feira de s. mateus · venha à feira de s. mateus. ... portas franqueadas para quem a ela ... mas...
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Feira de S. Mateus1392 - 2013
621 anos
Feira de S. Mateus 2013 1
Feira de S. Mateus1392 - 2013
621 anos
Feira de S. Mateus 2013 1
Organização e Ficha Técnica2 3Presidente da Câmara Municipal de Viseu
ORGANIZAÇÃO
EXPOVIS – Promoção e Eventos, Lda.
José Moreira Amaral
Gerente Executivo
(em representação da Câmara Municipal de Viseu)
Carlos Olavo Pereira Carreira e Sousa
Gerente
(em representação da A.I.R.V. – Associação Empresarial da Região de Viseu)
SERVIÇOS TÉCNICO ADMINISTRATIVOS
Paula Maria Correia Soares
Simone Maria Pereira Chaves
Maria Manuela Coelho Lourenço
Fernando Manuel Ribeiro Miranda
Lúcia Margarida Barros da Silva
FICHA TÉCNICA
DIRECTOR
José Moreira Amaral
CONSELHO EDITORIAL
Alberto Correia
António Augusto Fernandes
Lúcia Barros da Silva
Luís da Silva Fernandes
Maria das Dores Almeida Henriques
Maria de Fátima Eusébio
Rui Macário Ribeiro
FOTOGRAFIA
Arquivo Expovis
Foto Germano
José Alfredo
EDIÇÃO E PROPRIEDADE
EXPOVIS – Promoção e Eventos, Lda.
DESIGN GRÁFICO
IMPRESSÃO E ACABAMENTOS
Tiragem: 6000 exemplares
Periodicidade: Anual
Distribuição gratuita
Depósito Legal: 347707/12
© DIREITOS RESERVADOS
Um enorme espaço dentro da cidade que acolhe milhares de Pessoas que
se reúnem num encontro anual, apenas com o motivo da realização de
uma Festa com mais de 600 anos.
Este ano, o espaço ficará mais acessível, pois a ponte pedonal, concebida e
executada com materiais compósitos, pelo Instituto Superior Técnico, de
Lisboa, acrescenta valor à mobilidade, mesmo ao lado das instalações o
antigo matadouro, alvo de uma notável reabilitação.
Reabilitação levada a cabo no âmbito de um projecto, muito bem
conseguido, com a epígrafe (Re)Centrar o Centro, sintomático do óptimo
aproveitamento dos fundos comunitários colocados à disposição dos Municípios. Efectivamente, a
sede social do vetusto Orfeão de Viseu constitui um contributo determinante da regeneração da
zona. A baixa da cidade fica, agora, ainda mais ligada à alta, encimada pelo Adro da Sé, com um
notável complexo arquitectónico de inquestionável valor patrimonial.
Passo a passo, esta zona ribeirinha da cidade de Viseu fica cada vez mais apelativa, chamando mais e
mais Concidadãos.
Ficamos contentes por verificar que os avultados investimentos tornaram esta zona da cidade mais
rica e mais inclusiva, fazendo jus ao título de:
Viseu – A Melhor Cidade para Viver.
Venha à Feira de S. Mateus.
Cordialmente
O Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Dr. Fernando Ruas
Feira de S. MateusEdição de 2013
Organização e Ficha Técnica2 3Presidente da Câmara Municipal de Viseu
ORGANIZAÇÃO
EXPOVIS – Promoção e Eventos, Lda.
José Moreira Amaral
Gerente Executivo
(em representação da Câmara Municipal de Viseu)
Carlos Olavo Pereira Carreira e Sousa
Gerente
(em representação da A.I.R.V. – Associação Empresarial da Região de Viseu)
SERVIÇOS TÉCNICO ADMINISTRATIVOS
Paula Maria Correia Soares
Simone Maria Pereira Chaves
Maria Manuela Coelho Lourenço
Fernando Manuel Ribeiro Miranda
Lúcia Margarida Barros da Silva
FICHA TÉCNICA
DIRECTOR
José Moreira Amaral
CONSELHO EDITORIAL
Alberto Correia
António Augusto Fernandes
Lúcia Barros da Silva
Luís da Silva Fernandes
Maria das Dores Almeida Henriques
Maria de Fátima Eusébio
Rui Macário Ribeiro
FOTOGRAFIA
Arquivo Expovis
Foto Germano
José Alfredo
EDIÇÃO E PROPRIEDADE
EXPOVIS – Promoção e Eventos, Lda.
DESIGN GRÁFICO
IMPRESSÃO E ACABAMENTOS
Tiragem: 6000 exemplares
Periodicidade: Anual
Distribuição gratuita
Depósito Legal: 347707/12
© DIREITOS RESERVADOS
Um enorme espaço dentro da cidade que acolhe milhares de Pessoas que
se reúnem num encontro anual, apenas com o motivo da realização de
uma Festa com mais de 600 anos.
Este ano, o espaço ficará mais acessível, pois a ponte pedonal, concebida e
executada com materiais compósitos, pelo Instituto Superior Técnico, de
Lisboa, acrescenta valor à mobilidade, mesmo ao lado das instalações o
antigo matadouro, alvo de uma notável reabilitação.
Reabilitação levada a cabo no âmbito de um projecto, muito bem
conseguido, com a epígrafe (Re)Centrar o Centro, sintomático do óptimo
aproveitamento dos fundos comunitários colocados à disposição dos Municípios. Efectivamente, a
sede social do vetusto Orfeão de Viseu constitui um contributo determinante da regeneração da
zona. A baixa da cidade fica, agora, ainda mais ligada à alta, encimada pelo Adro da Sé, com um
notável complexo arquitectónico de inquestionável valor patrimonial.
Passo a passo, esta zona ribeirinha da cidade de Viseu fica cada vez mais apelativa, chamando mais e
mais Concidadãos.
Ficamos contentes por verificar que os avultados investimentos tornaram esta zona da cidade mais
rica e mais inclusiva, fazendo jus ao título de:
Viseu – A Melhor Cidade para Viver.
Venha à Feira de S. Mateus.
Cordialmente
O Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Dr. Fernando Ruas
Feira de S. MateusEdição de 2013
Museu da EDP4 5Gerente Executivo da Expovis
Foi há 621 anos. Por vontade de rei, Viseu teve a sua feira. Com escritura
que lhe definiu caminho e matriz: portas franqueadas para quem a ela
quisesse chegar para lhe cumprir destino. Uma prerrogativa concedida a
uma cidade que era paço de reis e chão de gente de coração nobre e leal e
braço forte. A feira franca de Viseu cresceu como espaço de encontro na
encruzilhada dos destinos que faziam a vida e tornou-se oportunidade
para todos os que vendiam ou compravam os bens e os utensílios com
que fartavam a mesa e afeiçoavam a terra.
Foi assim por muitos anos. Viveu como os homens vivem, entre os altos e
baixos da montanha do tempo, mas foi-se alojando indelevelmente na alma de quem tem inscrita na
sua identidade a condição de viseense e beirão.
Todos temos memórias da feira.
Por estes anos mais nossos e chegado Agosto, a cidade cria uma outra cidade, que se enche da
curiosidade, de muitos meses guardada, para tudo ver, tudo descobrir, tudo sentir, tudo viver, como
se o primeiro fosse o último dia.
A Feira é a festa da cultura porque é a festa das pessoas. Deve respeitar a sua história e a memória
dos muitos homens que a edificaram, mas tem de ser moderna, atual e cosmopolita para
corresponder às exigências de um tempo novo e se afirmar como símbolo maior de uma cidade-
região cada vez mais afirmativa das suas potencialidades e atrativa de muitos milhares de pessoas
que a tomam como sua.
Soam-me as palavras de um ilustre pensador que afirmava, mais ou menos textualmente, que "só
quem vem de longe vai para longe". Esta Feira que vem de um tempo lá muito atrás, sente hoje, e
talvez mais que em qualquer outro momento, a capacidade para se apresentar como um dos mais
conseguidos eventos nacionais do género. Espaço para as várias dimensões da cultura, montra das
potencialidades económicas da região, oportunidade para o comércio e os negócios, tempo para o
lazer e a diversão e momento enaltecedor da inovação e da criatividade.
A edição 2013 da Feira de S. Mateus oferece uma programação rica e variada, constituindo, passe a
imodéstia, um avanço decisivo no caminho da modernidade e da construção de uma feira para o
século XXI, aberta à participação imprescindível dos agentes culturais da cidade e da região.
A Feira de S. Mateus é e quer continuar a ser um dos maiores acontecimentos do género que se
realiza no nosso país; mas não pode parar no tempo numa atitude de auto-contemplação
Feira de S. Mateus
Museu da EDP4 5Gerente Executivo da Expovis
Foi há 621 anos. Por vontade de rei, Viseu teve a sua feira. Com escritura
que lhe definiu caminho e matriz: portas franqueadas para quem a ela
quisesse chegar para lhe cumprir destino. Uma prerrogativa concedida a
uma cidade que era paço de reis e chão de gente de coração nobre e leal e
braço forte. A feira franca de Viseu cresceu como espaço de encontro na
encruzilhada dos destinos que faziam a vida e tornou-se oportunidade
para todos os que vendiam ou compravam os bens e os utensílios com
que fartavam a mesa e afeiçoavam a terra.
Foi assim por muitos anos. Viveu como os homens vivem, entre os altos e
baixos da montanha do tempo, mas foi-se alojando indelevelmente na alma de quem tem inscrita na
sua identidade a condição de viseense e beirão.
Todos temos memórias da feira.
Por estes anos mais nossos e chegado Agosto, a cidade cria uma outra cidade, que se enche da
curiosidade, de muitos meses guardada, para tudo ver, tudo descobrir, tudo sentir, tudo viver, como
se o primeiro fosse o último dia.
A Feira é a festa da cultura porque é a festa das pessoas. Deve respeitar a sua história e a memória
dos muitos homens que a edificaram, mas tem de ser moderna, atual e cosmopolita para
corresponder às exigências de um tempo novo e se afirmar como símbolo maior de uma cidade-
região cada vez mais afirmativa das suas potencialidades e atrativa de muitos milhares de pessoas
que a tomam como sua.
Soam-me as palavras de um ilustre pensador que afirmava, mais ou menos textualmente, que "só
quem vem de longe vai para longe". Esta Feira que vem de um tempo lá muito atrás, sente hoje, e
talvez mais que em qualquer outro momento, a capacidade para se apresentar como um dos mais
conseguidos eventos nacionais do género. Espaço para as várias dimensões da cultura, montra das
potencialidades económicas da região, oportunidade para o comércio e os negócios, tempo para o
lazer e a diversão e momento enaltecedor da inovação e da criatividade.
A edição 2013 da Feira de S. Mateus oferece uma programação rica e variada, constituindo, passe a
imodéstia, um avanço decisivo no caminho da modernidade e da construção de uma feira para o
século XXI, aberta à participação imprescindível dos agentes culturais da cidade e da região.
A Feira de S. Mateus é e quer continuar a ser um dos maiores acontecimentos do género que se
realiza no nosso país; mas não pode parar no tempo numa atitude de auto-contemplação
Feira de S. Mateus
Gerente Executivo da Expovis6
Feira de S. Mateus 2012Memória
7A Feira: Olhares e Memórias
pretensamente bairrista, que tem o nome de declínio. Os viseenses gostam muito da sua feira,
mesmo que às vezes não pareça. Por tal, exigem que ela se transforme, na abertura às exigências de
um tempo económico, cultural e social novo, global, desafiante, moderno e cosmopolita. Sem
perder a alma.
Por nós, reiteramos, gostosamente, o convite de nela nos reencontrarmos.
Vamos todos!
O Gerente Executivo da Expovis
Dr. José Moreira AmaralDavid Fonseca
Xutos & Pontapés
The Gift
Gerente Executivo da Expovis6
Feira de S. Mateus 2012Memória
7A Feira: Olhares e Memórias
pretensamente bairrista, que tem o nome de declínio. Os viseenses gostam muito da sua feira,
mesmo que às vezes não pareça. Por tal, exigem que ela se transforme, na abertura às exigências de
um tempo económico, cultural e social novo, global, desafiante, moderno e cosmopolita. Sem
perder a alma.
Por nós, reiteramos, gostosamente, o convite de nela nos reencontrarmos.
Vamos todos!
O Gerente Executivo da Expovis
Dr. José Moreira AmaralDavid Fonseca
Xutos & Pontapés
The Gift
9A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias8
Amor ElectroOs Azeitonas
The Luckie Duckies
Boss Ac Leandro
Aula de ZumbaThe Lucky Duckies
9A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias8
Amor ElectroOs Azeitonas
The Luckie Duckies
Boss Ac Leandro
Aula de ZumbaThe Lucky Duckies
10 11
A Feira de S. Mateus enfrentava, em inícios do século XX, uma profunda crise. Era já evidente a
diminuição da sua utilidade como mercado, devido às profundas alterações nas dinâmicas da
comercialização de bens. Entretanto, as elevadas taxas municipais exigidas aos comerciantes para
instalação no espaço da Feira e a endémica falta de receitas para organização, animação e
iluminação adequada do espaço iam agravando a situação (Fernandes, 2012).
Apesar de algumas tentativas para reverter a situação, a sociedade local tinha plena consciência da
decadência da sua feira secular e da possibilidade real de extinção (Fernandes, 2012). Como notava
o Jornal da Beira, em véspera de abertura da Feira, a 15 de Setembro de 1922, «a chamada feira
franca não passa agora de um vestígio do que já foi, parecendo que infelizmente se aproxima do seu
fim».
Sabemos hoje que este vaticínio, embora realista, não se cumpriu inteiramente. A Feira sobreviveu,
transfigurando-se e passando a integrar a «nova geração das Feiras Populares, mestiçada de Festas
da Cidade», de que falava Lucena e Vale (1991: 255).
A análise das fontes documentais disponíveis, especialmente as atas dos executivos municipais e a
imprensa local, permitiu-nos identificar o momento de viragem, a partir do qual a Feira foi sendo
revitalizada segundo um novo modelo, o de Feira-Exposição (Fernandes, 2012). Esse momento é o
ano de 1927, quando a Comissão Administrativa que geria o município, presidida pelo Tenente-
Coronel António Lopes Mateus, decidiu nomear uma comissão constituída por 3 vogais, com a
missão de elaborar «um projecto sobre a modernisação da Feira de S. Mateus, a realizar nesta
cidade de 16 a 30 de Setembro» (Atas, 28/07/1927, fl. 119).
Um desses vogais era o Capitão Francisco de Almeida Moreira (1873-1939), primeiro diretor do
Museu Grão Vasco e personalidade com protagonismo nessa primeira fase de renovação da Feira
Franca, cujo contributo analisaremos no presente texto.
As origens do novo modelo da Feira de S. Mateus
A crise vivida pelas festas e feiras tradicionais nas primeiras décadas do século XX suscitava o debate
público, documentado na imprensa (vide O Azorrague, 28/06/1925, por exemplo). Em Viseu, a
propósito das decadentes Festas de Santo António, já em 1916 Almeida Moreira defendia a
introdução de uma exposição regional no programa das festas, promovendo a venda e divulgação
de «artigos genuinamente característicos da região», segundo o Povo Beirão (7/03/1916). A aposta
em exposições regionais, consideradas iniciativas importantes para o «desenvolvimento comercial,
industrial e agrícola» local (Povo Beirão, 7/03/1916), inseridas em eventos tradicionais (O Notícias
Almeida Moreira e a renovação da Feira de S. Mateus (1927-1935)
Ilustrado, 8/09/1929: 15) ou organizadas como evento autónomo (Serra, 1993: 430), iria assumir
cada vez mais relevo. Tal facto não é alheio às pulsões regionalistas então presentes na sociedade
portuguesa, inclusivamente num contexto de luta das elites locais pelo reconhecimento do estatuto
de “terra de turismo” e/ou de pólo económico para a sua localidade, particularmente a partir dos
anos 20 (Serra, 1993: 430-433, por exemplo).
Por outro lado, a influência das grandes exposições internacionais, particularmente na componente
estética, fazia-se sentir. A esse nível, foi marcante a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et
Industriels Modernes, realizada em Paris, em 1925. Além da afirmação do estilo art déco, a
exposição propunha um espaço amplo e organizado como uma cidade, ao qual se acedia através de
pórticos monumentais, preenchido por pavilhões arquitetonicamente relevantes.
Em breve, Portugal iria aderir ao modelo, como demonstra a V Exposição Agrícola, Pecuária,
Industrial e de Automóvel das Caldas da Rainha, em agosto de 1927: recinto com pórticos e
pavilhões «modernistas e garridos», valorizados pela iluminação elétrica, sendo o planeamento do
espaço e a concepção dos pavilhões entregues a um arquiteto, facto inédito à época (Serra, 1993:
430-433; Santos, 1995: 448).
Ora, precisamente em 1925, discutia-se em Viseu a forma de renovar a Feira Franca. No semanário
O Azorrague (28/06/1925), onde colaborava Almeida Moreira, um colunista identificado como F.
defendia a modernização do certame, «sem contudo se destruir a sua feição tradicional, insuflando-
lhe vida nova com novos elementos tais como: abarracamentos artísticos em forma de pavilhões
onde a agricultura e a arte de todas as Beiras e de todo o país, exporão os seus produtos, dando-lhe a
caraterística de Feira-Exposição, com prémios a conferir, cumprindo às vereações, mandar publicar
anúncios e reclames nos grandes diários e em cartazes artísticos, afixados nas principais terras do
país, com alguma semanas de antecipação (…)».
Curiosamente, como noticiava O Azorrague (6/09 e 18/10/1925), o seu ilustre colaborador F.
Almeida Moreira tinha realizado uma viagem de estudo entre setembro e outubro desse ano,
visitando alguns dos principais museus europeus «e ainda a Exposição de Artes Decorativas de
Paris», inaugurada em abril de 1925.
Os ecos da estética fomentada pela exposição parisiense estavam pois presentes em Viseu,
certamente por via da influência de Almeida Moreira, quando, em 1927, foi nomeada a comissão
encarregada da modernização da Feira de S. Mateus. Constituída pelos vogais Major Alfredo Gil,
Capitão Almeida Moreira e Capitão Porfírio Hipólito da Fonseca, elaborou um projeto, aprovado
pelo executivo municipal que encarregou os proponentes de o pôr em prática nesse mesmo ano
(Atas, 28/07/1927, fl. 119; idem, 4/08/1927, fls. 124v e 125).
O projeto de renovação optou por uma nova disposição dos “abarracamentos”, procurando
valorizar a exposição dos produtos e objetos, sem prejudicar a circulação no recinto; a disposição no
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
10 11
A Feira de S. Mateus enfrentava, em inícios do século XX, uma profunda crise. Era já evidente a
diminuição da sua utilidade como mercado, devido às profundas alterações nas dinâmicas da
comercialização de bens. Entretanto, as elevadas taxas municipais exigidas aos comerciantes para
instalação no espaço da Feira e a endémica falta de receitas para organização, animação e
iluminação adequada do espaço iam agravando a situação (Fernandes, 2012).
Apesar de algumas tentativas para reverter a situação, a sociedade local tinha plena consciência da
decadência da sua feira secular e da possibilidade real de extinção (Fernandes, 2012). Como notava
o Jornal da Beira, em véspera de abertura da Feira, a 15 de Setembro de 1922, «a chamada feira
franca não passa agora de um vestígio do que já foi, parecendo que infelizmente se aproxima do seu
fim».
Sabemos hoje que este vaticínio, embora realista, não se cumpriu inteiramente. A Feira sobreviveu,
transfigurando-se e passando a integrar a «nova geração das Feiras Populares, mestiçada de Festas
da Cidade», de que falava Lucena e Vale (1991: 255).
A análise das fontes documentais disponíveis, especialmente as atas dos executivos municipais e a
imprensa local, permitiu-nos identificar o momento de viragem, a partir do qual a Feira foi sendo
revitalizada segundo um novo modelo, o de Feira-Exposição (Fernandes, 2012). Esse momento é o
ano de 1927, quando a Comissão Administrativa que geria o município, presidida pelo Tenente-
Coronel António Lopes Mateus, decidiu nomear uma comissão constituída por 3 vogais, com a
missão de elaborar «um projecto sobre a modernisação da Feira de S. Mateus, a realizar nesta
cidade de 16 a 30 de Setembro» (Atas, 28/07/1927, fl. 119).
Um desses vogais era o Capitão Francisco de Almeida Moreira (1873-1939), primeiro diretor do
Museu Grão Vasco e personalidade com protagonismo nessa primeira fase de renovação da Feira
Franca, cujo contributo analisaremos no presente texto.
As origens do novo modelo da Feira de S. Mateus
A crise vivida pelas festas e feiras tradicionais nas primeiras décadas do século XX suscitava o debate
público, documentado na imprensa (vide O Azorrague, 28/06/1925, por exemplo). Em Viseu, a
propósito das decadentes Festas de Santo António, já em 1916 Almeida Moreira defendia a
introdução de uma exposição regional no programa das festas, promovendo a venda e divulgação
de «artigos genuinamente característicos da região», segundo o Povo Beirão (7/03/1916). A aposta
em exposições regionais, consideradas iniciativas importantes para o «desenvolvimento comercial,
industrial e agrícola» local (Povo Beirão, 7/03/1916), inseridas em eventos tradicionais (O Notícias
Almeida Moreira e a renovação da Feira de S. Mateus (1927-1935)
Ilustrado, 8/09/1929: 15) ou organizadas como evento autónomo (Serra, 1993: 430), iria assumir
cada vez mais relevo. Tal facto não é alheio às pulsões regionalistas então presentes na sociedade
portuguesa, inclusivamente num contexto de luta das elites locais pelo reconhecimento do estatuto
de “terra de turismo” e/ou de pólo económico para a sua localidade, particularmente a partir dos
anos 20 (Serra, 1993: 430-433, por exemplo).
Por outro lado, a influência das grandes exposições internacionais, particularmente na componente
estética, fazia-se sentir. A esse nível, foi marcante a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et
Industriels Modernes, realizada em Paris, em 1925. Além da afirmação do estilo art déco, a
exposição propunha um espaço amplo e organizado como uma cidade, ao qual se acedia através de
pórticos monumentais, preenchido por pavilhões arquitetonicamente relevantes.
Em breve, Portugal iria aderir ao modelo, como demonstra a V Exposição Agrícola, Pecuária,
Industrial e de Automóvel das Caldas da Rainha, em agosto de 1927: recinto com pórticos e
pavilhões «modernistas e garridos», valorizados pela iluminação elétrica, sendo o planeamento do
espaço e a concepção dos pavilhões entregues a um arquiteto, facto inédito à época (Serra, 1993:
430-433; Santos, 1995: 448).
Ora, precisamente em 1925, discutia-se em Viseu a forma de renovar a Feira Franca. No semanário
O Azorrague (28/06/1925), onde colaborava Almeida Moreira, um colunista identificado como F.
defendia a modernização do certame, «sem contudo se destruir a sua feição tradicional, insuflando-
lhe vida nova com novos elementos tais como: abarracamentos artísticos em forma de pavilhões
onde a agricultura e a arte de todas as Beiras e de todo o país, exporão os seus produtos, dando-lhe a
caraterística de Feira-Exposição, com prémios a conferir, cumprindo às vereações, mandar publicar
anúncios e reclames nos grandes diários e em cartazes artísticos, afixados nas principais terras do
país, com alguma semanas de antecipação (…)».
Curiosamente, como noticiava O Azorrague (6/09 e 18/10/1925), o seu ilustre colaborador F.
Almeida Moreira tinha realizado uma viagem de estudo entre setembro e outubro desse ano,
visitando alguns dos principais museus europeus «e ainda a Exposição de Artes Decorativas de
Paris», inaugurada em abril de 1925.
Os ecos da estética fomentada pela exposição parisiense estavam pois presentes em Viseu,
certamente por via da influência de Almeida Moreira, quando, em 1927, foi nomeada a comissão
encarregada da modernização da Feira de S. Mateus. Constituída pelos vogais Major Alfredo Gil,
Capitão Almeida Moreira e Capitão Porfírio Hipólito da Fonseca, elaborou um projeto, aprovado
pelo executivo municipal que encarregou os proponentes de o pôr em prática nesse mesmo ano
(Atas, 28/07/1927, fl. 119; idem, 4/08/1927, fls. 124v e 125).
O projeto de renovação optou por uma nova disposição dos “abarracamentos”, procurando
valorizar a exposição dos produtos e objetos, sem prejudicar a circulação no recinto; a disposição no
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
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terreno materializou-se num quadrado definido por 4 amplos arruamentos, com rotunda e coreto
ao centro (Fernandes, 2012). Nos anos seguintes, os pórticos que davam acesso ao espaço
assumiram-se como elementos identitários do recinto, implementando uma estética na qual a
iluminação eléctrica passava a ter destaque (Comércio de Viseu, 23/09/1928).
A reorganização do espaço foi acompanhada pelo controle da qualidade e adequação dos stands e
pavilhões, através de projeto a aprovar pela autarquia (Comércio de Viseu, 19/07/1930).
A opção pelo modelo de feira-exposição ficou desde logo expressa na intenção de «promover a
exposição de amostras, tais como (…) produtos do posto agrário, alfaias (…), automóveis, panos,
tapetes e cestos de Vildemoinhos, mobílias de verga, bordados de Tibaldinho, louças de Molelos,
trabalhos executados em diversas oficinas, etc., para o que a Câmara facultaria as respectivas
barracas» (Atas, 4/08/1927, fl. 124v).
Ora, o incentivo à qualidade dos expositores e a adesão de produtores e comerciantes também
implicava a distribuição de «prémios para uma exposição de gado bovino, produtos agrícolas e
construção de barracas (…)» (Atas, 4/08/1927, fl. 125), tendo o número de concursos aumentado ao
longo dos anos, de acordo com a própria diversificação do programa.
Por outro lado, não era esquecida a necessária animação: «levar a efeito o maior número possível
de divertimentos (…), com (…) as bandas do Regimento de Infantaria 14 e Asilo de S.to António (…)
danças e cinematografo ao ar livre»; distribuir; por outro lado, a vertente assistencialista seria
garantida pelo convite «as instituições de caridade a promover o aluguer de barracas (…) para (…) a
venda de chá e doces (…), revertendo o seu produto em benefício das instituições de beneficência
local» (Atas, 4/08/1927, fls. 124v e 125).
A programação incluía a realização da feira de gado nos primeiros dias do evento, bem como as
exposições pecuária e de produtos regionais, em associação com concertos, espetáculos de circo,
festivais nocturnos, sessões de cinema, provas desportivas e diversos concursos (Jornal das Beiras,
23/09/1927, Comércio de Viseu, 19/07/1930).
O projeto de 1927 foi concretizado nesse ano com êxito (Jornal das Beiras, 23/09/1927). A
consolidação do modelo, inclusive com o aparecimento dos primeiros cartazes da Feira, distribuídos
em todo o país (Correia e Magalhães, 2009) ia atraindo milhares de visitantes (Fernandes, 2012),
muitos deles forasteiros que aproveitavam para conhecer a cidade.
O próprio Museu Grão Vasco dirigido por Almeida Moreira era positivamente afetado pela afluência
à Feira Franca: em 1933, do total anual de 10.222 visitantes, quase 50% foram registados no mês de
setembro (5.005 visitantes, 805 dos quais em dias pagos), período de realização da Feira Franca
(Distrito de Viseu, 30/02/1934).
Um desses visitantes, o historiador Hernâni Cidade, em crónica publicada no Primeiro de Janeiro,
descreveu elogiosamente a Feira (Distrito de Viseu, 12/11/1932):
«Barracas de bom gosto e certo luxo, num recinto fechado, com entradas sob arcos artísticos, todos
debruados de fiadas de lâmpadas eléctricas. Dentro do recinto, uma humanidade (…) que pode e
quere vêr e mostrar-se, e (…) stands (…) bem tentadores, em instalação e recheio (…)».
O contributo do Capitão Almeida Moreira
No processo de renovação da Feira de S. Mateus existem vários protagonistas mas o Capitão
Almeida Moreira, destacado pelo Jornal da Beira como «inovador da Feira Franca» (14/09/1931), é
incontornável.
Profundamente envolvido na gestão da cidade, integrou diversos executivos municipais, como
vogal e Vice-Presidente, entre 1918 (Atas, 5/09/1918) e 1934, quando deixou definitivamente a
Câmara, incompatibilizado com alguns membros da vereação (Comércio do Porto, 16/05/1934).
Ligado, como vimos, à génese do novo modelo da Feira de S. Mateus, Almeida Moreira iria ter, como
vogal, uma intervenção direta nos primeiros anos da revitalização da feira. Efetivamente, desde
1927 integrou sucessivamente a comissão organizadora da Feira Franca nomeada em cada ano pelo
executivo camarário (Notícias de Viseu, 18/02/1928 e Comércio de Viseu, 13/06/1931, por
exemplo).
Atendendo ao seu caráter de organizador nato, veia artística, experiência como comissário de
exposições e atenção à estética urbana, foram-lhe atribuídas nessas comissões responsabilidades
relativas aos projetos «de abarracamento» da Feira e à realização dos respetivos «cartaz-reclame»
(Atas 27/06/1929; Comércio de Viseu, 29/06/1929).
Esteve também ligado à organização de vários
concursos na Feira, nomeadamente como membro de
júri (Voz da Verdade, 5/10/1929), entre os quais o
concurso de trajes regionais, introduzido em 1928
(fig.1).
A marca de Almeida Moreira na Feira Franca renovada
está igualmente patente nos diversos pavilhões que
concebeu (Comércio de Viseu, 21/09/1929),
particularmente os pavilhões municipais, de que é
exemplo o de 1930, como documenta um esboço da
sua autoria, pertencente ao Museu Almeida Moreira.
A sua intervenção na Feira Franca manifestou-se
também através das funções que exerceu, desde 1927,
na Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu,
instituição vocacionada para o desenvolvimento do
turismo a nível local (Fernandes, 2008: 166-169). Fig. 1 - Feira de S. Mateus, 1928 – recinto e concurso de
trajes regionais (Notícias de Viseu 20/10/1928).
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1312
terreno materializou-se num quadrado definido por 4 amplos arruamentos, com rotunda e coreto
ao centro (Fernandes, 2012). Nos anos seguintes, os pórticos que davam acesso ao espaço
assumiram-se como elementos identitários do recinto, implementando uma estética na qual a
iluminação eléctrica passava a ter destaque (Comércio de Viseu, 23/09/1928).
A reorganização do espaço foi acompanhada pelo controle da qualidade e adequação dos stands e
pavilhões, através de projeto a aprovar pela autarquia (Comércio de Viseu, 19/07/1930).
A opção pelo modelo de feira-exposição ficou desde logo expressa na intenção de «promover a
exposição de amostras, tais como (…) produtos do posto agrário, alfaias (…), automóveis, panos,
tapetes e cestos de Vildemoinhos, mobílias de verga, bordados de Tibaldinho, louças de Molelos,
trabalhos executados em diversas oficinas, etc., para o que a Câmara facultaria as respectivas
barracas» (Atas, 4/08/1927, fl. 124v).
Ora, o incentivo à qualidade dos expositores e a adesão de produtores e comerciantes também
implicava a distribuição de «prémios para uma exposição de gado bovino, produtos agrícolas e
construção de barracas (…)» (Atas, 4/08/1927, fl. 125), tendo o número de concursos aumentado ao
longo dos anos, de acordo com a própria diversificação do programa.
Por outro lado, não era esquecida a necessária animação: «levar a efeito o maior número possível
de divertimentos (…), com (…) as bandas do Regimento de Infantaria 14 e Asilo de S.to António (…)
danças e cinematografo ao ar livre»; distribuir; por outro lado, a vertente assistencialista seria
garantida pelo convite «as instituições de caridade a promover o aluguer de barracas (…) para (…) a
venda de chá e doces (…), revertendo o seu produto em benefício das instituições de beneficência
local» (Atas, 4/08/1927, fls. 124v e 125).
A programação incluía a realização da feira de gado nos primeiros dias do evento, bem como as
exposições pecuária e de produtos regionais, em associação com concertos, espetáculos de circo,
festivais nocturnos, sessões de cinema, provas desportivas e diversos concursos (Jornal das Beiras,
23/09/1927, Comércio de Viseu, 19/07/1930).
O projeto de 1927 foi concretizado nesse ano com êxito (Jornal das Beiras, 23/09/1927). A
consolidação do modelo, inclusive com o aparecimento dos primeiros cartazes da Feira, distribuídos
em todo o país (Correia e Magalhães, 2009) ia atraindo milhares de visitantes (Fernandes, 2012),
muitos deles forasteiros que aproveitavam para conhecer a cidade.
O próprio Museu Grão Vasco dirigido por Almeida Moreira era positivamente afetado pela afluência
à Feira Franca: em 1933, do total anual de 10.222 visitantes, quase 50% foram registados no mês de
setembro (5.005 visitantes, 805 dos quais em dias pagos), período de realização da Feira Franca
(Distrito de Viseu, 30/02/1934).
Um desses visitantes, o historiador Hernâni Cidade, em crónica publicada no Primeiro de Janeiro,
descreveu elogiosamente a Feira (Distrito de Viseu, 12/11/1932):
«Barracas de bom gosto e certo luxo, num recinto fechado, com entradas sob arcos artísticos, todos
debruados de fiadas de lâmpadas eléctricas. Dentro do recinto, uma humanidade (…) que pode e
quere vêr e mostrar-se, e (…) stands (…) bem tentadores, em instalação e recheio (…)».
O contributo do Capitão Almeida Moreira
No processo de renovação da Feira de S. Mateus existem vários protagonistas mas o Capitão
Almeida Moreira, destacado pelo Jornal da Beira como «inovador da Feira Franca» (14/09/1931), é
incontornável.
Profundamente envolvido na gestão da cidade, integrou diversos executivos municipais, como
vogal e Vice-Presidente, entre 1918 (Atas, 5/09/1918) e 1934, quando deixou definitivamente a
Câmara, incompatibilizado com alguns membros da vereação (Comércio do Porto, 16/05/1934).
Ligado, como vimos, à génese do novo modelo da Feira de S. Mateus, Almeida Moreira iria ter, como
vogal, uma intervenção direta nos primeiros anos da revitalização da feira. Efetivamente, desde
1927 integrou sucessivamente a comissão organizadora da Feira Franca nomeada em cada ano pelo
executivo camarário (Notícias de Viseu, 18/02/1928 e Comércio de Viseu, 13/06/1931, por
exemplo).
Atendendo ao seu caráter de organizador nato, veia artística, experiência como comissário de
exposições e atenção à estética urbana, foram-lhe atribuídas nessas comissões responsabilidades
relativas aos projetos «de abarracamento» da Feira e à realização dos respetivos «cartaz-reclame»
(Atas 27/06/1929; Comércio de Viseu, 29/06/1929).
Esteve também ligado à organização de vários
concursos na Feira, nomeadamente como membro de
júri (Voz da Verdade, 5/10/1929), entre os quais o
concurso de trajes regionais, introduzido em 1928
(fig.1).
A marca de Almeida Moreira na Feira Franca renovada
está igualmente patente nos diversos pavilhões que
concebeu (Comércio de Viseu, 21/09/1929),
particularmente os pavilhões municipais, de que é
exemplo o de 1930, como documenta um esboço da
sua autoria, pertencente ao Museu Almeida Moreira.
A sua intervenção na Feira Franca manifestou-se
também através das funções que exerceu, desde 1927,
na Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu,
instituição vocacionada para o desenvolvimento do
turismo a nível local (Fernandes, 2008: 166-169). Fig. 1 - Feira de S. Mateus, 1928 – recinto e concurso de
trajes regionais (Notícias de Viseu 20/10/1928).
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1514
Considerações finais
Em 1934, o sucesso do novo formato da Feira Franca era já uma realidade, como registava o Jornal
da Beira (28/09/1934): «da moderna feição dada à velha Feira de S. Mateus, o esforço e iniciativa de
est'ano marcam, por sem dúvida, a culminância do triunfo até hoje obtido».
Almeida Moreira podia ver os frutos do seu contributo para a revalorização da secular Feira Franca.
Todavia, subsistiam algumas dúvidas na comunidade sobre o real impacto económico local de um
evento cuja realização implicava um certo esforço financeiro. Nesse sentido, o relatório e contas da
última comissão organizadora integrada por Almeida Moreira, referente à edição de 1935, foi
publicitado na imprensa (Política Nova, 5/04/1936).
No relatório, além do equilíbrio de contas atingido nesse ano, a comissão organizadora reafirmava a
utilidade da realização anual da Feira, salientando os seguintes aspetos: a Feira como «um
certamen que é a melhor propaganda em prol de Viseu»; «a obrigação de proporcionar diversões e
cultura ao povo»; o montante gasto em salários de colaboradores e «na compra de materiais que
foram adquiridos em Viseu (…), verba que entrou no giro comercial desta cidade»; o facto de a Feira
ter trazido «a Viseu muitos milhares de forasteiros», algo que «não pode ser indiferente aos
visienses e ao seu município».
Afirmava-se doravante a nova Feira de S. Mateus, festiva e artística, como um evento-âncora de
Viseu, combinando negócio, lazer e turismo.
Luís da Silva Fernandes
Fontes e Bibliografia:
1. Fontes:
Atas = Biblioteca Municipal de Viseu – Atas da Câmara Municipal de Viseu (1918-1934).
Periódicos: Azorrague, O (1925-1926); Comércio do Porto (1934); Comércio de Viseu (1923-1931); Distrito de Viseu (1929-1935); Jornal da Beira
(1922-1936); Notícias Ilustrado, O (1929); Notícias de Viseu (1925-1929); Política Nova (1936); Povo Beirão (1916); Voz da Verdade (1929).
2. Bibliografia:
Correia, Alberto; Magalhães, Vera (2009). Feira de S. Mateus – Os Cartazes. Viseu: Câmara Municipal de Viseu / Expovis.
Fernandes, Luís da Silva (2008). «A Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu (1926-1936)», Viseu.m – Revista do Museu Municipal de Viseu, nº 1, pp.
164-179.
Fernandes, Luís da Silva (2013). «A Renovação da Feira de S. Mateus há 85 anos», Jornal da Beira, ano 92, nº 4756, 13/09/2012.
Santos, Rui Afonso (1995). «O design e a decoração em Portugal, 1900-1994». In História da Arte Portuguesa. Lisboa: Círculo de Leitores, vol. III, pp.
437-505.
Serra, João B. (1993). «Caldas Da Rainha, 1887-1927: expansão e modernidade». In Terra de Águas. Câmara Municipal de Caldas da Rainha, pp. 367-464.
Vale, Alexandre Lucena e (1991). «Feira Franca de Viseu». In Beira Alta – Terra e Gente. Viseu: Tipografia (reimpressão), pp. 249-258.
Nota: Agradece-se a autorização para a reprodução da figura 2, pertencente ao Museu Almeida Moreira, concedida em 2009 pela Câmara Municipal
de Viseu.
A Comissão de Iniciativa seria chamada
a colaborar com a Câmara Municipal e
com a Junta Geral do Distrito na
organização e financiamento da Feira
de S. Mateus. Nesta nova fase da Feira,
a intervenção da Comissão de Iniciativa
e, certamente, de Almeida Moreira
como seu Administrador-Delegado, fez-
se sentir desde logo, em 1928, com as
obras de regularização e arborização do
Campo de Viriato (Notícias de Viseu,
11/08/1928).
Na qualidade de membro da Comissão
de Iniciativa, Almeida Moreira marcou também a paisagem da Feira com a “barraca do Turismo”,
uma das atracções emblemáticas na época e montra das tradições regionais (fig. 2). Em 1931, O
Distrito de Viseu (5/09/1931) salientava a “Barraca” da Comissão de Iniciativa e Turismo,
«graciosamente aformoseada com o seu característico jardim», enquanto o Jornal da Beira
(18/09/1931) destacava na «artística Barraca do Turismo (…) o gosto da exposição das indústrias
caseiras da Beira Alta», apontando a “Barraca” como ponto de interesse a não perder na visita à
Feira.
Em 1932, assinalava-se na «barraca do Turismo», o candeeiro monumental delineado por Arnaldo
Malho e executado pelo seu discípulo César Lopes Relvas (Distrito de Viseu, 24/09/1932). E Hernâni
Cidade, ao descrever a Feira de S. Mateus no Primeiro de Janeiro, não esqueceu o stand «do
Turismo, dum coquetismo todo moderno» (Distrito de Viseu, 12/11/1932). Nesse mesmo ano, a
Comissão de Iniciativa e Turismo fazia questão de aprovar um voto de louvor a Almeida Moreira,
como seu Administrador-Delegado, «pela forma como organizou a representação, na Feira Franca»
daquela Comissão (Distrito de Viseu, 12/11/1932).
Após a sua saída do executivo municipal, em 1934, Almeida Moreira assumiu a presidência da
Comissão de Iniciativa e em representação deste órgão manteve-se na Comissão Organizadora da
Feira por mais dois anos (Jornal da Beira, 13/07/1934; Política Nova, 5/04/1936). Em 1936, Almeida
Moreira deixa de estar definitivamente ligado à Comissão Organizadora da Feira, sendo a Comissão
de Iniciativa representada por Mário Matos (Política Nova, 5/06/1936).
Fig. 2 - Pátio da entrada da “Barraca do Turismo”, 1935: Almeida Moreira, e os pintores Joaquim Lopes (autor do Painel do Rossio) e Albano Coutinho.
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1514
Considerações finais
Em 1934, o sucesso do novo formato da Feira Franca era já uma realidade, como registava o Jornal
da Beira (28/09/1934): «da moderna feição dada à velha Feira de S. Mateus, o esforço e iniciativa de
est'ano marcam, por sem dúvida, a culminância do triunfo até hoje obtido».
Almeida Moreira podia ver os frutos do seu contributo para a revalorização da secular Feira Franca.
Todavia, subsistiam algumas dúvidas na comunidade sobre o real impacto económico local de um
evento cuja realização implicava um certo esforço financeiro. Nesse sentido, o relatório e contas da
última comissão organizadora integrada por Almeida Moreira, referente à edição de 1935, foi
publicitado na imprensa (Política Nova, 5/04/1936).
No relatório, além do equilíbrio de contas atingido nesse ano, a comissão organizadora reafirmava a
utilidade da realização anual da Feira, salientando os seguintes aspetos: a Feira como «um
certamen que é a melhor propaganda em prol de Viseu»; «a obrigação de proporcionar diversões e
cultura ao povo»; o montante gasto em salários de colaboradores e «na compra de materiais que
foram adquiridos em Viseu (…), verba que entrou no giro comercial desta cidade»; o facto de a Feira
ter trazido «a Viseu muitos milhares de forasteiros», algo que «não pode ser indiferente aos
visienses e ao seu município».
Afirmava-se doravante a nova Feira de S. Mateus, festiva e artística, como um evento-âncora de
Viseu, combinando negócio, lazer e turismo.
Luís da Silva Fernandes
Fontes e Bibliografia:
1. Fontes:
Atas = Biblioteca Municipal de Viseu – Atas da Câmara Municipal de Viseu (1918-1934).
Periódicos: Azorrague, O (1925-1926); Comércio do Porto (1934); Comércio de Viseu (1923-1931); Distrito de Viseu (1929-1935); Jornal da Beira
(1922-1936); Notícias Ilustrado, O (1929); Notícias de Viseu (1925-1929); Política Nova (1936); Povo Beirão (1916); Voz da Verdade (1929).
2. Bibliografia:
Correia, Alberto; Magalhães, Vera (2009). Feira de S. Mateus – Os Cartazes. Viseu: Câmara Municipal de Viseu / Expovis.
Fernandes, Luís da Silva (2008). «A Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu (1926-1936)», Viseu.m – Revista do Museu Municipal de Viseu, nº 1, pp.
164-179.
Fernandes, Luís da Silva (2013). «A Renovação da Feira de S. Mateus há 85 anos», Jornal da Beira, ano 92, nº 4756, 13/09/2012.
Santos, Rui Afonso (1995). «O design e a decoração em Portugal, 1900-1994». In História da Arte Portuguesa. Lisboa: Círculo de Leitores, vol. III, pp.
437-505.
Serra, João B. (1993). «Caldas Da Rainha, 1887-1927: expansão e modernidade». In Terra de Águas. Câmara Municipal de Caldas da Rainha, pp. 367-464.
Vale, Alexandre Lucena e (1991). «Feira Franca de Viseu». In Beira Alta – Terra e Gente. Viseu: Tipografia (reimpressão), pp. 249-258.
Nota: Agradece-se a autorização para a reprodução da figura 2, pertencente ao Museu Almeida Moreira, concedida em 2009 pela Câmara Municipal
de Viseu.
A Comissão de Iniciativa seria chamada
a colaborar com a Câmara Municipal e
com a Junta Geral do Distrito na
organização e financiamento da Feira
de S. Mateus. Nesta nova fase da Feira,
a intervenção da Comissão de Iniciativa
e, certamente, de Almeida Moreira
como seu Administrador-Delegado, fez-
se sentir desde logo, em 1928, com as
obras de regularização e arborização do
Campo de Viriato (Notícias de Viseu,
11/08/1928).
Na qualidade de membro da Comissão
de Iniciativa, Almeida Moreira marcou também a paisagem da Feira com a “barraca do Turismo”,
uma das atracções emblemáticas na época e montra das tradições regionais (fig. 2). Em 1931, O
Distrito de Viseu (5/09/1931) salientava a “Barraca” da Comissão de Iniciativa e Turismo,
«graciosamente aformoseada com o seu característico jardim», enquanto o Jornal da Beira
(18/09/1931) destacava na «artística Barraca do Turismo (…) o gosto da exposição das indústrias
caseiras da Beira Alta», apontando a “Barraca” como ponto de interesse a não perder na visita à
Feira.
Em 1932, assinalava-se na «barraca do Turismo», o candeeiro monumental delineado por Arnaldo
Malho e executado pelo seu discípulo César Lopes Relvas (Distrito de Viseu, 24/09/1932). E Hernâni
Cidade, ao descrever a Feira de S. Mateus no Primeiro de Janeiro, não esqueceu o stand «do
Turismo, dum coquetismo todo moderno» (Distrito de Viseu, 12/11/1932). Nesse mesmo ano, a
Comissão de Iniciativa e Turismo fazia questão de aprovar um voto de louvor a Almeida Moreira,
como seu Administrador-Delegado, «pela forma como organizou a representação, na Feira Franca»
daquela Comissão (Distrito de Viseu, 12/11/1932).
Após a sua saída do executivo municipal, em 1934, Almeida Moreira assumiu a presidência da
Comissão de Iniciativa e em representação deste órgão manteve-se na Comissão Organizadora da
Feira por mais dois anos (Jornal da Beira, 13/07/1934; Política Nova, 5/04/1936). Em 1936, Almeida
Moreira deixa de estar definitivamente ligado à Comissão Organizadora da Feira, sendo a Comissão
de Iniciativa representada por Mário Matos (Política Nova, 5/06/1936).
Fig. 2 - Pátio da entrada da “Barraca do Turismo”, 1935: Almeida Moreira, e os pintores Joaquim Lopes (autor do Painel do Rossio) e Albano Coutinho.
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1716
Uma feira é um evento em um local público em que as pessoas, em dias e épocas predeterminados,
expõem e vendem mercadorias. Com uma realização semanal, mensal ou anual, foram criadas para
incentivar o comércio em algumas zonas.
As feiras anuais, quase todas realizadas em épocas relacionadas com festas da Igreja Católica,
representam uma das mais importantes instituições do período medieval. Destinadas ao comércio
grossista e de grande distância, constituem um espaço de encontro de produtores, consumidores e
distribuidores. A sua importância económica é inquestionável, testemunhando-o a proteção
dispensada às mesmas pelos sucessivos monarcas.
Documentos que fazem História No território português, a referência
mais antiga a uma feira data de 1125.
Mas é no século XIII que a feira atinge o
seu verdadeiro auge histórico. No
reinado de D. Afonso III, com o intuito de
aumentar os recursos populacionais,
registou-se um aumento do número de
feiras, com certas honras, privilégios,
liberdades e isenções a multiplicarem-
se. Entre as regalias que mais favorecem
o desenvolvimento das feiras destaca-se
aquele que isenta os feirantes do
pagamento de direitos fiscais. As feiras que dispunham deste tipo de regalias denominam-se feiras
francas. Foi no reino de D. João I que elas se generalizaram, com forte apoio régio. A feira de
Trancoso e a de Tomar constituem os modelos adotados pela chancelaria régia na concessão de
diversas cartas de feira.
De acordo com o livro 2 da Chancelaria de D. João I, a folhas 63 v e 64, em 1392, por diploma de 10 de
janeiro, o monarca concede uma feira franqueada à cidade de Viseu, com os privilégios e liberdades
da de Trancoso, a começar por Santa Cruz de maio e com a duração de um mês. A primeira feira ter-
se-á iniciado por dia de S. Jorge, em Vila Nova, com isenção de metade da sisa. Tal privilégio terá sido
confirmado por D. Duarte. Não tendo, porém, o concelho de Viseu tirado logo a carta de
chancelaria, ao pedi-la terá sido recusada. Nas cortes de Évora de 1436 o concelho alegou ser a feira
em honra de S. Jorge e o facto de ser a cidade de nascimento do Rei, pelo que, por carta de 17 de
abril, El-Rei concede os privilégios da feira de Trancoso, com exceção do quitamento da sisa. (TT-
Chancelaria de D. Duarte, liv. 1, fls. 21 e 21 v.)
Em 1444, o Infante D. Henrique, Duque de Viseu, intervém junto de D. Pedro, para que seja
restaurada a feira. Por carta de 22 de fevereiro, o regente do Reino, concede que se faça feira na
cidade de Viseu com os privilégios da de Tomar, a começar oito dias antes de Santa Iria, de 12 a 28 de
outubro, permitindo que o Infante usufruísse do aluguer das barracas, para aplicar na capela do
Mosteiro da Vitória. (TT-Chancelaria de D. Afonso V, liv. 24, fl. 22 v.).
No ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quatrocentos e cinquenta anos, aos seis
dias do mês de fevereiro, na cidade de Viseu, dentro no Paço da Relação, João Lourenço, tabelião
público por El-Rei na cidade e seus termos, lavrava pública-forma de uma carta de D. Afonso V.
(ADVIS-Cabido da Sé, Pergaminhos, mç. 27, n.º 45).
Esta carta, escrita em pergaminho e selada do seu selo pendente colado por fita branca e vermelha,
é datada de 13 de janeiro de 1449. Nela, D. Afonso V, a pedido de seu tio, o Infante D. Henrique,
1565, Viseu – Lembrança de missa por alma do Infante D. Henrique.PT/ADVIS/DIO/CVIS/013/0002_387/414_10
1450 fev. 06, Viseu – Traslado de uma carta de privilégio sobre a Feira de Viseu, concedida por D. Afonso V, a pedido do Infante D. Henrique.PT/ADVIS/COL/PERG/000001_27_45
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1716
Uma feira é um evento em um local público em que as pessoas, em dias e épocas predeterminados,
expõem e vendem mercadorias. Com uma realização semanal, mensal ou anual, foram criadas para
incentivar o comércio em algumas zonas.
As feiras anuais, quase todas realizadas em épocas relacionadas com festas da Igreja Católica,
representam uma das mais importantes instituições do período medieval. Destinadas ao comércio
grossista e de grande distância, constituem um espaço de encontro de produtores, consumidores e
distribuidores. A sua importância económica é inquestionável, testemunhando-o a proteção
dispensada às mesmas pelos sucessivos monarcas.
Documentos que fazem História No território português, a referência
mais antiga a uma feira data de 1125.
Mas é no século XIII que a feira atinge o
seu verdadeiro auge histórico. No
reinado de D. Afonso III, com o intuito de
aumentar os recursos populacionais,
registou-se um aumento do número de
feiras, com certas honras, privilégios,
liberdades e isenções a multiplicarem-
se. Entre as regalias que mais favorecem
o desenvolvimento das feiras destaca-se
aquele que isenta os feirantes do
pagamento de direitos fiscais. As feiras que dispunham deste tipo de regalias denominam-se feiras
francas. Foi no reino de D. João I que elas se generalizaram, com forte apoio régio. A feira de
Trancoso e a de Tomar constituem os modelos adotados pela chancelaria régia na concessão de
diversas cartas de feira.
De acordo com o livro 2 da Chancelaria de D. João I, a folhas 63 v e 64, em 1392, por diploma de 10 de
janeiro, o monarca concede uma feira franqueada à cidade de Viseu, com os privilégios e liberdades
da de Trancoso, a começar por Santa Cruz de maio e com a duração de um mês. A primeira feira ter-
se-á iniciado por dia de S. Jorge, em Vila Nova, com isenção de metade da sisa. Tal privilégio terá sido
confirmado por D. Duarte. Não tendo, porém, o concelho de Viseu tirado logo a carta de
chancelaria, ao pedi-la terá sido recusada. Nas cortes de Évora de 1436 o concelho alegou ser a feira
em honra de S. Jorge e o facto de ser a cidade de nascimento do Rei, pelo que, por carta de 17 de
abril, El-Rei concede os privilégios da feira de Trancoso, com exceção do quitamento da sisa. (TT-
Chancelaria de D. Duarte, liv. 1, fls. 21 e 21 v.)
Em 1444, o Infante D. Henrique, Duque de Viseu, intervém junto de D. Pedro, para que seja
restaurada a feira. Por carta de 22 de fevereiro, o regente do Reino, concede que se faça feira na
cidade de Viseu com os privilégios da de Tomar, a começar oito dias antes de Santa Iria, de 12 a 28 de
outubro, permitindo que o Infante usufruísse do aluguer das barracas, para aplicar na capela do
Mosteiro da Vitória. (TT-Chancelaria de D. Afonso V, liv. 24, fl. 22 v.).
No ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quatrocentos e cinquenta anos, aos seis
dias do mês de fevereiro, na cidade de Viseu, dentro no Paço da Relação, João Lourenço, tabelião
público por El-Rei na cidade e seus termos, lavrava pública-forma de uma carta de D. Afonso V.
(ADVIS-Cabido da Sé, Pergaminhos, mç. 27, n.º 45).
Esta carta, escrita em pergaminho e selada do seu selo pendente colado por fita branca e vermelha,
é datada de 13 de janeiro de 1449. Nela, D. Afonso V, a pedido de seu tio, o Infante D. Henrique,
1565, Viseu – Lembrança de missa por alma do Infante D. Henrique.PT/ADVIS/DIO/CVIS/013/0002_387/414_10
1450 fev. 06, Viseu – Traslado de uma carta de privilégio sobre a Feira de Viseu, concedida por D. Afonso V, a pedido do Infante D. Henrique.PT/ADVIS/COL/PERG/000001_27_45
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1918
1929 out. 8, Viseu - Recibo de importância recebida proveniente de várias pessoas que contribuíram durante a Feira de S. Mateus
PT/ADVIS/AC/GOVCIV/003/006/0133_1404_3
António Ramires 50$00
Carlos d’Assunção 50$00
Manuel Fernandes Claro 50$00
Joaquim Marques dos Santos 50$00
José Bento Martins 20$00
José da Costa 5$00
Maria da Conceição 5$00
Francisco António 5$00
Manuel Pinto 5$00
David Loureiro Borges 5$00
Alberto Pascoal 5$00
António Hermínio 5$00
Vicente Dias 5$00
Américo da Fonseca 5$00
Salvador Ramires 5$00
João Correia 2$50
Ana de Jesus 2$50
275$00
PT/ADVIS/AC/GOVCIV/003/006/0133_1404_3
N.º estabe-lecimentos
Qualidade dos objetos expostos à venda
Importâncias dos objetos expostos
Venda dos
realizados
2 Colchoeiros 1:120$000 120$000
2 Caldeireiros 1:900$000 300$000
4 Correeiros 4:000$000 900$000
3 Funileiros 1:000$000 320$000
6 Latoeiro de amarelo 7:600$000 2:100$000
15 Sapateiros 13:600$000 3:000$000
12 Tamanqueiros 5:100$000 4:000$000
11 Chapeleiros 13:000$000 3:000$00
2 Livreiros 1:900$000 500$00
3 Retroseiros com miudezas 30:200$000 10:000$000
17 Capelistas 81:000$000 19:000$000
25 Quinquilharias 50:000$000 6:000$000
24 Bufarinheiros 19:000$000 4:000$000
15 Panos a retalho 90:000$000 19:000$000
2 Pelúcias 6:800$000 5:000$000
5 Toalheiros 3:100$000 1:000$000
14 Ferrageiros 7:000$000 4:000$000
6 Merceeiros 10:000$000 5:000$000
5 Louças estrangeiras e portuguesas 11:800$000 3:000$000
3 Vidros 600$000 120$000
10 Ouro e prata 106:000$000 3:600$000
3 Relojoeiros 5:300$000 400$000
20 Linho em rama 6:000$000 5:000$000
Panos da Covilhã 398:000$000 200:000$000
Doces da Arrentela, Alenquer,
Lisboa e Pedernelo 160:000$000 99:000$000
Cobertores 59:000$000 30:000$000
Carneiras e pelicas 2:100$000 2:100$000
Saragoças em fachos 34:000$000 30:000$000
1 Máquinas de costura 4:500$000 600$000
Sola 102:000$000 92:000$000
Bezerros curtidos 32:000$000 27:000$000
3 Roupas feitas 4:000$000 300$000
Teias de linho 980$000 500$000
Estopa 90$000 90$000
Ferro em barra e aço 18:400$000 18:400$000
14 Cordões (atacadores) 2:100$000 1:600$000
2 Albardeiros 250$000 90$000
Fusos 150$000 70$000
Rocas 90$000 50$000
Vasilhame para vinho 365$000 365$000
Vinho pipas 68 de 22 almudes cada
uma 52:800 37900 litros 3:590$400 3:590$400
Amêndoa 1755 K 444$000 444$000
Pera seca 600 K 220$000 220$000
Ameixa 500 K 66$000 66$000
Pêssego 30 K 6$000 6$000
Milho 100$000 90$000
Cevada 50$000 33$600
Palha 100$000 100$000
Rodeiros 800$000 800$000
Gamelas de pau 60$000 60$000
Sardinha 1:372$000 1:372$000
Forões 100$000 80$000
Sebo 200$000 200$000
Estancos 1:100$000 200$000
Gados
Bovino 270:000$000 58:000$000
Bezerros 42:000$000 17:000$000
Muar 17:000$000 10:000$000
Cavalar 10:000$000 6:000$000
Asinino 2:000$000 800$000
PT/ADVIS/AC/GOVCIV/J/116/0002_2788_32
confirma diplomas anteriores
sobre a feira franqueada de Viseu,
na cerca da Cava.
Durante a sua vida, D. Henrique,
Duque de Viseu, governou o seu
estabelecimento e vendas. Por
doação, em testamento de 22 de
setembro de 1460, a renda da Feira
de São Jorge passa para o Cabido
da Sé, com, entre outras condições,
de uma missa rezada em todos os
sábados e uma cantada, todos os
anos, por dia de S. Jorge. (TT-
Manuscritos da Livraria, n.º 516). O
Livro de Lembranças de Missas,
existente no Arquivo Distrital de
Viseu, confirma o cumprimento
desta obrigação, ordenando o
Cabido da Sé de Viseu que todos os
anos se rezasse missa por alma do
Senhor Infante, que deixou a feira
da cava ao dito Cabido para todo o
sempre (liv. 387/414, fl. 10) e uma
missa todos os sábados do ano, na
Ermida de São Jorge da Cava. (fl.
12).
Alegando o Cabido ser a data de
Santa Iria inadequada, por ser
tempo de os mercadores irem
para a feira de Medina ou estarem
ocupados com as vindimas, D.
Afonso V, em 16 de julho de 1471,
muda o seu começo para Dia de
Todos os Santos, mantendo os
privilégios e duração. (TT-
Chancelaria de D. Afonso V, liv. 16,
fls. 121 v.).
Durante 4 anos a feira não se realiza.
Em 1501 a cidade pediu a D. Manuel
que confirmasse a carta de D. Duarte,
de 1436 e se mudasse a feira para
dentro da cidade. O Rei acedeu, por
diploma de 30 de abril. (TT-Chancelaria
de D. Manuel, liv. 17, fl. 38). Por 1510
terá sido transferida novamente para
fora da cidade.
Mudou de nome, saltou de um para
outro mês do calendário e de um para
outro sítio. Só em 1511 se estabeleceu
definitivamente no Campo de S. Luís, atualmente Campo da Feira, e também só a partir desse ano,
por ordem de D. Manuel I, se passaria a chamar Feira de São Mateus, em homenagem a este santo
evangelista, ainda hoje seu titular e a quem é dedicado o dia 21 de setembro.
Por provisão de D. Maria I, de 19 de julho de 1797, a renda da feira passa para a Câmara.
Anualmente, durante um mês, Viseu é um cruzamento de caminhos, um lugar de fácil encontro
para mercadores, como atesta o mapa estatístico do valor dos objetos expostos à venda na feira
franca de S. Mateus no mês de setembro de 1878, e do valor das vendas realizadas.
Não é só o comércio que atrai visitantes. As diversões também estão presentes: pim pam pum,
bilhar napolitano, escola de tiro, hipódromo, espetáculo de fantoches, bilhar chinês, coleção de
feras, ginástica.
A componente social não é esquecida. A título de
exemplo, a relação nominal dos indivíduos que
contribuíram durante a feira de S. Mateus para as
instituições de assistência, no ano de 1929.
Feira de grande importância, a partir da última
década do século XIX atravessa algumas
dificuldades e passa por um período de declínio,
chegando mesmo a acabar, vindo a ressurgir na
década de 20, permanecendo ininterrupta, até aos
dias de hoje.
A partir de 1936 opera-se a mudança com novos
atrativos: carrossel, pista luminosa de automóveis
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
1918
1929 out. 8, Viseu - Recibo de importância recebida proveniente de várias pessoas que contribuíram durante a Feira de S. Mateus
PT/ADVIS/AC/GOVCIV/003/006/0133_1404_3
António Ramires 50$00
Carlos d’Assunção 50$00
Manuel Fernandes Claro 50$00
Joaquim Marques dos Santos 50$00
José Bento Martins 20$00
José da Costa 5$00
Maria da Conceição 5$00
Francisco António 5$00
Manuel Pinto 5$00
David Loureiro Borges 5$00
Alberto Pascoal 5$00
António Hermínio 5$00
Vicente Dias 5$00
Américo da Fonseca 5$00
Salvador Ramires 5$00
João Correia 2$50
Ana de Jesus 2$50
275$00
PT/ADVIS/AC/GOVCIV/003/006/0133_1404_3
N.º estabe-lecimentos
Qualidade dos objetos expostos à venda
Importâncias dos objetos expostos
Venda dos
realizados
2 Colchoeiros 1:120$000 120$000
2 Caldeireiros 1:900$000 300$000
4 Correeiros 4:000$000 900$000
3 Funileiros 1:000$000 320$000
6 Latoeiro de amarelo 7:600$000 2:100$000
15 Sapateiros 13:600$000 3:000$000
12 Tamanqueiros 5:100$000 4:000$000
11 Chapeleiros 13:000$000 3:000$00
2 Livreiros 1:900$000 500$00
3 Retroseiros com miudezas 30:200$000 10:000$000
17 Capelistas 81:000$000 19:000$000
25 Quinquilharias 50:000$000 6:000$000
24 Bufarinheiros 19:000$000 4:000$000
15 Panos a retalho 90:000$000 19:000$000
2 Pelúcias 6:800$000 5:000$000
5 Toalheiros 3:100$000 1:000$000
14 Ferrageiros 7:000$000 4:000$000
6 Merceeiros 10:000$000 5:000$000
5 Louças estrangeiras e portuguesas 11:800$000 3:000$000
3 Vidros 600$000 120$000
10 Ouro e prata 106:000$000 3:600$000
3 Relojoeiros 5:300$000 400$000
20 Linho em rama 6:000$000 5:000$000
Panos da Covilhã 398:000$000 200:000$000
Doces da Arrentela, Alenquer,
Lisboa e Pedernelo 160:000$000 99:000$000
Cobertores 59:000$000 30:000$000
Carneiras e pelicas 2:100$000 2:100$000
Saragoças em fachos 34:000$000 30:000$000
1 Máquinas de costura 4:500$000 600$000
Sola 102:000$000 92:000$000
Bezerros curtidos 32:000$000 27:000$000
3 Roupas feitas 4:000$000 300$000
Teias de linho 980$000 500$000
Estopa 90$000 90$000
Ferro em barra e aço 18:400$000 18:400$000
14 Cordões (atacadores) 2:100$000 1:600$000
2 Albardeiros 250$000 90$000
Fusos 150$000 70$000
Rocas 90$000 50$000
Vasilhame para vinho 365$000 365$000
Vinho pipas 68 de 22 almudes cada
uma 52:800 37900 litros 3:590$400 3:590$400
Amêndoa 1755 K 444$000 444$000
Pera seca 600 K 220$000 220$000
Ameixa 500 K 66$000 66$000
Pêssego 30 K 6$000 6$000
Milho 100$000 90$000
Cevada 50$000 33$600
Palha 100$000 100$000
Rodeiros 800$000 800$000
Gamelas de pau 60$000 60$000
Sardinha 1:372$000 1:372$000
Forões 100$000 80$000
Sebo 200$000 200$000
Estancos 1:100$000 200$000
Gados
Bovino 270:000$000 58:000$000
Bezerros 42:000$000 17:000$000
Muar 17:000$000 10:000$000
Cavalar 10:000$000 6:000$000
Asinino 2:000$000 800$000
PT/ADVIS/AC/GOVCIV/J/116/0002_2788_32
confirma diplomas anteriores
sobre a feira franqueada de Viseu,
na cerca da Cava.
Durante a sua vida, D. Henrique,
Duque de Viseu, governou o seu
estabelecimento e vendas. Por
doação, em testamento de 22 de
setembro de 1460, a renda da Feira
de São Jorge passa para o Cabido
da Sé, com, entre outras condições,
de uma missa rezada em todos os
sábados e uma cantada, todos os
anos, por dia de S. Jorge. (TT-
Manuscritos da Livraria, n.º 516). O
Livro de Lembranças de Missas,
existente no Arquivo Distrital de
Viseu, confirma o cumprimento
desta obrigação, ordenando o
Cabido da Sé de Viseu que todos os
anos se rezasse missa por alma do
Senhor Infante, que deixou a feira
da cava ao dito Cabido para todo o
sempre (liv. 387/414, fl. 10) e uma
missa todos os sábados do ano, na
Ermida de São Jorge da Cava. (fl.
12).
Alegando o Cabido ser a data de
Santa Iria inadequada, por ser
tempo de os mercadores irem
para a feira de Medina ou estarem
ocupados com as vindimas, D.
Afonso V, em 16 de julho de 1471,
muda o seu começo para Dia de
Todos os Santos, mantendo os
privilégios e duração. (TT-
Chancelaria de D. Afonso V, liv. 16,
fls. 121 v.).
Durante 4 anos a feira não se realiza.
Em 1501 a cidade pediu a D. Manuel
que confirmasse a carta de D. Duarte,
de 1436 e se mudasse a feira para
dentro da cidade. O Rei acedeu, por
diploma de 30 de abril. (TT-Chancelaria
de D. Manuel, liv. 17, fl. 38). Por 1510
terá sido transferida novamente para
fora da cidade.
Mudou de nome, saltou de um para
outro mês do calendário e de um para
outro sítio. Só em 1511 se estabeleceu
definitivamente no Campo de S. Luís, atualmente Campo da Feira, e também só a partir desse ano,
por ordem de D. Manuel I, se passaria a chamar Feira de São Mateus, em homenagem a este santo
evangelista, ainda hoje seu titular e a quem é dedicado o dia 21 de setembro.
Por provisão de D. Maria I, de 19 de julho de 1797, a renda da feira passa para a Câmara.
Anualmente, durante um mês, Viseu é um cruzamento de caminhos, um lugar de fácil encontro
para mercadores, como atesta o mapa estatístico do valor dos objetos expostos à venda na feira
franca de S. Mateus no mês de setembro de 1878, e do valor das vendas realizadas.
Não é só o comércio que atrai visitantes. As diversões também estão presentes: pim pam pum,
bilhar napolitano, escola de tiro, hipódromo, espetáculo de fantoches, bilhar chinês, coleção de
feras, ginástica.
A componente social não é esquecida. A título de
exemplo, a relação nominal dos indivíduos que
contribuíram durante a feira de S. Mateus para as
instituições de assistência, no ano de 1929.
Feira de grande importância, a partir da última
década do século XIX atravessa algumas
dificuldades e passa por um período de declínio,
chegando mesmo a acabar, vindo a ressurgir na
década de 20, permanecendo ininterrupta, até aos
dias de hoje.
A partir de 1936 opera-se a mudança com novos
atrativos: carrossel, pista luminosa de automóveis
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
2120
elétricos, e os famosos bailes realizados no Pavilhão do Chá dos Bombeiros Voluntários.
A partir de então a componente lúdica e cultural entrou em crescendo tornando a Feira de São
Mateus uma das efemérides mais marcantes de Viseu. Transmitida de idade em idade,
acompanhando uma geração para a próxima e assim perpetuada, sem que seja questionada a sua
origem, subsiste até aos nossos dias, na sua pureza e subordinada ao calendário religioso, mas
acompanhando a evolução dos tempos.
O suporte documental destes e muitos outros factos que perduram ou se desvaneceram no tempo,
e que permitem restaurar a identidade de um povo, encontram-se à guarda dos Arquivos,
designadamente do Arquivo Distrital de Viseu, principal repositório da memória do distrito. Com
documentos se faz história.
Maria das Dores Almeida Henriques
Arquivo Distrital de Viseu
É uma daquelas imagens que fica indissociavelmente ligada a uma cidade. A Feira de S. Mateus e
Viseu são inseparáveis. Mesmo sendo apenas um mês durante o ano, percorrer os caminhos da feira
é obrigatório para quem, por essa altura, visita a cidade. Pode ser um exagero da minha parte mas
estar em Viseu, entre Agosto e Setembro, e não ir à feira é quase como ir a Roma e não ver o Papa, a
Nova Iorque e não passear em Times Square, ao Rio de Janeiro e não abraçar o Cristo Redentor. (Eu
sei, não há comparações perfeitas!)
S. Mateus tem essa característica única de ser uma feira para todas as estações da nossa vida.
Para as crianças é a aventura das primeiras viagens no carrossel. De cavalinho, para cima e para
baixo, dizendo adeus para a mãe que com a mesma excitação tira as fotografias que há-de colar no
álbum das férias.
Na adolescência, o risco é maior. Os carrinhos de choque, o divertimento no ritmo mais acelerado e
radical dos "twist" ou "free fall", mas sempre o prazer de ir mais longe, mais alto e mais rápido.
Depois vem o tempo da juventude, dos concertos de sábado à noite, com os artistas dos tops, a
ginjinha e os reencontros com os amigos acabados de chegar de férias.
Mais tarde, são as passeatas à beira do canal, a frescura das áreas verdes ou o calor reconfortante da
sopa de cebola, do caldo verde. São as noites de fado e as tardes de folclore. E sempre as farturas
com ou sem recheio!
O tempo passa e há uma altura em que a feira é sobretudo um lugar de negócios. Mostram-se
produtos e serviços, revelam-se inovações, passam-se cartões de visita e agendam-se encontros
para parcerias futuras.
No Outono, torna-se um lugar de reencontro e de memórias. Recontro de um tempo que ficou para
trás mas que se se retoma naquele lugar. Como se fosse, de novo, agora.
A verdade é que o mundo não pára! E a feira consegue essa proeza de não deixando de ser diferente
ser, em cada ano, igual.
Vítor Gonçalves
Uma feira para todas as estações
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
2120
elétricos, e os famosos bailes realizados no Pavilhão do Chá dos Bombeiros Voluntários.
A partir de então a componente lúdica e cultural entrou em crescendo tornando a Feira de São
Mateus uma das efemérides mais marcantes de Viseu. Transmitida de idade em idade,
acompanhando uma geração para a próxima e assim perpetuada, sem que seja questionada a sua
origem, subsiste até aos nossos dias, na sua pureza e subordinada ao calendário religioso, mas
acompanhando a evolução dos tempos.
O suporte documental destes e muitos outros factos que perduram ou se desvaneceram no tempo,
e que permitem restaurar a identidade de um povo, encontram-se à guarda dos Arquivos,
designadamente do Arquivo Distrital de Viseu, principal repositório da memória do distrito. Com
documentos se faz história.
Maria das Dores Almeida Henriques
Arquivo Distrital de Viseu
É uma daquelas imagens que fica indissociavelmente ligada a uma cidade. A Feira de S. Mateus e
Viseu são inseparáveis. Mesmo sendo apenas um mês durante o ano, percorrer os caminhos da feira
é obrigatório para quem, por essa altura, visita a cidade. Pode ser um exagero da minha parte mas
estar em Viseu, entre Agosto e Setembro, e não ir à feira é quase como ir a Roma e não ver o Papa, a
Nova Iorque e não passear em Times Square, ao Rio de Janeiro e não abraçar o Cristo Redentor. (Eu
sei, não há comparações perfeitas!)
S. Mateus tem essa característica única de ser uma feira para todas as estações da nossa vida.
Para as crianças é a aventura das primeiras viagens no carrossel. De cavalinho, para cima e para
baixo, dizendo adeus para a mãe que com a mesma excitação tira as fotografias que há-de colar no
álbum das férias.
Na adolescência, o risco é maior. Os carrinhos de choque, o divertimento no ritmo mais acelerado e
radical dos "twist" ou "free fall", mas sempre o prazer de ir mais longe, mais alto e mais rápido.
Depois vem o tempo da juventude, dos concertos de sábado à noite, com os artistas dos tops, a
ginjinha e os reencontros com os amigos acabados de chegar de férias.
Mais tarde, são as passeatas à beira do canal, a frescura das áreas verdes ou o calor reconfortante da
sopa de cebola, do caldo verde. São as noites de fado e as tardes de folclore. E sempre as farturas
com ou sem recheio!
O tempo passa e há uma altura em que a feira é sobretudo um lugar de negócios. Mostram-se
produtos e serviços, revelam-se inovações, passam-se cartões de visita e agendam-se encontros
para parcerias futuras.
No Outono, torna-se um lugar de reencontro e de memórias. Recontro de um tempo que ficou para
trás mas que se se retoma naquele lugar. Como se fosse, de novo, agora.
A verdade é que o mundo não pára! E a feira consegue essa proeza de não deixando de ser diferente
ser, em cada ano, igual.
Vítor Gonçalves
Uma feira para todas as estações
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
2322
A planta (1996) retrata o espaço da Feira que muitos viseenses e visitantes conheceram durante décadas. O recinto alargava-se para o outro
lado do rio, junto à Ponte de Pau, onde hoje se encontra o Forum. O Pavilhão Multiusos só surgiria em 2003, substituindo definitivamente os
Arquivo da Feira: Planta do antigo recinto
antigos pavilhões temáticos e o edifício do secretariado. O espaço ganhava outros contornos e novas infraestruturas no âmbito do Programa
Polis e, em 2004, a planta era já outra, mais próxima daquela que as novas gerações reconhecem. Vamos descobrir as diferenças?
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
2322
A planta (1996) retrata o espaço da Feira que muitos viseenses e visitantes conheceram durante décadas. O recinto alargava-se para o outro
lado do rio, junto à Ponte de Pau, onde hoje se encontra o Forum. O Pavilhão Multiusos só surgiria em 2003, substituindo definitivamente os
Arquivo da Feira: Planta do antigo recinto
antigos pavilhões temáticos e o edifício do secretariado. O espaço ganhava outros contornos e novas infraestruturas no âmbito do Programa
Polis e, em 2004, a planta era já outra, mais próxima daquela que as novas gerações reconhecem. Vamos descobrir as diferenças?
A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
2524 A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
DAVID FONSECA
“É sempre maravilhoso voltar a uma das cidades mais bonitas do país
para um evento que tem persistido orgulhosamente numa tradição de
centenas de anos e que funciona como um encontro da sua população
com diversas formas de arte, comércio, turismo e celebração. É com
muito orgulho que farei parte da edição 620 da Feira de São Mateus
com o meu novo espectáculo ao vivo e espero que se juntem a nós para
uma das maiores festas do ano em Viseu! Um grande abraço, David
Fonseca.”
SANTA MARIA
Actuar na Feira de S. Mateus representa para a banda um orgulho
extremo pois, para além de continuar a ser um marco importante na
nossa, já longa existência é, sem dúvida nenhuma um dos locais que
maior prestígio confere aos artistas que por lá têm passado ao longo de
todas as suas edições pela excelente organização, empenho e carinho
estabelecido entre os vários profissionais e o público que nos visita
afincadamente neste maravilhoso evento.
THE GIFT
Para os The GIft é um palco tão importante ou mais que um grande
festival internacional. Estamos com muita esperança em fazer uma
grande noite de música com um espectáculo intenso, emotivo e com as
entradas esgotadas. A feira de São Mateus é um palco que nós
apreciamos muito e que temos sempre orgulho em pisar. Esperamos por
uma grande enchente para que juntos possamos fazer uma noite
histórica num palco histórico.
LEANDRO
“É um privilégio para mim poder pisar um palco onde grandes artistas já
estiveram! Fico grato a todos pelo carinho e amor que me têm dedicado
nesta ainda pequena carreira que tenho. Espero sem dúvida que seja
uma noite fantástica.
OS AZEITONAS
“Ó meu querido São Mateus, já que o Agosto está a chegar;
Traz-me azeitonas fresquinhas, que é pra gente festejar.”
QUIM BARREIROS
Sou profissional há quarenta e tal anos, já não me lembro de quantas vezes
atuei na Feira de São Mateus. Para mim foi, é e será sempre um prazer
cantar na catedral das feiras de Portugal.
FERNANDO PEREIRA
«Participar de novo na Feira de S. Mateus, especialmente nesta edição
620 é para mim, sinceramente, um orgulho e uma enorme emoção. Ao fim
de tantos anos, é quase como regressar às origens e autenticamente viajar
no tempo. Desde sempre, mas sobretudo durante as décadas de 80 e 90,
foi aqui que sempre encerrei as minhas digressões de verão, dando depois
início a um novo ciclo de actuações. Recordo-me de audiências nunca
inferiores a 30 ou 40.000 pessoas, multidões de gente fantástica,
maravilhosa e também dos espectáculos absolutamente grandiosos que
aqui tive a oportunidade de apresentar. Hoje, a celebrar precisamente 30
anos de carreira, posso afirmar com toda a convicção, que a cidade de
Viseu e a Feira de S. Mateus figuram na história e no imaginário de todos
os grandes artistas portugueses. E são precisamente os artistas
portugueses, aqueles que melhor sabem e podem valorizar este espaço,
este evento, esta região, esta gente magnífica. Se depender de mim, virei
cantar a Viseu até morrer...»
FINGER TIPS
Foi com grande entusiasmo e orgulho que os Fingertips receberam o
convite para participar na 620ª edição da Feira de São Mateus, um dos
mais antigos e carismáticos eventos da cidade de Viseu.Em 2010 tivemos
essa oportunidade e vivemos uma noite mágica, cujas memórias nos têm
acompanhado até aos dias de hoje: fomos recebidos de forma efusiva e
poucas coisas superam a sensação de ver o nosso público vibrar com as
nossas canções!A responsabilidade é grande e, passados dois anos, já com
o novo disco “2”, tencionamos levar Viseu ao rubro no próximo dia 22 de
Setembro. Será com um carinho especial que subiremos ao palco da nossa
cidade. É em Viseu que efetuamos todo o nosso trabalho, sem nunca
termos visto isso como impedimento para alcançar o sucesso: de Viseu
para Portugal e para o Mundo! E é, também, aqui que vemos no público as
pessoas que acompanharam todo o nosso percurso e têm lutado
connosco pelas nossas ambições.Acreditamos que será mais uma noite
única e marcante, pois “o Coração de Portugal” inspira-nos!
Testemunhos de artistas sobre a FeiraFeira de S. Mateus 2012
2524 A Feira: Olhares e MemóriasA Feira: Olhares e Memórias
DAVID FONSECA
“É sempre maravilhoso voltar a uma das cidades mais bonitas do país
para um evento que tem persistido orgulhosamente numa tradição de
centenas de anos e que funciona como um encontro da sua população
com diversas formas de arte, comércio, turismo e celebração. É com
muito orgulho que farei parte da edição 620 da Feira de São Mateus
com o meu novo espectáculo ao vivo e espero que se juntem a nós para
uma das maiores festas do ano em Viseu! Um grande abraço, David
Fonseca.”
SANTA MARIA
Actuar na Feira de S. Mateus representa para a banda um orgulho
extremo pois, para além de continuar a ser um marco importante na
nossa, já longa existência é, sem dúvida nenhuma um dos locais que
maior prestígio confere aos artistas que por lá têm passado ao longo de
todas as suas edições pela excelente organização, empenho e carinho
estabelecido entre os vários profissionais e o público que nos visita
afincadamente neste maravilhoso evento.
THE GIFT
Para os The GIft é um palco tão importante ou mais que um grande
festival internacional. Estamos com muita esperança em fazer uma
grande noite de música com um espectáculo intenso, emotivo e com as
entradas esgotadas. A feira de São Mateus é um palco que nós
apreciamos muito e que temos sempre orgulho em pisar. Esperamos por
uma grande enchente para que juntos possamos fazer uma noite
histórica num palco histórico.
LEANDRO
“É um privilégio para mim poder pisar um palco onde grandes artistas já
estiveram! Fico grato a todos pelo carinho e amor que me têm dedicado
nesta ainda pequena carreira que tenho. Espero sem dúvida que seja
uma noite fantástica.
OS AZEITONAS
“Ó meu querido São Mateus, já que o Agosto está a chegar;
Traz-me azeitonas fresquinhas, que é pra gente festejar.”
QUIM BARREIROS
Sou profissional há quarenta e tal anos, já não me lembro de quantas vezes
atuei na Feira de São Mateus. Para mim foi, é e será sempre um prazer
cantar na catedral das feiras de Portugal.
FERNANDO PEREIRA
«Participar de novo na Feira de S. Mateus, especialmente nesta edição
620 é para mim, sinceramente, um orgulho e uma enorme emoção. Ao fim
de tantos anos, é quase como regressar às origens e autenticamente viajar
no tempo. Desde sempre, mas sobretudo durante as décadas de 80 e 90,
foi aqui que sempre encerrei as minhas digressões de verão, dando depois
início a um novo ciclo de actuações. Recordo-me de audiências nunca
inferiores a 30 ou 40.000 pessoas, multidões de gente fantástica,
maravilhosa e também dos espectáculos absolutamente grandiosos que
aqui tive a oportunidade de apresentar. Hoje, a celebrar precisamente 30
anos de carreira, posso afirmar com toda a convicção, que a cidade de
Viseu e a Feira de S. Mateus figuram na história e no imaginário de todos
os grandes artistas portugueses. E são precisamente os artistas
portugueses, aqueles que melhor sabem e podem valorizar este espaço,
este evento, esta região, esta gente magnífica. Se depender de mim, virei
cantar a Viseu até morrer...»
FINGER TIPS
Foi com grande entusiasmo e orgulho que os Fingertips receberam o
convite para participar na 620ª edição da Feira de São Mateus, um dos
mais antigos e carismáticos eventos da cidade de Viseu.Em 2010 tivemos
essa oportunidade e vivemos uma noite mágica, cujas memórias nos têm
acompanhado até aos dias de hoje: fomos recebidos de forma efusiva e
poucas coisas superam a sensação de ver o nosso público vibrar com as
nossas canções!A responsabilidade é grande e, passados dois anos, já com
o novo disco “2”, tencionamos levar Viseu ao rubro no próximo dia 22 de
Setembro. Será com um carinho especial que subiremos ao palco da nossa
cidade. É em Viseu que efetuamos todo o nosso trabalho, sem nunca
termos visto isso como impedimento para alcançar o sucesso: de Viseu
para Portugal e para o Mundo! E é, também, aqui que vemos no público as
pessoas que acompanharam todo o nosso percurso e têm lutado
connosco pelas nossas ambições.Acreditamos que será mais uma noite
única e marcante, pois “o Coração de Portugal” inspira-nos!
Testemunhos de artistas sobre a FeiraFeira de S. Mateus 2012
História(s), Gentes e Tradições26
No princípio era... a casa
Quando, já no final da carreira (e da vida), Aquilino inicia a escrita do seu último livro, este de cariz
autobiográfico e de publicação póstuma ‒ Um Escritor Confessa-se, começa-o com a saída do
Colégio de Lamego, aos dezasseis anos, e a declaração, em convénio familiar, de que não sentia
bossa nenhuma para a carreira eclesiástica. Ficam assim para trás esses dezasseis anos de vida que
haviam constituído o lastro narrativo de A Via Sinuosa, romance da adolescência, Uma Luz ao Longe,
romance da pré-adolescência, e Cinco Réis de Gente, o da infância.
Ao longo deste ano da graça de 2013, aquiliniano por excelência pela evocação dos cinquenta anos
da morte do autor e comemoração dos cem da publicação do seu primeiro livro, O Jardim das
Tormentas, muitas serão, decerto, as ocasiões de romagem, por parte dos aquilinianos, à Casa das
origens, no Carregal, concelho de Sernancelhe. Tal visita aconselharíamos os leitores de Aquilino a
prepará-la (re)lendo Cinco Réis de Gente (CRG )É a pensar nessa leitura que aqui entabulamos
amena cavaqueira com o leitor.
CRG não é, obviamente, um livro para crianças, mas sim um livro para os adultos compreenderem as
crianças. E convém, desde já, furtarmo-nos à tentação, a que frequentemente se sucumbe, de nele
privilegiarmos a vertente autobiográfica, presente decerto, mas não dominante. O livro não é, não
pode obviamente ser um diário. Basta atentar no lapso temporal que medeia entre o tempo da
diegese (isto é, em que decorrem os factos narrados) e o tempo da escrita, quando Aquilino vai já
nos sessenta e três anos. Encaremo-lo, portanto, como uma crónica da infância revisitada. Isso se
depreende da dedicatória ao Dr. António Maria Monteiro Júnior, amigo primoroso. Aí diz Aquilino
que, ao reencontrar o velho livro das primeiras letras, uma onda de saudade, comparável ao eflúvio
do sândalo nos cofres antigos, se evolou, impregnando-me de ternura e pena.
Ao falar de infância revisitada, é conscientemente que sublinho o paralelismo com o poema de
Fernando Pessoa Lisbon revisited, relevando a pluralidade de 'eus' envolvidos no acto da evocação.
De facto, o tempo/espaço evocado no romancito é um tempo/espaço duplamente reconstruído:
pela memória, em primeiro lugar, e pela escrita depois, com toda a carga de transfiguração, de
mitificação mesmo, de que a memória é capaz, sobretudo quando a matéria evocada é a infância.
Para a idealização dessa redescoberta nos envia a metaforização da lanterna do mineiro presente
logo na primeira linha do texto: Retrocedendo nos limbos do passado até onde a minha memória é
como a lanterna de um mineiro perdido no fundo duma galeria ‒ assim se inicia o livro. Daqui
decorre que os vários nódulos narrativos facilmente ascendem da simprez narrativa ao modo de
arquétipos.
Os pais do pequeno Amadeu, Madalena e Amílcar, por feitio e estatuto social, dificilmente se
encaixariam na história real de Aquilino. Estes, bem como aquelas tias, Ana, a ingénua, e Custódia, a
prendada, são como que figuras prototípicas aduzidas para a construção do xadrez familiar, da Casa
‒ o espaço primordial onde se incuba a personalidade da criança. Aquelas duas mestras das
primeiras letras, Teolinda, a amorável, e Letícia, a repressiva, nem é importante saber se elas
ensinaram de facto na escola do Carregal. Interessam-nos sim como representantes de dois tipos
antitéticos, dois processos pedagógicas opostos na ensinança das primeiras letras.
Nesta perspectiva, seria relevante encararmos os acontecimentos que constituem cada sequência
narrativa, não como factos da história pessoal do Aquilino infante, mas como etapas paradigmáticas
da construção da personalidade juvenil, irradiando a partir de um espaço quase uterino, a Casa,
para se alargar, em círculos progressivamente centrífugos, às ruelas da aldeia, à escola, aos
caminhos para os campos. Vejamos, à laia de exemplo, aquela caminhada de Amadeu para o
Codessal, levando o almoço ao pai. Este capítulo VI é todo ele, uma densa página de pedagogia e de
exaltação da aprendizagem em contacto com a natureza evolvente que se oferece ao olhar
deslumbrado do protagonista. Maravilhado, deixa-se penetrar da beleza intrínseca a tudo quanto
vive e se locomove: a labuta insana das caravanas de formigas a caminho dos seus celeiros
subterrâneos, a brincadeira airosa dos caçapos que pelas lampaças folgam ao desafio, o trabalho
ciclópico do escaravelho rolando uma maçã para a toca, a vigilância dos corvos mal-humorados pela
presença intrusa dos humanos... Esta aprendizagem experimental contribui para lhe ir dilatando os
confins do seu universo existencial e definir os contornos do seu posicionamento no mesmo,
reforçando assim o sentimento dos laços de pertença cósmicos.
Esta viagem pelo conhecimento culmina na descrição exultante do castanheiro, colosso avultando
nessa sua paisagem de afectos: À primeira vista há uma desproporção flagrante entre o porte dum
castanheiro e o tamanho dos frutos que produz. Mas as castanhas são tão bonitas na sua oval
fantasiosa, seu sépia de veludo, tão ternas quando espreitam juntinhas, às duas, às três, e até às
quatro, inclusa a boneca, do ouriço arreganhado, tão bonitas até no chão, uma das faces plana,
outra convexa à semelhança da broa no açafate, que o equilíbrio se perfaz na pulcritude e
quantidade. (CRG. p.82)
Mudando de registo nesta complexa actividade do aprender com as coisas e os factos, vejamos,
agora como em Amadeu se gera a complexa noção da morte jogando às escondidas com a vida. Da
janela de sua casa dando sobre o cemitério fronteiro, ele tenta decifrar esse jogo de contrastes entre
a melancolia das campas e suas cruzes e a pujança festiva dos ciprestes onde os rouxinóis fazem
ninho e se geram novas vidas. Entrevendo, no seu caixão de pobre, a desgraçada da Ramalhota,
maltratada pelos baldões da vida, que nunca tão bonita estivera como nesse momento em que
quando recupera a serenidade dos justos, ele aprende que a morte, como fim natural das coisas,
mora paredes meias com a vida e esta se alimenta daquela.
Em contexto oposto, no passeio ao campo organizado pela professora Letícia irá aperceber-se da
27História(s), Gentes e Tradições
História(s), Gentes e Tradições26
No princípio era... a casa
Quando, já no final da carreira (e da vida), Aquilino inicia a escrita do seu último livro, este de cariz
autobiográfico e de publicação póstuma ‒ Um Escritor Confessa-se, começa-o com a saída do
Colégio de Lamego, aos dezasseis anos, e a declaração, em convénio familiar, de que não sentia
bossa nenhuma para a carreira eclesiástica. Ficam assim para trás esses dezasseis anos de vida que
haviam constituído o lastro narrativo de A Via Sinuosa, romance da adolescência, Uma Luz ao Longe,
romance da pré-adolescência, e Cinco Réis de Gente, o da infância.
Ao longo deste ano da graça de 2013, aquiliniano por excelência pela evocação dos cinquenta anos
da morte do autor e comemoração dos cem da publicação do seu primeiro livro, O Jardim das
Tormentas, muitas serão, decerto, as ocasiões de romagem, por parte dos aquilinianos, à Casa das
origens, no Carregal, concelho de Sernancelhe. Tal visita aconselharíamos os leitores de Aquilino a
prepará-la (re)lendo Cinco Réis de Gente (CRG )É a pensar nessa leitura que aqui entabulamos
amena cavaqueira com o leitor.
CRG não é, obviamente, um livro para crianças, mas sim um livro para os adultos compreenderem as
crianças. E convém, desde já, furtarmo-nos à tentação, a que frequentemente se sucumbe, de nele
privilegiarmos a vertente autobiográfica, presente decerto, mas não dominante. O livro não é, não
pode obviamente ser um diário. Basta atentar no lapso temporal que medeia entre o tempo da
diegese (isto é, em que decorrem os factos narrados) e o tempo da escrita, quando Aquilino vai já
nos sessenta e três anos. Encaremo-lo, portanto, como uma crónica da infância revisitada. Isso se
depreende da dedicatória ao Dr. António Maria Monteiro Júnior, amigo primoroso. Aí diz Aquilino
que, ao reencontrar o velho livro das primeiras letras, uma onda de saudade, comparável ao eflúvio
do sândalo nos cofres antigos, se evolou, impregnando-me de ternura e pena.
Ao falar de infância revisitada, é conscientemente que sublinho o paralelismo com o poema de
Fernando Pessoa Lisbon revisited, relevando a pluralidade de 'eus' envolvidos no acto da evocação.
De facto, o tempo/espaço evocado no romancito é um tempo/espaço duplamente reconstruído:
pela memória, em primeiro lugar, e pela escrita depois, com toda a carga de transfiguração, de
mitificação mesmo, de que a memória é capaz, sobretudo quando a matéria evocada é a infância.
Para a idealização dessa redescoberta nos envia a metaforização da lanterna do mineiro presente
logo na primeira linha do texto: Retrocedendo nos limbos do passado até onde a minha memória é
como a lanterna de um mineiro perdido no fundo duma galeria ‒ assim se inicia o livro. Daqui
decorre que os vários nódulos narrativos facilmente ascendem da simprez narrativa ao modo de
arquétipos.
Os pais do pequeno Amadeu, Madalena e Amílcar, por feitio e estatuto social, dificilmente se
encaixariam na história real de Aquilino. Estes, bem como aquelas tias, Ana, a ingénua, e Custódia, a
prendada, são como que figuras prototípicas aduzidas para a construção do xadrez familiar, da Casa
‒ o espaço primordial onde se incuba a personalidade da criança. Aquelas duas mestras das
primeiras letras, Teolinda, a amorável, e Letícia, a repressiva, nem é importante saber se elas
ensinaram de facto na escola do Carregal. Interessam-nos sim como representantes de dois tipos
antitéticos, dois processos pedagógicas opostos na ensinança das primeiras letras.
Nesta perspectiva, seria relevante encararmos os acontecimentos que constituem cada sequência
narrativa, não como factos da história pessoal do Aquilino infante, mas como etapas paradigmáticas
da construção da personalidade juvenil, irradiando a partir de um espaço quase uterino, a Casa,
para se alargar, em círculos progressivamente centrífugos, às ruelas da aldeia, à escola, aos
caminhos para os campos. Vejamos, à laia de exemplo, aquela caminhada de Amadeu para o
Codessal, levando o almoço ao pai. Este capítulo VI é todo ele, uma densa página de pedagogia e de
exaltação da aprendizagem em contacto com a natureza evolvente que se oferece ao olhar
deslumbrado do protagonista. Maravilhado, deixa-se penetrar da beleza intrínseca a tudo quanto
vive e se locomove: a labuta insana das caravanas de formigas a caminho dos seus celeiros
subterrâneos, a brincadeira airosa dos caçapos que pelas lampaças folgam ao desafio, o trabalho
ciclópico do escaravelho rolando uma maçã para a toca, a vigilância dos corvos mal-humorados pela
presença intrusa dos humanos... Esta aprendizagem experimental contribui para lhe ir dilatando os
confins do seu universo existencial e definir os contornos do seu posicionamento no mesmo,
reforçando assim o sentimento dos laços de pertença cósmicos.
Esta viagem pelo conhecimento culmina na descrição exultante do castanheiro, colosso avultando
nessa sua paisagem de afectos: À primeira vista há uma desproporção flagrante entre o porte dum
castanheiro e o tamanho dos frutos que produz. Mas as castanhas são tão bonitas na sua oval
fantasiosa, seu sépia de veludo, tão ternas quando espreitam juntinhas, às duas, às três, e até às
quatro, inclusa a boneca, do ouriço arreganhado, tão bonitas até no chão, uma das faces plana,
outra convexa à semelhança da broa no açafate, que o equilíbrio se perfaz na pulcritude e
quantidade. (CRG. p.82)
Mudando de registo nesta complexa actividade do aprender com as coisas e os factos, vejamos,
agora como em Amadeu se gera a complexa noção da morte jogando às escondidas com a vida. Da
janela de sua casa dando sobre o cemitério fronteiro, ele tenta decifrar esse jogo de contrastes entre
a melancolia das campas e suas cruzes e a pujança festiva dos ciprestes onde os rouxinóis fazem
ninho e se geram novas vidas. Entrevendo, no seu caixão de pobre, a desgraçada da Ramalhota,
maltratada pelos baldões da vida, que nunca tão bonita estivera como nesse momento em que
quando recupera a serenidade dos justos, ele aprende que a morte, como fim natural das coisas,
mora paredes meias com a vida e esta se alimenta daquela.
Em contexto oposto, no passeio ao campo organizado pela professora Letícia irá aperceber-se da
27História(s), Gentes e Tradições
dimensão da estultícia humana na agressão ao valor intrínseco da vida, quando o detestado Sr.
Santos, marido da mestra, abate um milhafre que pairava no alto, por mero e estúpido
divertimento. E lança-o numa aflitiva estranheza o sentimento desse definitivo e irreparável
desarranjo na complexa máquina de qualquer ser vivo. Tal é a morte, presença misteriosa, mas
palpável, do mal no mundo.
Na ida à feira de S. Francisco, Amadeu vivenciará a experiência do homem enquanto animal
gregário, entregue ao desempenho das suas funções sociais. O espectáculo de todo aquele povinho
rumorejante, apreçando, regateando, trapaceando quando pode, carregando para a cardenha o
berrelho ou a réstia de cebolas mercados na feira, dá ao pequeno Amadeu a ideia de que a luta pela
vida, que ele observara no campo entre os bichos, se continuava ali entre os homens, mas travada
agora com mais afinco e seguindo rituais mais complexos. É um espectáculo épico, que o
deslumbra, a labuta formigueira desse povo, mercadejando, discutindo, desenferrujando na marrã
tenra uma dentuça milenarmente predisposta à trituração: Acodem ao S. Francisco os esfomeados
e comilões deste mundo e do outro a matar a fome porcina, insulada, como os caprichos
gastronómicos das mulheres grávidas, na imensa fome ancestral do português. (CRG. p.74/5)
Ao arrepio da necessária brevidade deste texto, atrevo-me a falar ainda do apelo à transgressão,
etapa inevitável no desenvolvimento humano, quando, desafiando o fim do mundo, com a pá do
forno, parte a telha do alpendre em que luzia a pedrinha de quartzo, cantarinha de fogo que, no
dizer da tia Ana, incendiaria o mundo ‒ (o acto por certo mais heróico da minha vida). Ou ainda da
sua escapada pelas estradas do desconhecido, na perseguição do urso Mariana em companhia da
Maria Lóia, o seu vislumbre primeiro da inefável alteridade do ser humano.
Findamos, registando a proposta da liberdade como ao valor máximo a presidir ao
desenvolvimento da personalidade, o pendão que sempre orientou a caminhada existencial do
escritor: O que o homem mais aprecia acima de grandezas, glória, amor, acima do próprio pão para
a boca, é a liberdade. Liberdade de exercer os seus membros locomotores e a sua vontade prática. O
resto é uma dissimulação mais ou menos hipócrita das suas algemas de prisioneiro. (CRG. p.144).
A. Augusto Fernandes
História(s), Gentes e Tradições28
Artesanato Urbano
O artesanato, a arte de criar, acompanha
o ser humano desde os primórdios da
civilização. É o representante de uma
cultura nacional e específico de cada
distrito.
Acompanhado de uma grande evolução
na sua prática e nos materiais utilizados, o
artesanato urbano, nos tempos de hoje,
destaca-se cada vez mais e apresenta um
papel preponderante nas vidas de quem o
pratica. Fazendo a combinação entre a
disponibilidade e gosto pela criação, o artesanato também é notado como um complemento ao
rendimento familiar, por outras palavras, visto como um “três em um”.
Atualmente, no distrito de Viseu, é possível observar um crescimento acentuado de artesãos que
surgem nos novos tempos. Com a utilização de materiais recicláveis, inovação das matérias-primas
e até mesmo com a aplicação do design, é exequível a criação de peças únicas, diferentes, seguidas
de um toque moderno e de uma estética mais cuidada.
A reciclagem de mobiliário (mesas,
cadeiras, candeeiros, bancos, entre
outros) e a criação de acessórios de moda
(colares, brincos, pulseiras, alfinetes de
peito, entre muitos mais) são duas das
demais vertentes possíveis na conceção
de artesanato urbano.
Qualquer um de nós pode e deve criar.
Mariana Seia de Matos
29História(s), Gentes e Tradições
Produto Guay Acessórios (Foto de Mariana Seia de Matos)
Produto Ana Seia de Matos (Foto de Luís Belo)
Instituições e Projetos30 31Instituições e Projetos
encontrando-nos em processo de certificação pelo referencial EQUASS para o nível “Excellence”,
titulo que atualmente apenas quatro entidades na área da reabilitação detêm a nível nacional.
O QUE PRETENDEMOS SER
A NOSSA VISÃO: Ser Referência Nacional de Valores e Práticas de Excelência na integração da
pessoa com deficiência e outros públicos em situação de risco.
COMO ESTAMOS ORGANIZADOS
Diariamente, 126 colaboradores, prestam atendimento a cerca de 300 clientes / utentes, estando
organizados em Departamentos e Estabelecimentos:
1. DEPARTAMENTO EDUCACIONAL - Escola de Ensino Especial (EEE), visa o desenvolvimento das
capacidades cognitivas, sensoriais e motoras dos clientes que a frequentam. Possui atualmente 15
alunos e possui 3 docentes destacados pelo Ministério da Educação.
Centro de Recursos para Inclusão (CRI) dos agrupamentos de escolas dos concelhos de Viseu, Nelas
e Penalva do Castelo – atualmente apoia cerca de 40 alunos com necessidades especiais de
educação, nas áreas de Psicologia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional e Fisioterapia, áreas
técnicas de reabilitação e atividades de preparação para a vida pós escolar.
2. DEPARTAMENTO RESIDENCIAL E OCUPACIONAL – É constituído por uma Unidade Residencial
Apoiada, que presta o atendimento residencial diurno e/ou noturno, em regime temporário ou
definitivo, a pessoas adultas com deficiência e idade superior a 16 anos, cuja situação familiar e/ou
comportamental assim o justifiquem; apoia atualmente 30 clientes. Encontra-se em fase de
arranque uma Unidade Residencial Autónoma que irá apoiar 5 pessoas (tutela do Ministério do
Trabalho e Solidariedade Social). Possui ainda um Centro de Atividades Ocupacionais(CAO), com o
A APPACDM de Viseu é uma Instituição
cujos alicerces se baseiam e estão
ancorados numa Missão, Visão e Valores,
que nos tem permitido crescer de uma
forma sustentada e orientada para a
integração na diversidade. Os nossos
colaboradores, e não só apenas
funcionários, têm sido o elemento
fundamental na génese da qualidade
d e p re sta çã o n o s c u i d a d o s q u e
proporcionamos aos nossos clientes,
vivenciando os nossos Valores na sua conduta do dia a dia e tentando sempre superar as
expectativas do que percepcionam receber, podendo-se, por isso perspetivar um futuro risonho.
E quanto estimulante é vê-los SORRIR …
A todos os que já passaram por esta casa, o nosso muito obrigado por nos terem ajudado a crescer.
(António José Lemos, Presidente da Direção)
O QUE FOMOS E SOMOS
MISSÃO: Integrar a Pessoa na Sua Diversidade
VALORES: Integridade, Rigor, Confidencialidade, Privacidade, Criatividade, Transparência,
Solidariedade, ...
Fundada em Viseu no dia 01 de dezembro de 1976, a APPACDM de Viseu, conta com 37 anos de
existência e com sede em Repeses - Viseu. Tem como atividade principal a promoção do bem estar
do cidadão com deficiência mental, multideficiência e jovens em risco. Os objetivos da sua
intervenção pressupõem a educação, a reabilitação e o apoio social, ocupacional e/ou residencial
bem como o desenvolvimento pessoal, a formação e a integração sócio-profissional.
Com âmbito regional de intervenção, esta Instituição dá resposta a todo o Distrito de Viseu e nesse
sentido tem vindo a reforçar-se em meios técnicos, humanos e materiais, dispondo hoje de um
conjunto de infraestruturas e equipamentos, que permitem melhorar a qualidade da sua
intervenção e assim melhorar as respostas às inúmeras solicitações da comunidade, prestando um
serviço de elevada qualidade nas áreas em que se encontra vocacionada. Atualmente, somos uma
instituição certificada, pelo referencial EQUASS para o nível “Assurance” e pela DGERT,
APPACDM
Fachada da Sede da APPACDM
Instituições e Projetos30 31Instituições e Projetos
encontrando-nos em processo de certificação pelo referencial EQUASS para o nível “Excellence”,
titulo que atualmente apenas quatro entidades na área da reabilitação detêm a nível nacional.
O QUE PRETENDEMOS SER
A NOSSA VISÃO: Ser Referência Nacional de Valores e Práticas de Excelência na integração da
pessoa com deficiência e outros públicos em situação de risco.
COMO ESTAMOS ORGANIZADOS
Diariamente, 126 colaboradores, prestam atendimento a cerca de 300 clientes / utentes, estando
organizados em Departamentos e Estabelecimentos:
1. DEPARTAMENTO EDUCACIONAL - Escola de Ensino Especial (EEE), visa o desenvolvimento das
capacidades cognitivas, sensoriais e motoras dos clientes que a frequentam. Possui atualmente 15
alunos e possui 3 docentes destacados pelo Ministério da Educação.
Centro de Recursos para Inclusão (CRI) dos agrupamentos de escolas dos concelhos de Viseu, Nelas
e Penalva do Castelo – atualmente apoia cerca de 40 alunos com necessidades especiais de
educação, nas áreas de Psicologia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional e Fisioterapia, áreas
técnicas de reabilitação e atividades de preparação para a vida pós escolar.
2. DEPARTAMENTO RESIDENCIAL E OCUPACIONAL – É constituído por uma Unidade Residencial
Apoiada, que presta o atendimento residencial diurno e/ou noturno, em regime temporário ou
definitivo, a pessoas adultas com deficiência e idade superior a 16 anos, cuja situação familiar e/ou
comportamental assim o justifiquem; apoia atualmente 30 clientes. Encontra-se em fase de
arranque uma Unidade Residencial Autónoma que irá apoiar 5 pessoas (tutela do Ministério do
Trabalho e Solidariedade Social). Possui ainda um Centro de Atividades Ocupacionais(CAO), com o
A APPACDM de Viseu é uma Instituição
cujos alicerces se baseiam e estão
ancorados numa Missão, Visão e Valores,
que nos tem permitido crescer de uma
forma sustentada e orientada para a
integração na diversidade. Os nossos
colaboradores, e não só apenas
funcionários, têm sido o elemento
fundamental na génese da qualidade
d e p re sta çã o n o s c u i d a d o s q u e
proporcionamos aos nossos clientes,
vivenciando os nossos Valores na sua conduta do dia a dia e tentando sempre superar as
expectativas do que percepcionam receber, podendo-se, por isso perspetivar um futuro risonho.
E quanto estimulante é vê-los SORRIR …
A todos os que já passaram por esta casa, o nosso muito obrigado por nos terem ajudado a crescer.
(António José Lemos, Presidente da Direção)
O QUE FOMOS E SOMOS
MISSÃO: Integrar a Pessoa na Sua Diversidade
VALORES: Integridade, Rigor, Confidencialidade, Privacidade, Criatividade, Transparência,
Solidariedade, ...
Fundada em Viseu no dia 01 de dezembro de 1976, a APPACDM de Viseu, conta com 37 anos de
existência e com sede em Repeses - Viseu. Tem como atividade principal a promoção do bem estar
do cidadão com deficiência mental, multideficiência e jovens em risco. Os objetivos da sua
intervenção pressupõem a educação, a reabilitação e o apoio social, ocupacional e/ou residencial
bem como o desenvolvimento pessoal, a formação e a integração sócio-profissional.
Com âmbito regional de intervenção, esta Instituição dá resposta a todo o Distrito de Viseu e nesse
sentido tem vindo a reforçar-se em meios técnicos, humanos e materiais, dispondo hoje de um
conjunto de infraestruturas e equipamentos, que permitem melhorar a qualidade da sua
intervenção e assim melhorar as respostas às inúmeras solicitações da comunidade, prestando um
serviço de elevada qualidade nas áreas em que se encontra vocacionada. Atualmente, somos uma
instituição certificada, pelo referencial EQUASS para o nível “Assurance” e pela DGERT,
APPACDM
Fachada da Sede da APPACDM
Instituições e Projetos32 33Instituições e Projetos
O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro traz sobre si já vinte e
sete anos de idade e uma pauta de serviços de que
naturalmente se orgulha.
O embrião da Associação prende-se aos actos comemorativos
da celebração do primeiro centenário do nascimento de
Aquilino Ribeiro, em 1985, os quais tiveram em Viseu um
singular brilho de que importava fazer consequente
afirmação. E foi assim que um punhado de estudiosos da lição
aquiliniana, participes das ideias mestras de um projecto a
construir à volta da vida e obra de Aquilino Ribeiro, se
constituem como membros fundadores de uma Associação
que irá receber o designativo de Centro de Estudos Aquilino
Ribeiro no acto fundador do lavrar da escritura pública em
cartório notarial que ocorreu no dia quatro de Julho de 1986.
No artigo segundo dos Estatutos estabelece-se como
objectivo da Associação “contribuir para o estudo e divulgação da obra de Aquilino Ribeiro”,
normativo genérico que o Regulamento Interno repete no número três do artigo primeiro
estabelecendo depois, ao longo do artigo segundo, um clausulado extenso que determina um
amplo sistema de coordenadas que antes se conformam a padrões orientadores de uma praxis
que se deseja fecunda e participada.
Ao longo de sucessivos mandatos Direcções empenhadas, sustentadas pelo solidário
acompanhamento dos outros membros dos Corpos Sociais, por um leque extenso de associados
e activos participantes das acções conduziram o projecto original, de matizadas atmosferas, de
modo a responder aos propósitos inicialmente firmados e aos anseios de quantos os puderam
usufruir.
Dar a conhecer a ímpar obra do escritor, seduzir para o aprofundamento da mesma, cativar para a
apetecida leitura, corporiza uma tríade de mandamentos a que o Centro de Estudos rigorosamente
se manteve fiel.
Os Cadernos Aquilinianos, uma vasta série de dezanove volumes iniciada em 1992, interrompida
circunstancialmente e que em breve será retomada, objectivam essa panorâmica de propósitos
Aquilino Ribeiro (Foto Germano, 1950)
Centro de Estudos Aquilino RibeiroEm prol de Aquilino Ribeiro
fim principal de ocupação e desenvolvimento das capacidades dos clientes que o frequentam, de
entre atividades socialmente úteis ou atividades ocupacionais e de bem estar, tornando-os o mais
autónomos possível.
Possui atualmente 88 clientes e é tutelado pelo MTSS - Centro Regional de Segurança Social de Viseu.
3. DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO E INTEGRAÇÃO PROFISSIONAL - Desenvolve, desde 1992,
ações / cursos de formação profissional que visam a aquisição e o desenvolvimento de
competências profissionais orientadas para o exercício de uma atividade no mercado de trabalho,
tendo em vista potenciar a empregabilidade das pessoas com deficiências e incapacidades,
dotando-as de conhecimentos ajustados para o ingresso, reingresso ou permanência no mundo
laboral. Nestes 20 anos de atividade, formamos cerca de 1050 clientes e conseguimos integrar no
mercado de trabalho 157.
É Tutelado pelo MTSS mais concretamente pelo IEFP e possui atualmente 86 clientes em formação
distribuídos por 6 cursos:
Cozinheiro/a; Empregado/a de Mesa; Empregado/a de Andares; Operador/a de Acabamentos de
Madeira e Mobiliário; Operador/a
Agrícola, Horticultura-Fruticultura e Operador/a de Jardinagem.
INTERNATO DR. VITOR FONTES –Inaugurado a 15 de junho de 1972 e, desde agosto de 1995, tem
como entidade de tutela o Centro Distrital de Segurança Social de Viseu
e entidade gestora a APPACDM de Viseu. Tem como atividade principal
a promoção do bem estar do cidadão deficiente mental, dando resposta
a pessoas adultas com deficiência mental, nas respostas sociais de CAO
(37 clientes) e Lar de Apoio (26 clientes). As atividades centram-se
essencialmente em áreas socialmente úteis e lúdicas., Situa-se em
Jugueiros – Viseu.
ESTABELECIMENTO DE VILA POUCA – Situa-se em Santa Comba Dão e
encontra-se em fase final da obra de construção, pretendendo vir a
apoiar 30 clientes em CAO e 12 em Lar Residencial.
Contatos:
R. APPACDM – Lugar do Corgo, Repeses
Telefone: 232483260 | Fax: 232429521 | E-mail: [email protected]
Internet: appacdm-viseu.org Facebook: facebook.com/appacdmviseuViseu
Fundada em 1976
Instituições e Projetos32 33Instituições e Projetos
O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro traz sobre si já vinte e
sete anos de idade e uma pauta de serviços de que
naturalmente se orgulha.
O embrião da Associação prende-se aos actos comemorativos
da celebração do primeiro centenário do nascimento de
Aquilino Ribeiro, em 1985, os quais tiveram em Viseu um
singular brilho de que importava fazer consequente
afirmação. E foi assim que um punhado de estudiosos da lição
aquiliniana, participes das ideias mestras de um projecto a
construir à volta da vida e obra de Aquilino Ribeiro, se
constituem como membros fundadores de uma Associação
que irá receber o designativo de Centro de Estudos Aquilino
Ribeiro no acto fundador do lavrar da escritura pública em
cartório notarial que ocorreu no dia quatro de Julho de 1986.
No artigo segundo dos Estatutos estabelece-se como
objectivo da Associação “contribuir para o estudo e divulgação da obra de Aquilino Ribeiro”,
normativo genérico que o Regulamento Interno repete no número três do artigo primeiro
estabelecendo depois, ao longo do artigo segundo, um clausulado extenso que determina um
amplo sistema de coordenadas que antes se conformam a padrões orientadores de uma praxis
que se deseja fecunda e participada.
Ao longo de sucessivos mandatos Direcções empenhadas, sustentadas pelo solidário
acompanhamento dos outros membros dos Corpos Sociais, por um leque extenso de associados
e activos participantes das acções conduziram o projecto original, de matizadas atmosferas, de
modo a responder aos propósitos inicialmente firmados e aos anseios de quantos os puderam
usufruir.
Dar a conhecer a ímpar obra do escritor, seduzir para o aprofundamento da mesma, cativar para a
apetecida leitura, corporiza uma tríade de mandamentos a que o Centro de Estudos rigorosamente
se manteve fiel.
Os Cadernos Aquilinianos, uma vasta série de dezanove volumes iniciada em 1992, interrompida
circunstancialmente e que em breve será retomada, objectivam essa panorâmica de propósitos
Aquilino Ribeiro (Foto Germano, 1950)
Centro de Estudos Aquilino RibeiroEm prol de Aquilino Ribeiro
fim principal de ocupação e desenvolvimento das capacidades dos clientes que o frequentam, de
entre atividades socialmente úteis ou atividades ocupacionais e de bem estar, tornando-os o mais
autónomos possível.
Possui atualmente 88 clientes e é tutelado pelo MTSS - Centro Regional de Segurança Social de Viseu.
3. DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO E INTEGRAÇÃO PROFISSIONAL - Desenvolve, desde 1992,
ações / cursos de formação profissional que visam a aquisição e o desenvolvimento de
competências profissionais orientadas para o exercício de uma atividade no mercado de trabalho,
tendo em vista potenciar a empregabilidade das pessoas com deficiências e incapacidades,
dotando-as de conhecimentos ajustados para o ingresso, reingresso ou permanência no mundo
laboral. Nestes 20 anos de atividade, formamos cerca de 1050 clientes e conseguimos integrar no
mercado de trabalho 157.
É Tutelado pelo MTSS mais concretamente pelo IEFP e possui atualmente 86 clientes em formação
distribuídos por 6 cursos:
Cozinheiro/a; Empregado/a de Mesa; Empregado/a de Andares; Operador/a de Acabamentos de
Madeira e Mobiliário; Operador/a
Agrícola, Horticultura-Fruticultura e Operador/a de Jardinagem.
INTERNATO DR. VITOR FONTES –Inaugurado a 15 de junho de 1972 e, desde agosto de 1995, tem
como entidade de tutela o Centro Distrital de Segurança Social de Viseu
e entidade gestora a APPACDM de Viseu. Tem como atividade principal
a promoção do bem estar do cidadão deficiente mental, dando resposta
a pessoas adultas com deficiência mental, nas respostas sociais de CAO
(37 clientes) e Lar de Apoio (26 clientes). As atividades centram-se
essencialmente em áreas socialmente úteis e lúdicas., Situa-se em
Jugueiros – Viseu.
ESTABELECIMENTO DE VILA POUCA – Situa-se em Santa Comba Dão e
encontra-se em fase final da obra de construção, pretendendo vir a
apoiar 30 clientes em CAO e 12 em Lar Residencial.
Contatos:
R. APPACDM – Lugar do Corgo, Repeses
Telefone: 232483260 | Fax: 232429521 | E-mail: [email protected]
Internet: appacdm-viseu.org Facebook: facebook.com/appacdmviseuViseu
Fundada em 1976
intervenção, particularmente se honrará quando puder
levantar-se, em tempo breve, na cidade de Viseu, sob seus
auspícios, o estímulo de outros pares e a singularíssima
participação da Câmara Municipal de Viseu, a estátua que se
constituirá como permanente homenagem ao escritor que
tendo suas raízes nessa sua Beira “sem símile no mundo”, se
elevou, por sua obra, ao panteão dos imortais.
Alberto Correia
Presidente da Direcção do CEAR
Conjunto de ensaios editados pelo CEAR
Instituições e Projetos34 35Instituições e Projetos
porque de Aquilino ali se dá a conhecer a amplidão das facetas deste magistral criador de
personagens, de burilador de caracteres, de desenhador de paisagens, ourives de uma língua
restaurada, infinitas lições que os Cadernos contêm para além de se constituírem como repositório
de uma historiografia de actos que se tornam ecos das vozes antes proclamadas. Vozes projectadas
por um alargado leque de mais de uma dezena de outras edições, criteriosos ensaios, Roteiros sobre
a vida e a obra do Mestre e sobre os caminhos que ele palmilhou nas terras dos homens de que
apreendeu o quanto de umbilical existia entre o chão que pisou e as criaturas que o habitavam.
Jornadas de teor científico que tiveram por tema, entre outros, a Ecologia e a Literatura Infantil, os
Serões à volta de Aquilino que no emblemático Solar do Vinho do Dão têm proporcionado
cativantes convivialidades, as Visitas de estudo pela vasta geografia aquiliniana, privilegiando
porventura o território das matriciais Terras do Demo, as Exposições Temporárias de realização
autónoma ou de outrem requeridas, o pequeno pavilhão promocional que se apresenta na Feira de
S. Mateus, as Leituras de antológicos textos, as dramatizações assumidas como operativa
pedagogia, a colaboração prestada a Escolas, Autarquias, outras Associações e Grupos de Estudo, a
informação prestada sempre que requerida, constituem-se como índice de fecunda sementeira
num território ainda sáfaro que se continua lavrando.
Para tanto valeu e continua valendo a estimulante presença dos associados e a de quantos quiseram
partilhar os enunciados actos, para tanto valeu o apoio mecenático tantas vezes requerido de
agentes diversos, para tanto valeu a colaboração dos Municípios aquilinianos, os de mais perto,
como Viseu, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Vila Nova de Paiva.
Apoio constante, como de mão amiga pousada sobre um
ombro, nos veio sempre da família de sangue do escritor,
particularmente do senhor Engenheiro Aquilino Ribeiro
Machado, tantas vezes presente. À sua memória
prestamos o tributo da nossa admiração e da nossa
saudade lamentando que não possa agora assistir, num
espaço público de Viseu, ao arvorar de uma estátua
dedicada a seu pai para efectivação da qual tão precioso
contributo prestou.
O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro, neste ano por nós
qualificado de aquiliniano porque nele ocorrem duas
importantes efemérides referentes ao escritor seu patrono
– a edição do seu primeiro livro, o Jardim das Tormentas e o
cinquentenário da sua morte – assumirá coragem
renovada para a missão que lhe incumbe e honrar-se-á
levando a bom termo os seus projectos de vária Cadernos Aquilinianos (Rosto do N.º 19)
intervenção, particularmente se honrará quando puder
levantar-se, em tempo breve, na cidade de Viseu, sob seus
auspícios, o estímulo de outros pares e a singularíssima
participação da Câmara Municipal de Viseu, a estátua que se
constituirá como permanente homenagem ao escritor que
tendo suas raízes nessa sua Beira “sem símile no mundo”, se
elevou, por sua obra, ao panteão dos imortais.
Alberto Correia
Presidente da Direcção do CEAR
Conjunto de ensaios editados pelo CEAR
Instituições e Projetos34 35Instituições e Projetos
porque de Aquilino ali se dá a conhecer a amplidão das facetas deste magistral criador de
personagens, de burilador de caracteres, de desenhador de paisagens, ourives de uma língua
restaurada, infinitas lições que os Cadernos contêm para além de se constituírem como repositório
de uma historiografia de actos que se tornam ecos das vozes antes proclamadas. Vozes projectadas
por um alargado leque de mais de uma dezena de outras edições, criteriosos ensaios, Roteiros sobre
a vida e a obra do Mestre e sobre os caminhos que ele palmilhou nas terras dos homens de que
apreendeu o quanto de umbilical existia entre o chão que pisou e as criaturas que o habitavam.
Jornadas de teor científico que tiveram por tema, entre outros, a Ecologia e a Literatura Infantil, os
Serões à volta de Aquilino que no emblemático Solar do Vinho do Dão têm proporcionado
cativantes convivialidades, as Visitas de estudo pela vasta geografia aquiliniana, privilegiando
porventura o território das matriciais Terras do Demo, as Exposições Temporárias de realização
autónoma ou de outrem requeridas, o pequeno pavilhão promocional que se apresenta na Feira de
S. Mateus, as Leituras de antológicos textos, as dramatizações assumidas como operativa
pedagogia, a colaboração prestada a Escolas, Autarquias, outras Associações e Grupos de Estudo, a
informação prestada sempre que requerida, constituem-se como índice de fecunda sementeira
num território ainda sáfaro que se continua lavrando.
Para tanto valeu e continua valendo a estimulante presença dos associados e a de quantos quiseram
partilhar os enunciados actos, para tanto valeu o apoio mecenático tantas vezes requerido de
agentes diversos, para tanto valeu a colaboração dos Municípios aquilinianos, os de mais perto,
como Viseu, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Vila Nova de Paiva.
Apoio constante, como de mão amiga pousada sobre um
ombro, nos veio sempre da família de sangue do escritor,
particularmente do senhor Engenheiro Aquilino Ribeiro
Machado, tantas vezes presente. À sua memória
prestamos o tributo da nossa admiração e da nossa
saudade lamentando que não possa agora assistir, num
espaço público de Viseu, ao arvorar de uma estátua
dedicada a seu pai para efectivação da qual tão precioso
contributo prestou.
O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro, neste ano por nós
qualificado de aquiliniano porque nele ocorrem duas
importantes efemérides referentes ao escritor seu patrono
– a edição do seu primeiro livro, o Jardim das Tormentas e o
cinquentenário da sua morte – assumirá coragem
renovada para a missão que lhe incumbe e honrar-se-á
levando a bom termo os seus projectos de vária Cadernos Aquilinianos (Rosto do N.º 19)
Instituições e Projetos36 37
CONTACTOS: Telemóvel (+351) 968 945 371 / Mail: [email protected]
Diretor Cultural do Coro Mozart
O Coro Mozart tem a presidência do professor José Carmo: com estudos Musicais realizados no
Conservatório Dr. José Azeredo Perdigão, frequentou a Escola de Jazz do Porto e representou a
Roland em Feiras Internacionais como Especialista de Produto. Dirige a Produtora de Música
EdiEstdúdio, em Viseu. É igualmente Presidente das Escolas de Música Mozart e professor de piano.
Diretor Artístico do Coro Mozart
A direção artística do Coro Mozart está a cargo
do Prof. Doutor Dionísio Vila Maior. Realizou
(muito jovem) os seus estudos musicais no
Conservatório do Porto. Mais tarde, licenciou-
se na universidade de Coimbra; fez o
Mestrado e o Doutoramento. Atualmente, é
Professor da Universidade Aberta, Professor-
Investigador da Universidade da Sorbonne e
P r o fe s s o r - C o n v i d a d o e m d i v e r s a s
Universidades (USP (Brasil), Marie Curie
(Polónia), Autónoma de Madrid (Espanha) e
Università degli Studi di Napoli "L'Orientale"
(Itália). É ainda conferencista convidado em diversas universidades. Desde 1980, tem dirigido
diversos grupos orfeónicos e corais (Universitários, Adultos mistos, Adultos masculinos, Adultos
femininos e juvenis) e orientado Cursos e Ações de Formação sobre Direção Artística, Direção Coral,
Direção Instrumental, Expressão Dramática e Expressão Musical em contexto educativo. Tendo
ainda já alcançado diversos prémios, apresenta, no seu curriculum, um vasto conjunto de
publicações. Entre elas, destaque para mais de 160 obras musicais (entre elas, a autoria da música,
letra e orquestração da balada de Viseu "Viseu, Menina"), de diversos cadernos de música (coral,
orfeónica, instrumental), de 5 DVD's musicais, de 2 CD's de música coral, do primeiro opúsculo
escrito em Portugal sobre a realidade histórica e sociológica das tunas — foi, aliás, o Diretor Artístico
da Infantuna entre 2002 e 2007/08. Tem integrado diversos Júris e Presidências de Júri de Festivais
Musicais. Desde 2006, dirige o Coro Mozart.
Prof. Doutor Dionísio Vila Maior
O Coro Mozart (de Viseu)
O Coro Mozart nasce na cidade de Viseu,
em Janeiro de 2006, com o abraço, o
carinho, o incentivo completo e o apoio
incondicional da Câmara Municipal de
Viseu. É atualmente constituído por cerca
de 70 jovens coralistas — selecionados em
mais de mais de 320 audições —, todos eles
encontrando-se ligados à Música no
Distrito de Viseu e sendo igualmente bons
alunos nas Escolas de onde provêm.
No ainda breve período de existência, o
Coro Mozart alcançou já distintos prémios musicais, constituindo, hoje, um coro de referência, com
aplauso de críticos musicais (norte-americanos, franceses, espanhóis, peruanos, colombianos,
polacos, argentinos e italianos) para a qualidade das suas vozes, dos arranjos (vocais e orquestrais) e
dos arranjos coreográficos que apresenta. Em 2007, recebe o Prémio Produção Artística Anim'arte,
na área musical. Em 2009, vence o 1º Prémio no concurso nacional André Sardet. Em 2010, dá um
concerto, por convite, na Fundação Calouste Gulbenkian. Nos anos de 2011 e 2012, realiza, por
convite, duas tournées: a França e a Espanha, respetivamente. Ainda em 2011, promove um
Concerto para a fundação TED. Este ano (2013), irá realizar uma tournée a Madrid e a Salamanca, a
convite da ONG Fundación Casa de la Esperanza y la Alegría — tendo, para além disso, sido
igualmente convidado para os Jogos Olímpicos de Coros, nos Estados Unidos da América, em 2012,
e para o Campeonato Mundial de Coros Juvenis, a realizar na Rússia (St. Petersburg), em 2014.
O repertório coral do Coro Mozart reparte-se desde 2006, em média, por 4, 5 ou 6 vozes e distribui-
se (por mais de 50 músicas e orquestrações harmonizadas e trabalhadas quase todas pela seu
Diretor Artístico) por áreas abrangentes, que vão desde o clássico ao jazz, passando pelo pop,
música ligeira (portuguesa, castelhana e anglo-saxónica), música popular portuguesa, música
popular russa, música francesa, gospel, rhytm & blues, etc.
Para além de organizar anualmente o seu GRANDE CONCERTO DE GALA, o Coro Mozart já realizou,
por convite, mais de 240 concertos.
Na sua produção musical, contam-se 5 DVD's.
Em 2013, certamente por reconhecimento do seu mérito e pelo muito que tem dado à (e feito pela)
cidade que representa, Viseu, recebe da Câmara Municipal de Viseu a sua Sede Cultural (antiga
Escola EB1 de Travassós de Baixo)
Coro Mozart
Instituições e Projetos
Instituições e Projetos36 37
CONTACTOS: Telemóvel (+351) 968 945 371 / Mail: [email protected]
Diretor Cultural do Coro Mozart
O Coro Mozart tem a presidência do professor José Carmo: com estudos Musicais realizados no
Conservatório Dr. José Azeredo Perdigão, frequentou a Escola de Jazz do Porto e representou a
Roland em Feiras Internacionais como Especialista de Produto. Dirige a Produtora de Música
EdiEstdúdio, em Viseu. É igualmente Presidente das Escolas de Música Mozart e professor de piano.
Diretor Artístico do Coro Mozart
A direção artística do Coro Mozart está a cargo
do Prof. Doutor Dionísio Vila Maior. Realizou
(muito jovem) os seus estudos musicais no
Conservatório do Porto. Mais tarde, licenciou-
se na universidade de Coimbra; fez o
Mestrado e o Doutoramento. Atualmente, é
Professor da Universidade Aberta, Professor-
Investigador da Universidade da Sorbonne e
P r o fe s s o r - C o n v i d a d o e m d i v e r s a s
Universidades (USP (Brasil), Marie Curie
(Polónia), Autónoma de Madrid (Espanha) e
Università degli Studi di Napoli "L'Orientale"
(Itália). É ainda conferencista convidado em diversas universidades. Desde 1980, tem dirigido
diversos grupos orfeónicos e corais (Universitários, Adultos mistos, Adultos masculinos, Adultos
femininos e juvenis) e orientado Cursos e Ações de Formação sobre Direção Artística, Direção Coral,
Direção Instrumental, Expressão Dramática e Expressão Musical em contexto educativo. Tendo
ainda já alcançado diversos prémios, apresenta, no seu curriculum, um vasto conjunto de
publicações. Entre elas, destaque para mais de 160 obras musicais (entre elas, a autoria da música,
letra e orquestração da balada de Viseu "Viseu, Menina"), de diversos cadernos de música (coral,
orfeónica, instrumental), de 5 DVD's musicais, de 2 CD's de música coral, do primeiro opúsculo
escrito em Portugal sobre a realidade histórica e sociológica das tunas — foi, aliás, o Diretor Artístico
da Infantuna entre 2002 e 2007/08. Tem integrado diversos Júris e Presidências de Júri de Festivais
Musicais. Desde 2006, dirige o Coro Mozart.
Prof. Doutor Dionísio Vila Maior
O Coro Mozart (de Viseu)
O Coro Mozart nasce na cidade de Viseu,
em Janeiro de 2006, com o abraço, o
carinho, o incentivo completo e o apoio
incondicional da Câmara Municipal de
Viseu. É atualmente constituído por cerca
de 70 jovens coralistas — selecionados em
mais de mais de 320 audições —, todos eles
encontrando-se ligados à Música no
Distrito de Viseu e sendo igualmente bons
alunos nas Escolas de onde provêm.
No ainda breve período de existência, o
Coro Mozart alcançou já distintos prémios musicais, constituindo, hoje, um coro de referência, com
aplauso de críticos musicais (norte-americanos, franceses, espanhóis, peruanos, colombianos,
polacos, argentinos e italianos) para a qualidade das suas vozes, dos arranjos (vocais e orquestrais) e
dos arranjos coreográficos que apresenta. Em 2007, recebe o Prémio Produção Artística Anim'arte,
na área musical. Em 2009, vence o 1º Prémio no concurso nacional André Sardet. Em 2010, dá um
concerto, por convite, na Fundação Calouste Gulbenkian. Nos anos de 2011 e 2012, realiza, por
convite, duas tournées: a França e a Espanha, respetivamente. Ainda em 2011, promove um
Concerto para a fundação TED. Este ano (2013), irá realizar uma tournée a Madrid e a Salamanca, a
convite da ONG Fundación Casa de la Esperanza y la Alegría — tendo, para além disso, sido
igualmente convidado para os Jogos Olímpicos de Coros, nos Estados Unidos da América, em 2012,
e para o Campeonato Mundial de Coros Juvenis, a realizar na Rússia (St. Petersburg), em 2014.
O repertório coral do Coro Mozart reparte-se desde 2006, em média, por 4, 5 ou 6 vozes e distribui-
se (por mais de 50 músicas e orquestrações harmonizadas e trabalhadas quase todas pela seu
Diretor Artístico) por áreas abrangentes, que vão desde o clássico ao jazz, passando pelo pop,
música ligeira (portuguesa, castelhana e anglo-saxónica), música popular portuguesa, música
popular russa, música francesa, gospel, rhytm & blues, etc.
Para além de organizar anualmente o seu GRANDE CONCERTO DE GALA, o Coro Mozart já realizou,
por convite, mais de 240 concertos.
Na sua produção musical, contam-se 5 DVD's.
Em 2013, certamente por reconhecimento do seu mérito e pelo muito que tem dado à (e feito pela)
cidade que representa, Viseu, recebe da Câmara Municipal de Viseu a sua Sede Cultural (antiga
Escola EB1 de Travassós de Baixo)
Coro Mozart
Instituições e Projetos
38 39Exposições Exposições
- A Obra de Eça de Queiroz na BD (com Moura)
- Homenagem à obra de Will Wandersteen (com Moura)
- Humor no Jornal do Exército
- Homenagem Póstuma a Sergio Bonelli (TEX)
- Nos 50 anos do Spider Man
- Grande Plano (sobre alguns álbuns estrangeiros)
- Jovens Valores (Joana Afonso – “O Baile”; Pedro Emanuel - Viseu; Dani -Viseu)
- Álvaro
- Miguel Rebelo (Cartoons)
- Rui Lacas – Asteroid Fighters
- Corto Maltese no século XXI (G. Lino)
- Santos Costa (O Bandarra e outras histórias)
- Comés – Homenagem póstuma
- Andrea Venturi
A internacionalização do salão ficou a cargo do José Carlos Francisco (Tex Willer Blog), mais uma vez,
no âmbito da apresentação em Viseu de um conjunto de trabalhos originais de artistas de diversos
países, em homenagem ao editor italiano do TEX, Sergio Bonelli (falecido recentemente. Andrea
Venturi é o artista italiano presente no salão, no dia 10 de agosto, para uma sessão de autógrafos
onde estarão outros artistas convidados (Santos Costa, Miguel Rebelo, João Amaral, Pedro
Emanuel), a partir das 17 horas.
O Gicav e a Expovis agradecem a todos quantos possibilitaram a concretização deste evento em prol
da Banda Desenhada.
Ano sim, ano não, fruto das contingências orçamentais e
estruturais, realiza-se a festa da banda desenhada em Viseu,
pela mão do coletivo GICAV, um projeto sem fins lucrativos e
independente. A norte de Lisboa, parece-nos ser este salão
presentemente o único evento de envergadura no panorama
da divulgação e promoção da nossa banda desenhada. Em
parceria com a Expovis e o salão de Moura, o Gicav assume a
integração do XVIII Salão internacional de Banda Desenhada
na programação da Feira de São Mateus, procurando desta
forma alcançar outros públicos e dimensionando o salão ao
modelo de exposição bienal.
A compreensão da arte implica o seu usufruto com espírito
crítico, numa dialética permanente com os agentes criativos.
O salão de Viseu insere-se na política de intervenção cultural
do Gicav, procurando numa perspetiva de serviço
comunitário estabelecer pontes de diálogo entre os
criadores e o público amante da BD, dignificando este género artístico tantas vezes mal-amado.
Sem apresentar uma temática fechada, o XVIII Salão pretende destacar o “Universo dos Fanzines de
BD” em Portugal, apresentando exposições e autores/editores representativos deste fenómeno
editorial, tantas vezes sobrevivendo à margem dos circuitos comerciais livreiros. Geraldes Lino
(crítico, editor, colecionador) é o anfitrião deste salão no que aos Fanzines diz respeito, distinguido
com o Prémio Animarte BD pelo trabalho incessante na divulgação e promoção dos artistas, muito
em particular dos jovens artistas. Apresenta em Viseu um estudo de opinião sobre o mundo dos
fanzines em Portugal, uma exposição de fanzines da sua coleção particular e a exposição “Corto
Maltese no século XXI”, a partir do Fanzine Efeméride, do qual é editor.
João Amaral, artista multifacetado ligado a Viseu desde longa data, é distinguido com outro Prémio
Animarte BD pelo conjunto da sua obra artística. O salão revela em exposição individual alguns dos
seus trabalhos mais representativos (A Voz dos Deuses; A História de Manteigas; História de Fornos
de Algodres; Vidas; O Fim da linha; Cinzas da revolta).
Para além das exposições que derivam da atribuição dos Prémios Animarte BD, outras mostras
integram este salão internacional:
Cartaz do festival
XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada de ViseuOrganização GICAV / Expovis
38 39Exposições Exposições
- A Obra de Eça de Queiroz na BD (com Moura)
- Homenagem à obra de Will Wandersteen (com Moura)
- Humor no Jornal do Exército
- Homenagem Póstuma a Sergio Bonelli (TEX)
- Nos 50 anos do Spider Man
- Grande Plano (sobre alguns álbuns estrangeiros)
- Jovens Valores (Joana Afonso – “O Baile”; Pedro Emanuel - Viseu; Dani -Viseu)
- Álvaro
- Miguel Rebelo (Cartoons)
- Rui Lacas – Asteroid Fighters
- Corto Maltese no século XXI (G. Lino)
- Santos Costa (O Bandarra e outras histórias)
- Comés – Homenagem póstuma
- Andrea Venturi
A internacionalização do salão ficou a cargo do José Carlos Francisco (Tex Willer Blog), mais uma vez,
no âmbito da apresentação em Viseu de um conjunto de trabalhos originais de artistas de diversos
países, em homenagem ao editor italiano do TEX, Sergio Bonelli (falecido recentemente. Andrea
Venturi é o artista italiano presente no salão, no dia 10 de agosto, para uma sessão de autógrafos
onde estarão outros artistas convidados (Santos Costa, Miguel Rebelo, João Amaral, Pedro
Emanuel), a partir das 17 horas.
O Gicav e a Expovis agradecem a todos quantos possibilitaram a concretização deste evento em prol
da Banda Desenhada.
Ano sim, ano não, fruto das contingências orçamentais e
estruturais, realiza-se a festa da banda desenhada em Viseu,
pela mão do coletivo GICAV, um projeto sem fins lucrativos e
independente. A norte de Lisboa, parece-nos ser este salão
presentemente o único evento de envergadura no panorama
da divulgação e promoção da nossa banda desenhada. Em
parceria com a Expovis e o salão de Moura, o Gicav assume a
integração do XVIII Salão internacional de Banda Desenhada
na programação da Feira de São Mateus, procurando desta
forma alcançar outros públicos e dimensionando o salão ao
modelo de exposição bienal.
A compreensão da arte implica o seu usufruto com espírito
crítico, numa dialética permanente com os agentes criativos.
O salão de Viseu insere-se na política de intervenção cultural
do Gicav, procurando numa perspetiva de serviço
comunitário estabelecer pontes de diálogo entre os
criadores e o público amante da BD, dignificando este género artístico tantas vezes mal-amado.
Sem apresentar uma temática fechada, o XVIII Salão pretende destacar o “Universo dos Fanzines de
BD” em Portugal, apresentando exposições e autores/editores representativos deste fenómeno
editorial, tantas vezes sobrevivendo à margem dos circuitos comerciais livreiros. Geraldes Lino
(crítico, editor, colecionador) é o anfitrião deste salão no que aos Fanzines diz respeito, distinguido
com o Prémio Animarte BD pelo trabalho incessante na divulgação e promoção dos artistas, muito
em particular dos jovens artistas. Apresenta em Viseu um estudo de opinião sobre o mundo dos
fanzines em Portugal, uma exposição de fanzines da sua coleção particular e a exposição “Corto
Maltese no século XXI”, a partir do Fanzine Efeméride, do qual é editor.
João Amaral, artista multifacetado ligado a Viseu desde longa data, é distinguido com outro Prémio
Animarte BD pelo conjunto da sua obra artística. O salão revela em exposição individual alguns dos
seus trabalhos mais representativos (A Voz dos Deuses; A História de Manteigas; História de Fornos
de Algodres; Vidas; O Fim da linha; Cinzas da revolta).
Para além das exposições que derivam da atribuição dos Prémios Animarte BD, outras mostras
integram este salão internacional:
Cartaz do festival
XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada de ViseuOrganização GICAV / Expovis
Programa de Espetáculos e Animação
Dia 9 de Agosto (Sexta-feira)
Dia 11 de agosto (Domingo)
Dia 10 de Agosto (Sábado)
22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 18h00: Arruada pelo Grupo de Bombos “Os Maravilhas”.
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
20h00: Arruada pelo Grupo de Gaitas “Girafoles”.
21h30: Inauguração Oficial da 621ª edição da Feira
de S. Mateus. 14h00 às 20h00: Palco 1:
22h00: Palco 1: Atuação do Rancho Folclórico Verde
Gaio, de S. Paulo, Brasil. 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Histórias
Sensoriais (máximo 15 bebés)22h00: Palco Água: Tranglomango
Colaboração: APPACDM
22h00: Palco Luz – Espaço EDP : Music selected by 22h30
Dj Pippo with saxofone by FilipeAbertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,0017h00: Inauguração do Salão de Banda Desenhada.
Organização: GICAV; Apoio: Expovis
CARMINHO
TVI EM DIRETO - “Somos
Portugal-Feira de S. Mateus”
: ONE (HER)MAN SHOW
Programa Oficial 2013 41
Dia 12 de Agosto (Segunda-Feira)
Dia 15 de Agosto (Quinta-Feira)
Dia 13 de Agosto (Terça-Feira)
Dia 14 de Agosto (Quarta-Feira)
Dia 16 de Agosto (Sexta-Feira)
22h30: Palco Luz: :
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00.15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Artes Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Criativas (máximo 15 crianças) Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00Colaboração: APPACDM(A receita reverte para a Paróquia de S. José-Viseu)
22h00: Palco 1: Atuação do Rancho Folclórico “As
Cabacinhas de Santiago”.
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Culinária
(máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1: TELETUNA
22h00: Palco 1: CANTORIAS23h00: Palco Luz – Espaço EDP:
23h00: Palco Água –
)
18h00: Palco Água: 22h00: Palco 1: ROMANA
3ª DA LUZ: CARDO
ROXO 5ª DO ROCK: BLUE TRASH CAN
e SEXTA-FEIRA 13
(Dia Dedicado à Paróquia de S. José
4ª FNAC COLDFINGER
6ª A MEXER:
Programa Oficial 2013 43
Dia 12 de Agosto (Segunda-Feira)
Dia 15 de Agosto (Quinta-Feira)
Dia 13 de Agosto (Terça-Feira)
Dia 14 de Agosto (Quarta-Feira)
Dia 16 de Agosto (Sexta-Feira)
22h30: Palco Luz: :
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00.15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Artes Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Criativas (máximo 15 crianças) Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00Colaboração: APPACDM(A receita reverte para a Paróquia de S. José-Viseu)
22h00: Palco 1: Atuação do Rancho Folclórico “As
Cabacinhas de Santiago”.
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Culinária
(máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1: TELETUNA
22h00: Palco 1: CANTORIAS23h00: Palco Luz – Espaço EDP:
23h00: Palco Água –
)
18h00: Palco Água: 22h00: Palco 1: ROMANA
3ª DA LUZ: CARDO
ROXO 5ª DO ROCK: BLUE TRASH CAN
e SEXTA-FEIRA 13
(Dia Dedicado à Paróquia de S. José
4ª FNAC COLDFINGER
6ª A MEXER:
Programa Oficial 2013 43
18h00: AULA DE ZUMBATOMIC (Crianças dos 4 aos 12 anos)
21h00: Palco Água: MEGA AULA DE ZUMBA 22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.22h30: Palco Água: DEMONSTRAÇÃO DE FITNESS E Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
DANÇA Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00Organização: FFITNESS HEALTH CLUB
22h00: Palco 1: TUNA ACADÉMICA INFANTUNA
CIDADE DE VISEU
22h00: Palco 1: REAL TUNEL ACADÉMICO
)15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Histórias Sensoriais
(máximo 15 bebés)14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Culinária
Colaboração: APPACDM (máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 22h00: Palco 1: MARA PEDROEntrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 5,00; portadores do Cartão 23h00: Palco Luz – Espaço EDP: Municipal Jovem ou Sénior: € 4,00
Dia 18 de Agosto (Domingo)
Dia 19 de Agosto (Segunda-Feira)
Dia 17 de Agosto (Sábado)
Dia 20 de Agosto (Terça-Feira
HMB
TONY CARREIRA
3ª DA LUZ: GRUTERA
Programa Oficial 2013 45
18h00: AULA DE ZUMBATOMIC (Crianças dos 4 aos 12 anos)
21h00: Palco Água: MEGA AULA DE ZUMBA 22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.22h30: Palco Água: DEMONSTRAÇÃO DE FITNESS E Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
DANÇA Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00Organização: FFITNESS HEALTH CLUB
22h00: Palco 1: TUNA ACADÉMICA INFANTUNA
CIDADE DE VISEU
22h00: Palco 1: REAL TUNEL ACADÉMICO
)15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Histórias Sensoriais
(máximo 15 bebés)14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Culinária
Colaboração: APPACDM (máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 22h00: Palco 1: MARA PEDROEntrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 5,00; portadores do Cartão 23h00: Palco Luz – Espaço EDP: Municipal Jovem ou Sénior: € 4,00
Dia 18 de Agosto (Domingo)
Dia 19 de Agosto (Segunda-Feira)
Dia 17 de Agosto (Sábado)
Dia 20 de Agosto (Terça-Feira
HMB
TONY CARREIRA
3ª DA LUZ: GRUTERA
Programa Oficial 2013 45
Dia 21 de Agosto (Quarta-Feira) Dia 23 de Agosto (Sexta-Feira)
Dia 24 de Agosto (Sábado)Dia 22 de Agosto (Quinta-Feira)
Dia 25 de Agosto (Domingo)
22h00: Palco 1: TZ MUSIC
22h00: Palco 1 – BANDA RX22h30: Palco Luz – Espaço EDP:
20h00: Palco Água -Desfile de Moda: “Noite de Prata”
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Pintura 22h00: Palco 1: (máximo 15 crianças)
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.Colaboração: APPACDMPreço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,0022h00: Palco 1: RUTE MARLENE
23h00: Palco Água:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00.15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Patinho Paf (máximo Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 20 crianças)Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00 (A receita reverte para a
Colaboração: APPACDMAssociação Viseense dos Bombeiros Voluntários)
4ª FNAC: ATIC
(Dia APPACDM)
(Dia da Associação dos Bombeiros Voluntários de Viseu)
5ª DO ROCK: MOTIM e
PROMETHEVS
LUÍS REPRESAS
Programa Oficial 2013 47
Dia 21 de Agosto (Quarta-Feira) Dia 23 de Agosto (Sexta-Feira)
Dia 24 de Agosto (Sábado)Dia 22 de Agosto (Quinta-Feira)
Dia 25 de Agosto (Domingo)
22h00: Palco 1: TZ MUSIC
22h00: Palco 1 – BANDA RX22h30: Palco Luz – Espaço EDP:
20h00: Palco Água -Desfile de Moda: “Noite de Prata”
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Pintura 22h00: Palco 1: (máximo 15 crianças)
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.Colaboração: APPACDMPreço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,0022h00: Palco 1: RUTE MARLENE
23h00: Palco Água:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00.15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Patinho Paf (máximo Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 20 crianças)Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00 (A receita reverte para a
Colaboração: APPACDMAssociação Viseense dos Bombeiros Voluntários)
4ª FNAC: ATIC
(Dia APPACDM)
(Dia da Associação dos Bombeiros Voluntários de Viseu)
5ª DO ROCK: MOTIM e
PROMETHEVS
LUÍS REPRESAS
Programa Oficial 2013 47
22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 22h00: Palco 1: Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 22h30: Palco Luz – Espaço EDP: Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
22h00: Palco 1: HI-FI
22h00: Palco 1:
23h00: Palco Água:
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Horta Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00.
Pedagógica (máximo 15 crianças) Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão Colaboração: APPACDM
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
(A receita reverte para a Rádio Renascença)22h00: Palco 1: RAY BAND
23h00: Palco da Luz – Espaço EDP:
CANÁRIO E AMIGOS
CRASSH StreetShow
DEOLINDA
Dia 28 de Agosto (Quarta-Feira)
Dia 29 de Agosto (Quinta-Feira)Dia 26 de Agosto (Segunda-Feira)
Dia 27 de Agosto (Terça-Feira)5ª DO ROCK: STONE CROWS e
HUNTER'S VAULT
3ª DA LUZ:
LUDGERO ROSAS
4ª FNAC: O MARTIM
(Dia Rádio Renascença)
Programa Oficial 2013 49
22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 22h00: Palco 1: Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 22h30: Palco Luz – Espaço EDP: Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
22h00: Palco 1: HI-FI
22h00: Palco 1:
23h00: Palco Água:
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Horta Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00.
Pedagógica (máximo 15 crianças) Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão Colaboração: APPACDM
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
(A receita reverte para a Rádio Renascença)22h00: Palco 1: RAY BAND
23h00: Palco da Luz – Espaço EDP:
CANÁRIO E AMIGOS
CRASSH StreetShow
DEOLINDA
Dia 28 de Agosto (Quarta-Feira)
Dia 29 de Agosto (Quinta-Feira)Dia 26 de Agosto (Segunda-Feira)
Dia 27 de Agosto (Terça-Feira)5ª DO ROCK: STONE CROWS e
HUNTER'S VAULT
3ª DA LUZ:
LUDGERO ROSAS
4ª FNAC: O MARTIM
(Dia Rádio Renascença)
Programa Oficial 2013 49
melhor do DãoTrazemos até si o
Dia 30 de Agosto (Sexta-Feira)
Dia 1 de Setembro (Domingo)
Dia 31 de Agosto (Sábado)
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Pintura Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
(máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM
22h00: Palco 1: QUINTETO DE PAULO LIMA
16h30: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
D'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças)16h30: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
D'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora 18h00: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças) D'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças)18h00: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
Apoio: Aufer - Material Tec. e Equip. de Escritorio, LdaD'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças) 20h00: Palco Água: Desfile de Moda – “A Moda Não
Tem Tamanho”Apoio: Aufer - Material Tec. e Equip. de Escritorio, Lda
22h00: Palco 1: 21h30: Palco 1: EXPENSIVE SOUL KIKA
Dia da Criança
Programa Oficial 2013 51
melhor do DãoTrazemos até si o
Dia 30 de Agosto (Sexta-Feira)
Dia 1 de Setembro (Domingo)
Dia 31 de Agosto (Sábado)
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Pintura Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00
(máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM
22h00: Palco 1: QUINTETO DE PAULO LIMA
16h30: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
D'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças)16h30: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
D'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora 18h00: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças) D'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças)18h00: Palco Luz – Espaço EDP: CANTADORA
Apoio: Aufer - Material Tec. e Equip. de Escritorio, LdaD'ESTÓRIAS (com a atriz Sofia Froes, a Professora
Rita do Bairro do Panda) – máximo 30 crianças) 20h00: Palco Água: Desfile de Moda – “A Moda Não
Tem Tamanho”Apoio: Aufer - Material Tec. e Equip. de Escritorio, Lda
22h00: Palco 1: 21h30: Palco 1: EXPENSIVE SOUL KIKA
Dia da Criança
Programa Oficial 2013 51
23h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Pintura Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
(máximo 15 crianças)Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00 Colaboração: APPACDM
22h00: Palco 1: FADO A 2
22h30: Palco da Luz – Espaço EDP: 22h00: Palco 1: BANDA “SOMA E SEGUE”
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Horta
Pedagógica (máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1: ALAFUM/ Pe. VÍTOR e OS
21h00: Palco 1: Amigos da Farra DIATÓNICOS
22h30: Palco 1: RANCHO FOLCLÓRICO DE ORGENS 23h00: Palco Água:
23h00: Palco Luz – Espaço EDP:
RICARDO AZEVEDO Dia 4 de Setembro (Quarta-Feira)
Dia 2 de Setembro (Segunda-Feira)
Dia 3 de Setembro (Terça-Feira)Dia 5 de Setembro (Quinta-Feira)
5ª DO ROCK: SMOKING BEER e
THE BLACK TURBO 3º DA LUZ: BASSAB
4ª FNAC: O MEU
MELRO
(Dia Solidário) Dia Dedicado às Conferências de S.
Vicente de Paulo e Cáritas Diocesana de Viseu
Programa Oficial 2013 53
23h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Pintura Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
(máximo 15 crianças)Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00 Colaboração: APPACDM
22h00: Palco 1: FADO A 2
22h30: Palco da Luz – Espaço EDP: 22h00: Palco 1: BANDA “SOMA E SEGUE”
14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Horta
Pedagógica (máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1: ALAFUM/ Pe. VÍTOR e OS
21h00: Palco 1: Amigos da Farra DIATÓNICOS
22h30: Palco 1: RANCHO FOLCLÓRICO DE ORGENS 23h00: Palco Água:
23h00: Palco Luz – Espaço EDP:
RICARDO AZEVEDO Dia 4 de Setembro (Quarta-Feira)
Dia 2 de Setembro (Segunda-Feira)
Dia 3 de Setembro (Terça-Feira)Dia 5 de Setembro (Quinta-Feira)
5ª DO ROCK: SMOKING BEER e
THE BLACK TURBO 3º DA LUZ: BASSAB
4ª FNAC: O MEU
MELRO
(Dia Solidário) Dia Dedicado às Conferências de S.
Vicente de Paulo e Cáritas Diocesana de Viseu
Programa Oficial 2013 53
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00. 22h00: Palco 1: Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00Preço de entrada: + de 10 anos: € 5,00; portadores do Cartão Municipal
Jovem ou Sénior: € 4,00
15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Artes
Criativas (máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Patinho PAF
(máximo 20 crianças)20h30: Palco Água: Desfile de Moda – “Noivas de S.
Colaboração: APPACDMMateus”
16h00: Palco 1: 22h00: Palco 1: BANDA DE CINFÃESRancho Folclórico de Lordosa
Rancho Folclórico de Pascoal
Rancho Folclórico de Pindelo de Silgueiros
17h30: Palco da Luz – Espaço EDP: Apresentação do Rancho Folclórico de Moure de Madalena
Livro “Coisas da Nossa Terra”, de Miguel Almeida
Dia 6 de Setembro (Sexta-Feira)
Dia 8 de Setembro (Domingo)
FESTIVAL DE FOLCLORE S. MATEUS:
Dia 7 de Setembro (Sábado)
PEDRO ABRUNHOSA
(Domingo Franco)
Programa Oficial 2013 55
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 16h00. 22h00: Palco 1: Entrada no recinto da Feira: a partir das 16h00.
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00Preço de entrada: + de 10 anos: € 5,00; portadores do Cartão Municipal
Jovem ou Sénior: € 4,00
15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Artes
Criativas (máximo 15 crianças)
Colaboração: APPACDM 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Patinho PAF
(máximo 20 crianças)20h30: Palco Água: Desfile de Moda – “Noivas de S.
Colaboração: APPACDMMateus”
16h00: Palco 1: 22h00: Palco 1: BANDA DE CINFÃESRancho Folclórico de Lordosa
Rancho Folclórico de Pascoal
Rancho Folclórico de Pindelo de Silgueiros
17h30: Palco da Luz – Espaço EDP: Apresentação do Rancho Folclórico de Moure de Madalena
Livro “Coisas da Nossa Terra”, de Miguel Almeida
Dia 6 de Setembro (Sexta-Feira)
Dia 8 de Setembro (Domingo)
FESTIVAL DE FOLCLORE S. MATEUS:
Dia 7 de Setembro (Sábado)
PEDRO ABRUNHOSA
(Domingo Franco)
Programa Oficial 2013 55
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 20h00: Recinto da Feira: FINKA PÉ (Batucadeiras)Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 21h30: Palco 1: LINDU MONA (World Music)Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.
21h30: Palco Água: MÍSCAROS (Trad.)
23h00: Palco 1: ATMA (World Music)
21h00: Palco Luz – Espaço EDP: TERTÚLIA – “A Feira 23h00: Palco Água: KARROSSEL (Trad.)de S. Mateus, ontem e hoje”
21h30: Palco 1: Associação Cultural de Vila Meã –
Carregal do Sal
22h30: Palco 1: TUNADÃO 1998 – Tuna do Instituto 20h00: Recinto da Feira: GIRAFOLES (Gaitas de Foles)
Politécnico de Viseu
21h30: Palco 1: CABACE (World Music)
21h30: Palco Água: RECANTO (Trad.)
23h00: Palco 1: MÚ (World Music)14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Culinária
(máximo 15 crianças)
QUIM BARREIROS
Dia 9 de Setembro (Segunda-Feira)
Dia 11 de Setembro (Quarta-Feira)
Dia 10 de Setembro (Terça-Feira)
Festival Musidanças
Festival Musidanças
Programa Oficial 2013 57
Colaboração: APPACDM22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 20h00: Recinto da Feira: FINKA PÉ (Batucadeiras)Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 21h30: Palco 1: LINDU MONA (World Music)Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.
21h30: Palco Água: MÍSCAROS (Trad.)
23h00: Palco 1: ATMA (World Music)
21h00: Palco Luz – Espaço EDP: TERTÚLIA – “A Feira 23h00: Palco Água: KARROSSEL (Trad.)de S. Mateus, ontem e hoje”
21h30: Palco 1: Associação Cultural de Vila Meã –
Carregal do Sal
22h30: Palco 1: TUNADÃO 1998 – Tuna do Instituto 20h00: Recinto da Feira: GIRAFOLES (Gaitas de Foles)
Politécnico de Viseu
21h30: Palco 1: CABACE (World Music)
21h30: Palco Água: RECANTO (Trad.)
23h00: Palco 1: MÚ (World Music)14h30: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Culinária
(máximo 15 crianças)
QUIM BARREIROS
Dia 9 de Setembro (Segunda-Feira)
Dia 11 de Setembro (Quarta-Feira)
Dia 10 de Setembro (Terça-Feira)
Festival Musidanças
Festival Musidanças
Programa Oficial 2013 57
23h00: Palco Água: NO MAZURKA BAND (Trad.) 19h00: Palco Água: AULA DE JIU-JITSU (Crianças e
adultos)24h00: Palco Luz – Espaço EDP:
21h00: Palco Água: MEGA AULA DE BODY COMBAT
22h00: Palco Água: DEMONSTRAÇÃO DE FITNESS E
DANÇA
(Organização: FFITNESS HEALTH CLUB)22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 22h00: Palco 1: MÚSICA GOSPELEntrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
(Espetáculo da Responsabilidade da Assembleia de Deus)Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.
18h00: Palco Luz – Espaço EDP: Apresentação do livro 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Horta “Arnaldo Malho – O Poeta do Ferro”, de Alberto CorreiaPedagógica (máximo 15 crianças)
22h00: Palco 1: Colaboração: APPACDM
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.18h00: Palco Água: Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 18h00: Palco Água: AULA DE ZUMBATOMIC (Crianças Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.
dos 4 aos 12 anos)
4ª FNAC: PRIMITIVE
REASON
Dia 12 de Setembro (Quinta-Feira)
Dia 14 de Setembro (Sábado)Dia 13 de Setembro (Sexta-Feira)
MÓNICA FERRAZ
MIGUEL ÂNGELO
6ª A MEXER:
Programa Oficial 2013 59
23h00: Palco Água: NO MAZURKA BAND (Trad.) 19h00: Palco Água: AULA DE JIU-JITSU (Crianças e
adultos)24h00: Palco Luz – Espaço EDP:
21h00: Palco Água: MEGA AULA DE BODY COMBAT
22h00: Palco Água: DEMONSTRAÇÃO DE FITNESS E
DANÇA
(Organização: FFITNESS HEALTH CLUB)22h00: Palco 1:
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00. 22h00: Palco 1: MÚSICA GOSPELEntrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
(Espetáculo da Responsabilidade da Assembleia de Deus)Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.
18h00: Palco Luz – Espaço EDP: Apresentação do livro 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Horta “Arnaldo Malho – O Poeta do Ferro”, de Alberto CorreiaPedagógica (máximo 15 crianças)
22h00: Palco 1: Colaboração: APPACDM
Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.18h00: Palco Água: Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão 18h00: Palco Água: AULA DE ZUMBATOMIC (Crianças Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.
dos 4 aos 12 anos)
4ª FNAC: PRIMITIVE
REASON
Dia 12 de Setembro (Quinta-Feira)
Dia 14 de Setembro (Sábado)Dia 13 de Setembro (Sexta-Feira)
MÓNICA FERRAZ
MIGUEL ÂNGELO
6ª A MEXER:
Programa Oficial 2013 59
Dia 15 de Setembro (Domingo) Dia 20 de Setembro (Sexta-Feira)
Dia 16 de Setembro (Segunda-Feira)
Dia 21 de Setembro (Sábado)
Dia 17 de Setembro (Terça-Feira)
Dia 18 de Setembro (Quarta-Feira)
Dia 22 de Setembro (Domingo)
Dia 19 de Setembro (Quinta-Feira)
20h30: Palco Água: Desfile-Concurso Mini Miss Feira 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Artes
de S. Mateus (Participação Especial de CRASSH StreetShow Criativas (máximo 15 pessoas)(Escalões: dos 3 aos 6 anos; dos 7 aos 11 anos e dos 12 aos 18 anos)
Colaboração: APPACDMProdução: Estrelas da Moda
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda22h00: Palco 1:
22h30: Palco 1: Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.Preço de entrada: + de 10 anos: € 5,00; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 4,00
15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Patinho PAF (máximo
20 pessoas)
10h00: Igreja de Nossa Senhora da ConceiçãoColaboração: APPACDM
Missa Solene em Honra de S. Mateus e Procissão22h00: Palco 1: FADO EM SI
11h30: Salão Nobre dos Paços do Município:23h00: Palco 1: BANDA PLAY
Sessão Solene Dia do Município
13h00: Almoço do Pessoal da Câmara Municipal de
Viseu e Serviços Municipalizados22h00: Palco 1: CORO MOZART
21h30: XIII Encontro de Coros S. Mateus
23h00: Palco da Luz – Espaço EDP: 22h00: Palco 1:
(Espetáculo da Responsabilidade da Associação dos Comerciantes e
Industriais da Feira de S. Mateus)
22h00: Palco 1: Fernando Pereira – “Prof.s & Stores”
16h00: Palco 1: Festival de Folclore – CCD 50022h30: Palco Luz – Espaço EDP:
21h00: Palco 1: Tuninha da Associação de Chãos
22h00: Palco 1: ORQUESTRA DE ACORDEÃOS DE VISEU
23h00: Palco Água:
SONS DO MINHO
RICHIE CAMPBELL
MICAELA | ZÉ DO PIPO3ª DA LUZ: FILHO
DA MÃE
4ª FNAC: TAPE JUNK
5ª DO ROCK: EVEN TIME e VÍCIO M
Dia do Município de Viseu
Programa Oficial 2013 61
(Este Programa pode sofrer alterações,
por motivos imprevistos)
Dia 15 de Setembro (Domingo) Dia 20 de Setembro (Sexta-Feira)
Dia 16 de Setembro (Segunda-Feira)
Dia 21 de Setembro (Sábado)
Dia 17 de Setembro (Terça-Feira)
Dia 18 de Setembro (Quarta-Feira)
Dia 22 de Setembro (Domingo)
Dia 19 de Setembro (Quinta-Feira)
20h30: Palco Água: Desfile-Concurso Mini Miss Feira 15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Atelier: Artes
de S. Mateus (Participação Especial de CRASSH StreetShow Criativas (máximo 15 pessoas)(Escalões: dos 3 aos 6 anos; dos 7 aos 11 anos e dos 12 aos 18 anos)
Colaboração: APPACDMProdução: Estrelas da Moda
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda22h00: Palco 1:
22h30: Palco 1: Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.Abertura do Pavilhão Multiusos, a partir das 14h00.
Preço de entrada: + de 10 anos: € 2,50; portadores do Cartão Entrada no recinto da Feira: a partir das 14h00.
Municipal Jovem ou Sénior: € 2,00.Preço de entrada: + de 10 anos: € 5,00; portadores do Cartão
Municipal Jovem ou Sénior: € 4,00
15h00: Palco Luz – Espaço EDP: Patinho PAF (máximo
20 pessoas)
10h00: Igreja de Nossa Senhora da ConceiçãoColaboração: APPACDM
Missa Solene em Honra de S. Mateus e Procissão22h00: Palco 1: FADO EM SI
11h30: Salão Nobre dos Paços do Município:23h00: Palco 1: BANDA PLAY
Sessão Solene Dia do Município
13h00: Almoço do Pessoal da Câmara Municipal de
Viseu e Serviços Municipalizados22h00: Palco 1: CORO MOZART
21h30: XIII Encontro de Coros S. Mateus
23h00: Palco da Luz – Espaço EDP: 22h00: Palco 1:
(Espetáculo da Responsabilidade da Associação dos Comerciantes e
Industriais da Feira de S. Mateus)
22h00: Palco 1: Fernando Pereira – “Prof.s & Stores”
16h00: Palco 1: Festival de Folclore – CCD 50022h30: Palco Luz – Espaço EDP:
21h00: Palco 1: Tuninha da Associação de Chãos
22h00: Palco 1: ORQUESTRA DE ACORDEÃOS DE VISEU
23h00: Palco Água:
SONS DO MINHO
RICHIE CAMPBELL
MICAELA | ZÉ DO PIPO3ª DA LUZ: FILHO
DA MÃE
4ª FNAC: TAPE JUNK
5ª DO ROCK: EVEN TIME e VÍCIO M
Dia do Município de Viseu
Programa Oficial 2013 61
(Este Programa pode sofrer alterações,
por motivos imprevistos)
Programa Oficial 2013 63
9 de Agosto a 22 de Setembro
Organização: GICAV-Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
9 de Agosto a 22 de Setembro
Organização: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
9 de Agosto a 31 de Agosto
Organização: Liga dos Combatentes
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
19 a 25 de Agosto
Organização: Fundação Champalimaud
Colaboração: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
1 de Setembro a 22 de Setembro
Organização: Missionários da Consolata
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
(Nota: Este programa pode, por motivos imprevistos, sofrer alterações)
XVIII SALÃO INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE VISEU
FEIRA DE S. MATEUS: DE 1980 AOS NOSSOS DIAS
ENCONTRARTE 2013
CHAMPIMÓVEL – O FUTURO DA CIÊNCIA
"DAMAS DE CARVÃO"
Local: Galeria do Pavilhão Multiusos
Local: Recinto da Feira de S. Mateus
Local: Sala de Imprensa do Pavilhão Multiusos
Local: Recinto da Feira de S. Mateus
Local: Sala de Imprensa do Pavilhão Multiusos
PROGRAMAÇÃO DE EXPOSIÇÕES - FEIRA DE S. MATEUS 2013
Programa Oficial 2013 63
9 de Agosto a 22 de Setembro
Organização: GICAV-Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
9 de Agosto a 22 de Setembro
Organização: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
9 de Agosto a 31 de Agosto
Organização: Liga dos Combatentes
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
19 a 25 de Agosto
Organização: Fundação Champalimaud
Colaboração: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
1 de Setembro a 22 de Setembro
Organização: Missionários da Consolata
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
(Nota: Este programa pode, por motivos imprevistos, sofrer alterações)
XVIII SALÃO INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE VISEU
FEIRA DE S. MATEUS: DE 1980 AOS NOSSOS DIAS
ENCONTRARTE 2013
CHAMPIMÓVEL – O FUTURO DA CIÊNCIA
"DAMAS DE CARVÃO"
Local: Galeria do Pavilhão Multiusos
Local: Recinto da Feira de S. Mateus
Local: Sala de Imprensa do Pavilhão Multiusos
Local: Recinto da Feira de S. Mateus
Local: Sala de Imprensa do Pavilhão Multiusos
PROGRAMAÇÃO DE EXPOSIÇÕES - FEIRA DE S. MATEUS 2013
Programa Oficial 2013 65
11 de Agosto
14 de Agosto25 de Agosto
16 de Agosto
23 de Agosto
24 de Agosto
1 de Setembro
21h00–
15h00 –
Organização: Moto Clube de ViseuOrganização: Aero Clube de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
de Viseu
20h30 – 14h30 –
Organização: Casa Benfica em Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
16h00 –
20h00 –
Organização: Federação de Andebol de Portugal e Associação de Organização: Casa Benfica em Viseu Andebol de Viseu Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal de
Viseu
10h00 –
21h00 -
Organização: Moto Clube de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal Organização: Moto Clube de Viseude ViseuColaboração: Expovis - Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal
de Viseu
21h00 –
15h00 –
Organização: Viseu 2001, Associação Desportiva, Social e Cultural
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda18h00 –
14h00 - 21h15 –
Organização: Carlos Pais
Colaboração: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.Organização: Federação de Andebol de Portugal e Associação de
Andebol de Viseu
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal de Viseu
XXII Concentração Motard Feira de São
Mateus45º Festival Aéreo Feira de São Mateus
Local: Parque Desportivo do FonteloLocal: Aeródromo Gonçalves Lobato
Futsal | Estágio do SL BenficaAndebol | Jogo de ACR (Andebol em
Cadeira de Rodas): Equipas a designar Casa Benfica Viseu vs SL Benfica
Andebol TV
Local: Pavilhão do Inatel, em Viseu
Jogo da Feira de S. Mateus: SL Benfica vs.
Teucro (Vigo)Futsal | Estágio do SL Benfica
Benfica TV e Andebol TVSL Benfica vs Académica de Coimbra
XXII Concentração Motard Feira de São
XXII Concentração Motard Feira de São Mateus
MateusLocal: Parque Desportivo do Fontelo
Local: Parque Desportivo do Fontelo
Futsal | 11º Torneio de Futsal Cacimbo/
Andebol | Supertaça Feminina: Feira de S. Mateus
Alavarium/Love Tiles vs Madeira SAD Viseu 2001 vs. A.D. Fundão
Bola TV e Andebol TV.Local: Pavilhão do Inatel
Local: Pavilhão do Inatel, em Viseu
Andebol l Supertaça Masculina: F. C.
Porto-Vitalis vs. Sporting CP
Bola TV e Andebol TV.11º Encontro de Viaturas 4L-Feira de S. Mateus
Gala Nacional – Teatro ViriatoLocal: Avenida da Europa (Junto ao Tribunal)
Andebol TV
28 de Agosto
PROGRAMA DESPORTIVO FEIRA DE S. MATEUS 2013
Programa Oficial 2013 65
11 de Agosto
14 de Agosto25 de Agosto
16 de Agosto
23 de Agosto
24 de Agosto
1 de Setembro
21h00–
15h00 –
Organização: Moto Clube de ViseuOrganização: Aero Clube de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
de Viseu
20h30 – 14h30 –
Organização: Casa Benfica em Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
16h00 –
20h00 –
Organização: Federação de Andebol de Portugal e Associação de Organização: Casa Benfica em Viseu Andebol de Viseu Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal de
Viseu
10h00 –
21h00 -
Organização: Moto Clube de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal Organização: Moto Clube de Viseude ViseuColaboração: Expovis - Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal
de Viseu
21h00 –
15h00 –
Organização: Viseu 2001, Associação Desportiva, Social e Cultural
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda18h00 –
14h00 - 21h15 –
Organização: Carlos Pais
Colaboração: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.Organização: Federação de Andebol de Portugal e Associação de
Andebol de Viseu
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda. e Câmara Municipal de Viseu
XXII Concentração Motard Feira de São
Mateus45º Festival Aéreo Feira de São Mateus
Local: Parque Desportivo do FonteloLocal: Aeródromo Gonçalves Lobato
Futsal | Estágio do SL BenficaAndebol | Jogo de ACR (Andebol em
Cadeira de Rodas): Equipas a designar Casa Benfica Viseu vs SL Benfica
Andebol TV
Local: Pavilhão do Inatel, em Viseu
Jogo da Feira de S. Mateus: SL Benfica vs.
Teucro (Vigo)Futsal | Estágio do SL Benfica
Benfica TV e Andebol TVSL Benfica vs Académica de Coimbra
XXII Concentração Motard Feira de São
XXII Concentração Motard Feira de São Mateus
MateusLocal: Parque Desportivo do Fontelo
Local: Parque Desportivo do Fontelo
Futsal | 11º Torneio de Futsal Cacimbo/
Andebol | Supertaça Feminina: Feira de S. Mateus
Alavarium/Love Tiles vs Madeira SAD Viseu 2001 vs. A.D. Fundão
Bola TV e Andebol TV.Local: Pavilhão do Inatel
Local: Pavilhão do Inatel, em Viseu
Andebol l Supertaça Masculina: F. C.
Porto-Vitalis vs. Sporting CP
Bola TV e Andebol TV.11º Encontro de Viaturas 4L-Feira de S. Mateus
Gala Nacional – Teatro ViriatoLocal: Avenida da Europa (Junto ao Tribunal)
Andebol TV
28 de Agosto
PROGRAMA DESPORTIVO FEIRA DE S. MATEUS 2013
6 de Setembro
7 de Setembro
14 de Setembro
8 de Setembro
15 de Setembro
Organização: Grupo Desportivo “Os Ribeirinhos”
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
23h30
10h30 –
Organização: Associação Full Contact de Viseu
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda.Organização: Centro Hípico de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
11h00 -
9h00 –
15h00 – Organização: Viseu 2001, Associação Desportiva, Social e Cultural
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda, Câmara Municipal 17h00 – de Viseu e IPDJ/Viseu
9h30 – Organização: Académico de Viseu Futebol Clube – Secção de Voleibol
Colaboração: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.
15h30 – Organização – Hóquei Clube de Viseu
Colaboração – Expovis – Promoção e Eventos Lda
9h30 – Organização: Associação Cultural e Desportiva Veteranos de Viseu
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
10h30 –Organização: Associação de Basquetebol de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
16h30 – Organização: Centro Hípico de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
Organização: Associação de Basquetebol de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda 8h00 –
9h30 – Organização: Associação Académica de Viseu - Abraveses
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
10h00 – Organização: Associação de Basquetebol de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
– Gala de Full Contact e Demonstrações de
Artes Marciais Feira de São Mateus Hipismo | XXVII Festival Hípico da Feira de
São MateusLocal: Recinto da Feira de São Mateus
Local: Centro Hípico de Viseu
Voleibol 2013: 20º Torneio da Feira de S.
Mateus Futebol Feminino | S. Mateus Women's Cup
Académico de Coimbra vs Seleção de Viseu Viseu 2013
Local: Campo 1º de MaioSeleção de Viseu vs Vilacondense
Vilacondense vs Académico de Coimbra
Local: Pavilhão do InatelHóquei em Patins | 27º. Torneio de
Hóquei em Patins Feira de São Mateus
Local: Pavilhão Desportivo ViriatoFutebol | 19º.Torneio de Futebol de
Veteranos Feira São Mateus
Local: Complexo Desportivo do Fontelo, em ViseuBasquetebol | I Torneio 3x3 S. Mateus
(sub.12, sub.14 e sub.16 masc. e femin.)
Local: Polidesportivo adaptado do FonteloHipismo | XXVII Festival Hípico da Feira de
São Mateus
Local: Centro Hípico de ViseuBasquetebol | XXV Torneio Feira de S.
Mateus (sub.18 masc.)
Local: Pavilhão do Inatel
Cicloturismo: 22º. Passeio de Cicloturismo
Feira de São Mateus
Local: Escola Secundária de ViriatoBasquetebol | XXV Torneio Feira de S.
Mateus (sub.18 masc.)
Local: Pavilhão do InatelAtletismo: 33ª Meia Maratona de Viseu
Decathlon; Mini-Meia Maratona Litocar e
Caminhada Solidária Casa de Saúde São Mateus
Local: Túnel de Viriato junto à Rotunda do Coval
Programa Oficial 2013 67
6 de Setembro
7 de Setembro
14 de Setembro
8 de Setembro
15 de Setembro
Organização: Grupo Desportivo “Os Ribeirinhos”
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
23h30
10h30 –
Organização: Associação Full Contact de Viseu
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda.Organização: Centro Hípico de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
11h00 -
9h00 –
15h00 – Organização: Viseu 2001, Associação Desportiva, Social e Cultural
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda, Câmara Municipal 17h00 – de Viseu e IPDJ/Viseu
9h30 – Organização: Académico de Viseu Futebol Clube – Secção de Voleibol
Colaboração: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.
15h30 – Organização – Hóquei Clube de Viseu
Colaboração – Expovis – Promoção e Eventos Lda
9h30 – Organização: Associação Cultural e Desportiva Veteranos de Viseu
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
10h30 –Organização: Associação de Basquetebol de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
16h30 – Organização: Centro Hípico de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
Organização: Associação de Basquetebol de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda 8h00 –
9h30 – Organização: Associação Académica de Viseu - Abraveses
Apoio: Expovis – Promoção e Eventos Lda
10h00 – Organização: Associação de Basquetebol de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
– Gala de Full Contact e Demonstrações de
Artes Marciais Feira de São Mateus Hipismo | XXVII Festival Hípico da Feira de
São MateusLocal: Recinto da Feira de São Mateus
Local: Centro Hípico de Viseu
Voleibol 2013: 20º Torneio da Feira de S.
Mateus Futebol Feminino | S. Mateus Women's Cup
Académico de Coimbra vs Seleção de Viseu Viseu 2013
Local: Campo 1º de MaioSeleção de Viseu vs Vilacondense
Vilacondense vs Académico de Coimbra
Local: Pavilhão do InatelHóquei em Patins | 27º. Torneio de
Hóquei em Patins Feira de São Mateus
Local: Pavilhão Desportivo ViriatoFutebol | 19º.Torneio de Futebol de
Veteranos Feira São Mateus
Local: Complexo Desportivo do Fontelo, em ViseuBasquetebol | I Torneio 3x3 S. Mateus
(sub.12, sub.14 e sub.16 masc. e femin.)
Local: Polidesportivo adaptado do FonteloHipismo | XXVII Festival Hípico da Feira de
São Mateus
Local: Centro Hípico de ViseuBasquetebol | XXV Torneio Feira de S.
Mateus (sub.18 masc.)
Local: Pavilhão do Inatel
Cicloturismo: 22º. Passeio de Cicloturismo
Feira de São Mateus
Local: Escola Secundária de ViriatoBasquetebol | XXV Torneio Feira de S.
Mateus (sub.18 masc.)
Local: Pavilhão do InatelAtletismo: 33ª Meia Maratona de Viseu
Decathlon; Mini-Meia Maratona Litocar e
Caminhada Solidária Casa de Saúde São Mateus
Local: Túnel de Viriato junto à Rotunda do Coval
Programa Oficial 2013 67
9h30 –
9h00 –
Organização – Hóquei Clube de Viseu
Colaboração – Expovis – Promoção e Eventos Lda
Organização: Viseu 2001, Associação Desportiva, Social e Cultural10h00 – Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.
14h00 –
Organização: Associação de Atletismo de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
Organização: Grupo Veterinário maisVida
15h30: Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
Organização: Associação de Atletismo de Viseu
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.
Hóquei em Patins | 27º. Torneio de Hóquei
em Patins Feira de São MateusFutsal | 11º Torneio de Futsal
Local: Pavilhão Desportivo Viriato Cacimbo/Feira de S. Mateus
Locais: Pavilhão do Inatel; Pavilhão do RI 14;
Pavilhão da Escola Secundária de Viriato
Atletismo | 51º Grande Prémio
Internacional da Feira de S. Mateus- Estrada
Local: Cidade de Viseu 1ª Prova de Agility Canino Grupo
Veterinário maisVida e Demonstração de
Atividades de Equipas Cinotécnicas da PSP
Local: Campo de Futebol 1º de Maio (Fontelo)
Atletismo: 32º Meeting Internacional
Absoluto; VII Meeting Jovem da Feira de S. Mateus
e Caminhada na Pista
Local: Pista Sintética do Estádio do Fontelo
22 de Setembro
21 de Setembro
(Nota: Este programa poderá, por motivos
imprevistos, sofrer alterações)
Programa Oficial 201368
9h30 –
9h00 –
Organização – Hóquei Clube de Viseu
Colaboração – Expovis – Promoção e Eventos Lda
Organização: Viseu 2001, Associação Desportiva, Social e Cultural10h00 – Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.
14h00 –
Organização: Associação de Atletismo de Viseu
Colaboração: Expovis – Promoção e Eventos Lda
Organização: Grupo Veterinário maisVida
15h30: Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda
Organização: Associação de Atletismo de Viseu
Apoio: Expovis, Promoção e Eventos, Lda.
Hóquei em Patins | 27º. Torneio de Hóquei
em Patins Feira de São MateusFutsal | 11º Torneio de Futsal
Local: Pavilhão Desportivo Viriato Cacimbo/Feira de S. Mateus
Locais: Pavilhão do Inatel; Pavilhão do RI 14;
Pavilhão da Escola Secundária de Viriato
Atletismo | 51º Grande Prémio
Internacional da Feira de S. Mateus- Estrada
Local: Cidade de Viseu 1ª Prova de Agility Canino Grupo
Veterinário maisVida e Demonstração de
Atividades de Equipas Cinotécnicas da PSP
Local: Campo de Futebol 1º de Maio (Fontelo)
Atletismo: 32º Meeting Internacional
Absoluto; VII Meeting Jovem da Feira de S. Mateus
e Caminhada na Pista
Local: Pista Sintética do Estádio do Fontelo
22 de Setembro
21 de Setembro
(Nota: Este programa poderá, por motivos
imprevistos, sofrer alterações)
Programa Oficial 201368