fibra Óptica: fusão e testes com otdr e instrumentos...
TRANSCRIPT
Fibra Óptica: Fusão e Testes com OTDR e instrumentos ópticos
Jose Torrone Vendas/Suporte Instrumentos Ópticos [email protected]
Vitor Jun Gerente de Serviços Especializados Telecom - TI [email protected]
Tel. 11- 5103-3260 www.precisionsolutions.com.br
Histórico da Fibra Óptica • Tecnologia crescente c/ melhorias significa2vas reduzindo-‐se suas perdas. • Vem subs2tuindo fios metálicos em grandes troncos de transmissão como em assinantes
locais, transmi2ndo sinais de voz, dados e imagens. • Para implementar e manter esses sistemas, há vários instrumentos de testes: • Máquina de Fusão (alinhamento pelo núcleo ou casca) e Clivador são u2lizados na
execução das emendas nas fibras. • OTDR aplica-‐se em testes na implementação, manutenção e cer2ficação Nível 2 de
enlaces de fibras monomodo e mul2modo, pois mede perdas de emendas (“splice loss”), perda total (“overal loss”), refletância (“reflectance”) e comprimento da fibra (“fiber lenght”).
• Novos recursos vêm surgindo como de medição através de divisores (PON) em sistemas FTTx, como também lambdas 1625nm ou 1650nm para medir rede a2va.
• Fonte de Luz SM e MM , Medidor de Potência (“Power Meter”) para testes e cer2ficação de enlaces Nível 1, Iden2ficador de Fibra A2va, Caneta Óp2ca, Microscópio eletrônico são úteis para medição de potência absoluta, perda rela2va dB, iden2ficação de tráfegos, iden2ficação de falhas, e qualidade das conexões.
• Testadores Ethernet 1G/10G/100G testam a rede dinamicamente, medindo e gerando tráfegos, testando alinhamentos, taxa de transmissão, taxa de erros e testes sistêmicos como RFC 2544 e a nova Y-‐1564
Construção da Fibra Óptica • Estrutura cilíndrica e composta de fibra de vidro
• Formada de uma região central chamada Núcleo (“Core”) por onde a luz trafega (de 8 a 10um p/ fibra monomodo e de 50 a 62,5um p/ fibra mul2modo)
• E de uma região periférica chamada Casca (“Cladding”)( de 125um tanto p/ monomodo quanto mul2modo), que envolve completamente o núcleo.
• Possui uma película de acrilato envolve a casca (250um). • Na forma de Cordão (“Pigtail”) (de 2 a 3mm) adicionam-‐se os fios de aramida para
proteção/tração mecânica da fibra, além de polímeros formando a sua Cobertura (“Coa2ng”) (de 900um), sendo usualmente azul/amarelo para fibra monomodo e verde/laranja/branco para fibra mul2modo.
• Na forma de ferrolho a fibra é encravada no mesmo, sendo o ferrolho de 2.5mm para conectores FC, ST,SC e 1.25mm para LC.
• Na forma de cabos de vários 2pos: aéreos, subterrâneos, OPGW, submarino. ..
Ferrolho verificado por um microscópio eletrônico
Características de propagação da luz no meio • Refração é a luz trocando de meio nsico com novo ângulo de saída • Reflexão é a luz incidindo na parede da mudança do meio nsico e
refle2ndo com o mesmo ângulo de incidência • Índice de Refração é a propriedade de um meio que relaciona a
velocidade da luz nesse meio em relação à velocidade da luz no vácuo. • As fibras têm um índice de refração IOR para cada modelo e fabricante.
Características de propagação na fibra
• A fibra é construída de forma que seu Núcleo tenha um índice de refração (n1) maior que o índice de refração da Casca (n2), de forma que a luz trafegue o máximo no núcleo, com reflexão interna máxima possível
• O Cone de aceitação de luz de uma fibra tem seu ângulo determinado pela razão abaixo e quanto maior o seu ângulo mais eficiente é a fibra
Tipos de fibra ópticas • Mul2modo MM (“Mul2mode”)
• Possuem múl2plos caminhos para a propagação dos raios de luz , sendo u2lizadas em aplicações como as de redes locais (LAN).
• G651 – Norma Técnica ITU-‐T para fibras óp2cas mul2modo • Comprimentos de ondas comerciais: 850 nm e 1300 nm • Perdas spicas de 4 dB/Km em 850nm e 1dB/Km em 1300nm • Núcleos de 62.5um e 50um. • Máquina de Fusão funde ambas fibras MM. • OTDR tem modelos SM, MM e SM-‐MM.
Tipos de fibras ópticas • Monomodo SM (“Singlemode”) com caminho único para propagação da
luz • Tipo G.652 Convencional (Norma ITU-‐T) mais usada • Comprimentos de Onda comerciais de 1310 nm e 1550 nm entre outros. • Perdas spicas de 0,35dB/Km em 1310nm e de 0,20dB Km em 1550nm • Núcleo de ~10μm c/caracterís2cas superiores a fibra mul2modo, como
menor atenuação e maior banda passante e capacidade de transmissão.
• São u2lizadas para aplicações de curta e de longa distância como em LAN, WAN, SDH, WDM, Ethernet
Fibras nuas (250um) e cordões ópticos (pig-tails)
Cabos ópticos Cabo OPGW longa distância inserido dentro do cabo pára-raio de linhas de transmissão de energia.
Cabo Aéreo Auto Sustentado colocado entre postes e possue estrutura própria de sustentação
Cabo Submarino projetado
para ser lançado no fundo do mar
Cabo Óptico com Armadura possuí uma estrutura de proteção das fibras ópticas
Cabo Multi Loose de estrutura interna composta por tubetes com várias fibras ópticas dentro dele
Junções de fibras: Emendas por conectores • UPC , SPC e PC – conectores compa-veis faces
polidas contatos retos que fazem a conexão mecânica.
• TODOS DE COR AZUL • Perda (atenuação) spica em torno de 0,5dB • Quanto maior o dB de atenuação da conexão (dois
conectores ligados por um adaptador) é pior, pois o sinal desejado que deve seguir em frente é mais atenuado
• PC tem cantos em 90º e SPC/UPC tem cantos polidos para melhorar (ou aumentar) a medida de refletância (‘Back Reflec2on’) em dB
• Refletância (ou perda de retorno) é o valor em dB da atenuação do sinal indesejado que volta para trás devido da qualidade da conexão (evento reflexivo) (quanto maior esse dB melhor) (Não se aplica a fusão que é um evento não reflexivo)
• APC – Conector óp2co de faces polidas mas de contato nsico angular.
• COR VERDE • Perda (atenuação) spica em
torno de 0,3dB • Tem de 5º a 15º de inclinação
de modo a minimizar o retorno da luz e melhorar (aumentar) a refletância em dB e melhorar (diminuir) a perda de inserção em dB
• APC NÃO é compasvel com PC/UPC (conexão incorreta gera perda > 4dB).
Limpeza e inspeção de conectores • Limpeza dos conectores com métodos e ferramentas adequadas é muito
importante pois grande parte dos problemas são devido contaminações!
• Microsocopios verificam e cer2ficam a qualidade dos conectores
Caixas de passagem / emendas
DGOS
Fontes de Luz (Laser) • LED , “Light Emi2on Diode” opera como um diodo comum • Bastante u2lizado em sistemas de curta distância em fibras MM • Emite luz próxima ao infravermelho (820 a 850nm) • Disponível com comprimento de luz visível (680nm) ou caneta óp2ca • Nível de potência óp2ca de -‐40 a -‐25 dBm
• FONTE SLD (“Super Luminescence Diode”) • Subs2tui o LED sendo de alta potência, exemplo -‐3dBm • Uso em fibras monomodo
Fonte de luz • Sua potência absoluta é medida em dBm (menos usado em mW) • Seu comprimento de onda (lambda) na faixa de 380nm (violeta) a 750nm
(vermelho) é visível aos nossos olhos.
• Sistemas Óp2cos transmitem usualmente em 850nm, 1300nm, 1310nm, 1490nm, 1550nm e 1625 nm
• Com a demanda cada vez maior de largura de banda surgiu o Dense Wave Division Mul2plexing (DWDM) que transmite entre 1520 to 1580nm mul2plexando-‐se 4, 8,16, 32 “wavelength channels” ou mais, sobre uma única fibra.
1300 1400
Banda
“C” Band
a
“L”
Banda
“O”
40 -300 Canais 40-80 Canais
Banda
“E” Banda
“S” Band
a
“U” λ
[nm] 1500 1600
Potência Absoluta dBm (ou mW) • Potência Absoluta em dBm: expressa em relação à 1mW
• Muito u2lizada em telecom, pois permite medições de sinais grandes e pequenos na tela do instrumento.
+ 30dBm = 1W
+ 20dBm = 0,1W ou 100mW (m=mili=1x10-‐3)
+ 10dBm = 0,01W ou 10mW
0dBm = 0,001W ou 1mW (ref.)
-‐ 3dBm = 0,0005W ou 0,5mW ou 500µW (µ=micro=1x10-‐6)
-‐ 10dBm = 0,0001W ou 0,1mW ou 100µW
-‐ 20dBm = 0,00001W ou 0,01mW ou 10µW
-‐30dBm = 0,000001W ou 0,001mW ou 1µW
-‐50dBm = 0,00000001W ou 0,00001mW ou 10nV (n=nano=1x10-‐9)
Para somar potência em dBm passa-‐se para W, soma-‐se e converte-‐se para dBm
0dBm + 0 dBm = 1mW + 1mW = 2mW = 3dBm
+10dBm +(+10dBm) ≠ +20dBm, o correto 10mW + 10mW ou 20mW ou +13dBm
• Vide vídeo: h�ps://www.youtube.com/watch?v=rmdeqdLXnSo
dBm =⎛⎝⎜
⎞⎠⎟10
110log
PmW
Medição de Potência Absoluta em dBm • Para medir potência absoluta em dBm (ou mW) de uma fonte de luz u2liza-‐se
um Medidor de Potência (Power Meter). • A entrada do medidor de potência deve ser selecionada para o comprimento
de onda do transmissor de modo a não cometer erros na medição. • O valor medido em dBm (ou em mW) é a potência de saída da fonte de luz ou
do transmissor. • O cordão e adaptadores u2lizados na medição inserem perdas que podem ser
consideradas ou não.
Potência Relativa dB • Relação de potência de saída versus a potência de entrada de um disposi2vo: dB = 10 LOG
(Potência Saída / Potência Entrada) • Portanto aplica-‐se a Perda/Atenuação ou Ganho. • Exemplo um cabo com uma perda total de 3dB, significa que se aplicarmos na entrada desse
cabo um sinal de potência absoluta de -‐5dBm esse sinal será atenuado de 3dB ou seja teremos:
-‐5dBm-‐3dB = -‐8dBm (medido com um power meter na saída do cabo) • Exemplo um amplificador com ganho de 3dB, significa que se aplicarmos na entrada desse
amplificador um sinal de potência absoluta de -‐5dBm esse sinal será amplificado de 3dB ou seja teremos:
-‐5dBm+3dB = -‐2dBm (medido com um power meter na saída do amplificador) • 3dB de ganho = 100% ganho, isto é P saída é 2X a P entrada • -‐3dB = 50% perda, isto é P saída é 50% de P entrada • -‐10dB = 90% perda, isto é P saída é 10% de P entrada • -‐20dB = 99% perda, isto é P saída é 1% de P entrada • -‐30dB = 99.9% perda, isto é Psaída é 0,1% de P entrada • Somam-‐se e subtraem-‐se potência rela2vas. Exemplo: 3dB-‐6dB=-‐3dB
Vide vídeo: h�ps://www.youtube.com/watch?v=XT7VvigFOfQ
Medição de Potência Relativa dB com método fonte de luz/power meter
• Método de teste redes FTTx da central para o assinante (ex. Total 24dB com spli�ers 1x8 com 1x8)
• Método fabricação e testes de cordões óp2cos • Método Cer2ficação de fibras SM e MM Nível 1 • Método medição de enlaces tradicionais para verificar tb. inversão de fibras • Requer Medidor de Potência SM ou MM, Fonte de Luz SM ou MM, cordões e
adaptadores de referências, de qualidade e sempre limpos. • Método de Diferença de Valores Absolutos : • Com Fonte de Luz e um Power Meter monomodos conectados via dois
cordões de referência com adaptador (1310nm até 80Km, 1550nm até 200Km)
• Medir e anotar em tabela adequada a potência de referência em dBm no power meter exemplo -‐5,30dBm ( ela deve ser próxima a potência da fonte, caso não esteja limpe os cordões de teste ou troque-‐os)
• Aplique a potência de referência da fonte exemplo -‐5,30dBm com seu cordão no ponto A do enlace sob teste.
• Meça a potência no ponto B com o power meter, exemplo -‐10,30dBm • Em tabela excel que gera relatório de teste faça a conta da diferença das
potências absolutas que resultam na perda total do enlace (incluindo-‐se os conectores) em dB, no caso -‐5,30dBm –(-‐10,30dBm)= -‐10dB
Fusão: Equipamentos necessários
• Máquina de Fusão
• Clivador • Álcool Isopropílico • Lenços • Decapador / Tesoura Kevlar • Tubetes • Vide Vídeo Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=9G5GkrZkG1c
Fusão: decapamento, limpeza e clivagem • Decapador
• Lenços umedecidos em álcool isopropílico
Decapando Limpando
Fusão: Clivagem da fibra • Recolhimento da Lâmina
• Disposição da fibra na régua e travamento
• Clivagem
Fusão: Posicionamento na máquina de fusão
• Posicionando a fibra corretamente
• Execução da emenda
Centro do Eletrodo
Borda do V-groove
Fusão: Execução da fusão com estimativa de perda
• Alinhando, aplicando arco voltaico e es2mando a perda em dB que deve ser menor que 0,05dB na indicação da máquina.
• Se apresentar bolha mesmo com perda zero a fusão deve ser refeita
• Entretanto o OTDR é o verificador-‐cer2ficador de perda de fusão.
Ângulo Esquerdo de Clivagem Ângulo Direito de
Clivagem Ângulo Núcleo
Protetor mecânico da emenda: tubete
Operação de um OTDR • OTDR – Reflectómetro Ó-co no Domínio do Tempo • O OTDR determina a velocidade da luz na fibra através do índice de refração (IOR) • Aplica um laser pulsado na fibra e mede a luz refle2da de volta ou o retro espalhamento • Assim o OTDR mede ao longo da distância as perdas de eventos reflexivos (conexões),
não reflexivos (fusões ou dobraduras), spli�ers, detecta Evento Fim da Fibra (ou Fibra Rompida) determinado por atenuação abrupta, e calcula a perda (dB) e distancia total (Km), dB/Km
• Conforme varia o pulso varia a capacidade de distância e varia a zona morta. • 2 métodos de medição, com bobina de lançamento/casamento e sem. • Possui dois marcadores A e B para análises como Perda entre 2 Pontos (2pt) • O OTDR no modo Média em tempo determinado faz repe2das amostragens e finaliza
com o resultado de medição, ou uma curva média ou com o traço spico. No modo Tempo Real habilita o laser con-nuamente para manutenção dinâmica do enlace.
• Apresenta uma tabela de eventos, o usuário pode fazer análise com cursores, e a curva pode ser salva em arquivo universal 2po sor, registro da medição que pode ser analisado e gerado relatório em programa de emulação
Perda na fusão
Evento Não Reflexivo Perda no conector- Evento Reflexivo
Emenda por Fusão Conexão mecânica Operação de um OTDR: Eventos típicos encontrados
Fresnel de Fim de Fibra
Evento Reflexivo
Fresnel de começo
de fibra devido conector
Evento Reflexivo
causa Zona Morta
Vide Vídeo Youtube:h�ps://www.youtube.com/watch?v=UGX_lC1leQ8
Prática: Fusão e teste com OTDR • Execução de uma fusão de duas bobinas de 21Km SM G.655, totalizando um enlace de 42Km
• Verificação da indicação da perda na máquina <0,05dB
• Configurado o OTDR para Escala 50Km, Pulso 300ns e Tempo 20s
• Medição da perda da fusão pelo OTDR que deve ser <0,15dB
• Medição das distância total e perda total do enlace de 42Km*0,20dB/Km = 8,4dB
Vide Vídeo Youtube:
h:ps://www.youtube.com/watch?v=H5u7ARoyXdw
Prática: Fusão e teste 1G ou 10G Ethernet • Execução de uma fusão de duas bobinas de 21Km SM G.655, totalizando um enlace
de 42Km
• Conexão de um Testador 10G no enlace de 42Km
• Testador 1G/10G configurado para gerar tráfego e medir taxa de erro