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VIVER EM EQUILÍBRIO Nº 79 REVISTA OFICIAL JORGE NUNO PINTO DA COSTA CONTA COMO DIZ NÃO À DIABETES Feliz e saudável no verão RAZÕES PARA ANDAR DE BICICLETA 10 RECEITAS DE BEBIDAS REFRESCANTES, OS GELADOS MAIS INDICADOS E O CONTROLO DA DIABETES NO TEMPO QUENTE GUIA PARA CONTAGEM DE HIDRATOS DE CARBONO COMO PREPARAR UM BOM PEQUENO–ALMOÇO MENOPAUSA E DIABETES

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VIVER EM EQUILÍBRIO

Nº 79

REVISTA OFICIAL

JORGE NUNO PINTO DA COSTA CONTA COMO DIZ NÃO À DIABETES

Feliz e saudável

no verão

RAZÕES PARA ANDAR DE BICICLETA

10

RECEITAS DE BEBIDAS REFRESCANTES, OS GELADOS MAIS INDICADOS E O CONTROLO DA DIABETES NO TEMPO QUENTE

GUIA PARA CONTAGEM DE HIDRATOS DE CARBONO

COMO PREPARAR UM BOM PEQUENO–ALMOÇO

MENOPAUSA E DIABETES

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Diabetes 3

Mensagem do Presidente

Os últimos meses deste ano foram fartos em acontecimentos em que a

APDP teve um papel central. Outra coisa não seria de esperar quando a Associação acaba de completar em Maio 90 anos, quase um centenário em que assumiu um papel fundamental na defesa das pessoas com diabetes e uma intervenção inovadora nos cuidados de saúde, em particular, na área dos cuidados às pessoas com diabetes. De acordo com o espírito do seu fundador Ernesto Roma e de quem o seguiu, Manuel Sá Marques, a APDP tornou-se um exemplo de cuidados que a tornaram um modelo nacional e internacional. Para além das pessoas aqui assistidas ao longo de décadas, a APDP foi uma escola de formação de técnicos de saúde, técnicos esses que hoje desenvolvem as suas capacidades em todos os cantos do nosso país, nos cuidados locais de saúde.

Enumero as manifestações mais marcantes até esta data, pois outras se seguirão ainda.

Aquando do Dia Mundial da Saúde, este ano dedicado à diabetes, a APDP esteve na Assembleia da

República, cabendo-lhe o papel central nas manifestações alusivas ao tema. A presença do Ministro da Saúde e do Comissário Europeu da Saúde deu à cerimónia uma solenidade especial condizente com a importância da temática.

A visita do Comissário Europeu da Saúde acompanhado pelo Ministro da Saúde a que se associou a Inauguração do Museu da Diabetes foi também outro dos momentos altos das comemorações.

A par destes acontecimentos, talvez o mais relevante tenha sido a visita do Presidente da República de Portugal, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Com um discurso muito significativo e sentido, recordou a visita de seu pai, o então Ministro da Saúde e Assistência, Baltazar Rebelo de Sousa, no ano de 1972, e a vontade do mesmo em resolver uma das muitas situações críticas em que a APDP se encontrava. No final da sua intervenção comprometeu-se com a atribuição da Medalha de Mérito da República à APDP após o que se seguiu uma demorada e interessada visita às instalações. A Associação continua a fazer história!

No final da sua

intervenção [o Prof.

Marcelo Rebelo de

Sousa] comprometeu-

se com a atribuição

da Medalha de Mérito

da República à APDP

após o que se seguiu

uma demorada e

interessada visita

às instalações.

Associação continua a fazer históriaAPDPPOR LUÍS GARDETE CORREIAPRESIDENTE DA APDP

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Índice de conteúdos

4 Diabetes

PÁG.

14ATUALIDADE Notícias sobre diabetes relacionadas com bem-estar, nutrição e exercício.

CULINÁRIA Receitas frescas e saudáveis.

PÁG.

32

PEQUENO-ALMOÇO Dicas e exemplos práticos.

PÁG.

24

DIABETES - VIVER EM EQUILÍBRIO

DIRETOR Luís Gardete Correia

EDITOR Pedro Matos

EDIÇÃO E PUBLICIDADEGoody S.A.

CONSELHO CIENTÍFICO Luís Gardete Correia, João Filipe Raposo, João Nunes Corrêa, José Manuel Boavida, Pedro Matos, João Nabais, Ana Mesquita, Lurdes Serrabulho

SECRETÁRIA DE REDAÇÃOCarla TrincheirasTel: 213 816 112 | Fax: 213 859 [email protected]

PROPRIEDADE APDP – Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal

PERIODICIDADE Trimestral

EDIÇÃOGOODY S.A.Avenida Infante D. Henrique, Nº 306, Lote 6, R/C 1950-421 LisboaTel: 218 621 530

CONSELHO DE ADMNISTRAÇÃOPRESIDENTE Rui Manuel Rodrigues de Almeida Fonseca

ADMINISTRADOR-DELEGADO Christophe André Gerard Lagoutte

VOGAL Pedro Miguel Madail de Matos

DIRETOR GERAL António Nunes

ASSESSOR DA DIREÇÃO GERAL Fernando Vasconcelos

DIRETORA PUBLICAÇÕES SAÚDE Violante Assude [email protected]

REDATORA PRINCIPAL Ana Margarida [email protected]

DIRETOR DE PRODUÇÃOPaulo Oliveira

PRODUTOR GRÁFICO António Galveia

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Carlos Nunes

FOTOGRAFIA António Pinto, L. Ribeiro, Mafalda Melo, Pedro Vilela, Ricardo Polónio

BANCO DE IMAGENS Dreamstime, Getty Images

DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃOJoana Carvalho

PUBLICIDADEGOODY S.A.ACCOUNT Fátima EirasTel: 218 621 491 | Fax: 218 621 495 [email protected]

TIRAGEM 22.000 exemplares

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A.Rua Consiglieri Pedroso 90Queluz de Baixo2730-053 Barcarena

DISTRIBUIÇÃO Urbanos Press

INSCRIÇÃO NA ERC 101391

DEPÓSITO LEGAL 101662/96ISSN 0873-45DX

DIREÇÃOPRESIDENTELuís Gardete Correia

DIRETOR CLÍNICOJoão Filipe Raposo

TESOUREIROLuís Nunes Coimbra Nazaré

VOGAISJosé Valente Nabais e Maria de Fátima Pinheiro Nogueira

SECRETARIADOCarla Trincheiras, Cristina Silva e Sónia Silva

SEDE SOCIAL Rua do Salitre, 118-1201250-203 LisboaTel: 213 816 100 | Fax: 213 859 371

[email protected] www.apdp.pt

CONTRIBUINTE N.º 500 851 875

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Índice de conteúdos

Diabetes 5

APRENDA A COMER BEM

24 PEQUENO-ALMOÇO Benefícios e exemplos práticos

28 BEBIDAS DE VERÃO Opções saudáveis

31 CONHEÇA E COMPARE Gelados

32 CULINÁRIA Receitas de verão

40 FRUTAS DA ÉPOCA Figos

VIVER BEM A DIABETES

44 DIABETES E CALOR Conselhos e estratégias

52 CONTAR HIDRATOS DE CARBONO Orientações e truques

58 CONSULTÓRIO Perguntas dos leitores

61 EXERCÍCIO 10 Razões para andar de bicicleta

62 ENTREVISTA Jorge Nuno Pinto da Costa

A SUA APDP

70 ACONTECE NA APDP Notícias

76 CRÓNICA Por Cunha Rodrigues

78 AGENDA Eventos e atividades

80 NÚCLEO JOVEM Notícias

81 DIABÉTICO ILUSTRE Aretha Franklin

CUIDADOS A TER COM O CALOR

Conselhos para gerir bem a diabetes no verão.

PÁG.

44

ENTREVISTA Jorge Nuno Pinto da Costa conta-nos como gere a sua saúde.

PÁG.

62

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NO ANIVERSÁRIO DA APDPSessão comemorativa dos 90 anos.

PÁG.

70

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Há uns números atrás fiz referência aos dados que têm vindo a ser publicados sobre novos

tratamentos para a diabetes. Depois de anos focados na eficácia no controlo glicémico, o paradigma da segurança cardiovascular e também de eventuais eventos adversos noutros sistemas, como fracturas e neoplasias, passou a ser a principal preocupação da comunidade científica. E se os primeiros resultados foram tranquilizadores em termos de segurança, os mais recentes abrem perspectivas animadoras em termos de potencial protecção cardiovascular, sem impacto negativo aparente noutros territórios. Com esta informação, estão criadas as condições para um tratamento mais racional, melhores opções para terapêutica combinada, utilização menos complexa para a maioria dos clínicos e menos incómoda para os doentes. O melhor de dois mundos.

O problema que se abre com este “mundo quase perfeito” tem sido muitas vezes abordado nas páginas da nossa revista e foi muito bem explicado pelo Prof. João Raposo, director clínico da APDP, no número especial da comemoração dos 90 anos. O problema são os custos e de como o sistema nacional de saúde terá capacidade para enquadrar a evolução científica e o eventual benefício destes novos tratamentos na prática clínica, com a necessária sustentabilidade.

Sabemos todos que a diabetes é uma doença multifactorial, multisistémica,

por uns vista como metabólica, por outros como vascular, ou ainda como inflamatória ou comportamental. Será um pouco disto tudo. Mas esta forma de olhar para a diabetes serve como base para dizer que é preciso ir mais longe no tratamento da diabetes. Para além do controlo glicémico, importante para mitigar o risco de complicações microvasculares, sabemos que o controlo da pressão arterial e colesterol é essencial para reduzir os eventos cardiovasculares. Mais custos para o sistema. Temos, no entanto, que investir noutras formas de intervenção não farmacológicas, como a educação terapêutica, a actividade física regular, o controlo do peso. Mudar filosofias de vida, ensinar as pessoas sem diabetes mas com factores de risco para tal a mudar comportamentos. Pessoas já com diabetes a melhorar o controlo, a aprender a viver bem com a sua doença. E para isso, é preciso evitar as complicações, que têm impacto fortemente negativo sobre a esperança e qualidade de vida. Portanto, é imperioso encontrar um equilíbrio. Entre o acesso às inovações farmacológicas, a utilização adequada das mesmas, para os indivíduos que mais delas podem beneficiar. E uma estratégia de prevenção e intervenção não farmacológica para as pessoas que estão numa fase mais precoce, com menos manifestações tardias e menor duração de diabetes. Continuar a estar ao lado dos nossos doentes, num sistema sustentável.

Por opção do autor, este texto não está conforme as normas do Acordo Ortográfico.

Tratar a diabetes num sistema sustentávelAPDPPOR PEDRO MATOS EDITOR

O problema são

os custos e de

como o sistema

nacional de saúde

terá capacidade

para enquadrar a

evolução científica

e o eventual

benefício destes

novos tratamentos

na prática clínica,

com a necessária

sustentabilidade.

Editorial

6 Diabetes

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Diabetes 9

Correio do leitor

«Sinto-me muito seguro e tranquilo. Além disso, a organização do atendimento e de outros serviços e excelente. Sendo seguido regularmente na APDP.» Silvio Milagre

«Tive a sorte de ter sido encaminhado para a APDP quando descobri que era diabético. As consultas de diabetes pelos profissionais daquela instituição, onde se incluem consultas de nutrição, são a melhor forma que encontro para conseguir manter controlados os níveis de glicémia.» Paulo Oliveira

«Foi muito importante começar a ser seguida na APDP, porque há muito tempo que tinha os níveis de glicemia irregulares. Agora, como fiz o diagnóstico e fui medicada, tenho finalmente os meus valores controlados.»Dália Marques

MUDAR A ALIMENTAÇÃO “A diabetes é uma doença nutricional.”

Foi graças à APDP que melhorei e dominei a diabetes. Controlo intensivamente a glicemia. A diabetes é uma doença nutricional. Mudei a minha alimentação. Não como carnes, nem vermelhas, nem brancas, farinhas, açúcares, leite, evito hidratos de carbono como arroz refinado ou

batatas. Digo não às frituras e aos bolos. A alimentação é à base de peixe, legumes, hortaliças, ovos, azeite (1 colher para temperar), chá verde, frutas, frutas secas (30 gr), 1 copo de vinho tinto ao almoço e ao jantar. Tomo selénio e zinco, entre outros suplementos.

MANUEL DE PAIVA E SOUSA, 75 ANOS, TEM DIABETES TIPO 2

Mudei a minha alimentação. Não como

carnes, nem vermelhas, nem brancas,

farinhas, açúcares, leite, evito hidratos

de carbono, como arroz refinado ou batatas.

QUAL O PAPEL DA APDP NA GESTÃO DA SUA DOENÇA?

QUANDO VIAJA DE AVIÃO, QUAIS OS

CUIDADOS QUE TEM COM A SUA DIABETES?

PARTICIPE E PARTILHE A SUA OPINIÃO:Envie-nos o seu testemunho ou resposta, com o seu nome completo, para o e-mail [email protected], ou por correio para a morada: Av. Infante D. Henrique n.º 306, Lote 6, R/C – 1950-421 Lisboa.

A APDP reserva-se o direito de cortar e editar as cartas recebidas.

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10 Diabetes

As pessoas com diabetes tipo 2 que controlam de forma intensiva os níveis de glucose no sangue, ao fim de quatro anos de uma vigilância, reduzem para metade o risco de retinopatia diabética, uma das principais complicações crónicas da diabetes. A conclusão é de um estudo conduzido pelo National Eye Institute, nos Estados Unidos, recentementemente apresentado na 76ª Sessão Científica da Associação Americana de Diabetes.

CONTROLO DA GLICEMIA RISCO DE RETINOPATIA REDUZ-SE PARA METADE

5%Estima-se que em 2002, a retinopatia

representou 5% da cegueira no mundo, representando quase 5 milhões de casos

de cegueira por diabetes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Atualidade DIABETES

A retinopatia é uma das

complicações crónicas da diabetes.

A RETINOPATIA REPRESENTOU QUASE 5 MILHÕES DE CASOS

DE CEGUEIRA POR DIABETES EM 2002,

SEGUNDO A OMS.ESTUDO SOBRE COGNIÇÃO E PÉ

DIABÉTICOInvestigadores alertam que as pessoas com

úlceras causadas por pé diabético têm resultados

menos favoráveis em testes

cognitivos do que os seus pares com diabetes,

por exemplo, ao nível de memória, tempo de reação, testes de atenção e psicomotores,

refere um estudo publicado na

revista científica Diabetes Care.

TEXTO ANA MARGARIDA MARQUES

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É uma doença que, se não for tratada, pode conduzir a problemas como a cegueira e a morte por doença cardiovascular.

O Valdemar faz parte dos cerca de 1 milhão de portugueses que sofrem desta doença.

É por eles – e pelo seu futuro – que existimos. Junte-se a esta causa.

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A D I A B E T E S É M A I S D O Q U E U M P R O B L E M A D E A Ç Ú C A R N O S A N G U E .

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12 Diabetes

Atualidade DIABETES

PROJETO-PILOTO SURGE DA NECESSIDADE DE DAR RESPOSTAS DIRIGIDAS A PESSOAS COM DIABETES

TIPO 2 QUE DEPENDEM DE BANCOS ALIMENTARES.

ALERTA!As pessoas com diabetes tipo 2 que controlam eficazmente os níveis de açúcar

no sangue, ao fim de quatro anos

de uma vigilância intensiva,

reduzem para metade o risco de retinopatia

diabética. A conclusão é de um estudo conduzido

pelo National Eye Institute, nos Estados Unidos,

apresentado na 76ª Sessão Científica da Associação

Americana de Diabetes.

Alguns bancos alimentares americanos estão a promover opções mais saudáveis, como produtos frescos e pescado, para ajudar as pessoas a controlar a sua diabetes e a melhorar a sua dieta. Segundo o New York Times, está a decorrer um projeto-piloto, em vários pontos dos Estados Unidos, que promove, junto das pessoas que recorrem a bancos alimentares, este tipo de alimentos, bem como testes de glicemia. No âmbito do mesmo projeto, as pessoas que apresentam níveis elevados de glicemia têm a oportunidade de aceder a um programa

de ensino para comer de forma mais saudável e melhor gerir a sua condição. O projeto surge da necessidade de dar respostas dirigidas a pessoas com diabetes tipo 2 que dependem de bancos alimentares, facto relacionado com o crescente aumento de casos da doença um pouco por todo o mundo, associados aos estilos de vida menos saudáveis.

BANCOS ALIMENTARES OFERECEM OPÇÕES MAIS SAUDÁVEIS CONTRIBUINDO PARA A LUTA CONTRA A DIABETES

O número de passos diários poderá estar relacionado com sinais precoces de aterosclerose (resulta da acumulação de substâncias gordas nas paredes internas das artérias) e de risco cardiovascular, segundo um estudo publicado na revista científica Diabetes Care. Ao aperceber-se que muitas crianças com diabetes apresentam níveis reduzidos de atividade física, uma equipa de investigação da Austrália estudou o impacto da falta de atividade física na saúde vascular. No estudo internacional participaram 90 crianças com diabetes tipo 1; das quais 88 usou um dispositivo para medir os níveis de atividade quase 24 horas por dia. Segundo os autores, os resultados enfatizam a importância de as equipas de saúde incluirem conselhos sobre os benefícios da atividade física na rotina das crianças com diabetes tipo 1.

ATEROSCLEROSE E DIABETES NA INFÂNCIA

Atividade física

é essencial na

diabetes tipo 1.

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Diabetes 13

DIABETES Atualidade

UMA EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO

ESTABELECEU UMA ASSOCIAÇÃO ENTRE

STRESS, INFLAMAÇÃO E DIABETES TIPO 2.

Redução de hipoglicemias

através de programas com

componente online

Investigadores holandeses

constataram que as pessoas com diabetes tipo 1

ou tipo 2 tiveram uma redução de 37% em

episódios graves de hipoglicemia,

seis meses depois de participarem

num programa de treino com uma variante online, em comparação com um grupo que recebeu os cuidados

habituais. Os resultados foram

baseados em 135 pessoas

com diabetes, apresentados na 76ª Sessão Científica da Associação

Americana de Diabetes.

37%

As pessoas com diabetes, depressão e hipertensão muitas vezes recebem um tratamento significativamente diferente para as suas condições clínicas, dependendo do local onde vivem, refere um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Os investigadores avaliaram os registos de um programa que envolve 250 milhões de pessoas em quatro países e apurou que 10% dos pacientes com diabetes, 11% das pessoas com depressão e 24% daqueles com hipertensão recebeu formas de tratamento que diferem de todas as outras pessoas cujos registos foram avaliados no estudo. As conclusões podem contribuir para melhorias no ensaio clínico e opções de tratamento eficazes.

TRATAMENTO DE DOENÇAS VARIA CONFORME A LOCALIZAÇÃO

Uma equipa de investigação estabeleceu uma associação entre stress, inflamação e diabetes tipo 2, que poderá estar relacionada com a capacidade do cérebro para controlar a ansiedade. Este controlo ocorre com funções executivas do cérebro e afeta decisões sobre a resolução de problemas, memória, raciocínio e planeamento. Segundo os investigadores, os adultos com dificuldades em autocontrolo são pois mais propensos a sofrer de diabetes tipo 2. O estudo aponta que o stresse e a ansiedade podem desencadear um processo metabólico que produz uma resposta pró-inflamatória, o que aumenta o risco de desenvolver diabetes. Os investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, publicaram as suas conclusões na revista on-line Psychoneuroendocrinology.

RISCO DE DIABETES TIPO 2 ASSOCIADO A ANSIEDADE

Estudo abre portas

para melhorias no

ensaio clínico e de

tratamento.

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14 Diabetes

A forma como comemos afeta profundamente a qualidade de

sono, refere um estudo. A

ingestão calórica e o peso corporal de um indivíduo

podem influenciar profundamente o tempo gasto em fases específicas

do sono. A conclusão é de uma equipa de

investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que analisou os padrões de sono

de 36 adultos saudáveis durante

duas noites consecutivas de

10 horas por noite num hospital universitário,

segundo a agência noticiosa IndoAsian News

Service.

Um novo estudo refere que o acidente vascular cerebral (AVC) "é uma doença de estilo de vida", e mais de 90% dos AVC podem ser evitados pelo controlo dos fatores de risco. Especialistas recomendam evitar dietas pouco saudáveis, o tabagismo, o consumo de álcool e a falta de exercício, de acordo com um relatório publicado na revista científica The Lancet Neurology.

Segundo os investigadores, a poluição do ar destacou-se como um importante fator de risco, sobretudo nos países em desenvolvimento, pelo que reduzir a exposição à poluição do ar deverá ser uma das principais prioridades nesses países, dizem os autores. O estudo envolveu uma análise à escala global, de 188 países, abrangendo o período de 1990-2013.

RELATÓRIO ABRANGE 188 PAÍSES AVC CONSIDERADA DOENÇA DE ESTILO DE VIDA

Estudo

internacional abrange período

de 1990-2013.

De acordo com os números do

mesmo relatório internacional, a

falta de exercício continua a ser

um dos fatores de risco para o AVC.

Dos AVC podem ser evitados pelo

controlo dos fatores de risco.

Dieta pouco saudável é considerada umdos principais fatores de risco para

o AVC, refere o mesmo relatório.

90%

Atualidade BEM-ESTAR

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16 Diabetes

Um estilo de vida muito sedentário e a quantidade de gordura corporal podem estar associados a condições de dor em crianças, que muitas vezes persistem mais tarde na vida e que podem tornar-se crónicas, de acordo com um estudo recente.Investigadores na Finlândia relacionam o comportamento sedentário, a falta de movimento e a composição de gordura corporal a um risco

aumentado de doença crónica, e sugere que uma melhoria da quantidade de atividade física pode reduzir o risco de problemas futuros com dor. O estudo encontra-se publicado no Journal of Pain, com base em dados de 439 crianças entre as idades de seis e oito anos. Os responsáveis avançam que os resultados da investigação podem ajudar no desenvolvimento de estratégias de prevenção da dor crónica.

COMBATE AO SEDENTARISMO ASSOCIADO A REDUÇÃO DE DOR CRÓNICA NA INFÂNCIA

Estudo abrangeu

439 crianças entre os seis

e os oito anos.

Uma equipa de investigação estudou o impacto na saúde dos horários de trabalho com longas horas e apurou que estas condições podem representar consequências graves sobretudo no caso do, sexo feminino. Números sugerem que as mulheres

que, em média, trabalham mais de 60 horas por semana enfrentam um risco três vezes maior de desenvolver artrite, diabetes, cancro e doenças cardíacas, alerta um relatório publicado no Journal of Occupational and Environmental Medicine.

RISCOS DE DOENÇAS CRÓNICAS ASSOCIADOS A HORÁRIOS DE TRABALHO DE LONGO HORAS

Risco é superior

nas mulheres

que trabalham

mais horas.

Atualidade BEM-ESTAR

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Diabetes 17

Investigadores suecos conduziram um estudo em que apuraram que os homens obesos ou com excesso de peso na adolescência apresentaram uma maior probabilidade de vir a desenvolver doença hepática mais tarde na sua vida, em comparação com aqueles que foram adolescentes com peso normal, de acordo com um estudo no Journal of Hepatology.

As crianças e os adolescentes que dormem pouco são duas vezes mais propensas a desenvolver problemas de excesso de peso ou de obesidade comparativamente com aquelas que dormem por um período equivalente às recomendações dos pediatras, de acordo com uma recente análise publicada na revista Obesity Research & Clinical Practice. Para apurar os resultados, uma equipa de investigadores chineses avaliou os dados de 35,540 jovens, com base em 13 estudos realizados nos Estados Unidos, na Austrália, no Canadá e na Europa, entre 2005 e 2013.

OBESIDADE AUMENTA RISCO DE DESENVOLVER DOENÇA HEPÁTICA NA IDADE ADULTA

DORMIR POUCO ESTÁ RELACIONADO COM EXCESSO DE PESO E OBESIDADE

ALERTA! Outro estudo publicado no

Reino Unido, na revista The New England Journal

of Medicine (NEJM) refere que o excesso de peso

e a obesidade na adolescência encontram-se intimamente

associados ao aumento da mortalidade

cardiovascular na idade adulta.

As pessoas com diabetes com enfarte de miocárdio

(ataque cardiaco) têm um risco 50% superior

de mortalidade, segundo um

estudo realizado no Reino Unido

com mais de 200 mil indivíduos, publicado no

Journal of Epidemiology

and Community Health. Os

especialistas alertam para a importância de

prevenir doenças cardíacas em

pacientes com diabetes.

OS HOMENS OBESOS OU COM EXCESSO DE

PESO NA ADOLESCÊNCIA APRESENTARAM UMA MAIOR

PROBABILIDADE DE VIR A TER DOENÇA HEPÁTICA.

Estudo envolveu 45

mil homens que fizeram treino

militar em 1969/70.

50%

BEM-ESTAR Atualidade

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18 Diabetes

Um estudo conduzido com pessoas com diabetes tipo 2 e excesso de peso ou obesidade, que receberam um plano de refeição bem estruturado, acompanhado de conselhos detalhados de como devem comer, apurou que os participantes tiveram uma redução significativa nos níveis de A1C e em termos de peso corporal, após 16 semanas de

orientação profissional, em comparação com o grupo de tratamento padrão. Os resultados foram apresentados na 76ª Sessão Científica da Associação Americana de Diabetes, com base numa amostra de 108 pessoas, com excesso de peso ou obesidade e com diabetes tipo 2, avança a United Press International.

CONTROLAR O PESO E A DIABETES TIPO 2 ESTUDO REFORÇA IMPORTÂNCIA DO PLANO ALIMENTAR

INVESTIGADORES ESTUDAM DIETA

QUE REDUZ RISCO DE DIABETES Comer uma

dieta à base em legumes, frutas

e grãos integrais, pode reduzir o

risco de diabetes tipo 2, sugere um estudo publicado

na revista PLOS Medicine.

Introduzir pequenas

alterações para reduzir a ingestão de alimentos de origem animal

foi também associado com um

menor risco de diabetes, referem

os autores. De fora devem

ficar também alimentos

como açúcares refinados

ou bebidas açucaradas, acreditam os especialistas.

O estudo incluiu dados de mais

de 200 mil americanos, através de

questionários sobre a sua dieta,

estilo de vida, história médica e

saúde atual.

Estudo incluiu a

participação de mais de uma

centena de pessoas.

Atualidade NUTRIÇÃO

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Diabetes 19

Com base na tradicional Roda dos Alimentos, existe agora a Roda da Alimentação Mediterrânica, que valoriza aspetos como a cultura, a tradição e o equilíbrio. O projeto, desenvolvido por uma equipa de investigadoras da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), é a mais recente “arma” lançada pela Direção Geral da Saúde para promover uma alimentação saudável junto do população, refere um comunicado. A roda reflete o prato e o convívio mediterrânico à volta da mesa e evidencia os alimentos mediterrânicos mais relacionados com o padrão português.

Os comentários dos pais podem afetar o peso futuro da criança, sobretudo no caso das meninas. A conclusão é de um estudo que alerta para que os pais sejam cautelosos sobre o que dizem às filhas sobre o seu peso. O estudo incluiu 501 mulheres, entre 20 e 35 anos, tendo sido questionadas sobre a sua imagem corporal e com que frequência os seus pais comentaran o seu peso quando eram meninas. O estudo encontra-se publicado na revista Eating & Weight Disorders.

RODA DA ALIMENTAÇÃO MEDITERRÂNICA

TOMA DE ÁCIDO FÓLICO REDUZ OBESIDADE INFANTIL

ESTUDO ANALISA IMPACTO DE INFLUÊNCIA PARENTAL

Disponíveis vídeos com

receitas saudáveis No âmbito do Dia Nacional e Europeu da Obesidade, foi lançado, pelo

PNPAS da DGS um conjunto de

curtos vídeos com receitas saudáveis, simples e práticas

que podem ser facilmente partilhadas. A

primeira receita foi um “pudim

de aveia e banana” em www.

facebook.com/direcaogeralsaude

Curso on-line sobre alimentação

saudável O Programa Nacional de

Promoção para a Alimentação

Saudável (PNPAS), da Direção Geral da Saúde (DGS). lançou um curso on-line gratuito. Um dos objetivos

é capacitar os cidadãos para

uma alimentação saudável. Mais informação em www.sns.gov.pt

As investigadoras apelam à: Preferência pela proveniência local dos alimentos

Uso de ervas aromáticas para dar mais sabor (e menos sal)

Gastronomia saudável e de técnicas culinárias sadias tradicionais (sopas, ensopados e caldeiradas)

Confeção através da partilha com família e amigos

Combate ao sedentarismo e mais atividades de lazer.

Estudo aponta para

mais benefícios do ácido fólico nas grávidas.

NUTRIÇÃO Atualidade

Já se sabe que as mulheres que ingerem ácido fólico antes da conceção e durante a gravidez têm uma redução da taxa de malformações do tubo neural no bebé. Agora um novo estudo refere que a sua toma durante a gravidez poderá também reduzir o risco de obesidade infantil, refere um estudo na revista JAMA Pediatrics, que teve uma amostra de 1.517 mães e de crianças seguidas até aos seis anos de idade.

Fotografia Nutrimento - Blog do PNPAS/DGS

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20 Diabetes

Os médicos que tratam doenças crónicas estão cada vez mais a apostar na prescrição de exercício físico e a encorajar os pacientes a «pensar na atividade física como sua nova medicação», refere a agência noticiosa The Associated Press, a propósito de um projeto de saúde local nos Estados Unidos. Segundo o artigo americano, profissionais de saúde da área dos cuidados primários, internistas e psicólogos, de um centro de saúde no bairro de Roxbury, em Boston, estão a prescrever exercício, através do acesso a um ginásio que oferece descontos aos utentes, incluindo aulas e programas específicos para crianças. O ginásio local, sem fins lucrativos, tem uma parceria com diversos prestadores de cuidados de saúde para ajudar os moradores com menos condições financeiras a realizar exercício de acordo com as recomendações dos médicos.

Investigadores americanos conduziram um estudo com 4.373 adultos que foram acompanhados ao longo de duas décadas, tendo apurado que aqueles com maior aptidão cardiorrespiratória tiveram um menor risco de pré-diabetes em desenvolvimento ou diabetes tipo 2, de acordo com um estudo realizado em Diabetologia.

MÉDICOS PRESCREVEM CADA VEZ MAIS EXERCÍCIO FÍSICO EM VEZ DE MEDICAÇÃO

BENEFÍCIOS DE EXERCÍCIO CARDIORRESPIRATÓRIOEM ESTUDO

CAMINHE!Cientistas estudaram

quantas calorias são gastas quando as pessoas estão sentadas, de pé ou a caminhar no dia-a-dia de trabalho num escritório. A conclusão é

que caminhar representa

uma diferença significativa no

gasto de energia de uma pessoa

que trabalha num escritório, refere

o Journal of Physical Activity

and Health.

Boa aptidão física promove saúde cardiovascular a longo prazo,

refere um estudo da revista Stroke.

Entre 20 mil adultos na faixa

dos 40 anos, aqueles com

bons níveis de aptidão física apresentaram

uma redução do risco de ter um

acidente vascular cerebral (AVC) depois dos 65 anos de idade.

INDIVÍDUOS COM MAIOR APTIDÃO

CARDIORRESPIRATÓRIA TIVERAM UM MENOR

RISCO DE PRÉ-DIABETES OU

DIABETES TIPO 2.

Saúde

cardiovascular

depende de boa

aptidão física

Estudo

acompanhou 4.373

adultos durante

duas décadas

Atualidade EXERCÍCIO

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00

08

/01

/20

15

Com Apoio

DIAGNÓSTICO PRECOCEFOCO NA DIABETES

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COMER BEMAprenda a

IMPORTÂNCIA DO PEQUENO-ALMOÇO

Conselhos práticos

BEBIDAS DE VERÃO Escolhas saudáveis

CONHEÇA E COMPARE Gelados

CULINÁRIA Sanduíche de frango, alface, tomate e pimentos Wrap de queijo creme e salmão fumado

Massa fussili com camarão e delícias do mar e mexilhão

Salada de milho com atum, cenoura e tomate

FRUTA DA ÉPOCA Figos

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Aprenda a comer bem

Importância do

pequeno-almoço

Opequeno-almoço é a primeira refeição diária, aquela que quebrará o jejum após o período de sono, tornando-

se essencial para fornecer ao organismo a energia e os nutrientes necessários ao começo de um novo dia.Não tomar o pequeno-almoço é, no fundo, prolongar esse período de jejum, provocando uma maior sensação de sonolência e fadiga,

e a um menor desempenho cognitivo e físico, principalmente no período da manhã. Além desses sintomas, muitas pessoas que “saltam” o pequeno-almoço tendem a sentir maior fome e apetite no decurso da manhã e ao almoço, compensando com a ingestão de maior quantidade de alimentos e/ou com alimentos mais calóricos e pouco ricos a nível nutricional.

24 Diabetes

LÚCIA NARCISONUTRICIONISTA

DA APDP

Torne o pequeno-almoço num hábito diário e fique com exemplos práticos para implementar escolhas saudáveis.

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Repõe os níveis de energia, após jejum noturno

Melhora o rendimento intelectual, a memória e a concentração

Está associado à manutenção de um peso adequado

Contribui para o convívio familiar

Contribui para uma distribuição alimentar e energética mais equilibrada ao longo do dia

Influencia positivamente o humor, pela reposição dos níveis de glicose no sangue

Promove a adoção de hábitos alimentares saudáveis

VANTAGENS DE TOMAR O PEQUENO- -ALMOÇO

Diabetes 25

Importância do pequeno-almoço

A Federação Internacional da Diabetes (IDF) recomenda:

Água, chá e café não açucarados

Pão integral ou de mistura de farinhas pouco refinadas

Cereais de pequeno-almoço pouco açucarados e ricos em fibra

Leite magro

Iogurte magro e sem adição de açúcar, ao qual se pode adicionar sementes, frutos secos ou fruta fresca

Queijo pouco gordo (1 porção pequena, por exemplo 1 fatia fina)

Fiambre de aves (1 porção pequena, por exemplo 1 fatia fina)

Ovo cozido ou escalfado sem adição de gordura

Fruta fresca (1 peça, por exemplo maçã, pera, laranja, pêssego)

Vegetais

Por oposição, a IDF desaconselha o consumo de:

Bebidas açucaradas

Pão branco e produtos de pastelaria (bolos, croissants)

Cereais de pequeno-almoço açucarados

Leite achocolatado

Iogurtes açucarados

Alimentos fritos

Sumos e batidos de fruta

Doce, geleia, mel e chocolate para barrar

Para que o pequeno-almoço contribua para uma

distribuição alimentar e calórica mais fracionada e

adequada ao longo do dia, deve provir desta refeição

entre 20% a 25% das necessidades energéticas diárias.

Para que o pequeno-almoço contribua para uma distribuição alimentar e calórica mais fracionada e adequada ao longo do dia, deve provir desta refeição entre 20% a 25% das necessidades energéticas diárias, incluindo vários nutrientes essenciais ao organismo, tais como: hidratos de carbono, gorduras (ou lípidos), proteína, fibra, vitaminas e minerais.Os hidratos de carbono tem como função fornecer energia ao organismo e se forem acompanhados de fibra permitem ainda que esse fornecimento energético seja realizado de forma mais gradual e constante, evitando picos de glicemia e aumentando a saciedade. Para além disso, a fibra ajuda na regularidade do trânsito

intestinal ao longo do dia. As gorduras (ou lípidos) também fornecem energia, e contribuem ainda para aumentar a saciedade conferida pelo pequeno-almoço; é importante que sejam gorduras insaturadas (por exemplo: azeite, sementes de linhaça, abacate e frutos secos), pois apresentam efeito protetor a nível cardiovascular. A proteína é importante tanto para aumentar a sensação de saciedade, como para fornecer ao organismo os materiais que necessita para construir e/ou manter os seus tecidos. As vitaminas e minerais são essenciais para que a energia possa ser adequadamente produzida, e tem um papel importante nas funções básicas do organismo.

ALIMENTOS PARA INCLUIR AO PEQUENO-ALMOÇO

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26 Diabetes

Aprenda a comer bem

FAÇA DO PEQUENO-ALMOÇO UM HÁBITO DIÁRIOÉ fundamental criar o hábito de reservar cinco minutos da nossa manhã para esta refeição. Quem não tem apetite ou não consegue comer logo após acordar, não deve forçar. Para contornar esta questão, a estratégia passa por ingerir algo leve de manhã, como um iogurte ou 1 copo de leite, e à medida que o organismo se for habituando, ir adicionando gradualmente os restantes componentes já referidos, até constituir uma refeição completa.

PEQUENOS-ALMOÇOSTRÊS EXEMPLOS PRÁTICOS E SAUDÁVEIS

1 Copo de leite meio gordo ou magro (250ml) + 1 pão de centeio (60g) com 1 colher de sobremesa

de manteiga magra ou creme vegetal + 1 maçã pequena

1

2

1 Iogurte magro e sem adição de açúcar + 6 colheres de sopa de aveia + 2 kiwis pequenos

3

1 Caneca de chá sem açúcar + 1 pão de sementes (90g) com queijo fresco + 1 laranja pequena

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28 Diabetes

ANA RAIMUNDO COSTA

NUTRICIONISTA DA APDP

bebidas de verão

Escolhas

saudáveis de

Viver bem a diabetes

Conheça as melhores e as mais deliciosas opções para se referescar no verão.

E mbora as necessidades hídricas variem consoante o sexo, a idade, o estado de

saúde e condições externas (como a alimentação, a temperatura ambiental e a actividade física), recomenda-se que uma pessoa adulta beba entre 1,5 a 2L de água por dia (6-8 copos de água).

No Verão, estas necessidades aumentam e sabe bem variar e incluir outras bebidas para além da água. Para tal, é importante que as pessoas com diabetes saibam fazer as escolhas mais acertadas para se refrescarem, evitando algumas opções menos saudáveis como os refrigerantes açucarados e bebidas alcoólicas.

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Diabetes 29

Escolhas saudáveis de bebidas de verão

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FICAM ALGUMAS SUGESTÕES:ÁGUAS AROMATIZADASPara quem não gosta muito de água, pode dar-lhe algum sabor! Para isso basta juntar à água frutos ou ervas aromáticas de que goste, por exemplo, limão e hortelã, frutos vermelhos, laranja e canela, entre outros. Para que a água adquira alguns nutrientes, cor e sabor dos alimentos, prepare à noite e deixe refrescar no frigorífico até ao dia seguinte. Se necessário, pode usar um edulcorante para adoçar.

SMOOTHIES E SUMOS DE VEGETAISPara quem não gosta de sopa no tempo mais quente, estas bebidas são uma alternativa que ajuda a garantir o aporte diário necessário deste grupo de alimentos. Basta juntar legumes a gosto (p.ex.espinafres, alface, aipo) e água e triturar numa liquidificadora ou, em falta desta, com a varinha mágica. Para além de ricos em vitaminas e minerais, são ricos em fibra e têm um baixo valor energético.

REFRIGERANTES LIGHT/ZERODevem ser consumidos com moderação porque embora sem calorias, contêm edulcorantes em vez de açúcar e apresentam também concentrados, antioxidantes, conservantes e dióxido de carbono.

NOTA:BEBIDAS ALCOÓLICASAs bebidas alcoólicas não devem substituir a água, até porque muitas promovem a desidratação. No entanto, de todas, a cerveja (preta ou branca) pode ser a melhor opção uma vez que apresenta elevado teor de água e baixo teor de álcool, preferencialmente a acompanhar a refeição.As bebidas alcoólicas são contraindicadas em muitas situações pelo que deverá consultar o seu médico.

REFRESCOS DE CHÁ E INFUSÕESPodem preparar-se chás ou infusões com ervas a gosto. Deixe arrefecer no frigorífico Se pretender consumir de imediato, junte pedras de gelo para refrescar. Se necessário, poderá usar-se um edulcorante para adoçar.

BATIDOS DE FRUTAPodem ser feitos com uma base de água, leite ou bebida vegetal sem adição de açúcar e fruta, em quantidade moderada. Uma vez que apresentam um valor nutricional diferente das opções anteriores, sendo fonte de proteínas e açúcares naturalmente presentes (lactose e frutose), podem ser consumidos como lanche, juntando um hidrato de carbono complexo (p.ex. uma porção de pão escuro ou 2 tostas integrais).

GRANIZADOSConstituídos por fruta e gelo, são boas opções para dias muito quentes. Podem ser feitos facilmente juntando uma peça de fruta a gosto, gelo e água e triturando na liquidificadora ou robot de cozinha. Se necessário, pode usar-se um edulcorante para adoçar. Tal como os batidos, os granizados contêm fruta, pelo que devem ser contabilizados como tal!

30 Diabetes

Viver bem a diabetes

Em situações de temperaturas muito elevadas,

reforce a ingestão de líquidos, dando

preferência à água e faça

uma alimentação equilibrada e

fraccionada com refeições leves

e variadas.

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Aprenda a comer bem

Diabetes 31

GELADOSCONHEÇA E COMPARE CALORIAS E HIDRATOS DE CARBONO (HC)

*Informação nutricional retirada de um rótulo** Adaptado de Tabela da Composição de Alimentos, Instituto Ricardo Jorge

AUTORA:MARIA JOÃO

AFONSO NUTRICIONISTA

DA APDP

Os gelados (de leite, iogurte ou nata) e os sorvetes (de água) contém hidratos de carbono e a maioria são açúcares: uns são naturalmente presentes em ingredientes como leite ou fruta, outros são adicionados. Também podem ter mais ou menos quantidade de gordura: variável nos de leite, iogurte ou nata e inexistente nos de água.

O gelado deve ser consumido apenas ocasionalmente, como sobremesa no final da refeição, sendo necessário reduzir a ingestão de outros hidratos de carbono nessa refeição (menos batata ou arroz ou...) para equilibrar a quantidade de HC da refeição. As doses mais reduzidas são a melhor opção.

Fotografia RICARDO POLÓNIO Produção e foodstyling RITA AMARAL DIAS LIVING ALLOWED®

Dependendo dos ingredientes e do tamanho da dose, os gelados podem ser uma fonte variável de calorias e de hidratos de carbono.

TIPO SUPER MAXI® POR GELADO (42 g) TIPO MAGNUM CLÁSSICO® POR GELADO (86 g)

GELADO *

25 g HC11 g HC 120 KCAL 260 KCAL

DOSE: 50 g DOSE: 100 g

GELADO DE LEITE **

99 KCAL10,8 g HC 198 KCAL21,7 g HC

DOSE: 50 g DOSE: 100 g

GELADO DE ÁGUA (SORVETE) **

65 KCAL16,3 g HC 130 KCAL32,6 g HC

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INGREDIENTES 1 Pão pequeno

de cereais (90g) 50g de peito de frango 2 Folhas de alface 3 Rodelas de tomate ¼ Pimento 10g de Maionese Light Salsa (q.b.)

PREPARAÇÃO1 Coza o peito de frango e desfie. Reserve.

2 Misture a salsa com a maionese e reserve.

3 Abra o pão na horizontal e coloque a alface, as rodelas do tomate e o pimento já cortado em tiras.

4 Finalize a sanduíche com a maionese.

(1 PESSOA)

Aprenda a comer bem

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (média por pessoa)

310 kcal

45 g hidratos de

carbono

19 g proteínas

6 g gordura

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nha

e Za

ra H

ome

Culinária

Diabetes 33

RECEITAS DE JOANA LAGE ESTAGIÁRIA DE NUTRIÇÃO E LÚCIA NARCISO NUTRICIONISTA

SANDUÍCHE DE FRANGO, ALFACE,

TOMATE E PIMENTOS

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WRAP DE QUEIJO CREME E SALMÃO FUMADO

34 Diabetes

Aprenda a comer bem

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COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (média por pessoa)

208 kcal

22 g hidratos de

carbono

18proteínas

6 g gordura

(1 PESSOA)

INGREDIENTES 1 Tortilha integral

para wraps 2 Folhas de alface 3 Fatias de salmão

fumado (65g) 30g de rúcula 25g de couve roxa 10g de queijo creme Coentros a gosto

PREPARAÇÃO1 Barre o queijo creme na tortilha.

2 Coloque a alface, a rúcula, a couve roxa e o salmão fumado.

3 Tempere com coentros e enrole a tortilha para formar o wrap.

Culinária

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COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (média por pessoa)

290 kcal

39 g hidratos de

carbono

21 g proteínas

6 g gordura

INGREDIENTES 160g de massa fussilli 4 barritas de delicias do mar 250g de miolo de camarão 6 azeitonas sem caroço 10 tomates cherry 1 maçã pequena Sumo de ½ limão 1 colher de sopa de Azeite Orégãos a gosto

PREPARAÇÃO1 Coza a massa durante aproximadamente 10 minutos. Deixe arrefecer e coloque numa travessa.

2 Coza o miolo de camarão e reserve.

3 Misture as delícias do mar e as azeitonas, previamente cortadas em tiras, e o miolo de camarão.

4 De seguida, corte o tomate em metades e misture com o preparado anterior.

5 Corte a maçã aos cubos, mantendo a casca, junte o sumo de limão para não oxidar e adicione à massa.

6 Tempere com orégãos e azeite.

(4 PESSOAS)

Aprenda a comer bem

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MASSA FUSSILI COM CAMARÃO E

DELÍCIAS DO MAR

Diabetes 37

Culinária

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38 Diabetes

Aprenda a comer bem

SALADA DE MILHO COM ATUM, CENOURA E TOMATE

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Culinária

INGREDIENTES 500g de milho cozido 3 Latas de Atum

conservado em água 1 Cebola grande 1 Cenoura grande 1 Pepino 10 Tomates-cherry 1colher de sopa

de Azeite Manjericão a gosto

PREPARAÇÃO1 Escorra o milho e o atum e coloque numa taça grande.

2 Descasque a cebola, a cenoura e o pepino e corte a gosto e junte ao milho.

3 Corte o tomate-cherry em metades e adicione à mistura anterior.

4 Temperar com manjericão e azeite.

(4 PESSOAS)

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (média por pessoa)

246 kcal

32 g hidratos de

carbono

21 g proteínas

4 g gordura

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40 Diabetes

Frutas da época

Frutos nutritivosOs figos são uma fonte de diversos nutrientes, tais como minerais (cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio) e vitaminas.

Ricos em hidratos de carbono (HC)Por exemplo, 1 figo (28 g) contém 5 g de hidratos de carbono (HC) e 20 Kcal, enquanto 3 figos (85 g) têm 14 g de HC e 40 Kcal.*

Fontes de fibraEstes frutos têm um elevado teor de fibras alimentares, pondendo ajudar a prevenir problemas de prisão de ventre.

Frescos ou secos Note que 100 g de figos frescos tem 78 Kcal, enquanto a mesma quantidade de figos secos tem mais do que o triplo (270 Kcal).

CristalizadosOs figos cristalizados contêm 295 Kcal por 100 g, mais calorias do que os figos frescos ou mesmo os figos secos.

COMO CONSERVARÀ TEMPERATURA AMBIENTE: Quando verdesNO FRIO: Se já maduros, cerca de 2-3 dias.

DICAS PARA ESCOLHER

Os figos estão maduros quando a casca cede ao toque.

Consoante a variedade, a casca pode ser roxa, preta ou verde, e a polpa esbranquiçada, rosa pálida ou roxa.

A maior parte das variedades de figos têm cascas finas, que são comestíveis, embora possa preferir descacá-los antes de os comer.

Figos frescosConheça as propriedades dos figos e saiba quais os cuidados a ter para a sua utilização no contexto de uma dieta equilibrada.

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL POR 100 G

Adaptado de Tabela da Composição dos Alimentos, Instituto Ricardo Jorge

CALORIAS 78 KcalPROTEÍNAS 0,9 gHIDRATOS DE CARBONO 16,3 gGORDURA 0,5 g

Os figos estão maduros quando a casca cede ao

toque.

*Fon

te: C

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JAN

2016

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DIABETESViver bem a

DIABETES E CALOR Riscos e estratégias

CONTAR HIDRATOS DE CARBONO

Estratégias e truques

CONSULTÓRIO Impacto dos alimentos com fibra na glicemia

Relação entre menopausa e diabetes

ENTREVISTA Jorge Nuno Pinto da Costa

EXERCÍCIO 10 Razões para andar de bicileta

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Cuidados

a ter nos

dias de calor

Viver bem a diabetes

Saiba quais as principais estratégias para se sentir bem e manter a diabetes controlada durante o verão.

P ortugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua

localização geográfica. Na primavera/verão ocorrem com frequência temperaturas elevadas, podendo existir efeitos nocivos sobre a saúde, incluindo desidratação e descompensação de doenças crónicas, tais como a diabetes.Mesmo quando a temperatura não parece muito elevada no exterior, a combinação do calor e humidade poderá ser prejudicial. Quando a

transpiração evapora da pele existe o arrefecimento do organismo. Quando existe muita humidade é difícil que o suor (transpiração) evapore e assim a temperatura do corpo não diminui.Se trabalhar no exterior nos dias quentes poderá ser útil verificar o índice de calor que representa a temperatura sentida devido à combinação entre a temperatura aparente do ar e a humidade relativa do ar. Quando a temperatura se encontra acima dos 27ºC e a humidade é igual ou superior a 40% deverá evitar expor-se diretamente ao sol.

TEXTOBRUNO ALMEIDAMÉDICO DA APDP

COM A COLABORAÇÃO

BÁRBARA AGUIARMÉDICA DE SAÚDE

PÚBLICA

44 Diabetes

As pessoas com diabetes que se encontram a fazer

medicação com diuréticos poderão ter maior

risco de desidratação.

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Diabetes e calor

Diabetes 45

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Viver bem a diabetes

46 Diabetes

Recomenda-se a prática de exercício físico não exposto ao sol e de preferência ao início da manhã ou ao final da tarde ou a prática de exercício em áreas com ar condicionado ou com boa ventilação.A utilização de protetor solar é fundamental dado que as queimaduras solares poderão elevar os níveis da glicemia.

CUIDADOS COM O EXERCÍCIO FÍSICO

A utilização de protetor

solar é fundamental dado

que as queimaduras solares

poderão elevar os níveis

da glicemia.

Beber água de forma regular

Fazer medições da glicemia mais frequentes

Transportar a insulina em carteiras/malas térmicas

Utilize roupas leves e claras

Leve consigo pacotes de açúcar em caso de ocorrência de hipoglicemias

CONSELHOS PARA OS DIAS

QUENTES

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Diabetes e calor

As temperaturas altas podem aumentar o risco de episódios de hipoglicemia (valores de glicose <70 mg/dl) nas pessoas que se encontram a fazer medicação com insulina ou comprimidos da classe das sulfonilureias. O metabolismo do organismo encontra-se aumentado nos dias de calor e com humidade, o que poderá aumentar o risco de hipoglicemia. A insulina também poderá ser absorvida de forma mais rápida em relação aos dias menos quentes. Assim se sentir fraqueza, sensação de fome, tremores, suores frios, palpitações, palidez, dor de cabeça, visão turva, confusão mental ou irritabilidade deverá verificar o seu nível de glicose fazendo uma glicemia capilar para descartar a possibilidade de estar em hipoglicemia.

Deverá tomar cuidados adicionais se for conduzir devendo realizar o teste à glicemia antes e após a viajem, recomendando-se fazer paragens com regularidade se for fazer viagens longas. Para prevenir as hipoglicemias deverá fazer mais testes à glicemia, especialmente se for praticar atividade física nos dias de calor. Deverá ter disponíveis pacotes de açúcar, devendo ingerir 10-15 g de açúcar (2 pacotes) se tiver a glicemia <70 mg/dl ou ingerir 200 ml de sumo açucarado, devendo medir a glicemia 10 minutos depois e repetir a administração de açúcar se glicemia <70 mg/dl com nova reavaliação da glicemia. Após restabelecer os valores de glicemia deverá ingerir hidratos de carbono de absorção mais lenta (tais como pão ou bolachas).

EVITE AS HIPOGLICEMIAS

Poderá necessitar de ajustar as doses de insulina nos dias quentes, devendo consultar um dos elementos da equipa de saúde que o acompanha para aconselhamento dos possíveis ajustes a fazer.Se for viajar com insulina não deverá expor a insulina diretamente ao sol ou deixá-la no interior do carro (a temperatura poderá chegar aos 65ºC!), devendo-a transportar em sacos/malas térmicas, mas não deverá ser colocada em contacto direto com o gelo. Se verificar a

presença de níveis elevados de glicemia após a insulina ter sido exposta a altas temperaturas poderá significar que a insulina se deteriorou e deverá ser substituída.O calor também poderá danificar o medidor de glicemia ou as tiras teste. Se utiliza uma bomba de insulina e a desconectou aquando, por exemplo, de uma ida à praia não deverá deixar o aparelho ou os cateteres ao sol dado que se poderão danificar.

CUIDADOS COM A INSULINA

Diabetes 47

O metabolismo do organismo encontra-se aumentado nos dias de calor e com humidade, o que poderá aumentar o risco de hipoglicemia. A insulina também poderá ser absorvida de forma mais rápida em relação aos dias menos quentes. Assim, verifique o nível de glicose fazendo uma glicemia capilar para descartar a possibilidade de estar em hipoglicemia, em caso de apresentar sintomas de:

Fraqueza

Sensação de fome

Tremores

Suores frios

Palpitações

Palidez

Dor de cabeça

Visão turva

Confusão mental ou irritabilidade

COMO PREVENIR AS

HIPOGLICEMIAS

Para prevenir as hipoglicemias

deverá fazer mais testes à glicemia,

especialmente se for praticar atividade

física nos dias de calor.

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Viver bem a diabetes

48 Diabetes

As pessoas com diabetes são suscetíveis a problemas nos pés. No verão existe a tendência para as pessoas utilizarem sapatos abertos ou sandálias, o que poderá levar a ferimentos, escoriações ou picadas de insetos, que nas pessoas com mau controlo da glicemia durante

vários anos poderão não ser sentidas (devido a situações de neuropatia ou má circulação). Assim recomenda-se a vigilância diária dos pés para avaliar a presença de alterações que deverão ser rapidamente avaliadas por um profissional de saúde.

VIGIE OS PÉS

Algumas complicações da diabetes, tais como as lesões dos vasos sanguíneos ou dos nervos poderão afetar o funcionamento das glândulas que produzem o suor (sudoríparas) fazendo com que o organismo não arrefeça de forma adequada. Esta situação poderá levar aos designados “golpes de calor”, que é

uma emergência médica. Nestas situações, a temperatura corporal poderá ser superior a 39ºC, pele de coloração vermelha e quente, aumento da frequência do coração podendo levar a situações de perda de consciência. Nessas circunstâncias deverá ser de imediato contactado o número de emergência (112).

COMPLICAÇÕES DA DIABETES E CALOR

Recomenda-se a vigilância diária dos pés

para avaliar a presença de alterações que

deverão ser rapidamente avaliadas por um

profissional de saúde.

A desidratação é uma questão muito importante nas pessoas com diabetes nos dias quentes dado que se a pessoa apresentar níveis elevados de glicose por períodos prolongados (diabetes descompensada) poderá aumentar o risco de desidratação. Nessas situações os rins vão aumentar a quantidade de urina produzida na tentativa de eliminar o excesso de açúcar no sangue o que poderá levar a aumento de saída de água do organismo e levar a desidratação. É por esta razão que a pessoa tem muito mais sede quando os níveis de glicose estão elevados. Sintomas como boca seca, olhos secos, dores

de cabeça, muita sede, saída de urina de cor amarela escura, níveis de pressão arterial baixa ou fraqueza poderão ser devidos a desidratação. As pessoas com diabetes que se encontram a fazer medicação com diuréticos poderão ter maior risco de desidratação. Recomenda-se maior ingestão de água nos dias quentes bebendo-a de forma regular ao longo do dia. Deverá evitar a ingestão de refrigerantes ou bebidas açucaradas dado que poderão aumentar os níveis de glicose e levar a maior desidratação. Deverá evitar o álcool e bebidas com cafeína que poderão levar ao aumento da diurese.

PREVINA A DESIDRATAÇÃOSINTOMAS DE DESIDRATAÇÃO

Boca seca

Olhos secos

Dores de cabeça

Muita sede

Saída de urina de cor amarela escura

Níveis de pressão arterial baixa

Fraqueza

BEBA ÁGUA Recomenda-se

maior ingestão de água nos dias quentes bebendo-a de forma regular ao longo do dia.

A ingestão de refrigerantes ou bebidas açucaradas podem aumentar os níveis de glicose e levar a maior desidratação.

Beber álcool e bebidas com cafeína poderão levar ao aumento da diurese.

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Aprenda a comer bem

Contar

hidratos de carbono

52 Diabetes

Saiba identificar e contabilizar os hidratos de carbono contidos nos alimentos para manter a diabetes controlada. Aprenda

estratégias para implementar o método de contagem.TEXTO DE JÚLIA FIGUEIREDO NUTRICIONISTA CLÍNICA E COORDENADORA DO GRUPO DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA SPD

COM EDIÇÃO DE ANA MARGARIDA MARQUES

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Diabetes 53

Contar hidratos de carbono

Ométodo de contagem de hidratos de carbono (HC) é uma ferramenta que visa quantificar o nutriente que

maior impacto tem na elevação da glicemia após a refeição. Através deste método,

a pessoa com diabetes mellitus adquire capacidade de contabilizar os HC que vai ingerir como o objetivo de otimizar o seu controlo glicémico. Existem dois métodos de contagem: método básico e avançado. Por pessoas com

diabetes mellitus tipo 1, tratadas com múltiplas administrações de insulina ou com bomba de insulina, porque permite ajustar a insulina à quantidade de HC que vai ingerir.

Por pessoas com diabetes mellitus tipo 2 em que a terapêutica é feita através de medicação oral ou insulinoterapia convencional.

A QUEM SE DIRIGE O MÉTODO DE CONTAGEM

DE HC

O método básico de contagem de HC tem como base a identificação dos alimentos que contêm HC. Geralmente utiliza-se a roda dos alimentos para identificar os grupos de alimentos que contêm HC. O plano alimentar é elaborado de acordo com as necessidades individuais e são fornecidas tabelas de porções de alimentos que correspondem a quantidades equivalentes de HC.

A pessoa com diabetes mellitus adquire a capacidade de trocar alimentos sem alterar a quantidade de HC ingeridos ou seja requer que as quantidades de HC nas refeições, sejam consistentes.Este método é mais utilizado nas pessoas com diabetes mellitus tipo 2 nos casos em que a terapêutica é feita através de medicação oral ou insulinoterapia convencional.

O método avançado de contagem de HC tem como base o domínio das competências básicas da contagem de HC e permite a quantificação do teor de HC em cada refeição e respetivo ajuste da dose de insulina necessária para metabolizar a glicose proveniente desses

HC através da relação Insulina/HC.Este método é fundamental nas pessoas com diabetes mellitus tipo 1, que fazem insulinoterapia intensiva ou funcional, ou seja, com múltiplas administrações de insulina ao longo do dia ou com bomba de insulina.

Faça uma alimentação saudável, equilibrada

e variada, pois facilita muito a contagem

de hidratos de carbono.

MÉTODO BÁSICO DE CONTAGEM DE HC

MÉTODO AVANÇADO DE CONTAGEM DE HC

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Viver bem com a diabetes

54 Diabetes

Existem duas metodologias de ensino de contagem avançada de HC:

FERRAMENTAS PARA CONTAR HC

CONTAGEM POR GRAMAS É um método mais preciso, mas pode demorar mais tempo em rotina, necessita de cálculos matemáticos mais complexos. Existem calculadores que têm tabelas de alimentos que facilitam a contabilização, no entanto requerem que a pessoa tenha apetência e vontade para utilizar este tipo de material. A pessoa com diabetes mellitus tipo 1 contabiliza os alimentos da refeição que vai ingerir, em gramas de HC e divide pela relação 1 unidade de insulina/X gramas de HC que o médico lhe prescreveu e obtém as unidades de insulina que deve administrar para a refeição à qual soma a insulina de correção em função do valor obtido na glicemia pré prandial.

EXEMPLO PRÁTICO DE CÁLCULO POR 100 GRAMAS DE ALIMENTO

Deve pesar os alimentos e calcular os gramas de HC dos diferentes alimentos e somar. Normalmente só é viável com recurso a tabelas automáticas, calculadores ou recurso a tabelas de alimentos pré definidas.

Se tem glicemia pré prandial de 180 mg/dL, para um objetivo de 120 mg/dL

Se o Fator de sensibilidade à insulina é 40 mg/dL

Se o total de HC ingerido é de 70g e a relação é de 1U de insulina por 12g de HC

Deve fazer os seguintes cálculos:

Insulina de correção180 – 120/40 = 1,5 Unidades de insulina

Insulina da refeição70g/12g = 5,8 Unidades de insulina

Total de insulina a administrar 1,5 + 5,8 = 7,3 Unidades de insulina

EXEMPLO PRÁTICO DE CÁLCULO POR EQUIVALENTE

Tendo como base a tabela de equivalentes de HC que lhe é fornecida, a pessoa conta o número de equivalentes que vai ingerir e multiplica pelas unidades de insulina que lhe foram prescritas pelo médico.

Se tem glicemia pré prandial de 180 mg/dL, para um objetivo de 120 mg/dL

Se o Fator de sensibilidade à insulina é 40 mg/dL

Se o total de HC ingerido é 6 equivalentes e o relação é de 0,8U de insulina por 1 equivalente

Deve fazer os seguintes cálculos:Insulina de correção180 – 120/40 = 1,5 Unidades de insulina

Insulina para a refeição0,8 x 6 = 4,8 Unidades de insulina

Total de insulina a administrar 1,5 + 4,8 = 6,3 unidades de insulina

CONTAGEM POR EQUIVALENTES É um método mais fácil mas menos preciso. Apenas necessita de cálculos matemáticos simples usando medidas equivalentes que a pessoa já conhece. São fornecidas tabelas de alimentos equivalentes em HC. Em Portugal são utilizadas tabelas de alimentos de 10g, 12g e 15g de HC, consoante os diferentes centros de tratamento da diabetes mellitus tipo 1.

Tente ingerir a mesma quantidade de HC às refeições para facilitar e agilizar os cálculos da insulina.

Faça uma alimentação saudável, equilibrada e variada, pois facilita muito a contagem de HC. O método de contagem de HC, por ser mais flexível, facilita o consumo de alimentos menos saudáveis que são aqueles que, na maior parte das vezes, mais contribuem para a contabilização errada dos HC.

TRUQUES

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ALIMENTOS QUE ENTRAM NA

CONTAGEM DE HCConsidere os

seguintes grupos de alimentos:

Cereais e derivados

Tubérculos

Leguminosas secas e frescas

Leite e os iogurtes

Fruta e os sumos de fruta

Alimentos com açúcar, mel e farinhas

Edulcorantes calóricos, como a frutose e os

poliálcoois

Diabetes 55

Contar hidratos de carbono

Todos os HC devem ser contabilizados, à exceção das fibras alimentares. Os grupos de alimentos tais como, os cereais e derivados, os tubérculos, as leguminosas secas e frescas, o leite e os iogurtes, a fruta e os sumos de fruta e todos os outros que contenham na sua composição açúcar, mel e farinhas, têm que ser contabilizados.No caso dos produtos hortícolas o teor de HC poderá não ser contabilizado, se o seu consumo não for muito significativo. No caso

de consumo elevado de hortícolas poderá ser necessário fazer a sua contabilização.Todos os alimentos processados industrialmente que contenham na sua composição HC, também têm que ser contabilizados.De notar que existem edulcorantes calóricos, como a frutose e os poliálcoois que, quando ingeridos em quantidade significativa, devem também ser considerados na contabilização dos HC.

QUAIS OS ALIMENTOS QUE DEVEM SER CONTABILIZADOS

Em qualquer destes métodos podem-se utilizar medidas padrão caseiras, no entanto, o mais correto é utilizar a balança por ser um método mais preciso. Considero que a balança nem sempre é prática e fácil de utilizar. Em alternativa, sugiro que em casa, a pessoa vá utilizando frequentemente a balança para “treinar o olho” com o objetivo de, em situações sem acesso à pesagem, conseguir mais facilmente determinar o peso ou medida aproximada.Se se quiser eleger o método mais correto, na minha opinião é aquele que melhor se adapta a cada pessoa com diabetes mellitus tipo 1.

Se falamos de idade pediátrica, em que são os pais que têm que contabilizar os HC, possivelmente a contagem por gramas é mais adequada, tendo em consideração as quantidades, muitas vezes reduzidas, de alimentos ingeridos. Na adolescência, dependendo da motivação e disponibilidade do jovem, qualquer dos métodos pode ser o mais adequado, tendo sempre presente que a adesão ao método é o mais importante. Na idade adulta temos que adoptar o método que for mais adequado à pessoa, inclusive devemos dar-lhe a oportunidade de ser a própria a decidir qual o mais fácil e viável para ela.

RECURSO A MEDIDAS CASEIRAS

Os HC são os nutrientes que têm maior impacto na glicemia após as refeições. Após a sua ingestão, estes são convertidos em glicose num tempo que pode variar entre 15 minutos e 2 horas, dependendo do tipo de refeição. Quando são ingeridos alimentos diferentes, embora tenham a mesma quantidade de HC, podem originar diferentes respostas glicémicas, no entanto, o total de HC ingerido tem maior impacto na glicemia e nas necessidades de insulina, do que o perfil de absorção da glicose. Por vezes, são referidos os índices glicémicos (IG) e as cargas glicémicas dos alimentos, como fatores a considerar no controlo metabólico. Na minha opinião, se se tentar introduzir este fator de ponderação, não só se complica a contabilização dos HC como se pode contribuir

para a diminuição de adesão da pessoa com diabetes à contagem de HC e à terapêutica nutricional. É que os índices e as cargas glicémicas dos alimentos variam consoante muitos fatores como, por exemplo: diferentes estados de maturação do alimento, diferentes tempos de cozedura dos alimentos, diferentes qualidades de arroz, quantidade de gordura ou fibra do alimento.

NOTA: O IG avalia a rapidez com que a glicose de determinado alimento chega ao sangue (é expresso em %), enquanto a carga glicémica é obtida da multiplicação do indice glicémico pela quantidade de HC numa porção de determinado alimento dividindo por 100 (é expresso em gramas).

QUAL O IMPACTO DOS HC NA GLICEMIA

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Viver bem com a diabetes

56 Diabetes

NA ESCOLA É importante ingerir sempre a mesma quantidade de HC na refeição que fazem na

escola, o que tornará mais fácil a contabilização dos HC e da insulina a administrar.

A escola é um ambiente muito importante para a criança ou para o adolescente, onde se devem sentir bem e integrados. Na infância a alimentação está dependente dos adultos, quer sejam os pais ou os professores e auxiliares das escolas, por isso é necessária a colaboração de todos para ajustar a contabilização das refeições.

NO TRABALHO Adaptar o plano alimentar e terapêutico à rotina do trabalho é muito importante.

Defina estratégias que facilitem a contabilização das refeições e merendas realizadas no local do trabalho.

NAS VIAGENS E FÉRIAS O recurso a medidas caseiras ou a manuais de fotos com alimentos e refeições

diferentes do habitual, são muitas vezes um bom recurso.

Quando a opção são as cadeias de fast food, a maioria disponibiliza a informação da composição nutricional, o que facilita a contagem dos HC.

EM DOENÇA Fracione mais as refeições e diminua as quantidades ingeridas.

Quando necessário, devem substituir-se as refeições por alimentos de fácil digestão e que forneçam energia.

A contagem de HC deve ser feita independentemente dos alimentos ingeridos.

CONTAR HIDRATOS DE CARBONO

SABER LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS É MUITO IMPORTANTENa rotulagem existem dois tipos de informação:

LISTA DE INGREDIENTES (informação qualitativa) Onde são referidos todos os ingredientes utilizados no alimento. Os ingredientes estão referidos por ordem decrescente, em função da quantidade, do ingrediente que está em maior quantidade até ao ingrediente que está em menor quantidade. Esta informação serve para, por exemplo, verificar se o alimento tem adição de açúcar ou edulcorantes.

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (informação quantitativa) Corresponde à contabilização dos diversos nutrientes, entre eles os HC. A contabilização está normalmente aferida para 100 g ou para 100 ml do produto, existindo na maior parte dos casos também a contabilização por porção. Quando se pretende fazer contagem de HC, tem que se contabilizar os hidratos de carbono totais em função da porção ou porções que se vão ingerir.

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Consultório

58 Diabetes

O consumo de fibra está associado a vários benefícios para a saúde,

um dos quais o controlo da glicemia, ou seja, dos níveis de glicose no sangue. As fibras são nutrientes que o organismo não consegue digerir e absorver e que alteram o tempo de absorção e a quantidade de glicose absorvida no intestino. De uma forma simples, o seu efeito assemelha-se ao de uma esponja, que incha e retarda o esvaziamento gástrico e que à sua passagem absorve alguns nutrientes como a glicose.

No estômago, a fibra aumenta de volume e torna a digestão mais lenta, reduzindo o apetite e a passagem da glicose para o intestino. No intestino, aumenta a velocidade do trânsito intestinal, diminuindo a absorção de açúcar e gordura e a exposição da parede intestinal a agentes cancerígenos. Além do efeito na glicemia, diminui ainda o colesterol sanguíneo e previne a obstipação e determinados tipos de cancro.

Se compararmos a glicemia a uma montanha-russa, que varia entre subidas e descidas, quanto mais combustível existir mais rápido esta sobe, sem combustível começa a descer. Para um bom controlo da diabetes, não devem existir subidas ou descidas muito acentuadas e rápidas. Assim, se os hidratos de carbono funcionam como combustível, fazendo a glicemia subir, as fibras funcionam como uma espécie de travão, tornando a subida menos rápida e acentuada. Conseguimos desta forma perceber a sua importância na regulação dos níveis de glicose no sangue.

VIGILÂNCIA E CONTROLO DA DIABETES

PERGUNTA ENVIADA POR EMAIL

“QUAL O IMPACTO DOS ALIMENTOS COM FIBRA NA

GLICEMIA?” JOANA OLIVEIRADIETISTA

TODOS OS MESES OS NOSSOS ESPECIALISTAS RESPONDEM ÀS SUAS QUESTÕES.Partilhe as suas dúvidas connosco através do email [email protected]

Se os hidratos

de carbono

funcionam como

combustível,

fazendo a

glicemia subir, as

fibras funcionam

como uma

espécie de travão,

tornando a subida

menos rápida e

acentuada.

As fibras existem apenas em alimentos de origem vegetal, como os cereais integrais e seus derivados, leguminosas, fruta e hortícolas. Na prática deve privilegiar alimentos naturalmente ricos em fibra, como a aveia, o pão de mistura ou integral, a fruta fresca, as versões integrais da massa e do arroz, a batata-doce e as várias leguminosas e hortícolas.

ALIMENTOS COM FIBRAS

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Consultório

Diabetes 59

A menopausa (período que se segue à idade fértil na mulher) surge

em média por volta dos 50 anos, mas existem variações. Pode ser um processo de transição fisiológico (normal) ou surgir em consequência de uma intervenção cirúrgica. Pode decorrer sem grandes sintomas. É frequentemente transitório. Os “afrontamentos”, os calores/transpiração noturnos, as alterações do humor e a diminuição da lubrificação vaginal estão entre os sintomas mais frequentes nesta fase.

No caso das mulheres com diabetes, este período de transição pode provocar uma maior dificuldade em controlar os valores de glicemia. Mesmo durante a idade fértil, algumas mulheres com diabetes já notam que na fase pré-menstrual ou menstrual o controlo glicémico

é mais dificil. Na designada perimenopausa (período transitório em que ainda se menstrua e já existem alterações do ciclo menstrual e ou sintomas de menopausa), podem notar que estas fases se prolongam ou que surgem mais frequentemente. Além disso, muitas mulheres aumentam de peso, o que contribui para o agravamento do controlo glicémico ou da pressão arterial. Ou seja, apesar de a menopausa, por si só, não agravar o controlo da doença, as variações que ocorrem durante este período, acrescidas de alterações do humor e da dificuldade em descansar podem concorrer para um pior controlo da diabetes, se não fizer nada em contrário.

A primeira estratégia é não “baixar os braços”: com a equipa que a acompanha, é essencial rever o plano alimentar, a autovigilância, a terapêutica e adotar estratégias

para fazer mais exercício. Outra mensagem a reter

é que, quando os sintomas interferem na sua qualidade de vida, deve realizar uma consulta com um especialista em menopausa para individualização do tratamento. Para cada mulher, a escolha do tratamento a iniciar depende dos sintomas que apresenta e da sua situação clínica.

A utilização de terapêutica hormonal - oral, transdérmica ou local- não aumenta o risco de vir a desenvolver diabetes tipo 2. Nas mulheres com diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 é possível realizar tratamento sem que esteja associado a um aumento da dificuldade do controlo glicémico ou no controlo da pressão arterial.

A decisão deve ser individualizada, equacionando, entre outros, os fatores de risco cardiovasculares, de tromboembolismo e de cancro de mama.

SINTOMAS E TRATAMENTO

LISA FERREIRA VICENTE

GINECOLOGISTAOBSTETRA

SINTOMAS MAIS FREQUENTES

“Afrontamentos” Calores/transpiração noturnos Alterações do humor

Diminuição da lubrificação vaginal

PERGUNTA ENVIADA POR EMAIL

“QUAL A RELAÇÃO ENTRE MENOPAUSA E DIABETES?”

Para cada mulher, a escolha do tratamento a iniciar depende

dos sintomas que apresenta e da sua situação clínica.

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Diabetes 61

Viver bem a diabetes

3

PRESERVA AS ARTICULAÇÕES

Pedalar coloca as pernas em movimento, preservando as articulações. Tem menos impacto, colocando menos pressão sobre os joelhos e tornozelos.

2

DIMINUI PESO E MASSA GORDA

Andar de bicicleta 30 minutos pode ter um dispêndio energético de 280 kcal.

1

PROTEGE O SEU CORAÇÃO

Andar de bicicleta regularmente, cerca de 30 minutos por dia, pode reduzir em 50% o risco de ter doença cardiovascular.

6

CRIA A SENSAÇÃO DE BEM-ESTAR.

Pedalar, liberta endorfinas (hormonas do bem-estar). É um dos melhores antidepressivos, contribuindo para a diminuição dos níveis de stress.

5

É ADEQUADO PARA TODOS OS NÍVEIS

DE CONDIÇÃO FÍSICA. Cada um pode ir ao ritmo que consegue e que se sente confortável.

4

FORTALECE OS MÚSCULOS

Quase todos os músculos são ativados. Os músculos dos membros inferiores são os que trabalham mais, mas o tronco ajuda a estabilizar o corpo, enquanto os ombros e braços suportam o guiador.

9

PEDALAR É ECONÓMICO

Comparando com o carro, é uma atividade muito mais económica, permitindo-nos poupar dinheiro nas deslocações.

8

PROMOVE A ATIVIDADE SOCIAL

Existem diversos grupos de ciclistas que se juntam e saem para pedalar.

10

É AMIGO DO AMBIENTE

Não liberta carbono para a atmosfera, tornando-a numa forma sustentável de transporte.

7

TODAS AS PESSOAS O PODEM FAZER.

Existem inclusive triciclos que oferecem mais apoio e estabilidade e, bicicletas com rodas pedaleiras, para os membros superiores (utilizadores de cadeiras de roda).

A Equipa do Ginásio da Escola da Diabetes/APDP aponta alguns dos motivos para agarrar na sua bicicleta e começar a pedalar. Leia as dicas dos especialistas.

10

RAZÕES

PARAANDAR DE BICILETA

Andar de bicicleta 30 minutos pode ter um dispêndio energético de 280 kcal.

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Viver bem a diabetes

62 Diabetes62 Diabetes

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Diabetes 63

Entrevista

Diabetes 63

A Revista Diabetes Viver em Equilíbrio esteve no Estádio do Dragão para entrevistar o Presidente do FC do Porto, que com muita simpatia e bom humor nos contou como gere a sua saúde no dia-a-dia, ao mesmo tempo que preside um clube de futebol há já 34 anos.

ACHA QUE OS CLUBES DE FUTEBOL TÊM RESPONSABILIDADE SOCIAL AO NÍVEL DA PROMOÇÃO DA SAÚDE?Sim. Sobretudo os atletas, como figuras públicas, têm que ter uma imagem de rigor e de cuidado profissional, que transmita saúde. Os atletas têm que se lembrar que são um exemplo e que a juventude segue tudo aquilo que eles fazem e o que transmitem para o exterior.

ALÉM DO EXEMPLO DE QUE FALA, QUE É MUITO IMPORTANTE, POR ESSE PAÍS FORA MUITOS CLUBES ESTÃO A PROMOVER ATIVIDADES PARA AS CRIANÇAS.Não tenho dúvida. [No FC Porto promovem-se atividades desportivas para as crianças], nós fazemos inclusive campos de férias, onde os miúdos têm permanente atividade, para fazer-lhes ver, logo desde crianças, que o exercício físico é muito importante para a manutenção da saúde. Temos outro aspeto em que contribuímos, porque entendemos que é nossa obrigação: uma secção de desporto adaptado onde procuramos integrar todos aqueles que têm deficiências, para que sintam que podem fazer exercício e até desporto.

TER UMA FILOSOFIA DE ACREDITARAos 79 anos, o Presidente do FC Porto sente-se um homem feliz e com saúde. Para dizer não à diabetes, o gestor desportivo tem cuidados com a sua alimentação e mantém-se ativo.

PERFILNOME: Jorge Nuno Pinto da Costa

IDADE: 79 anos

PAIXÃO: FutebolCidade do Porto

GOSTA DE COMER BEM: Procura ter uma alimentação cuidada. Evita os doces. Perante os excessos alimentares, compensa nas refeições seguintes.

O QUE FAZ PARA SE MANTER ATIVO: Caminha uma média de 11 km/dia. Gosta de andar a pé na cidade do Porto, sai de casa na companhia dos cães ou, quando precisa de tratar assuntos por telefone, sai para a rua com o telemóvel.

COMO ENCARA A SAÚDE: Confia nos médicos que o acompanham. Procura ter uma alimentação cuidada e manter-se ativo. Faz o controlo diário da glicemia.

EM ENTREVISTA: JORGE NUNO PINTO DA COSTA

TEXTO ANA MARGARIDA MARQUES E VIOLANTE ASSUDE FOTOGRAFIAS LUÍS RIBEIRO

Os atletas, como figuras públicas, têm que

ter uma imagem de rigor e de cuidado

profissional, que transmita saúde.

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64 Diabetes

Viver bem a diabetes

QUE MODALIDADES EXISTEM NO DESPORTO ADAPTADO?Natação, ténis de mesa, basquete, futebol. Temos atletas que foram aos Jogos Olímpicos e que já conquistaram medalhas. Portanto acho que é um exemplo e um convite a todos aqueles que têm deficiências e, que se quiserem realmente fazer exercício e praticar desporto, o FC Porto tem as portas abertas.

DE QUE FORMA É QUE O FUTEBOL PODE CONTRIBUIR PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIO? É fundamental. Acho que uma criança que começa a jogar futebol, e nós temos milhares de crianças espalhadas pelo mundo fora e no estrangeiro, começa a ter muito cedo a paixão e a prática de futebol. Nos nossos campos de Dragon Force [para rapazes e raparigas dos 4 aos

14 anos], as crianças habituam-se a ter hábitos de praticar desporto e, quando têm o seu foco no desporto, mais tarde manterão isso que aprenderam quase no berço, o que os levará a continuar a praticar desporto e a não enveredar por caminhos errados.

O QUE PODE DIZER ÀS CRIANÇAS COM DIABETES SOBRE A PRÁTICA DO FUTEBOL OU OUTRO DESPORTO?Aprendi que o exercício físico é fundamental e eu verifico por mim mesmo que, quando faço exercício, os níveis da diabetes são praticamente normalíssimos, se passar uma temporada mais sedentária, sobem automaticamente. Portanto as crianças, todas sem exceção, devem praticar desporto, naturalmente que acompanhadas por um médico, como o são todas as que o fazem no FC Porto.

FAZ ALGUMA ATIVIDADE FÍSICA NO SEU DIA-A-DIA?Caminho todos os dias. Eu tenho uma aplicação no telemóvel e posso dizer que a minha média nos últimos sete dias é 11 km/dia.

As pessoas devem

encarar a diabetes

como uma realidade,

têm de fazer

atividade física

e ter cuidados com

a alimentação.

«O exercício físico é muito importante para a manutenção da saúde.»

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Diabetes 65

Entrevista

Tenho sempre esse cuidado, é uma boa atividade. Vou ao Parque da Cidade e ando uma hora. Quando não vou ao Parque da Cidade, caminho na avenida ou na marginal, onde tenho a companhia dos meus cães que me motivam a ir.

TEM UMA GRANDE CONSCIÊNCIA DA SUA SAÚDE. NA SUA ALIMENTAÇÃO TAMBÉM TEM CUIDADOS ESPECIAIS?Faço a picada de controlo diariamente. Sei o que devo ou não comer, sei a atividade que tenho ou não que fazer, portanto quando passo o risco, já sei os resultados [da glicemia]. Acho que é importante que as pessoas em risco ou já com diabetes façam a picada para sentir que estão realmente a ter resultados.

Se fizermos a picada diariamente, temos um controlo e é um estímulo.

EM RELAÇÃO À DIABETES, QUE COMPORTAMENTOS É QUE ALTEROU NA SUA VIDA?Nunca tive um problema propriamente grave com a diabetes. Nunca tomei insulina. Quando tenho valores elevados é quando faço asneiras, que é quando a alimentação não é a mais apropriada para quem tem tendência para ter diabetes. A única coisa que faço é evitar comer doces.

SENTE-SE HOJE UMA PESSOA FELIZ E COM SAÚDE?Sinto-me bem, não estou preocupado. Estou preocupado é com a saúde dos meus

médicos: o Professor Medina [Endocrinologista], o Professor Filipe Macedo [Cardiologista]. Porque se os meus médicos estiverem bem, quando eu não estou bem, eles põem-me bem. Se estiverem mal, chorar para a porta do consultório deles não resolve o problema.

ENCARA POIS OS PROBLEMAS DE SAÚDE COM TRANQUILIDADE.Fui operado ao coração numa cirurgia complicada. Precisava de ser operado. A minha primeira decisão foi confiar no médico. Perguntei ao cardiologista: «Se eu tiver que ser operado de urgência, onde e quem é que gostaria que fizesse a operação», e ele disse-me: «Se fosse eu, era no Hospital São João (HSJ) e escolhia o Dr. Paulo Pinho [Cirurgião]». E foi assim que

Os atletas têm que se

lembrar que são um

exemplo e que a juventude

segue tudo aquilo que eles

fazem e o que transmitem

para o exterior.

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66 Diabetes

Viver bem a diabetes

fiz… E em boa hora decidi, porque foi fantástico. Felizmente, ao fim de oito dias, já estava em casa e, ao fim de um mês, já estava no Dragão a ver futebol. E nunca mais pensei nisso. O meu médico disse-me para não ver o jogo na televisão nem ouvir o relato, para não me enervar. Eu “cumpri” as instruções e vim ver o jogo ao Estádio. [Na altura, tive pessoas a aconselhar-me a fazer a operação no estrangeiro], mas alguns médicos diziam que havia uma probabilidade de eu poder morrer na operação e eu disse: «Mais um motivo para fazer no Porto, porque eu quero morrer no Porto. Não quero morrer noutro sítio.»

TEM UMA POSTURA OTIMISTA PERANTE AS CONTRARIEDADES DA SAÚDE.Mesmo perante a doença, as pessoas têm que ter uma filosofia de acreditar. Porque a pior doença é

a pessoa cismar com a doença, não ajuda a curá-la. É importante ter um pensamento positivo.

DEPOIS DESSA OPERAÇÃO AO CORAÇÃO, MUDOU ALGUM ESTILO DE VIDA?Não. A princípio tive um certo cuidado, mas fui vendo que podia fazer a vida normal.

MAIS DE METADE DA POPULAÇÃO PORTUGUESA TEM DIABETES OU VIRÁ A TER. GOSTARIA DE DEIXAR UMA MENSAGEM AOS LEITORES DA REVISTA DIABETES?Quem não tem diabetes, deve ter cuidados – não fazer exageros – para evitar vir a ter – e as pessoas que realmente têm diabetes devem encarar isso como uma realidade, têm de fazer atividade física e ter cuidados com a alimentação. A pessoa não pode entregar-se, nem ficar refém da doença. Temos é que acreditar.

«Aprendi que o exercício físico é fundamental e eu verifico por mim mesmo que, quando faço exercício, os níveis da diabetes são praticamente normalíssimos, se passar uma temporada mais sedentária, sobem automaticamente.»

«Mesmo perante a doença, as pessoas têm que ter uma filosofia de acreditar.»

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APDPA sua

ACONTECE NA APDP Eventos e ações

CRÓNICA Por Cunha Rodrigues

AGENDA Eventos e iniciativas

NÚCLEO JOVEM Ações e testemunhos

DIABÉTICO ILUSTRE Aretha Franklin

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70 Diabetes

A sua APDP

Marcelo Rebelo de Sousa visitou a APDP, no dia 13 de maio, no âmbito da cerimónia do 90.º aniversário. A sessão comemorativa incluiu ainda a entrega de medalhas a associados e do “Prémio Ernesto Roma”.

TEXTO ANA MARGARIDA MARQUES FOTOS LUIS RIBEIRO

70 Diabetes

M arcelo Rebelo de Sousa visitou a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), no passado dia

13 de maio, por ocasião do 90.º aniversário da mais antiga associação de doentes com diabetes no mundo inteiro. Após o seu discurso a propósito do aniversário da APDP, o Presidente da República visitou as instalações da associação, incluindo o Museu recentemente renovado. Marcelo Rebelo de Sousa esteve em contacto com a realidade da diabetes, com os utentes e com a equipa multidisciplinar da associação com sede na Rua do Salitre, em Lisboa.

A sessão comemorativa dos 90 anos contou também com a entrega das medalhas às

pessoas com mais de 50 anos de diabetes, realizada por diversos representantes da APDP, homenagem que tem vindo a ser implementada pela associação.

Além disso, e com o objetivo de incentivar a realização de trabalhos de investigação clínica, básica ou epidemiológica no campo da Diabetologia, foi atribuído o “Prémio Ernesto Roma” a Romeu Duarte Carneiro Mendes, da Unidade de Saúde Publica, ACES Douro I, Marão e Douro Norte. Já a categoria “Poster” foi atribuída a Andreia do Carmo Felgueiras Lopes, do Centro Hospitalar do Médio Ave. Por fim, Pedro Filipe Leite Alves, da USF St. André de Canidelo, recebeu o Prémio “Menção Honrosa”, Cuidados de Saúde Primários.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA APDP

SESSÃO COMEMORATIVA DOS 90 ANOSAPDP NOS DIAS DE HOJEA APDP é, desde 2009, o único centro nacional reconhecido pela Federação Internacional de Diabetes como Centro de Educação da Federação Internacional da Diabetes (IDF) e, desde 2011, a nível europeu, é também reconhecida como clínica de referência no tratamento de crianças e jovens (Centre of Reference for Pediatric Diabetes), refere em comunicado.

Visita ao Museu da APDP

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Diabetes 71

Acontece na APDP

1VISITA DO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

No âmbito dos 90 anos da APDP, o Presidente da

República visitou as instalações da instituição,

incluindo o Museu recentemente

renovado.

2CERIMÓNIA DO ANIVERSÁRIO

A cargo do presidente Luís Gardete Correia e do Diretor Clínico João Filipe Raposo.

Estiveram presentes colaboradores,

associados e amigos da APDP, parceiros,

e representantes da indústria

farmacêutica.

4PRÉMIO

ERNESTO ROMADurante a sessão

comemorativa dos 90 anos foi

atribuído o “Prémio Ernesto Roma”,

categoria “Poster” e Prémio “Menção

Honrosa”, Cuidados de Saúde Primários.

3ENTREGA DE MEDALHAS

A sessão comemorativa

dos 90 anos contou também

com a entrega das medalhas às pessoas com mais de 50 anos

de diabetes, realizada por diversos

representantes da APDP.

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PERFILNome: Benvinda Sassa

Idade: 46 anos

Origem: Angolana Profissão:Enfermeira Assistente de Diabéticos, certificada na Alemanha.Desempenha funções na área há mais de uma década dentro e fora de Angola.

Formação:Encontra-se em formação na APDP. Realizou a 4.ª Edição do Curso de Pós Graduação em Diabetes na Escola da Diabetes da APDP 2015/2016.

Saiba quais as principais necessidades na educação da pessoa com diabetes em Angola e o papel da APDP enquanto centro de formação internacional.

3

QUESTÕESBENVINDA SASSA

1 PODERIA FALAR-NOS DO MOVIMENTO SOS ANGOLA?É um movimento internacional de apoio as pessoas com diabetes, que sensibiliza pessoas, instituições não-governamentais e governamentais, filantrópicas, privadas e religiosas. O objetivo é minimizar as dificuldades no cumprimento da terapêutica. Em Angola não há profissionais na educação para a pessoa com diabetes. Por isso, a APDP pode ser um interveniente chave na área da formação. Outros intervenientes são a Deutsch Diabetes Gesselschaft, Associação dos Diabéticos na Alemanha, a Insulin su leben, instituição que fornece insulina a países que não têm acesso ou que têm pouco poder financeiro e o Schwabing Krankenhaus, hospital especialista em Endocrinologia e no qual fiz a minha formação.

2 QUAL A SUA EXPERIÊNCIA ENQUANTO ENFERMEIRA EM LUANDA? O meu trabalho consiste na educação e no ensino da pessoa com diabetes. É a minha primeira tarefa na Clínica Girassol, que faço com muito agrado. Frequentando o Curso de Pós-graduação na APDP, ultrapassei as dificuldades que apresentava no desempenho das minhas funções de educadora e intervencionista na área da diabetes. Sem medo de errar, recomendo aos profissionais de saúde para o fazerem, uma vez que a APDP é líder em formar líderes nesta área.Achei na APDP a chave de ouro facilitadora para a otimização do desempenho das minhas funções em Angola. Nga sakidila APDP (Obrigada APDP).

3 QUAL O PAPEL DA APPD NA SUA FORMAÇÃO?Graças à colaboração da APDP, tive o contacto com a [farmacêutica] Lilly que me ofereceu o curso de facilitadora com os “Mapas de Conversação” (permitem envolverpequenos grupos de pessoascom diabetes num debate aberto sobre a sua doença). É um método inovador que em Portugal surgiu em 2015 e que será também implementado em Angola, por ser um instrumento importante na educação da pessoa com diabetes. O meu projeto de Pós-Graduação consiste precisamente no “Mapa de Conversação” que vamos levar para Angola, adaptado às necessidades locais. Estou de momento a aplicá-lo como projeto-piloto no ensino com utentes da APDP.

«Em Angola não há profissionais na educação para a pessoa com diabetes.»

TEXTO ANA MARGARIDA MARQUES FOTOS LUÍS RIBEIRO

72 Diabetes

A sua APDP

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Diabetes 73

Acontece na APDP

Desde setembro de 2015, o projeto «Ter Diabetes Tipo 1 na Escola», financiado pela Direção Geral da Saúde, com o apoio do Programa Nacional para a Diabetes, já abrangeu quase dois mil alunos de zonas da Grande Lisboa e do Porto, bem como profissionais de cerca de 50 escolas envolvidas.No âmbito do projeto, decorreram ações em escolas do 1.º ciclo ao secundário, a cargo da formadora Alexandra Costa, com o objetivo de «dar a conhecer o que é a diabetes tipo 1 e como se vive com diabetes tipo 1, além de conselhos para a prevenção da diabetes tipo 2».A par das ações nas escolas, uma equipa multidisciplinar da APDP, composta por enfermeiros e nutricionistas, desenvolveu cursos

de formação na Escola da Diabetes, dirigidos às equipas escolares e de apoio social sobre competências na área da diabetes, para garantir os cuidados adequados às crianças e jovens com diabetes, desde o Jardim-de-infância ao 2.º ciclo. PARCEIROS ENVOLVIDOS NO PROJETOO projeto da APDP «Ter Diabetes Tipo 1 na Escola» resulta de uma parceria entre diversos intervenientes, nomeadamente: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT), ARS Norte, Ministério da Educação/ Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), Câmara Municipal (CM) de Matosinhos, CM de Odivelas, CM de Sintra e Associação Aventura Social.

APDP CANDIDATA A PRÉMIO DE BOAS PRÁTICAS EM SAÚDECom base nos resultados do projeto “Ter Diabetes Tipo 1 na Escola”, a APDP candidatou-se ao Prémio de Boas Práticas em Saúde, «para o qual já foi pré-selecionado, encontrando-se em fase de apreciação», refere Alexandra Costa. Para a formadora, o balanço é positivo até então: «Tendo em conta a excelente aceitação dos alunos e dos professores, acreditamos que este projeto é uma mais-valia para a vida de muitos jovens com diabetes e suas famílias».

O projeto da APDP já abrangeu dois mil alunos de zonas da Grande Lisboa e do Porto, assim como profissionais de cerca de 50 escolas envolvidas. A missão é dar a conhecer como é viver com diabetes tipo 1 e ensinar a prevenir a diabetes tipo 2.

TER DIABETES TIPO 1 NA ESCOLA

ALUNOS E EQUIPAS ESCOLARES EM FORMAÇÃO PELA APDP

TEXTO ANA MARGARIDA MARQUES FOTOS CEDIDAS PELA APDP

Decorreram ações nas escolas do 1.º ciclo ao secundário no âmbito do projeto «Ter Diabetes Tipo 1 na Escola».

No terreno, a formadora Alexandra Costa refere haver uma «excelente aceitação dos alunos e dos professores».

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74 Diabetes

A sua APDP

AÇÃO DE APOIO AOS PEREGRINOS

N o âmbito do seu 90.º aniversário (13 de maio), a APDP, em colaboração com o Ministério da Saúde,

organizou, no dia 11 de maio, uma ação de apoio aos peregrinos que se deslocam a Fátima a pé. Numa parceria com o Museu do Pão, a associação marcou presença em dois postos de atendimento para dar apoio aos peregrinos, em Minde e em Colmeias. Nos pontos de apoio, os peregrinos tiveram à sua disposição uma nutricionista, responsável por aconselhar sobre a alimentação, exercício físico e educação para uma vida saudável e uma enfermeira,

responsável por esclarecer dúvidas relacionados com o tratamento da diabetes, nomeadamente de lesões do pé.

«Sabe-se que 25% das pessoas com diabetes tem condições que aumentam o risco de “pé diabético”, uma complicação responsável pela maioria das amputações em Portugal. Assim, é urgente alertar para comportamentos de vida saudável, para um bom controlo da diabetes e para uma especial atenção ao pé, sobretudo quando se pretende fazer caminhadas longas», alerta Luís Gardete Correia, presidente da APDP, em comunicado.

Em colaboração com o Ministério da Saúde, a APDP organizou uma ação de apoio aos peregrinos que se deslocam a Fátima a pé. Fique com o testemunhos de alguns dos participantes na iniciativa.

Lave os pés diariamente com água tépida;

Aplique gel ou sabonete pH neutro;

Seque bem os pés, que não devem ficar húmidos;

Com algodão ou uma gaze, passe vinagre de cidra/maçã nas unhas e pele, para prevenir o desenvolvimento de fungos e/ou bactérias;

Observe os pés, para se certificar que não tem feridas;

As meias não devem ter costuras nem elásticos e devem ser de lã ou algodão;

Use calçado adequado.

CONSELHOS DA APDP AOS PEREGRINOS

TEXTO ANA MARGARIDA MARQUES FOTOS CEDIDAS POR ISA MARIA ALMEIDA

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Diabetes 75

Acontece na APDP

O espírito que se vive nesta peregrinação tocou-nos. Foi um momento especial acima de tudo para o crescimento nas relações humanas. Tentámos explicar a importância da pesquisa de glicemia e em que situações as pessoas devem agir. Distribuímos amostras do pão São Diabetes, acompanhadas do folheto realizado para esta atividade. Os Bombeiros Voluntários de Minde foram extraordinários, e a a população pareceu-nos muito sensibilizada e disponível. Não tinha ideia da envolvência e solidariedade que se vive por ali.

SARA OLIVEIRA ENFERMEIRA

A intervenção da equipa de enfermagem teve o importante papel no despiste das hipoglicemias e na sua educação da prevenção e correcção adequada, tal como na educação sobre alguns cuidados a ter com os pés. Mas o que se tornou mais significativo nesta experiência foi ter observado a fé que as pessoas com patologias crónicas apresentam perante a peregrinação, pois segundo elas, a diabetes, como outras doenças crónicas, “eram as suas companheiras” e de grande motivo para continuarem com a sua jornada.

DÉBORA DINORA FARIA ENFERMEIRA

Apesar de ter uma maneira própria de interpretar a fé, não consegui deixar de me sentir envolvida pelo clima que envolveu esta iniciativa. Apercebi-me que muitos peregrinos optavam por pôr de parte necessidades básicas, querendo continuar o seu caminho mesmo com fome, sede ou com os pés feridos. O ambiente de acolhimento proporcionado pela equipa de voluntários da “Casa do Peregrino” foi de grande apoio e calor humano.

MARGARIDA BARRADAS DIETISTA

TESTEMUNHOS DAS PARTICIPANTES

Gostei muito da experiência com os peregrinos e com a equipa de voluntários da “Casa do peregrino” de Colmeias, que nos receberam com muito carinho. Prestámos apoio nalgumas situações de urgência, ajudámos os peregrinos com palavras de força, ouvimos histórias de vida incríveis, ajudámos na distribuição do pão, para além de esclarecermos todas as dúvidas que surgiam sobre diabetes, principalmente aos que caminhavam há horas sem comer. Foi um prazer participar neste projeto.

ISA MARIA ALMEIDA CARDIOPNEUMOLOGISTA

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76 Diabetes

A sua APDP

ANTÓNIO DE ALMEIDA SANTOS: in memoriam

E m 1976, fui convidado, com outros magistrados, para participar numa reunião com o Ministro da Justiça

António de Almeida Santos.Após horas de troca de impressões, em que

me limitei a intervir numa ou noutra questão, Almeida Santos encerrou os trabalhos e dirigiu-se-me no tom simultaneamente persuasivo e gentil que o caracterizava: “Poderia aguardar mais uns minutos?”

Fiquei surpreendido. A sós, o Ministro disparou: “Amanhã começa a trabalhar comigo!”

“Não posso, Senhor Ministro. Resido no Porto.”- foi a minha resposta.

A escusa parecia-me incontornável. Nem sequer a rodeei de subterfúgios. Mas Almeida Santos replicou sem agressividade e apenas a

querer dizer que o obstáculo não era de monta: “Pois passará a residir em Lisboa!”.

Alguns dias depois, comecei a trabalhar com o Ministro. Foi o início de uma experiência que me proporcionou o conhecimento de uma personalidade admirável.

Só há pouco tempo soube quem sugeriu ao Ministro o meu nome. Por ele, nada me foi dito ou perguntado. A minha relação com Almeida Santos emergia naturalmente, como se nos conhecêssemos há muito tempo, proviéssemos da mesma origem e desafiássemos o mesmo destino.

A missão que me atribuiu foi preparar tecnicamente o sistema judiciário estabelecido pela Constituição.

Os meus créditos resultavam de alguns

J. N. CUNHA RODRIGUESPRESIDENTE

DA ASSEMBLEIA GERAL DA APDP

O encontro com António de Almeida Santos foi

um acontecimento que me marcaria indelevelmente.

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Diabetes 77

Crónica

anos de magistratura, com boa reputação, e de uma reconhecida curiosidade por sistemas comparados.

As dificuldades eram muitas e o tempo urgia.

O encontro com António de Almeida Santos foi um acontecimento que me marcaria indelevelmente.

Na pujança da vida, culto, dotado de uma erudição adquirida nos clássicos e aberta à modernidade, político temperado por lutas juvenis contra a ditadura, escritor, poeta, jurista emérito, homem compassivo e generoso, eis António de Almeida Santos de corpo inteiro.

Não trarei para aqui recortes de uma experiência de um ano e meio, depois sequenciada por encontros que fomos mantendo.

Fiel à minha condição de magistrado mas consciente de que a técnica só vale dentro da técnica e de que a ideologia tanto mascara como revela, tive em Almeida Santos um Amigo que respeitava a minha autonomia de pensamento e a minha maneira de ser.

Nas reuniões que, por vezes, se prolongavam até altas horas, pude admirar o infatigável construtor de uma vasta obra legislativa: o conhecimento interdisciplinar do direito, a intuição da norma justa, a escrita com letra de calígrafo e o domínio das horas.

Depois, pela vida fora, fui mais observador atento que companheiro de jornada. A política estava ausente dos meus projectos de vida. A minha participação em tarefas legislativas prosseguiria com outros ministros, o que apenas posso compreender como reconhecimento do capital que tinha acumulado com Almeida Santos.

Os nossos contactos tornavam-se infrequentes. Porém, qualquer gesto da minha parte era correspondido com longas missivas em que o Mestre e Amigo regressava com o seu espírito lúcido e a sua amizade indefectível.

Nas férias do ano passado, reencontrámo-nos com mais demora. Falámos de tudo e de nada. Almeida Santos, com a memória prodigiosa que o distinguia, narrou-

me episódios da sua vida em África que, vindos a lume, explicariam uma faceta pouco conhecida da sua relação com a ditadura.

Depois, só nos vimos acidentalmente.

O dia inicial perdura como um episódio luminoso. Da minha escusa só sobrou uma parcela: durante mais oito anos, continuei a residir no Porto…

Almeida Santos foi um homem de causas: como cidadão, humanista e homem de leis.

Transformava sementes de ódio em terrenos de paz.

Tornou-se, pouco a pouco, pessimista quanto ao futuro mas preservou a sua obstinação em transformar o mundo.

Interessou-se até ao fim por iniciativas de solidariedade e benemerência.

A este título, foi, durante anos, Presidente da Assembleia Geral da APPD.

Exerço agora estas funções como legado seu.

É uma honra e uma grande responsabilidade!

Na pujança da vida, culto, dotado de uma erudição

adquirida nos clássicos e aberta à modernidade, político

temperado por lutas juvenis contra a ditadura, escritor,

poeta, jurista emérito, homem compassivo e generoso, eis

António de Almeida Santos de corpo inteiro.

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A sua APDP

78 Diabetes

CONTACTOS

ESCOLA DIABETESDepartamento de FormaçãoRua do Sol ao Rato, 11 1250-261 Lisboa

MAIS INFORMAÇÕESTel.: 213 816 140 Tlm.: 936 186 [email protected]

FENDwww.fend.orgLocalização:Leonardo Royal Hotel MunichMoosacher Straße 90, 80809 Munich

PÉ DIABÉTICOwww.pediabetico2016.comInscrições: Eurocongressos211 147 [email protected]

A MULHER E A DIABETESLOCAL Escola da APDP/ LisboaDirigida a médicos, enfermeiros, nutricionistas, dietistas, a formação permite que os participantes sejam capazes de desenvolver as suas competências no que diz respeito à saúde sexual e reprodutiva das mulheres com diabetes, obesidade e dislipidemia.

INSULINOTERAPIA NA DIABETES TIPO 2LOCAL APDP, LisboaDestinado a médicos e enfermeiros, o curso capacita os formandos sobre: autocontrolo, exercício físico e terapêutica; motivação para a adesão terapêutica; os principais tipos de insulina; identificar situações em que é necessário iniciar insulina; identificar e tratar as principais intercorrências relacionadas com a insulinoterapia.

26-27setembro

21.ª CONFERÊNCIA DA FENDLOCAL Munique, AlemanhaA conferência anual da FEND (Foundation of European Nurses in Diabetes) conta com a participação dos principais especialistas europeus na área da diabetes. Os conferencistas são de áreas, como a enfermagem, medicina, nutrição, psicologia e as próprias pessoas com diabetes.

9-10setembro

1.º CONGRESSO NACIONAL DO PÉ DIABÉTICOLOCAL Hotel Aldeia dos Capuchos/ AlmadaOrganizado pela APDP, a Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a Direção-Geral da Saúde e o Programa Nacional da Diabetes, o congresso será subordinado ao tema “Pé Diabético no Século XXI”.

9-10setembro

Para Profissionais de SaúdeEventos e Cursos de Formação

14-15 outubro

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Agenda

Diabetes 79

CONTACTOS

ESCOLA DIABETESDepartamento de FormaçãoRua do Sol ao Rato, 11 1250-261 Lisboa

MAIS INFORMAÇÕESTel.: 213 816 140 Tlm.: 936 186 [email protected]

PESSOAS COM DIABETES TIPO 1LOCAL Escola da APDP/ LisboaA formação permite melhorar os conhecimentos acerca de uma alimentação saudável e desenvolver estratégias para o equilíbrio entre hidratos de carbono, insulina e exercício físico, de modo a otimizar o controlo metabólico da diabetes e a qualidade de vida.

CUIDADOS ÀS PESSOAS IDOSAS COM DIABETESLOCAL Escola da APDP/ LisboaDirigida aos trabalhadores de Instituições para Pessoas Idosas, a sessão tem o objetivo de melhorar as competências dos profissionais nos cuidados às pessoas idosas com diabetes.

19-20setembro

PRATOS DE BAIXO INDICE GLICÉMICOLOCAL Escola da APDP/ Cozinha DietéticaEste curso pretende esclarecer os vários mitos associados a este conceito, saber como funciona e como utilizá-lo no dia-a-dia. As refeições com um índice glicémico mais baixo podem contribuir para um melhor controlo metabólico e do apetite.

VAMOS FAZER UM GRUPO DE PAIS? LOCAL Escola da APDP/ LisboaCom este curso, pretende-se que os pais das crianças e jovens partilhem experiências, dificuldades e necessidades em relação às vivências com a diabetes; melhorar as suas competências na gestão da diabetes; bem como organizar um grupo de pais para realização de outras atividades.

14setembro

Para Pessoas com Diabetes, Familiares e Prestadores de Cuidados

Cursos e Atividades de Grupo

29setembro

29setembro

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80 Diabetes

Núcleo Jovem

A equipa de futsal DiabPT United, composta por elementos do Núcleo Jovem da Associação Protectora dos Diabéticos

de Portugal (NJA) e da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), está cada vez mais próxima do Campeonato Europeu de Futsal para Pessoas com Diabetes – DiaEuro 2016, que vai ter lugar em Sarajevo, capital da Bósnia, nos dias 24 a 31 de julho de 2016.

Nos dias 10 a 12 de junho, a equipa que irá representar Portugal no campeonato, realizou um estágio de preparação em Mértola, com uma série de treinos e com a participação num torneio quadrangular com várias equipas da região, tendo obtido o 2.º lugar na competição. Este estágio só foi possível com a colaboração de diversas entidades, merecendo destaque o apoio da Câmara Municipal de Mértola.Esta atividade, acompanhada pelos treinos e os convívios que têm ocorrido entre os membros da equipa, possibilitou não só a preparação física e mental dos jogadores para o campeonato, mas

também permitiu no seu conjunto a união da equipa, a desmistificação do exercício físico na Diabetes e a transmissão de que esta doença não limita a vida de nenhum de nós.O NJA permanece parte integrante desta equipa, sendo representado pelo nosso membro Manuel Laginha Gonçalves, fomentando o espírito de entreajuda e promovendo a intervenção dos jovens na sua qualidade de vida. Sigam as nossas notícias e informações em www.facebook.com/DiabPTUnited/ e apareçam nos treinos da equipa.

FIM DE SEMANA DO NJA: RIO MAIOR 17/18 DE SETEMBROIrá realizar-se o 2.º Fim-de-Semana do NJA em Rio Maior, nos dias 17 e 18 de setembro. Crianças, jovens, adultos, pais, família e amigos estão todos convidados.É uma oportunidade única de partilharmos experiências sobre viver com diabetes e de praticar atividade física em conjunto. O programa inclui atividades tais como judo, escalada, rappel, hip hop, expressão plástica e insufláveis. É adaptado a todas as idades e gostos.Estejam atentos ao prazo de inscrição, pois daremos a notícia na nossa página de facebook.Querem ajudar-nos a organizar? Têm ideias? Contactem-nos através do e-mail [email protected].

O Pedro Pires vai representar Portugal no Youth Camp da Federação Internacional de Diabetes da região Europa, onde estarão 24 jovens adultos com diabetes, dos 18 aos 30 anos, provenientes de vários países da Europa.Com o objetivo de trocar experiências relativamente ao tratamento e às condições de saúde de cada país, o programa irá abranger aspetos práticos de viver com

diabetes, incluindo workshops educativos e sessões de atividade física. É uma oportunidade de partilha do trabalho voluntário destes jovens nas suas associações, abrangendo a realidade europeia, que lhes trará uma dimensão transversal em todas as das suas atividades e projetos de advocacia.

YOUTH CAMP DA IDF EUROPEO programa

inclui workshops educativos e sessões

de atividade física.

EQUIPA DIABPT UNITED PREPARADA PARA DIAEURO 2016

PARTILHA AS TUAS IDEIAS COM O NJA ATRAVÉS DO E-MAIL [email protected] OU DO TELEFONE 21 381 61 51

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Diabetes 81

Aretha Franklin é uma das mais emblemáticas vozes da música negra

do século XX. Conhecida como a “Queen of Soul”, curiosamente o estilo musical de Aretha esteve sempre mais perto do jazz, dos blues e do gospel do que da soul ou do rock’n blues. Embora tenha tido uma prolífica carreira, nunca foi um nome dos tops americanos. Ela mesma

posicionou-se sempre como uma outsider dos círculos de sucesso. Apenas dois temas chegaram a número um nas listas dos mais vendidos nos EUA. “Respect”, talvez o tema mais conhecido e tocado entre todos e ”I knew you were waiting”, num dueto com George Michael, já no final dos anos 80.

Aretha Louise Franklin nasceu em Memphis num ambiente modesto da

comunidade negra, filha de um pregador itinerante da Igreja Baptista, Clarence LaVaughn Franklin. Aos 4 anos vai com a família para Detroit, onde o pai constrói a sua própria congregação. Uma excelente voz dos espirituais negros, CLV tornou-se conhecido em Detroit e na comunidade, recebendo frequentemente figuras de referência no universo gospel e soul, como Mahalia

Foi a primeira mulher a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame e recebeu 18 Grammys. A sua voz será eternamente uma das grandes vozes da música negra.

A Rainha do Soul

CRÓNICA DE PEDRO MATOS

Diabético ilustre

ARETHA FRANKLIN

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Diabético ilustre

82 Diabetes

B.I.

Nome: Aretha Louise Franklin

Biografia:Nasceu em Memphis num ambiente modesto da comunidade negra, filha de um pregador da Igreja Baptista. Aos 14 anos grava o seu primeiro álbum. Alcançou sucesso comercial no final dos anos 60 e durante a década de 70. Está hoje na fase final da carreira. Tem diabetes tipo 2.

Jackson, Dinah Washington, Sam Cooke e Clara Ward. Todos vieram a ser grandes fontes de inspiração para a jovem Aretha, que começou a cantar, e também tocar piano, na igreja do pai com dez anos.

Aos 14 anos grava o seu primeiro álbum, uma compilação de “gospel songs” chamado “Songs of Faith”. Torna-se profissional, cinco anos mais tarde. Sendo um ícone da música soul e blues, é curioso nunca ter assinadao pela Motown, a histórica “label” da música negra. Começou na Columbia, sem grande sucesso, passando depois para a Atlantic, onde consegue finalmente sucesso comercial a partir do final dos anos 60 e durante a década de 70.

Em paralelo com a sua carreira artística, Aretha foi sempre uma das figuras ligadas às questões cívicas, nomeadamente aos direitos civis dos negros e das mulheres. “Respect”, uma espécie de canção assinatura, tornou-se símbolo do movimento feminista. Outros títulos são frequentemente passados nas radios e adaptados por outros artistas, como “You make me feel like a natural

woman” (original de Gerry Goffin e Carole King), I say a little prayer” (original de Dionne Warwick), “Spanish Harlem” e “Freeway of Love”. Partilhando os ideais de Martin Luther King, um

amigo do pai, foi convidada para cantar no seu funeral.

Aretha Franklin foi a primeira mulher a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame e recebeu 18 Grammys.

Dando expressão a uma ideia partilhada por muitos de que poderia ter sido uma optima mezzo soprano, substituiu Pavarotti numa cerimónia dos Grammy, com uma fantástica interpretação do “Nessum Dorma”. A sua voz mudou ao longo dos anos, sempre com uma enorme flexibilidade e habilidade interpretativa dos diferentes temas, o mesmo acontecendo com o seu estilo e a sua imagem em palco, entre fases de maior extravagância e outras de inspiração afro-americana. Condecorada por Bush com a Medalha da Liberdade e também pelo Kennedy Center, uma das mais prestigiadas instituições do país Aretha está hoje na fase final da carreira. Nos últimos tempos ficam na memória as suas interpretações no Inauguration Day de Obama e no International Jazz 2016, onde cantou “Purple Rain”, em homenagem ao recentemente falecido Prince. Tem diabetes tipo 2, embora pouco se sabendo sobre quando foi diagnosticada e outros pormenores relacionados com a doença.

A sua voz será eternamente uma das grandes vozes da música negra. A Rainha do Soul.

Nos últimos

tempos ficam na

memória as suas

interpretações

no Inauguration

Day de Obama e

no International

Jazz 2016, onde

cantou “Purple

Rain”, em

homenagem ao

recentemente

falecido Prince.

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AF_ADC349_210X265_DOENTES.pdf 1 16/04/13 18:40