzovindiflupir apresentaram 3,8% e 7,4% de

germinação, respectivamente. Todos os herbicidas foram compatíveis, Glifosato

85%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 82,5%, Cletodim

77,5%, Haloxifope-r éster metílico 77,5% e Dicloreto de Paraquate 75,7% Entre os

inseticidas, foram compatíveis Acefato 79% e Imidacloprid 77,6%, por outro lado,

Tiametoxam 0% e Lambda-cialotrina 0,4% foram muito tóxico.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Bionematicida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

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155

Bacillus thuringiensis sublethal effects (Bacillales: Bacillaceae) in

Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae)

Helvio C. Costa Jr.; Kelly C. Gonçalves; Giovani Smaniotto; Ricardo A.

Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil

Bacillus thuringiensis (Eubacteriales: Bacillales) (Bt) is an entomopathogen widely

used in pest control, but there is lack of knowleadge about its effects on larvae at

sublethal concentrations, which may occur in the field due to the difference in

distribution of the application along the plant canopy of the crops or differences in

toxin concentration in Bt plants. The objective of this research was to evaluate the Bt

sublethal effect on Helicoverpa armigera larvae (Hübner, 1805) (Lepidoptera:

Noctuidae). In this study, the Dipel biopesticide was used in the SC formulation, at

concentrations of 3,67 x 106; 6,85 x 106; 6,85 x 107; 1,37 x 108 and 6,85 X 108

spores mL, in addition to the control treatment, in which it received application of only

deionized water to install the bioassay, to estimate the sublethal concentrations. The

concentrations (75 μL) were applied at the surface of artificial dropped in plastic

recipients (2,5 cm Æ) diet and 60 first instar larvae in three replicates were used for

each concentration. Probit analysis (Polo PC) was used to estimate lethal

concentrations. LC10, LC15, LC20 and LC25, which are considered sublethal

concentrations because they present a mortality below 25%. Later, another bioassay

was installed to evaluate some biological parameters, such as: larvae length and

weight, pupae weight and sexual ratio. All the concentrations showed a significant

increase in the larval lenght, mainly LC25 with the period reaching more than 36

days. There were also significant differences in the larvae and pupae weight. Only

LC10 concentration showed no significant difference compared to the control in the

pupae weight. Sublethal Bt concentrations are capable of interfering in the

development of H. armigera and may contribute to reduce the damage caused by

this pest.

Palavras-Chave: biopesticide

Apoio Institucional: FCAV/UNESP

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156

Suscetibilidade de diferentes instares de Chrysodeixis includens

(Lepidoptera: Noctuidae) a Cry1Ac

Ariadne C. Sanches; Maria H. Zanetti; Tamires D. de Souza; Natalia D. Danzi;

Matheus H. T. G. Borges; Janete A. Desidério; Ricardo A. Polanczyk

¹Universidade de São Paulo - USP, Campus Ribeirão Preto - SP, Brasil. E-mail:[email protected]

²Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil

Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como

lagarta-falsa-medideira, é uma das mais importantes espécies praga devido a sua

elevada polifagia e voracidade. Em virtude da intensa utilização de inseticidas

químicos para o seu controle, populações tem desenvolvido resistência, sendo

necessário a utilização de outras formas de controle, como por exemplo, a bactéria

Bacillus thuringiensis Berliner (Eubacteriales: Bacillaceae) (Bt), que possui elevada

especificidade e seletividade e menor pressão de seleção. A toxina Cry1Ac,

presente em bioinseticidas a base de Bt e plantas Bt, é uma das mais virulentas para

lepidópteros praga, entretanto, há relatos de diferenças na suscetibilidade entre os

estádios larvais, com menor mortalidade de lagartas de últimos instares do que nos

primeiros instares. O objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade de quatro

instares de C. includens a Cry1Ac com estimativas da Concentração Letal Média

(CL50). Uma alíquota (75 μL) das seis concentrações da toxina foram aplicadas com

micropipeta na superfície de dieta artificial previamente distribuída em recipientes

plásticos (2,5 cm Æ), para o qual foi transferida uma lagarta de cada instar. No total

foram utilizados 48 espécimes em três repetições por tratamento. No sétimo dia

após a aplicação foi avaliada a mortalidade e a CL50 foi estimada pela análise Probit

(P>0,05) (POLO-PC). A CL50 aumentou cerca de 10 vezes entre o primeiro (2,34

ng.cm-2), segundo (22,46 ng.cm-2) e terceiro (267,48 ng.cm-2) instares. Essa

diferença foi de cerca de150 vezes entre o primeiro e quarto instares (337,01 ng.cm-

2), porem a CL50 foi semelhante entre o terceiro e quarto instares. As diferenças de

suscetibilidade entre os estádios larvais de C. includens à toxina Cry1Ac podem ser

devidas a diferenças qualitativas e quantitativas nos receptores presentes no

intestino médio, dissolução do cristal pelo pH intestinal e ativação da protoxina por

proteases.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; pragas da soja; controle microbiano

Apoio Institucional: CAPES, CNPq

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Eficiência de Controle do Percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis

com Fungos Entomopatogênicos em Amendoim

Rodolfo O. Rincão; Maycon Ferraz; Cíntia M.F. Mendes; Ítalo A. Lima; José E.M.

Almeida; Marcos D. Michelotto

Graduando em Agronomia na Unirp, Bolsista Pibic CNPq/Apta, Polo Centro Norte, Pindorama, SP, e-

mail: [email protected]; 2.Laboratório de Controle Biológico, Instituto Biológico, Campinas,

SP; 3.Apta, Polo Centro Norte, Pindorama, SP

O percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Hemiptera: Cydnidae), vem aumentando

sua importância como praga de solo na cultura do amendoim no Brasil. Ninfas e

adultos atacam as vagens das plantas inviabilizando os grãos para sua

comercialização. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de isolados de

Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin no

controle do percevejo-preto em amendoim. Para isso, foram instalados três

experimentos utilizando a cultivar IAC OL3, em blocos casualizados, com quatro

repetições, em três localidades do Estado de São Paulo: Pindorama, Ribeirão Preto

e Votuporanga. Os experimentos continham quatro tratamentos: testemunha (sem

controle); B. bassiana (IBCB 66); M. anisopliae (IBCB 425), ambos na dosagem de

5x1012conídios ha-1 e Fipronil + Alfacipermetrina (2 litros ha-1). As aplicações foram

realizadas aos 90 dias após a semeadura (DAS) com volume de calda de 100 litros

ha-1 e ponta de pulverização do tipo jato sólido. Na colheita aos 130 DAS foi

avaliado o número de percevejos (ninfas + adultos) através de trincheira de 50x30

cm e 15 cm de profundidade e avaliado o percentual de grãos com danos do

percevejo em amostra de 50 cm de linha de plantas em cada parcela. Na ausência

de controle os insetos variaram de 13,0 a 30,0 por trincheiras na testemunha na

média dos locais avaliados. O tratamento utilizando M. anisopliae apresentou

redução na ocorrência do percevejo apenas Votuporanga com 20,3% de redução. Já

o tratamento com B. bassiana apresentou redução no número de insetos em

Ribeirão Preto e Votuporanga com reduções de 44,2 e 89,8%, respectivamente. Já

os inseticidas sintéticos promoveram redução acima de 90% no número de insetos

em todos os locais. Já os danos ocasionados pelo percevejo sofreram reduções

principalmente nos tratamentos utilizando B. bassiana (20,4%) e inseticidas

sintéticos (64,9%). Conclui-se que B. bassiana possui potencial para controle de C.

mirabilis.

Palavras-Chave: Arachis hypogaea L.; Cydnidae; praga-de-solo

Apoio Institucional: Fundag

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Seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus

Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae)

Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F.

Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a pupas de

Telenomus remus em laboratório, seguindo protocolo adaptado ao proposto pela

Organização Internacional de Organismos Benéficos para o Controle Biológico

(IOBC). Os entomopatógenos avaliados foram: Baculovírus anticarsia (Baculovirus

AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), Bacillus thuringiensis var.

aizawai (Agree®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana

(Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum

(Trichodermil®). Como testemunhas utilizou-se água (testemunha positiva) e

clorpirifós (testemunha negativa). Cartelas de 3 cm2, com 150 ovos de Spodoptera

frugiperda J. E. Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) foram oferecidas, para

oviposição de fêmeas T. remus recém-emergidas, permitindo-se o parasitismo por

24 h. Em seguida, as cartelas foram transferidas para tubos de vidro (2,5 cm de

diâmetro x 8 cm de altura) até a aplicação dos tratamentos. Então, os tratamentos e

testemunhas foram pulverizados, nas dosagens comerciais, sobre cartelas de ovos

parasitados (1 cartela por repetição), iormente alocadas em gaiolas para

emergência. Após emergência dos adultos, novas cartelas com ovos de S.

frugiperda foram oferecidas para o parasitismo. Os parâmetros avaliados foram:

viabilidade de pupas pulverizadas e do parasitismo e porcentagem de parasitismo da

progênie. Os entomopatógenos não causaram efeitos negativos nos parâmetros

biológicos avaliados, sendo classificados como seletivos a pupas de T. remus.

Apenas clorpirifós foi classificado como nocivo por afetar negativamente a

sobrevivência do parasitoide. Sendo assim, T. remus e os entomopatógenos

testados podem ser associados com sucesso no manejo integrado de pragas (MIP).

Porém, conforme já definido em outros estudos e por outros laboratórios, aplicações

de clorpirifós causam efeito nocivo ao parasitoide avaliado e devem ser evitadas

sempre que possível.

Palavras-Chave: Controle biológico; MIP; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera:

Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos

Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F.

Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

O trabalho objetivou avaliar a preferência de parasitismo de Telenomus remus

Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) a ovos de Spodoptera frugiperda J. E.

Smith, 1797 quando pulverizados com diferentes entomopatógenos. Os ovos foram

pulverizados com a dose comercial dos seguintes entomopatógenos: Baculovirus

anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), B.

thuringiensis var. aizawai (Agree®), B. thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria

bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum

(Trichodermil®),. Para testemunhas utilizou-se água (controle negativo) e clorpirifós

(controle positivo). No ensaio 1 (E1), com chance de escolha, os ovos foram

pulverizados com os entomopatógenos e com as testemunhas. No ensaio 2 (E2),

sem chance de escolha, os ovos foram pulverizados somente com os

entomopatógenos. Logo após a pulverização em E1 e E2, os ovos foram oferecidos

para as fêmeas de T. remus durante 24 horas. Para E1 e E2, a primeira cartela foi

avaliada um dia após a pulverização (1 DAP) e no segundo dia, outra cartela foi

oferecida às fêmeas, e esta avaliada no segundo dia após a pulverização (2 DAP).

Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de parasitismo e viabilidade do

parasitismo 1DAP e 2DAP. No E1, os entomopatógenos testados foram

classificados como inócuos (classe 1) em 1DAP e 2DAP. Já no E2, apenas o

entomopatógeno B. thuringiensis var. kurstaki foi classificado como levemente

nocivo (classe 2) em 2DAP. Apenas clorpirifós foi classificado entre moderadamente

nocivo (classe 3) e nocivo (classe 4). Esses resultados permitem concluir que T.

remus e os entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no

manejo integrado de pragas (MIP), dando mais flexibilidade e opções de uso de

controle biológico. Entretanto, aplicações de clorpirifós devem sempre evitadas

quando possível pelo seu efeito nocivo.

Palavras-Chave: Controle biológico aumentativo; Controle microbiano; Parasitoide

de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

Page 160: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)

(Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos

Rosemeire S. Oliveira1; Vanessa S. da Palma1; Luana S. Guesdes1; Rozimar

C. Pereira2

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e

Biológicas. Rua Rui Barbosa 710. Centro – Cruz das Almas – BA; CEP: 44380-000. E-mail:

[email protected] da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia,

Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Rua Rui Barbosa 710. Centro – Cruz das

Almas – BA; CEP: 44380-000. E-mail:[email protected]

A cigarrinha-do-pedúnculo ou cigarrinha-das-fruteiras Aethalion Reticulatum

(Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) é um inseto sugador, cujos adultos

medem em torno de 10 mm de comprimento, de cor marrom ferrugínea. É um inseto

que se alimenta da seiva de várias espécies, atacando folhas e ramos de inúmeras

plantas cultivadas e nativas, tais como ipê-de-jardim, sombreiro, flamboyant, acácia-

negra, algodoeiro, aroeira, cafeeiro, eucalipto, citros, etc. Este inseto vem causando

danos a várias espécies arbóreas usadas na arborização urbana, assim o uso de

controle biológico pode ser a única saída de controle deste inseto em áreas urbanas.

Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balls.) Vuill e Metarhizium

anisopliae (Metsc) Sorok são considerado um eficiente agente para o controle

biológico. Como não existem pesquisas sobre a suscetibilidade de A. Reticulatum a

entomopatógenos, esse trabalho visou estudar a ação dois isolados dos fungos

sobre ninfas desse inseto, com o objetivo de selecionar um isolado de alta

patogenicidade, para possível emprego no controle do inseto. Ninfas de 5o ínstar de

A. Reticulatum foram coletadas em ipê-de-jardim e transferidas para mudas de Ipê-

de-jardim com cinco meses de idade. Foram utilizados 40 insetos por planta e cinco

repetições por tratamento para cada fungo. Em seguida, mudas infestadas com as

ninfas foram pulverizadas com o auxílio de pulverizador manual com 5 mL da

suspensão, com as concentração de 2 x 107 conídios/mL para B. bassiana (isolados

UFR 11 e UFR 31) e 1,8 x 106 conídios/mL para M. anisopliae (isolados UFR 66 e

UFR 08), com o auxílio de pulverizador manual tipo “Air Brush”, tenho como água a

testemunha + Tween 0,01%. Diariamente, até o 15 dia foram avaliadas, registrando-

se o número de insetos mortos em cada tratamento. Os isolados de B. bassiana e

de M. anisopliae foram patogênicos para A. Reticulatum com seus valores de

mortalidade incrementando a partir do terceiro dia e com a maior taxa de

mortalidade ocorrendo ao quarto e quinto dias após a inoculação. Para B. bassiana

os dois isolados apresentaram valores de mortalidade corrigida no 5º dia entre 69 e

71%. Quanto a M. anisopliae os isolados apresentaram valores superiores a 80% de

mortalidade no quarto dia.

Palavras-chave: Cigarrinha, patogenicidade, controle microbiano Suscetibilidade

de Aethalion

Apoio Institucional: ABAAF

Page 161: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Suscetibilidade de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a diferentes

isolados de Cordyceps javanica em feijoeiro

Sara A. G. de Souza; Heloiza A. Boaventura; José Francisco A. Silva; Eliane D.

Quintela

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

O fungo Cordyceps javanica tem exercido importante papel como agente de

mortalidade natural de Bemisia tabaci MEAM1. O objetivo deste trabalho foi

comparar a virulência dos isolados 01,02, CNPAF 46 e 48 de C. javanica, coletados

de ninfas de mosca-branca em epizootias. Plantas de feijão (três plantas/vaso)

contendo ninfas de 2º ínstar foram pulverizadas com 5 × 106 e 5 × 107 conídios mL-1

de cada isolado utilizando um aerógrafo manual com abertura de bico de 0,25 mm e

pressão de trabalho de 10 PSI. As testemunhas foram tratadas somente com Tween

80 a 0,01%. As plantas foram mantidas em casa telada na Embrapa Arroz e Feijão

durante toda a condução do experimento. As temperaturas variaram de 18,7 a 39,0

ºC (média de 25,2ºC) e as umidades relativa de 38,5 a 98,0 % (média 77,3%). As

avaliações de ninfas vivas e mortas foram realizadas diariamente do 3º ao 7º dia em

uma folha primária de feijão por repetição em quatro repetições por tratamento. Após

avaliações, as folhas foram mantidas em B.O.D. a 26 ºC, 80-90% UR com 12 h de

fotofase para confirmação da mortalidade pelo fungo. O modelo regressão não linear

Log-logístico foi utilizado para estimar o TL50. A proporção de ninfas mortas e

infectadas pelo fungo foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. Após 7

dias, a porcentagem de ninfas mortas foi significativamente semelhante entre os

isolados a 5 × 106 conídios/mL (variação de 17,9 a 21,9%), mas todos diferiram da

testemunha (0,70%). A 5 × 107 conídios/mL, o isolado 02 matou significativamente

menos ninfas (46,6%) quando comparado com os isolados 01, CNPAF 46 e 48

(79,1, 69,6 e 79,6%, respectivamente). O TL50 foi significativamente maior para o

isolado 02 (7,5 dias) em comparação ao 01, CNPAF 46 e 48 (5,8, 6,1 e 4,8 dias,

respectivamente). Ensaios rotineiros para a seleção dos melhores isolados de

fungos entomopatogênicos são necessários pois existem diferenças entre eles

quanto à virulência à mosca-branca.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; mosca-branca; virulência

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas, MG)

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Aprimoramento do método de fermentação líquida de Trichoderma

asperelloides

Taisa P Gomes; Celeste P. D’Alessandro; Italo Delalibera Jr; Juliana P. Braga;

Josegueri Celeri

Vital Force

Dentre os agentes biológicos, os fungos do gênero Trichoderma encontram-se entre

os mais comercializados no Brasil, sendo empregados com sucesso no controle de

fitopatógenos e, também, na promoção de crescimento de plantas. O isolado

ESALQ-2913 de Trichoderma asperelloides pertencente à coleção “Sérgio Batista

Alves” do Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, ESALQ-USP

foi selecionado devido a sua elevada produção de conídios e sua ação antagonista

aos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum e Rhizotocnia solani. Com o objetivo de

desenvolver um bioproduto a base de T. asperelloides ESALQ-2913 foi necessário

aumentar a escala de produção usando novas metodologias de fermentação em

meios líquidos. O inóculo fúngico foi multiplicado em placas de Petri contendo meio

BDA comercial e incubado em câmara climatizada a 26 ± 1°C e 12 horas de fotofase

por 5 dias. A fermentação líquida do isolado selecionado foi conduzida em frascos

de vidro denominados “baffled flasks” de 250 mL usando sete meios de cultura:

Czapek, Czapek – Dox modificado, Jackson (2, 4 e 6 modificado), Adamek

modificado e Song. Em cada frasco foi transferido 45 mL de cada meio liquido (pH=

5,5) e 5 mL de inóculo contendo 5 x 105 conídios/mL (10% v/v). Os frascos foram

mantidos sob agitação orbital com rotação de 350 rpm durante 7 dias à temperatura

de 28°C com 12 horas de fotoperíodo. De modo geral, em todos os meios testados

foi observada a produção em diferentes proporções de hifas, conídios submersos,

clamidósporos e microescleródios. Os meios de cultura Czapek – Dox modificado e

Song induziram a maior produção de conídios submersos, e a maior produção de

microescleródios foi observada nos meios Jackson 4 e 6 modificado. Os resultados

permitiram identificar os melhores meios de cultura para cada propágulo fúngico de

T. asperelloides ESALQ-2913.

Palavras-Chave: Biofungicida; Produção Massal; Bioprodução

Apoio Institucional: Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior

de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Page 163: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

163

UV-B Tolerance and Conidiogenesis of Metarhizium anisopliae

Maintained in the Laboratory or Under Natural Conditions

Thaís A. Corrêa; Emily M. da Silva; Amanda R. da C. Corval; Victória S. Bório;

Gabriela E.C.N. Gomes; Vânia R.E.P. Bittencourt; Patrícia S. Gôlo

Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Instituto de Veterinária, Universidade Federal

Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rodovia Br 465, Km 7, Seropédica. RJ. CEP 23897-000 Brazil

The aim of the present study was to analyze the UV-B tolerance of a native

Metarhizium anisopliae Sorokim (Clavicipitaceae) isolate (LCM S04) and evaluate its

conidiogenesis comparing colonies maintained in an artificial medium at the

laboratory or in the soil covered with grass under natural conditions. LCM S04 was

cultivated in sterile rice for 15 days. An aqueous conidial suspension was used as the

start point for the colonies kept in the laboratory and for the suspension used to treat

the grass soil outside the laboratory. In the laboratory, conidia from the rice were

cultured in potato dextrose agar artificial medium with 0.01% yeast extract in the dark

at 28 ± 1ºC for 14 days. Plates were then placed in the refrigerator (8ºC) for 16 days

(day 30). At day 31, conidia were transferred to a new PDA plate starting a new

cycle. The experiment in the laboratory was finished on day 90. At the same time and

for the same period (i.e., 90 days), in the environment, the suspension was used to

treat sterile soil covered with Brachiaria decumbens Stapf (Gramineae). After 90

days, soil samples were processed for recovery of the fungal isolate’s colonies.

Fourteen days-old colonies maintained in the laboratory exhibited an average of 1,4

× 108 conidia cm-2, while the colonies recovered from the soil produced significantly

fewer conidia (4,1 × 107 conidia cm-2) (P<0.05). There was no difference (P>0.01) in

the UV-B tolerance (total dose of 4 kJ m-2) of conidia from colonies maintained on

artificial medium or in the soil under natural conditions. We suggested that the

reduction in conidia production was due to stressful conditions mediated by

environmental factors such as high temperature and UV irradiation. Understanding

the response of entomopathogenic fungi under natural conditions in comparison to

laboratory conditions is fundamental to drive better strategies for fungal propagules

production and application in the field.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; biological control; conidia

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -Finance Code 001,

National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), and

Foundation for Research Support of the State of Rio de Janeiro (FAPERJ)

Page 164: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Potencial inseticida de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp.

ENT-21 sobre Spodoptera frugiperda

Thiago Trevisoli Agostini; Guilherme Duarte Rossi

Universidade Federal de Lavras

As quitinases são enzimas com ação de hidrólise sobre quitina e podem interferir no

desenvolvimento de pragas, visto que esse polímero constitui estruturas como a

cutícula e a membrana peritrófica dos insetos. Com isso, avaliaram-se os efeitos de

um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre o desenvolvimento de

lagartas neonatas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera:

Noctuidae), um importante inseto praga da cultura do milho. O extrato quitinolítico foi

produzido a partir do cultivo da actinobactéria Streptomyces sp. ENT-21 em meio

contendo quitina. Neonatas de S. frugiperda foram colocadas em poços de uma

placa de cultivo de células contendo uma porção de 5 g de dieta artificial baseada

em feijão cozido e farelo de soja juntamente com 200 µL do extrato quitinolítico de

Streptomyces sp. ENT-21. O desenvolvimento das lagartas na presença do extrato

foi realizado em condições controladas. Parâmetros biológicos como mortalidade,

período larval, ganho de peso das lagartas e peso de pupas com 24h após a

formação foram avaliados. Ensaios controle contendo H2O deionizada autoclavada e

o extrato quitinolítico fervido (sem atividade) foram realizados. Os tratamentos foram

replicados com 8 repetições, sendo um grupo de 12 lagartas considerado uma

repetição. As médias obtidas foram submetidas a análise de variância (ANOVA) e

comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). O extrato quitinolítico produzido resultou

na interferência do desenvolvimento larval de S. frugiperda, no aumento da

mortalidade e na redução do ganho de peso das lagartas em relação ao tratamento

controle. Os resultados indicam que o extrato quitinolítico produzido pelo cultivo de

Streptomyces sp. ENT-21 possui atividade inseticida sobre lagartas de S. frugiperda

e que a atividade quitinolítica é um fator importante para a atividade inseticida do

extrato.

Palavras-Chave: Biotecnologia; Controle de insetos; Quitinase

Apoio Institucional: CNPq

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Primeiro Registro de Isaria sp. em lagartas de Palpita forficifera

Tiago Scheunemann; Alexandra P. Krüger; Daniel Ricardo Sosa-Gómez; Mirtes

Melo; Daniel Bernardi; Dori E. Nava

Programa de Pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil,

96010900

No Brasil, a lagarta-da-oliveira, Palpita forficifera Munroe 1959 (Lepidoptera:

Crambidae) é considerada a principal praga da oliveira [Olea europaea Lineu, 1753

(Oleaceae)]. Devido ao avanço do cultivo com a cultura, estudos sobre biologia,

comportamento e controle de P. forficifera estão sendo realizados. No aspecto de

controle natural desta espécie, tem sido verificada a ocorrência de predadores e

parasitoides de lagartas e até então não se conhecia relatos da ação de

entomopatógenos. Durante a safra agrícola 2018/2019, em pomar de oliveira,

localizado na Estação Experimental Cascata (31° 31' 15'' S; 52º 31' 24'' W) foram

coletados ramos com folhas. Estes foram levadas para laboratório (25 ± 1ºC, 70 ±

10% UR e 14 horas de fotofase) e, acondicionados em caixas plásticas (40L). Foi

observada, após 15 dias, a presença de 20% de lagartas mumificadas que

apresentavam o corpo parcial ou totalmente coberto por um fungo de coloração

esbranquiçada. Frente a isso, os insetos foram transferidos para câmara úmida até o

completo desenvolvimento do entomopatógeno. Após os conídios da superfície das

lagartas foram transferidos para placas de Petri (9,0 cm de diâmetro) contendo meio

BDA (Batata, Dextrose e Agar), acrescido de antibiótico, sendo incubadas em

câmara climatizada a 26°C. Decorrido 5 dias, foi realizada a purificação do fungo a

partir das colônias formadas na superfície do meio a fim de se obter culturas puras.

Posteriormente, estas foram transferidas para tubos de ensaio contendo o meio BDA

e enviados para a realização da identificação com ajuda do especialista/taxonomista

da área de estudo. Aliado a isso, foi caracterizado morfologicamente que o fungo

pertence ao gênero Isaria (Ascomycota: Hypocreales: Cordycipitaceae). Entretanto,

a identificação a nível específico depende de amplificação e sequenciamento

genético, o qual será realizado futuramente. Este é considerado o primeiro relato de

fungo do gênero Isaria infestando lagartas de P. forficifera a campo.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; lagarta-da-oliveira; controle biológico

Apoio Institucional: CAPES

Page 166: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

166

Atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus

heros (Fabr.) (Hemiptera: Pentatomidae)

Tiago T. Ferreira; Mayara F. da S. Santana; Luis F. A. Alves; Andréia K. Bonini;

Bruno V. Neves

Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel,

PR

O percevejo-marrom-da-soja, praga primaria da cultura de soja no Brasil ocorrem na

cultura desde a fase vegetativa e são prejudiciais do início da formação das vagens

até a maturação dos grãos, diminuindo a produção e a qualidade dos mesmos.

Atualmente o método mais utilizado no controle de pragas é o químico, porém

podem ocasionar entre outros problemas, contaminação ambiental, intoxicação do

aplicador e resistência dos insetos alvo ao inseticida. Assim, o objetivo desse

trabalho foi verificar a atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus

heros. Adultos de E. heros foram imersos em suspensões de 23 isolados de B.

bassiana (1x109 conídios/ml), durante 10 segundos sob agitação, sendo 14 insetos

por repetição, repetindo-se 5 vezes cada tratamento. Em seguida, foram mantidos

em potes plástico de 500 ml a 26C° ± 2C°, 60% de U.R ± 10% e 14h de fotofase por

12 dias, avaliados diariamente. Os insetos mortos foram mantidos em câmara úmida

para confirmação da morte pelo fungo. Os isolados Unioeste 76 e Unioeste 77 foram

os de maior atividade (mortalidade confirmada superior a 95%) e foram comparados

entre si, em ensaio de pulverização sobre os insetos (1 ml nas concentrações de

107, 108 e 109 conídios/ml, utilizando-se do mesmo delineamento e metodologia de

avaliação do ensaio de imersão). Além disso, os cadáveres obtidos no tratamento de

109 conídios/ml foram submetidos à quantificação da produção de conídios/cadáver.

Todos os isolados foram patogênicos. O isolado Unioeste 76 pulverizado na

concentração 1×109 conídios/ml causou mortalidade confirmada de 74% diferindo

significativamente das demais concentrações. Já o isolado Unioeste 77, não

apresentou diferença significativa entre as concentrações de 1×108 e 1×109

conídios/ml, com mortalidades de 54 e 70% respectivamente. Além disso, os

isolados Unioeste 76 e 77 não apresentaram diferença significativa quanto à

produção de conídios/cadáver, com média de 19,5 e 11,9×107 conídios/cadáver

respectivamente.

Palavras-Chave: Controle biológico; fungos entomopatogênicos; percevejo-marrom-

da-soja

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

Page 167: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

167

Atividade de isolados fungicos sobre Pappista granicollis (Pierce,

1916) (Coleoptera: Curculionidae)

Tiago T. Ferreira; Mayara F. da S. Santana; Vanda Pietrowski; Luis F. A. Alves;

Bruno V. Neves

1Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel

O ataque da cultura da mandioca por artrópodes é muito citado na literatura,

principalmente se tratando de pragas primárias, porém pouco aprofundado para

pragas de menor importância, como o caso da broca-da-haste, o que se torna um

problema quando a incidência da praga aumenta, assim como sua população e

danos. Nesse sentido, aliado ainda ao fato de uma mudança comportamental de P.

granicollis em algumas localidades, esse trabalho tem como objetivo testar métodos

biológicos de controle da praga. Para isso foram realizados bioensaios de seleção

com três isolados de fungos entomopatogênicos, sendo eles: IBL 4425 (Metarhizium

anisopliae), Unio 101 (Beauveria bassiana) e Unio 100 (B. bassiana). Os fungos

foram multiplicados isoladamente em meio de cultura M.E, incubados durante 7 dias,

e na sequência raspados em tudo de vidro tipo chato. Para a realização do

bioensaio, os isolados foram diluídos em água destilada estéril com 0,01 % de

Tween 80® até a concentração de 1x109 conídios/ml, e aplicados sobre 10 insetos

por repetição, com 5 repetições por isolado, em suspensão de 2ml. Os insetos foram

mantidos imersos durante 10 segundos sob agitação constante, e seguida,

transferidos para gaiolas plásticas alocadas em sala de incubação (25±0,5°C e 12

horas de fotofase). Como controle, foi utilizado apenas à imersão dos insetos em

água + tween. As avaliações ocorreram diariamente, durante 20 dias, sendo os

insetos mortos higienizados em álcool 70%, seguido de hipoclorito de sódio 2,5% e

água destilada, e posteriormente distribuídos sobre papel filtro em placas de Petri,

arranjadas em câmara úmida. Essas câmaras foram mantidas em BOD durante 5

dias para confirmação da morte pelo patógeno. Os isolados apresentaram

mortalidade média confirmada na ordem de 4, 12 e 18% respectivamente,

mostrando que o inseto apresenta susceptibilidade a fungos entomopatogênicos,

sendo uma alternativa do controle da praga, no entanto é necessário a continuidade

da seleção de novos isolados.

Palavras-Chave: Controle biológico; fungos entomopatogênicos; broca-da-haste

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Fundação Araucária

Page 168: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

168

Uso da Chromobacterium subtsugae no manejo da Chrysodeixis

includes

Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowski; Leidiane C. Carvalho; Willian Ribeiro

de Carvalho; Claudecir Catilho Martins; Letícia Zanachi

UNIOESTE

Chrysodeixis includens passou a ser um inseto praga importante para a cultura da

soja (Glycine max), ocasionado sérios danos econômicos. É um inseto polífago com

capacidade de se desenvolver em 73 plantas hospedeiras. Visando diminuir o uso

de defensivos químicos no manejo desta espécie, alguns agricultores têm produzido

e utilizado insumos biológicos produzidos no sistema on Farm, dentre eles a bactéria

Chromobacterium subtsugae. Muito se questiona sobre esse sistema de produção e

a efetiva eficiência dos bioinseticidas produzidos. Neste sentido, este trabalho teve

como objetivo avaliar a eficiência desta bactéria, produzida nos moldes do sistema

on Farm no controle de C. includens. O experimento foi conduzido no Laboratório de

Entomologia da Unioeste. As lagartas utilizadas no experimento eram procedentes

de criação de laboratório mantida com dieta artificial até o terceiro instar, em

temperatura de 25± 2º C, UR 70±10%. O delineamento experimental utilizado foi

DBC, em esquema fatorial, com cinco doses e duas formas de aplicação, com 20

repetições sendo 5 lagartas por repetição. 40, 30, 20, 10, e 0 mL da solução da

bactéria por litro de calda, considerando a dose utilizada pelos agricultores de 4 litros

por hectares. A aplicação foi feita diretamente no tegumento da lagarta e

indiretamente, sobre a dieta, feita com auxílio de micropipeta. Foi aplicado 20 µL de

cada dosagens. Após 2 dias de contato com a bactéria, as lagartas foram

individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras e ofertado

alimento sem aplicação da bactéria. Diariamente, por um período de 30 dias, foi

realizada a avaliação do número de lagartas vivas e mortas. Os resultados obtidos

indicaram que não houve eficiência de controle da lagarta nos moldes que o

experimento foi realizado. Chrysodeixis includens passou a ser um inseto praga

importante para a cultura da soja (Glycine max), ocasionado sérios danos

econômicos. É um inseto polífago com capacidade de se desenvolver em 73 plantas

hospedeiras. Visando diminuir o uso de defensivos químicos no manejo desta

espécie, alguns agricultores têm produzido e utilizado insumos biológicos produzidos

no sistema on Farm, dentre eles a bactéria Chromobacterium subtsugae. Muito se

questiona sobre esse sistema de produção e a efetiva eficiência dos bioinseticidas

produzidos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência desta

bactéria, produzida nos moldes do sistema on Farm no controle de C. includens. O

experimento foi conduzido no Laboratório de Entomologia da Unioeste. As lagartas

utilizadas no experimento eram procedentes de criação de laboratório mantida com

dieta artificial até o terceiro instar, em temperatura de 25± 2º C, UR 70±10%. O

delineamento experimental utilizado foi DBC, em esquema fatorial, com cinco doses

Page 169: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

169

e duas formas de aplicação, com 20 repetições sendo 5 lagartas por repetição. 40,

30, 20, 10, e 0 mL da solução da bactéria por litro de calda, considerando a dose

utilizada pelos agricultores de 4 litros por hectares. A aplicação foi feita diretamente

no tegumento da lagarta e indiretamente, sobre a dieta, feita com auxílio de

micropipeta. Foi aplicado 20 µL de cada dosagens. Após 2 dias de contato com a

bactéria, as lagartas foram individualizadas em copos plásticos de 500mL com

tampas perfuras e ofertado alimento sem aplicação da bactéria. Diariamente, por um

período de 30 dias, foi realizada a avaliação do número de lagartas vivas e mortas.

Os resultados obtidos indicaram que não houve eficiência de controle da lagarta nos

moldes que o experimento foi realizado.

Palavras-Chave: Sistema de produção on Farm; controle biológico; falsa-medieira

Apoio Institucional: UNIOESTE

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Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)

(Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos

Rosemeire S. Oliveira; Vanessa S. da Palma; Luana S. Guedes1; Rozimar C.

Pereira

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas.

Rua Rui Barbosa, 710. Centro – Cruz das Almas – BA, CEP: 44380-000. E-mail:

[email protected]

A cigarrinha-do-pedúnculo ou cigarrinha-das-fruteiras Aethalion Reticulatum

(Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) é um inseto sugador, cujos adultos

medem em torno de 10 mm de comprimento, de cor marrom ferrugínea. É um inseto

que se alimenta da seiva de várias espécies, atacando folhas e ramos de inúmeras

plantas cultivadas e nativas, tais como ipê-de-jardim, sombreiro, flamboyant, acácia-

negra, algodoeiro, aroeira, cafeeiro, eucalipto, citros, etc. Este inseto vem causando

danos a várias espécies arbóreas usadas na arborização urbana, assim o uso de

controle biológico pode ser a única saída de controle deste inseto em áreas urbanas.

Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balls.) Vuill e Metarhizium

anisopliae (Metsc) Sorok são considerado um eficiente agente para o controle

biológico. Como não existem pesquisas sobre a suscetibilidade de A. Reticulatum a

entomopatógenos, esse trabalho visou estudar a ação dois isolados dos fungos

sobre ninfas desse inseto, com o objetivo de selecionar um isolado de alta

patogenicidade, para possível emprego no controle do inseto. Ninfas de 5o ínstar de

A. Reticulatum foram coletadas em ipê-de-jardim e transferidas para mudas de Ipê-

de-jardim com cinco meses de idade. Foram utilizados 40 insetos por planta e cinco

repetições por tratamento para cada fungo. Em seguida, mudas infestadas com as

ninfas foram pulverizadas com o auxílio de pulverizador manual com 5 mL da

suspensão, com as concentração de 2 x 107 conídios/mL para B. bassiana (isolados

UFR 11 e UFR 31) e 1,8 x 106 conídios/mL para M. anisopliae (isolados UFR 66 e

UFR 08), com o auxílio de pulverizador manual tipo “Air Brush”, tenho como água a

testemunha + Tween 0,01%. Diariamente, até o 15 dia foram avaliadas, registrando-

se o número de insetos mortos em cada tratamento. Os isolados de B. bassiana e

de M. anisopliae foram patogênicos para A. Reticulatum com seus valores de

mortalidade incrementando a partir do terceiro dia e com a maior taxa de

mortalidade ocorrendo ao quarto e quinto dias após a inoculação. Para B. bassiana

os dois isolados apresentaram valores de mortalidade corrigida no 5º dia entre 69 e

71%. Quanto a M. anisopliae os isolados apresentaram valores superiores a 80% de

mortalidade no quarto dia.

Palavras-Chave: Cigarrinha; patogenicidade; controle microbiano

Apoio Institucional: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Page 171: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

171

Eficiência da cepa 1603B de Bacillus thuringiensis e seu produto

comercial no controle de lepidópteros-praga

Vinícius A. S. dos Santos; Karine S. Carvalho; Karolay G.R.; Gabriel H. F.

Nunes; Nivea A.M. Evangelista; Emanuelle V. D'Ascenção; Frederick M. Aguiar;

Fernando H. Valicente

Universidade Federal de São João del-Rei

Uma alternativa para o controle de insetos-praga é o uso da bactéria Bacillus

thuringiensis. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência de um produto

comercial a base de Bt e sua cepa original (suspensão), quanto a mortalidade de

lepidópteros-praga. Os bioensaios foram conduzidos na Embrapa Milho e Sorgo,

utilizando seis espécies de lagartas (Spodoptera frugiperda, S. eridania, S.

cosmioides, Chrysodexis includens, Diatraea saccaralis e Anticarsia gemmatalis),

dois tratamentos (suspensão de esporos e cristais da cepa 1603B proveniente do

Banco de Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo, e o produto comercial

(Crystal® - da Empresa Farroupilha/Lallemand), proveniente da mesma cepa) e

duas concentrações (106 e 107 esporos/mL). Foram aplicados 150 µL de cada

suspensão na superfície da dieta específica para cada espécie. Os bioensaios

consistiram em quatro repetições contendo 30 larvas neonatas de cada espécie por

repetição. Os resultados apresentaram alto índice de mortalidade para as espécies

A. gemmatalis e D. saccaralis, variando entre 93 a 100%, tanto nos tratamentos,

quanto nas concentrações. No tratamento utilizando o produto Crystal®, as espécies

S. frugiperda, S. eridania, S. cosmioides e C. includens apresentaram diferença

significativa em relação a porcentagem de mortalidade nas duas concentrações

testadas, 107 apresentou maiores valores de mortalidade variando de 93 a 100% e

106 de 51 a 77%. Já no tratamento utilizando a cepa 1603B, S. frugiperda, S.

eridania, S. cosmioides e C. includens apresentaram uma mortalidade superior a

99%, nas duas concentrações testadas, não diferindo estatisticamente entre si. A

porcentagem de mortalidade foi alta para os tratamentos provenientes da suspensão

da cepa 1603B e do produto Crystal®, na concentração de 107 esporos/mL.

Entretanto, mesmo o produto comercial Crystal® estando armazenado por 16 meses

após a fabricação, a sua viabilidade do princípio ativo se manteve como a

suspensão de sua cepa original.

Palavras-Chave: Bt; Lagarta; Bioensaios

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED, UFSj

Page 172: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

172

Persistência residual em condições de campo do Erinnyis ello

granulovirus (EreIVG)

William R. Carvalho; Claudecir C. Martins; Leidiane C. Carvalho; Vanda

Pietrowski; Vanusi C. da Silva; Amanda C. Favorito

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O mandorová-da-mandioca (Erinnyis ello) (Sphingidae, Lin. 1758) é a principal praga

desfolhadora da cultura, o controle com Granulovirus (EreIVG) se mostra muito

eficaz contra esta praga. Um dos principais obstáculos para o aumento das áreas

tratadas com o EreIVG é a capacidade residual deste em campo. Neste contexto,

este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade residual do EreIVG em campo

por um período de oito dias. Para tal, oito áreas de 16 m2 de mandioca foram

tratadas diariamente por oito dias consecutivos com EreIVG em uma proporção de

200 litros/ha na concentração de 40 gramas de vírus ha-1, cada área

correspondendo a um tratamento. Assim, a área em que o EreIVG foi aplicado no

primeiro dia, ao final do oitavo dia permaneceu sob as condições de intemperes de

campo por sete dias, o que foi aplicado no segundo dia teve uma permanência de

seis dias, e assim consecutivamente. Ao final das aplicações foram colhidas 200g de

folhas de cada área, as quais foram oferecidas as lagartas de primeiro instar do E.

ellus, as folhas do tratamento que foi pulverizado no oitavo dia também foram

oferecidas as lagartas para simular o consumo imediato a aplicação, servindo de

testemunha positiva. Para testemunha negativa foram oferecidas 200g de folhas

sem aplicação de EreIVG. Após o consumo total das 200g de folhas tratadas com

baculovírus e testemunha foram oferecidas folhas sem tratamento até a morte das

lagartas ou, até o fechamento do ciclo larval. As mortes foram observadas e

anotadas diariamente. Os resultados foram avaliados pelo teste de Tukey a 5% de

probabilidade e demonstraram que todos os tratamentos obtiveram morte de 100%

das lagartas exceto na testemunha, a qual diferiu estatisticamente dos demais.

Assim, no que diz respeito a oito dias em condições climáticas de intemperes o

EreIVG se mostra totalmente eficiente para controle do E. ellus.

Palavras-Chave: Mandorová-da-mandioca; Baculovirus

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173

Page 174: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

174

Preferência alimentar de Podisus nigrispinus

Adelia M. Bischoff; Alessandra Benatto; Aline M. Borba; Nadia C. Borba;

Guilherme Nishimura; Tamara A. Takahashi; Maria A. C. Zawadneak

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Produção Vegetal, Setor de Ciências Agrárias,

Universidade Federal do Paraná

Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) é um predador

amplamente utilizado para o controle de pragas agrícolas. Entretanto, insetos

predadores podem ter seu desenvolvimento afetado entre outros fatores pela

qualidade nutricional do alimento, quando criado em condições de laboratório.

Objetivou-se avaliar a preferência alimentar de P. nigrispinus por quatro espécies de

lagartas. O experimento foi realizado em condições controladas (22 ± 2°C, UR 60 ±

10% e fotofase 12 horas). O delineamento foi inteiramente casualizado com 4

tratamentos e 10 repetições. Cada tratamento foi constituído de lagartas de

Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae), Duponchelia fovealis

Zeller, 1847 (Lepidoptera: Crambidae), Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818

(Lepidoptera: Erebidae) e Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera:

Noctuidae). O experimento foi realizado com chance de escolha, sendo que para

cada repetição foi disponibilizado cinco lagartas de cada espécie, estas colocadas

de forma equidistante entre si e do centro em uma arena circular de acrílico (30 cm

Ø x 10 cm de altura). No centro de cada arena, foram liberados dez adultos de P.

nigrispinus (mantidos previamente em jejum por 24 horas). A preferência alimentar

foi avaliada de hora em hora, por nove horas. Após 24 horas foi realizado o registro

final. Os dados foram avaliados por meio de análise de variância (ANOVA) e as

médias comparadas pelo teste de Tukey (5% de probabilidade). Os testes

mostraram que P. nigrispinus optou por lagartas de A. gemmatalis como primeira

opção (2,0 lagartas) e S. eridania (0,9 lagartas), não diferindo entre as presas de D.

fovealis e A. kuehniella (P = 2,2e-16). Conclui-se que adultos de P. nigrispinus tem

preferência por lagartas de A. gemmatalis.

Palavras-Chave: controle biológico; percevejo predador; manejo integrado de

pragas

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior – CAPES

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175

Parasitismo em adultos de Dichelops melacanthus e Euschistus

heros em seis áreas de soja na região Norte Central Paranaense

Claudinei A. Minchio1; Eduardo H. L. Mazzucchelli1; Adriano T. Hoshino2;

Humberto G. Androcioli3; Ayres de O. Menezes Junior2; Amarildo Pasini2

1 Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Rua Marechal Floriano

Peixoto, 1017 São Jorge do Ivaí-PR CEP 87190-000. 2Universidade Estadual de Londrina (UEL),

CCA, Departamento de Agronomia, Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, Cx. Postal 6001,

Londrina-PR CEP 86051-990. [email protected]. 3Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR),

Setor de Entomologia, Rod. Celso Garcia Cid, PR 445 Km 375, Londrina - PR, CEP 86047-902

O conhecimento dos dípteros e himenópteros parasitoides de adultos de Euschistus

heros (Fabricius, 1798) e Dichelops melacanthus (Dallas, 1851) é fundamental para

o desenvolvimento de estratégias de manejo, visando a manutenção destes inimigos

naturais na lavoura. Este trabalho objetivou determinar a incidência e as espécies de

parasitoides de adultos dos percevejos D. melacanthus e E. heros, em áreas de

cultivo de soja na região Norte Central Paranaense. Em seis áreas de cultivo

situadas em São Jorge do Ivaí-PR foram estabelecidos de 5 a 7 pontos amostrais,

distribuídos de forma equidistante em um transecto. Os percevejos foram coletados

de set/2017 a fev/2018, usando armadilhas contendo atrativo alimentar (antes e

durante o cultivo da soja) e pano-de-batida na cultura da soja. Os percevejos

coletados foram agrupados conforme a espécie e acondicionados em recipientes

plásticos, sendo alimentados e mantidos a temperatura ambiente até a emergência

dos parasitoides ou morte dos percevejos. Os parasitoides emergidos foram

acondicionados em álcool 70% e iormente identificados. Coletou-se ao todo 2528 e

1240 espécimes de D. melacanthus e E. heros, respectivamente. Considerando todo

o período de amostragem, foi verificado um parasitismo de 7,9% para D.

melacanthus, todos taquinídeos (Diptera: Tachinidae), sendo o gênero mais

abundante Ectophasiopsis (84,9%), seguidos de Cylindromyia (14,6%) e

Gymnoclytia (0,5%). Para E. heros foi verificado um parasitismo de 6,4%, onde os

dípteros Ectophasiopsis, Cylindromyia e Gymnoclytia apareceram nas frequências

de 74,7%, 13,9% e 3,8%, respectivamente. Além disso, para E. heros foi observada

a presença de uma morfoespécie de taquinídeo não identificada e do hymenóptero

Hexacladia smithii (Hymenoptea: Encyrtidae), ambos com frequência de 3,8%.

Embora a taxa de parasitismo geral aparente ser baixo (7,9% e 6,4%) para algumas

áreas alcançou patamares de 94% e 75%, para D. melacanthus e E. heros

respectivamente.

Palavras-Chave: Percevejo-barriga-verde; Percevejo-marrom; Parasitoides

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

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176

Pulgões dos cereais (Hemiptera: Aphididae) e seus inimigos

naturais associados à aveia, na região Norte do Paraná

Adriano T. Hoshino; Maria E. Simionato; Bárbara A. de Souza; Larissa A. de

Brito; Ayres de O. Menezes Junior

Universidade Estadual de Londrina (UEL), CCA, Departamento de Agronomia, Rodovia Celso Garcia

Cid, PR 445 Km 380, Cx. Postal 6001, Londrina-PR CEP 86051-990. [email protected]

A aveia pode hospedar as mesmas espécies de pulgões e servir de repositório para

viroses compartilhadas com o trigo. O trabalho teve como objetivo identificar as

espécies de pulgões e seus inimigos naturais associados a quatro cultivares de

aveia com aptidão para forrageira e planta de cobertura. O estudo foi conduzido no

Câmpus da UEL, com as cultivares IAPAR 61 – Ibiporã, FAPA 2, FUNDACEP FAPA

43 e IPR Suprema mantidas em quatro parcelas cada. As espécies de afídeos e

múmias foram monitoradas semanalmente, em 10 plantas por parcela. Seis

armadilhas do tipo Moericke foram instaladas na área, para avaliação de inimigos

naturais. Foram constatados os seguintes pulgões, em ordem de ocorrência:

Sitobion avenae (Fabricius 1794), Rhopalosiphum padi (L. 1758), R. maidis (Fitch,

1856) e Schizaphis graminum, (Rondani 1952). Até a quinta semana de avaliação

houve predomínio de R. padi com populações baixas (média máxima de 1

pulgão/afilho) nas quatro cultivares. As maiores infestações ocorreram por S.

avenae, a partir da sexta semana, chegando à média de 4,5 pulgões/afilho na

cultivar FUNDACEP FAPA 43. Esse aumento populacional do pulgão da espiga

ocorreu independentemente do estágio fenológico em que a cultivar se encontrava

nas últimas semanas de avaliação: alongamento nas de ciclo tardio; ou enchimento

de grãos nas de ciclo médio. O parasitismo dos pulgões, detectado pela presença de

múmias (Braconidae: Aphidiinae), foi baixo ou inexistente na maioria das avaliações,

atingindo, no máximo 22 %, em IPR SUPREMA, embora a infestação nessa cultivar

e em IAPAR 61 tenha sido menor do que nas duas outras. Moscas Dolichopodidae

foram os predadores mais abundantes nas armadilhas, seguidas por joaninhas

Coccinellidae, e moscas Syrphidae. Outros grupos encontrados em menor

quantidade incluem Chrysopidae, percevejos Anthocoridae (Orius sp.) e Reduviidae.

Apesar do baixo parasitismo o conjunto de inimigos naturais manteve as populações

de afídeos sob controle.

Palavras-Chave: Afídeos; Predadores; Parasitóides

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

Page 177: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

177

Ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae em pupários de

Drosophila suzukii

Alexandra P. Krüger; Tiago Scheunemann; Cleiton L. Wille; Daniel Bernardi;

Dori E. Nava; Flávio R. M. Garcia

1Programa de pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS,

96010900, Brasil. E-mail: [email protected]; 2Universidade do Estado de Santa

Catarina, Lages, SC, 88520-000, Brasil; 3 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS 96010-971, Brasil

O relógio circadiano regula vários processos biológicos em insetos, e a

determinação dos ritmos de atividades é importante para desenvolver e melhorar

métodos de manejo no caso de insetos praga, e de conservação no caso de insetos

benéficos, como por exemplo evitar a aplicação de inseticidas no momento de maior

atividade de um inimigo natural. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o

ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae Lima 1940 (Hymenoptera:

Diapriidae), um parasitoide que demonstra potencial para o controle da praga de

pequenos frutos Drosophila suzukii Matsumura 1931 (Diptera: Drosophilidae). Para

tanto, 15 casais de T. anastrephae¸ com até 24 h de idade, foram individualizados

em potes plásticos (200 mL) e grupos de 15 pupários de D. suzukiii, com 24 h de

idade, foram expostos para cada casal em diferentes horários do dia: 07:00 (início

da fotofase)-10:00, 10:00-13:00, 13:00-16:00, 16:00-19:00 (término da fotofase).

Adicionalmente, foram ofertados 15 pupários por casal durante o período de

escotofase (19:00-07:00). As ofertas foram realizadas durante 5 dias consecutivos.

Foram avaliados o número e a razão sexual dos descendentes. Os dados obtidos

referentes a exposição de cada horário na fotofase foram submetidos à ANOVA.

Não foi observada significância estatística quanto ao número de descendentes

gerados quando os pupários foram expostas em diferentes horários do dia

(F3,56=0,77; p=0,38), tampouco na razão sexual dos descendentes (F3,56=0,03;

p=0,86), sendo que, em média, em cada intervalo avaliado o número de parasitoides

emergidos foi 3,02±1,02, e a razão sexual foi 0,61±0,25. Porém, cabe salientar que

foi observada a ocorrência de parasitismo no período de escotofase, onde foram

gerados 4,21±0,22 parasitoides, com a razão sexual de 0,67±0,22. Nosso estudo

demonstra que T. anastrephae não exibe um padrão de parasitismo ao longo do dia

e, inclusive, é capaz de parasitar na ausência de luz.

Palavras-Chave: drosófila–da-asa-manchada

Apoio Institucional: CNPq; CAPES

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Ritmo de Emergência de Trichopria anastrephae Criados em

Pupários de Drosophila suzukii

Alexandra P. Krüger; Tiago Scheunemann; Amanda M. Garcez; Daniel

Bernardi; Dori E. Nava; Flávio R. M. Garcia

1 Programa de pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS,

96010900, Brasil. E-mail: [email protected]; 2 Universidade do Estado de Santa

Catarina, Lages, SC, 88520-000, Brasil; 3 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS 96010-971, Brasil

Protandria é um fenômeno caracterizado pela emergência de machos antes das

fêmeas, e sua ocorrência possui algumas vantagens como a prevenção da cópula

com consanguíneos; aprimoramento dos processos seletivos através da remoção de

machos inadequados durante o período pré-reprodutivo; rápida fertilização das

fêmeas após sua emergência e aprimoramento do sucesso dos machos, visto que

os insetos machos que emergirem mais cedo terão acesso a um número maior de

fêmeas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o ritmo de emergência de

Trichopria anastrephae Lima (Hymenoptera: Diapriidae), um parasitoide pupal de

Drosophila suzukii Matsumura (Diptera: Drosophilidae), a fim de verificar a

ocorrência de protandria nesta espécie. Para tanto, 600 pupários (24 h de idade) de

D. suzukii foram expostos a 40 casais de T. anastrephae, durante 24 horas. Após a

exposição, a emergência dos descendentes foi avaliada diariamente a cada duas

horas durante o período de fotofase (07:00-19:00), totalizando sete observações por

dia. Foram avaliados o número de insetos emergentes e razão sexual. Para verificar

a ocorrência de protandria foi utilizado o teste de qui-quadrado, enquanto que para

verificar o pico de emergência de acordo com o período do dia, os dados foram

submetidos à ANOVA e as médias foram comparadas pelo teste Tukey. Foi

observado que machos de T. anastrephae emergem antes que as fêmeas

(χ2=85,23; p<0,001), sendo que, em média, a duração do período ovo-adulto de

machos foi de 19,10 dias, enquanto que de fêmeas foi de 22,05 dias. Além disso, foi

observada a maior emergência de parasitoides no período de 07:00-11:00 (F=15,2;

p<0,001), onde ocorreu 68,45% do total de emergência. Nosso estudo demonstra a

ocorrência de protandria em T. anastrephae, e também que a emergência desta

espécie ocorre principalmente durante as primeiras horas de luz no ambiente.

Palavras-Chave: Protandria; drosófila–da-asa-manchada; endoparasitoide pupal

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, IAEA

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Manejo biológico de Diatraea saccharalis comparando

Trichogramma galloi com Cotesia flavipes em cana-de-açúcar

Alexandre de Sene Pinto; Thiago Gomes Veloso de Araújo; Rafael Pereira

Bonatti

Centro Universitário Moura Lacerda

Diatraea saccharalis (F., 1794) (Lepidoptera: Crambidae) é uma das principais

pragas da cana-de-açúcar nas Américas e vem sendo controlada com sucesso, no

Brasil, com o parasitoide Cotesia flavipes (Cam., 1891) (Hymenoptera: Braconidae),

desde a década de 1970, e/ou com a microvespa Trichogramma galloi Zucchi, 1988

(Hymenoptera: Trichogrammatidae), desde a década de 2010. Entretanto, nos

últimos anos surgiu a pergunta: quanto cada parasitoide reduz da praga? Por isso,

esse trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia de controle da broca-da-cana, em

canavial comercial, com liberações de C. flavipes ou T. galloi. Foram instalados dois

ensaios na Usina Ipiranga, localizada em Descalvado, SP, em dezembro de 2018.

Em ambos os ensaios, o canavial tinha sete meses de desenvolvimento, cana-planta

e da variedade RB86-7515. Em um delineamento em parcelas subdivididas (split-

plot), três tratamentos foram repetidos 10 vezes, sendo cada parcela de no mínimo

um hectare cada. Os tratamentos foram seis liberações de T. galloi (em duas séries

de três, realizadas semanalmente), duas liberações de C. flavipes e uma

testemunha (sem controle). Na época da colheita, 25 colmos, ao acaso, foram

retirados das parcelas e avaliados quanto ao número total de internódios e de

internódios com danos da broca-da-cana, para cálculo do índice de intensidade de

infestação (III). No primeiro ensaio, T. galloi mostrou a menor infestação, diferindo

significativamente (Tukey, p<0,05) apenas da testemunha, que mostrou o maior

valor. No segundo ensaio, T. galloi continuou mostrando o menor valor, diferindo de

C. flavipes, que por sua vez diferiu da testemunha, com a maior infestação. Fazendo

uma média dos dois ensaios, T. galloi mostrou o menor índice médio de infestação

da broca-da-cana (0,84%), diferindo significativamente de C. flavipes (2,04%), que

por sua vez diferiu da testemunha (3,15% de III). O parasitoide T. galloi reduz mais

rapidamente as infestações da broca-da-cana do que C. flavipes.

Palavras-Chave: controle biológico aplicado; parasitoide larval; parasitoide de ovos;

Apoio Institucional: Usina Ipiranga Agroindustrial

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Parasitismo de Diaphorina citri Kuwayama (Liviidae) por Tamarixia

radiata Waterston (Eulophidae) após liberações inoculativas

Aline Pissinati; Marcio V. Nunes; Inês F. U. Yada; Ana M. Meneghin; Rui P.

Leite Jr

IAPAR, Rodovia Celso Garcia Cid, Km 375, CEP 86.047-902 – Londrina - PR - Brasil

O parasitoide Tamarixia radiata Waterston, 1922 (Hymenoptera: Eulophidae) tem

sido utilizado no controle biológico do psilideo Diaphorina citri Kuwayama, 1908

(Hemiptera: Liviidae), vetor das bactérias que causam a doença Huanglongbing

(HLB) em citros. Os objetivos deste estudo foram determinar as populações de fases

jovens do vetor e o parasitismo após liberações periódicas de T. radiata em dois

municípios do Paraná. Foram escolhidas áreas em Londrina (Ldna), sendo uma com

plantas de murta (Murraya paniculata) e outra com citros (Citrus spp.), e em São

Jorge do Ivaí (S.J.I.), também com citros. Em cada área foram liberados

quinzenalmente 400 parasitoides por hectare e coletados 60 ramos com brotações

novas para avaliação, no período de abril de 2018 a março de 2019. Os números de

ramos infestados com as fases jovens do vetor e de ninfas de 3º a 5º instar,

parasitadas ou não, foram quantificados. Em Ldna, 20,6% dos ramos de murta

estavam infestados com ninfas do vetor, não ocorrendo diferenças entre as estações

do ano. Já em citros, essa ocorrência variou de 2,7% no inverno a 12,9% no verão.

Em S.J.I., as maiores incidências de ramos com infestações do vetor foram no

outono e no verão, com 14,6 e 16,7% de ramos com ninfas, respectivamente.

Entretanto, as populações de ninfas de D. citri ao longo do ano em ambos locais,

foram baixas, sendo em média inferior a uma ninfa por ramo. Em plantas de murta, a

média foi de 0,38 ninfas/ramo e em citros de 0,18 ninfas/ramo, não havendo

diferenças entre as estações do ano. Após as liberações, o parasitismo em D. citri foi

maior no outono com 69,8% de ninfas parasitadas e na primavera com 39,8%, em

murta. Em citros, o maior índice de parasitismo foi observado no verão em S.J.I.,

com 24% de ninfas parasitadas. Considerando todo o período avaliado, foram

observados altos índices de parasitismo após algumas liberações de T. radiata, com

picos variando entre 53,3 e 100% na área com murta e de 57,1 a 100% nas áreas

com citros.

Palavras-Chave: Citrus spp.; murta; psilideo dos citros

Apoio Institucional: IAPAR, COCAMAR Cooperativa Agroindustrial Ltda., CITRI

Agroindustrial S/A.

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Estabelecimento de Trichogramma pretiosum Riley, importado da

Colômbia, na região nordeste do Brasil

Aloisio Coelho Jr; Paul F. Rugman-Jones; Richard Stouthamer; José Roberto

P. Parra

1Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220,

Piracicaba-SP, Brasil./ . 2Department of Entomology, University of California, Riverside, California,

United States of America

Poucos estudos foram realizados para avaliar se uma linhagem (população) liberada

em um programa de Controle Biológico Aumentativo de fato se estabeleceu na área

de liberação. Considerando-se este fato, a presente pesquisa teve por objetivo

avaliar, por meio da análise da citocromo c oxidase subunidade 1 (COI) do DNA

mitocondrial, o possível estabelecimento de uma linhagem de Trichogramma

pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae), proveniente de Palmira, Colômbia,

utilizada em um programa de Controle Biólogo Aumentativo realizado há mais de

duas décadas em Petrolina, PE, Brasil visando ao controle de Tuta absoluta

(Meyrick). Esta linhagem foi comparada com linhagens de T. pretiosum de diferentes

regiões do Brasil. Uma reação em cadeia da polimerase (PCR) foi utilizada para

amplificar um fragmento do gene mitocondrial (mtDNA) citocromo c oxidase

subunidade 1 (COI) das diferentes linhagens avaliadas, sendo este fragmento de

DNA iormente, sequenciado. Na análise das sequências das 10 linhagens,

observaram-se três haplótipos mitocondriais, sendo que a linhagem proveniente de

Petrolina, “PE” possui um haplótipo diferente em relação às demais linhagens

brasileiras. Por outro lado, o haplótipo da linhagem “PE” foi idêntico a um haplótipo

colombiano. A partir dos resultados sugere-se que uma linhagem de T. pretiosum,

introduzida em Petrolina, PE no perímetro irrigado há 26 anos, trazida de Palmira,

Colômbia, se estabeleceu naquela região.

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicadoa; Marcador mitocondrial; Tuta

absoluta

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -

FAPESP (Processo: 2011/17397-5)

Page 182: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Impacto de uma dieta enriquecida com lipídiossobre adultos de

Trichogramma pretiosum Riley

Yoan Raynard1; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

Agrocampus Ouest, 65 rue de Saint-Brieuc, 35000 Rennes, France/Departamento de Entomologia e

Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220, Piracicaba-SP, Brasil

O uso de lipídios na criação de insetos foi negligenciado durante muito tempo.

Porém, como alguns insetos são incapazes de sintetizar lipídios “de novo”, fato que

ocorre na maior parte dos parasitoides da ordem Hymenoptera a obtenção, destes

nutrientes, se dá por meio da capacidade das fêmeas em consumir uma parte da

hemolinfa ou vitelo do hospedeiro, e deste modo estimular a ovogênese. No entanto,

a energia investida durante a postura, leva a um rápido esgotamento das reservas

lipídicas em relação à renovação das mesmas. Desta forma, acredita-se que

fornecendo-se lipídios, através da dieta, se estimularia a produção de ovos e, assim,

a capacidade de parasitismo. Nesse trabalho, as fêmeas da espécie Trichogramma

pretiosum Riley foram continuamente alimentadas com mel de acácia enriquecido

com 10% de óleos vegetais, cujo perfil em ácidos graxos é semelhante ao de ovos

de Anagasta kuehniella (Zeller). Fêmeas alimentadas com óleo vegetal rico em ácido

oléico parasitaram 10% a mais de ovos, em 72 horas, quando comparado com

fêmeas alimentadas com mel puro. Todavia, a longevidade do parasitoide foi

reduzida em cerca de 40%. Nem a capacidade de voo nem a qualidade dos

descendentes dos insetos expostos a uma dieta enriquecida em lipídios foram

impactadas. Como hoje as espécies de Trichogramma são amplamente utilizadas

em programas de controle biológico, o fornecimento de lipídios na dieta deste

parasitoide na fase adulta poderia ter um grande interesse para as empresas de

controle biológico.

Palavras-Chave: criação de insetos; nutrição lipídica; ovogênese

Apoio Institucional: INCT- semioquímicos na agricultura (Fapesp 2014/50871-0/

CNPq 465511/2014-7)

Page 183: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Interação competitiva entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi

em ovos de Dichelops melacanthus

Ana P. Queiroz; Adeney F. Bueno; Mariana M. Neiva; Bruna M. Favetti

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. Email: [email protected];

Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Londrina, PR, Brasil

Interações podem existir entre parasitoides adultos e em sua fase imatura (larval)

quando mais de um indivíduo competem pelo hospedeiro. Assim, o objetivo desse

estudo foi avaliar as possíveis interações competitivas entre Telenomus podisi e

Trissolcus urichi (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de Dichelops melacanthus

(Hemiptera: Pentatomidae). O bioensaio 1 ocorreu em esquema fatorial 2 x 5, duas

sequencias de parasitismo (T. podisi seguido de T. urichi e T. urichi seguido de T.

podisi) e cinco intervalos entre os parasitismos das espécies (4, 24, 48, 96 e 192h)

com 20 repetições. Quatro ovos de D. melacanthus foram ofertados a fêmea de T.

podisi ou T. urichi, por 2 horas. Após cada intervalo (4, 24, 48, 96 e 192h), os ovos

eram oferecidos para outra espécie de parasitoide, por mais 2h de parasitismo. No

bioensaio 2 foram feitas liberações sequenciais e simultânea das fêmeas. Foram

utilizados 5 ovos de D. melacanthus que foram ofertados seguindo as combinações:

T. urichi seguido de T. podisi, T. podisi seguido de T. urichi, T. podisi seguido de T.

podisi, T. urichi seguido de T. urichi e T. urichi + T. podisi sendo parasitismo

permitido por apenas 2h. No primeiro bioensaio, a sequência de parasitismo não

afetou o número de ovos parasitados, porém o parasitismo foi maior em ovos com 4,

24 e 48h desenvolvimento e menor em ovos com 96 e 192h. A progênie foi

influenciada pela sequência de parasitismo, prevalecendo o maior número de

descendentes da primeira espécie da sequência de parasitismo. No segundo

bioensaio, o número de ovos parasitados e de parasitoides emergidos foi menor nas

liberações sequenciais e simultânea exceto para combinação T. podisi seguido de T.

podisi. As sequências T. podisi seguido de T. podisi e T. urichi seguido de T. urichi

apresentaram maior número de descendentes. Portanto, a utilização de T. podisi e

T. urichi não seria recomendada em liberação conjunta das duas espécies, já que os

parasitoides parecem explorar os recursos de forma muito similar pondendo

prejudicar o controle biológico de percevejos.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, Embrapa Soja

Page 184: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Efeito da cápsula de liberação na proteção de pupas de

Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi

em campo

Marcela L.M Grande; Ana P. Queiroz; Adeney F. Bueno; Jaciara Gonçalves;

Erica C. Braz

1 Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR, Brasil. Email: [email protected]; 2Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR, Brasil; 3Embrapa Soja, Caixa Postal 231, 86001-

970. Londrina, PR, Brasil. 4 Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil

O controle biológico com parasitoide de ovos é uma técnica de manejo em ascensão

na agricultura. Porém fatores bióticos e abióticos podem reduzir sua eficiência. O

objetivo deste trabalho foi avaliar se a técnica de liberação de pupas de

Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Telenomus remus e

Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae), pode influenciar na sobrevivência

dessas espécies em campo. Os experimentos foram conduzidos, nos cultivos de

milho (inverno), e soja e milho (verão) separadamente para cada espécie de

parasitoide. Pupas desprotegidas e pupas dentro de cápsulas de papelão

distribuídas sobre o solo em vasos foram levadas a campo. Após 24 horas de

exposição no campo, os vasos foram recolhidos e encaminhados ao laboratório para

avaliação. Nas culturas de soja e milho (verão) na safra 2015/2016, independente da

forma de liberação, houve alta taxa de predação, chegando a predação total no

tratamento de pupas de T. pretiosum que foram liberadas desprotegidas. Para T.

remus e T. podisi, não houve interação entre as culturas e formas de liberação. A

maior emergência de adultos foi observada no tratamento com pupas em cápsula

em relação ao tratamento de pupas desprotegidas. Resultados semelhantes

ocorreram na safra 2016/2017 para T. pretiosum, T. remus e T. podisi no

experimento de soja e milho (verão), onde não houve diferença estatística entre as

culturas e as formas de liberação, pupas desprotegidas e pupas em cápsulas. No

entanto, no milho (inverno) (2016) a maior quantidade de adultos de T. pretiosum, T.

remus e T. podisi emergidos foi observada na liberação de pupas em cápsula, sendo

superior ao tratamento de pupa desprotegida. Conclui-se que a sobrevivência das

pupas é ainda um grande desafio para o controle biológico aumentativo, pois a

utilização das cápsulas não inpedem a ocorrência de predação, inviabilizando essa

técnica de liberação.

Palavras-Chave: tecnologia de liberação

Apoio Institucional: Capes, Embrapa Soja

Page 185: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

185

Crisopídeos no controle biológico conservativo

Ana Lúcia de Paula Ribeiro; Elisângela Secretti; Vitor Bachio Scaramussa;

Fernanda Silveira Ribeiro; Yago Müller Alves; Kellen Silveira Freitas

Instituto Federal Farroupilha

Na abordagem agroecológica de produção a diversificação ambiental é um dos

componentes que podem ser manejados para suprimir as populações de insetos-

praga. Neste contexto, os insetos predadores podem desempenhar um papel

fundamental na proteção das culturas. Entre os inimigos naturais a família

Chrysopidae (Neuroptera) são predadores muito vorazes e ocorrem em diversos

cultivos de importância agrícola, sendo capazes de alimentar-se de vários insetos e

ácaros. Portanto, torna-se importante o emprego de estratégias que visem à atração

e manutenção destes inimigos naturais das pragas para os agroecossistemas

contribuindo com o controle biológico conservativo. O objetivo do trabalho foi

identificar as espécies botânicas provedoras de grãos de pólen para adultos de

crisopídeos em ambiente de produção agroecológica. As coletas de crisopideos

foram realizadas em áreas de produção agroecológica de hortaliças no município de

Santiago no Rio Grande do Sul. As coletas foram realizadas de novembro de 2018 a

janeiro de 2019, em intervalos quinzenais, utilizando-se a rede entomológica. Os

insetos coletados foram armazenados em ambientes com temperaturas baixas (-

20ºC) para ior identificação de espécies e extração de pólens em laboratório. A

acetólise foi realizada para destruição do conteúdo citoplasmático dos grãos de

pólen possivelmente ingeridos pelos adultos de crisopídeos através do método de

Erdtman (1960) modificado por Melhem et al. (2003). A partir dos resultados obtidos

foi possível identificar os pólens pertencentes às famílias botânicas Poaceae,

Fabaceae (Mimosoidae), Myrtaceae e Apocynaceae sendo que a maioria dos pólens

coletados pertence a família Poaceae. Estes resultados mostram a importância

relativa do pólen de diferentes espécies de plantas como recursos alimentares para

os crisopídeos com a finalidade de promover o incremento de inimigos naturais nos

agroecossistemas pela inclusão da biodiversidade fl.

Palavras-Chave: Neuroptera

Apoio Institucional: Instituto Federal farroupilha campus São Vicente do Sul

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186

Influência de Doru luteipes na regulação populacional de

Spodoptera frugiperda em variedades de milho crioulo

Anderson J. da S. Guimarães; Eduardo N. Costa; Pablo H. Medeiros; Bruna M.

D. Evangelista; Marcos G. Fernandes

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) é uma das principais pragas da cultura do

milho (Zea mays L.), porque suas larvas causam prejuízos desde a emergência da

planta até a fase de colheita. A consequente redução na produção pode chegar a

mais de 25%, a depender da variedade. Doru luteipes (Scudder) é um dos principais

predadores responsáveis pela regulação populacional desta praga, e, portanto, é de

extrema relevância avaliar possíveis impactos de qualquer tática de controle sobre

esta espécie. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de D.

luteipes em variedades de milho crioulo com diferentes níveis de resistência a S.

frugiperda, na primeira safra de 2019, em três avaliações semanais, e sua

correlação com o número de lagartas de S. frugiperda e com as notas de injúria

foliar, resultante da alimentação da praga. As variedades estudadas foram: Pérola

(resistente), Asteca Palha Roxa (resistente), Asteca Amarelo (suscetível), e Milho

Roxo (suscetível). Não houve diferenças significativas quanto ao número de D.

luteipes nas diferentes variedades de milho crioulo, considerando as três avaliações

realizadas. Também não houve correlação significativa entre número de D. luteipes

e número de lagartas de S. frugiperda, bem como entre número de D. luteipes e

injúrias foliares. A partir dos resultados encontrados, pode-se concluir que o

predador D. luteipes apresenta grande importância no que se refere à regulação

populacional da praga, mantendo-a em equilíbrio, mas não influencia diretamente no

número de lagartas da praga por variedade, e tampouco nas injúrias foliares

observadas nas diferentes variedades. Por fim, as variedades resistentes não

parecem interferir na ocorrência do predador.

Palavras-Chave: Lagarta do cartucho; Tesourinha; interação tritrófica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES).

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187

Interação multitrófica entre Doru luteipes, Spodoptera frugiperda

em plantas de milho geneticamente modificado

Anderson J. da S. Guimarães; Haroldo M. de Freitas; Carla C. Dutra; Marcos G.

Fernandes

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é a principal praga da cultura do

milho, tendo preferência por plantas jovens ou pelas partes mais novas desta. Em

virtude da diminuição de insetos alvo no milho Bt e consequente diminuição

proporcional de inimigos naturais, é possível que ocorra algum impacto na eficiência

de predadores e, consequentemente, na interação multitrófica dos predadores com

os herbívoros ou com as plantas. O objetivo foi estudar e comparar a influência do

milho transgênico Bt, sobre a predação de Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae)

em lagartas de S. frugiperda, quando comparadas as populações desses

predadores nos genótipos transgênicos e sua isolinha. As plantas mantidas em casa

de vegetação e para os estudos com predadores, utilizamos lagartas de S.

frugiperda como presas. Avaliação da resposta funcional do predador sobre a presa

foi desenvolvida em três experimentos com cinco repetições, e cada experimento

consistiu em separar cinco tesourinhas fêmeas e alimentá-las com lagartas de

diferentes idades, quantidades e alimentação. Após 48h e 72h de predação observa-

se que há diferenças satisfatórias de predação entre as lagartas mantidas em folhas

de milho Bt e Não-Bt, sendo que as lagartas do milho Bt foram mais predadas que

as do milho Não-Bt. A justificativa é que as lagartas do milho Bt são menores que as

do Não-Bt, fazendo com que maior número de lagartas possam ser predadas. Outro

fator que pode influenciar essa preferência é a quantidade de lagartas oferecidas

para as tesourinhas, pois as lagartas de 48h e 72h são maiores que as de 24h,

portanto mais de trinta lagartas é muito para um predador em um único dia.

Observou-se, ainda, que lagartas que se alimentaram de folhas de milho Bt tiveram

o seu desenvolvimento normal comprometido e por consequência do tamanho da

lagarta, acabou exercendo possíveis influencias sobre a predação de seu inimigo

natural D. luteipes, aumentando o nível de eficiência do predador.

Palavras-Chave: Zea mays; Predador; Transgênico

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

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Parasitismo de Palmistichus elaeisis e Trichospilus diatraeae sobre

pupas de Citheronia laocoon

André Ballerini Horta; Carolina Jordan; Emily T. Coutinho; Carlos Frederico

Wilcken

Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603-

970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: [email protected]

Plantios de eucalipto são a base da produção florestal brasileira. Surtos de

lepidópteros desfolhadores são comumente observados causando severos danos.

Citheronia laocoon Cramer (Lepidoptera: Saturniidae) apresenta altíssimo consumo

foliar, sendo necessárias poucas lagartas para causar a desfolha total de árvores.

Ao final do estágio larval, esses insetos procuram o solo, onde completam seu

desenvolvimento. Esse comportamento favorece que as pupas escapem do ataque

de parasitoides, uma das principais estratégias de controle adotadas em plantios de

eucalipto no Brasil. Apesar do controle biológico com parasitoides não ser indicado

para surtos de C. laocoon, pupas dessa espécie, que em geral apresentam entre 8 e

12 gramas cada, podem ser utilizadas como hospedeiro alternativo para

multiplicação desses parasitoides em elevadas quantidades. O objetivo desse

estudo foi avaliar a suscetibilidade de C. laocoon ao parasitismo de Palmistichus

elaeisis Delvare & LaSalle e Trichospilus diatraeae Cherian & Margabandhu

(Hymenoptera: Eulophidae), bem como a capacidade de multiplicação desses

parasitoides sobre o hospedeiro. Lagartas, pré-pupas e pupas de C. laocoon foram

coletadas em plantio de eucalipto durante um surto populacional. Os indivíduos

foram oferecidos aos parasitoides em dois grupos, de acordo com o tempo de

desenvolvimento após a formação das pupas. Pupas de C. laocoon oferecidas aos

parasitoides, até 48 horas depois de sua formação, foram suscetíveis ao parasitismo

de P. elaeisis e T. diatraeae. Entretanto, as pupas oferecidas aos parasitoides após

48 horas de sua formação não foram suscetíveis. Foram produzidos até 1140

indivíduos de P. elaeisis e 3571 indivíduos de T. diatraeae por pupa. Não foram

observados parasitoides naturais entre as pupas coletadas no campo. A espécie C.

laocoon pode ser utilizada como hospedeiro alternativo de P. elaeisis e T. diatraeae,

observando-se o limite de até 48 horas após a formação das pupas para sua

exposição aos parasitoides.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Eulophidae; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

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Amblyseius aerialis (Acari: Phytoseiidae) preda Raoiella indica

(Acari: Tenuipalpidae)?

Leticia M. Hernandes; Felipe S.R. Amaral; Antonio C. Lofego

Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae) é um ácaro fitófago que infesta uma grande

diversidade de plantas, principalmente coqueiros e bananeiras, causando sérios

danos. Devido a isso, tem-se estudado estratégias de controle para essa espécie.

Uma das possibilidades de manejo é o controle biológico com ácaros predadores da

família Phytoseiidae. Assim, esse estudo teve como objetivo avaliar o potencial do

ácaro Amblyseius aerialis Muma (Phytoseiidae) como agente de controle biológico

de R. indica. Para isso, foram montadas 20 réplicas, cada uma sendo uma unidade

experimental composta por um recorte de folíolo de coqueiro (1,5 cm x 1,5 cm) como

substrato e 40 ovos do ácaro praga. Em cada unidade experimental foi adicionada

uma fêmea adulta de A. aerialis. A cada 24 horas os ovos produzidos pelo predador

foram contabilizados e retirados. Além disso, os ovos consumidos do ácaro praga

também foram contabilizados e repostos até a quantidade inicial. O experimento

durou sete dias e buscou avaliar a taxa de predação e oviposição do ácaro

predador. Os resultados obtidos mostraram que consumindo exclusivamente o ácaro

praga como alimento, a média de oviposição do ácaro predador foi de 1,08 ± 0,13

ovos/fêmea/dia e a média de predação foi de 19,1 ovos consumidos/fêmea/dia.

Esses dados indicam que A. aerialis preda ovos de R. indica, e se reproduz com

esse alimento, podendo assim ser um possível agente de controle de R. indica.

Palavras-Chave: ácaro-vermelho-das-palmeiras; inimigo natural; fitoseídeo

Apoio Institucional: FAPESP

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Parasitism and phylogeny of Dinocampus coccinellae through

different hosts and continents

Michele Ricupero1-3-4; Antonio Biondi1; Nicolas Desneux2; Lucia Zappalà1;

George Heimpel3

1 University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Catania, Italy 2 Université

Côte d’Azur, INRA, CNRS, UMR ISA, Nice, France 3University of Minnesota, Department of

Entomology, St. Paul, USA 4Universidad de Talca, Laboratorio de Control Biológico, Instituto de

Ciencias Biológicas, Talca, Chile

Dinocampus coccinellae (Hymenoptera: Braconidae) is a cosmopolitan parasitoid of

coccinellid beetles and little is known about its parasitism among areas invaded in

different times by the invasive Harmonia axyridis (Coleoptera: Coccinellidae).

Genetic differences among parasitoid populations from different geographical areas

could help to determine its native origin as well as possible effects on the H. axyridis

invasion processes. Within this framework, we compared parasitism by D.

coccinellae on alien and native coccinellids in the native range of H. axyridis (China)

as well as areas where H. axyridis invaded over the last 100 years (USA), more

recently (Chile) and very recently (Sicily). About 6,000 specimens of H. axyridis and

native coccinellids were collected in several sites located in the four continents. We

also investigated the genetic relationship of D. coccinellae specimens sampled over

this geographical distribution using mitochondrial COI and 16S rRNA sequence data.

The parasitism rates of D. coccinellae varied between native and non-native hosts

and among the different sampled areas. The geographic area influenced the

parasitism rate on H. axyridis, ranging from 0 to 8% in Sicily and Chile, respectively.

European and American native coccinellids were highly attacked by this parasitoid

independently by the sampled area. Parasitoid phylogenetic analyses highlighted

variations in parasitoid COI sequences, while no differences in 16S rRNA region

were recorded, making it difficult to pose hypotheses regarding the provenance of

this species. Further investigations on spatial genetic structure at narrower scales are

needed to elucidate D. coccinellae phylogeography, and studies on host-parasitoid

interaction mechanisms should be conducted for better understanding the parasitoid

ecological role in coccinellid population suppression worldwide.

Palavras-Chave: Phylogeography; Invasive species; Harmonia axyridis

Apoio Institucional: This research was funded by the People Programme (Marie

Curie Actions) of the European Union’s 7th Framework Programme (APHIWEB

project n. 611810), by the University of Catania (5A722192113)

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Atividade de parasitismo por Diachasmimorpha longicaudata

(Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em diferentes horários

Patrícia C. C. Oliveira; Clarice D. Alvarenga; Jéssica O. Santos; Raila F. S.

Santos; Uilca Thamara F. Silva; Beatriz A. J. Paranhos

EMBRAPA

Informações relacionadas ao horário de maior atividade de parasitismo são

importantes porque podem indicar o melhor horário de liberação de parasitoides em

campo. O presente trabalho teve como objetivo determinar o horário de maior

atividade de parasitismo de fêmeas de Diachasmimorpha longicaudata sobre larvas

de Ceratitis capitata. Foram avaliados três períodos: manhã (06:00 às 12:00 h); tarde

(12:00 às18 h) e noite (18:00 às 06:00 h). Os horários do nascer e do pôr o sol na

região são ao redor de 5:30 e 18h, respectivamente. No interior de cada gaiola de

campo (2mx2mx2m) foi colocado um vaso com uma planta de mangueira, onde foi

pendurada uma unidade de parasitismo (placa Petri de 5 cm), contendo cerca de

100 larvas de 3º instar em dieta artificial, lacradas com tecido voal. Em seguida

foram liberadas 10 fêmeas do parasitoide. Após cada período avaliado os insetos e

a unidade de parasitismo foram substituídos. Foram realizadas 15 repetições para

cada horário. Após cada período, as unidades de parasitismo foram levadas ao

laboratório e as larvas foram transferidas para potes plásticos com vermiculita, até a

emergência dos adultos. Houve diferença significativa na taxa de parasitismo entre

os horários avaliados (P<0,005). As maiores e similares taxas de parasitismo foram

observadas no período da manhã e da tarde, com 19,60% e 21,25%,

respectivamente. Por outro lado, fêmeas do parasitoide mostraram baixa atividade

de parasitismo (9,25%) das 18 às 6h. Portanto, o melhor horário de liberação em

campo é no início da manhã, pois as fêmeas teriam o dia todo para realizar o

parasitismo das larvas, haja vista ter sido observada pouca atividade de parasitismo

e alta possibilidade de predação dos parasitoides no período da noite.

Palavras-Chave: Ceratitis capitata; Parasitoide; Controle biológico

Apoio Institucional: FACEPE, EMBRAPA e CAPES

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Tetrastichus giffardianus como principal parasitoide de Ceratitis

capitata em goiabas, no Vale do São Francisco

Júlia V. A. Carvalho; Lino B. Monteiro; Beatriz A. J. Paranhos

EMBRAPA

A proliferação de moscas-das-frutas no pólo irrigado Petrolina-PE/Juazeiro-BA é um

dos principais entraves na produção e comercialização. A espécie com maior

densidade populacional e restrições quarentenárias na região é Ceratitis capitata

Wied. 1824 (Diptera: Tephritidae). O controle biológico com o uso de parasitoides é

considerado uma excelente opção, pois minimiza o uso de inseticidas

convencionais. Sabe-se que a oviposição da mosca e o parasitismo podem ser

influenciados pelas características do fruto. Dessa forma, entender a ecologia dos

parasitoides é fundamental para definir estratégias de manejo no controle de

tefritídeos. Este estudo, realizado pela primeira vez na região, objetivou conhecer as

interações tróficas entre espécies de parasitoides, moscas-das-frutas e goiaba. No

período de outubro/2017 a março/2018, com intervalos de 15 dias, em três áreas

distintas, foram coletados um total de 70,10 kg de goiabas, Psidium guajava. As

amostras foram pesadas e colocadas em bandejas com vermiculita e as pupas

foram peneiradas com sete e 15 dias. Foram obtidas 3.902 pupas, das quais

emergiram 2.762 moscas-das-frutas de uma única espécie, C. capitata, 1.212

parasitoides da espécie Tetrastichus giffardianus Silvestre, 1951 (Hymenoptera:

Eulophidae) e apenas um espécime de Pachycrepoideus vindemmiae (Rondani,

1875) (Hymenoptera: Pteromalidae). Os resultados indicam forte associação

tritrófica entre T. giffardianus, C. capitata e P. guajava. Conclui-se que o

endoparasitoide gregário, T. giffardianus, possui um importante papel ecológico no

controle natural de C. capitata em goiabas nessa região e, portanto, tem grande

potencial para ser usado em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: Interação trófica; Moscas-das-frutas; Controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa, INCT/HYMPAR/CNPq.

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Eficiência do Chrysoperla externa no controle da Spodoptera

frugiperda

Bianca V. F. Narde; Jessica B. T. de Araujo; Julio E. da Cruz

JB Biotecnologia

O emprego de inimigos naturais no manejo de pragas vem crescendo a cada ano,

por oferecer uma maior eficácia e sustentabilidade ao meio ambiente. O Chrysoperla

externa merece uma atenção especial por ser um inseto predador voraz e muito

eficiente no controle de diversas pragas. Objetivo deste trabalho foi avaliar a

eficiência do C. externa no controle da Spodoptera frugiperda (Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae). O trabalho foi conduzido no laboratório da empresa JB

Biotecnologia Ltda. Para a realização dos experimentos foram utilizadas 12 caixas

plásticas sendo, 4 caixas contendo 600 ovos de S. frugiperda + 10 larvas de C.

externa de 2º instares, 4 caixas contendo somente 600 ovos de S. frugiperda

(testemunha), 4 caixas contendo 600 lagartas neonatas + 10 larvas de C. externa de

2º instares em cada caixa e 4 caixas contendo somente 600 lagartas neonatas

(testemunha). A avaliação do predatismo foi realizada após 5 dias da montagem do

experimento no qual foi realizadas a contagem dos ovos predados e lagartas

predadas. Os resultados mostraram uma eficiência de 97% de predação nas

posturas a mortalidade da testemunha foi de 10%, nas lagartas neonatas de S.

frugiperda obteve uma mortalidade de 88% e na testemunha de 15%. O

Chrysoperla externa apresenta ser uma alternativa promissora e eficaz no controle

da lagarta do cartucho.

Palavras-Chave: Inimigos naturais

Apoio Institucional: JB Biotecnologia

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Parasitismo do Palmistichus elaeises em pupas de Diatraea

saccharalis

Bianca V. F. Narde; Jessica B. T. de Araújo; Júlio E. da Cruz; Aline F. Freire;

Walter F. Silva; Alessandra L. C. Lopes

JB Biotecnologia Ltda

A Diatraea saccharalis (Fabr.,1794) (Lepidoptera: Pyralidae) conhecida

popularmente como a broca da cana de açúcar, tem causado danos significativos

nos canaviais e grandes prejuízos para o produtor. Uma das alternativas de manejo

desta praga é a utilização de inimigos naturais, no qual tem mostrado resultados

satisfatórios no combate da broca. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência

do parasitoide Palmistichus elaeises em pupas de D. saccharalis. O trabalho foi

realizado no laboratório de pesquisa e inovação da empresa JB Biotecnologia Ltda.

Foram feitas 4 repetições contendo 20 pupas de D. saccharalis com liberação de

500 parasitoides, sendo uma relação de 25 parasitoides para 1 pupa em cada

repetição e na testemunha, não houve a presença do parasitoide. O parasitismos

das pupas ocorram durante 48h, após, foram separadas e avaliadas durante 20 dias

até emergência dos parasitoides. Posteriormente, foi feita a contagem dos

parasitoides emergidos. Os resultados mostraram que as pupas foram 100%

parasitadas quando comparada a testemunha que não apresentou parasitismo e

houve o desenvolvimento de 225 parasitoides por pupa parasitada. O P. elaeises

apresentou resultados satisfatórios no parasitismo das pupas da broca da cana de

açúcar, podendo ser considerado um inimigo natural promissor para o manejo

biológico da D. saccharalis.

Palavras-Chave: Broca da cana-de-açúcar

Apoio Institucional: JB Biotecnologia Ltda

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Fatores climáticos influenciando a liberação aérea de (Telenomus

podisi) no solo para o controle de ovos de percevejos

Bruno A. Mundim; Leonardo A. Sisdeli; Leandro P. de Araújo Júnior; Gustavo

H. Soares; Alexandre de S. Pinto

Unipam, R. Major Gote, 808, 38700-207, Patos de Minas, MG

A liberação aérea de parasitoides tem como grandes problemas a predação natural

do material espalhado no solo sem proteção e a radiação solar e as chuvas. Por

esse motivo, esse trabalho teve por objetivos avaliar a sobrevivência de Telenomus

podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae) após a exposição total ou parcial

de ovos de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados à radiação

solar e a predação de ovos sem repelentes em diferentes índices pluviométricos em

campo. Foram instalados dois ensaios em área de plantio de soja em Ribeirão Preto,

SP, Brasil. O ensaio para avaliar o impacto da radiação solar na sobrevivência do

parasitoide foi instalado em 30/10/2018, onde três tratamentos (ovos parasitados

expostos diretamente ao sol, sob palhada e sem exposição – sob prato plástico azul

suspenso) foram repetidos 20 vezes. O ensaio que visou conhecer a predação de

ovos parasitados sob chuva foi instalado em 5/11/2018, onde três tratamentos (0, 6

e 30 mm de precipitação pluviométrica artificial) foram repetidos 20 vezes. Para os

ensaios, a parcela experimental foi um palito de madeira com um ovo parasitado

colado da extremidade. A maior emergência do parasitoide foi observada em ovos

mantidos sob palhada, sendo nula quando os ovos foram expostos ao sol e quase

nula quando os mesmos foram protegidos por sombra de um prato plástico, que

deve ter aumentado a temperatura no microambiente. A predação foi alta ou total em

todos os índices pluviométricos, indicando que o tratamento dos ovos com

repelentes deve ser realizado para a liberação em campo.

Palavras-Chave: técnica de liberação; controle biológico aplicado; Parasitoide

Apoio Institucional: nenhum

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Preferência de Telenomus podisi por ovos de Euschistus heros ou

Dichelops melacanthus em laboratório

Bruno A. Mundim; Isabelle M. N. Padilha; Alexandre de S. Pinto; José R. P.

Parra

Centro Universitário Moura Lacerda

O parasitoide Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae) é

generalista, mas tem preferência por determinadas espécies de percevejos. Esse

trabalho teve por objetivos avaliar a preferência hospedeira de Telenomus podisi por

ovos de Dichelops melacanthus (Dallas) e Euschistus heros (F.) (Hemiptera:

Pentatomidae) em diferentes temperaturas, umidades relativas do ar e cores e

potências de lâmpadas em laboratório. Foram utilizados parasitoides provenientes

de criação comercial em ovos de E. heros. Cada unidade amostral foi uma placa

acrílica contendo quatro tiras de papelão com cerca de 40 ovos na ponta, duas com

D. melacanthus e duas com E. heros e um casal do parasitoide (24-48 h para

ensaios de temperatura e lâmpadas e 168 h para o ensaio de umidade). Foram

utilizadas cinco repetições para cada tratamento. A análise de variância evidenciou

efeito significativo da espécie hospedeira nos testes de temperatura e de luzes, não

ocorrendo o mesmo no teste de umidade. Também não houve efeito significativo da

temperatura, umidade relativa do ar e cores de lâmpadas no parasitismo de ovos. O

parasitoide T. podisi preferiu parasitar ovos de D. melacanthus ao invés de E. heros.

As temperaturas de 18 a 32ºC, as umidades relativas do ar de 40 a 100% e as cores

azul, amarela, branca (15 e 25W), verde e vermelha (15 W) de lâmpadas não

interferem no parasitismo de T. podisi em ovos das duas espécies de hospedeiros.

Palavras-Chave: biologia

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Presença/ausência de pedicelo em ovos de Chrysoperla externa

como parâmetro de qualidade para criações massais

Bruno G. Dami; Wesley B. S. Paula; Gabriel de Melo Botelho; Andriely Borges

Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Sergio A. De Bortoli; Alessandra M.

Vacari

UNIFRAN - Universidade de Franca

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um predador facilmente

criado em laboratório, podendo ser utilizado no controle biológico aplicado de várias

espécies de insetos-praga. A fêmea desse predador normalmente fixa os ovos no

substrato de oviposição por meio de um filamento de seda, o pedicelo ou pedúnculo.

No entanto, nem todos os ovos colocados possuem pedicelo. Nesse contexto, o

objetivo desse trabalho foi analisar se a presença ou ausência dessa estrutura pode

ser utilizada como parâmetro componente de protocolo de controle de qualidade de

criações massais de C. externa. Para tanto, ovos de até 24 horas de idade foram

individualizados em placas de Petri de 90 mm de diâmetro, com as fêmeas utilizadas

para a obtenção desses ovos tendo entre 14 a 21 dias de idade, sendo elas oriundas

de criação cujo substrato alimentar foi mel e levedura de cerveja (1:1). Os ovos

foram coletados diretamente nas gaiolas de postura (recipientes plásticos

transparentes: 15 cm de diâmetro e 20 cm de altura) cortando o pedicelo com uma

tesoura, enquanto os sem pedicelo utilizou-se um pincel de cerdas macias. O

período de incubação e a viabilidade dos ovos foram avaliados a cada 24 horas.

Cada placa contendo um ovo foi considerada uma repetição, sendo analisadas 20

repetições para cada tipo de ovos. O período de incubação foi comparado pelo

PROC ANOVA usando o teste de Tukey, enquanto a porcentagem de emergência

das larvas pelo teste de Log-Rank por meio do método Kaplan-Meyer usando o

PROC LIFETEST. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O

período de incubação foi em média 5,0 dias, para ovos com e sem pedúnculo,

enquanto a viabilidade de ovos contendo pedicelo foi significativamente maior

(75,0%) que a de ovos sem pedicelo (25,0%). Tais resultados indicam que a

quantidade de ovos na criação do predador C. externa sem pedicelo deve ser

monitorada, sendo um parâmetro de avaliação para manter a qualidade de criações

massais dessa espécie em laboratório.

Palavras-Chave: crisopídeo; controle biológico; controle de qualidade

Apoio Institucional: CNPq

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Phytoseiulus macropilis (Acari: Phytoseiidae) no controle biológico

aplicado de Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae)

Bruno Vinicius Neves; Priscila A. Rode; Catiane Dameda; Maicon toldi; Liana

Johann; Noeli J. Ferla; Tiago Tavares Ferreira

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Tetranychus urticae (Koch) (Tetranychidae) destaca-se como uma das principais

espécies causadoras de danos na cultura do morango (Fragaria sp.). Phytoseiulus

macropilis (Banks) (Phytoseiidae) é encontrado associado a altas populações de

tetraniquídeos no Brasil, ocorrendo naturalmente nas regiões sul e sudeste do país.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de P. macropilis para controlar T.

urticae na produção de morango em casa de vegetação. Para o experimento foram

utilizadas 350 mudas de morango, divididas em dois canteiros em uma estufa. A

infestação de tetraniquídeos ocorreu naturalmente. Foram liberados 400 espécimes

de P. macropilis em um dos canteiros, o outro foi mantido sem infestação de

predador. As avaliações foram realizadas semanalmente. Foram divididas as regiões

da planta em basal, mediana e apical, sendo coletada uma folha/região/planta. Foi

realizada a contagem dos ovos e a análise de formas móveis (larva, protoninfa,

deutoninfa e adultos) da presa e do predador. Os dados coletados foram

comparados através do teste t Student para controle e tratamento e Anova LSD para

a localização na planta, ao nível de significância de 5%, com o programa BioEstat

5.0. A liberação foi eficiente, pois a quantia de T. urticae encontrada no canteiro de

tratamento foi menor em relação ao controle. A região apical teve menor ocorrência

de fitófago do que a basal e a mediana. Assim, as regiões mediana e basal são

indicadas para o monitoramento do controle biológico. Esta diferença não ocorreu

em relação à P. macropilis. Com a liberação do predador, houve uma redução

significativa no número de T. urticae, atingindo o pico populacional no mesmo

período, mas em menor número, no controle em média 399,57 ácaros/folha e no

tratamento 108,15 ácaros/folha, nas folhas medianas. A liberação antecipou o pico

populacional do predador. Assim, P. macropilis é eficiente no controle biológico

aplicado de T. urticae na cultura do morango utilizando apenas uma liberação

Palavras-Chave: fragaria; ácaro fitófago; predador

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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Resposta funcional de machos e fêmeas de Euborellia annulipes a

Spodoptera frugiperda

Caio Cesar Truzi; Gilmar da Silva Nunes; Natalia Fernanda Vieira; Joice

Mendonça de Souza; Sergio Antonio De Bortoli

Programa de Pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias

e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso

Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Euborellia annulipes (Lucas) (Dermaptera: Anisolabididae) apresenta ampla

distribuição geográfica e potencial predatório evidenciado para lepidópteros. Este

predador pode ser uma alternativa para o manejo da lagarta-do-cartucho,

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), havendo diversos

relatos de resistência da espécie a alguns métodos de controle, como inseticidas e

plantas transgênicas. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi determinar a

resposta funcional de machos e fêmeas da tesourinha E. annulipes predando

lagartas de S. frugiperda, visando avaliar seu potencial para utilização no controle

biológico da praga. Machos e fêmeas foram mantidos em jejum por 24 horas e, após

este período, foram individualizados em placas de Petri de 14,5 cm de diâmetro.

Foram avaliadas as densidades de 5, 10, 20, 40, 80 e 160 lagartas de segundo

ínstar de S. frugiperda, para cada sexo do predador (individualizado), com dez

repetições de cada densidade. Após 24 horas da instalação do experimento foram

contabilizadas as lagartas mortas. A resposta funcional foi do tipo II para ambos os

sexos, sem diferença entre as taxas de ataque, sendo de 0,00564 hˉ¹ para fêmeas e

0,00193 hˉ¹ para machos. Porém, o tempo de manipulação é maior para machos

(0,5870 h) em relação as fêmeas (0,2069 h), resultando em maior número de presas

atacadas por fêmea da tesourinha. Os resultados indicam que E. annulipes tem

potencial para o controle biológico de S. frugiperda, com fêmeas apresentando maior

eficiência na predação.

Palavras-Chave: tesourinha; controle biológico; lagarta do cartucho

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

Page 200: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

200

Avaliação da taxa de parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera

coffeella em Café conilon

Maykon D. Cezário; Camila G. Faria

Universidade Vale Do Rio Doce - UNIVALE

A principal praga do cafeeiro em todo o Brasil é o bicho-mineiro do cafeeiro

Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae). Tal praga causa

significativos danos às diversas variedades do cafeeiro. O objetivo deste trabalho foi

avaliar a taxa de parasitismo do bicho-mineiro no cafeeiro conilon em Governador

Valadares-MG. Para a avaliação, foram coletadas folhas minadas de cada planta de

café (20 folhas por área, totalizando 120 folhas minadas). Foram escolhidas folhas

com minas intactas, assegurando assim que os bichos-mineiros ainda não tenham

sido atacados por vespas predadoras e que os parasitoides não tenham surgido.

Cada folha minada foi incubada em uma placa de Petri e separada no laboratório até

a emergência dos bichos mineiros ou parasitoides. Os pecíolos das folhas foram

inseridos em algodão com água para manter a turgidez. A análise da taxa de

parasitismo foi calculada dividindo o número total de parasitoides emergidos pelo

número total de insetos que emergiram das minas (parasitoides e bicho-mineiro) por

cafeeiro. A porcentagem encontrada da taxa de parasitismo do período de janeiro a

dezembro de 2018 foi de 0% em todos os meses. O resultado pode ser explicado

devido ao fato do cafezal estar localizado distante de áreas protegidas ou

preservadas, onde são mantidos os ecossistemas sem a interferência antropóloga.

Além disso, a lavoura de café se encontra próxima a outras lavouras com culturas

distintas, nas quais são aplicados inseticidas não seletivos, o que causa um impacto

direto na taxa de parasitismo do bicho-mineiro do cafeeiro.

Palavras-Chave: praga; parasitoides; inseticidas

Apoio Institucional: Universidade Vale Do Rio Doce - UNIVALE

Page 201: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

201

Predação de Zelus leucogrammus (Hemiptera: Reduviidae) em

Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae)

Carla C. Jardim; Caroline D. de Souza; Fábio A. dos Santos; Thais A. da Mota;

Lucca B. Farnettane; Gabriela Cavallini; Thamires L. dos Santos; Carlos F.

Wilcken

UNESP FCA

A lagarta parda Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), é uma

das principais lagartas desfolhadoras do eucalipto no Brasil, causando grandes

prejuízos econômicos às áreas de produção. Os percevejos do gênero Zelus são

predadores generalistas que protagonizam um importante papel como agentes de

controle biológico em sistemas agrícolas e florestais. Visando a utilização de

métodos alternativos no controle da lagarta parda do eucalipto, o objetivo do estudo

foi avaliar a predação do percevejo predador Zelus leucogrammus Perty 1834

(Hemiptera: Reduviidae) em lagartas de Thyrinteina arnobia, em condições de

laboratório. Quinze percevejos predadores foram individualizados em caixas, e após

um período de jejum de 24 horas foi oferecida a densidade de 10 lagartas de T.

arnobia de 2º/3º ínstares por predador, sendo substituídas conforme predadas. O

experimento foi realizado em câmara climatizada (Temp. 24 ± 1°C, UR 60 ± 10% e

fotofase de 12 h) e o período de predação foi de 24 horas. Ao final desse período o

número de lagartas predadas foi registrado. O consumo médio de lagartas de 2º/3º

ínstares de T. arnobia por Z. leucogrammus foi de 11,9 indivíduos (EP=0,7),

indicando o potencial do predador para o controle de T. arnobia.

Palavras-Chave: controle biológico; Eucalyptus; percevejo predador

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES

Page 202: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

202

Comportamento predatório de Xylocoris sordidus em ovos

parasitados por Trichogramma pretiosum

Carlos A. de Freitas1; Paula S. Taguti1; Nathália A. dos Santos2; Alessandra M.

Vacari3; Sergio A. De Bortoli1

1Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal,

São Paulo, Brasil; 2Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de

Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil; 3Universidade de Franca (UNIFRAN), Núcleo de

Pesquisa em Ciências e Tecnologia, Franca, São Paulo, Brasil

Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae) é um parasitoide utilizado

em diversos programas de controle biológico de lepidópteros-praga e Xylocoris

sordidus (Reuter) (Hem.: Anthocoridae) é um predador generalista. Assim é possível

que ocorra a predação em ovos parasitados, reduzindo da eficiência de controle

realizado por T. pretiosum. Diante disso, esse trabalho objetivou avaliar o

comportamento de predação de X. sordidus em ovos parasitados por T. pretiosum.

Foram realizados testes de resposta funcional e de preferência alimentar com

chance de escolha com ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lep.: Pyralidae)

não parasitados, bem como com 4 e com 6 dias de parasitismo, utilizando ninfas de

5º ínstar do predador, previamente mantidas sem alimentação por 12h. Para o teste

de resposta funcional foram avaliadas as densidades de 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64

ovos/cartela para cada tratamento, com 10 repetições. Para a preferência alimentar

foram montadas cartelas com 32 ovos dos respectivos tratamentos, com 10

repetições. Em ambos os testes as avaliações foram realizadas 24h após a

liberação do predador. Em ovos não parasitados X. sordidus apresentou resposta

funcional do tipo III, enquanto em ovos com 4 e 6 dias de parasitismo a resposta foi

do tipo II. Não houve diferença com relação a taxa de ataque (a’) de X. sordidus

entre os tratamentos, porém o tempo de manipulação (Th) em ovos não parasitados

(0,5247h) foi significativamente inferior, com 4 (2,7195h) e 6 (3,9177h) dias de

parasitismo. No teste de preferência ocorreu maior predação em ovos não

parasitados (65,82%) em comparação a ovos com 4 (17,72%) e 6 (16,45%) dias de

parasitismo. Assim, o parasitismo por T. pretiosum exerce influência no

comportamento de predação de X. sordidus, o qual tem preferência por ovos não

parasitados e, dessa forma, esses dois inimigos naturais têm potencial para serem

utilizados em conjunto em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: interação intraguilda; preferência alimentar; resposta funcional

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior – Brasil (CAPES) – Código de financiamento 001 e do Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Page 203: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

203

Aphid parasitoids (Hymenoptera: Braconidae), still defending cereal

crops after forty years of its introducing in Passo Fundo

Carlos D. R. Santos; Luiza R. Redaelli; Simone M. Jahnke; Juliana Pivato;

Marcus V. Sampaio; Douglas Lau

UFRGS; UFU; Embrapa

In the late 1970s, during the Biological Control Program of Wheat Aphids (BCPWA),

twelve species of hymenopteran (Aphelinidae and Braconidae) were introduced in

southern Brazil. Four Braconidae species have been established in Rio Grande do

Sul (RS): Aphidius ervi Haliday, Aphidius uzbekistanicus Luzhetzki, Aphidius

rhopalosiphi De Stefani, and Praon volucre (Haliday). Around forty years after the

BCPWA, changes occurred in the agricultural landscape and in the dominance of

aphid species: Rhopalosiphum padi (Linnaeus) has became the most frequent cereal

aphid, followed by Sitobion avenae (Fabricius), Schizaphis graminum (Rondani), and

Metopolophium dirhodum (Walker). This work aims to monitor the occurrence of

established aphids parasitoids species throughout the wheat (winter) and corn

(summer) crop cycle. The work was conducted at Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS,

from July 2018 to March 2019. Sixteen pots, containing 10 wheat plants, were

infested with aphids, and exposed to parasitism on the field in screen cages for 7

days in biweekly exposure cycle of each crop. After, the pots were maintained in

climatized chambers. After one week, the mummies were collected, and emerged

parasitoids, identified. During wheat crop season (2018), it was collected A.

uzbekistanicus parasitizing R. padi, S. graminum, and S. avenae; Aphidius platensis

(Brethes) and A. rhopalosiphi were collected parasitizing the four aphid species; and

Aphidius ervi Haliday over R. padi, S. graminum, and S. avenae. During corn season

(2019), A. platensis was recorded parasitizing R. padi and S. graminum. As well,

Lysiphlebus testaceipes (Cresson) was collected in S. avenae, R. padi and S.

graminum. Praon species were not sampled. We emphasize that A. platensis and L.

testaceipes had already been reported in Brazil before BCPWA. Therefore, some

species, introduced during BCPWA, are still occurring on and protecting cereal fields

in Passo Fundo, RS.

Palavras-Chave: monitoring; natural enemies; wheat

Apoio Institucional: APES, CNPq e Embrapa Trigo

Page 204: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

204

Taxonomic status of Aphidius colemani species group

(Hymenoptera: Braconidae) in southern Brazil

Carlos D. R. Santos; Marcus V. Sampaio; Luiza R. Redaelli; Simone M. Jahnke;

Juliana Pivato; Douglas Lau

UFRGS; UFU; Embrapa

Parasitoid wasps (Hymenoptera: Braconidae) are efficient natural enemies of aphids.

Twelve micro-hymenopteran species from Eurasia were introduced in South America

to control aphid populations in winter cereals, which in the 1970’s were in severe

imbalance. From 1978 to 1990, during Biological Control Program of Wheat Aphids

(BCPWA), parasitoids were reared and released on crops in southern Brazil. Some

species have been established and reduced aphid populations. Aphidius colemani

(Viereck) was reported in Brazil before the BPCWA, when Mediterranean genotypes

were introduced from France and Israel. Nowadays, with development of integrative

taxonomy of Hymenoptera, this species was re-described as a complex called

Aphidius colemani group being composed by three species including A. colemani,

Aphidius transcaspicus Telenga, and Aphidius platensis (Brethes). Consequently,

there is no certainty which one of the group are occurring in southern Brazil. The aim

of this study was to re-examine the species status of A. colemani group collected

during the introduction period of parasitoids in Brazil (1979 -1980) and from 10 years

(2009-2018) of monitoring program by Moericke traps in wheat fields in Coxilha, in

the north of Rio Grande do Sul, Brazil. There were examined 116 specimens of

Entomological Collection of Embrapa Trigo, and those collected in Moericke traps. All

the parasitoids of the A. colemani group from BCPWA period were identified as A.

platensis. In the traps, of 6,541 parasitoids collected, 61.9% (n = 4,047) were of the

A. colemani group, and all of them identified as A. platensis. So, this species was

already here before the BCPWA, was the most collected species, early in the

program, and is still the most abundant species. It remains a mystery, which species

of A. colemani group was introduced in Brazil and if the introduced species have

been established and even contributed genetically to the current population of the A.

platensis.

Palavras-Chave: parasitoids; taxonomy; cryptic tax

Apoio Institucional: CAPES, CNPq e Embrapa Trigo

Page 205: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

205

Distribuição vertical de Leptocybe invasa e do parasitoide

Selitrichodes neseri (Hymenoptera: Eulophidae) em eucalilptos

Carolina Jorge; Luciane K. Becchi; Sidinei Dallacort; Leonardo Cruz Vieira;

Camila Zanetti Bassi; Thais A. Mota; Fábio Araújo dos Santos; Edson L. L.

Baldin; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Laboratório de

Controle Biológico de Pragas Florestais, Botucatu, SP, Brasil

As pragas são responsáveis por significativas perdas de produtividade no setor

florestal. Leptocybe invasa Fisher & La Salle, 2004 (Hymenoptera: Eulophidae), vem

ocasionando perdas em plantações do Brasil desde sua detecção. A espécie se

dispersou rapidamente pelo país, com maiores registros de prejuízos nas regiões

Sudeste e Nordeste. O controle biológico clássico por meio do parasitoide

australiano Selitrichodes neseri Kelly & La Salle, 2012 (Hymenoptera: Eulophidae),

vem sendo testado no Brasil desde 2015. A vespa apresenta preferência por plantios

mais novos, mas pode atacar talhões com mais de dois anos, dificultando as ações

de manejo. Considerando-se que a atuação do parasitoide S. neseri é ainda nova

sobre L. invasa no Brasil, existe a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre

sua dispersão na copa das árvores. Assim, o objetivo do presente estudo foi

caracterizar a distribuição vertical de L. invasa e S. neseri em plantio clonal de

Eucalyptus grandis na região de Mogi Guaçu, SP. Para tanto, em fevereiro de 2019,

foram instaladas armadilhas adesivas amarelas (1,8; 4 e 8 m) em 20 árvores de um

talhão com E. grandis suscetível com elevado nível de infestação da praga e com

presença do parasitoide e trocadas 50 dias após a instalação. Foram coletados

ramos aos 4 e 8 m de altura e as emergências de indivíduos dos ramos foram

contabilizadas sete dias após a coleta. Foram capturados 6772 indivíduos de L.

invasa, e 5019 de S. neseri. Os maiores índices de captura tanto da vespa quanto

do parasitoide foram registrados a 4 m de altura. Nos ramos, a maior infestação de

galhas ocorreu a 8 m de altura. As emergências de L. invasa foram maiores a 8 m

de altura (N=428) em relação a 4 m (n=229). Selitrichodes neseri foi mais abundante

a 4 m (N=34) do que a 8 m (N=26). Portanto, confirmou-se a presença do

parasitoide até 8 m de altura, acompanhando a presença de galhas no ponteiro.

Futuros estudos terão como foco avaliar a presença do parasitoide em alturas

maiores.

Palavras-Chave: Controle biológico clássico; altura de voo; vespa-da-galha

Apoio Institucional: PAEDEX/AUIP, PROTEF/IPEF

Page 206: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

206

Predação de Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) por

Atopozelus opsimus (Hemiptera: Reduviidae)

Caroline D. de Souza; Fábio A. dos Santos; Luciane K. Becchi; Lucca B.

Farnettane; Carla C. Jardim; Thamires L. dos Santos; Thais A. da Mota; Julian

Nishidomi; Fabrício N. de Oliveira; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências

Agronômicas (FCA), Campus de Botucatu, SP, Brasil

A lagarta parda Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), é

umadas pragas desfolhadoras mais importantes em plantações de eucalipto no

Brasil. Oconhecimento da predação de Atopozelus opsimus (Elkins, 1954)

(Hemiptera:Reduviidae) em T. arnobia é essencial para a sua utilização em

programas decontrole biológico da praga. O objetivo foi avaliar a predação em

lagartas de 1ºínstar de T. arnobia por A. opsimus em todos os estágios de

desenvolvimento, sobcondições de laboratório. Dez indivíduos de A. opsimus de

cada ínstar e adultosforam individualizados em recipientes plásticos de 80 mL

contendo algodãoumedecido com água deionizada autoclavada. Foram oferecidas

dez lagartas de T. arnobia para o predador de 1º e 2º ínstar; 20 lagartas para o 3º

ínstar; 25 lagartaspara o 4º ínstar, 50 lagartas para o 5º ínstar e 60 lagartas para os

adultos de A. opsimus. O período de predação foi de 24 horas, em câmara

climatizada (Temp. 24± 2ºC, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h). Ao final desse

período o número delagartas predadas foi registrado. Os dados foram analisados

por ANOVA ecomparados pelo teste de Tukey. A média de predação de lagartas de

1º ínstar de T. arnobia por A. opsimus do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ínstar e adultos, foi de

1,6, 3,1, 9,3, 15,35,6, e 47, respectivamente, não sendo observadas diferenças

significativas entreninfas do 1º e 2º ínstar do predador. Estudos serão conduzidos

para avaliar apredação de A. opsimus nos demais ínstares da lagarta parda do

eucalipto.

Palavras-Chave: controle biológico; Eucalyptus; percevejo predador

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES.

Page 207: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

207

Two new species of Telenomus Haliday (Hymenoptera:

Platygastridae) parasitizing eggs of Anticarsia gemmatalis

(Lepidoptera: Erebidae)

Cecilia B. Margaría; Tamara A. Takahashi; Daniel A. Aquino; Luís A. Foerster

Zoología Agrícola, Centro de Investigación en Sanidad Vegetal, Facultad de Ciencias Agrarias y

Forestales, Universidad Nacional de La Plata, 60 y 118, 1900, La Plata, Buenos Aires,

Argentina/Museo de La Plata, Facultad de Ciencias Naturales y Museo, Universidad Nacional de La

Plata, Paseo del Bosque sin número, 1900, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Universidade Federal

do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, Programa de

Pós-Graduação em Agronomia- Produção Vegetal. Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores

Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores (CEPAVE) (CONICET-UNLP). Boulevard 120 entre

60 y 64, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências

Biológicas, Departamento de Zoologia

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) is one of the main

soybean defoliators. Eggs of the velvetbean caterpillar are hosts for different species

of Trichogramma Westwood, 1833 (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Encarsia

Förster, 1878 (Hymenoptera: Aphelinidae) and Telenomus Haliday, 1833

(Hymenoptera: Platygastridae). Previously, a single species of Telenomus, T.

cyamophylax Polaszek, 1997 was described parasitizing eggs of A. gemmatalis. We

investigated the incidence of egg parasitoids of A. gemmatalis collected from eggs

laid by females caged on a soybean plant during a week. The survey was conducted

in two commercial areas of genetically modified soybeans in São José dos Pinhais

(25°36’46.0”S, 49°08’21.5”W), Paraná state, Brazil during the 20172018 crop

season. One area was planted with soybeans expressing tolerance to the herbicide

glyphosate, Roundup Readyâ (RR) variety NA5909RG and the other with the variety

Syn13671IPRO expressing Cry1Ac protein of Bacillus thuringiensis (Bt), which

confers resistance to target lepidopteran species as well as tolerance to the herbicide

glyphosate. Eggs were collected from the caged plants and daily observations were

made to check the emergence of parasitoids or eclosion of larvae. A total of 383 A.

gemmatalis eggs were collected in the Bt area, of which, 143 eggs were parasitized.

Of these 11 eggs were parasitized by the genus Telenomus, these belonging to two

new species. In the RR area, 143 eggs were collected, but no egg was parasitized by

Telenomus sp. Adult parasitoids of Telenomus spp. emerging from the field-collected

eggs were mated in the laboratory to establish a population of wasps to be

taxonomically identified. Both species were continuously reared in laboratory using

eggs of A. gemmatalis as hosts. Development time from oviposition to adult

emergence takes approximately 15 days at 25º C. These results indicate the great

potential still to be explored in genetically modified soybean crops.

Palavras-Chave: egg parasitoids; velvetbean caterpillar; Glycine max

Apoio Institucional: Higher Education Personnel (CAPES) for the scholarship to

T.A.T.

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208

Comparativo de sistemas de coleta de adultos de Anagasta

kuehniella

Lucas dos S. Bonamigo; Cinei T. Riffel; Anelise A. Perkoski; Leonardo

Cappellari1

Acadêmico do Curso de Agronomia SETREM Email: [email protected]

O controle de pragas do gênero dos lepidópteros é de suma importância em

diversos setores da produção agrícola, este pode ser realizado através da liberação

de agentes de controle biológico, a exemplo da espécie Trichogramma pretiosum,

Riley, 1879, (Hym.:Trichogrammatidae). Para a produção deste agente, é necessário

a produção de ovos de Anagasta kuehniella Zeller, 1879 (Lepidoptera: Pyralidae),

inseto com boas características para produção industrial de ovos. Buscando

promover a produção em escala industrial dos ovos, foram avaliados resultados de

dois sistemas, no sistema convencional os insetos são transferidos da caixa de

criação para as gaiolas de postura indiretamente, ou seja, são sugados para uma

gaiola cônica e iormente postos na gaiola de postura, já no sistema direto, os insetos

são sugados diretamente para a gaiola de postura. Foram realizadas 5 repetições de

cada sistema, sendo elas simultâneas e compostas por uma média de 550 adultos,

os insetos foram transferidos para as gaiolas de postura, acomodados e realizada a

coleta dos ovos após 48h (coleta 1) e 96h (coleta 2), iormente foram descartados.

Os valores de cada amostragem de ovos (g) foram divididos pelo número de insetos

correspondente e multiplicados por cem, obtendo assim os resultados finais em

gramas de ovos por cem adultos (g/c.a.). O sistema convencional obteve maiores

picos de produção, atingindo valores máximos próximos a 0,45g/c.a. e valores

mínimos próximos a 0,15g/c.a e uma média de 0,308g/c.a, já o sistema direto,

obteve valores menores de máximo de produção e maior valor mínimo de produção,

com uma média de 0,274g/c.a. É importante destacar que o sistema direto

apresentou menor desvio padrão (0,067 g ovos/cem insetos) em relação ao sistema

convencional (0,128 g ovos/cem adultos), o que corresponde a uma maior

estabilidade na produção. Analisando separadamente as duas coletas de ovos,

verificou-se que o comportamento foi semelhante na variação da produção, com

notável redução nos valores obtidos na coleta de 96h.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: Sociedade Educacional Três de Maio

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209

Novos registros de parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera:

Tephritidae) em Minas Gerais

Bruna R. Abreu; Daniel P. Soares; Tatiele P. Santos; Tânia M. Durães; Edileuza

R. S. Conceição; Carlos H. Brito; Carlos A. R. Matrangolo; Clarice D. Alvarenga

Universidade Estadual de Montes Claros, Claros – UNIMONTES, Caixa Postal 91, 39448-524,

Janaúba, MG

A busca por alternativas no controle biológico de moscas-das-frutas tem levado ao

estudo de interações de parasitoides nativos com espécies de tefritídeos não pragas

e plantas hospedeiras não cultivadas. O conhecimento destas interações pode

auxiliar em programas de controle biológico por conservação. Desta forma,

levantamentos de plantas hospedeiras de moscas-das-frutas visando a identificação

de possíveis parasitoides foram realizados na região norte do estado de Minas

Gerais. Para isso, frutos maduros foram coletados, da planta ou aqueles caídos ao

solo, em pomares e áreas de entorno na região norte de Minas Gerais, no período

de novembro/2018 a abril/2019. Os frutos coletados foram levados até o laboratório

onde foram mantidos em recipientes contendo vermiculita, durante oito a 10 dias.

Após este período a vermiculita foi peneirada e os frutos cuidadosamente

examinados para a coleta dos pupários. Foram obtidos 231 parasitoides, das

espécies DoryctoBracon areolatus (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck),

Asobara anastrephae (Muesebeck), Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead)

(Braconidae), Tetrastichus giffardianus Silvestri (Eulophidae) e Dicerataspis flavipes

(Kieffer) (Figitidae). DoryctoBracon areolatus foi a espécie mais frequente (91%) e

parasitou o maior número de espécies de moscas-das-frutas (Tephritidae)

(Anastrepha obliqua (Macquart), A. zenildae Zucchi, A. sororcula Zucchi e A.

fraterculus (Wiedemman)) associadas aos frutos de goiaba, seriguela, umbu-cajá,

juá e acerola. As espécies U. anastrephae e A. anastrephae parasitaram A. zenildae

e A. sororcula em frutos juá, goiaba e umbu-cajá. Em frutos de seriguela foi obtido

um indivíduo de D. longicaudata parasitando A. obliqua, decorrente de liberações

realizadas nas proximidades. Registra-se pela primeira vez T. giffardianus

parasitando A. distincta em fruto de ingá e D. flavipes parasitando A. zenildae e A.

sororcula em frutos de goiaba em Minas Gerais.

Palavras-Chave: Braconidae; Eulophidae; Figitidae

Apoio Institucional: INCT Hymenoptera Parasitoides; Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Page 210: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

210

Mapeamento da dispersão de Diachasmimorpha longicaudata em

diferentes fruteiras por modelagem geoestatística por krigagem

Patrícia C. C. Oliveira; Beatriz A. J. Paranhos; Jéssica O. Santos; Raila F. S.

Santos; Uilca T. F. Silva; Clarice D. Alvarenga

Universidade Estadual de Montes Claros, Claros – UNIMONTES, Caixa Postal 91, 39448-524,

Janaúba, MG.; EMBRAPA SEMIÁRIDO, BR 428, Km 152, C. P. 23, 56.302.970, Petrolina, PE- Brasil

As características de uma determinada fruteira e seu pomar, como espaçamento de

plantio e arquitetura da planta podem afetar diretamente a dispersão de parasitoides.

Este estudo teve por objetivo mapear a dispersão e sobrevivência de

Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em

diferentes fruteiras mediante a aplicação de métodos geoestatísticos. Para isso,

cinco liberações de aproximadamente 3.000 parasitoides cada foram realizadas em

pomares de cerca de 5,5 ha de acerola e de manga. Foram demarcados 61 pontos

no pomar de acerola e 51 pontos no pomar de manga, em raios concêntricos que

variaram de 14m a 135m de distância do ponto de liberação no pomar de acerola e

de 10m a 150m no pomar de manga. Em cada ponto demarcado, larvas de terceiro

instar de Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera: Tephritidae) foram oferecidas como

hospedeiras por meio de armadilhas sentinela que consistem de pequenas placas

de acrílico, contendo dieta artificial para larvas, com cerca de 50 larvas envoltas por

tecido voal. As armadilhas foram penduradas nas árvores e permaneceram por 24 h

no campo, sendo substituídas por novas que também permaneceram por mais 24 h.

Foram realizadas avaliações no 1º 2º, 3º, 8º e 15º dia após a liberação. Foi

determinada a porcentagem de parasitismo nas distâncias (raios) e nos dias de

avaliação. As fêmeas de D. longicaudata parasitaram as larvas de C. capitata nas

armadilhas sentinela por até 15 dias após serem liberadas no pomar de acerola e

por oito dias no pomar de manga. Por meio da geoestatistica foi possível verificar

que a distribuição dos parasitoides no campo foi influenciada por características do

pomar, como o espaçamento. O alcance da dependência espacial (A) foi de até

106,10 m no pomar de acerola e de até 79,70 m no pomar de manga, ambos no

oitavo dia após as liberações, indicando que os parasitoides se dispersaram mais no

pomar de acerola do que no de manga na região semiárida de Pernambuco.

Palavras-Chave: Ceratitis capitata; parasitoides; semivariogramas

Apoio Institucional: Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado do

Pernambuco (FACEPE); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

Page 211: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

211

Morfologia do sistema reprodutor masculino de Diachasmimorpha

longicaudata (Ashmed) (Hymenoptera: Braconidae)

Maria das D. C. Souza; Max P. Gonçalves; Edmilson A. Souza; Wellen O.

Batista; Teresinha A. Giustolin; Clarice D. Alvarenga

Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES; Universidade Federal dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); 3Universidade Federal de Viçosa

O parasitoide Diachasmimorpha longicaudata é um importante agente para o

controle biológico de moscas das frutas. Devido à importância ecológica e

econômica desse parasitoide, várias pesquisas têm sido realizadas. No entanto,

ainda não existem estudos sobre a morfologia do sistema reprodutor de D.

longicaudata, o que pode contribuir para o conhecimento da sua biologia

reprodutiva, bem como para futuros estudos em taxonomia e filogenia de

Hymenoptera. Objetivou-se com este estudo, descrever a morfologia do sistema

reprodutor masculino de D. longicaudata. Para isso, sistemas reprodutores de

machos de D. longicaudata foram dissecados em solução tampão fosfato de sódio

0,1 M e fixados em solução Zamboni. O material foi desidratado e incluído em

Historesina para ser submetido a cortes em micrótomo rotativo, corados com Azul de

Toluidina e analisados em microscópio óptico. O sistema reprodutor masculino de D.

longicaudata é composto por um par de testículos, dois ductos deferentes, um par

de glândulas acessórias e um ducto ejaculatório. Parte dos ductos deferentes são

diferenciados em regiões dilatadas, constituindo as vesículas seminais, onde os

espermatozoides são armazenados até a cópula. Cada testículo é constituído por

apenas um folículo, do qual surge um ducto eferente que conecta ao ducto

deferente. As glândulas acessórias encontram-se próximas à vesícula seminal, que

se unem ao ducto deferente, formando o ducto ejaculatório, sendo este conectado à

genitália externa, o edeago. Os testículos, ductos deferentes e vesículas seminais

são cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo. Os folículos testiculares estão

preenchidos por cistos em diferentes fases da espermatogênese. Os

espermatozoides maduros são liberados dos testículos em feixes e quando chegam

nas vesículas seminais, esses feixes se desfazem. A morfologia geral do sistema

reprodutor masculino de D. longicaudata é semelhante a outras espécies de

Hymenoptera: Braconidae.

Palavras-Chave: Parasitoide

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

(FAPEMIG); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Page 212: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

212

Influência do tabaco na dieta sobre a biologia de Ephestia

kuehniella e de seu parasitoide HabroBracon hebetor

Cleder Pezzini; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Sheila Puntel

Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade de Santa Cruz do Sul

A dieta do hospedeiro frequentemente tem influência sobre parâmetros biológicos e

o sucesso de seus parasitoides, tanto nas criações massais como na busca e

parasitismo a campo em programas de controle biológico aplicado. HabroBracon

hebetor (Say) (Hymenoptera: Braconidae) é um importante agente de controle

biológico da traça-da-farinha Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae),

que infesta tabaco, grãos e outros produtos durante o armazenamento. O objetivo do

trabalho foi avaliar o efeito de diferentes classes e proporções de tabaco

adicionados à dieta artificial de criação, sobre parâmetros biológicos do hospedeiro

E. kuehniella e do seu parasitoide H. hebetor. Foram avaliadas dietas contendo

tabaco Virgínia em quatro diferentes concentrações de açúcar e nicotina em

quantidades de 5, 10 e 15% na biologia da traça-da-farinha. O delineamento

experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4 (classe de

tabaco x quantidade). Nos bioensaios com o parasitoide foram utilizados

hospedeiros alimentados em dietas com apenas 5% de tabaco. Para E. kuehniella

foram mensurados o tempo de desenvolvimento (ovo-adulto), viabilidade da fase

imatura, razão sexual, fecundidade, viabilidade dos ovos e longevidade. Para H.

hebetor, parasitismo, razão sexual da prole, número de larvas paralisadas e

parasitadas, viabilidade ovo-adulto e preferência de parasitismo. A classe de tabaco

e quantidade acrescida à dieta influenciou no tempo de desenvolvimento e

viabilidade de E. kuehniella. A dieta do hospedeiro a 5% não influenciou nos

diferentes aspectos biológicos H. hebetor. Da mesma forma, a prole originada a

partir de hospedeiros alimentados com a dieta contento tabaco, não mostrou

preferência por este tipo de dieta. Para produção em larga escala de H. hebetor, a

adição de tabaco à dieta artificial não se faz necessária, podendo ser excluída o que

poderá reduzir o custo de produção.

Palavras-Chave: criação massal

Apoio Institucional: CNPq

Page 213: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

213

Interaction between Tenuisvalvae notata and Cryptolaemus

mountrouzieri (Coleoptera: Coccinellidae) under prey scarcity

Cynara M. Oliveira; Enggel B.S. Carmo; Larissa F. Ferreira; Christian S.A. Silva-

Torres

UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco

The knowledge of species interactions within food webs could be used to improve

integrated pest management strategies, intending to reduce possible negative effects

among them. Therefore, this study aimed to investigate the intra- and interspecific

interactions between the ladybeetles Tenuisvalvae notata (indigenous to South

America) and Cryptolaemus montrouzieri (exotic), both species are predators of

mealybugs. Thus, adults and larvae (LII-LIV instar) were deprived of food for 12hrs

prior to bioassays. Next, they were paired in Petri dishes (3.5 cm Ø) with another

individual of the same instar (larvae), or different age, in the following combinations:

a younger T. notata larva vs. an older C. montrouzieri larva and vice-versa; a T.

notata adult vs. 10 eggs, a larva or a pupa of C. montrouzieri and vice-versa (n=20

per combination). In addition, the intraspecific interaction was investigated with larvae

of the same species and age, using the same methodology. After 1, 6, 8, 12 and

24hrs the species and number of survival individuals per replicate were recorded to

determine the occurrence of intraguild predation (inter-) and cannibalism

(intraspecific) rates. Overall, results indicate significant asymmetric interactions

favoring C. montrouzieri, in which > 80 % of time was the intraguild predator when

paired with T. notata of same or different (younger and older) ages. Regarding

intraspecific interaction, there was a higher cannibalism rate amongst 1o instar T.

notata larvae (≈ 87.5%), followed by 1o (55.5%) and LII (25%) instar C. montrouzieri

larvae. Moreover, results suggest that under prey scarcity condition, ladybeetles may

engage in negative interactions resulting in cannibalism of younger larvae of same

species and intraguild predation of the exotic C. montrouzieri upon the native T.

notata species, which in turn could affect their establishment and biological control of

mealybugs in crop fields.

Palavras-Chave: Biological control; intraguild predation; cannibalism

Apoio Institucional: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de

Nível Superior

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214

Competição entre dois parasitoides pupais de Drosophila suzukii

(Diptera: Drosophilidae)

Daiana da C. Oliveira; Liliane N. Martins; Fernanda C. S. Geisler; Paloma Stupp;

Igor G. de Oliveira; Rute C. Treptow; Daniel Bernardi; Flávio R. M. Garcia

Universidade Federal de Pelotas

Os parasitoides Pachycrepoideus vindemmiae (Pv) (Rondani,1875) e Trichopria

anastrephae (Ta) (Lima, 1940) tiveram sua ocorrência relatada no Brasil parasitando

pupas Drosophila suzukii (Matsumura, 1931). O estudo comportamental dessas

espécies é fundamental para o conhecimento das interações para os programas de

controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar a competição extrínseca entre

Pv e Ta em pupas de D. suzukii. Pupas de D. suzukii com 24 horas de idade foram

inoculadas em frutos de morango maduros (10 pupas/fruto). Posteriormente, foram

acondicionados no interior de tubos plásticos transparentes (15 cm de diâmetro × 15

cm de altura), fechados na parte superior com tecido voile e, sobreposto, a um vaso

plástico (2L) contendo uma muda de morango da cv. ‘Aromas’. Os tratamentos

foram: T1: pupas expostas ao parasitismo por Pv por 24h; T2: pupas expostas a Ta

por 24h; T3: pupas expostas para Pv por 24h e, iormente, para Ta por 24h; T4:

pupas expostas a Ta por 24h e, iormente, para Pv por 24h; T5: pupas expostas a Pv

e Ta ao mesmo tempo por 24h e T6: somente pupas de D. suzukii. Após o período

de exposição aos parasitoides os frutos foram retirados e individualizados em potes

plásticos (200 mL) até à emergência dos insetos. O delineamento foi em blocos

casualizado com 20 repetições/tratamento, cada repetição composta por um fruto

(10 dez pupas/fruto), totalizando 200 pupas por tratamento. Foi utilizado uma fêmea

acasalada de Pv e/ou Ta com até 48 horas de idade de acordo com o tratamento.

Observou-se que o Ta apresentou a maior taxa de parasitismo (%) tanto no

tratamento individual (70%) e nos tratamentos submetidos com a presença de Pv.

Em contraste, quando pupas de D. suzukii foram expostas somente ao Pv o

parasitismo foi de 20%. Em relação à emergência, foram verificados um maior

número de insetos de Ta em relação ao Pv. Frente aos resultados, conclui-se que

ocorre competição extrínseca entre Pv e Ta por pupas de D. suzukii.

Palavras-Chave: Parasitoides; Mosca-da-asa-manchada; Comportamento

Apoio Institucional: Capes

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215

Prospecção de agentes de controle biológico para o manejo de

ácaros pragas em culturas de solanáceas no DF e entorno

Mércia E. Duarte; Peterson R. Demite; João Felipe M. Roriz; Maria Luiza S.C.M.

Alves; Marselle R. Cappssa; Renata S. Mendonça; Miguel Michereff Filho;

Denise Navia

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Os ácaros fitófagos constituem pragas-chave em culturas de solanáceas (ex.:

tomate, pimentão, berinjela) no Distrito Federal e entorno, destacando-se o ácaro

rajado, Tetranychus urticae koch; o ácaro branco, Polyphagotarsenemus latus

Banks; e o microácaro do tomateiro, Aculops lycopersici (Massee). O controle

químico dessas pragas é problemático, devido à elevação dos custos de produção;

desenvolvimento de resistência nas populações das pragas; e aos efeitos nocivos

para a saúde humana e meio ambiente. A aplicação de agentes de controle

biológico (ACB) para o manejo dessas pragas é altamente desejável. Os principais

inimigops naturais dos ácaros praga são os ácaros predadores, os quais podem ser

utilizados em estratégias inundativas ou de conservação. Com o objetivo de

conhecer os ácaros predadores adaptados às solanáceas e às condições climáticas

do cerrado, com potencial para utilização como ACB, foram realizadas coletas de

amostras de 21 espécies de solanáceas cultivadas ou em áreas naturais, no DF e

em Goiás, de 02/2017 a 01/2018. Ácaros fitófagos e predadores foram coletados em

19 espécies de solanáceas (6 cultivadas, 13 em áreas naturais). Os mesmos foram

preservados em lâminas, e identificados ao microscópio óptico (DIC). Foram

identificadas 20 espécies, sendo a família Phytoseiidae a predominante, com 18

espécies pertencentes a nove gêneros: Euseius (4 espécies), Phytoseius (3),

Neoseiulus (3), Amblyseius (2), Proprioseiopsis (2), Galendromus (1),

Paraphytoseius (1), Typhlodromalus (1) e Typhlodromips (1). Além destes, foram

identificadas outras duas espécies, uma de Ascidae – Asca sp., e uma de

Blattisociidae - Aceodromus convolvuli Muma. As espécies mais comuns associadas

aos microácaros foram Amblyseius neochiapensis Lofego, Moraes & McMurtry,

Phytoseius guianensis Denmark & Muma, P. intermedius Evans & MacFarlane,

Typhlodromalus aripo DeLeon e Euseius sibelius (De Leon). Typhlodromalus aripo,

E. sibelius e Neoseiulus spp. foram as espécies dominantes encontradas em

associação com os ácaros de teia (Tetranychus spp.) e ácaros planos (Brevipalpus

spp.). Alguns dos ácaros predadores foram comuns às solanáceas em áreas

naturais e cultivadas, e abundantes mesmo nos meses mais secos do ano, podendo

ser consideradas promissoras como ACB. Avaliações da eficiência das mesmas

serão realizadas em laboratório, semi-campo e campo.

Palavras-Chave: ácaros predadores; Phytoseiidae; hortaliças

Apoio Institucional: CNPq, FAPDF, CAPES

Page 216: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

216

Ação de substâncias repelentes na emergência de Tetrastichus

howardi via exposição direta e em cápsula de liberação por drone

Diego Arcanjo do Nascimento; João P. de A. Bomfim; Vanessa R. de Carvalho;

Jéssica E. R. Gorri; Fábio A. dos Santos; Carlos Frederico Wilcken

Depto. Proteção Vegetal, FCA/UNESP Campus de Botucatu, 18610-034, Botucatu-SP, Brasil. E-mail:

[email protected]

O controle biológico em florestal pode ser empregado utilizando insetos parasitoides.

Dentre as espécies utilizadas destaca-se Tetrastichus howardi (Hymenoptera:

Eulophidae) para controlar lagartas desfolhadoras em eucalipto. A liberação é feita

manualmente em áreas infestadas, porém, pode ser otimizada com utilização de

drones. Após a soltura, pode ocorrer a predação dos parasitoides por outros

artrópodes, principalmente formigas. Uma opção seria o uso de repelentes,

entretanto, esses compostos podem ter efeitos adversos nos parasitoides. O objetivo

do trabalho foi analisar substâncias repelentes na emergência de T. howardi via

exposição direta ou nas cápsulas de liberação com drones. Pupas de Diatraea

saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) parasitadas por T. howardi foram submetidas

aos seguintes tratamentos com repelentes: 1) Óleo essencial de Syzygium

aromaticum; 2) Óleo essencial de Callistemon sp.; 3) Óleo fixo de nim; 4) Repelente

comercial; 5) Água + Tween; e 6) testemunha. No primeiro ensaio, as pupas foram

imersas nas soluções dos repelentes por 3 segundos e secas em papel-filtro, sendo

colocadas em placas de Petri. No segundo, as cápsulas de liberação para drones

receberam aplicação de 3 mL dos tratamentos com pulverizador manual e onde foi

acondicionada uma pupa parasitada. O bioensaio foi composto de seis tratamentos

e 10 repetições, em delineamento inteiramente casualizado, permaneceram em

condições controladas de umidade (60%±10) e temperatura (25º±2). Após 4 dias, os

insetos emergidos e retidos na pupa foram contabilizados. Não foram verificadas

diferenças significativas entre os tratamentos na emergência de parasitoides via

imersão direta (p=0.0962) e quando os repelentes foram aplicados nas cápsulas de

liberação (p=0.4340). Em ambos os bioensaios as médias de emergência dos

parasitoides variaram entre 70 a 100%. Esses resultados possibilitam o uso dessas

substâncias em campo, uma vez que não afetaram os parasitoides.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoides

Apoio Institucional: IPEF/PROTEF e CAPES

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217

Behavior and Chemical Ecology of Diachasmimorpha longicaudata:

basic studies as tools to improve biological control programs

Diego F. Segura1; Francisco Devescovi1; Claudia C. Conte1; Juan P. Wulff1;

Sergio M. Ovruski2; Mariana M. Viscarret3; Silvia B. Lanzavecchia1; Jorge L.

Cladera1

1 Instituto de Genética “E.A. Favret”, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.

[email protected] 2 Planta Piloto de Procesos Industriales Microbiológicos (PROIMI),

CONICET. Tucumán, Argentina. 3 Instituto de Microbiología y Zoología Agrícola, CICVyA (INTA) –

IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.

Tephritidae fruit flies (Diptera) are amongst the most destructive pest of commercial

fruit worldwide. Environmentally friendly control strategies used against such pests

include a biological control component, mainly through the use of exotic parasitoids.

In particular, the wasp Diachasmimorpha longicaudata Ashmead (Braconidae) is one

of the most commonly used biocontrol agents. This larval-pupal parasitoid is native to

the Indo-Pacific region and was first imported to the Americas in the 1970s to control

native fruit flies of the genera Anastrepha and the highly destructive Mediterranean

fruit fly, Ceratitis capitata Wied. Since then, this parasitoid has been introduced in

several countries, including Brazil and Argentina. In this presentation, we will

summarize a series of studies focused on the foraging behavior of D. longicaudata

females, particularly centered in the host searching behavior. We found that

parasitoid females are able to detect fruit infested with larvae using chemical cues,

derived from the host larvae, as well as from the substrate (rotten fruit). GC-MS

analyses of the volatile compounds released by these attractive sources allowed

postulating specific compounds that females would use to locate host larvae. Our

work has shown that females have innate preference for specific host fruit odors and

the basis of this preference seems to be related more to the easiness of attacking

host larvae buried into the fruit flesh than to the quality of the host larvae. Color, on

the other hand, did not trigger an innate preference in this species. However, we

found that D. longicaudata has the ability to associate visual, as well as chemical,

cues during host searching, making them more and more efficient at host finding

through learning. The potential contribution of studies such as those carried out by

our group to the management of insect pests through natural enemies will be further

discussed.

Palavras-Chave: foraging behavior; chemical ecology; parasitoids

Apoio Institucional: FONCYT-PICT-0 12909; FONCYT PICT-2008-0502; FONCYT

PICT 2015-INTA-PNPV-1135033.

Page 218: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

218

Occurrence of green lacewings species (Neuroptera: Chrysopidae)

from coffee agroecosystems

Eder de Oliveira Cabral; Bruno Gomes Dami; Wesley Bordinhon; Gabriel de

Melo Botelho; Pâmela Borges Faria; Andriely Borges da Silva; Francisco José

Sosa Duque; Alessandra Marieli Vacari

Universidade de Franca - UNIFRAN

Predators known as green lacewings belonging to the family Chrysopidae

(Neuroptera) have great search capacity, high voracity and high reproductive

potential, besides feeding on a wide diversity of prey. These predators exploit

agricultural habitats, including monocultures, associating with perennial and shrub-

like crops, such as coffee. We evaluated the ocurrence of Chrysopidae species in

Brazilian coffee crops from Alta Mogiana region, Brazil. Predator samplings were

carried out in organic and shaded coffee crops and were conducted from May 2018

to April 2019 in Franca, São Paulo, Brazil. The collections were carried out weekly on

January, February and March of 2018 with the aid of a sweep net and plastic vials for

the collection of eggs, larvae, pupae and adults of the predators. Samplings were

carried out in organic areas of 12.48 ha of the Catucaí Amarelo 2SL variety at 6

years of age and spaced 3 × 0.65 m shade with avocado cultivar Hass (Persea

Americana Mill) in Franca, SP, Brazil (20°32’19’’S, 47°24’03’’W, 996 m elevation).

The collected specimens were taken to the laboratory and transferred to plastic vials

preserved with 70% alcohol, for later identification of the species. We founded 20

indivuduals. The species of green lacewings observed were Ceraeochrysa cincta,

Ce. dislepis, Ce. everes, Ce. scapularis, Chrysoperla externa, Leucochrysa (Nodita)

rodriguezi, and L. (Nodita) forciformis. Further studies are still needed to find out

which species are most abundant in the region and which have potential in biological

control.

Palavras-Chave: Biological control; Integrated Pest Management; chemical control

Apoio Institucional: CAPES e CNPQ

Page 219: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Parasitismo de ovos de Euschistus heros na cultura do algodão no

Arenito Caiuá

Edimar Pertelini; Gabriel H. T. Batista; Luiz G. dos Santos; Fabiana S.

Machado; Paulo H. M. da Silva; Alline de L. Rodrigues; Greissi T. Giraldi; Julio

C. Guerreiro

Universidade Estadual de Maringá - campus Umuarama

Nos últimos anos tem ocorrido estímulos privados em busca da reinserção da cultura

do algodão no estado do Paraná. Porém alguns desafios têm sido observados como

a ocorrência de pragas que em outras regiões do Brasil são consideradas pouco

importantes, com alto percentual de dano a cultura, uma delas é o percevejo marrom

Euschistus heros (Fabricius) (Pentatomidae). Com tais preocupações o objetivo do

presente trabalho foi avaliar o nível e potencial de parasitismo de ovos do percevejo

E. heros ocasionados pelo parasitoide Telenomus podisi(Ashmead) (Scelionidae) em

lavoura de soja, nas condições do Arenito Caiuá. O experimento foi conduzido no

município de Alto Piquiri - PR nos meses de fevereiro à março de 2018 e fevereiro a

março de 2019, a coleta das massas de ovos foram feitas por caminhamento e

visualização dentro de uma área experimental, (com aproximadamente 5 ha), as

massas encontradas foram acondicionadas em sacos de papel, identificadas e

depois encaminhadas para o Laboratório de Entomologia da UEM – campus de

Umuarama para as avaliações de número de ovos por massa e percentual de

parasitismo das mesmas. Os dados foram avaliados através de estatística descritiva,

pelo software AgroEstat®. Houve a coleta de um total de 60 massas contendo em

média 8 ovos, totalizando 487 ovos em 2018 com um percentual de parasitismo de

34,5% e 44 massas contendo em média 9 ovos, totalizando 406 ovos em 2019 com

percentual de parasitismo de 42,36%. Dessa forma o parasitismo natural de ovos de

E. heros tem importante papel no controle do inseto, porém não alcança o nível de

controle desejado, assim o controle químico ainda se faz necessário.

Palavras-Chave: Telenomus podisi; massa de ovos; percevejo

Apoio Institucional: Associação dos cotonicultores paranaenses

Page 220: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

220

Influência do estágio de desenvolvimento e da dieta de Lasioderma

serricorne no parasitismo de Anisopteromalus calandrae

Eduarda Bender; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Kássia C. F. Zilch

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 7712, 91540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.

([email protected])

O ectoparasitoide Anisopteromalus calandrae (Howard, 1881) (Hymenoptera:

Pteromalidae) tem se destacado como agente de controle de larvas e pupas de

coleópteros praga de produtos armazenados como o besouro-do-fumo, Lasioderma

serricorne (Fabricius, 1792) (Coleoptera: Ptinidae). Estudos que avaliem a

bioecologia de parasitoides e suas interações com os hospedeiros, levando em

consideração os fatores ambientais, são de suma importância para o sucesso do

controle biológico nesses ambientes e culturas agrícolas. Neste contexto, objetivou-

se avaliar os índices de parasitismo e razão sexual de A. calandrae parasitando

larvas e pupas de L. serricorne na presença ou ausência da dieta do hospedeiro. Os

insetos utilizados foram provenientes de criação de laboratório mantida sob

condições controladas (28 ± 2 ºC, 60 ± 10% UR e fotofase de 12 h). Foram expostas

30 larvas (com formação de casulo) ou pupas (também nos casulos) de L. serricorne

a um casal (fêmea pareada) ou a uma fêmea virgem recém emergida (24 h) em

frascos plásticos, nas seguintes combinações, compondo quatro tratamentos: (L)

larvas, (LD) larvas com dieta, (P) pupas e (PD) pupas com dieta. Cada tratamento

teve 20 repetições. Os parasitoides permaneceram nos potes com cada tratamento

até a sua morte (± 11 dias) iormente foram retirados e os potes com os hospedeiros

mantidos nas mesmas condições da criação até a emergência da prole (± 13-15

dias). Os maiores valores de parasitismo foram obtidos nos tratamentos L (com e

sem dieta), tanto para as fêmeas virgens como pareadas. Somente no tratamento P

foi observada uma diferença significativa na razão sexual (p < 0,05), apresentando

os menores valores. Pode-se inferir que a dieta oferecida ao hospedeiro L.

serricorne interferiu no parasitismo e na razão sexual da prole gerada. O estágio de

larva é mais adequado para multiplicação do parasitoide, pois proporciona um

melhor desempenho dos parasitoides.

Palavras-Chave: Parasitoide; besouro-do-fumo; controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, UFRGS

Page 221: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

221

Could footprints of ladybugs (Coleoptera:Coccinelidae) affect the

behavior of other ladybugs?

Jennifer O. Ferreira; Enggel B. S. Carmo; Géssica S. Silva; Christian S. A.

Silva-Torres

Departamento de Agronomia - Entomologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom

Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 52171-900, Recife-PE, Brasil

The ladybugs Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1853 and Tenuisvalvae notata

(Mulsant, 1850) (Coleoptera: Coccinellidae) are predators of mealybugs and may co-

occur in the same agroecosystems in the Neotropical Region, including Brazil.

Nevertheless, semiochemicals found in the habitat could affect their behavior

towards preys and other predatory species. Thus, this study evaluated the mutual

interference of footprints left by ladybugs in their walking behavior. To do so, adult

ladybugs were allowed to walk in glass Petri dishes (9 cm Ø) for 24hrs, prior to

bioassays. The bottom and the top of the dishes were half covered by a filter paper in

order to obtain two halves, one with and the other without footprints (control). Next,

ladybugs were exposed to the footprints of conspecific and heterospecific males and

females in those partially treated arenas (n=40 per treatment) and their behavior

recorded by the software ViewPoint™. Registered parameters were walking distance

(WD), walking time (WT), walking speed (WS), number of stops (NS) and Irritability.

Overall, results showed that conspecific footprints did not affect the walking behavior

of both ladybug species, male and females (P >0.05) for parameters: WD, WT and

WS. Nevertheless, T. notata females had higher NS (P = 0.0032) on areas treated

with conspecific male footprints. Also, footprints left by T. notata females affected the

behavior of C. montrouzieri females, which had significant higher WD (P = 0.0174),

WT (P = 0.0014), and NS (P = 0.0493), on areas treated with footprints of

heterospecific females. On the other hand, T. notata females reduced the NS (P

0.0038) on areas treated with footprints of C. montrouzieri females. Therefore,

conspecific footprints seems not to alter the behavior of these ladybug species,

whereas footprints of heretospecifics affect their walking behavior, and this could

lead to dispersion of competitive species within the same area, which in turn may

affect biological control of mealybugs.

Palavras-Chave: Biological control

Apoio Institucional: CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior.

Page 222: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

222

Manejo de Euschistus heros em soja com liberações de Telenomus

podisi

Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Alan Effgen; Hugo R.

Maciel; Wellington R. Souza

Instituto Agronômico do Paraná

A utilização de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae) é uma

estratégia promissora no manejo de Euschistus heros Fabricius, 1974 (Hemiptera:

Pentatomidae) em soja. Entretanto, existem ainda alguns desafios para o sucesso

da liberação desse parasitoide. Nesse trabalho avaliou-se a liberação de pupas do

parasitoide em capsula e isoladas em dois momentos distintos (junto com a primeira

liberação de fungicida e na detecção dos primeiros adultos em campo). O

experimento foi conduzido na safra de 18/19, em área total de 54,8 ha em

delineamento em blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos

foram: Liberação de 5000 pupas em capsulas (1) ou pupas soltas (2) por semana,

assim que os primeiros percevejos adultos fossem detectados; Liberação de 5000

pupas em capsulas (3) ou pupas soltas (4) por semana, junto com a aplicação de

fungicidas, e (5) MIP, com aplicação de inseticida quando atingisse 2

percevejos/metro. A população de pragas foi monitorada com o pano de batida e o

parasitismo quantificado através da coleta de posturas. Observou-se que onde

ocorreu a liberação do parasitoide, independente da forma e do momento de

liberação houve um incremento no parasitismo, de 5% a 20% observado no

tratamento (5) MIP, para 50 a 60% de parasitismo observado nos tratamentos com

liberação do parasitoide. Comparando-se a liberação de pupas soltas e em cápsula,

a liberação em pupas soltas apresentou parasitismo maior na maioria das

avaliações. Já referente ao período de liberação, a liberação no início dos primeiros

adultos foi mais eficiente do que a liberação feita junto com os fungicidas. Sendo

assim, a liberação de parasitoide de ovos auxilia no controle da população de

percevejos, mas não descarta a utilização de inseticidas dentro do MIP. O melhor

momento de liberação dos parasitoides é na ocorrência dos primeiros adultos.

Ambas tecnologias utilizadas de liberação, possuem potencial semelhantes de

sucesso, necessitando avaliar outros fatores.

Palavras-Chave: Parasitoides de ovos; Percevejo; Controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Soja

Page 223: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

223

Sobrevivência de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893

(Hymenoptera: Scelionidae) sob diferentes temperaturas em

diferentes

Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Wellington R. Souza

Instituto Agronômico do Paraná

Vários fatores bióticos e abióticos são determinantes no sucesso de liberações de

parasitoides de ovos em condições de campo. Entre os fatores abióticos, a

temperatura é considerada um dos mais importantes. Variações na temperatura

exercem grande influência nos aspectos biológicos e sobrevivência dos parasitoides.

Os parasitoides quando liberados podem ser expostos a temperaturas

desfavoráveis, principalmente as pupas, que são imóveis e, portanto, incapazes de

procurar abrigo. Sendo assim, nesse trabalho avaliou-se a emergência

(sobrevivência) de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera:

Scelionidae) expostas a várias temperaturas por diferentes períodos de tempo. O

experimento foi conduzido em condições de laboratório, com delineamento

inteiramente casualizado, em esquema fatorial (4x4), 4 temperaturas, 4 tempos de

exposição, com 5 repetições. Foram utilizadas 50 pupas já parasitadas, e

acondicionadas 24 horas antes da emergência em câmaras climatizadas e

reguladas nas temperaturas de 25ºC, 30ºC, 35ºC e 40ºC, por 4 h, 5 h, 6 e 7h de

exposição sendo após esse período a pupa armazenada a 25ºC até a emergência

do adulto. O parâmetro avaliado foi a porcentagem de emergência e a razão sexual.

De acordo com os dados obtidos, não houve diferença significativa na emergência

de pupas e todos os tratamentos obtiveram emergência ao redor de 80% ou

superior. Em relação a razão sexual da progênie não houve diferença significativa

entre a temperatura e o tempo avaliado, não sendo alterada. Sendo assim, mesmo a

exposição de temperatura a 40ºC por sete horas não foi suficiente para causar

mortalidade nas pupas e nem alterar a razão sexual da progênie. Novos estudos

precisam ser conduzidos com temperaturas mais elevadas e tempos maiores de

exposição mas, em geral, T. podisi se mostrou bastante tolerante as altas

temperaturas estudadas, o que é uma característica favorável do parasitoide para

seu sucesso como agente de controle biológico em campo.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoide; Emergência

Apoio Institucional: Embrapa Soja

Page 224: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

224

Liberação de Telenomus podisi em pupas soltas e em cápsulas ao

longo do ciclo de desenvolvimento da soja

Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Alan Effgen; Hugo R.

Maciel; Wellington R. Souza

Instituto Agronômico do Paraná

Existem fatores que podem influenciar o sucesso de Telenomus podisi no manejo de

Euschistus heros em soja. A temperatura entre os mais importantes. Nas liberações

de pupas desses parasitoides em campo, essas podem ser depositadas em

diferentes partes da lavoura, o que impacta diretamente a temperatura que são

expostas, assim como sua sobrevivência. Portanto, avaliou-se o efeito da liberação

de T. podisi em pupas soltas e em capsulas realizada em quatro locais distintos da

cultura: 1) entre as linhas de plantio; 2) na região baixeira da planta; 3) na parte

mediana; 4) na parte superior (ponteiro). O experimento foi conduzido na safra

18/19, em blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 2 (4 locais de liberação e 2

modos de liberação – pupa solta e em capsula) e 5 repetições. Foram liberadas 50

pupas do parasitoide em capsulas e em cartelas (representando as pupas soltas) em

quatro pontos distintos da soja por repetição, com um sensor de temperatura em

cada ponto. Observou-se que a temperatura variou significativamente entre os

diferentes locais de liberação das pupas ao longo do ciclo da cultura. A temperatura

mais alta observada principalmente entre as linhas durante o período vegetativo

reduziu drasticamente a emergência dos adultos. Na fase reprodutiva, com a planta

mais desenvolvida (maior sombreamento), as temperaturas na entre linha foram

mais amenas, não havendo diferença na emergência de T. podisi nos diferentes

locais de liberação. Com relação a liberação de pupas solta e em capsulas, os

resultados variaram ao longo do ciclo da cultura. Em algumas avaliações houve

maior emergência de adultos provenientes das cápsulas, em outras, maior

emergência provenientes das pupas soltas. Diante dos resultados obtidos, é

possível concluir que quando a liberação do parasitoide for realizada em soja com a

entre linha ainda não sombreada, é importante que as pupas liberadas não fiquem

expostas ao sol, devendo ficar protegidas na copa da planta. A partir da fase

reprodutiva, com a copa da planta entrelaçada e promovendo o sombreamento

completo da área, todos os locais de liberação obtiveram a mesma temperatura e

mesma emergência dos parasitoides, sendo igualmente favoráveis para liberação.

Em relação a proteção das pupas em capsula ou pupas soltas, ambas possuem

potenciais semelhantes e podem ser utilizadas para liberação.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoide; Temperatura

Apoio Institucional: Embrapa Soja

Page 225: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

225

Mass-rearing the parasitoids Telenomus podisi under fluctuating

temperature regime: Fitness and economic benefits

Nathaly L. Castellanos; Adeney de Freitas Bueno; Khalid Haddi; Emerson C.

Silveira; Higor S. Rodrigues; Edson Hirose; Guy Smagghe; Eugenio Eduardo

de Oliveira

Universidade Federal de Viçosa; EMBRAPA SOJA, University of Ghent

Successful biological control requires detailed knowledge about the mass rearing

conditions of the control agents in order to ensure higher efficacy, and better

productivity to the farmers and environment. Here, we investigated whether a mass-

rearing fluctuating thermal regime would affect the fitness of the parasitoid wasp

Telenomus podisi (a biological agent used for controlling the Neotropical brown stink

bug Euschistus heros) when compared with parasitoid originated from constant

temperature regime, which is commonly used in insect rearing facilities. Parasitoids

were reared under either constant (continuous exposure at 25 ± 2 ºC) or fluctuating

temperature regimes (i.e., 30 ± 2 ºC during day and 20 ± 2 ºC at night) during four

consecutive generations. Our results indicated that fluctuating regime is more

suitable for mass-rearing of T. podisi as such temperature-mediated stress resulted

not only in fitness benefits (e.g., shorter developmental time, longer female longevity,

higher fecundity/fertility) but also reduced (approximately 30 %) the estimated costs

for producing the parasitoids. Furthermore, rearing the T. podisi under fluctuating

temperatures for four generations improved tolerance to low constant temperatures

(i.e., 20 ºC) without changing the tolerance to constant high temperatures (30 ºC).

Surprisingly, even at constant temperature of 25°C, parasitoids that developed under

fluctuating thermal regime performed better than those reared at constant

temperature. Collectively, our findings suggest that T. podisi reared under fluctuating

thermal regime can adapt better to fluctuating temperatures that normally occur

during transport and in agricultural ecosystems, which will increase the productivity of

mass-reared T. podisi for inundative releases.

Palavras-Chave: egg parasitoids; Euschistus heros; augmentative biological control

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG, EMBRAPA

Page 226: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos

Luiz G. N. de Souza; Rodrigo A. Maciel; Jóse C. Bianchini Júnior; Leonardo T.

Alves; Michele Potrich; Everton R. Lozano

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos

O percevejo-marrom, E. heros é considerado uma praga-chave na cultura da soja e

um dos agentes de controle promissores é o parasitoide de ovos T. podisi. Assim, o

objetivo deste trabalho foi verificar a flutuação populacional de E. heros e a taxa de

parasitismo em função da liberação de T. podisi em sistema orgânico de produção.

O estudo foi realizado na safra de verão 2018/2019, em uma propriedade

certificada, em Palotina, PR. Os tratamentos constaram de áreas com a liberação de

parasitoides (10000 ovos parasitados por T podisi/ha) e áreas sem a liberação de

parasitoides, com 3 repetições (parcelas de 2 há) por tratamento. A flutuação

populacional de ninfas e adultos de E. heros foi determinada por meio de pano de

batida após o estágio V7, com amostragens semanais, em oitos pontos

aleatórios/parcela. A liberação dos parasitoides ocorreu aos 76 dias após a

emergência, em 4 pontos/parcela pelo método de caminhamento. Nos 3° e 5° dias

após a liberação as parcelas foram inspecionadas por 2 horas/parcela e as posturas

de E. heros foram coletadas, identificadas e encaminhadas ao laboratório, onde

foram contabilizadas e individualizadas em placas de Petri e mantidas em condições

controladas para a avaliação da taxa de parasitismo por T. podisi durante 10 dias.

Em ambas as áreas (com e sem liberação de T. podisi), observou-se aumento

populacional de E. heros, a partir de R5.1, com pico médio de 8,1 e 6,8 ninfas por

pano de batida em R6, respectivamente nas áreas sem e com a liberação de T.

podisi. Não houve diferença significativa na taxa de parasitismo de T. podisi sobre os

ovos de E. heros coletados no 3º dia após a liberação. Porém, ao 5º dia, verificou-se

maior parasitismo nos ovos coletados nas áreas com liberação de T. podisi (63,7%)

do que sem liberação (34,9%). A utilização de T. podisi é uma importante ferramenta

de controle de E. heros em cultivo orgânico de soja. É importante ainda o estudo de

diferentes períodos e formas de liberação em soja orgânica.

Palavras-Chave: parasitoide de ovos

Apoio Institucional: GEBANA BRASIL - Cataratas do Iguaçu Produtos Orgânicos

LTDA

Page 227: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

227

Parasitismo de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae)

em Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae)

Fábio A. dos Santos; Diego A. do Nascimento; Vanessa Carvalho; José C.

Zanuncio; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de

Proteção Vegetal, 18610-034, Botucatu, São Paulo, Brasil

Oxydia vesulia Cramer (Lepidoptera: Geometridae) é uma praga desfolhadora

primária e seus danos podem reduzir o crescimento de plantas de Eucalyptus em

cultivos florestais. Trichospilus diatraeae Cherian e Margabandhu (Hymenoptera:

Eulophidae) parasita pupas de Lepidoptera. O objetivo desse trabalho foi relatar o

primeiro registro do parasitismo de pupas de O. vesulia, de duas idades, por T.

diatraeae. Vinte fêmeas de T. diatraeae foram colocadas por pupa de O. vesulia com

24 ou 72 horas de idade, constituindo uma parcela tendo o experimento oito

repetições. O parasitismo foi de 100% com emergência de adultos de T. diatraeae

de 87.5% das pupas deste hospedeiro com as duas idades. Um total de 2.677 e

3.540 indivíduos emergiu de pupas de O. vesulia com 24 e 72 horas

respectivamente, com de 382.4 e 505.7 indivíduos emergidos por pupa de O.

vesulia das respectivas idades e ciclo de vida de 19 dias em ambas. Este é o

primeiro relato de T. diatraeae parasitando pupas de O. vesulia.

Palavras-Chave: Controle biológico; lepidópteros desfolhadores; parasitoide de

pupa

Apoio Institucional: CAPES; Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPEF

Page 228: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

228

Protocolo de produção de eulofídeos para controle biológico de

lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto

Fabricio F. Pereira; Carlos R. G. Cardoso; Jéssica T. Lucchetta; Harley N.

Oliveira; Juliana P. Santos; Luciano F. N. Ramos; Mateus X. Alencar; Valéria C.

Veiga; Matheus K. Leite; José E. P. Mendes

1Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados,

MS, Brasil. [email protected]; 2Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 449, 79.804-

970, Dourados, MS, Brasil; 3Eldorado Brasil, Rodovia, BR 158, Km 231 – S/N – Zona Rural, 79641-

300, Três Lagoas, MS, Brasil; 4Brasilwood Reflorestamento, Rua Imaculada Conceição, 1378, CEP

79750-000, Centro, Nova Andradina, MS, Brasil; 5Suzano S.A., Rodovia BR 158, Km 298, C.P. 529.

CEP 79.601-970, Três Lagoas, MS

Palmistichus elaeisis Delvare e LaSalle, Trichospilus diatraeae Margabandhu e

Cherian e Tetrastichus howardi Olliff (Hymenoptera: Eulophidae) são

endoparasitoides pupais de lepidópteros desfolhadores de eucalipto. Objetivou-se

elaborar um protocolo de produção desses eulofídeos visando ao seu uso em

programas de controle biológico. Inicialmente, registrou-se o referido trabalho no

SISGEN. Os números dos cadastros de acesso de P. elaeisis, T. howardi e T.

diatraeae são: A792 B4F, A1ABBA5, A2EC9BB, respectivamente. Com a finalidade

de reconhecer as espécies, bem como diferenciar fêmeas e machos, elaborou-se

uma prancha com características morfológicas desses parasitoides. Para produção

em maior escala dos parasitoides, testou-se pupas de Bombyx mori Linnaeus

(Lepidoptera: Bombycidae), Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae),

Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) e de Diatraea saccharalis

Fabricius (Lepidoptera: Crambidae). Produziu-se os parasitoides em todos os

hospedeiros, sendo D. saccharalis, o mais apropriado, devido aos índices de

parasitismo (100%), emergência (100%), razão sexual (0,90) e progênie por pupa

(322), respectivamente. Diferentes recipientes (boleiras de acrílico ou de plásticos e

potes plásticos de diferentes formatos e tamanhos) visando aperfeiçoar a produção

de parasitoides em grandes quantidades e com qualidade também foram avaliados.

Potes plásticos do tipo coletor universal (80ml) foram mais adequados para a criação

devido a facilidade de manipulação e aeração. Definiu-se o protocolo de produção:

cinco pupas de D. saccharalis (24 a 120 horas) + 25 fêmeas de P. elaeisis (72 a 96

horas de idade) ou de T. howardi (24 a 48 horas) ou de T. diatraeae (48 a 72 horas)

por pote plástico com uma gota de mel no seu interior, permitindo-se 10 dias de

parasitismo. Após 18 dias, obtêm-se em média 1500 indivíduos adultos de cada

espécie de parasitoide por recipiente de criação.

Palavras-Chave: Palmistichus elaeisis; Trichospilus diatraeae; Tetrastichus howardi

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

Page 229: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

229

Liberações inoculativas de eulofídeos para controle biológico de

lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto

Fabricio F. Pereira; Carlos R. G. Cardoso; Jéssica T. Lucchetta; Harley N.

Oliveira; Luciano F. N. Ramos; Mateus X. Alencar; Valéria C. Veiga; Matheus K.

Leite; Itamar Soares; José E. P. Mendes

1Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados,

MS, Brasil. [email protected]; 2Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 449, 79.804-

970, Dourados, MS, Brasil; 3Eldorado Brasil, Rodovia, BR 158, Km 231 – S/N – Zona Rural, 79641-

300, Três lagoas, MS, Brasil; 4Brasilwood Reflorestamento, Rua Imaculada Conceição, 1378, CEP

79750-000, Centro, Nova Andradina, MS, Brasil; 5Suzano S.A., Rodovia BR 158, Km 298, C.P. 529.

CEP 79.601-970, Três Lagoas, MS

Palmistichus elaeisis Delvare e LaSalle, Trichospilus diatraeae Margabandhu e

Cherian e Tetrastichus howardi Olliff (Hymenoptera: Eulophidae) são parasitoides

pupais de lepidópteros. Objetivou-se elaborar um protocolo de liberação desses

eulofídeos visando ao seu uso em programas de controle biológico de lepidópteros

desfolhadores de eucalipto. Inicialmente, registrou-se este trabalho no SISGEN. Os

números dos cadastros de acesso de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae são:

A792 B4F, A1ABBA5, A2EC9BB, respectivamente. Com base nas informações

sobre índice de desfolha e intensidade de infestação, definiu-se os talhões que em

foram realizadas as liberações. Utilizou-se 15.000 indivíduos em nove pontos por

hectare e seis armadilhas adesivas amarelas, dispostas a cada 33 metros para

monitoramento dos parasitoides. Após 10 dias, retirou-se estas armadilhas e foram

conduzidas ao LECOBIOL para avaliar a presença dos parasitoides nas áreas.

Foram realizadas oito liberações, sendo 4.050.000 indivíduos de P. elaesis em 270

ha, 3.375.000 indivíduos de T. howardi em 225 ha e 2.400.000 indivíduos de T.

diatraeae em 160 hectares, totalizando 9.825.000 indivíduos eulofídeos em 655

hectares de eucalipto. Foram constatados indivíduos de todas as espécies de

eulofídeos nas armadilhas adesivas amarelas, exceto nas testemunhas, o que nos

permite sugerir que os parasitoides estão nas áreas em que foram realizadas

liberações. Áreas cultivadas com eucalipto sem desfolha com liberações de P.

elaeisis, T. howardi ou T. diatraeae não estão sendo infestadas por lagartas

desfolhadoras até o momento. Por outro lado, existem áreas próximas em que não

foram liberados parasitoides com infestação de lagartas. Nas áreas cultivadas com

eucalipto com 10 a 30% de desfolha por lagartas desfolhadoras em que realizou-se

liberações de P. elaeisis, T. howardi ou T. diatraeae, o surto foi reduzido para 5 % e

não foi necessário lançar mão de outro tipo de intervenção até o momento.

Palavras-Chave: Palmistichus elaeisis; Trichospilus diatraeae; Tetrastichus howardi

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

Page 230: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Hym.: Encyrtidae) em

ovos criopreservados de Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae)

Willian Y. Sanomia; Fabricio F. Pereira; Alex P. Carvalho; Flavio de Moura

Oliveira; Izabella L. Palombo

Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados,

MS, Brasil. [email protected]

A criopreservação é uma técnica que tem se mostrado promissora no

armazenamento de ovos de percevejos em baixas temperaturas para reprodução de

parasitoides em períodos de difícil ocorrência do hospedeiro. No entanto, nenhuma

informação sobre o efeito da criopreservação para reprodução de Ooencyrtus

submetallicus (Howard) (Hymenoptera: Encyrtidae) foi relatada. Objetivou-se avaliar

a influência de diferentes períodos de armazenamento de ovos de Euschistus heros

(Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em nitrogênio líquido sobre a reprodução de

O. submetallicus. Ovos de E. heros foram armazenados por 0, 30, 60, 90, 120, 150

ou 180 dias em nitrogênio líquido a -196ºC e submetidos ao parasitismo de fêmeas

de O. submetallicus de 120 a 144 horas de idade, durante 24 horas. As fêmeas

parasitoides e a cartela de ovos foram acondicionadas em tubos de vidro e mantidas

em câmara climatizada a 25± 2ºC, 70±10% de umidade relativa e fotofase de 12

horas. As porcentagens de parasitismo e de emergência de O. submetallicus foram

afetadas pelos períodos de armazenamento de ovos de E. heros, estando acima de

70%. O comprimento da tíbia ior, a duração do ciclo de vida (dias), a longevidade

(dias) e a razão sexual de O. submetallicus não foram influenciados pelo

armazenamento dos ovos. A média geral obtida de todos os tratamentos avaliados

foram: 0,31±0,01 mm, 19,00 dias, 12,26±0,34 dias e 1,0, respectivamente. Fêmeas

de O. submetallicus conseguem se reproduzir com êxito em ovos de E. heros

armazenados em nitrogênio líquido (-196ºC) por 0, 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias.

Estes resultados são relevantes para a produção em larga escala desta espécie de

parasitoide em ovos de E. heros, para ser utilizada na regulação populacional de E.

heros na soja.

Palavras-Chave: Controle biológico; criopreservação; parasitoide

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

Page 231: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

231

Avaliação do potencial predatório de espécies de Phytoseiidae

(Acari) tendo Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae) como presa

Felipe Santa Rosa do Amaral; Antonio Carlos Lofego

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Trabalhos a respeito da acarofauna em heveiculturas mostram a co-ocorrência entre

espécies de Phytoseiidae (ácaros considerados predadores) e Calacarus heveae

Feres (Eriophyidae) (espécie praga em seringueira), sugerindo uma possível relação

predador-presa. No entanto, há poucos trabalhos feitos a fim de comprovar, em

laboratório, tal relação. Com isso, o objetivo do nosso trabalho foi investigar a taxa

de predação e oviposição de cinco espécies de fitoseídeos nativos alimentados com

C. heveae. Os fitoseídeos avaliados foram: Amblyseius aerialis (Muma), Amblyseius

chiapensis De Leon, Euseius citrifolius Denmark & Muma, Euseius concordis (Chant)

e Typhlodromus transvaalensis (Nesbitt). Para determinar a quantidade de presas

consumidas e ovos colocados pelos predadores diariamente, foram feitas unidades

experimentais constituídas por um disco (diâmetro = 1,5 cm) de folha de seringueira

com a face abaxial voltada para cima, circundada por papel e sobre uma espuma de

nylon, a fim de aumentar a durabilidade do substrato. Esse conjunto foi depositado

no interior de um pote cilíndrico (diâmetro = 2 cm; altura = 2,5 cm), cuja borda

superior foi coberta com cola entomológica para evitar a fuga dos predadores e

entrada de possíveis invasores. Em cada unidade foram adicionadas cinquenta

presas e uma fêmea do predador. O experimento foi observado durante sete dias,

sendo feita a contagem diária de presas consumidas e ovos depositados pelos

predadores. Como resultado, observamos que Amblyseius chiapensis De Leon

(Phytoseiidae) apresentou maior taxa de predação, consumindo em torno de

quarenta presas por dia. Quanto à oviposição, as espécies apresentaram taxas

inferiores do que 0,3 ovos/fêmea/dia, sugerindo que uma dieta exclusiva de C.

heveae não é suficiente para a reprodução dos fitoseídeos testados.

Palavras-Chave: seringueira; controle biológico; Amblyseius chiapensis

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

Page 232: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

232

Ácaros Astigmata predando Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae):

uma nova perspectiva no controle biológico de eriofiídeos

Felipe Santa Rosa do Amaral; Antonio Carlos Lofego

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Ácaros Astigmata são considerados em sua grande maioria fungívoros. Alguns

estudos tem mostrado o consumo de nematoides por espécies desse grupo, mas

ainda não havia relatos de outros ácaros fazendo parte de sua dieta. Diversos

trabalhos de levantamento registraram co-ocorrência de Oulenzia sp. (Astigmata:

Winterschmidtiidae) com Calacarus heveae Feres (Prostigmata: Eriophyidae), ácaro

cuja infestação causa danos econômicos em seringueira. Nosso trabalho teve como

objetivo investigar a predação e oviposição de Oulenzia. sp. e Tyrophagus

putrescentiae (Schrank) (Astigmata: Acaridae) tendo C. heveae como alimento

exclusivo. Para isso, foram feitas unidades experimentais constituídas por um disco

(diâmetro = 1,5 cm) de folha de seringueira sobre água, com a face abaxial voltada

para cima, no interior de um pote cilíndrico (diâmetro = 2 cm; altura = 2,5 cm) com a

borda superior coberta com cola entomológica para evitar a entrada de possíveis

invasores. Em cada unidade foram adicionadas trinta presas e uma fêmea adulta do

predador. Após 24 horas as unidades foram observadas a fim de registrar o número

de presas consumidas e ovos colocados por fêmea. Tanto Oulenzia sp. quanto T.

putrescentiae predaram C. heveae, apresentando uma taxa de predação de 20.4 ±

1.5 e 7.8 ± 1.9 presas/fêmea/dia, respectivamente. No entanto, apenas Oulenzia. sp.

produziu ovos (2.9 ± 0.7 ovos/fêmea/dia). Esses resultados trazem uma nova

perspectiva acerca do conhecimento da dieta e papel ecológico dos Astigmata. Além

disso, os dados de predação e oviposição encontrados para Oulenzia sp. sugerem

um promissor potencial dessa espécie como inimigo natural de C. heveae.

Palavras-Chave: seringueira; predação; Oulenzia

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

Page 233: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

233

Preferência de substrato por Euseius citrifolius (Acari:

Phytoseiidae)

Felipe Santa Rosa do Amaral; Alexander Regulo Rodriguez Berrio; Antonio

Carlos Lofego

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Características foliares como presença de tricomas, nervuras salientes e presença

de exsudatos podem influenciar na diversidade de ácaros predadores nas plantas.

Muitos trabalhos vêm sendo feitos na busca de ácaros predadores da família

Phytoseiidae para programas de controle biológico. No entanto, poucos estudos

avaliam o tipo de substrato favorável para cada espécie, informação que é

importante para o estabelecimento do agente de controle no cultivo. Assim, nosso

trabalho teve como objetivo investigar a preferência de Euseius citrifolius Denmark &

Muma (Acari: Phytoseiidae) (espécie comumente encontrada em diversas famílias

de plantas) oferecendo como opções folhas das plantas Rubus rosifolius Sm.;

Canavalia ensiformis (L.) DC. e Hevea brasiliensis ((Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg..

Foram realizados dois experimentos, um para avaliar a preferência entre C.

ensiformis e H. brasiliensis; e o outro entre C. ensiformis e R. rosifolius. As unidades

experimentais foram feitas por dois discos foliares (ϴ = 1,5 cm), um de cada planta,

posicionados sobre espuma de nylon e margeados por papel absorvente. Pólen de

taboa foi adicionado em cada um dos discos para evitar fuga dos predadores. Uma

ponte de material plástico (0,5 x 1 cm) foi utilizada para ligação entre os discos,

permitindo o deslocamento dos ácaros predadores entre os substratos avaliados. Foi

liberada uma fêmea de E. citrifolius, em cada unidade em um alfinete posicionado no

centro da ponte. As unidades foram observadas em intervalos de 1h, 2h, 4h, 8h e

24h, a fim de registrar em qual substrato o predador estava presente. Os resultados

mostraram que E. citrifolius teve preferência a H. brasiliensis e R. rosifolius em

relação a C. ensiformis. Tanto em H. brasiliensis quanto em R. rosifolius foi notada a

presença de exsudatos na superfície foliar, o que pode ter influenciado na

preferência. Com isso, podemos inferir que existe a possibilidade da presença de

exsudato influenciar na escolha do hospedeiro por E. citrifolius.

Palavras-Chave: exsudato; livre escolha; ácaros predadores

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

Page 234: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Preferência de oviposição de Chrysoperla externa (Neuroptera:

Chrysopidae) em casa de vegetação

Fernanda A. Abreu; Lívia M. Carvalho; Caroline M. Resende; Stephan M.

Carvalho; Ester M. Afonso

Biomip Agentes Biológicos

O conhecimento das interações que ocorrem no sistema roseira-pulgão-planta

atrativa no comportamento de Chrysoperla externa pode auxiliar seu uso em

programas de controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento

de oviposição de C. externa o sistema tritrófico roseira, pulgão e as plantas atrativas,

cravo (Tagetes erecta L., Asteraceae), manjericão (Ocimum basilicum L. Lamiaceae)

e calêndula (Calendula officinalis L. Asteraceae) em casa de vegetação. Foram

utilizados os seguintes tratamentos: 1) roseira-pulgão-cravo; 2) roseira-pulgão-

manjericão; 3) roseira-pulgão-calêndula; 4) roseira-pulgão e 5) roseira não infestada

por pulgão e sem planta atrativa (testemunha). Em casa de vegetação, avaliou-se

cinco tratamentos com onze repetições. Foram liberados três casais de C. externa

por tratamento e as avaliações foram feitas 48 horas após a liberação do predador,

contando-se os ovos colocados em todas as plantas de cada tratamento. O fator

pulgão não influenciou o número de ovos colocados por C. externa. A presença da

roseira não afetou a preferência de oviposição de C. externa. Houve maior

porcentagem de ovos de C. externa no manjericão usado como planta atrativa

associada à roseira. O manjericão pode auxiliar na atração e manutenção de

populações de C. externa, favorecendo o controle biológico no cultivo de roseira.

Palavras-Chave: Plantas atrativas

Apoio Institucional: Biomip Agentes Biológicos

Page 235: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

235

Seletividade de entomopatógenos no parasitismo de Trichogramma

pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae)

Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F.

Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:

Trichogrammatidae) tem sido utilizado na agricultura devido sua eficiência e

especificidade para lepidópteros. Sendo assim, outras formas de controle podem ser

necessárias no manejo de pragas, como o controle biológico microbiano. Testes de

seletividade destes agentes de controle são necessários para avaliar a

compatibilidade de seu uso em conjunto. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a

seletividade de entomopatógenos a T. pretiosum, quando pulverizados sobre ovos

do hospedeiro, em testes com e sem chance de escolha. Os entomopatógenos

avaliados foram: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis

var. kurstaki (Thruricide®), B. thuringiensis var. aizawai (Agree®), B. thuringiensis

var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae

(Metarril®) e Trichoderma harzianum (Trichodermil®) utilizados na dose comercial.

Como testemunhas utilizou-se água (controle seletivo) e clorpirifós (controle nocivo).

No teste com chance de escolha, ovos de Anagasta kuehniella Zeller, 1879

(Lepidoptera: Pyralidae) foram pulverizados com os entomopatógenos e com os

respectivos controles e oferecidos às fêmeas de T. pretiosum para parasitismo. No

teste sem chance de escolha, ovos do hospedeiro pulverizados apenas com os

entomopatógenos foram oferecidos às fêmeas do parasitoide. Em ambos os testes,

os entomopatógenos testados não interferiram no parasitismo e emergência dos

parasitoides, sendo então classificados como seletivos. Já clorpirifós foi classificado

como nocivo a T. pretiosum. Assim, os agentes de controle podem ser utilizados em

conjunto no manejo integrado de pragas, garantindo maior flexibilidade no controle

fitossanitário da soja. Como clorpirifós interfere negativamente no comportamento do

parasitoide na escolha do ovo hospedeiro, sua aplicação deve ser evitada quando

possível e/ou o produto substituído por outro mais seletivo e com a mesma

eficiência.

Palavras-Chave: Controle biológico aumentativo; Controle microbiano; Parasitoide

de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

Page 236: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

236

The contribution of the companion plants to the biological control

of pest, in agroecological orchards of Rosario, Argentina

San Pedro Paula; Alzugaray Claudia; Fernandez Celina

Facultad Ciencias Agrarias, Universidad nacional de Rosario. Santa Fe. Argentina

The companion plants (CP), implanted or spontaneous, are key in conservation

biological control of insects; these plants protect commercial crops by providing food

resources: pollen, nectar, alternative hosts and preys, for the natural enemies (NE),

parasitoids and predators, of harmful insects. The role of CP in 2 agroecological

orchards was evaluated in Rosario, Santa Fe, Argentina. During spring-summer

2015/2016, the abundance and biological function of the NE was registered in

flowers and foliage. The abundance, richness, evenness and diversity of NE between

CP was compared by Kruskal Wallis test. In addition, herbivores were recorded in the

most relevant crops in these orchards, observing a large abundance of aphids

(Aphididae, Hemiptera). Sixteen companion plant species were sampled, grouped

into 5 families: Apiaceae, Boraginaceae, Brassicaceae, Asteraceae and Lamiaceae.

A total of 575 NE were registered, belonging to 26 species and morphospecies, 16

genera and 12 families. Apiaceae differed significantly from the rest of the CP and

had the highest abundance, richness, evenness and diversity of NE (H = 25.81, p

<0.001; H = 24.03, p <0.001; H = 13.46, p <0.0061; H = 22.50, p <0.001,

respectively). The most abundant NE species in these plants belonged to the family

of Coccinelidae (Coleoptera), following by Syrphidae (Diptera), all of which are cited

as aphid predators. In plants of Brassicaceae and Asteraceae it was also important

the presence of Syrphidae; and Orius sp., predator of Trips and Aphididae, was

relevant in Senecio grisebachii (B) (Asteraceae). The species of Coccinelidae and

Syrphidae depend on the constant supply of food resources offered by the CP, which

unlike the crops, remain longer in the field. In conclusion, to ensure the success of

conservation biological control it would be essential to include Apiaceae among the

companion plants of crops, and to complement their moments of less presence, with

Asteraceae species and to a lesser extent Brassicaceae.

Palavras-Chave: Conservation biological control; Apiaceae

Apoio Institucional: Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de

Rosario.

Page 237: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

237

Parasitism of Pentatomidae adults (Hemiptera) by Tachinidae

(Diptera), at different moments of the year, in the south of Sant

Fernandez Celina; Parachu Imanol; Vignaroli Luis; Reyes Veronica; Punschke

Eduardo

Facultad Ciencias Agrarias, Universidad nacional de Rosario. Santa Fe. Argentina

Pentatomidae usually cause significant damage to soybean crops in the Neotropical

region. Parasitism of adult stink bugs, by Tachinidae, is one of the most important

ecosystem services that exists in the Pampas region of Argentina. However, the

studies usually focus on the moments of greatest activity of the bugs and little is

known about their incidence in diapause and start of activity. For this, the percentage

of parasitism of: Nezara viridula (L), Dichelops furcatus (F) and Edessa meditabunda

(F) (Pentatomidae) was evaluated in three moments. 1- Refuge or Diapause (REF)

(from May to August); 2-Start of activity (SA) (September to December) and 3-Full

activity (FA) (February to April). In SA and FA adults were collected in soybean,

alfalfa and wheat fields, with vertical beat sheet or sweeping net. In REF: for N.

viridula, 2 transects of 100 mt. were drawn in arboreal areas, adjacent to agricultural

fields, and colected all the bugs found among the bark of the trees; while for E.

meditabunda and D. furcatus, borders of plots with soy stubble were traversed and

the individuals located in the 0.246 mt2 metallic ring were collected. Stink bugs were

raised under controlled conditions of humidity, temperature and photoperiod until the

emergence of parasitoids. Parasitism rates were compared between moments using

the Kruskkal Wallis test. Parasitism in FA wasn’t superior to the other moments for

none of the 3 species: for N. viridula, parasitism was higher in SA (H=8.21,

p=0.0163); for E. meditabunda it was during REF (H =7.53, p=0.0232); while for D.

furcatus, there were no significant differences between moments (H=0.53,

p=0.7372). Although parasitism during the population peaks of the stink bugs, reduce

population levels, it do not reach to diminish the economic damage in soy crops,

tachinds flies actions in refuge and beginnings of activity, is fundamental to arrive at

the critical period of soy with low populations of bugs and thus reduce insecticides

applications.

Palavras-Chave: Conservation biological control; Parasitism; Soybean

Apoio Institucional: Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de

Rosario.

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238

Plantas espontâneas presentes sob cultivo suspenso de

morangueiro como plantas banqueiras para controle do ácaro

rajado

Fernando Teruhiko Hata; José Eduardo da Silva Poloni; Maurício Ursi Ventura

Universidade Estadual de Londrina

O objetivo do trabalho foi avaliar a acarofauna presente sobre plantas espontâneas

próximas ao morangueiro cultivado em sistema suspenso. Foram realizados

levantamento florístico de comunidade de plantas espontâneas e faunístico na

comunidade de ácaros fitófagos e predadores, em cinco áreas de cultivo protegido

de morangueiro. A flora foi avaliada sob as estruturas de produção do morangueiro,

em três locais de cada estufa, em uma área de 1,8 m2. Foram avaliados abundância,

porcentagem de área que cada espécie vegetal ocupava e locais onde a espécie

ocorre. Para a fauna de ácaros, em cada planta espontânea encontrada, 20% do

material vegetal foi coletado e foram avaliadas abundância, frequência relativa e

riqueza de ácaros. Para a avaliação de associação entre espécies de ácaros e

plantas espontâneas, foi utilizado índice de Sorensen. Foram contabilizadas 51

espécies de plantas espontâneas, pertencentes a 22 famílias botânicas. As espécies

vegetais que abrigaram maior abundância de ácaros fitófagos foram: Petroselinum

crispum (Mill.) Nym (165 espécimes) e Commelina benghalensis (107). Dentre as

plantas espontâneas associadas aos ácaros predadores, as que obtiveram maior

abundância foram: Urochloa mutica (Forssk.) T.Q. (139) e C. benghalensis (72),

Capsicum spp. L. (41). As plantas com maior abundância de ácaros generalistas

associados foram: U. mutica (74), C. benghalensis (51), Conyza canadensis (L.)

Cronquist (15) e Capsicum spp. (13). Os ácaros predadores com maior abundância

foram: Neoseiulus californicus (McGregor) (8.94%), Neoseiulus anonymus (Chant &

Baker) (8.86%), Euseius citrifolius (Denmark & Muma) (7,42%) e Euseius concordis

(Chant) (3,18%), presente em 31,37, 7,84, 13,73, 23,53% dos hospedeiros e 11, 2, 6

e 8 locais de coleta, respectivamente. Capsicum spp. e U. mutica foram associadas

a altas densidades de ácaros predadores e baixas de fitófagos, sendo assim, com

maior potencial para serem testadas como plantas banqueiras de ácaros

predadores.

Palavras-Chave: Tetranychus urticae; ácaro predador; controle biológico

conservativo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico – CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior - CAPES

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Controle de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) com

Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammat

Flávio C. Montes; Jaci M. Vieira; José R. P. Parra

1Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’

ESALQ/USP. 2Koppert Biological Systems/Brasil. Email: [email protected]

Parasitoides do gênero Trichogramma têm sido empregados em programas de

controle biológico, em diferentes culturas em todo o mundo. Esses insetos parasitam

uma grande quantidade de pragas de importância agrícola, principalmente as

pertencentes à ordem Lepidoptera. No Brasil a espécie Trichogramma pretiosum

Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é comercializada por biofábricas, para

controle de diversas pragas, incluindo a traça-do-tomateiro Tuta absoluta (Meyrick)

(Lepidoptera, Gelechiidae) em condições de campo. O objetivo deste trabalho foi

avaliar a porcentagem de parasitismo de T. pretiosum sobre ovos de T. absoluta em

tomateiro em casa de vegetação. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação

dividida em compartimentos de 4 m2, localizada no Departamento de Entomologia

ESALQ/USP. O experimento foi realizado em cinco blocos, contendo 10 plantas de

tomateiro Solanum lycopersicon cv. Santa Clara, envasadas, e com

aproximadamente 25 cm de altura. Uma folha/planta foi individualizada com uma

gaiola de tecido tunil, juntamente com um casal de T. absoluta. Esse casal/planta

permaneceu por um período de 24h para oviposição. Após esse período o número

de ovos da praga foi contabilizado e iormente, foram liberados 400 parasitoides (T.

pretiosum) por bloco, provenientes de uma linhagem selecionada para T. absoluta.

Após quatro dias o número de ovos de T. absoluta parasitados por T. pretiosum foi

contabilizado. A porcentagem de parasitismo de T. pretiosum sobre ovos de T.

absoluta foi em torno de 80%. Esse resultado demonstrou que a espécie T.

pretiosum utilizada comercialmente no Brasil, apresenta alta taxa de parasitismo

sobre ovos de T. absoluta em casa de vegetação, o que pode contribuir para

redução da população desta praga bem como do número de pulverizações de

inseticidas em tomateiro, desde que seja feito um grande número de liberações do

parasitoide ao longo do desenvolvimento da cultura.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: Esalq/USP, Koppert, CNPq (Processo: 151370/2018-4) INCT-

Semioquímicos (CNPq/ Processo: 4655411/2014-7 e Fapesp/Processo:

2014/50871-0)

Page 240: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

240

Predação de ovos de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) ao longo da vida de Macrolophus basicornis (Stäl)

(Hemiptera, Miridae) em plantas de tomate Flávio C. Montes; Vanda H. P. Bueno; Ana M. Calixto; Marianne A. Soares;

Joop C. van Lenteren

1Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’

ESALQ/USP. 2Universidade Federal de Lavras-UFLA. 3Laboratory of Entomology, Wageningen

University, The Netherlands. Email: [email protected]

O tomateiro pode ser atacado em suas diferentes fases de desenvolvimento por

diversos insetos, os quais podem causar danos significativos e comprometer a

produção. Entre esses insetos, destaca-se Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera:

Gelechiidae), considerada praga chave e podendo causar perdas de até 100% se

não eficientemente controlada. Algumas espécies de mirídeos predadores como

Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera: Miridae) tem se destacado como

alternativa ecologicamente viável para o controle biológico de T. absoluta, pois

predam ovos e lagartas dessa praga, além de caminhar e reproduzir-se em plantas

em tomate. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de predação de ovos de T.

absoluta em todos os estágios ninfais e na fase adulta (fêmeas) de M. basicornis.

Um folíolo de tomate contendo ovos de T. absoluta ad libitum foi oferecido à ninfas

recém-emergidas de 1º instar de M. basicornis, disposto no interior de placas de

Petri (9 cm). Diariamente, o estágio de desenvolvimento das ninfas, bem como o

número de ovos consumidos foi anotado, e um novo folíolo com ovos foi adicionado.

Após a emergência dos adultos, 100 ovos de T. absoluta foram oferecidos

diariamente as fêmeas. O experimento foi mantido a 24 ± 1 ° C, 70 ± 10% UR e

fotofase de 12 horas. O número médio de ovos de T. absoluta consumidos pelas

ninfas de 1º, 2º, 3º, 4º e 5º instares foi de 13,4, 19,7, 40,4, 70,3, 187 ovos,

respectivamente), com um total de 330,7 ovos predados durante o estágio ninfal. O

consumo de ovos de T. absoluta por fêmeas de M. basicornis foi de 35,3 ovos/dia

com um total de 934, 30 ovos predados ao longo da fase adulta da fêmea. O número

total de ovos de T. absoluta consumidos por M. basicornis considerando o estágio

ninfal e a fase adulta foi de 1265 ovos. Esses resultados mostraram que M.

basicornis foi capaz de predar e sobreviver ao longo da vida se alimentando de ovos

de T. absoluta. Também os dados do consumo ao longo da vida do predador

permitem o cálculo da sua real predação quantitativa, uma vez que somente a

avaliação da resposta funcional, tende a superestimar a capacidade de predação,

devido ao fato de que geralmente a avaliação após é realizada após um período de

jejum de 24h dos indivíduos. Esses resultados aliados a outras características

biológicas e comportamentais ajudarão a selecionar espécies com potencial para

agente de controle biológico e sua eficiência quando liberados em condições de

campo e ou casa de vegetação.

Page 241: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Palavras-Chave: Controle biológico; Mirideo; Capacidade de predação

Apoio Institucional: ESALQ/USP, CNPq (Processo: 151370/2018-4), UFLA,

CAPES

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Preferência de oviposição de Telenomus podisi e Trissolcus

basalis por ovos de Glyphepomis dubia de diferentes idades

Francisco A. de S. Pereira; Joseane R. de Souza; Cláudio G. da Silva; José A.

F. Barrigossi; Keyssyane N. V. Soeiro; Daiana P. da Conceição; Maurício J. de

S. Paiva

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Centro de Ciências Agrárias, CEP 65055-970, São

Luís, MA, Brasil

Os parasitoides de ovos são considerados, em vários países, como os principais

inimigos naturais dos percevejos da família Pentatomidae. O objetivo da pesquisa foi

conhecer a preferência para oviposição de Telenomus podisi Ashmead, 1893

(Hymenoptera: Platygastridae) e Trissolcus basalis (Wollaston, 1858) (Hymenoptera:

Scelionidae) por ovos de Glyphepomis dubia Campos & Souza, 2016

(Hemiptera:Pentatomidae) de diferentes idades de desenvolvimento embrionário.

Para tanto, em 30 cartelas de cartolina (3 x 6 cm) fixou-se com cola branca uma

postura de G. dubia com aproximadamente 16 ovos de acordo com a idade de

desenvolvimento embrionário de menos de 24 horas, um, dois, três e quatro dias, a

qual foi oferecida para o parasitismo, por um período de 24 horas. As seguintes

características biológicas foram avaliadas para cada uma das espécies: parasitismo

(%), emergência (%), ovos parasitados sem emergência (%), duração ovo-adulto

(dias), razão sexual, número de fêmeas e de machos. As espécies T. podisi e T.

bassalis parasitaram e se desenvolveram em ovos do hospedeiro G. dubia embora a

idade de desenvolvimento embrionário do hospedeiro tenha afetado o

desenvolvimento das espécies de parasitoides. Conclui-se que T. podisi tem

preferência por ovos de G. dubia com menos de 24 horas, um e dois dias enquanto

T. basalis prefere ovos de um e dois dias de desenvolvimento embrionário, sendo os

mais adequados a serem utilizados em programas de controle biológico de G. dubia

na cultura do arroz.

Palavras-Chave: Oryza sativa; Parasitoides de ovos; Pentatomidae

Apoio Institucional: Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Cientifico e

Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Arroz e Feijão.

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243

Seletividade de inseticidas e acaricidas utilizados na cultura do

cafeeiro ao predador Chrysoperla externa (Hagen)

Gabriel de Melo Botelho; Wesley B. S. Paula; Bruno G. Dami; Andriely Borges

Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Gustavo Pincerato Figueiredo;

Alessandra M. Vacari

UNIFRAN - Universidade de Franca

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante predador

de bicho-mineiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepidoptera:

Lyonetiidae) na cultura do cafeeiro. O conhecimento sobre o efeito dos inseticidas

sobre os inimigos naturais é fundamental para um programa de Manejo Integrado de

Pragas. O objetivo foi avaliar o efeito letal de inseticidas e acaricidas utilizados em

cafeeiro em larvas do predador C. externa. O bioensaio foi conduzido utilizando o

inseticida clorpirifós (Klorpan® 480 EC) na concentração 3,75 mL i.a. L-1 e o

inseticida/acaricida fenpropatrina (Danimen® 300 EC) na concentração 1 mL i.a. L-1.

Cada inseticida foi testado utilizando concentrações equivalentes à dose máxima da

bula (100%) diluídas em 500L ha-1 de água destilada. O tratamento controle

consistiu somente de água destilada. Os inseticidas foram aplicados em superfície

de vidro (placa de Petri de 9 cm de diâmetro), que após a secagem foram utilizadas

para avaliar larvas do predador expostas ao resíduo. Em seguida, uma larva de C.

externa foi adicionada em cada placa e foram oferecidos ovos de Corcyra

cephalonica (Stainton) (Lepidoptera: Pyralidae) como presas. Cada placa foi

considerada uma repetição e foram observadas dez repetições para cada

inseticida/acaricida (clorpirofós e fenpropatrina) e para cada instar do predador

(primeiro e segundo ínstares). As avaliações foram conduzidas após 24 horas. O

número de larvas vivas foi avaliado pelo teste do qui-quadrado usando o PROC

FREQ. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O tratamento

controle não causou mortalidade dos predadores. Todas as larvas do predador

morreram após 24 horas, independente do inseticida/acaricida e do ínstar do

predador. De acordo com as classes de toxicidade preconizadas pela IOBC,

clorpirifós e fenpropatrina foram considerados nocivos (classe 4, mortalidade > 99%)

para o predador C. externa.

Palavras-Chave: crisopídeo; controle biológico; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: CNPq

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244

Materiais utilizados para evitar a fuga de lagartas de Diatraea

saccharalis em toletes de cana-de-açúcar

Gabriele do P. Borges1; Jael. S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V.

Silva2; Wallace A. Silva1; Larissa M. F. Pujoni1; Mateus Pires1; Bruna L.

Gasparelo1

1-Universidade Estadual do Norte do Paraná 2- UNIFIL

A metodologia de inoculação de lagartas no interior dos colmos de cana-de-açúcar

auxilia na compreensão de estudos de bioecologia de insetos que nele se

alimentam, se abrigam e se reproduzem, bem como de seus inimigos naturais,

principalmente no processo de parasitismo. Para manter as lagartas no interior dos

colmos sem que ocorra fuga muitos materiais podem ser utilizados. O objetivo desse

trabalho foi testar materiais para vedar o orifício de introdução das lagartas de

Diatraea saccharalis (Fabr,1794) (Lepidoptera: Crambidae). O experimento foi

realizado no Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes-PR, em três ambientes,

físicos, dois com temperatura controlada com termo-higrógrafo a 26º e 18ºC e um

temperatura ambiente. Foram testados 4 tratamentos sendo fita crepe, folha de

alumínio, filme plástico transparente e algodão. Os toletes foram perfurados com

furadeira elétrica, fez-se a inoculação das lagartas em cada um deles que após

receberem os tratamentos permaneceram nos três ambientes por 48 horas Ao

término desse período foram abertos longitudinalmente para a avaliação. Não houve

diferença significativa entre os materiais, e em nenhuma das 3 condições de

temperatura. Concluiu-se que todos os materiais não interferiram no comportamento

das lagartas, podendo ser utilizados como alternativas de baixo custo.

Palavras-Chave: inoculação; biologia em laboratório; temperatura

Apoio Institucional: Usiban- Usina de açúcar e álcool de Bandeirantes-PR

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245

Parasitismo natural de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) em

lagartas de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794)

Gabriele do P. Borges1; Jael S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V.

Silva2; Mateus Pires1; Karina da S. Marquito1; Wallace da S. Alves1; Pedro H. P.

Mendes1; Renan F. C. de Almeida1; Renan de O. Almeida1

1-UENP-CLM 2- UNIFIL

O consumo e utilização de alimentos constituem condição básica para o

crescimento, desenvolvimento e reprodução de insetos, uma vez que a quantidade e

qualidade do alimento utilizado na fase larval afeta o desempenho do adulto. Para

localização de seu hospedeiro, fêmeas de C. flavipes utilizam estímulos olfativos

para encontrar plantas infestadas por lagartas de D. saccharalis e dentre estes

estímulos pode-se colocar a produção de fezes. O trabalho foi desenvolvido em

canavial da Usina de Açúcar e Álcool Bandeirantes S.A. em novembro/dezembro de

2018, com o objetivo de estabelecer se há relação entre o tempo de consumo, a

produção de fezes e o parasitismo. Os tratamentos foram constituídos de tempos

diferentes de permanência das lagartas de D. saccharalis sendo estes de 120, 96 e

72 horas de alimentação no interior dos toletes. Os toletes inoculados foram levados

ao campo e presos com presilha de nylon nos colmos das plantas de cana, nas

linhas de plantio, distanciados de 10 m e permanecendo por um período de 24 horas

expostos ao parasitismo natural. Após esse período foram levados ao laboratório

onde realizou-se a abertura dos colmos longitudinalmente para a recuperação das

lagartas e transferência para tubos de fundo chato contendo dieta de realimentação.

Após 10 dias iniciou-se a avaliação quando do surgimento de massas do

parasitoide. Recuperou-se apenas 4 massas de C. flavipes, obtendo-se um total de

110 adultos, dos quais 99 eram fêmeas, resultando em uma razão sexual de 0,9. No

tratamento onde as lagartas ficaram se alimentando por 96 horas dentro dos colmos

obteve-se 2 massas, sinalizando a importância das fezes na atração do parasitoide.

No tratamento com 120 horas de alimentação observou-se fuga das lagartas e

formação de pupas de D. saccharalis. O resultado preliminar indica a presença do

parasitoide na área de estudo, sendo necessário a continuidade da pesquisa para

obtenção de resultados mais significativos.

Palavras-Chave: broca da cana-de-açúcar; tempo de alimentação; fezes

Apoio Institucional: Usiban- Usina de açúcar e álcool de Bandeirantes-PR

Page 246: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Preferência alimentar da formiga acrobática Crematogaster Lund,

1831 (Hymenoptera: Formicidae) em cana-de-açúcar

Gabriele do P. Borges1; Wallace da S. Alves1; Jael S.S. Rando1; Laila H.

Mihsfeldt1; Gabriela V. Silva2; Mateus Pires1; Karina da S. Marquito1; Pedro H.

P. Mendes1

1UENP-CLM; 2UNIFIL

As formigas Crematogaster fazem parte do grupo de predadores de importantes

pragas na cana-de-açúcar como a Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) e Telchin licus

(Drury, 1773). A fim de verificar a variedade de recursos explorados por essas

formigas generalistas o tempo que levam para se aproximar deles, desenvolveu-se o

presente experimento. Em lavoura de cana-de-açúcar foram distribuídos de forma

linear a cada 10 metros, iscas a base de 1-rapadura; 2- ração de sachê para gatos;

3- sardinha em óleo; 4- toletes de cana perfurados com broca elétrica e inoculados

com lagartas de D. saccharalis com cerca de 12mm de comprimento, e 5-

testemunha composta somente por lagartas. Os tratamentos 1; 2 e 3 foram

colocados em círculos de plásticos de 12mm de diâmetro para evitar contato com o

solo; o tratamento com os toletes foram colocados verticalmente encostados aos

colmos das plantas de cana na linha de plantio. As iscas foram dispostas no campo

as 12 horas e avaliadas a cada 30 minutos em sistema de rodizio até as 20 horas.

As formigas Crematogaster alimentam-se de substâncias açucaradas, gordurosas e

proteicas, mesmo assim preferiram os toletes contendo lagartas, levando em média

60 minutos para atacá-los. Tal fato ressalta a importância desse gênero no controle

biológico de pragas. A rapadura, rica em açúcar foi a isca menos preferida pelas

formigas. As formigas Crematogaster fazem parte do grupo de predadores de

importantes pragas na cana-de-açúcar como a Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) e

Telchin licus (Drury, 1773). A fim de verificar a variedade de recursos explorados por

essas formigas generalistas o tempo que levam para se aproximar deles,

desenvolveu-se o presente experimento. Em lavoura de cana-de-açúcar foram

distribuídos de forma linear a cada 10 metros, iscas a base de 1-rapadura; 2- ração

de sachê para gatos; 3- sardinha em óleo; 4- toletes de cana perfurados com broca

elétrica e inoculados com lagartas de D. saccharalis com cerca de 12mm de

comprimento, e 5- testemunha composta somente por lagartas. Os tratamentos 1; 2

e 3 foram colocados em círculos de plásticos de 12mm de diâmetro para evitar

contato com o solo; o tratamento com os toletes foram colocados verticalmente

encostados aos colmos das plantas de cana na linha de plantio. As iscas foram

dispostas no campo as 12 horas e avaliadas a cada 30 minutos em sistema de

rodizio até as 20 horas. As formigas Crematogaster alimentam-se de substâncias

açucaradas, gordurosas e proteicas, mesmo assim preferiram os toletes contendo

lagartas, levando em média 60 minutos para ataca-los. Tal fato ressalta a

Page 247: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

247

importância desse gênero no controle biológico de pragas. A rapadura, rica em

açúcar foi a isca menos preferida pelas formigas.

Palavras-Chave: iscas alimentares; lagartas; predadores

Apoio Institucional: UENP-CLM

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248

Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y

DoryctoBracon areolatus (Hymenóptera: Braconidae) en frutos de

ciruela Jobo

Gilberto Cesar Carmona Carmona; Hector Cabrera Mireles; Felíx David Murillo

Cuevas; Dora Alicia Ortega Zaleta; Gilberto Santos Andrade; Moeses Andrigo

Danner

Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia; Universidade Tecnológica Federal do

Paraná, Câmpus Pato Branco; [email protected]; Via do Conhecimento, Km 1 CEP 85503-

390 - Pato Branco - PR – Brasil

En México, liberaciones por aumento del parasitoide Diachasmimorpha longicaudata

(Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae) han sido realizadas para controlar la

plaga Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera:Tephritidae), sin embargo,

interacciones competitivas interespecíficas podrían afectar a especies nativas

cuando D. longicaudata ha sido introducido recientemente, habiendo necesidad de

estudios visando un control biológico por aumento en hospederos como las ciruelas

Spondia mombin L. en regiones con culturas de alto valor económico del mango. El

objetivo del estudio fue determinar el efecto de liberaciones por aumento de D.

longicaudata sobre su hospedero A. obliqua y parasitismo natural de DoryctoBracon

areolatus Szépligeti,1911 (Hymenoptera: Braconidae) en ciruela Jobo. Estudio

realizado en Agosto/2014-Mayo/2015, en Veracruz, México. Se realizaron

liberaciones de D. longicaudata semanalmente en una densidad de ≈1.500

parasitoides/hembras por hectárea, en una zona, y otra fue considerada zona

testigo. Cada zona se subdividió en 3 unidades de 5 has. cada una. Colectas de

frutos se realizaron semanalmente en sitios de liberación y sin liberación. Larvas de

A. obliqua fueron extraídas y confinadas en cámaras de pupación. Fue contabilizado

el número de especies (moscas, parasitoides) que emergieron y calculado los

porcentajes de abundancia para comparar los datos. La infestación de los frutos de

jobo por larvas de A. obliqua fue alrededor del 50% del total de los frutos colectados,

con un promedio de 2 larvas/fruto (sitio liberado) y 3 larvas/fruto (No liberado). Se

registró una emergencia de adultos de D. longicaudata en el sitio de liberación

(2.9%), D. areolatus (47.1%) e (2.9%) Utetes anastrephae Viereck,1913

(Hymenoptera: Braconidae), parasitoide nativo. Los resultados demuestran que no

hubo efecto negativo sobre D. areolatus a través de las liberaciones, permitiendo

una mayor aceptación de este tipo de estudio para el control de moscas Anastrepha.

Palavras-Chave: Liberaciones; Parasitoides; Mosca de la fruta

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato

Branco

Page 249: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

249

Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y

DoryctoBracon areolatus asociada al control biológico de mosca de

la fruta

Gilberto Cesar Carmona Carmona; Hector Cabrera Mireles; Felíx David Murillo

Cuevas; Dora Alicia Ortega Zaleta; Moeses Andrigo Danner; Gilberto Santos

Andrade

Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia; Universidade Tecnológica Federal do

Paraná, Câmpus Pato Branco; [email protected]; Via do Conhecimento, Km 1 CEP 85503-

390 - Pato Branco - PR – Brasil

Anastrepha obliqua, plaga más importante para el cultivo de mango, cuyo control no

ha sido eficiente, necesitando nuevas alternativas de control, como el Control

Biológico. En tanto, Diachasmimorpha longicaudata tenga mostrado eficiencia como

enemigo natural, es importante conocer las interacciones competitivas con

parasitoides nativos, ya que esa introducción puede llevar a reducción del rango de

dispersión ante tal presencia. Como objetivo del estudio fue evaluar la competencia

intrínseca entre D. longicaudata y DoryctoBracon areolatus en larvas de A. obliqua

en ciruela jobo. El estudio fue realizado en la región centro de Veracruz, México. El

estudio fue montado en diseño completamente al azar, con 3 tratamientos y 12

repeticiones, en cada unidad experimental fueron utilizados 30 frutos de jobo

parasitados por D. areolatus. T1) fruta larvada expuesta-30 hembras D.

longicaudata; T2) fruta larvada expuesta-15 hembras D. longicaudata; T3) fruta

larvada (testigo). Las exposiciones fueron por 3 horas. Se realizaron disección de

larvas extraídas de 5 frutos e identificaron y contabilizaron larvas de parasitoides.

Los datos se analizaron mediante una prueba T para determinar si hay diferencia

estadística entre los tratamientos y el testigo, utilizando el programa SAS (9.2). D.

longicaudata en presencia de las dos espécies, la larva de D. areolatus siempre

estaba muerta. La exposición a D. longicaudata afectó el % de larvas vivas de D.

areolatus, % de larvas de A. obliqua [15 hembras (60.2%, 50.7%); 30 hembras

(57.9%, 48.9%)]. D. longicaudata reduce en casi 50% el parasitismo de D. areolatus,

en relación con testigo. En competencia, D. areolatus afectó el parasitismo (55%,

64%) de D. longicaudata (33.7%, 21.6%) en 30 y 15 hembras. Los resultados indican

que, D. longicaudata afecta el rendimiento de D. areolatus, pero también D.

longicaudata es afectada por D. areolatus, y que, en el parasitismo, la espécie nativa

resiste mejor la competencia del exótico y no viceversa.

Palavras-Chave: Anastrepha obliqua; Parasitoides; Parasitismo

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato

Branco

Page 250: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

250

Incidência de inimigos naturais sobre Chrysodeixis includens e

Helicoverpa armigera (Lepidoptera:Noctuidae) em soja

Giulliano S. Camargos; Letícia H. Gomes; Igor D. Weber; Vinícius S.

Magalhães; Karina C. Albernaz-Godinho; Cecília Czepak

Universidade Federal de Goiás

As lagartas falsa-medideira, Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera:

Noctuidae) e Helicoverpa armigera Hübner, 1805 (Lepidoptera: Noctuidae) são

pragas-chave da cultura da soja (Glycine max L.). Surtos populacionais frequentes

de falsa-medideira na região do cerrado resultam em intensa desfolha na cultura,

enquanto o principal dano de H. armigera ocorre nas estruturas reprodutivas das

plantas. O controle biológico natural contribui para a regulação populacional desses

lepidópteros-praga. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a incidência de inimigos

naturais (INs) e a associação dos mesmos sobre lagartas de C. includens e H.

armigera coletadas em lavouras de soja de municípios goianos durante a safra

2018/2019. Após coletadas, as lagartas foram mantidas em laboratório e avaliadas

quanto a presença de parasitoides ou entomopatógenos, até atingirem a fase adulta.

Foram coletadas no total, 1725 lagartas em cinco municípios do estado de Goiás,

sendo 1110 C. includens e 615 H. armigera. Parasitoides e entomopatógenos foram

resposáveis pela morte de 33,51 e 15,45% de falsa-medideira e H. armigera,

respectivamente, sendo maior a incidência de parasitoides pertencentes à família

Encyrtidae em C. includens, Ichneumonidae para H. armigera e Tachinidae para

ambas as espécies. Ao submeter os valores de incidência de INs aos testes de Qui-

quadrado observou-se que: 1) Para C. includens ocorreu associação positiva

significativa (p<0,05) entre C. includens e vírus entomopatogênico (19,28% dos

indivíduos morreram com sintomas de virose) e associações negativas significativas

(p<0,05) com parasitoides; 2) Para H. armigera foi observado associação negativa

significativa (p<0,05) com himenópteros e vírus, enquanto uma associação positiva

foi observada com fungos entomopatogênicos. Assim, evidencia-se a importância da

presença destes inimigos naturais nos cultivos de soja auxiliando na supressão das

populações de C. includens e H. armigera.

Palavras-Chave: Parasitoides; Entomopatógenos; Lepidópteros-praga

Apoio Institucional: FAPEG

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251

Rastreabilidade dos processos produtivos de agentes

macrobiológicos adotada pela Promip

Grazielle F. Moreira; Fernando Z. Santos; Marcelo Poletti

PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km

01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

Desde o processo de produção massal de inimigos naturais nas biofábricas até sua

chegada e utilização no campo, diferentes fatores podem afetar a qualidade do

produto, levando a possíveis falhas no controle biológico do alvo no campo. A

rastreabilidade dos processos produtivos é um ponto fundamental na garantia da

qualidade do produto comercializado, garantindo o registro completo dos dados

durante o processo de produção. Para garantir a rastreabilidade dos processos

produtivos dos agentes biológicos comercializados pela PROMIP: Neomip Max

[Neoseilus californicus (McGregor, 1958) (Acari: Phytoseiidae)], Macromip Max

[Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) (Acari: Phytoseiidae)], Stratiomip

[Stratiolaelaps scimitus (Womersley, 1956) (Acari: Laelapidae)], Insidiomip [Orius

insidiosus (Say, 1832) (Hemiptera: Anthocoridae)], Trichomip P (Thichogramma

pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Trichomip G

(Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) foi

desenvolvido pelo Departamento de TI da empresa um aplicativo móvel utilizado

pelos colaboradores para a inserção dos dados e um sistema web para gestão dos

dados. O aplicativo permite a inserção dos dados de todo o processo produtivo,

gerando ao final um código de lote, também utilizado pelo Departamento de

Qualidade da empresa para a realização dos testes de qualidade preconizados pela

IOBC, obtendo-se dessa forma a rastreabilidade total do processo. O mesmo código

de lote é impresso no rótulo de cada produto facilitando o rastreio da mercadoria

pós-venda, garantindo dessa forma a qualidade assegurada dos produtos

comercializados pela PROMIP.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

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252

Controle de qualidade do produto Macromip Max® (Phytoseiulus

macropilis Banks, Acari: Phytoseiidae)

Grazielle F. Moreira; Isabella Malachias Gaspar; Rodolfo Bonacelli Montelatto;

Leisa Rodrigues Costa; Marcelo Poletti

PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km

01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

O mercado brasileiro de produtos biológicos tem crescido substancialmente nos

últimos anos. No entanto, para que a expansão desse setor se consolide de forma

sustentável, a garantia da qualidade dos agentes biológicos levados até o mercado,

pelas empresas fabricantes, é fundamental. Diante disso, a Promip tem

desenvolvido e aperfeiçoado seus processos de controle de qualidade para cada

agente biológico fabricado pela companhia. Diante disso, o presente estudo foi

desenvolvido para validar um novo método desenvolvido para o aperfeiçoamento do

controle de qualidade na produção de Phytoseiulus macropilis (MACROMIP MAX),

produto comercializado pela empresa para o manejo biológico do ácaro rajado. Com

o objetivo de realizar a contagem total de ácaros predadores contidos nas

embalagens comerciais de MACROMIP MAX, foi avaliada uma metodologia para a

quantificação de ácaros predadores nos frascos comerciais deste produto, que deve

conter pelo menos 5.000 adultos por unidade. Para a contagem dos indivíduos foi

montado um aparato composto na base por um pote plástico de 750 mL com tampa

de rosca, seguido de um funil de 12,5 cm de diâmetro na sua maior largura, um

segundo pote plástico de 300 mL, um funil de 10,5 cm de diâmetro e um tubo falcon

de 50 mL na extremidade. Todo material foi acoplado um ao outro havendo sempre

uma abertura central para a passagem dos ácaros predadores até o tubo falcon da

extremidade. Quatro frascos comerciais foram vertidos separadamente no primeiro

recipiente para ior contagem. Como tratamento testemunha, foram quantificadas

previamente quatro amostras que comporiam cada uma um frasco comercial antes

do envase. O tratamento testemunha apresentou uma média de 4.957 ± 200 ácaros

predadores, enquanto o novo aparato para contagem apresentou média de

predadores de 5.385 ± 800, não apresentando diferença estatística pelo teste T a

5% de probabilidade (programa SISVAR). Os resultados demonstram que o novo

método proposto é válido para a análise quantitativa dos frascos comercializados

permitindo a contagem total e garantindo a qualidade assegurada do produto.

Palavras-Chave: qualidade assegurada; controle biológico; manejo integrado de

pragas

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

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253

Aplicativo Promip Compatibilidade: uma ferramenta imprescindível

no manejo biológico de pragas

Grazielle F. Moreira; Roberto H. Konno; Marcelo Poletti; Fernando Z. Santos

PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km

01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

Nos últimos anos a adoção do controle biológico aplicado vem crescendo a um ritmo

acelerado no Brasil. Atualmente, a gama de agentes entomopatógenos e

macrobiológicos disponíveis no mercado é de cerca de 200 produtos registrados.

Porém, o uso de defensivos não compatíveis com os inimigos naturais pode

ocasionar efeitos colaterais e comprometer a eficiência do controle. Dentro desse

conceito, a Promip desenvolveu um aplicativo que tem a finalidade de disponibilizar

ao agricultor, informações sobre a compatibilidade de defensivos químicos e

biológicos sobre os agentes biológicos comercializados pela companhia. O

desenvolvimento desse aplicativo envolveu a equipes de P&D e de TI da empresa, e

todos os testes biológicos foram executados conforme normas estabelecidos pela

IOBC. Até o momento, foram avaliados a compatibilidade de 64 defensivos químicos

e biológicos para Neomip Max [Neoseilus californicus (McGregor) (Acari:

Phytoseiidae)] e Macromip Max [Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari:

Phytoseiidae)], 56 para Trichomip-P (Thichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera:

Trichogrammatidae), 30 para Insidiomip [Orius insidiosus (Say) (Hemiptera:

Anthocoridae)] e 20 para Stratiomip [Stratiolaelaps scimitus (Womersley) (Acari:

Laelapidae)]. Dos defensivos avaliados, dez se enquadraram nas Classes 1 e 2

(menos tóxicos) para todos os quatro produtos macrobiológicos avaliados. Os dados

de compatibilidade são de livre acesso e estão disponíveis no aplicativo “Promip

Compatibilidade”, dessa forma o agricultor pode escolher o defensivo mais

adequado nos programas de MIP. Esse é um aplicativo dinâmico e sempre receberá

novas atualizações.

Palavras-Chave: seletividade

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

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Gênero Archytas (Jaennicke) (Diptera: Tachinidae) como relevante

agente de controle natural de lepidópteros-praga em soja

Igor D. Weber; Welinton R. Lopes; Cecilia Czepak

Universidade Federal de Goiás

O gênero Archytas Jaennicke, 1867 (Diptera: Tachinidae) é composto por

parasitoides da fase larval de lepidópteros, frequentemente associado a espécies de

importância agrícola. Apresenta mais de 90 espécies descritas distribuídas ao longo

de toda a América, sendo, no Brasil, registradas 41 espécies. Buscou-se evidenciar

a importância deste gênero no controle natural de lepidópteros-praga em cultivos de

soja em Goiás. Foi analisada a ocorrência de Archytas a partir de coletas de lagartas

realizadas durante a safra 2017/2018 nas principais regiões produtoras de soja no

estado de Goiás. Foram identificados 12 gêneros da família Tachinidae, sendo

Archytas o mais frequente, encontrado em 48,28% das coletas realizadas. Foi obtido

um total de 1030 parasitoides taquinídeos, sendo 780 pertencentes ao gênero

Archytas, representando 75,73% dos taquinídeos identificados. Observou-se

elevada associação entre Helicoverpa armigera Hübner, 1805 (Lepidoptera:

Noctuidae) e Archytas (χ² = 190,28, gl = 1, p-valor < 0,01), onde 80,60% dos

taquinídeos encontrados em H. armigera pertencem a este gênero. Ainda, este

parasitoide foi encontrado em Chloridea virescens Fabricius, 1781 (Lepidoptera:

Noctuidae) e Spodoptera frugiperda JE Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae). Além

da soja, este parasitoide é encontrado em outros cultivos como em milho, associado

a S. frugiperda, e em algodão, parasitando H. armigera. Apesar do elevado potencial

de aplicação no controle biológico, ainda não existem meios eficientes de produção

massal deste parasitoide e seu maior tamanho corp, em comparação aos

parasitoides da ordem Hymenoptera, onera sua produção e dificulta o transporte,

acondicionamento e liberação em campo. Contudo, nota-se a relevância deste

gênero no controle natural de insetos-praga, evidenciando a importância de

conhecer e preservá-los nos cultivos agrícolas.

Palavras-Chave: Biocontrole; Levantamento; Parasitoide

Apoio Institucional: FUNAPE, FAPEG

Page 255: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Parasitoides e Entomopatógenos Associados às Lagartas

Desfolhadoras na Cultura da Soja em Goiás

Igor D. Weber; Janayne M. Rezende; Giulliano S. Camargos; Karina C.

Albernaz-Godinho; Cecilia Czepak

Graduando em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, 74690-900, Goiânia-GO, Brasil. Email:

[email protected]

Grande esforço tem sido dispendido no desenvolvimento de novas táticas para o

controle de lagartas desfolhadoras na cultura da soja. Por outro lado, nos cultivos

agrícolas é observada a presença de uma significativa diversidade de organismos

atuando na regulação destas populações de insetos-praga, de modo natural. Neste

sentido, buscou-se ampliar o conhecimento sobre a diversidade e abundância de

entomopatógenos e parasitoides associados às lagartas desfolhadoras na cultura da

soja no estado de Goiás. Foram realizadas 34 coletas de lepidópteros-praga durante

a safra 2017/2018 nas principais regiões produtoras de soja do estado. As lagartas

foram obtidas em campo de forma aleatória e mantidas em laboratório até sua morte

ou emergência do adulto. Os parasitoides e entomopatógenos observados foram

separados para ior identificação morfológica ou molecular, respectivamente. Foram

coletadas 6373 lagartas de dez espécies, sendo as mais frequentes: Anticarsia

gemmatalis (Hübner) (Noctuidae), Chloridea virescens (Fabricius) (Noctuidae),

Chrysodeixis includens (Walker) (Noctuidae) e Helicoverpa armigera (Hübner)

(Noctuidae). Deste total, 49,51% se desenvolveram até atingirem a fase adulta,

outros 32,68% foram mortas por agentes entomopatogênicos e parasitoides, na fase

de lagarta ou pupa, excluindo-se ainda a ação de predadores e parasitoides de

ovos, não avaliados neste trabalho. Os 17,78% restantes foram mortos por causas

desconhecidas. Os parasitoides da ordem Diptera apresentaram a maior frequência

de ocorrência (19,20%) em comparação aos demais inimigos naturais, associados

principalmente à H. armigera. Foi observada uma significativa diversidade de

organismos benéficos atuantes no controle biológico natural de lepidópteros-praga

nos cultivos de soja do estado, enfatizando a importância da preservação destes

inimigos naturais para que possam atuar de forma efetiva na supressão das

populações destes insetos-praga.

Palavras-Chave: Inimigos Naturais; Controle Natural; Biocontrole

Apoio Institucional: FUNAPE, FAPEG

Page 256: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

256

Distribuição de Diatraea saccharalis no canavial influenciando

oviposição e o parasitismo por Trichogramma galloi

Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Carolina Honório; Leandro Pires de

Araújo Júnior; Rodolfo Pontes Carneiro; Eric Novato de Sousa; Vitor Hugo

Fernandes Lima; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do local no canavial e da posição na

planta sobre a oviposição, sem chance de escolha, da broca-da-cana, Diatraea

saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae), e sobre o parasitismo e emergência de

adultos de Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em cana-

de-açúcar. Os ensaios foram conduzidos em plantio comercial de cana-de-açúcar de

ano, em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos repetidos

cinco vezes, sendo cada repetição composta por nove posturas, os tratamentos

foram: ovos colocados no interior ou bordadura do talhão, no meio da folha +1, na

bainha da folha +1 e na base do colmo, sem chance de escolha, pois as fêmeas

foram confinadas em gaiolas nesses locais. Pôde-se concluir que a D. saccharalis

colocou mais ovos em folhas do que na base do colmo, e não há diferença entre a

oviposição na bordadura ou interior do canavial em teste sem chace de escolha. O

parasitoide T. galloi prefere parasitar ovos colocados na lâmina foliar da bordadura

do canavial em relação à bainha de folhas do interior do canavial, em teste com

chance de escolha, e a emergência de adultos de T. galloi é igual em lâminas e

bainhas foliares de plantas da bordadura e do interior do canavial.

Palavras-Chave: Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CUML

Page 257: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Telenomus podisi parasitism on Dichelops melacanthus and

Podisus nigrispinus eggs at different temperatures

Érica A. Taguti1*; Jaciara Gonçalves1; Adeney de F. Bueno2; Suelhen T.

Marchioro3

1Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Departamento de Zoologia, Setor de Ciências

Biológicas, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil, *[email protected]. 2Embrapa Soja, Rodovia Carlos João Strass, s/n, Caixa postal 231 – Distrito de Warta, 86001-970

Londrina-PR, Brasil. 3Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Laranjeiras do Sul, Rodovia BR

158 – km 405, 85301-970 Laranjeiras do Sul, PR, Brasil

Dichelops melacanthus is the most important stink bug species feeding on maize in

South America. Telenomus podisi stands out as a sustainable management strategy.

However, T. podisi can also have an undesired effect by parasitizing the predator

Podisus nigrispinus. Therefore, the study of T. podisi parasitism on eggs of both D.

melacanthus and P. nigrispinus is of theoretical and practical interest. Individual 48-

hour-old parasitoids were offered a card with two hosts´ eggs, for the period of 24

hours, at 25°C. Afterwards, these eggs were exposed to temperatures of 15, 20, 25

or 30ºC. In another experiment, eggs were offered on a daily basis to parasitoid

females exposed to 15, 20, 25 or 30ºC, for 24 hours before eggs were replaced by

fresh ones (≤24h) and stored at 25ºC until emergence. Our results show that

temperature significantly influenced duration of T. podisi egg-to-adult period,

emergence, sex ratio, total number of parasitized eggs, and parental female longevity

on both host species. Development time of the parasitoid was reduced with

increasing temperature. Parasitoid emergence above 80% was observed at

temperatures of 20°C and 25°C in eggs of D. melacanthus, and at 20, 25 and 30°C in

eggs of P. nigrispinus. In both hosts, the ratio of parasitoid females (sex ratio) was

highest at the lowest temperature (15°C). In both host species, daily parasitism and

total number of parasitized eggs decreased with time, and longevity of females was

inversely proportional to the increases in temperature. These results allow us to

conclude that extreme temperatures of 15oC and 30oC are not favorable for T. podisi

parasitism. Therefore, in regions where those extreme temperatures are common,

additional studies are necessary to explore the requirements for a higher number of

parasitoids for successful field releases. Although the release of T. podisi in the field

might negatively impact the predator P. nigrispinus, this biological pest control

strategy can still be considered safer and more sustainable than the application of

chemical pesticides.

Palavras-Chave: Biological control; egg parasitoid; temperatures

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja);

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); and Universidade

Federal do Paraná (UFPR).

Page 258: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

258

Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em

frutos de cerejeira-do-rio-grande em Caçador, Santa Catarina

Janaína P. dos Santos; Juracy C. Lins Junior

Epagri- Estação Experimental de Caçador

A detecção e a quantificação das populações de mosca-das-frutas e seus

parasitoides em hospedeiros nativos são fundamentais para implementar técnicas

que envolvem o controle biológico. O estudo objetivou realizar o levantamento das

espécies de micro-himenópteros parasitoides associadas à mosca-das-frutas sul-

americana, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) e

avaliar os índices de parasitismo em frutos de cerejeira-do-rio-grande, Eugenia

involucrata DC (Myrtaceae). O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental da

Epagri de Caçador (SC), de 2016 a 2018, em novembro e dezembro. Em cada ano

de avaliação foram coletados 50 frutos de cinco plantas, do chão e da copa das

árvores, aleatoriamente, em maturação fisiológica. Os frutos foram acondicionados

em sala climatizada, em recipientes plásticos contendo areia esterilizada. Após 7, 14

e 21 dias, a areia foi inspecionada para a contagem de pupários, os quais foram

transferidos para placas de Petri contendo areia esterilizada e acondicionados em

gaiolas até a emergência de moscas e/ou parasitoides. O índice de parasitismo (I%)

foi determinado pela fórmula: I% = (P / TA) x 100, onde P= total de parasitoides

emergidos e TA= total de adultos emergidos (moscas + parasitoides). Em 2016,

registrou-se apenas um exemplar da espécie Aganaspis nordlanderi Wharton, 1998

(Figitidae), que representou 0,9% de parasitismo. Em 2017 não emergiram

parasitoides e, em 2018 foram registrados sete, cinco e quatro exemplares de Utetes

anastrephae (Viereck, 1913) (Braconidae), DoryctoBracon areolatus (Szépligeti,

1911) (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Figitidae),

respectivamente, representando 14% de parasitismo. Apesar dos baixos índices de

parasitismo, a cerejeira-do-rio-grande possui fenologia de frutificação concomitante

com várias frutíferas de clima temperado cultivadas na região de Caçador (SC),

sendo um importante hospedeiro nativo multiplicador da mosca-das-frutas sul-

americana.

Palavras-Chave: Anastrepha fraterculus; micro-himenópteros; Eugenia involucrata

Apoio Institucional: INCT/CNPq

Page 259: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em

frutos de araçazeiros vermelho e amarelo em Caçador, SC

Janaína P. dos Santos; Juracy C. Lins Junior

Epagri- Estação Experimental de Caçador

No Sul do Brasil, os araçazeiros vermelho e amarelo, Psidium cattleianum L.

(Myrtaceae) são hospedeiros multiplicadores da mosca-das-frutas sul-americana,

Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) para pomares

comerciais de frutíferas de clima temperado. O estudo objetivou realizar o

levantamento das espécies de micro-himenópteros parasitoides associadas à

mosca-das-frutas sul-americana e avaliar os índices de parasitismo em frutos de

araçazeiros amarelo e vermelho. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental

da Epagri de Caçador (SC), em 2017 e 2019, entre março e maio. Os frutos foram

coletados em plantas sem tratamento com agrotóxicos, localizadas próximas a

pomares comerciais de macieira. Também foram coletados frutos de araçazeiro

amarelo em mata nativa. Em cada ano de avaliação foram coletados 50 frutos de

quatro plantas, do chão e da copa das árvores, aleatoriamente, em maturação

fisiológica. Os frutos foram acondicionados em sala climatizada, em recipientes

plásticos contendo areia esterilizada. Após 7, 14 e 21 dias, a areia foi inspecionada

para a contagem de pupários, os quais foram transferidos para placas de Petri

contendo areia esterilizada e acondicionados em gaiolas até a emergência de

moscas e/ou parasitoides. O índice de parasitismo (I%) foi determinado pela fórmula:

I% = (P / TA) x 100, onde P= total de parasitoides emergidos e TA= total de adultos

emergidos (moscas + parasitoides). As espécies de parasitoides Aganaspis

pelleranoi (Brèthes, 1924) (Figitidae) e DoryctoBracon brasiliensis (Szépligeti, 1911)

(Braconidae) foram registradas em araçazeiro vermelho e amarelo. Já Aganaspis

nordlanderi Wharton, 1998 (Figitidae) e DoryctoBracon areolatus (Szépligeti, 1911)

(Braconidae) foram registradas apenas em araçazeiro vermelho. Em araçazeiro

vermelho, os índices de parasitismo foram de 2,1 e 4,4% em 2017 e 2019,

respectivamente. Em araçazeiro amarelo, em 2017 e 2019, os índices foram de 2,9

e 11,7%, respectivamente.

Palavras-Chave: Anastrepha fraterculus; micro-himenópteros; Psidium cattleianum

Apoio Institucional: INCT/CNPq

Page 260: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Determinação da dose ideal de Telenomus podisi a ser liberado

para o controle de Euschistus heros na fase vegetativa da soja

Jéssica L Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; José L.

Mallmann; Regiane C. O. F. Bueno

Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

A cultura da soja se destaca no agronegócio como a principal oleaginosa cultivada

no mundo e uma das commodities que mais gera divisas para o Brasil. No entanto, a

exploração econômica dessa cultura é prejudicada devido a estresses bióticos como

ataques de insetos-praga, principalmente do complexo de percevejos, que resultam

em queda da produtividade e qualidade da produção. Atualmente, a principal praga

da soja é o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera:

Pentatomidae), que inicia a colonização no final do período vegetativo e se mantém

na cultura até a colheita. No intuito de manejar essa praga-chave, estratégias de

controle biológico estão sendo adotadas, como o uso do parasitoide de ovos

Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:Scelionidae). Entretanto, há escassez

de informações sobre as técnicas de liberação desse parasitoide, bem como sobre o

número ideal a ser utilizado. Dessa forma, objetivou-se determinar o número ideal de

T. podisi a ser liberado no período vegetativo, visando obter o maior parasitismo em

ovos desse percevejo. O experimento foi instalado em condição de semi-campo,

utilizando-se plantas da variedade BMX POTÊNCIA RR. Foram utilizados 50 ovos

frescos de E. heros, distribuídos nos folíolos médios e nos folíolos superiores da

planta, e foram liberadas 0, 48, 96, 192, 384, 768 e 1538 fêmeas dos parasitoides. O

delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos e seis repetições. As

variáveis analisadas foram parasitismo, número de indivíduos por ovo, razão sexual

e viabilidade. De acordo com os parâmetros avaliados, as densidades de 48 fêmeas

e 96 fêmeas proporcionaram maior parasitismo, porém, em termos de viabilidade

econômica a dose de 48 fêmeas torna-se mais adequada.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitoide; percevejo fitófago

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq)

Page 261: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

261

Determinação do número ideal de Telenomus podisi a ser liberado

para controle de Euschistus heros na fase reprodutiva da soja

Jéssica L. Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; José L.

Mallmann; Regiane C. O. F. Bueno

Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

O percevejo marrom, Euschistus heros (Fabricius,1794) (Hemiptera: Pentatomidae)

é considerado praga-chave da cultura da soja. O início da colonização nas lavouras

de soja ocorre no final do período vegetativo e a fase crítica de ataque às plantas e

aumento de população ocorre no estádio reprodutivo (R5), quando há o início de

enchimento dos grãos. Nessa fase, para se alimentar, E. heros insere o estile nas

vagens, provocando danos diretos, como o escurecimento das sementes, alterações

na composição química e no poder germinativo e redução na produtividade e

qualidade dos grãos. Para manejar a população de E. heros têm-se utilizado

parasitoides de ovos Telenomus podisi (Ashmead,1893) (Hymenoptera:Scelionidae)

como uma estratégia do manejo integrado de pragas, que tem apresentado potencial

de controle do percevejo-marrom. Contudo, ainda há poucos estudos sobre a

liberação desse parasitoide em campo, como o número ideal a ser liberado durante

os diferentes estádios fenológicos da soja. Dessa forma, objetivou-se determinar o

número ideal de T. podisi a ser liberado para controle do percevejo-marrom no

período reprodutivo da soja. O experimento foi instalado em condição de semi-

campo, utilizando-se plantas da variedade BMX POTÊNCIA RR. Foram utilizados 50

ovos frescos de E. heros, distribuídos nos folíolos médios e nos folíolos superiores

da planta, e foram liberadas 0, 48, 96, 192, 384, 768 e 1538 fêmeas dos

parasitoides. O delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos e

seis repetições. O maior parasitismo foi atingido na densidade de 384 fêmeas, sendo

esse número o mais adequada a ser liberado no estádio reprodutivo da soja, visando

maior eficiência de controle.

Palavras-Chave: manejo integrado de pragas; técnica de liberação; estádio

reprodutivo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq)

Page 262: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

262

Características biológicas de Telenomus podisi criados em ovos

frescos e ovos armazenados em nitrogênio líquido

Jéssica L. Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; Regiane C.

O. F. Bueno

Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

O parasitoide de ovos Telenomus podisi (Ashmead,1893) (Hymenoptera:

Scelionidae) é uma das espécies de inimigos naturais que ocorre naturalmente nas

lavouras agrícolas. Esse agente de controle biológico apresenta ampla distribuição

geográfica e alto valor econômico por promover o equilíbrio de população de

insetos-praga, mantendo-as abaixo do nível de dano econômico. Possui preferência

pelo hospedeiro Euschistus heros (Fabricius,1794) (Hemiptera: Pentatomidae)

atingindo alto parasitismo. No entanto, para estabelecer a produção massal desse

parasitoide é necessário estabelecer métodos eficazes de multiplicação sem que

haja interferência nas características biológicas. Em virtude disso, objetivou-se

estudar as características biológicas do T. podisi criados em ovos frescos retirados

da criação de E. heros e sobre ovos armazenados em nitrogênio líquido. Os ovos

foram armazenados no nitrogênio líquido a -196°C durante 525 dias. O experimento

foi conduzido em condições controladas, temperatura de 25 ± 1°C, 70 ± 10% UR e

fotofase de 14 horas. Foram realizados dois tratamentos, com 20 repetições e o

delineamento foi inteiramente casualizado. Avaliou-se a duração do

desenvolvimento ovo-adulto, parasitismo, viabilidade, razão sexual, número de

indivíduos por ovo e longevidade dos adultos. O desenvolvimento ovo-adulto foi o

único parâmetro analisado que teve diferença estatística entre os tratamentos, em

ovos frescos a duração foi de 12,65 dias e em ovos armazenados foi de 13,10 dias.

Em virtude disso, ambos métodos de multiplicação do parasitoide foi viável e eficaz.

Assim, pode-se optar por utilizar ovos de E. heros armazenados em nitrogênio

líquido para a criação de T. podisi maximizando a disponibilidade de ovos para a

produção dos parasitoides.

Palavras-Chave: multiplicação de parasitoide; inimigos naturais; controle biológico

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq)

Page 263: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

263

Capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi em ovos de

Euschistus heros

João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno;

Hugo R. Maciel; Alan Effgen; Jessica A. de O. Muniz; Raphaela T. L. Guimarães

Instituto Agronômico do Paraná

Métodos sustentáveis no controle de pragas, como liberações massais de

parasitoides, são importantes no manejo do complexo de percevejos. Diversas

espécies de inimigos naturais ainda não foram devidamente estudadas. Assim, esse

trabalho avaliou a capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi Crawford, 1913

(Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de Euschistus heros Fabricius, 1974

(Hemiptera: Pentatomidae). O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente

casualizado com 4 tratamentos [temperaturas 15°C, 20°C, 25°C e 30°C ± 2°C e

fotoperíodo de 14/10h (C/E)] contendo 21 repetições, cada repetição composta por

uma fêmea adulta do parasitoide. Essas fêmeas, com até 24 horas de emergência,

foram individualizadas em tubos tipo Duran e transferidas para câmaras climatizadas

devidamente reguladas. A alimentação foi suprida com mel e diariamente foram

ofertadas cartelas contendo cerca de 40 ovos de E. heros anteriormente

armazenados em nitrogênio líquido. As cartelas retiradas eram armazenadas em

sacos plásticos em câmaras climatizadas, reguladas a 25 ± 2°C, UR 70 ± 10% e

fotoperíodo de 14/10h (C/E) até a emergência da progênie. Os parâmetros avaliados

foram longevidade das fêmeas parentais, número de ovos parasitados e razão

sexual da progênie. A longevidade das fêmeas parentais foi inversamente

proporcional ao incremento de temperatura, onde, os tratamentos de 25°C e 30°C

não apresentaram diferença significativa entre si, com valores de 33 e 24 dias,

respectivamente. À 20ºC, a longevidade foi de 73 dias e à 15ºC de 103 dias. O

número total de ovos parasitados foi maior na temperatura de 30ºC, onde a média

de parasitismo foi de 29 ovos por fêmea. Nas demais temperaturas a média de ovos

parasitados variou de 15 a 22 ovos por fêmea. A temperatura não influenciou a

razão sexual da progênie, a qual variou entre 50 e 70 % de fêmeas. A temperatura

influi a capacidade de parasitismo de T. urichi em ovos de E. heros, onde a

temperatura de 30ºC propiciou maior parasitismo.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; controle biológico; temperatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

Page 264: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

264

Biologia de Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus

João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno;

Rafael Hayashida; Ana P. de Queiroz; Jaciara Gonçalves

Instituto Agronômico do Paraná

As liberações de parasitoides de ovos se destacam pelo sucesso em diferentes

culturas. Entre as opções de parasitoides de ovos de percevejos, Trissolcus urichi

Crawford, 1913 (hymenoptera: platygastridae) é uma espécie com potencial para

utilização em campo. Nesse cenário, o presente trabalho teve como objetivo avaliar

a biologia de T. urichi em ovos de D. melacanthus Dallas, 1851 (hemiptera:

pentatomidae) em diferentes temperaturas. O bioensaio foi realizado em

delineamento inteiramente casualizado composto por 4 tratamentos contendo sete

repetições, cada repetição composta por três cartelas com 40 ovos colados e

expostos ao parasitismo por 24h. As cartelas contendo os ovos foram colocadas em

um pote contendo cerca de 1500 fêmeas com até 48h de emergência, por 24 horas

em câmara climatizada, regulada a 25 ± 2 °C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h

(C/E). Em seguida, as cartelas foram individualizadas em tubos tipo duran e

transferidos para câmaras climatizadas reguladas nas temperaturas 15°C, 20°C,

25°C e 30°C ± 2°C, com UR: 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h (C/E). Os

parâmetros avaliados foram: razão sexual, duração ovo-adulto em dias e tamanho

da progênie (número de adultos emergidos). A temperatura influenciou no período

ovo-adulto, sendo que a duração da fase jovem foi de 21, 13 e 10 dias nas

temperaturas de 20°C, 25°C e 30°C, respectivamente. A temperatura de 15oC foi

letal para o parasitoide que não atingiu a fase a adulta. Não houve diferença na

razão sexual, a qual oscilou entre 86 e 90% de fêmeas. Quanto ao tamanho da

progênie, o número de adultos que emergiram foi maior nas temperaturas de 20°C,

25°C, em média emergiram 15 e 17 indivíduos (de 40 ovos totais), respectivamente.

Com o aumento da temperatura para 30°C foi observada uma redução para 10

adultos emergidos. Logo, a temperatura influi no desenvolvimento das fases

imaturas de T. urichi, sendo as temperaturas de 20°C e 25°C as mais apropriadas

para seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Percevejo-barriga-verde; controle biológico aumentativo;

temperatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

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265

Spinetoram compatibility with the lady beetle Eriopis connexa

(Coleoptera: Coccinellidae) resistant to pyrethroids

Deividy V. Nascimento; Roberta L. Santos; Priscila M. G. Costa; Jorge B.

Torres

Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco,

Recife, PE, Brazil. E-mail: [email protected]

Spinetoram is an insecticide from spinosyns class recommended against

lepidopteran larvae and other defoliating species; therefore, not sharing the target of

Coccinellini beetle that prey primarily upon aphids, a group with various key pest

species. In this work, we evaluated the interaction of spinetoram using the field rates

0.08, 0.12 and two-fold the highest field rate (ca., 0.24 g i.a./L) with different stages

of the neotropical lady beetle, Eriopis connexa (Germar), regarding two different

populations: susceptible (Sus) and resistant (Res) to pyrethroids, another class of

insecticides also widely recommended against defoliating pest species. Lady beetle

egg mass might be contaminated through spray; thus, spinetoram applied over the

egg masses resulted in similar development and hatching across spinetoram rates

and ladybird beetle populations. However, newly hatched larvae from treated Res-

population exhibited reduced survival during the first instar compared to untreated

and the lower spinetoram rate. Larvae of lady beetles forage on treated surface for

prey items; thus, 6-days old larvae confined on treated cotton leaves exhibited similar

developmental duration, pupation and emergence rates. Nonetheless, larvae of

similar age caged on treated leaves and infested with aphids promoting dried residue

and contaminated prey ingestion resulted in lower pupation rate at the highest

spinetoram field rate for both beetle populations. Adults from both lady beetle

populations caged on either spinetoram-dried residues or dried residues plus

contaminated aphids exhibited similar egg production and survival. Based on these

finding, spinetoram seems to be compatible with E. connexa irrespective of

resistance trait to pyrethroid. Therefore, spinetoram can be another option for

insecticide recommendation against lepidopteran larvae seeking conservation of the

lady beetle.

Palavras-Chave: Nontarget effect; pyerethroid resistance; physiological selectivity

Apoio Institucional: CNPq, PROCAD CAPES NF

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Control of the brown stink bug in soybean with release of different

amounts of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae)

José C. de A. Pernambuco Filho1; Wellington S. M. Almeida2; Joanina

Gladenucci3; Felipe M. M. Santos2; Bruno Zachrisson4; Regiane C. O. F.

Bueno1,2

FCA/UNESP

The increasing occurrence of Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) in

soybeans, controlled by the exclusive use of synthetic insecticides, is a worldwide

fact. In this sense, the T. podisi parasitoid assumes fundamental importance as a

biological control agent, being an option for the integrated pest management (IPM) of

stink bugs in soybean. Thus, the objective of this study was to evaluate the

effectiveness of the release of different amounts of T. podisi in the soybean crop for

the control of E. heros. Eggs of E. heros parasitized by T. podisi were used, eggs

with 90% parasitism and sex ratio of 80% of females. The study was developed in an

area of 25 hectares of soybean crop, 2017/18 harvest, at Fazenda Dois Lagos, Tatuí-

SP. The experimental design was randomized blocks with 5 treatments and 5

replicates, with 30 meters of border. Three releases were made, one per week, for

each treatment and four samples per plot, before and after each release. The

treatments were: T1 - 2,000 eggs, T2 - 3,500 eggs, T3 - 5,000 eggs, T4 - 6,500 eggs

and T5 - control without release. The release of the adult parasitoids was manual and

the tour was concentrated in the central range of the plots considering the dispersion

capacity T. podisi. The samplings started when the soybean was in R5, with the beat-

cloth method for counting the nymphs and adults of the stink bug. In each plot of the

experimental areas four samplings were performed, one per week, distributed in 20

points, when at least two stink bugs were found per batter in all plots. T. podisi has

an effect on the control of the brown bug, reducing the number of individuals in

relation to the control. Only when 6,500 adults were released, there was a statistical

difference between the other treatments and the control, confirming that this amount

of T. podisi is effective for use in the applied biological control of E. heros for

soybean cultivation.

Palavras-Chave: Applied biological control; Parasitoids; Integrated pest

management

Apoio Institucional: CAPES

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267

Soybean productivity with release of Telenomus podisi

(Hymenoptera: Platygastridae) for control of the brown stink bug

José C. de A. Pernambuco Filho; Wellington S. M. Almeida; Joanina

Gladenucci; Felipe M. M. Santos; Bruno Zachrisson; Regiane C. O. F. Bueno

FCA/UNESP

The soybean, Glycine max (L.) Merrill, is the most planted crop in Brazil, with 118

million tons in the 2017/18 harvest. However, production could be maximized if it

were not affected by the losses caused by pest insects. Among the insects that

attack the crop, we highlight Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) that feeds

directly from the pods, seriously affecting productivity. The main method of control

adopted by producers is the use of chemical insecticides, often applied erroneously

and excessively. Reported as the most effective E. heros egg parasitoid, T. podisi

assumes fundamental importance as a biological control agent, and may be an

option for producers. The objective of this study was to evaluate the productivity of

soybeans after the release of different amounts of T. podisi for the control of E.

heros. The study was developed in an area of 25 hectares of soybean crop, 2017/18

harvest, at Fazenda Dois Lagos, Tatuí-SP. The experimental design was randomized

blocks with 5 treatments and 5 replicates. Three releases were performed in each

treatment. The treatments were: T1 - 2,000, T2 - 3,500, T3 - 5,000, T4 - 6,500 adults

and T5 - control without release. Harvesting was carried out in the maturation of the

soybean, manually, randomizing in the central lines two samplings of 1 m² each, with

the aid of PVC frame to delimit the harvested area. The soybean was threshed with

the aid of a fork-lift. The final yield (kg ha-1) and mass of 1000 grains were adjusted

to the humidity at 13%, according to equation (E): Pc = Pb (100 - Ur) / 100-13, where:

Pc = Corrected sample weight at 13% moisture; Pb = Gross weight of the sample;

Ur = Display humidity at time of weighing. The masses of the samples were

measured by a digital scale of 0.002 kg accuracy, and humidity, by the Gehaka®

AGRI apparatus. Therefore, it was concluded that the treatments did not differ

statistically between themselves and the control regarding productivity.

Palavras-Chave: Applied biological control; Parasitoids; Integrated pest

management

Apoio Institucional: CAPES

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268

Preferência do ácaro predador Amblyseius tamatavensis

(Mesostigmata: Phytoseiidae) por ovos e imaturos de Bemisia

tabaci biót

José C. Álvaro; Raphael C. Castilho; Odair A. Fernandes

PPG Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV),

Universidade Estadual Paulista (UNESP), 14884-900 Jaboticabal/SP, Brasil

A mosca branca, Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), é

uma importante praga no cultivo de tomate. O ácaro predador Amblyseius

tamatavensis Blommers (Mesostigmata: Phytoseiidae) é um potencial inimigo natural

desta praga. O objetivo do estudo foi verificar qual a preferência de predação do

ácaro A. tamatavensis em relação a ovos e ninfas de primeiro e segundo instares de

B. tabaci, em testes com e sem chance de escolha. Fêmeas adultas fertilizadas de

A. tamatavensis foram individualizadas em arenas com folhas de tomate (2,5 cm de

diâmetro). Os experimentos foram conduzidos em câmara climatizada (28±1oC,

80±10% UR e fotofase de 12 horas). O experimento de preferência sem chance de

escolha consistiu de 40 repetições e três tratamentos: (i) ovos, (ii) ninfas do primeiro

instar e (iii) ninfas do segundo instar. O experimento de preferência com chance de

escolha consistiu de 30 repetições e três tratamentos: (i) ovos - ninfas do primeiro

ínstar, (ii) ovos - ninfas do segundo instar e (iii) ninfas do primeiro instar - ninfas do

segundo instar. As presas consumidas, bem como as posturas do predador, foram

registradas a cada 24h. A preferência de predação de A. tamatavensis pelas

diferentes fases de B. tabaci foi determinada com base no índice de preferência β de

Manly, comparado pelo teste t. O ácaro predador consumiu mais ovos (8,40 ± 0,14

ovos/dia) do que ninfas do primeiro (6,13 ± 0,14 ninfas/dia) e do segundo instar (2,13

± 0,09 ninfas/dia) de B. tabaci, quando não teve chance de escolha. As fêmeas

adultas de A. tamatavensis preferiram significativamente mais ovos do que as ninfas

de mosca branca. A oviposição média diária (1,06 ± 0,03 ovos/fêmea/dia) das

fêmeas de A. tamatavensis alimentado com ovos de mosca branca foi maior

comparativamente quando oferecidas ninfas do primeiro (0,51 ± 0,04

ovos/fêmea/dia) e segundo instar (0,3 ± 0,03 ovos/fêmea/dia). Os resultados indicam

que A. tamatavensis tem preferência por ovos de mosca branca.

Palavras-Chave: Predação; Controle biológico; Tomate

Apoio Institucional: MCTESTP

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Perspectivas para o uso de ácaros tarsonemídeos (Acari:

Tarsonemidae) no controle biológico

José M. Rezende; Antonio C. Lofego

Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

A família Tarsonemidae é conhecida principalmente por espécies-praga importantes

no contexto agrícola, tais como Phytonemus pallidus (Banks) e

Polyphagotarsonemus latus (Banks). Além do hábito fitófago apresentado por estas,

vários outros modos de alimentação são observados em Tarsonemidae, alguns

pouco estudados ainda, como a predação. Assim, este estudo teve o objetivo de

verificar o conhecimento atual sobre este tema, através de revisão da literatura.

Foram encontrados apenas quatro publicações que indicam o potencial de predação

dos tarsonemídeos. Espécies do gênero Acaronemus, encontradas em pinheiros de

regiões temperadas, tem sido relatadas como predadores de vida livre; as quais se

alimentam basicamente de ovos de ácaros tenuipalpídeos e tetraniquídeos. O

gênero Dendroptus apresenta espécies potencialmente predadoras de ácaros

eriofiídeos, as quais são comumente encontradas dentro de galhas habitadas pelos

próprios eriofiídeos em tecidos foliares. Além disso, há relatos de uma espécie de

Dendroptus predando ovos de tideídeos na região da Criméia. Já Tarsonemus,

possui T. Praedatorius Lin, Nakao & Saito, a qual foi observada se alimentando de

ovos do tetraniquídeo Stigmaeopsis longus (Saito) em plantações de bambu do

Japão. Dessa forma, a família Tarsonemidae apresenta espécies predadoras com

potencial controle biológico de ácaros fitófagos pertencentes à famílias que

representam as principais pragas agrícolas em diversas regiões do mundo. Contudo,

este potencial ainda não foi apropriadamente explorado, tendo em vista os poucos

estudos realizados até o momento. Uma característica marcante dos ácaros

tarsonemídeos é seu tamanho reduzido, que os capacitam a explorar

microambientes. Dessa maneira, é desejável o melhor estudo desses pequenos

predadores como agentes de controle em algumas situações específicas, como em

espaços restritos, onde predadores maiores não conseguem adentrar ou se

locomover.

Palavras-Chave: Acaronemus; Dendroptus; Tarsonemus

Apoio Institucional: FAPESP

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Coccinelídeos predadores associados à Maconelicoccus hirsutus

em agroecossistemas de videira no Submédio São Francisco

José V. de Oliveira¹; Fabiana S. C. Lopes¹; José E. de M. Oliveira²; Martin D. de

Oliveira²; Adriana M. de Souza³; Geisa M. M. de Souza³

¹ Universidade Federal Rural de Pernambuco, 52171-900 Recife, PE, Brasil. Email:

[email protected]. ² Embrapa Semiárido, Caixa Postal 23, 56302-970 Petrolina, PE,

Brasil. ³ Universidade Federal do Piauí, 64049-550 Bom Jesus, PI, Brasil

A cochonilha-rosada-do-hibisco Maconelicoccus hirstus (Green, 1908) (Hemiptera:

Pseudococcidae) é nativa do Sul da Ásia. Foi registrada pela primeira vez no Brasil

em 2010 no estado de Roraima e se disseminou rapidamente para outras regiões do

Brasil, incluindo o Submédio do Vale do São Francisco. Esta espécie é considerada

praga-chave em culturas de importância econômica e em plantas ornamentais em

todo o mundo. Devido a sua recente introdução em agroecossistemas de videira no

semiárido nordestino, estudos com a finalidade de identificar inimigos naturais

associados a M. hirsutus são importantes visando à utilização do controle biológico.

Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de joaninhas predadoras

associadas a M. hirsutus em agroecossistemas de videira na Região do Submédio

do Vale do São Francisco. O levantamento foi realizado em fazendas produtoras de

uvas finas de mesa localizadas na região. Adultos e larvas de joaninhas foram

coletados em cultivos de videira após a constatação de estarem se alimentando de

M. hirsutus. Amostraram-se plantas de videira, plantas daninhas, quebra-ventos e

demais espécies de plantas encontradas dentro dos cultivos. As joaninhas foram

acondicionadas em tubos de ensaio e encaminhadas para o Laboratório de Manejo

de Pragas da Videira da Embrapa Semiárido para ior identificação. As joaninhas

foram identificadas com o auxílio de chaves taxonômicas. As espécies de joaninhas

predadoras identificadas foram: Cycloneda sanguinea (Linnaeus, 1763),

Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1853, Eriopis connexa (Germar, 1824),

Hippodamia convergens (Guérin-Meneville, 1842) e Tenuisvalvae notata (Mulsant,

1850) (Coleptera: Coccinelidae). O conhecimento de espécies de inimigos naturais

associados a M. hirsutus em agroecossistemas de videira na região é o primeiro

passo para o estabelecimento de um possível programa de controle biológico, caso

esta cochonilha torne-se uma praga importante em cultivos de videira.

Palavras-Chave: joaninhas predadoras; cochonilha-rosada-do-hibisco; controle

biológico

Apoio Institucional: CAPES, CNPq e FACEPE

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Biologia de Telenomus podisi e Trissolcus basalis em ovos de

Glyphepomis dubia

Joseane R. de Souza; Cláudio G. da Silva; José A. F. Barrigossi; Jorge B. de

Matos Junior; Gerson de O. Sousa; Daiana P. da Conceição; Maurício J. de S.

Paiva; Keyssyane N. V. Soeiro

Universidade Estadual do Maranhão

Este é o primeiro estudo de indicação de recomendação do uso de espécies de

parasitoides de ovos para o manejo de Glyphepomis dubia Campos & Souza, 2016

(Hemiptera: Pentatomidae) com potencial para uso no controle biológico na cultura

do arroz no Brasil. O objetivo da pesquisa foi conhecer a biologia de Telenomus

podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Platygastridae) e Trissolcus basalis

(Wollaston, 1858) (Hymenoptera: Scelionidae) em ovos de G. dubia. Para tanto, em

30 cartelas de cartolina (3 x 6 cm) fixou-se com cola branca uma postura de G. dubia

com aproximadamente 16 ovos. Essas cartelas foram submetidas individualmente

ao parasitismo por uma fêmea e um macho virgens de T. podisi e de T. basalis por

24 horas e avaliadas as seguintes características biológicas para cada uma das

espécies: parasitismo (%), emergência (%), ovos parasitados não emergidos (%),

duração ovo-adulto (dias), razão sexual, número de fêmeas e de machos por

postura e a longevidade de fêmeas e de machos sem alimento (dias). As espécies T.

podisi e T. basalis parasitaram e se desenvolveram em ovos do hospedeiro G.

dubia, sendo o parasitismo de 84,6 e 96,3% para T. podisi e T. basalis,

respectivamente. A emergência foi maior para T. podisi (96,3%) quando comparado

com T. basalis (50,5%), enquanto a porcentagem de ovos parasitados não

emergidos foi de 4,4 para T. podisi e de 47,6% para T. basalis. A duração de ovo-

adulto dos parasitoides foi cerca de 11,7 dias para T. podisi e de 10,3 dias para T.

basalis. A razão sexual de T. podisi foi 0,69 e de T. basalis 0,78. Em relação ao

número de fêmeas por postura para T. podisi foi de 9,5 e para T. basalis 6,9; para

os machos esses valores foram de 4,3 para T. podisi e de 2,8 para T. basalis. A

longevidade de fêmeas de T. podisi e T. basalis foi de 2,7 e 1,7 dias, enquanto a de

machos foi de 2,7 e 2,3 dias, respectivamente. Conclui-se que a espécie T. podisi

pode ser promissora para o manejo de G. dubia em lavouras de arroz.

Palavras-Chave: Oryza sativa; Pentatomidae; Parasitoides de ovos

Apoio Institucional: Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Cientifico e

Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Arroz e Feijão.

Page 272: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Pode o parasitismo por Tamarixia radiata afetar a dispersão de

Diaphorina citri?

Juliana S. Oliveira; Carolina R. Montoya; Alexandre J.F. Diniz; José R.P. Parra

Departamento de Entomologia e Acarologia, Universidade de São Paulo/ Escola Superior de

Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Piracicaba – São Paulo

O greening ou HLB (“huanglongbing”), atual principal doença dos citros no mundo, é

causada por bactérias transmitidas pelo inseto vetor Diaphorina citri Kuwayama,

1908 (Hemiptera: Liviidae). Dentre outras medidas, o controle biológico com a

liberação do parasitoide Tamarixa radiata (Waterson, 1922) (Hymenoptera:

Eulophidae) vem sendo utilizado como manejo externo. A praga é capaz de se

movimentar ativamente por mais de 2 km dentro do pomar em um período de 12

horas. Estudos que avaliam esse comportamento de dispersão em relação a fatores

bióticos são escassos. Assim, esta pesquisa visou avaliar o comportamento de

dispersão de D. citri em relação à presença de ninfas da espécie sadias ou

parasitadas por T. radiata. Foram utilizadas gaiolas de 3m de comprimento onde

foram distribuídas em seu interior 4 plantas de murta, todas com 4 brotações e

equidistantes, avaliando-se: (i) dispersão dos insetos entre as plantas sem a

presença de ninfas; (ii) dispersão dos insetos entre as plantas com a presença de

ninfas sadias na primeira planta e (iii) dispersão dos insetos entre as plantas com a

presença de ninfas parasitadas na primeira planta. Em todos os tratamentos foram

liberadas 90 fêmeas adultas de D. citri na primeira planta. A avaliação da dispersão

das fêmeas foi feita após 24h, 48h e 72h a partir da sua liberação, no total de 10

repetições. Os resultados obtidos indicaram que na ausência de ninfas o inseto vetor

apresenta comportamento agregado, com probabilidade superior a 95% de

permanecer no local de liberação mesmo após 72h. Porém na presença de ninfas,

sadias ou parasitadas, este comportamento sofreu alterações após 48h, havendo

uma tendência de dispersão de mais de 70% e um aumento de probabilidade de se

moverem até planta mais distante do local de liberação com a presença das ninfas.

Indicando assim que psilídeo tende a se dispersar mais na presença de ninfas,

parasitadas ou não. Os resultados deverão auxiliar na definição de novas técnicas

de manejo de citrus.

Palavras-Chave: Movimentação; HLB; Inimigo natural

Apoio Institucional: Fundecitrus

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273

Control de chinches hediondas en cultivos de leguminosas en los

Estados Unidos de Norteamerica

Julio Medal

University of Florida

Las chinches Nezara viridula, Euschistus servus, Halyomorpha halys y Megacopta

cribraria son plagas importantes de cultivos de leguminosas principalmente soya y

otros cultivos. Existen varias tácticas de manejo que incluyen trampas de feromonas,

cultivos trampas, rotación de cultivos, parasitoides y la utilización de insecticidas

químicos y botánicos. En los últimos años se ha intensificado el uso y búsqueda de

alternativas biológicas sustentables basadas en parasitoides nativos o importados.

El parasitoide ParaTelenomus saccharalis, originario de Japón, ha sido evaluado en

Florida y será liberado en el campo para controlar M. cribaria. Se realizaron pruebas

de especificidad en la cuarentena de Florida con la avispa parasítica Trissolcus

japonicus, introducida de china, exponiendo hembras adultas a los huevos del

chinche H. halys. Esta chinche fue detectada por primera vez en Pennsylvania,

Estados Unidos en 1998, probablemente introducida accidentalmente en material de

embalaje. Actualmente, este insecto se ha dispersado en 43 estados causando

daños considerables a leguminosas de grano, árboles frutales y vegetales con un

rango de hospederos reportado de más de 300 especies de plantas. Como parte de

la evaluación del riesgo para la liberación de este parasitoide, se llevaron a cabo en

la cuarentena de Gainesville, Florida pruebas de selección y no-selección con 22

especies de chinches fitófagos y depredadores de Florida. Los resultados mostraron

que el parasitoide de huevos tiene preferencia por la chinche objetivo y la mayor

parte de las especies evaluadas (dieciséis) no mostraron ningún desarrollo del

parasitoide, y seis especies mostraron un nivel bajo de parasitismo. Se presentan las

alternativas de manejo de chinches plagas de cultivos en los Estados Unidos.

Palavras-Chave: Chinches plagas; Pentatomidae; Soya

Apoio Institucional: Florida Department of Agriculture and Cosumer Services - DPI

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274

Biological control of Solanum viarum Dunal in Florida, USA

Julio Medal

University of Florida

Solanum viarum Dunal 1853 (Solanales: Solanaceae) is an invasive bush originary to

South America that has invaded Florida grasslands and natural ecosystems. In 1988,

it was found in Florida, USA and it was estimated half million ha were infested due to

favorable environmental conditions and lack of natural enemies (herbivores and

pathogens). This invader has spread rapidly in the majority of Florida counties and

also in other south-eastern states and Puerto Rico. Solanum viarum was placed on

the Florida and Federal Noxious Weed Lists in 1995. Control costs were estimated

at $6.5 to 16 million annually. This weed is a reservoir for at least six crop viruses

and major insect pests utilize the plant as an alternate host. Solanum viarum also

reduces biodiversity in natural areas by displacing native vegetation. Management

practices in Florida pastures primarily involved herbicide applications and mowing

which provided temporary weed suppression at an estimated annual cost of US$61

and US$47 per ha, respectively. However, application of these control methods is not

always feasible in inaccessible areas. In June 1994, the first exploration for natural

enemies was conducted in South America by University of Florida and Brazilian

researchers. Host specificity tests with 123 plant species in 35 families were initiated

in 1998 with the South American leaf-feeder beetle Gratiana boliviana Spaeth 1926

(Coleoptera: Chrysomelidae) which was approved 2003 for field release. From 2003

to 2011, 250,723 beetles were released by the Biocontrol Implementation Team

which included cattle ranchers and state and federal agencies. Post-release

monitoring through Florida indicates the beetle is causing substantial defoliation,

reducing stand densities and decreasing fruit production of S. viarum in Central and

South Florida with no negative effects on non-target species. This is the first

successful biocontrol project of a Solanum species in North America.

Palavras-Chave: Invasive plant

Apoio Institucional: University of Florida/USDA-APHIS/FDACS-DPI

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275

Flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na

cultura do alho em Caçador, Santa Catarina

Juracy C. Lins Junior; Larissa S. Pacheco; Janaína P. dos Santos; Luís C. P. da

Silveira

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Estação Experimental de

Caçador

Os tripes são os principais insetos-praga na cultura do alho e são poucos os relatos

da ocorrência de inimigos naturais associados a esses insetos na referida cultura. O

objetivo desse trabalho foi determinar a flutuação populacional de tripes e seus

inimigos naturais na cultura do alho no município de Caçador-SC. O estudo foi

conduzido a campo, na Estação Experimental da Epagri de Caçador. O

monitoramento dos insetos foi realizado numa área experimental de 224 m2 dividida

em 8 parcelas. O plantio do alho, cultivar Chonan, foi realizado no dia 29/06/2018 e

o monitoramento dos insetos teve início em 11/09/2018 quando foi detectada a

presença dos primeiros insetos a campo. A partir dessa data, dez plantas de alho

eram colhidas semanalmente em cada parcela, acondicionadas em sacos plásticos

e levadas ao laboratório para contagem de insetos. Thrips tabaci Lind., 1888,

Frankliniella insularis (Franklin, 1908) e Frankliniella gemina Bagnal, 1919

(Thysanoptera: Thripidae) foram as espécies de tripes coletadas. T. tabaci foi a

espécie predominante, correspondendo a 95,24% dos insetos coletados. O pico

populacional de tripes ocorreu na última semana de outubro quando foi registada a

média de 16,1 tripes/planta quando, então, foi aplicado para o controle da praga, o

inseticida imidacloprido (70 g de i.a./ha). Foram coletados 237 predadores nas

plantas de alho. Desse total, 76,4% dos indivíduos coletados eram larvas de

Syrphidae, sendo os demais larvas de Chrysopidae (13,5%), aranhas (5,9%), Doru

luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae) (2,1%), Orius insidiosus (Say,

1832) (Hemiptera: Anthocoridae) (1,7%) e Harmonia axyridis (Pallas, 1773)

(Coleoptera: Coccinellidae) (0,4%). Durante o estudo não foram encontrados tripes

parasitados. A população dos tripes manteve-se abaixo do nível de controle durante

praticamente todo o período de cultivo do alho, indicando que os predadores podem

ter contribuído para a regulação da população desses insetos.

Palavras-Chave: controle biológico; Thysanoptera; Allium sativum

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa

Catarina (Fapesc)

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Influência da alimentação com mel na longevidade e reprodução de

Anisopteromalus calandrae parasitando Lasioderma serricorne

Kássia C. F Zilch; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Eduarda Bender; Karine

E. Dores

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS

Av. Bento Gonçalves, 7712, Porto Alegre, RS, Brasil

Parasitoides são importantes agentes de controle biológico sendo uma alternativa

promissora para a agricultura. Para programas aplicados com criação massal e

liberação de parasitoides, a obtenção de indivíduos com alto potencial biológico é

fundamental. O pteromalideo Anisopteromalus calandrae (Howard) vem sendo

estudado para o controle de coleópteros pragas, incluindo Lasioderma serricorne

(Fabricius). Dessa forma objetivou-se investigar a influência da adição de mel na

alimentação de A. calandrae parasitando larvas de L. serricorne. Parasitoides

adultos foram mantidos em dois tratamentos, um com oferecimento de mel puro em

gotículas (CM) e outro sem nenhum alimento (SM). Trinta larvas de último instar de

L. serricorne foram expostas por 24h a parasitoides de cada tratamento (um casal

por pote). Os bioensaios foram mantidos em câmara climatizada (28 ± 2º C, 60 ±

10% UR e fotofase de 12 h). Diariamente, os casais eram colocados em contado

com um novo grupo de 30 larvas. Foram realizadas 15 repetições. A observação foi

diária registando-se a longevidade do casal de parasitoides, a data de emergência e

número de insetos emergidos. A longevidade média dos adultos de A. calandrae foi

significativamente maior no tratamento CM (H= 15,7609; gl= 14; p<0,05). As

fêmeas foram mais longevas em ambos os tratamentos, sobrevivendo em média 24

dias (CM) e 10 (SM), comparadas aos machos que viveram em média 14 dias (CM)

e 7 (SM). O tempo de sobrevivência observado duplicou após a alimentação com

mel, com indivíduos vivos por até 35 dias. As fêmeas produziram uma prole média

de 72,06 ± 9,31 indivíduos no tratamento com mel e no sem mel essa média foi de

40,8 ± 4,61 indivíduos por fêmea, com diferença significativa entre os valores (H=

7,5042; gl= 14; p<0,05). Em um contexto aplicado, o acréscimo de mel na dieta de

A. calandrae pode aumentar a longevidade dos parasitoides adultos, ampliar sua

eficiência no controle da praga e reduzir a frequência das liberações dos mesmos

em campo.

Palavras-Chave: Criação massal; parasitoide larval; besouro-do-fumo

Apoio Institucional: UFRGS, CNPq

Page 277: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Tempo gasto pela formiga Crematogaster sp. Lund, 1831

(Hymenoptera: Formicidae) para alcançar a fonte de alimento

Laila H. Mishfeldt; Jael S.S. Rando; Wallace da S. Alves; Mateus Pires; Pedro

H. P. Mendes; Gabriele do P. Borges; Larissa M.F. Pujoni; Viviane S. Alves;

Gabriela V. Silva

UENP/CLM

As formigas constituem-se num dos principais agentes de predação no controle

biológico de pragas na cultura da cana-de-açúcar, a exemplo as do gênero

Crematogaster. Muitas de suas espécies caracterizam-se por serem dominantes nas

comunidades tropicais, possuir elevado ritmo de atividade e agressividade e colônias

populosas e polidômicas. O objetivo desse trabalho foi verificar o tempo que as

formigas Crematogaster sp. levam para aproximar-se do alimento. Para tanto foi

desenvolvido três vezes em laboratório um experimento inteiramente casualizado

com quatro tratamentos: 1- ração úmida para gato; 2-sardinha em lata; 3-colmo de

cana e 4- testemunha, e quatro repetições. Os dois primeiros tratamentos foram

constituídos de pedaços de 10 mm3 colocados em pequenos recipientes e em cada

um fez-se a introdução de uma lagarta de D. saccharalis (Fabr., 1794), o terceiro

tratamento foi constituído de parte de colmo de cana-de-açúcar (200mm), perfurado

e inoculado com uma lagarta. A testemunha constou apenas de uma lagarta por

recipiente. Marcou-se o tempo de chegada das formigas oriundas de um ninho

distante cerca de 2 metros do local onde os tratamentos foram dispostos. O menor

tempo para aproximação das formigas no alimento foi 60 minutos, obtido nas

porções de colmo onde introduziu-se as lagartas.

Palavras-Chave: formigas onívoras; Diatraea saccharalis; cana-de-açúcar

Apoio Institucional: UENP/CLM

Page 278: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Avaliação da eficiência da liberação de Cotesia flavipes (Cameron,

1891)(Hym.: Braconidae) através de cápsulas biodegradáveis

Laila H. Mihsfeldt; Gabriela V. Silva; Jael S.S. Rando; Viviane S. Alves; Mateus

Pires; Karina S. Marquito; Pedro H.P. Mendes; Bruna L. Gasparelo; Renan F. C.

de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

O controle de Diatraea saccharalis (Fab., 1754) através de liberações inundativas de

Cotesia flavipes (Cam., 1891) é o mais utilizado no Brasil. Entretanto, a metodologia

utilizada (distribuição de copos plásticos contendo as massas cotonosas no interior

da lavoura) é onerosa em tempo e mão de obra e prejudica o ambiente pois os

copos plásticos não são recolhidos. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar a

eficiência do controle da broca através da liberação de cotesia via cápsulas, que são

esféricas e totalmente biodegradáveis. Para tanto, o experimento foi instalado em

um talhão convencional de cana-de-açúcar da Usina Bandeirantes, em

Bandeirantes-PR. Internódios de cana soca foram perfurados com uma furadeira e

broca nº 8 e, em cada orifício, foi introduzida uma lagarta de 3º instar de D.

saccharalis, apta a sofrer o parasitismo por C. flavipes. O orifício foi envolvido com

papel alumínio para impedir a fuga das lagartas. Os internódios foram mantidos em

laboratório durante 24h para ambientação das lagartas e levados ao campo (T:

23,4±2ºC e UR: 79,9±10%) amarrados nos próprios colmos de cana a 1m de altura e

distribuídos em linha. Os toletes foram espaçados em 3m e na linha lateral foram

depositados 5 capsulas espaçados em 6m. Foram feitas 4 repetições e em cada

linha foram colocados 10 colmos com lagartas. Após três dias, os colmos foram

retirados do campo e levados ao laboratório para ior quantificação dos dados.

Concluiu-se que o parasitismo foi em média 23,75%, apresentando um intervalo de

20 a 35% de parasitismo e a razão sexual foi de 0,75. Estes resultados mostram que

a liberação através de cápsulas pode ser viável, visto que tanto o índice de

parasitismo quanto a razão sexual encontram-se próximos ao que é observado

quando há liberação via copos. Testes adicionais devem ser realizados para verificar

outros parâmetros referentes a esta nova tecnologia.

Palavras-Chave: cana-de-açúcar; controle biológico; parasitismo

Apoio Institucional: UENP/CLM

Page 279: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Influência da adubação fosfatada em cultivos de soja transgênica no tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum emergidos de

ovos de Chrysodeixis includens Laís A. de Santis; Matheus H. Ferreira; Luan O. dos Santos; Diego F. Fraga

Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

O controle biológico natural de ovos em grandes culturas é uma importante

ferramenta em programas de Manejo Integrado de Pragas. Na cultura da soja, por

exemplo, Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é

considerada praga-chave e o parasitismo de seus ovos pode contribuir para o seu

controle. Todavia, a adoção de práticas culturais, tais como o manejo da adubação

das plantas, pode apresentar efeitos diretos sobre a qualidade deste controle.

Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada no

tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:

Trichogrammatidae) emergidos de ovos de C. includens encontrados em soja

transgênica. A pesquisa foi realizada em Uberaba/MG, no ano agrícola de 2018-

2019. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, em

esquema fatorial 2x4x3, a saber: duas variedades de soja (NS 7709 e 96Y90);

quatro doses de adubação (0 kg.ha-1, 40 kg.ha-1, 80 kg.ha-1, 120 kg.ha-1 de P2O5); e

três terços das plantas (superior, médio e inferior), com quatro repetições cada. Os

ovos de C. includens presentes por infestação natural nas plantas (n=4) foram

coletados semanalmente nas parcelas, a partir do estádio V5. Os adultos de T.

pretiosum emergidos dos ovos foram colocados sobre lâminas de vidro e, com o

auxílio de microscópio estereoscópico e uma régua graduada, aferiu-se o seu

comprimento (distância máxima entre a antela e o último segmento abdominal). Os

adultos de T. pretiosum emergidos de ovos presentes na variedade NS 7709

(expressa toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis) foram maiores que os

encontrados na variedade 96Y90. Além disso, os adultos emergidos das plantas

adubadas ao nível 120 kg.ha-1 de P2O5 foram maiores que os emergidos nos demais

tratamentos. A interação entre as três variáveis mostra que os adultos encontrados

na variedade NS7709, adubada com 120 kg.ha-1 de P2O5 nos terços inferior e médio

eram maiores que os encontrados nos demais tratamentos.

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Fundação de amparo á pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG

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Potencial efeito indireto no controle biológico de plantas invasoras

no sistema aguapé

Larissa A. Bini; Carey R. Minteer

Universidade Regional de Blumenau

Eichhornia crassipes (Mart.) Solms (Pontederiaceae) (Aguapé), espécie invasora na

América do Norte, tem causado diversos prejuízos a navegação e a biodiversidade

local. Seu agente de controle biológico Megamelus scutellaris Berg, 1883

(Delphacidae) estabeleceu-se na Flórida, onde convive com 5 congêneres nativos,

entre eles, Megamelus davisi Van Duzee, 1897 (Delphacidae), inimigo natural de

Nuphar advena (Aiton) (Nymphaeaceae), o qual seus ovos servem como hospedeiro

para o parasitoide nativo Kalopolynema ema (Schauff e Grissell, 1982) (Mymaridae).

Observações demonstraram que K. ema pode parasitar também ovos de outras

espécies de Megamelus sp. Portanto, investigou-se a preferência de parasitismo de

K. ema entre os ovos das espécies M. davisi e M. scutellaris. Em todas as etapas do

experimento utilizou-se tanques aquáticos de 20L (28.6cm x 31.1cm x 40cm)

conectados por um tubo de acrílico de 26cm. A primeira etapa baseou-se apenas na

escolha do parasitoide pelas plantas alvo do estudo. Na segunda, aplicou-se o teste

de Cairomonas, onde cada planta foi perfurada 25 vezes para simular oviposição.

Os machos/fêmeas de K. ema foram introduzidos individualmente em dois

momentos; 10 e 25 minutos após perfuração. A última etapa consistiu no teste de

postura, originados através da oviposição de M. davisi e M. scutellaris durante o

período de 24h. Neste teste, machos/fêmeas de K. ema foram introduzidos

individualmente nas plantas alvo em três períodos distintos; 24h, 48h, 72h após a

oviposição. Não houve preferência de K. ema entre as plantas alvo, igualmente para

o teste de Cairomonas. Quanto aos ovos depositados, os machos não apresentaram

preferência entre plantas em nenhum dos períodos, contudo, as fêmeas

apresentaram preferência significativa pelos ovos de M. davisi depositados em N.

advena no período de 72h após oviposição (p<0,05). Um possível efeito indireto

causaria aumento na população de K. ema trazendo consigo efeitos negativos sobre

a população nativa M. davisi.

Palavras-Chave: Parasitoide; Hospedeiro; Preferência

Apoio Institucional: Capes, Furb, Universidade da Flórida

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Parasitismo do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera:

Pentatomidae) na cultura da soja em sistema de cultivo orgânico

Leticia D. Zanachi; Gabriele L. Hoelscher; William R. de Carvalho; Leidiane C.

Carvalho; Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowski; Ana Paula G. da S.

Wengrat

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O complexo de percevejos pentatomideos associados à cultura da soja são pragas

importantes e que, nos últimos anos, dependendo do manejo do agricultor, vem

apresentando dificuldades de controle. Portanto, para uma maior eficiência de

manejo, é essencial conhecer as espécies de parasitoides associados a eles, bem

como, compreender sua dinâmica e capacidade de parasitismo. Assim, os objetivos

deste estudo foram conhecer o índice de parasitismo e a dinâmica de oviposição de

moscas da família Tachinidae em adultos do Nezara viridula (Linnaeus, 1758)

Hemiptera: Pentatomidae) em cultivo orgânico. Para tal foram realizadas coletas

semanais de adultos do percevejo em lavouras de soja, orgânica certificada, durante

a safra de 2018/2019, localizada na área da estação experimental da Unioeste, em

Entre Rios do Oeste – PR. As coletas foram realizadas em 30 pontos, com auxílio de

pano de batida. Os percevejos coletados foram encaminhados ao Laboratório de

Controle Biológico e acondicionados em bandejas plásticas contendo sementes

verdes de Ligustrum lucidum e grãos de soja. Os insetos foram observados

diariamente, durante 30 dias, para verificar o índice de parasitismo e a dinâmica de

oviposição. Os parasitoides obtidos foram armazenados em álcool 70% e

encaminhados para identificação. As coletas também foram realizadas em área de

cultivo convencional, porém, não foram encontrados o N. viridula. Na área orgânica

a incidência deste inseto foi elevada e a ocorrência de parasitismo foi em média de

51,33%, sendo Trichopoda giacomelli (Blanchard, 1966) (Diptera: Tachinidae) a

única espécie de parasitoide encontrada. O local de preferência de oviposição foi a

região dorsal do pró-tórax, sendo que as fêmeas (58%), foram as que tiveram o

maior índice de parasitismo. Os parasitoides do gênero T. giacomelli apresentaram

potencial para o controle do N. viridula, sendo importante o agricultor adotar medidas

que possibilitem o desenvolvimento e a permanência destes insetos em sua área.

Palavras-Chave: Tachinidae; Parasitoide; Tachinidae

Apoio Institucional: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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Sobrevivência de Neoseiulus californicus McGregor (Acari:

Phytoseiidae) a agrotóxicos na cultura do tomateiro indústria

Liz Regina S. Silva; Nássara G. Santiago; Pedro Henrique C. P. Costa; Larissa

M. de Sousa; Cecilia Czepak; Karina C. Albernaz Godinho; Karin Ferretto S.

Collier

Manejo Integrado de Pragas, Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás

A cultura do tomate indústria em Goiás normalmente não adota programas de

manejo integrado de pragas (MIP), empregando assim, um pacote tecnológico com

aplicações calendarizadas de produtos químicos. Como consequência de tal prática

tem ocorrido desequilíbrios nas áreas e o surgimento do ácaro-rajado Tetranychus

urticae Koch (Acari: Tetranychidae). Deste modo, o Laboratório de Manejo Integrado

de Pragas da Escola de Agronomia (EA/UFG) está desenvolvendo um programa de

MIP para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado utilizando ácaro

predador Neoseiulus californicus fornecido pela Koppert (Spical®). Assim sendo, o

objetivo desta pesquisa foi determinar em quantos dias é viável a liberação de N.

californicus após a aplicação dos agrotóxicos considerados incompatíveis com o

Spical®. Plantas de feijoeiro foram pulverizadas com Lambda-Cialotrina +

Clorantraniliprole, Tiametoxam + Clorantraniliprole, Metomil, Acefato, Clorfenapir e

Clorpirifós nas concentrações recomendadas pelos fabricantes. Após a pulverização

foram coletadas folhas de 24, 48, 72, 96, 120 e 144 horas, os discos foliares obtidos

foram alocados em arenas com algodão umedecido e papel filtro, onde foi inoculada

1 fêmea adulta N. californicus e 4 fêmeas de T. urticae. Estabeleceu-se que 80% de

sobrevivência do predador após 24 horas na arena seria o limite para a interrupção

do teste. Cada arena foi considerada uma repetição sendo no total 10 repetições.

Todos os ácaros predadores nas arenas/testemunha permaneceram vivos até 96

horas e após 168 horas, atingiram o limite de 80% de sobreviventes. O produto

Tiametoxam + Clorantraniliprole atingiu este limite em 48 horas; Lambda-Cialotrina

+ Clorantraniliprole e Metomil em 96 horas, Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós em 120

horas. Portanto, Tiametoxam + Clorantraniliprole permite a liberação mais rápida do

predador na lavoura e após a aplicação de Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós não é

viável fazer a liberação de N. californicus.

Palavras-Chave: MIP; Controle biológico; Ácaro-rajado

Apoio Institucional: PRAE; FUNAPE

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Control Biológico Natural en Chrysodeixis includens Walker,

[1858]) y Rachiplusia nu (Guenée, 1852) en el cultivo de soja

Lorena Patricia Richer; Verónica Sosa; Gabriela Acosta

Universidad Católica "Nuestra Señora de la Asunción", Instituto Paraguayo de Tecnología Agraria

La soja es el cultivo agrícola mas importante desde el punto de vista económico y de

superficie cultivada en Paraguay. El control biológico natural es aquel que se da

como resultado de la evolución de los sistemas naturales de regulación de especies

sin intervención del hombre. Las falsas medidoras son orugas del Orden

Lepidoptera: Familia Noctuidae: Sub Familia Plusiinae. Son especies catalogadas

como "plagas principales" en Paraguay, siendo frecuente en el cultivo de soja,

actuando como defoliadoras presentando una resistencia parcial a la acción de

plaguicidas. Este trabajo tiene como objetivo de medir el nivel en porcentaje de

control biológico natural em ambas especias de falsas medidoras. El manejo y

metodología del trabajo fue escoger parcelas de soja totalmente al azar y por medio

de paño de batida recolectar las orugas para luego llevarlas en laboratorio. En el

laboratorio fueron criadas con dieta artificial bajo condiciones controladas de luz y

humedad, se identifican las especies de falsas medidoras, monitoreando cada 24

horas para corroborar la presencia de parasitoides y entomopatógenos. En total

fueron colectadas 621 orugas siendo 471 individuos Chryodeixis includes y 150

individuos de Rachiplusia nu. Los parasitoides encontrados em ambos géneros,

fueron avispas del género Copidosoma sp, avispas del género Braconidos, dípteros

de la familia Tachinidae, avispas del género Microcharops sp, avispas del género

Ophion sp. En total, el parasitismo representó el 56,4% del total, y los

entomopatógenos (no identificados) el 12% del total. En este trabajo no se tuvo en

cuenta el manejo de cultivo de los productores de las parcelas utilizadas, lo que

demuestra que el control biológico natural es relativamente alto y eficiente, siendo un

parámetro para tomar en cuenta en el manejo integrado de plagas.

Palavras-Chave: falsas medidoras

Apoio Institucional: UCI, IPTA

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Inimigos Naturais de Dirphia moderata Bouvier, 1929 (Lepidoptera:

Saturniidae)

Luana de Souza Cruz; Erick Johnson da Silva Cruz; Gabriel Silva Magalhães

Andrade; Rozimar de Campos Pereira

UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

O gênero Dirphia Hübner, [1819] apresenta distribuição Neotropical. Esse gênero,

além de causar acidentes de interesse na saúde pública, é uma potencial praga

desfolhadora de plantas cultivadas, entre elas o cajueiro (Anacardium occidentale

L.), aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia Raddi) e Eucalyptus cloeziana F.

Muell., culturas de importância econômica. As recomendações para controle dessas

pragas são quase todas de natureza química, existindo poucas informações sobre a

ocorrência de inimigos naturais e controle biológico das mesmas. No Brasil, os

dados sobre parasitismo neste gênero ainda são muito escassos. O

desenvolvimento de um programa de manejo integrado necessita de conhecimentos

sobre a fauna benéfica e dos micro-organismos associados às pragas destas

culturas, bem como dos seus impactos na redução dos níveis populacionais. Assim

esse trabalho teve o objetivo de identificar inimigos naturais associados a Dirphia

moderata coletadas no campus da UFRB. As coletas dos inimigos foram feitas

sistematicamente a partir de observações visuais em campo e mediante amostra de

indivíduos da população de pragas em diversas fases de desenvolvimento e

mantidas em laboratório nos anos de 2015 a 2019. Dos resultados obtidos constata-

se que existe uma fauna rica de parasitoides, e entomopatógenos associados a D.

moderata. Dentre os parasitóides destacam-se Helicobia sp. e Sarcodexia sp., da

família Sarcophagidae, Lespesia afinis e Euphorocera sp., Winthemia sp. da família

Tachinidae, Anastatus sp., da família Eupelmidae, Chrysonotomyia sp., da família

Eulophidae e Cerastomicra sp., da família Chalcididae, o fungo Beauveria bassiana

(Bals.) Vuill. Os tachinideos foram os mais frequentes com 58,7% dos indivíduos

parasitoides coletados.

Palavras-Chave: Lagarta; entomopatógenos; parasitismo

Apoio Institucional: ABAF - Associação Baiana das Empresas Florestais

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Avaliação do forrageamento e parasitismo de Tamarixia radiata

(Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae)

Lucas Maniero Rodrigues; Carolina Reigada Montoya; Alexandre José Ferreira

Diniz; José Roberto Postali Parra

Universidade de São Paulo/ESALQ / Universidade Federal de São Carlos

O HLB ou huanglongbing é a doença mais grave da citricultura brasileira, sendo

Diaphorina citri (Kuwayama, 1908) (Hemiptera: Liviidae) responsável pela

transmissão das bactérias causadoras da doença. O manejo se dá, sobretudo, pelo

controle do vetor, uma vez que não há medidas curativas. Para isso, o parasitoide

Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) vem sendo utilizado

como agente de controle da praga com o manejo externo, por meio de liberações

nas áreas de inóculos primários. Entretanto, não se conhece o número ideal de

parasitoides para liberação, sendo necessários estudos que avaliem a resposta

funcional durante o forrageamento, uma vez que a exploração do meio por T. radiata

pode ser diferente de acordo com a qualidade e quantidade de hospedeiros. Dessa

forma, este trabalho visou determinar o padrão de forrageamento e parasitismo de T.

radiata em condições de laboratório. Foi utilizado um sistema composto por duas

câmaras interligadas por conector; em cada, foram disponibilizadas duas densidades

do hospedeiro: alta (100 ninfas) e baixa (5 ninfas), sendo liberadas também duas

densidades do parasitoide, alta (30 fêmeas) e baixa (5 fêmeas). Em cada avaliação

foi determinado o forrageamento das fêmeas, a partir da quantificação do número de

ninfas mortas e da proporção de fêmeas na prole. A partir dos resultados, é possível

sugerir que o forrageamento e as taxas de parasitismo das fêmeas do parasitoide

são variáveis de acordo com a densidade de ninfas hospedeiras e do inimigo

natural. Em situações de alta densidade de hospedeiros disponíveis, o parasitismo

mostra-se maior quando há baixa relação parasitoide/hospedeiro no sistema. Logo,

é possível sugerir que, no campo, em áreas com elevado índice de infestação, as

taxas de parasitismo tendam a ser maiores devido à baixa competição

intraespecífica do parasitoide (considerando-se a densidade fixa de liberação). Os

resultados podem contribuir para aprimorar o uso do parasitoide em campo.

Palavras-Chave: Forrageamento; Liberação do parasitoide; HLB

Apoio Institucional: Fundecitrus / Citrosuco

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Cleruchoides noackae (Hym.: Mymaridae): ritmo de parasitismo

sobre ovos de Thaumastocoris peregrinus (Hem:

Thaumastocoridae)

Luciane K. Becchi; Thamires L. Santos; Caroline D. de Souza; Carolina Jorge;

Heitor C. Neto; Camila Z. Bassi; Leonardo C. Vieira; Lucca B. Farnettane;

Leonardo R. Barbosa; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências

Agronômicas (FCA), Campus de Botucatu, SP, Brasil

O parasitoide de ovos Cleruchoides noackae Lin & Huber, 2007 (Hymenoptera:

Mymaridae), nativo da Austrália, tem sido multiplicado e liberado em plantações de

eucalipto para o controle de Thaumastocoris peregrinus Carpintero & Dellapé, 2006

(Hemiptera: Thaumastocoridae). A liberação do parasitoide deve ser realizada após

a emergência, para que o inimigo natural tenha tempo suficiente para encontrar o

hospedeiro e parasitá-lo. O objetivo foi avaliar o ritmo de parasitismo de C. noackae

em ovos de T. peregrinus. Casais, recém-emergidos de C. noackae foram

individualizados em frascos de poliestireno e alimentados com solução de mel a

50%. Dez ovos de T. peregrinus, com 24 horas de idade, foram oferecidos a partir

da emergência das fêmeas do parasitoide, a cada 3 horas, até completar 15 horas

de vida. Os ovos foram retirados e armazenados em câmara climatizada (Temp. 24

± 2ºC, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h). Foi avaliado o número de ovos parasitados

por horário, número de ovos parasitados acumulado, emergência (%), razão sexual

e duração do ciclo de vida ovo-adulto do parasitoide (dias). O delineamento

experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (3, 6, 9, 12 e 15

horas) e 15 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as

médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). O número de ovos parasitados

quando fêmeas apresentavam 6 horas de idade foi de 6,6 ovos, diferindo

estatisticamente do parasitoide com 9, 12 e 15 horas de idade, parasitando em

média 3,5, 1,0 e 0,07 ovos/fêmea, respectivamente. Cleruchoides noackae

parasitaram em média 15,5 ovos durante 15 horas de vida, a 24ºC. A viabilidade foi

maior quando fêmeas tinham 3 e 6 horas de vida, com 41 e 58% de emergência. A

razão sexual, 0,59 a 1, e a duração do desenvolvimento (ovo-adulto) do parasitoide,

15,0 a 15,5 dias, não diferiram estatisticamente. Este parasitoide mostrou alta

capacidade de parasitismo em menos de 24 h, mostrando ser um agente importante

e eficiente no manejo da praga.

Palavras-Chave: Controle Biológico; Eucalyptus spp; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES.

Page 287: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

287

Relação espacial entre massa corp de inimigos naturais e a

presença de recursos florais

Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação

Experimental de Itajaí, CEP 88318-112, Itajaí, SC, Brasil; Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Caixa Postal 3037, CEP 37200-00, Lavras – MG; Lancaster University, Lancaster Environment

Centre Lancaster, University Lancaster LA1 4YQ, United Kingdom

A inserção de recursos florais é uma importante ferramenta no recrutamento,

direcionamento e atração de agentes de controle biológico em agroecossistemas. A

massa corp destes indivíduos pode servir de indicativo do efeito desta diversificação

no ambiente e, consequentemente, do incremento do controle biológico. Isso se

deve ao fato de que inimigos naturais especialistas no manejo de pragas agrícolas

tendem a ter massa corp menor, tais como himenópteros parasitoides. O objetivo

deste trabalho foi investigar a relação espacial entre a massa corp de inimigos

naturais especialistas e a presença do recurso fl Tagetes erecta L. (Asteraceae). O

experimento foi realizado em cultivo de alface, durante o florescimento de T. erecta,

cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m). Amostragens foram

realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas de alface dos

canteiros, em pontos de amostragem que irradiaram a partir das plantas de alface,

aleatoriamente, em um raio de 0,5 a 6,5 metros. Todos os insetos foram

acondicionados e levados ao laboratório, onde foram pesados, identificados e

alocados em suas posições tróficas referentes ao agroecossistema avaliado. Os

dados foram analisados através de modelos lineares de efeitos mistos. A massa

corp dos inimigos naturais aumentou significativamente em relação à distância dos

recursos florais (y = -0.2 + 0.072x; R² = 0.03; F = 8.68; P = 0.0036). A maior

disponibilidade de recursos, proporcionada por T. erecta, possivelmente favoreceu

esse processo. Nas proximidades das plantas de T. erecta foram coletados

predominantemente parasitoides especialistas no controle biológico das pragas

deste sistema. Desta forma, a medida que se aumentou a distância, os inimigos

naturais tendem a ter maior massa corp e, consequentemente, menor

especificidade. Baseado nestes resultados é possível construir estratégias para

otimizar a inserção de recursos florais em ambientes agrícolas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

Page 288: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

288

Tamanho é documento? Propriedade de conexões tróficas

alteradas por recursos florais

Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Sabidamente, recursos florais funcionam como recrutadores de inimigos naturais em

ambientes agrícolas, muitas vezes potencializando o controle biológico. Estas

alterações, e o possível funcionamento deste serviço do ecossistema, podem ser

refletidas por parâmetros relacionados as conexões tróficas, tais como número de

conexões (L), densidade das conexões (dependência do tamanho da rede trófica) e

conectância (nº de possíveis links sobre o nº total de links possíveis (L/S²)). O

objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da presença do recurso fl Tagetes erecta

L. (Asteraceae) nas propriedades da conexão tróficas. O experimento foi realizado

em dois cultivos consecutivos de alface, durante a fase vegetativa e o florescimento

de T. erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m).

Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas

de alface dos canteiros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao

laboratório, onde foram identificados e alocados em suas posições tróficas. Os

dados foram analisados por meio do pacote cheddar no programa R. O número de

conexões tróficas aumentou 248% (de 75 para 261) durante o florescimento,

demonstrando maior densidade das conexões, que aumentou 64,50% (2,77 para

4,57). Consequentemente, no ambiente com recursos florais, a conectância diminuiu

em 22,33% (0,103 para 0,08). Ambientes naturais, dotados de maior riqueza de

espécies, são conhecidos por ter grande quantidade de conexões fracas e um

pequeno número de conexões fortes entre espécies, diminuindo a conectância

média do ambiente, e indicando uma maior estabilidade do mesmo. Desta forma, a

presença dos recursos florais contribuiu para a maior interação entre espécies e

estabilidade do agroecossistema, refletido pela diminuição da sua conectância. Um

banco de dados baseado nestes parâmetros poderá auxiliar no diagnóstico do

estado do controle biológico nos agroecossistemas e consequente otimização do

manejo de pragas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

Page 289: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Recursos florais mediando variações nas assimetrias predador-

presa em agroecossistemas

Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Plantas dotadas de recursos florais agem recrutando, direcionando e atraindo

predadores e parasitoides nos agroecossistemas. Parâmetros de assimetria

predador-presa podem servir de indicativos para o funcionamento do controle

biológico no ambiente. Dentre estes índices destacam-se a onivoria (nº de indivíduos

com presas em mais de um nível trófico), vulnerabilidade (nº médio de consumidores

por presa) e a generalidade (nº médio de presas por consumidores). O objetivo

deste trabalho foi avaliar o impacto da presença do recurso fl Tagetes erecta L.

(Asteraceae) nas assimetrias predador-presa. O experimento foi realizado em dois

cultivos consecutivos de alface, durante a fase vegetativa e o florescimento de T.

erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m).

Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas

de alface dos canteiros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao

laboratório, onde foram identificados e alocados em suas posições tróficas. Os

dados foram analisados por meio do pacote cheddar no programa R. O índice de

generalidade apresentou um aumento de 58,16% na presença do recurso fl (3,00

para 4,74), enquanto o índice de vulnerabilidade aumentou 65,26% (3,57 para 5,91).

A onívoria, por sua vez, apresentou aumento de 71,42% (0,07 para 0,12). A maior

abundância de inimigos naturais generalistas, tais como aranhas, contribuíram para

o aumento destes índices. Estas assimetrias refletem a suscetibilidade de predação

no ambiente. Desta forma, durante o florescimento das plantas de T. erecta, é maior

a probabilidade de predação neste agroecossistema, o que, invariavelmente, afeta o

controle biológico e possíveis surtos populacionais de pragas. Sendo assim, estes

índices refletem informações pontuais sobre o estado do controle biológico em

determinado ecossistema, podendo ser utilizado na construção de estratégias para

otimizar a inserção de recursos florais em ambientes agrícolas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; predadores; parasitoides

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

Page 290: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Parasitismo de Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), em

Curuquerê-da-couve na região do Arenito Caiuá, PR

Luiz G. dos Santos; Edimar Pertelini; Fabiana S. Machado; Ana C. da R. Alves;

Alline de L. Rodrigues; Paulo H. M. da Silva; Greissi T. Giraldi; Julio C.

Guerreiro

Universidade Estadual de Maringá

Devido à relevância dos prejuízos causados por agentes desfolhadores em

hortaliças, a Curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis (Latreille 1819) (Pieridae),

tem destaque como um dos principais insetos-praga de brassicáceas, já que

favorece a perda do potencial produtivo da planta. O controle biológico por sua vez é

um importante aliado no controle de populações da mesma. Para demonstrar a

importância desse parasitoide como agente do controle biológico, este trabalho teve

como objetivo determinar a intensidade de parasitismo por meio do parasitoide

Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), um microhimenóptero que

deposita seus ovos em Curuquerê-da-couve. O experimento foi realizado na

Fazenda Experimental da UEM - Campus Umuarama. Foram realizadas coletas

mensais de lagartas entre 2º e 5º instar, nos períodos de maio de 2018 a janeiro de

2019 em diferentes espécies de brássicas. As coletas foram realizadas em um

tempo de 90 minutos em cada amostragem e as lagartas coletadas foram alocadas

em caixas plásticas e transportadas para o Laboratório de Entomologia, sendo

alimentados com folhas de Raphanus sativus (Linnaeus) (Brassicaceae). Dos

insetos coletados no campo anotou-se o número total de lagartas coletadas, número

de lagartas parasitadas, número de parasitoides e a média de parasitoides por

lagarta. Os dados foram analisados através de análise estatística descritiva.

Coletou-se 623 lagartas, das quais 256 estavam parasitadas, demonstrando uma

média de 42,19% de parasitismo, com destaque para os meses de maio, agosto,

setembro e outubro, que obtiveram percentuais acima da média comparado com o

total do período avaliado. Para o número de parasitoides, observou-se a emergência

de 6035 microhimenópteros, refletindo em cerca de 23,57 parasitoides por lagartas.

Dessa forma pode-se dizer que o parasitismo por C. glomerata é ferramenta

essencial para o manejo integrado de pragas e para a manutenção de baixas

densidades populacionais de curuquerê da couve em brássicas.

Palavras-Chave: Ascia monuste orseis; Parasitoides; Agentes biológicos

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Maringá

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Parasitismo de ovos de percevejos em soja na região do Arenito

Caiuá, Paraná

Luiz G. dos Santos; Greissi T. Giraldi; Edimar Pertelini; Fabiana S. Machado;

Eliseo G. T. Raniolo; Vitoria C. de S. Bonzanino; Diogo Ferrari; Julio C.

Guerreiro

Universidade Estadual de Maringá

Dentre as principais pragas ocorrentes na cultura da soja destacam-se os

percevejos fitófagos, um grupo de insetos que tem se mostrado de difícil controle,

principalmente devido ao baixo número de princípios ativos eficientes. Visando

alternativas para esse cenário, este trabalho teve o objetivo de avaliar a incidência e

potencial do controle biológico natural realizado pelo parasitoide Telenomus podisi

Ashmead (Platygastridae), na região do Arenito Caiuá, PR. O experimento foi

conduzido na Fazenda Experimental da UEM - Campus Umuarama. Para determinar

a incidência do parasitoide foram efetuadas coletas semanais no período de

novembro de 2018 a março de 2019, em lavouras de soja. As amostragens foram

realizadas através de observações visuais, percorrendo a área experimental durante

1 hora. Por ocasião da observação de oviposições, foram anotadas informações

sobre o local de deposição na planta e estas foram coletadas e alocadas em sacos

de papel previamente identificados, encaminhadas para o Laboratório de

Entomologia da UEM, onde foram analisadas as variáveis de número de

oviposições, número de ovos por oviposição, espécies ovipositantes e hospedeiros,

além do percentual de parasitismo. Os dados foram avaliados através de estatística

descritiva. Durante o período de amostragem foram coletadas 283 oviposições,

totalizando 3085 ovos de percevejos, sem considerar a espécie da praga. A partir

desses dados observou-se 58,60% de parasitismo em ovos de Euschistus heros

Fabricius (Pentatomidae), 48,47% em Piezodorus guildinii Westwood

(Pentatomidae), 79,21% em Dichelops melacantus Dallas (Pentatomidae) e 34,38%

em Nezara viridula Linnaeus (Pentatomidae). Já para os locais de ocorrência de

oviposições, foi observado de modo geral, que o maior índice de parasitismo ocorreu

no terço inferior da planta, com cerca de 42,85%. Sendo assim, o parasitismo natural

de ovos de percevejos, tem uma eficiência relevante no controle dessas pragas.

Palavras-Chave: Telenomus podisi; Parasitismo natural; Controle biológico

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Maringá

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Um novo passo na produção de Trichogramma Westwood: Criopreservação de ovos de Mythimna sequax

Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)

Magda Fernanda Paixão; Luís Amilton Foerster

Universidade Federal do Paraná

A produção massal de Trichogramma Westwood (Hymenoptera: Trichogrammatidae)

em hospedeiros alternativos de baixa qualidade nutricional pode interferir na

capacidade de parasitismo, reprodução e longevidade. Estudos indicam que

parasitoides originados de ovos diminutos não são adequados ao parasitismo de

ovos mais volumosos, como os ovos dos noctuídeos que atacam as grandes

culturas anuais como soja, milho e algodão. Neste trabalho avaliou-se a viabilidade

de ovos de Mythimna sequax (Franclemont) (Lepidoptera: Noctuidae)

criopreservados em nitrogênio líquido, por diferentes períodos, ao parasitismo por

Trichogramma atopovirilia Oatman e Platner e Trichogramma pretiosum Riley. Os

ovos foram estocados por um, três, seis, nove e 12 meses em nitrogênio líquido (-

196°C). Após o descongelamento, os ovos foram transferidos para tubos de vidro e

expostos ao parasitismo por fêmeas de Trichogramma durante 24h. O parasitismo

dos ovos estocados foi comparado com ovos não estocados. O delineamento foi

inteiramente casualizado com seis períodos de estocagem e 20 repetições (2♀:20

ovos). A média de parasitismo por T. atopovirilia se manteve acima de 87% em

todos os períodos de estocagem. Em T. pretiosum a média foi superior a 82% até os

seis meses, reduzindo para 79% aos 12 meses de estocagem. A emergência dos

adultos chegou a 90% para T. atopovirilia e 92% para T. pretiosum aos 12 meses de

estocagem. A capacidade reprodutiva e a longevidade das progênies de T.

atopovirilia e T. pretiosum originadas de ovos de M. sequax estocados por nove e 12

meses não diferiu daquelas obtidas com ovos não estocados. A criopreservação de

ovos de M. sequax em nitrogênio líquido mostrou-se viável para a produção das

duas espécies de Trichogramma em ovos estocados por 12 meses, o que propicia a

produção em larga escala de Trichogramma em ovos de alta qualidade nutricional,

assim como a sincronização da produção de parasitoides com os períodos de

ocorrência dos insetos-praga em culturas anuais.

Palavras-Chave: parasitoides de ovos; produção massal; baixa temperatura

Apoio Institucional: Bolsa de Pós-Graduação da Capes

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Desenvolvimento e capacidade reprodutiva de quatro espécies de

Trichogramma em ovos de Mythimna sequax criopreservados

Magda Fernanda Paixão; Tamara Akemi Takahashi; Luís Amilton Foerster

Universidade Federal do Paraná

A multiplicação de parasitoides de ovos em hospedeiros com baixa capacidade

nutricional pode afetar a eficiência do parasitismo das pragas-alvo. Ovos de

Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae), criopreservados em

nitrogênio líquido, tem potencial para utilização na criação massal de Trichogramma

spp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Neste trabalho, avaliou-se o desempenho

de Trichogramma pretiosum Riley, Trichogramma atopovirilia Oatman e Platner,

Trichogramma exiguum Pinto e Platner e Trichogramma galloi Zuchi em ovos de M.

sequax estocados em nitrogênio líquido por 30 dias. Foram avaliados: parasitismo,

emergência, razão sexual, tempo de desenvolvimento e capacidade reprodutiva.

Após 30 dias, os ovos foram descongelados e expostos ao parasitismo por fêmeas

das quatro espécies de Trichogramma por 24h, acondicionadas em tubos de vidro.

O desempenho das espécies em ovos criopreservados foi comparado com ovos

frescos não estocados. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro

espécies de Trichogramma e 20 repetições (2♀:20 ovos). O parasitismo das

espécies em ovos estocados foi superior a 84%, exceto para T. galloi (77%) e a

emergência superior a 87%, exceto para T. galloi (80%). Entretanto, não houve

diferença entre ovos estocados e não estocados. A estocagem não afetou a razão

sexual, a longevidade e a capacidade reprodutiva das progênies das quatro

espécies. Com exceção de T. atopovirilia, o tempo de desenvolvimento das

progênies foi relativamente maior (±1 dia) em ovos estocados do que em ovos não

estocados. No parasitismo acumulado, durante quatro dias, T. atopovirilia foi a

espécie que apresentou as maiores taxas de parasitismo. A utilização de ovos de M.

sequax estocados em nitrogênio líquido mostrou-se viável para a produção das

quatro espécies de Trichogramma, uma vez que, a capacidade reprodutiva e o

desenvolvimento dos parasitoides não foram afetados pela estocagem do ovo

hospedeiro em comparação aos ovos não estocados.

Palavras-Chave: parasitoides de ovos

Apoio Institucional: Bolsa de Pós-Graduação da Capes

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Uso de dietas artificiales y suplementos alimenticios para

optimizarla cría masiva de Coccinellidae (Coleoptera)

Schneider, Marcela Inés; Fogel, Marilina Noelia; Scorsetti, Ana Clara

CEPAVE (CONICET UNLP)

El control biológico de plagas es una estrategia de control de bajo impacto ambiental

que promueve la sustentabilidad de los sistemas agrícolas. La familia Coccinellidae

sobresale dentro de los depredadores por su rol como enemigos naturales de plagas

agrícolas y por su presencia espontánea en numerosos agroecosistemas. El uso de

depredadores Coccinellidae como bionsumos requiere de poner a punto su cría

masiva y si bien hay empresas que comercializan varias especies, requieren el uso

de presa ficticia como huevos de Sitotroga cerealella, lo cual encarece la producción

masiva de los mismos. El objetivo del presente trabajo fue probar tres dietas

artificiales desarrolladas en el laboratorio con diferente proporción de carbohidratos y

proteínas (A,B,C) y la suplementación con pulgón como presa (Rophalosiphum

padi), pasas de uva y polen orgánico de abeja. Se evaluaron sobre dos especies de

Coccinellidae (Eriopis connexa y Cycloneda sanguinea) y como puntos de

evaluación se registraron: tiempo de desarrollo, supervivencia, fecundidad y

fertilidad, proporción de progenie por individuo. De acuerdo a estos estudios, la dieta

A permitió un desarrollo óptimo y el agregado tanto de polen como pasas de uva

como suplementos alimenticios aumentaron el desempeño (depredación),

fecundidad y fertilidad en ambas especies. Sin embargo, en estas especies cuando

no se ofreció presa los parámetros de evaluación disminuyeron, pero con un %

mínimo de presa (20 pulgones/día), dieta artificial y demás suplementos alimenticios

permitió una cría en gran número con alta calidad a nivel de desempeño. Estos

estudios demuestran la importancia de considerar otras opciones de alimentación

además de la presa de cara a su cría masiva como bioinsumos, considerando que

estas especies en condiciones naturales se alimentan de néctar, polen, etc. Los

resultados obtenidos nos permiten pensar que la cría de coccinélidos como

bioinsumos en Argentina puede ser económicamente viable.

Palavras-Chave: control biológico; bioinsumos; cría artificial

Apoio Institucional: CONICET/PIP 0205

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295

Desenvolvimento e sobrevivência de larvas de Chrysoperla externa

alimentadas com ovos de Spodoptera frugiperda

Marcela V. de Campos; Bianca L. L. de Andrade; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

Spodoptera frugiperda é conhecida como uma das pragas mais devastadoras de

culturas de importância econômica. Produtos químicos têm sido utilizados para o

seu controle e, embora eficientes, afetam a qualidade do alimento, a saúde do

agricultor e do consumidor, ocasionando o aparecimento de resistência. Atualmente,

há uma demanda da sociedade por alimentos saudáveis levando a busca de

alternativas de controle de pragas, como biológico. Com o objetivo de realizar um

estudo comparativo da biologia de C. externa alimentada com ovos de S. frugiperda

e Anagasta kuheniella, o trabalho foi desenvolvido. Os ensaios foram conduzidos em

laboratório com temperatura de 25ºC. 100 ovos de C. externa foram individualizados

em tubos de ensaio (40mL) vedados com algodão e, após a eclosão, 50 larvas

foram alimentadas com ovos de A. kuheniella e 50 com ovos de S. frugiperda. As

seguintes características biológicas foram analisadas diariamente: duração e

sobrevivência dos estágios de ovo, larva e pupa e razão sexual (número de

fêmeas/número total de machos e fêmeas). C. externa completou seu ciclo biológico

quando alimentada exclusivamente com ovos de S. frugiperda. A 25ºC, a duração

ovo/adulto do predador alimentado com as duas presas foi de 28 dias. As larvas

alimentadas exclusivamente com ovos de S. frugiperda apresentaram média de

duração de 15,78 ± 1,20 dias e sobrevivência de 76%. A duração do período pupal e

a razão sexual foram de 10,60 dias e 0,44, respectivamente. Já os indivíduos

alimentados com A. kuheniella apresentaram duração média do período larval e

pupal de 14,42 ± 2,06 e 12,44 dias, respectivamente, sobrevivência de 86% e razão

sexual de 0,45. S. frugiperda constitui uma boa fonte alimentar para C. externa em

laboratório. Não houve diferença entre as médias obtidas para a duração do estágio

ovo-adulto e duração do estágio larval do predador em função do tipo de alimento

oferecido. A sobrevivência do predador foi maior quando as larvas foram

alimentadas com ovos de A. kuheniella. S. frugiperda é uma boa presa para criação

de C. externa em laboratório, podendo ser promissora também em campo, onde

provavelmente encontrarão o inseto-praga em diferentes estádios de

desenvolvimento, além de uma dieta mais variada.

Palavras-Chave: controle-biológico

Apoio Institucional: Fapemat, IFMT

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296

Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa

(Neuroptera: Chrysopidae) alimentadas com mosca-branca

Marcela V. de Campos; Vivianne B. Pereira; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

A mosca-branca (Bemisia spp.) é uma velha conhecida dos produtores de algodão.

Nas últimas safras, este inseto vem representando uma ameaça a cotonicultura

como praga e vetor de viroses. Atualmente o controle químico não tem obtido nível

satisfatório de controle. O controle biológico é uma importante alternativa de controle

para esta praga, incluindo a ação do predador Chrysoperla externa. Com o objetivo

de determinar a capacidade predatória e o desenvolvimento de C. externa

alimentadas com ovos de Bemisia spp. advindas de lavouras de algodão, o presente

trabalho foi desenvolvido. Espécimes de C. externa foram coletadas em lavouras de

algodão. Os espécimes coletados foram identificados e mantidos em gaiolas de

criação em condições naturais para obtenção de ovos e multiplicação. Os ensaios

foram conduzidos em laboratório, onde 42 ovos de C. externa foram individualizados

em tubos de ensaio (40mL), vedados com algodão. Após a eclosão das larvas,

foram oferecidos discos de folhas de 2 cm de diâmetro contendo ovos de mosca-

branca coletados em campo para 21 larvas. Para as outras 21 foram oferecidos ovos

de Anagasta kuheniella. As seguintes características biológicas foram estudadas por

meio de observações diárias: duração e sobrevivência dos estágios de ovo e larva e

capacidade de predação de ovos de mosca-branca. Para o estudo da capacidade

predatória, diariamente foram oferecidos 30 ovos de mosca-branca. 24h após o

oferecimento, o número de ovos consumidos era anotado, até o completo

desenvolvimento larval. As larvas de C. externa alimentadas apenas com ovos de

Bemisia spp. não conseguiram completar o seu desenvolvimento, não atingindo a

fase adulta e apresentaram desenvolvimento mais lento que as larvas alimentadas

com Anagasta, demonstrando influência da presa fornecida no período de

desenvolvimento larval do predador. As larvas de C. externa podem consumir até

202,71 ovos de Bemisia spp. durante todo seu estágio larval.

Palavras-Chave: algodoeiro; bicho-lixeiro; controle-biológico

Apoio Institucional: Fapemat, IFMT

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297

Resposta comportamental de Aphelinus abdominalis

(Hymenoptera: Aphelinidae) a óleos voláteis de Tagetes erecta

Marcelo M. Haro; Luís Cláudio P. Silveira; Andrew Wilby; Juliana Olívia Nicolao

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação

Experimental de Itajaí

Pulgões são pragas comuns em cultivos agrícolas e podem ser controlados

naturalmente com a presença de parasitoides, como Aphelinus abdominalis

(Hymenoptera: Aphelinidae). Semioquímicos voláteis, liberados pelas rotas

secundárias das plantas, são uma importante ferramenta no recrutamento,

direcionamento e atração destes inimigos naturais em agroecossistemas. O

presente estudo objetivou investigar a atratividade dos óleos voláteis de Tagetes

erecta L. (Asteraceae) provenientes de diferentes órgãos coletados em diferentes

estágios de desenvolvimento ao parasitoide A. abdominalis. Foram utilizadas folhas

e flores coletadas 60, 90 e 120 dias após germinação totalizando seis tratamentos. A

extração dos óleos voláteis foi realizada por arraste a vapor em aparelho de

Clevenger modificado. A análise da composição química dos óleos voláteis foi

realizada mediante cromatografia em fase gasosa (CG-FID) e cromatografia em fase

gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Para o bioensaio foi

utilizado um olfatômetro em “Y” contendo como estímulo óleos voláteis de T. erecta

extraídos de folhas e flores coletadas em diferentes épocas. A frequência relativa

das respostas binomiais foi analisada por meio do teste Qui-quadrado. O parasitoide

A. abdominalis respondeu positivamente aos óleos voláteis das flores de T. erecta

advindos das três diferentes épocas de desenvolvimento. A maior porcentagem de

escolha foi obtida no tratamento com flores de 120 dias, seguida por flores de 90 e

60, respectivamente. Os óleos voláteis provenientes das folhas não foram atrativos

em nenhuma das idades. Houve diferenças quantitativas e qualitativas na

composição dos óleos de flores e folhas, o que provavelmente influenciou no

resultado do bioensaio. Sendo assim, as flores de T. erecta foram atrativas ao

parasitoide A. abdominalis, podendo ser utilizada para manipular sua distribuição e

abundância na paisagem agrícola.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de

Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

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298

Preferência de inimigos naturais de mosca-branca a diferentes

grupos genéticos de bananeira

Marcelo M. Haro; Ramon Felipe Scherer

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação

Experimental de Itajaí

A mosca-branca Aleurodicus dispersus (Russell, 1965) (Hemiptera: Aleyrodidae)

figura entre os insetos pragas que atacam a bananeira, trazendo prejuízos diretos e

indiretos sobre a produtividade da mesma. O controle biológico natural desta praga,

aparece como a principal forma de manejo, devido a sua resistência as moléculas

inseticidas existentes no mercado. A atuação destes inimigos naturais pode alterar

em grupos pertencentes a genótipos diferentes. No presente estudo, avaliou-se a

comunidade de inimigos naturais associada a A. dispersus em bananeiras de

diferentes grupos genéticos. Os experimentos foram realizados em bananais do

grupo Prata e Grande Naine, pertencentes ao banco ativo de germoplasma da

Epagri - Estação Experimental de Itajaí. As amostragens foram feitas avaliando-se

30 plantas de cada grupo, durante 15 dias, nas quais foram computadas o número

de inimigos naturais por colônia de mosca-branca. Posteriormente, os insetos foram

coletados para identificação. Os dados foram comparados por meio da análise de

variância teste F. As aranhas da família Salticidae representaram os inimigos

naturais presentes nas colônias de A. dispersus coletadas no experimento em

ambos os grupos genéticos avaliados. As bananeiras do grupo Grande Naine

apresentaram maior abundância de inimigos naturais, com uma taxa de 2,37

inimigos naturais por colônia de mosca-branca registrada. Por outro lado, as

bananeiras do Grupo Prata apresentaram 0,40 inimigos naturais por colônia

computada. Os mecanismos químicos e ecológicos envolvidos neste processo ainda

precisam ser estudados, mas o indicativo desta atratividade a inimigos naturais pode

ser utilizado em programas de manejo integrado desta praga em cultivos comerciais.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; predadores; manejo integrad;

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de

Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

Page 299: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Development of Diatraea saccharalis in artificial diet with different

anti-contaminants and effect on the parasitism of Cotesia flavipes

Marcelo M. Freitas; Juliana B. Silva; Dagmara G. Ramalho; Sergio A. De Bortoli

São Paulo State University (Unesp), School of Agricultural and Veterinarian Sciences, Department of

crop protection, 14883-000, Jaboticabal-SP, Brazil

The sugarcane borer, Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lep.: Crambidae), is

considered a key pest of sugarcane in Brazil. The main management strategy of this

pest is through biological control with the endoparasitoid Cotesia flavipes (Cameron)

(Hym.: Braconidae). The mass production of this natural enemy occurs in the

laboratory using as host larvae of D. saccharalis kept in artificial diet. The use of anti-

contaminants in artificial diet to insects rearing is necessary for the control of

microorganisms, with formaldehyde being widely used. However, due to its toxicity to

human health, alternative products, with similar efficiency and less harmful have

been studied. Therefore, the objective of this work was to evaluate the efficiency of

alternative substances to formaldehyde in diet, as well as the effect on the

development of D. saccharalis and C. flavipes. The anti-contaminants evaluated

were: Formaldehyde, sodium benzoate, potassium sorbate and 2-phenylphenol. As

100% mortality was observed in the larvae of D. saccharalis in the diet containing 2-

phenylphenol, this product was not included in the analyses. Among the other

treatments, sodium benzoate caused the lowest percentage of contamination in the

diet, showing no significant difference in larval and pupal survival of D. saccharalis

when compared to formaldehyde and Potassium sorbate. The larval and pupal

periods did not differ between the three treatments, while the longevity of adults and

the total period were higher with the sodium benzoate, and there was no significant

difference in the pupal weight. There was no difference in the number of emerged

adults of C. flavipes, as well as the number of unviable pupae and the sex ratio of the

parasitoid. Thus, sodium benzoate and potassium sorbate can replace formaldehyde

in artificial diet of D. saccharalis, highlighting the first because of its greatest

protection in the medium regarding the contamination.

Palavras-Chave: biological control; mass-rearing; sugarcane borer

Apoio Institucional: São Paulo State University (Unesp), School of Agricultural and

Veterinarian Sciences

Page 300: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Taxonomia integrativa dos himenópteros parasitoides do bicudo-

do-algodoeiro no Brasil

Priscila K. Corralero1; Tânia M. Guerra1; Valmir A. Costa2; Marcelo T. Tavares1

1Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciências Biológicas/Programa de Pós-

graduação em Ciências Biológicas - 29.075-910 - Vitória, ES – Brasil; 2Instituto Biológico/APTA - C.P.

70 - 13001-970 - Campinas, SP – Brasil. [email protected]

O curculionídeo Anthonomus grandis Boheman 1843, introduzido no Brasil há cerca

de 30 anos, é considerado praga-chave das lavouras de algodão nas Américas.

Cerca de 43% das informações levantadas sobre seus parasitoides focam em duas

vespas das famílias Braconidae e Pteromalidae, entretanto, são relatadas pelo

menos outras 13 espécies de vespas de seis famílias no Brasil. As espécies

silvestres de vespas parasitoides desse besouro raramente estão identificadas e há

carência de informações taxonômicas básicas a respeito das mesmas. Para o

sucesso de programas de controle biológico é importante que os organismos sejam

identificados corretamente. Este trabalho busca reavaliar a taxonomia das espécies

de himenópteros parasitoides de larvas e pupas de A. grandis que ocorrem no Brasil

e fornecer mecanismos para o adequado reconhecimento e identificação. Os

exemplares foram obtidos de material previamente criado de hospedeiro ou

depositado em coleções. A morfologia de cada espécie está sendo estudada para o

levantamento de dados diagnósticos, e confecção de descrições e chave interativa

ilustrada. A chave está sendo produzida no programa Lucid® e será disponibilizada

no Portal Biodiversidade de Chalcidoidea (www.biochalcid.ufes.br). Até momento,

sete espécies foram estudadas, são elas: Urosigalphus sp; Bracon sp.(Braconidae);

Conura fusiformis (Ashmead, 1904) (Chalcididae), Eupelmus cushmani (Crawford,

1908) (Eupelmidae); Eurytoma sp.(Eurytomidae); Jaliscoa grandis Burks, 1954 e J.

hunteri (Cawford, 1908) (Pteromalidae). Conura fusiformis é registrado pela primeira

vez atacando A. grandis e Urosigalphus sp é uma espécie nova para a ciência.

Palavras-Chave: Anthonomus grandis; Chave de identificação; Controle biológico

Apoio Institucional: INCT-HYMPAR (CNPq/ FAPESP/ CAPES) e FAPES.

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Volatile compounds emitted by soybeans under multiple

infestations of herbivores attract the predator Neoseiulus

californicus

Dalila D. Duarte; Bárbara L. Fialho; Marcos A.M. Fadini; Júlio O.F. Melo

Universidade Federal de São João Del Rei

Induced resistance in plants is an important strategy in an integrated pest

management program. The objective of this study was to evaluate the preference of

Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) (Acari: Phytoseiidae) to volatile soybean

plants submitted to single and multiple herbivory by two-spotted spider mite,

Tetranychus urticae Koch, 1836 (Acari: Tetranychidae) and velvetbean larva,

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera, Noctuidae). Using a Y

olfactometer the following treatments were evaluated: soybean without any

infestation x soybean infested with A. gemmatalis; soybean infested with T. urticae x

soybean infested with A. gemmatalis and soybean infested with T. urticae x soybean

infested with both T. urticae and A. gemmatalis. The volatiles compound captured

from the plants submitted to these treatments, were analyzed by a Trace GC Ultra

gas chromatograph coupled to a mass spectrometer with a solid phase micro-

extraction ion-trap (SPME) and identified. We conclude that T. urticae feeding

promotes a response of soybean plants producing volatile compounds that attract the

predator mite N. californicus as a mechanism of indirect induced resistance. The

multiple herbivory of T. urticae and A. gemmatalis modifies the chemical profile of the

volatile compounds emitted by soybean plants and does not interfere in the search

behavior of N. californicus. Among the 29 identified compounds only five promoted

the predator mite response. Thus, independent of single or multiple herbivory by T.

urticae with or without A. gemmatalis, the indirect induced resistance mechanism

operate similarly. So this mechanism contributes to increase the efficacy of the mite

predator, N. californicus, on phytophagous mites biological control in the soybean

fields.

Palavras-Chave: Indirect induced defense; Chemical ecology; Plant resistance

Apoio Institucional: Fapemig, CNPq

Page 302: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos de

Dichelops melacanthus, Euschistus heros e Podisus nigrispinus

Mariana M. Neiva; Ana P. Queiroz; Érica A. Taguti; Adeney de F. Bueno

Universidade Federal do Paraná

Em campo, os parasitoides poderão ter que escolher entre diferentes espécies de

hospedeiros disponíveis. Portanto, o conhecimento da preferência hospedeira do

parasitoide liberado é fundamental e pode afetar diretamente na eficiência do

controle da praga-alvo. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a preferência

hospedeira de Telenomus podisi entre ovos dos percevejos Dichelops melacanthus,

Eschistus heros e Podisus nigrispinus. Para a condução do estudo, foram montadas

arenas, utilizando garrafas de polietileno com microtubos de plástico do tipo Duran,

dispostos de modo equidistante, na parte inferior da garrafa. Três experimentos

independentes foram conduzidos em câmara climatizada (T: 25±2°C; UR: 80±10%;

Fotoperíodo: 14/10h C/E) em delineamento inteiramente casualizado com 3

tratamentos (D. melacanthus x E. heros x P. nigrispinus) em um dos ensaios e 2

tratamentos (D. melacanthus x E. heros ou D. melacanthus x P. nigrispinus) em 2

dos ensaios e 15 repetições. Cada arena foi considerada uma repetição.

Aproximadamente 40 ovos de cada hospedeiro foram colados em cartelas brancas,

identificadas, e colocadas em tubos do tipo Duran localizados em lados opostos da

arena. Nas arenas foram liberadas quatro fêmeas de T. podisi de 24 h de idade, e o

ensaio teve a duração de 24 horas. O parâmetro avaliado foi o número de ovos

parasitados em cada hospedeiro. No primeiro experimento, o número de ovos de D.

melacanthus (30,8) e de P. nigrispinus (23,7) parasitados por T. podisi foi maior

quando comparado a E. heros (11,8). Nos testes de dupla chance de escolha, D.

melacanthus (16,5) teve maior número de ovos parasitados foi em relação a E.

heros (8,6) e D. melacanthus (27,9) em relação ao P. nigrispinus (19,5). Portanto,

fica evidente a preferência de T. podisi pelos ovos do hospedeiro D. melacanthus, o

que é indicador do potencial de sucesso para utilização desse parasitoide no

controle biológico desta espécie.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitoide; teste de preferência

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CNPq

Page 303: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

303

Efeito de diferentes idades do parasitoide e do hospedeiro no

parasitismo de Telenomus podisi

Mariana M. Neiva; Ana P. Queiroz; Rafael Hayashida; Marcela L. M. Grande;

Antonio R. Panizzi; Adeney de F. Bueno

Universidade Federal do Paraná

Percevejos sugadores de sementes compreendem um dos grupos de insetos mais

importantes que atacam a soja, e uma das alternativas de controle biológico é a

liberação de parasitoides de ovos. Este trabalho relata resultado de seis estudos

independentes relacionados ao impacto da idade dos parasitoides e hospedeiros

sobre o parasitismo de Telenomus podisi em ovos de Euschistus heros e Dichelops

melacanthus. Nos bioensaios 1 e 2, as fêmeas de T. podisi (1, 3 e 10 dias de idade)

foram individualizadas e foram ofertados, aproximadamente, 25 ovos de cada

hospedeiro, por 24 h. Nos bioensaios 3 e 4, aproximadamente, 25 ovos de D.

melacanthus e E. heros (1, 2, 3, 4 e 5 dias de idade) foram oferecidos a fêmeas de

T. podisi por 24 h. Nos bioensaios 5 e 6, os ovos dos hospedeiros foram oferecidos

às fêmeas de T. podisi para avaliar a preferência do hospedeiro. Em geral, T. podisi

apresentou características biológicas desejáveis para um agente de biocontrole bem

sucedido. A capacidade de parasitismo de ovos dos hospedeiros mais velhos (até

cinco dias de idade), mesmo após a privação do hospedeiro por 10 dias. Essas

características biológicas não são apenas vantajosas para o Controle Biológico

Aumentativo (CBA) no campo, mas também para a criação massal de parasitoide

em laboratório. Para atender às necessidades de criação de insetos ou de

liberações em programas de CBA no campo, nossos resultados sugerem que os

adultos de T. podisi podem ser armazenados (até 10 dias), a 25°C para uso ior, sem

maior comprometimento do desempenho subsequente dos parasitoides. Além disso,

nas colônias, ovos de percevejos não precisam ser coletados todos os dias,

considerando que o parasitismo de T. podisi em ovos E. heros e D. melacanthus

ocorre igualmente do primeiro até o terceiro dia de idade. Esses resultados são de

interesse teórico e prático e seu conhecimento pode contribuir significativamente

para o sucesso do uso de T. podisi em programas de CBA.

Palavras-Chave: percevejo marrom; percevejo barriga-verde; parasitoide de ovos

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CNPq

Page 304: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

304

O armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius)

(Hemiptera: Pentatomidae) em baixas temperaturas, afeta o

parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:

Platygastridae)?

Marília Corrêa de Melo; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz

O experimento foi realizado utilizando-se ovos de Euschistus heros (Fabricius)

(Hemiptera: Pentatomidae) armazenados em “freezer” comercial por 1, 2, 3 e 4

meses, sendo o grupo controle composto por ovos coletados no dia (24h). A

definição do período máximo de armazenamento deu-se a partir de experimentos

prévios, mostrando que era possível armazenar ovos do percevejo-marrom-da-soja

por até 120 dias. Aproximadamente 50 ovos com diferentes períodos de

armazenamento foram expostos ao parasitismo por uma fêmea copulada de

Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae), individualizada em

tubo de vidro. O parasitismo foi permitido durante 24h à temperatura de 25±1°C, UR

70±10% e fotofase de 14h. Foram avaliados os seguintes parâmetros biológicos de

T. podisi: i) capacidade de parasitismo, avaliada pela contagem de ovos

escurecidos; ii) viabilidade do parasitismo, medida pela razão entre o número de

ovos escurecidos que apresentavam orifício de saída em relação aos ovos

escurecidos sem tal orifício; iii) duração do período ovo-adulto determinado por uma

média ponderada, do período desde o parasitismo até a emergência de todos os

adultos, com avaliações diárias. Os ovos com três e quatro meses de

armazenamento foram mais parasitados em relação aos ovos com menor período (1

e 2 meses), sendo que aproximadamente 10 ovos a mais foram parasitados para

este período. Por outro lado, apesar de serem mais parasitados os ovos com maior

período de armazenamento apresentaram uma viabilidade de parasitismo baixa,

inferior a 50%, enquanto ovos com um (1) e dois meses de armazenamento

apresentaram uma viabilidade superior a 80%. Por outro lado, para ovos coletados

no dia a viabilidade do parasitismo foi de 99%. A duração do período ovo-adulto

também foi afetada pelo armazenamento dos ovos, sendo tal parâmetro menor em

ovos coletados no dia; ovos com armazenamento superior a um (1) mês

apresentaram um tempo de desenvolvimento, em média, superior em um (1) dia.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: Embrapii-ESALQ

Page 305: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

305

Parasitismo sobre broca da cana criadas em dietas artificiais com

redução de caragenato e corante

Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Camila D. R. Matta; Gabriela

V. Silva; Karina da S. Marquito; Gabriele do P. Borges; Pedro H. P. Mendes;

Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

A broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) é a principal praga

dos canaviais. Seu controle, através de liberações sucessivas de Cotesia flavipes,

empregando copos plásticos resulta em uma eficiência muito elevada, porém causa

contaminação ambiental devido ao longo tempo necessário para a decomposição do

plástico. Para realizar estudos sobre a eficiência desse parasitismo no campo,

algumas características são desejáveis para facilitar e tornar o resultado mais

confiável, como o uso de marcadores que possam ser transferidos para a massa

cotonosa formada pelo parasitoide e também adotar mudanças na dieta de

realimentação das lagartas e que facilitem a separação das massas cotonosas dos

restos de dieta. Com esse propósito foram preparadas 9 dietas de alimentação,

sendo 4 com adição de 1, 2, 3 e 4mL do corante Calco Oil Red® (COR), dissolvido

na proporção de 1g de corante para 10 mL de óleo de soja e outras 4 com 10, 20, 30

e 40% a menos de caragenato e a dieta de alimentação que foi usada como

testemunha. A dieta com o corante COR foi eficiente na transmissão da coloração

para a C. flavipes através do parasitismo, sem influenciar no período de

desenvolvimento da lagarta e no desenvolvimento de massas cotonosas. Já as

dietas com redução de caragenato não foram eficientes no que tange a produção de

massas cotonosa de boa qualidade. Sugere-se a continuação dos estudos para

estabelecer qual a melhor concentração de COR que pode ser acrescentada na

dieta, tanto de alimentação quanto de realimentação, e que não interfira nem na

biologia da lagarta nem na do parasitoide.

Palavras-Chave: Diatraea saccharalis; criação; biologia

Apoio Institucional: UENP/CLM

Page 306: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

306

Parasitismo em Spodoptera frugiperda (J.E.Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae) em milho na fazenda escola do CLM

Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Gabriela V. Silva; Matheus de

O. Moscardini; Karina S. Marquito; Gabriele do P. Borges; Pedro H.P. Mendes;

Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

Um dos fatores que podem comprometer a produção de milho são os insetos, dentre

eles destaca-se a lagarta Spodoptera frugiperda que ataca diversas culturas sendo

praga chave em milho. Com o objetivo de avaliar parasitoides associados à lagarta

do cartucho, foram realizadas duas amostragens em área cultivadas com milho nos

meses de maio e junho de 2018. As temperaturas médias, na 1ª e 2ª coletas, foram

12,8 e 19ºC, respectivamente, enquanto a umidade relativa foi de 32 e 53% e as

plantas estavam nos estádios de V6 a V8. Foram coletadas 264 lagartas (142

lagartas na 1ª coleta e 112 na 2ª coleta). As lagartas foram levadas ao laboratório de

Entomologia e Nematologia do Campus Luiz Meneghel/UENP, individualizadas em

tubos de vidro de fundo chato e alimentadas com folhas de milho. Avaliou-se

diariamente para observar a morte das lagartas ou a formação de pupas da praga ou

de parasitoides. Quando os parasitoides emergiram foram identificados no nível de

família usando uma chave dicotômica de identificação. Calculou-se a frequência de

parasitismo. Conclui-se que, das lagartas de Spodoptera frugiperda coletadas,

emergiram moscas da família Tachinidae e vespas da família Ichneumonidae. A

porcentagem de parasitismo na 1ª coleta foi de 0,7% e na 2ª foi de 13,93% para as

moscas e de 1,63% para vespas na 2ª coleta.

Palavras-Chave: Zea mays; Hymenoptera; Diptera

Apoio Institucional: UENP/CLM

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307

Influência do número de pupas por cápsulas biodegradável na

razão sexual de Cotesia flavipes

Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Gabriela V. Silva; Karina da

S. Marquito; Wallace da S. Alves; Gabriele do P. Borges; Pedro H. P. Mendes;

Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

A espécie Cotesia flavipes é um importante parasitoide para o controle de Diatraea

saccharalis, em cana-de-açúcar. Este agente é liberado de forma inundativa, desde

a década de 1970, através da utilização de copos plásticos, prática onerosa e

prejudicial ao ambiente. Métodos alternativos de liberação tem sido estudados, como

a utilização de cápsulas esféricas biodegradáveis liberadas via drone. Assim, este

trabalho teve por objetivo avaliar influência da quantidade de massas cotonosas de

C. flavipes por cápsulas sobre a razão sexual. Para tanto foi estabelecida uma

relação entre o número de pupas por massa com o peso da massa. Foram, no total,

quatro tratamentos equivalentes ao número de pupas por cápsulas (50, 100, 150 e

300). Após a emergência e saída dos adultos a partir dos orifícios das cápsulas,

ofertou-se à 40 fêmeas recém emergidas de cada tratamento uma lagarta de D.

saccharalis apta a ser parasitada. As lagartas foram colocadas em tubos de vidro de

fundo chato com dieta artificial de realimentação até a formação das massas

cotonosas, que foram retiradas da dieta e alocadas em tubos de vidro até a

emergência das vespas. Realizou-se a contagem de adultos, a separação por sexo

e a razão sexual. Os resultados mostraram que no tratamento com 50 pupas a razão

sexual foi de 0,55, enquanto que no tratamento com 300 pupas a razão foi zero, ou

seja, apenas machos. Conclui-se assim que a quantidade de pupas por cápsulas

pode influenciar na eficiência do controle a campo, visto que o parasitismo é

realizado pelas fêmeas e que, de acordo com o presente estudo, o mais viável seria

a liberação de mais pontos por hectare com menor quantidade de vespas por ponto.

Estudos adicionais devem ser realizados para verificação da eficiência a campo.

Palavras-Chave: Diatraea sacharalis; liberação; cana-de-açúcar

Apoio Institucional: UENP/CLM

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308

Suplementação alimentar do ácaro predador Stratiolaelaps scimitus

no controle biológico do nematoide das galhas em tomate

Matheus F.P. Moreira; Vinicius C. Borges; Graziela G. Pereira; Leticia H.

Azevedo; Eric Palevsky; Gilberto J. de Moraes; Fernando L. Cônsoli

ESALQ/USP

O controle biológico com ácaros edáficos vem sendo utilizado em todo mundo, estes

organismos alimentam-se de uma ampla gama de espécies as quais são um dos

fatores decisivos para que estes ácaros se mantenham em populações elevadas nas

diferentes condições dos solos naturais ou agrícolas. Desse modo, buscou-se

avaliar uma estratégia de controle biológico conservativo utilizando Stratiolaelaps

scimitus (Womersley,1956) (Acari: Mesostigmata) com o fornecimento do nematoide

de vida livre não patogênico Rhabditella axei (Cobbold,1884)(Rhabdita: Rhabditae)

como um alimento alternativo, no controle de Meloidogyne incognita (Kofoid White,

1919)( Rhabdita: Meloidogynidae). Utilizou-se como planta modelo o mini-tomate

(cv. Microt-tom). As plântulas foram transplantadas em vaso plásticos de 400ml

preenchidos com substrato comercial, permanecendo-se em casa de vegetação. Os

tratamentos consistiram na interação entre S. scimitus, R. axei e M. incognita. Nos

tratamentos com o nematoide da galha, inoculou-se 2000 indivíduos por planta após

14 dias do transplantio das mudas, já nas plantas com R. axei e/ou S. scimitus estes

foram adicionados 3 vezes por semana começando-se 5 antes dias da inoculação

de M. incognita, sendo 10 ácaros predadores por planta e 10000 nematoides de vida

livre; provenientes de colônias devidamente isoladas no laboratório de Acarologia

da ESALQ/USP. Os parâmetros analisados foram: produtividade, número de galhas

nas raízes, teor de clorofilas e brix dos frutos. Obtiveram-se resultados positivos da

interação S. scimitus e nematoide de vida livre para diminuição populacional do

nematoide fitopatogênico e das galhas em relação aos demais tratamentos; e

manutenção da produtividade e eficiência dos processos fisiológicos em relação aos

controles sem nematoide de galha. Com isso, demonstrando uma nova possibilidade

do uso de presas alternativas para incrementar as estratégias de controle biológico

aplicado e conservativo com o uso de ácaros predadores.

Palavras-Chave: Ácaros edáficos; Rhabditella axei; Teia alimentar

Apoio Institucional: CNPQ; FAPESP

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Parasitismo natural de ovos de Chrysodeixis includens por

Trichogramma pretiosum em variedades de soja transgênica

submetidas

Matheus H. Ferreira; Laís A. de Santis; Luan O. dos Santos; Diego F. Fraga

Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é uma importante

praga em cultivos de soja no Brasil. O parasitismo de seus ovos pode ser uma

valiosa ferramenta no seu controle, porém, os efeitos da adoção de práticas

agronômicas, tais como a adubação, sobre este controle são pouco conhecidos.

Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada sob o

parasitismo natural de ovos de C. includens por Trichogramma pretiosum Riley,

1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em soja transgênica. A pesquisa foi

realizada em Uberaba/MG, no ano agrícola de 2018-2019. O delineamento

experimental adotado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4x3, a

saber: duas variedades de soja transgênica (NS 7709 e 96Y90); quatro doses de

adubação fosfatadas (0 kg.ha-1, 40 kg.ha-1, 80 kg.ha-1, 120 kg.ha-1 de P2O5); e três

terços das plantas (superior, médio e inferior), com quatro repetições cada. Os ovos

de C. includens presentes nas plantas (n=4) foram coletados semanalmente nas

parcelas. A oviposição iniciou-se no estádio vegetativo V5, com picos entre os

estádios reprodutivos R1 e R3 e, ainda, observou-se que C. includens preferiu

ovipositar em plantas da variedade NS7709 (2,1 ovos/planta). Ao avaliar a

concentração de ovos nas regiões das plantas, observou-se que os terços inferior e

médio foram os mais utilizados para oviposição pela praga (1,37 e 0,71 ovo/planta,

respectivamente). Ainda, foi constatado que a adubação fosfatada influenciou na

ocorrência dos ovos, em que foram encontrados mais ovos nas plantas adubadas

com as doses de 80 kg.ha-1 e 120 kg.ha-1 (0,81 e 1,18 ovo/planta, respectivamente).

Resultados semelhantes foram encontrados para o número de ovos parasitados por

planta, em que foram encontrados em maior quantidade nas plantas da variedade

NS7709 (0,90 ovo/planta), bem como nos ovos parasitados encontrados nas plantas

adubadas com as doses de 80 kg.ha-1 e 120 kg.ha-1 (0,18 e 0,71 ovo/planta,

respectivamente).

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Fundação de amparo á pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG

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310

Seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma spp.

(Trichogrammatidae), parasitoides de Erinnyis ello L.( Sphingidae)

Matheus M. do Carmo; Leidiane C. Carvalho; Claudecir C. Martins; Letícia D.

Zanachi; Gabriele L. Hoelscer; Pablo W. R. Coutinho; Vanda Vanda Pietrowski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O sistema atual de produção, devido à alta demanda por alimentos, energia e fibra,

reflete nos problemas fitossanitários. O manejo inadequado das culturas provoca

desequilíbrio do agroecossistema, refletindo nos inimigos naturais. O objetivo foi

avaliar a seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma ssp., parasitoides de

E. ello. Os tratamentos consistiram da utilização de 5 produtos: Lufenuron +

profenofos (Benzolurina + organofosforado); cipermetrina (piretoide); lambda-

cialotrina (piretoide); zeta-cipermetrina (piretoide); espinetoram (espinosinas);

testemunha (água destilada) e 4 espécies de Trichogramma spp. O delineamento

utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial, sendo; 5 produtos

químicos e testemunha x 4 espécies x 6 repetições, cada repetição era composta

por 4 insetos. Após o preparo da calda, conforme recomendação da dosagem pelo

fabricante, tubos de ensaios foram mergulhados nas caldas dos tratamentos

mencionados. Em seguida, foram retirados e esperou-se até a secagem do excesso

de calda. Após, os parasitoides foram liberados nos tubos e, estes foram tampados,

colocados em bandejas plásticas e acondicionado B.O.D à temperatura de 25 ± 2ºC

UR de 70 ± 10 % e fotofase de 14 horas. Doze horas (1 dia), após a liberação dos

insetos nos tubos foi realizado a avaliação de mortalidade. Finalizada a avaliação, os

insetos foram retirados dos tubos e acondicionados em BOD, para avaliação

residual aos 3 e 7 dias após a aplicação do produto, seguindo o mesmo

procedimento da avaliação mencionada. Os dados foram submetidos à ANAVA e as

médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Não houve interação entre as

espécies na primeira avalição (1 dia), e na avalição residual do dia 3, no entanto,

houve diferença estatística entre a testemunha e os inseticidas. Na avaliação

residual (7 D) para a espécie 1, houve interação entre espécies e inseticidas,

apresentando maior mortalidade inseticida 1, 4 e 5, seguido do 3 e menor

mortalidade na testemunha. Para as espécies 2, 3 e 4 apenas a testemunha difere

estatisticamente dos demais. Portanto, não foi verificada seletividade a

Trichogramma spp, em nenhum dos inseticidas avaliados.

Palavras-Chave: Manihot esculenta Crantz; Controle biológico; mandarová da

mandioca

Apoio Institucional: ATIMOP- Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do

Paraná

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311

Oscilação da umidade relativa do ar afetando o parasitismo de

Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis

Murilo Gaspar Litholdo; Rodolfo P. Carneiro; Matheus B. Oliva; Luis R.

Rodrigues; Alexandre de S. Pinto; Marta M. Rossi; José R. P. Parra

Farmbio Controle Biológico

O parasitismo de ovos de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera:

Crambidae) por Trichogramma galloi (Zucchi, 1988) (Hymenoptera:

Trichogrammatidae) é afetado negativamente por umidades extremas. Entretanto, a

umidade oscilante, que é natural durante o dia, pode amenizar o impacto dos

extremos. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da umidade relativa do ar

oscilante no parasitismo de T. galloi em laboratório. Foram realizados dois ensaios,

utilizando-se dessecadores ajustados às diferentes umidades com soluções de ácido

sulfúrico em diferentes concentrações (primeiro ensaio) ou câmaras climatizadas

reguladas (segundo ensaio). Dentro dos dessecadores ou câmaras foram colocados

tubos de vidro contendo uma fêmea recém-emergida do parasitoide e uma postura

de D. saccharalis recém-colocada, com cerca de 30 ovos, fechado com tecido que

permitia trocas gasosas. Nos dois ensaios, foram utilizadas 30 repetições e a sala

dos dessecadores foi mantida a 26±2ºC e fotofase de 12h e as câmaras climatizadas

a 25±1ºC e fotofase de 14h. No primeiro ensaio, foram avaliados quatro tratamentos:

parasitismo realizado em 80% (24h) e desenvolvimento do parasitoide em 100% de

umidade, a situação contrária e parasitismo e desenvolvimento em 80 e 100%. No

segundo ensaio, foram cinco tratamentos: ovos parasitados e mantidos em 30 ou

80% de umidade, ovos parasitados (24h) em 30 e o desenvolvimento em 80% ou o

contrário e parasitismo e desenvolvimento em 30 e 80% (12 h em cada umidade).

Quando o parasitismo foi realizado em 80% e o desenvolvimento do parasitoide

ocorreu a 100%, o menor número médio de ovos parasitoides foi registrado,

diferindo estatisticamente (Tukey, 5%) apenas do tratamento 80% de umidade do ar.

No segundo ensaio, não ocorreram diferenças estatísticas entre os tratamentos. A

oscilação da umidade relativa do ar, que é a condição natural de campo, diminui os

impactos das umidades extremas ou constantes.

Palavras-Chave: biologia

Apoio Institucional: Esalq

Page 312: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

312

Impacto da umidade constante e oscilante no parasitismo de

Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis

Murilo Gaspar Litholdo; Rodolfo P. Carneiro; Matheus B. Oliva; Luis R.

Rodrigues; Alexandre de S. Pinto; José R. P. Parra

Farmbio Controle Biológico

O parasitoide Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é

utilizado no controle de ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae)

em cana-de-açúcar no Brasil em quase dois milhões de hectares, durante todo o

ano. Sabe-se que os fatores abióticos afetam a biologia de um inseto, sendo a

umidade limitante para muitos deles. T. galloi é liberado em campo em todas as

épocas do ano e não se conhece o impacto de altas e baixas umidades sobre a

sobrevivência dele. Portanto, este trabalho teve por objetivos avaliar o efeito da

umidade relativa do ar constante e oscilante no parasitismo de T. galloi em ovos de

D. saccharalis em laboratório. Foram realizados dois ensaios em laboratório,

utilizando-se dessecadores ajustados às diferentes umidades com soluções de ácido

sulfúrico em diferentes concentrações. Dentro dos dessecadores foram colocados

tubos de vidro contendo uma fêmea recém-emergida do parasitoide e uma postura

de D. saccharalis recém-colocada, com cerca de 30 ovos, fechado com tecido que

permitia trocas gasosas. No ensaio de umidade constante, os tratamentos foram

dessecadores mantidos com 40, 60, 70, 80±5 e 100% de umidade, com 30

repetições, em sala climatizada (26±2ºC e fotofase de 12h). No ensaio de umidade

oscilante, foram avaliados 10 tratamentos com trinta repetições cada, tendo eles o

parasitismo realizado em 80% de umidade e após 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 dias

nessa umidade as posturas foram levadas para dessecador mantido a 40%, até o

final do desenvolvimento. Em umidade constante, aquela mantida em 100% afetou

negativamente o parasitismo. Em umidade oscilante, quando o ovo parasitado ficou

entre um e três dias em umidade de 80% e depois foi mantido até a emergência do

adulto em 40%, houve redução na porcentagem média de emergência. A fase inicial

de desenvolvimento do parasitoide é mais sensível às baixas umidades do que as

demais fases.

Palavras-Chave: biologia; parasitoide de ovo; controle biológico

Apoio Institucional: Esalq

Page 313: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

313

Resposta funcional de Chrysoperla externa quando alimentado

com ovos e ninfas da mosca branca do cajueiro Aleurodicus cocois

Wenner V. A. Saraiva; Neville V. Monteiro; Nivia da S. Dias-Pini; José W. da S.

Melo; Antonio G. L. de Souza; Lucas de L. Farias; Gabriela P. de S. Maciel;

Poliana M. Duarte

Embrapa Agroindústria Tropical

A mosca-branca Aleurodicus cocois Curtis, 1846 (Hemiptera: Aleyrodidae) é uma

das principais pragas do cajueiro Anacardium occidentale L. no Brasil. No presente

estudo avaliamos o potencial predatório da larva de primeiro instar Chrysoperla

externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae) contra ovos e ninfas de primeiro

instar de A. cocois. A regressão logística indicou que a larva de C. externa exibiu

uma resposta funcional do tipo II independente da presa oferecida e o consumo

aumentou com a densidade de ovos e ninfas de A. cocois até um ponto máximo,

após o qual teve um lento decréscimo. O valor da taxa de ataque (a′) não diferiu

para as diferentes presas, no entanto o tempo de manuseio (Th) foi maior quando

ninfas de A. cocois foram oferecidas como alimento. Os resultados indicaram que C.

externa é um potencial agente de controle biológico da mosca-branca A. cocois em

cultivos de cajueiro.

Palavras-Chave: Anacardium occidentale; Controle biológico; Crisopídeo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico

Page 314: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

314

Inimigos naturais de Aculus schlechtendali (Eriophyidae): uma

praga quarentenária reportada em macieiras no Sul do Brasil

Darliane E. Silva; Aline M. Pavan; Joseane M. Nascimento; Liana Johann; Noeli

J. Ferla

Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES

Associados às macieiras encontram-se ácaros fitófagos com destaque para Aculus

schlechtendali (Nalepa) (Eriophyidae), praga quarentenária relatada recentemente

para a região Sul do Brasil. Nas regiões do mundo onde esta espécie acarina é

reportada pode atingir o status de praga, tornando-se um problema a ser enfrentado

pelos produtores. O objetivo deste trabalho foi coletar e identificar espécies acarinas

predadoras associadas aos pomares de maçã nos estados de RS, SC e PR e que

possam ser utilizadas, em estudos futuros, na avaliação de potenciais predadores

deste eriofiídeo. Para a realização do levantamento, todas as regiões produtoras do

Sul do Brasil foram amostradas, sendo quatro cidades do RS (28 pomares), oito de

SC (42 pomares) e sete do PR (32 pomares). Em cada pomar foram amostradas

vinte plantas escolhidas aleatoriamente de onde foram coletadas da região mediana

duas folhas, totalizando 40 folhas/pomar. As folhas foram acondicionadas em sacos

plásticos, etiquetados e levadas ao laboratório sob-baixa temperatura. A triagem foi

realizada sob microscópio estereoscópico e os ácaros montadas em meio de Hoyer.

A identificação foi realizada com o uso de microscópio óptico com contraste de fases

e chaves dicotômicas. Espécies das famílias Phytoseiidae e Stigmaeidae foram

comumente encontradas associadas aos pomares de maçã onde estava presente

Aculus schlechtendali. Dentre os fitoseiídeos destacou-se Neoseiulus californicus

(McGregor), presente em todas as regiões avaliadas, e Amblyseius neochiapensis

Lofego, Moraes & McMurtry, presente apenas nos pomares do estado do PR. Dentre

os estigmeídeos destacou-se Agistemus riograndensis Johann & Ferla, Agistemus

floridanus Gonzalez e Zetzellia ampelae Johann et al. Agistemus riograndensis foi a

espécie mais abundante. Neoseiulus californicus é um importante predador de

tetraniquídeos em macieiras, enquanto que os Stigmaeidae são reportados como

inimigos naturais associados preferencialmente aos eriofiídeos.

Palavras-Chave: Ácaros predadores; Agistemus riograndensis; Neoseiulus

californicus

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, FAPERGS e MAPA

Page 315: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

315

Cheyletus malaccensis como agente de controle de ácaro causador

de alergia

Juliana Granich; Matheus A. Conrad; Tamara B. Horn; Guilherme L. da Silva;

Noeli J. FERLA

Univates

Foi realizado no laboratório de Acarologia (Univates) um estudo que objetivou a

avaliação do ciclo de vida de Cheyletus malaccensis Oudemans, 1903 (Acari:

Cheyletidae) alimentando - se de Dermatophagoides farinae Hughes, 1961

(Acariformes: Pyroglyphidae). Ambas espécies acarinas foram coletadas em poeira

de fábrica de ração animal no RS, Brasil. As criações estoque foram mantidas à

temperatura de 25±1°C, fotofase de 12 horas e umidade relativa de 80±10% num

recipiente de plástico escuro. As colônias estoque de C. malaccensis foram

alimentadas com ovos e diferentes estádios de D. farinae. Dez fêmeas de C.

malaccensis foram mantidas separadamente na presença de machos. Foram

retirados três ovos/fêmea e individualizados em arenas. Estas foram confeccionadas

com placa de Petri de acrílico de 6 cm de diâmetro contendo uma camada de

algodão no fundo sobreposta por um círculo de plástico preto. Nas paredes internas

das placas, contornando este círculo foi colocado algodão umedecido para que não

ocorresse a fuga dos ácaros. O teste foi mantido em temperatura de 25±1ºC e

umidade relativa de 80±10%. Nas fases imaturas foram realizadas avaliações às 8,

14 e 20 horas e na fase adulta às 14h verificando a sobrevivência, o número de ovos

postos e viabilidade. Os dados foram comparados através do teste t, ao nível de

significância de 5% no programa BioEstat 5.0. A taxa de fecundidade de C.

malaccensis foi de 146,75±0.93 ovos/fêmea num período de 23,75±3,69 dias e

viabilidade de 97,03%. A taxa líquida de reprodução (Ro) foi de 52,9 vezes por

geração, com duração média de uma geração (T) de 32,38 dias. A capacidade inata

de aumento (rm) alcançou 0,12 fêmeas/fêmeas/dia, e a taxa finita de aumento (λ) foi

1,13 fêmeas/dia e o tempo de duplicação (TD) da população de 5,78 dias. Esse

resultado demonstra que C. malaccensis é inimigo natural de D. farinae, sendo

capaz de se desenvolver e reproduzir quando alimentado exclusivamente dessa

espécie acarina.

Palavras-Chave: Ácaro da poeira

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPERGS e Univates

Page 316: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

316

Parasitismo de Telenomus remus e Trichogramma pretiosum sobre

ovos de lepidópteros pragas da cultura do amendoim

José R. L. Pinto; Odair A. Fernandes

FCAV/UNESP

Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Platygastridae) e Trichogramma pretiosum

Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) são amplamente utilizados para o controle

de lepidópteros-praga em diversos países. Entretanto, a falta de pesquisas

relacionadas ao uso desses organismos como agentes de controle biológico na

cultura do amendoim impede o seu uso aplicado nas lavouras. Portanto, foi

estudada a capacidade de parasitismo de T. remus e T. pretiosum em ovos de

Stegasta bosqueella (Chambers) (Lepidoptera: Gelechiidae), Spodoptera cosmioides

(Walker) e Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), sob

condições controladas (70 ± 10% UR e fotofase de 12 horas). Ovos de S. bosqueella

e Spodoptera spp. foram oferecidos diariamente até a morte das fêmeas de T.

remus e T. pretiosum. Não houve parasitismo de T. remus e T. pretiosum sobre ovos

de S. bosqueella. O número médio de ovos de S. cosmioides e S. frugiperda

parasitados por T. remus (59,2 ± 9,4 e 58,5 ± 9,5) foi maior em relação a T.

pretiosum (20.9 ± 7.2 e 23.5 ± 4.5), sendo o parasitismo de ambos os parasitoides

concentrados nas primeiras 24 horas. Fêmeas de T. remus atingiram 80% de

parasitismo em ovos de Spodoptera spp. num período que variou de um a sete dias,

enquanto T. pretiosum necessitou apenas de um a três dias. Telenomus remus foi a

espécie que apresentou maior longevidade e número de parasitoides emergidos.

Com relação a razão sexual, foi observada uma maior emergência de fêmeas de T.

remus (0.61 ± 0.09 e 0.72 ± 0.10) se comparado a T. pretiosum (0.38 ± 0.11 e 0.39 ±

0.06), independentemente do hospedeiro avaliado. Esses dados poderão ser

utilizados como base para o estabelecimento de futuros programas de controle

biológico desses importantes lepidópteros pragas na cultura do amendoim. Todavia,

prospecção de novos parasitoides de ovos para controle de S. bosquella precisa ser

realizada.

Palavras-Chave: Parasitoide de ovos; Stegasta bosqueella

Apoio Institucional: Koppert Brasil - Produtos Biológicos, COPLANA, CAPES.

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Infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a

diferentes estratégias de manejo

Orcial C. Bortolotto; Aline P. Fernandes; Bruna T. Baixo; Paula K. K. Karpinski;

Amanda F. Gregio; Lurdes Lepka; Jhonatan Spliethoff

Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná; Universidade Federal da Fronteira Sul/Laranjeiras

do Sul

O manejo da Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) tem sido um dos

grandes desafios para a produção de milho no Brasil. Em razão da dificuldade do

controle químico, o controle biológico tem despertado o interesse dos produtores.

Desse modo, esse estudo objetivou avaliar a infestação de lagarta-do-cartucho em

cultivo de milho submetido a diferentes estratégias de manejo da praga. O

experimento foi realizado em duas áreas experimentais, localizadas em Londrina,

durante a segunda safra de milho do estado do Paraná, Brasil. Foi utilizado o

delineamento em parcelão (300 m2), sendo que os tratamentos investigados foram:

controle biológico aumentativo [liberação massal de Telenomus remus

(Hymenoptera: Platygastridae)], manejo integrado (aplicação de inseticidas quando a

praga atingiu o nível de controle) e testemunha. No geral, foram quantificadas 1032

lagartas, no entanto, a infestação da praga e as injúrias foliares em milho foram

semelhantes entre os tratamentos, em ambas as safras. De modo geral, o

parasitismo natural das lagartas foi de 19%, não diferindo entre os tratamentos.

Dentre as espécies de parasitoides emergidas, destacaram-se Architas marmoratus

(36,5%) e Lespesia archippivora (20,3%) (Diptera: Tachinidae) na primeira safra e

Campoletis flavicincta (55,4%) e Chelonus insularis (38,6%) (Hymenoptera:

Braconidae) na segunda. Dentre os predadores, foram quantificados 92 indivíduos

no total, com maior abundância de Lebia concinna (Coleoptera: Carabidae) (35%),

hemípteros predadores (53%) e Doru luteipes (17%) (Dermaptera: Forficulidae). Por

fim, observou-se que, em ambas as safras, a produtividade da testemunha foi

semelhante aos tratamentos, provavelmente em razão da baixa infestação da praga

e, consequentemente, suas injúrias ocasionadas.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitismo; predadores

Apoio Institucional: Capes

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318

Espécies de pulgões e seus inimigos naturais em lavoura de trigo

Orcial C. Bortolotto; Jessica Miri; Bruna T. Baixo; Paula K. K. Karpinski;

Amanda Gregio; Lurdes Lepka; Carlos A. Lara; Marcelo Cruz Mendes

Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

Os pulgões do trigo, se caracterizam por serem as principais pragas da cultura. No

Brasil, foi estabelecido um programa de controle biológico de pulgões no fim da

década de 70. No entanto, a ocorrência de seus parasitoides é desconhecida em

muitas regiões tritícolas. Desse modo, este trabalho teve como objetivo identificar e

realizar o levantamento populacional de pulgões e seus inimigos naturais na cultura

do trigo. O trabalho foi realizado no município de Guarapuava (PR), na área

experimental da Fazenda Três Capões. Para o levantamento populacional dos

pulgões e seus inimigos naturais foram realizadas avaliações semanais,

imediatamente após a emergência até a fase de grão massa dura. A identificação e

a quantificação dos pulgões e seus inimigos naturais ocorreram a campo, enquanto

os parasitados foram coletados e, iormente encaminhados ao Laboratório para

serem identificados. No total, foram quantificados 168 pulgões, sendo que as

espécies de pulgão encontradas foram Sitobion avenae (Fabricius, 1775),

Rhopalosiphum padi (Linnaeus, 1758) e Rhopalosiphum maidis (Fitch, 1856)

(Hemiptera: Aphididae) Os pulgões atingiram o pico populacional durante o estádio

fenológico de grão leitoso do trigo. Dentre os parasitoides, foram encontradas a

espécie Aphidius uzbekistanikus Luzhetzki, 1960 (n=14) e Aphidius ervi Haliday,

1834 (n=13) (Hymenoptera: Braconidae). Dentre os predadores, foram quantificados

12 sirfídeos, 22 coccinelideos e 8 crisopídeos. Em relação aos fatores climáticos,

não se observou influência da chuva e da temperatura (média) sobre os pulgões,

provavelmente em razão da baixa infestação. Por fim, este estudo registra três

espécies de pulgões e duas de parasitoides que estão adaptados à região de

Guarapuava.

Palavras-Chave: pulgões mumificados; Aphidiinae; predadores afidófagos

Apoio Institucional: Capes

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319

Estimativa do controle biológico prestado por coccinelídeos

nativos na presença de Harmonia axyridis

Karina S. G. Kubota; Gustavo M. Tostes; Thaís E. A. A. S. Torres; Iane P.

Ferreira; Stephanie S. Ribeiro; Jenifer A. Soares; Debora P. Paula; Pedro H. B.

Togni

¹Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos

Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF

A joaninha asiática Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foi

registrada no Brasil em 2002. Desde então, surgiram relatos de interações negativas

entre H. axyridis e coccinelídeos nativos que podem comprometer o controle

biológico de pulgões. O objetivo deste estudo foi determinar se a presença de H.

axyridis afeta o controle biológico de pulgões por coccinelídeos nativos em sistemas

orgânicos de produção de hortaliças. Foi realizado um experimento em três

propriedades produtoras de brócolis orgânico no Distrito Federal que possuíam

populações de H. axyridis coocorrendo com Cycloneda sanguinea (Linnaeus),

Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera:

Coccinellidae). Em cada propriedade, foram selecionadas no mínimo 25 plantas

infestadas com afídeos. Em cada planta, populações de 10 a 50 pulgões por folha

foram mantidas no interior de gaiolas de exclusão dos predadores e em outra folha

com a mesma densidade de afídeos foi permitido o acesso aos predadores. Após

cinco dias, o número de pulgões nos tratamentos era contabilizado. As populações

de pulgões cresceram no interior das gaiolas de exclusão e decresceram fora. Além

disso, quanto maior a densidade populacional de predadores maior era a redução

populacional de afídeos fora das gaiolas de exclusão. Isso demonstra que o controle

biológico prestado pelos coccinelídeos foi um fator relevante na mortalidade de

pulgões. Nas propriedades com alta densidade populacional de H. axyridis a taxa de

crescimento populacional de afídeos foi menor do que na propriedade com baixa

densidade populacional de H. axyridis. Por outro lado, quando Hi. convergens era a

espécie mais abundante, também ocorria o controle biológico de afídeos de forma

satisfatória. Portanto, a eficiência do controle biológico prestado por coccinelídeos

pode não estar ligado a presença da joaninha invasora em si, mas a quantidade de

predadores em relação ao número de presas no ambiente.A joaninha asiática

Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foi registrada no Brasil em

2002. Desde então, surgiram relatos de interações negativas entre H. axyridis e

coccinelídeos nativos que podem comprometer o controle biológico de pulgões. O

objetivo deste estudo foi determinar se a presença de H. axyridis afeta o controle

biológico de pulgões por coccinelídeos nativos em sistemas orgânicos de produção

de hortaliças. Foi realizado um experimento em três propriedades produtoras de

brócolis orgânico no Distrito Federal que possuíam populações de H. axyridis

Page 320: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

320

coocorrendo com Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e

Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae). Em cada

propriedade, foram selecionadas no mínimo 25 plantas infestadas com afídeos. Em

cada planta, populações de 10 a 50 pulgões por folha foram mantidas no interior de

gaiolas de exclusão dos predadores e em outra folha com a mesma densidade de

afídeos foi permitido o acesso aos predadores. Após cinco dias, o número de

pulgões nos tratamentos era contabilizado. As populações de pulgões cresceram no

interior das gaiolas de exclusão e decresceram fora. Além disso, quanto maior a

densidade populacional de predadores maior era a redução populacional de afídeos

fora das gaiolas de exclusão. Isso demonstra que o controle biológico prestado pelos

coccinelídeos foi um fator relevante na mortalidade de pulgões. Nas propriedades

com alta densidade populacional de H. axyridis a taxa de crescimento populacional

de afídeos foi menor do que na propriedade com baixa densidade populacional de H.

axyridis. Por outro lado, quando Hi. convergens era a espécie mais abundante,

também ocorria o controle biológico de afídeos de forma satisfatória. Portanto, a

eficiência do controle biológico prestado por coccinelídeos pode não estar ligado a

presença da joaninha invasora em si, mas a quantidade de predadores em relação

ao número de presas no ambiente.

Palavras-Chave: Predador; serviço ecossistêmico; controle biológico conservativo

Apoio Institucional: UnB, CNPq, Embrapa

Page 321: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

321

Taxas de parasitismo do predador exótico Harmonia axyridis e de

coccinelídeos nativos das Américas

Iane P. Ferreira; Thaís E. A. A. S. Torres; Gustavo M. Tostes; Karina S. G.

Kubota; Stephanie S. Ribeiro; Nicolle G. Moreira; Debora P. Paula; Valmir A.

Costa; Pedro H. B. Togni

Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos

Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; ³Instituto Biológico, São Paulo, SP

Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) é uma espécie exótica

invasora no Brasil que tornou-se dominante nas comunidades de predadores

afidófagos. Por isso, essa espécie pode comprometer o controle biológico prestado

por coccinelídeos nativos. Uma das hipóteses que poderia explicar o sucesso da

invasão de H. axyridis no Brasil é a ausência de inimigos naturais para regular suas

populações. O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de parasitismo entre H.

axyridis e coccinelídeos nativos para compreender se este é um fator relevante a ser

considerado no manejo da espécie invasora. Foram coletados adultos e imaturos de

H. axyridis e dos predadores nativos Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis

connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera:

Coccinellidae) a cada 15 dias, de maio a setembro de 2018, em seis propriedades

orgânicas produtoras de hortaliças no Distrito Federal. Os indivíduos coletados em

campo eram mantidos em laboratório com dieta a base de afídeos até a emergência

dos parasitoides ou até a morte natural dos indivíduos. No total, foram coletados 730

larvas e adultos de coccinelídeos. Em geral, as larvas dos coccinelídeos foram mais

parasitadas (37,50% de parasitismo) do que os adultos (6,52%). A taxa de

parasitismo total (larvas + adultos) das três espécies nativas foi 7,90%, enquanto o

parasitismo total de H. axyridis foi 9,84%. As espécies nativas tiveram um maior

parasitismo na fase larval enquanto que o parasitismo de H. axyridis foi maior na

fase adulta. A espécie E. conexa foi o coccinelídeo mais parasitado (13,57%),

seguido por H. axyridis (9,78%), H. convergens (4,78%) e C. sanguinea (4,26%). As

taxas de parasitismo variaram ao longo do ano, sendo maiores nos períodos em que

os coccinelídeos eram mais abundantes. Portanto, a falta de inimigos naturais não

explica o sucesso de H. axyridis sobre os coccinelídeos nativos que desempenham

o serviço de controle biológico de pulgões.

Palavras-Chave: Invasão biológica; joaninha; biodiversidade

Apoio Institucional: UnB, Embrapa

Page 322: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

322

Diversidade de parasitoides associados a coccinelídeos nativos e a

Harmonia axyridis

Gustavo M. Tostes; Iane P. Ferreira; Karina S. G. Kubota; Thaís E. A. A. S.

Torres; Stephanie S. Ribeiro; Debora P. Paula; Valmir A. Costa; Pedro H. B.

Togni

Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos

Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; Instituto Biológico, São Paulo, SP

Muitos coccinelídeos possuem potencial para uso em estratégias de controle

biológico clássico e aumentativo. Por isso, espécies como Harmonia axyridis (Pallas)

(Coleoptera: Coccinellidae) foram introduzidas com sucesso em vários locais do

mundo. Os parasitoides em geral podem afetar as populações de coccinelídeos e

comprometer sua eficiência como agentes de controle biológico. É esperado que a

espécie introduzida tenha menos parasitoides associados do que as espécies

nativas que realizam o controle biológico natural na sua região de origem. Para

testar essa hipótese, foram coletados larvas e adultos das espécies H. axyridis e dos

predadores nativos Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e

Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae) em seis

propriedades orgânicas produtoras de hortaliças no Distrito Federal entre maio e

outubro de 2018. As larvas e adultos dos coccinelídeos foram mantidos em

laboratório até a emergência dos parasitoides ou até que os indivíduos morressem.

Foram encontradas as seguintes espécies de parasitoides associados aos

coccinelídeos: Homalotylus terminalis Say (Hymenoptera: Encyrtidae), Homalotylus

mirabilis (Brethes) (Hymenoptera: Encrtidae), Dinocampus coccinellae (Schrank)

(Hymenoptera: Braconidae) e Strongygaster triangulifera (Loew) (Diptera:

Tachinidae). As espécies D. coccinellae e S. triangulifera foram encontrados

parasitando adultos e H. terminalis e H. mirabilis foram encontrados parasitando

larvas. Apenas H. mirabilis não foi encontrado parasitando larvas de H. axyridis. O

parasitoide D. coccinellidae foi a espécie mais frequente nas amostras, sendo

responsável por 66,7% do parasitismo observado em adultos de H. axyridis, 60,0%

em C. sanguinea, 63.6% em H. convergens e 22,2% em E. connexa. Portanto, a

diversidade de parasitoides associados a agentes de controle biológico nativos e as

taxas de parasitismo são semelhantes ao encontrado para H. axyridis.

Palavras-Chave: controle biológico; joaninha; parasitismo

Apoio Institucional: UnB, Embrapa

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323

A criação de Telenomus remus, em laboratório, por gerações

sucessivas, altera suas características para controle biológico?

Pedro Holtz de Paula; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

Depto. de Entomologia e Acaralogia ESALQ - USP

O trabalho tem como objetivo avaliar se a criação do parasitoide Telenomus remus

Nixon, por sucessivas gerações em laboratório, altera suas características como

agente de controle biológico de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith). O experimento

foi iniciado com a coleta de uma população dos parasitoides provenientes do campo,

com características do inseto selvagem. Esta população foi mantida em laboratório a

25oC e 75% de UR onde foram, apenas, oferecidos ovos de S. frugiperda para

serem parasitados e mel puro para alimentação dos adultos. A partir da F1 a cada 5

gerações até F11 (F1; F6; F11), foram realizadas avaliações de características

biológicas de T. remus: capacidade de voo, parasitismo e longevidade. O teste de

voo foi feito no modelo ESALQ composto por um tubo de PVC com 15 cm de

diâmetro, com seu interior coberto com um papel preto. O tubo de PVC foi fechado

por uma tampa plástica transparente com cola na face interna e um anel de cola de

0,5 centímetro de largura circundando o tubo de PVC, a uma altura de 3,5

centímetros da base inferior da gaiola, qual serviu para captura dos parasitoides

“caminhadores”. O parasitismo e longevidade foram avaliados, oferecendo-se

diariamente cartelas contendo uma massa de ovos de S. frugiperda a fêmeas

individualizadas em tubos, até a morte destas fêmeas. O parasitismo foi avaliado

contando-se o número de ovos que escureceram (parasitados) na massa de ovos. A

capacidade de voo de T. remus foi afetada, na geração F1 a proporção de voadores

foi de 60% e a partir de F6 esta proporção decaiu para 40% (em F6 e F11). A

capacidade de parasitismo foi semelhante em todas as gerações. A longevidade em

F1 e F6 foi semelhante, por volta de 11 dias, diferindo de F11, que apresentou uma

longevidade de oito dias.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: Programa Unificado de Bolsas - PUB

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324

Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) Como Hospedeiro

Alternativo para criação de Trichogramma pretiosum Riley

Rafael Hayashida; Ayres de O. Menezes Jr.; Renato R. Machado; Adeney de F. Bueno

1Universidade Federal do Paraná, Email: [email protected]; 2,3Universidade Estadual de

Londrina; 4Embrapa Soja

O programa de controle biológico com parasitoides do gênero Trichogramma é um

dos mais utilizados e estudados no mundo. A liberação massal desse parasitoide é

uma importante ferramenta para o manejo integrado de pragas em diversas culturas,

adicionando benefícios ecológicos e econômicos para quem a adota. Para tanto, são

necessárias criações em laboratório do parasitoide e de seu hospedeiro. Atualmente

são utilizados hospedeiros alternativos, sendo mais comum espécies de traças de

grãos armazenados, por apresentarem praticidade em sua criação. O objetivo desse

trabalho foi avaliar através de parâmetros biológicos do parasitoide, o potencial do

uso de Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) como hospedeiro alternativo

para a produção de T. pretiosum. O estudo foi realizado em laboratório com

condições controladas de 25±1ºC, 14:10 h L:E, e 70 ± 10% UR. Cartelas contendo

massas com aproximadamente 100 ovos de G. mellonella em tubos de vidro (tubos

de Duran), foram expostas à presença de fêmeas recém emergidas e acasaladas,

por 4 dias, retirando-se as fêmeas após esse período. Foram realizadas 15

repetições e cada tubo representava uma repetição. O delineamento experimental

utilizado foi inteiramente casualizado. Para avaliar a adequabilidade de T. pretiosum

em ovos de G. mellonella foram observados os seguintes parâmetros: taxa de

parasitismo, porcentagem de emergência, tempo de emergência (dias) e razão

sexual. Foi observada taxa de parasitismo média de 75%, emergência de 98% e

uma razão sexual de 0,55 [fêmeas/(fêmeas+machos)], além disso, cerca de 89,6%

dos parasitoides emergiram entre o 19º e o 23º dia após a exposição. Os resultados

indicam a possibilidade de utilização de ovos de G. mellonella como hospedeiro de

T. pretiosum. Entretanto, estudos adicionais são necessários para determinar a

performance do parasitoide após sucessivas gerações, assim como viabilidade

econômica para sua utilização do hospedeiro em larga escala em biofábricas.

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicado; Parasitoides de ovos; Criação massal

Apoio Institucional: Embrapa Soja

Page 325: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

325

Interação entre modos de liberação de Telenomus podisi: plantio

direto (SPD) e convencional (SC)

Rafael Hayashida; Ana P. de Queiroz; Adeney de F. Bueno

1,2Universidade Federal do Paraná; 3Embrapa Soja

O presente estudo foi realizado em condições de campo, em esquema fatorial triplo

(2x2x2), sendo considerados dois sistemas [sistema de plantio direto (SPD) e

sistema convencional (SC)] de cultivo de milho, dois tipos de liberações de

Telenomus podisi (liberação em cápsula contendo pupas do parasitoide e liberação

de adultos livres) e dois extratos de liberação (na planta e palhada, quando em SPD,

ou na planta e solo, quando em SC). Em cada área foram avaliadas 10 cartelas

contendo ovos de Dichelops melacanthus, sendo considerada cada cartela uma

repetição. Para avaliar a eficiência da liberação, foi quantificado o número de ovos

parasitados em cada tratamento. Foram realizadas avaliações no estágio V1 e no

estágio V4-V5. No estágio V1 houve uma interação significativa entre os três fatores,

sendo necessário desdobrar cada interação. Quando desdobrado os sistemas de

plantio, em SPD, a maior quantidade de ovos parasitados foi encontrada na

liberação de adultos em plantas (17,8 ovos) e a menor em cápsulas na palhada (1

ovo); enquanto em SC, a maior média observada foi de liberação de adultos em

planta (12,8 ovos) em relação a todas as demais liberações. Quando desdobrados

os modos de liberação, verificou-se que nas liberações de adultos, não houve

diferenças significativas quanto à liberação na planta em ambos sistemas, SPD

(17,8 ovos) e SC (12,8 ovos), no entanto, verificou-se diferença entre liberações no

solo em SC (18,2 ovos) e liberação na palhada em SPD (1,7 ovo). Por outro lado,

nas liberações em cápsulas não foi observada diferenças na quantidade de ovos

independentemente ao sistemas e/ou extrato de liberação. Em V4-V5, não foi

possível encontrar interação entre os fatores, sendo que a liberação de adultos (6,73

ovos) foi superior às cápsulas (2,85), a liberação na planta (7,9 ovos) foi superior à

liberação no solo/palhada (1,65 ovo), no entanto, não foi possível observar diferença

significativa entre os sistemas SPD e SC (4,73 e 4,83 ovos, respectivamente).

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicado

Apoio Institucional: Embrapa Soja

Page 326: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

326

Seletividade de inseticidas utilizados na cultura da soja a

Trichogramma pretiosum em diferentes condições experimentais

Carlos E. M. Neto; Thais K. V. Leão; João V. A. Sousa; Luiz F. R. Junior;

Gustavo A. Simon; Rafael Hayashida; Eduardo L. Carmo

1,2,3,4,5, 7Universidade de Rio Verde, Rio Verde-GO; 6Universidade Federal do Paraná

No manejo integrado de pragas das culturas, a compatibilidade entre pesticidas e

agentes de controle biológico é importante para preservação do equilíbrio do

agroecossistema. Todavia, a realização de testes de seletividade padronizados é

fundamental para classificar produtos quanto à toxicidade aos inimigos naturais.

Testes em condições de laboratório são menos permissivos aos insetos, visto não

existir rota de fuga, diferentemente do campo. Trabalhos de seletividade de produtos

obtidos em condições controladas são inúmeros, porém, escassos a campo. Nessa

condição, sobretudo a cultura da soja, se tornam relevantes, considerada a

abrangência territorial e a quantidade de pesticidas empregados no controle de

pragas dessa cultura. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação de inseticidas

de amplo espectro, utilizados na cultura da soja, ao parasitoide de ovos

Trichogramma pretiosum, Riley (Trichogrammatidae) em distintas condições

experimentais. Os ensaios foram conduzidos nas dependências da Universidade de

Rio Verde (UniRV), GO, na safra de verão 2018/2019. Parasitoides nas fases

imaturas e adulta foram expostos ao contato com os inseticidas acefato e metomil

em condições de laboratório e campo (soja em estádio R5), respectivamente. Para

tanto, utilizou-se de metodologias propostas pela IOBC/WPRS para Trichogramma

cacoeciae, Marchal (Trichogrammatidae). Dados da viabilidade do parasitismo foram

submetidos à análise estatística e sua redução, em relação à testemunha, foi

classificada de acordo com as normas da IOBC. A exposição dos estádios iniciais de

desenvolvimento do parasitoide aos inseticidas, em condições controladas,

reduziram o parasitismo, uma vez que foram classificados de levemente a

moderadamente nocivos, respectivamente. A campo, houve menor efeito tóxico da

aplicação dos inseticidas sobre a ação do parasitoide, classificados como inócuos.

Portanto, testes de seletividade em diferentes ambientes experimentais podem

expressar resultados divergentes.

Palavras-Chave: IOBC; parasitoide de ovos; viabilidade e redução do parasitismo

Apoio Institucional: Universidade de Rio Verde

Page 327: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

327

Efeito do parasitismo de Hexacladia smithii em aspectos biológicos

e demográficos de Euschistus heros

Michely Ferreira Santos de Aquino1; Edison Ryoiti Sujii1; Maria Carolina

Blassioli-Moraes12; Miguel Borges12; Raúl Alberto Laumann12

1Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, PqEB, Av. W5 Norte (final)

Brasília - DF, 2Programa de Pós-Graduação e Zoologia, Universidade de Brasília

O conhecimento da fauna de parasitoides associada aos percevejos adultos e o

impacto em suas populações podem contribuir no desenvolvimento de ferramentas

para o manejo de percevejos praga da soja. O objetivo deste trabalho foi estudar o

impacto do parasitismo por Hexacladia smithii (Ashmead, 1891) (Hymenoptera:

Encyrtidae) em parâmetros da dinâmica populacional de Euschistus heros

(Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae) e modelar o impacto do parasitismo no

crescimento populacional. Trabalhou-se com populações de insetos coletados em

campos de soja do Distrito Federal. Foram avaliados a fecundidade e longevidade

de E. heros parasitados e não parasitados por fêmeas de H. smithii e calculados os

parâmetros demográficos (Ro ,Ro, rm, λ e T) utilizando o programa Life Table (SAS).

Para estimar o crescimento populacional de E. heros sob diferentes condições (ciclo

da soja, população de percevejos migrantes, porcentagem de parasitismo e

contribuição de parasitoides de adultos e de ovos) foi utilizada a taxa intrínseca de

crescimento de fêmeas não parasitadas (rmnp=0,07) e parasitadas (rmp=0,05). O

crescimento populacional foi modelado utilizando a equação de crescimento

exponencial. O parasitismo de H. smithii afetou a fecundidade de E. heros com

consequente redução da taxa de crescimento populacional (Ro e rm) em

comparação a fêmeas de E. heros não parasitadas. O efeito negativo do parasitismo

também foi observado em simulações onde foram consideradas diferentes

condições de parasitismo, migração de percevejos, duração de ciclo da soja e

combinação com parasitismo de ovos. Nessas simulações as populações de E.

heros parasitadas mostram uma redução significativa do crescimento populacional

atingindo níveis finais menores que, em alguns casos, as mantem por baixo do nível

de dano econômico. Os resultados sugerem que um manejo adequado dos

parasitoides pode resultar em um fator regulador do crescimento populacional de E.

heros.

Palavras-Chave: regulação de populações; dinâmica populacional; parasitoides

Apoio Institucional: EMBRAPA, CNPq, FAP-DF

Page 328: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

328

Comportamento de busca de hospedeiros pelo parasitoide de ovos

Telenomus podisi em ambientes com estímulos multimodais

Ana Carolina Gomes Lagôa1; Brunna Leticia Oliveira Santana2; Maria Carolina

Blassioli-Moraes3; Miguel Borges3; Raúl Alberto Laumann3

1PPG Zoologia, Universidade de Brasília, Brasília-DF, Brasil 2Universidade Paulista – UNIP, Brasília-

DF, Brasil 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Recursos Genéticos e Biotecnologia,

Brasília, Brasil

Parasitoides de ovos da família Platygastridae são importantes agentes de controle

biológico. Quando forrageiam procurando hospedeiros fêmeas destes parasitoides

utilizam uma série de estímulos produzidos direta ou indiretamente por seus

hospedeiros. A possível sinergia entre estímulos multimodais, que pode potencializar

sua atratividade, é praticamente desconhecida. Neste trabalho se avaliou o

comportamento de fêmeas do parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead, 1893

(Hymenoptera: Platygastridae) em resposta a associação de estímulos visuais (cor

do substrato) e estímulos de natureza química e física. Para isto a cor do substrato

foi combinada com: (1) sinais vibratórios produzidos pelo percevejo Euschisthus

heros (Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae), (2) voláteis induzidos por

herbivoria de plantas de soja com injúria alimentar de E. heros, (3) voláteis emitidos

por adultos de E. heros e (4) rastros químicos liberados no substrato por E. heros.

Os experimentos foram realizados em arena de dupla escolha. Cada combinação de

estímulos foi avaliada da seguinte forma: quatro testes onde em um braço da arena

foi oferecido um dos estímulos (cor do substrato, sinais vibratórios ou estímulos

químicos) versus controle (ausência de estímulo). Posteriormente, para estudar a

possível sinergia entre estímulos, foi avaliada a resposta do inseto quando os

estímulos foram combinados dois a dois versus a cor do substrato. As fêmeas do

parasitoide mostraram resposta quimiotáxica para todos os estímulos avaliados em

relação ao controle. No entanto, o possível efeito sinérgico ou aditivo das

combinações dos estímulos não foi observado. Os resultados sugerem uma

sequência de uso ou gradiente de estímulos em lugar de uma integração de

informação. Esta informação é relevante quando se considera a utilização de estes

estímulos para o manejo comportamental dos parasitoides visando o controle

biológico.

Palavras-Chave: comportamento; sinergia; inimigo natural

Apoio Institucional: EMBRAPA, CNPq, FAP-DF, CAPES

Page 329: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

329

Differentiation of parasitized or non-parasitized Tephritidae pupae

based on hyperspectral reflectance profiling

Simone Mundstock Jahnke; Christian Nansen; Daniel Capella Zanotta

Universidade federal do Rio Grande do Sul

One possible alternative to insecticide-based control of economically important fruit

fly (Tephritidae) species is to deploy biological control with parasitoids. In this

method, a large number of parasitoids are produced in mass rearing and later

released into the field. Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hym.,

Braconidae) is used to control several species of tephritids of economic importance

in different fruit producing countries. During mass rearing of the parasitoids, quality

control is important to optimize the operations. In addition, quality control can be

deployed in fields, in which the biological control agent is released. In both types of

quality control, the key challenges are to discriminate between parasitized and non-

parasitized pupae. Hyperspectral profiling is being deployed in studies of insects and

specifically to both parasitism and ontogeny of pupae. The main purpose of this study

was to determine, through the use of hyperspectral imaging and analysis of average

reflectance, differences between parasitized pupae of Anastrepha fraterculus

(Wiedemann) and Ceratitis capitata (Wiedemann) (Tephritidae). Images of groups of

pupae of each species parasitized or not, were obtained. A hyperspectral camera

(PIKA II, Resonon Inc., Bozeman, MT) was used. Spectral bands were used to

develop reflectance-based classification models for each species. The mean

reflectance of parasitized pupae was higher than that from non-parasitized, both for

A. fraterculus and C. capitata. The profiles indicate that parasitism of the host pupae

was detectable for the spectral range between 407 and 630 nm for C. capitata and

between 590 and 900 nm for A. fraterculus. The results of this study show the

potential of the hyperspectral image as a tool for the quality control of Tephritidae

parasitoids rearing.

Palavras-Chave: fruit fly; parasitoid; image analysis

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

Page 330: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

330

Competição interespecífica entre os himenópteros

Diachasmimorpha longicaudata (Braconidae) e Aganaspis

pelleranoi (Figitidae)

Roberta Agostini Rohr; Simone Mundstock Jahnke; Luiza Rodrigues Redaelli;

Jéssica Ckless Pereira; Geluse Medronha Caldasso

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) é um

parasitoide utilizado para o controle de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e

tendo sido introduzido em vários países da América, inclusive no Brasil. O

parasitoide nativo da região americana Aganaspis pelleranoi (Brèthes)

(Hymenoptera: Figitidae), é uma espécie frequente e abundante em levantamentos à

campo e considerado promissor em programas de controle biológico. Ambas as

espécies parasitam preferencialmente larvas de terceiro ínstar. Assim, o trabalho

objetivou avaliar a competição interespecífica entre D. longicaudata (DL) e A.

pelleranoi (AP), em larvas de Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (Tephritidae). Os

bioensaios foram realizados em laboratório, oferecendo-se larvas hospedeiras a

somente um parasitoide em uma única ocasião, em duas ocasiões ou ainda para as

duas espécies de parasitoides, alternando a sequência de oferecimento. Houve seis

regimes de exposição: AP; DL; AP-AP; DL-DL; AP-DL; DL-AP, com 40 repetições

cada. Foram registrados os números médios de pupários parasitados e parasitoides

emergidos, índice de parasitismo e a razão sexual da prole. A média de pupários

parasitados e parasitoides emergidos foi maior nos tratamentos DL-DL e DL-AP (6,3

± 0,24; 6,2 ± 0,24, respectivamente). O índice de parasitismo foi de 41,2% para AP,

53,7% para DL, 43,5% para AP-AP, 72,1% para DL-DL. Para o tratamento AP-DL foi

de 12,6 % (AP) e de 46% (DL) e para DL-AP, foi de 60,3% (DL) e 7,9% (AP).

Quando os hospedeiros foram expostos somente uma vez aos parasitoides, a razão

sexual foi desviada para machos (0,47 AP; 0,49 DL), mas quando expostos duas

vezes independente do tratamento, exceto AP-DL (0,41 DL), gerou prole com mais

fêmeas, variando de 0,52 a 0,60. Os resultados demonstram que há competição

entre os parasitoides, quando ambos parasitam o mesmo hospedeiro. Independente

da ordem de ocorrência do parasitismo, D. longicaudata suprime a emergência de A.

pelleranoi.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

Page 331: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

331

A importância do parasitismo natural no controle de noctuídeos

tolerantes a soja Bt

Tamara A. Takahashi; Adélia M. Bischoff; Magda F. Paixão; Guilherme

Nishimura; Luís A. Foerster

Universidade Federal do Paraná

Espécies de noctuídeos naturalmente tolerantes à toxina Cry1Ac vem demonstrando

potencial em ocasionar danos à cultura da soja. Com a diminuição nas aplicações de

inseticidas na cultura, espera-se que inimigos naturais possam controlar

naturalmente tais espécies. O objetivo desse trabalho foi verificar a densidade de

lagartas e seus parasitoides larvais em soja Bt durante as safras de 2017/18 e

2018/19. O levantamento foi realizado em uma área de 14 hectares no município de

São José dos Pinhais (25°36’46.0”S, 49°08’21.5”W), Paraná, entre os meses de

janeiro e março No primeiro ano a área foi semeada com a cultivar Syn13671IPRO e

no segundo ano com as cultivares M5617IPRO e Syn1561IPRO. As lagartas foram

coletadas semanalmente pelo método do pano-de-batida em 10 pontos aleatorios da

área. Os espécimes foram levados ao laboratório, e individualizados e alimentados

com folhas de soja da área de onde foram coletados. Após a emergência de

mariposas e parasitoides, estes foram enviados para a indentificação por

especialistas. Na safra 2017/2018, um total de 30 lagartas foram coletadas, das

quais Spodoptera eridania (Cramer), 1782 (Lepidoptera: Noctuidae) correspondeu a

73,33%, Spodoptera cosmioides (Walker), 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) 20% e

Peridroma saucia Hübner, 1808 (Lepidoptera: Noctuidae) 6,67%. O parasitismo foi

de 66,67% em S. cosmioides, 31,82% em S. eridania e 50% em P. saucia. Na safra

2018/2019, 245 lagartas foram coletadas, das quais 11,43% foram representada por

S. cosmioides, 85,31% por S. eridania e 3,27% por Spodoptera frugiperda (Smith),

1797 (Lepidoptera: Noctuidae). O parasitismo natural foi de 14,29% para S.

cosmioides e 15,79% para S. eridania. Das lagartas de S. frugiperda coletadas,

nenhuma estava parasitada. O controle biológico conservativo deve ser considerado

como a principal tática de manejo para o controle das espécies naturalmente

tolerantes às toxinas Bt.

Palavras-Chave: levantamento populacional; pano-de-batida; parasitoide larval

Apoio Institucional: CAPES

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332

Biologia de uma nova espécie de Aleiodes sp. (Hymenoptera:

Braconidae) parasitando lagartas de Spodoptera eridania (Cramer)

Tamara A. Takahashi; Eduardo M. Shimbori; Luís A. Foerster

Universidade Federal do Paraná

A expansão do cultivo de soja geneticamente modificada com genes da bactéria

Bacillus thuringiensis (Bt) alterou significativamente o manejo de pragas devido à

sua eficiência no controle dos insetos-alvo. Espécies de Spodoptera Guenée, 1852

(Lepidoptera: Noctuidae) apresentam baixa ou nenhuma suscetibilidade à soja que

expressa a toxina Cry1Ac. O uso de inimigos naturais, como parasitoides, para o

controle dessas espécies garante eficiência e durabilidade à tecnologia ao diminuir a

pressão de seleção de insetos resistentes, sendo Aleiodes sp. Wesmael, 1838

(Hymenoptera: Braconidae) um promissor agente de controle. O objetivo desse

trabalho foi verificar o parasitismo e o desenvolvimento de Aleiodes sp. em lagartas

de Spodoptera eridania (Cramer), 1782 (Lepidoptera: Noctuidae) em soja Bt. Quinze

lagartas de segundo instar alimentadas desde a eclosão com folhas de soja

convencional ou Bt foram expostas, por 24 horas, por uma fêmea previamente

copulada de Aleiodes sp., repetindo-se o mesmo procedimento durante três dias.

Foram avaliados o parasitismo acumulado durante os três dias de avaliação, tempo

de desenvolvimento ovo-adulto, peso do casulo, emergência e razão sexual. Não

houve diferença estatística em nenhum dos parâmetros avaliados entre os dois

tratamentos. O parasitismo médio (± EP) foi de 55,06 ± 3,60% no tratamento com

soja Bt, e 55,72 ± 3,95% em soja convencional. O peso médio dos casulos foi de 4,1

± 0 mg nas lagartas alimentadas com soja Bt e 4,2 ± 0,10 mg em soja convencional.

O tempo médio de desenvolvimento de ovo-adulto no tratamento convencional foi

16,09 ± 0,11 dias e no Bt de 15,95 ± 0,09 dias. A emergência foi superior a 85% nos

dois tratamentos. A razão sexual no tratamento Bt foi de 0,41 e de 0,43 no

tratamento convencional. Os resultados indicam que a biologia do parasitoide não foi

afetada pela presença da toxina Bt (Cry1Ac) nas folhas de soja, corroborando seu

potencial de estabelecer-se e controlar naturalmente S. eridania em campo.

Palavras-Chave: Controle biológico; parasitoide larval

Apoio Institucional: CAPES

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333

Dinâmica do parasitoide Quadrastichus mendeli em galhas de

Leptocybe invasa em mudas de Eucalyptus grandis x E.

camaldulensis

Thais A. Mota; Amanda R. Souza; José R. Passos; Barbara O. Puretz; Carolina

Jorge; Sidnei Dallacort; Carla C. Jardim; Caroline D. Souza; Lorena E. D. C.

Hilário; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista "Julio Mesquita Filho"

A vespa-da-galha-do-eucalipto, Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae) é uma

praga exótica, com alto potencial de danos em viveiros e em plantações de

Eucalyptus spp. O controle biológico tem demonstrado ser uma ferramenta

promissora pela eficiência de controle. O parasitoide Quadrastichus mendeli

(Hymenoptera: Eulophidae), recentemente encontrado no Brasil, é um dos principais

agentes de controle de L. invasa em diversos países. O objetivo foi avaliar o

parasitismo de L. invasa por Q. mendeli em mudas de Eucalyptus grandis x E.

camaldulensis em condições laboratoriais, com infestação de L. invasa. Mudas de

eucalipto com 90 dias de idade, infestadas naturalmente por fêmeas de ­L. invasa,

foram acondicionadas em uma sala climatizada com 25°C ± 2°C, UR de 70 ± 10% e

fotofase de 12 h. As galhas presentes nas mudas já haviam a presença do

parasitoide por infestação natural do viveiro. No primeiro tratamento foi liberado

cerca de 5 fêmeas de Q. mendeli por muda durante três dias, no segundo

tratamento foi considerado apenas o parasitismo ocorrido natural no viveiro. Cada

tratamento consistiu de 22 repetições, para a avaliação diária da emergência de

adultos de Q. mendeli e L. invasa. Modelos de regressão não lineares mistos

inflacionados de zeros no tempo foram utilizados para o número de vespas e

parasitoides para cada tratamento. A modelagem dos valores não nulos foi utilizada

distribuição Poisson com efeito quadrático do tempo, intercepto aleatório e estrutura

de dependência no tempo. A emergência de adultos de Q. mendeli foi do 10° ao 63°

dia, e L. invasa do 10° ao 71° dia para o tratamento 1, no tratamento 2 durou do 12°

ao 55° dia para Q. mendeli e L. invasa do 12° ao 68°dia. Os resultados não

deferiram significativamente entre os tempos para os máximos do número de vespas

e parasitoides (p>0,05) e diferença significativa entre os máximos dos mesmos

(p<0,05), na quantidade de parasitoides emergidos para o primeiro tratamento.

Palavras-Chave: praga exótica; eucalipto; viveiro

Apoio Institucional: Capes, IPEF / PROTEF

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334

Prospecção de endossimbiontes em Encarsia inaron

(Hymenoptera: Aphelinidae)

Thaís C. S. Cirino; Amanda M. Furuya; Vanessa R. de Carvalho; Regiane C. O.

F. Bueno

Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP / FCA

O termo simbiose classifica interações biológicas entre indivíduos de duas espécies

diferentes, ou seja, é a convivência entres dois organismos, seja ela benéfica ou

maléfica. Os endossimbiontes associados a parasitoides são importantes, pois

podem modificar o tipo de reprodução, fitness, longevidade, resistência e outras

características desses insetos. Desse modo, para o desenvolvimento de programas

de controle biológico torna-se necessário que além de estudo dos parâmetros

biológicos e ecológicos dos parasitoides seja realizado a identificação das espécies

de endossimbiontes presentes nestes agentes de controle biológico. Por esse

motivo, objetivou-se a identificação de endossimbiontes associados ao parasitoide

de ninfas Encarsia inaron (Walker, 1839) (Hymenoptera: Aphelinidae), espécie com

potencial em ser utilizada no manejo de Bemisia tabaci (Gennadius, 1889)

(Hemiptera: Aleyrodidae), popularmente conhecida como mosca-branca,

considerada hoje uma das principais pragas em culturas em todo o mundo. Os

insetos utilizados no estudo para extração genômica do DNA foram obtidos a partir

de criação do laboratório do Grupo de Pesquisa em Manejo Integrado de Pragas na

Agricultura (FCA/UNESP). Foram exploradas a presença dos endossimbiontes dos

gêneros Wolbachia, Rickettsia, Arsenophonus, Hamiltonella, Carsonella, Serratia,

Spiroplasma, Regiella, Cardinium e Sodalis pela reação em cadeia da polimerase

(PCR) do fragmento do gene 16S rRNA. Os resultados foram positivos para os

gêneros de endossimbiontes Wolbachia, Rickettsia e Serratia, confirmando a

associação dos parasitoides com esses organismos. Os possíveis efeitos dessa

interação nos parâmetros biológicos e processos reprodutivos de Encarsia inaron

em criação massal e na eficácia deste agente de controle biológico em campo

variam e necessitam de investigação para que o programa de controle biológico

envolvendo a espécie de parasitoide em questão seja de fato eficaz.

Palavras-Chave: Controle biológico de mosca-branca

Apoio Institucional: Capes

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335

Características biológicas de Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) em estádios ninfais de Bemisia tabaci (Hemiptera:

Aleyrodidae) Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1)

Amanda M. Furuya; Thaís C. S. Cirino; Carla J. Oliveira; Felipe M. M. Santos;

Regiane C. O. F. Bueno

Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP / FCA

O principal método de controle adotado para mosca-branca, Bemisia tabaci

(Gennadius, 1889) (Hemiptera: Aleyrodidae), é a utilização de produtos

fitossanitários, que usados de forma prevalente implica na seleção de populações

resistentes aos diferentes grupos químicos, que compõem as fórmulas dos

inseticidas, além de possuírem efeito residual no ambiente. Outra tática preconizada

pelo Manejo Integrado de Pragas (MIP) no controle de B. tabaci é o biológico, em

que o uso de parasitoides do gênero Encarsia tem apresentado potencial na

supressão da mosca-branca. Dentre as espécies do gênero, Encarsia inaron

(Walker, 1839) (Hymenoptera: Aphelinidae) tem se destacado como potencial no

controle da praga. Dessa forma, estudos para o conhecimento das características

biológicas são importantes para determinar o potencial de utilização dos inimigos

naturais no manejo de insetos-praga e para auxiliar na criação massal desse agente

biologico. Dessa forma, objetivo-se avaliar as características biológicas de E. inaron

em ninfas de B. tabaci Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1), também conhecida

como biótipo B, em 2º, 3º e 4º ínstares, identificando desse modo em qual estádio

ninfal o parasitoide se desenvolve melhor e o parasitismo é mais eficiente. Foram

avaliados o número de ninfas parasitadas, viabilidade, número de machos e fêmeas

e duração do período de ovo-adulto. O desenvolvimento de E. inaron foi mais rápido

nos 4º e 3º ínstares, em média 15 dias, em comparação ao 2º ínstar, em média 20

dias, ou seja, o ciclo do parasitoide é menor em estádios mais avançados das ninfas

de B. tabaci, o que é positivo para agentes de controle biológico no ambiente.

Quanto à razão sexual, não houve emergência de machos, o que levanta a hipótese

da ocorrência de partenogênese telítoca devido à infecção pelo endossimbionte do

gênero Wolbachia, algo que necessita de mais estudos. Não foram observadas

diferenças estatísticas entre os dados nos demais parâmetros.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mosca-branca; Parasitoide de ninfas

Apoio Institucional: Capes

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Efeito da temperatura no voo do parasitóide Cleruchoides noackae

( Hymenoptera: Mymaridae)

Thamires L. Santos; Luciane K. Becchi; Leonardo C. Vieira; Caroline D. de

Souza; Carla C. Jardim; Heitor C. Neto; Gabriela Cavallini; Camila Z. Bassi;

Leonardo R. Barbosa; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista

Após a introdução do eucalipto no Brasil, a introdução de pragas exóticas foi

inevitável, como relatado para o percevejo-bronzeado Thaumastocoris peregrinus

Carpintero & Dellapé, 2006 (Hemiptera: Thaumastocoridae) em 2008, que vem

causando danos econômicos à cultura no Brasil. Uma das táticas utilizadas no

controle de T. peregrinus é o controle biológico, utilizando o parasitoide de ovos

Cleruchoides noackae Lin & Huber, 2007 (Hymenoptera: Mymaridae). O objetivo foi

avaliar o efeito da temperatura no voo do parasitoide. Foi utilizado uma unidade

teste modelo ESALQ, que consiste em um cilindro de PVC (18 cm de altura x 11 cm

de diâmetro) com o interior recoberto por cartolina preta, e o fundo vedado com

plástico flexível preto ajustado com disco de isopor. Na parede interna foi pincelado

a 3,5 cm da extremidade inferior, um anel de cola para determinar parasitoides

caminhadores. Para determinar parasitoides voadores, uma placa de Petri foi

pincelada com cola entomológica e encaixada na parte superior do cilindro. Cem

ovos de T. peregrinus parasitados por C. noackae foram individualizados em tubos

de vidro, e fixados no centro das unidades-teste e colocados em sala climatizada a

20, 25 e 30 ± 2ºC, UR de 60 ± 10% e fotofase de 24 h. O experimento foi

inteiramente casualizado com três tratamentos e cinco repetições. Os dados foram

submetidos a ANOVA e comparada pelo teste de Tukey. O aumento na

porcentagem de parasitoides voadores foi diretamente proporcional ao aumento da

temperatura, variando de 14% (20ºC) a 48% (30°C). A maior porcentagem de

parasitoides caminhadores foi observada a 20ºC, com 61%. Na temperatura de

20ºC, 14% dos parasitoides foram classificados como caminhadores, enquanto que

a 25 e 30º, 46 e 41% foram caminhadores. Dessa forma, a temperatura baixa afetou

o voo de C. noackae em laboratório, sugerindo que a liberação de C. noackae a

campo seja feita em temperaturas acima de 25ºC.

Palavras-Chave: Parasitóide de ovos; Eucalyptus ssp; Controle biológico

Apoio Institucional: PROTEF/IPEF e CAPES

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337

Predação de lagartas de Palpita forficifera por ninfas de Podisus

nigrispinus

Tiago Scheunemann; Alexandra P. Krüger; Amanda M. Garcez; Júlia G. A.

Vieira; Daniel Bernardi; Dori E. Nava

Programa de Pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil,

96010900

A lagarta-da-oliveira Palpita forficifera Munroe, 1959 (Lepidoptera: Crambidae) é a

principal praga da oliveira (Olea europaea L., Oleaceae), no Brasil. Dentre seus

inimigos naturais, Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) tem

sido relatado predando larvas de diferentes instares. O objetivo do trabalho foi

conhecer a capacidade de predação de ninfas de P. nigrispinus em diferentes

densidades de lagartas de P. forficifera. Foram utilizados insetos oriundos de criação

de manutenção realizada em condições controladas de temperatura (25 ± 2ºC),

umidade relativa do ar (60 ± 10%) e fotofase (14 horas). Diariamente foram

oferecidas a ninfas de 2, 3 e 4º instar de P. nigrispinus diferentes quantidades de

lagartas de P. forficifera, sendo: uma lagarta (Tratamento 1) e 3 lagartas

(Tratamento 2) de 3º instar. A partir do 5º instar foi duplicado o número de lagartas

oferecidas diariamente (T1= 2 lagartas e T2= 6 lagartas). O delineamento

experimental foi inteiramente casualizado com 40 repetições por tratamento. Foram

avaliados a duração das fases ninfais; número de lagartas predadas diariamente

por instar e total na fase imatura; peso de adultos com 24 horas e razão sexual. A

duração ninfal do 4º (4,32 dias) e 5º instar (6,68 dias) do predador foi prolongada

quando foi ofertado menor número de lagartas. O maior consumo diário (2,97

lagartas) e total (30,08 lagartas) de P. forficifera ocorreu durante o 5º instar ninfal.

Este fato proporcionou um maior peso de adultos de P. nigrispinus (0,037g). A razão

sexual de P. nigrispinus não foi afetada pelos tratamentos, no entanto, fêmeas

consumiram maior número de lagartas (26,61 lagartas) em relação a machos (21,21

lagartas). Frente aos resultados, ninfas de P. nigrispinus conseguem se alimentar de

1,80; 2,72; 3,52 e 10,68 lagartas no regime alimentar T1 e 2,42; 4,88; 5,85 e 16,88

lagartas em T2 de P. forficifera nos instares 2; 3; 4 e 5 respectivamente.

Palavras-Chave: Oliveira

Apoio Institucional: CAPES

Page 338: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

338

Parasitismo de Thyanta perditor (Heteroptera: Pentatomidae) e

fenologia de ninfas e adultos na sua planta hospedeira selvagem

Tiago Lucini; Antônio R. Panizzi; Rodrigo V.P. Dios

Embrapa Trigo; Universidade de São Paulo

O percevejo neotropical Thyanta perditor (F.) (Heteroptera: Pentatomidae) é uma

espécie comumente encontrado na erva daninha picão-preto, Bidens pilosa L.

(Asteraceae). Estudos de campo e de laboratório foram conduzidos com o objetivo

de avaliar a incidência de parasitismo de adultos por moscas taquinídeas (Diptera:

Tachinidae), as quais foram obtidas em laboratório para identificação. A deposição

dos ovos das moscas parasitas na superfície do corpo de adultos do percevejo foi

mapeada. Além disso, estudou-se a incidência de ninfas e de adultos na sua planta

hospedeira (picão-preto) durante os períodos de desenvolvimento vegetativo e

reprodutivo da planta. Sete espécies de moscas taquinídeas foram obtidas, sendo

Euthera barbiellini Bezzi (73% do total) e Trichopoda cf. pictipennis Bigot (16,7%) as

mais abundantes. As cinco espécies restantes foram: Gymnoclytia sp.; Phasia sp.;

Strongygaster sp.; Cylindromyia cf. dorsalis (Wiedemann), e Ectophasiopsis ypiranga

Dios & Nihei as quais representaram 10,3% do total. A deposição de ovos das

moscas parasitas nos adultos de T. perditor, foi significativamente maior na região

dorsal em comparação com a superfície ventral no corpo. Na superfície dorsal, o

pronoto foi significativamente mais preferido e as asas o local menos preferido. Não

houve diferença no número de ovos depositados nas asas, considerando-se os

locais sobre ou abaixo da asa (escondido). Os resultados indicaram um número

significativamente maior de ninfas presentes em sementes maduras do picão-preto

em comparação com as sementes imaturas. Por outro lado, os adultos tiveram maior

preferência pelas sementes imaturas comparado com sementes maduras. Tanto

ninfas quanto adultos, foram menos abundantes nas folhas/caules e inflorescências

da planta de picão-preto.

Palavras-Chave: Percevejos; Tachinidae; Bidens pilosa

Apoio Institucional: CNPq; FAPESP

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339

Relação entre o pulgão Lipaphis erysimi e seus predadores na

produção orgânica da couve

Valkíria F. da Silva; Luís Cláudio P. Silveira; Alexandre dos Santos; Vitor B.

Tomazela; Adriano J. Nunes

Universidade Estadual de Ponta Grossa

A produção orgânica de hortaliças é crescente em todas as regiões do mundo,

porém um dos desafios deste sistema de cultivo se refere ao ataque de insetos,

sendo o pulgão, Lipaphis erysimi (Kaltenbach, 1843) (Hemiptera: Aphididae) uma

das pragas mais importantes das brássicas. Neste contexto, procurou-se verificar a

ação dos predadores sobre a redução da população L. erysimi no cultivo

diversificado da couve (Brassica oleracea L. var. acephala) sob sistema orgânico.

Partiu-se da hipótese de que as plantas companheiras sejam atrativas aos

predadores de L. erysimi. O experimento foi conduzido, comparando-se o

monocultivo da couve com a couve associada com as plantas: coentro (Coriandrum

sativum L.), endro (Anethum graveolens L.), cravo (Tagetes erecta L.) e a calêndula

(Calendula officinalis L.). Em cada parcela foram instaladas duas gaiolas: uma de

inclusão (GIs) e a outra exclusão (GEs) sobre as plantas de couve, onde foram

realizadas as avaliações de L. erysimi e seus predadores. Os resultados

demonstraram que não houve diferença nas populações de predadores em cada

tratamento (χ2= 7,1908; p= 0,1261; DF=4). As gaiolas também não influenciaram a

população média dos predadores em cada tratamento. Contudo, ao realizar uma

comparação geral dos o efeitos das gaiolas, independentemente dos tratamentos, foi

possível constatar que estas barreiras afetaram a população de predadores e de L.

erysimi e seus predadores. Nas GIs, a população de predadores foi estatisticamente

maior em relação ás GEs (χ2= 20.8301; p < 0.00001; DF = 1). Ao mesmo tempo,

observou-se que a incidência de L. erysimi foi significamente menor nas GIs em

relação ás GEs (χ2 = 5.7862; p = 0.01615; DF = 1). Estes resultados demonstram

que os predadores exercem um papel fundamental na regulação de L. erysimi em

campo, e portanto, devem ser preservados. Espera-se que os resultados deste

trabalho possa contribuir com as pesquisas sobre o controle biológico nos sistemas

orgânicos, e assim reduzir os custos de produção.

Palavras-Chave: Aphididae; Inimigos naturais; Gaiolas

Apoio Institucional: UEPG, UFLA, CNPq

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Levantamento de parasitoides Tachinidae em S. eridania (CRAMER)

e S. cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowsk; Leidiane C. Carvalho; Amanda

Ceccato Favorito; Gabrile Hoelscher; Jose A. S. Franco

UNIOESTE

As lagartas do gênero Spodoptera, principalmente as espécies S. cosmioides e S.

eridania eram espécies que na produção da soja não apresentavam expressão

como pragas. Contudo, com o advento da soja Bt, na qual está pragas não são alvo

da tecnologia, aliado a mudanças no sistema de produção, a população destas

espécies tem aumentado. Na produção orgânica, onde uma das principais formas de

controle de lagartas é a aplicação de bioinseticidas a base de Bt, estas espécies têm

causado danos e preocupações nos produtores. Portanto, buscar formas de manejar

estas lagartas nesse sistema é importante, para isso torna-se fundamental conhecer

os controladores naturais destas espécies, bem como seu potencial na redução da

população. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo fazer um levantamento do

parasitismo de moscas da família Tachinidae em S. cosmioides e S. eridania em

soja produzida no sistema agroecológico. Para tal, foi realizada coleta na área

agroecológica da Estação Experimental da Unioeste (24º40’31.37”S e

54º16’53.82”O) em lavouras de soja na fase de maturação. As amostragens foram

feitas com pano de batida, em caminhamento em zigue-zague. As lagartas

coletadas foram levadas ao Laboratório de Controle Biológico da Unioeste onde

foram submetidas a uma análise visual em lupa e separadas, em caixa tipo gerbox,

por espécie e presença ou ausência de ovos de Tachinidae. Estas foram

alimentadas com vagens de feijão e de soja. Foram coletadas ao total 89 lagartas de

S. cosmioides, das quais 19% estavam parasitadas e apenas sete lagartas de S.

eridania, sendo que destas 43% estavam parasitada. Os adultos dos tachinídeos

foram coletados e enviados para identificação. Na área agroecológica da Unioeste,

em virtude do manejo realizado na entressafra, visando a manutenção dos inimigos

naturais, muitos são os predadores e parasitoides presentes. Este complexo

(Tachinidae e demais inimigos naturais) controlaram de forma efetiva as duas

espécies.

Palavras-Chave: Spodoptera cosmioides; Spodoptera eridania; Controle Biológico

Apoio Institucional: A Itaipu Binacional

Page 341: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

341

Efeito da idade do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de

Trichogramma pretiosum em ovos de Anticarsia gemmatalis

Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Cintia Costa; Bruna M. Favetti;

Adeney de F. Bueno; Gabriela V. da Silva; Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto

Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Centro Universitário Filadélfia, Londrina, PR, Brasil;

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil

Avaliou-se a influência da idade de fêmeas do parasitoide e do ovo de A. gemmatalis

no parasitismo e preferência hospedeira de T. pretiosum. Três bioensaios foram

realizados em delineamento inteiramente casualizado. No bioensaio 1, fêmeas de T.

pretiosum de diferentes idades (1 a 5 dias) foram individualizadas, e

aproximadamente 20 ovos (24h) de A. gemmatalis foram oferecidos por 24 horas

para cada repetição. No bioensaio 2, aproximadamente 20 ovos de A. gemmatalis

com 24, 48 ou 72 horas para cada repetição foram oferecidos para fêmeas

individualizadas de T. pretiosum por 24 horas. No bioensaio 3, ovos de A.

gemmatalis de 24, 48 e 72 horas foram oferecidos a fêmeas de T. pretiosum por 24

horas para avaliar a preferência hospedeira em teste com chance de escolha. As

diferentes idades de fêmeas de T. pretiosum, no bioensaio 1, não afetou o

parasitismo dos ovos de A. gemmatalis e também a emergência ou a razão sexual

da progênie de T. pretiosum. Porém, o número de parasitoide/ovo foi maior para

fêmeas com cinco dias de idade (mais velhas). No bioensaio 2, os maiores valores

de parasitismo e emergência foram observados em ovos de 24 horas. O número de

parasitoide/ovo e razão sexual não foram influenciadas pelas idades testadas. A

preferência hospedeira de T. pretiosum foi para ovos com 24 horas (79,7%) de

desenvolvimento no bioensaio 3. Assim, pode-se concluir que a idade das fêmeas

de T. pretiosum, não influenciou o parasitismo de A. gemmatalis. Portanto, isso

sugere que adultos de T. pretiosum podem ser armazenados por até 5 dias antes da

liberação sem prejuízo do potencial de controle. Porém, o número de ovos

parasitados poderá ser reduzido pelo aumento da idade do hospedeiro. O

parasitoide apresentou bom potencial de parasitismo e preferência hospedeira por

ovos de A. gemmatalis de até 24 horas após a postura.

Palavras-Chave: praga-lepidoptera; controle biológico; ovos de parasitoides

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Parasitismo de Telenomus remus em ovos de Spodoptera

frugiperda: diferentes idades do parasitoide e do ovo hospedeiro

Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Jaciara Gonçalves; Bruna M. Favetti;

Adeney de F. Bueno; Pamela G. G. Luski; Pedro M. O. J. Neves; Érica C. Braz;

João P. F. Cordeiro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto

Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –

Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de

Agronomia, Londrina PR, Brasil

Há uma falta de informações sobre o desempenho de fêmeas do parasitoides de

diferentes idades e, especificamente, sobre o comportamento do parasitoide

Telenomus remus (Nixon, 1937) (Hymenoptera: Platygastridae) em relação aos ovos

de praga em suas diferentes fases do desenvolvimento embrionário. Assim, foram

avaliadas as relações entre as idades do hospedeiro, dos parasitoides e o

parasitismo por T. remus em ovos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797)

(Lepidoptera: Noctuidae). Três bioensaios foram realizados em delineamento

inteiramente casualizado. No bioensaio 1, às fêmeas de T. remus agrupadas por

idade (entre 1 a 10 dias de idade) foram oferecidas 100 ± 20 ovos de S. frugiperda

por 24 horas (h). No bioensaio 2, 100 ± 20 ovos de S. frugiperda (24, 48 ou 72 h de

idade) foram oferecidos às fêmeas de T. remus por 24 h. No bioensaio 3, ovos de S.

frugiperda com 24, 48 e 72 h de idade foram oferecidos a fêmeas de T. remus em

teste de preferência de parasitismo com chance escolha. As variáveis avaliadas

foram: número de ovos parasitados, emergência do parasitoide (%) e razão sexual

de sua progênie nos bioensaios 1 e 2 e número de ovos parasitados no bioensaio 3.

A idade das fêmeas de T. remus não afetou o número de ovos de S. frugiperda

parasitados ou a emergência da progênie. No entanto, a razão sexual foi menor

(mais machos) na progênie de fêmeas de 1 e 2 dias de idade em comparação com

os parasitoides mais velhos. No bioensaio 2, o maior parasitismo foi observado em

ovos com 24 h (média = 116,81 ovos) e 48 h (18,18 ovos) de idade. A porcentagem

de emergência e a razão sexual não foi influenciada pela idade dos ovos testados.

T. remus preferiu parasitar ovos de 24 h. Em geral, a idade das fêmeas de T. remus

testadas não afetou o parasitismo dos ovos, mas o número de ovos de S. frugiperda

parasitados diminuiu com o aumento da idade do hospedeiro (24h-57,95 ovos

parasitados; 48h-56,83 ovos parasitados e 72h-16,83 ovos parasitados).

Palavras-Chave: lagarta-do-cartucho; controle biológico; ovos parasitados

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Características biológicas de Trissolcus urichi em ovos de

Euschistus heros e Dichelops melacanthus

Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Bruna M. Favetti; Adeney de F. Bueno;

Marcela L. M. Grande; Pamela G. G. Luski; Antônio R. Panizzi; Érica C. Braz;

João P. F. Cordeiro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto

Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –

Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de

Agronomia, Londrina PR, Brasil

Espécies do gênero Trissolcus são efetivas como parasitoides de ovos de

Euschistus heros e podem ser utilizadas em liberações de campo para o manejo de

praga. No entanto, é necessário conhecimento mais detalhado sobre os aspectos

biológicos deste agente de biocontrole em outros hospedeiros, como Dichelops

melacanthus. Avaliou-se a preferência do hospedeiro, biologia e características

morfométricas de Trissolcus urichi por ovos de E. heros e D. melacanthus. Três

experimentos foram realizados: (1) preferência hospedeira de T. urichi entre ovos de

E. heros e D. melacanthus. (2) biologia de T. urichi em ovos dos dois hospedeiros.

(3) características morfométricas de T. urichi desenvolvidos em ovos dos dois

hospedeiros. Trissolcus urichi preferiu ovos de E. heros (63,15%), apresentando

maior número de ovos parasitados, maior taxa de emergência (93,41%) e

desenvolvimento mais rápido. Além disso, produziu progênie com comprimento do

corpo, comprimento e largura das asas e comprimento da tíbia maior comparando-

se com os parasitoides desenvolvidos em ovos de D. melacanthus. Assim, pode-se

concluir que embora o parasitoide tenha também capacidade de parasitar e se

desenvolver em ambos os hospedeiros avaliados, E. heros é o hospedeiro mais

adequado para o desenvolvimento de T. urichi quando comparado a D.

melacanthus.

Palavras-Chave: controle biológico; ovos de parasitoides; percevejo

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Liberação de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em

sistemas de manejo de Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae)

Wellington S. de M. Almeida; Jéssica L. Niitsu; Gabryele S. Ramos; Simone S.

Vieira; Regiane C. O. F. Bueno

FCA/UNESP

A soja é o principal cereal produzido no país, com área cultivada em 35 milhões de

hectares na safra 2018/2019, atingindo recorde em área cultivada e produção, que

totalizou aproximadamente 119 milhões de toneladas, sendo a segunda maior

produção mundial. Porém, esse agroecossistema possui uma rica biodiversidade,

que compreende desde agentes de controle biológico e aos insetos-praga, sendo o

Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) um dos principais

problemas fitossanitários da cultura, causando danos que podem chegar a 30% de

perda. Assim, objetivou-se avaliar a eficácia de controle de Telenomus podisi

Ashmead (Platygastridae) em ovos do percevejo-marrom com liberação manual e

com drone, comparado a pulverização de inseticidas. O bioensaio foi instalado em

campo de produção de soja na cidade de Pardinho, SP, Brasil (22º 02' 11''S/48º 24'

16''O). O experimento foi instalado com 3 tratamentos e 8 blocos, sendo manejo do

produtor, liberação manual e liberação com drone. Durante três semanas

consecutivas foi realizada a liberação de T. podisi, iniciando-se no estádio fenológico

V6/R1, quando foi verificada a colonização dos insetos na cultura. O monitoramento

foi realizado com cinco batidas-de-pano por bloco durante seis semanas. Nos

tratamentos com liberação manual e com drone houve menor população de

percevejos, porém no teste de tetrazólio não houve diferença estatística quanto ao

número de picadas de alimentação. Assim, pode-se concluir que para o manejo de

E. heros a liberação de T. podisi tem eficácia de controle semelhante ao do controle

químico, e desta forma a integração das estratégias pode auxiliar a manter a

população da praga abaixo do nível de dano econômico e também pode ser uma

ferramenta no manejo de resistência das populações do percevejo-marrom.

Palavras-Chave: Manejo integrado de pragas; parasitoides; controle biológico

Apoio Institucional: FAPESP

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Endossimbiontes associados ao parasitoide de ovos Telenomus

podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae)

Wellington S. de M. Almeida; Jéssica L. Niitsu; Carolane da S. e Silva; Gabryele

S. Ramos; Vanessa R. de Carvalho; Regiane C. O. F. Bueno

FCA/UNESP

O parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) é

relatado como um importante agente de controle biológico de percevejos da família

Pentatomidae, ocorrendo naturalmente em diversos agroecossistemas do Centro-

Sul brasileiro. Existem vários aspectos e características comportamentais de exímia

importância no contexto do uso de parasitoides como agentes de controle biológico.

Dentre os diversos fatores capazes de alterar o comportamento de forrageamento, a

dispersão espacial, a capacidade de parasitismo e a razão sexual, está a microbiota

endossimbiótica associada ao inseto. Dada a importância desse inimigo natural no

controle de um complexo de pentatomídeos fitófagos e aos possíveis efeitos da

associação com endossimbiontes, objetivou-se investigar a existência e a

caracterização dos endossimbiontes de T. podisi, até então desconhecidos.

Amostras de adultos de T. podisi multiplicados em laboratório passaram por

detecção e identificação de oito possíveis bactérias endossimbiônticas:

Arsenophonus, Hamiltonella, Regiella, Rickettsia, Serratia, Sodalis, Spiroplasma e

Wolbachia. A partir de um pool de 21 parasitoides adultos oriundos de ovos frescos

do hospedeiro Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Heteroptera: Pentatomidae) a

extração de DNA foi realizada segundo o método de Chelex. A metodologia de

reação em cadeia de polimerase (PCR) foi em seguida aplicada para cada

subamostra contendo primers específicos a cada espécie de endossimbionte

testada. Foram encontrados resultados positivos para Sodalis, Seratia e Regiella. A

detecção e compreensão da interação T. podisi e endossimbiontes associados será

de grande valia na elucidação de parâmetros inerentes à criação massal e ao uso

deste parasitoide em programas de controle biológico aplicado.

Palavras-Chave: simbiontes; parasitoides; pentatomídeos

Apoio Institucional: CAPES e FAPESP

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Seletividade de abamectina ao predador Chrysoperla externa

(Hagen) (Neuroptera: Chrisopidae)

Wesley B. S. Paula; Gabriel de Melo Botelho; Bruno G. Dami; Andriely Borges

Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Gustavo Pincerato Figueiredo;

Alessandra M. Vacari

Universidade de Franca - Unifran

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante predador

de bicho-mineiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepidoptera:

Lyonetiidae), ácaros e cochonilhas na cultura do cafeeiro. O conhecimento sobre o

efeito dos inseticidas e acaricidas sobre os inimigos naturais é fundamental para um

programa de Manejo Integrado de Pragas. O objetivo foi avaliar o efeito letal do

inseticida e acaricida abamectina em larvas do predador C. externa. O bioensaio foi

conduzido utilizando dois inseticidas e acaricidas do princípio ativo abamectina nas

concentrações de 1,25 mL i.a. L-1 (Abamectin Nortox® EC) e 3 mL i.a. L-1 (Batent®).

Cada inseticida foi testado com concentrações que foram equivalentes à dose

máxima da bula (100%) diluída em 500L ha-1 de água destilada. O tratamento

controle consistiu somente de água destilada, sendo 10ml por placa. Os inseticidas

foram aplicados em superfície de plástico (placa de Petri de 6 cm de diâmetro),

sendo que foi utilizada uma alíquota de 10ml por placa e após a secagem foram

utilizadas para avaliar larvas do predador expostas ao resíduo. Em seguida, uma

larva de segundo ínstar de C. externa foi adicionada em cada placa e foram

oferecidos ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lepidoptera: Pyralidae) como

presas. Cada placa foi considerada uma repetição e foram observadas dez

repetições para cada inseticida/acaricida. As avaliações foram conduzidas após 24

horas. O número de larvas vivas foi avaliado pelo teste do qui-quadrado usando o

PROC FREQ. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O

tratamento controle não causou mortalidade dos predadores. Após 24 horas, quando

utilizado o inseticida/acaricida Abamectin Nortox® todas as larvas do predador

estavam vivas, enquanto Batent® provocou 40% de mortalidade. De acordo com as

classes de toxicidade preconizadas pela IOBC, o inseticida/acaricida Abamectin

Nortox® foi considerado inócuo (classe 1, mortalidade < 30%) e Batent®

considerado levemente nocivo (classe 2, mortalidade de 30 a 80%) para o predador

C. externa

Palavras-Chave: Crisopídeo

Apoio Institucional: CNPq

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Parasitismo de adultos de Euschistus heros (F. 1798)

(Pentatomidae) na cultura da soja em diferentes sistemas de cultivo

William R. de Carvalho; Amanda C. Favorito; Letícia D. Zanachi; Gabriele L.

Hoelscher; Vanda Pietrowski; Vanusi C. da Silva

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Pentatomidae) é nativo da região Neotropical

e tem a soja como seu principal hospedeiro, sendo atualmente o percevejo mais

abundante nesta cultura, no país. Como toda praga é importante conhecer seus

parasitoides, que ao interromper seu ciclo biológico evitam o aumento populacional.

Portanto, o objetivo do presente trabalho foi conhecer o índice de parasitismo natural

de moscas da família Tachinidae em adultos de E. heros na cultura da soja sob

diferentes sistemas de cultivo. O experimento foi conduzido na Estação

Experimental Professor Alcibíades Luiz Orlando (54º01’45’’ W e 24º 31’42’’ S),

localizada no município de Entre Rios do Oeste, com altitude média de 420 metros.

Realizaram-se levantamentos semanais de adultos de E. heros na cultura da soja

durante a safra de 2018/19 em sistemas de cultivo convencional e agroecológico

com certificação orgânica. As coletas foram realizadas por meio do método do pano

de batida, em no mínimo dez pontos ao acaso, visando atingir população de 120

percevejos +/-20 por coleta. Os percevejos coletados foram encaminhados ao

Laboratório de Entomologia, colocados em recipientes plásticos (30cm x 20cm) com

tampa telada, em número de 40 adultos por recipientes, nos quais foi acrescido

feijão vagem (Phaseolus vulgaris L.), Ligustro (Ligustrum lucidum W.), grãos de soja

(Glycine max L.) e amendoim (Arachis hypogaea L.) para alimentação e

acompanhado de algodão umedecido. Foram avaliados diariamente, durante 20

dias, para a constatação do parasitismo. Os parasitoides coletados foram

armazenados em álcool 70% e encaminhados a identificação. Contatou-se que na

área convencional o índice médio de parasitismo foi de 2,5% variando de 0,83% a

3,33%. Já na área agroecológica o índice médio foi de 11,81% variando de 5,83% a

15,83%. Sendo assim, o manejo sem o uso de controle químico aumenta o número

de percevejos parasitados.

Palavras-Chave: Percevejo marrom

Apoio Institucional: Itaipu Binacional e Fundação Araucária

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Page 349: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

349

Controle biológico de Ustilaginoidea virens, isolado de plantas de

arroz por Trichoderma spp.

Marcia E. da Silva1; Gerson Pauli1; Diouneia L. Berlitz1; Akio S. Matsumura1;

Akira S. Matsumura1; Aida T.S. Matsumura1

1 ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan, 386, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS. E-mail:

[email protected]

O fungo Ustilaginoidea virens (Coocke) Takah. 1896 (Clavicipitaceae) é o causador

da doença conhecida como falso-carvão do arroz, no qual reduz o rendimento e a

qualidade dos grãos. O patógeno foi isolado de panículas de arroz provenientes do

município de Tapes/RS. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de controle de U.

virens foram testados contra o mesmo separadamente, os oito isolados de

Trichoderma spp. que compõem o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, o produto

puro e o produto na diluição 10ˆ3 UFC/mL. Os confrontos foram realizados em

placas de Petri com 8,5 cm de diâmetro e meio de cultura BSA (batata-sacarose-

ágar), três repetições de cada. A técnica utilizada foi a de cultura dual, onde discos

de 5 mm do fungo U. virens foram colocados nas placas e no lado oposto foi

colocado um disco de 5 mm dos isolados de Trichoderma spp. separadamente e nas

placas para teste com a mistura dos oito isolados foi inoculado 0,1 mL do produto.

Nas placas utilizadas para testemunha do teste foi inoculado um disco de 5 mm do

U. virens. As placas foram incubadas a 27 ± 2C e fotoperíodo de 12 horas. O teste

foi avaliado aos sete e aos catorze dias utilizando a escala de notas de Bell et al. e o

grau de antagonismo pelo percentual de inibição do crescimento do patógeno. No

teste in vitro os oito isolados das três espécies: T. asperellum Samuels, Lieckf. &

Nirenber 1999; T. harzianum Rifai 1969 e T. koningiopsis Samuels, Carm. Suárez &

H.C. Evans 2006 (Hypocreaceae) e o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, composto

pelos oito isolados apresentaram notas ≤2, pela escala de Bell et al. e o percentual

de inibição do patógeno variou de 51,76 a 64,71 %. O resultado demonstrou que o

produto a base de Trichoderma spp. pode ser utilizado como alternativa de controle

do U. virens na cultura do arroz.

Palavras-Chave: antagonismo; arroz; falso-carvão

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

Page 350: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

350

Análise da eficiência agronômica de Trichoderma spp. no controle

de Sclerotinia sclerotiorum em alface

Aida T. S. Matsumura¹; Marcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Gerson Pauli¹;

Akira S. Matsumura¹; Diouneia L. Berlitz¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected]

A podridão por esclerotínia é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia

sclerotiorum (Lib.) de Bary 1884 (Sclerotiniaceae) que ataca as plantas de alface

em diferentes estágios de desenvolvimento. Fungos do gênero Trichoderma Pers,

1794 (Hypocreaceae) possuem a capacidade de parasitar outros fungos, dentre eles

S. sclerotiorum. Nesse sentido, a presente pesquisa objetivou analisar a eficiência

agronômica de ICB Fitossanitário Trichoderma SC, em plantas de alface infectadas

com S. sclerotiorum. O experimento foi conduzido Santa Cruz, RS, em solo com

textura média. O fitopatógeno foi inoculado no campo 2 dias antes do transplante

das mudas, na proporção de 10 escleródios por planta. No momento do plantio foi

pulverizado no solo o formulado ICB Fitossanitário Trichodemra SC, composto por T.

harzianum, T. asperellum e T. koningiopsis, na concentração de 1x10ˆ9 UFC/mL,

nas doses de 100 mL/ha e 200 mL/ha. Na testemunha não foi realizada a aplicação

do formulado. As parcelas foram de 2,8m² com espaçamento entre linhas de 0,37m.

Foi avaliada a incidência da doença através da contagem das plantas com sintomas,

o percentual de controle e a fitotoxidez aos 7, 14, 21, 28, 42 e 49 dias após a

aplicação dos tratamentos (AAT) e a colheita realizada aos 96 dias AAT, sendo

então avaliada a produtividade. As plantas não apresentaram fitotoxicidade devido

aos tratamentos. Os sintomas da doença foram verificados a partir dos 28 dias de

avaliação, onde somente a testemunha apresentou 5% de plantas infectadas. Aos

42 e 49 dias AAT na dose de 100 mL/ha (A), 1,25% das plantas tratadas

apresentaram incidência da doença, com 88% de controle. Na dose de 200 mL/ha

(B) não foram identificados os sintomas da doença nas plantas, mostrando 100% de

controle. O número médio de plantas comerciais na dose A e B foi de 19 e 20

plantas, respectivamente. Sendo assim, o formulado ICB Fitossanitário Trichodemra

SC é uma opção para o controle da podridão de esclerotínia na cultura da alface.

Palavras-Chave: podridão por esclerotínia; micoparasitismo; controle biológico

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Bactérias esporulantes utilizadas no controle in vitro do fungo

Cercospora coffeicola

Aicha D. R. Ribas¹; Ana Stein¹; Márcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹;

Diouneia L. Berlitz¹; Akira S. Matsumura¹; Lidia M. Fiuza¹; Aida T.S. Matsumura¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS, 90240470.E-mail:

[email protected]

A cercosporiose é uma doença fúngica causada por Cercospora spp. em diferentes

culturas. No café, a espécie C. coffeicola Berk & Cooke, 1881 (Mycosphaerellaceae)

causa desfolha, raquitismo e atraso de crescimento das plantas. Sendo assim,

objetivou-se avaliar as bactérias Bacillus subtilis Cohn, 1872 , ICBB 41 e B.

amyloliquefaciens Fukomoto, 1943, ICBB 200 em ensaios in vitro, para o controle de

C. coffeicola. As bactérias foram crescidas em Agar Luria Bertani (ALB) durante 24h

a 30 ± 2 ºC e 12h de fotoperíodo, sendo o fungo crescido em Agar Batata Sacarose

(ABS), durante 7 dias a 25 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12h. Para o ensaio de

antagonismo foi adicionado um disco de 5 mm do fungo no centro da placa de Petri

com ABS e a bactéria antagonista foi inoculada em quatro pontos equidistantes a

5mm de distância da colônia fúngica. O controle consistiu de um disco de micélio

fúngico no centro da placa sem a inoculação da cultura bacteriana. Os tratamentos

foram realizados em triplicata. As placas foram incubadas em câmera de

crescimento sob fotoperíodo de 12 horas à temperatura de 25 ± 2 °C. As leituras

foram realizadas no sétimo e décimo quarto dias após a inoculação, estabelecendo

a média do diâmetro da colônia do fungo C. coffeicola em base a três medidas do

diâmetro da mesma. O grau do antagonismo foi determinado pelo percentual de

inibição do crescimento micelial (PIC). Os resultados do teste de antagonismo

mostraram que B. subtilis ICBB 41 e B. amyloliquefaciens ICBB 200 foram

antagônicos ao fitopatógeno. Os resultados do PIC mostraram a maior redução

quando utilizado B. subtilis ICBB 41, com 65% e 80% de inibição aos 7 e 14 dias,

respectivamente. Já para B. amyloliquefaciens ICBB 200 a redução de 54% e 67%

aos 7 e 14 dias respectivamente. Sendo assim, os resultados mostram que as

bactérias ICBB 41 e ICBB 200 inibem o crescimento de C. coffeicola em teste de

antagonismo in vitro.

Palavras-Chave: Bacillus subtilis

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

Page 352: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Ação de metabólitos voláteis de Trichoderma spp. sobre o

crescimento micelial de Fusarium oxysporum

Alexsandra Cezimbra Quevedo; Marlove Fatima Brião Muniz; Janaina Silva

Sarzi; Jéssica Emilia Rabuske; Lucas Graciolli Savian; Clair Walker; Laís da

Silva Martello; Jaqueline Raquel Tomm Krahn

Universidade Federal de Santa Maria

A ocorrência de Fusarium spp. é um dos problemas mais restritivos em viveiros, pois

é de difícil controle, já que o fungo é habitante do solo. Diversas doenças causadas

por esse patógeno acomentem diferentes espécies como, por exemplo, a erva-mate,

nogueira-pecã, eucalipto e pinus. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação

antagônica de metabólitos voláteis produzidos por Trichoderma spp. sobre Fusarium

oxysporum sensu Smith & Swingle (Nectriaceae). Para isso, foram utilizados um

isolado de F. oxysporum (I6AR2) proveniente de raízes de plantas adultas de erva-

mate com sintomas de podridão e quatro isolados de Trichoderma spp. provenientes

de solo rizosférico de pomares de Citrus deliciosa tenore e que estavam

armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia “Elocy Minussi” da UFSM

(IST1; T2S; IVCT1 e IIOT1). No centro das placas de Petri contendo meio de

cultura BDA foi depositado um disco de 8 mm contendo micélio do patógeno,

iormente as placas foram vedadas e incubadas a 25 ºC durante 48 horas. Após esse

período, foram acrescentados discos de micélio do antagonista. Posteriormente, as

placas foram sobrepostas umas sobre as outras, de modo que o meio de cultura

contendo o patógeno ficasse virado para baixo e incubadas por 7 dias a 25 ºC com

fotoperíodo de 12 horas. No sétimo dia mediu-se o diâmetro das colônias do

patógeno e calculou-se o percentual de inibição do crescimento micelial. O

delineamento utilizado foi inteiramente casualizado e as médias foram comparadas

pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05). Os isolados T2S e IST1 inibiram 27,70 e 24,46%

respectivamente, o crescimento micelial do patógeno, não diferindo estatisticamente

entre si, mas diferindo dos demais isolados (IIOT1 e IVCT1) os quais apresentaram,

respectivamente, percentuais de inibição de 16,46 e 13,65%, não diferindo

significativamente entre si. Portanto, os metabólitos produzidos pelas diferentes

fontes de Trichoderma spp. foram eficientes no controle de F. oxysporum.

Palavras-Chave: controle biológico; inibição; antibiose

Apoio Institucional: CNPq

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Trichoderma spp. no controle in vitro de Fusarium oxysporum

Alexsandra Cezimbra Quevedo; Marlove Fatima Brião Muniz; Jéssica Emilia

Rabuske; Lucas Graciolli Savian; Clair Walker; Tales Poletto; Vinícius Spolaor

Fantinel; Márcia Gabriel

Universidade Federal de Santa Maria

O uso de micro-organismos antagonistas tem sido uma solução para o controle de

patógenos de solo, como Fusarium oxysporum sensus Smith & Swingle

(Nectriaceae), agente causal da podridão-de-raízes em erva-mate (Ilex

paraguariensis). Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Trichoderma

spp. no controle in vitro de F. oxysporum. O potencial antagonista dos isolados de

Trichoderma spp. sobre F. oxysporum foi avaliado por meio do pareamento de

culturas. Para isso, foram utilizados um isolado de F. oxysporum e quatro isolados

de Trichoderma spp. (T. harzianum; T. tomentosum; T. asperellum e T. koningiopsis)

provenientes de solo rizosférico de pomares de Citrus deliciosa tenore e que

estavam armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia “Elocy Minussi”

da UFSM. O potencial antagonista dos isolados de Trichoderma spp. foi avaliado

através do confronto direto, onde discos de meio de cultura BDA, de 8 mm de

diâmetro, contendo micélio de F. oxysporum foram transferidos para placas de Petri

contendo BDA, a 0,5 cm da borda da placa e no lado oposto, foram transferidos

discos de 8 mm dos antagonistas. Após, as placas foram incubadas a 25 ºC e

fotoperíodo de 12h, até a testemunha completar todo o diâmetro da placa, e então,

foi calculado o percentual de inibição do crescimento micelial. O delineamento

experimental foi o inteiramente casualizado com 6 repetições em arranjo bifatorial

(um isolado de F. oxysporum x quatro isolados de Trichoderma). Os dados foram

submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott

a 5% de probabilidade. Todos os isolados de Trichoderma spp. inibiram o

crescimento micelial de F. oxysporum, sendo que T. tomentosum apresentou o

melhor resultado de inibição (18,00%), sem diferenças estatísticas entre T.

koningiopsis (13,43%) e T. harzianum (11,43%). Dessa forma, Trichoderma spp.

apresenta potencial de controle de patógenos de solo tais como F. oxysporum.

Palavras-Chave: confronto direto; controle biológico; erva-mate

Apoio Institucional: CNPq

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354

Potencial de Trichoderma para o controle de Sclerotinia

sclerotiorum na cultura da soja

Alison Grassi; Álvaro L. Guedin; Bruno dos S. Backes; Fábio Giongo; Walter

J.S. dos Santos; Thayllane de Campos; Sérgio M. Mazaro

UTFPR – Campus Dois Vizinhos, [email protected]

O mofo branco é uma doença causada pelo fungo S. sclerotiorum (Lib.) de Bary,

sendo responsável por grandes prejuízos na cultura da soja, e o seu controle é

dificultado pela presença de estruturas de resistência denominados escleródios que

permanecem no solo por vários anos. O uso de fungicidas, possuem resultados

positivos no controle preventivo, no entanto, a associação com o biocontrole com

fungo Trichoderma Rifai vem demonstrando melhores resultados, haja visto o

potencial do Trichoderma Rifai em colonizar os escleródios, reduzindo o patógeno

em sua condição de sobrevivência. A eficiência do Trichoderma Rifai pode variar de

acordo com as condições de umidade do solo e a aplicação em diferentes estádios

fenológicos, objetivo desse estudo. O experimento foi realizado na área experimental

da UTFPR – Campus Dois Vizinhos, na segunda quinzena de outubro de 2018. O

delineamento experimental foi blocos ao acaso no sistema fatorial sendo, fator 1 em

quatro níveis (sem aplicação, aplicação nos estádios fenológicos da cultura V2 e V4

e aplicação em V2 mais V4) e no fator 2 com dois níveis (com e sem umidade do

solo) com parcelas de 6 linhas de 6 m e em quatro repetições. Amostras contendo

50 escleródios foram colocadas em sacos de tela de náilon com malha de 1,5 mm e

dispostas nas entre linhas da cultura da soja. A aplicação do T. harzianum Rifai

(150g./ha do Ecotrich®) foi via pulverização foliar (200 litros/ha.), conforme os

tratamentos estabelecidos. As amostras de escleródios forma recolhidas aos 20 dias

após a última aplicação, e avaliou-se os testes de germinação carpogênica. A

aplicação de T. harzianum Rifai, em todos os momentos de aplicação demonstrou

potencial de colonização de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary, diferindo da testemunha.

O fator determinante para potencializar a eficiência do biológico foi a aplicação com

condição de alta umidade do solo, fator determinante para a estabilização do agente

de biocontrole.

Palavras-Chave: biocontrole; Fungo de solo; Mofo branco

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355

Potencial de biocontrole in vitro e in vivo da cepa bacteriana

LABIM22 frente a fungos fitopatógenos

Allan Y. Higashi; Julia P. Baptista; Maria L. A. de Jesus; Gustavo M. Teixeira;

Priscila T. Nakada; Lucas D. Veríssimo; Larissa M. Chagas; Admilton G. de

Oliveira; Maria I. Balbi-Peña

Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina

O uso demasiado de agroquímicos pode gerar alta pressão de seleção sobre

fitopatógenos originando formas resistentes. Uma opção é o uso de bactérias como

agentes de biocontrole. O gênero Bacillus se destaca pela sua capacidade de

produzir bioativos e formar endósporos. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial

de controle da cepa LABIM22 de Bacillus sp. frente a fungos fitopatógenos. Para

tanto, realizou se teste de antagonismo direto contra Sclerotinia sclerotiorum (Lib) de

Bary, Botrytis cinerea Pers, Rhizoctonia solani J.G. Kühn, Macrophomina phaseolina

(Tassi) Goid, Fusarium oxysporum Schltdl. e Fusarium solani (Mart.) Sacc. Para

fermentação foram testados os meios de cultura Lúria Bertani (LB), LB acrescido de

micronutrientes e Meio Formulado (MF), por 72 horas a 28 °C a 200 rpm em agitador

orbital. Os sobrenadantes obtidos foram centrifugados a 9000 rpm por 15 minutos

(min) a 4 °C e filtrados em membrana de 0,22 µm. A atividade destes bioativos foi

avaliada através de difusão em poço em placas contendo batata dextrose ágar e um

disco micelial ao centro aplicando se 200 µL por poço frente aos fungos já citados.

Sua estabilidade foi avaliada sob as temperaturas de 25 °C, 70 °C por 30 min, 100

°C por 30 min e 121 °C por 15 min; e sob os comprimentos de onda de luz de 254

nm, 365 nm e luz branca por 30 minutos contra S. sclerotiorum e F. oxysporum. A

partir da fermentação com o MF fez se os tratamentos com 106, 107 e 108 UFC/ml e

aplicados em sementes de soja infectadas com S. sclerotiorum, sendo utilizadas 400

sementes por tratamento. Em confronto direto a menor porcentagem de inibição foi

de 59% para S. sclerotiorum e a maior foi para F. solani com 72%. O meio MF foi o

mais eficiente, produzindo metabólitos estáveis a luz e temperatura. A concentração

de 108 UFC/ml foi capaz de manter 89% das sementes sadias. Concluímos que a

cepa. LABIM22 e seus bioativos possuem potencial efetivo para o controle de fungos

fitopatogênicos, em especial S. sclerotiorum.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mofo branco; Antagonismo

Apoio Institucional: Capes

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356

Coinoculação associado a condicionador de solo na cultura da soja

Álvaro L. Ghedin; Stheffani L. dos Santos; Alison Grassi; Bruno dos S. Backes;

Joanilson V. P.Junior; Jaqueline Spiazzi; Sérgio M. Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, tendo na safra 2018/19 uma

produção de 113 milhões de toneladas, sendo que 78% dessa produção foi

proveniente da região Centro-Oeste e Sul do país. Para obter esses números

expressivos a cultura necessita em torno de 80 kg de nitrogênio para produzir 1000

Kg de grãos. Visando reduzir o uso da adubação química, o uso de associação

simbiótica da cultura com bactérias fixadoras de N apresenta grande importância. O

gênero Bradyrhizobium é responsável pela fixação do N atmosférico e suprimento

desse nutriente para as plantas, já o gênero Azospirillum apresenta capacidade de

produzir e metabolizar diversos fitôrmonios de regulação metabólica. Em conjunto

aos produtos biológicos, o uso de condicionadores de solo pode promover o

incremento das bactérias na cultura da soja, resultando em maior produtividade.

Dessa forma o objetivo do trabalho foi testar o uso da coinoculação com

condicionadores de solo sobre os parâmetros agronômicos da cultura da soja. O

experimento foi conduzido em campo experimental na cidade de Verê – PR, em

blocos casualizados com cinco repetições e três tratamentos, sendo eles

testemunha, coinoculação, coinoculação + condicionador de solo (ácidos húmicos e

flúvicos). Os parâmetros avaliados foram: produtividade, número de vagens por

planta, número de grãos por vagens, altura da planta, inserção da 1ª vagem, nós

totais, nós reprodutivos, ramificações e número de nódulos. Os resultados

demonstraram haver interação entre as bactérias e o condicionador de solo,

resultado em um incremento na produtividade e nos demais parâmetros testados.

Palavras-Chave: Inoculação; Glycine max; Produtos biológicos

Apoio Institucional: UTFPR

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357

Potencial de Beauveria bassiana e metabólitos na indução de

resistência em soja

Fabiane Jacinto; Álvaro L. Ghedin; Lucas T. Larentis; Monica de A. Seixas;

Sérgio M. Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) apresenta grande importância na

economia no Brasil e em âmbito mundial, contudo, o elevado número de pragas e

doenças nessa cultura acarreta perdas significativas na produção. A B. bassiana já

vem sendo amplamente utilizada no controle biológico de insetos pragas na cultura

da soja. No entanto, os biológicos e seus metabólitos vem sendo relatados com

potencial de indução de resistência de plantas, seja a insetos ou doenças. Desse

modo, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de B. bassiana e

metabolitos de Beauveria bassiana na ativação de defesa vegetal e no controle de

doenças foliares da cultura da soja. O trabalho foi conduzido na UTFPR - Campus

Dois Vizinhos. No primeiro trabalho os tratamentos à base de Beauveria bassiana,

metabólitos de Beauveria bassiana e Acienzolar-S-Metil foram avaliados em

cotilédones de soja quanto a síntese de fitoalexinas, compostos fenólicos, proteínas

e a enzima fenilalanina amônia-liase. Com o resultado do primeiro trabalho,

observou-se potencial de ativação de defesa vegetal, então, desenvolveu-se outros

dois trabalhos verificando o potencial dessa ativação em atuar efetivamente no

controle de doenças foliares. Nesse sentido, para verificar efeitos sobre ferrugem

asiática e oídio, foram feitos os estudos in vivo empregando a metodologia de folha

destacada (FRAC - Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas) e também

aplicação à campo. Os tratamentos para esses dois estudos em doenças foliares

foram B. bassiana, metabólitos e os fungicidas trifloxistrobina+protioconzol e

oxicloreto de cobre. Os resultados obtidos indicaram que a Beauveria bassiana e

metabólitos induzem a produção de fitoalexinas, composto químico antimicrobiano

produzido pelo metabolismo secundário das plantas para ativação de defesa. No

entanto, não tem potencial de controlar doenças foliares em comparação com

fungicidas.

Palavras-Chave: Fitoalexinas; Controle alternativo; Manejo doenças

Apoio Institucional: UTFPR

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358

Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum com o uso de Trichoderma

harzianum na cultura da soja

Álvaro L. Ghedin; Alison Grassi; Bruno dos S. Backes; Fábio Giongo; Fabiane

Jacinto; Sérgio M. Mazaro; Thayllane de Campos

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

O Brasil é um dos principais produtores de soja do mundo e encara muitos fatores

determinantes para garantir uma boa produtividade. Um deles é o manejo ou

controle da doença do mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum.

Este patógeno tem uma estrutura de resistência denominada escleródio, que pode

permanecer viável no solo por mais de dez anos. O uso de fungicidas de forma

isolada não vem apresentando boa efetividade no controle desta doença, com isso

destaca-se uma alternativa, o biocontrole com o uso de Trichoderma. Este trabalho

foi realizado com o objetivo de esclarecer o número de aplicações e o estádio

fenológico mais adequado para a aplicação de produtos a base de Trichoderma. O

trabalho foi conduzido no campo experimental da Universidade Tecnológica Federal

do Paraná – campus Dois Vizinhos, na safra 2018/19 em blocos casualizados, com

quatro repetições e três tratamentos, tendo como unidade amostral um saquinho de

náilon (10x8 cm) com 50 escleródios. Os tratamentos foram compostos por:

testemunha; 150 g de T. harzianum (Ecotrich®) em V4; 150 g de T. harzianum

(Ecotrich®) dividido nos estádio V2 e V4, aplicados a campo, via pulverização foliar

(200 litros/ha). As amostras de escleródios foram recolhidas aos 20 dias após a

última aplicação. As variáveis analisadas foram: número de escleródios germinados;

número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por Trichoderma spp.;

escleródios degradados ou podres. Os resultados evidenciaram que o uso de T.

harzianum foi eficaz no controle de S. sclerotiorum, pois em relação à testemunha

reduziu em 55% o número de escleródios germinados e em 50% apotécios por

escleródio e, aumentou em 75% a quantidade de escleródios degradados ou

podres e colonizados por Trichoderma spp. Também se verificou que não houve

diferença significativa entre realizar uma aplicação, em V4, ou duas, em V2 e V4.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: UTFPR

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359

Inibição do crescimento de Lasiodiplodia sp., agente causal da

podridão da coroa da banana, por isolados de Bacillus sp.

Maria V. M. Cordeiro; Valeria do N. Aguiar; Amitair F. Lima; Andreia H. Oster;

Cristiano S. Lima; Christiana de F. B. da Silva

Embrapa

As doenças pós-colheita comprometem a qualidade de bananas, ocasionando

perdas econômicas no produto. Dentre as enfermidadades destaca-se a podridão da

coroa, cujo principal agente causal pertence ao gênero Lasiodiplodia. O controle da

doença têm sido realizado com fungicidas na pré e pós-colheita. Entretanto, uma

alternativa sustentável de manejo é o uso do controle biológico, com antagonistas

como Bacillus. Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de inibição

in vitro de Lasiodiplodia sp., por nove isolados de Bacillus. Foram depositados

discos de micélio do patógeno (5 mm de diâmetro), com 7 dias de crescimento, no

centro de placas de Petri, contendo o meio de cultura Kado & Heskett. Na mesma

placa, com auxílio de alça de platina, repicou-se os isolados bacterianos, com 48

horas de crescimento, em 4 pontos equidistantes a 2,5 cm do disco de micélio do

patógeno. A testemunha consistiu de placas de petri, contendo apenas discos de

micélio do fungo. O teste de pareamento de culturas foi realizado em delineamento

experimental inteiramente casualizado, com 9 isolados de Bacillus (BAC2, BAC3,

BAC8, BAC9, BAC17, BAC78, BAC85, BAC126 e BAC288) e isolado agressivo do

patógeno (BAN83), com 3 repetições (cada repetição = uma placa contendo

patógeno x antagonista). As placas foram incubadas à 28 °C, em fotoperíodo de 12

horas. As avaliações foram realizadas diariamente, mensurando-se em dois sentidos

diametralmente opostos o crescimento micelial do fungo, com auxílio de paquímetro

digital. As mensurações foram realizadas até a testemunha atingir as extremidades

da placa. Ao final foram obtidos os valores de inibição do crescimento micelial do

patógeno. Os isolados de Bacillus BAC3, BAC8, BAC9, BAC126 e BAC288

destacaram-se por apresentar muito forte inibição de BAN83, variando de 65 a 92%.

Os isolados devem ser testados in vivo, para comprovação da sua eficiência em

reduzir a intensidade da podridão da coroa, em frutos de banana.

Palavras-Chave: biocontrole; Musa spp; pós-colheita

Apoio Institucional: Embrapa

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360

Efeito da microbiolização de sementes de cenoura (Daucus carota)

infectadas com Sclerotinia sclerotiorum

Andreia M. F. Macena; Alana P. O. Vieira; Maria C. Gonzeli; Alexandre Galhardo

Faculdade Terra

Este estudo visa observar a efeito biológico de dois tratamentos biológicos e de um

extrato vegetal no controle de S. sclerotiorum e seu efeito no crescimento e

desenvolvimento de plântulas de cenoura. O experimento foi realizado em horta

comercial no município de Pitanga - PR. O delineamento experimental foi em bloco

casualizados, com quatro repetições. Foram microbiolizadas sementes de cenoura

com Trichoderma asperellum, Bacillus methylotrophicus, extrato vegetal pirolenhoso,

e adicionalmente uma testemunha (aplicação de água). Aos 45 dias após a

germinação foram avaliado o teor de clorofila, a matéria seca total e a incidência de

Sclerotinia sclerotiorum em plântulas de cenoura. Os resultados revelaram que o

crescimento das plântulas foi influenciado pela aplicação do tratamento com B.

methylotrophicus, que promoveu um aumento significativo de 1,73 cm, 1,92 cm e

2,69 cm em comparação ao T. asperellum, extrato pirolenhoso e a testemunha,

respectivamente. Em seguida, obtivemos o resultado referente ao teor de clorofila,

sendo que a aplicação de B. methylotrophicus foi capaz de promover um incremento

de 41,0 % na concentração de clorofila em folha, se comparado ao tratamento sem

aplicação (testemunha)..Por fim, na incidência de S. sclerotiorum, a aplicação de T.

asperellum e B. methylotrophicus nas sementes foi capaz de reduzir em 85,0%,e

95,0% respectivamente. Diante dos resultados conclui-se que o B. methylotrophicus

e o T. asperellum influenciaram significativamente no aumento de estatura da

plântula, em seu teor de clorofila, incremento de matéria seca, e contribuiu também

para uma baixa mortalidade das plantas por S.sclerotiorum. No âmbito da agricultura

sustentável, os microorganismos avaliados apresentam potencial para serem

inseridos no programa de manejo.

Palavras-Chave: Mofo Branco

Apoio Institucional: Faculdade Terra

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361

Enterobacter cloacae como uma ferramenta biotecnológica para

nutrição e controle de enfermidades das bananeiras

Andriely Borges da Silva; Gloria M. M. Raygoza; Fernanda M. Prado; Lydia F.

Yamaguchi; Massuo J. Kato; Paolo Di Mascio; Miguel J. Beltrán García;

Alessandra Marieli Vacari; Katia R. Prieto

Universidade de Franca

A banana (Musa spp.) está presente entre as culturas alimentares, sendo produzidas

aproximadamente 100 milhões toneladas de bananas anualmente em 120 países

em regiões tropicais e subtropicais. A produção sustentável de bananas é um

desafio devido ao grande uso de pesticidas para controlar doenças causadas por

fungos, bactérias, insetos e nemátodos, bem como o uso extensivo de fertilizantes.

No entanto, a plantação de banana é ameaçada pela doença da Sigatoka negra

causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis que ameaça a produção dos frutos.

Neste trabalho, foi estudado o potencial dos endofíticos das bananeiras Enterobacter

cloacae e Klebsiella pneumoniae, como antagonistas ao P. Fijiensis. Para avaliar o

crescimento das plantas e a inibição do fungo, as duas bactérias endofíticas e uma

cepa de E. coli (não endófitica) foram inoculadas semanalmente por 60 dias como

células ativas (AC) e células mortas pelo calor (HKC) em plantas cultivadas sem

nutrientes. Os resultados foram comparados à um tratamento apenas com água e

outro com solução de nutrientes minerais (MMN). Plantas tratadas com bactérias

tiveram seu crescimento acelerado quando comparados ao controle. Embora ambas

as plantas tratadas com bactérias mostraram bom crescimento, apenas as plantas

tratadas com E. cloacae AC tiveram uma biomassa maior que a plantas tratadas

com E. cloacae HKC. As bactérias isolados de raízes e folhas de bananeira inibiram

o crescimento do fungo causador da Sigatoka, e favoreceram o crescimento das

plantas em solos limitados por nutrientes por meio da transferência de nitrogênio,

mas apenas a E. cloacae estabelece uma simbiose sustentável na transferência de

nutrientes para as plantas. Em um futuro, estudos genéticos serão realizados para

fornecer uma melhor compreensão do mecanismo envolvido na interação entre a

banana e E. cloacae para ser utilizada como um agente biológico para melhorar o

cultivo da banana e possivelmente como um agente indutor das respostas da planta

contra insetos ou diretamente contra o atividade do inseto.

Palavras-Chave: banana; endofítico; controle biológico

Apoio Institucional: FAPESP, CNPq, CAPES, CONACYT

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Supressividade do solo a Ceratocystis paradoxa

Bruna Cristina de Andrade; Kize Alves Almeida; Flávio Henrique Vasconcelos

de Medeiros

Universidade Federal de Lavras

Ceratocystis paradoxa é o agente etiológico de várias doenças. O fungo sobrevive

no solo na forma de clamidósporos e, portanto, a busca de estratégias que possam

reduzir a sobrevivência desse patógeno pode resultar na redução da doença. Este

controle da população do patógeno no solo pode ser garantida pela supressividade.

A supressividade do solo é garantida pelas propriedades físicas, químicas e

microbiológicas, sendo esta última a maior responsável pelo controle da população

do patógeno nos solos. No presente trabalho foram caracterizados fatores abióticos

relacionados à supressividade a C. paradoxa. Diferentes doses de Calcário, Gesso

Agrícola e Cloreto de Cálcio foram incorporadas em porções de 200 mL de solos

para avaliar a influência do Cálcio e pH na supressão de C. paradoxa. Afim de

avaliar o poder da supressão inerente aos fatores bióticos, efetuou-se a extração da

microbiota de solos originados de uma região produtora de coco que se distinguia

pela alta pressão de inóculo e plantas sadias. A influência do Cálcio, pH e microbiota

na população de C. paradoxa foi feita com base em uma metodologia adaptada para

avaliar o percentual de iscas de banana prata com casca colonizadas pelo patógeno

sobre os solos. Este percentual de colonização variou de 0 a 100%. O número de

peritécios foi contabilizado e em seguida, os solos foram submetidos a análise de

pH. Os tratamentos com Gesso e Cloreto de Cálcio apresentaram expressiva

porcentagem de infecção e número de peritécios. Não houve colonização de iscas

no tratamento com calcário em suas maiores doses e no tratamento com o

microbioma. Os resultados sugerem que não apenas o microbioma mas também o

pH do solo influenciam a capacidade supressiva do solo. O trabalho evidência o

papel do microbioma e as prováveis espécies responsáveis pelo controle da doença.

Essas devem ser caracterizadas para fomentar estratégias de introdução massal no

controle biológico de doenças de plantas.

Palavras-Chave: pH; controle biológico; microbioma

Apoio Institucional: CNPq

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363

Embate antagônico entre Curtobacterium flaccumfaciens subsp.

flaccumfaciens e rizobactérias nativas dos solos do oeste do PR

Bruna R. Martins; Caroline Bertoglio; Vivian C. Missio; Luciane Grange

Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina UFPR

A cultura do feijão está entre as culturas mais importantes visando à alimentação

humana. Dentre as limitações da cultura, destacam-se as doenças, como a Murcha

de Curtobacterium causada pela bactéria Curtobacterium flaccumfaciens subsp.

Flaccumfaciens (Hedges 1922) Collins e Jones 1984, (Cff) uma doença vascular,

que coloniza vasos do xilema das plantas, causando sintomas típicos de murcha,

amarelecimento nos bordos dos folíolos e morte das plantas. A disseminação do

agente ocorre via sementes contaminadas, sendo infectadas internamente ou

apenas infestadas superficialmente. Tendo em vista a dificuldade do controle

químico e genético, surge o biocontrole como uma forma alternativa, utilizando

rizobactérias como agentes, devido a gama de mecanismos de ação que possuem

com ação direta contra fitopatógenos. Desse modo, o objetivo do trabalho foi avaliar

isolados de rizobactérias da região oeste do Paraná com potencial de uso no

controle do patógeno Cff. Os ensaios in vitro contaram com um screening de 64

isolados de rizobactérias e iormente dez tratamentos com cinco repetições com os

isolados de rizobactérias que demostraram potencial antagônico contra a bactéria

fitopatogênica no screening, utilizando o delineamento inteiramente casualizado

(DIC). Utilizou-se do método Pour Plate onde o inóculo da bactéria fitopatogênica

por suspensão salina foi colocada juntamente ao meio de cultura e logo após a

solidificação, adicionaram-se as rizobactérias dispondo equidistantes e próximas à

borda da placa então encubadas de forma invertida na BOD a 27 C por 72 horas e

avaliou-se a inibição do crescimento da bactéria fitopatogênica pelo halo de

crescimento das rizobactérias patógeno, avaliação “in vitro” do efeito antagônico foi

pressuposta pelo montante do tamanho da bactéria pelo tamanho do halo

desenvolvido estabelecendo então o controle da bactéria fitopatogênica. Na

avaliação antagonista os isolados de rizobactérias N01, D01 e E01 ganharam

destaque por apresentar bom desempenho no potencial antagônico, e dez isolados

de rizobactérias apresentaram atividade antagônica in vitro à Cff, sendo

considerados fortes candidatos ao biocontrole da Murcha de Curtobacterium.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mecanismos antagonistas; Fitobactéria

Apoio Institucional: UFPR

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Potencial de Trichoderma harzianum para o controle de Sclerotinia

sclerotiorum na cultura do feijão

Bruno dos S. Backes; Alison Grassi; Álvaro L. Ghedin; Fábio Giongo;

Leonardo P. Constantino; Walter J. S. dos Santos; Thayllane de Campos;

Sérgio M. Mazaro

UTFPR – Campus Dois Vizinhos

Na cultura do feijão, o mofo branco, causado por S. sclerotiorum (Lib.) de Bary

(Sclerotiniaceae), é uma das principais doenças, podendo ser um fator determinante

no sucesso da cultura. A demanda por alimentos mais saudáveis bem como a

dificuldade do controle com agroquímicos, nos leva a busca por alternativas

eficientes e sustentáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle biológico de S.

sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), no cultivo do feijão com o uso de T.

harzianum Rifai (Hypocreaceae). O trabalho foi realizado a campo na área

experimental da UTFPR - campus Dois Vizinhos, com delineamento de blocos ao

acaso no sistema bifatorial, no fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação em

V2, V4 e V2+V4), e o fator 2 (com baixa e alta umidade do solo). Cada unidade

experimental foi composta por um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios.

Após o trabalho a campo, realizou-se em laboratório a avaliação micelogênica e

carpogênica dos escleródios. As variáveis analisadas foram: número de escleródios

germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por T.

harzianum Rifai (Hypocreaceae), e escleródios degradados ou podres. Os

resultados demostram que a umidade é o principal fator para ter sucesso de controle

de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), sendo que apenas uma única

aplicação em V2 ou V4, na condição de alta umidade é suficiente, não necessitando

de duas aplicações para um efetivo controle. Concluímos que a aplicação de T.

harzianum Rifai (Hypocreaceae), é uma efetiva ferramenta de biocontrole a ser

utilizado no manejo de mofo branco, principalmente quando realizado com alta

umidade no solo. Na cultura do feijão, o mofo branco, causado por S. sclerotiorum

(Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), é uma das principais doenças, podendo ser um fator

determinante no sucesso da cultura. A demanda por alimentos mais saudáveis bem

como a dificuldade do controle com agroquímicos, nos leva a busca por alternativas

eficientes e sustentáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle biológico de S.

sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), no cultivo do feijão com o uso de T.

harzianum Rifai (Hypocreaceae). O trabalho foi realizado a campo na área

experimental da UTFPR - campus Dois Vizinhos, com delineamento de blocos ao

acaso no sistema bifatorial, no fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação em

V2, V4 e V2+V4), e o fator 2 (com baixa e alta umidade do solo). Cada unidade

experimental foi composta por um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios.

Após o trabalho a campo, realizou-se em laboratório a avaliação micelogênica e

carpogênica dos escleródios. As variáveis analisadas foram: número de escleródios

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365

germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por T.

harzianum Rifai (Hypocreaceae), e escleródios degradados ou podres. Os

resultados demostram que a umidade é o principal fator para ter sucesso de controle

de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), sendo que apenas uma única

aplicação em V2 ou V4, na condição de alta umidade é suficiente, não necessitando

de duas aplicações para um efetivo controle. Concluímos que a aplicação de T.

harzianum Rifai (Hypocreaceae), é uma efetiva ferramenta de biocontrole a ser

utilizado no manejo de mofo branco, principalmente quando realizado com alta

umidade no solo.

Palavras-Chave: biocontrole; fungo de solo; mofo branco

Apoio Institucional: UTFPR – Campus Dois Vizinhos

Page 366: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

366

Embate antagônico de Clavibacter michiganensis subsp.

michiganensis versus rizobactérias nativas de solos do Oeste do

Paraná

Caroline Bertoglio; Bruna Ricini Martins; Vivian Carré Missio; Luciana Grange

Universidade Federal do Paraná

As rizobactérias vêm sendo utilizadas extensivamente para o controle de um grande

número de patógenos de plantas. A utilização desses microrganismos é vantajosa e

muito utilizada devido ao grande número de mecanismos de ação que possuem,

com ação direta contra fitopatógenos. Dessa forma, a utilização desses

microrganismos como agentes de controle biológico tem-se mostrado como uma

excelente alternativa, visto a dificuldade no controle químico e genético. O presente

trabalho teve como finalidade identificar rizobactérias com potenciais antagônicos

objetivando o controle biológico in vitro de Clavibacter michiganensis subsp.

michiganensis (Smith) Davis et al. na cultura do tomateiro. Testou-se 64 isolados de

rizobactérias pelo método Pour-Plate em meio DYGS. Selecionaram-se aquelas que

apresentaram a formação do halo de inibição e avaliou-se através da observação

visual e medição do tamanho dos halos de inibição formados pela competição entre

as rizobactérias versus bactéria fitopatogênica. Mediu-se também o percentual de

crescimento da colônia das rizobactérias em relação à placa de Petri. Os isolados

“N03”, “F01”, “P05” e “J08” foram os que apresentaram halo de inibição em contato

com a bactéria fitopatogênica. O tamanho dos halos foram de 2,25; 5; 4,5 e 6mm e o

percentual de crescimento da côlonia em relação à placa de Petri foi de 48; 55; 48 e

35,75%, respectivamente. A eficiência dos isolados de rizobactérias testados em

relação a C. michiganensis subsp. michiganensis evidencia um potencial promissor

para o controle da fitobacteriose. Todavia, testes adicionais são necessários para

concluir com mais segurança acerca do controle biológico, como testes com a

implantação da cultura e inoculação da doença em casa de vegetação, além da

identificação molecular das rizobactérias ao nível de espécie.

Palavras-Chave: Biocontrole; Bactérias; Microrganismos

Apoio Institucional: Universidade Federal do Paraná

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367

Atividade antifúngica de produtos bioativos de Cladosporium

cladosporioides contra Pestalotiopsis clavispora

Clair Walker; Marlove Fatima Brião Muniz; Janaina Silva Sarzi; Jéssica Emilia

Rabuske; Lucas Savian; Alexsandra Cezimbra Quevedo

Universidade Federal de Santa Maria

A utilização de micro-organismos endofíticos como uma fonte de produtos bioativos

com ação antifúngica é uma interessante estratégia para aplicação no controle de

doenças de plantas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi testar in vitro a

atividade antifúngica de filtrados obtidos através de diferentes processos de

fermentação submersa do fungo endofítico Cladosporium cladosporioides (Fresen.)

G.A. de Vries (Cladosporiaceae). Os filtrados foram obtidos de 11

tratamentos compostos por diferentes concentrações de meio de cultivo e pH, sendo

utilizados para testar a atividade antifúngica contra Pestalotiopsis clavispora (G.F.

Atk.) Steyaert (Pestalotiopsidaceae), patógeno causador de mancha foliar em

nogueira-pecã. Para tanto, a proporção de filtrado incorporada ao meio BDA foi de

10%. Discos de micélio do patógeno (6 mm) foram transferidos para o centro de

cada placa de Petri, que em seguida, foram incubadas em BOD (24 ºC e fotoperíodo

de 12 horas). Para o tratamento testemunha não foi utilizado o filtrado no meio de

cultura. O diâmetro da colônia do patógeno foi medido diariamente com paquímetro,

até toda a superfície do meio ser colonizada pelo patógeno nas placas testemunha

e, calculado o percentual de inibição de crescimento micelial. Para analisar os dados

foi utilizado o programa estatístico Sisvar. As médias foram comparadas pelo teste

de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os tratamentos 1 (5 g/L de sacarose; 5 g/L

de AMM e pH 5,5), 4 (15 g/L de sacarose; 15 g/L de AMM e pH 4,5) e 6 (15 g/L de

sacarose; 5 g/L de AMM e pH 6,5) apresentaram os melhores resultados de inibição

do crescimento micelial de P. clavispora com valores de 21,74%, 24,62% e 19,26%,

respectivamente, com diferenças estatísticas significativas em relação às demais

condições de fermentação. Dessa maneira, esses resultados indicam a eficiência

desses produtos bioativos no controle de patógenos de plantas, sendo importantes

outros estudos que identifiquem os metabólitos ativos presentes.

Palavras-Chave: metabólitos

Apoio Institucional: Programa Nacional de Pós Doutorado/Capes (PNPD/CAPES)

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368

Utilização de Trichoderma spp. para o controle biológico de

Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja

Akio S. Matsumura¹; João R. L. Scherer²; Márcia E. da Silva¹; Diouneia L.

Berlitz¹; Akira S. Matsumura¹; Aida T.S. Matsumura¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected] - ²Horizonte Comercial Agrícola Ltda, Formosa, GO

A doença conhecida como mofo branco é causada por Sclerotinia scleretiorum (Lib.)

de Bary 1884 (Sclerotiniaceae) cujo principal sintoma na planta é a formação de

micélio branco seguido de estruturas de coloração preta, que são estruturas de

resistência do fungo. Já o gênero Trichoderma são fungos conhecidos pela sua

capacidade de micoparasitismo, onde ocorre o reconhecimento do patógeno no solo.

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de controle de S. sclerotiorum

através de diferentes espécies de Trichoderma em condições de campo. O trabalho

foi conduzido em quatro fazendas em Goiás, no ano agrícola 2010/11. As espécies

do gênero Trichoderma Pers, 1794 (Hypocreaceae) utilizadas foram T. harzianum, T.

aperellum e T. koningiopsis, sendo realizada uma pré-formulação com a mistura das

três espécies, aplicada via pulverização, na dose correspondente a 100mL/ha (T1).

A testemunha (T2) correspondeu a parcelas não tratadas com Trichoderma. Foram

avaliadas a incidência e a severidade da doença em amostragens de todas as

plantas em uma linha central, através de notas e aplicação da fórmula do Índice de

Severidade- IS. Os resultados mostram que, nas quatro fazendas avaliadas houve

redução nos dois parâmetros, sendo Fazenda A: incidência de 3,99 e IS de 1,51

para T1 e incidência de 32,74 e IS 12,42 para T2; Fazenda B: incidência de 1,28 e

IS de 0,57 para T1 e incidência de 8,66 e IS 5,45 para T2; fazenda C: incidência de

6,72 e IS de 4,05 para T1 e incidência de 27,24 e IS 17,6 para T2; Fazenda D:

incidência de 5,58 e IS de 2,18 para T1 e incidência de 20,15 e IS 10,38 para T2. O

maior percentual de redução ocorreu na Fazenda A, com incidência e IS 87% menor

na área com a aplicação Trichoderma spp., seguido de 85%/ 89%, 75%/ 77% e 72%/

78% para a incidência e IS, respectivamente, nas Fazendas, B, C e D. Nesse

sentido, infere-se o potencial dessas três espécies de Trichoderma, utilizadas

simultaneamente, em campo, para o controle biológico de S. sclerotiorum.

Palavras-Chave: mofo branco; índice de severidade; micoparasitismo

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

Page 369: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

369

Potencial de microrganismos aplicados na soja, em campo, para

redução da população de fitonematoides

Diouneia L. Berlitz¹; Denize M. M. Guerreiro²; Marina S. P. Macedo²; William C.

Mariotti²; Márcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Aicha D. R. Ribas¹; Akira S.

Matsumura¹; Aida T.S. Matsumura¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected] - ²Delta Rio Produtos Agrícolas Ltda, Rio Verde, GO

Os nematoides parasitas de plantas estão se tornando um grande problema na

agricultura necessitando de estratégias específicas de manejo e redução

populacional. Dentre os principais fitonematoides, pode-se citar os gêneros

Pratylenchus Filipjev, 1936 (Pratylenchidae) e Helicotylenchus Steiner, 1945

(Hoplolaimidae) ocorrendo isolada ou simultaneamente no campo. Com o objetivo

de redução destes nematoides, foram utilizados diferentes microrganismos em

parcelas de soja, no ano agrícola 2018/19. Foram comparados dois tratamentos,

lado a lado, com a aplicação via barra, sendo: Área 1- produto comercial,

nematicida, a base de Trichoderma spp. Pers, 1794 (Hypocreaceae) na dose de 100

mL/ha e Área 2- Bacillus amyloliquefaciens Fukomoto, 1943 (Bacillaceae) ICB B200

na concentração de 1x109 UFC/mL acrescido da inoculação de ICB Nutrisolo

Trichoderma®, ambos na dosagem correspondente a 50 mL/ha. O volume de calda

utilizado foi de 40 L/ha. Não houve parcela de controle, sem aplicação de

microrganismos e não havia avaliação quantitativa dos nematoides antes do

experimento. Foram coletadas amostras de solo e raízes de ambas as áreas, sendo

então enviadas para laboratório especializado para as análises nematológicas. Os

resultados demonstraram que a ocorrência de Pratylenchus sp. na área 1 foi de 561

espécimes/g de raiz e 104 espécimes/ 100cc de solo e para Helicotylenchus sp. foi

de 43 espécimes/g de raiz e 78 espécimes/ 100cc solo. Já na área 2 para

Pratylenchus sp. a população foi de 30 espécimes/g de raiz e 20 espécimes/ 100cc

de solo e para Helicotylenchus sp. foi de 26 espécimes/g de raiz e 100 espécimes/

100cc de solo. Comparando os dois tratamentos, a maior redução foi para o gênero

Pratylenchus sendo a ocorrência 93% e 80% menor na área 2 tratada com B.

amyloliquefaciens em soja inoculada com ICB Nutrisolo Trichoderma®.

Considerando que não houve quantificação anterior dos nematoides aliado

à ausência de área sem tratamento (controle) pois tratou-se de avaliação em uma

área comercial, pode-se inferir que a inoculação das plantas com Trichoderma spp.,

em conjunto com a aplicação da bactéria B. amyloliquefaciens, ampliam o potencial

de controle de nematoides na cultura da soja.

Palavras-Chave: Pratylenchus

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

Page 370: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

370

Ensaios com diferentes microrganismos aplicados em soja, para o

controle de Meloidogyne javanica

Aida T.S. Matsumura¹; Akio S. Matsumura¹; Márcia E. da Silva¹; Akira S.

Matsumura¹; Aicha D. R. Ribas¹; Diouneia L. Berlitz¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected]

Meloidogyne javanica (Treub, 1885) Chitwood, 1949 (Meloidogynidae) é um

nematoide formador de galhas, com hábito sedentário e de difícil manejo, causando

perdas na sojicultora, onde o controle biológico mostra-se como ferramenta de

manejo. Bacillus amyloliquefaciens Fukomoto, 1943 (Bacillaceae) forma um biofilme

na região radicular das plantas, protegendo-a. Já o fungo, da família

Ophiocorditaceae, Paecilomyces lilacinus (Thom) Samson 1974 (Purpuriocilium

lilacinum (Thom) Luangsa-ard, Houbraken, Hywel-Jones & Samson, 2011) é um

parasita de ovos de nematoides e Trichoderma spp. Pers, 1794 (Hypocreaceae) é

um elicitor de resistência que estimula a produção de raízes. Este trabalho avaliou o

potencial de controle de B. amyloliquefaciens e P. lilacinus em plantas de soja

inoculadas com ICB Nutrisolo Trichoderma®, em casa de vegetação. Os ensaios

foram conduzidos em recipientes de poliestireno com 0,5 L de solo: areia (1:1),

previamente autoclavado (120ºC/ 2h). Um orifício foi aberto no solo, onde foi

depositado o inóculo do nematoide e uma semente se soja cv. M 6210 IPRO. Os

tratamentos consistiram na aplicação de 100mL/ha de cada microrganismo (T1) e

100mL/ha de B. amyloliquefaciens + 100mL/ha de ICB Nutrisolo Trichoderma (T2). O

inóculo do nematoide foi de 2000 espécimes/planta, a avaliação da altura, massa

aérea fresca e seca ocorreu 60 dias após a inoculação. As raízes foram lavadas,

medidas pesadas, submetidas a extração de nematoides e avaliadas em

microscopia e câmara de Peters. Os resultados mostram que a redução no número

total de nematoides foi 48% e 25% para o T1 e T2, sendo 39% e 52% para o número

de galhas no T1 e T2, respectivamente. O comprimento da raiz foi maior no T1 em

18% e 15% no T2, apresentando diferença estatística por Scott-Knott (p<0,05). A

massa fresca e seca da parte aérea foi maior em ambos os tratamentos. A utilização

dos três microrganismos tornam-se aliados ao controle biológico deste nematoide e

ao desenvolvimento de raízes das plantas.

Palavras-Chave: Bacillus amyloliquefaciens; Purpuriocilium lilacinum; Trichoderma

spp.

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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371

Avaliação do efeito de defensivos químicos sobre a germinação de

conídios de Trichoderma endophyticum

Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Izabeli I. Santos;

Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei

Innova/UNILA/UFT

Vários são os defensivos químicos usados na agricultura para controle de insetos,

doenças e plantas invasoras, porém, muitos desses produtos são tóxicos e podem

interferir na ação de agentes biocontroladores como espécies do gênero

Trichoderma. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de fungicidas, inseticidas e

herbicidas de uso agricola, sobre o fungo Trichoderma endophyticum (isolado LBF

30/06). Uma suspensão de 1x10.10 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a

soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas

suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos

conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de

12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não

germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia

de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha

(100%), sendo que para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de

31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico,

e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Mancozebe e Azoxistrobina

+ Benzovindiflupir foram muito tóxico, o primeiro inibindo totalmente a viabilidade dos

conídios e o segundo reduzindo a 9%, Trifloxistrobina + Protioconazol reduziu a

viabilidade para 51,8% sendo moderadamente tóxico, o mesmo ocorrendo com

Trifloxistrobina + Ciproconazol que apresentou germinação de 60,2%. Em relação

aos inseticidas, com exceção de Tiametoxam que reduziu a porcentagem de

germinação a 9,6% sendo considerado muito tóxico, Acefato, Lambda-cialotrina e

Imidacloprid foram considerados compatíveis proporcionando 67,2%, 72,2% e 78,4%

de germinação. Todos os herbicidas foram considerados compatíveis: Glifosato

63,7%, Haloxifope-r éster metílico 67%, Cletodim 67%, Sal de dimetilamina do ácido

diclorofenoxiacético (2,4-D) 70% e Dicloreto de Paraquate 82,7% de germinação dos

conídios.

Palavras-Chave: Agroquímicos

Apoio Institucional: Innova LTDA

Page 372: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

372

Efeito de defensivos químicos de uso agrícola sobre a germinação

de conídios de Trichoderma harzianum

Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Izabeli I. Santos; Marilda J. Silva;

Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei

Innova/UNILA/UFT

A espécie Trichoderma harzianum tem sido empregada para controle de fungos

fitopatógenos com sucesso no Brasil. Sendo de interesse aplicá-la juntamente com

outros defensivos agrícolas. Todavia, muitos desses produtos são incompatíveis e

podem interferir na ação dos bioagentes. Objetivou-se avaliar o efeito da mistura em

tanque dos defensivos químicos de uso agrícola com o fungo Trichoderma

harzianum (isolado MMBF 64/09). Uma suspensão de 4,5x108 conídios viáveis/mL

do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas.

Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a

quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ±

1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios

germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi

adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em

relação a testemunha (100%) para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito

tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado

moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Os

fungicidas Mancozebe e Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram muito tóxicos

possibilitando 4 e 23% de germinação dos conídios, respectivamente, Trifloxistrobina

+ Ciproconazol mostrou-se moderadamente tóxico 51,4% e Trifloxistrobina +

Protioconazol possibilitou 87% de germinação, sendo classificado como compatível.

Os herbicidas incompatíveis foram Glifosato 4,2%, Sal de dimetilamina do ácido

diclorofenoxiacético (2,4-D) 13,7%, Cletodim 24%, Haloxifope-r éster metílico foi

tóxico 32% e Dicloreto de Paraquate moderadamente tóxico 53,7%. Todos os

inseticidas foram incompatíveis Lambda-cialotrina 24,6%, Imidacloprid 39%, Acefato

42,6%, já Tiametoxam foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação.

Palavras-Chave: Biofungicida

Apoio Institucional: Innova LTDA

Page 373: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

373

Tratamento de sementes com inoculantes e Trichoderma na cultura

da soja

Alison Grassi; Álvaro Luis Ghedin; Bruno dos Santos Backes; Fabio Giongo;

Jean Carlo Possenti; Sergio Miguel Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Graduação em Agronomia, Campus Dois Vizinhos

A soja é a principal espécie agrícola cultivada no Brasil, e sua produção vem

crescendo ano após ano, bem como constantemente tem-se buscado novas práticas

que agreguem na produtividade das lavouras de forma efetiva e sustentável. No

cenário atual tem-se a inoculação com o uso de Bradyrhizobium como uma prática

consolidada e com comprovados benefícios. Também vem se obtendo bons

resultados com a co-inoculação aonde se associa o Azospirillum, o qual demonstra

potencial de produzir e metabolizar diversos fitôrmonios importantes no crescimento

e desenvolvimento vegetal. Ainda considerando o potencial de biocontrole e ativação

de resistência nas plantas vem sendo empregado de forma concomitante

o Trichoderma sp., promovendo proteção à fitopatógenos, melhor estabelecimento

da cultura e incremento nos resultados produtivos. Este trabalho buscou avaliar o

potencial de utilização de inoculação, co-inoculação e associação

com Trichoderma sobre os parâmetros agronômicos relacionados a produtividade da

cultura da soja. O trabalho foi realizado na área experimental da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos, com delineamento

inteiramente casualizado, (sem inoculação; Bradyrhizobium;

Azospirillum; Bradyrhizobium+ Azospirillum e Bradyrhizobium+ Azospirillum+ Trichod

erma harzianum) em quatro repetições. Os inoculantes foram aplicados nas

sementes de soja, e logo em seguida realizada a semeadura. Cada unidade

experimental foi composta por uma parcela de 10m2, em quatro repetições. Foi

realizado adubação de base em área total, conforme a análise se solo, sendo

aplicado juntamente a semeadura em sulco de cultivo 200kg/ha de NPK da fórmula

02-20-20. Avaliaram-se as variáveis tamanho de plantas (parte área e raízes),

nodulação das raízes e parâmetros relacionados a produtividade, sendo número de

vagens, número de grãos por vagens, massa de grãos e produtividade de grãos. Os

resultados demonstram que o uso conjunto de Bradyrhizobium+ Azospirillum + T.

harzianum, promoveram um sinergismo, resultando em plantas com maior potencial

produtivo, com incremento de 15% de produtividade em relação a testemunha.

Palavras-Chave: Glycine max; Co-inuculação; Produtos Biológicos

Apoio Institucional: UTFPR

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374

Uso de biológicos no tratamento de sementes de soja

Alison Grassi; Álvaro L. Ghedin; Bruno dos S. Backes; Fabio Giongo; Jean C.

Possenti; Sergio M. Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Graduação em Agronomia, Campus Dois Vizinhos

O tratamento de sementes com biológicos é uma prática que vem demonstrando

ótimos resultados, sendo os agentes mais utilizados as bactérias Bradyrhizobium e o

Azospirillum com função de fixação biológica de nitrogênio e estímulos hormonais ao

crescimento e desenvolvimento vegetal. Já o fungo Trichoderma spp. apresenta

principalmente ação de biocontrole a fungos de solo. Muitos produtores vêm

associando ainda a esses agentes biológicos os complexos nutricionais, com

objetivo de incrementar e favorecer a estabilização no solo e sua relação com as

plantas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial dessas associações sobre

os parâmetros produtivos da cultura da soja. O experimento foi realizado na área

experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois

Vizinhos, com delineamento inteiramente casualizado, contendo os tratamentos com

os agentes biológicos Bradyrhizobium (Atmo®); Azospirillum (Azoffix®));

Bradyrhizobium + Azospirillum e Bradyrhizobium + Azospirillum + Trichoderma

harzianum (Ecotrich®) em associação com complexo nutricional a base de fosfóro,

cobalto e molibdênio (Synflex®). Os produtos foram aplicados no tratamento de

sementes conforme recomendação dos fabricantes, e logo em seguida realizada a

semeadura. A unidade experimental foi composta por uma parcela de 10m2, em

quatro repetições. Os parâmetros avaliados no experimento foram tamanhos de

plantas, nodulação e produtividade. Os resultados observados foram maior

nodulação das plantas e incremento dos parâmetros relacionados a produtividade

em virtude do uso dos agentes biológicos e associação com o complexo nutricional.

Palavras-Chave: Produto biológico; Glycine max,; Associação

Apoio Institucional: UTFPR

Page 375: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

375

Avaliação da eficiência de produtos de controle biológico de

Macrophomina phaseolina em soja

Helen P. Vasconcelos; Marcelo G. Canteri; Claudia V. Godoy; Maurício C.

Meyer

Universidade Estadual de Londrina

As doenças radiculares representam ameaça à estabilidade de produção de soja,

gerando uma crescente demanda de adoção de medidas de manejo. Dentre estas

doenças, destaca-se a podridão de carvão da raiz, causada por Macrophomina

phaseolina, um fungo habitante de solo, polífago, presente em todas as regiões

produtoras do Brasil, de elevada variabilidade patogênica e grande capacidade de

sobrevivência no solo através da produção de microescleródios. O emprego de

controle biológico através da infestação do solo com agentes antagonistas vem

aumentando em diversos patossistemas, principalmente no caso de doenças

radiculares, que não dispõem de controle químico eficiente. O objetivo desse

trabalho foi avaliar o efeito de agentes de biocontrole na redução da severidade de

M. phaseolina na raiz e no colo da soja. Foi utilizado o delineamento experimental

inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e doze repetições. Foram

utilizados vasos (cap. 0,3 L) com cinco plantas e preparados com substratos

infestados pelo patógeno misturado com areia. Os tratamentos com biofungicidas

comerciais foram compostos por três formulações de Trichoderma harzianum (10¹²

conídios ha-¹), T. asperellum (10¹² conídios ha-¹) e Bacillus subtilis (1500 g ha-¹),

respectivamente. As aplicações foram realizadas em jato dirigido no sulco de

semeadura. Foi mantido um tratamento controle, sem aplicação de biofungicida. Aos

15 dias após a semeadura, foi feita a avaliação de severidade (percentual de área

lesionada das raízes e porcentagem de área lesionada no colo da planta). O

tratamento com B. subitilis apresentou controle de 33% da podridão de carvão da

raiz avaliada nas raízes, e os demais não diferiram do tratamento controle não

tratado. Para avaliação no colo das plantas, todos os biofungicidas reduziram a

severidade dos sintomas em relação ao tratamento controle em 38% (T.

asperellum), 31% (T. harzianum) e 29% (B. subtilis), porém não houve diferença

estatística entre eles. Conclui-se que os produtos avaliados podem apresentar certo

potencial para controle biológico da doença nas condições deste experimento, mas

estudos mais detalhados são necessários para direcionar seu uso.

Palavras-Chave: Biocontrole; Fitopatógeno; Glycine max

Apoio Institucional: CAPES

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376

Inibição de bactérias fitopatogênicas por metabólitos secundários

da cepa LABIM17 de Brevibacillus sp.

Izabela M. Duin; Rosiana Bertê; Admilton G. de Oliveira Jr; Rui P. Leite Jr;

Maria I. Balbi-Peña

¹Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina. E-

mail: [email protected] ²Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia,

Universidade Estadual de Londrina; ³Docente, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia,

Universidade Estadual de Londrina; 4Pesquisador, Instituto Agronômico do Paraná; 5Docente,

Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR,

Brasil

Espécies de bactérias de vários gêneros estão sendo amplamente utilizadas para o

controle de patógenos e doenças de plantas como uma alternativa ao controle

químico. O objetivo desse estudo foi testar o efeito de metabólitos secundários da

cepa LABIM17 de Brevibacillus sp. no crescimento in vitro de dois isolados de

Xanthomonas axonopodis pv. glycines (Smith) (Xanthomonadaceae), um isolado de

Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum (Jones) (Enterobacteriaceae) e um

isolado de Acidovorax avenae subsp. citrulli (Schaad et al.) (Comamonadaceae).

Para a produção de bioativos, uma suspensão a 108 UFC mL-1 da LABIM17 em

solução salina foi ativada em meio ISP2 a 35 ºC e 150 rpm por 24 h com ior

multiplicação em meio ISP2 com modificações a 35 ºC e 150 rpm por 168 h. Para a

obtenção do sobrenadante livre de células (SLC), a produção foi centrifugada a

10.000 rpm a 4 °C por 15 min e esterilizada em membrana de 0,22 μm. A

determinação da atividade bactericida da LABIM17 foi realizada pelo método de

difusão em ágar em meio Muller Hilton Ágar (MHA). As bactérias fitopatogênicas na

concentração de 108 UFC por mL de solução salina foram incorporadas nesse meio

a 0,25 % (pour plate). Duzentos µL do SLC da cepa LABIM17 foram adicionados no

meio em poço de 8 mm de diâmetro. As placas foram incubadas a 28 ºC por 24 h. A

atividade bactericida foi avaliada pelo halo de inibição do crescimento bacteriano.

Houve inibição de crescimento dos dois isolados de X. ax. pv. glycines, com halo de

32 mm e 25,5 mm e de P. carotovorum subsp. carotovorum, com halo de 18,5 mm.

Os resultados apresentaram diferença estatística significativa entre eles. Não houve

inibição de crescimento para Acidovorax avenae subsp. citrulli.

Palavras-Chave: Controle biológico; Pectobacterium carotovorum subsp.

carotovorum; Xanthomonas axonopodis pv. glycines

Apoio Institucional: CNPq

Page 377: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

377

Compatibilidade de Trichoderma koningiopsis a defensivos

químicos de uso agrícola

Izabeli I. Santos; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Matheus G.

Ferreira; Sandra Schkalei; Marilda J. Silva

Innova/UNILA/UFT

A utilização na agricultura de espécies do gênero Trichoderma para controle

biológico tem aumentado nos últimos anos, sendo de interesse aplicá-lo juntamente

com outros defensivos. Porém, muitos desses produtos são tóxicos e podem

interferir na ação de agentes biocontroladores como espécies do gênero

Trichoderma. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos de uso agrícola, sobre o

fungo Trichoderma koningiopsis (isolado LBF 29/08). Uma suspensão de

1,7x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas

concentrações recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em

lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após

20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%.

Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem

de germinação. Foi adotada a seguinte escala: quando os valores de germinação

em relação a testemunha (100%) foram de 0 a 30% o produto foi considerado muito

tóxico, de 31 a 45% foi considerado tóxico, de 46 a 60% foi considerado

moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, foi considerado compatível.

Todos os herbicidas foram compatíveis sendo que Glifosato possibilitou 63,7% de

germinação, Cletodim 67%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-

D) 70%, Haloxifope-r éster metílico 77,5% e Dicloreto de Paraquate 82,7%. Os

inseticidas compatíveis foram Imidacloprid 82% e Acefato 84,8%. Já Lambda-

cialotrina e Tiametoxam foram considerados muito tóxicos com 14 e 0% de

germinação, respectivamente. Em relação aos fungicidas, Mancozebe e

Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram considerados muito tóxicos 0% e 16,4% de

germinação, respectivamente. Trifloxistrobina + Protioconazol com 50,8% de

germinação foi considerado moderadamente tóxico e Trifloxistrobina + Ciproconazol

com 68,8 % foi considerado compatível.

Palavras-Chave: Controle-biológico

Apoio Institucional: Innova

Page 378: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

378

Seletividade de defensivos químicos de uso agrícola ao fungo

Trichoderma asperellum

Izabeli I. Santos; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira;

Sandra Schkalei; Edimara A. Francisco

Innova/UNILA/UFT

A espécie Trichoderma asperellum tem sido usada para controle de fungos

fitopatógenos com sucesso no Brasil. Sendo de interesse usá-la juntamente com

outros defensivos. Entretanto, muitos desses produtos são tóxicos e podem interferir

na ação de agentes biocontroladores. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos

químicos de uso agrícola, sobre o fungo Trichoderma asperellum (isolado MMBF

149/12). Uma suspensão de 3,9x107 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a

soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas

suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos

conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de

12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não

germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia

de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100

%), na qual para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a

45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico, e

para valores acima de 60%, é considerado compatível. Todos os herbicidas foram

compatíveis, Cletodim 69,2%, Haloxifope-r éster metílico 76,7%, Dicloreto de

Paraquate 84,2%, Glifosato possibilitou 86,7% e Sal de dimetilamina do ácido

diclorofenoxiacético (2,4-D) 88,7 % de germinação dos conídios. Os inseticidas

compatíveis foram Lambda-cialotrina 72%, Imidacloprid 89,2%, Acefato 89,8%, já

Tiametoxam foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação. Quanto aos

fungicidas, Mancozebe foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação dos

conídios, Azoxistrobina + Benzovindiflupir possibilitou 49,6% de germinação sendo

moderadamente tóxico, Trifloxistrobina + Ciproconazol e Trifloxistrobina +

Protioconazol possibilitaram 67,8% e 71,8% de germinação, respectivamente, sendo

considerados compatíveis.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Biofungicida; Germinação

Apoio Institucional: Innova

Page 379: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

379

Atividade antifúngica in vitro de óleos essenciais contra

Colletotrichum gloeosporioides isolado de folhas de macieira

Juliana O. Nicolao; André A. Nicolao; Daniel Radin; Felipe A. M. F. Pinto; Julia

Zanferrari; Andreza Alves; Alberto F. Brighenti

Instituto Federal Catarinense

A mancha foliar da gala (MFG) é a principal doença em macieira causada,

principalmente, por Colletotrichum gloeosporioides. O controle da doença nos

pomares é feito com fungicidas durante todo o ciclo nas cultivares, aumentando os

custos de produção de maçãs, além de causar efeitos ambientais e antrópicos. O

objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de óleos essenciais (OEs) na inibição

do crescimento micelial do fungo C. gloeosporioides. O experimento foi conduzido

no Laboratório de Fitopatologia do IFC, Concórdia. O isolado de C. gloeosporioides

foi obtido de folhas de macieira. Os óleos essenciais de eucalipto (EUC), capim-

citronela (CAP), palmarosa (PAL) foram adquiridos comercialmente. No ensaio

foram incorporados os OEs nas concentrações de 0,2%; 0,4%; 0,6%; 0,8% e 1,0%,

com um antibiótico e um agente emulsificante ao meio BDA (batata-dextrose-ágar) a

45oC, em placas de Petri de 9 cm de diâmetro. Um disco de 5 mm de diâmetro

contendo o micélio de C. gloeosporioides, foi transferido para o centro de cada

placa. Placas com BDA e agente emulsificante foram utilizadas como controle (dose

zero). As placas foram incubadas a 25oC sob 12 h de fotoperíodo em incubadora

BOD, mensurando o crescimento com o auxílio de um paquímetro digital. Para o

cálculo da porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC) foi aplicada a

fórmula: PIC= Crescimento testemunha – Crescimento tratamento/Crescimento

testemunha x 100, segundo Bastos, 1997. Os dados obtidos foram submetidos à

análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Os resultados

mostram que CAP e PAL, em todas as concentrações testada foram efetivas na

completa inibição micelial de C. gloeosporioides, comparado aos controles. O óleo

EUC reduziu o crescimento do fungo em 100% nas concentrações de 0.6%, 0.8% e

1.0%. Além disso, nas outras concentrações houve inibição superior a 93%. Conclui

-se, que os óleos essenciais EUC, CAP, PAL tem potencial para controle alternativo

de C. gloeosporioides.

Palavras-Chave: Mancha foliar-de-Glomerella; controle alternativo; Malus domestica

Borkh

Apoio Institucional: Instituto Federal Catarinense

Page 380: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

380

Controle Biológico de Cercospora beticola em Beterraba

Leidiane dos Santos de Lima; Lais Santiago Massuia; Gabriella Souza Cintra;

Juliana Roldão

Leidiane dos Santos de Lima1; Lais Santiago Massuia1; Dra. Gabriella Souza Cintra1; Juliana

Roldão2. 1UNIRP, CEP: 15025-400, São José do Rio Preto, SP. [email protected]. 2Fazenda

São José – Orgânicos da Barra, CEP: 15120-000, Neves Paulista, SP

A produção da beterraba é limitada pela ocorrência de diversos patógenos, dentre

eles, Cercospora beticola Sacc., agente etiológico da cercosporiose. Trata-se da

doença mais destrutiva da cultura da beterraba, tanto açucareira quanto a de mesa.

A planta, sob ataque, diminui a sua capacidade fotossintética e repõe as folhas a

partir das reservas da raiz, diminuindo assim, a produção de açúcar e a qualidade

industrial. O controle da doença é realizado principalmente pelo uso de fungicidas

protetores e curativos. No entanto, novas alternativas de controle de doenças devem

ser consideradas, principalmente pela introdução de agentes de biocontrole. O

objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes agentes de biocontrole e

dosagens no manejo da cercosporiose em beterraba cultivada no sistema orgânico.

Em experimento realizado em campo, em sistema de cultivo orgânico, foram

utilizados dois produtos comerciais à base de agentes de biocontrole nas dosagens

recomendadas pelo fabricante, assim como foi avaliado o dobro dessa dosagem. E,

da mesma forma, foram utilizados microrganismos, denominados microrganismos

eficientes (EM), os quais foram capturados do solo da mata próxima à produção. Os

agentes de biocontrole comerciais utilizados foram à base de Trichoderma

harzianum e Bacillus subtilis O delineamento estatístico foi em blocos casualizados,

em esquema fatorial 3x2 (agentes de biocontrole x dosagens) com quatro

repetições. Foram avaliadas peso dos tubérculos, a massa da parte aérea e a

severidade final. Não houve diferença entre os diferentes agentes de biocontrole e

dosagens avaliados neste estudo.

Palavras-Chave: Agentes de biocontrole; Severidade; Produtividade.

Apoio Institucional: Fazenda São José - Orgânicos da Barra

Page 381: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

381

Antagonismo in vitro entre Trichoderma spp. e Cercospora

coffeicola

Marcia E. da Silva1; Aida T.S. Matsumura1; Gerson Pauli1; Ana C. Stein1;

Diouneia L.Berlitz1; Aicha D. Ribas1; Lidia, M. Fiuza1

1-CB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutã, 386, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS. E-mail:

[email protected]

O fungo Cercospora coffeicola Berk. & Cooke 1881 (Mycosphaerellaceae) é o

causador da cercosporiose no cafeeiro, provocando a desfolha e reduzindo a

produção. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de controle deste fitopatógeno,

foram testados separadamente, os oito isolados de Trichoderma spp. que compõem

o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, o produto puro e o produto na diluição 103

ufc/mL contra dois isolados de C. coffeicola (LFP 12 e LFP 37). Os confrontos foram

realizados em placas de Petri com 8,5 cm de diâmetro com meio de BSA (batata-

sacarose-ágar) e em placas com meio V8, três repetições de cada. A técnica

utilizada foi de cultura dual, onde discos de 5 mm de Trichoderma spp. e de C.

coffeicola foram colocados em lados opostos. Nas placas do teste com a mistura dos

oito isolados foi inoculado 0,1 mL do produto no lado oposto ao patógeno. Na

testemunha do teste foi inoculado um disco de 5 mm do C. coffeicola. Os isolados de

C. coffeicola (por apresentarem crescimento muito lento em meio de cultura foram

inoculados sete dias antes dos isolados de Trichoderma spp. e do produto. As

placas foram incubadas a 25 ± 1C e fotoperíodo de 12 horas. O teste foi avaliado

aos sete e aos catorze dias utilizando a escala de notas de Bell et al. e o grau de

antagonismo pelo percentual de inibição. No teste in vitro os oito isolados das três

espécies: T. asperellum Samuels, Lieckf. & Nirenber 1999; T. harzianum Rifai 1969

e T. koningiopsis Samuels, Carm. Suárez & H.C. Evans 2006 (Hypocreaceae) e o

produto ICB Nutrisolo Trichoderma, composto pelos oito isolados apresentaram

notas ≤2, pela escala de Bell et al. e o percentual de inibição do patógeno variou de

19,41 a 36,76%, demonstrando assim, o antagonismo aos dois isolados de C.

coffeicola. Trichoderma spp. cresceu e produziu esporos sobre a maioria das

colônias de C. coffeicola. Os resultados do teste mostraram a possibilidade de uso

do produto ICB Nutrisolo Trichoderma para controle da cercosporiose no cafeeiro.

Palavras-Chave: cercosporiose; controle biológico; cultura do café

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

Page 382: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

382

Potencial antagonista de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum

sp. in vitro

Lucas Graciolli Savian; Marlove F. B. Muniz; Janaina S. Sarzi; Jéssica E.

Rabuske; Clair Walker; Alexsandra C. Quevedo; Lais da S. Martello

Universidade Federal de Santa Maria

Fungos do gênero Colletotrichum são conhecidos por ocasionar uma série de

doenças, dentre elas, as manchas foliares em frutíferas e florestais como macieira, e

nogueira-pecã. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar o potencial

antagonista de isolados de Trichoderma spp. e formulações comerciais à base de

Trichoderma no controle de Colletotrichum sp. Os isolados antagonistas

(Trichoderma harzianum (IST1), T. asperellum (IVCT1), T. koningiopsis (IIOT1), T.

tomentosum) provenientes de solo rizosférico, estavam armazenados na micoteca

do Laboratório de Fitopatologia Elocy Minussi da UFSM. Também foram utilizados

isolados de formulações comerciais: T. asperellum (Quality®), Trichoderma sp.

(Biotrich®) e T. harzianum (Ecotrich®). O isolado de Colletotrichum sp. foi obtido de

frutos de nogueira. Para a avaliação do antagonismo dos isolados, um cilindro de

meio de cultura (7 mm) com estruturas do patógeno foi transferido para placas de

Petri contendo BDA, a 5 mm da borda. Após dois dias de crescimento, um cilindro

de 7 mm com estruturas de Trichoderma spp. foi transferido para o lado oposto da

placa. Para o tratamento testemunha foi utilizado somente o disco de Colletotrichum

sp. As placas foram incubadas por sete dias em BOD (25°C, 12 h fotoperíodo) e, ao

final do período, foi mensurado o diâmetro das colônias e determinado o percentual

de inibição do crescimento micelial. O delineamento foi o inteiramente casualizado,

com cinco repetições por tratamento. Os dados foram submetidos à análise de

variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05), utilizando o

programa Sisvar. Todos os isolados de Trichoderma controlaram Colletotrichum sp.,

com destaque para os isolados provenientes de solo. O menor valor de inibição do

crescimento do patógeno foi observado no pareamento com Quality®. Assim, as

diferentes formas de Trichoderma spp. são eficientes no controle do crescimento

micelial de Colletotrichum sp.

Palavras-Chave: controle biológico; pareamento de culturas; fitopatógenos

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior

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383

Controle de fitopatógenos por metabólitos de fungos sapróbios

Maicon F. P. de Paula ([email protected]); Renata M. Thomé; Beatriz

L. C. da Costa; Guilherme Biz; Maria I. Balbi-Peña

Universidade Estadual de Londrina

Os fungos são os principais microrganismos que acarretam doenças em plantas. O

controle químico de doenças depara-se com o surgimento de isolados de patógenos

resistentes e causa prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente, levando à

procura por novos métodos de controle. Neste sentido, o controle biológico tem se

tornado uma alternativa para o controle de doenças. O presente trabalho visou

avaliar o potencial antagônico de Myrothecium sp. 1 (MY1) no controle de Alternaria

solani, Botrytis cinerea, Fusarium oxysporum, Penicillium digitatum e Rhizoctonia

solani. O isolado MY1 foi cultivado em meio líquido batata-dextrose a 25 ºC com

fotoperíodo de 12/12 h por 25 dias e iormente transferido para a geladeira a 5 ºC por

48 horas. O sobrenadante foi filtrado para separação das células fúngicas e

armazenado a 5ºC para ior utilização. Para o teste de inibição do crescimento

micelial, o filtrado de MY1 foi adicionado ao meio batata-dextrose-ágar ainda

fundente para obter as concentrações de 0, 25, 50 e 75%. O delineamento foi

inteiramente casualizado com quatro repetições. O meio acrescido do filtrado foi

vertido em placas de 45mm e discos miceliais dos patógenos foram repicados no

centro das placas e incubados a 25 ºC com fotoperíodo de 12/12 h. Avaliações

diárias do crescimento micelial foram realizadas até que a testemunha (0%)

atingisse a borda da placa. Observou-se que MY1 não exerceu ação antagônica

frente aos fungos A. solani e F. oxysporum. Na concentração de 25% do filtrado

houve inibição total do crescimento do P. digitatum e, na concentração de 75%,

houve inibição do crescimento de 76 e 58% dos fungos B. cinerea e R. solani,

respectivamente. Conclui-se que o fungo Myrothecium sp. apresenta antagonismo

através de metabólitos difusíveis no meio aos fungos P. digitatum, B. cinerea e R.

solani.

Palavras-Chave: Antagonismo; Controle biológico; Fungos fitopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Aráucaria e CAPES

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384

Controle de Botrytis cinerea por leveduras antagonistas

Renata M. Thomé; Luiz V.B. de Oliveira; Rosane F. Schwan; Maria I. Balbi-Peña

Universidade Estadual de Londrina

Os resíduos químicos nos frutos representam uma ameaça para a saúde humana. O

uso de leveduras como agentes de biocontrole está sendo extensivamente estudado

pois estes organismos apresentam requerimentos nutricionais simples, rápida

colonização de superfícies e não produzem esporos alergênicos, micotoxinas ou

antibióticos. O presente trabalho tem por finalidade avaliar o potencial antagônico in

vitro de isolados das leveduras Pichia sp., Hanseniaspora opuntiae e Lachancea

thermotolerans contra Botrytis cinerea agente causal do mofo cinzento em frutos.

Para determinação do efeito antagônico por compostos voláteis, utilizaram-se placas

bipartidas, dispondo um disco micelial do fungo de 6 mm de um lado da placa e a

suspensão de células na concentração de 3x106 cél/mL das leveduras do outro.

Para a avaliação da capacidade antagônica dos compostos não voláteis das

leveduras, estas foram estriadas a 3 cm do centro da placa e após 48 h adicionou-se

um disco micelial de do fungo no centro da mesma. Para ambos os experimentos

avaliaram-se: índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) e porcentagem

de inibição do crescimento micelial (ICM%) de B. cinerea. No segundo experimento

avaliou-se também o halo de inibição de crescimento micelial. O delineamento foi

inteiramente casualizado com 5 repetições. Os compostos voláteis dos quatro

isolados de leveduras exerceram inibição do crescimento micelial de B. cinerea,

sendo L. thermotolerans a que apresentou a maior inibição de crescimento micelial

(41%). No teste de antagonismo por compostos não voláteis todos os isolados

inibiram o fungo patogênico, destacando o isolado de Pichia sp., que formou um halo

de inibição de 1,04 cm e inibiu o crescimento micelial de B. cinerea em 50%.

Constatou-se que os isolados L. thermotolerans e Pichia sp., apresentam potencial

no controle de B. cinerea.

Palavras-Chave: Antagonismo; compostos voláteis; mofo cinzento

Apoio Institucional: CAPES, Fundação Araucária

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385

Avaliação do potencial biotecnológico de Brevibacillus sp. na

produção de compostos bactericidas

Rosiana Bertê; Julia P. Baptista; Allan Y. Higashi; Maria L. A. de Jesus;

Gustavo M. Teixeira; Mirela Mosela; Larissa M. Chagas; Giovana C. C.

Montanari; Admilton G. O. Júnior

UEL - Universidade Estadual de Londrina

Apesar da grande representatividade do Brasil no cenário internacional agrícola, a

demanda interna do país por alimentos é provida principalmente por pequenos

produtores. No entanto, a produtividade brasileira de hortifruti tem sido afetada por

doenças bacterianas que têm limitado a produtividade das lavouras comerciais do

país e a presença de umidade e calor contribuem para que as mesmas se

desenvolvam, como é o caso da mancha bacteriana em tomateiro, do cancro cítrico,

da mancha branca no milho e da murcha em feijoeiro. Neste contexto, esta pesquisa

teve como objetivo avaliar o potencial antibacteriano in vitro de LABIM17

(Brevibacillus sp). frente a Xanthomonas euvesicatoria, Xanthomonas citri

subsp. citri., Pantoea ananatis pv. ananatis e Curtobacterium flaccumfaciens pv.

flaccumfaciens. A obtenção dos metabólitos secundários aconteceu com as etapas

de ativação em meio ISP2 e incubação a 28 °C por 24 h. O pré-inoculo, foi

preparado com as colônias suspensas em salina e a concentração celular ajustada

para 108 UFC/mL a partir do qual transferiu-se 30 µL para um erlenmeyer contendo

30 mL de Meio Proposto. Para a produção dos compostos antibacterianos,

preparou-se 400 mL de Meio Proposto a 1% da concentração celular. O meio foi

mantido em agitação de 200 rpm durante 168 horas, a 35°C. Para a obtenção do

SLC, a produção foi centrifugada a 4°C, por 15 min a 10.000 rpm e esterilizada em

filtros de 0.22 μm. A determinação da atividade antibacteriana do sobrenadante de

LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em ágar. Os resultados obtidos

apontam que houve inibição do crescimento bacteriano e diferença estatística entre

os tratamentos. Os resultados foram positivos para todas as bactérias, mostrando

que Xanthomonas citri e Pantoea ananatis não diferiram estatisticamente, com halos

de 26,9 e 26,8 mm de inibição. Dessa forma, os resultados obtidos com esta

pesquisa incentivam a continuação dos estudos.

Palavras-Chave: metabólitos secundários; fitopatógenos; atividade antagonista.

Apoio Institucional: UEL - Universidade Estadual de Londrina

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386

Avaliação in vitro da atividade biofungicida de Brevibacillus sp.

Rosiana Bertê; Julia P. Baptista; Allan Y. Higashi; Maria L. A. de Jesus;

Gustavo M. Teixeira; Mirela Mosela; Larissa M. Chagas; Anne C. S. Küll;

Admilton G. O. Júnior

UEL - Universidade Estadual de Londrina

As doenças causadas por fungos na agricultura têm sido um dos fatores limitantes

para o aumento do rendimento das culturas. A podridão de raiz em plantas de

feijoeiro e soja causada por Fusarium solani e a podridão de carvão causada

por Macrophomina phaseolina apresentam-se como doenças preocupantes devido a

dificuldade de controle. Dessa forma, o controle biológico utilizando microrganismos

com potencial biotecnológico apresenta-se como uma alternativa para a redução do

uso de agroquímicos no controle de fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi

avaliar a atividade fungicida do sobrenadante de LABIM17 (Brevibacillus sp.) no

controle dos fungos Fusarium solani 145, Fusarium solani 234, Fusarium oxysporum

f. sp. lycopersici e Macrophomina phaseolina. Para o desenvolvimento do

experimento o isolado antagonista (LABIM17) foi sequenciado pelo método 16S. A

obtenção dos metabólitos secundários iniciou com as etapas de ativação em meio

ISP2 e incubação a 28 °C por 24 h. O pré-inoculo, foi preparado com as colônias

suspensas em salina e a concentração celular ajustada para 108 UFC/mL a partir do

qual transferiu-se 30 µL para um erlenmeyer contendo 30 mL de Meio Proposto.

Para a produção dos compostos antifúngicos, preparou-se 400 mL de Meio Proposto

a 1% da concentração celular. O meio foi mantido em agitação de 200 rpm durante

168 horas, a 35°C. Para a obtenção do SLC, a produção foi centrifugada a 4°C, por

15 min a 10.000 rpm e esterilizada em filtros de 0.22 μm. A determinação da

atividade antifúngica do SLC de LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em

ágar. Os resultados obtidos apontam que houve inibição do crescimento micelial

para todos os fungos, com diferença estatística entre Fusarium solani 234 (59%) e

Fusarium oxisporum (53,2%), sendo maior a inibição no primeiro. Os dados obtidos

incentivam a seguir com o isolamento das moléculas bioativas.

Palavras-Chave: actinomicetos; metabólitos secundários; biocontrole

Apoio Institucional: UEL - Universidade Estadual de Londrina

Page 387: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

387

Efeito de preparações de Metarhizium spp. na germinação de

urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi

Sabrina Holz; Celeste P. D'Alessandro; Italo Delalibera Jr; Eduardo E. Ribeiro;

Clarice G. B. Demetrio; Sérgio F. Pascholati

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)

A ferrugem-asiática é uma das principais doenças na cultura da soja causada pelo

fungo Phakopsora pachyrhizi. Nos últimos anos, o uso de fungos

entomopatogênicos vem aumentando e surge como uma nova estratégia de manejo

de doenças em plantas. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de preparações

(filtrado de cultivo em meio líquido e suspensão de conídios) de três espécies de

Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de P. pachyrhizi. Foram

utilizadas suspensões de conídios dos fungos entomopatogênicos na concentração

de 2x105 conídios.mL-1 ou do filtrado do meio de cultivo, obtido a partir do

crescimento em meio líquido Batata Dextrose (B.D.). O controle positivo consistiu do

fungicida Vessarya® (Picoxistrobina e Benzovindiflupira) e o controle negativo foi

realizado com água destilada e meio B.D. Para se avaliar a germinação dos

urediniósporos foram utilizadas placas de Petri de poliestireno (40 mm diam.),

contendo uma gota por placa (volume total de 100 µL por tratamento), sendo 50 µL

de cada tratamento + 50 µL da suspensão de urediniósporos (2x105 esporos.mL-1),

as quais foram mantidas em B.O.D, a 25ºC no escuro por 6 horas, sendo iormente,

quantificada a germinação de 100 urediniósporos. Os resultados demostraram que

as suspensões de conídios dos três isolados de Metarhizium spp. não reduziram a

germinação de P. pachyrhizi, obtendo-se valores entre 93%–98% de germinação.

Entretanto, nos tratamentos com os filtrados de Metarhizium spp. foi observada

inibição da germinação dos urediniósporos de 73 a 98%, dependendo do isolado,

em comparação com o tratamento água e B.D. Para revelar o potencial do uso do

filtrado de Metarhizium spp. no manejo da ferrugem-asiática em soja há necessidade

de se conduzir novos experimentos in vitro e in vivo.

Palavras-Chave: Ferrugem-asiática; Fungos entomopatogênicos; Controle biológico

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) 2017/18. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São

Paulo (FAPESP) (processo: 2018/ 18393-2)

Page 388: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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389

Ação In Vitro Residual em Papelão de Tratamentos Não-químicos

Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778)

Aline A. Chaves; Rafael F. Miguel; Erick Ribeiro; Andressa N. Grandini; Luis

F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

O ácaro-vermelho-das-poedeiras é considerado uma das principais pragas da

produção de ovos em todo o mundo. Mesmo em relação a acaricidas químicos, são

poucas as opções disponíveis para seu controle. Neste contexto, o presente trabalho

objetivou avaliar in vitro o efeito residual em papelão de diferentes tratamentos não

químicos na mortalidade da praga. Cada tratamento consistiu de seis repetições

com 25 ácaros (N=150), sendo: 1) Controle (água); 2) Hipoclorito de sódio 20%; 3)

Óleo mineral 5%; 4) Detergente 10%; 5) Terra de Diatomácea 20% (TD); 6) Fungo

Beauveria bassiana não formulado (Suspensão em água; isolado Unioeste 88); 7)

B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109 conídios/mL). As

suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois litros, aplicando-

se 500µL por repetição sobre o papelão (1,5×1,5 cm). Após a secagem (30min), os

papelões foram colocados em tubos de fundo chato nos quais os ácaros foram

transferidos e incubados em condições controladas (26±2°C) por sete dias,

avaliando-se a mortalidade diariamente. Verificou-se que os maiores índices de

mortalidade foram obtidos nos tratamentos com Detergente (41,8%), B. bassiana

Não formulado (34,3%) e B. bassiana Formulado (29,9%), os quais não diferiram

estatisticamente entre si. O tratamento com TD não apresentou mortalidade (0%),

mas não diferiu significativamente dos tratamentos com Hipoclorito de sódio (0,6%),

e Óleo mineral (3,6%), segundo o teste de Scott-Knott (<0,01). Acredita-se que pelo

fato do contato dos ácaros com o papelão não ser forçado, a ação dos tratamentos

possa ter sido subestimada. O papelão também pode não ser um veículo adequado

para tratamentos aquosos que visem ao controle do ácaro, prejudicando a

efetividade. Os resultados demonstram que novos estudos precisam ser realizados

para melhor elucidar o real efeito residual dos tratamentos não químicos sobre

Dermanyssus gallinae, utilizando-se o papelão que normalmente é empregado em

armadilhas para esta praga.

Palavras-Chave: Ácaro-vermelho; controle biológico; controle alternativo

Apoio Institucional: UTFPR; UNIOESTE; Lar Cooperaiva Agroindustrial

Page 390: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

390

Armadilha de Auto-inoculação de Beauveria bassiana para o

Manejo do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778)

(Mesostigmata: Dermanyssidae)

Daian G.P. Oliveira; Marina M. Nascimento; Luis F.A. Alves; Rogério B. Lopes;

Tiago T. Ferreira; Bruno V. Neves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena; Universidade Estadual do

Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR, Lab. de Biotecnologia Agrícola; Embrapa Recursos

Genéticos e Biotecnologia

No contexto da avicultura de postura comercial, Dermanyssus gallinae destaca-se

como um dos mais importantes ectoparasitas hematófagos. Na busca por

estratégias alternativas aos acaricidas químicos, o presente estudo teve por objetivo

avaliar, em laboratório e campo, armadilhas com diferentes preparações de

Beauveria bassiana (isolado Unioeste 88) como estratégia de atração-e-infecção

para o controle de Dermanyssus gallinae. Os protótipos consistiram de papelão

corrugado impregnado com 1g das preparações (5×1010 conídios) dispostos em

tubos plásticos (1,6 cm Ø). As preparações avaliadas foram: i) B. bassiana puro; ii)

B. bassiana + amido; iii) B. bassiana + cera SPLAT™ e iv) B. bassiana + SPLAT™

+ amido. Em laboratório, foi avaliada a atividade acaricida (a 26 e 32ºC), adesividade

e viabilidade fúngica ao longo do tempo (0, 7, 14 e 21 dias). Em campo, as

preparações iii e iv foram testadas em aviário de postura comercial, por diferentes

tempos de permanência no ambiente (12, 24 e 48 h), utilizando-se também

armadilhas de recaptura, para coleta após 24h. Verificou-se que a cera SPLAT™

proporcionou maior aderência dos conídios nas armadilhas. Também nesta

preparação, os conídios apresentaram maior viabilidade ao longo das três semanas

de armazenamento, em ambas as temperaturas avaliadas, quando comparado à

preparação com fungo puro. Nos testes de campo, não houve efeito do tempo de

permanência da armadilha no ambiente na mortalidade dos ácaros, sendo de 91,7%,

97,0% e 86,9%, na preparação com B. bassiana + SPLAT™ + amido nos tempos de

12h, 24h e 48h, respectivamente. Nas armadilhas de recaptura, o maior índice de

mortalidade foi encontrado nos pontos em que receberam as armadilhas com B.

bassiana + SPLAT™ + amido, sendo esta de 25,7%. Os resultados aqui obtidos

demonstram o potencial da estratégia de autoinoculação para o controle de D.

gallinae como provável tática a ser incorporada no manejo do ácaro.

Palavras-Chave: controle biológico; produção animal; manejo de pragas

Apoio Institucional: CNPq; CAPES; Biocamp Laboratórios Ltda.; Lar Cooperaiva

Agroindustrial; Isca Tecnologias Ltda.

Page 391: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

391

Efeito Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata:

Dermanyssidae) Erick Ribeiro; Rafael F. Miguel; Aline A. Chaves; Andressa N. Grandini; Luis

F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira

UTFPR

Na avicultura de postura, o ácaro-vermelho-das-poedeiras destaca-se como um dos

mais importantes ectoparasitas hematófagos em todo o mundo. Neste sentido, o

presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro o efeito residual forçado de

diferentes tratamentos não químicos sobre a praga. Cada tratamento consistiu de

seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: i) Controle (água); ii) Hipoclorito de

sódio 20%; iii) Óleo mineral 5%; iv) Detergente 10%; v) Terra de Diatomácea 20%

(TD); vi) Fungo Beauveria bassiana não formulado (Suspensão em água; isolado

Unioeste 88); vii) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109

conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois

litros, aplicando-se 500µL por repetição em um envelope de papel filtro. Após a

secagem (30min), os ácaros foram transferidos para os envelopes, os quais foram

lacrados e incubados em condições controladas (26±2°C) por três dias. Após, os

envelopes foram abertos e os ácaros transferidos para tubos de vidro, incubando-se

na mesma condição por sete dias, e avaliando-se a mortalidade diariamente.

Verificou-se que os maiores índices de mortalidade total foram obtidos nos

tratamentos com B. bassiana Formulado (83%) e B. bassiana Não formulado (74%),

os quais não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento com TD apresentou

índices intermediários de mortalidade (50%), e diferiu de todos os demais. O

tratamento com Hipoclorito de sódio não apresentou mortalidade (0%), mas não

diferiu significativamente dos tratamentos com Detergente (3%) e Óleo mineral (7%),

segundo o teste de Scott-Knott (<0,01). Com relação a mortalidade confirmada,

foram observados valores de 79% no tratamento B. bassiana Formulado e 43% em

B. bassiana Não formulado. Os resultados demonstram que os tratamentos com

fungo e TD podem apresentar efeito residual significativo para o controle do ácaro.

Palavras-Chave: Ácaro-vermelho; Controle biológico; Controle alternativo

Apoio Institucional: UNIOESTE; Lar Cooperativa Agroindustrial

Page 392: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

392

Multiplicação do ácaro predador Macrocheles embersoni (Acari:

Macrochelidae) em laboratório

Letícia Henrique Azevedo; Murilo Prudente Ferreira; Raphael de Campos

Castilho; Gilberto José de Moraes

Departamento de Fitossanidade, Faculdades de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV),

Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola

Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)

A mosca dos estábulos, Stomoxys calcitrans (L.), 1758 (Diptera: Muscidae), vem

causando grandes perdas na bovinocultura de leite e de corte em algumas regiões

brasileiras. Sendo hematófaga, pode causar a redução de peso do animal, redução

na produção de leite, abortamento de bezerros e transmissão de doenças. Ácaros

da família Macrochelidae vêm sendo estudados para o possível controle desta

praga. Em testes no laboratório, Macrocheles embersoni Azevedo, Castilho & Berto,

2017 (Mesostigmata: Macrochelidae) mostrou-se promissor no controle da S.

calcitrans, predando número considerável de ovos e larvas. Porém, existem poucos

estudos relacionados à criação massal dos ácaros desta família em laboratório.

Assim, existe a necessidade do estabelecimento de protocolos para a criação

massal deste predador para seu eventual uso prático. O objetivo deste trabalho foi o

estabelecimento de um sistema piloto de produção massal deste ácaro. Avaliaram-

se diferentes níveis de inoculação do predador em unidades piloto de produção,

assim como distintos períodos de interação predador–presa. Foram inoculados 50,

100, 150, 200, 250, 300, 350 e 400 predadores em recipientes de 1 litro contendo

vermiculita, estimando-se o número final de M. embersoni presentes após 15, 30 e

60 dias do início do experimento. Os ácaros foram alimentados a cada 2–3 dias com

o nematoide Rhabditella axei. Com 15 dias de avaliação, observou-se um aumento

considerável do ácaro predador em praticamente todas as unidades experimentais.

Já com 30 dias esse aumento ocorreu apenas em densidades de inoculação

superiores a 300 ácaros por recipiente. Os melhores resultados, considerando a taxa

instantânea de reprodução (ri) ocorreram com a inoculação de 50 ácaros em todas

as interações realizadas, sendo a de 15 dias que apresentou o melhor resultado

entre todos. Tendo em vista a baixa quantidade inicial de ácaros necessários e o

melhor retorno possível, é viável a continuação dos experimentos com este ácaro

para a multiplicação em laboratório.

Palavras-Chave: Macroquelídeos; Mosca dos estábulos; Criação em laboratório

Apoio Institucional: FAPESP (Processo 2019/06282-4)

Page 393: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

393

Dispositivo Atrai-e-Infecta para o Controle do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Acari: Dermanyssidae) com o

Fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill. Luis F. A. Alves1; Marina M. Nascimento1; Daian G. P. Oliveira2; Rogério B.

Lopes3; Tiago T. Ferreira1; Bruno V. Neves1

1Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR, Lab. de Biotecnologia

Agrícola – [email protected]; 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa

Helena; 3Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

O ácaro-vermelho-da-galinha Dermanyssus gallinae é um dos principais

ectoparasitas hematófagos da avicultura de postura. Tem hábitos gregários e

crípticos, com intensa atividade noturna, quando se dirigem às aves para se

alimentar. A hematofagia causa danos fisiológicos às aves e consequente redução

na produtividade, além do ácaro ser vetor de Salmonella spp. Este trabalho visou

avaliar um dispositivo atrai-e-infecta contendo o fungo Beauveria bassiana em

laboratório e campo. O dispositivo foi constituído de bucha vegetal (Luffa aegyptiaca

Mill.) como inerte de ancoragem do fungo (2,6×109/conídios, viabilidade mínima de

90%). Em laboratório, os dispositivos com fungo e somente bucha (Testemunha)

foram contidos em tubos de vidro com 30 ácaros que permanecerem em contato por

5 dias. A mortalidade foi de 86%. Mantidos por 90 dias em 26◦C, a viabilidade dos

conídios, em meio de cultura, reduziu-se para aproximadamente 70%. Nos ensaios

de campo (aviário comercial), as armadilhas com fungo (infecção) foram dispostas

em grupos por 12 h, 1 e 5 dias (10 armadilhas para cada tempo de avaliação).

Nesses períodos, as armadilhas eram substituídas por outras sem fungo (recaptura)

que permaneciam por mais 24 h. Nas armadilhas de infecção, a mortalidade variou

entre 80-90%. Nas armadilhas de recaptura, a mortalidade foi de 36% (tratamento

12h de infecção) e 38% (onde estavam as armadilhas de 1 dia). Comprovou-se a

capacidade de infecção do fungo em campo e seu potencial para permanência no

ambiente. Por fim, salienta-se que este é um estudo pioneiro de ancoragem de B.

bassiana em esponja vegetal e uso no controle de D. gallinae. Os resultados aqui

obtidos mostram o potencial para uso no manejo do ácaro, associado a outras

táticas de controle.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda., Lar Cooperaiva

Agroindustrial.

Page 394: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

394

Ação de Contato e Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos

Contra o Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778)

Rafael F. Miguel; Erick Ribeiro; Luis F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus Santa Helena, PR

A escassez de opções disponíveis que não sejam acaricidas químicos para o

controle de Dermanyssus gallinae faz com que os produtores busquem métodos

alternativos de controle. O presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro o efeito

por contato direto e residual de diferentes tratamentos não químicos sobre o ácaro.

Cada tratamento consistiu de seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: a)

Controle (água); b) Hipoclorito de sódio 20%; c) Óleo mineral 5%; d) Detergente

10%; e) Terra de Diatomácea 20% (TD); f) Fungo Beauveria bassiana não formulado

(Unioeste 88); g) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109

conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois

litros, aplicando-se 500µL por repetição sobre os ácaros (direto) ou em um pedaço

de papel filtro (1,5×1,5 cm). Após, os ácaros com o papel foram transferidos para

tubos de fundo chato e incubados em condições controladas (26±2°C) por sete dias,

avaliando-se a mortalidade diariamente. Por contato direto, verificou-se que os

maiores índices de mortalidade foram obtidos nos tratamentos com Detergente

(100%), B. bassiana Formulado (98,3%) e TD (96,7%), os quais não diferiram entre

si. O efeito residual, de maneira geral, foi observado em todos os tratamentos,

verificando-se os maiores índices de mortalidade com o fungo B. bassiana, com

100% no tratamento Formulado, e 99% no Não Formulado. A TD apresentou

somente 13,9% no residual. Com relação ao tempo para mortalidade, os tratamentos

com Detergente e Óleo mineral (61,7%) foram os mais rápidos, atingindo os índices

máximos após dois dias do contato direto. No residual esse desempenho não se

repetiu. Somente os resultados dos tratamentos Hipoclorito de sódio e Fungo

Formulado não diferiram significativamente quando comparadas as metodologias de

contato. Os resultados aqui obtidos demonstram o potencial de alguns tratamentos

para o controle de D. gallinae como provável tática a ser incorporada no manejo

desta praga.

Palavras-Chave: controle biológico; controle alternativo; manejo de pragas

Apoio Institucional: UTFPR; UNIOESTE; Lar Cooperaiva Agroindustrial

Page 395: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Page 396: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

396

Eficácia de formulados de Bacillus thuringiensis israelensis no

controle de Culex L. 1758 (Culicidae) em condições de campo

Alex da S. Bocaleti; Allan de S. Gnutzmans; Nayana C. da S. Santos; Itamar F.

Andreazza; Francisco A. Marques; Mario A. N. da Silva; Laurival A. Vilas-Bôas;

Gislayne F. L. T. Vilas-Bôas

1UEL - Universidade Estadual de Londrina (Caixa Postal, 10011, 86.057-970, Londrina, PR, Brasil)

[email protected]. 2UFPR - Universidade Federal do Paraná (Caixa Postal 19031, 81.531-

980, Curitiba, PR, Brasil)

Culex., 1758 (Diptera: Culicidae) é um importante gênero de mosquito que ocasiona

diversos problemas, transmitindo patógenos de encefalites, filarioses, além do

incomodo a população. Bacillus thuringiensis israelensis é uma das bactérias mais

utilizadas atualmente para o controle de mosquitos em diferentes formulações. Este

trabalho teve como objetivo comparar a eficácia e persistência entre uma formulação

do mercado e uma nova formulação. Em uma área sombreada por vegetação foram

dispostas nove caixas d’água com 500 L de água da rede de abastecimento. Três

réplicas para Controle, para o VectoBac WG® (Lote 291-325-PG30) com 1,5 g/500 L

segundo o rótulo e para o novo formulado BIOUEL, com 1 g/500 L. Semanalmente

as larvas de Culex foram coletadas com rede para insetos aquáticos em estação de

tratamento de esgoto da região de Londrina, e distribuídas entre as caixas de forma

equitativa. As larvas foram coletadas em zero, 24, 48 e 72 horas com uma rede para

insetos aquáticos, armazenadas em álcool 70% e contabilizadas, excluindo-se as

pupas. Foi monitorado temperatura do ar, umidade relativa, luminosidade, pH e

condutividade diariamente. A temperatura média do ar durante o ensaio foi de

24,46ºC (16,4 – 35,6); umidade relativa de 63,8% (17 – 95) e luminosidade (lux)

3764,13 (102 – 93900). No controle, o pH médio foi de 8,10 (6,7 – 9,9) e

condutividade 106, 3 µS cm-1 (98 – 134). Em WG pH 8,10 (6,9 – 9,7) e

condutividade 88,85 µS cm-1 (76 – 124). BIOUEL com pH 7,85 (7 – 9,4) e

condutividade 93,54 µS cm-1 (73 – 126). As taxas de mortalidade ao fim de sete

semanas, assim que os produtos começaram a apresentar diminuição em sua

atividade foram: Controle = 47,71% (60,8 – 83,5); WG = 96,64% (79,5 - 100);

BIOUEL = 96,25% (78,3 – 100). No teste t de Student não ocorreu diferença

significativa entre as médias de mortalidade dos produtos (p = 0,6722). Confirma-se

equivalência em eficácia do novo formulado com produto comercial, sendo um

potencial alternativo para o controle de Culex.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Bti; Controle Biológico

Apoio Institucional: CNPQ na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit Nº

14/2016

Page 397: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

397

Eficácia de armadilhas de oviposição para monitoramento e

controle de Aedes (Diptera: Culicidae)

Marcelo T. Jardim; Barbara Maistrovicz; Beatriz M. Gomes; Edson K.

Kawabata; Willian S. Vicentin; Bianca P. Silva; João Antonio C. Zequi

Universidade Estadual de Londrina

Ovitrampa, armadilha para coleta de ovos, é uma metodologia usada desde 1965,

como importante ferramenta para monitoramento de Aedes. A otimização dessas

armadilhas para maior tempo em campo pode se dar com uso de bioinseticidas

associados a atrativos. Esse trabalho teve como objetivo testar em campo atrativos

e bioinseticidas: Bti UEL, VectoBac WG (lote: 291-325-PG30) ambos com princípio

ativo contendo Bacillus thuringiensis israelensis, levedo de cerveja a 0,2% e água

destilada. O experimento foi realizado no campus da universidade estadual de

Londrina durante 05 semanas com 30 armadilhas para cada tratamento dispostos

aleatoriamente. O experimento foi realizado de 02 a 30 de maio de 2019.

Semanalmente as palhetas foram verificadas e coletadas para contagem de ovos

em laboratório, bem como inspecionadas quanto à presença de larvas. Nos

diferentes tratamentos não ocorrem diferenças estatísticas durante as semanas pelo

teste de Kruskal-Wallis (p = 0.0577; H=7.492), sendo o IPO e IDO: água destilada

(90.34; 23.97); levedo (63.75; 38.51); Bti UEL (70.62; 11.99) e Bti WG (38.09; 14.76).

Também, considerando-se as três últimas semanas do experimento em campo, é

nítido que mais larvas ocorrem no tratamento com levedo de cerveja (92.66; 0-195)

pelo teste de Kruskal-Wallis (H =9.7318 e p = 0.0210), seguido de água destilada

(15; 0-24); os quais não diferem estatisticamente. Já Bti WG (0; 0-0) e Bti UEL (1; 0-

3) não diferem estatisticamente. Portanto o uso de armadilhas com Bti (WG e UEL) é

mais eficaz para manutenção do monitoramento em campo, sendo seguro para

manter número reduzido ou evitar a presença de larvas, pois além da coleta de ovos

podem ficar por até 5 semanas no ambiente sem que ocorra desenvolvimento

larvário, o que significa segurança no uso das armadilhas; diferente do uso da

armadilha apenas com atrativos (levedo ou água destilada), que no experimento

simulam criadouros com água parada.

Palavras-Chave: bioinseticida; ovitrampa; mosquitos

Apoio Institucional: SEED: Secretaria de Estado da Educação e CNPq na

chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit nº14/2016

Page 398: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

398

Novo isolado de Bacillus thuringiensis subesp. israelensis usado

para formulação de larvicida no controle de Aedes aegypti

Fernando P. dos Santos; João Antonio C. Zequi; Gislayne T. Vilas Boas;

Laurival A. Vilas Boas; Bianca P.Silva; Francisco A. Marques; Nayana C. S.

Santos; Itamar F. Andreazza

¹Centro Universitário Filadélfia ²Universidade Estadual de Londrina ³Universidade Federal do Paraná

Formulados à base de Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) é alternativa para o

controle de Aedes. O trabalho objetivou desenvolver formulado com Bti para controle

de Aedes. A partir de novo isolado de Bti, foram preparados 4 comprimidos com

variações nos excipientes e quantidades proteicas. Bioensaios foram realizados em

campo com sombreamento parcial entre 11/04 a 25/05/2018. Foram instalados

tambores com 10L de água, 20 larvas de 4º instar inicial de Aedes e comprimido

larvicida. As larvas foram mantidas durante o período de 72 horas, contabilizando-se

diariamente a taxa de mortalidade e repetindo a colocação de novas larvas a cada

semana. O experimento ocorreu em 5 réplicas contendo 2 produtos comerciais como

controle positivo, o produto formulado e uma testemunha apenas com água. As

médias de mortalidade e dados abióticos após 41 dias foram: Denguetech (Lote

0101)=86,9% (57,3-100); Vectobac WDG (Lote 267-853-PG)=91,5 (53,7-100);

CII=82,2% (44–99,3); CIII=79,6 (32,4–100); CIV=83,1 (34,2–100); CVIII=82,6

(37,7–97,6). A temperatura ambiente foi de 23,9°C (9,7–37,8); umidade 51,5% (15-

90). As condições da água foram: pH médio 7,7(7,31–8,46), temperatura

20,1ºC(13,57–25,85), condutividade 82,3µS cm-1(43–103), TDS 41,3mg/L(34–64),

O2 dissolvido 3,85mg/L (2,06–5,58) e O2 saturado 44,5% (18,4–64). Nas

testemunhas a taxa de mortalidade foi 4,3%(1,4-12); pH=7,6(7,25–7,81),

condutividade 87µS cm-1(70–109), TDS 53mg/L (35–55), O2 dissolvido 3,88mg/L e

O2 saturado 45%(31,9–61,7). Os formulados foram eficientes, com taxa de

mortalidade superior a 90% durante os 37 dias iniciais do experimento e não há

diferenças estatísticas pelo teste Tukey entre formulados durante os 41 dias

(F=16,59; p=0,0001); porém todos diferem do controle. Pelo teste Kurskal Wallis não

há diferenças entre a qualidade da água dos recipientes dos produtos e da

testemunha. Conclui-se que estes formulados são eficientes no controle de Aedes

nessas condições e não alteram a qualidade da água.

Palavras-Chave: bioinseticida; mosquitos.

Apoio Institucional: CNPq na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit

nº14/2016

Page 399: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

399

Mass-Rearing Conditions and Behavi Responses of the Giant Water

Bug, Belostoma anurum

Wilson R. Valbon; Khalid Haddi; Yeisson Gutiérrez; Franciele M. Cruz; Kamila

E.X. Azevedo; Johan S. Perez Campos; Ana L. Salaro; Eugenio E. Oliveira

Universidade Federal de Viçosa; University of Münster

Understanding the life cycle and dietary requirements of laboratory-reared insects is

critical for optimizing resources (including time) and can provide more reliable

ecological basis for using such biological control agents in realistic programs. Here,

we evaluated the complete development and the predatory abilities of Belostoma

anurum (Hemiptera: Belostomatidae), an aquatic predator widely distributed in

Neotropical region, when reared at different diets. We firstly investigated the capacity

of B. anurum nymphs to prey upon mosquito larvae (i.e., larvae of Aedes aegypti or

Culex sp. (Diptera: Culicidae)) and evaluated whether the immature diets affect the

predatory behaviors of B. anurum adults. The B. anurum egg-to-adult development

time was of 85.1 (± 3.36) days in an arthropod based (i.e., mosquito larvae and

adults of Notonectidae) diet. However, when a fish-based diet was offered after the

3rd instar nymphs, we recorded significantly (up to 50%) reductions on the B. anurum

development time. Interestingly, B. anurum adults could live more than one year

under laboratory conditions, independently of the immature diet regime. Our

predatory results revealed that B. anurum 2nd instar nymphs were significantly more

efficient to catch and prey upon larvae of A. aegypti than of Culex sp. Furthermore,

adults of B. anurum that were reared on arthropod-based diet (i.e., vertebrate-diets

naïve) spent significantly more feeding time on vertebrate preys. Collectively, our

findings are describing a protocol for standardized-rearing of B. anurum and are

showing that these aquatic insects are long-lived predators, which might enhance the

natural biological control of mosquitoes in aquatic ecosystems.

Palavras-Chave: Belostomatidae; aquatic entomofauna; biological control of

mosquitoes

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG

Page 400: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

400

Atividade larvicida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana

em Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae)

Adria Maria. M. Teles; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei; José Eduardo M.

de Almeida; Silvia Cássia B. Justiniano; Grafe O. Pontes

Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD)

Os mosquitos do gênero Anopheles são de grande relevância na epidemiologia e

transmissão da malária. A principal espécie envolvida na transmissão da malária nas

Américas é o Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae). O interesse em

fungos entomopatogênicos para controle biológico encontra-se em amplo

crescimento devido a resistência aos inseticidas utilizados em controle de vetores.

Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade larvicida dos fungos Metarhizium

anisopliae (IBCB 425) e Beauveria bassiana (IBCB 66) em larvas de An. darlingi em

laboratório. Os isolados fúngicos foram cultivados em meio BDA, durante 7 a 14 dias

em câmara de germinação. Após o crescimento, foi preparada uma solução aquosa

de 1 x108 conídios/mL e 0,05% de Tween 80. Os bioensaios foram realizados em

triplicata, grupo controle e duas repetições, utilizando recipientes plásticos contendo

18 mL de água destilada, 10 larvas de An. darlingi e 2 mL de suspensão de conídios,

acondicionados em 27 ± 1 °C e fotoperíodo de 12 horas. A leitura dos bioensaios

foram realizadas diariamente por 10 dias. Os isolados IBCB 425 e IBCB 66

infectaram as larvas de An. darlingi, ocorrendo a extrusão macroscopicamente dos

fungos sobre o tegumento, verificado através de lupa com magnificação de 14x. A

mortalidade das larvas (6,7%), em ambos os isolados, ocorreram nas primerias 48

horas. IBCB 425 e IBCB 66 apresentaram, respectivamente, maior virulência com

120 e 96 horas, com atividade larvicida de 35,85%, e 56,65%. Após os 10 dias de

bioensaios, os isolados IBCB 425 e IBCB 66 causaram, respectivamente,

mortalidade de 58,3% e 91,7% das larvas de An. darlingi. Este estudo demonstrou o

potencial dos isolados IBCB 66 e IBCB 425 para o controle biológico de larvas de

An. darlingi, possibilitando futuras pesquisas em outros estágios de vida deste vetor

e outras espécies envolvidas na transmissão de malária na Região Amazônica e no

Brasil.

Palavras-Chave: Controle biológico; Malária; Entomopatogênico

Apoio Institucional: CNPq, INPA

Page 401: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

401

Atividade entomopatogênica de fungos de solo da Amazônia em

Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae)

Grafe O. Pontes; Silvia Cássia B. Justiniano; José Eduardo M. de Almeida;

William Ribeiro da Silva; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei

Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD)

O uso de inseticidas químicos tornou-se importante nos programas de controle do

Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762. O Ministério da Saúde registrou até o

dia 02 de fevereiro de 2019 um aumento de 149% em casos prováveis de dengue

quando comparado ao mesmo período de 2018. O interesse em fungos

entomopatogênicos para controle biológico encontra-se em amplo crescimento

devido a resistência aos inseticidas utilizados em controle de vetores. O presente

estudo teve como objetivo avaliar a atividade entomopatogênica de fungos isolados

de solo da Amazônia em larvas de A. aegypti. Foram selecionados nove isolados

fungicos entomopatogênicos em Tenebrio molitor, Metarhizium anisopliae (IBCB

425) e Beauveria bassiana (IBCB 66) para testes em larvas de terceiro instar de A.

aegypti. Os isolados foram cultivados em meio BDA, durante 7 a 15 dias. Após o

crescimento, foi preparada uma solução aquosa de 1 x109 conídios/mL com 0,05%

de Tween 80. Os bioensaios foram realizados em quadruplicada e grupo controle,

utilizando recipientes plásticos com 18 mL de água destilada, 20 larvas de A. aegypti

e 2 mL de suspensão de conídios. O experimento foi acondicionado em uma camara

de germinação (BOD) em 27 ± 1 °C e fotoperíodo de 12 horas. Os fungos IPS 2.1,

IPS 1.3, IBCB 425, IBCB 66 foram mais virulentos, apresentando mortalidade de

86%, 53,7%, 74,6%, e 31,8%, respectivamente. Considerando o tempo como fator

prioritário em ensaio inseticidas, os valores de TL50 foram de 1,95 a 4,8 dias de

tratamento. Os fungos, IPS 2.1 apresentou TL50 de 1,95 (1,18-3,24), IBCB 425 com

TL50 de 3,8 (3,0-4,4), IBCB 66 com TL50 de 4,3 (3,5-5,0), e IPS 1.3 com TL 50 de

4,8 (4,1-5,7). Os resultados demonstraram o potencial dos isolados IPC 1.2, e IBCB

425 para o controle de larvas de A. aegypti. O estudo nos permitiu inferir que

podemos dispor de novas espécies de fungos entomopatogênicos, e que podem ser

utilizados como recursos biológicos no combate de insetos e vetores.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Controle biológico; Vetores

Apoio Institucional: Fapeam, INPA

Page 402: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

402

Efeito da seleção em laboratório com o biolarvicida Espinosade na

fecundidade da população de Aedes aegypti em Manaus, AM

William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Joelma S.

da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos; Grafe O. Pontes; João

A. C. Zequi; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei

1Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia,

Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375, Brasil. E-mail:

[email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva,

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus,

Amazonas, 69067-375, Brasil. 3Curso de Biotecnologia, Universidade Federal do Amazonas, Avenida

General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200, Coroado I, Manaus, Amazonas, 69067-005, Brasil. 4Curso de Ciências Naturais, Campus VII, Universidade Federal do Maranhão, Avenida Dr. José

Anselmo, 2008, São Sebastião, Codó, Maranhão, 65400-000, Brasil. 5Programa de Pós-Graduação

em Ecologia e Conservação, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Cidade Universitária, Av.

Costa e Silva - Pioneiros, Campo Grande - MS, 79070-900. 6Centro de Entomologia, Fundação de

Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, Av. Pedro Teixeira, Dom Pedro, Manaus, Amazonas,

69040-000, Brasil. 7Laboratório de Entomologia Médica, Departamento de Biologia Animal e Vegetal,

Universidade Estadual de Londrina. Caixa Postal 6001, 86051-970 Londrina, Paraná, Brasil.

8Laboratório de Controle Biológico e Biotecnologia da Malária e Dengue, Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375,

Brasil

A alteração do nível de suscetibilidade dos insetos devido a exposição contínua com

inseticida, pode selecionar mecanismos envolvidos na resistência, que podem

influenciar na aptidão desta população. Neste trabalho, verificou-se o efeito da

pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações na

fecundidade da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em

condições de laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue

do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde ovos foram retirados

das gerações F2 e F6 da população controle e da população pressionada com a

CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água

destilada por 24 horas. Após a eclosão, 500 larvas de primeiro instar foram mantidas

em recipiente com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração colocado a cada três dias.

Após a emergência, 120 insetos (1:1) de cada população, foram colocados em

gaiolas independentes para copular por quatro dias. Adicionalmente para as fêmeas,

foi oferecido um repasto sanguíneo em hamster (Mesocricetus auratus) anestesiado

durante 30 minutos e, em seguida, 30 fêmeas de cada insetário foram colocadas

individualmente em copos plástico de 180 mL cobertos com tela do tipo filó,

contendo 70 mL de água destilada e papel filtro como substrato para oviposição. Os

recipientes foram mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 2 °C, 80-90% e

12L:12D) durante cinco dias. Após este período, as fêmeas foram removidas e os

ovos contabilizados em microscópio estereoscópico ZEISS Stemi 2000 50X. A

média de ovos na segunda geração foi maior para a população controle em

comparação à população pressionada (t de Student, p= 0,0001), todavia, essa

Page 403: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

403

diferença não foi verificada entre as populações da sexta geração (t de Student,

p>0,05). Contudo, a baixa taxa de fecundidade, demonstra um agravo na aptidão

diretamente associado a alteração do nível de suscetibilidade da linhagem

pressionada com o biolarvicida.A alteração do nível de suscetibilidade dos insetos

devido a exposição contínua com inseticida, pode selecionar mecanismos

envolvidos na resistência, que podem influenciar na aptidão desta população. Neste

trabalho, verificou-se o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade

durante seis gerações na fecundidade da população de Aedes aegypti da cidade de

Manaus, Amazonas, em condições de laboratório. O estudo foi realizado no

Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

(INPA), onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da

população pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em

recipientes com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 500 larvas de

primeiro instar foram mantidas em recipiente com 1 L de água destilada e 0,5 g de

ração colocado a cada três dias. Após a emergência, 120 insetos (1:1) de cada

população, foram colocados em gaiolas independentes para copular por quatro dias.

Adicionalmente para as fêmeas, foi oferecido um repasto sanguíneo em hamster

(Mesocricetus auratus) anestesiado durante 30 minutos e, em seguida, 30 fêmeas

de cada insetário foram colocadas individualmente em copos plástico de 180 mL

cobertos com tela do tipo filó, contendo 70 mL de água destilada e papel filtro como

substrato para oviposição. Os recipientes foram mantidos nos seus respectivos

insetários (27 ± 2 °C, 80-90% e 12L:12D) durante cinco dias. Após este período, as

fêmeas foram removidas e os ovos contabilizados em microscópio estereoscópico

ZEISS Stemi 2000 50X. A média de ovos na segunda geração foi maior para a

população controle em comparação à população pressionada (t de Student, p=

0,0001), todavia, essa diferença não foi verificada entre as populações da sexta

geração (t de Student, p>0,05). Contudo, a baixa taxa de fecundidade, demonstra

um agravo na aptidão diretamente associado a alteração do nível de suscetibilidade

da linhagem pressionada com o biolarvicida.

Palavras-Chave: Resistência; Arbovirus; Insetos

Apoio Institucional: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico)

Page 404: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

404

Vigilância e controle de Aedes com uso de armadilha associada a

diferentes atrativos e bioinseticida em Londrina, Paraná

Karina Rossi da Silva; Lilian Mirian Oliveira de Morais; Mário Antônio Navarro

da Silva; João Antonio Ciryno Zequi

Universidade Estadual de Londrina; Instituto Federal do Paraná, Campus Londrina; Universidade

Federal do Paraná, Campus Curitiba

Armadilhas para captura de ovos e adultos de Aedes, associadas a atrativos e

biolarvicidas são uma alternativa para vigilância e controle eficaz. O objetivo do

estudo foi monitorar o índice de infestação de Aedes na Universidade Tecnológica

Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Londrina, utilizando-se armadilhas para

captura de ovos e adultos, com diferentes atrativos, verificando também a eficácia

dos mesmos. Foram utilizadas 30 armadilhas com 250mL de água contendo 5 tipos

de atrativos: água fenada (AF), água de larva (AL), levedo de cerveja (LC), Bacillus

thuringiensis israelensis (Bti), e mistura de todos os atrativos (M), além de água

destilada (AD) como controle. Introduziu-se palhetas para oviposição, sendo

substituídas a cada 7 dias para contagem dos ovos em laboratório; também coletou-

se os mosquitos para contagem e identificação. As armadilhas capturaram as

seguintes quantidades de ovos e adultos de Aedes, respectivamente: AF = 96, 0; AL

= 13, 0; LC = 393, 4; Bti = 37, 0; M = 125, 2; AD = 105, 2. A média geral de ovos

capturados foi de 128,2 e a média de fêmeas capturadas foi de 2,6. Assim, a

proporção de captura de fêmeas de Aedes foi de 52%, considerando uma média em

torno 50 ovos por postura. Apesar de LC diferir de todos estatisticamente pelo teste

de Tukey (p = 0,0446), sendo o mais eficaz na captura de ovos (média de ovos =

78,6; Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) = 44% e Índice de Densidade

de Ovos (IDO) = 35,7), não ocorreram diferenças entre os demais tratamentos, e o

uso de Bti associado à armadilha ou com LC poderá ser uma excelente ferramenta

para monitoramento e controle de Aedes, já que M foi o segundo tratamento mais

eficaz na captura de ovos e adultos, com a maior positividade de armadilhas.

Armadilhas para captura de ovos e adultos de Aedes, associadas a atrativos e

biolarvicidas são uma alternativa para vigilância e controle eficaz. O objetivo do

estudo foi monitorar o índice de infestação de Aedes na Universidade Tecnológica

Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Londrina, utilizando-se armadilhas para

captura de ovos e adultos, com diferentes atrativos, verificando também a eficácia

dos mesmos. Foram utilizadas 30 armadilhas com 250mL de água contendo 5 tipos

de atrativos: água fenada (AF), água de larva (AL), levedo de cerveja (LC), Bacillus

thuringiensis israelensis (Bti), e mistura de todos os atrativos (M), além de água

destilada (AD) como controle. Introduziu-se palhetas para oviposição, sendo

substituídas a cada 7 dias para contagem dos ovos em laboratório; também coletou-

se os mosquitos para contagem e identificação. As armadilhas capturaram as

seguintes quantidades de ovos e adultos de Aedes, respectivamente: AF = 96, 0; AL

Page 405: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

405

= 13, 0; LC = 393, 4; Bti = 37, 0; M = 125, 2; AD = 105, 2. A média geral de ovos

capturados foi de 128,2 e a média de fêmeas capturadas foi de 2,6. Assim, a

proporção de captura de fêmeas de Aedes foi de 52%, considerando uma média em

torno 50 ovos por postura. Apesar de LC diferir de todos estatisticamente pelo teste

de Tukey (p = 0,0446), sendo o mais eficaz na captura de ovos (média de ovos =

78,6; Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) = 44% e Índice de Densidade de

Ovos (IDO) = 35,7), não ocorreram diferenças entre os demais tratamentos, e o uso

de Bti associado à armadilha ou com LC poderá ser uma excelente ferramenta para

monitoramento e controle de Aedes, já que M foi o segundo tratamento mais eficaz

na captura de ovos e adultos, com a maior positividade de armadilhas.

Palavras-Chave: Monitoramento de Aedes; Mosquitos vetores; Soluções atrativas

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Londrina; CNPq na chamada MCTI-

CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit N° 14/2016

Page 406: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

406

Monitoramento da resistência de Aedes aegypti Linnaeus, 1762

(Diptera: Culicidae), exposto ao biolarvicida Espinosade

William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F.

de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos;

João A. C. Zequi

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM;

Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade

Estadual de Londrina -UEL

Estudos de monitoramento da resistência são importantes para avaliar a eficácia dos

inseticidas. Neste trabalho, foi verificado a taxa de resistência de Aedes aegypti

submetido à pressão de seleção com o larvicida Espinosade, em laboratório. Ovos

de A. aegypti foram coletados nas seis regiões da cidade de Manaus-Am, e

encaminhados ao Laboratório de Malária e Dengue do INPA, onde foram colocados

em recipientes identificados para cada região com água destilada e alimento. Os

imaturos foram mantidos até obter os adultos, e 100 insetos (1:1) de cada região,

foram colocados em gaiola para cópula e obtenção da F1, utilizada no bioensaio

para obtenção da CL50 do larvicida. Os testes foram realizados também com a cepa

Rockefeller. A seleção foi realizada em seis gerações, utilizando 1.500 larvas L3 de

cada grupo de cruzamento, mantidas em recipientes com 1 L de água destilada e a

CL50 por 48 horas. Cada bioensaio consistiu de um controle negativo, com a mesma

quantidade de água e larvas. As larvas sobreviventes foram transferidas para

recipientes com água destilada limpa e divididas por população (controle e

pressionada). Os imaturos mantidos até adultos, foram identificados conforme o

sexo e distribuídos em gaiolas, onde machos e fêmeas de cruzamentos diferentes,

foram utilizados para obtenção da F2. O mesmo ciclo de atividades foi realizado até

a F6. A CL50 (0,036 mg/L) utilizada nos testes, modificou nas gerações F3 (0,114

mg/L) e F6 (0,101 mg/L), com diferença entre F1 e F3 (Tukey, p= 0,0019), bem

como F1 e F6 (Tukey, p= 0,0187). Não houve diferença entre os valores da F3 e F6

(Tukey, p>0,05). Os valores de Razão de Resistência (RR) obtidos neste estudo

(1,1; 1,5 e 2,8), foram considerados baixos. Contudo, mesmo ocorrendo alteração da

CL50 ao longo das gerações, a população ainda é considerada suscetível ao

biolarvicida, de acordo com os valores de RR e os parâmetros da OMS. Logo, mais

experimentos são necessários para analisar a evolução da resistência, em

laboratório.

Palavras-Chave: Suscetibilidade; Vetor

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico - CNPq

Page 407: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

407

Atividade larvicida de Bacillus spp. da Amazônia para o controle

biológico de Aedes aegypti Linnaeus (1762)

Juan Campos de Oliveira; Ricardo M. Katak; Veranilce A.Muniz; Elerson

M.Rocha; Rosemary A Roque; Wanderli P. Tadei

Universidade do Estado do Amazonas - UEA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

O mosquito Aedes aegypti é vetor dos arbovírus Dengue, Zika, Chikungunya, Febre

amarela urbana etc., os quais causam agravos à saúde pública, em diversas regiões

do mundo. O uso de microrganismos entompatogênicos, principalmente bactérias do

gênero Bacillus torna-se uma alternativa promissora, no combate a este mosquito. O

objetivo desse trabalho foi selecionar Bacillus spp. quitinolíticos com potencial tóxico

para as larvas de Ae. Aegypti. Foram utilizadas dez linhagens de bacilos, de

diferentes ambientes amazônicos (solo, planta e água). As linhagens foram

caracterizadas pelo gene rRNA16S. Inicialmente foram cultivadas em 2mL de meio

quitinolitico (única fonte de carbono) a 30ºC durante 24 h, em 180 rpm. Após isso, 50

µL de cultivo bacteriano foi adicionado em 100 mL do respectivo meio e cultivados

em 30ºC durante 120 h, em 180rpm. O meio líquido metabólico obtido foi filtrado em

membrana Millipore 0,22 uM e a biomassa bacteriana liofilizada. Nos testes

biológicos foram utilizadas larvas de 3º instar de Ae. Aegypti em temperatura de 27±

1ºC e fotofase de 12h. As linhagens foram identificadas, como pertencentes ao

gênero Bacillus, sendo 2 B. pulmilus, 2 B. velezensis, 2 B. safensis, 1 B.

thuringiensis, 1 B. amyloliquefaciens, 1 B. wiedmannii, 1 B. stratosphericus.

Considerando a atividade larvicida da biomassa bacteriana, a linhagem 15PHA-B.

safensis apresentou mortalidade de 100% em 24h nas concentrações 8.33; 4.16;

2.08; 1.2; 1; 0.75 mg/L. E os resultados de mortalidade do meio líquido metabólico,

a linhagem 15PHA-B. safensis apresentou 100% de mortalidade nas concentrações

8,33; 4.16 mg/L e 80% nas concentrações 2,08, 1.2; 1 0.75 mg/L em 48h. Diante

dos resultados obtidos, a linhagem tóxica para Ae. Aegypti, apresentam

propriedades antagônicas tanto no meio líquido metabólico quanto na biomassa

bacteriana. Uma vez caracterizadas essas propriedades desconhecidas poderão ser

um grande potencial para o controle de populações de Ae. Aegytpi, no Estado do

Amazonas.

Palavras-Chave: Bacillus spp; Enzimas hidroliticas; Controle vetorial

Apoio Institucional: CAPES

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408

Efeito da seleção laboratorial com o biolarvicida Espinosade no

desenvolvimento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)

William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F.

de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos;

João A. C. Zequi

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas – UFAM;

Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade

Estadual de Londrina.-UEL

A exposição contínua aos inseticidas pode ocasionar efeitos negativos nas

características biológicas de uma população de insetos. Neste trabalho, foi verificado

o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações

no tempo médio do estágio larval, tempo médio do estágio pupal e tempo do ciclo de

vida da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em

laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue do INPA,

onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 oriundos da população controle e

da pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes

com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 600 larvas L1 foram

divididas em 30 pools de 20 larvas, colocadas em copos com 150 mL de água

destilada e 0,01 g de alimento, adicionado a cada três dias. Os recipientes foram

mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 1 °C, 80-90% e 12L:12D). Não houve

diferença entre o tempo médio do estágio larval da população controle e da

pressionada, oriundas da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), no entanto, essa diferença foi

constatada na F6, com maior média de tempo obtido para a cepa pressionada

(Mann-Whitney, p= 0,0001). Não houve diferença entre o tempo médio do estágio

pupal da população controle e da pressionada, provenientes da F2 (Mann-Whitney,

p>0,05), todavia, essa diferença foi observada nas populações da F6, com maior

média de tempo obtido para a população controle (Mann-Whitney, p= 0,0001). Não

houve diferença entre o tempo médio do ciclo de vida dos insetos da população

controle e da pressionada, procedentes da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), por outro

lado, essa diferença foi obtida na F6, com até dois dias de atraso da linhagem

pressionada (Mann-Whitney, p= 0,0001). Contudo, vários aspectos de

desenvolvimento da linhagem pressionada foram afetados após a exposição com a

concentração subletal do biolarvicida, evidenciando o acúmulo de alelos com efeitos

negativos na população.

Palavras-Chave: Inseticida; Resistência

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico - CNPq

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Efeito do biolarvicida Espinosade no peso corp das fêmeas de

Aedes aegypti (Diptera: Culicidae), em laboratório

William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F.

de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Grafe O. Pontes; João

A. C. Zequi; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM;

Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade

Estadual de Londrina.-UEL

Os inseticidas, principal método vigente de controle dos insetos, podem selecionar

populações resistentes e ocasionar prejuízo na aptidão. Neste trabalho, verificou-se

o efeito da pressão de seleção com o larvicida Espinosade durante seis gerações no

peso corp das fêmeas de Aedes aegypti antes e após o repasto sanguíneo, em

laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue/ INPA. Ovos

foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da pressionada com

a CL50 (0,036 mg/L) do larvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água

destilada por 24h. Após a eclosão, 2.500 larvas L1 foram divididas em grupos de

500 imaturos, mantidos em recipientes com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração

colocado a cada três dias. Após a emergência, 840 adultos (1:1) de cada população

foram divididos em dois grupos com 210 espécimes de cada sexo, mantidos em

gaiolas. Um grupo de fêmeas realizou o repasto sanguíneo em hamster anestesiado

por 30 minutos e o outro foi mantido sem repasto. As fêmeas de cada grupo foram

divididas em 21 pools de 10 insetos, colocadas no freezer (-20°C) por 5 minutos e

pesadas utilizando balança eletrônica de precisão - Bel Engineering Mark® M214A.

Constatou-se na F2 que as fêmeas da população pressionada que não realizaram a

alimentação sanguínea, possuíam média de peso corp inferior quando comparado

aquelas da população controle (Mann-Whitney, p= 0,0001). O mesmo resultado foi

verificado entre as populações da F6 (t de Student, p= 0,0001). Não houve diferença

significativa entre a média de peso das fêmeas da F2 da população controle e da

pressionada que realizaram o repasto sanguíneo (t de Student, p>0,05). Entretanto,

essa diferença foi observada na F6, com menor média de peso obtida para a

população pressionada (t de Student, p= 0,0040). Contudo, o peso corp inferior na

linhagem pressionada, evidencia que a seleção com o larvicida alterou o nível de

suscetibilidade da população, conduzindo ao agravo adaptativo.

Palavras-Chave: Inseticida; Vetores; Aptidão.

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico - CNPq

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Dieta artificial para criação de Spodoptera eridania (Cramer)

(Lepidoptera: Noctuidae) em laboratório

Guilherme Nishimura; Tamara A. Takahashi; Luís A. Foerster

Universidade Federal do Paraná

Um dos gargalos que dificultam a produção massal de inimigos naturais é a

adequação de dietas artificiais para a criação do hospedeiro. Estas dietas visam a

alta taxa de sobrevivência da espécie hospedeira com custo reduzido, além de

proporcionar a manutenção da espécie em laboratório de forma contínua.

Comparou-se o desenvolvimento de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera:

Noctuidae) em duas dietas artificiais, D1: Greene et al. 1976; e D2: Marchioro e

Foerster, 2012, tendo em vista a crescente ocorrência dessa espécie em cultivares

transgênicas de soja Bt (Cry1Ac). Cada tratamento foi constituído de 100 lagartas

neonatas, que foram individualizadas em tubos de vidro de fundo chato (25 x 85mm)

contendo aproximadamente 10mL de dieta, mantidas até atingirem o estágio de

pupa. Posteriormente as pupas foram pesadas e acondicionada em potes plásticos

de 80mL até a emergência dos adultos. Os parâmetros avaliados foram:

sobrevivência e duração larval, pré-pupa, pupa e total, razão sexual e peso das

pupas. O experimento foi conduzido em estufa incubadora a 25ºC ± 2ºC, UR 70% ±

10%, fotofase 14h: 10h L:D. A duração média do estágio larval foi de 15,98 na D1 e

18,11 dias na D2, com viabilidade de 66 e 89% respectivamente. Nas duas dietas a

duração do estágio de pré-pupa e pupa foram aproximadamente de 2 e 9 dias

respectivamente. A viabilidade no estágio de pré-pupa foi de 65,15% na D1 e

93,25% na D2. O peso médio das pupas dos indivíduos que se alimentaram da D1

foi de 0,283g, enquanto que na D2 atingiram a média de 0,313g, com viabilidade de

76,74 e 68,68% respectivamente, resultando na sobrevivência total de 33% dos

indivíduos quando criadas na D1 e de 63% na D2. A razão sexual foi maior na D2

(0,44), enquanto na D1 foi de 0,3. Este estudo sugere a dieta de Marchioro e

Foerster como a mais adequada para a criação de S. eridania, no entanto é

interessante que hajam adaptações para melhorar ainda mais a viabilidade da

espécie.

Palavras-Chave: Lagarta das vagens; Dieta de Greene; Criação de insetos

Apoio Institucional: CAPES

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Programa de desenvolvimento de biofábricas para a produção de

inseticidas microbiológicos a base de fungos entomopatogênicos

José Eduardo Marcondes de Almeida; Luís Garrigós Lete; Antonio Batista

Filho

Instituto Biológico

A Unidade Laboratorial de Referência de Controle Biológico, CAPSA, Instituto

Biológico/APTA/SAA-SP, Campinas-SP, abriga a Coleção de Fungos

Entomopatogênicos “Oldemar Cardim Abreu”, cadastrada como fiel depositária no

CGEN/MMA, com 870 acessos desde 1981. Com a demanda por inseticidas

microbiológicos crescendo, alguns isolados, selecionados da coleção, para o

controle de Mahanarva fimbriolata na cana-de-açúcar, Deois flavopicta em

pastagens, como o IBCB 425 de Metarhizium anisopliae e IBCB 66 de Beauveria

bassiana para o controle de Cosmopolites sordidus em banana, Tetranycus urticae

em hortaliças e flores e Bemisia tabaci em diversas culturas, são referências para

inseticidas microbiológicos aplicados na agricultura orgânica pelo Min. Agricultura

Pecuária e Abastecimento - MAPA, de acordo com a normativa no. 3/2006

SDA/SDC, aumentando a demanda desses fungos no mercado, sendo necessário

sua produção em massa. A partir do COMINT – Curso de Controle Microbiano de

Insetos – Fungos entomopatogênicos de 2000, o Instituto Biológico vem

desenvolvendo o programa de biofábricas para a produção desses microrganismos,

sendo mais de 700 pessoas treinadas no curso, com 63 empresas assessoradas até

2019, somente para produção por meio de cultura sólido, em arroz. Através de uma

assessoria anual, o programa visa a implantação da biofábrica, com projeto de

construção ou adaptação da estrutura, treinamento de funcionários, fornecimento

das cepas autorizada para bioprospecção e análises quali-quantitativas e de

estabilidade dos inseticidas microbiológicos produzidos. O isolado IBCB 425 de M.

anisopliae é aplicado em mais de 1,5 milhão de hectares de cana-de-açúcar no

Brasil e o IBCB 66 de B. bassiana está registrado por várias empresas no sistema

Agrofit do MAPA. A partir de 2017 o Instituto Biológico lançou o PROBIO - Programa

de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico.

Palavras-Chave: Controle microbiano; Transferência de Tecnologia; Empresas

Apoio Institucional: FAPESP, FUNDAG

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Armazenamento de Trichogramma pretiosum em baixas

temperaturas como logistica para liberacoes em programas de CBA

Mikaela T. Souza; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

1Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220,

Piracicaba-SP, Brasil

O controle biológico vem ganhando importância no Brasil como componente do

Manejo Integrado de Pragas (MIP). Com o aumento da utilização do CB no país,

surgem empresas comercializando agentes de controle biológico, como

Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae) parasitoide alvo da

presente pesquisa. Nestas empresas, um dos problemas é a logística de

armazenamento e transporte de tais macroorganismos, no caso, representados por

T. pretiosum, que devem ser armazenados nos períodos em que não estão sendo

utilizados ou durante o transporte de uma região para outra, pois podem emergir

antes do tempo e o material ser perdido, ou ter sua qualidade como agente de

controle diminuída. As técnicas atualmente utilizadas não são bem definidas, pois as

baixas temperaturas utilizadas podem interferir em parametros biológicos do inseto

afetando sua performance no campo. Para tanto, o presente estudo visa avaliar o

efeito de temperaturas de 5°C; 12,5°C; 15°C e 18°C em características biológicas de

T. pretiosum criado em ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lep.: Pyralidae), em

relação à temperatura de 25° C (controle). Por meio dos resultados obtidos constata-

se que a fase de pupa é a mais adequada para o armazenamento de T. pretiosum.

Na temperatura de 10°C é possível o armazenamento de pupas de T. pretiosum por

até 10 dias, pois a partir desse período há efeitos deletérios à viabilidade pupal de T.

pretiosum que se desenvolveu em ovos de A. kuehniella. Fêmeas adultas de T.

pretiosum, emergidas de pupas armazenadas a 10°C só apresentaram uma

diminuição do parasitismo a partir de 20 dias de armazenamento.

Palavras-Chave: Armazenamento

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -

FAPESP (Processo:17/24164-3)

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Evaluation of Soil Persistence and Root Colonization of a Native

Metarhizium anisopliae Isolate

Emily Mesquita; Amanda R. da C. Corval; Allan F. Marciano; Jéssica Fiorotti;

Simone Quinelato; Vânia R.E.P. Bittencourt; Patrícia S. Gôlo

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

The entomopathogenic fungi persistence in the soil is related to different factors such

as abiotic and biotic conditions. In fact, when Metarhizium spp. are under

environmental conditions, persistence is influenced by soil physical characteristics

and the microbiome already established. Metarhizium spp. are reported to colonize

plant roots and the rhizosphere, and these properties are expected to improve fungal

persistence in the soil. The aim of this study was to evaluate the persistence of a

native entomopathogenic fungi under semi-field conditions for five months and its

colonization in Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf (Poaceae) roots.

Three groups with ten pots of grown B. brizantha each were formed: (1) untreated

pots (CTR); (2) pots treated with mineral oil-in-water emulsion (CTROL); (3) pots

treated with a fungus mineral oil-in-water emulsion of Metarhizium anisopliae Sorokin

(Clavicipitaceae) LCM S04 conidia. Soil and root samples were collected for five

months after treatments and inoculated into a selective artificial culture medium to

analyze the number of colony forming units (CFU) and root colonization (after surface

sterilization). The recovered fungal colonies were subjected to morphological and

molecular analyzes to confirm the identity to M. anisopliae LCM S04. Results showed

M. anisopliae LCM S04 could still be re-isolated from soil samples of fungus-treated

pots after five months. B. brizantha root samples also exhibited fungal colonization

over the five months of analysis. The average colonies density of this fungus in the

treated pots soil ranged from 0.46×105 to 1.1×105 CFU g-1, and increased over time.

Ef1-α gene fragments of the colonies recovered from fungus-treated pots during the

collections had 100% identity to LCM S04. This study showed the persistence and

the ability as a root colonizer of a native entomopathogenic isolate under semi-field

conditions.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; endophytic fungi; environmental

conditions

Apoio Institucional: (CAPES) -Finance Code 001; (CNPq); (FAPERJ)

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Anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído

na dieta artificial para criação de Helicoverpa armigera

Suélen Cristina da Silva Moreira; Izabela Carla Vessoni; Vinícios Nunes da

Silva; Crébio José Ávila; Ivana Fernandes da Silva; Harley Nonato de Oliveira

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS

Helicoverpa armigera é uma espécie polífaga, de ampla distribuição geográfica e

causa danos em diversas culturas de importância econômica. A criação de insetos

em laboratório com dieta artificial é fundamental para o desenvolvimento de estudos

bioecológicos na área de entomologia em condições de laboratório e campo. Um

dos componentes básicos para o preparo da dieta, é o formaldeído usado como

anticontaminante. Entretanto, sua utilização, mesmo em pequenas quantidades

ocasiona efeitos indesejáveis à saúde humana. Avaliou-se produtos substitutos ao

formaldeído no preparo da dieta para a criação de H. armigera em laboratório. Os

tratamentos e suas respectivas doses: AAS ácido acetilsalicílico (1g e 2g/dieta),

ácido sórbico (1,85g e 3,7g/dieta) e ácido benzoico (1,85g e 3,7g/dieta), além do

tratamento padrão (formaldeído) e testemunha (água). O delineamento experimental

foi em DIC, com oito tratamentos (doses de anticontaminantes, formaldeído e água)

em 10 repetições. Cada repetição constituída por 10 lagartas neonatas, onde foram

alimentadas com dieta artificial contendo os respectivos anticontaminantes. Avaliou-

se a contaminação no interior dos tubos, as viabilidades embrionária, larval e pupal e

o peso de pupas. Na fase adulta 20 casais/tratamentos foram individualizados

avaliando-se a fase reprodutiva e longevidade. A contaminação nos tubos contendo

as dietas artificiais foi menor nos tratamentos com formaldeído, ácido benzoico

(3,7g) e ácido sórbico (3,7g). Os parâmetros avaliados durantes a fase reprodutiva

de H. armigera, bem como a longevidade dos adultos e peso de pupas foram

semelhantes em todos os tratamentos. A duração da fase larval e pupal assim como

a viabilidade de ovos e pupa foram semelhantes. Entre os diferentes

anticontaminantes estudados, o ácido benzoico na maior concentração (3,7g), é

mais adequado, podendo substituir o formaldeído no preparo da dieta artificial

assegurando uma maior eficácia no controle de microrganismos contaminantes.

Palavras-Chave: Cotton bollworm

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CNPq/Pibic

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Impacto de fatores ambientais no parasitismo e emergência de

Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi

Marcela L. M. Grande1; Ana Paula de Queiroz2; Jaciara Gonçalves2; Adeney de

F. Bueno3; Maurício U. Ventura1

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL,

Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Entomologia,

Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil. 3Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil

Fatores ambientais podem influenciar na eficiência de parasitoides de ovos e

precisam ser considerados na escolha da melhor estratégia de liberação. Este

estudo objetivou investigar os efeitos da luminosidade, temperatura, umidade do

solo e precipitação pluviométrica na emergência e parasitismo, nas liberações

realizadas com pupas desprotegidas (pupas soltas) e protegidas em cápsulas de

papelão (pupas em cápsulas). A presença de luz favoreceu o parasitismo de

Trichogramma pretiosum e Telenomus remus e não impactou o parasitismo de

Telenomus podisi. Sendo assim, a liberação de Tr. pretiosum e Te. remus deve ser,

preferencialmente, realizada de maneira que a emergência dos adultos ocorra

durante o dia, visto que, durante a noite, estes parasitoides apresentaram menor

atividade de parasitismo. Entretanto, é importante considerar que a temperatura de

30oC, que normalmente ocorre durante o dia desfavoreceu a emergência dos

parasitoides. Portanto, é importante que a emergência ocorra nas primeiras horas da

manhã, para haver tempo hábil para os adultos procurarem abrigo nas horas mais

quentes durante o dia. Te. podisi apresentou a mesma taxa de parasitismo em

condições de plena luminosidade ou escuridão, é indicado que a emergência ocorra

no final da tarde e início da noite pois haverá mais tempo de parasitismo antes do

período mais quente do dia seguinte. Por outro lado, vale ressaltar que a

temperatura de 15oC reduziu o número de ovos parasitados por Te. remus e Te.

podisi. Com relação ao uso da cápsula de liberação, essa protegeu os parasitoides

contra a umidade do solo e chuva. Entretanto, essa proteção contra chuva, foi

eficiente apenas em precipitações de até 10 mm. Com relação à temperatura, os

ovos sem proteção tiveram maior emergência devido provavelmente, a um efeito

estufa promovido pela cápsula de papelão. Os resultados obtidos nesse trabalho

permitem melhorar as estratégias de liberação desses parasitoides de ovos, mas

indicam que a tecnologia de liberação continua sendo o grande desafio para garantir

a eficiência desses agentes de controle biológico. Os estudos com cápsulas que

oferecem maior proteção contra os fatores de mortalidade observados, precisam

ainda ser melhor elucidados, para que se consiga utilizar com maior eficiência esses

agentes de controle biológico ativo no agroecossistema.

Palavras-Chave: fator abiótico; parasitoides de ovos; controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CAPES, CNPq e Universidade Estadual de

Londrina (UEL)

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Ação de Beauveria bassiana Bals. Vuill. e óleo essencial de patchouli (Pogostemon cablin) sobre a mortalidade de tripes

(Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp.

Alessandro P. Schmieleski; Rafael Rombaldi; Scheila M. Varaschini; Jucelaine

Haas

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

A espécie arbórea Ficus sp. é comumente encontrada em praças e ruas das cidades

paranaenses com fins paisagísticos e de sombreamento. O tripes Gynaikothrips sp.

é um inseto praga que ataca Ficus sp. e causa sintomas de galhas e

encarquilhamento das folhas causando desfolha das planta diminuindo a área

fotossintética. Desta forma, o trabalho teve como objetivo verificar a ação o óleo

essencial de patchouli (Pogostemon cablin) e do fungo entomopatogênico Beauveria

bassiana (Boveril®) na mortalidade de tripes em Ficus sp. Para o desenvolvimento

do trabalho foram coletadas folhas jovens de Ficus sp. infestadas contendo tripes

jovens e adultos. O experimento foi dividido em cinco tratamentos, sendo eles: água

destilada, água + Tween 80®, B. bassiana (108 con/mL), óleo essencial de patchouli

(1% v/v) e óleo essencial de patchouli + B. bassiana, sendo os dois primeiros as

testemunhas. Cada tratamento contou com dez repetições, sendo cada folha

considerada uma repetição. As soluções (10 µL) foram aplicadas na parte adaxial da

folha com uma micropipeta e as folhas foram então acondicionadas em potes

plásticos transparentes com tampa e levadas à BOD (To 24 ± 2oC e Fotoperíodo 12

h). Após quatro dias a mortalidade dos adultos foi avaliada. Verificou-se que nenhum

dos tratamentos com óleo essencial de patchouli e/ou B. bassiana levou à

mortalidade estatisticamente significativa quando comparados com as testemunhas.

Apesar de os produtos testados não terem se mostrado eficientes no controle de

Gynaikothrips sp. em Ficus sp. em laboratório, outros experimentos complementares

futuros poderão efetivamente verificar o quão eficientes estes tratamentos realmente

são.

Palavras-Chave: Gynaikothrips sp; fungo entomopatogênico; Moraceae

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Há interferência no parasitismo de Spodoptera frugiperda quando

se alimentam de plantas tratadas com silício e inoculante?

Aline P. Fernandes; Suelhen T. Marchioro; Vanessa G. Amorim; Marcelo N.

Morais; José E. Ávila; Augusto C.P.P. Fernandes; Adeney F. Bueno

Universidade Federal da Fronteira Sul; Embrapa-CNPSo

A indução de resistência de plantas através da utilização de silício pode tornar as

pragas mais suscetíveis ao parasitismo. Desta forma, objetivou-se avaliar a

densidade populacional de parasitoides de Spodoptera frugiperda em plantas

tratadas com silício e inoculante. Para tanto, durante a safra 2018/2019, na fazenda

experimental da Embrapa Soja foi realizado plantio de milho em 4 parcelas por

tratamento. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com seis

tratamentos, sendo: T1 Testemunha; T2 Inoculante Azospirillum brasilense; T3

Inoculante Azospirillum brasilense + Silício no solo (Diaflow ®); T4 Inoculante

Azospirillum brasilense + Silício foliar (Sifol ®); T5 Silício no solo (Diaflow ®) e; T6

Silício foliar (Sifol ®). O inoculante biológico foi utilizado na semeadura e as

aplicações de silício tanto foliar como via solo, ocorreram 16 e 26 dias após a

semeadura. Semanalmente, até o pendoamento da cultura, foram coletados os

“cartuchos” de 20 plantas/tratamento, sendo levados ao laboratório para

acondicionamento das lagartas em dieta artificial até a emergência dos adultos da

mariposa ou dos parasitoides. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a

5% de probabilidade. Não houve diferença na densidade populacional das lagartas

coletadas nos diferentes tratamentos. Com relação a abundância de parasitoides, a

menor (1,5) e a maior (6,25) média foi verificada nos tratamentos T3 e T4,

respectivamente. No total, foram coletados 104 espécimes de parasitoides sendo

69% de moscas da família Tachinidae e 31% de vespas da família Ichneumonidae,

representadas pelas espécies Eiphosoma spp (22%) e Campoletis flavicincta (9%).

Nas três primeiras semanas de avaliação foi verificada curva crescente de

parasitismo (20; 23 e 26%), decrescendo a partir da 4° semana. Os resultados

indicam que a utilização de inoculante + silício foliar interferem no parasitismo de S.

frugiperda.

Palavras-Chave: Controle biológico natural; Indução de resistência; Lagarta-do-

cartucho

Apoio Institucional: Embrapa CNPSo; Fundação Araucária

Page 421: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

421

Predação de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício

e inoculante

Aline P. Fernandes; Suelhen T. Marchioro; Vanessa G. Amorim; Marcelo N.

Morais; José E. Ávila; Augusto C.P.P. Fernandes; Adeney F. Bueno

Universidade Federal da Fronteira Sul; Embrapa-CNPSo

A indução de resistência de plantas através da utilização de silício pode tornar as

pragas mais suscetíveis ao ataque de predadores. Desta forma, objetivou-se

identificar e avaliar o número de predadores de Spodoptera frugiperda em plantas

tratadas com silício e inoculante. Para tanto, durante a safra 2018/2019, na fazenda

experimental da Embrapa Soja foi realizado plantio de milho da cultivar AL

Bandeirante em 4 parcelas por tratamento. O delineamento experimental foi de

blocos ao acaso com seis tratamentos, sendo: T1 testemunha; T2 Inoculante

Azospirillum brasilense; T3 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício no solo

(Diaflow ®); T4 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício foliar (Sifol ®); T5 Silício

no solo (Diaflow ®) e; T6 Silício foliar (Sifol ®). O inoculante biológico foi utilizado no

momento do plantio e as aplicações de silício tanto foliar como via solo, ocorreram

16 e 26 dias após o plantio. As avaliações ocorreram semanalmente até o

pendoamento da cultura, onde foram coletados os “cartuchos” de 20

plantas/tratamento, sendo levados ao laboratório para identificação e quantificação

de predadores. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de

probabilidade. Não houve diferença no número de predadores entre os diferentes

tratamentos, sendo a menor (7,25) e a maior (11,50) média verificada nos

tratamentos T2 e T1/T4, respectivamente. No total, foram coletados 252 espécimes

de predadores identificados em duas espécies: Eriopsis conexa (Coleoptera:

Coccinelidae) e Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae), na abundância de 4 e 96%,

respectivamente. Houve sazonalidade no registro das espécies de predadores,

sendo E. conexa encontrada nas três primeiras semanas e D. luteipes entre a 4ª e 7ª

semana de avaliação. A ausência de diferença na média de predadores encontrados

nos permitem concluir que a utilização de inoculante e a aplicação de silício não

interferem na densidade populacional dos predadores de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Embrapa CNPSo; Fundação Araucária

Page 422: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

422

Efeito da adição de óleos vegetal e mineral a inseticidas no

controle do Anthonomus grandis

Alysson M. de Azevedo; Cássio Seron; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

O algodão é uma importante fonte primária para a indústria têxtil e outras indústrias.

O Sudeste de Mato Grosso vem se destacando nos últimos anos na produção de

algodão, sendo privilegiado pelo seu solo, clima e materiais já adaptados para a

região. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito da adição de óleo

mineral e vegetal aos inseticidas Malationa e Beta-ciflutrina no controle do bicudo do

algodoeiro (Anthonomus grandis). O experimento foi conduzido em laboratório nas

instalações do IMAMT, utilizando-se de óleos vegetal e mineral, nas dosagens de

446g e 230g de ia.ha-1, respectivamente, adicionados aos inseticidas: Malationa na

formulação concentrado emulsionável (EC), na dosagem de 1000g de ia.ha-1 e Beta-

ciflutrina na formulação suspensão concentrada (SC), na dosagem de 12,5g de

ia.ha-1. O delineamento estatisticamente adotado foi inteiramente casualizado (DIC)

com nove tratamentos e quatro repetições. Adultos de A. grandis obtidos de maças e

botões florais coletados em campo foram expostos aos produtos testados, em folhas

de papel filtro, levemente umedecidos com discos de folhas de algodão e botões

tratados ou não com os inseticidas adicionados ou não aos óleos, e a testemunha

(água pura). Após 48h de exposição, o número de insetos mortos ou que não

apresentavam capacidade de locomoção foram contabilizados. Os resultados

obtidos foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. O uso do

ingrediente ativo Malationa, isolado ou com adição de óleo vegetal ou mineral, foi o

que apresentou maior mortalidade de A. grandis. Os óleos mineral e vegetal não

auxiliaram os ingredientes ativos Malationa e Beta-ciflutrina na redução da

população de adultos de A. grandis.

Palavras-Chave: algodoeiro; bicudo-do-algodoeiro; MIP

Apoio Institucional: IMA-MT e IFMT

Page 423: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

423

Compatibilidade de óleos essenciais de Eugenia uniflora e

Pogostemon cablin com Bacillus thuringiensis

Amanda R. Sampaio; Ana F. Marcelino; Iara E. Francio; Juliana D. Jakubski;

Maiara S. de Souza; Everton R. Lozano; Michele Potrich

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O controle biológico e o controle alternativo de pragas, destacando-se o uso de

Bacillus thuringiensis Berliner (Bacillaceae) (Bt), utilizado no controle de

lepidópteros, e o uso de óleos essenciais, para vários grupos de insetos, encontram-

se em expansão. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a

compatibilidade de óleos essenciais (OE) de pitanga (Eugenia uniflora) e patchouli

(Pogostemon cablin) com duas linhagens de Bt locais (EM41P e PR31P). Procedeu-

se a multiplicação das linhagens de Bt em 100mL de meio de cultura, caldo

nutriente, submetidos a 110 rpm por cinco dias a 30ºC. Em seguida, três

centrifugações de 10 minutos a 3500 rpm foram feitas, lavando os pellets com água

destilada autoclavada. Os testes de compatibilidade foram realizados fazendo a

diluição seriada a partir do tubo estoque. A sexta diluição de Bt (880 UFC/mL),

misturada com 0,1 mL de óleo essencial (1%) e Tween foi submetida a agitação

constante por 2 horas a 110 rpm em 30ºC. Os tratamentos foram: T1 - EM41P + OE

de pitanga; T2 - EM41P + OE de patchouli; T3 - PR31P + OE de pitanga; T4 -

PR31P + OE de patchouli. Duas testemunhas foram compostas: água destilada +

EM41P e água destilada + PR31P. Para analisar a compatibilidade, avaliou-se o

crescimento bacteriano pela técnica da “microgota”. O numero de UFCs foi avaliado

por ponto após 18 horas de incubação a 30ºC. Registrou-se 3,73 e 3,57

UFCs/microgota (5µL), nas linhagens EM41P e PR31P, respectivamente. Entretanto,

estas mesmas linhagens, quando tiveram os OEs misturados em sua solução,

inibiram o crescimento de Bt. O maior número de UFCs de Bt em contato com OE foi

proveniente do T2 (EM41P + OE de patchouli), com média de 0,11 ± 0,39

UFC/microgota, os demais tratamentos obtiveram média de 0,00 ± 0,00

UFC/microgota. Os OEs de patchouli e pitanga inibiram o crescimento das linhagens

de Bt, em até 100%, demonstrando que o uso combinado, em mistura, não é

compatível.

Palavras-Chave: Pitanga; Patchouli; Bactéria entomopatogênica

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Page 424: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

424

Repelência de piretroides a dois importantes inimigos naturais da

cultura da soja

Ana Clara R. de Paiva; Fernando H. Iost Filho; Leandro da S. Santos; Pedro T.

Yamamoto

Doutoranda do Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP

Os parasitoides de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera:

Trichogrammatidae) e Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Scelionidae) são

de extrema importância no controle de pragas da soja, o primeiro atuando sobre

Lepidoptera e, o segundo, Hemiptera. Como agentes de controle biológico é de

extrema importância que esses permaneçam na área para garantir resultados

satisfatórios, além de não sofrerem efeitos deletérios em função da aplicação de

inseticidas. Considerando que inseticidas do grupo dos piretroides são comumente

utilizados no controle de pragas na soja, o presente estudo teve como objetivo

avaliar o efeito letal e o efeito repelente desse grupo químico a T. pretiosum e T.

podisi. Foram testados os inseticidas lambda-cialotrina (KarateÒ) e lambda-cialotrina

+ clorantraniliprole (Ampligo®) nas maiores dosagens recomendadas pelos

fabricantes. Além disso, tiametoxam+ ciproconazol (Verdadero®) foi utilizado como

controle positivo para T. pretiosum e clorantraniliprole + abamectina (Voliam Targo®)

para T. podisi. Cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera:

Pyralidae) e Euschistus heros F. (Hemiptera: Pentatomidae) foram mergulhadas em

solução inseticida por 5 segundos e oferecidas às fêmeas dos parasitoides durante

24 horas. Após esse período, foram avaliados: número de insetos mortos e número

de ovos parasitados e, emergência da geração F1. Observou-se que nenhum dos

inseticidas causou diferença na mortalidade de fêmeas de T. podisi, mas, os dois

inseticidas com piretroides causaram redução no número de ovos parasitados

superior a 60%. Em relação a T. pretisoum, tiametoxam + ciproconazol causou 36%

de mortalidade de fêmeas e os demais inseticidas não diferiram do controle

negativo. Os dois produtos que contêm piretroide em sua composição causaram

redução significativa no parasitismo superior a 89%. Assim, conclui-se que

piretroides têm ação repelente sobre os parasitoides testados.

Palavras-Chave: inseticida

Apoio Institucional: Capes

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425

Avaliação da repelência de inseticidas compatíveis com o

Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae)

Ana F. F. Makowich; Anna G. G. de Alencar; Kevyllen M. B. Borges; Wanderlan

G. P. Junior; Pedro H. C. P. Costa; Cecilia Czpack; Karina C. Albernaz; Karin F.

S. Collier

Universidade Federal de Goiás

Em Goiás, o ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) tem

infestado o tomate (Lycopersicon esculentum Mill) cultivado para a indústria a partir

dos 45 dias. O laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal

de Goiás (UFG) está desenvolvendo um programa de Manejo Integrado para a

cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado com o ácaro predador

Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae) fornecido pela Koppert

(Spical®). Este trabalho avaliou o efeito repelente dos inseticidas compatíveis

segundo a bula do Spical® utilizados no pacote tecnológico adotado na cultura:

Tiametoxam, Clorantraniliprole, Flubendiamida, Indoxacarbe,

Tiametoxam+Clorantraniliprole. Utilizou-se as dosagens comerciais, pulverizadas em

folhas de tomate. Foram montadas arenas em placas de Petri contendo de um lado

uma folha de tomate com produto e do outro a folha testemunha (sem produto). Os

ácaros predadores foram colocados no centro de cada placa e as mesmas, ficaram

armazenadas em câmaras climáticas do tipo B.O.D (20±2 °C/12 horas de fotofase).

Foi avaliada após 48h a preferência do ácaro predador entre as folhas com produto

e a testemunha. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 5

tratamentos e 30 repetições e calculou-se a porcentagem de repelência (%R), índice

de repelência (IR) e o índice de segurança. Dentre os agrotóxicos testados

Tiametoxam, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole e Clorantraniliprole foram

repelentes para N. californicus e o Flubendiamida não apresentou repelência.

Portanto, Flubendiamida é compatível com N. californicus podendo ser utilizada em

programa de controle biológico. Em Goiás, o ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch

(Acari: Tetranychidae) tem infestado o tomate (Lycopersicon esculentum Mill)

cultivado para a indústria a partir dos 45 dias. O laboratório de Manejo Integrado de

Pragas da Universidade Federal de Goiás (UFG) está desenvolvendo um programa

de Manejo Integrado para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado

com o ácaro predador Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae)

fornecido pela Koppert (Spical®). Este trabalho avaliou o efeito repelente dos

inseticidas compatíveis segundo a bula do Spical® utilizados no pacote tecnológico

adotado na cultura: Tiametoxam, Clorantraniliprole, Flubendiamida, Indoxacarbe,

Tiametoxam+Clorantraniliprole. Utilizou-se as dosagens comerciais, pulverizadas em

folhas de tomate. Foram montadas arenas em placas de Petri contendo de um lado

uma folha de tomate com produto e do outro a folha testemunha (sem produto). Os

ácaros predadores foram colocados no centro de cada placa e as mesmas, ficaram

Page 426: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

426

armazenadas em câmaras climáticas do tipo B.O.D (20±2 °C/12 horas de fotofase).

Foi avaliada após 48h a preferência do ácaro predador entre as folhas com produto

e a testemunha. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 5

tratamentos e 30 repetições e calculou-se a porcentagem de repelência (%R), índice

de repelência (IR) e o índice de segurança. Dentre os agrotóxicos testados

Tiametoxam, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole e Clorantraniliprole foram

repelentes para N. californicus e o Flubendiamida não apresentou repelência.

Portanto, Flubendiamida é compatível com N. californicus podendo ser utilizada em

programa de controle biológico.

Palavras-Chave: Ácaro predador; Efeito repelente; Controle biológico

Apoio Institucional: FUNAPE

Page 427: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

427

Uso de radiação UV-B para o controle de Raoiella indica (Acari:

Tenuipalpidae) com a preservação de predadores

Leticia M. Hernandes; Felipe S.R. Amaral; Antonio C. Lofego

Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

Uma das formas de manejo mais utilizadas para o controle de ácaros praga é o

controle biológico com ácaros predadores da família Phytoseiidae. Dentre os ácaros

pragas de importância econômica sem uma forma efetiva de manejo, se encontra o

ácaro Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae). Esse ácaro fitófago infesta uma grande

diversidade de plantas, principalmente coqueiros e bananeiras, causando sérios

danos. Devido a isso, tem-se estudado estratégias de controle para essa espécie.

Além do controle biológico, uma técnica recente que demonstra grande potencial é o

controle físico por meio da radiação UV-B. Assim, esse estudo teve como objetivo

avaliar o potencial da radiação UV-B no controle de R. indica, bem como avaliar seu

efeito em um predador, o ácaro fitoseídeo Euseius citrifolius Dennmark & Muma

(Phytoseiidae). Foram montadas 15 unidades experimentais para cada espécie

testada, sendo cada uma composta por um folíolo de coqueiro (1,5 cm x 1,5 cm)

como substrato. No teste com o ácaro fitoseídeo foi colocada uma fêmea adulta em

cada unidade experimental. Já no teste com o ácaro praga foram colocadas cinco

fêmeas adultas em cada unidade. Os ácaros nas unidades foram expostos

diariamente por 30 minutos ininterruptos à radiação UV-B, durante sete dias, visando

avaliar a taxa de mortalidade dos ácaros com esse tratamento. A cada 24 horas, em

ambos os testes, foram contabilizados os ácaros mortos. Os resultados obtidos

mostraram que a radiação UV-B causa cerca de 76% de mortalidade de R.indica e

não causa mortalidade ao possível predador E. citrifolius. Assim, os resultados

mostram um grande potencial desse tipo de manejo integrado, eliminando a praga e

preservando o inimigo natural. Porém, estudos complementares devem ser feitos a

fim de entender as possíveis consequências dessa radiação em longo prazo no

ácaro predador e nas plantas.

Palavras-Chave: ácaro-vermelho-das-palmeiras; radiação; manejo integrado

Apoio Institucional: FAPESP

Page 428: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

428

Influência de produtos fitossanitários sobre parâmetros biológicos

do fungo Metarhizium anisopliae (Isolado UNIOESTE 86)

Cássia F.P Brito; Douglas M. Cecconello; Adriano L. Albonetti; Nathália C.

Andrade; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel

A crescente demanda do mercado tem levado os produtores a aderir a técnicas

alternativas e buscarem práticas culturais menos impactantes ao meio ambiente.

Neste sentido, os fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae (Me-tchnikoff)

Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) têm sido amplamente testados como agentes de

controle biológico de diversas espécies de insetos e demonstraram grande potencial.

Para que o manejo integrado de pragas (MIP) se torne efetivo é necessário

conhecer as possibilidades de interação entre os métodos de controle e a

compatibilidade dos fungos entomopatogênicos com os produtos químicos utilizados

nas culturas. Este trabalho teve como objetivo analisar a interferência dos produtos

fitossanitários usados na cultura da mandioca em diferentes doses sobre a unidade

formadora de conídios (UFC) fungo M. anisopliae isolado UNIOESTE 86. O

experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com cinco

repetições e a unidade experimental consistiu de uma placa de petri com meio

BDAA (Batata Ágar Dextrose Antibiótico), onde foi inoculado por meio de pipeta

300µL do fungo (1,65×106 conídios/mL). Posteriormente os produtos (Actara,

Callisto, Cipermetrina, Curryon, Fusilade, Gaucho, Nomolt, Poquer, Standak Top e

Tiger), foram aplicados em três diferentes concentrações, sendo metade da dose

recomendada (½ DR), dose recomendada (DR) e dobro da dose recomendada

(2DR). Os produtos foram pulverizados nas placas e as mesmas permaneceram em

câmara climática durante cinco dias a 26ºC e 12 h de fotofase, para a contagem das

colônias formadas. Apenas o produto Fusilade na DR influenciou a UFC em relação

a testemunha. Para as doses ½ DR e 2DR não houve influência de nenhum dos

produtos avaliados. Com relação ao efeito das doses, apenas os produtos Poquer e

Tiger apresentaram resultados significativos, sendo que tanto a ½DR quanto a 2DR

reduziram o número de UFC, quando comparadas com a DR.

Palavras-Chave: Compatibilidade; Fungos Entomopatogênicos; mandioca

Apoio Institucional: Fundação Araucária

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429

Efeitos de cultivares de soja resistentes a percevejos e soja Bt no

intestino médio de Euschistus heros

Mauricio L. Moscardi1; Raquel E. Suwa1; Daniela O. Pinheiro1*; Sheila M. Levy1;

Samuel Roggia2; Angela M. F. Falleiros1

1Depto de Histologia/Centro de Ciências Biológicas-Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.

E-mail: [email protected]; *[email protected]; 2Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária - Embrapa Soja, Londrina-PR, Brasil

Os percevejos são pragas associadas à soja, que ao atacarem grãos e vagens

causam prejuízos econômicos a esta cultura. Dentre eles, o percevejo-marrom,

Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), é um dos principais.

Neste trabalho foram utilizadas técnicas de microscopia de luz (ML) e eletrônica de

transmissão (MET), com objetivo de estudar os efeitos pós-ingestivos, sobre a

morfologia e constituição química do intestino médio desses percevejos, quando

alimentados com diferentes cultivares de soja. Foram utilizadas as cultivares: BRS

284 (testemunha), BRS 391 (resistente a percevejos) e o BRS 1001 IPRO (cultivar

Bt resistente a lagartas). A partir do segundo instar, os percevejos foram

alimentados com vagens das diferentes cultivares. Após anestesia, os insetos

adultos foram dissecados e os intestinos médios (20 tubos/tratamento) foram

coletados, fixados em solução Karnovsky ou Glutaraldeído 2,5% em tampão fosfato

de sódio, processados para ML e MET e analisados. Também foram realizadas

reações histoquímicas para a detecção de polissacarídeos (neutros e ácidos) e

proteínas totais. Os insetos alimentados com as cultivares BRS 391 e BRS 1001l

PRO apresentaram alterações em relação à testemunha, nas células digestivas,

bastante evidentes na sua região apical. Histoquimicamente, observou-se alterações

em ambos os tratamentos, bastante evidentes na BRS 391, para proteínas totais.

Pode-se concluir que as cultivares BRS 391 e BRS 1001 IPRO causam alterações

histológicas, ultraestruturais e histoquímicas no epitélio do intestino médio de E.

heros. Essas alterações podem alterar hábitos alimentares e interferir na interação

da praga com a cultura, ambiente e inimigos naturais.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; Histologia; Histoquímica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

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430

Aspectos biológicos de Euschistus heros alimentado com

cultivares de soja Bt e resistentes a percevejos

Mauricio L. Moscardi1; Mirela R. Martins2; Daniela O. Pinheiro1*; Sheila M.

Levy1; Samuel Roggia3; Angela M. F. Falleiros1

1Depto Histologia - Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR . E-mail:

[email protected]; *[email protected]; 2Universidade Norte do Paraná,

Londrina-PR. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Soja, Londrina-PR

A cultura da soja sofre com o ataque de insetos-praga ao longo de todo o ciclo. Na

fase reprodutiva, os percevejos são as de maior importância, sendo o percevejo-

marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), a principal

espécie no Brasil. A aplicação de inseticidas é a maneira mais utilizada para o

controle deste inseto, porém é cara e ineficaz, devido à resistência de E. heros à

inseticidas, desenvolvida ao longo do tempo. Deste modo, métodos alternativos têm

sido utilizados e a busca por cultivares resistentes a estes insetos vem aumentando.

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes cultivares de soja sobre

parâmetros biológicos de E. heros. Foram utilizadas três cultivares de soja: BRS 284

(testemunha), BRS 391 (cultivar resistente a percevejos) e BRS 1001 IPRO (cultivar

Bt resistente a lagartas). Foram observados a duração do instar, viabilidade dos

insetos por instar e período ninfa-adulto. Foram avaliados o peso dos insetos adultos

após a emergência, a longevidade, tanto total como somente das fêmeas, a razão

sexual e oviposição. Foi realizado também teste de preferência alimentar, com e

sem chance de escolha, no qual as bainhas de perfuração nas vagens foram

contadas após coloração por fucsina ácida. Os parâmetros biológicos dos

percevejos, nas cultivares em estudo, não diferiram em relação à testemunha.

Porém, foi observada não preferência ou repelência de E. heros à BRS 391 e

preferência à BRS 1001 IPRO. Conclui-se então que as cultivares de soja testadas

não afetam parâmetros biológicos de E. heros e que há preferência a cultivar BRS

1001 IPRO e não preferência à BRS 391. O uso de cultivares resistentes contribui

para redução do uso de inseticidas químicos e favorece a ação do controle biológico

natural.

Palavras-Chave: percevejo-marrom; resistência varietal; preferência alimentar

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES)

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431

Germinação do fungo Metarhizium anisopliae após exposição a

produtos fitossanitários usados na cultura da mandioca

Douglas M. Cecconello; Cássia F.P Brito; Adriano L. Albonetti; Letícia B. da

Silva; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, Paraná

O aumento de produção agricola, está associado ao aumento do uso de

agrotoquímicos, cujo uso inaquado pode acarretar problemas ambientais como

seleção de populações de pragas, danos a saúde humana e desequilibrio ambiental.

Por outro lado, a utilização de fungos entomopatogênicos (FE), como Metarhizium

anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) vem crescendo, mas é

preciso conhecer as interações entre FE e agroquímicos para o maior sucesso dos

programas de controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação do

M. anisopliae isolado UNIOSTE 86 com produtos fitossanitários utilizados na cultura

da mandioca. Os produtos testados foram: Actara, Callisto, Cipermetrina, Curryon,

Fusilade, Gaucho, Nomolt, Poquer, StandarkTop e Tiger nas concentrações de dose

recomendada (DR), dobro da dose recomendada (2DR) e metade da dose

recomendada (½DR). Para o ensaio 300µL da suspensão do FE (1,65×106

conídios/mL) foram adicionados em placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo

meio de cultura BDAA (Batata Ágar Dextrose Antibiótico). Em seguida, foi feita a

pulverização dos produtos com um pulverizador acoplado a um compressor de ar.

As placas foram incubadas por 16 horas em câmara climática a 26oC±1, UR de 90%

e fotoperíodo de 12h quando foi feita a contagem dos conídios germinados.

Observou-se que na ½DR não houve redução na germinação, na DR houve redução

na germinação apenas para o produto Poquer e na 2DR houve redução para Actara

e Gaucho. Comparando as diferentes dosagens para cada produto, Callisto reduziu

a germinação na a ½DR; Poquer teve menor germinação comparado na na DR, e

Fusilade e StandkTop causaram redução na germinação na 2DR. Conclui-se que

com exceção de Poquer, os demais produtos podem ser utilizados em DR sem

reduzir a germinação do M. anisopliae.

Palavras-Chave: Compatibilidade; fungo entomopatogênico; isolado UNIOSTE 86

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento

da pesquisa.

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432

Influência da interação roseira-pulgão-plantas atrativas sobre o

comportamento de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae)

Fernanda A. Abreu; Lívia M. Carvalho; Caroline M. Resende; Stephan M.

Carvalho; Ester M. Afonso

Biomip Agentes Biológicos

Chrysoperla externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae) é um dos inimigos

naturais do pulgão Rhodobium porosum Sanderson, 1900 (Hemiptera: Aphididae)

em roseira. O conhecimento das interações que ocorrem no sistema roseira-pulgão-

plantas atrativas é de importância visando a utilização desse predador em

programas de controle biológico. O trabalho teve por objetivo avaliar o

comportamento de C. externa no sistema tritrófico que inclui a roseira, o pulgão R.

porosum e as plantas atrativas: cravo (Tagetes erecta L., Asteraceae), manjericão

(Ocimum basilicum L. Lamiaceae) e calêndula (Calendula officinalis L. Asteraceae),

em laboratório. Foi avaliada a resposta olfativa de C. externa aos voláteis de roseira

e plantas atrativas (cravo, manjericão e calêndula), na presença ou ausência do

pulgão. Em olfatômetro “Y” foram oferecidas fontes de odores para fêmeas de C.

externa acasaladas, com 17 tratamentos e 50 repetições. As fêmeas de C. externa

tiveram preferência pelo ar limpo, comparado a roseira não infestada. Roseiras

infestadas por pulgões não influenciaram na escolha de C. externa. O manjericão foi

a planta que apresentou maior atratividade para C. externa (χ²= 9,2564; df= 1; P<

0,05), com 74,3% de atratividade. Os voláteis liberados pelo manjericão são

atrativos a C. externa, indicando que o uso do manjericão como um componente de

diversificação pode ser benéfico para a atração e manutenção de populações desse

predador, favorecendo o controle biológico.

Palavras-Chave: Comportamento olfativo; Controle biológico; Interação tritrófica

Apoio Institucional: Biomip Agentes Biológicos

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Compatibilidade de Pseudoplusia includens Single

Nucleopolyhedrovirus (PsinSNPV) com fungicidas e herbicidas

Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F.

Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O controle de insetos-praga pode ser realizado por vírus entomopatogênicos, porém

é comum a ocorrência de pragas no mesmo momento em que plantas daninhas e/ou

doenças também precisam ser controladas. Por isso, há a necessidade de avaliar a

compatibilidade de produtos fitossanitários com vírus. Assim, o objetivo do trabalho

foi avaliar a compatibilidade de fungicidas e herbicidas em mistura com

Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus, através da ingestão de dieta

incorporada com os tratamentos, por Chrysodeixis includens Walker, 1858

(Lepidoptera: Noctuidae). Foram realizados dois bioensaios: com e sem a mistura do

vírus aos produtos. Os tratamentos foram os herbicidas Basagran 600®

(Bentazona), Clorimuron Master Nortox® (Clorimuron etílico), Flumyzin 500®

(Flumioxazina), Poquer® (Cletodim), Select 240 EC® (Cletodim), Soyvance Pre®

(Imazapique + imazapir), Soyvance® (Imazapique + imazapir), Trop® (Glifosato sal

de isopropilamina) os fungicidas Elatus® (Azoxistrobina + benzovindiflupyr), Opera

Ultra® (Piraclostrobina + metaconazol), Priori Xtra® (Azoxistrobina + ciproconazol),

Sphere Max® (Trifloxistrobina + ciproconazol) e PsinSNPV (dose comercial). Para

tanto, caldas dos produtos comerciais com e sem vírus foram preparadas, postas

sobre a dieta e oferecidas a lagartas de 3º ínstar de C. includens; como testemunhas

ofereceu-se dieta pura e com vírus. Os recipientes contendo as lagartas e as dietas

foram alocados em estufas tipo BOD e a mortalidade foi avaliada diariamente. Cada

tratamento constou de quatro repetições de 20 lagartas. Verificou-se que, quando o

baculovírus foi misturado com os produtos, não ocorreu diferença entre os

tratamentos e entre estes e a testemunha com vírus, sendo essa mistura

considerada compatível. Essa possibilidade de mistura entre PsinSNPV e os

produtos fitossanitários testados garante maior praticidade na aplicação e uma

redução de custo da operação agrícola dando flexibilidade no controle fitossanitário

da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; Chrysodeixis includens; Interação

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no

desenvolvimento de Cotesia flavipes em Diatraea saccharalis

Francisco A. de S. Pereira; Joseane R. de Souza; Arlindo L. B. Júnior;

Dilermando Perecin; Marília L. Peixoto

¹Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias, CEP 65055-970, São Luís, MA,

Brasil

A presença de estímulos fornecidos ou elaborados pelas plantas podem interferir no

comportamento dos insetos, como atuar também sobre os inimigos naturais. Nesse

sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar a resistência extrínseca de cultivares de

cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia flavipes (Cameron, 1891)

(Hymenoptera: Braconidae) em lagartas de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794)

(Lepidoptera: Crambidae). Para isso, foram observados os aspectos biológicos de C.

flavipes em lagartas de D. saccharalis alimentadas em dieta artificial (alimentação e

realimentação) elaboradas a partir de colmo seco triturado de cada cultivar, com

exceção de uma dieta padrão (testemunha). As cultivares utilizadas foram: SP80-

1842 e SP81-3250 (resistentes) e RB855536 (suscetível) à D. saccharalis. Lagartas

de D. saccharalis recém-eclodidas foram inoculadas em tubos de vidro de 8,5 cm de

altura x 2,5 cm de diâmetro, contendo dieta artificial de alimentação e quando

atingiram 19 dias de idade após a inoculação foram oferecidas a fêmeas de C.

flavipes para o parasitismo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente

casualizado com quatro tratamentos (testemunha e três cultivares) em 30 repetições

por tratamento. As características biológicas avaliadas foram: período da inoculação

(dias), período pupal (dias), peso da massa cotonosa (mg), número de parasitoides

emergidos, razão sexual e longevidade de fêmeas e de machos (dias). Observou-se

que o colmo seco triturado das cultivares incorporados nas dietas influenciaram na

condição alimentar das lagartas de D. saccharalis e consequentemente, no

desenvolvimento do parasitoide, no que se refere ao peso da massa cotonosa, razão

sexual e a longevidade de fêmeas e machos de C. flavipes. Conclui-se que as

cultivares de cana-de-açúcar não apresentaram resistência extrínseca a C. flavipes.

pois causaram efeito adverso no seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Saccharum spp; broca-da-cana; interação tritrófica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), Usina São Martinho e COPERCANA

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435

Óleo de laranja 6% e lambda-cialotrina causam efeitos subletais na

capacidade reprodutiva de Nesidiocoris tenuis (Hemiptera:

Miridae)?

Geraldo A. Carvalho1; Marianne A. Soares1,2; Mateus Ribeiro Campos2; Luis

Clepf Passos1; Marcelo Mendes Haro3; Anne-Violette Lavoir2; Antonio Biondi4

1([email protected]) Laboratório de Ecotoxicologia e MIP, Departamento de Entomologia,

Universidade Federal de Lavras, CEP 37200-000 - Lavras MG, Brasil. 2INRA (French National

Institute for Agricultural Research), Université Côte d’Azur, CNRS, UMR 1355-7254, Institut Sophia

Agrobiotech, 06903 Sophia Antipolis, França. 3Laboratório de Entomologia, Estação Experimental de

Itajaí, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), CEP 88034-

901 - Santa Catarina RS, Brasil. 4University of Catania, Department of Agriculture Food and

Environment, Via Santa Sofia 100, 95123 Catania, Italia

Nesidiocoris tenuis (Reuter, 1895) (Hemiptera: Miridae) é um predador generalista e

atua como agente de controle biológico de artrópodes-praga na cultura do tomateiro.

Apesar da alta capacidade em reduzir populações de pragas, este inimigo natural

pode ter seu potencial afetado negativamente pelo uso de inseticidas não seletivos.

O objetivo desse estudo foi avaliar os possíveis efeitos subletais dos inseticidas à

base de óleo de laranha 6% e lambda-cialotrina na reprodução e crescimento

demográfico de N. tenuis. Folhas de tomateiro (Solanum lycopersicum cv.

Marmande) foram submetidas aos tratamentos à base óleo de laranja na máxima

concentração recomendada para a cultura do tomateiro (0,23 g i.a./L), meia

concentração (0,12 g i.a./L) e 10% da concentração (0,02 g i.a./L), e de lambda-

cialotrina (0,02 g i.a./ L). As folhas foram mantidas em um sistema composto por

dois recipientes plásticos, onde o primeiro (700 mL) que continha a folha de

tomateiro foi acoplado em um segundo (350 mL) com água, evitando assim a

desidratação das folhas. Em seguida, foram adicionados dois casais de N. tenuis por

repetição e ovos de Ephestia kuehniella (Zeller, 18979) (Lepidoptera: Pyralidae) ad

libitum em cada unidade experimental. O bioensaio foi conduzido com 20 repetições

por tratamento. Vinte dias após a implementação do bioensaio contabilizou-se a

progênie de N. tenuis. O número de ninfas de N. tenuis encontrado em folhas de

tomateiro tratadas com óleo de laranja e lambda-cialotrina foi significativamente

menor que o número de ninfas no tratamento controle (somente água destilada).

Embora as três concentrações de Prev-Am tenham diminuído a progênie de N.

tenuis, a análise dos parâmetros demográficos mostrou que os predadores

apresentaram uma curva populacional crescente. Entretanto, o mesmo não foi

observado para insetos submetidos a lambda-cialotrina. Conclui-se que óleo de

laranja e lambda-cialotrina são nocivos ao predador N. tenuis, necessitando de

estudos em condições de campo para comprovação da toxicidade.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Predado; Ecotoxicologia

Apoio Institucional: FAPEMIG, CNPq, INRA, CAPES

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Evaluation of predation preference of Podisus nigrispinus to

SfMNPV-Infected vs. Healthy Spodoptera frugiperda larvae

Giulliano S. Camargos; Danielle A. Ferreira; Carla M. S. Oliveira; Karina C.

Albernaz-Godinho; Cecília Czepak; Janayne Rezende; Paula G. Marçon; Holly

J. R. Popham

Universidade Federal de Goiás

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), is a polyphagous pest of economic

importance worldwide. Biocontrol agents are of great importance in optimizing pest

management programs. Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) is an

important generalist predator. Baculoviruses and predators can help regulate field

populations of S. frugiperda and thus it is useful to understand their interactions. This

study had two main objectives: 1) Evaluate if there is predation preference on healthy

vs. SfMNPV-infected larvae; and 2) Evaluate predator potential for horizontal

transmission of SfMNPV. 1) Second instar FAW larvae were infected with SfMNPV

by exposing them to artificial diet surface-treated with Cartugen®, SfMNPV-based

insecticide from AgBiTech. Seventy-two hours post-ingestion of the treated diet,

different combinations of larvae were introduced to Petri dishes containing a single

adult predator starved for 24 h. The combinations were a) two healthy larvae per

Petri dish; b) two infected larvae per petri dish; c) one healthy larva and one infected

larvae per Petri dish. Data were analyzed using the Chi-Square Test resulting in a p-

value of 0.639, indicative that this predator does not have a significant preference for

either healthy or infected larvae. In field situations, it is predicted that slower

SfMNPV-infected larvae will be an easier prey. 2) Adults of P. nigrispinus were fed

for three consecutive dates on infected larvae vs. non-infected larvae. On the fourth

day, predator feces from both treatments were collected and offered to healthy

larvae. Three days post-ingestion of SfMNPV-contaminated feces, typical SfMNPV

symptoms were observed and 100% mortality was achieved vs. no mortality in the

larvae fed non-viral feces. This result confirms SfMNPV occlusion bodies remain

active after going through the gastrointestinal tract of P. nigrispinus, highlighting the

potential of this predator as a vector for dissemination of SfMNPV in field cropping

systems.

Palavras-Chave: Predator; Nucleopolyhedrovirus; Fall armyworn

Apoio Institucional: AgBiTech

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Um novo hospedeiro de Diaphorina citri e a sua contribuição para o

controle biológico com Tamarixia radiata em citros

Gustavo Rodrigues Alves; Alexandre José Ferreira Diniz; José Roberto Postali

Parra

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Departamento de Entomologia e Acarologia,

USP/ESALQ

Desde que o huanglongbing (HLB) foi registrado no Brasil em 2004 mais de 48

milhões de plantas citricas foram erradicadas no país. Após a sua detecção, várias

estratégias de controle foram aplicadas, incluindo o uso de mudas saudáveis, a

eliminação de plantas sintomáticas e o controle químico do inseto vetor, o psilídeo,

Diaphorina citri. Devido ao uso intensivo de inseticidas, o uso do Controle Biológico

com seu principal inimigo natural, o parasitoide, Tamarixia radiata apresenta

restrições em áreas comerciais. Sabe-se que áreas fora do pomar são consideradas

tanto fontes de inóculo da doença como locais para o desenvolvimento de psilídeos,

que podem migrar para pomares comerciais. Essas áreas externas incluem

pomares abandonados (sem manejo), pomares de cultvivo orgânico, áreas urbanas

com murta (Murraya paniculata), principal hospedeiro de D. citri e quintais

residenciais contendo plantas hospedeiras. Dada a importância do manejo de D.citri

nessas fontes externas, o uso do parasitoide T. radiata para o seu controle vem

sendo realizado nessas áreas a fim de diminuir a população do vetor que possa

migrar para os pomares. Além destes locais, recentemente foi questionada a

possível contribuição de áreas que contenham rutáceas nativas na epidemiologia da

doença. Dessa maneira, a prospecção de rutáceas nativas, possíveis hospedeiras

de D. citri, foi realizada e os resultados indicaram que dentre oito espécies testadas,

Helietta apiculata foi tida como um novo hospedeiro do psilídeo. O próximo passo é

estudar a bioecologia de T. radiata em ninfas de D. citri criadas em H. apiculata e a

identificação de áreas que contenham essa espécie vegetal para que sejam também

incluídas como locais de manejo com liberações de T. radiata. O comportamento de

T. radiata junto a esse novo hospedeiro é fundamental, uma vez que ele ocorre em

áreas nativas, normalmente protegidas, nas quais o uso de outras estratégias é

proibido, como o uso de inseticidas ou eliminação de plantas.

Palavras-Chave: rutáceas; psilídeo-asiático-dos-citros; interação inseto-planta

Apoio Institucional: Fapesp proc.n 2016/24998-9

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Ação de diferentes inseticidas sobre predadores de insetos-praga

na cultura da soja

Crébio Jose Ávila; Izabela Carla Vessoni; Ivana Fernandes Silva

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS

Com base na filosofia do Manejo Integrado de Pragas (MIP) a utilização de

inseticidas químicos para o controle de insetos-praga é necessário, sem que esses,

ocasionem efeitos adversos aos inimigos naturais presentes na cultura. Portanto,

avaliou-se o efeito de diferentes inseticidas químicos aplicados em pulverização

sobre a cultura da soja sobre as populações de predadores. Para isso, a população

de predadores foi contabilizada em pré-contagem e aos 1, 3 e 6 dia após a aplicação

dos produtos. O experimento foi conduzido em DBC com 8 tratamentos (g i.a./ha) e

4 repetições: alfa-cipermetrina+teflubenzurom (7,5+7,5); alfa-

cipermetrina+teflubenzurom (9,0+9,0); alfa-cipermetrina+teflubenzurom

(11,25+11,25); teflubenzurom (7,5); teflubenzurom (12,0); teflubenzurom (18,0); alfa-

cipermetrina (12,0) e testemunha. A redução populacional em cada tratamento foram

enquadradas na escala de notas de seletividade: 1 (seletivo) mortalidade de

predadores ≤ 20%; 2 (moderadamente seletivo) mortalidade entre 20% a 40%; 3

(pouco seletivo) mortalidade entre 40 a 60%; 4 (não seletivo) mortalidade ≥ 60%.

Não foram verificados efeitos significativos dos tratamento para as três avaliações

realizadas após a aplicação dos tratamentos, embora constatados percentuais de

redução variando de 11,8 a 35,3%; 0,0 a 53,8% e 10,0 a 40,0%, respectivamente,

para 1, 3 e 6 dias após a pulverização. Verificou-se que os tratamentos, em todas as

doses, com os inseticidas alfa-cipermetrina + teflubenzurom foram classificados

como seletivos (1) ou moderadamente seletivos (2). Já os três tratamentos com

teflubenzurom, em suas doses isoladas, foram enquadrados como moderadamente

seletivos (2). Enquanto que única dose testada de alfa-cipermetrina (12,0 g i.a./ha)

foi enquadrada como pouca seletividade (3), não sendo recomendado para o

controle de lagartas na soja, com base no critério de seletividade.

Palavras-Chave: MIP; seletividade; preservação de inimigos naturais

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CNPq/Pibic

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Compatibilidade do baculovírus SfMNPV com herbicidas e

adjuvante no controle de Spodoptera frugiperda

Pamela G. G. Luski1; Jaciara Gonçalves2; Ana Paula de Queiroz2; Marcela L. M.

Grande1; Bruna M. Favetti3; Naiara Diniz4; Adeney de F. Bueno5; Pedro M.O.J.

Neves1

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL,

Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil. *[email protected] 2Programa de Pós-

Graduação em Entomologia, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Zoologia,

Curitiba, PR, Brasil. 3Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, Londrina, PR, Brasil. 4 UniFiL - Centro

Universitário Filadélfia, Londrina, Paraná, Brasil. 4Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,

EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil

Neste trabalho o objetivo foi avaliar a compatibilidade de SfMNPV com herbicidas e

adjuvante no controle de S. frugiperda. Em laboratório e campo, testou-se a

aplicação de SfMNPV isolado, SfMNPV associado com atrazina e/ou tembotriona,

SfMNPV associado com éster metílico de óleo de soja (adjuvante), e SfMNPV

associado com a mistura dos herbicidas mais adjuvante, além dos herbicidas e

adjuvante isoladamente. Clorantraniliprole foi utilizado como inseticida padrão.

Realizou-se três ensaios em laboratório, sendo que no primeiro, avaliou-se a

mortalidade de lagartas alimentadas com dieta contaminada com os tratamentos. No

segundo, avaliou-se a mortalidade e o consumo foliar de lagartas após a ingestão de

folhas de milho pulverizadas com os tratamentos logo após o preparo das caldas. Ao

passo que no terceiro experimento, avaliou-se também a mortalidade após o

consumo de folhas pulverizadas com tratamentos, no entanto, as caldas foram

preparadas 4 horas antes da aplicação. No experimento de campo, os tratamentos

foram pulverizados sobre as plantas, avaliando-se iormente a desfolha e a

mortalidade das lagartas alimentadas com suas folhas. Observou-se que a

associação de SfMNPV com os herbicidas e adjuvante não reduziu a eficiência de

SfMNPV, através da constatação da mortalidade de lagartas (bioensaio 1) e

mortalidade mais consumo foliar (bioensaio 2). A mortalidade das lagartas com

aplicação de SfMNPV isoladamente não diferiu dos tratamentos combinados com os

herbicidas e o adjuvante, mesmo quando a calda foi preparada 4 horas antes da

aplicação (bioensaio 3). Nesse caso, a interação foi aditiva para a maioria das

combinações, apenas os tratamentos SfMNPV + tembotriona + éster metílico de

óleo de soja e SfMNPV + atrazina + tembotriona + éster metílico de óleo de soja a

interação foi antagônica. No campo, as plantas pulverizadas com clorantraniliprole

sofreram menor desfolha que a maioria dos demais tratamentos. Em geral, os

herbicidas e o adjuvante avaliados não interferiram na eficiência do SfMNPV. A

interação foi aditiva para a maioria dos tratamentos, e antagônica apenas para

SfMNPV + atrazina + tembotriona + éster metílico de óleo de soja. Os resultados

indicam que o vírus é compatível com mistura com os herbicidas e adjuvante

avaliado.

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Palavras-Chave: lagarta-do-cartucho do milho; mistura em tanque; baculovírus

Apoio Institucional: Embrapa Soja, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) e Universidade Estadual de Londrina (UEL)

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Seletividade de piriproxifem sobre predação e parasitismo de ovos

de Euschistus heros em soja Bt próximo à área de refúgio

Janaina F. Matsumoto; Bruna R. N. de Almeida; Jamile M. Ceretta; Matheus E.

Pastori; Paulo S. G. Cremonez; Samuel Roggia; Daniela O. Pinheiro; Pedro

M.O.J. Neves

Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR. E-mail: [email protected], *

[email protected]. Universidade Norte do Paraná, Londrina-PR, Universidade Federal do Paraná

– Setor Palotina. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Toledo - PR. Embrapa Soja, Londrina-

PR, Brasil

O inseticida piriproxifem (PI) é utilizado em soja para o controle de Bemisia tabaci

(Gennadius,1889) (Hemiptera: Aleyrodidae). Sua pulverização é realizada

habitualmente no período em que também ocorrem percevejos na cultura. Assim, foi

conduzido um trabalho com objetivo de estudar o impacto do PI sobre a atividade de

predação e parasitismo de ovos do percevejo Euschistus heros (Fabricius, 1798)

(Hemiptera: Pentatomidae). O experimento foi realizado na safra 2018/19 em

Londrina-PR, Brasil, entre área de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e

mata reflorestada. Os tratamentos utilizados foram de PI nas doses de 25, 37,5 e 50

g i. a. ha-1, tiametoxam + lambda-cialotrina (NP) na dose 28.2 + 21.2 g i. a. ha-1, e

testemunha sem pulverização. Foi adotado o delineamento de blocos ao acaso com

quatro repetições, em parcelas de 20 x 18 m semeadas com a cultivar de soja Bt

M6410 IPRO. Posturas de E. heros de ocorrência natural, com até dois dias, foram

quantificadas e demarcadas no terço médio e superior do dossel das plantas de soja

(estádio R5.5), em cinco pontos distribuídos na parte central de cada parcela. Em

seguida, os tratamentos foram aplicados com pulverizador costal motorizado. Após

96h, os ovos foram coletados e a eclosão das ninfas e/ou parasitoides foi avaliada.

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo

teste de Tukey (p ≤ 0,05). Com a menor e maior dose de PI, foi observada predação

de ovos de 26,4% e 35% respectivamente, contra 6,6% com NP. O parasitismo na

testemunha sem inseticida foi de 7,3%. Os tratamentos contendo PI e NP não

afetaram parasitismo [F(4, 12) = 3.190, p = 0.053] ou eclosão de parasitoides [F(4,

12) = 0.945, p = 0.471] em relação ao controle. O percentual de parasitismo foi maior

nos blocos mais próximos às áreas de mata em relação ao mais distante [F(3, 12), p

= 0.024]. Isso indica que tais áreas favorecem a manutenção de organismos de

controle biológico. Sendo assim, é possível concluir que nas condições avaliadas, PI

foi seletivo sobre a atividade predatória e parasitismo de ovos de E. heros em soja

Bt.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CNPq e Embrapa Soja

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Compatibilidade in vitro de inseticidas para o controle de pragas de

solo de cana de açúcar com Beauveria bassiana

Giovani Smaniotto; Natalia D. Danzi; Joacir do Nascimento; Arthur Oliveira;

Isabella C. S. do Egito; Matheus H. T. G. Borges; Bianca M. Orini.; Matheus R.

Faria; Ricardo A. Polanczyk

Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita Filho", 14884-

900, Jaboticabal-SP, Brasil

A mistura de produtos químicos e biológicos no tanque de pulverização é cada vez

mais frequente na literatura e sua compatibilidade precisa ser avaliada para otimizar

a sua eficiência em campo. Este trabalho foi realizado com o intuito de verificar a

compatibilidade de inseticidas recomendados para o controle de pragas na cultura

de solo da cana de açúcar e o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana IBCB

170, considerado muito promissor para o controle dessa praga. Nos testes de

compatibilidade in vitro 11 inseticidas (Actara®, Altacor®, Capture®, Engeo Pleno®,

Evidence 700®, Diamante®, Imidacloprid Nortox®, Marshal Star®, Regente 800®,

Talisman®, Singular®) foram testados em três doses (mínima, media e máxima)

com a mistura desses ao meio de cultura ainda liquido e sua transferência para

Placa de Petri onde uma alíquota de 5 µL do fungo foi inoculada no centro da placa

com uma micropipeta e espalhada na superfície com auxílio de uma alça de

Drigalski. Em cada tratamento foram utilizadas 10 Placas de Petri (repetições). O

material foi acondicionado em BOD e sete dias depois foram avaliados os

parâmetros crescimento vegetativo, esporulação e viabilidade de conídios. Para

determinar a compatibilidade entre os inseticidas e B. bassiana foi utilizada a fórmula

descrita por Rossi-Zalaf et al. (2008). O inseticida Evidence® 700 inibiu o

desenvolvimento do fungo nos parâmetros avaliados. O crescimento vegetativo e

esporulação variaram entre as doses testadas de cada produto. A germinação de

conídios foi inversamente proporcional com a dose de cada produto. Pela fórmula de

compatibilidade, somente os inseticidas Singular® e Diamante® foram compatíveis

com o isolado de B. bassiana na dose recomendada, enquanto que o primeiro foi

compatível no dobro da dose recomendada, o que representa apenas 9% dos

tratamentos. Na mistura de B. bassiana com inseticidas visando ao controle de

pragas de solo da cana de açúcar, a compatibilidade é um importante aspecto a ser

considerado.

Palavras-Chave: fungo entomopatogênico; Controle Microbiano; MIP;

Apoio Institucional: CAPES

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443

Suscetibilidade do predador Chrysoperla externa (Hagen)

(Neuroptera: Chrysopidae) a inseticidas em duas vias de exposição

Luziani Rezende Bestete; Ellen Ketlen da Silva Ferreira; Jorge Braz Torres

Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco,

Recife, PE, Brazil. E-mail: [email protected]

Populações de Chrysoperla externa, tanto provenientes de campo, como

selecionadas ou não para a resistência, tem demonstrado tolerância a vários

princípios ativos de inseticidas. Essa característica pode resultar na permanência do

predador nos cultivos após aplicações de inseticidas e favorecer o manejo de pragas

de difícil controle. Neste trabalho avaliamos o impacto dos inseticidas lambda-

cialotrina, espinetoram e clorantraniliprole sobre C. externa mediante exposição

residual em superfície inerte e aplicação tópica com as concentrações de 1X e 0,5X

a dosagem de campo. Para o tratamento residual, placas de Petri de vidro foram

pulverizadas com 0,5 mL de cada concentração e 2 larvas de 5 dias liberadas por

placa. Via aplicação tópica, larvas receberam, no dorso, a aplicação de 0,5 µl da

cada utilizando seringa de Hamilton. Os experimentos foram realizados em triplicata

e a mortalidade avaliada 24h pós-tratamento, sendo os indivíduos sobreviventes

transferidos para recipientes limpos. Foram calculadas curvas de sobrevivência para

cada via de exposição e verificado os efeitos sobre a duração e viabilidade das fases

de larva e pupa. O tratamento com inseticidas interferiu na sobrevivência larval para

ambas vias de exposição. Lambda-cialotrina e clorantraniliprole permitiram alta

porcentagem de sobrevivência e, independente da via de exposição e concentração,

não diferiram do tratamento testemunha. Todavia, o espinetoram acarretou alta

mortalidade, notavelmente mais acentuada via aplicação tópica de 1X a dosagem de

campo. Não houve diferenças na duração do período pupal independente do

inseticida, via de exposição e dosagem utilizada. Porém, a duração da fase larval foi

influenciada por resíduos de lambda-cialotrina na dosagem 1X. Podemos concluir

que a lambda-cialotrina e clorantraniliprole demonstram ser seletivos e não afetam o

desenvolvimento da população em estudo de C. externa. De forma oposta, podemos

atribuir uma baixa seletividade ao Espinetoram, especialmente por via aplicação

tópica.

Palavras-Chave: Bicho-lixeiro; Diamida; Espinosina

Apoio Institucional: CNPq, FACEPE

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444

Eficiência da ação de agentes de biológicos no controle do

nematoide das galhas radiculares (Meloidogyne incognita) na

cultura da bananeira

Cláudio M. G. Oliveira; Juliana M. O. Rosa; Juliana Eulalio; José E. M. Almeida

Instituto Biológico

A bananeira é uma das culturas mais prejudicadas pelos nematoides fitoparasitos,

incluindo as espécies de nematoides das galhas (Meloidogyne spp.). Dessa forma,

objetivou-se estudar a eficiência da ação de produtos biológicos no controle de

Meloidogyne incognita na cultura da bananeira. O experimento foi inteiramente ao

acaso, com 6 tratamentos e 4 repetições. Parcela constituída de uma planta por

vaso de 5,0 litros contendo substrato autoclavado. Após o transplante da muda de

bananeira Prata Anã, cada planta foi inoculada com 2000 ovos de M. incognita. Os

tratamentos foram aplicados ao redor de cada muda, contendo os fungos Beauveria

bassianae e Metarhizium anisopliae, na dose de 4,8 kg/ha, provenientes da coleção

mantida no laboratório de Controle Biológico/CAPSA, IB, e o produto comercial

Rizotec (Pochonia chlamydosporia, cepa Pc 10, 4,0 kg/ha). Para comparação,

utilizou-se o Carboruran 100G (4 g/cova) como padrão de controle químico e

testemunha (sem tratamento). Aos 150 dias após inoculação, os tratamentos com M.

anisopliae e Rizotec mostraram-se potencialmente promissores, uma vez que para

Rizotec a eficiência do produto na redução da população de M. incognita foi de 49%,

com fator de reprodução (FR)=6,2; enquanto que M. anisopliae proporcionou

redução populacional de 66% e FR=4,2. Nas parcelas com B. bassiana, o FR foi

elevado (21,2), superior ao da testemunha com FR=12,1. Ainda, verificou-se que

houve diferença entre os tratamentos com os três agentes de controle biológico em

relação à testemunha com nematoide para altura das plantas. Para peso fresco das

raízes e peso fresco da parte aérea, somente M. anisopliae e Rizotec apresentaram

diferenças, indicativo que têm ação estimulante (efeito fitotônico), favorecendo o

desenvolvimento das raízes e parte aérea das plantas de banana, além do efeito na

redução populacional dos nematoides.

Palavras-Chave: Fitonematoides; Controle biológico; Fungos

Apoio Institucional: FESPESP - PDIP

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445

Influência do fruto hospedeiro de Anastrepha fraterculus no

comportamento de busca de parasitoides

Josué Sant'Ana; Patricia D. S. Pires; Geluse M. Caldasso; Luiza R. Redaelli

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O sucesso do controle biológico aumentativo depende de diferentes fatores, dentre

eles a eficiência de busca do parasitoide. A localização compreende uma série de

estímulos associados ao hospedeiro e ao seu habitat. Anastrepha fraterculus é uma

das principais pragas da fruticultura brasileira, sendo Diachasmimorpha

longicaudata, braconídeo de origem asiática e Aganaspis pelleranoi, figitídeo

neotropical, dois agentes de controle biológico desta espécie. O objetivo desse

trabalho foi avaliar a quimiotaxia de fêmeas de D. longicaudata e de A. pelleranoi

oriundas de larvas de A. fraterculus mantidas em dieta artificial, em goiaba vermelha

(Psidium guajava L.), var. Paluma ou em maçã (Malus domestica Borkh), var. Red

delicius. Larvas de terceiro ínstar criadas nestes três substratos foram expostas a

cada um dos parasitoides e, iormente, acondicionadas em potes plásticos com areia

até a emergência. Fêmeas de ambas as espécies, com quatro a seis dias de idade,

oriundas de larvas mantidas em dieta artificial ou em um dos frutos descritos, foram

submetidas a teste de escolha em olfatômetro Y. Foram avaliados os seguintes

contrastes: goiaba infestada x maçã infestada e goiaba sadia x maçã sadia. Fêmeas

de D. longicaudata provenientes de dieta artificial (controle) não apresentaram

preferência entre os frutos. No entanto, A. pelleranoi preferiu goiaba, quando

comparada com maçã. Fêmeas de D. longicaudata oriundas de larvas mantidas em

maçã e em goiaba foram atraídas para o fruto de origem. O mesmo não ocorreu com

fêmeas de A. pelleranoi mantidas em maçã. Foi constatado que o comportamento de

busca de fêmeas de D. longicaudata pode ser modificado (aprendizagem) em função

do substrato em que o hospedeiro se desenvolveu, sendo que o mesmo não foi

constatado para A. pelleranoi. O conhecimento dos aspectos que interferem nas

interações entre os parasitoides, A. fraterculus e frutos hospedeiros pode

potencializar o uso destes agentes em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: controle biológico; olfatometria; aprendizagem

Apoio Institucional: CNPq e CAPES

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446

Atratividade química dos óleos voláteis de Tagetes erecta ao

predador Adalia bipunctata (Coleoptera: Coccinellidae)

Marcelo M. Haro; Juliana O. Nicolao; Luís C. P. Silveira; Andrew Wilby

1 Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação

Experimental de Itajaí, CEP 88318-112, Itajaí, SC, Brasil, Email: [email protected]

2Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia - Rodovia SC 283, s/n, SC, 89703-720

3Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037, CEP 37200-00, Lavras – MG. 4

Lancaster University, Lancaster Environment Centre Lancaster, Lancaster University, LA1 4YQ,

United Kingdom

Compostos voláteis liberados pelas rotas secundárias das plantas são uma

importante ferramenta no recrutamento, direcionamento e atração de inimigos

naturais em agroecossistemas, fato que contribui efetivamente na supressão de

insetos pragas nestes ambientes. O objetivo deste trabalho foi investigar a

atratividade dos óleos voláteis de Tagetes erecta L. (Asteraceae) provenientes de

diferentes órgãos coletados em diferentes estágios de desenvolvimento ao predador

Adalia bipunctata (Linnaeus, 1758) (Coleoptera: Coccinellidae). Foram utilizadas

folhas e flores coletadas 60, 90 e 120 dias após germinação totalizando seis

tratamentos. A extração dos óleos voláteis foi realizada por arraste a vapor em

aparelho de Clevenger modificado. A análise da composição química dos óleos

voláteis foi realizada mediante cromatografia em fase gasosa (CG-FID) e

cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Para

o bioensaio foi utilizado um olfatômetro em “Y” contendo como estímulo óleos

voláteis de T. erecta extraídos de folhas e flores coletadas em diferentes épocas. A

frequência relativa das respostas binomiais foi analisada por meio do teste Qui-

quadrado. O predador A. bipunctata respondeu positivamente aos óleos voláteis das

flores de T. erecta advindos das três diferentes épocas de desenvolvimento e aos

óleos das folhas de 120 dias. A maior porcentagem de escolha foi obtida no

tratamento com flores de 90 dias, seguida por flores de 120, 60 e folhas de 120,

respectivamente. Houve diferenças quantitativas e qualitativas na composição dos

óleos de flores e folhas, o que provavelmente influenciou no resultado do bioensaio.

Sendo assim, as flores de T. erecta e folhas com 120 dias foram atrativas ao

predador A. bipunctata, podendo ser utilizada para alterar manipular sua distribuição

e abundância na paisagem agrícola.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES

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447

Trichogramma pretiosum (Trichogrammatidae) pode aprender a

reconhecer ovos de Grapholita molesta (Tortricidae)?

Luiza R. Redaelli; Paloma G. Della Giustina; Josué Sant’Ana

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, UFRGS

Trichogramma pretiosum (Riley) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é um

parasitoide de ovos de lepidópteros utilizado no controle biológico e que se orienta,

principlamente, por pistas químicas, o que auxilia a busca por hospedeiros. Os

percentuais de parasitismo em ovos de Grapholita molesta (Busck) (Lepidoptera:

Tortricidae), importante praga de rosáceas, são baixos e a relação desse micro-

himenoptero com os cairomônios oriundos dos ovos deste hospedeiro ainda não foi

estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do aprendizado na

quimiotaxia e no parasitismo de fêmeas de diferentes idades de T. pretiosum a ovos

de G. molesta. Os parasitoides foram multiplicados e mantidos em ovos de Ephestia

kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae). As fêmeas experientes ficaram expostas

a ovos de G. molesta (com até 24 h de idade) por cinco horas. A resposta

quimiotáxica de fêmeas de T. pretiosum, com e sem experiência em ovos de G.

molesta, nas idades 24, 48, 72 e 96 horas, foi observada em olfatômetro,

contrastando-se cartelas (PET) contendo ovos lavados vs. cartelas com ovos não

lavados de G. molesta (até 24 h de idade). A preferência de parasitismo de T.

pretiosum foi registrada nas mesmas idades expondo as fêmeas, experientes ou

não, individualmente a duas cartelas com 50 ovos lavados vs. 50 não lavados de G.

molesta (até 24 h de idade), por um período de três horas. A lavagem dos ovos

consistia em uma imersão das cartelas em solvente hexano (99%). O percentual de

fêmeas inexperientes que se direcionou para ovos lavados ou não, foi similar em

todas as idades porém, após um período de experiência, todas escolheram os ovos

não lavados. Quando inexperientes em ovos, o parasitismo só não diferiu nas de 24

h de idade, as demais preferiram parasitar os ovos lavados. Após a experiência

todas passaram a selecionar os não lavados. O estudo demonstrou que o

aprendizado intensifica o comportamento de busca e o parasitismo de T. pretiosum a

ovos de G. molesta. Trichogramma pretiosum (Riley) (Hymenoptera:

Trichogrammatidae) é um parasitoide de ovos de lepidópteros utilizado no controle

biológico e que se orienta, principlamente, por pistas químicas, o que auxilia a busca

por hospedeiros. Os percentuais de parasitismo em ovos de Grapholita molesta

(Busck) (Lepidoptera: Tortricidae), importante praga de rosáceas, são baixos e a

relação desse micro-himenoptero com os cairomônios oriundos dos ovos deste

hospedeiro ainda não foi estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência

do aprendizado na quimiotaxia e no parasitismo de fêmeas de diferentes idades de

T. pretiosum a ovos de G. molesta. Os parasitoides foram multiplicados e mantidos

em ovos de Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae). As fêmeas

experientes ficaram expostas a ovos de G. molesta (com até 24 h de idade) por

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448

cinco horas. A resposta quimiotáxica de fêmeas de T. pretiosum, com e sem

experiência em ovos de G. molesta, nas idades 24, 48, 72 e 96 horas, foi observada

em olfatômetro, contrastando-se cartelas (PET) contendo ovos lavados vs. cartelas

com ovos não lavados de G. molesta (até 24 h de idade). A preferência de

parasitismo de T. pretiosum foi registrada nas mesmas idades expondo as fêmeas,

experientes ou não, individualmente a duas cartelas com 50 ovos lavados vs. 50 não

lavados de G. molesta (até 24 h de idade), por um período de três horas. A lavagem

dos ovos consistia em uma imersão das cartelas em solvente hexano (99%). O

percentual de fêmeas inexperientes que se direcionou para ovos lavados ou não, foi

similar em todas as idades porém, após um período de experiência, todas

escolheram os ovos não lavados. Quando inexperientes em ovos, o parasitismo só

não diferiu nas de 24 h de idade, as demais preferiram parasitar os ovos lavados.

Após a experiência todas passaram a selecionar os não lavados. O estudo

demonstrou que o aprendizado intensifica o comportamento de busca e o

parasitismo de T. pretiosum a ovos de G. molesta.

Palavras-Chave: mariposa-oriental; voláteis de ovos; aprendizado

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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449

Efeito de películas minerais sobre maças infestadas por

Anastrepha frateculus no parasitismo de Diachasmimorpha

longicaudata

Cláudia B. Ourique; Patrícia D. S. Pires; Luiza R. Redaelli; Josué Sant'Ana

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, UFRGS

Nos últimos anos a tecnologia de películas minerais vem sendo testada para o

controle de espécies da família Tephritidae. Entretanto, é também importante

conhecer a ação desta ferramenta sobre inimigos naturais, como a

Diachasmimorpha longicaudata, principal espécie utilizada em programas de

controle biológico de indivíduos desta família. O trabalho objetivou avaliar o efeito de

películas a base de caulim no parasitismo de D. longicaudata em maçãs infestadas

por Anastrepha fraterculus, em laboratório. Foi realizada infestação artificial com 30

larvas de mosca de terceiro ínstar em maçãs da cultivar Gala, através de um corte

transversal e remoção de uma porção de polpa. Imediatamente após, os frutos

foram fechados, o corte protegido com uma faixa de parafilme e pulverizados com

caulim industrial 10% + água + espalhante adesivo (Break Thru® 0,1%) ou 5% de

Surround® WP + água. Frutos sem aplicação foram considerados controle. Após

secas, as maçãs foram colocadas individualmente em gaiolas de madeira forradas

nas laterais com voile contendo duas fêmeas de D. longicaudata (4 a 6 dias de

idade) onde permaneceram por duas horas em condições controladas (25 ± 1 °C; 60

± 10% UR; 14 horas de fotofase). Para avaliar a mortalidade natural das larvas, um

grupo de frutos infestados e sem aplicação foi mantido, pelo mesmo período, em

gaiola sem a presença de parasitoides. Após, os frutos foram colocados em potes

plásticos com areia esterilizada (1 cm) e permaneceram na mesma câmara por sete

dias. Os pupários foram mantidos em potes plásticos de 100 ml por 30 dias. Foram

realizadas 15 repetições e calculada a média de parasitoides emergidos. A média de

parasitoides emergidos (± EP) em frutos com Surround® WP (2,73 ± 0,658) foi igual

a testemunha (5,07 ± 0,923), sendo que o mesmo não foi observado para o caulim

(1,60 ± 0,629). Desta forma constatou-se que o Surround® WP não interfere no

sucesso do parasitismoNos últimos anos a tecnologia de películas minerais vem

sendo testada para o controle de espécies da família Tephritidae. Entretanto, é

também importante conhecer a ação desta ferramenta sobre inimigos naturais, como

a Diachasmimorpha longicaudata, principal espécie utilizada em programas de

controle biológico de indivíduos desta família. O trabalho objetivou avaliar o efeito de

películas a base de caulim no parasitismo de D. longicaudata em maçãs infestadas

por Anastrepha fraterculus, em laboratório. Foi realizada infestação artificial com 30

larvas de mosca de terceiro ínstar em maçãs da cultivar Gala, através de um corte

transversal e remoção de uma porção de polpa. Imediatamente após, os frutos

foram fechados, o corte protegido com uma faixa de parafilme e pulverizados com

caulim industrial 10% + água + espalhante adesivo (Break Thru® 0,1%) ou 5% de

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Surround® WP + água. Frutos sem aplicação foram considerados controle. Após

secas, as maçãs foram colocadas individualmente em gaiolas de madeira forradas

nas laterais com voile contendo duas fêmeas de D. longicaudata (4 a 6 dias de

idade) onde permaneceram por duas horas em condições controladas (25 ± 1 °C; 60

± 10% UR; 14 horas de fotofase). Para avaliar a mortalidade natural das larvas, um

grupo de frutos infestados e sem aplicação foi mantido, pelo mesmo período, em

gaiola sem a presença de parasitoides. Após, os frutos foram colocados em potes

plásticos com areia esterilizada (1 cm) e permaneceram na mesma câmara por sete

dias. Os pupários foram mantidos em potes plásticos de 100 ml por 30 dias. Foram

realizadas 15 repetições e calculada a média de parasitoides emergidos. A média de

parasitoides emergidos (± EP) em frutos com Surround® WP (2,73 ± 0,658) foi igual

a testemunha (5,07 ± 0,923), sendo que o mesmo não foi observado para o caulim

(1,60 ± 0,629). Desta forma constatou-se que o Surround® WP não interfere no

sucesso do parasitismo.

Palavras-Chave: caulim; parasitoides; mosca-das-frutas

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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O substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda tem

influência sobre Trichogramma pretiosum?

Natália A. Leite; Josué Sant’ Ana; Luiza R. Redaelli; Nelson C. Weber; Patrícia

D. S. Pires

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia, PPG Fitotecnia

A soja Bt, que expressa a proteína Cry1Ac, é utilizada no manejo de importantes

lepidópteros-praga. Contudo, é interessante que se estude seu efeito em agentes de

controle biológico destes herbívoros. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o

impacto do substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda (Smith)

(Lepidoptera: Noctuidae), soja Bt e não-Bt, no parasitismo e no desenvolvimento do

parasitoide Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em

ovos deste herbívoro. Ovos oriundos de S. frugiperda (˂ 24 h) que se alimentaram

durante a fase larval de soja Bt ou de soja não-Bt foram ofertados ao parasitoide em

testes com e sem chance de escolha, sendo feitas 25 repetições para cada

experimento. No bioensaio sem chance de escolha foram ofertados 40 ovos do

herbívoro de cada tratamento para uma fêmea do parasitoide (˂ 24 h), sendo que

neste teste as fêmeas parentais permaneceram isoladas em tubos de vidro (8,5 cm

× 2,5 cm) com uma gota de mel na mesma câmara. No experimento com chance,

foram expostos 20 ovos de cada tratamento concomitantemente. Após 3 h de

exposição, com e sem escolha, os ovos foram retirados e mantidos em câmara

climatizada. Os parâmetros biológicos avaliados nos dois bioensaios foram:

porcentagem de ovos de S. frugiperda parasitados e viabilidade do parasitoide. Além

disso, no bioensaio sem chance de escolha, o tempo de desenvolvimento de ovo-

adulto e a longevidade de fêmeas parentais foram computados. Os dados foram

comparados pelo teste-t ou de Kruskal-Wallis (P ≤ 0,05). Não houve diferença

significativa nos parâmetros registrados entre os tratamentos e em ambos os

bioensaios. Os resultados evidenciaram que o parasitismo de T. pretiosum em ovos

de S. frugiperda não é influenciado pela presença da proteína Cry1Ac na soja

utilizada como substrato alimentar. Este dado é um indicativo de que é possível

haver uma integração do controle biológico e uso de plantas transgênicas em

programas de manejo de S. frugiperda na soja, favorecendo práticas de controle

mais sustentáveis nesta cultura.

Palavras-Chave: transgênicos; inimigo natural; Spodoptera frugiperda

Apoio Institucional: CNPq; CAPES

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452

Toxicidad de Amistar sobre los depredadores Hippodamia

variegata, Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla

externa (Neuroptera: Chrysopidae) y el hongo entomopatógeno

Beauveria bassiana (Ascomycota: Hypocreales)

Schneider, Marcela Inés; Fogel, Marilina Noelia; Scorsetti, Ana Clara; Rosales,

Matías; Tornesello Galván, Julieta

CEPAVE (CONICET UNLP)

El Manejo Integrado de Plagas en un paradigma de control que promueve el uso

conjunto de estrategias de control de plagas de modo compatible. La compatibilidad

entre el control químico y biológico de plagas depende de la selectividad de los

plaguicidas hacia los enemigos naturales. En Ecotoxicología se ha abordado con

profundidad la selectividad de insecticidas; sin embargo, la selectividad de fungicidas

hacia enemigos naturales ha sido muy poco estudiada hasta el momento. El objetivo

del presente trabajo fue evaluar la toxicidad en laboratorio de dos fungicidas de uso

frecuente en agroecosistemas argentinos: Amistar® (azoxistrobina, Syngenta Agro)

y Carbendazim InsuAgro® (carbendazim, AgriStar) sobre tres depredadores (H.

variegata, E connexa y C externa) y un hongo entomopatógeno (B. bassiana). Para

los depredadores se evaluaron dos estados de desarrollo (huevo y adulto). Se

estudiaron las máximas concentraciones de ambos fungicidas y se seleccionaron las

vías de exposición por contacto inmersión (huevos) e ingestión a través de presa

tratada (adultos). Los puntos finales evaluados fueron: supervivencia, tiempo de

desarrollo y fecundidad y fertilidad en los organismos sobrevivientes. La evaluación

de toxicidad con B. bassiana se realizó in vitro. Ambos fungicidas produjeron efectos

a corto y largo plazo, los cuales variaron de acuerdo al enemigo natural considerado.

Chysoperla externa fue la especie menos afectada, en donde se evidenció un

aumento en la fecundidad y la fertilidad. Amistar® produjo volteo y falta de

coordinación en Coccinellidae cuando el tratamiento se realizó sobre adultos. De

acuerdo a estos estudios, la inocuidad de estos fungicidas hacia los enemigos

naturales evaluados quedaría descartada a nivel laboratorio, siendo necesario más

estudios sobre su toxicidad en otros estadios de desarrollo y vías de exposición. Si

bien no está claro el modo de acción de ambos compuestos sobre estos insectos

depredadores, los resultados obtenidos hasta el momento alertan sobre su toxicidad

Palavras-Chave: enemigos naturales; plaguicidas; toxicidas

Apoio Institucional: CONICET/Proyectos PIP 0205/PIP 0009

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453

Monitoramento e flutuação populacional de Cosmopolites sordidus

em 3 cultivares de banana no município de Campo Verde, MT

Marcela V. de Campos; Manoel M. Silva; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

A cultura da banana sofre com o ataque do moleque-da-bananeira (Cosmopolites

sordidus), praga de grande importância para a cultura em várias regiões do mundo.

O inseto ataca o rizoma e o pseudocaule da planta. As larvas abrem galerias no

rizoma e no pseudocaule, facilitando assim a entrada de patógenos e reduzindo a

absorção de água e nutrientes pela planta. O presente trabalho teve como objetivo

avaliar a ocorrência e a flutuação populacional do moleque-da-bananeira, em

pomares de banana Prata, Terra e Nanica, localizados no assentamento 14 de

Agosto, município de Campo Verde, Mato Grosso. Os estudos foram realizados por

meio de iscas tipo “telha”, entre novembro de 2013 a outubro de 2014. As iscas

foram colocadas próximas às touceiras, com a parte seccionada voltada para baixo.

As coletas dos insetos foram semanais e as trocas das iscas foram quinzenais. A

variedade Nanica foi a que apresentou o maior número de insetos capturados.

Todas as cultivares estudadas, apresentaram número médio mensal de indivíduos

capturados por isca/mês, abaixo do nível de controle estabelecido, com exceção dos

meses de fevereiro e março de 2014, onde os índices de infestação ficaram acima

do nível de controle (6,14 e 5,29 adultos capturados/isca/mês, respectivamente). A

flutuação populacional de C. sordidus foi influenciada positivamente pela

precipitação pluviométrica e pela umidade relativa do ar, apresentando maiores

níveis populacionais na época chuvosa.

Palavras-Chave: moleque-da-bananeira; Musa; sazonalidade

Apoio Institucional: IFMT

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Estimativas de fases imaturas de Helicoverpa armigera em

Dourados e Ponta Porã em apoio ao biocontrole

Maria C. P. Y. Pessoa1; Crébio J. Ávila2; Danilton L. Flumignan2; Geovanne A.

Luchini3; Ricardo Borghesi2

1.Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 Km 127,5, CEP: 13918-110, Jaguariúna/SP. Email:

[email protected]; 2 Embrapa Agropecuária Oeste, Rodovia BR 163, Km 253,6, CEP:

79804-970, Dourados, MS; 3 Bolsista PIBIC/CNPq Embrapa Meio Ambiente/PUCAMP (Embrapa

SEG 0213140030005003 -período:01-08-2017 a 31-07-2018)

Este trabalho determinou a duração das fases imaturas (ovos, lagartas e pupas) de

Helicoverpa armigera (Hübner, 1808) (Lepidoptera: Noctuidae), considerando suas

respectivas necessidades térmicas em condições climáticas dos municípios de

Dourados e de Ponta Porã, MS, na safra 2016/2017 de soja BMX Potência RR

(plantio: 8/11/16; colheita: 16/03/17). O controle biológico (CB) de H. armigera vem

apresentando parasitoides do gênero Trichogramma e das famílias Tachinidae e

Eulophidae, entre outros, como alternativas de contenção das fases de ovos,

lagartas e pupas. Condições climáticas específicas podem interferir no período de

disponibilidade dessas fases do inseto-praga durante o ciclo da cultura e devem ser

consideradas nas estratégias de CB local, para garantir sua maior eficácia. O estado

do Mato Grosso do Sul (MS) tem expressiva participação na produção de soja

nacional. Dourados e Ponta Porã estão entre seus maiores produtores municipais e

possuem características climáticas diferenciadas. Dados climáticos diários (INMET e

“Guia Clima”), demandas térmicas do inseto de literatura, programa cálculo de

graus-dias (UCLA/IPM-EUA) e planilha Excel foram utilizados. Os tempos e nº de

gerações completas obtidas foram: a) Dourados: 3,8 ± 0,5 dias (ovos), 15,5 ± 1,0

dias (lagartas), 13,5 ± 2,1 dias (pupas) e 4 gerações; e b) Ponta Porã: 4,0 ± 0,0 dias

(ovos), 16,8 ± 1,3 dias (lagartas), 14,3 ± 1,4 dias (pupas) e 3 gerações. As durações

de lagartas e pupas foram inferiores às de literatura (23,30 ± 0,30 dias e 17,60 ±

0,54 dias, respectivamente), obtidas para a cultivar em laboratório regulado com T e

UR próximas às médias municipais no ciclo da planta (25 ± 1°C e 70 ± 10%),

indicando que as T_máxima e T_mínima municipais interferem na disponibilidade

das fases imaturas e nº de gerações durante o ciclo da planta (129 dias) e que esses

resultados devam ser considerados nas estratégias de CB locais.

Palavras-Chave: Graus-dias; Glycine max; proteção de cultivos

Apoio Institucional: Embrapa

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Áreas aptas ao parasitoide exótico Fopius arisanus e a Bactrocera

carambolae considerando seis hospedeiros no Brasil

Maria C. P. Y. Pessoa1; Rafael Mingoti2; Jeanne S. Marinho-Prado1; Luiz A. N.

de Sá1; Beatriz A. J. Paranhos3; Laura B. do Valle4; Elio Lovisi Filho2; Giovanna

N. Beraldo4; André R. Farias2

1 Laboratório de Quarentena “Costa Lima”, Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 Km 127,5

Jaguariúna/SP, Brasil. Email: [email protected]; 2 Embrapa Territorial, Av. Soldado

Passarinho, 303 Campinas/ SP, Brasil; 3 Embrapa Semiárido, Rodovia BR-428, Km 152, Zona Rural,

Petrolina/PE, Brasil; 4 Instituto Geociências/graduandas Geografia (DGEO), UNICAMP, Rua Carlos

Gomes, n°250, Cidade Universitária, Distrito de Barão Geraldo, Campinas, SP

Fopius arisanus (Sonan, 1932) (Hymenoptera: Braconidae) é parasitoide ovo-pupal

de moscas-das-frutas, importado em 2012 do Hawaii (EUA), para subsidiar

estratégias de controle biológico clássico para o Manejo Integrado de Bactrocera

carambolae (Drew & Hancock, 1994) (Diptera: Tephritidae), praga quarentenária

presente em áreas do Amapá, Roraima e Pará. Grande esforço foi direcionado para

a criação laboratorial do parasitoide para futuras liberações em campo. Mas, o

sucesso das liberações demanda que ocorram em áreas aptas ao estabelecimento

do parasitoide em equilíbrio com B. carambolae em áreas de cultivos hospedeiros.

Esse trabalho avaliou as áreas municipais brasileiras de maior aptidão ao F.

arisanus e B. carambolae considerando Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)

que favoreçam o desenvolvimento desses insetos em áreas de cultivos de acerola,

carambola, goiaba, manga, pitanga e tangerina no país. Cruzamentos

georreferenciados (ArcGIS) foram feitos considerando os planos de informações: a)

malhas municipais de produtores das seis frutíferas - Censo Agropecuário

IBGE/2006; b) médias climáticas mensais de T e UR (2005-2014 do INMET/2017); c)

faixas ótimas para o desenvolvimento de: F. arisanus (18-28°C/60-80%) e B.

carambolae (25-27°C/65-75%); e d) malhas municipais IBGE/2007. Foi obtido

cenário das áreas brasileiras com pelo menos um mês nas condições favoráveis aos

parasitoide e à praga, e na presença de pelo menos uma frutífera hospedeira,

resultando nas seguintes quantidades de municípios aptos por estado: AC (20), AL

(67), AM (19), AP (10), BA (323), CE (164), ES (62), GO (104), PA (73), PE (155), PI

(210), PB (157), PR (89), MA (147), MG (171), MS (41), MT (82), RN (133), RJ (68),

RO (37), RR (9), RS (106), SC (18), SE (51), SP (274) e TO (75); e no DF. Os

municípios aptos dentro dos estados sob controle oficial da praga foram

identificados.

Palavras-Chave: gestão territorial; defesa fitossanitária; Brasil

Apoio Institucional: Autorização divulgação resultado (IN nº 28 de 20/07/2017):

Oficio no 29/2019/CGPP/DSV/SDA/MAPA (Processo 21000.038666/2018-48)

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Crescimento vegetativo e produção de conídios de Metharizium

anisopliae exposto a produtos utilizados na cultura da mandioca

Mariana F. de Macedo; Adriano L. Albonetti; Lucimara A. Araújo; Nathália C.

Andrade; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Luiz Meneghel

Metharizium anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) é um

fungo entomopatogênico utilizado no controle de pragas, e uma ferramenta

importante no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Nesse sentido, é importante

conhecer a interação entre os fungos entomopatogênicos com produtos

fitossanitários que podem integrar um mesmo programa de MIP. Assim, o trabalho

teve como objetivo avaliar a compatibilidade de produtos químicos comerciais

registrados para a cultura da mandioca sobre parâmetros biológicos do fungo M.

anisopliae (UNIOESTE 86). Para a avaliação de crescimento vegetativo, foram

preparadas placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo meio de cultura BDA,

onde o fungo foi inoculado com uma alça de platina em 3 pontos equidistantes na

superfície. A pulverização dos produtos foi feita após 48 h a fim de evitar a remoção

dos conídios, e as placas foram incubadas a 26±1ºC UR de 90% e fotofase de 12 h,

durante sete dias. Para avaliação, foram feitas duas medidas perpendiculares das

colônias, visando-se obter o diâmetro médio destas. Cada tratamento foi repetido

cinco vezes, e foi também realizado um tratamento controle, que foi pulverizado

apenas com água destilada. Após a avaliação do crescimento vegetativo, realizou-se

outra avaliação para a produção de conídios, na qual, duas colônias de cada uma

das placas foram recortadas e transferidas individualmente para tubos de vidro

estéril, onde foram adicionados 10 mL de água destilada com Tween 80 0,01% para

agitação, até o desprendimento dos conídios. Em seguida, foi feita a contagem dos

conídios em câmara de Neubauer. Os produtos Actara e Nomolt foram os únicos

que não diferiram da testemunha quanto ao crescimento vegetativo, e Actara e

Standak® Top também não diferiram quanto a produção de conídios. Por outro lado,

os produtos Callisto®, Cipermetrina®, Curyom®, Gaucho®, Poquer® e Tiger®

inibiram a produção de conídios em relação a testemunha de M. anisopliae.

Palavras-Chave: Fungos entomopatogênicos; Manejo integrado de pragas;

Compatibilidade

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento

da pesquisa

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Efectos letales y subletales de spirotetramat y metaflumizone sobre

el depredador Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae)

Fogel Marilina; Ana Clasra Scorsetti; Folorencia Sona; Marcela Schneider

1,3,4 Laboratorio Ecotoxicología y Control Biológico. Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores,

(CEPAVE-CONICET-UNLP). Boulevard 120 s/n entre Av. 60 y Calle 64, La Plata, Buenos Aires,

Argenitna. [email protected]. 2Instituto de Botánica Carlos Spegazzini. Facultad de

Ciencias Naturales y Museo, UNLP. Calle 53 Nro. 477, La Plata, Buenos Aires, Argentina

Eriopis connexa (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae) es un depredador generalista

considerado un agente potencial de control biológico en los cultivos de la Región

Neotropical. Para poder implementar herramientas de manejo sustentable en los

agroecosistemas, es necesario contar con estudios sobre efectos de plaguicidas de

bajo riesgo sobre el ambiente y los Enemigos Naturales (EN). El objetivo del

presente trabajo fue evaluar la toxicidad en laboratorio de los insecticidas

metaflumizone y spirotetramat sobre el cuarto estadio larval de E. connexa. Se

evaluaron las máximas concentraciones recomendadas para su uso en campo de

spirotetramat y metaflumizona: 90 y 240 mg i.a/L respectivamente. Se asperjaron

con las soluciones de insecticidas, plantas de trigo con pulgón verde, Schizaphis

graminum (Rondani) (Hemiptera: Aphididae), hasta punto de goteo y se dejaron

secar bajo campana. Una vez seco, se les ofreció el pulgón tratado ad libitum a las

larvas de cuarto estadio de 24 hs de edad. Se utilizaron 40 individuos por

tratamiento y se usó agua destilada como control. Los puntos finales evaluados

fueron: supervivencia y tiempo de desarrollo por estadio y acumulados. Una vez que

los organismos llegaron a adulto se evaluaron la fecundidad y fertilidad.

Metaflumizone redujo en un 10% la supervivencia de pupas y la supervivencia

acumulada (L4-adulto). Se observaron movimientos descoordinados en el 60% de

las larvas tratadas con metaflumizone pero luego de dos días lograron recuperarse.

Se observó un alargamiento en la duración del tiempo de desarrollo total con

metaflumizone. Spirotetramat redujo un 30% en la fecundidad y un 25% en la

fertilidad de las hembras Estos estudios alertan sobre los efectos letales como

subletales de ambos insecticidas sobre este depredador. Son necesarios más

estudios para poder completar el perfil toxicológico de ambos insecticidas de tal

manera de compatibilizar su uso en conjunto con los EN dentro del Manejo Integrado

de Plagas.

Palavras-Chave: enemigos naturales; plaguicidas; efectos subletales

Apoio Institucional: PIP 0205 y PIP 009 (CONICET)

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Entomopathogenic fungi isolates compatible with two pesticides to

control of the Plutella xylostella

Rogério T. Duarte; Naymã P. Dias; Kelly C. Gonçalves; Natália D. Damzi; Joacir

do Nascimento; Ricardo A. Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

The diamondback moth (DBM), Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera:

Plutellidae) is a major cruciferous pest worldwide. Its aggressiveness is mainly

related to its short lifecycle and high reproductive rate. The chemical control is the

main tactic used to control; however, microbial control strategies have been

proposed as an important tool to delay pest resistance evolution to pesticides. Our

aim was to evaluate the compatibility between entomopathogenic fungi isolates and

pesticides used on cabbage crops to control of the P. xylostella. We selected six

isolates virulent to DBM larvae from Beauveria bassiana (IBCB 01, IBCB 18, IBCB

66, IBCB 87), Metarhizium rileyi (ARSEF 7973) and Isaria sinclairii (LCMAP 10)

under laboratory conditions. The isolates were used in compatibility tests with five

active ingredients of pesticides [azadirachtin (AzaMax; 200 ml x 100 liter-1),

deltamethrin (Decis; 30 ml x 100 liter-1), methomyl (Lannate BR; 100 ml x 100 liter-

1), thiamethoxam (Actara; 20 g x 100 liter-1), and acephate (Orthene; 100 g x 100

liter-1)]. For each test, the pesticide was added to the culture medium in 10 Petri

dishes. These plates were inoculated with 5 µl (107 conidia/ml) of each isolated, and

the experiment was replicated ten times. The evaluated parameters were vegetative

growth, conidia production, and conidial viability after 7 days. The biological index

was calculated and standardized by the compatibility score. The biological

parameters evaluated of the all entomopathogenic isolates were greater when

exposed to thiamethoxam and azadirachtin. These pesticides were compatible with

all the isolates. Deltamethrin was compatible only with M. rileyi ARSEF 7973. Our

results indicate that the use of these isolates can be an important alternative in the

pesticidal management of P. xylostella.

Palavras-Chave: microbial control

Apoio Institucional: CAPES

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Toxicity of Tithonia diversifolia to Plutella xylostella (L.,1758)

(Lepidoptera: Plutellidae 1758) and biocontrol agent Chrysoperla

externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:Chrysopidae)

Pâmela B. Faria1; Wesley B. S. Paula1; Gabriel de Melo Botelho1; Bruno G.

Dami1; Andriely Borges Silva1; Eder O. Cabral1; Alessandra M. Vacari1

1Universidade de Franca

The aim was to evaluate the toxicity of Tithonia diversifolia extract on Plutella

xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) and the predator Chrysoperla externa

(Neuroptera: Chrysopidae). Kale leaves (Brassica oleracea var. acephala) of 8 cm in

diameter were immersed in 10 mL of the extracts of T. diversifolia in dichloromethane

at the concentration of 1%, for 10 seconds, the control we used leaf discs treated

using only dichloromethane. After drying under ambient conditions for 30 minutes,

the discs were individually placed in Petri dishes (9.5 cm diameter × 2.0 cm height)

on filter paper moistened with distilled water. Ten P. xylostella larvae of second instar

were placed on each leaf disc, each disc was considered a repetition and four

replications per treatment were observed. A 5 mL aliquot of the extract (1%) was

applied on glass surface (Petri dish 9 cm in diameter), which after drying was used to

evaluate the green lacewings exposed to the extract residues. Subsequently, a third

instar larva of the predator was placed in the Petri dish and eggs of Corcyra

cephalonica (Lepidoptera: Pyralidae) were used as prey. Evaluations were

conducted every 24 hours until total mortality of the individuals or formation of the

pupae. Ten replications were observed for each species (P. xylostella and C.

externa). The leaf extract of T. diversifolia caused a higher mortality (47.5%) of P.

xylostella larvae and did not cause mortality of predators when exposed to the extract

residues under laboratory conditions. Extract of T. diversifolia has insecticidal

potential against diamondback moth larvae and was selective to the C. externa which

favors its use as a control tactic in the integrated pest management. Keywords: green

lacewing; biological control; Integrated Pest Management. Support: CNPq e CAPES

Palavras-Chave: Keywords: green lacewing

Apoio Institucional: Capes e CNPq

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Controle de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp.

utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de Eugenia

uni

Rafael Rombaldi; Alessandro Pedro Schmieleski; Scheila Mara Varaschini

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Muito comum nas cidades brasileiras, Ficus sp. é uma espécie de planta arbórea

utilizada principalmente para fins paisagísticos. O tripes Gynaikothrips sp.

caracteriza-se como uma praga de Ficus sp., causadora do encarquilhamento e

galhas nas folhas atacadas, resultando em sua queda prematura. Dessa forma, o

presente trabalho teve como objetivo verificar a ação do fungo Beauveria bassiana

(Boveril®) e do óleo essencial de pitanga (Eugenia uniflora) na mortalidade de tripes

em Ficus sp. Para tal, foram coletadas folhas jovens de Ficus sp. fechadas pela

ação dos insetos, contendo adultos e juvenis. O experimento foi dividido em cinco

tratamentos, sendo eles: água destilada, Tween 80®, B. bassiana (108 con/mL),

óleo essencial de pitanga (1% v/v) e óleo essencial de pitanga + B. bassiana, sendo

os dois primeiros as testemunhas. Cada tratamento contou com dez repetições,

sendo cada folha considerada uma repetição. As soluções (10 µL) foram aplicadas

na parte adaxial da folha com uma micropipeta e estas foram acondicionadas em

potes plásticos transparentes com tampa e levadas à BOD (To 24 ± 2oC e

Fotoperíodo 12 h). Após quatro dias a mortalidade foi avaliada. Conforme os

resultados obtidos, somente o óleo de pitanga atuando juntamente com o fungo B.

bassiana (Boveril®), produziu efeito no controle do tripes, causando mortalidade

estatisticamente significativa dos insetos. Em comparação com as testemunhas, os

demais tratamentos não obtiveram efeitos significativos. Sendo assim, a forma mais

eficiente para o controle de Gynaikothrips sp. em Ficus sp. foi a utilizaçao de óleo

essencial de pitanga associado ao fungo entomopatogênico B. bassiana.

Palavras-Chave: Gynaikothrips sp; praga de plantas ornamentais; fungo

entomopatogênico

Apoio Institucional: inexistente

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Controle de Myzus persicae Sulzer, 1776 (Hemiptera: Aphididae)

utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de pitanga

Scheila Mara Varaschini; Rafael Rombaldi; Alessandro P. Schimieleski;

Jucelaine Haas

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Brassica oleracea é considerada uma planta herbácea e bianual, mas algumas

variedades são sublenhosas na base do caule. Dentre as pragas que atacam estas

culturas, o pulgão Myzus persicae causa danos diretos, pela sucção da seiva da

planta, afetando o crescimento; danos indiretos, entrada de patógenos na planta.

Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a ação de Beauveria

bassiana (Boveril®) e óleo essencial de pitanga na mortalidade de M. persicae. Os

Folhas jovens de B. oleracea foram banhadas nas soluções de óleo e fungo,

colocadas para secar e iormente acondicionadas em placas de petri. Então, foram

colocadas 10 ninfas de 2o e 3o sobre cada folha e as placas foram levadas à BOD (t

24°C ± 2°C e Fotoperíodo 12 h). A avaliação durou cinco dias. O experimento teve

cinco tratamentos, sendo eles: água destilada, água destilada e Tween 80®, B.

bassiana 108 con/mL, óleo essencial de Pitanga a 1% v/v e óleo essencial de

Pitanga + B. bassiana, os dois primeiros testemunhas. Cada tratamento teve cinco

repetições, cada folha era uma repetição. O delineamento experimental foi

casualizado e as médias comparadas com o Teste Scott-Knott 5%. Através das

análises estatísticas, verificou-se que nenhum dos tratamentos, B. bassiana, óleo

essencial de pitanga e óleo essencial de Pitanga + B. bassiana, obteve uma

diferença estatística quando comparados com as testemunhas. Mas futuros

trabalhos avaliando estes tratamentos sobre a biologia do inseto são essenciais para

verificar a sua eficiência.

Palavras-Chave: pulgão verde; fungo entomopatogênico; controle alternativo

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Potencial da associação de Beauveria bassiana e Pogostemon

cablin para o controle de Atta sexdens (Linnaeus, 1758)

Adriana S. Ricardo; Raiza Abati; Rodrigo M. A. Maciel; Fernanda C. Colombo;

Gabriela Osowski; Yasmin Cassiano; Willian Fonseca; Michele Potrich; Wilson

R. Filho

1Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 85660-00, Dois Vizinhos-PR, Brasil. E-mail:

[email protected]

Estudos por métodos de controle de formigas cortadeiras, além do controle químico,

vêm crescendo consideravelmente. O controle desses insetos-praga generalistas,

através do uso de fungos entomopatogênicos e óleo essências pode ser uma

alternativa promissora. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo verificar a

associação do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e do óleo

essencial de Pogostemon cablin Benth (Lamiaceae) para o controle de operárias de

Atta sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae). Os tratamentos testados

foram: 1- óleo essencial de P. cablin (patchouli) a 1%; 2- isolado IBCB 66 de B.

bassiana na concentração de 2,5×108 conídios.mL-1; 3- associação do isolado IBCB

66 de B. bassiana (2,5×108 conídios.mL-1) e óleo essencial de P. cablin a 1% e

como testemunhas 4- água destilada esterilizada e 5- água destilada esterilizada +

Tween 80® (0,01%). Os experimentos consistiram na pulverização de 750 µL de

cada tratamento sobre grupos de 15 operárias de A. sexdens com auxílio de um

aerógrafo Pneumatic Sagyma® acoplado a uma bomba Fanem® (pressão constante

de 1,2 kgF/cm2). Posteriormente as formigas foram alocadas em caixa poliestireno

do tipo gerbox (11 × 11 × 3,5 cm), juntamente com dieta sólida (100 mL de água

destilada, 1,5 g de dextrose e 0,5 g de ágar). Na sequência foram acondicionadas

em sala climatizada (26 ± 2 ºC, U.R. de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas) durante o

período de avaliação, que aconteceu a cada 24 horas, durante 10 dias. O isolado

IBCB 66 de B. bassiana e o óleo essencial de P. cablin não apresentaram eficiência

para o controle de A. sexdens quando testados isoladamente, provocando taxa de

mortalidade de 21,67% e 43,33%, respectivamente. Entretanto, quando os agentes

foram associados, provocaram 66,67% de mortalidade em operárias de A. sexdens

ao final do experimento. O tratamento de associação desses dois agentes

demonstrou potencial para o controle de operárias de A. sexdens.

Palavras-Chave: Formiga cortadeira; Controle alternativo; Patchouli

Apoio Institucional: Embrapa Florestas; Empresa Simbiose®; Universidade

Federal do Paraná; Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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Compatibilidade biológica in vitro de bioinseticidas e inseticidas

para Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae)

Kelly C. Goncalves; Jennyfer P. Soares; Natalia D. Danzi; Matheus H.T.G.

Borges; Rogerio T. Duarte; Ricardo A Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil.

Universidade de Araraquara, Araraquara – SP, Brasil

Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como

lagarta-falsa-medideira, é importante praga devido a sua elevada polifagia e

voracidade. A mistura de produtos no tanque de pulverização é comum entre os

agricultores para otimizar as operações agrícolas e economia de água. Desta forma,

se faz necessário conhecer a compatibilidade de produtos biológicos e quimicos a

fim de controlar satisfatoriamente essa praga em campo. Oito inseticidas registrados

para o controle de C. includens (Ampligo®, Avatar®, Belt®, Curyom®, Exalt®,

Lannate®, Larvin® e Premio®) foram adicionados individualmente e ao pares ao

meio de cultura na dose recomendada quando este ainda se encontrava liquido.

Após a solidificação do meio em Placa de Petri 5 µL de Thuricide® ou Dipel® foi

adicionada ao centro de placa. Desta forma foram avaliados 74 tratamentos, com 15

repetições (placas de Petri) por tratamento, totalizando 1.100 placas. A avaliação do

tamanho das colônias foi realizada pela medição da área durante sete dias de cultivo

em B.O.D. Ao final do período de avaliação nenhum tratamento reduziu o

crescimento do Bt, entretanto as combinações Dipel® + Curyom®, Dipel® +

Avatar®, Dipel® + Belt®, Dipel® + Larvin® + Curyom®, Dipel® + Ampligo®, Dipel®

+ Larvin® + Lannate®, Dipel® + Premio® + Curyom®, Dipel® + Larvin® + Exalt®,

Dipel® + Avatar® + Exalt®, Dipel® + Premio® + Lannate®, Dipel® + Premio® +

Curyom®, Dipel® + Belt® + Avatar®, Dipel® + Belt® + Larvin® e Dipel® + Belt® +

Larvin® favoreceram o crescimento bacteriano. Para o bioinseticida ThuricideÒ

também foi observado esse efeito positivo nas combinações: Thuricide® + Belt®,

Thuricide® + Avatar®, Thuricide® + Belt® + Premio®, Thuricide® + Curyom® +

Exalt®, Thuricide® + Belt® + Exalt®, Thuricide® + Belt® + Lannatte®, Thuricide® +

Larvin® + Premio®. A bactéria pode utilizar o inerte da formulação como fonte de

nutrientes, entretanto isso não implica necessariamente em aumento da toxicidade

para a espécie alvo.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; falsa medideira; mistura de tanque

Apoio Institucional: CAPES

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Compatibilidade do baculovírus AgMNPV com fungicidas e

herbicidas

Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F.

Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Eribidae) está entre os principais

lepidópteros que atacam a cultura da soja. Seu controle pode ser realizado utilizando

vírus entomopatogênicos, como Anticarsia gemmatalis Multiple

Nucleopolyhedrovirus (AgMNPV), porém é comum a ocorrência de A. gemmatalis no

mesmo momento que plantas daninhas e/ou doenças precisam ser controladas na

cultura. Portanto, é importante verificar a compatibilidade da associação entre

AgMNPV com fungicidas e herbicidas. Dessa forma objetivou-se verificar a

compatibilidade da associação entre AgMNPV, fungicidas e herbicidas, através de

ingestão por dieta artificial para A. gemmatalis. Os tratamentos avaliados foram: a)

herbicidas Bentazona (Basagran® 600), Clorimuron etílico (Clorimuron Master

Nortox®), Flumioxazina (Flumyzin® 500), Cletodim (Poquer®), Cletodim (Select 240

EC®), Imazapique + imazapir (Soyvance Pre®), Imazapique + imazapir

(Soyvance®), Glifosato sal de isopropilamina (Trop®) e b) fungicidas Azoxistrobina +

benzovindiflupyr (Elatus®), Piraclostrobina + metaconazol (Opera Ultra®),

Azoxistrobina + ciproconazol (Priori Xtra®), Trifloxistrobina + ciproconazol (Sphere

Max®). Os produtos foram testados nas concentrações recomendadas pelos

fabricantes. As caldas foram adicionadas nas dietas que foram oferecidas a lagartas

de 3º ínstar de A. gemmatalis. Como testemunhas utilizou-se dietas pura e apenas

com o vírus. Cada tratamento teve cinco repetições com 30 lagartas/repetição. O

ensaio foi conduzido em BOD (25 ± 2°C, e fotofase de 14 h) e as avaliações

realizadas diariamente. Os fungicidas e herbicidas avaliados não afetaram a

mortalidade de lagartas causada por AgMNPV. Isso indica que o baculovírus

AgMNPV é compatível com os herbicidas e fungicidas testados. A possibilidade de

mistura do vírus e os produtos fitossanitários testados garante maior praticidade na

aplicação e uma redução de custo da operação agrícola dando flexibilidade no

controle fitossanitário da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; Anticarsia gemmatalis; Interação

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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465

Impacto do distanciamento de faixa de plantas adicionais na

bordadura sobre a ocorrência de fitófagos no cultivo de couve

Rosana M. Morais; Alex M. Freitas; Vicente Handte; Artur Poffo; Cleber W.

Saldanha; Evandro L. Missio; Gerusa P. K. Steffen; Joseila Maldaner

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Centro de

Pesquisa em Florestas. BR 287, acesso VCR 830, km 4,5, Distrito de Boca do Monte, Santa Maria -

RS, CEP 97001-970, e-mail: [email protected] Universidade Federal de Santa Maria. Av.

Roraima nº 1000, Bairro Camobi, Santa Maria – RS, CEP: 97105-900.

O emprego de faixa de plantas adicionais em hortas é uma estratégia utilizada no

controle biológico conservativo, porém pouco se sabe a respeito do impacto do

distanciamento destas na ocorrência de insetos ao longo do cultivo. Objetivou-se

verificar a incidência de insetos fitófagos e a produção de couve (Brassica oleracea)

(Brassicaceae) em parcelas mantidas em diferentes distancias de uma faixa com

plantas adicionais. O estudo foi conduzido no Centro de Pesquisa em Florestas, em

Santa Maria, RS, de junho a dezembro de 2018. Em uma das bordas distais dos

canteiros foram plantados Tagetes patula (Asteraceae), Foeniculum vulgare

(Apiaceae) e Vicia faba (Fabaceae). Os tratamentos consistiram na distância das

parcelas com couve da faixa de plantas, sendo: (T1) de 0 a 2 m; (T2) de 10 a 12 m

e (T3) de 20 a 22 m. Cada tratamento possuiu cinco subparcelas com 10 plantas.

Semanalmente, em 10 plantas por parcela verificou-se o número de insetos fitófagos

e de folhas com danos. Foi registrado o número e a massa de folhas comerciáveis

em colheitas aos 80, 115 e 166 dias após o plantio. Coletou-se o total de 481 insetos

fitófagos, sem diferença entre os tratamentos (p=0,17). Houve menor número de

folhas (40,6) com danos de coleópteros no tratamento mais próximo da faixa de

plantas (p<0,01). A abundância de Diabrotica speciosa (Germar,1824)

(Coleoptera:Chrysomelidae) (15) e número de plantas infestadas (12) por esta foram

maiores (p<0,05) no tratamento mais distante da faixa de plantas. Nas parcelas mais

próximas da faixa de plantas, Plutella xylostella L. 1758 (Lepidoptera:Plutellidae) foi

registrada um mês após que nos demais tratamentos. Na primeira colheita houve

maiores médias de número de folhas (8,34) e massa foliar (234,6) em T1. Porém,

não houve diferença entre os tratamentos no total das três colheitas (p≥0,05). A

manutenção de plantas adicionais próximas ao cultivo da couve é uma prática

interessante na redução de danos e na presença de insetos desfolhadores.

Palavras-Chave: Brassica oleracea; danos; controle conservativo

Apoio Institucional: Fapergs

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Predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em diferentes

sistemas de manejo de pragas em soja

Tatiane Lobak1; Rodolfo Cecilio2; Larissa V. Correa3; José G. C. Theodoro4;

Adeney de F. Bueno2; Samuel Roggia6

1 Universidade Estadual de Londrina, [email protected]; 2 Instituto Agronômico do Paraná; 3Universidade Estadual de Maringá; 4 Universidade Estadual do Norte do Paraná; 6 Embrapa Soja

Euschistus heros (Fabricius, 1798, Hemiptera: Pentatomidae) é uma das principais

pragas da soja. A aplicação de inseticidas na lavoura pode afetar a ação de inimigos

naturais desse percevejo. O trabalho objetivou estudar a predação e parasitismo de

ovos de E. heros em diferentes sistemas de manejo de pragas em que se evitou a

aplicação de inseticidas durante o florescimento da soja. Os tratamentos foram: T1 –

testemunha sem inseticidas; em T2, T3 e T4 – foi aplicado inseticida

neonicotinoide+piretroide (INP) após o florescimento da soja ao ser atingido o nível

de controle (NC) de dois percevejos por pano, adicionalmente em T3 houve uma

aplicação de INP imediatamente antes florescimento, e em T4 houve duas

liberações de parasitoides de ovos, uma antes e outra durante o florescimento; em

T5 e T6 houve duas aplicações de INP, uma imediatamente após o florescimento e

outra duas semanas após, adicionalmente em T6 houve uma aplicação de inseticida

organofosforado durante o florescimento. O estudo foi conduzido na safra 2017/18,

cada tratamento teve quatro repetições, com parcelas de 90x200m. As avaliações

ocorreram ao longo da safra, logo após a aplicação dos tratamentos. Para avaliar a

predação, ovos de percevejo foram fixados em uma cartolina e esta foi presa a uma

haste metálica a 20cm de altura, em contato com a soja. Para avaliar o parasitismo,

os ovos foram posicionados na mesma haste, porém a 100 cm do solo e com uma

faixa de cola na haste logo abaixo da cartolina, para evitar o acesso de predadores.

Os ovos permaneceram em campo por 24 horas. As maiores taxas de parasitismo e

predação foram observadas no tratamento com liberação de parasitoides. A

aplicação de INP antes do florescimento não reduziu a predação e parasitismo em

relação a testemunha. No entanto, após duas aplicações seqüenciais de INP, houve

redução da atividade de parasitismo e predação. Essa redução foi mais intensa em

T6, com aplicação de organofosforado durante o florescimento.

Palavras-Chave: seletividade; controle biológico conservativo; manejo integrado de

pragas

Apoio Institucional: Bayer Crop Science; Embrapa Soja.

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Is Macrolophus basicornis Affected by Insecticides Used to Control

Whitefly Biotype B in Tomato?

Thaís F Matioli; Pedro T Yamamoto

“Luiz de Queiroz” College of Agriculture/University of São Paulo (ESALQ/USP)

The use of biological control applied to pest insects has been getting attention all

over the world. Some species of predatory mirids have been studied to control

tomato pests. Among the predators, a species naturally found in Brazil, Macrolophus

basicornis (Stal) (Hemiptera: Miridae), is very promising for the control of both

Bemisia tabaci Biotype B (Hemiptera: Aleyrodidae) and Tuta absoluta (Meyrick)

(Lepidoptera: Gelechiidae). In order to aid the integration of biological and chemical

controls for the whitefly Biotype B, this study evaluated the toxicity of seven

insecticides on adults of this mirid species. The insecticides evaluated were

buprofezin, cyantraniliprole, etofenprox + acetamiprid, acetamiprid, spiromesifen,

pyriproxyfen + acetamiprid, and bifenthrin, all of which are recommended for the

control of B. tabaci in Brazil. Adults were exposed to tomato leaves treated with the

insecticides, at the highest doses, 2 hours after the spraying, under laboratory

conditions (25 ± 2 °C, 70 ± 10% RH and 14:10 L: D). The design was completely

randomized with 6 replicates per treatment, and the mortality was recorded daily until

72 h of exposure. The insecticides buprofezin, cyantraniprole and spiromesifen were

similar to the control treatment. Etofenprox + acetamiprid and pyriproxyfen +

acetamiprid were less toxic than acetamiprid and bifenthrin 24 h after the exposure.

After 72 h of exposure, there was a similar reduction in live insect numbers for all of

these treatments. Bifenthrin was similar to acetamiprid 24 h later, but after 72 h it was

less harmfull than the others, reducing 79.4%, while etofenprox + acetamiprid,

pyriproxyfen + acetamiprid and acetamiprid reduced in 94,8, 89,7 and 100%,

respectively. In conclusion, buprofezin, cyantraniliprole and spiromesifen did not

cause lethal effect while etofenprox + acetamiprid, pyriproxyfen + acetamiprid,

acetamiprid, and bifenthrin caused high levels of mortality in 72 h of exposure to

adults of M. basicornis.

Palavras-Chave: Biological control; Ecotoxicology; Natural enemy

Apoio Institucional: Brazilian Federal Agency for the Support and Evaluation of

Graduate Education (CAPES)

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Target and non-target effects of eight essential oils on the cotton

aphid and its parasitoid Aphidius colemani

Michele Ricupero1; Orlando Campolo2; Rachele S. La Spina1; Nicolas

Desneux3; Gaetano Siscaro1; Vincenzo Palmeri2; Lucia Zappala1; Antonio

Biondi1

1University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Catania, Italy 2University of

Reggio Calabria, Dipartimento di AGRARIA, Loc. Feo di Vito, 89122, Reggio Calabria, Italy 3

Université Côte d’Azur, INRA, CNRS, UMR ISA, Nice, France

Among botanical extracts, plant essential oils (EOs) represent a promising tool for

the sustainable control of agricultural pests thanks to their low risk for pest resistance

development and non-target impact. However, EOs are not fully included on

Integrated Pest Management (IPM) programs because they can be phytotoxic and

show variable effects on target pests. These drawbacks can be mitigated by

employing novel formulations. Here, we assessed in laboratory conditions the contact

toxicity of eight nanoformulated EOs belonging to five botanical families (i.e.,

Apiaceae, Asteraceae, Liliaceae and Lamiaceae) against the cotton aphid, Aphis

gossypii (Hemiptera: Aphididae), by spraying infested cucurbit plants. Then, we

evaluated the acute toxicity of these substances by exposing adults of the parasitoid

Aphidius colemani (Hymenoptera: Braconidae) to EO Lethal Concentrations (LC)

90%, earlier estimated for the target pest. Anise, fennel, artemisia, garlic, lavender,

peppermint, sage and rosemary EOs caused a significant mortality to the pest and

their calculated LCs varied significantly. The tested formulations also showed

different selectivity towards the parasitoid. Our findings suggest that EO-based

nanoemulsions can be used as eco-friendly control tool against the cotton aphid.

Nevertheless, the non-target effects of nanocarried EOs on natural enemies used in

biological control should be carefully evaluated before their inclusion in IPM

programs.

Palavras-Chave: Integrated Pest Management; Botanical; Aphis gossypii

Apoio Institucional: This research was funded by the People Programme (Marie

Curie Actions) of the European Union’s 7th Framework Programme (APHIWEB

project n. 611810), by the University of Catania (5A722192113) and by the Italian

Ministry of Education, University and Research (SIR: RBSI14I02A; PRIN:

2015BABFCF)

Page 470: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

470

Screening da atividade inseticida de óleos essenciais para

Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebriodae)

Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Fabíola J. Silva;

Vanessa A. Gomes; Daniel Q. Domingos; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:

Tenebrionidae) é considerado o principal inseto praga em aviários de frangos de

corte no Brasil. O método comumente utilizado para o seu controle é baseado na

aplicação de inseticidas químicos sintéticos, os quais podem acarretar em efeitos

adversos, tais como a seleção de populações resistentes e a presença de resíduos

na carne. Dessa forma, metabólitos secundários apresentam-se como uma

alternativa promissora para o controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como

objetivo avaliar a atividade inseticida de óleos essenciais provenientes de Araucaria

angustifolia, Guarea kunthiana, Eremanthus encanus, Siparuna guianensis e Vitex

polygama para A. diaperinus, em ensaio tópico. Os óleos essenciais foram obtidos

através do método de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. Para a

condução do bioensaio foram empregadas larvas com 10 a 12 dias de idade, obtidas

a partir de criação mantida em laboratório. Os óleos essenciais (10 µL) foram

solubilizados em acetona (100 µL) e aplicados no dorso das larvas (1 µL),

empregando microseringa do tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi

inteiramente casualizado com 50 repetições por tratamento, sendo a parcela

experimental constituída por uma larva mantida individualizada. As avaliações foram

realizadas após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos. Para a

análise estatística os dados foram submetidos a análise de sobrevivência por meio

da distribuição de Weibull. Apesar dos resultados não serem tão promissores, o óleo

essencial proveniente de A. angustifolia causou a menor taxa de sobrevivência

(74,8%) entre os tratamentos avaliados. Ao passo que os demais óleos essenciais

não causaram redução na sobrevivência de A. diaperinus. Dessa forma, os óleos

essenciais provenientes de G. kunthiana, E. encanus, S. guianensis e V. polygama

não apresentam toxicidade para A. diaperinus, em ensaio de aplicação tópica.

Palavras-Chave: Cascudinho dos aviários; inseticidas botânicos; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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471

Atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius

diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebrionidae)

Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Fabíola J. Silva;

Vanessa A. Gomes; Daniel Q. Domingos; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae) é o principal

inseto praga em aviários de corte na avicultura Brasileira. Trata-se de um inseto

cosmopolita que encontrou na cama dos aviários um ambiente propício para a sua

proliferação. Nesse contexto, produtos oriundos de óleos essenciais de plantas

apresentam-se como uma fonte promissora a serem empregadas no controle desse

inseto. Dessa maneira, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade

inseticida de óleos essenciais provenientes de Agatus sp., Baccharis dracunligalia,

Dendropanix cuneatus e Protium widgrenni para A. diaperinus, em ensaio de

aplicação tópica. Os óleos essenciais foram obtidos por meio de hidrodestilação, em

aparelho do tipo Clevenger. No bioensaio foram empregadas larvas de terceiro

ínstar, provenientes de criação mantida em laboratório. Para a aplicação tópica, os

óleos essenciais foram solubilizados em acetona na concentração de 1%, e

alíquotas (1 µL) foram aplicadas no dorso das larvas, empregando microseringa do

tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 50

repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida

individualizada em tubo tipo ependorf. A testemunha negativa foi acetona. Após 2,

24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos foram realizadas as

avaliações pela contagem das larvas mortas. Os dados coletados foram submetidos

à análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. O óleo essencial

oriundo de D. cuneatus foi o mais ativo para A. diaperinus, causando mortalidade de

apenas 98%, após 120 horas da aplicação do tratamento. O tempo letal mediano, ou

seja, tempo necessário para causar 50% de mortalidade na população foi de apenas

10,3 horas. Portanto, o óleo essencial de D. cuneatus apresenta atividade tóxica

para A. diaperinus

Palavras-Chave: produtos naturais; cascudinho dos aviários; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

Page 472: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Bioatividade de óleos essenciais de Citrus spp. para Alphitobius

diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae)

Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Laís S. Porto;

Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários, Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:

Tenebrionidae), é uma importante praga na avicultuta brasileira. Os inseticidas

químicos sintéticos constituem o método mais comumente empregado para o

controle de A. diaperinus. Entretanto, o uso indiscriminado do controle químico pode

acarretar em resíduos de pesticidas nos alimentos. Nesse contexto, metabólitos

secundários de origem vegetal apresentam-se promissores para serem usados no

controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade

de óleos essenciais de Citrus aurantium, Citrus reticulata var. tangerine, Citrus

aurantium var. bergamia e Citrus aurantifolia para A. diaperinus, em ensaio de

ingestão. Os óleos essenciais foram obtidos comercialmente através da empresa

Ferquima®. Para o bioensaio foram empregadas larvas, mantidas em criação de

laboratório, com idade variando entre 10 a 12 dias. Os óleos essenciais (100 mg)

foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e incorporados a dieta (1 g). Após

evaporação do solvente, alíquotas (20 mg) foram transferidas para tubos tipo

epperdorf, onde foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi

inteiramente casualizado, com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição

constituída por uma larva, mantida individualizada. Acetona foi empregada como

testemunha negativa. As avaliações foram realizadas após 24, 48, 72, 96 e 120

horas do oferecimento dos tratamentos aos insetos. Os dados foram submentidos à

análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Os óleos essenciais

de C. aurantifolia e C. aurantium causaram redução de 40% na sobrevivência de A.

diaperinus. Ao passo, que os óleos essenciais de C. reticulata var. tangerine e C.

aurantium var. bergamia não reduziram a sobrevivência de A. diaperinus. Portanto,

os óleos essenciais de C. aurantifolia e C. aurantium apresentam metabólitos que

são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: produtos naturais; Cascudinho dos aviários; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

Page 473: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Extrato hexânico de Piper cubeba apresenta atividade inseticida

sobre Spodoptera frugiperda e Helicoverpa armigera?

Caio Cesar Truzi; Natalia Fernanda Vieira; Beatriz Ferracini; Joice Mendonça

de Souza; Sergio Antonio De Bortoli

Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade

Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane,

s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Spodoptera frugiperda (J.E Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga-chave da

cultura do milho, mas pode se alimentar de diferentes culturas, além de apresentar

elevada capacidade de adaptação. Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera:

Noctuidae) apresenta ampla distribuição geográfica, polifagia e alto potencial

reprodutivo. Os programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) para controle

desses insetos contam com algumas táticas como a utilização de inseticidas

químicos, inseticidas biológicos e plantas transgênicas, porém existem diversos

relatos de resistência a essas táticas. Como alternativa de controle, produtos

naturais extraídos de plantas, com poder inseticida, podem conter substâncias a

serem incorporadas no manejo destas pragas. Neste contexto, o objetivo deste

estudo foi avaliar a atividade inseticida do extrato hexânico de Piper cubeba em

lagartas de S. frugiperda e H. armigera, em condições de laboratório. Foram

realizados testes prévios de fitotoxicidade do extrato em plantas de milho,

verificando qual a concentração máxima que poderia ser utilizada sem causar danos

a planta. Com isso, foi empregada a concentração do extrato de 2,0%, além de um

tratamento controle com água destilada. Cubos de dieta artificial foram imersos nas

caldas por 5 segundos, secos em temperatura ambiente e colocados

individualmente em placas de Petri (9,0 cm de diâmetro) contendo uma lagarta de

segundo ínstar. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 10

repetições por tratamento para cada espécie, sendo cada repetição composta por 5

placas de Petri. Registrou-se a mortalidade de lagartas 7 dias após o início da

alimentação. Os dados foram comparados pelo teste Kruskal-Wallis (P > 0,05). O

extrato causou 90% de mortalidade para S. frugiperda e 2% para H. armigera,

enquanto o tratamento controle apresentou 4% e 2%, respectivamente. O extrato

hexânico de P. cubeba na concentração utilizada apresenta ação inseticida apenas

para lagartas de S. frugiperda.

Palavras-Chave: inseticida; extrato vegetal; Piperaceae

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

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Toxicidade letal de extratos de Annona sobre Pachycrepoideus

vindemmiae (Hymenoptera: Pteromalidae)

Daiana C. Oliveira; Liliane N. Martins; Fernanda C. S. Geisler; Paloma Stupp;

Shemene J. S. A. Audeh; Leandro P. Ribeiro; Daniel Bernardi; Flávio R. M.

Garcia

Universidade Federal de Pelotas

Pachycrepoideus vindemmiae (Rondani, 1875) (Hymenoptera: Pteromalidae) é um

parasitoide pupal de mais de 60 espécies de moscas, com destaque para Drosophila

suzukii (Matsumura) (Diptera: Drosophilidade), o qual é considerada a principal

espécie-praga em cultivos de pequenas frutas no Brasil. Recentemente, foi

verificado que produtos à base de acetogeninas obtidos de sementes de algumas

espécies de Annonaceae são promissores para o manejo da referida praga. Assim,

objetivou-se avaliar a toxicidade de extratos etanólicos preparados a partir de

sementes de Annona mucosa Jacq., Annona muricata L. e Annona sylvatica A. St.-

Hil, na concentração de 2.000 mg.L-1, sobre adultos de P. vindemmiae por meio de

bioensaio de ingestão. Como controle positivo, utilizou-se o inseticida sintético à

base de espinetoram (Delegate 250 WG™, 7,5 g i.a. 100 L-1). Para isso, adultos de

P. vindemmiae foram individualizados em copos plásticos de 200 mL e, iormente,

oferecidos os tratamentos via capilaridade em rolete de algodão hidrofílico por 24h.

Após, os mesmos foram retirados e os insetos alimentados com solução de mel a

10%. A mortalidade foi avaliada a cada 2h durante as primeiras 12h e, após, a cada

24h por 5 dias. A. mucosa ocasionou mortalidade de ≈ 35%, diferindo

estatisticamente do A. sylvatica (10%) e A. muricata (13,5% de mortalidade), após

120h de exposição. Contudo, com base na comparação dos intervalos de confiança,

os derivados botânicos foram semelhantes em relação aos valores de tempo letal

mediano (TL50) ajustado, os quais foram variáveis entre 195,34 e 224,78h.

Entretanto, ambas as formulações à base dos extratos etanólicos testados

apresentaram mortalidades inferiores ao inseticida sintético spinetoram (100% de

mortalidadeapós 120 h de exposição; TL50 = 39,25h). As formulações à base de

extratos etanólicos de sementes de A. mucosa, de A. muricata e de A. sylvatica

apresentam baixa toxicidade letal para o parasitoide P. vindemmiae, enquadrando-

se em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Palavras-Chave: Parasitoide; Acetogeninas; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: Capes

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475

Atividade fumigante de óleos essenciais para o ácaro Dermanyssus

gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae)

Cristina Bordin; Jaqueline S. Loeblein; Priscila A. Rode; Luis F. A. Alves;

Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Dermanyssus gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae) é considerado o mais

importante ectoparasita hematófago, associado à avicultura de postura. O uso de

acaricidas químicos sintéticos para o seu controle vem sendo intensificado, sendo

que muitas das vezes esses produtos não apresentam registro frente aos órgãos

competentes. Em decorrência da carência de produtos registrados para o controle

de D. gallinae faz-se necessária a busca por novas substâncias que possam ser

usadas para o manejo dessa praga. Nesse contexto, o uso de substâncias oriundas

do metabolismo de plantas apresenta-se promissor. Assim, o presente trabalho teve

por objetivo avaliar a atividade fumigante de óleos essenciais de Cinnamomum

cassia e Cinnamomum camphora var. Linalooliferum para D. gallinae. Os óleos

essenciais foram empregados em cinco concentrações variando entre 20 e 120

µg/cm3 para C. cassia e entre 40 e 200 µg/cm3 para C. camphora var.

Linalooliferum. Para tanto, os óleos essenciais foram previamente solubilizados em

acetona e aplicados em secções de papel-filtro. Após a evaporação do solvente, os

papeis foram inseridos em tubos de vidro. Os ácaros foram alojados em tubos tipo

ependorff os quais foram inseridos dentro dos tubos de vidro, de forma que os

ácaros tiveram contato apenas com os voláteis dos óleos essenciais. O

delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento,

sendo a parcela experimental constituída por 25 ácaros. Após 48 horas da

montagem do bioensaio avaliou-se a sobrevivência dos ácaros. A concentração letal

mediana (CL50), ou seja, concentração necessária para causar mortalidade em 50%

da população, foi obtida a partir de análise de Logit. As concentrações letais

medianas foram de 25,43 e 39,84 µg/cm3, para os óleos essenciais de C. cassia e

camphora var. Linalooliferum, respectivamente. Assim, os óleos essenciais

provenientes de C. cassia e C. camphora var. Linalooliferum são tóxicos para D.

gallinae em ensaio de fumigação.

Palavras-Chave: produtos naturais; praga avícola; produtos botânicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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476

Efeito tóxico e subletal do extrato hidroalcoólico e frações

purificadas de Ricinus communis sobre Chrysodeixis includens

Wal

Jheniffer V. Warmling; Yuri R. A. de Lima; Lucas Battisti; Franciele Camargo;

Michele Potrich; Tatiane L. C. Oldoni; Everton R. Lozano

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos

Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga polífaga,

que afeta significativamente a produção em culturas como feijão, algodão, soja e

hortaliças. Nos sistemas de produção orgânica há poucas alternativas para o seu

controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito letal e subletal da CL50

de extrato botânico hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus communis L.

(Euforbiacea) sobre larvas de C. includens. Para isso, utilizou-se o extrato

hidroalcoólico à 5% e determinou-se a CL50 das frações purificadas, hexano (2,0%

(20000ppm)), diclorometano (5,8% (58000ppm)) e acetato de etila (4,7%

(47000ppm)), aplicando-se sobre a capsula cefálica de larvas de segundo instar de

C. includens, além das testemunhas (água e álcool 90%). Para cada tratamento

foram utilizadas 40 lagartas individualizadas (repetição), em placas de cultura de

células com 12 poços contendo dieta artificial. As placas foram acondicionadas em

ambiente climatizado e a avaliação foi realizada diariamente, durante cinco dias,

quantificando-se o número de mortos. A partir do quinto dia de avaliação

acompanhou-se o desenvolvimento das lagartas sobreviventes avaliando o efeito

subletal para os parâmetros: duração do período larval em dias, percentual de

empupamento, peso de pupa, razão sexual, percentual de emergência e

longevidade de machos e fêmeas. A CL50 da fração hexânica e da fração aceto

etílica causaram mortalidade de 75,00% e 55,00%, respectivamente, diferindo

significativamente da testemunha. Já as demais frações purificadas não

apresentaram efeito letal sobre C. includens. Em relação aos demais parâmetros

avaliados, nenhumas das frações purificadas apresentou efeito subletal sobre C.

includens. As frações purificadas de R. communis, com destaque a hexânica,

apresentam efeito tóxico para C. includens e não causam efeitos subletais, porém

estudos complementares de semi campo e a campo são necessários.

Palavras-Chave: Controle alternativo; inseticidas botânicos; lagarta falsa-medideira

Apoio Institucional: Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia

(UMIPT) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq) pelo auxílio financeiro.

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477

Efeito de diferentes doses do óleo de Neem em ninfas de 5º instar

de Eushistus heros

João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno;

Hugo R. Maciel; Alan Effgen; Jessica A. de O. Muniz

Instituto Agronômico do Paraná

Eushistus heros Fabricius, 1798 (Hemiptera: Pentatomidae) é, atualmente, a espécie

mais importante no complexo de percevejos da soja. Seu manejo é complexo, o

potencial de dano é elevado e os produtos registrados para seu controle são,

geralmente, mediana à extremamente tóxicos, sendo necessário o estudo de novos

produtos. O óleo de Neem tem ação inseticida já comprovada em culturas como o

tomateiro, e é pouco agressivo ao meio ambiente. Visando alternativas no controle

de E. heros, avaliou-se o efeito de diferentes doses do óleo de neem em ninfas de 5º

instar. O bioensaio foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado,

composto por seis tratamentos (testemunha sem controle, óleo de nem à 0,67 %, 1

% e 1,3 %, Azamax à 4% e Engeo Pleno à 0,17 %) e dez repetições (cada repetição

com dez percevejos). Ninfas de 5º instar foram pulverizadas com o auxílio de “Torre

de Potter” calibrada para depositar um volume de calda de 1,5 ± 0,25 mg/cm2. Após

o tratamento, os insetos foram colocados em caixas plásticas (11x11x3 cm) e

acondicionados em B.O.D. reguladas a 25 ± 2°C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de

14/10h (C/E) junto com alimento (vagem de feijão, amendoim e soja). A mortalidade

das ninfas, tempo para a mortalidade das ninfas, o período do 5º instar, a

longevidade dos adultos e o número de ovos por fêmea adulta foram avaliados. O

tratamento com Engeo Pleno obteve 100 % de mortalidade no primeiro dia, já nas

concentrações do óleo de neem foi semelhante a testemunha variando de 1 a 3

percevejos em média. O óleo de neem e o AZAMAX nas concentrações utilizadas

não afetaram a longevidade dos adultos, o tempo de 5º instar, o tempo para

mortalidade das ninfas e o número de ovos por fêmea. Portanto, os resultados

obtidos indicam que os tratamentos de neem não apresentaram efeito de contato no

percevejo, precisando estudar o efeito de ingestão assim como o efeito em instares

mais jovens da praga para estimar seu potencial de uso como inseticida no controle

dessa praga.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; praga-chave; fase imatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

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Toxicidade de óleos essenciais provenientes de anonáceas para

Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae)

Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Murilo S. Oliveira; Jociani Ascari;

Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diapenirus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), popularmente

conhecido como cascudinho dos aviários, vem causando diversos prejuízos para

avicultura no Brasil. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de

óleos essenciais provenientes de Annona sylvatica (folhas), Duguetia lanceolata

(cascas do caule), Xylopia brasiliensis (cascas do caule) e Xylopia sericea (folhas)

para A. diaperinus, em ensaio de ingestão. Os óleos essenciais foram obtidos a

partir do material vegetal seco (200 g), empregando o método de hidrodestilação em

aparelho do tipo Clevenger. Para o bioensaio foram utilizadas larvas com 10 a 12

dias de idade, mantidas em dieta artificial. Os óleos essenciais (100 mg) foram

solubilizados em acetona (1 mL) e incorporados à dieta artificial (1g). Após a

evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg), contendo os tratamentos, foram

transferidas para tubos do tipo eppendorf, onde foi inoculada uma larva. O

delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50 repetições para

cada tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida

individualizada. A testemunha negativa consistiu de dieta acrescida de acetona. Os

insetos tiveram a sobrevivência avaliada após 24, 48, 72, 96 e 120 horas do início do

bioensaio. Para análise estatística, os dados foram submetidos a análise de

sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Apesar dos óleos essenciais

provenientes de A. sylvatica, X. brasiliensis e X. sericea causarem redução na

sobrevivência de A. diaperinus, os resultados mais promissores foram encontrados

para o óleo essencial de D. lanceolata. O tratamento com D. lanceolata causou

sobrevivência acumulada de apenas 2%, após 120 horas do início do bioensaio,

destaca-se que o tempo letal mediano foi de apenas 45,5 horas. Dessa forma, o óleo

essencial de D. lanceolata apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para

A. diaperinus.

Palavras-Chave: inseticidas botânicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

Page 479: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

479

Bioatividade de óleos essenciais de anonáceas para Alphitobius

diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae)

Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Murilo S. Oliveira; Jociani Ascari;

Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários Alphitobius diapenirus (Panzer) (Coleoptera:

Tenebrionidae) é um inseto proveniente da África, que vem causando diversos

prejuízos à avicultura no Brasil, dentre eles é possível citar o dano nas estruturas

dos galpões; transmissão de patógenos e ainda a redução na eficiência de

conversão alimentar dos frangos. Diante disso, torna-se de essencial importância a

busca por novas moléculas que possam ser usadas para o controle desse inseto.

Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de óleos essenciais,

provenientes de Annona sylvatica (folhas), Duguetia lanceolata (cascas do caule),

Xylopia brasiliensis (cascas do caule) e Xylopia sericea (folhas) para A. diaperinus,

em ensaio de aplicação tópica. Os óleos essenciais foram obtidos por meio do

método de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. Para a realização do

bioensaio foram utilizadas larvas de A. diaperinus de terceiro ínstar obtidas de

criação em laboratório. Os óleos essenciais foram solubilizados em acetona e

aplicados topicamente nas larvas na concentração de 10%, utilizando seringa tipo

Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50

repetições para cada tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva

mantida individualizada em tubo tipo eppendorf. A testemunha negativa foi acetona.

As avaliações foram realizadas após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos

tratamentos. Os dados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a

distribuição de Weibull. Todos os óleos essenciais testados causaram redução na

sobrevivência de A. diaperinus, sendo os resultados mais promissores encontrados

para os óleos essenciais provenientes de D. lanceolata e X. sericea, os quais

causaram mortalidade de 100% nas larvas e tempo letal mediano, de apenas 1,7

horas. Assim, os óleos essenciais de A. sylvatica, D. lanceolata, X. brasiliensis e X.

sericea apresentam-se promissores como fonte de substâncias ativas para A.

diaperinus.

Palavras-Chave: metabólitos secundários; inseticida botânico; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

Page 480: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Metabólitos secundários de plantas da família Annonaceae como

alternativa ao controle de Alphitobius diaperinus Panzer

Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Laís S. Porto; Denilson F. Oliveira;

Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido

popularmente como cascudinho dos aviários, vem causando diversos prejuízos à

avicultura no Brasil. Dentre eles é possível citar que atuam como reservatório e na

disseminação de patógenos; causam danos nas estruturas dos aviários e reduzem a

eficiência de conversão alimentar dos frangos. Nesse sentido, metabólitos

secundários de plantas apresentam-se promissores para serem usados no controle

desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de

frações solúveis em diclorometano, provenientes de extratos metanólicos, oriundos

de Duguetia lanceolata (cascas do caule), Xylopia emarginata (cascas do caule) e

Xylopia sericea (cascas do caule e frutos). Para o bioensaio foram utilizadas larvas

de 10 a 12 dias, mantidas em condição de laboratório. As frações (100 mg) foram

solubilizados em acetona (1.000 µL) e incorporadas à dieta (1 g). Após a evaporação

do solvente, alíquotas da dieta (20 mg) foram transferidas para tubos tipo eppendorf,

em que foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi inteiramente

casualizado, com 50 repetições, sendo cada repetição constituída por uma larva,

mantida individualizada em eppendorf. O experimento foi repetido duas vezes. Como

testemunha negativa foi empregada acetona. As avaliações foram realizadas após

24, 48, 72, 96 e 120 horas. Os dados coletados foram submetidos à análise de

sobrevivência, empregando a distribuição de Weibul. O tratamento com D.

lanceolata (cascas do caule) causou sobrevivência acumulada de 3% nos

indivíduos, sendo o tempo letal mediano (TL50) estimado em apenas 51,0 horas. As

frações provenientes de X. emarginata e X. sericea não causaram redução na

sobrevivência de A. diaperinus. Dessa forma, a fração das cascas do caule de D.

lanceolata apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: extratos vegetais; produtos naturais; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

Page 481: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

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Bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum spp. para

Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae)

Laís S. Porto; Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido

popularmente como cascudinho-dos-aviários, é um inseto cosmopolita, que

encontrou como lugar ideal para sua sobrevivência as camas de aviário de frangos

de corte. O uso de inseticidas químicos sintéticos para o seu controle acarreta na

seleção de populações de insetos resistentes, além de contaminação ambiental e

resíduos nos alimentos. Nesse contexto, metabólitos secundários de plantas

apresentam-se como uma alternativa viável para o controle desse inseto. Assim,

esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de óleos essenciais de

Cinnamomum camphora, Cinnamomum camphora var. Linalooliferum e

Cinnamomum cassia, em ensaio de ingestão para A. diaperinus. Os óleos

essenciais (100 mg) foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e adicionados a

dieta (1 g). Após a evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg) foram

transferidas para tubos tipo ependorff, em cada tubo foi inoculada uma larva (10-12

dias de vida). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente

casualizado com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por

uma larva mantida individualizada. A testemunha negativa consistiu de acetona.

Após 24, 48, 72 e 96 horas da montagem do bioensaio foram realizadas as

avaliações pela contagem do número de larvas vivas e mortas. Para a análise

estatística os dados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a

distribuição de Weibull. Foi constatado que o óleo essencial proveniente de C.

cassia causou 100% de mortalidade nos insetos. Destaca-se ainda que o tempo letal

mediano, ou seja, tempo necessário para causar mortalidade em 50% da população,

foi de apenas 24,4 horas para o tratamento com de C. cassia. Dessa forma, o óleo

essencial de C. cassia apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A.

diaperinus. Os óleos essenciais de C. camphora e C. camphora var. Linalooliferum

não foram tóxicos para A. diaperinus. Palavras-chaves: Produtos naturais,

inseticidas botânicos, manejo integrado. Apoio financeiro: Fundação Araucária,

CNPq.

Palavras-Chave: Produtos naturais; Inseticidas botânicos; Manejo integrado

Apoio Institucional: Fundação Auracária, CNPq

Page 482: Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1 · 2 Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596 Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina,

482

Potencial de Mikania laevigata, com fertilizante orgânico e Bacillus

thuringiensis, no controle de Fusarium oxysporum

Wellington Soares 1; Diounéia L. Berlitz 2; Neiva Knaak 3; Aida T. S. Matsumura 2; Marcia E. Silva 2; Akio S. Matsumura 2; Akira S. Matsumura 2; Lidia M. Fiuza 2

1-IFMT/Ciência e Tecnologia do Mato Grosso Cuiabá, MT - 2-ICB BIOAGRITEC LTDA. Bacteriologia,

Rua Arabutan, 386, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP: 90240-470. E-mail: [email protected] -3-EEA/IRGA,

Cachoeirinha, RS

As plantas de Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker (Asteraceae) foram previamente

tratadas com o biofertilizante orgânico Vairo e os sorovares de Bacillus thuringiensis

Berliner, 1911 (Bacilaceae), Bt.kurstaki (Btk) e Bt.aizawai (Bta) visando avaliar a

atividade antifúngica. As plantas foram selecionadas por homogeneidade, sendo três

repetições de três plantas, constituindo oito tratamentos: (i) H2O esterilizada com

DMSO (150 µM); (ii) B. Vairo (1:0,5); (iii) Ácido Jasmônico (150 µM); (iv) B.

Vairo com Ácido Jasmônico; (v) Btk - 150mL/100L; (vi) Bta -100g/100L; (vii) Btk com

Vairo e (viii) Bta com B. Vairo. Nos ensaios, 1mL da suspensão (1.10ˆ5 esporos) do

fitopatógeno Fusarium oxysporum Schltdl, 1824 (Nectriaceae) foi incubada

juntamente com 1mL dos diferentes extratos de M. laevigata, durante 1 hora,

temperatura ambiente (30ºC). Nas testemunhas, as incubações foram efetuadas

sem os extratos de M. laevigata. Em seguida, foram aplicadas 100μL dessa solução

em meio BDA, em triplicatas. Os tratamentos foram mantidos em B.O.D., a 28ºC por

72 horas. Em seguida foram quantificadas as Unidades Formadoras de Colônias

(UFC’s). A determinação da conidiogênese foi realizada após 5 dias de incubação,

onde foram recortados três discos aleatórios de 2cmˆ2 de BDA, aos quais foram

adicionados 9mL de H2O esterilizada e agitados em vórtex, durante 2 minutos. A

contagem de conídios foi realizada em Câmara de Neubauer e microscópio óptico

(400 x). Os resultados visando o controle do fitopatógeno, F. oxysporum, revelaram

na quantificação das UFC’s que os tratamentos que diferiram da testemunha e os

demais foram: Btk; Ácido jasmônico; e B. Vairoâ+Ácido jasmônico. Por outro lado, os

dados da conidiogênese mostraram diferença significativa quando comparados a

testemunha. Os resultados inferem que a aplicação do extrato de M. laevigata com o

biofertilizante Vairo e os sorovares de B. thuringiensis reduzem a conidiogênese e

consequentemente o controle do fitopatógeno F. oxysporum.

Palavras-Chave: Bactérias; Fungos; biofertilizantes

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA

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Toxicidade de Óleo Essencial de Ocotea bicolor sobre Sitophilus

zeamais em Trigo Armazenado

Luiz F. G. Striquer; Valkíria F. Silva; Carolina S. D. Damasceno; Felipe S. Dutra;

Sanderson B. de Lara; Otávio Luz; Juliane N. Swiech

Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa

– PR - CEP 84.030-900; Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta

Grossa, PR - CEP 84.030-900; Departamento de Quimica, Universidade Federal do Paraná,

Curitiba– PR - CEP 80.060-000

Sitophilus zeamais Motschulsky 1855 (Coleoptera: Curculionidae) é uma das pragas

de grãos armazenados de maior importância agrícola, devido ao seu elevado

potencial biótico e por causar grandes prejuízos na produção de grãos. O uso de

óleos de origem botânica, com possível ação inseticida tem sido alvo de estudos nos

últimos anos para o controle de pragas. Portanto, buscou-se neste trabalho verificar

o possível efeito inseticida do óleo essencial de O. bicolor sobre S. zeamais. Os

testes foram feitos avaliando-se a mortalidade dos insetos através da aplicação

tópica do óleo essencial de Ocotea bicolor (1μL/inseto) diluído em acetona, seguindo

delineamento inteiramente aleatorizado. Foram utilizadas as concentrações de 0%

(testemunha), 1%, 1,5%, 3,25%, 5% e 6,5% com 5 repetições e 10 insetos/parcela.

O experimento foi conduzido em ambiente controlado (25°C ±2°C) e os insetos

utilizados partiram da criação de laboratório (T=25° C±2°C, UR=70% ±10 e

fotoperíodo = 12h). A mortalidade foi avaliada 24h após as aplicações. Os dados

foram comparados utilizando ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey

com 5% de significância através do software R® v3.2.1. Além disso, foram

calculadas as DL50 e DL90 pela análise de Probit, também através do software R®.

Verificou-se que os valores foram distintos entre si (F = 41,165; P < 0,01). As

mortalidades médias obtidas para as concentrações 0% (testemunha), 1%, 1,5%,

3,25%, 5% e 6,5% foram respectivamente de 0%, 6,86%, 12%, 32%, 66% e 92%. O

valor calculado da DL50 foi de 3,61% e da DL90 de 9,23%. Com os resultados

obtidos, constatou-se que o óleo essencial de O. bicolor possui potencial ação

inseticida sobre S. zeamais.

Palavras-Chave: gorgulho; plantas inseticidas; controle de pragas

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Ponta Grossa

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Efeito carcinogênico e anticarcinogênico do resveratrol por mio do

teste para detecção de clones de tumors epiteliais (warts) em

Drosophila melanogaster

Moacir Ferreira Borges Júnior; Nayane Moreira Machado

Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM

Os flavonoides são compostos que se destacam por atuarem de diversas formas

nas células; sendo elas, antioxidante, inibição da proliferação celular, indução da

apoptose e eliminação ou interferência em carcinógenos. Além de tais atuações o

Resveratrol age na eliminação de radicais livres, ativação de várias enzimas e

proteção contra hidroxilos. Levando em consideração tais fatores, esta pesquisa

objetivou-se avaliar o efeito carcinogênico do resveratrol e anticarcinogênico quanto

associado a doxorrubicina em sistema de co-tratamento e a verificação de relação

dose dependente entre a presença de tumores e as concentrações utilizadas; por

meio do teste de detecção de clones de tumores epiteliais (warts) em Drosophila

melanogaster (Meigen, 1830 (Diptera: Drosophilidae). Para tanto, foi preparado

soluções com cápsulas de resveratrol, nas concentrações: 0,02; 0,04 e 0,08mM. O

tratamento foi executado com larvas de 72 horas provenientes do cruzamento de

machos da linhagem mwh/mwh e as fêmeas da linhagem wts/TM3. Para controle

negativo foi utilizado água de osmose reversa e como controle positivo foi utilizada a

Doxorrubicina. Os resultados mostraram que o Resveratrol apresenta efeito

carcinogênico nas concentrações de 0,04 e 0,08mM pois houve aumento,

estatisticamente significativo, na frequência de tumores quando comparadas com o

controle negativo. Demonstrou ainda, efeito anticarcinogênico nas demais

concentrações testadas, pois houve uma redução estatisticamente significativa

quando comparadas ao controle positivo; exibindo uma redução ainda maior, à

medida que aumenta a concentração de resveratrol associado à Doxorrubicina,

estabelecendo assim uma dose resposta.

Palavras-Chave: Câncer; Warts; Flavonoides

Apoio Institucional: Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM

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485

Efeitos letais e subletais dos óleos vegetais de babaçu e soja

degomado sobre o ácaro predador Typhlodromus ornatus

Wenner V. A. Saraiva; Isadora G. Vieira; Andréia S. Galvão; Ester A. do Amaral;

Adriano S. Rêgo; Adenir V. Teodoro; Nívia da S. Dias-Pini

1Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Avenida Mister Hull, 2977, 60356000,

Ceará, Brasil; *[email protected]; 2Instituto Federal do Maranhão, Campus São Luís

- Maracanã, Av. Curiós, s/n, Caixa Postal 433, São Luís, MA, Brasil; 3Departamento de Fitotecnia,

Universidade Estadual do Maranhão, Cidade Universitária Paulo VI, Av. Lourenço Vieira da Silva nº

1000, Bairro Jardim São Cristovão, 65055-310, São Luís, MA, Brasil; 4Embrapa Tabuleiros Costeiros,

Av. Beira mar, 3250, 49025-040, Aracaju, SE, Brasil; 5Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Drª Sara

Mesquita, n 2270, Pici, 600220-181, Fortaleza, CE, Brasil

O ácaro predador Typhlodromus ornatus (Acari: Phytoseiidae) é um inimigo natural

chave do ácaro-da-necrose Aceria guerreronis (Acari: Eriophyidae), considerado

uma das principais pragas da coconicultura mundial. Estratégias ecológicas de

manejo de A. guerreronis têm sido comprovadas ao utilizar os óleos vegetais de

babaçu e soja degomado no controle desse artrópode fitófago. No entanto, os

efeitos subletais desses óleos vegetais sobre T. ornatus ainda são desconhecidos.

Neste trabalho, a compatibilidade dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado a

T. ornatus foi avaliada por meio da integração de estimativas de concentração letal

(CL) com efeitos não letais de repelência e taxa de crescimento populacional desse

ácaro predador. Bioensaios de concentração-mortalidade revelaram que os óleos

vegetais de babaçu (CL50= 5,03 µl/cm2) e soja degomado (CL50= 4,14 µl/cm2)

foram cerca de 19 e 28 vezes menos tóxicos para T. ornatus, respectivamente, em

comparação a sua presa A. guerreronis. O óleo de babaçu não foi repelente a T.

ornatus, porém o óleo de soja degomado demonstrou efeito repelente em suas

diferentes concentrações e tempos de avaliação. Testes adicionais demonstraram

que independentemente das concentrações dos óleos vegetais testados, a taxa de

crescimento de T. ornatus foi sempre positiva. Do ponto de vista da seletividade, o

óleo de babaçu foi mais compatível com T. ornatus por não apresentar repelência.

Conclui-se que ambos os óleos vegetais avaliados apresentaram baixo risco a T.

ornatus sendo indicados como ferramentas promissoras para ser integrado em

programas de manejo com objetivo de controlar A. guerreronis em cultivos de

coqueiros.

Palavras-Chave: Repelência; Seletividade; Taxa de crescimento

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico

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Aplicação tópica do extrato etanólico de Asclepias curassavica L.

sobre Spodoptera frugiperda (J.E.Smith,1917)

Mozzer A. Lopes; Renato M. de Leão; Vânia M. Ramos; Welton P. Silva; Vitor C.

Russo; Viviane T. de Almeida; João V. S. Cruz

Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do

Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

A planta Asclepias curassavica L. (Asclepiadaceae) possui um metabólito

secundário denominado glicosídeo cardiotóxico o qual a caracteriza como uma

planta tóxica, com grande potencial para utilização no controle de lagartas. Sendo

assim, foi conduzido um estudo para verificar a ação de A. curassavica na

sobrevivência de Spodoptera frugiperda. O experimento foi realizado na instituição

de ensino Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), em Presidente Prudente –

SP, no Laboratório de Entomologia Agrícola (L.E.A.). As plantas foram coletadas,

secas e moídas, e a partir do pó foi confeccionado o extrato etanólico bruto. Este

extrato bruto foi diluído em álcool absoluto nas concentrações de 6% e 10%. Foram

dois ensaios: 1 aplicação e 2 aplicações, sendo a segunda aplicação 72 horas após

primeira. Foram feitas aplicações tópicas dos extratos sobre lagartas de quarto

ínstar, acondicionadas em potes plásticos de 75 ml, utilizando-se uma seringa de

Hamilton, foi aplicada uma gota de aproximadamente 0,1μL de extrato no dorso de

cada lagarta. Após, foi colocada, em cada pote contendo uma lagarta, dieta artificial

sem extrato no centro do pote para alimentá-las. Foi avaliado a mortalidade até 72

horas após a aplicação, e até 144 horas no ensaio com 2 aplicações. O

delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 6 tratamentos

e 20 repetições. Ao final das avaliações todos os resultados foram submetidos a

análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey a 5%. No experimento ficou

demostrado que o extrato diluído em álcool apresenta ação de contato sobre as

lagartas de quarto instar. Dos tratamentos contendo o extrato, todos ocasionaram

mortalidade, sendo o tratamento com 10% o mais eficaz, obtendo 90% de

mortalidade no 3º dia com apenas 1 aplicação; e 95% de mortalidade no 6 º dia com

2 aplicações. Aplicação tópica única ou dupla do extrato de A. currassavica nas

concentrações de 6% e 10% foram efetivas em S. frugiperda de quarto instar.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; Inseticidas botânicos; lagarta-do-cartucho

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

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Óleo de mamona (Ricinus communis L.) no controle de formiga

cortadeiras (Atta spp.) em campo

Welton P. Silva; Vitor C. Russo; Renato M. de Leão; Vânia M. Ramos; Mozzer A.

Lopes; Viviane T. Almeida; João V. S. Cruz

Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do

Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

As formigas cortadeiras, do gênero Atta são consideradas pragas importância

econômica em diversas culturas. Diante dos problemas causados pelo uso de

inseticidas químicos o objetivo desse trabalho é buscar novas alternativas de

controle para a formiga cortadeira. Foram utilizados 28 ninhos de formiga cortadeira

do gênero Atta, todos georreferenciados, sendo visualizados em mapa a partir de

dispositivos eletrônicos. Foram feitas pulverizações e ofertas de iscas contendo óleo

de Ricinus communis nos ninhos nas concentrações de 2 e 4%. Para a pulverização

cada ninho recebeu a quantia de 1,5L de calda distribuída numa área de 25m² a

partir da borda da área de terra solta do ninho. Nos tratamentos com isca de aveia

em flocos, a quantidade aplicada foi de 10 g de isca/m² de terra solta, oferecida nas

trilhas de forrageamento. Dessa maneira, foram formados 6 tratamentos: água

(testemunha pulverização), aveia (testemunha isca), óleo mamona 2% pulverizado,

óleo de mamona 4% pulverizado, óleo de mamona 2% isca de aveia, óleo de

mamona 4% isca de aveia, isca padrão à base de sulfluramida (Mirex-S). Cada

tratamento foi aplicado em 4 repetições (ninhos). Os parâmetros avaliados foram:

carregamentos de iscas e atividade de corte (forrageamento) através de avaliações

feitas após 24h, 48h, 72h, 7 dias, 15 dias, 30 dias e 60 dias após aplicação dos

tratamentos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Com os

parâmetros avaliados foram calculadas médias, e em função da homogeneidade dos

dados, ou seja, da ausência do coeficiente de variação, não foram aplicados testes

estatísticos e a análise foi descritiva. O carregamento de iscas não foi afetado pelos

tratamentos em que foram utilizados iscas aveia em flocos. Após 24 horas somente

o tratamento com Mirex-S pulverizado e na formulação de isca teve efeito formicida,

interferindo no desenvolvimento do ninho. O óleo de mamona não teve efeito de

repelência, fungicida ou formicida sobre formigas cortadeiras do gênero Atta.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; Inseticidas botânicos; saúva

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

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Bioatividade do extrato etanólico e frações de Euphorbia

pulcherrima sobre Spodoptera frugiperda

Viviane T. de Almeida; Vânia M. Ramos; Renato M. de Leão; Matheus V. Prado;

Leticia V. de Lima; João V. S. Cruz; Maria C. da Silva

Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do

Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

A lagarta-do-cartucho - Spodoptera frugiperda J.E.Smith, 1797 (Noctuidae) é uma

importante praga do milho, e atualmente a forma mais utilizada de controle é com

inseticidas químicos. Nesse contexto, a investigação de substâncias com ação

inseticida torna-se relevante. Diante disso o presente trabalho tem por objetivo

avaliar a ação do extrato etanólico e frações semipurificadas de folhas de Euphorbia

pulcherrima Willd. Ex Klotzsch 1834 (Euphorbiaceae) na biologia de Spodoptera

frugiperda. Foi elaborado o extrato a partir de folhas da planta E. pulcherrima (Bico-

de-Papagaio), que foram secas em estufa, trituradas e então solubilizadas em

etanol, obtendo o extrato etanólico bruto. O extrato etanólico bruto foi fracionado por

partição líquido-líquido com hexano, acetato de etila e diclorometano As frações

(hexano, acetato de etila e diclorometano) e o extrato bruto na concentração de 2%

que corresponde 20g para 1 litro de dieta foram incorporados durante o preparo da

dieta artificial, para o tratamento testemunha foi utilizado dieta artificial normal.

Cubos de dieta de aproximadamente 4g foram acondicionados em potes plásticos

de 75ml e iormente lagartas de segundo instar foram colocadas sob dieta artificial ad

libitum. Cada um do 5 tratamentos foi composto de 50 repetições, sendo cada

repetição uma lagarta. Os potes foram armazenados em sala climatizada, à

temperatura de 26,0°C ± 1,0°C, umidade 60% ± 10% e fotofase de 12 horas e

diariamente foi observada a mortalidade das lagartas até a fase de pupa. Entre as

frações e o extrato bruto, a fração hexânica foi a mais promissora como fonte de

substâncias com atividade inseticida sobre lagartas de S. frugiperda ocasionando

100% de mortalidade. Na sequência a fração diclorometano e o extrato bruto

apresentaram 52 e 42 % de mortalidade em lagartas S. frugiperda. A fração

hexânica do extrato de folhas de E. pulcherrima na concentração de 2% é eficiente n

controle de lagartas de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; extratos vegetais; lagarta militar

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

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Controle de ninfas Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera:

Aleyrodidae) por óleos e extratos vegetais em mudas de couve

manteiga

Adrielle L. S. Souza; Roberta Zani da Siva

Universidade Estadual do Tocantins

Poucos são os inseticidas registrados para o controle de mosca branca em

hortaliças. Os extratos de plantas e óleos vegetais podem ser utilizados no controle

de insetos pragas, sendo uma alternativa fácil e eficaz no manejo de insetos. Assim,

este trabalho teve como objetivo avaliar óleos e extratos vegetais no controle da

mosca branca. O experimento foi desenvolvido no viveiro de mudas do Complexo de

Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas - TO.

Os tratamentos utilizados foram: Água (Testemunha); Óleo de mamona; Óleo de

macaúba; Óleo de copaíba e Extrato de folhas de Angico em mudas de couve

manteiga. A concentração dos óleos foram 100% e do extrato de angico 100g/L de

água. A aplicação dos defensivos foi realizada uma vez por semana utilizando um

pulverizador manual em duas aplicações. A avaliação foi realizada pela contagem do

número de ninfas de mosca branca em três folhas de cada planta antes e após a

pulverização dos defensivos na base abaxial das folhas. O delineamento

experimental foi de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Os dados

foram submetidos à análise de variância e as medias comparadas pelo teste de

Tukey a 5% pelo programa SISVAR 4.1. O óleo de macaúba causou fitotoxidade nas

mudas de couve manteiga, os óleos de mamona e copaíba e o extrato de folhas de

angico quando aplicados nas mudas diminuíram o número de ninfas de mosca

branca na primeira e segunda aplicação. Nesse trabalho foi possível observar que

os óleos de copaíba e mamona e o extrato de folhas de angico tem potencial para o

controle de mosca branca.

Palavras-Chave: copaíba; mamona; angico

Apoio Institucional: Governo do Tocantins

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Influência do substrato de cultivo de plantas na ocorrência Bemisia

tabaci (Gennadius Hemiptera: Aleyrodidae)

Elieser R. Marques; Roberta Zani da Silva

Universidade Estadual do Tocantins

Existe uma gradual substituição do cultivo de hortaliças em solo para o cultivo em

substrato, principalmente quando a presença de patógenos no solo que

impossibilitam o cultivo. O substrato para cultivo deve proporcionar adequado

suprimento de ar e água ao sistema radicular deve ser de fácil manejo, baixo custo,

alta disponibilidade e ter longa durabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a

bainha de folhas de buriti como substrato na produção de plantas de pepino e sua

influência sobre a população de mosca branca. O experimento foi conduzido em

casa de plástico no município de Santa Tereza (TO). As plantas de pepino variedade

Longo verde e Caipira foram produzidas em vasos de 10 litros em diferentes

substratos: Areia pura, Bainha da folha do buriti moído e areia, na proporção de 25%

de buriti e 75% de areia, Bainha da folha do buriti com e areia na proporção de 50%

de buriti cinza e 50% de areia. Bainha da folha do buriti moído e areia, na proporção

de 75% de buriti e 25% de areia. O sistema de condução das plantas foi em fitilho e

realizada fertirrigação. A contagem de ninfas de moscas branca foi realizada no 16,

22 e 29 dias após o transplantio. O delineamento experimental foi em blocos ao

acaso com quatro repetições em esquema fatorial 2 x 4. Os dados foram submetidos

à análise de variância e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% pelo

programa SISVAR 4.1. O substrato contendo (50% areia e 50% bainha de buriti),

reduziu o número de ninfas de moscas brancas na cultivar Caipira quando avaliado

no vigésimo segundo dia pós transplantio

Palavras-Chave: Mauritia flexuosa; mosca branca; Cucumis sativus

Apoio Institucional: CNPq

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Efeitos de extratos aquosos vegetais sobre ninfas de Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae na cultura da Berinjela

(Solanum melongena L.) Maísa F. Ribeiro; Roberta Zani da Silva

Universidade Estadual do Tocantins

Solanum melongena L. é um fruto originária da Índia e possui grande importância

econômica e alimentícia, por isso, sua produção se torna cada vez mais ascendente.

Dentre os diversos fatores que podem reduzir sua produtividade, encontram-se os

insetos pragas, que danificam diferentes partes da planta, sendo geralmente

controlados por inseticidas. Em busca de uma produção livre de agrotóxicos, o uso

de extratos botânicos é uma alternativa de controle dessas pragas. O objetivo deste

trabalho foi avaliar os efeitos dos extratos aquoso e alcoólico de Allium sativum L e

Stryphnodendron adstringens no controle de mosca branca em mudas de berinjela

cultivar Embú. O estudo foi realizado em viveiro, na Universidade Estadual do

Tocantins, em Palmas-TO. Os tratamentos foram: extrato alcoólico do barbatimão

20 ml/L; extrato aquoso de alho 160 ml/L; alho + barbatimão (1:1) e testemunha.

As mudas foram desenvolvidas em sacolas plásticas contendo terra preta e esterco

bovino na proporção 2:1. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em

esquema fatorial 4x3, com 25 mudas para cada tratamento. Os extratos foram

aplicados a cada sete dias por meio de pulverização em três aplicações sendo a

primeira coleta de folhas realizada antes da aplicação dos defensivos e as demais

após. A avaliação da eficiência dos extratos foi por meio da contagem dos números

de ninfas de mosca branca encontradas na área abaxial das folhas coletadas, para

isso foram utilizadas quatro folhas por parcela e analisadas em laboratório com um

microscópio estereoscópico. Na primeira aplicação não houve diferença significativa

entre os tratamentos pelo Teste de Tukey a 5%, já na segunda e terceira aplicação o

extrato de alho reduziu o número de mosca branca em mudas de berinjela.

Palavras-Chave: Alho; barbatimão; mosca branca

Apoio Institucional: CNPq

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Atividade inseticida de óleos essenciais sobre Myzus persicae

(Sulzer, 1776) (Hemiptera:Aphididae) em couve-verde

Suellen G. da Silva; Simone M. Jahnke; Josué Sant’Ana; Rosana M. de Morais

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul programa de pós graduação em Fitotecnia (Av.

Bento Gonçalves, 7712, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil), *email: [email protected].

SEAPDR - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul,

Centro de Pesquisa em Florestas ( BR 287, acesso VCR 830, km 4,5, Distrito de Boca do Monte,

97001-970, Santa Maria, RS, Brasil)

O pulgão-verde-claro Myzus persicae é uma importante praga em brássicas.

Atualmente formas de controle menos agressivas ao ambiente são buscadas,

considerando que o principal método utilizado ainda é o químico. O objetivo deste

estudo foi avaliar a mortalidade de M. persicae na presença de óleos essenciais de

frutos frescos de pimenta-rosa, Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), folhas

frescas de capim-citronela, Cymbopogon winterianus (Poaceae) e de eucalipto-cidró,

Eucalyptus citriodora (Myrtaceae), nas concentrações de 0,5% e 1%. Os bioensaios

foram realizados com discos foliares de couve-verde (9 cmf) mantidos em sala

climatizada (25 ± 2°C, 60 ± 10% UR, fotofase 14h) em placas de Petri. Estes foram

imersos, por 30 segundos, em soluções de 100 ml de cada um dos óleos

(separadamente) e a testemunha em água destilada. Nos tratamentos foi adicionado

Tween® 80 a 1%. O delineamento foi inteiramente casualizado com três tratamentos

(óleos essenciais das três plantas), mais a testemunha. Foram feitas 10

repetições/tratamento com 10 insetos adultos em cada placa, avaliados após 24 e

48 horas. A mortalidade foi calculada pela fórmula de Abott. As médias foram

comparadas por Anova seguido de Tukey ou por Kruskal-Wallis (P<0,05). A

mortalidade de pulgões foi maior em discos com a presença dos óleos, em

comparação com a testemunha, em ambas as concentrações e períodos. Na

concentração de 0,5% de C. winterianus, M. persicae apresentou maior percentual

de mortalidade 71,58% comparado aos outros óleos. A mortalidade de adultos que

tiveram contato com S. terebinthifolius e E. citriodora não diferiu, apresentando

percentuais inferiores a 50% nesta mesma concentração. Houve diferença

significativa para os períodos de exposição, havendo maiores percentuais de

mortalidade em 48h. Para a concentração de 1%, C. winterianus, S. terebinthifolius e

E. citriodora tiveram efeito inseticida de 98,95%, 86,16% e 75,80% respectivamente,

sem diferença entre os tempos de exposição.

Palavras-Chave: Brassica oleracea; pulgão-da-couve; produtos vegetais

Apoio Institucional: CNPq

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Toxicidade do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora)

sobre Rhyzopertha dominica (Coleoptera: Bostrichidae)

Sanderson B. de Lara1; Valkiria F. Silva1; Camila B. Pereira2; Felipe S. Dutra2;

Luiz Felipe G.Striquer1; Rafaela M. C. Zuin1

1Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Estadual de Ponta Grossa – PR – CE

84.030-900. E-mail: [email protected]; 2Departamento de Química, Universidade Estadual de

Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR - CEP 84.030-900

Rhyzopertha dominica (Fabricius) 1972 (Coleoptera: Bostrichidae) é uma das

principais pragas em trigo armazenado. Os danos causados são decorrentes da

colonização do interior dos grãos pelas larvas do inseto, resultando em perda de

peso, desvalorização comercial, redução do valor nutritivo. Objetivando a redução do

uso de inseticidas sintéticos, buscou-se verificar o efeito inseticida do óleo essencial

de carqueja (Baccharis milleflora) sobre a R. dominica. O óleo foi obtido de cladódios

de B. milleflora secos a temperatura ambiente. Os insetos foram criados sob

condições controladas (T= 24±2°C, UR=70%±5, fotoperíodo de 12h). Para a

aplicação tópica, foi utilizado 1 µL/inseto do óleo essencial de carqueja nas

concentrações de 0% (controle), 1%, 2%, 3%, 4%, 5% e 7% com 5 repetições e 10

insetos/parcela. As avaliações de mortalidade foram realizadas 24 horas após

aplicação do óleo essencial. A análise dos dados foi feita utilizando o teste de

ANOVA, por meio do software R® v3.2.1 e a DL50 e DL90 foram determinadas na

análise de Probit utilizando o software RStudio®. A mortalidade média dos insetos

diferenciaram entre si (ANOVA; F= 36,469, p < 0,01), exceto para as concentrações

de 5% e 7%, onde a mortalidade média foi de 62% e 78% respectivamente. Os

valores médios de mortalidade para as demais concentrações: 0%, 1%, 2%, 3%,

4%, foram 4%, 0%, 2%, 18%, 32% respectivamente. A DL50 foi de 4,7% e a DL90

foi de 8,4%. De acordo com os resultados, o óleo essencial de carqueja apresentou

atividade inseticida sobre a R. dominica. Palavras-chave: trigo, inseticida botânico,

pragas de grãos Apoio financeiro: UEPG

Palavras-Chave: Trigo; Inseticida botânico; Pragas de grãos

Apoio Institucional: UEPG

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Modificação genética: um estudo de expressão gênica em eventos

de milho singular e estaqueado

Priscilla T. Nascimento; Renzo G. Von Pinho; Fernando H. Valicente; Beatriz A.

Barros; Marcos A. M. Fadini; Camila S. F. Souza

Universidade Federal de Lavras

Plantas respondem ao ataque de insetos herbívoros sintetizando e liberando uma

mistura complexa de compostos voláteis (HIPV´S), os quais são importantes pistas

químicas utilizadas por inimigos naturais para localizarem seu hospedeiro. Em

resposta ao dano ocasionado por um inseto, cascatas bioquímicas são iniciadas na

planta, as quais podem alterar a expressão de genes envolvidos na resposta a tal

dano. Com os avanços da biologia molecular foi possível desenvolver plantas

geneticamente modificadas, que possuem tolerância herbicida/resistência a insetos

(eventos estaqueados), e que são tolerantes a herbicidas ou resistentes a insetos

praga (eventos singulares). Neste sentido, o estudo investigou os efeitos da

modificação genética, nas mudanças de expressão gênica em plantas de milho com

eventos singular e estaqueado após herbivoria por Spodoptera frugiperda

(Lepidoptera: Noctuidae) durante o dia e a noite. Utilizando a técnica de PCR em

tempo real (RT-qPCR) foram verificadas respostas no nível da expressão gênica das

plantas submetidas a indução por herbivoria: 5-6h (diurno), 5-6h (noturno) e com 24h

(diurno), buscando entender se o horário de indução e a inserção de uma ou mais

proteínas Bt interferem na expressão de genes constitutivos da planta. Foram

analisados os genes de uma lipoxigenase e de três terpeno sintases, enzimas

envolvidas na produção de compostos voláteis que atraem parasitoides de S.

frugiperda. Os resultados mostram que os genes TPS10, LOX10 e STC foram mais

expressos durante a indução noturna, enquanto que o gene TPS23 foi mais

expresso durante a indução diurna (5-6h). Não houve diferenças significativas na

expressão relativa dos genes entre os eventos singular e estaqueado e a forma

isogênica. Os resultados fornecem bases para o entendimento dos mecanismos

endógenos responsáveis pela liberação de voláteis nas plantas visando o

estabelecimento de novos fundamentos para o controle biológico de pragas.

Palavras-Chave: OGM; RT-qPCR; HIPV´S

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq)

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