feminismo e feminismo negro

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feminismos e Ação Educativa Bianca Santana feminismo negro 13 de maio de 2017

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Page 1: Feminismo e feminismo negro

feminismos e

Ação Educativa

Bianca Santana

feminismo negro

13 de maio de 2017

Page 2: Feminismo e feminismo negro

- seu nome;- de onde vem;- o que é

feminismoem uma hashtag!

Page 3: Feminismo e feminismo negro

“Feminismo

é um movimento para por fim ao sexismo, à exploração machista e à opressão.” bell hooks <3

Page 4: Feminismo e feminismo negro

“Feminismo é um movimento social e político que se iniciou formalmente em fins do séc. XVIII e que supõe a tomada de consciência das mulheres como grupo coletivo ou humano, da opressão, da dominação e exploração a que foram e são objeto por parte do coletivo de homens no seio do patriarcado sob suas distintas fases históricas de modos de produção, o que move a ação para a liberação de seu sexo com todas as transformações da sociedade que aquela requer.”

Victória Sau, Dicionário Ideológico Feminista

Page 5: Feminismo e feminismo negro

(...)na primeira fase do desenvolvimento capitalista, as mulheres

(...) foram as defensoras mais aguerridas

das culturas comunais ameaçadas pela colonização europeia.

No Peru, quando os conquistadores passaram a ter o controle

dos povos, as

mulheres escaparam para as montanhas, onde recriaram modos

de vida coletivos que

sobrevivem até hoje. Não é surpreendente que os ataques mais

violentos contra as mulheres na história mundial tenham sido

realizados nos séculos XVI e XVII: a perseguição das mulheres

consideradas bruxas.”

FERERICI, Silvia. O feminismo e as políticas do comumem uma

era de acumulação primitiva. SOF, 2014

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Page 7: Feminismo e feminismo negro

“O pensamento feminista e a expressão mais contemporânea do feminismo como movimento social constituem um fenômeno histórico complexo, com múltiplas correntes e que não pode reduzir-se a manifestações uniformes.”

Mary Nash, em Mulheres no Mundo

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“A origem branca e ocidental do feminismo estabelece sua hegemonia na equação das diferenças de gênero e tem determinado que as mulheres não brancas epobres, de todas as partes do mundo, lutem para integrar em seu ideário asespecificidades raciais, étnicas, culturais, religiosas e de classe social. Até onde as mulheres brancas avançaram nessas questões? .”Sueli Carneiro, em Enegrecer o Feminismo

Page 9: Feminismo e feminismo negro

“(....) segundo Lélia Gonzalez, apresentam

dois tipos de dificuldades para as mulheres negras: por um lado, a inclinação eurocentrista do feminismo

brasileiro constitui um eixo articulador a mais da democracia racial e do ideal de branqueamento, ao

omitir o caráter central da questão da raça nas hierarquias de gênero e ao universalizar os valores de

uma cultura particular (a ocidental) para o conjunto das mulheres, sem mediá-los na base da interação

entre brancos e não brancos; por outro lado, revela um distanciamento da realidade vivida pela mulher

negra ao negar ‘toda uma história feita de resistência e de lutas, em que essa

mulher tem sido protagonista graças à dinâmica de uma memória cultural ancestral (que nada tem a ver

com o eurocentrismo desse tipode feminismo)’ “

Page 10: Feminismo e feminismo negro

“Aqueles homens ali dizem que as mulheres precisam de ajuda para subir em carruagens, e devem ser carregadas para atravessar valas, e que merecem o melhor lugar onde quer que estejam. Ninguém jamais me ajudou a subir em carruagens, ou a saltar sobre poças de lama, e nunca me ofereceram melhor lugar algum! E não sou uma mulher?” trecho do famoso discurso Ain't I a woman?,

proferido em 1851 por Sojourner Truth

Page 11: Feminismo e feminismo negro

- movimento sufragista (liberal);- operário;- socialista;- abolicionista;- anarquista.

Kollontai: “ Estamos todas sozinhas, capitalistas e socialistas.”

as diferenças entre grupos e movimentos de mulheres não são de hoje.

Page 12: Feminismo e feminismo negro

Em 1972 Simone entra concretamente para a política feminista e sua famosa frase se espalha.

Page 13: Feminismo e feminismo negro

[TEXTÃO A SEGUIR]

Page 14: Feminismo e feminismo negro

“Não é fácil conversar sobre a questão de gênero. As pessoas se sentem desconfortáveis, às vezes até irritadas. Tanto os homens como as mulheres não gostam de falar sobre o assunto, contornam rapidamente o problema.Porque a ideia de mudar o status quo é sempre penosa.Algumas pessoas me perguntam:

‘Por que usar a palavra ‘feminista’?

Por que não dizer que você acredita nos direitoshumanos, ou algo parecido?’

Page 15: Feminismo e feminismo negro

“Porque seria desonesto. O feminismo faz,obviamente, parte dos direitos humanos de uma forma geral — mas escolher uma expressão vaga como ‘direitos humanos’

é negar a especificidade e particularidade do problema de gênero. Seria uma maneira de fingir

que as mulheres não foram excluídas ao longo dos séculos.

Seria negar que a questão de gênero tem como alvo as mulheres. (...) Por séculos, os seres humanos eram

divididos em dois grupos, um dos quais excluía e oprimia o outro. É no mínimo justo que a solução para

esse problema esteja no reconhecimento desse fato”

Page 16: Feminismo e feminismo negro

Na década de 1970, o movimento feminista se desenvolve em grandes correntes:

- feminismo liberal;- feminismo radical;- feminismo socialista,

e depois:- ecofeminismo;

- feminismo latinoamericano;- feminismo negro.

Não se afirma feminista, mas também não se opõe a ele: teoria queer.

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Page 18: Feminismo e feminismo negro
Page 19: Feminismo e feminismo negro

“ A ialodê reafirma e valoriza a presença e a ação das mulheres individual e

coletivamente nos espaços públicos, sua capacidade de liderança, de ação

política. Valoriza também as características individuais que oxum e nanã carreiam: a capacidade

de enfrentar ou contornar obstáculos, a negociação, a luta e sua força de vontade para realizar aquilo a que

se propõem e que outras mulheres negras e a população negra esperam que façam, contra as

variadas formas de violência, estereótipos e desqualificação que lhes são contrapostos.

Valorizando também a capacidade de realização, de criação do novo ou da modernização, como oxum

assinala, que inclui a preservação da tradição, atributo

de nanã (...)

Page 20: Feminismo e feminismo negro

“ (...) Não se trata de contrapor ao mito de fundação patriarcal outro que simbolize seu oposto radical, quer dizer, que reitere essencialismos e estereótipos com sinais trocados. Ao propor uma interpretação a partir e através das ialodês, o que pretendo émostrar o caráter contingente do relato patriarcal e racista, naturalizado e reiterado nas historiografias da cultura, do anti-racismo

e do feminismo. E, principalmente, recolocar o lugar das mulheres negras e o impacto de sua atuação para a constituição da diáspora negra. Como também para as disputas ainda em desenvolvimento, que podem ser capazes de impactar, inclusive, a cultura global.”

Jurema Werneck, em Mulheres Negras

Page 21: Feminismo e feminismo negro

“Se a sociedade patriarcal reduz a sexualidade feminia apenas à procriação, as deusas africanas são mães e amantes.”

Sueli Carneiro e Cristiane Cury, em O Poder Feminino no Culto aos Orixás

Page 22: Feminismo e feminismo negro

Obrigada!Bianca Santana