ferramentas da qualidade

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE As empresas cada vez mais necessitam certificar através de política e ações. Fazer qualidade é procurar a satisfação dos clientes em primeiro lugar. A verificação deste princípio fez com que muitas empresas de sucesso dominassem o mercado de produto e serviço nos últimos anos. As ferramentas analisadas a seguir são as mais utilizadas no TQC, mas não são as únicas. Essas ferramentas são usadas por todos em uma organização e são extremamente úteis no estudo associado às etapas ao fazer rodar o ciclo. Segundo Yoshinaga, "As ferramentas sempre devem ser encaradas como um MEIO para atingir as METAS ou objetivos". Meios são as ferramentas que podem ser usadas para identificar e melhorar a qualidade, enquanto a meta é onde queremos chegar (fim). A qualidade não pode estar separada das ferramentas básicas usadas no controle, melhoria e planejamento da qualidade, visto estas fornecerem dados que ajudam a compreender a razão dos problemas e determinam soluções para eliminá-los. O objetivos deste trabalho é demonstrar a aplicação de cada uma das ferramentas, os pré-requisitos para a construção e como fazer a relação entre cada uma. • As dez ferramentas da qualidade estudadas neste trabalho são:

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Ferramentas da qualidade que podem ser utilizadas no processo de implantação do SGQ ou em melhorias contínuas.

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Page 1: Ferramentas da qualidade

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

As empresas cada vez mais necessitam certificar através de política e

ações. Fazer qualidade é procurar a satisfação dos clientes em primeiro

lugar. A verificação deste princípio fez com que muitas empresas de

sucesso dominassem o mercado de produto e serviço nos últimos anos. As

ferramentas analisadas a seguir são as mais utilizadas no TQC, mas não são

as únicas. Essas ferramentas são usadas por todos em uma organização e

são extremamente úteis no estudo associado às etapas ao fazer rodar o

ciclo. Segundo Yoshinaga, "As ferramentas sempre devem ser

encaradas como um MEIO para atingir as METAS ou objetivos". Meios

são as ferramentas que podem ser usadas para identificar e melhorar a

qualidade, enquanto a meta é onde queremos chegar (fim).

A qualidade não pode estar separada das ferramentas básicas usadas

no controle, melhoria e planejamento da qualidade, visto estas fornecerem

dados que ajudam a compreender a razão dos problemas e determinam

soluções para eliminá-los.

O objetivos deste trabalho é demonstrar a aplicação de cada uma das

ferramentas, os pré-requisitos para a construção e como fazer a relação

entre cada uma.

• As dez ferramentas da qualidade estudadas neste trabalho são:

Page 2: Ferramentas da qualidade

1. Brainstorning

2. PDCA

3. Fluxograma

4. Folha de Verificação

5. Estratificação

6. Gráfico de Pareto

7. Ishikawa

8. Histograma

9. CPE

10. Masp

1. BRAINSTORMING

1.1 O que é

Brainstorming é uma ferramenta para geração de novas idéias, conceitos e soluções para

qualquer

assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação.

1.2 Quando usar

O Brainstorming é útil quando de deseja gerar em curto prazo uma grande quantidade de

idéias

sobre um assunto a ser resolvido, possíveis causas de um problema, abordagens a serem

usadas,

ou ações a serem tomadas.

Estilo

Page 3: Ferramentas da qualidade

Geração livre de idéias, num espaço de tempo entre 30 e 60 minutos. Pode durar mais ou

menos,

dependendo da complexidade do assunto e da motivação da equipe. Usualmente, é um

trabalho

em equipe, mas pode também ser individual. As equipes variam entre 4 e 8 pessoas.

1.4 Como usar

1.4.1Prepare o grupo

Dedique o tempo suficiente para esclarecer os propósitos da sessão de Brainstorming e as

cinco

regras que devem ser seguidas:

1. Suspensão do julgamento: estão proibidos os debates e as críticas às idéias apresentadas,

pois causam inibições e desvios dos objetivos.

2. Quantidade é importante: quanto mais, melhor.

3. Liberdade total: nenhuma idéia é suficientemente esdrúxula para ser desprezada. Pode ser

que ela sirva de ponte para idéias originais e inovadoras.

4. Mudar e combinar: em qualquer momento, é permitido que alguém apresente uma idéia

que seja uma modificação ou combinação de idéias já apresentadas por outras pessoas do

grupo. Contudo, as idéias originais devem ser mantidas.

5. Igualdade de oportunidade: assegure-se de que todos tenham a chance de apresentar

suas idéias.

Defina o problema

A clara definição do problema é um dos pontos mais importantes e, freqüentemente, um dos

mais

Page 4: Ferramentas da qualidade

negligenciados. Descreva o problema ou assunto para o qual estão procurando idéias e

assegure

que todos o tenham compreendido. Evite que o grupo tome caminhos errados. Uma boa

medida é

escrever a definição muma folha de flipchart e colocá-la na parede.

Geração de idéias

Nesta etapa as idéias são criadas e anotadas. Siga os seguintes passos:

1. Estabeleça o tempo máximo de duração da sessão de geração de idéias. Designe alguém

para controlar o tempo.

2. Comunique o tópico a ser analisado na forma de uma pergunta. Assegure-se de que todos

o entendam.

3. Conceda alguns minutos para que todos pensem sobre a pergunta e peça que eles

apresentem suas idéias. Defina se as idéias serão solicitadas de forma estruturada ou não

estruturada:

Estruturada: o facilitador define uma rotação de maneira que cada pessoa contribua

com uma idéia em cada turno. Se a pessoa não tem uma idéia, passa a vez.

Não estruturada: as pessoas apresentam suas idéias à medida que vão surgindo.

Este método requer que o facilitador monitore de perto o processo para assegurar

que as regras sejam seguidas e que todas as pessoas tenham a chance de

participar.

4. Anote as idéias numa folha de flipchart e disponha-as de forma que todos possam vê-las.

Isto evita duplicidades, mal entendidos e ajuda a estimular o pensamento criativo no

Page 5: Ferramentas da qualidade

grupo.

Anote as idéias exatamente como foram faladas. Não as interprete.

Tente obter uma lista mais longa possível. Faça o Brainstorming até que todos os

participantes tenham esgotado suas idéias ou que o tempo tenha expirado.

5. Terminada a sessão de geração, esclareça o significado de todas as idéias apresentadas,

para assegurar que todos tenham o mesmo entendimento. Aponte cada idéia e pergunte

se alguém tem perguntas sobre seu significado. Você pode pedir ao autor da idéia que a

explique melhor.

6. Elimine as duplicidades. Se duas ou mais idéias parecem ser a mesma coisa, você deve

combiná-las ou eliminar as duplicatas. Para isto, é necessário obter a concordância de

seus autores de que elas têm o mesmo significado. Se não concordarem, mantenha as

idéias intactas e separadas.

1.5 Após o Brainstorming

Reúna as idéias afins e as classifique em temas e categorias.

Dentro de cada categoria, procure combinar as idéias similares e eliminar as duplicidades.

Selecione as melhores idéias para serem analisadas, melhoradas e aproveitadas.

Dê ao grupo um feedback sobre o resultado final do Brainstorming e mostre como suas

contribuições foram valiosas.

1.6 Variações

Brainwriting: as idéias são anotadas em tiras de papel e passadas ao facilitador que as anota

numa folha de flipchart, sem identificar os autores. Pode-se também usar post-its que são

Page 6: Ferramentas da qualidade

colocados na parede ou quadro.

Brainstorming individual: Algumas pessoas pensam melhor quando trabalham sozinhas. Neste

caso, elas podem usar as regras do Brainstorming para apoiar a geração de idéias. Pode ser

bastante útil o uso do Mapa Mental para classificar e desenvolver as idéias geradas.

Ciclo PDCA - ferramenta de qualidade

O que é

O ciclo PDCA, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming, é um ciclo de desenvolvimento que tem

foco na melhoria contínua.O PDCA foi introduzido no Japão após a guerra, idealizado

por Shewhart e divulgado por Deming, quem efetivamente o aplicou. Inicialmente deu-se o uso

para estatística e métodos de amostragem. O ciclo de Deming tem por princípio tornar mais

claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão, como, por exemplo, na gestão

da qualidade, dividindo-a em quatro principais passos.O PDCA é aplicado para se atingir

resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser utilizado em qualquer empresa de forma

a garantir o sucesso nos negócios, independente da área de atuação da empresa.O ciclo

começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são

executadas, checa-se se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constantemente e

repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos

no produto ou na execução.Os passos são os seguintes:

Page 7: Ferramentas da qualidade

Plan (planejamento): estabelecer uma meta ou identificar o problema (um problema tem

o sentido daquilo que impede o alcance dos resultados esperados, ou seja, o alcance da meta); analisar o fenômeno (analisar os dados relacionados ao problema); analisar o

processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um plano de ação.Do (execução): realizar, executar as atividades conforme o plano de ação.Check (verificação): monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e

resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios.

Atualizar ou implantar a gestão à vista.Act (ação): Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e

corrigindo eventuais falhas.

Passo 1: PLANEJAR (PLAN)Este passo é estabelecido com bases nas diretrizes da

empresa. Quando traçamos um plano, temos três pontos importantes para considerar:a) Estabelecer os objetivos, sobre os itens de controle;b) Estabelecer o caminho para atingi- los;c) Decidir quais os métodos a serem usados para consegui- los.Após definidas

estas metas e os objetivos, deve-se estabelecer uma metodologia adequada para atingir os resultados.Há dois tipos de metas:Metas para manter;Metas para melhorar;Metas

para manterExemplos de metas para manter : Atender ao telefone sempre antes do terceiro sinal . Estas metas podem também ser chamadas de "metas padrão". Teríamos, então, qualidade padrão, custo padrão, prazo padrão, etc.O plano para se atingir a meta

padrão é o Procedimento Operacional Padrão (POP) . O conjunto de procedimentos operacionais padrão é o próprio planejamento operacional da empresa.O PDCA

utilizado para atingir metas padrão, ou para manter os resultados num certo nível desejado, pode então ser chamado de SDCA (S de standard).Metas para melhorarExemplos de metas para melhorar : Reduzir o desperdício em 100 unidades

para 90 unidades em um mês ou Aumentar a produtividade em 15% até dezembro.De modo a atingir novas metas ou novos resultados, a "maneira de trabalhar" deve ser

modificada; por exemplo, uma ação possível seria modificar os Procedimentos Operacionais Padrão .Passo 2: EXECUTAR O PLANO (DO)Neste passo pode ser abordado em três pontos importantes:a) Treinar no trabalho o método a ser

empregado;b) Executar o método;c) Coletar os dados para verificação do processo;Neste passo devem ser executadas as tarefas exatamente como estão previstas

nos planos.Passo 3: VERIFICAR OS RESULTADOS (CHECK) -Neste passo, verificamos o processo e avaliamos os resultados obtidos:a) Verificar se o trabalho está sendo realizado de acordo com o padrão;b) Verificar se os valores medidos variaram, e

comparar os resultados com o padrão;c) Verificar se os itens de controle correspondem com os valores dos objetivos.Passo 4: FAZER AÇÕES CORRETIVAS (ACT)Tomar

ações baseadas nos resultados apresentados no passo 3;a) Se o trabalho desviar do padrão, tomar ações para corrigir estes;b) Se um resultado estiver fora do padrão, investigar as causas e tomar ações para prevenir e corrigi- lo;c) Melhorar o sistema de

trabalho e o método.Ciclo PDCA para melhorias:

Page 8: Ferramentas da qualidade

Importante:

A melhoria contínua ocorre quanto mais vezes for executado o Ciclo PDCA, e otimiza a execução dos processos, possibilita a redução de custos e o aumento da produtividade.A aplicação do Ciclo PDCA a todas as fases do projeto leva ao aperfeiçoamento e

ajustamento do caminho que o empreendimento deve seguir;As melhorias também podem ser aplicadas aos processos considerados satisfatórios; eAs melhorias gradativas

e contínuas agregam valor ao projeto e asseguram a satisfação dos clientes.

FLUXOGRAMA

Page 9: Ferramentas da qualidade

O fluxograma é um tipo de diagrama que pode ser interpretado através de

uma representação gráfica de um processo, normalmente feita com gráficos

que ilustram de forma simples a transição de informação entre elementos

que o compõe.

O uso do fluxograma possibilita:

_ Preparar o aperfeiçoamento de processos empresariais, ou seja, é

necessário conhecer para melhorar;

_ Identificar as actividades críticas para o processo;

_ Conhecer a sequência e encadeamento das actividades dando uma

visão do fluxo do processo;

_ Documentação do processo para análises futuras, adequar a normas e

certificações e esclarecer sobre o funcionamento para pessoas recém

admitidas na organização;

_ Fortalecer o trabalho em equipa quando o desenvolvimento dos

fluxogramas é feito com a participação de todos os envolvidos.

Figura 5 – Fluxograma

Page 10: Ferramentas da qualidade

FOLHA DE VERIFICAÇÃO

Tem como objectivo facilitar os dados e organizá- los permitindo um

rápido conhecimento para a veracidade e que na posteriori sejam usados

mais facilmente.

As folhas de verificação são tabelas ou “planilhas” que facilitam a

análise de dados evitando comprometer a análise dos mesmos, permitindo

uma imediata informação da situação ajudando a diminuir os erros.

São usadas para o registo de dados, sendo este um formulário de

papel no qual os itens a serem verificados já estão impressos, de modo que

os dados possam ser colectados de forma fácil e precisa. Tendo como fim

facultar os dados e organizá-los, para que possam ser facilmente usados

posteriormente. Permite uma rápida noção da veracidade e um imediato

Page 11: Ferramentas da qualidade

esclarecimento da situação, ajudando a diminuir os erros.

A colecta e o registro dos dados parecem ser fáceis, mas na realidade

não são. Usualmente quanto mais pessoas processam dados maior a

possibilidade do aparecimento de erros de escrita. Por esta razão, a folha de

verificação torna-se uma potente ferramenta de registro onde podemos

facilmente organizar os dados.

Cada folha de verificação deve ter espaço onde registar o local, a

data da colecta e o nome do responsável pelo trabalho.

As folhas de verificação são ferramentas indispensáveis para alcançar a

qualidade, são usadas para tornar os dados fáceis de se obter e de se

utilizar. Dispõem assim os dados de uma forma mais organizada,

verificando o tipo de defeito a sua percentagem e localização do defeito

assim como as suas causas.

ESTRATIFICAÇÃO

Page 12: Ferramentas da qualidade

Quando os valores observados estão divididos em duas ou mais

subpopulações dentro da população de dados, então as

subpopulações são chamadas extratos e a divisão dos dados em

estratos é chamada estratificação.

Os valores observados são sempre acompanhados por algumas

variações. Portanto, quando os dados são estratificados de forma a

separar os fatores que são causadores das variações, as causas

das variações tornam-se mais facilmente detectáveis.

Este método pode ser usado efetivamente para elevar a qualidade do

produto pela redução ad variação e melhoria da media do processo.

A estratificação é usualmente utilizada para matéria prima, máquina,

condição de operação e operadores.

EXEMPLOS DE ESTRATIFICAÇÃO

a) Uma serie de quadro de maquinas (A, B, C e D) estão produzindo

um mesmo item. Amostras foram retiradas de tempo em tempo de

cada maquina e os resultados das medidas em médias foram

misturadas e registradas no gráfico abaixo.

Page 13: Ferramentas da qualidade

Verificamos que no período entre 12:00 e 14:00 horas tivemos valores

das médias fora do limite superior de especificação.

A partir daí surge a dúvida. Será que todas as máquinas estão fora ou

esta desconformidade está sendo produzida por uma ou duas das

máquinas? Então há a necessidade de fazermos uma estratificação

dos valores encontrados por máquina.

No exemplo fizemos a estratificação por máquina encontrando o

seguinte:

Característica

Page 14: Ferramentas da qualidade

Concluímos então, após estratificação, que a desconformidade está

sendo gerada na máquina C. A partir daqui resta-nos procurar a

causa do problema e elimina- la.

DIAGRAMA DE PARETO

Page 15: Ferramentas da qualidade

É um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências, da

maior para a menor, possibilitando a preordenação dos problemas. Indica

ainda a curva de percentagens acumuladas, a maior utilidade deste

diagrama é a de permitir uma fácil visualização e reconhecimento das

causas ou problemas mais relevantes, possibilitando a centralização de

esforços sobre os mesmos. É uma das ferramentas mais eficientes para

identificar problemas, melhorar a visualização, confirmar os resultados,

comparar o antes e depois do problema e identificar itens que são

responsáveis pelos impactos eliminando as causas.

Figura 1 – Exemplo de um Diagrama de Pareto

Diagrama de Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa , também conhecido como "Diagrama de Causa e Efeito" ou "Espinha-de-peixe", é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o

Gerenciamento e o Controle da Qualidade (CQ) em processos diversos de manipulação das fórmulas. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes.

Page 16: Ferramentas da qualidade

Este diagrama também é conhecido como 6M pois, em sua estrutura, todos os tipos de

problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:

1. Método

2. Matéria-prima

3. Mão-de-obra

4. Máquinas

5. Medição

6. Meio ambiente

Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de

forma gráfica e sintética(melhor visualização).

O diagrama pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de relações,

uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete Ferramentas da Qualidade por ele desenvolvidas, que apresenta uma estrutura mais complexa, não hierárquica.

Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer trabalhador fabril

poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60.

Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente quando

foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe mundial.

O Diagrama de Ishikawa pode também ser utilizado na verificação e validação de software.

Para a implementação do diagrama de Ishikawa não há limites. As empresas que preferem ir além dos padrões convencionais podem identificar e demonstrar em diagramas específicos a origem de cada uma das causas do efeito, isto é, as causas das

causas do efeito. A riqueza de detalhes pode ser determinante para uma melhor qualidade dos resultados do projeto. Quanto mais informações sobre os problemas da

empresa forem disponibilizadas maiores serão as chances de livrar-se deles. Essa

Page 17: Ferramentas da qualidade

ferramenta nos da uma lista de itens para serem conferidos por meio do qual se

consegue uma rápida coleta de dados para várias analises, essas informações são utilizadas para se obter uma localização da causa dos defeitos.

HISTOGRAMA

O Histograma é um gráfico formado por retângulos unidos em que a

base equivale ao intervalo de classes e a sua altura à frequência. A

construção de histogramas tem carácteres prévio em qualquer estudo e é um

importante indicador da distribuição de dados.

Na qualidade esta ferramenta é utilizada para analisar determinados

problemas.

Como construir um histograma:

Anotar todos os dados de uma análise;

Contar a quantidade de valores coletado durante a tabulação de

dados;

Page 18: Ferramentas da qualidade

Determinar qual é a amplitude R de toda a tabulação. A amplitude é

o maior valor encontrado menos o menor valor encontrado

Dividir o valor da amplitude R em um certo número de classes K.

Este valor de K é tabela segundo a quantidade de dados totais da

tabulação conforme a seguinte tabela:

Determinar o intervalo de classes (H), utilizando a seguinte fórmula:

H=R/K

Determinar o limite da classe ou os pontos limites. Simplificando a

determinação do limite de classe tomar a menor medida individual

de tabulação. Utilizar esse número que será o valor inferior para a

primeira classe.

Construir uma tabela de frequências baseada nos valores calculados

acima.

Construir um histograma baseado na tabela de frequências. Este

histograma é uma forma gráfica que fornece uma rápida visualização

da distribuição para uma determinada medida.

Page 19: Ferramentas da qualidade

Figura 2 – Exemplo de Histograma

Controle Estatístico de Processos

O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma ferramenta da qualidade utilizada nas

indústrias e nos processos produtivos com objetivo de aumentar a economia evitando

desperdícios de matéria-prima, insumos e outros produtos de industrialização, a otimização de

trabalhos tornando as atividades menos estressantes.

Posteriormente o CEP trará menos re-trabalho aproveitando melhor os recursos disponíveis e o

bem estar dos funcionários que passarão a trabalhar melhor e com metas específicas para

cada área, podendo assim implantar outros programas como o PRV – Plano de Remuneração

Variável. Estes recursos podem ser usados tanto numa grande empresa como na mais simples

delas, bastando para isso apenas uma ferramenta gráfica e pessoas capacitadas para analisar

criticamente os resultados obtidos.

Estatística

A estatística é a ciência que examina a ocorrência de fatos entre uma população sob forma de

amostra, permite realizar estudos sobre o comportamento de uma população em relação a um

determinado aspecto. Seus resultados são graficamente analisados, tornando assim mais

simples a visualização de variações dos resultados e a parametrização dos dados. Os

elementos estatísticos baseiam-se num universo de amostras que podem ser retiradas

aleatoriamente, em horários determinados ou em situações determinadas, bastando para isso

seguir o conhecido plano PDCA (Plan, Do, Check, Act). Após a coleta dos dados eles devem

ser compilados para retirar as informações necessárias sob a forma de gráficos, sendo: De

linhas: gráfico representado pelo plano cartesiano e graficamente distribuído sob forma de

linhas horizontais oscilantes de acordo com o valor de leitura das amostras, onde o eixo y

representa os valores e o eixo x representa a linha de tempo de cada leitura.

[editar]Gráficos de Controle

1. O gráfico de linha é constituído de quatro ou cinco linhas independentes, sendo elas:

1. Linha vermelha: o limite superior de controle.

Page 20: Ferramentas da qualidade

2. Linha azul com detalhes vermelhos: leitura das amostras ou média das amostras coletadas.

3. Linha verde escuro: média das leituras ou média das médias.

4. Linha verde claro: limite de controle ou leitura média ideal.

5. Linha azul: limite inferior de controle.

Este tipo de gráfico é usado para analisar as leituras de forma independente, possibilitando agir

direto no problema assim que perceber a variação no processo, note que neste exemplo as

leituras estão acima da linha do valor ideal e a linha média está abaixo, porém muito próxima

ao limite superior de controle, demonstrando que o processo não mantém controle estatístico

ou os limites impostos estão muito justos para este processo que vem t rabalhando sempre

acima do limite ideal definido.

1. Histogramas: gráfico representado pelo plano cartesiano e graficamente distribuído sob forma

de barras agrupadas que mostram os valores em uma distribuição de dados usando a mesma

grandeza. São dotados geralmente de apenas duas informações, são elas:

Total de leituras: representa o total de um determinado intervalo ou média do intervalo. Linha

de tendência do processo: o total de leitura pode ter uma variação positiva ou negativa,

dependendo dos parâmetros definidos para cada processo. Assim como o gráfico de linha,

mostra que a tendência do processo é superar os limites definidos para as leituras , percebe-se

assim que esta ferramenta define que é necessário que o processo e seus limites sejam re-

analisados para encontrar as causas do descontrole estatístico.

1. Diagramas de pareto: gráfico representado pelo plano cartesiano e graficamente distribuído

sob a forma de colunas e linha, onde as colunas representam o total de desvio de um

determinado problema, estando o mesmo ordenado do problema com maior número de

ocorrências para o que menos ocorreu ou de preferência sob a forma percentual. As linhas

representarão o total acumulado da primeira ocorrência adicionado do total da segunda

ocorrência e assim acumulativamente.

Serão utilizadas para a análise funções importantes da estatística, sendo:

1.

1. Média aritmética.

2. Desvio padrão.

3. Média das médias.

4. Somatórios, etc.

Page 21: Ferramentas da qualidade

É importante destacar que a estatística é parte fundamental para a realização este tipo de

estudo, é através dela que as informações serão extraídas e analisadas, será a ferramenta de

transformação de dados em informação.

[editar]Coleta de dados

A fase de coleta de dados inicia quando é definido o tipo de estudo que será feito sobre uma

população, sendo assim surgem algumas perguntas:

1. O que quero medir?

2. Porque quero medir?

3. Qual o resultado esperado?

4. O que estou medindo realmente é o que preciso medir?

5. Existem fatores externos ou internos que podem influenciar nas respostas?

6. Os dados coletados são confiáveis?

7. Existem desvios não analisados ou fatores importantes descartados?

Respondendo estas perguntas, passamos para a próxima fase do projeto que é buscar

informações coerentes e que realmente possam ser validadas na estruturação do processo.

Sendo assim encontramos novas perguntas:

1. Quem?

2. Como?

3. Quando?

4. Quais os recursos necessários?

Tendo encontrado o responsável para a coleta dos dados, a forma da coleta, o período e os

recursos necessários, passamos a verificar os processos, ou seja, exigimos conhecimento por

parte do coletor dos dados para ter certeza que as informações são plenamente confiáveis,

extraímos desta pessoa informações necessárias. As ferramentas de análise devem ser

definidas também nesta fase, escolher os tipos de gráficos que serão utilizados, programa ou

aplicativos para auxiliar na tomada de decisão, possíveis problemas apresentados no

processo, documentos que comprovem as tomadas de decisão, sendo eles ações preventivas /

corretivas, relatórios técnicos, análise de causa e efeito, etc. Caso haja alguma dúvida sobre

estas informações, deve ser feito um estudo aprofundado sobre o processo em questão e um

Page 22: Ferramentas da qualidade

levantamento de todas as fontes modificadoras do mesmo para assegurar que não existam

lacunas no processo.

[editar]Controle de processos

Cada processo modela-se de acordo com diversos fatores que podem ser físicos, tecnológicos,

operacionais, naturais, normativos e muitos outros variando entre processos. É de fundamental

importância o conhecimento total do processo, ou seja, quem coletará os dados deve saber, no

mínimo, o comportamento do processo, suas variações, possíveis problemas e

consequentemente a solução dos mesmos. Após a coleta dos dados é fundamental que eles

sejam analisados e que padrões sejam definidos, encontrar valores ou fatores de controle que

serão chamados de limites de controle e são divididos em três tipos:

1. Limite Superior de Controle (LSC): é o maior limite aceito pelo processo, analisado através de

uma variação especificada posteriormente.

2. Limite de Controle (LC): é o valor zero ou ideal para a amostra, exemplo um produto com peso

nominal de 500g tem peso ideal igual a 500g, ou seja, sem qualquer variação.

3. Limite Inferior de Controle (LIC): é o menor limite aceito pelo processo.

Além destes limites de controle podemos definir outros pontos de verificação, como média

móvel, linha de tendência ou média das médias de acordo com a necessidade de cada

processo. Definidos os limites de controle vamos validar estes limites através de análise de

normas, técnicas e verificação do processo, pode ocorrer que algum processo esteja sob

controle analisando-o pelo próprio processo, porém o processo pode estar fora do requisito de

algum regimento ou norma.

[editar]Normas, portarias e definições técnicas

Quando tratamos de produtos pré-medidos podemos trabalhar com normas ou portarias que

regem as variações aceitáveis do processo, seja, por motivo de padronização, risco de

contaminação ou qualquer outro regimento, daí a necessidade de ter pleno conhecimento

sobre o processo e suas variações [1]. Um só processo pode ter nenhuma, uma ou todas as

normas, portarias ou definições técnicas, ficando a cargo do especialista do processo definir ou

estudar quais devem ser aplicadas, sabendo que a qualquer momento uma norma pode ser

inserida ou retirada do escopo do processo. Normas internas de controle podem ser definidas e

declaradas no escopo do setor de Qualidade da empresa, desde que estas normas não

agridam portarias ou normas vigentes, portanto é indispensável que se faça um estudo de leis

e estatutos, utilizando para isso as normas ISO, INMETRO, ANVISA, NR, ABNT e etc. Tendo

estes cuidados estará garantida a validade do estudo de caso, posteriormente deve-se apenas

monitorar as modificações das normas vigentes e adequar o estudo de caso do processo.

[editar]Implantação do CEP

A fase de implantação do CEP deve seguir alguns requisitos, como a modelagem da

ferramenta de apoio contendo campos úteis nas tomadas de decisão, por exemplo:

Page 23: Ferramentas da qualidade

1. Data: define o dia em que foram coletados os dados referentes à leitura.

2. Hora: registra a hora que os dados foram coletados, objetivando a rastreabilidade do processo.

3. Responsável: define quem fez a coleta dos dados.

4. Amostra 1, Amostra 2... Amostra n: representa a composição da amostra, que poderá ter um

ou mais elementos, bastando para isso definir no escopo do projeto.

5. Média: representa à média das amostras compostas de mais de uma leitura coletada, caso

número de amostras seja maior que um.

6. Limites de Controle: limites definidos anteriormente entre limite superior, limite de controle e

limite inferior para auxiliar na visualização do processo.

7. Problema: é a descrição do problema de forma bem simples.

8. Causa: representa o porquê da ocorrência do problema ou desvio do processo, já definido

anteriormente, estes dados serão usados como entrada no gráfico de pareto.

9. Ação corretiva: representa a ação imediata tomada para conter o problema, naquele momento

específico, ou seja, para cada desvio do processo será aberta uma ação corretiva no próprio

documento de anotação do CEP, seja ele por meio eletrônico ou registros impressos.

Estando todos os campos necessários definidos, preparamos os gráficos de controle para a

certificação do processo, estes gráficos serão usados para facilitar a visualização dos desvios,

ficando a critério de cada responsável a definição dos tipos usados.

Page 24: Ferramentas da qualidade

O MASP é a abreviatura de Método de Análise e Solução de Problemas. Trata-se de um roteiro

estruturado para resolução de problemas complexos em empresas, relacionados a produtos,

processos ou serviços. O MASP possui oito passos:1 - Identificação do problema2 -

Observação3 - Análise4 - Plano de Ação5 - Ação6 - Verificação7 - Padronização8 - conclusãoÉ

um método que deriva do ciclo PDCA e que possui várias influências da metodologia científica,

que é a forma que trabalham os cientistas para descoberta de soluções para todas as áreas do

conhecimento humano. O MASP se aplica a problemas complexos, problemas crônicos e

problemas sistêmicos, como, por eexemplo, aqueles em que a empresa já fez de tudo para

tentar resolvê-los, mas não teve sucesso.O MASP caracteriza-se pela racionalidade,

objetividade e otimização, ou seja, é um método com caminhos lógicos e definidos, que prioriza

dados e fatos em detrimento de opiniões e que procura o maior benefício ao menor

esforço.Problemas que normalmente são ideais para aplicação do MASP:1. são significativos

(as questões são importantes para pessoas na organização)2. são complexos (a solução não é

óbvia)3. são multifuncionais4. envolvem questões difíceis envolvendo pessoas (os problemas

são organizacionais além de técnicos)5. são orientados para a ação (a meta é fazer algums

coisa, não apenas analisar uma situação)6. são mal-estruturados (não se sabe ao certo como

ele acontece, e muito menos o porquê)7. envolvem surpresas (nem os dados nem os

resultados são completamente previsíveis).O MASP é uma denominação brasileira. Em outros

países ele possui diversas configurações, variações e denominações, como QC-Story,

Structured Problem Solving, 8D, Quality Improvement Process, etc.O que justifica a existência

e o uso do MASP na solução de problemas em empresas é o risco, a incerteza e o baixo nível

de sucesso de outras abordagens, sobretudo a tentativa-erro, intuição e a experimentação.

Essas abordagens funcionam bem para problemas simples e de baixa complexidade, mas

falham em problemas complicados e difíceis de compreender. É nesse contexto que o MASP

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mostra sua utilidade.No Brasil o MASP já é utilizado há décadas e foi introduzido com o

movimento pela busca da melhoria da qualidade que se iniciou a partir dos anos 70. Foi

provavelmente um dos poucos legados da Gestão da Qualidade Total que sobreviveu aos

modismos, à reengenharia e às turbulências do mundo globalizado e competitivo. Trata-se,

portanto, de um método universal e conquistou seu espaço no mundo empresarial e na vida

dos profissionais que já se utilizaram dele.

SÍNTESE

Cada ferramenta tem uma função, sendo que não há uma indicação

adequada para saber qual a ferramenta a utilizar em cada fase dos trabalhos

estatísticos. Tudo depende do problema envolvido, das informações

adquiridas, dos dados históricos disponíveis e do conhecimento do

processo em questão.

_ Utilização das principais ferramentas para o controlo estatístico da

qualidade

Page 26: Ferramentas da qualidade

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.geranegocio.com.br/html/geral/ql4d.html

http://labinfo.cefetrs.edu.br

http://www.dq.fct.unl.pt/QOF/chem7.html

http://www.ogerente.com.br/qual/dt/qualidade-dtdiagrama_

causa_efeito.htm

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070511053740A

AwoWCR

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