fiação sintética - teoria

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  • 7/26/2019 Fiao Sinttica - Teoria

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    1. SOLIDIFICAO DOS FILAMENTOS

    A solidificao ocorre de maneira diferente nos trs tipos de fiaes sintticas:

    Fiao a mido: medida que a soluo do polmero emerge dos orifciosda fieira no banho, o polmero precipitado ou quimicamente regenerado;

    Fiao a seco: o jato da soluo do polmero guiado at uma zona deaquecimento, onde o solvente evapora e o filamento solidifica;

    Fiao por fuso: o jato do polmero emergente de cada orifcio guiadoat uma zona de resfriamento, de onde o polmero se solidifica, para completar o processode formao da fibra. Esse resfriamento pode ser aplicado de duas maneiras:

    o Cross flow: o ar frio entra por baixo da mquina, passa no sentidotransversal aos filamentos e sai por uma placa perfurada.

    o Self Suction: o ar frio entre por cima da mquina e aplicado no sentidodo comprimento dos filamentos.

    2.

    ESTIRAGEM

    O polmero extrudado pelas fieiras em formas de filamentos ainda no tem aspropriedades que so tpicas de uma fibra txtil, de fato, a massa de polmero (solidificadapor meio de refrigerao ou remoo do solvente) caracterizada por uma massa de cadeiasmoleculares desordenadas (estado amorfo) que fornece ao material uma fraca estabilidadetrmica e qumica, baixa resistncia, elevada plasticidade e deformabilidade e as

    propriedades fsico/txteis consequentemente insuficientes.Para orient-las, ou seja, transformar regies amorfas em cristalinas, este processo

    pode ser parcialmente ativado durante a fiao, aumentando a relao entre a velocidadede fiao e a velocidade de extruso, mas, exceto no caso de fiao de alta velocidade defios de filamento contnuo, o processo deve ser concludo por uma operao adicional deestiragem mecnica.

    A estiragem mecnica conseguida em temperatura ambiente (estiragem a frio) ouem condies aquecidas (estiragem a quente) que consiste em rolos, placas de contato,cmara de ar ou camaras de vapor e de banhos de imerso.

    Com o objetivo de eliminar as tenses internas das fibras estiradas, bem como dar-lhes uma estabilidade trmica, estas fibras sofrem um tratamento com temperatura maiselevada.

    a.

    Tipos de estiragem

    Os filamentos podem sofrer diferentes intensidades de estiragem, tudo dependerde qual ser a aplicao final, quanto maior a velocidade de estiragem maior ser o nvelde orientao e cristalizao. A estiragem pode ser genericamente classificada como:

    LOY (orientao baixa): < 800 m/min;MOY (orientao mdia): 800 a 1800 m/min;POY (parcialmente orientado): 1800 a 4200 m/min;FOY (altamente orientado): >4800 m/min.

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    Fios produzidos com fiao de alta velocidade (POY e FOY) mostram algunsproblemas tecnolgicos e, portanto, encontrado at agora uma difuso limitada deprocessamento e nvel de aplicao. Dentre os fios pode-se destacar o LOY, que precisaser submetido a estiragem para ser utilizvel e o POY, um fio caracterizado por cerca de100-120% de alongamento na ruptura.

    Este ltimo muito utilizado graas a sua boa estabilidade, mas no utilizado naproduo de artigos txteis e sim intermedirios, que depois sim ser destinado a produtostxteis.

    3. TEXTURIZAO

    Aps os fios serem estirado, estes podem ou no sofrer o processo de texturizao,

    dependendo mais uma vez do processo de aplicao final. A texturizao tem por finalidademelhorar as propriedades fsicas dos txteis, por meio da modificao da estruturamolecular do filamento, esse processo pode ser realizado tanto em fios sintticos como nosfios artificiais.

    Os fios sintticos possuem caractersticas especificas devido a sua estruturamolecular (baixa absoro, brilho excessivo, toque spero, maior tendncia a formao de

    pilling fibras cortadas), aps a texturizao estes aspectos so melhorados, alm deadquirir um maior volume devido a sua nova textura, apresentando assim um melhor fatorde cobertura nas peas confeccionadas com estes fios.

    Os processos de texturizao so classificados em:

    Termo-mecanico (Ex: falsa toro e BCF);Termo-qumico (Ex: bicomponente);Mecnico (Ex: jato de ar e Taslan).

    4. BOBINAGEM

    Os fios prontos, texturizados ou no passam pelo processo de bobinagem. Avelocidade com que esse processo ocorre afeta diretamente a estiragem e os efeitos detexturizao, em muitos casos ela negligenciada ou at omissa, por isso de primordialimportncia um controle desse processo.

    5. ADITIVOS DE PROCESSO

    Os aditivos so utilizados para a obteno de uma grande gama de produtos,

    podendo atender desde tecidos convencionais, at os tecidos mais tecnolgicos. As tcnicas

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    para insero de aditivos (corantes, agentes estabilizadores, proteo UV e outros) podemser esquematizadas da seguinte forma:

    Adio de aditivos em estado slido aos grnulos do polmero durante a fase dealimentao da extrusora, ocorrendo a mistura dentro da extrusora e, geralmente,

    continua no estado fundido num misturador subsequente; Sistema para a injeo de aditivos em estado de fuso ou liquido para o

    escoamento do polmero, o aditivo em estado de fuso tratado em uma extrusoraseparada (secundria) e depois inserido.

    A tcnica de injeo de aditivos perto das posies de fiao cada vez maisdifundida, pois alm de garantir flexibilidade para a planta, reduz o desperdcio causado

    pelo lote frequentemente mudado, devido as pequenas produes e melhora a qualidade dafibra, devido a diminuio do estresse trmico.