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Fenômenos de Transporte, Calor e Massa - FTCM - Roteiro Experimental - Relatório 3 Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori - EXPERIMENTO 3 Manometria e Vazão em Medidores: Placa de Orifício e Tubo de Venturi 1 MANOMETRIA INTRODUÇÃO : Medidores de pressão. Manômetro de Bourdon: Consiste num tubo de latão achatado, fechado numa extremidade e dobrado em forma circular. A extremidade fechada é ligada por engrenagem e pinhão a um ponteiro que se desloca sobre uma escala. A aberta é ligada a um aparelho cuja pressão externa quer se medir. Quando se exerce uma pressão no interior do tubo achatado, ele se desenrola ligeiramente, como o faria uma mangueira de borracha enrolada, quando se abre a torneira d‘água. O movimento resultante da extremidade fechada do tubo é transmitido ao ponteiro. Exemplos: Dados Técnicos: Series 61000 gages feature an extra sensitive bronze diaphragm for ASME Grade A accuracy in ranges to 100 inches w.c. The Series 62000 employs a bronze Bourdon tube for ranges to 300 psig with Grade B accuracy. Both measure pressures of air, natural gas and other compatible gases and liquids. PHYSICAL DATA Dial/Pointer: Aluminum Housing: Steel with black baked enamel finish Diaphragm/Bourdon Tube: Phosphor bronze Connection: ¼" NPT(M) bottom-std. ¼" NPT(M) back 61000U, 62000U Operating Mechanism: Polycarbonate and brass Accuracy: 61000, ASME Grade A - 1% middle half of scale, 2% remainder 61015 only - 1% middle half of scale, 3% remainder 62000, ASMD Grade B - 2% middle half of scale, 3% remainder Temperature Range: -40 to 160°F (-40 to 71°C) Manômetros diferenciais Um manômetro é um instrumento utilizado para medir pressão. Um tipo de manômetro já com séculos de existência é o de coluna líquida. Este manómetro pode ser simplesmente um tubo em forma de U, no qual se coloca uma dada quantidade de líquido (não convém estar muito cheio para não transbordar facilmente). Neste método a pressão a medir é aplicada a uma das aberturas do U, enquanto que uma pressão de referência é aplicada à segunda abertura. A diferença entre as pressões é proporcional à diferença do nível do líquido, em que a constante de proporcionalidade é o peso volúmico do fluído. Os manômetros de coluna líquida podem ser em forma de U, ou alternativamente podem ter uma única coluna. Para se forçar o líquido a percorrer uma maior distância utilizam-se colunas com inclinação (uma vez que a pressão obriga a subir, o que exige um maior deslocamento no caso de a coluna estar inclinada), sendo necessário conhecer o ângulo relativamente à horizontal com precisão. Um outro tipo de manômetro recorre à deformação de uma membrana flexível. Estas membranas, por terem deformação proporcional à pressão a que estão sujeitas, são utilizadas com vários outros métodos no sentido de transformar a deformação numa grandeza que possa ser processada. Utilizam-se extensômetros (resistências variáveis com a deformação) para possibilitar a conversão para grandezas eléctricas. Contudo, um dos métodos mais utilizados corresponde a ligar electricamente a membrana de tal forma que seja uma armadura móvel de dois condensadores, assim a deformação a que a membrana se sujeita gera uma variação da capacidade, recorrendo a alguma electrónica o consegue-se obter uma tensão eléctrica directamente proporcional à pressão aplicada à membrana. Imensos outros métodos podem ser utilizados para efectuar a medição de pressão, tais como: LVDT, manómetros de Bourdon, manómetro de cilindro, cristais piezoeléctricos, etc... Adaptado de: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Man%C3%B4metro " Pode-se encontrar a diferença de pressão, medindo a altura dos desníveis quando acoplado esse manômetro a dois diferentes pontos da tubulação. Teoria Utilização do manômetro pode ser vista na experiência de Torricelli: Veja que: p A = p B . OBJETIVOS : Medida das pressões nas linhas de sucção e recalque no módulo hidráulico de vazão. Equações A pressão é dada por: A F p Nos fluidos: gh p f A pressão efetiva ou manométrica tem como referência a pressão atmosférica, e pode ser: negativa, nula ou positiva. A pressão absoluta tem como referência o vácuo perfeito, e pode ser: nula ou positiva. Instrumentos de medição: manômetros, vacuômetros , barômetros , altímetros , etc. h g p O H Hg 2 Sistemas de Unidades: M.Kg.S: 1 [ Pa ] = 1 [ N / m 2 ] onde : 1 [ N ] = [ 1 Kg * m / s 2 ]

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Fenômenos de Transporte, Calor e Massa - FTCM - Roteiro Experimental - Relatório 3 Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori - EXPERIMENTO 3

Manometria e Vazão em Medidores: Placa de Orifício e Tubo de Venturi

1

MANOMETRIA

INTRODUÇÃO:

Medidores de pressão.

Manômetro de Bourdon: Consiste num

tubo de latão achatado, fechado numa extremidade e

dobrado em forma circular. A extremidade fechada é

ligada por engrenagem e pinhão a um ponteiro que

se desloca sobre uma escala. A aberta é ligada a um

aparelho cuja pressão externa quer se medir. Quando

se exerce uma pressão no interior do tubo achatado,

ele se desenrola ligeiramente, como o faria uma

mangueira de borracha enrolada, quando se abre a

torneira d‘água. O movimento resultante da

extremidade fechada do tubo é transmitido ao

ponteiro.

Exemplos:

Dados Técnicos: Series 61000 gages feature an extra sensitive bronze

diaphragm for ASME Grade A accuracy in ranges to 100 inches

w.c. The Series 62000 employs a bronze Bourdon tube for ranges

to 300 psig with Grade B accuracy. Both measure pressures of air, natural gas and other compatible gases and liquids.

PHYSICAL DATA Dial/Pointer: Aluminum Housing: Steel with black baked enamel finish

Diaphragm/Bourdon Tube: Phosphor bronze

Connection: ¼" NPT(M) bottom-std. ¼" NPT(M) back 61000U, 62000U

Operating Mechanism: Polycarbonate and brass

Accuracy: 61000, ASME Grade A - 1% middle half of scale, 2% remainder

61015 only - 1% middle half of scale, 3% remainder

62000, ASMD Grade B - 2% middle half of scale, 3% remainder Temperature Range: -40 to 160°F (-40 to 71°C)

Manômetros diferenciais Um manômetro é um instrumento utilizado para

medir pressão. Um tipo de manômetro já com séculos de

existência é o de coluna líquida. Este manómetro pode ser

simplesmente um tubo em forma de U, no qual se coloca uma dada quantidade de líquido (não convém estar muito cheio para

não transbordar facilmente). Neste método a pressão a medir é

aplicada a uma das aberturas do U, enquanto que uma pressão de referência é aplicada à segunda abertura. A diferença entre as

pressões é proporcional à diferença do nível do líquido, em que a

constante de proporcionalidade é o peso volúmico do fluído. Os manômetros de coluna líquida podem ser em forma

de U, ou alternativamente podem ter uma única coluna. Para se

forçar o líquido a percorrer uma maior distância utilizam-se colunas com inclinação (uma vez que a pressão obriga a subir, o

que exige um maior deslocamento no caso de a coluna estar

inclinada), sendo necessário conhecer o ângulo relativamente à horizontal com precisão.

Um outro tipo de manômetro recorre à deformação de

uma membrana flexível. Estas membranas, por terem deformação proporcional à pressão a que estão sujeitas, são

utilizadas com vários outros métodos no sentido de transformar a

deformação numa grandeza que possa ser processada. Utilizam-se extensômetros (resistências variáveis com

a deformação) para possibilitar a conversão para grandezas

eléctricas. Contudo, um dos métodos mais utilizados corresponde a ligar electricamente a membrana de tal forma que seja uma

armadura móvel de dois condensadores, assim a deformação a

que a membrana se sujeita gera uma variação da capacidade,

recorrendo a alguma electrónica o consegue-se obter uma

tensão eléctrica directamente proporcional à pressão

aplicada à membrana. Imensos outros métodos podem ser utilizados

para efectuar a medição de pressão, tais como: LVDT,

manómetros de Bourdon, manómetro de cilindro, cristais piezoeléctricos, etc...

Adaptado de:

"http://pt.wikipedia.org/wiki/Man%C3%B4metro" Pode-se encontrar a diferença de pressão,

medindo a altura dos desníveis quando acoplado esse

manômetro a dois diferentes pontos da tubulação.

Teoria

Utilização do manômetro pode ser

vista na experiência de Torricelli:

Veja que: pA = pB.

OBJETIVOS: Medida das pressões

nas linhas de sucção e recalque no módulo

hidráulico de vazão.

Equações

A pressão é dada por:

A

Fp

Nos fluidos:

ghp f

A pressão efetiva ou manométrica tem

como referência a pressão atmosférica, e pode

ser: negativa, nula ou positiva.

A pressão absoluta tem como referência

o vácuo perfeito, e pode ser: nula ou positiva.

Instrumentos de medição: manômetros,

vacuômetros , barômetros , altímetros , etc.

hgp OHHg 2

Sistemas de Unidades:

M.Kg.S: 1 [ Pa ] = 1 [ N / m2 ] onde : 1 [ N ] = [ 1

Kg * m / s2 ]

C. G. S. : 1 [ ba ] = 1 [ din / cm2 ]

M.Kgf.S. : 1 [ Kgf / m2 ]

Outras unidades :

1 atmosfera normal ( 1 atN ) = 760 mm de Hg = 1,033 Kgf / cm2

= 1 atmosfera física. 1 atmosfera técnica ( 1 atT ) = 736 mm de Hg = 1,0 Kgf / cm2

= 0,968 atN = 10 m.c.a.

1 Kpa = 1000 Pa e 1 Mpa = 1000000 Pa 1 ” = 2,54 cm 1 ’ = 1 pé = 12 ” 1 jarda = 1 jd =

3 pé = 3 ’

1 jd = 91,44 cm 1 pé = 30,48 cm 1 libra = 1 lb = 0,45359 Kg

32

1cm

g

OH ; 36,13cm

g

Hg ; 28,9s

mg

APLICAÇÕES: Cálculo da massa específica do

corpo C para diferentes materiais.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

Módulo Hidráulico

Tubulação diâmetro 1,5”com válvulas ou registros.

Instrumentos: vacuômetro, manômetro de Bourdon,

manômetro diferencial de mercúrio (Hg).

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1. Fechar todas as válvulas e ligar o sistema

moto-bomba.

2. Abrir lentamente as válvulas no sentido do fluxo.

3. Sangrar os manômetros diferenciais de

mercúrio. 4. Efetuar as leituras nos instrumentos com a

abertura ou fechamento das válvulas.

Válvula Vacuômetro

(entrada da

Bomba)

Manômetro de

Bourdon

(saída da

bomba)

Int. Ext. Int. Ext.

Unid [volta] [ ] [ ] [ ] [ ]

Dados

Med

ido

r Voltas Manômetro Diferencial

de Hg

Pressão

h1 h2 h p

Unid [ cm ] [ cm ] [ m ] [ Pa ]

Ven

turi

00

02

04

06

08

Dia

fra

gm

a 00

02

04

06

08

BIBLIOGRAFIA:

1. Sears : pág. 164 , 165.

2. Bastos : pág. 74 , 75 , 76 , 77 , 78 e

79.

3. Garcez : pág. 325 , 326 , 332 , 333 ,

334 e 335.

4. Tabelas de conversão.

5. Tabelas do PRO - TEC ( Projetista de

Máquinas ).

Gráfico:

p

h

CONCLUSÕES:

TEXTO:

Retirado e adaptado de: http://www.americanheart.org/hbp/about.jsp

http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/hidrostatica/pressao_art.h

tml

A pressão arterial mantém o sangue circulando no organismo. Tem início com o batimento do coração. A

cada vez que bate, o coração joga o sangue pelos vasos sangüíneos chamados artérias. As paredes dessas artérias

são como bandas elásticas que se esticam e relaxam a fim de

manter o sangue circulando por todas as partes do organismo. O resultado do batimento do coração é a

propulsão de uma certa quantidade de sangue (volume)

através da artéria aorta. Quando este volume de sangue

passa através das artérias, elas se contraem como que se

estivessem espremendo o sangue para que ele vá para a

frente. Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos pés, por

exemplo.

Para conhecimento geral, colocamos em destaque alguns dos componentes do sistema cardio-

circulatório:

O coração - é um órgão muscular que fica dentro do peito e que é responsável por bombear o sangue

para os pulmões (para ser oxigenado) e para o corpo

(suprindo as necessidades de oxigênio e nutrientes) depois que o sangue foi oxigenado nos pulmões. O coração bate em

média de 60 a 100 vezes por minuto em situação de repouso.

É composto por duas câmaras superiores chamadas de átrios, e duas inferiores, os ventrículos. O lado direito

bombeia o sangue para os pulmões e o esquerdo para o

restante do corpo.

Blood pressure is "a measurement of the force

applied against the walls of the arteries as the heart pumps

blood through the body. The pressure is determined by the force and amount of blood pumped and the size and

flexibility of the arteries." A reading consists of two

numbers, for example: 112/77, which is read as "112 over 77."

The first number, systolic blood pressure,

measures the maximum pressure exerted as the heart contracts, while the lower number indicates diastolic

pressure, a measurement taken between beats, when the

heart is at rest. According to high blood pressure guidelines

from the American Heart Association (AHA), numbers

under 140/90 and over 90/60 are generally considered normal in adults.

For greater accuracy, measure blood pressure

while in a seated position with your arm at the same level as your heart, after you have been at rest for five minutes or

more. Baselines vary considerably from one individual to

the next.

Fenômenos de Transporte, Calor e Massa - FTCM - Roteiro Experimental - Relatório 3 Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori - EXPERIMENTO 3

Manometria e Vazão em Medidores: Placa de Orifício e Tubo de Venturi

3

Everybody has — and needs — blood pressure.

Without it, blood can't circulate through the body. And without

circulating blood, vital organs can't get the oxygen and food that

they need to work. So it's important to know about blood pressure and how to keep it within a healthy level. Normal blood pressure

falls within a range; it's not one set of numbers.

When the heart beats, it pumps blood to the arteries and creates pressure in them. This pressure (blood pressure)

results from two forces. The first force is created as blood pumps

into the arteries and through the circulatory system. The second is created as the arteries resist the blood flow.

If you're healthy, your arteries are muscular and

elastic. They stretch when your heart pumps blood through them. How much they stretch depends on how much force the blood

exerts.

Your heart beats about 60 to 80 times a minute under normal conditions. Your blood pressure rises with each heartbeat

and falls when your heart relaxes between beats. Your blood

pressure can change from minute to minute, with changes in

posture, exercise or sleeping, but it should normally be less than

140/90 mm Hg for an adult. Blood pressure that stays above this

level is considered high. Your doctor may take several readings over a period before making a judgment about whether your

blood pressure is considered to be in a high level range.

What do blood pressure numbers indicate?

The higher (systolic) number represents the pressure

while the heart is beating.

The lower (diastolic) number represents the pressure when the heart is resting between beats.

The systolic pressure is always stated first and the

diastolic pressure second. For example: 122/76 (122 over 76); systolic = 122, diastolic = 76.

Blood pressure of less than 140 over 90 is

considered a normal reading for adults. A systolic pressure of

130 to 139 or a diastolic pressure of 85 to 89 needs to be

watched carefully. A blood pressure reading equal to or

greater than 140 (systolic) over 90 (diastolic) is considered

elevated (high).

Tabela 1 –Gases na Atmosfera terrestre.

Componentes da Atmosfera Terrestre

Gás (%) Pparcial

(atm)

N2 78 0,78

O2 21 0,21

Ar 0,9 0,009

CO2 0,03 0,0003

Pressão intraocular: Os fluidos do globo ocular, os humores aquoso e vítreo que transmitem a luz à retina (parte

fotossensível do olho), estão sob pressão e mantêm o globo numa

forma e dimensão aproximadamente fixas. As dimensões do olho são críticas para se ter uma boa visão. Uma variação de 0,1 mm o

seu diâmetro pode produzir um efeito significativo no

desempenho da visão. A pressão em olhos normais varia de 13 a 28 mmHg, sendo a média de 15 mmHg.

O humor aquoso, fluido contido na parte frontal do olho, é

essencialmente água. O olho reduz continuamente o humor aquoso, cerca de 5 ml por dia, e existe um sistema de drenagem

que permite a saída do excesso. No entanto, se ocorresse um

bloqueio nesse sistema de drenagem, a pressão ocular aumentaria comprimindo a artéria retiniana e isso poderia restringir a

circulação sangüínea na retina, provocando a visão tunelada ou

até mesmo a cegueira. A essa situação se dá o nome de glaucoma, e a pressão intra-ocular pode aumentar até 70 mmHg, embora em

circunstâncias normais se eleve até 30 ou 45 mmHg.

A pressão intra-ocular era estimada pelos médicos pressionando o olho com os dedos e sentindo a reação produzida

pelo mesmo. Hoje em dia isso é feito pelo tonômetro, que mede

pressão ocular determinando a deflexão da córnea sob a açâo de uma força conhecida.

Figura 1 – O olho humano.

Pressão sanguínea: A pressão sanguínea é medida com o esfigmomanômetro, que consiste de uma

coluna de mercúrio com uma das extremidades ligada a uma

bolsa, que pode ser inflada através de uma pequena bomba de borracha, como indica a Figura 32 (A). A bolsa é

enrolada em volta do braço, a um nível aproximadamente

igual ao do coração, a fim de assegurar que as pressões

medidas mais próximas às da aorta. A pressão do ar contido

na bolsa é aumentada até que o fluxo de sangue através das

artérias do braço seja bloqueado. A seguir, o ar é gradualmente eliminado da bolsa

ao mesmo tempo em que se usa um estetoscópio para

detectar a volta das pulsações ao braço. O primeiro som ocorre quando a pressão do ar contido na bolsa se igualar à

pressão sistólica, isto é, a máxima pressão sanguínea.

Nesse instante, o sangue que está à pressão sistólica consegue fluir pela (os sons ouvidos através do estetoscópio

são produzidos pelo fluxo sanguíneo na artéria e são

chamados sons Korotkoff). Assim, a altura da coluna de mercúrio lida corresponde à pressão manométrica sistólica.

À medida que o ar é eliminado, a intensidade do som ouvido

através do esteie aumenta. A pressão correspondente ao último som audível é a pressão diastólica, isto é, a pressão

sanguínea, quando o sangue a baixa pressão consegue fluir

pela artéria não oclusa.

(A)

Figura 2 – Procedimento para medir a pressão em um

paciente usando o esfigmomanômetro (A). Tipos de

aparelhos (B) e variação da pressão ao longo do corpo

humano (C).

(B)

(C)

ALGUNS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA

VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE FLUIDOS

Efeito da postura na pressão sanguínea O coração é uma "bomba" muscular que, no homem,

pode exercer uma pressão manométrica máxima de cerca de 120

mmHg no sangue durante a contração (sístole), e de cerca de 80

mmHg durante a relaxação (diástole). Devido à contração do músculo cardíaco, o sangue sai do ventrículo esquerdo, passa pela

aorta e pelas artérias, seguindo em direção aos capilares. Dos

capilares venosos o sangue segue para as veias e chega ao átrio direito com uma pressão quase nula. Em média, a diferença

máxima entre as pressões arterial e venosa é da ordem de 100

mmHg.

Como a densidade do sangue (1,04 g/cm3

) é quase

igual à da água, a diferença de pressão hidrostática entre a cabeça

e os pés numa pessoa de 1,80 m de altura é 180cm de H20. A

Figura anterior mostra as pressões arterial e venosa médias (em

cm de água), para uma pessoa de 1,80 m de altura, em vários níveis em relação ao coração. Uma pessoa deitada possui pressão

hidrostática praticamente constante em todos os pontos e igual à

do coração. Se um manômetro aberto contendo mercúrio fosse

utilizado para medir as pressões arteriais em vários pontos de um

indivíduo deitado, a altura da coluna de mercúrio seria de

aproximadamente 100 mm, ou seja, 136 cm de H2O.

As pressões arteriais em todas as partes do corpo de uma pessoa deitada são aproximadamente iguais à pressão arterial

do coração. Assim, quando uma pessoa deitada se levantar

rapidamente, a queda de pressão arterial da cabeça será de ρgh, o que implicará uma diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro.

Como o fluxo deve ser contínuo e como o ajuste do fluxo pela

expansão das artérias não é instantâneo, a pessoa pode sentir-se tonta. Em casos de variações de pressão muito rápidas, a

diminuição da circulação pode ser tal que provoque desmaio.

Um animal que possui propriedades fisiológicas extraordinárias é a girafa. Sua altura varia de 4,0 m a 5,5 m. Seu

coração está, aproximadamente, eqüidistante da cabeça e das

patas, ou seja, a uns 2 m abaixo da cabeça Isso significa que a pressão arterial da girafa precisa ser muito maior que a do

homem, ou de outro animal mais baixo, para que a cabeça possa ser atingida pelo fluxo sanguíneo. J. V. Warren e sua equipe

mediram as pressões nas artérias de algumas girafas de uma

reserva. Em uma posição determinada, quando a girafa está deitada, sua cabeça e seu coração estão no mesmo nível, e a

pressão arterial da carótida varia entre os valores de 180 e 240

mmHg e o ritmo cardíaco é 96/min. Quando o animal levanta a cabeça a pressão se mantém aproximadamente igual, mas a

freqüência cardíaca diminui. Na posição ereta e em movimento

normal, aumenta a freqüência cardíaca a cerca de 150/min, enquanto que a pressão arterial cai para 90 a 150 mmHg. O

galope eleva a freqüência cardíaca ao valor de 170/min e produz

uma variação da pressão arterial entre 80 e 200 mmHg. A pressão sistólica ao nível do coração da girafa varia entre 200 e 300

mmHg, enquanto que a diastólica varia entre 100 e 170 mmHg. O

valor médio da razão pressão sistólica/pressão diastólica é de 260/160. Esse valor, comparado com o valor médio de uma

pessoa - 120/80 classificaria a girafa como hipertensa. Entretanto,

essa hipertensão não se deve a problemas vasculares, mas é uma condição necessária para suprir o cérebro do animal com sangue

quando ele está ereto.

Mergulho subaquático O corpo humano é composto principalmente por

estruturas sólidas e líquidas, que são quase incompressíveis.

Por esse motivo, mudanças de pressão externa têm pequeno efeito sobre essas estruturas. No entanto, existem cavidades

contendo gás no corpo que, sob mudanças bruscas de

pressão, podem produzir fortes efeitos no indivíduo. O ouvido médio é uma cavidade de ar atrás do

tímpano, dentro da cabeça. Se a pressão nessa cavidade não

for igual à pressão no lado externo do tímpano, a pessoa pode sentir mal-estar. Ela pode evitar isso equalizando as

pressões através do bocejo, da mastigação ou da deglutição.

Quando uma pessoa mergulha na água, a equalização das pressões nos dois lados do tímpano pode

não ocorrer, e uma diferença de pressão de 120 mmHg pode

ocasionar sua ruptura. Uma maneira de equalizar essas pressões é

aumentar a pressão da boca, mantendo boca e nariz fechados

e forçando um pouco do ar dos pulmões para as trompas de

Eustáquio.

A pressão nos pulmões a qualquer profundidade

atingida num mergulho é maior que a pressão ao nível do mar. Isso significa que as pressões parciais dos componentes

do ar são também mais elevadas. O aumento da pressão

parcial do oxigênio faz que maior número de moléculas desse gás seja transferido para o sangue. Dependendo desse

acréscimo, pode ocorrer envenenamento por oxigênio. Um

possível efeito do envenenamento por oxigênio é a oxidação de enzimas dos pulmões, que pode provocar convulsões. Em

bebês prematuros, colocados em tendas de oxigênio puro, há

grandes riscos de se desenvolver cegueira devida ao bloqueio do desenvolvimento dos vasos sanguíneos dos

olhos.

Se for usado o ar nos tanques de mergulho, a altas pressões o nitrogênio se dissolve no sangue. Se o

mergulhador voltar rapidamente à superfície, o nitrogênio

dentro do sangue pode "ferver" formando bolhas. Isso pode provocar lesões graves nos ossos, levando até â necrose do

tecido ósseo. A razão dessa necrose são os infartos no

tecido, causados pelo bloqueio da circulação do sangue pelas bolhas. Por isso, a subida de um mergulhador deve ser

feita lentamente. Caso ocorra a formação de bolhas, um dos

efeitos sobre o mergulhador é a produção de cãibras. Nesse caso, o acidentado deve ser recolocado num ambiente à

pressão alta e ser lentamente descompressado.

Efeitos da altitude Ao subir uma montanha, uma pessoa pode sentir uma série de distúrbios, que se

tornam mais acentuados a partir dos 3 000 m. Os sintomas

mais comuns são dificuldade de respirar, taquicardias com freqüências cardíacas superiores a 100/min, mal-estar

generalizado, dores de cabeça, náusea, vômito, insônia etc.

Esses efeitos se devem essencialmente à diminuição da pressão atmosférica, o que é conseqüência da diminuição da

densidade do ar. Aos 5 000 m de altitude a pressão parcial

de O2 é aproximadamente a metade da pressão parcial ao

nível do mar. Ou seja, só existe metade da quantidade de O2

com relação ao nível do mar. Esse efeito é chamado

hipoxia, isto é, baixo fornecimento de O2, e é também

observado em balões dirigíveis em ascensão.

Qualitativamente, podem-se resumir as mudanças funcionais com a altitude, para um indivíduo saudável

normal e não treinado, da seguinte maneira:

- Abaixo de 3 000 m: não existem efeitos detectáveis no desempenho da respiração, e o nível cardíaco, em geral, não

se altera.

- Entre 3000 e 4600 m: região de "hipoxia compensada" em que aparece um pequeno aumento dos ritmos cardíaco e

respiratório, e uma pequena perda de eficiência na execução

de tarefas complexas. - Entre 4 600 e 6 100 m: mudanças dramáticas começam a

ocorrer. As freqüências respiratórias cardíaca aumentam

drasticamente; pode aparecer a perda de julgamento crítico e controle muscular, e também entorpecimento dos sentidos.

Estados emocionais podem variar desde a letargia até

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grandes excitações com euforia ou mesmo com alucinações. Esse

é o estado de "hipoxia manifesta".

- Entre 6 100 e 7 600 m: essa é a região de "hipoxia crítica". Os

sintomas são perda rápida controle neuromuscular, da consciência seguida de parada respiratória, e finalmente morte.

Esses vários sintomas foram verificados na ascensão do

balão "Zenith", a 15 de abril de 1875 a França, que chegou a atingir 8 600 m, causando a morte de dois dos três membros da

expedição.

Apesar de reservatórios de gás contendo 70% de oxigênio haver sido incluído no equipamento a hipoxia provocou a

redução do juízo crítico e do controle muscular de seus

tripulantes, Permitindo o uso do oxigênio quando isso se fez necessário.

O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA

MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL?

Significam uma medida de pressão calibrada em milímetros de

mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor, é

chamado de sistólico, e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O

segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico, e

corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração. Não existe uma

combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão

normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal. Contudo, medidas até 140

mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica,

podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de

ausculta a artéria braquial. O equipamento usado é o

esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.

TABELA DE VALORES MÉDIOS NORMAIS DE PRESSÃO

ARTERIAL

IDADE EM ANOS PRESSÃO ARTERIAL EM

mmhg

4 85/60

6 95/62

10 100/65

12 108/67

16 118/75

Adulto 120/80

Idoso 140-160/90-100

Variação da pressão atmosférica com a altitude:

A pressão atmosférica pode ser dada por: (Mecânica dos

Fluidos, Potter M. C., Wiggert D. C., Cap. 2, pp. 36-37, Editora Thomson).

0

0

; se 10

; se 10s

s

g R

atm

gz z

RT

s

T zp z km

Tp

p e z km

Onde:

= 0,0065K/m

T0 = 288 K

Na troposfera:

0( )T z T z

Na estratosfera, entre 11 e 20 km, a

temperatura é constante e aproximadamente -56,5°C.

R = 287 J/(kgK)

Ts: Temperatura na interface

troposfera-estratosfera.

A tabela a seguir ilustra alguns valores

da pressão, densidade e temperatura do ar em

algumas altitudes.

Tabela I – Valores das grandezas

físicas do ar com a altitude z.

z(m) T(K) P(kPa) (kg/m3) v(m/s)

0 288,2 101,3 1,225 340

500 258,4 95,43 1,167 338

1000 281,7 89,85 1,112 336

2000 275,2 79,48 1,007 333

4000 262,2 61,64 0,8194 325

6000 249,2 47,21 0,6602 316

8000 236,2 35,65 0,5258 308

10000 232,3 26,49 0,4136 300

12000 216,7 19,40 0,3119 295

14000 216,7 14,17 0,2278 295

16000 216,7 10,35 0,1665 295

18000 216,7 7,563 0,1213 295

20000 216,7 5,528 0,0889 295

30000 226,5 1,196 0,0184 302

4000 250,4 0,287 4,00.10-3

317

5000 270,7 0,0798 1,03.10-3

330

60000 255,8 0,0225 3,06.10-4

321

70000 219,7 0,00551 8,75.10-5

297

80000 180,7 0,00103 2,00.10-5

269

INTRODUÇÃO:

A medição de vazão de fluidos sempre

esteve presente na era da modernidade. Não

precisamos ir muito longe. O hidrômetro de

uma residência, o marcador de uma bomba de

combustível são exemplos comuns no dia-a-dia

das pessoas. Em muitos processos industriais,

ela é uma necessidade imperiosa, sem a qual

dificilmente poderiam ser controlados ou

operados de forma segura e eficiente.

A vazão é obtida através da variação de

velocidade média em duas secções de áreas

conhecidas com aplicação do Teorema de

Bernoulli.

Existem os coeficientes adimensionais Cq

característicos para cada diafragma e cada venturi.

TEORIA

A pressão no manômetro diferencial é dada

por:

hgp OHHg 2

212hhgp OHHg {1}

Equação da continuidade:

1 2 1 1 2 2m m V V

Para fluidos incompressíveis:

1 1 2 2v A v A {2}

Equação de Bernoulli: 2 2

1 21 1 2 2

2 2

v vp gy p gy

{3}

Substituindo {2} em {3}, a velocidade é

dada por:

2

2

2q

H O

pv c

Com:

2 4

1 1

2 2 4 4

1 2 1 2

q

A dc

A A d d

A vazão será:

1 1 2 2Q A v A v

Medidores de vazão

Na História, grandes nomes marcaram suas

contribuições. Provavelmente a primeira foi dada

por Leonardo da Vinci que, em 1502, observou que

a quantidade de água por unidade de tempo que

escoava em um rio era a mesma em qualquer parte,

independente da largura, profundidade, inclinação e

outros. Mas o desenvolvimento de dispositivos

práticos só foi possível com o surgimento da era

industrial e o trabalho de pesquisadores como

Bernoulli, Pitot e outros.

Existe uma variedade de tipos de medidores

de vazão, simples e sofisticados, para as mais

diversas aplicações. O tipo a usar sempre irá

depender do fluido, do seu estado físico (líquido ou

gás), das características de precisão e confiabilidade

desejadas e outros fatores.

Placa de Orifício ou Diafragma

É um dos meios mais usados para medição

de fluxos. Dados de entidades da área de

instrumentação mostram que, nos Estados Unidos,

cerca de 50% dos medidores de vazão usados pelas

indústrias são deste tipo. Certamente as razões para

tal participação devem ser as vantagens que

apresenta: simplicidade custa relativamente

baixa, ausência de partes móveis, pouca

manutenção, aplicação para muitos tipos de

fluido, instrumentação externa, etc.

Desvantagens também existem:

provoca considerável perda de carga no fluxo, a

faixa de medição é restrita, desgaste da placa,

etc.

Um arranjo comum é dado na Figura 1. A placa

(indicada em vermelho) provoca uma redução

da seção do fluxo e é montada entre dois anéis

que contêm furos para tomada de pressão em

cada lado. O conjunto é fixado entre flanges, o

que torna fácil sua instalação e manutenção.

A medição da diferença de pressão p1-

p2 pode ser feita por algo simples como um

manômetro U e uma tabela ou uma fórmula

pode ser usada para calcular a vazão. Ou pode

ser coisa mais sofisticada como transdutores

elétricos e o sinal processado por circuitos

analógicos ou digitais para indicação dos

valores de vazão.

Figura 1 – Placa de Orifício.

Tubo de Venturi

O chamado tubo de Venturi, em

homenagem ao seu inventor (G B Venturi,

1797).

Fenômenos de Transporte, Calor e Massa - FTCM - Roteiro Experimental - Relatório 3 Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori - EXPERIMENTO 3

Manometria e Vazão em Medidores: Placa de Orifício e Tubo de Venturi

7

Figura 2 – O tubo de Venturi

Figura 3 – Arranjos de alguns medidores.

O arranjo 2 é chamado bocal. Pode ser

considerado uma placa de orifício com entrada

suavizada. Em 3 um cone é o elemento redutor de

seção. No tipo joelho (4) a diferença de pressão se

deve à diferença de velocidade entre as veias interna

e externa. Há menor perda de carga no fluxo, mas o

diferencial de pressão é também menor.

Medidores de área variável (Rotâmetro)

Embora possa ser visto como um medidor

de pressão diferencial, o rotâmetro é um caso à parte

por sua construção especial. A Figura 4 dá um

arranjo típico.

Um tubo cônico vertical de material transparente

(vidro ou plástico) contém um flutuador que pode se

mover na vertical. Para evitar inclinação, o flutuador

tem um furo central pelo qual passa uma haste fixa.

A posição vertical y do flutuador é lida numa escala

graduada (na figura, está afastada por uma questão

de clareza. Em geral, é marcada no próprio vidro).

Figura 4 – Arranjos de um medidor de

área variável.

Se não há fluxo, o flutuador está na

posição inferior 0. Na existência de fluxo, o

flutuador sobe até uma posição tal que a força

para cima resultante da pressão do fluxo se

torna igual ao peso do mesmo.

Notar que, no equilíbrio, a pressão

vertical que atua no flutuador é constante, pois o

seu peso não varia. O que muda é a área da

seção do fluxo, ou seja, quanto maior a vazão,

maior a área necessária para resultar na mesma

pressão. Desde que a vazão pode ser lida

diretamente na escala, não há necessidade de

instrumentos auxiliares como os manômetros

dos tipos anteriores.

Medidores de deslocamento positivo Os medidores de deslocamento

positivo operam de forma contrária a bombas de

mesmo nome: enquanto nessas um movimento

rotativo ou oscilante produz um fluxo, neles o

fluxo produz um movimento.

A Figura 5 dá exemplo de um tipo de

lóbulos elípticos que são girados pelo fluxo.

Existem vários outros tipos aqui não

desenhados: disco oscilante, rotor com palhetas,

pistão rotativo, engrenagem, etc.

O movimento rotativo ou oscilante

pode acionar um mecanismo simples de

engrenagens e ponteiros ou dispositivos

eletrônicos nos mais sofisticados.

Em geral, não se destinam a medir a

vazão instantânea, mas sim o volume

acumulado durante um determinado período.

São mais adequados para fluidos viscosos como

óleos (exemplo: na alimentação de caldeiras

para controlar o consumo de óleo combustível).

Algumas vantagens são:

- adequados para fluidos viscosos, ao

contrário da maioria.

- baixo a médio custo de aquisição.

Algumas desvantagens:

- não apropriados para pequenas vazões.

- alta perda de carga devido à transformação

do fluxo em movimento.

- custo de manutenção relativamente alto.

- não toleram partículas em suspensão e

bolhas de gás afetam muito a precisão.

Figura 5 – Medidores de

deslocamento positivo.

Medidores do tipo turbina

O fluxo movimenta uma turbina cuja pás

são de material magnético. Um sensor capta os

pulsos, cuja freqüência é proporcional à velocidade

e, portanto, à vazão do fluido.

Os pulsos podem ser contados e totalizados por um

circuito e o resultado dado diretamente em unidades

de vazão.

Desde que não há relação quadrática como

nos de pressão diferencial, a faixa de operação é

mais ampla. A precisão é boa. Em geral, o tipo é

apropriado para líquidos de baixa viscosidade.

Existem outras construções como, por exemplo, os

hidrômetros que as companhias de água instalam nos

seus consumidores: a turbina aciona um mecanismo

tipo relógio e ponteiros ou dígitos indicam o valor

acumulado.

Figura 6 – Medidores do tipo turbina.

Medidores Eletromagnéticos

Os medidores eletromagnéticos têm a vantagem da virtual ausência de perda de pressão, mas só podem ser usados com líquidos condutores de eletricidade.

O princípio se baseia na na lei de Faraday,

isto é, uma corrente elétrica é induzida num

condutor se ele se move em um campo magnético ou

vice-versa.

Na figura 7, um tubo de material não

magnético contém duas bobinas que geram um

campo magnético B no seu interior. Dois eletrodos

são colocados em lados opostos do tubo e em

direção perpendicular ao campo. O fluido faz o

papel do condutor e a tensão V gerada tem

relação com a velocidade do fluxo e, portanto,

com a sua vazão.

Figura 7 – Medidores Eletromagnéticos

Medidores de Efeito Döppler

Esses medidores estão na categoria dos

ultra-sônicos pois usam ondas nesta faixa de

freqüências.

Só devem ser usados com fluidos que

tenham partículas em suspensão.

Um elemento transmissor emite ultra-

som de freqüência conhecida. As partículas em

suspensão no fluido refletem parte das ondas

emitidas. Desde que estão em movimento, o

efeito Döppler faz com que as ondas sejam

captadas pelo elemento receptor em freqüência

diferente da transmitida e a diferença será tanto

maior quanto maior a velocidade, ou seja, há

relação com a vazão do fluxo.

Figura 8 – Medidores de Efeito Döppler

Fenômenos de Transporte, Calor e Massa - FTCM - Roteiro Experimental - Relatório 3 Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori - EXPERIMENTO 3

Manometria e Vazão em Medidores: Placa de Orifício e Tubo de Venturi

9

Medidores de Coriolis

No arranjo da figura 9, o fluido passa por

um tubo em forma de U dotado de uma certa

flexibilidade. Um dispositivo magnético na

extremidade e não mostrado na figura faz o tubo

vibrar com pequena amplitude na sua freqüência

natural e na direção indicada.

O nome é dado devido ao efeito da

aceleração de Coriolis. Na época da elaboração

desta página, este fenômeno ainda não estava

inserido neste website e, por isso, não cabem mais

detalhes.

Mas o resultado é indicado na figura. A

aceleração de Coriolis provoca esforços em sentidos

contrários nas laterais do U, devido à oposição dos

sentidos do fluxo. E, visto de frente, o tubo é

deformado e isso pode ser captado por sensores

magnéticos.

A grande vantagem deste tipo é ser um

medidor de fluxo de massa e não de volume.

Assim, não há necessidade de

compensações para mudanças de condições de

temperatura e pressão.

Pode ser usado com uma ampla

variedade de fluidos. Desde tintas, adesivos até

líquidos criogênicos.

Figura 9 – Medidores de Coriolis

Tipo Utilização Faixa Perda de

pressão

Precisão

aprox %

Comprim

prévio diam

Sensib à

viscosid

Custo

relativo

Bocal Líquidos comuns. 4:1 Média ±1/±2 da

escala 10 a 30 Alta Médio

Coriolis Líquidos comuns, viscosos, alguma

suspensão. 10:1 Baixa

±0,4 da proporção

Não há Não há Alto

Deslocamento

positivo Líquidos viscosos sem suspensões. 10:1 Alta

±0,5 da

proporção Não há Baixa Médio

Eletromagnético Líquidos condutivos com suspensões 40:1 Não há ±0,5 da

proporção 5 Não há Alto

Joelho Líquidos comuns. Alguma suspensão. 3:1 Baixa ±5/±10 da

escala 30 Baixa Baixo

Placa de orifício Líquidos comuns. Alguma suspensão. 4:1 Média ±2/±4 da

escala 10 a 30 Alta Baixo

Rotâmetro Líquidos comuns. 10:1 Média ±1/±10 da

escala Nenhum Média Baixo

Tubo de Pitot Líquidos sem impurezas. 3:1 Muito baixa

±3/±5 da escala

20 a 30 Baixa Baixo

Tubo de Venturi Líquidos comuns. Alguma suspensão. 4:1 Baixa ±1 da escala 5 a 20 Alta Médio

Turbina Líquidos comuns. Pouca suspensão. 20:1 Alta ±0,25 da

proporção 5 a 10 Alta Alto

Ultra-sônico

(Doppler) Líquidos viscosos com suspensões. 10:1 Não há ±5 da escala 5 a 30 Não há Alto

Sistemas Mecânicos II - EXPERIMENTO II - Laboratório: Manometria

Dr. Cláudio S. Sartori Técnico: Fernando

Manômetros de coluna

Os Manômetros de coluna de líquido são

aparelhos básicos destinados a medir pressão ou vácuo

e servem também como padrões primários, isto é, são

utilizados como padrão para calibração de outros

aparelhos. De construção simples, conseqüentemente

apresentam baixo custo, além de apresentar vantagens

tais como: não requer manutenção, calibragem

especial e permite medições com grande precisão.

Atualmente tais instrumentos podem ser encontrados

em diferentes tipos de aplicação industrial que

passamos a descrever:

1 - Verificação de Vazamento: As Colunas

Manométricas servem para a verificação e controle de

vazamentos através de queda de pressão em testes de

câmaras de pressão em peças, teste de purificador de

ar etc.

2 - Determinação de Velocidade de Fluxo de

Ar: As Colunas Manométricas servem para determinar

o fluxo de ar em tubulações através da medição da

pressão diferencial em testes de aparelhos de

movimentação de ar, testes de carburadores, testes de

coletores de poeira e também servem para medir o

nível de interface de líquidos, quando estes estão

armazenados sob um outro líquido por questão de

segurança ou outras razões quaisquer.

3 - Medição de Nível de Líquidos

Armazenados: As Colunas Manométricas também

podem ser utilizadas para medir nível de líquidos

armazenados em tanques através do registro da

pressão exercida sobre uma coluna de líquido

baseando-se no princípio do balanceamento

hidrostático.

DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS PARA

FAZER MEDIÇÕES COM COLUNAS

MANOMÉTRICAS No mundo contemporâneo, torna-se cada vez

mais necessária a medição e controle de determinados

parâmetros dos processos, com a finalidade de atender

aos mais variados tipos de especificações técnicas, por

este motivo a PRESSÃO pode ser considerada como

uma das mais importantes grandezas físicas que atua

nestes referidos processos. Por definição, Pressão é igual à relação entre a

Força uniformemente distribuída sobre a unidade de

área e atuando sobre ela; e um dos métodos mais

preciosos para medi-la consiste em equilibrar a coluna

de líquido, cujo peso específico é conhecido, com a

pressão aplicada. Para instrumentos com Coluna de Líquido, o princípio

da medição consiste no fato de que ao se aplicar a lei

D p= D h.. .g, a pressão "p" para ser medida deve ser

comparada com a altura "h" da coluna de líquido.

Figura 10 – Variação da altura.

Os Instrumentos que empregam tal

princípio são denominados "Manômetros de

Coluna" e a precisão da medição, com auxílio

de tais instrumentos, pode chegar até 0,3%.

Para se fazer medições com maior precisão é

necessário que sejam considerados vários

fatores, tais como: a - Temperatura: realizar cálculos de

correção se a temperatura de medição diferir da

temperatura de referência, pois a variação de

temperatura provoca mudanças na densidade do

líquido manométrico.

b - Aceleração da gravidade deve ser

considerada no local da medição com o seu

valor de referência.

c - Impurezas contidas no líquido

manométrico também provocam mudanças na

densidade, conseqüentemente causando erros de

leitura.

d - A influência da Tensão Superficial

e sua mudança causada por efeitos externos,

assim como a compressibilidade do líquido

manométrico deve ser considerada. A tensão superficial dos líquidos é

apresentada pela forma que apresentam nas

paredes do recipiente. Em tubos de diâmetro

pequeno a forma da superfície total do líquido

será curvada, sendo que, para os líquidos que

tiverem baixa tensão superficial, a superfície

terá a forma convexa em relação ao ar. Com a finalidade de minimizar

qualquer efeito de distorção no aumento da

capilaridade em tubos de diâmetros pequenos

estes devem possuir diâmetros constantes. As unidades de pressão mais usadas na

prática são:

a - Milímetros ou polegadas de

mercúrio ( mmHg ou "Hg )

b - Milímetros ou polegadas de coluna

d'água ( mmH2O ou "H2O )

c - Bar ou milibar ( bar ou mbar )

d - Libra (força) por polegada quadrada

(PSI ) A IOPE fornece escalas com as unidades de

pressão acima citadas e em diversos tamanhos

para atender a vários campos de leitura. Tais

escalas podem ser construídas de materiais tais

como: alumínio, aço inox, etc.., de acordo com a

aplicação do instrumento.

Flanges

Figura 10 – Flanges e tubos.

http://www.foxvalve.com/frameset-

venturi.html

Fox Venturi Flow

Control Products:

Cavitating Venturies

Fox Cavitating Venturies have been

used since 1961 to maintain stable, accurate,

repeatable flow rates in demanding applications

such as spacecraft, missiles, high energy lasers,

and extremely corrosive chemical processes

OBJETIVO:

Determinar a vazão Q de um fluido

(água) em tubulação de diâmetro D = 1,5”.

Sistemas de Unidades:

M.Kg.S: 1 [ Pa ] = 1 [ N / m2 ] onde : 1

[ N ] = [ 1 Kg * m / s2 ]

C. G. S. : 1 [ ba ] = 1 [ din / cm2 ]

M.Kgf.S. : 1 [ Kgf / m2 ]

Outras unidades :

1 atmosfera normal ( 1 atN ) = 760 mm de Hg =

1,033 Kgf / cm2 = 1 atmosfera física.

1 atmosfera técnica ( 1 atT ) = 736 mm de

Hg = 1,0 Kgf / cm2 = 0,968 atN = 10 m.c.a.

1 Kpa = 1000 Pa e 1 Mpa = 1000000 Pa

1 ” = 2,54 cm 1 ’ = 1 pé = 12 ”

1 jarda = 1 jd = 3 pé = 3 ’

1 jd = 91,44 cm 1 pé = 30,48 cm

1 libra = 1 lb = 0,45359 Kg

1 litro = 1l = 10-3

m3

DADOS:

332

3101m

kg

cm

g

OH ;

33

310.6,136,13m

kg

cm

g

Hg ; 28,9s

mg

cq = 0,67 (Diafragma)

cq=1,067 (Venturi)

Am=0.45 A 4

2dA

d=1,5”

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

1. Módulo hidráulico.

2. Diafragma e Tubo de Venturi.

3. Manômetro Diferencial de Coluna de

Mercúrio.

CÁLCULOS

1. Encontre a área do tubo:

d = 1,5” d = m

4

2dA A m

2

2. Determine a área do medidor: Am =

0.45 A Am = m2

Sistemas Mecânicos II - EXPERIMENTO II - Laboratório: Manometria

Dr. Cláudio S. Sartori Técnico: Fernando

3. Determine a velocidade de cada medidor:

OH

q

pcv

2

2

4. Determine a Vazão Q: vAQ

5. Ache a vazão em massa e em Peso para a

máxima abertura em cada medidor.

mQ Q

g m gQ g Q Q Q

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1. Fechar todas as válvulas ou registros; ligar o

sistema moto - bomba;

abrir lenta e seqüencialmente os registros, no sentido

do fluxo do fluido.

2. Sangrar os manômetros, retirando da

tubulação as bolhas de ar que

poderão atrapalhar na realização das leituras.

3. Efetuar as leituras nos

manômetros diferenciais de mercúrio.

3.1 Tubo Liso

Med

ido

r Voltas Manômetro Diferencial de Hg

Pressão

h1 h2 h p v Q Q

Unid cm cm m Pa] m/s m3/s l3/s

Ven

turi

00

02

04

06

08

Dia

fra

gm

a 00

02

04

06

08

3.1 Tubo Rugoso

Med

ido

r Voltas Manômetro Diferencial de Hg

Pressão

h1 h2 h p v Q Q

Unid cm cm m Pa] m/s m3/s l3/s

Dia

fra

gm

a 00

02

04

06

08

4. Faça os gráficos ( h , v) e (h , Q).

5. Discuta qual o medidor mais eficiente.

BIBLIOGRAFIA:

1) Manual de medição de vazão - Gerard

Delmée.

2) Barbará : págs. 25 , 26 , 27 ; F/37 , F/38

, II , III , IV , VII , VIII.

3) F. Bras. : AT-2, AT-3, AT-4, AT-5,

AT-18 e AT-20.

4) Bastos : págs. 395, 396, 397, 398, 415,

416, 417, 425, 426, 427,

5) Tabelas de conversão.

6) Tabelas do PRO - TEC ( Projetista de

Máquinas ).

7) http://myspace.eng.br/eng/fluidos

CONCLUSÕES:

Texto - O Método dos Filtros

Phasis®.

O Método Phasis® é composto por quatro

filtros, projetados para retirar respectivamente

15, 30, 65 a 95 por cento da nicotina e alcatrão

da fumaça dos cigarros.

Ao seguir o método, o fumante

reduz progressivamente o seu grau de

dependência química da nicotina, enquanto se

acostuma com a idéia de deixar de fumar.

Quando atinge a última fase, sua

dependência de nicotina está bem mais baixa, o

que facilita o abandono do cigarro e diminui as

chances de recaída.

Estudos médicos sugerem usar cada filtro

durante uma semana. Pode-se, entretanto,

aumentar este prazo no caso de fumantes com

elevado consumo

de cigarros ou que já fumam há muito tempo.

O sistema Phasis® é baseado no tubo

Venturi, criado em 1791 pelo físico G.B.

Venturi, para medida a controle de substâncias

gasosas.

Na primeira parte do filtro, a fumaça é

acelerada a uma velocidade de até 300 km/h

(A). A fumaça choca-se, então, com uma

barreira (B). Através do choque e da queda da

temperatura, as partículas de nicotina a alcatrão

condensam-se e acumulam-se no eixo do filtro

(C). Na fumaça permanecem apenas as

partículas aromáticas leves, de temperatura de

condensação menor (D). A fumaça inalada

mantém o sabor, mas se torna mais pobre em

nicotina e alcatrão (E).