fertilizante nitrogenado revestido de liberaÇÃo … · fertilidade do solo, a disponibilidade...

45
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM PRODUÇÃO E GESTÃO AGROINDUSTRIAL FERTILIZANTE NITROGENADO REVESTIDO DE LIBERAÇÃO CONTROLADA PARA A CULTURA DO MILHO Herlones Wuilles dos Santos Processamento de Dados CAMPO GRANDE MATO GROSSO DO SUL 2017

Upload: hadieu

Post on 09-Dec-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM PRODUÇÃO E

GESTÃO AGROINDUSTRIAL

FERTILIZANTE NITROGENADO REVESTIDO DE LIBERAÇÃO CONTROLADA PARA A CULTURA DO MILHO

Herlones Wuilles dos Santos

Processamento de Dados

CAMPO GRANDE – MATO GROSSO DO SUL 2017

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM PRODUÇÃO E

GESTÃO AGROINDUSTRIAL

FERTILIZANTE NITROGENADO REVESTIDO DE LIBERAÇÃO CONTROLADA PARA A CULTURA DO MILHO

Herlones Wuilles dos Santos

Orientador: Prof. Dr. José Antônio Maior Bono

Dissertação apresentado ao programa de Pós-Graduação em nível de Mestrado Profissional em Produção e Gestão Agroindustrial da Universidade Anhanguera-Uniderp, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Produção e Gestão Agroindustrial.

CAMPO GRANDE – MATO GROSSO DO SUL Fevereiro - 2017

ii

iii

DEDICATÓRIA

As minhas princesinhas

Brunna, Camilly e Cindy e

para meus Familiares que

sempre estiveram ao meu lado

em busca das minhas

conquistas.

iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por estar presente sempre em todos os

momentos dessa caminhada, por me proporcionar momentos de alegria e permitir

encerrar esta etapa com orgulho de ter alcançado meus objetivos e ter superado

todos os obstáculos.

Aos meus pais in memória e irmãos por tudo o que contribuíram para minha

vida e formação de meu caráter e ter me apoiado durante as viagens e segurar as

pontas durante minhas ausências e principalmente nos momentos de estresse.

As minhas princesinhas Cindy, Camilly e Brunna fonte de inspiração e

energia para vencer essa batalha.

Ao meu orientador, Prof. Doutor José Antônio Maior Bono, pelo auxílio e

cobranças durante o mestrado. Tornei-me uma pessoa com a consciência da

necessidade de buscar novos conhecimentos e me dedicar cada vez mais pela

qualidade dos meus trabalhos.

À coordenadora e professora Doutora Denise Renata Pedrinho pela

contribuição na busca pelo conhecimento e seus conselhos distribuídos durante o

tempo de mestrado.

Aos professores Doutores Celso Correia de Souza, Daniel Massen Frainer,

Deisy Lúcia, Diego Gomes Freire Guidolin, Francisco de Assis Rolim Pereira, José

Antônio Maior Bono, Marcos Barbosa Ferreira, Silvia Rahe Pereira, Silvio Favero e

Bianca Obes Corrêa que contribuíram direta ou indiretamente em meu

aprendizado.

Aos meus colegas de Mestrado, em especial Diego, Leonardo, Marcelo e

Samuel, na qual tive o privilegio de conviver com vocês neste período. Obrigado

Diego pela companhia nas viagens de volta para casa. Obrigado Leonardo pelo

incentivo e ajuda na busca pelo conhecimento. Obrigado Marcelo pelo incentivo

nos momentos mais delicados. Obrigado Samuel por compartilhar seu

conhecimento e pelas caronas até a rodoviária, grande homem de Deus.

Obrigado a todos que de forma direta ou indireta torceram por esta

importante conquista. Deus é Fiel.

v

SUMÁRIO

Página LISTA DE TABELAS........................................................................................ Vi

LISTA DE FIGURAS........................................................................................ Vii

RESUMO......................................................................................................... Viii

ABSTRACT...................................................................................................... ix

1. INTRODUÇÃO GERAL................................................................................

2. REVISÃO GERAL DE LITERATURA...........................................................

01

03

2.1 Nitrogênio para o Milho.........................................................................

2.2 Manejo das adubações com o nitrogênio..............................................

2.3 Fontes de nitrogênio na cultura do milho...............................................

2.4 Perdas de nitrogênio do solo.................................................................

2.5 Fertilizantes de liberação lenta e controlada.........................................

03

03

05

07

08

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS.............................................. 13

4. ARTIGO ...................................................................................................... 18

RESUMO......................................................................................................... 18

ABSTRACT...................................................................................................... 19

4.1. Introdução........................................................................................... 20

4.2. Material e Métodos............................................................................. 22

4.3. Resultado e Discussão....................................................................... 25

4.4. Conclusões.........................................................................................

4.5. Referências Bibliográficas.................................................................. 29

31

32

vi

LISTA DE TABELAS

Página

Tabela 01. Valores médios dos parâmetros da fertilidade do solo na área

experimental.................................................................................

28

Tabela 02. Valores médios dos micronutrientes do solo (DTPA) na área

experimental.................................................................................

Tabela 03. Valores médios dos teores de macro e micronutrientes na

matéria seca da folha de milho (2ª safra) na área experimental.

Tabela 04. Valores médios da produtividade e peso de 1000 grãos de milho

(2ª safra) na área experimental....................................................

Tabela 05. Analise econômica de duas fontes de nitrogênio aplicado na

cultura milho (2ª safra) na área experimental...............................

30

31

32

33

vii

LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 01. Temperaturas médias, médias das máximas e mínimas e precipitação no período experimental. Fonte: CEMTEC (2015)................................................................................. 29

Çm

d

viii

FERTILIZANTE NITROGENADO REVESTIDO DE LIBERAÇÃO CONTROLADA PARA A CULTURA DO MILHO

RESUMO: RESUMO: Na cultura do milho, o nitrogênio é o nutriente mais exigido,

o que mais afeta sua produtividade e o que mais onera o custo de produção. Este

trabalho teve como objetivo avaliar o fertilizante nitrogenado revestido de liberação

controlada para a cultura do milho de 2ª safra. O trabalho foi desenvolvido na

Fazenda Estância Maracaju, localizada no município de Maracaju – Mato Grosso

do Sul. As parcelas experimentais foram constituídas por 48 linhas com

espaçamento de 0,5 metros por 1000 metros de comprimento entre si. Como área

útil considerou-se as 30 linhas centrais (1,5 ha). Os tratamentos utilizados foram

T1: 40 kg ha-1 de N de ureia comum; T2: 60 kg ha-1 de N de ureia comum; T3: 40

kg ha-1 de N de ureia revestida; T4: 60 kg de N de ureia revestida e T5: sem

aplicação de N. Os tratamentos foram distribuídos nas unidades experimentais

segundo delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. A cultura de

milho, respondeu aplicação de nitrogênio no plantio. O uso de ureia revestida não

influenciou na produtividade de grãos em relação a ureia comum no milho de 2ª

safra. A melhor eficiência de uso de N e a melhor receita líquida é com a dose de

40 kg de N ureia ha-1, de ureia comum aplicado no plantio da cultura.

Palavras Chave: Zea mays; eficiência de uso do N; adubação; produtividade do milho safrinha.

ix

COATED NITROGEN FERTILIZER CONTROLLED RELEASE FOR CULTURE

OF CORN IN MARACAJU-MS REGION

ABSTRACT: The 2nd harvest corn is the main autumn-winter crop and the

nitrogen fertilization is important for the enhancement of productivity. This study

aimed to assess the coated nitrogen fertilizer with controlled release for the 2nd

harvest corn crop in Maracaju-MS region. The treatments were T1: 40 kg ha-1 N of

common urea; T2: 60 kg ha-1 N of common urea; T3: 40 kg ha-1 N-coated urea; T4:

60 kg of N-coated urea and T5: without application of N. The treatments were

distributed in experimental plots according to random block delimitations with 4

repetitions. The 2nd harvest corn crop in Maracaju show positive outcomes with

nitrogen application. Coated urea use had no effect on grain yield in comparison to

common urea in the 2nd harvest. The more efficient N application and better net

revenue is at a dose of 40 kg N urea ha-1, applied at the corn plantation.

Keywords: Zea mays, agriculture, nitrogen fertilization, winter maize productivity.

1. INTRODUÇÃO

A espécie (Zea mays L.) é cultivada em grande parte do mundo,

destacando-se como uma das principais fontes de alimentação humana e animal.

O Brasil deve colher uma safra recorde de 88,014 milhões de toneladas de

milho em 2017, um aumento de 38,9% em relação a 2016. Os dados são do

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa da produção do

milho 1ª safra é de 29,663 milhões de toneladas, um aumento de 22,0% em

relação ao ano anterior. A área a ser colhida deve crescer 12,3%, enquanto o

rendimento médio será 8,6% maior.

No Brasil a cultura do milho é cultivada em duas épocas, denominadas de

1ª safra que a semeadura ocorre entre setembro e dezembro e a colheita durante

os meses de janeiro a maio, que resulta em uma produção de 28,82 milhões de

toneladas e a de 2ª safra que a semeadura ocorrer durante os meses de janeiro a

março, e a colheita, nos meses de maio a agosto, que resulta em uma produção

de 58,59 milhões de toneladas. (CONAB, 2016/2017).

Representando grande parte da safra de grãos no país, o milho tem sua

produtividade ameaçada por inúmeros fatores, dentre eles destacam-se a

fertilidade do solo, a disponibilidade hídrica, a população de plantas, a época de

semeadura, as práticas culturais e a ocorrência de doenças, pragas e plantas

daninhas (FANCELLI; DOURADO NETO, 2003).

O nitrogênio (N) é considerado um elemento químico essencial às plantas

exigido pela maioria das culturas de interesse econômico. O fornecimento deste

elemento através dos fertilizantes nitrogenados tem apresentado um custo alto

devido à baixa eficiência do uso do N, devido às perdas para o ambiente, atribuída

normalmente as formas muito solúveis, facilitando as transformações que ocorrem

no solo (CANTARELLA, 2007).

Como os riscos de perda da lavoura ou de redução na produtividade do

milho na segunda safra são relativamente grandes, um dos dilemas dessa

modalidade de cultivo é saber que fonte utilizar e a quantidade de N a aplicar, já

2

que a deficiência hídrica altera a absorção e o metabolismo do N na planta

reduzindo a eficiência do fertilizante aplicado (FERREIRA et al., 2002).

Além disso, na cultura do milho, apesar de serem pequenas as exigências

nutricionais nos estágios iniciais, altas concentrações de N, são benéficas na

promoção de um maior desenvolvimento da planta (VARVEL et al., 1997).

A pesquisa tem como objetivo de avaliar as respostas de duas fontes de N,

ureia comum e ureia revestida de liberação controlada, quanto a produtividade e

ao custo benefício em milho de 2ª safra na fazenda Estância Maracaju na região

de Maracaju-MS.

3

2. REVISÃO GERAL DE LITERATURA

2.1 Nitrogênio para o Milho A nutrição mineral adequada, através de um programa de adubação com

balanceamento entre os nutrientes requeridos, é uma forma eficiente de se

aumentar a produtividade no milho, havendo grande correlação entre os níveis de

produtividade e as quantidades de nutrientes extraídas pela planta (BULL;

CANTARELLA, 1993).

O nitrogênio (N) desempenha importante papel estrutural no metabolismo

vegetal, constituindo muitos componentes da célula, como aminoácidos, proteínas,

ácidos nucléicos, coenzimas e pigmentos (TAIZ; ZEIGER, 2009).

O N apresenta grande versatilidade nas reações de oxirredução, o que lhe

confere especial importância nos ciclos biogeoquímicos e no metabolismo das

plantas (EPSTEIN; BLOOM, 2004).

O nitrogênio é o nutriente mineral extraído em maior quantidade pela cultura

do milho, exercendo grande influência na produtividade de grãos. O ciclo do N no

sistema solo-planta é bastante complexo devido as transformação e perdas que

ocorre. A maior parte do N está na forma orgânica, presente na matéria orgânica

do solo em diferentes moléculas e com variados graus de recalcitrância, ou como

parte de organismos vivos (KEENEY, 1982).

A deficiência de N no período inicial de desenvolvimento do milho, quando

as plantas apresentam em torno de 20 cm, pode promover uma redução no

número de grãos nos primórdios da espiga, e, consequentemente, na produção

final de grãos (BULL; CANTARELLA, 1993).

Por isto, recomenda-se a aplicação da adubação nitrogenada em cobertura

no estádio em que as plantas apresentam entre cinco e sete folhas expandidas,

com colar visível (SILVA, 2006).

Com base nos estágios fenológicos pode-se determinar o momento correto

para o fornecimento de nutrientes, objetivando maior aproveitamento do nutriente

para a cultura. Assim, o uso de uma escala baseada nas mudanças morfológicas

da planta (aspecto visual da planta) e nos eventos fisiológicos que se sucedem no

4

ciclo de vida da planta oferece maior segurança ao ambiente (YAMADA et al.,

2007).

Para cada tonelada de grãos produzidos a planta necessita extrair

aproximadamente 27 kg de N do solo e a mineralização da matéria orgânica do

solo não é capaz de suprir o N durante a estação de crescimento, tornando-se

necessário a adição de adubos minerais (MUDSTOCK; SILVA, 2005).

O Nitrogênio no solo está associado a matéria orgânica do solo (MO), tanto

é, que na atual recomendação de adubação nitrogenada esse é um dos critérios

para definição da quantidade a ser aplicada. Mais de 95% do nitrogênio presente

no solo está na forma orgânica. Essa forma orgânica não é assimilada pela planta,

sendo necessário passar por um processo de mineralização, ou seja,

transformação do nitrogênio orgânico em mineral denominado de aminação e

amonificação (RANGEL; SILVA, 2007).

Em função disto, a adição de adubos minerais nitrogenados constitui a fonte

rápida deste nutriente. As formas minerais de N têm a vantagem de serem

facilmente solúveis em água e de apresentarem alto teor do elemento (Jorge,

1983).

A máxima eficiência no uso de fertilizantes é indispensável em uma

agricultura economicamente competitiva, onde os custos de produção estão mais

elevados a cada ano.

O nitrogênio é o mais caro dos elementos contidos nos fertilizantes, o que

reflete principalmente os gastos com instalação e energia para obter os adubos

nitrogenados. Para cada kg de N existente nos fertilizante minerais são

necessários 16.800 kcal Malavolta (1981). Além disto, a eficiência do emprego de

altas doses de adubação nitrogenada em cobertura esbarra na grande

instabilidade ambiental do N mineral.

2.2 Manejo das adubações com o nitrogênio

5

Dentre os aspectos mais importantes quando se fala sobre a adubação

nitrogenada, a época e forma de aplicação são aspectos relevantes para o

sucesso da lavoura. Durante o processo de escolha da fonte nitrogenada, o

critério a se utilizar é o que apresenta melhor desempenho (PORTUGAL, 2012).

A crescente preocupação com a poluição do meio ambiente, proveniente do

manejo inadequado de fertilizantes nitrogenados, especialmente a poluição dos

recursos hídricos por nitrato e da atmosfera por óxido nitroso, tem estimulado a

busca de sistemas de manejo que aumentem a eficiência da adubação, com

melhor aproveitamento do nitrogênio pelo milho (DUETE et al., 2009).

Durante o processo de escolha da fonte nitrogenada, deve-se atentar para

a forma de aplicação que confere a melhor performance (TAVARES JÚNIOR;

DALTO, 2006).

O nitrogênio pode ser aplicado ao solo por diferentes métodos. Os mais

usados são a aplicação a lanço na superfície do solo e a incorporação em linhas.

Quando a fonte de nitrogênio é a ureia e não ocorrer chuva nos primeiros dias

após a aplicação, a incorporação ao solo pode ser importante, pois pode ocorrer

formação de amônia e sua liberação para a atmosfera (POTTKER;

WIETHOlLTER, 2004).

Silva et al. (2005), trabalhando com épocas e formas (incorporado no sulco

de plantio e a lanço em superfície) de aplicação de nitrogênio no milho sob plantio

direto em solo de cerrado; encontrou resultados significativos para a

produtividade.

Quanto ao sistema de manejo do solo para cultivo do milho se dispõe,

atualmente do Sistema Plantio Direto (SPD), que se caracteriza pela semeadura

em solo praticamente não revolvido e coberto pela palha da cultura anterior como

alternativa econômica e ecologicamente viável para a produção de grãos em

ambiente tropical (BERNARDI et al., 2003).

No sistema plantio direto, tem havido maior preocupação em elevar a

disponibilidade de nitrogênio no início do crescimento do milho, por ser ele, na

maioria dos sistemas de produção, cultivado em sucessão a gramíneas. Isto pode

significar comprometimento da quantidade de nitrogênio disponível para o milho,

6

pois segundo Salet et al. (1997), a imobilização de nitrogênio mineral pela

biomassa microbiana é a principal causa da menor disponibilidade de nitrogênio.

De acordo com Cantarella (2007), critérios adicionais são cada vez mais

necessários para o ajuste da adubação nitrogenada, especialmente para os

agricultores que fazem uso de altas doses de nitrogênio para aumentar a

produtividade.

Segundo Sá (1995), após o quarto ano de plantio direto, é iniciado o

estabelecimento do equilíbrio das transformações que ocorrem com o nitrogênio

do solo e, após nove a doze anos, há maior disponibilização de nitrogênio, com

menor resposta à adubação nitrogenada e, portanto, com possibilidade de

redução das doses desse nutriente.

2.3 Fontes de nitrogênio na cultura do milho

No Brasil, os fertilizantes nitrogenados mais utilizados são a ureia – 45% de

N; o nitrato de amônio (NH4 NO3) – 33% de N e o sulfato de amônio [(NH4)2SO4] –

21% de N, 23% de S. Além desses, outros fertilizantes nitrogenados solúveis

comuns são: nitrocálcio – 21 a 28% de N; fosfato monoamônico (MAP) – 11% de

N, e 52% de P2O5 ; fosfato diamônico (DAP) – 16 -18% de N, e 42-48% de P2O5 ;

amônia anidra- 82% de N; aquamônia – 10% de N; uran – 28-32% de N; nitrato de

sódio – 16% de N; nitrato de cálcio – 14% de N; nitrato de potássio – 13% de N;

nitrosulfato – 26% de N; nitrofosfatos – 13-26% de N, e 6-34% de P2O5 ; solução

nitrogenada – 20% de N; ureia-formaldeído – 35% de N (CANTARELLA, 2007;

RAIJ, 2011).

A ureia (CO(NH2)2) por ser o adubo mais barato, é o mais utilizado pelos

agricultores, seguido pelo o nitrato de amônio (NH4NO3) e o sulfato de amônio

((NH4)2SO4), sendo consumido nas lavouras aproximadamente 46,65%, 33,00% e

20%, respectivamente, de cada fonte (MEIRA, 2006).

7

Dentre as fontes nitrogenadas, a ureia apresenta elevada concentração de

nitrogênio (~ 45% de N), tendo maior teor de nitrogênio do que os outros adubos

sólidos, o que barateia o transporte e a aplicação (CANTARELLA, 2007).

A ureia possui alta solubilidade, baixa corrosividade e menor relação custo

por unidade de nutriente.

A ureia é rapidamente hidrolisada no solo por enzimas do grupo das

ureases, de modo que em um intervalo de dois a cinco dias, em solos com

umidade e temperatura adequadas, o nitrogênio amídico se transforma em

amoniacal (CANTARELLA; MONTEZANO, 2010).

Tal reação produz um pequeno aumento no pH do solo, mas o efeito final

da ureia é de acidificação devido à nitrificação.

De acordo com Cantarella (2007), as perdas de nitrogênio para o ambiente,

com o consequente menor aproveitamento do nutriente pelas culturas, estão

associadas à concentração na solução do solo, de formas solúveis de nitrogênio

geral, ou das formas mais susceptíveis a perdas. Uma das maneiras de aumentar

a eficiência de aproveitamento dos fertilizantes nitrogenados é o uso de

fertilizantes de liberação lenta ou controlada ou com inibidores para evitar a rápida

transformação do nitrogênio contido no fertilizante em formas de nitrogênio menos

estáveis em determinados ambientes.

Segundo Fancelli (2010), a viabilidade técnica e econômica do uso de

fontes especiais de nitrogênio depende da composição dos preços dos fertilizantes

nitrogenados convencionais, sobretudo da ureia, com aqueles praticados para os

fertilizantes especiais; das condições de uso do produto; do sistema de produção

adotado; do nível tecnológico do empreendimento; e, do valor estimado do milho

por ocasião da colheita.

2.4 Perdas de nitrogênio do solo

Meisinger et al. (2008), afirmaram que a lixiviação representa em média,

perdas de 10% a 30% do nitrogênio adicionado aos solos. Contudo, segundo os

8

autores, essas perdas são muito variáveis e dependem da presença de nitrato e

do excedente de água que percola pelo perfil do solo. As perdas de nitrato por

lixiviação são maiores em solos arenosos, em presença de culturas com sistema

radicular pouco profundo e quando o nitrogênio é aplicado em doses maiores do

que as necessidades das plantas.

Cantarella (2007), reuniu dados de mais de uma dezena de experimentos,

que indicaram que as quantidades de nitrogênio lixiviadas no Brasil têm sido

pequenas. As doses de nitrogênio relativamente baixas utilizadas no Brasil, e o

manejo tradicional da adubação para a maioria das culturas, que envolve o

parcelamento dos fertilizantes nitrogenados, de certo modo explicam a baixa

lixiviação e sugerem que a contaminação ambiental na agricultura brasileira com

nitrato é pequena. Porém, culturas adubadas com altas doses do nutriente podem

apresentar acúmulo de nitrogênio inorgânico na camada subsuperficial

(CANTARELLA; MONTEZANO, 2010).

2.5 Fertilizantes de liberação lenta e controlada

Os adubos de liberação lenta ou controlada e adubos estabilizados são

fertilizantes que retardam ou prolongam o tempo de disponibilidade contínua dos

nutrientes, podendo ocorrer por meio de vários mecanismos. Não existe

diferenciação oficial entre liberação lenta e controlada. No entanto, os produtos

microbiologicamente degradáveis, como ureia-formaldeído e ureia-aldeídos são

normalmente designados comercialmente como adubos de libertação lenta (slow-

release fertilizers). Os fertilizantes revestidos por enxofre ou polímeros de

características distintas são designados de fertilizantes de liberação controlada

(coated or encapsulated controlled release fertilizers) (TRENKEL, 1997).

Nos fertilizantes estabilizados são adicionados substâncias estabilizadoras

que prolongam o tempo de liberação do nitrogênio no solo permanecendo na

forma N-uréia ou amoniacal (TRENKEL, 2010).

9

Fan (2011), define fertilizante de liberação controlada (FLC) como aquele

em que sua liberação está condicionada unicamente pela temperatura e a

espessura da capa do revestimento, enfatizando que a definição é atribuível aos

fertilizantes revestidos por polímeros, enquanto que fertilizante de liberação lenta

(FLL) apresentam retardo ou menores taxas de liberação do nutriente em relação

aos fertilizantes comuns, sendo afetados por condições ambientais como teor de

umidade do solo, pH, aeração, dentre outros (MARIANO et al., 2011).

Um fertilizante pode ser descrito como de liberação lenta se o(s)

nutriente(s) que o compõem, declarados como de liberação lenta (controlada), sob

condições definidas, inclusive sob temperatura de 25°C, seguir cada um dos

critérios (KLOTH, 1996):

i. Liberação menor que 15% em 24 horas;

ii. Liberação menor que 75% em 28 dias; e

iii. Liberação menor que 75% ao final do tempo indicado para liberação. A dinâmica do N na natureza é de suma importância à vida das plantas, a

quantidade de N disponível no solo pode sofrer perdas em função de alterações

os processos de adição. Essas perdas envolve processo como volatilização,

lixiviação, desnitrificação e escorrimento superficial (CANTARELLA, 2007).

As perdas por volatilização de amônia em solos dependem do pH. O

equilíbrio entre o íon amônio (NH4+) e na forma gasosa, amônia (NH3), é dado

pela expressão:

NH4+ + OH- (aquoso) H2O + NH3 (gás)

Quando aplicada ureia no solo é rapidamente hidrolisada e produz

carbonato de amônio, uma molécula instável que em condições adversas de

temperatura e umidade libera todo N na forma de NH3 (CANTARELLA, 2007).

Em solos com pH menor do que 6,3 – maioria dos solos brasileiros – a

reação predominante é (KAELLIKER; KISSEL, 1988), citado por (CANTARELLA,

2007).

10

CO(NH2)2 + 2H+ + 2H2O urease 2NH4+ + H2CO3

Em solos com pH mais elevado (≥6,3), a reação é:

CO(NH2)2 + H+ + 2H2O urease 2NH4+ + HCO3

A explicação que os coloides do solo incorporados com uréia tendem a

apresentar uma elevação do pH, devido ao consumo de prótons (H+) na produção

de amônio (NH4+) (SANTOS et al., 2007).

Overrein e Moe (1967), observaram que o pH 6,5 atingiu um ponto máximo

de 8,8 três dias após a aplicação de uréia.

O fato da ureia ser o fertilizante mais utilizado e os riscos de perdas por

volatilização serem altos, reduzindo a eficiência deste fertilizante, faz com que se

justifique a utilização dos inibidores de urease, porém vale ressaltar que os

inibidores não controlam 100% as perdas por volatilização quando a ureia é

aplicada na superfície do solo, pois seu efeito depende de características físicas e

químicas do solo e de condições ambientais. Os inibidores disponíveis hoje

retardam em uma ou duas semanas a hidrólise da ureia, período este em que o

fertilizante deveria ser incorporado pela água, tanto da chuva como da irrigação.

Apesar de não controlar 100% as perdas, é uma alternativa que não pode ser

descartada devido a crescente utilização de fertilizantes nitrogenados no mercado,

principalmente o da ureia.

Outra forma de reduzir as perdas de N é o uso da tecnologia de revestir o

fertilizante nitrogenado, a qual existe há muitas décadas. A finalidade do

revestimento do fertilizante é que este seja liberado de forma gradual, reduzindo a

taxa de liberação, visando à diminuição das perdas Liu et al. (2008), assim como o

aumento na eficiência no uso do(s) nutriente(s), além da redução na frequência de

fertilização e diminuição nos efeitos sobre o ambiente (YAN; ZHENG, 2007).

A liberação do fertilizante de grânulos revestidos consiste de três etapas: a

fase inicial de retardo, na qual quase não ocorre liberação do fertilizante; a

segunda fase, de liberação gradual do fertilizante, a uma taxa constante; e a

11

ultima fase, na qual é observada uma queda no fornecimento do nutriente por

parte do grânulo. Du et al. (2006), explicam que o atraso na liberação inicial do

fertilizante possivelmente é devido à necessidade do preenchimento de água nos

espaços porosos internos do grânulo. Quando esse estágio é atingido, inicia-se a

liberação constante do nutriente, que é dependente da própria solubilidade,

difusividade e permeabilidade do elemento através da película do polímero ou

composto que reveste o grânulo, assim como as interações com a temperatura, o

tipo do meio sobre o qual é aplicado o fertilizante e a umidade do mesmo

(MARIANO et al., 2011).

Uma vantagem de utilizar fertilizantes revestidos é a melhoria nas

características físicas dos grânulos revestidos. De acordo com Salman (1989), que

realizou avaliações físicas na ureia convencional e recoberta com polímeros, esta

última apresentou melhores características para armazenagem e manipulação no

momento da aplicação no solo.

Conforme Chen et al. (2008), o emprego de fertilizantes revestidos não

propiciou aumentos significativos na produtividade, todavia, foram observados

efeitos benéficos ao ambiente com a utilização dos fertilizante revestidos, como

um menor teor de NO3- no solo como consequência da liberação lenta do N.

Zavaschi (2010), não encontrou diferenças significativas na produtividade de grãos

de milho entre tratamentos fertilizados com ureia revestida com três polímeros e

com ureia convencional. Além disso, Zavaschi (2010) menciona que para se tornar

viável a utilização de fertilizantes revestidos, sua eficiência deve ser maior que a

do fertilizante convencional, devendo ainda prolongar o tempo de disponibilidade

dos nutrientes, para assim permitir a redução na dose de N.

Os benefícios dos fertilizantes de liberação lenta ou controlada, segundo

Shaviv (2001) e Trenkel (2010) são: menor necessidade de parcelamento em

cobertura; fornecimento regular e contínuo de nutrientes para as planta, melhor

rendimento operacional no transporte interno e plantio; bons rendimentos de

produtividade; menor espaço de armazenamento; redução nos custos de

produção; reduz a toxicidade e permitindo a aplicação de doses maiores de

fertilizantes, em comparação aos fertilizantes comuns; redução de perdas de

12

nutriente por lixiviação e volatilização; reduzem as perdas por evaporação de

amônia; eliminação de danos causados a sementes e raízes devido à alta

concentração de sais; maior praticidade no manuseio dos fertilizantes; redução da

poluição ambiental pelo nitrato (menor contaminação de águas subterrâneas e

superficiais); contribuem para a redução das emissões de gases ambientalmente

relevantes (N2O).

Com o uso dos fertilizantes de liberação lenta ou controlada relata-se não

há métodos padronizados para determinação confiável de liberação de nutrientes

disponíveis; a fonte de nitrogênio pode ser liberada na solução do solo muito

lentamente, ou então, não ser liberada; fertilizantes revestidos com enxofre podem

ser liberados rapidamente e causa danos a cultura; fertilizantes revestidos com

polímeros podem deixar resíduos indesejáveis nos campos; o custo de produção e

consideravelmente mais elevado do que dos adubos minerais comuns (TRENKEL,

2010).

O alto custo de aplicação da adubação nitrogenada e dos fertilizantes faz

com que se busquem alternativas para reduzir as perdas causadas com os

fertilizantes utilizados atualmente, visando um aumento na produtividade e uma

redução no potencial de poluição das águas subterrâneas e emissão de gases de

efeito estufa.

13

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS AMADO, T. J. C.; MIELNICZUK, J.; AITA, C. Recomendação de adubação nitrogenada para o milho no RS E SC adaptada ao uso de culturas de cobertura do solo, sob sistema plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 26:241-248, 2002. BASSO, C. J.; CERETTA, C. A. Manejo do nitrogênio no milho em sucessão a plantas de cobertura de solo, sob plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 24, n. 4, p. 905-915, 2000.

BASTOS, E. Guia para o cultivo do milho. São Paulo: Ícone, 1987. 190 p. BERNARDI, A. C. C. et al. Correção do solo e adubação no sistema de plantio direto nos cerrados. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2003. 22 p. (Documentos, 46). BÜLL, L. T.; CANTARELLA, H. Cultura do milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFOS, 1993, 301 p. CANTARELLA, H. Nitrogênio. In: NOVAIS, R. F.; ALVARES, V.H.; BARROS, N.F.; FONTES, R.L.F.; CANTARUTTI, R.B.; NEVES, J.C.L. (Ed.). Fertilidade do solo. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. p.375-470. CANTARELLA, H.; MONTEZANO, Z. F. Nitrogênio e enxofre. In: PROCHNOW, L. I.; CASARIN, V.; STIPP, S. R. (Eds.). Boas práticas para uso eficiente de fertilizantes: nutrientes. Piracicaba: IPNI – Brasil, 2010. v. 2, p. 1-65. CAVALCANTI, G. S. Cultura de milho. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1987. 38 p. CHEN, D.; FRENEY, J.; ROCHESTER. I.; CONSTABLE. G.; MOSIER. A.; CHALK, P. Evaluation of a polyolefin coated urea (Meister) as a fertilizer for irrigated cotton. Nutrient Cycling in Agroecosystems, v.81, p. 245-254, 2008. COELHO, A. M. e FRANÇA, G.E.. Seja doutor do seu milho: nutrição e adubação. Arquivo do agrônomo, Piracicaba, nº 2, 1995. DU, C.; ZHOU, J.; SHAVIV, A. Release characteristics of nutrients from polymer-coated compound controlled release fertilizers. Journal of Polymers and the Environment. v.14, p.223-230, 2006. EPSTEIN, E.; BLOOM, A.J. Mineral nutrition of plants. Sunderland: Sinauer Associates, 2004. 392p.

14

FAN, X.; LI, Y.; ALVA, A. Effects of temperature and soil type on ammonia volatilization from slow-release nitrogen fertilizers. Communications in Soil Science and Plant Analysis v.42, p.1111-1122, 2011. FANCELLI, A. L. Milho. In: PROCHNOW, L.I.; CASARIN, V.; STIPP (Eds.). Boas práticas para uso eficiente de fertilizantes: culturas. Piracicaba: INPI-Brasil, 2010. v. 3, p. 43-93. FANCELLI, A. L.; DOURADO NETTO, D. Produção de milho. Guaíba: Agropecuária, 2000. FANCELLI, A.L.; DOURADO NETO, D. Milho: estratégias de manejo para alta produtividade. Piracicaba: Esalq/USP/LPV, 2003. 208p. HALL, W. Benefits of enhanced-efficiency fertilizers for the environment. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON ENHANCED-EFFICIENCY FERTILIZERS, Frankfurt, 2005. Proceedings.Paris, International Fertilizer Industry Association, 2005. 9p. CD-ROM. JORGE, J. A. Solo: manejo e adubação. 2° Ed. São Paulo: Nobel 1983. 307p. KEENEY, D.R. Nitrogen - availability indices. In: PAGE, A.L.; MILLER, R.H.; KEENEY, D.R. (Ed.). Chemical and microbiological properties. 2nd ed. Madison: ASA; SSSA, 1982. pt. 2, p.711-733. (Agronomy Series, 9). KISSEL, D. E.; CABRERA, M. L.; FERGUSON, R. B. Reaction sofammonia andurea hydrolysis products with soil. SoilSci. Soc. Am. J., v. 52, p. 1793-1796, 1988. KLOTH, B. AglukonSpezialdüngerGmbH: Reply to there queston controlled-release fertilizers. Personal communication. 1996. KOELLIKER, J. K.; KISSEL, D. E. Chemical equilibria affectin gammonia volatilization. In: BOCK, B. R. KISSEL, D. E., (ed.) Ammonia volatilization from urea fertilizers. MuscleShools, Natl. Fert. Dev. Center, 1988. p.37-52. (Bull. Y-206). LIU, Y.; WANG T.; QIN, L.; JIN, Y. Urea particle coating for controlled release by using DCPD modified sulfur. Powder Technology, v.183, p. 88-93, 2008. MALAVOLTA, E. Manual de química agrícola: adubos e adubação 3. Ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1981. 569 p. MARIANO, E.; COSTA, H. T.; CORRALES, R. A. F.; VITTI, G. C. adubos e adubação. Revisão de literatura. Escola superior de agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 2011.

15

MARY, B.; RECOUS, S.; DARWIS, D.; ROBIN, D. Interaction between decomposition of plant residues and nitrogen and nitrogen cycling in soil. Plant Soil, The Hague, 181:71-82, 1996. MEIRA F. A. Fontes e modos de aplicação do nitrogênio na cultura do milho. 2006. 52 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Faculdade de Engenharia do Campus de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Ilha Solteira, 2006. MEISINGER, J. J.; CALDERÓN, F. J.; JENKINSON, D. S. Soil nitrogen budgets. In: SCHEPERS, J. S.; RAUN, W. R. (Eds.). Nitrogen in agricultural systems. Madison: American Society of Agronomy, 2008. p. 505-562. (Agronomy Monograph, 49). MUNDSTOCK, C.M; da SILVA, P.R.F. Manejo da cultura do milho para altos rendimentos de grãos. Porto Alegre: Evangraf, 2005. 51 p. PÖTTKER, D., WIETHÖLTER, S. Épocas e métodos de aplicação de nitrogênio em milho cultivado no sistema plantio direto. Ciência Rural, v. 34, n. 4, p. 1015-1020, jul-ago. 2004. RAIJ, B. Van. et al. Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2 .ed. Campinas: IAC, 1997. 285p. (IAC. Boletim Técnico, 100). RANGEL, O. J. P.; SILVA, C. A. Estoques de carbono e nitrogênio e frações orgânicas de latossolo submetido a diferentes sistemas de uso e manejo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 31:1609-1623, 2007. RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G; ALVAREZ V., V. H. Recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5ª Aproximação. Viçosa: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. 359p. SÁ, J. C. M. Manejo do nitrogênio na cultura do milho no sistema plantio direto. Passo Fundo, Aldeia Norte, 1996. 24p. SALET, R. L. et al. Por que a disponibilidade de nitrogênio é menor no sistema plantio direto? In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO SISTEMA PLANTIO DIRETO, 2., 1997, Passo Fundo. Anais... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1997. p. 217-219. SALMAN, O. Polyethylene-coated urea. 1. Improved storage and handling properties. Industrial and Engineering Chemistry Research, v.28, p.630-632. 1989. SANTOS, P. M.; BERNARDI, A. C. C.; NOGUEIRA, A. R. A.; MENDONÇA. F. C.; LEMOS. S. G.; MENEZES. E. A.; TORRE-NETO. A. Uso de nitrogênio em

16

pastagens: estratégias de aplicação. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS, 24., 2007, Piracicaba. Anais...Piracicaba: FEALQ, 2007. p.131-152. SHAVIV, A. Advances in controlled-release fertilizers. Advances in Agronomy, San Diego, v. 71, p.1-49, 2001. SHOJI, S.; DELGADO, J.; MOSIER, A.; MIURA, Y. Use of controlled release fertilizers and nitrification inhibitors to increase nitrogen use efficiency and to conserve air and water quality. Communications in Soil Science Plant Analysis, v.32, p.1051-1070, 2001. SILVA, A. A.; SILVA, T. S.; VASCONCELOS, A. C. P.; LANA, R. M. Q. Aplicação de diferentes fontes de uréia de liberação gradual na cultura do milho. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 28, Supplement 1, p. 104-111. 2012. SILVA, E. C. Manejo da adubação nitrogenada e utilização do nitrogênio (15N) da uréia, do milheto e da crotalária pelo milho sob semeadura direta em solo de cerrado. 2005. 111 f. Tese (Doutorado em Energia Nuclear na agricultura) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2005. SILVA, E.C.; BUZETTI, S.; GUIMARÃES, G.L.; LAZARINI, E; SÁ, M. E. Doses e épocas de aplicação de nitrogênio na cultura do milho em plantio direto sobre Latossolo Vermelho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v29, p. 353-362, 2005. SILVA, P.R.L, et al. Arranjo de plantas e sua importância na definição da produtividade em milho. Porto Alegre: Evangraf 2006.63p. SORATTO, R. P.; SILVA, A. H.; CARDOSO, S. M.; MENDONÇA, C. G. Doses e fontes alternativas de nitrogênio no milho sob plantio direto em solo arenoso. Ciência Agrotécnica, v. 35, p. 62-70. 2011. SOUZA, J. A.; BUZETTI, S.; TEIXEIRA FILHO, M. C. M.; ANDREOTTI, M.; EUSTÁQUIO de SÁ, M. e ARF, O. Adubação nitrogenada na cultura do milho safrinha irrigada em plantio direto. Bragantia, Campinas, v. 70, p. 447-454, 2011. STEVENSON, F. J. Nitrogen agriculture soils. Madison: Soil Science Society of America, 1982, p. 605-649. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 4 ed. Tradução Eliane Romanato Santarém, et al. Porto Alegre: Artmed, 2009. 848 p. TAVARES JÚNIOR, J. E.; DALTO,G. Manejo eficiente da adubação nitrogenada. Divulgação técnica, [S.l.], 22, n.165, jan/fev/mar. 2004.

17

TRENKEL, M. E. Improving fertilizer use efficiency. Controlled-release and stabilized fertilizers in agriculture. International Fertilizer Industry Association, Paris, 1997. 62

TRENKEL, M. E. Slow – and Controlled-Release and Stabilized Fertilizers: An Option for Enhancing Nutrient Efficiency in Agriculture. Second edition, IFA, Paris, France, 2010. VALDERRAMA, M.; BUZETTI, S.; BENETT, C. G. S.; ANDREOTTI, M.; TEIXEIRA FILHO, M. C. M. Fontes e doses de NPK em milho irrigado sob plantio direto. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 41, p. 254-263, 2011. VICTÓRIA, R. L.; PICCOLO, M. C.; VARGAS, A. A. T. O ciclo do nitrogênio. In; CARDOSO, E. J. B. N.; TSAI, S. M.; NEVES, M. C. P. Microbiologia do solo. Campinas: SBSC, 1992. P 105-119. YAMADA, T.; ABDALLA, S. R. S. E.; VITTI, G. C.. Nitrogênio e enxofre na agricultura brasileira. Piracicaba: IPNI - International Plant Nutrit. Institute, 2007. 722 p. YAN, D.; ZHENG, W. Release characteristics of different N forms in an uncoated slow/controlled release compound fertilizer. Agricultural Sciences in China, v.6, p.330-337, 2007. ZAVASCHI, E. Volatilização de amônia e produtividade do milho em função da aplicação de ureia revestida com polímeros. 2010. 92f.Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2010.

18

4. ARTIGO FERTILIZANTE NITROGENADO REVESTIDO DE LIBERAÇÃO CONTROLADA

PARA A CULTURA DO MILHO

RESUMO: Na cultura do milho, o nitrogênio é o nutriente mais exigido, o que mais

afeta sua produtividade e o que mais onera o custo de produção. Este trabalho

teve como objetivo avaliar o fertilizante nitrogenado revestido de liberação

controlada para a cultura do milho de 2ª safra. O trabalho foi desenvolvido na

Fazenda Estância Maracaju, localizada no município de Maracaju – Mato Grosso

do Sul. As parcelas experimentais foram constituídas por 48 linhas com

espaçamento de 0,5 metros por 1000 metros de comprimento entre si. Como área

útil considerou-se as 30 linhas centrais (1,5 ha). Os tratamentos utilizados foram

T1: 40 kg ha-1 de N de ureia comum; T2: 60 kg ha-1 de N de ureia comum; T3: 40

kg ha-1 de N de ureia revestida; T4: 60 kg de N de ureia revestida e T5: sem

aplicação de N. Os tratamentos foram distribuídos nas unidades experimentais

segundo delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. A cultura de

milho, respondeu aplicação de nitrogênio no plantio. O uso de ureia revestida não

influenciou na produtividade de grãos em relação a ureia comum no milho de 2ª

safra. A melhor eficiência de uso de N e a melhor receita líquida é com a dose de

40 kg de N ureia ha-1, de ureia comum aplicado no plantio da cultura.

Palavras Chave: Zea mays; eficiência de uso do N; adubação; produtividade do milho safrinha.

19

NITROGEN FERTILIZER COATED CONTROLLED RELEASE FOR CULTURE

OF CORN

ABSTRACT: The 2nd harvest corn is the main autumn-winter crop and the

nitrogen fertilization is important for the enhancement of productivity. This study

aimed to assess the coated nitrogen fertilizer with controlled release for the 2nd

harvest corn crop in Maracaju-MS region. The treatments were T1: 40 kg ha-1 N of

common urea; T2: 60 kg ha-1 N of common urea; T3: 40 kg ha-1 N-coated urea;

T4: 60 kg of N-coated urea and T5: without application of N. The treatments were

distributed in experimental plots according to random block delimitations with 4

repetitions. The 2nd harvest corn crop in Maracaju show positive outcomes with

nitrogen application. Coated urea use had no effect on grain yield in comparison to

common urea in the 2nd harvest. The more efficient N application and better net

revenue is at a dose of 40 kg N ha-1, applied at the corn crop plantation.

Keywords: Zea mays; agriculture; nitrogen fertilization; winter maize productivity.

20

1. INTRODUÇÃO

O Brasil deve colher uma safra recorde de 88,014 milhões de toneladas de

milho em 2017, um aumento de 38,9% em relação a 2016. Os dados são do

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa da produção do

milho 1ª safra é de 29,663 milhões de toneladas, um aumento de 22,0% em

relação ao ano anterior. A área a ser colhida deve crescer 12,3%, enquanto o

rendimento médio será 8,6% maior.

No Brasil a cultura do milho é cultivada em duas épocas, denominadas de 1ª

safra que a semeadura ocorre entre setembro e dezembro e a colheita durante os

meses de janeiro a maio, que resulta em uma produção de 28,82 milhões de

toneladas e a de 2ª safra que a semeadura ocorrer durante os meses de janeiro a

março, e a colheita, nos meses de maio a agosto, que resulta em uma produção

de 58,59 milhões de toneladas. (CONAB, 2016/2017).

Representando grande parte da safra de grãos no país, o milho tem sua

produtividade ameaçada por inúmeros fatores, dentre eles destaca-se a fertilidade

do solo, a disponibilidade hídrica, a população de plantas, a época de semeadura,

as práticas culturais e a ocorrência de doenças, pragas e plantas daninhas

(FANCELLI; DOURADO NETO, 2003).

O nitrogênio (N) é considerado um elemento químico essencial às plantas

exigido pela maioria das culturas de interesse econômico. O fornecimento deste

elemento através dos fertilizantes nitrogenados tem apresentado um custo alto

devido à baixa eficiência do uso do N, devido às perdas para o ambiente, atribuída

normalmente as formas muito solúveis, facilitando as transformações que ocorrem

no solo (CANTARELLA, 2007).

Como os riscos de perda da lavoura ou de redução na produtividade do milho

na segunda safra são relativamente grandes, um dos dilemas dessa modalidade

de cultivo é saber que fonte utilizar e a quantidade de N a aplicar, já que a

deficiência hídrica altera a absorção e o metabolismo do N na planta, reduzindo a

eficiência do fertilizante aplicado (FERREIRA et al., 2002).

21

Além disso, na cultura do milho, apesar de serem pequenas as exigências

nutricionais nos estágios iniciais, altas concentrações de N, são benéficas na

promoção de um maior desenvolvimento da planta (VARVEL et al., 1997).

De modo geral, as perdas de N para o ambiente, com o consequente menor

aproveitamento do N pelas culturas, estão associadas à concentração, na solução

do solo, de formas solúveis de N em geral, ou das formas mais susceptíveis a

perdas, das maneiras de aumentar a eficiência de aproveitamento dos fertilizantes

nitrogenados é o uso de fertilizantes de liberação lenta ou controlada ou com

inibidores para evitar a rápida transformação do N contido no fertilizante em

formas de N menos estáveis em determinados ambientes (HALL, 2005).

Apesar do potencial dos fertilizantes de liberação lenta para aumentar a

eficiência de aproveitamento de fertilizantes nitrogenados, o uso de tais produtos é

limitado pelo alto custo em comparação com o dos fertilizantes tradicionais. A

ureia recoberta com S, provavelmente o produto com menor diferencial de preço,

como já foi dito, tem o preço de N em torno duas vezes mais caro do que o da

ureia comum; o custo de outros fertilizantes nitrogenados de liberação lenta varia

de 2,4 a 10 vezes por unidade de N (TRENKEL, 1997; SHAVIV, 2005).

22

2. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi iniciada no dia 08 de Setembro de 2015 na Fazenda Estância

Maracaju, localizada no município de Maracaju – Mato Grosso do Sul, na área

determinada para a realização do experimento, foi utilizada a soja como cultura de

verão. Após a colheita foram aplicados os herbicidas, para posterior semeadura do

milho, no sistema plantio direto. O clima da região é do tipo tropical, com

precipitação pluvial média anual de 1312,8mm, temperatura média anual de 24°C

e umidade relativa do ar média anual de 67%.

O solo da área experimental foi classificado de Latossolo Vermelho

distroférrico apresentando na camada de 0 a 20 cm MO=25,5 g kg-1; pH=4,7; P

(Mehlich-1)= 29 mg k-1; K= 3,9; Ca= 33,9; Mg= 10,8; H+Al= 51,2, Al= 4,1 mmolc dm-

3; S so4 = 35,6; Cu= 4,7; Fe=17,2; Zn= 2,5; Mn= 25,7; B= 0,3 mg k-1; argila= 507;

areia= 287 e silte 206 g kg -1 e na camada 20 a 40 cm MO=16,7 g kg-1; pH=4,9;

P(Mehlich-1)= 5,6 mg k-1; K= 2,3; Ca= 25,8; Mg= 6,3; H+Al= 40,0, Al= 3,3mmolc

dm-3; S so4 = 48,4; Cu= 2,3; Fe=10,0; Zn= 0,7; Mn= 9,0; B= 0,3 mg k-1; argila= 523;

areia= 273 e silte 204 g kg -1, Embrapa (2009).

Os tratamentos constituíram-se de 40 kg de N foram de ureia comum – T1:

60 kg de N de ureia comum– T2; 40 kg de N de ureia revestida -T3; 60 kg de N de

ureia revestida-T4 e testemunha (sem aplicação N)-T5. A ureia revestida foi

utilizada o produto comercial de nitrogênio Polybler® com 40% de N de liberação

controlada e a ureia tradicional com 45% N aplicado na semeadura do milho. Em

todos os tratamentos foram aplicados 120 kg de K2O ha-1, a lanço antes do plantio

com a fonte cloreto de potássio e os fertilizantes nitrogenado aplicado no sulco de

plantio.

As unidades experimentais foram constituídas por 48 linhas de 0,5 metros

entre linhas por 1000 metros de comprimento. Como área útil considerou-se as 30

linhas centrais (1,5 ha). Os tratamentos foram distribuídos no campo, segundo o

delineamento experimental utilizado de blocos ao acaso com quatro repetições.

Foram realizados a semeadura das sementes da cultivar de milho híbrido

simples (Agroceres 9040), na densidade de três sementes por metro linear,

23

objetivando um população de 60.000 pl/ha-1, consorciado com 2 Kg de Brachiaria

ruziziensis, de VC 80. Na área experimental foram realizadas aplicações de

inseticidas e fungicidas de acordo com as recomendações da Fundação MS

(Fundação MS, 2014).

Realizou-se a amostragem de folhas, coletando-se a folha oposta a espiga,

utilizando-se a parte central da folha, 20 folhas por tratamento e na quantidade

uma folha por planta, após secas em estufas a 65ºC, moída em moinho tipo Wile e

submetido a análise de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Zinco, Mn conforme

metodologia Embrapa (2009).

Coletou-se amostra de solo de cada parcela na profundidade de 0-20 e 20-

40 com trado holandês e submetido a análise de pH, MO, P, K, Ca, Mn, SSO4, Al,

H+Al, B, Cu, Fe, Zn e Mn de acordo com metodologia na ocasião da colheita do

milho Embrapa (2009).

A colheita foi realizada de forma mecanizada da área útil (1,5 ha) e

posteriormente mediu-se a umidade dos grãos com uso de um medidor de

umidade (Motomco). Os valores obtidos da produtividade da área útil foram

corrigidos para a umidade de 14% e ajustados em kg ha-1.

Antes da colheita mecanizada, retirou-se de forma aleatória 10 espigas de

cada parcela útil e os grãos debulhados manualmente foram colocados em estufa

de circulação forçada até atingir 14% e coletado mil grãos aleatórios e pesados,

para determinação do peso de mil grãos.

Para levantar os custos coletou os preços da ureia normal e revestida na

região, visitando estabelecimentos que trabalham com fertilizantes e coletando os

valores de preço praticados ao produtor.

Os preços das fontes utilizados foram obtidos em fevereiro de 2015 através

de consulta aos estabelecimentos que comercializavam estes produtos na região.

Para a ureia normal pesquisou-se os preços em 12 locais, sendo quatro em

Maracaju e oito em Dourados, tendo como preço médio de R$3,51 o kg do N e

para a ureia de liberação controlada foram consultados 3 locais, sendo um em

Maracaju e dois em Dourados e o preço médio ficou em R$5,25 o kg do N. O valor

24

do N da fonte multiplicado pela dose obteve o preço do N aplicado. O custo de

aplicação considerou o mesmo para ambas as fontes.

O preço do N aplicado foi obtido pela multiplicação da dose com o valor do N.

O incremento da produtividade foi obtido com a produtividade do tratamento

menos a produtividade da testemunha.

Para a Receita bruta utilizou o preço do milho praticado na região, na época

em março de 2015 que de R$20,00 a saca de 60 kg, obtendo assim o valor de

R$0,33 o kg de milho, o qual foi multiplicado pelo incremento na produtividade,

obtendo a receita bruta devida ao N aplicado.

A receita liquida foi obtida pela diferença entre a receita bruta e o preço do N

aplicado.

A eficiência do uso do nitrogênio (EUN) foi determinada conforme Moll et al.

(1982) com a seguinte equação:

Eficiência de Uso do N =( x-y)

Z eq. 01

Eficiência de uso do N, que representa a quantidade de kg de grãos de milho

produzida por kg de N aplicado;

x é a produtividade de grão de milho em kg ha-1, na dose de N estudada

y é a produtividade de grão de milho em kg ha-1, na testemunha e;

Z é a quantidade de N aplicado no solo em kg ha-1.

Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente pela análise de variância.

Quando a estatística no teste F foi significativa a 5% de probabilidade, as médias

dos tratamentos foram comparadas entre si pelo teste de Tukey à 5% de

probabilidade.

Os dados de precipitação (chuva) e temperaturas (Figura 1) foram obtidas do

Centro de Monitoramento do Tempo, Clima e recursos Hídricos do Mato Grosso

do Sul (CEMTEC), que mantém uma estação meteorológica na sede do Munícipio

de Maracaju, que fica a 3 km da área experimental. Durante o período da

realização do ensaio a precipitação média foi de 461 mm, a temperatura média foi

de 24ºC.

25

0

10

20

30

40

50

60

70

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150

Pre

cip

itação

mm

Te

mp

era

tura

oC

Dias após plantio

chuva Tmax Tmin Media

Figura 1. Temperaturas médias, médias das máximas e mínimas e precipitação no período experimental. Fonte: CEMTEC (2015).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para as variáveis avaliadas relacionadas a análise do solo, houve efeito

significativo (P<0,01) para fósforo, potássio, magnésio, alumínio e manganês na

camada de 0 a 20 cm e para P, K e Mn na camada de 20 a 40 cm. Houve efeito

significativo (P<0,01) para K, Ca, Mg, S, Fe e Zn nos teores foliares e na

produtividade de grãos e peso de 1000 grãos. No entanto, entre as doses e fontes

estudadas não houve efeito significativo (P>0,01), para a produtividade do milho e

peso de 1000 grãos.

A fertilidade do solo avaliada no final do ciclo da cultura, encontra-se

adequada para a cultura do milho 2ª safra, com exceções dos valores de pH que

ficaram abaixo do recomendado para todos os tratamentos e Mg nos tratamentos

de 40 e 60 para a ureia e 60 na ureia revestida na camada de 0 a 20 cm. Na

camada de 20 a 40 cm os teores de Mg ficaram abaixo do recomendado em todos

os tratamentos (Tabela 1).

26

Tabela 1. Valores médios dos parâmetros da fertilidade do solo na área experimental da fazenda estância Maracaju Município de Maracaju - MS 2015.

Trat. Dose MO

pH CaCl2

P K Ca Mg H+Al Al S-S04

g kg-1 mg kg-1 ------------------mmol+ dm-3------------------ mg kg-

1

0 a 20 cm

Testem 0 24,9 a 4,8 a 68,7 a 6,0 a 42,0 a 15,3 a 55,2 a 2,9 b 40,5 a

Ureia 40 23,7 a 4,6 a 19,2 b 2,7 b 32,9 a 9,5 b 56,1 a 5,1 a 36,1 a

60 25,9 a 4,7 a 24,0 b 4,1 b 30,2 a 9,8 b 49,4 a 4,1 a 33,7 a

Ureia revestida

40 28,0 a 4,7 a 12,7 b 3,0 b 37,1 a 11,7 b 45,1 a 2,9 b 33,6 a

60 25,3 a 4,6 a 20,7 b 3,9 b 27,1 a 7,8 b 50,3 a 5,3 a 34,3 a

20 a 40 cm

Testem 0 17,2 a 5,0 a 9,4 a 3,1 a 27,8 a 6,9 a 42,0 a 2,8 a 47,7 a

Ureia 40 16,9 a 4,8 a 4,1 bc 1,5 b 24,3 a 6,3 a 42,3 a 3,8 a 48,5 a

60 16,1 a 5,0 a 4,7 bc 2,3 a 25,5 a 6,0 a 37,5 a 3,1 a 50,3 a

Ureia revestida

40 17,8 a 4,9 a 6,1 b 2,4 a 27,5 a 7,0 a 41,8 a 3,1 a 45,8 a

60 15,4 a 4,7 a 3,6 c 2,1 ab 24,0 a 5,3 a 36,2 a 3,6 a 52,4 a

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Os valores médios de pH observados foram de 4,7 na camada 0 a 20 cm e

4,9 na camada de 20 a 40 cm, os quais podem ser considerados ácidos para a

cultura do milho. No manejo da fertilidade do solo, a calagem foi realizada antes

da implantação da cultura da soja a lanço e sem incorporação, e não deve ter tido

efeito corretivo em profundidade.

A principal desvantagem da ureia é a possibilidade de altas perdas de N por

volatilização de amônia. Porém, em solos ácidos, como os que predominam no

Brasil, a aplicação de ureia incorporada a 5 cm ou mais de profundidade no solo é

suficiente para controlar essas perdas e fazer com que o N, proveniente de sua

hidrólise, fique na forma de amônia, que é estável (CANTARELLA e MARCELINO,

2007).

Embora os teores de P e K apresentaram diferenças entre os tratamentos, os

teores no solo estão acima do nível crítico para estes nutrientes na camada de 0 a

20 cm, conforme (Roscoe; Gitti, 2013). Assim, estes valores considerados

adequados, não foram limitantes para a resposta do N pelos tratamentos. No

entanto, na camada de 20 a 40 cm, os valores e Mg, Ca e P ficaram abaixo do

27

nível crítico segundo Ribeiro et. al (1999) considerando os mesmos autores acima

citados, indicando que nesta camada a fertilidade do solo pode ter limitado o

potencial de resposta da cultura.

O nutriente Mg no tratamento com 60 kg ha-1 de ureia revestida, ficou com

0,78 cmolc dm-3, abaixo do nível crítico, o que pode ter influenciado de forma

negativa a resposta deste tratamento.

Dos micronutrientes no solo (Tabela 2), somente o Boro ficou abaixo do

recomendado para cultura. Os demais mesmo apresentando diferença quanto ao

teste de média entre os tratamentos ficaram em níveis adequados, conforme

(Roscoe; Gitti, 2013).

Tabela 2. Valores médios dos micronutrientes do solo (DTPA) na área experimental da fazenda estância Maracaju Município de Maracaju - MS 2015.

Tratamento Dose Cu Fe Zn Mn B

Mg dm-3

0 a 20 cm

Testem 0 4,6 a 17,9 a 3,3 a 22,7 b 0,4 a

Ureia 40 5,2 a 19,0 a 2,3 a 31,8 a 0,4 a

60 4,3 a 16,8 a 2,0 a 26,3 a 0,3 a

Ureia Revestida

40 4,9 a 17,5 a 2,5 a 21,9 a 0,3 a

60 4,8 a 14,9 a 2,4 a 25,9 ab 0,4 a

20 a 40 cm

Testem 0 2,4 a 9,6 a 0,9 a 10,0 b 0,3 a

Ureia 40 2,3 a 10,1 a 0,8 a 8,3 bc 0,3 a

60 1,9 a 9,6 a 0,4 a 6,7 c 0,3 a

Ureia Revestida

40 2,8 a 11,6 a 0,9 a 14,0 a 0,3 a

60 2,0 a 9,2 a 0,4 a 6,2 c 0,2 a

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Os valores médios de B no solo de 0,3 mg dm-3, pode ter sido insuficiente

para a cultura.

Dourado Neto et al. (2004) trabalhando com doses de B no milho verificaram

que teores de 0,35 mg dm-3, foram suficientes para atender a demanda da cultura.

Nos teores de macro e micronutrientes na matéria seca foliar do milho

(Tabela 3), o Boro em todos os tratamentos e Ca nos tratamentos Testemunha, 60

28

de ureia e 40 de ureia revestida, ficaram abaixo do nível crítico, conforme

Embrapa (2009).

Tabela 3. Valores médios dos teores de macro e micronutrientes na matéria seca das folhas da planta de milho (2ª safra) do experimento da fazenda estância Maracaju Município de Maracaju - MS 2015.

Tratamento

Dose

N P K Ca Mg S B Cu Fe Zn Mn

g kg-1 mg kg-1

Testem 0 30,9

a 2,5 a

13,9 b

0,7 c

1,4 b

1,5 b

7,1 a

11,9 a

256,8 a

32,0 b

62,6 a

Ureia

40 34,6

a 2,6 a

19,2 a

3,7 a

2,2 a

1,7 ab

7,6 a

14,0 a

254,5 a

34,7 b

57,8 a

60 35,7

a 2,7 a

18,4 a

1,7 b

1,7 b

1,9 a

6,6 a

14,8 a

153,0 b

55,2 a

74,4 a

Ureia Revestida

40 35,1

a 2,5 a

19,1 a

2,0 b

1,8 b

2,0 a

6,5 a

14,8 a

138,8 b

38,0 b

65,0 a

60 35,9

a 2,6 a

19,2 a

4,2 a

1,7 b

1,5 b

6,2 a

11,8 a

210,0 a

34,2 b

65,2 a

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Os valores de B abaixo do recomendado podem ser explicados pelo baixo

valor encontrado no solo. Os valores baixos de B encontrados no solo podem ser

atribuídos a matéria orgânica sendo que o valor médio de 25,5 g kg ha-1

encontrado neste trabalho, é classificado como médio. Coelho e Filho (2006)

comentam que a disponibilidade de B está associada aos níveis de matéria

orgânica do solo, assim estes valores não estariam limitando a produtividade da

cultura. Os baixos níveis de cálcio na folha no tratamento testemunha, ureia 60 e

ureia revestida 40, podem ser em função dos menores valores disponibilidade de

Ca no solo (Tabela 1).

À produtividade média do milho (Tabela 4) 6.816 kg ha-1 foi considerada

adequada para a região de Maracju - MS. Pereira et al. (2009) trabalhando com

diversas cultivares de milho safrinha na região de Lavras MG, em dose de

fertilizante alta e baixa, verificaram produtividade média de 3.081,9 em 2005 e

4.711,4 em 2004, valores inferiores ao obtidos neste trabalho.

29

Tabela 4. Valores médios da produtividade e peso de 1000 grãos de milho (2ª safra) do experimento da fazenda estância Maracaju Município de Maracaju - MS 2015.

Tratamento Dose Produtividade Peso de 1000/grãos

Kg ha-1 (sc ha-1) g

Teste 0 5.250 (87,50) b 294,00 b

Ureia

40 6.805 (113,42) a 324,00ab

60 6.977 (116,29) a 349,00 a

Ureia Revestida

40 6.540 (109,59) a 355,00 a

60 6.960 (116,00) a 375,00 a

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

A não resposta da produtividade de grãos às fontes de N, pode ser atribuída

às doses estudadas no caso de 40 e 60 kg ha-1. Broch e Ranno (2008),

mostraram que o nitrogênio (N) é o nutriente absorvido em maior quantidade e o

que mais limita a produtividade dessa cultura. Bono et al. (2009), trabalhando na

região no mesmo tipo de solo, verificaram que a fonte de N de liberação lenta só

foi superior à ureia tradicional em doses acima de 100 kg de N ha-1.

Mar et al. (2003), trabalhando com milho safrinha na região de Dourados-MS,

encontraram diferenças na produtividade de 220 kg entre as doses de 30 e 60 kg

ha-1, aplicadas no sulco de plantio, corroborando com os dados deste estudo, que

foi de 296 kg entre as doses de 40 e 60 kg ha-1.

A produtividade de grãos e a massa de 1000 grãos não foram influenciadas

pelas doses e fontes de N, fato este também verificado em dois anos consecutivos

por Mota el al (2015) que trabalharam com ureia comum e ureia com inibidores de

urease e ureia com inibidores da nitrificação.

Na análise econômica verificou-se, que o maior incremento na produtividade

foi para a dose de 60 kg de N ha-1, no entanto, a maior receita líquida e a EUN foi

para a dose de 40 kg N ha-1 para a fonte ureia (Tabela 5).

30

Tabela 5. Analise econômica de duas fontes de nitrogênio aplicado na cultura milho (2ª safra) do experimento da fazenda estância Maracaju Município de Maracaju - MS 2015.

Tratamento Dose Kg N ha-1

Preço do N aplicado (R$ ha-1)

Incremento na produtividade

(kg ha-1)

Receita Bruta devida ao N

aplicado (R$0,33 o kg)

Receita liquida devida ao N

aplicado (R$ ha-1)

EUN Kg de grãos kg de

N-1

Ureia 40 140,44 1.555,5 518,50 378,06 38,87

60 210,67 1.724,4 574,80 364,13 28,78

Ureia Revestida

40 210,00 1.325,4 441,80 231,80 32,25

60 315,00 1.710,0 570,00 255,00 28,50

A EUN média obtida foi de 32,1 kg de grãos de milho para cada kg de N

aplicado. Este valor corrobora com os de Cancellier et al. (2011), que trabalhando

com vários genótipos de milho e com o índice de Moll para EUN, verificaram valor

médio de 33 kg de grãos de milho para cada kg de N aplicado. Estes valores são

próximos aos de Mota et al. (2015) que encontraram valores médios de 39 kg para

1ª ano e 35 para o 2ª ano trabalhando com as doses de 70, 140 e 280 kg de N ha-

1 fontes de nitrato de amônio, ureia comum, com inibidor de urease e com

inibidores da nitrificação.

31

4. CONCLUSÕES

A cultura de milho de 2ª safra na região de Maracaju, responde aplicação

de nitrogênio no plantio.

Não houve diferença das produtividades de grãos entre a utilização de ureia

e ureia revestida no cultivo de milho de 2º safra.

A melhor eficiência econômica do uso de N foi com ureia comum a dose de

40 kg de N ha-1, aplicado na cultura.

5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONO,J.A.M; SETTI,J. C. de. A.; TRAESEL,E.J.; RANNO,S.K.; BROCH,D.L.; MARAVIESKI,M.J. Eficiencia de uma fonte de liberação lenta de nitrogênio em cobertura num Latossolo Vermelho Eutrofico de Maracaju-MS, In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIENCIA DO SOLO, 32, 2009, Fortaleza. Anais... Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 2009, 1 CD ROM. BROCH, D. L.; RANNO, S. K. Fertilidade do solo, adubação e nutrição da cultura do milho. Revista e Produção: Soja e Milho 2008/2009, FUNAÇÃO-MS, v. 1, n.5, p. 133-140, 2008. CANCELLIER, L. J\L.; AFFÉRRI, F. S.; CARVALHO, E. V.de; DOTTO, M. A.; LEÃO, F. F., Eficiência no uso de nitrogênio e correlação fenotípica em populações tropicais de milho no Tocantins, Fortaleza, Revista Ciência Agronômica, v.42, n.1 p:139-148, 2011. CEMTEC. Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul. Disponível em: <http://www.cemtec.ms.gov.br>. Acesso em: 18 ago. 2015. CANTARELLA, H. Nitrogênio. In: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V., V.H.; BARROS, N.F. de; FONTES, R.L.; CANTARUTTI, R.B.; NEVES, J.C.L. (Ed.). Fertilidade do solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo: Viçosa, 2007. p.375-470. CANTARELLA, H.; MARCELINO, R. O uso de inibidor de urease para aumentar a eficiência da uréia. In: Simpósio sobre Informações Recentes para Otimização da Produção Agrícola, Piracicaba, 2007. 19p. CD-Rom. COELHO. A. M.; FILHO, A. C.; Adubação foliar na cultura do milho utilizando fertilizantes multinutrientes, Embrapa, milho e sorgo, Sete Lagoas, 2006. 6p. (comunicado Técnico). DOURADO NETO, D.; FAVARIN, J.L.; MANFRON, P. A.; PILAU, F. G.; SOARES, M. A.; BONNECARRÉRE, R. A. G.; OHSE, S., Efeito do Boro e Nitrogênio na cultura do milho, INSULA, Florianópolis, N.33, p.51-67, 2004. FAGERIA, N.K.; BALIGAR, V.C. Enhancing nitrogen use efficiency in crop plants. Advances in Agronomy, v.88, p.97-185, 2005. FANCELLI, A.L.; DOURADO NETO, D. Milho: estratégias de manejo para alta produtividade. Piracicaba: Esalq/USP/LPV, 2003. 208p. FUNDAÇÃO MS. Tecnologia e Produção: soja 2013/2014, Fundação MS, Maracaju, 44p. 2013.

33

HALL, W. Benefits of enhanced-efficiency fertilizers for the environment. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON ENHANCED-EFFICIENCY FERTILIZERS, Frankfurt, 2005. Proceedings. Paris, International Fertilizer Industry Association, 2005. 9p. 1 CD-ROM. MAR, G. D. DO; MARCHETTI, M. E.; SOUZA, L. C. F. DE; GONÇALVES, M. C.; NOVELINO, J. O., Produção do milho safrinha em função de doses e épocas de aplicação de nitrogênio. Bragantia, 62(2), 267-274, 2003. MOLL, R. H.; KAMPRATH, E. J.; JACKSON, W. A. Analysis and interpretation of factors which contribute to efficiency of nitrogen utilization. AgronomyJournal, v. 74, n. 03, p. 562-564, 1982. MOTA, M. R.; SANGOI, L.; SCHENATTO, D. E.; GIORDANI, W.; BONIATTI, C. M.; DALL`IGNA, Fontes estabilizadas de nitrogênio como alternativa para aumentar o rendimento de grãos e a eficiência de uso do nitrogênio pelo milho, R. Bras. Ci. Solo, 39:512-522, 2015. PEREIRA, J. L. A. R.; PINHO, R. G. VON; BORGES, I. D.; PEREIRA, A. M. A. R.; LIMA, T. G., Cultivares, doses de fertilizantes e densidades de semeadura no cultivo de milho safrinha. Ciênc. agrotec., Lavras , v. 33, n. 3, p. 676-683, jun. 2009. RIBEIRO, P. H.; CRUZ, J. C.; GARCIA, J. C. Características do sistema de produção de milho safrinha no estado de Goiás. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE MILHO SAFRINHA, 8., 2005, Assis. Anais... Assis: IAC, 2005. p. 91-104. ROSCOE, R.; GITTI, D. de C., Manejo e Fertilidade do solo para a cultura da soja In: Tecnologia e Produção: soja 2013/2014, Fundação MS, 44p. 2013. ROSOLEM, C. A.; ZANCANARO, L.; BISCARO, T. Boro disponível e resposta da soja em latossolo vermelho-amarelo do Mato Grosso. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa, v.32, n.6, p.2375-2383, dez.2008. SILVA, A. A.; SILVA, T. S.; VASCONCELOS, A. C. P.; LANA, R. M. Q. Aplicação de diferentes fontes de uréia de liberação gradual na cultura do milho. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 28, Supplement 1, p. 104-111. 2012. SORATTO, R. P.; SILVA, A. H.; CARDOSO, S. M.; MENDONÇA, C. G. Doses e fontes alternativas de nitrogênio no milho sob plantio direto em solo arenoso. Ciência Agrotécnica, v. 35, p. 62-70. 2011. SOUZA, J. A.; BUZETTI, S.; TEIXEIRA FILHO, M. C. M.; ANDREOTTI, M.; EUSTÁQUIO de SÁ, M. e ARF, O. Adubação nitrogenada na cultura do milho safrinha irrigada em plantio direto. Bragantia, Campinas, v. 70, p. 447-454, 2011.

34

VALDERRAMA, M.; BUZETTI, S.; BENETT, C. G. S.; ANDREOTTI, M.; TEIXEIRA FILHO, M. C. M. Fontes e doses de NPK em milho irrigado sob plantio direto. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 41, p. 254-263, 2011.