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PUB “HÁ FEST!” Amarante voltou a celebrar a juventude Mosteiro de Travanca: Aberto concurso público para concessão João Macedo medalha de ouro nos jogos europeus do EPC SOCIEDADE DESPORTO CULTURA Festa de Real honrou o padroeiro Divino Salvador e São Raimundo pág. 4 pág.5 pág.4 pág.4 Edição 226 • setembro 2019 0.60€ Mensário Regional de Formação e Informação Diretor: Cidália Fernandes LINO MACEDO CONDENA FALTA DE COMUNICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE AMARANTE pág.3

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“HÁ FEST!” Amarantevoltou a celebrar a juventude

Mosteiro de Travanca: Aberto concurso público para concessão

João Macedo medalha de ouronos jogos europeus do EPC

SOCIEDADE

DESPORTO

CULTURA

Festa de Real honrou o padroeiroDivino Salvador e São Raimundo pág. 4

pág.5pág.4 pág.4

Edição 226 • setembro 2019 • 0.60€Mensário Regional de Formação e Informação

Diretor: Cidália Fernandes

LINO MACEDO CONDENA FALTADE COMUNICAÇÃODO MUNICÍPIODE AMARANTE

pág.3

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FICHA TÉCNICAPropriedade e Edição: Associação Empresarial de Vila Meã | Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Sede: Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Diretor: Cidália Fernandes | Tlf: 255 735 050 | E-mail: [email protected] | Registo na ERC: 123326 | Depósito Legal: 139555/99 | Redação: Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Colaboradores: Maria Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Marta Sousa, Daniel Ribeiro, António José Queiroz | Tiragem média: 1.000 ex. | Impressão: Gráfica de Paredes (Paredes) Praça Capitão Torres Moreira Meireles nº34, 4580-873 Paredes | Preço de capa: 0,60 euros

O Estatuto Editorial pode ser visto em: https://jornalvilamea.pt/estatuto-editorial/

Diz-se repetidas vezes que o homem é um animal de hábitos. Na verdade, há tópicos que inevitavelmente se repetem e teimam em estar presentes na nos-sa vida ao longo do ano, colando-nos a um círculo vicioso, que deixa pouco espaço para a imaginação e para a criatividade. Para o bem e para o mal dos nossos pecados, dependendo da perspetiva. Na época natalícia, fala-se das festividades e da família; na Páscoa, do folar e das flores; no inverno, das gea-das e da chuva que anda cada vez mais arredia; no verão, dos incêndios, das vítimas, dos bombeiros e do oportunismo político – e os meios de comunica-ção social correm desenfreadamente para revelar pormenores, dramatismos e choros. Este ano a trágica situação nacional foi secundarizada pela questão da Amazónia e foi ela que aqueceu as opiniões mundiais e radicalizou posições, alimentou os ânimos de milhares de pessoas. De acordo com o Expresso e com os números do Instituto Nacional de Pesquisas, e sabendo que a área total do território da Amazónia ronda os 5,5 milhões de quilómetros quadrados, arde-ram no mês passado cerca de trinta mil quilómetros quadrados de floresta, que equivalem a 4 milhões de campos de futebol; embora algumas notícias sejam contraditórias, diz-se que se trata de uma área quatro vezes maior da que teria ardido em agosto do ano anterior. Mais do que indignação, há motivos para se ficar revoltado, furioso, enraivecido, pois os números são tão disparatados que parecem irreais ou mesmo pertença de uma fake news. Setembro vai quase a meio e o fogo continua ainda, aqui e lá, o seu rasto de destruição, aniquilando espécies únicas no planeta, expatriando indígenas, animais, aves, insetos, que são culpados apenas por viverem onde vivem e de acordo com a grande lei, que é a da Natureza. Tenho de confessar que é a fúria o sentimento que me domina neste momento e que se vai tornando do tamanho das chamas destruidoras, pois não se dirige apenas contra os homens inconscientes que falam a mesma língua, é contra a hipocrisia dos senhores do mundo, simples mortais que se comportam como deuses! Sei que pode ser considerado um lugar comum e apenas uma areia no meio do deserto, mas sempre defendi que todos os seres devem ser respeitados como nossos vizinhos nesta grande casa que é a Terra. Era oportuno, neste momento de regresso às aulas, abrir as portas à discussão sadia a professores, educadores e alunos e procurar uma solução; acrescento que os jovens repetem apenas os gestos dos mais crescidos. O exemplo é, de facto, o melhor ensinamento. Temos a sorte de viver num lugar onde basta colocar o pé fora da porta para encontrarmos pequeninas amazónias em todo o lado, ou se preferirem, pequeninas representações. Elas só precisam de res-peito, atenção e carinho.

Se eu pudesse trincar a terra todaE sentir-lhe um paladar,Seria mais feliz um momento ...Mas eu nem sempre quero ser feliz.É preciso ser de vez em quando infelizPara se poder ser natural...Nem tudo é dias de sol,E a chuva, quando falta muito, pede-se.Por isso tomo a infelicidade com a felicidadeNaturalmente, como quem não estranhaQue haja montanhas e planíciesE que haja rochedos e erva ...O que é preciso é ser-se natural e calmoNa felicidade ou na infelicidade,Sentir como quem olha,Pensar como quem anda,E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,E que o poente é belo e é bela a noite que fica...Assim é e assim seja ...Alberto Caeiro, in “O Guardador de Rebanhos - Poema XXI”

Professora Cidália Fernandes

EDITORIAL

VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA E IDENTIFICAÇÃO ELETRÓNICA INICIA EM AMARANTE

SOCIEDADE

A campanha anual de profilaxia da raiva e de outras doenças que poderão ser transmitidas pelos animais ao homem (zoonoses) irá decorrer de 2 de setembro a 16 de outubro. A ação decorre, em todas as fregue-sias do concelho e além da vacinação, será também realizada a identificação eletrónica dos cães, através da colocação de microchip.

Esta ação é da responsabilidade da Direção Ge-ral de Alimentação e Veterinária da Região Norte e será realizada pela Médica Veterinária Municipal. Poderá consultar os locais, dias e horas calendariza-dos em www.cm-amarante.pt e na sede da respetiva Junta de Freguesia.

A colocação de identificação eletrónica tem um cus-to de 13 euros e a vacina antirrábica tem um custo de 5 euros.

Após esta campanha, a vacinação antirrábica e a identificação eletrónica podem ser realizadas às segundas-feiras, das 14h00 às 17h00, no Centro de Recolha Oficial de Animais, mais conhecido por Ca-nil/Gatil Municipal, situado no lugar de Madriane.

Recorde-se que a vacinação antirrábica é obri-gatória (Portaria nº 81/2002 de 24 de janeiro) para todos os canídeos com três ou mais meses de idade, de acordo com o Plano Nacional de Luta e Vigilância da Raiva e Outras Zoonoses. A identificação eletró-nica é obrigatória para todos os cães nascidos após 1 de julho de 2008 (Decreto-Lei nº313/2003 de 17 de dezembro) e consiste na colocação de um microchip com um número de identificação, registado numa base de dados onde consta o contacto do proprie-tário, útil em caso de perda ou roubo do animal de estimação.

A partir do próximo mês de outubro será, tam-bém, obrigatória a identificação eletrónica dos gatos.

CM AMARANTE

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 226 • setembro 2019 • 3

CADERNO DE APONTAMENTOS

ANTÓNIO JOSÉ QUEIROZ

Foquemo-nos no início do espectáculo, que foi intenso e com a casa à cunha (800 espectadores). As luzes já se apagaram, ou-vem-se as tradicionais “pancadas de Moliè-re”, abrem-se as cortinas e no palco surge a nossa conterrânea Maria Cremilde Cunha, uma jovem e talentosa artista que, segundo o cronista da Flor do Tâmega, “em qualquer palco do país seria sempre notada e aplaudi-da”. Após alguns momentos de silêncio, di-rigindo-se directamente aos homenageados, declamou os seguintes versos:

“É o próprio coração da nossa Terra / Que nesta hora sentireis pulsar! / Princesa ador-mecida que descerra / Os olhos para a luz de antemanhã, / – é Ela, / Na pura comoção do Despertar… / Vila Meã! / Princesa que des-perta e se remira / No espelho das águas, / E vem cantar e rir os seus enleios, / Seus sonhos de futuro e suas mágoas… // Princesa bem-

-amada e sonhadora e bela / Que veste de es-perança os seus cantares, / O coração entrega

ARAGENS DE VILA MEÃ

a quem por Ela / Atravessou os mares! // É o próprio coração da nossa Terra / Que nesta hora sentireis pulsar!”.

Não é difícil imaginar a emoção que nes-se momento ia na alma dos Vilameanenses. Tinham memória. Herdaram memórias. Co-nheciam o passado da sua (nossa) terra. Não ignoravam as desconsiderações e as humilha-ções que ela sofria desde há quase 100 anos. E apesar de tudo, resistia. E cantava.

O tempo passou. E muita água correu sob as pontes do Odres. Nos últimos anos, entre promessas e desilusões, alguma coisa mudou. Mas não mudou o essencial. Vila Meã, sempre

“Princesa” (mas nem sempre “bem-amada”), parece hoje outra vez “adormecida”. É urgen-te que “desperte”. Que sinta a “pura comoção do Despertar”. Para que a sua história e o seu destino não se limitem ao canto de “seus so-nhos de futuro e suas mágoas”.

A “revista à portuguesa” foi extremamente popular no nosso país. Atingiu o apogeu em meados do século XX, numa altura em que os seus autores procuravam ultrapassar os cons-trangimentos de liberdade de expressão im-postos pela Censura. Lisboa foi o grande pal-co desse popular género teatral. Mas também

o Porto e outras cidades e vilas da Província o acarinharam. A nossa terra não foi excepção. E teve até uma inesquecível “revista fantasia de costumes regionais” intitulada “Aragens de Vila Meã”, levada à cena em 1954 (Abril e Outubro) e 1965 (Novembro). É assunto que bem merece um artigo. Não será ainda este. Muito embora aproveite a oportunidade para recordar as circunstâncias em que aconteceu a récita de 30 de Outubro de 1954.

Algum tempo antes haviam aqui chegado Elísio e Óscar Magalhães, filhos de Raimundo Magalhães (1871-1934), o notável filantropo que dá o nome ao nosso Cine-Teatro. Antes de regressarem ao Brasil, Vila Meã quis home-nagear os ilustres visitantes. E nada melhor do que levar novamente à cena a revista que tanto êxito havia tido. O palco (porque não havia ainda o Cine-Teatro) foi uma vez mais o “salão Taveira”, isto é, a antiga Garagem, há alguns anos demolida, que deu lugar ao edifí-cio da “Vilstation”.

O presidente da Junta de Vila Meã, Lino Macedo, solicitou ao município informação importante relacionada com Vila Meã, revelando bastante preocupação pela falta de informação e atenção por parte do município, relativamente a questões relacionadas com a junta de freguesia de Vila Meã.

Lino Macedo, presidente da Junta de Fre-guesia de Vila Meã, enviou ao Jornal de Vila Meã um exemplar que contempla a justifica-ção para o pedido de reunião com José Luís Gaspar, presidente da Câmara Municipal de Amarante, e sobre o qual não obteve qualquer resposta até hoje.

Nesse pedido de reunião, e de acordo com o presidente da Junta, datado de 22 de julho de 2019, ficou clara a preocupação pela falta de informação relativa a “promessas firmadas pelos vários partidos, e em alguns casos, devi-do a compromissos já assumidos pela Câmara Municipal”, assumindo assim a posição de ver esclarecidos alguns investimentos importan-tes para Vila Meã. Nele foram apontados nove investimentos, sobre os quais solicitava escla-recimento:

1º - Parque de estacionamento da estação de caminhos-de-ferro

Foram pedidas informações sobre contac-tos com o IP, contactos com proprietários dos

LINO MACEDO CONDENAFALTA DE COMUNICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE AMARANTE

SOCIEDADE

terrenos ou sobre a eventual existência de al-gum projeto de intervenção.

2º - Quartel da GNRFoi referido que já existe um projeto há

mais de 2 anos, mas nunca foi apresentado à Junta de Freguesia de Vila Meã. Pediu-se es-clarecimento sobre o assunto para perceber se já houve mais contactos com a Secretaria de Estado da Administração Interna, “visto que ao que recentemente tem sido tornado público, e já objeto de interpelação dos ve-readores do PS nessa autarquia, aquele posto estará na iminência de encerrar por falta de condições”.

3º - Pavilhão desportivoEspecula-se que existe um projeto de ar-

quitetura em execução, que inclui campos de ténis nos terrenos adjacentes de Vila Meã. Como este assunto nunca foi apresentado aos membros eleitos desta freguesia, pede-se es-clarecimento para tal.

4º - Centro Escolar de Vila MeãEncontra-se em rutura de acolhimento

de alunos que frequentam o 1º ciclo na EB1 de Santa Comba, tendo sido desmantelada a Biblioteca para funcionar como sala de aulas.

Tendo presente que a Câmara adquiriu um terreno para implementar um pavilhão para acolher o ensino pré-escolar de Real e, eventualmente, alargar o número de salas do 1º ciclo disponíveis, a junta gostaria de conhe-cer o eventual projeto de implementação, de forma a contribuir construtivamente para o modelo funcional do futuro equipamento.

5º - Pavimentação da Rua das MargensPede-se o ponto de situação desta obra,

visto que já foi efetuado o levantamento to-pográfico há mais de um ano.

6º - Repavimentação da Rua Nova de Ba-lanceiros

Pede-se igualmente informação sobre o ponto de situação deste investimento, tendo

em conta que esta obra está prometida há mais de 4 anos.

7º - Ligação do Lugar do Arrabalde em Oli-veira ao Largo da Feira em Ataíde

Tendo o presidente da Câmara Munici-pal de Amarante já afirmado em Assembleia Municipal que este investimento não será realizado neste mandato, a Junta de Vila Meã solicita informações sobre a “possibilidade de arranjo do percurso existente, por forma a debelar o perigo que aquela estrada apresenta no inverno”.

8º - 2ª e 3º Fase do eixo rodoviário de Vila Meã

Em Assembleia de Freguesia de Vila Meã foi discutido e emitido um parecer em 2017, sobre a melhor ligação da variante à Av. Nova, a pedido da Câmara Municipal, o qual não ob-teve resposta. Assim, a junta de freguesia so-licitou igualmente informação sobre o ponto de situação da ligação da variante à Ponte da Pedra e à Avenida Nova.

9º - Aquisição da Casa das DonasA Junta de Freguesia de Vila Meã solicita

informações sobre a aquisição da Casa, tendo em conta a aceitação da proposta por parte da proprietária em novembro de 2017.

Visto que as solicitações não obtiveram res-posta por parte da Câmara Municipal, Lino Macedo, presidente de Junta desta Freguesia, disse estar indignado com toda esta situa-ção: “Não compreendo como a câmara ignora todos estes pedidos, deixando todos estes as-suntos, de extrema importância, pendentes e sem resposta para esta freguesia” afirma. “Se o município não der resposta a todas estas questões que nos são colocadas, a Junta de Freguesia não consegue dar resposta aos seus cidadãos”.

Assim, Lino Macedo lamenta toda esta si-tuação e espera uma resposta breve por parte do Município, para que “todos trabalhem em prol dos cidadãos” e assumam os seus com-promissos com os mesmos.

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4 • setembro 2019 • Edição 226 • JORNAL DE VILA MEÃ

Até dia 21 de novembro, decorre o concur-so público para a concessão do Mosteiro de Travanca, com vista à sua exploração turís-tica. O contrato de concessão, não renovável, determina um valor mínimo anual de renda de 51.600 euros, por um prazo de 50 anos, e incidirá sobre uma área de 4.248,96 metros quadrados.

O concurso realiza-se no âmbito do pro-grama REVIVE e pretende valorizar e recupe-rar património sem uso.

O objetivo do Contrato de Concessão de Exploração que o Estado pretende celebrar em relação ao imóvel visa a realização de obras, incluindo infraestruturas, assim como a exploração para fins turísticos, enquanto estabelecimento hoteleiro e estabelecimento de alojamento local; na modalidade de esta-belecimento de hospedagem, ou outro proje-to de vocação turística, estima-se que possam ser construídos 60 quartos.

O Mosteiro de São Salvador de Travanca é um dos 33 imóveis abrangidos pela primeira fase do REVIVE, um programa conjunto dos Ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias, sendo um dos 12 localizados em territórios do interior.

MOSTEIRODE TRAVANCA: ABERTO CONCURSO PÚBLICO PARA CONCESSÃO

CULTURA

João Macedo é natural de Vila Meã e integra a seleção portuguesa de Goalball. Conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Europeus da Ju-ventude do Comité Paralímpico Europeu (EPC), que decorreram na Finlândia, a 30 de junho, na cidade de Pajulathi.

A seleção nacional conseguiu ganhar seis dos sete jogos disputados, impondo uma derro-ta na final por 5×2, à Alemanha.

O Jornal de Vila Meã conversou com João Macedo, que nos explicou em que consiste esta modalidade e qual foi o sabor desta vitória.

Jornal de Vila Meã – Como surgiu a paixão pelo Goalball?

João Macedo – A primeira vez que tive contacto com a modalidade de Goalball foi em 2015, logo após regressar de uma viagem que fiz ao Brasil, para experimentar outra moda-lidade para pessoas com deficiência visual, o Futsal. Surgiu quando ainda estudava na Es-cola Rodrigues de Freitas, no Porto, a convite de um amigo que era jogador de uma equipa, no Porto, o CCD Porto, que veio a tornar-se a minha primeira equipa. Confesso que a pri-meira vez que experimentei o Goalball, não fiquei muito adepto da modalidade, mas co-mecei a ir regularmente aos treinos, e a pai-xão começou a crescer dentro de mim. Desde esse momento, nunca mais parei de praticar, dando sempre o meu máximo para evoluir de treino para treino.

JVM – Por onde passa o teu percurso en-quanto jogador desta modalidade?

JM – Iniciei o meu percurso na modali-dade num clube no Porto, o CCD, que repre-

JOÃO MACEDO MEDALHA DE OURONOS JOGOS EUROPEUS DO EPC

DESPORTO

sentei durante uma época. No final dessa época, foi-me feito o convite para representar, na época seguinte, o Sporting CP, e depois de refletir bastante, decidi aceitar o projeto do Sporting. Estive uma época ao serviço do Sporting, na qual, em conjunto com a equi-pa, conseguimos conquistar o campeonato nacional de Goalball, a Taça de Portugal da modalidade e ainda a fase da Suécia da SEGL (Super European Goalball League), que é dis-putada por grandes clubes europeus, com os melhores atletas a nível mundial. Ao final dessa temporada, foi-me feito o convite para

representar o FC Porto, o qual prontamente aceitei, e onde, atualmente, somos vice- cam-peões nacionais e da Taça de Portugal.

JVM – Sempre foi um objetivo esta conquista nos Jogos Europeus da Juventude?

JM – Sempre. Desde que o Goalball passou a integrar as modalidades paralímpicas dos Jogos Europeus da Juventude, sensivelmente a partir de 2017, e assim que nos fizeram o convite de representar o país na modalidade, era nosso objetivo conquistar o troféu, mes-mo sabendo da qualidade das outras seleções que se fizeram representar. A competição, realizada em Génova, Itália, foi conquistada pela Alemanha, a qual nos derrotou na final. Agora em 2019, dois anos depois, consegui-mos vencer o troféu, numa final muito emo-cionante contra esta mesma Alemanha.

JVM – Que sabor tem esta conquista?JM – Tem um sabor muito especial con-

quistar esta prestigiada competição, desde logo porque foi o resultado de todo o nosso trabalho e dedicação na preparação para a competição, mas também porque certamente, com a nossa conquista, surgirão novos apoios e incentivos para a modalidade em Portugal. Por outro lado, assim que soubemos que iría-mos defrontar a mesma Alemanha que nos havia derrotado em 2017, pairou entre nós um sentimento de ‘vingança’ e desta vez tería-mos de sair vitoriosos. ‘Vingança’ num bom sentido, diga-se.

Parabéns por este feito, João!

COLÓNIA DE FÉRIAS PARA CLIENTESDO LRAM PROMOVIDA PELA CERCIMARANTE

SOCIEDADE

No âmbito do projeto intitulado “Férias para tod@s” cofinanciado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, I.P.), a Cercimarante promoveu, de 05 a 09 de agosto, em Ovar, uma colónia de férias para os clientes do Lar Resi-dencial Amália Mota (LRAM).

Ao longo desta semana, o grupo de clien-tes esteve hospedado na Pousada da Juven-tude de Ovar, e realizou um conjunto de ati-vidades, com destaque para as idas à praia, à piscina, e visitas a alguns pontos de interesse na cidade de Ovar.

A colónia de férias, onde o grupo esteve acompanhado pela diretora técnica, Paula Pinto Monteiro, e por mais alguns colabora-dores desta resposta social, proporcionou aos clientes um período de lazer e bem-estar; au-mentou a sua satisfação e a possibilidade de vivenciar novas experiências, indo ao encon-tro das suas necessidades e expetativas.

Este projeto permitiu, igualmente, o con-tato e interação dos clientes com outras pes-soas alojadas na Pousada da Juventude de Ovar, bem como com a população local, o que contribuiu, de forma muito positiva, para uma maior consciencialização social para com as pessoas com deficiência e/ou incapacidade.

CERCIMARANTE

A festa de Real que honra o padroeiro Divino Salvador e São Raimundo Nonato, no domin-go de festividade, popularmente conhecida também por festa de agosto, voltou a reunir a comunidade local.

A festividade, que teve início no dia 23 de agosto, contou na noitada com a atuação da Banda MYLLENIUM.

No dia 24 de agosto, houve lugar para a

FESTA DE REAL HONROU O PADROEIRODIVINO SALVADOR E SÃO RAIMUNDO

SOCIEDADE

realização da missa vespertina, no final da tarde. A noitada começou com a atuação do grupo JL6, seguindo-se uma grandiosa sessão de fogo de artifício. A artista da noite Maria Lisboa atuou posteriormente por volta das 23:30.

O dia 25 e último dia de programação, começou bem cedo com a entrada da Banda de Música de São Martinho de Mancelos, que

percorreu as ruas da extinta freguesia de Real. Durante a tarde, houve lugar para a missa so-lene e para a saída da majestosa procissão. A festividade culminou com a atuação do cantor Quim Barreiros e de uma sessão de fogo preso.

A festa de Real contou com a colaboração da Junta de Freguesia de Vila Meã.

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 226 • setembro 2019 • 5

A 5ª edição do HÁ FEST, que este ano teve lu-gar durante o mês de agosto, teve como lema

“Há Fest! Pela Igualdade de Género”.O festival que celebra a juventude e o ve-

rão começou em Vila Meã, no dia 10 de agosto, um dia em que se celebrou a Igualdade em Pa-lavras, no Parque de Lazer do Odres. Houve lu-gar para o Torneio de Voleibol – Quadras Mis-tas que, à semelhança dos anos anteriores, se iniciou pelas 16 horas. Pelas 18 horas começou o Vila Sunset, tendo posteriormente atuado a banda Germúsica. A noite culminou com uma aula de zumba “Zumba Glow Party”.

Entre os dias 14 e 18 de agosto, o festival, que contou com variadíssimas atividades, rea-lizou-se no centro da cidade.

No dia 14, pelas 18 horas, aconteceu o Tea-tro Fórum com a temática #NÃOÉNÃO. No mesmo dia, pelas 22 horas, no largo de São Gonçalo, foi a vez do Stand Up Comedy, com Pêlo na Venta e Ana Arrebentinha.

O dia 15 foi dedicado a workshops de dan-ças e à atuação do grupo Dance It.

No dia seguinte, sexta-feira, às 8 horas o relógio da igreja de São Gonçalo tocava e foi a hora marcada para dar início à festa na ponte, entregue às bandas e dj’s amarantinos, que trataram de animar a noite.

Dia 17, foi a vez de subir a palco, no Largo de São Gonçalo, pelas 22 horas, o artista Nob-le. Noble é o nome artístico de Pedro Fidalgo, um amarantino, que com a música Honey, já conseguiu ultrapassar mais de um milhão de visualizações no youtube.

O festival terminou no domingo, dia 18, com a “Amarante Night Run”, uma caminha-da e corrida que passa por vários pontos da ci-dade, num percurso de 6 quilómetros.

O HÁ FEST contou com os seguintes par-ceiros: Associação Desportiva de Amarante (ADA), Associação de Jovens – Projeto 1513, Germusica, Casa da Juventude de Amarante, Voyage, Academia de Dança de Amarante e Resinorte, S.A.

“HÁ FEST!” AMARANTE VOLTOU A CELEBRARA JUVENTUDE

CULTURA

Num fim-de semana emocionante, dentro e fora do asfalto das classificativas desenhadas pelo Clube Automóvel de Amarante entre Amarante, Baião e Marco de Canaveses, José Pedro Fontes e Inês Ponte venceram o Rali Terras D’Aboboreira com o Citroen C3 R5 com uma vantagem de 14,9 segundos sobre Bruno Magalhães e Hugo Magalhães em Hyundai i20 R5, após terem sido percorridas as nove provas especiais de classificação do rali.

• Primeira vitória do ano para José Pedro Fontes e Inês Ponte

• Rali muito disputado a colocar ao rubro a luta pelo campeonato

• Comportamento exemplar do público num fim-de-semana excecional

Se ontem Bruno Magalhães saía na frente no final da primeira etapa, hoje bem cedo se per-

FONTES VENCE RALI TERRAS D’ABOBOREIRA

DESPORTO

cebeu que iriam ter forte oposição à reedição da vitória obtida na Madeira. Armindo Araújo entrou a vencer na primeira especial do dia

“Marco Rios de Emoção”, tendo atrás de si Mi-guel Barbosa, mas na seguinte “Baião Vida Natural”, Fontes voltou a vencer colocando os adversários em sentido face ás suas reais intenções neste rali.

A terceira especial do dia, “Carvalho de Rei” ficou marcada pelas saídas de estrada de Armindo Araújo e Miguel Barbosa, redu-zindo a luta pela vitória a Fontes e Magalhães. Araújo vê assim complicarem-se as contas do campeonato e Barbosa vê um lugar do pódio ser também mais difícil de conquistar no final da época.

José Pedro Fontes e Inês Ponte não mais tiveram oposição e venceram as restantes três especiais até final do rali, reafirmando a competitividade do Citroen C3 R5 em pisos de

asfalto e demonstrando que Fontes está capaz de competir para vencer de forma categórica no nacional de ralis.

Apesar do segundo lugar final, Bruno Ma-galhães soma pontos valiosos nas contas do campeonato, passando para segundo na fren-te de Armindo Araújo, e ficando muito per-to de Ricardo Teodósio que está assim mais pressionado quando faltam dois ralis até final da época.

O Clube Automóvel de Amarante, e os municípios de Amarante, Baião e Marco de Canaveses, agradecem e destacam o compor-tamento exemplar do público, num fim-de-

-semana em que as condições meteorológicas e o alerta especial de risco em vigor, exigiam cooperação e responsabilidade a todos, o que efetivamente veio a acontecer.

RALI TERRAS D’ABOBOREIRA

A JUNTA DE FREGUESIA DE VILA MEÃ CONTINUA COM AS INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS

SOCIEDADE

ARRUAMENTO NA CARVALHADA - ATAÍDE

ALARGAMENTODO CAMINHO DE RUBIM - REAL

Como as imagens que se seguem comfirmam, os trabalhos de melhoramento em Vila Meã continuam, tendo como objetivo optimizar as condições de habitalidade para Vila Meã.

Desta vez trata-se de melhorar o arrua-mento na Carvalhada em Ataide e do Alarga-mento do caminho de Rubim em Real.

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6 • setembro 2019 • Edição 226 • JORNAL DE VILA MEÃ

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COACHING

JOSÉ CASTROCOACH

para a conquista. Seria interessante que a “gestão de topo”

tivesse consciência das competências e estilo dos líderes presentes na sua organização e que estes colocassem algumas questões, nomea-damente:

Sou eficaz a ganhar a confiança das pes-soas?

Consigo promover um clima de camarada-gem promovendo relações positivas?

Tenho a influência e persuasão necessária para alcançar os meus objetivos?

Reajo impulsivamente às opiniões dos meus colaboradores?

A linguagem corporal acompanha genui-namente a linguagem verbal?

Tenho uma visão profunda para o futuro da empresa e consigo inspirar os meus colabora-dores?

Desafio nos meus colaboradores a criativi-dade para resolver “velhos” problemas?

Utilizo o sistema de recompensas e puni-ções como avaliação dos meus colaboradores?

(…)Através da Prática do Coaching Organiza-

cional promove-se o desenvolvimento/ aquisi-ção de competências fundamentais para uma liderança eficaz e inspiradora, promovendo a eficácia dos trabalhos mesmo na ausência do líder!

A qualidade da liderança numa Organização será sempre determinante para o sucesso da mesma. Numa sucinta conversa com a “gestão de topo” são evidentes a presença (ou a ausên-cia) de características comummente aceites como favoráveis a uma eficaz liderança. Entre elas contam-se traços físicos como vitalidade, aparência, etc; traços intelectuais como Inte-gridade, autocontrolo, entusiasmo, etc e tra-ços sociais como ética, inteligência emocional, assertividade, empatia, etc.

O estilo de liderança que se quer flexível e adequado à situação em causa, pode ser se-gundo a Teoria do caminho-objetivo caracte-rizado por quatro estilos: líder diretivo, líder apoiador, líder participativo e líder orientado

Não é só nos filmes que a expressão “está despedido” é utilizada pelos empregadores. Na realidade, existem casos de contratos de trabalho que terminam desta forma. Porém, esta fórmula verbal não é mágica e qualquer

CONSULTÓRIO JURÍDICO

GONÇALO CAETANOADVOGADO

e-mail: [email protected]

um processo disciplinar conducente ao seu despedimento.

Em regra, o processo disciplinar inicia-se com a nota de culpa. Trata-se de uma comu-nicação escrita com a descrição circunstan-ciada dos factos que a entidade empregadora reputa como suscetíveis de constituir justa causa de despedimento manifestando ao tra-balhador que tem como intenção proceder ao seu despedimento.

O direito da entidade empregadora exer-cer o poder disciplinar prescreve um ano após a prática da infração e o procedimento disci-plinar deve iniciar-se nos sessenta dias sub-sequentes àquele em que o empregador, ou o superior hierárquico com competência disci-plinar, teve conhecimento da infração. Assim, o trabalhador quando tem conhecimento que lhe foi instaurado um processo disciplinar deve começar por verificar se estes prazos fo-ram respeitados.

O trabalhador pode responder por escri-to à nota de culpa, no prazo de dez dias úteis,

apresentando a sua versão dos factos. A res-posta deverá conter os elementos que o traba-lhador considerar relevantes para o esclare-cimento dos factos e da sua participação nos mesmos, podendo juntar documentos e soli-citar as diligências probatórias (por exemplo, inquirição de testemunhas) que se mostrem pertinentes para o esclarecimento da verdade.

Por fim, o trabalhador deve ser notificado da decisão final no prazo de um ano contado da data em que o procedimento foi instaura-do, sob pena da prescrição d o procedimento disciplinar.

Com efeito, se o contrato de trabalho ces-sou através de uma decisão não comunicada por escrito, ou seja, se houve um despedi-mento verbal como “está despedido”, o tra-balhador que quiser reclamar os seus direitos e interesses legalmente protegidos terá que instaurar uma ação comum no prazo de um ano, tal é o prazo em que os créditos do tra-balhador prescrevem, incluindo os que decor-rem da cessação do contrato de trabalho.

- «ESTÁ DESPEDIDO!»- ESTAREI MESMO?

que seja o despedimento feito nestes termos será ilícito.

Para que uma entidade empregadora pos-sa despedir de forma lícita um trabalhador terá necessariamente que estar munida de um título de justa causa subjetiva, isto é, deve estar em causa um determinado comporta-mento culposo do trabalhador que, pela sua gravidade e consequências, torne imediata e praticamente impossível a subsistência da re-lação de trabalho – portanto, não trataremos aqui da justa causa objetiva (despedimento por extinção do posto de trabalho, despedi-mento coletivo e despedimento por inadap-tação/inabilitação), cuja cessação do contrato de trabalho não se relaciona nem tem como objetivo punir comportamentos dos traba-lhadores.

Por muito verosímil que possa parecer a detenção de um título de justa causa subje-tiva por parte da entidade empregadora, tal não é suficiente para despedir o trabalhador. A entidade empregadora tem que promover

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 226 • setembro 2019 • 7

DISTRIBUIÇÃO | JORNAL DE VILA MEÃ

VILA MEÃ

Sede da Junta

Café VillaSalão Andreia BessaLoja dos 300Pastelaria EstrelaCafé Pozzi Café Art de RuaPizzaria ModernaCafé Sem StressRestaurante o CaisRestaurante XandocaCafé Convívio ao lado da GNRBiblioteca CaféCasa do PortoPontapé de Saída - Largo da Feira

Loja dos 300 ao lado da GNRBiblioteca de Vila MeãCafé Santa RitaPizzaria Cruz RealRestaurante RodriguesCasa do BenficaCafé Estádio - PrédioPastelaria ao lado do EstádioCafé Atletico Club de Vila MeãCafé VilameanenseCafé BelinhaCafé SampaioEspaço 7Café MigueisCafé St. AntónioCineTeatro Raimundo Magalhães

MANCELOSSede da JuntaPastelaria Arca de ÁguaCafé Ventura 2Churrasqueira O CantinhoCafé Benvinda e RolandaPastelaria MilleniumCafé MosteiroCafé CentralAdega Regional NogueirinhasCafé XicoTasquinha de PidreCafé Sully - ManhufeToca da Raposa - PidreCafé Central PidreCafé Lusco Fusco - PidreCafé Lucas - Pidre

Café EscorpiãoCafé Luxemburgo

TRAVANCASede da JuntaRestaurante O FuturoRestaurante Ti’AnaCafé O LeãoCasa LemosCafé CoelhoCafé ForneloCafé PintoEstrada RealCafé GonçalvesMoreira e MoreiraCafé Sto. IldefonsoCafé 100%

Café Belos AresCafé Moderna 2

VILA CAIZSede da JuntaAgoeiroBelo HorizonteCafé EmigranteCafé Live CaféPastelaria A MotinhaChurrasqueira CentralPão Quente São Miguel

LOUREDOSede da JuntaCafé Boa ViagemCafé Panorama

Pastelaria Bem Estar

FREGIMSede da JuntaCafé Bom GostoRestaurante AmarantinhoCafé Cala o BicoPastelaria NascenteCafé dos MaltesesCafé do Arrebenta

AMARANTECâmara Municipal de AmaranteBiblioteca Municipal Albano SardoeiraCafé Bar S. GonçaloCafé PardalCafé Principe

Pastelaria SearaCafé Praça dos Táxis - St. LuziaTasquinha da EstaçãoChurrasqueira Machado 2Café Pardal - FinançasCafé O MoinhoCafé O Moinho ArquinhoCafé & Duas de LetraSurviariaRestaurante AviãoRestaurante ReisPastelaria Lailai

ATIVIDADES | SETEMBRO

• DIA 14 .AMARANTE VIOLA´S FEST AVA - ASSOCIAÇÃO VIOLA AMARANTINA CCA - Centro Cultural de Amarante | 21h30

• DIA 14 E 15 .FESTA DAS COLHEITAS VILA CHÃ DO MARÃO Adro da Igreja

• DIA 15 .GALA 75º ANIVERSÁRIO ATLÉTICO CLUBE DE VILA MEÃ Estádio Municipal de Vila Meã | 14h30

• DIA 21 .ARROZ DE FRANGO GRUPO DE JOVENS LUZ DA VIDA Mosteiro de Travanca | 20h00m

• DIA 23 A 24 .FESTA DO DIVINO SALVADOR RAIMUNDO COMISSÃO DE FESTAS DIVINO SALVADOR REAL Largo da Igreja | 20h00m

Meu caro jovem:A “Toalha do Amor” que a tua Mamã

terminou, e o tema da tua conversa, já com preocupações com outros meninos carentes de amor, e de uma Família, dá para perceber como tudo me falou ao coração.

Sei que não me conheces, sou teu “vizi-nho”, vivo em Amarante, na freguesia de S. Gonçalo, e no momento em que te escrevo sou vice-presidente de uma Instituição que acolhe crianças em risco e maltratadas, e que se chama “TERRA DOS HOMENS”.

Acolhemos crianças dos zero aos 12 anos, que aqui chegam colocadas pela Segurança Social, ou pelo Tribunal. E por elas fazemos tudo o que podemos, damos amor, carinho, os meninos e as meninas de acordo com a idade vão ao infantário, à escola, -primária, ciclo, e secundária-, brincam com outros meninos que vêm até nós, e fazemos parte de uma grande Família.

Compreendemos que falta qualquer coisa, bem sabemos: o amor de Mãe, de um Pai, es-critos assim com letra maiúscula. É verdade, Gabriel, tens razão nas tuas preocupações.

Mas muitos destes pequeninos são víti-mas de muita violência, maus tratos e aban-dono. Sabes, a Sociedade é uma arena de pai-xões contrárias, é um conflito quotidiano de interesses opostos, e para muitos meninos, o coração de um Pai e de uma Mãe não é aquele mistério de Amor e Ternura, que um filho só compreende mais tarde, quando é Pai.

“A TOALHA DO AMOR”UM POSTAL PARA O GABRIEL

SOCIEDADE

Depois há mães que parecem o génio de mal, muito longe daquela ideia sagrada que temos de veneração e das mais doces emoções. Cos-tumo dizer que o verdadeiro sol para um me-nino, é o sorriso de uma Mãe.

Um pai que maltrata um filho, pouco res-peito pode inspirar. Pai e mãe que não assegu-ra as condições básicas, alimentação, higiene e educação, não pode ser uma boa família.

O ideal era que essas famílias pudessem organizar a sua vida, às vezes isso sucede, mas outras vezes, é uma família nova que aparece, e assim começa também uma nova vida, quer para um menino ou uma menina.

Olha, Gabriel, neste dia em te escrevo este postal, todos os nossos meninos e meninas, menos os bebés, foram passar o dia a uma

praia fluvial, na freguesia de Padronelo, e já é habitual. Mas já foram um mês às piscinas municipais, gozaram 15 dias de um projec-to que o Município promove anualmente, já foram à praia (do mar), agora nos inícios de Setembro, como é hábito, vamos todos a uma pizzaria para assinalar a ida para a escola, já tiveram aulas de equitação, e no dia 28 de Agosto, vão passar o dia à Quinta da Ribeira. Falta-nos uma ida à R.T.A., embora os meni-nos que aproveitaram o projecto do Município já lá tenham estado, e fica completo o progra-ma de férias.

Como te disse, às vezes há a possibilidade de reforçar o fio que tece os laços familiares. E é possível completar a Família biológica. É fantástico.

Mas, Gabriel, é verdade, não há nada como o Amor de uma Mãe, e uma Família completa.

Depois do que te escrevo quero fazer-te um convite: marca um dia, e vem passá-lo connosco, à TERRA DOS HOMENS. Desafiá-mos-te para já, para um jogo de futebol, no nosso “estádio”, com as nossas estrelas, os

“Ronaldos”,os “Messis”, cuidarás das tuas “ca-netas”, ( eles acertam mais nas pernas que na bola), sentar-te-ás à mesa e comerás connos-co, jogarás no computador, e ficarás a conhe-cer-nos melhor.

Para ti, caro Jóvem, aquele abraço E até lá.Hernâni CarneiroP.S. O meu postal não tem qualquer senti-

do escondido, isto de querer fazer pela vida, e que a minha Instituição pudesse vir a ser be-neficiada com o leilão da “toalha do amor”, da D. Mariana Basto.

Tocou-me o sentido de solidariedade do Gabriel pelos mais desfavorecidos, e o seu respeito pela dignidade humana. Na sua aprendizagem têm importância os valores, as atitudes e os procedimentos, de quem ainda inocentemente clama por uma realidade jus-ta, solidária e humana.

ASSOCIAÇÃO “A TERRA DOS HOMENS”

A.C. VILA MEÃ SETEMBRO

SENIORES

01/09/2019

A.C. VILA MEÃ 2-0 REBORDOSA A.C.

08/09/2019

ALIANÇA F.C. GANDRA 1-0 A.C. VILA MEÃ

15/09/2019

A.C. VILA MEÃ – F.C. ALPENDORADA

22/09/2019

C.D. SOBRADO - A.C. VILA MEÃ

29/09/2019

A.C. VILA MEÃ – F.C. LIXA

DESPORTO

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8 • setembro 2019 • Edição 226 • JORNAL DE VILA MEÃ