feridas e curativos

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FERIDAS E CURATIVOS Lus Roberto Araujo Fernandes

A pele o maior rgo do corpo humano, tendo como principais funes: proteo contra infeces, leses ou traumas, raios solares e possui importante funo no controle da temperatura corprea como j vimos em aulas anteriores. A pele subdividida em derme e epiderme. A epiderme, histologicamente constituda das camadas basal, espinhosa, granulosa, lcida e crnea um importante rgo sensorial. Na derme, encontramos os vasos sanguneos, linfticos, folculos pilosos, glndulas sudorparas e sebceas, pelos e terminaes nervosas, alm de clulas como: fibroblastos, mastcitos, moncitos, macrfagos, plasmcitos entre outros.FERIDAS

As feridas so conseqncia de uma agresso por um agente ao tecido v ivo. O tratamento das feridas vem evoluindo desde 3000 anos A.C., onde as feridas hemorrgicas eram tratadas com cauterizao; o uso de torniquete descrito em 400 A .C.; a sutura documentada desde o terceiro sculo A.C. Na Idade Mdia, com o aparecimento da plvora, os ferimentos tornaram -se mais graves. O cirurgio francs Ambroise Par, em 1585 orientou o tratamento das feridas quanto necessidade de desbridamento, aproximao das bordas e curativos. Lister, em 1884, introduziu o tratamento anti -sptico. No sculo XX, vimos a evoluo da teraputica com o aparecimento da sulfa e da penicilina.CLASSIFICAO DAS FERIDAS

As feridas podem ser classificadas de vrias maneiras: pelo tipo do agente causal, de acordo com o grau de contaminao, pelo tempo de traumatismo, pela profundidade das leses, sendo que as duas primeiras so as mais utilizadas.QUANTO AO AGENTE CAUSAL

1. Incisas ou cortantes - so provocadas por agentes cortantes, como faca, bisturi, lminas, etc.; suas caractersticas so o predomnio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e ntidas, geralmente retilneas. Na ferida incisa o corte geralmente possui profundidade igual de um extremo outro da leso, sendo que na ferida cortante, a parte mediana mais profunda.

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7. Escoria es - a leso surge tangencialmente superfcie cutnea, com arrancamento da pele. 8. Equimoses e hematomas - na equimose h rompimento dos capilares, porm sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.

Tambm as feridas podem ser classificadas de acordo com o GRAU E CONTAMINAO. Esta classificao tem importncia pois orienta o tratamento antibitico e tambm nos fornece o risco de desenvolvimento de infeco.1.

lim as - so as produzidas em ambiente cirrgico, sendo que no foram abertos sistemas como o digestrio, respiratrio e genito -urinrio. A probabilidade da infeco da ferida baixa, em torno de 1 a 5%. lim as contaminadas tabm so conhecidas como potencialmente contaminadas; nelas h contaminao grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situaes cirrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados descritos anteriormente. O risco de infeco de 3 a 11%. contaminadas - h reao inflamatria; so as que tiveram contato com material como terra, fezes, etc. Tambm so consideradas contaminadas aquelas em que j se passou seis horas aps o ato que resultou na ferida. O risco de infeco da ferida j atinge 10 a 17%. in ectadas - apresentam sinais ntidos de infeco.

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CICATRIZAO

Aps ocorrer a leso a um tecido, imediatamente iniciam-se fenmenos dinmicos conhecidos como cicatrizao, que uma seqncia de respostas dos mais variados tipos de clulas (epiteliais, inflamatrias, plaquetas e fibroblastos), que interagem para o restabelecimento da integridade dos tecidos. O tipo de leso tambm possui importncia no tipo de reparao; assim, em uma ferida cirrgica limpa, h necessidade de mnima quantidade de tecido novo, enquanto que por exemplo em uma grande queimadura, h necessidade de todos os recursos orgnicos para cicatrizao e defesa contra uma infeco. Na seqncia da cicatrizao de uma ferida fechada, temos a ocorrncia de quatro fases distintas: inflamatria, epitelizao, celular e fase de fibroplasia.1.

Fase in lamatria - O processo inflamatrio de vital importncia para o processo de cicatrizao; de incio, ocorre vaso -constrico fugaz, seguida de vaso-dilatao, que mediada principalmente pela histamina, liberada por mastcitos, granulcitos e plaquetas com aumento da permeabilidade e extravasamento de plasma; possui durao efmera de mais ou menos 30 minutos, sendo que a continuidade da vaso-dilatao de responsabilidade de prostaglandinas.

Nos vasos prximos, ocorrem fenmenos de coagulao, formao de trombos, que passam a levar maior proliferao de fibroblastos. Alguns fatores plaquetrios so importantes como o PF (fator plaquetrio 4) que estimula a migrao de clulas inflamatrias, e o PDGF (fator de crescimento derivado plaquetrio), que responsvel pela atrao de moncitos, neutrfilos, fibroblastos e clulas musculares lisas, e produo de colagenase pelos fibroblastos. Os moncitos originam os macrfagos, bactericidas, que fagocitam detritos. Inibidores de prostaglandinas, por diminurem a resposta inflamatria desaceleram a cicatrizao.2.

3.

Fase de e iteliza o - Enquanto que a fase inflamatria ocorre na profundidade da leso, nas bordas da ferida suturada, em cerca de 24 a 48 horas, toda a superfcie da leso estar recoberta por clulas superficiais que com o passar dos dias, sofrero fenmenos de queratinizao. Fase celular - No terceiro e quarto dia, aps a leso, fibroblastos originrios de clulas mesenquimais, proliferam e tornam -se predominantes ao redor do dcimo dia. Agem na secreo de colgeno, matriz da cicatrizao, e formam feixes espessos de act ina. O colgeno responsvel pela fora e integridade dos tecidos.

A rede de fibrina que se forma no interior da ferida orienta a migrao e o crescimento dos fibroblastos. Os fibroblastos no tem a capacidade de lisar restos celulares, portanto tecidos macerados, cogulos e corpos estranhos constituem uma barreira fsica proliferao com retardo na cicatrizao. Aps o avano do fibroblasto, surge uma rede vascular intensa, que possui papel crtico para a cicatrizao das feridas. Esta fase celular dur a algumas semanas, com diminuio progressiva do nmero dos fibroblastos.

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Fase de ibro lasia - Caracteriza-se pela presena de colgeno, protena insolvel, sendo composto principalmente de glicina, prolina e hidroxiprolina. Para sua formao requer enzimas especficas que exigem co-fatores como oxignio, ferro, cido ascrbico, da suas deficincias levarem ao retardo da cicatrizao.

So os feixes de colgeno que originam uma estrutura densa e consistente que a cicatriz. As feridas vo ganhando re sistncia de forma constante por at quatro meses, porm sem nunca adquirir a mesma do tecido original. Esta fase de fibroplasia no tem um final definido, sendo que as cicatrizes continuam modelando-se por meses e anos, sendo responsabilidade da enzima colagenase . Esta ao importante para impedir a cicatrizao excessiva que se traduz pelo quelide. A cicatrizao pode se fazer por primeira, segunda e terceira inteno. Na cicatrizao por rimeira inten o , ocorre a volta ao tecido normal, sem presena de infeco e as extremidades da ferida esto bem prximas, na grande maioria das vezes, atravs da sutura cirrgica. Na cicatrizao por segunda inten o , no acontece a aproximao das superfcies, devido ou grande perda de tecidos, ou devido a presen a de infeco; neste caso, h necessidade de grande quantidade de tecido de granulao. iz -se cicatrizao por terceira inten o , quando se procede ao fechamento secundrio de uma ferida, com utilizao de sutura. Nas feridas abertas (no suturadas), oco rre a formao de um tecido granular fino, vermelho, macio e sensvel, chamado de granula o , cerca de 12 a 24 horas aps o trauma. Neste tipo de tecido um novo fato torna -se importante, que a contra o, sendo que o responsvel o miofibroblasto; neste caso, no h a produo de uma pele nova para recobrir o defeito. A contrao mxima nas feridas abertas, podendo ser patolgica, ocasionando deformidades e prejuzos funcionais, o que poderia ser evitado, atravs de um enxerto de pele. Excises repetida s das bordas diminuem bastante o fenmeno da contrao. eve-se enfatizar a diferena entre contra o vista anteriormente, e retra o que um fenmeno tardio que ocorre principalmente nas queimaduras e em regies de dobra de pele. Existem alguns fatores que interferem diretamente com a cicatrizao normal: idade, nutrio, estado imunolgico, oxigenao local, uso de determinadas drogas, quimioterapia, irradiao, tabagismo, hemorragia, tenso na ferida entre outros.Idade - quanto mais idoso, menos flexveis so os tecidos; existe diminuio progressiva do colgeno. Nutri o - est bem estabelecida a relao entre a cicatrizao ideal e um balano nutricional adequado.

Estado imunolgico - a ausncia de leuccitos, pelo retardo da fagocitose e da lise de restos celulares, prolonga a fase inflamatria e predispe infeco; pela ausncia de moncitos a formao de fibroblastos deficitria. Oxigena o - a anxia leva sntese de colgeno pouco estvel, com formao de fibras de menor fora mecnica. Diabetes A sntese do colgeno est diminuda na deficincia de insulina; devido microangiopatia cutnea, h uma piora na oxigenao; a infeco das feridas preocupante nessas pacientes. Drogas As que influenciam sobremaneira so os esterides, pois pel o efeito anti-inflamatrio retardam e alteram a cicatrizao. Quimiotera ia Levam neutropenia, predispondo infeco; inibem a fase inflamatria inicial da cicatrizao e interferem nas mitoses celulares e na sntese protica. Irradia o Leva arterite obliterante local, com conseqente hipxia tecidual; h diminuio dos fibroblastos com menor produo de colgeno. Tabagismo A nicotina um vaso-constrictor, levando isquemia tissular, sendo tambm responsvel por uma diminuio de fibroblastos e macrocfagos. O monxido de carbono diminui o transporte e o metabolismo do oxignio. Clinicamente observa -se cicatrizao mais lenta em fumantes. Hemorragia O acmulo de sangue cria espaos mortos que interferem com a cicatrizao. Tens o na erida Vmitos, tosse, atividade fsica em demasia, produzem tenso e interferem com a boa cicatrizao das feridas

A grande complicao das feridas a sua INFECO, sendo que os fatores predisponentes podem ser locais ou gerais . Os locais so: contaminao, presena de corpo estranho, tcnica de sutura inadequada, tecido desvitalizado, hematoma e espao morto. So fatores gerais que contribuem para aumentar este tipo de complicao: debilidade, idade avanada, obesidade, anemia, choque, grande perodo de internao hospitalar, tempo cirrgico elevado e doenas associadas, principalmente o diabetes e doenas imunodepressoras. Outras complicaes so a HEMORRAGIA e a ESTRUIO TECI UAL.CURATIVOS

Por definio, curativo todo material colocado diretamente por sobre uma ferida, cujos objetivos so: evitar a contaminao de feridas limpas; facilitar a cicatrizao; reduzir a infeco nas leses contaminadas; absorver secrees, facilitar a drenagem de secrees, promover a hemostasia com os curativos compressivos, manter o contato de medicamentos junto ferida e promover conforto ao paciente.

Os curativos podem ser abertos ou fechados, sendo que os fechados ou oclusivos so subdivididos em midos e secos. Os curativos midos tem por finalidade: reduzir o processo inflamatrio por vaso -constrico; limpar a pele dos exudatos, crostas e escamas; manter a drenagem das reas infectadas e promover a cicatrizao pela facilitao do movimento das clulas. As medicaes tpicas podem ser veiculadas atravs de ps, loes, cremes, gis, pastas, pomadas, sprays, aerosis, etc. O tratamento da ferida envolve, aps verificao dos sinais vitais e de uma anamnese sucinta sobre as condies em que ocorreram as leses os seguinte tpicos:1.

classi ica o das eridas : se existe perda de substncia, se h penetrao da cavidade, se h perda funcional ou se existe corpo estranho e a necessidade de exam es auxiliares. anti se sia : bsicamente a irrigao vigorosa e intensa com soro fisiolgico bastante eficaz para a diminuio da infeco. anestesia hemostasia, ex lora o e desbridamento a hemostasia deve ser muitas vezes realizada antes de qualquer outro procedimento, at em via pblica. sutura da les o.

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5.

As solues mais utilizadas nos curativos so: soro isiolgico para limpeza e como emoliente; solues anti-spticas como olvidine tpico ou tintura a 10% (PVPI Polivinil Pirrolidona) ou cloro hexidine a 4%; lcool iodado com ao secante e cicatrizante e o ter que remove a camada gordurosa da pele, sendo til na retirada de esparadrapos e outros adesivos. Os princpios cientficos relacionados uma curativo so: microbiolgico tcnica assptica no manuseio do material estril; sico - movimentos de execuo, mobilizao e imobilizao ; qumico e armacolgico - sobre as substncias utilizadas, e sociolgicos - orientao para a paciente e famlia quanto aos cuidados necessrios. Existem alguns tipos de ferida que devem ser particularizadas: nas leses por mordeduras, em princpio, as mesmas no devem ser suturadas, pois so potencialmente infectadas; apenas naquelas que so profundas, com comprometimento do plano muscular, este deve s e aproximado. Nas feridas por arma de ogo , a deciso da retirada do projtil deve ser avaliado caso caso; caso haja apenas um orifcio, este no deve ser suturado, devendo -se lavar bem o interior do ferimento, sendo que quando houver dois orifcios, um deles poder ser suturado. As leses por rego devem ser limpas e no suturadas, tomando-se o cuidado com a profilaxia do ttano.

A seguir, citaremos algumas das substncias mais utilizadas em curativos de feridas abertas e infectadas, principalmente no to cante de indicao, mecanismo de ao e maneira de utilizao. Consideraes mais profundas sobre o assunto, sero tratadas em futuras isciplinas.PAPANA - uma enzima proteoltica extrada do ltex da caricapapaya. Indica o em todo tecido necrtico, particularmente naqueles com crosta o : ao anti-inflamatria, bactericida e cicatricial; atua como

Mecanismo de a desbridante

Modo de usar : preparar a soluo em frasco de vidro, irrigar a leso e deixar gaze embebida na soluo Observa es a diluio feita de acordo com a ferida: 10% em tecido necrosado, 6% nas com exudato purulento e 2% naquelas com pouco exudato. HIDROCOLIDE - partculas hidroativas em polmero inerte impermevel Indica o - leses no infectadas com ou sem exudato, reas doadoras e incises cirurgicas Mecanismo de a o - promove barreira protetora, isolamento trmico, meio mido, prevenindo o ressecamento, desbridamento autoltico, granulao e epitelizao Modo de usar - irrigar a leso com soro fisiolgico, secar as bordas e aplicar hidrocolide e fixar o curativo pele Observa es - no deve ser utilizado para feridas infectadas TRIGLICRIDES DE CADEIA MDIA (TCM) - cidos graxos essenciais, lipdios insaturados ricos em cido linolico Indica o - todos os tipos de leses, infectadas ou no, desde que desbridadas previamente Mecanismo de a o - promove quimiotaxia para leuccitos, facilita a entrada de fatores de crescimento nas clulas, promove proliferao e mitose celular, acelerando as fases da cicatrizao. Modo de usar - irrigar a leso com soro fisiolgico, aplicar AGE por toda a rea da ferida e cobrir. Observa es - no agente desbridante, porm estimula o desbridamento autoltico. OUTRAS SUBSTNCIAS

Carv o ativado nas feridas infectadas exudativas Alginato de c lcio - nas leses exudativas com sangramento Filme com membrana de oliuretano - para proteo de leses profundas no infectadas.PRINCPIOS PARA O CURATIVO IDEAL

TURNER - 19821. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo Remover excesso de exudao Permitir troca gasosa Fornecer isolamento trmico Ser impermevel bactrias Ser assptico Permitir a remoo sem traumasPROCEDIMENTOS PRTICOS CURATIVO DE FERIDAS SIMPLES E LIMPAS

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.

Lavar as mos para evitar infeco Explicar o procedimento ao paciente e familiares, para assegurar sua tranqilidade Reunir todo o material em uma bandeja auxiliar Fechar a porta para diminuir corrente de ar Colocar o paciente em posio adequada Manipulao do pacote de curativo com tcnic a assptica, incluindo a utilizao de luvas Remover o curativo antigo com pina dente de rato Fazer a limpeza da inciso com pina de Kelly com gaze umedecida em soro fisiolgico, com movimentos semi-circulares, de dentro para fora, de cima para baixo, utilizando-se as duas faces da gaze, sem voltar ao incio da inciso Secar a inciso de cima para baixo Secar as laterais da inciso de cima para baixo Colocar medicamentos de cima para baixo, nunca voltando a gaze onde j passou Retirar o excesso de medicao Passar ter ao redor da inciso Curativo quando necessrio Lavar as mos Recolher o materialCURATIVO DE FERIDAS ABERTAS OU INFECTADAS

As diferenas bsicas, podem ser assim resumidas:

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Os curativos de ferida aberta, independente do seu aspecto, sero sempre realizados conforme a tcnica de curativo contaminado, ou seja, de fora para dentro. Para curativos contaminados com secreo, principalmente em membros, colocar uma bacia na rea a ser tratada, lavando -a com soro fisiolgico a 0,9%. As solues anti-spticas mais utilizadas so a soluo aquosa de PVPI a 10% (1% de iodo livre) e cloro -hexidine a 4%. Quando houver necessidade de troca de vrios curativos em um mesmo paciente, dever iniciar pelos de inciso limpa e fechada, seguindo -se de ferida aberta no infectada, depois os de ferida infectada, e por ltimo as colostomias e fstulas em geral Utilizar mscaras, aventais e luvas esterilizadas.

6. 7. Ferida cirrgica. 8. O que ? 9. uma ferida resultante de uma interveno cirrgica. quando as bordas saudveis da pele so aproximadas e suturadas. 10. Fatores que podem afetar a cicatrizao. 11. Os fatores que podem prejudicar a cicatrizao so 12. Idade: na criana porque o sistema imunolgico e outros sistemas corporais esto em desenvolvimento e o risco de desenvolver infeco maior. 13. No idoso, medida que se envelhece a nossa pele fica mais fina e menos elstica e a populao das clulas que reparam os tecidos e combatem a infeco diminuem, resultando numa cicatrizao mais lenta e aumentando o risco de cicatrizao.

Nutrio: importante que antes da cirurgia se identifique logo os problemas nutricionais e se desenvolva um plano para reparar suas deficincias. Sade geral da pessoa: a infeco ou doena preexistente retardam ou complicam a cicatrizao, mas nem sempre possvel adiar a cirurgia at que se consegue tratar. Como por exemplo, a doena arterial, a hipertenso e vasculopatia perifrica que prejudicam a cicatrizao porque impedem que o fluxo sanguneo chegue ao local da inciso. Outro exemplo muito comum o diabetes melitus que pode interferir na vasodilatao impedindo a circulao sangunea no local da inciso. Oxigenao: para a cicatrizao o local da inciso precisa de oxignio para que organismo consegue produzir colgeno 14. Fatores que podem complicar a sua ferida cirrgica.

Infeco Deve-se observar o aspecto da leso, buscando sinais de infeco, tais como: colorao avermelhada, endurecimento, drenagem de secrees, edema e calor no local, dor exagerada no local da inciso. Observar temperatura corporal. A febre tambm pode ser um sinal de infeco. Hemorragia Poder ocorrer hemorragia decorrente de leso dos vasos sangneos. Podem ser internas e externas, dependendo da regio afetada. Hemorragias internas,

normalmente necessitam de cuidados mais emergenciais, pois podem ter um volume de sangue muito elevado. Nas hemorragias externas deve-se fazer compresso no local ou um curativo compressivo, at a chegada de um mdico. Deiscncia e eviscerao a deiscncia quando os pontos da ferida operatria se rompem. Quando este rompimento ocorre na totalidade da sutura poder ocorrer eviscerao. A eviscerao mais comum em cirurgias de abdome. Na eviscerao sai abundante lquido da cavidade abdominal. Caso apaream sinais e sintomas como os relatados acima, o mdico cirurgio dever ser procurado.[?emergncia!] 15. Cuidados com a ferida.

Manter a ferida limpa e seca. Observar sinais de infeco, hemorragias, deiscncia e eviscerao. O curativo ajuda a manter a ferida protegida contra patgenos. Alguns curativos impermeveis permitem que o paciente possa banhar-se sem se preocupar em molhar a ferida operatria. Estes podem ser mantidos sobre a ferida por 07 (sete) dias.[porqu? A oxigenao favorece a cicatrizao] Caso seu mdico permita, a ferida operatria poder ficar sem curativos. Sendo que alguns cuidados devero ser observados: lave o local com gua corrente e sabonete neutro, seque com toalha macia e no faa frico ou presso sobre o local. Use roupas confortveis para que no aja presso ou frico sobre o local. No h necessidade de utilizar qualquer anti-sptico. Somente mantenha o local limpo e seco. Caso aja drenagem de secreo serossanguinolenta (um sangue bem aguado), proteja a ferida com um curativo. A retirada dos pontos poder ser feita pelo mdico assistente ou em um servio de sade.Contedo Program tico do curso online Cuidados de En ermagem com Sondas, Drenos e Cateteres

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Sondas e drenos; Competncias necessrias e responsabilidades tcnicas e legais da enfermagem nos cuidados a pessoas com sondas, drenos e cateteres e Aspectos tcnicos e protocolos de enfermagem; Sondagem gastrointestinal e Sonda nasogstrica (levine); Tcnica usada para colocao da sonda nasogstrica; Sonda nasoentrica; Sonda de moss; Sonda de sengstaken - blakemore; Sonda retal; Gastrostomia; Jejunostomia; Cateterismo vesical;

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Cateteres urinrios; Suprapbico; Sonda Foley; Sonda vesical de alvio; Sonda vesical de demora; Retirada de sonda; Cuidados na manuteno da sondagem vesical; Procedimentos na sondagem de alvio feminina; Procedimento na sondagem de demora feminina; Procedimento no cateterismo masculino; Sonda de malecot;

Sonda traqueal comum (nelaton) e com vlvula de presso negativa; Cateter de oxignio tipo sonda; Cateter de oxignio tipo culos; Preparo do frasco coletor; Preparo do sistema coletor; Preparo do multiconector cnico; Faixa adesiva de fixao; Curativos: verificao dos pontos cirrgicos; Reviso do sistema de drenagem; Ordenha;O sistema de aspirao contnua; Mecanismo de funcionamento; Indicaes; Nvel de aspirao; Sistema de drenagem com mltiplas cmaras; Rotina para o manuseio e troca do refil; Troca dos frascos coletores; Troca da mangueira de drenagem; Reviso do sistema de drenagem; Controle do volume drenado; Reaes adversas e contraindicaes; Embalagem, data de fabricao e validade; Esterilizao e reesterilizao; Lixo hospitalar; Prevenindo infeces e cautelas na utilizao de produtos para antissepsia; PVPI - degermante; PVPI - tpico 1%; PVPI - tintura 10%; Cuidados especiais com pacientes idosos;

renos; reno de penrose; reno de suco (portovac); reno de abramsom; reno de kerr;

renagem torcica (pleural ou mediastinal);

igluconato de clorexidina 2%;

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Os cuidados na administrao da dieta por ostomias so os mesmos do uso de sondas nasogstricas/nasoentricas; Cuidados de enfermagem com cateteres perifricos e centrais; Cateteres venosos centrais; Indicaes; Implantao; Tipos; Complicaes associadas utilizao; Obstruo do cateter; Heparinizao; Cuidados especiais com cateteres durante procedimentos; Modelos de protocolos para cuidados com cateteres; Protocolo de planejamento para terapia intravenosa por acesso venoso perifrico (AVP); Protocolo; Padro da prtica; Conceituaes; Fatores de risco para insucesso da puno venosa perifrica para pediatria; Fatores de risco para insucesso da puno venosa perifrica para adulto; Consideraes gerais; Treinamento; Registro; Protocolo de atuao - preveno e tratamento de flebite; Objetivo; Aplicabilidade; Introduo; Critrios de incluso; Critrio de excluso; Histria; Exame fsico; Servios diagnsticos, indicao e frequncia; iagnstico principal; Acompanhamento conjunto/Interconsulta; Critrios de Admisso no Protocolo/Plano de Conduta; Critrios de Alta do Plano de Conduta/Protocolo; Educao do paciente; Instrues especficas na ocasio da alta do Plano de Conduta/Protocolo; Treinamento; Registro; Protocolo de coleta de sangue arterial para gasometria; efinio; Indicao; Executantes; Materiais; escrio do procedimento; Registro; Cuidados de enfermagem com cateteres epidurais para controle da dor;

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Analgsicos e anestsicos locais; Anestsicos locais; Analgsicos opioides; Cuidados de enfermagem e manejo de efeitos adversos; Orientaes gerais; Avaliao da eficcia da analgesia; Avaliao e manejo de efeitos adversos; Sedao e depresso respiratria; Nuseas e vmitos; Prurido; Reteno urinria; Hipotenso arterial; Perda ou diminuio da funo motora ou sensitiva; Avaliao para possveis complicaes da presena do cateter peridural; Abscesso peridural; Hematoma peridural; Migrao do cateter para espao subaracnoide; Migrao do cateter para vaso sanguneo; Cuidados com cateter peridural; Avaliar as condies do curativo do cateter peridural; Avaliar as condies do cateter peridural e do stio de insero; eslocamento acidental do cateter peridural; Orientaes aos pacientes e famlia; Registros de enfermagem.

TraqueostomiaOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre. Ir para: navegao, pesquisa

Traqueostomia um procedimento cirrgico no pescoo que est elece um ori cio arti icial na traquia, abai o da laringe, indicado em emergncias e nas intubaes prolongadas. A inciso feita entre o 2 e 3 anel traqueal. O objeti o no prejudicar as cordas vocais do paciente ao passar o tubo de ar. A traqueostomia um procedimento frequentemente reali ado em pacientes necessitando de ventilao mecnica prolongada. A tcnica, nestes pacientes, apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo orotraqueal, incluindo maior conforto do paciente, mais facilidade de remoo de secrees da rvore traqueobrnquica e manuteno segura da via area. O tubo orotraqueal mais utili ado quando o paciente vai ficar pouco tempo respirando com ventilao mecnica, como em cirurgias que requerem anestesia geral. O procedimento de traqueostomia simples. O pescoo do paciente limpo e coberto e logo so feitas incises para expor os anis cartilaginosos que formam a p arede externa da traqueia.

Traqueostomia c et 1 - Cordas vocais 2 - Cartilage tireide 3 - Cartilage cricide 4 - Cartilage s traqueais 5 - Balo

Posteriormente, o cirurgio corta dois desses anis e insere nesse orifcio uma cnula (metlica ou plstica), que permite uma comunicao entre a traqueia e a regio do pescoo.

Enfermagem em AoO futuro pertence queles que acreditam na beleza de seus sonhos. Elleanor Roosevelt

Fish

19 de julho de 2010Traqueostomia e Cuidados

Traqueostomia um procedimento cirrgico no pescoo que estabelece um orifcio artificial na traquia, abaixo da laringe, indicado em emergncias e nas intubaes prolongadas. A tcnica, nestes clientes, apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo orotraqueal, incluindo maior conforto do paciente, mais facilidade de remoo de secrees da rvore traqueobrnquica e manuteno segura da via a rea. Indicaes Historicamente, a traqueostomia foi desenvolvida para promover a desobstruo das vias areas. Porm com os avanos tcnicos, tais como laringoscpio e broncoscpio de fibra tica, as indicaes tradicionais da traqueostomia (como por exem a epiglotite aguda e obstrues plo tumorais) sofreram uma grande mudana. Hoje em dia, a sua principal utilizao no manejo de pacientes que necessitam perodos prolongados de suporte ventilatrio mecnico. H, ainda, a utilizao da traqueostomia com o intuito de promover uma adequada limpeza das vias areas, mesmo na ausncia de necessidade de ventilao mecnica.

Limpeza das Vias Areas De id id de; fraque a, ou doenas neuromusculares, certos clientes so incapazes de e pelir, adequadamente, secre es traqueobrnquicas decorrentes de pneumonia, bronquiectasia (alargamento ou distoro dos brnquios) ou aspirao crnica. Nestes casos, a traqueostomia pode ser benfica, pois permite a limpeza e aspirao das vias areas, sempre que necessrio. Atualmente, a minitraqueostomia percut nea tem se mostrado eficaz na limpeza traqueobrnquica, surgindo como opo vlida por sua simplicidade e segurana.

Suporte Ventilatrio Clientes que recebem suporte ventilat rio prolongado esto e postos a uma variedade de complica es tardias decorrentes da intubao endotraqueal prolongada, tais como: leses da mucosa, estenose (estreitamento anormal)gl tica e subgl tica, estenose traqueal e abscesso cric ide. Estas complicaes esto diretamente relacionadas com o tempo de intubao endotraqueal. O tempo ideal de durao de uma intubao oro ou nasotraqueal, antes da converso eletiva para traqueostomia, ainda controverso. Sabe-se tambm, que h outros benefcios com a converso para uma traqueostomia, tais como: menor taxa de autoextubao da traqueostomia; melhor conforto para o cliente; possibilidade de comunicao pelo cliente; possibilidade da ingesta oral; uma melhor higiene oral; e um manuseio mais fcil pela enfermagem. Contra-indicaes raqueostomia de Urgncia: sabido que os riscos de complicaes so de duas a cinco vezes maiores do que em situaes eletivas, portanto no um mtodo a ser utilizado na urgncia. As excees se fazem nas situaes especficas j citadas. raqueostomia Beira do Leito: A traqueostomia deve ser realizada no centro cirrgico com todos os suportes necessrios, sua realizao beira do leito deve ser evitada. A exceo se faz em um ambiente de terapia intensiva, quando a sada do paciente daquele local pode trazer riscos para o mesmo. De fato, a realizao da traqueostomia no leito de uma U I, desde que as condies cirrgicas sejam estabelecidas no local. Complicaes Precoces Sangramento: O sangramento a maior causa de complicao no perodo ps-operatrio precoce. Normalmente, sangramentos pequenos podem ser controlados com a elevao da cabeceira do leito, troca dos curativos e compresso local. Mas sangramentos maiores devem ser tratados em ambiente cirrgico, para uma adequada reviso da hemostasia, com ligadura dos vasos sangrantes.Tcnicas para minimizar esta complicao incluem: manter sempre a disseco na linha mdia; afastamento lateral dos tecidos por planos anatmicos; e uso da ligadura, ao invs da cauterizao dos vasos sanguneos. Infeco da Ferida: A traqueostomia uma ferida contaminada. Entretanto, abscessos periostmicos ou celulite so raros, considerando que a ferida deixada aberta. E, caso ocorram, so tratados com cuidados locais e antibioticoterapia sistmica. A antibioticoprofilaxia contraindicada. Enfisema Subcut neo: Aproximadamente 5% das traqueostomias desenvolvem enfisema subcut neo. Normalmente, regride em 48h, mas deve alertar o cirurgio para conferir o correto posicionamento da c nula, assim como excluir pneumotrax ou pneumomediastino, com uma radiografia torcica. Obstruo da Cnula: O correto posicionamento da cnula, umidificao dos gases ventilatrios, alm de irrigao e aspirao contnuas ajudam a prevenir esta complicao. As cnulas que possuem cnula interna ajudam no manejo desta complicao, pois possibilitam a retirada e limpeza da cnula interna. Desposicionamento: O desposicionamento da cnula mais problemtico quando ocorre nos primeiros cinco a sete dias, pois ainda h um trajeto delimitado da pele at a luz traqueal. Fios

de reparo deixados nos bordos da abertura traqueal, e exteriorizados, auxiliam no reposicionamento da cnula, especialmente nos pacientes obesos e com pescoo curto. Disfagia: Alguns pacientes com traqueostomia apresentam queixa de sensao de "bolo na garganta". A disfagia propriamente dita tambm pode ocorrer, mas em uma proporo bem menor.

Complicaes Tardias Estenose Traqueal ou Subgltica: A colocao da cnula traqueal prxima rea da glote, que ocorre na cricotireoidostomia ou na traqueostomia realizada no primeiro anel traqueal, pode levar ao edema e eventual estenose subgltica. J a estenose traqueal relacionada com a isquemia mucosa causada pela presso do cuff. Modernamente, com os cuffs de grande volume e baixa presso, esta incidncia baixou. Entretanto, a traqueostomia prolongada ainda responsvel pela maioria das estenoses traqueais benignas. A estenose traqueal pode ocorrer no s no local do cuff, mas tambm na ponta da cnula ou no local de abertura traqueal. A maioria dos pacientes com esta complicao tornam-se sintomticos entre duas a seis semanas aps a retirada da traqueostomia. Sintomas iniciais so: dispnia aos esforos, tosse, incapacidade de limpar secrees e estridor inspiratrio ou expiratrio. importante frisar que: qualquer cliente com estes sintomas, aps algum perodo de intubao ou traqueostomia, deve ser assumido como portador de obstruo mecnico, at provar o contrrio. Estenoses traqueais sintomticas devem ser tratadas com resseco traqueal segmentar e reconstruo, sempre que possvel. Fstula Traqueoinominada: Felizmente, esta grave complicao ocorre em menos de 1% das traqueostomias. Um sangramento "sentinela" de sangue vivo ou a pulsao da cnula de traqueostomia so sinais que devem levar suspeita desta complicao, e requerem tratamento cirrgico imediato. O controle temporrio da hemorragia pode ser feito com a hiperinsulflao do cuff, combinado ou no com a compresso digital direta. Fstula Traqueoesofgica: uma complicao que ocorre em menos de 1% das traqueostomias, porm causa contaminao da rvore traqueobrnquica e interfere na adequada nutrio. Normalmente devido excessiva presso do cuff da cnula contra uma SNG rgida. Fstula Traqueocutnea. Ocasionalmente, um estoma traqueal no fecha espontaneamente aps a remoo da cnula traqueal, fato que ocorre, principalmente, com a traqueostomia prolongada. Esta uma complicao benigna e pode ser tratada com a resseco do trato epitelial, permitindo, assim, uma cicatrizao secundria. Dificuldade de Extubao: As causas usuais de dificuldade de extubao so a presena de granuloma ou edema no local do estoma. or vezes, particularmente em crianas, os pacientes so relutantes em retirar as cnulas de traqueostomia. Isso pode ser manejado com a troca da cnula por nmeros progressivamente menores.

Cuidados com a Fixao da Cnula y y y y y y Ao colocar o cadaro, certifique-se que a cnula no se desloque, solicitar a ajuda de outra pessoa para firmar a cnula enquanto o cardaro estiver sendo posto. Realizar a troca do cardaro sempre que tiver sujo ou mido. Uso de avental, mscara e culos se suspeita de processo infeccioso pulmonar ou HIV+. Atenda o portador de traqueostomia colocando-se ao seu lado, evite deixar seu rosto frente do estoma, o cliente pode apresentar episdio de tosse inesperado. Oriente-o quanto aos cuidados durante a tosse. Mantenha toalhas ou lenos de papel ao alcance do cliente e tambm um recipiente ou saco descartvel para receber lenos ou toalhas utilizados.