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Page 1: Fenologia e Biologia Reprodutiva do Pau-brasil ... · Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica. Fenologia e Biologia Reprodutiva do Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam., Leguminosae–Caesalpinioideae)

Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica.

Fenologia e Biologia Reprodutiva do Pau-brasil (Caesalpinia

echinata Lam., Leguminosae–Caesalpinioideae)

LAÍS ANGÉLICA DE ANDRADE PINHEIRO BORGES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO MELLISSA SOUSA SOBRINHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ARIADNA VALENTINA LOPES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

[email protected]

O pau-brasil (Caesalpinia echinata) é uma Leguminosae arbórea nativa da Mata Atlântica brasileira e de grande valor histórico e econômico para o país. A espécie foi intensamente explorada desde o início da colonização, encontrando-se atualmente em perigo de extinção. O objetivo desse trabalho foi investigar a fenologia e a biologia reprodutiva da espécie, analisando seus atributos e visitantes florais e seu sistema reprodutivo, conhecimentos essenciais para sua conservação. O estudo teve início em agosto de 2004, na Estação Ecológica do Tapacurá-Pernambuco, local de ocorrência natural do pau-brasil. A espécie apresenta floração anual em massa (dezembro a abril), havendo forte influência da precipitação pluviométrica no desencadeamento da mesma. A frutificação ocorre de janeiro a maio. O número de flores por inflorescência é variável (32,71±12,81; 8-69). As flores são melitófilas, amarelas, com uma pétala estandarte com mácula vermelha. A antese é diurna, iniciando-se por volta das cinco horas da manhã, com duração de um dia. As anteras apresentam abertura seqüencial, iniciada a partir dos estames superiores. A concentração de açúcares e o volume do néctar foram, em média, 35,5±8,9% e 3,0±1,0µL, respectivamente. A principal região relacionada à emissão de odor são as sépalas. A viabilidade polínica foi de 95,9±4,8%. Os polinizadores efetivos da espécie são abelhas médias e grandes, sendo observadas três espécies de Xylocopa, duas de Centris e Apis mellifera (Apidae). Uma espécie de borboleta (Proteides mercurius - Pyrginae) foi considerada polinizadora ocasional devido à baixa freqüência de visitas, porém com comportamento adequado à polinização. Como pilhadoras de néctar foram observadas duas espécies de abelha do gênero Trigona e uma outra espécie de borboleta (Panoquina sp. - Hesperiinae) e como pilhadoras de pólen Trigona spp., Frieseomelitta doederleini (Apidae), Augochlora sp. e Pseudaugochlora aff. graminea (Halictidae). Os resultados preliminares dos experimentos de polinização manual indicam que C. echinata é uma espécie com forte mecanismo de auto-incompatibilidade.

Apoio: CAPES, CNPq, CI-Brasil, CEPAN e FAPESP