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Rio de Janeiro, 17 de Julho de 1940 ^^^^X^-^-^T^SEMANÁRIO INFANTIL fÊÊOá_. J_____-K- v~0

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Rio de Janeiro, 17 de Julho de 1940 ^^^^X^-^-^T^ SEMANÁRIO

INFANTIL

fÊÊOá _. J_____-K-

v~0

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O TICO-TICO 17 — Julho — 1940

9-i

Biblioteca Infantil ü I ra

VOLUMES PUBLICADOS:

— Contos da Mãe Preta — por OSVALDO ORKO

II _ jv*c, mundo dos Bichos — por Carlos Manhães

UI — Reco - Reco, Bolão e Azeitona — por Lltz SÃ

IV — Chiquinho dO Tico-Tico — ilustrações de Stok.m

V — Quando o ceu se enche de balões — por Leonor Posada

VI — Histórias maravilhosas — por Humberto ue Campos

VII — Minha Babá — por J. Carlos

VIU — Pandaréco, Parachoque e ViraUita — por Yantok

IX — Zé Macaco e Faustina — por ALFREDO Storni

X — Papai — por JORACY CAMARGO

XI — História do Pai João — por Osvaldo Orico

XII — O Vovô d'0 Tico-Tico — por Carlos Manhães

XIII — Lucilio — por Noemia Carneiro

XIV — Paia os Garotos — por Juvenal Mesquita

XV — O circo dos a?itnuiis — por Gaspar Coelho

Preço ile cada volume5SIMMIBiblioteca InfantildO TICO-TICOTravessa do Ouvidor, 34

RIO DE JANEIRO

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SÀ i HH51 iláOiretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA

SEMANÁRIO INFANTILASSINATURAS

URASIL:1 ano tsavn6 meses 13$0C0EXTERIOR:1 ano 7:._>0106 mesc3 3

As assinaturas começarei sempre no dia 1do mes em gue forem tomadas.

Propriedade da S. A. "O MAI.HO" —Travessa do Ouvidor, 34 — Rio.

UMA

vez um andarilhobateu á porta de umavelha avarenta.

— Bôa tarde, minhasenhora. Venho de muito loneree tenho muita fome. Podeisdar-me alguma coisa para co-mer?

Sinto muito, meu amigo.Mas não tenho nada ...

E' pena. S;. tivesseis, aomenos, um pouco de águaquente, faríamos uma saboroyn.sopa de pedra...

Sopa de pedra? - inter-rogou, a velha com curiosidade.Entre. Vou ver se arranjo u:upcuco de água quente. Querover como se faz isso...

E' muito simples, disse oandarilho. Tomam-se duas pe-drinhaa. Jogam-se as mesmasdentro de um caldeirão de águaquente. E o andarilho levou ocaldeirão ao fogo e foi mexen-do, mexendo ...

— Fica umajôpa bem bar itapensava a velha. Pedra e águaquente!

Si tivéssemos uns pedací-nhos de toucinho salgado, disseo andarilho, a sopa ficaria maissaborosa.

Aqui tem, atendeu a velha.E jogou um pedaço de toucinhodentro do caldeirão.

E o andarilho ia mexendo,mexendo...

Si tivéssemos uns pedaci-nhos de rabanetes e cenouras,então é que ficava, mesmo,uma delicia ...

E a velha foi buscar cenourase rabanetes...

E o andarilho ia mexendo,mexendo...

Para isso ficar um manjarfino, só faltam algumas folhasde repolho ...

¦*'*<S&e?es^-?

E a velha foi buscar o repô-lho.

O andarilho foi mexendo,mexendo, até que tudo ficassebem cosido. Depois, tirou o cal-deirão do fogo, e despejou umabôa porção dentro de uma ti-jéla, para que fosse esfriando.

Agora, vamos provar, dis-se o andarilho. E se pôs a de-vorar a sopa gulosamente, sobos olhares curiosos da velha.

Depois que comeu íudo, dis-se: Está uma verdadeira deli-cia!

Mas... e as pedrinhas?.perguntou a velha.

As pedras, a gente as reti-ra de dentro do caldeirão e joga-as fora, disse o andarilho lim-pando os lábios e saindo apres-sadamente...

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O TICO-TICO — 4 — 17 — Julho — 1940

Babe Buntinge Benjy nova-mente juntos

agindo

i=)

U

S

E

mN. 7

'ÊÍliliL Porque ha sempre Não, é muito pequei»-_ IWB mi/ .-//_/___ ( rnuita gonte. Aqui es- Veremos o que dizem «s

Méis caries vermelhas. Sina! de bcasorte. E mais. Muito bem. Mas... Não I

Complicações. Perigo. O Black Jate. Talcomo um dia de sol no verão. Depois umaviolenta tempestade. Trovões. Relâmpagos.

Espere. Ainda nãodisse tudo.

k *****™" ••—~-^~^^&*^*^~^Km—&£^^B*m*:^m~^B *-— __-» L__ -«- . i» t I -* ti i -*•¦--, II II , ,__j „ , ,1 -_. " -._..,

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17 - Julho — 1910 O TICO-TICO

NAQUELA Dlcl, que tal se Se ficarmos fora

NOITE mudassems a rota <Je perigo, creio ser

_,«_,_ P°r alguns dias . conveniente.DEPOIS Por que ? A es-

DETEREM M—-~^_. ^7 tfac!a esti l!vre- £ outra qualquer yj _^if" f|_

^^^^^^L. _^__i ""™=^7~^~^5E\_ I*1 ___-'3_r^^^__B ^^^_-* T , ^^^^^^i*^iT___^^^^^^^^^^^^^^^^^ll

p ^ vj- Eu tombem. Amanhã uH jmmmm-^. 'j. . ... à noife estaremos cer- ' H H. _______*«_ 'diga que acrecii*a Acredito r.a , ... , _________ tll R^Ài., _.i| i tenas de milhas oistan- i1' i ___&_IKlna pilhéria da ei- precaução. . , i i

iSBF ri '<

Er.tremcntes, dois olhinhos cs-ravãm abertos, no carro. _deis pequenos ouvidos esla/cVTia escutar.

Não quero quo Vcc. não Mas vocô-,. trulhe- EstS bem. Mas oomo .i»i. Peggy saiba que culpada. Para rej, se preocupam cigana fez revelações

eu ouvia. que servem os com umas poucas sobre Peggy. Ela nuncaMANHA cuvides. ciganas. a viu.

— ~" -1«

Então alguemfd» acam- . . .,. . . m Aquela mulher e< uma Ela sabe tudo. Eu nao

pa>iento a avisteu. ~i I .- , . ,?,. ,s bisbnho.eira. quero saber mais de ;or-

fes. Que me importa saber/ ^-——"

j com antecedência que o

Hfflt&Ss^JL _-"-^" S: relâmpago vai rne matar ?

X*m*y^'H f WlMPftt '} '¦

J_.^H_—Fv 1— ¦'-___— f Ml l _it *l_u

R

E

TURO5fi

Continua

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O TICO-TICO o 17 — Julho — 10-10

As proezas de Gaio Felix(Desenho «le Pe* Sulttv«n — EicWid-de «.'O TICO-TICO p.ra o BrêjllJ

Wmyyjuyi •—-.«-?¦ \ », F,, ,Tp y/ [\l,—\ tV^> VJ * —"^^ -x. ?.—tt_—

Eis aqui um bom lugar para cu dormir. Os alfaiates são Ora vejam ! Que barulho tão engraxado ! Que será ?'amigos dos gatos. Parece casa dc ferreiro!

Meu Deus! O alfaiate é ferreiro! Está costurando a armadura dc aço dc um guerreiro!!

-^———— ——_____^^^^___—_-_——Errei o pulo ! Aqui, com c_te barulho, quem C que póde

dormir ? !Sim, senhores ! Até a comida, aqui, vivo cm baixo dc

armadura ! !

>Xv^^O melhor é '. pescar, Arranjei um cani.o com o

yTin.1.13 .Scr.; possível q*ie a:*-:- cs pci.\es usem orawdura ! ! ?

(Çor*j,»^úa)

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17 — Julho — 1940 — 7 — O TICO-TICO

uçoeoMeus netinhos.

IfPDove 0 cavalo io iiO Vovô vai contar aos netinhos, hoje, uma pequena his-

tor ia.Ha muitos^ anos, o rei Mi Io, de Elos, mandou que seus

arautos apregoassem por todos os recantos dos seus domíniosa seguinte mansagem: "O

povo da Laconia apregoa que seusfilhos ~5o melhores corredores do que os de Elos. E' precisocontrariar essa opinião dos habitantes da Laconia e darei hon-ras e riquezas aquelle que vencer, numa corrida a pé, os cor-redores rivais".

Pedro, um louro pastor de Elos, que vivia nas montanhasdo país a apascentar o gado, quando ouviu os arautos do reiapregoarem a mensagem, exclamou, com entusiasmo:

—- Hei de vencer uma corrida para honra do meu país edo meu rei. Farei minhas pernas tão fortes e velozes, que osmais denodados campeões jamais me vencerão.

E feita essa promessa, Pedro começou, desde logo. a trei-nar em corridas. Levantava-se muito cedo, juntava suas ove-lhas, levava-as para o campo e aí exercitava-se, metódica epersistentemente na corrida a pé. Quando atingiu uma resis-tencia e velocidade raras, partiu para o palácio do rei e decla-rou que queria correr com o melhor campeão da Laconia. O

rei, atendendo a seu desejo, lançou um desafio aos cor-redores do país vizinho. No dia da corrida, havia

grande ansiedade entre a multidão. Pedro, comoera de prever, ganhou a corrida e o rei o

cumulou de honrarias e riquezas. Como opastorzinho de Elos devem ser todosos meninos: —persistentes e dignos.

V ô V Ô

Pessoas estudiosas em veteri-lária procuraram saber quantotempo pôde viver um cavalo semilimcnto, em certas circunstan-:ia.-. e obtiveram este resultado:

Um cavalo, numa praça sitia-le viver vinte e cinco dias

sem alimento sólido, mas beben-io água; pode viver dezessete:lias eem comer, nem beber na-ia, e não resiste mais de cincolias. tomando alimento solido,

-.7.1 beber água. Si tomarilimento sólido durante dez dias^ não beber nesse tempo maisrjtie uma quantidade insuficientele água, o estômago destróe-se.

Os fatos citados demonstrama importância da água para amanutenção do cavalo e o desejoque este animal sentirá, para quelha dêm. Um cavalo, privado deágua durante três dias, bebeuluarenía t oito litros desse li-quido no espaço de três minu-

Pelo quc vem de se 'êr, ve-rifica-se que a história <lo cava-'.o do inglês, que, quando se ia

•fumando a viver sem comer,morreu, não c=tá bem contada.

*íMEr=* OS BONSLIVROS PARA A INFÂNCIA^ mmw

FLORIANOEscrito cm linguagem simples,

íacil de ser conprcendido por qual-quer criança em idade escolar, obonito livro que o escritor CarlosMaul acaba de publicar contém"algumas histórias da vida «Io Ma-rechal de Ferro contadas ás crian-ças brasileiras".

Contém ilustraçóes a OÔK . tio -autoria de Calmcn Barreto e Al-

berto Lima e é uni dos melhores li-vros destinados á infância, ultima-mente apareci

Livros como este, aliás, deviamTer edita-' mais freqtu

por Carlos Maulafim de que os nossos meninos co-nhecessem melhor os grandes lm-mens que o Brasil tem tido.

A edição é da "Biblioteca Militar c

o nome de seu autor, Carlos Maul,pesquisador da nossa História e co-nhecido homem de letras, é umagarantia do sucesso que "FLO-RIANO" vai fazer e está fazendojá.

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O TICO-TICO — s — 194017 — Julho —

GF— IContirtuação)

extraordinário.— disse Miudinho. —Parece que estão quebrando pedras lá

em cima.— E que tem isso ? — perguntou Paulo — vo-

cê parece que nasceu hontem ! Pois não vê logoque isso é o rumor de algum pássaro, batendo obico?

— Pois claro — disse Pedro. — Quem pode-ria estar quebrando pedras naquela altura ? Só

pôde ter um pássaro. — Pois que seja mas eu que-ro ver — 'disse Miudinho, que começou logo a su-

bir peloí rochedos, com a agilidade de umgato. In . , .

(Continua/: £77m^7*': Ny^-V I

¦ '" '

!>¦-.., ' -*¦

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17 — Julho — 1940

YP'IIO'1— 9 O TICO-TICO

31 ^lF nc m W. E j

\\aMwW\ Ww\mMMmm. N.-35S , "™ ' \}*mm9mm*^X'a+»*- *—•— —-— | ^^^S^^sEs^^^^SlMfc N^^^^^^**^^.' . c7 l T*

O povo brasileiro possue riquezas invejáveis. Dentre estas, a mais preciosa é êle próprio.Contar a população do Brasil é, pois, contar a melhor riqueza nacional. Eis aí a finalidade doCenso Demográfico.

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O TICO-TICO 10 —

A ORIGEM DAGEOMETRIAm

l__ __ geometria é a ciência que consiste em com-binar linhas e planos para assim observar

a fórma dos objetos e o espaço que eles ocupam.Os primeiros homens que observaram os objetos em

torno de si e tentaram reproduzi-los em desenhos, pinturase esculturas, inventaram, sem dar por isso, as primeiras re-gras de geometria, porque a geometria é o melhor auxiliarde quem quer fazer desenho, pinturas, estatuas ou edifícios.

Foi um sábio chamado Euclides, que organisoi; hadous mil anos, as primeiras regras escritas da ciência geo-métrica.

Êle o fez, reunindo todas as observações dos outros& mais as suas. que eram interessantíssimas.

P I

17 — Julho — 1940

LULAS

nssc\^^f*^_ò§Éfp^_^r^%^cM

__n ti I 'M &_________ffi^_____rfT_p>__ 1 r*¦' ^^BBmoT**^^^^ >__?0"^y**__~iwjfiiWv ^w\w

pílulas de papaina epodophylina) .

Empregadas com sucesso nas moléstiasdo estômago, fígado ou intestinos. Essas

pílulas, além de tônicas, são indicadas nasdy.pepsins, dores de cabeça, moléstias dofígado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das func-

ções gastro-intesti"*'"A' venda em todas as piiarmacias. De-

posita;i_s: JOÃO BAPTISTA DA FON-SECA. Rua do Acre. 3S — Vidro 2S500.Pelo correio, 3$000. — Rio de Janeiro.

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SILEIRA".

COOOoqO_<mOO*>0_aoaonOOO_OOaPOOOOO<K>Oa-_-C^

Oy-^-n /<-nv ESTA' E"BQ_i CAU_DA CAriA. ISTO I COMO C'\S_.o n himka (.OuPA

sfX 1 //li I E UMA COISA GUEM- ACONTECE So' ONTEtl ESTAVA NOVA. E. HOJE./~\ \\\SlA\J

' •' UHA VE2. f*C(_ SEMANA *j _ , ./?<??% ESTA'VELHA,'rvt^ll \X _- - VJ ._ -?_ {^©V Poida e cohicmA-vf I rvF-" •--- JI __Ji A* Sr*—ipa",

— *¦ 1 T—:

ESTOU ME _ENTINPO FR_£0,C_N__._0 ._°_

O QUE'TODOS 05 MEUS 1CABELOS TICAPAM NO \—nENTE ? £ SÃO TODOS

_A>£> s. ^^VBPAHCO.

CHI. £0 BAEAO. U SINHo'TA' GUI HE f*._UCCEUM -l£üí«TO CADACVE .*

1

_£*__, AGORa.'.C_l_.MME TODOS 05 CANCODENTES GlliEt_J_ST__\_M'

AGOÇA SO'aC-,.AEniN<5AU

«5

[veNi-tAPEPRev5^.*yjTo_i r—

\X a w_ , . _ft

3 ]_______doutoü, estou he sentindo / / can que oVO-lO. DA NOITE PACAOjXH 5ttBATCÃOOia.-o qu&^^N-ii ta*" \_5EBA"7 ' l ~

—' W^*_> /SíL. _fyf SOVH-t-NE)Q

SONHEI OUE CHE-\GLa,\ o dia oeRecEBecESTA.

COH_M

AH ' E>PHC_..E ! ESTAS CONTASSO' St-CAO -PAÕ-AS

E.M \Ç)QSr\£. OBAüâo SONHOUessa rAT<*.r7,- E r_/#ENVCL .EfcV -J

>^ (\lhcot. ESSA rJTAJ*-^

d^/£^/r?J)À~i ^£u r^_*.

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^IMW«WMI«im«IW;<iri*WtH^

O TOTÓ

DE

CazuzinhaTEM BOM FARO

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8

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O TICO-TICO 17 — Julho — 1940

t&umi SO

(CONSTANCIOVIGIIJ

Cada ser acredi-ta no que corres-ponrie ao seu gtaude evolução.

Deus quer que oasilo para a Hu-ma:.:dade seja omundo inteiro enão isso que é da-do pela falsa ca-.idade.

Oomo provar aum homem des-orientado e imo-vel em meio docampo, que umrumo determina-io é o que melhoro leva ao seu des-tino?

Isso pede o in-crédulo. O que vèDeus do fundo dasua cova.

H t , „ m v** '^^^ _*> «& %^^( ~fcrw» t__«

APPLEGÁTE e SUK AYC ONCLUSÃQ

Suhey e Applegate vôo se defender «tá \&êê q diretor perguntocu F'C;as A^SZmíi/ffc^ka

A MAE DOS REIS

_______________________L *

Letizia Remeliro — que viveu de 1750a 1836, pôde ser chamada a Mãe dosReis. Era esta rainha uma corsa casa-da cem Chòrles Marie de Bonaperte. $euoitavo filho fei Napoleão t, imperador daFrança. Quando este subiu ao poder, ooutro filho de Letizia chamado Joseph ternc.-te rei denha. Seu filho Lotlifc fei rei de Holanda.

Hespa- titulo desua mãe recebeu odepois serem todos desthrcnados

Seu outro filho Jerónirr.o — reida Westphalia; sua filha Carolina,rainha de Nápoles e sua fiiha Elisa,gran-duqueza da Toscaria. QuandoNapoleão foi corSado Imperador,

Mademe Mère". Ela viyeu para ve-los

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17 — Julho — 1940 - 13 O TICO-TICO

diádèira Kis _õria dr~-

PPL.EG. ATÉ e SOH1CONCLUSÃO _______

Applegate e Suhay não poderão escapar ao cai- cui iJ V>____: ' Tk ¦ m _fc Hfigo. Estamos preparados para o julgamenlo deles. tsta ba,a; ex T° jBjflS^M^^flL% \ X\M

'

oOISÀS DEJSÍGOS

Eerlioz, quasiagonizante, diziaa uro amigo quevinha visita-lo :"Enfim, meu caro,vão agora tocar asminhas musicas!"

•Rameau, em vi-

sita na casa deuma grande da-ma, ergue - se, derepente, da cadei-ra, toma de um.ãozinho, que anulher trazia nosjoelhos e joga-o,sem mais aquela,

pela janela. "Que

faz o senhor ?" —

grita a mulher,.spantada. — "Ele

.stava latindo des-afinado" — excla-ma Rameau, comindignação.

ra

W I____.

da

H. Rider Haggard. notável escritor in-glês, foi o autor do celebre romance"Ela", romance fantástico sobre a vida deuma rainha que era jovem e belissime.Quando tinha 25 anos. Leo Vincey, um des-cender.te de Kallilcrates, sacerdote impor-lante de Isis, soube que seu notável ante-passado havia sido apunhalado por uma rainha mystica que haviadescoberto o segredo da vida eterna.

menfapróprio

ferido e salvoK-ili'«.r.í_5.

Amenarles, mulher de Kaiü-.-atís,pediu ao filho e aos descendentes,qus vingas.em a morte do sacer-dotj. Leo e seu tutor foram para aÁfrica e aí foram capturados pe-Io: homens da rrlbu da rainhaimo.-tal — Ela — Leo é mortal-

r.j,'. por Ela, que i«_ga ser cie o

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O TICO-TICO 14 17 — Julho — 1940

O PRÍNCIPE dasMÃOS DE OURO

^/Tpirv- âê ^^^^v^ ^^_^>Qs^^^" £& í2E&

Quando o Pi ordc-nou o rei, se_ augusto pai, que bc

tealizassem por todo o reino f<nunca vistas, celebradòras do glo-rioso acontecimento. Tratava--

primeiro filho varão da Casa Real,Io herdeiro du trono e du cetro, com

a circunstancia, ainda, de uma sin-

gularidade, que era um pre. ágio: o

principe havia nescido com as mausde ouro, mas de ouro autentico, le-

gitimo, verdadeiro, tão verdadeiro

que soava, como peça de baixela,toda a vez que éle batia com ip.lus minúsculos na - de pratado seu dourado leitp de infante.

A meninice de Sua Alteza d<orno era justo, entre cuidados

abandonavam um só instante,• om uma in\ nome que

. -eu ta-

queninos cabritos

aero , a mim, que tansou criança ? - -

ra de r.

Pi rque

ouro — r> -

os aios. — Seria ui

r, em

um desses folgue los infantis, uma

preciosid. ae se nâo ufana,

na terra, nenhum outro principe !

A \ ida do herdeiro do trono era.

i, por culpa das suas mãos

. uma r-érie de cautelas, de

cuidados, de preocupações inomina-veis. Rodeado por um batalhão de

pagens, de mentores, de guardiões,de físicos, de figuras tntelítres dasua pessoa, a maior parte do seu

tempo era tomada pelos ourives,

que lhe poliam as unha-, lhe davambrilho aos dedos, tornando-lhe asmãos iúzídas, lustrosas, faisçantes,

is jóias. Vindos de longe,

UM CONTO DE

Humberto de Campos

mais fai¦

'zeram engastarlange

i monarc.

filho

ra, um I-.

da preciosidade (pie o céu lhe des-tinára. isto é trazer sempre lim;

de um brilho sempre puro, as sua-;

augustas maus. Nestas, nada haviaa alterar, a modificar, a corrigir.Apenas, uma vez por semana, su-bia á câmara de Sua «\lteza um ar-

tifice, mestre na especialidade, ilhe curtava religiosamente as uni

cujas aparas, por serem de ouro,eram cuidadosamente guardapelo tesoureiro real, para serem dis-triliuidas depois, como comeuhonoríficas pelos varões mais re[

tentativos da reino. Uma nesga de

unha de dedo mínimo de Suateza fazia a honra e a fortuna deuma família.

Cora pi ei'ner dos tempos,

gida a maioridade. quiz o primconquistar, para todos os efei

".•¦ira liberdade. A vida quemnltuava lá fora, para além,

mural! lácio, tentava-o, se-

duzia-o, reclamava-o. Se o mui

er us perif

por que ficar naquela clausura;naquela prisão d

.ernamente vigiado, acom

nhado, custodiado, como uma cri-

malia do -eu d(

Àlteza, um

pai, e p( diu o '

¦ onarca beijou-lhe ata, comovida ou:

Page 15: fÊÊOá . J -K- - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01815.pdfO andarilho foi mexendo, mexendo, até que tudo ficasse bem cosido. Depois, tirou o cal-deirão do

17 — Julho — 1940 — 15 O TICO-TICO— A ti meu filho, é impossível.

Tu não és um homem como os ou-tros. As tuas mãos seriam notadas

jpor toila a parte por onde passásses,e serias disputado, acompanhado,sitiado, perseguido, em suma, pelacuriosidade geral. As tuas mãos

**valem mais talvés. do que meutrono.

Submisso por temperamento, ehumilde por educação, limitou-se o

principe a chorar em silêncio o scucativeiro. E foi quando se manifes-tou, nele, uma nova singularidade:onde punha as mãos estas deixa-vam a sua marca, mas em ouro,

puro, em ouro autentico, em ouroverdadeiro. Tocando em um objeto,os seus' dedos não se dissolviam,não se gastavam, não perdiam na-na do seu valor; o objeto atingidotornava-se, porém, valorizado, porficar nele uma placa de ouro, do ta-manha exatamente, da mão de SuaAlteza.

Essa particularidade Éoi umtivo, mais. para que o rei lhe reco-mendasse prudência:

— Cuidado, meu filho, não te ex-Se vivesses lá fora entre

homens, entre os quais troveja aambição da notoriedade, todos te

lir, unicamente paraem evi-

c)ência com a marca da tua mão im--a nas faces dêh I

Efetivamente, depois que se

cobriu a nova virtude do principe,não liavia lacaio que o não quizessecontrariar, para ser esbofeteado porêle. Outros preferiam adular, baju-lar, para terem a sua saudaçãoamistosa. Como inimigos ou ami-

gos, o essencial, para uns e outros,era o contato de Sua Alteza. paraficarem com a marca dos seus de-dos, na face ou nas mãos.

Atravessava, assim, o herdeirodo trono a monotonia da sua vida

palaciana, chorando aquela fatali-dade que tantos invejavam, quan-do os conselheiros do reino pro-curaram o seu augusto pai.

— .Majestade — disseram — étempo de casar Sua Alteza, parasegurança c perpetuação da dinas-tia. Com os atributos que o distin-

guem entre os demais príncipes da

terra, ser-lhe-á fácil encontrar não

uma prineeza. mas dezenas, que o

queiram para esp—Essa prineeza caiará, porém,

com meu filho, por amor ou por in-teresse ? As prineezas que o dispu-tarem, fa-lo-ão pelas suas qualkla-des de alma. ou pelo ouro que lhevêm nas mãos ?

Os conselheiros baixaram a cabe-

ça. e retiraram-se. humildes, sem

qualquer objeção á palavra do so-berarto. Sc o principe não tivessaas mãos de ouro. e essas mãos nãodespertassem tamanha inveja entre0% homens de todo o reino, seria

fácil a resposta. Mas, assim, quempoderia responder sem mentir ?

E passaram-se dias, .semanas,meses c anos. Enclausurado no pa-lácio. o principe tornava-se triste, ia-mentando que o céu lhe tivesse dadoaquilo que toda a gente invejava.Até que um dia, foi procurar ó rei,e disse:

-Meu pai, eu vos venho pediruma graça.

Pede. meu filho.Eu quero cortar as minhas

mãos — Porque as tenho, e sou sin-

guiar entn os homens, sou. entreeles, q mais desgraçado ! Prefiroser um aleijado, um mutilado, umhomem sem mãos e sem braços, ater estas mãos em que todo o mun-do tem os olhos . . . Dai-me o vos-so consentimento, meu pai !

<> soberano fitou-o. com piedade]E. tomandu-lhe a cabeça nas mãosreais, disse-lhe docemente:

Meu filho, agora não é mais

possivel . . . As tuas mãos, que to-dos cubiçani, e que no entanto tefazem infeliz, porque te fazem di-ferente dos outros homens, não as

poderás cortar, sem que percas comcias a vida... Elas, que são a vai-dade de teu povo c de teu pai, fize-ram. contudo, a tua infelicidade . ..

E beijaiulo-o com ternura:As tuas mãos, meu filho são

como a gloria. A glória... (Jrgu-lho dc quem a vê... desgraça de

quem a tem .. .

AS PEQUE-NAS

BIOGRAFIAS

Joaquim José da Silva Xavier, conhecido pela alcunha de "Tira-

dentes", nasceu em Pombal (Minas Gerais) em 1748, de familia po-bre. Foi mercador ambulante, assentou, praça e chegou ao posto dealferts. Filiado ao grupo dos Inconfidentes, em 1789, foi de todos omais cheio de entusiasmo e o único até o fim, desassombrado, tendoassumido a responsabilidade maior da conspiração. Enforcado no Rioa 21 de Abril de 1792, a sua cabeça foi exposta em Vila Rica (OuroPreto), onde hoje se ergue uma estatua sua. Esteve preso aqui no Riona Cadeia Velha (hoje edifício da Câmara), onde ha também umaestatua em sua honra. E' considerado o proto-martir da nessa Inde-pendência.

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O TICO-TICO 17 — JulI10 ~ 1940¦

Série "Educação Escolar" • GEOGRAFIA DA AMERICA • PANAMÁO TICO-TICO

MAPA ESQUEMATICO E BANDEIRA DO PANAMÁ VENDO-SEEM BRANCO O CELEBRE CANAL DO PANAMÁ^n

OURO

O

o(f 1

PRATA

CARVÁODEPEDRA

RUBIS

ESMERALDAS

QUARTZO

CRISTALDAROCHA

ÁGATA

ONIX

TURMALINAS

PÉROLAS

¥&

PANAMÁ

LIMITES - Ao N. o mar das Antilhas;a L. a Colômbia; ao S. o golfo de Panamáe o Oceano Pacifico; ç,a O- Costa Rica.

SUPERFÍCIE - 85.000 Um\ 100 vezes menorque o Brasil.

POPULAÇÃO - 450.000 habitantes.

RAÇA - Domina a raça branca, havendomuitos negros e mestiços.

LINGUA - A oficial é a espanhola.

RELIGIÃO - católica, apostólica, romana.CAPITAL - Panamá com 70.000 habitantes,no golfo do mesmo nome e ligada por estra-da de ferro ao porto de Colon ou Aspinwell,estrada que segue paralelamente ao canal dePanamá, que comunica o Pacifico com o mardas Antilhas e pertence aos Estados Unidos/

Por Bob Steward

i

Pérolas e corais

f YAAu^)K m\\Mk* luiuiri^%^V/// )

ótimas madeiras de construção

peras, maças, uvas, ameixas,

ananazes, cocos e bananas

MILHO]

rr.ARROZ

Plantas medicinais, cacau, borracha,ca.é, tabaco, etc. são as princi-pais produções do Panamá

—1

PANAMÁZONA DO CANAL

Chama-se assim uma região de1300 km2, e habitada por30.000 pessoas, pertencenteaos E. Unidos e que divide oPanamá em duas partes.Logo que o Panamá ficou «ide-pendente da Colômbia em 3de Novembro de 1903, foi a suaautonomia reconhecida pelos E.Unidos á 18 de Novembro domesmo ano, era firmado entreos dois paizes um tratado paraa abertura de um canal inter-oceânico que ligasse o Atlan-tico ao Pacifico.Por esse tratado o Panamá,mediante a quantia de 10 mi-Ihões de dollars, cedia aosE. U. a zona para abertura dogrande canal.Os E. U. gastaram 375 milhõescom a obra incluindo a compra

1 do terreno e 40 milhões pagosa uma companhia franceza quetinha concessão para construçãodo canal.Tem êle 82 l<ms. de compri-mento e 92 a 305 ms. delargura, tendo sido inauguradooficialmente em V. de Janeirode 1915.Em sua construção foram ocu-pados 50.000 operários, dosquais dois terços eram negros.

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O TICO-TICO 18 — 17 —Julho — 1910

¦STAuedCrfosçWTEISHO QUE

Q=7 PROCURAR UHKSAÍDA PARADAR O FORA

tfAQUÍ' tf M I

'QUE DIABO! O RATAIAMA

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OLAM UM AUTOMÓVEL PARADOA PORTA. DEVE ESTAR ES

PERAHDO AL6UEM.'

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(continua)

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17 - Juíhe - 1940 -19- O TICO-TICO

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS (Des. de Théo)

Mister Brown estranhou, em concem Tinoco, que êle nãu usasse cães «:nsoai caçadas.

Não tenho tido sorte com os pçrdiintci-ros, disse Tinoco Unia \«-s me «leram umcão <lc caça, de . . .

...raça famosa campeão mim concurso.Realnjente ci animal tinha um ian., e*-pantoso. Dei-lht a farejar um fio...

ll>lii^...de pelo de raposa e topo o bíchi '•iirme. com n focinho pregado ao chão emdireção a cidade c lá...

...arrancou do - nhorauma autentica ratiosa prafpada. Foi um

.. Pedi muitas. . .

fcnlpas a verdadeira vítima do Taroiti •;:;: |>er«tígBeir<i « rí«"--!sti <le seu çon-i'«rs«j em minhas caçadas.

-*> A JÓIA UNICA -#-Um cessando o q^enc, viu

utn viajante inglês um árabe "ÍJensativo,

ao pé de uma paln-À distancia descansavam

cs seus cavalos, pesadamente carre-

gados, o eve logo revelcu ao'via

cue H --efava de um mercader de

cbjeíos de grande preço, que ia verv

der sua: ;cias, perlãlgurr.Ec cidade yisii

Como kvia muito que não ia-¦

íòiivc dizendo

E

to pi

QUrrr. '•'

Estou muito acabo da

perder a mais preciosa oas n

— Ora! respondeu o outro. A per-da de uma jóia não devia se çco:sa para quem, como tu, t

seus cavalos tão grandes riqui

de ser faci! substitui-la.

QUEM ERA PIERRE DECOULEVAIN

Pierre de Couievain era o pseu-donimo da senhorita Feke que,depois de ter sido empregada emcesa de familias inglesas e noite-americanas, publicou, aos 57 anos.sua. primeira novela, intitulada "No-

breza americana", a qual obteve

grande êxito. Mcrreu em 1913,

quando realizava uma excursêo pelaSuissa.

— Substitui-la! Substitui-ía! excl

be. Bem se vé que não zc-

do que eu perdi!

t.' ¦ :sa? perguntouo v;aiante.

Era urna jóia, — respondeuke o

r, — como não se fará oj-

ira. E' --avsda num pedaçc do

Vtda e havia :;do feita na?.;aria do Tempo.

Adornavam-na vinte e quatro ki-

s. ao redor dc; qua'

pevam sessenta menores.

Vês

srá.Per rr

'

ser de muito preçc. fvtas não cré: .

i

" 3?A jeia cê;- pondeu o

_-.ça pensativo,9 perdida era

¦ :'a rr.c':.

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O TICO-TICO — 20 —. 17 — Julho — 1911)

W CONTO* BOW* BE «IH_-_•*

íiriwir

j I A MUITOS séculos, o sultão' dc Constantinopla, acompa-nhado de seu filho e de brilhanteescolta, foi visitar o pais dos cui-dos.

Um dia. chegaram aos arredoresde uma povoaçâo, onde acampa-ram.

Era dia de feira e uma grandemultidão ocupava a praça e os ba-zares, comprando e vendendo ca-valos, cabras, carneiros, frutos, té-Ias e magníficos tapetes de curió-

lesenhòs, que eram fabricadosnÒ pais.

O príncipe viu uma joven belli.-sima e imediatamente ficou ena-morado pelo.- seus encantos. Fa-lou com ela largq tempo e depoisfoi • buscar o sultão, seu pai. paradizer-lhe que queria casar comaquela rapariga.

— Meu filho —lhe disse e.te—por acaso louco ? Casarei-te

com uma miserável aldeã ? lias desaber que te tenho prometido á fi-lha do pachá mais rico do meuimpério.

Tudo foi inútil. Tanto e tantoinsistiu o príncipe, que o sultão,que, afinal, era pai, acabou por ce-der e mandou que trouxessem ásua presença, a joven camponeza.

Sei — disse-Ihé élc — que tue meu filho vos amais. Aceito-tecomo nora . ..

—Senhor — interrompeu ela —que ofício tem vosso filho ?

Que dizes ? — exclamou osultão, sorrindo. ¦— Que queres di-

OPRÍNCIPE

QUE TECEUUM

TAPETE

zer com jsso, tratando-se do filhode um rei ?

— Não Sei se assim é; sei, ape-nas, cjiic , se éle não tem oficio,com élc não me casarei.

Como não houve meio de fazé-lamudar de idéia, o príncipe decidiuaprender um ofício e, ao regressaro rei com seu séquito, á capital doimpério, éle se deixou ficar entreos çurdos.

Dedicou-se a tecer tapetes e, co-mo era inteligente, rapidamentechegou a ser um hábil operário.

Consentiu, então, a joven, em sersua esposa.

Foram os noivos á Coiistantino-pia e lá se casaram com toda apompa, durando sete dias e setenoites as festas com que se come-morou a real boda.

Durante muito tempo os prin-cipes foram felizes; mas, um dia, aosair o joven pelos arredores, foifeito prisioneiro de uns terríveisbandidos que o encerraram numamasmorra escura.

Os bandidos vinham vê-lo sem-pre e o príncipe, um dia, lhes dis-se:

— Nada ganham vocês matau-do-me; tomem todo o ouro que te-nho c conservem-me com vida.Aqui posso tecer tapetes e poderãovocês vendê-los por bom preço.

Concordaram os bandidos e trou-xeram todo o necessário para o pri-sioneiro começar a trabalhar.

O principe começou imediata-mente, contente porque, graças aoseu ofício, tinha salvado a vida.

O O O

Xa corte, a inquietação e a an-giistia foram enormes ao percebe-rem que o principe tardava.

Partiram arautos e tropas em suabusca; mas, inutilmente.

Z É MACACO FAUSTINA

FatTStina tim dia cismou que o maridod:\ia ser doutor : advogar! i . IV.z uma ia-t__!_ta na porta c um anuncio.

I- - f-y-¦» ¦ -»¦¦

Depois, Zé Macaco, compenetrandoseu papel, -iinna (.««fona, d.- hi-vas «..retas c óculos, lendo...

.. .o jornal, esp reu ,. ,|_íuni cidadão veiu procura-lo, e comcia requereu ...

.-

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17 — Julho — 1940 — 21 — O TICO-TICO

Entretanto, o principe continuavaa tecer o seu tapete, na obscuridadeinfecta da masmorra.

( ) pobre cativo não levantava acabeça; apenas descançava umashpraá ein um monte' de palhas e,de dia como de noite, não paravade tecer.

Um dia. o tapete ficou pronto.Era um trabalho admirável, em quehavia posto toda sua arte 'e bomgosto.

Ao entregá-lo aos bandidos, rlis-sé-lhes o principe:

Eis aqui um trabalho que valemuito dinheiro. Ide vendê-lo a ai-gum grande senhor. Ou, melhor, aosultão, que é um dos poucos quepodem pagar uma obra como esta,c não o deis por menos de cem es-cudos de ouro.

Os bandidos, disfarçados de mer-cadores, levaram o tapete á capitale procuraram justamente o pala-cio do sultão, onde o ofereceram,vendendo-o pelo preço estipulado.

Alguns dias depois, a nora dosultão, examinando o tapete, ex-clamou, assombrada:

Aqui ha uma inscrição !E, de fato, havia. Escrevêra-a o

principe, indicando onde se achava.Foi êle ! Foi êle ! —¦ excla-

moii a piTncéza. — Foi meií maridoquem teceu esse tapete. Conheçoo sistema de tecer de meu pais, queêle aprendeu. Ele nos chama, pe-de-nos socorro !

OOO-

Graças a isso, o principe foi so-corrido; os bandidos, presos e cas-tirados, e a alegria voltou ao pa-lácio do sultão.

Esposa querida ! — exclamouo principe, abraçando sua gentilcompanheira. — Devo-te a vida ea liberdade: o trabalho que aprendipor tua causa, foi a minha salva-ção !

VISÕES DO MUNDO

Os arredores de Nova YorjtPara cs que vão á Nova York, não faltam passeios magníficos

nos seus arredores. Coney Island, por exemplo, atrae uma infinidadede visitantes todos os Domingos. Conta-se que de Julho a Agosto,ha mais ou menos um milhão de banhistas e cultores da vida ao ar li-

/--_

Ít

vre que ali vãopraia próxima a

Uma multidãofila pela beira daparques, onde seridas de — etee-faltam campos dede bola queverdadeiro club,pleto, a lindaIsland.-

As três praiasLong Beach e

pontos de atraçãonesta última hacreia e um pano-mais belos.

Um passeio pelo rio Hudson oferece uma das paisagens mais pito-rescas e divertidas. Em caminho, encontramos as belas Pallissadas;o rochedo Indiano, a Montanha do Urso, o pico do Oeste que temuma vista esplendida, e ainda — Newburgh, onde sempre acampavao general Washington e os — Catskills cheios de degraus que con-duzem ao Rip Van Winkle. Até a Albânia, a paisagem é toda cortadade lances panorâmicos os mais diversos e bonitos. Atlantic High-lands; Keansburgo, Rye Beach, Bridgeport e Roten Point são pontosvisitados sempre.

O povo americano conhece e aprecia estes passeios pitorescos eaflue em massa aos Domingos e feriados, dando vida e alegria aos ar-redores de Nova York para descarnar da vida agitada e trabalhosa dagrande cidade.

O Rio HUDSON

deliciar-se na belaNova York.de passeantes des-praia e enche osrealisam as cor-plechase. — Nãctennis e de jogotransformam numdivertido e com-área de Coney

de R o c k w a y-Jones tambem são

para o público;bar — feito derama praiano dos

¦ £CO_CeçcCCÇ0CCfcCCaO0000OOCCCOOQÇ| ¦ ';:C'CCCOC.COÇefrOOCCO£OCCOt<00-.-' -:OC5

Z É MACACO FAUSTINA (II)

seus serviços profissionais para li-quidar uma herança que lhe haviam deixa-do. Quando o "Doutor"...

...7.í Macaco chegou ao suposto "solar''do homem, verificou que a herança se re-sumia a um porco, um...

...galo magro, uma galinha e um casebrete latas velhas. O homem queria pagar-lhepelos serviços, 4f500, a prestações!...

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u rilu-iíCO — 22 — 17 — Julho — 1940

As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney s M. B. Iwerks, exclusividada para O TICO-TICO em todo o Brasil)

^vyy v \ ¦./ \yvY yy~ sfr

- Um ' Dois ! Tres ! !

n~—rn

(p /^%XY(%

-K3- ^T^^^r -^— IXé ! ! Caiu de maduro. Horacio?!

^O o s— Rua, sêos naiatos ! Rua ! — Chega, Parafúz. Já está bom.

wmh-^ ler—/ I

— Cuidado... Vamos devagar. E os dois travessos ficaram, á espera.(Continua)

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17 — Julho — 1940 — 23 O TICO-TICO

Im&vn-i 11 _ i. f_fj nw.. nu ! wz**** *r^+****^*m • ^r ___S___fc. __Í______BQ___I _-f______________________________í____J_______________________________________ ~ l - i^ *i

QUANTO MAIORES FOREM SEUS CONHECIMENTOS. MAIS CAPAZ SERÁ' VOCÊ OE VENCES

Ç\ professor suisso Austo Huber conseguiu, depois de 10^-^ anos de esforços, construir urn homem mecânico que pôdeandar para diante e para traz, à direita e à esquerda; move osdois braços, a cabeça, torce o antebraço, acena com a cabeça,abre e fecha os olhos, acende o cigarro a quem lhe pede fuma,fala e seus lábios se movem justinho segundo as silabas. ouvee responde às perguntas que se lhe faz. "Sabor'A tal é o nomecom que o batizou seu inventor, é o primeiro homem mecânicodo mundo, que pôde mover-se com suas próprias pernas. Diri-ge-se o homem mecânico sem a intervenção de fios, sendo umademonstração perfeita e pratica da direção ao longe. O colossomede 2 metros e 25 centímetros e pesa 200 quilos; no seu corpoou bojo se acham 20 aparelhos.

* •. *

Ç\ nobre francês do século 18, Grimod de Ia Reyniére, rece-^S bendo o grau de advogado, não quis entrar na magisrra-tura, como a familia desejava. "Não

quero — dizia ele — sermagistrado, porque serei obrigado a enviar alguns dos meus pa-rentes às galés, enquanto que, conservando-me advogado, po-derei, pelo menos, defende-los".

p M um dos aniversários de Leão XIII. já muito velho, um dos

seus sobrinhos foi cumprimenta-lo, formulando votos paraque Sua Santidade vivesse cem anos. "Meu caro sobrinho, —disse-lhe Leão XIII — não fixemos limites à bondade da Pro-videncia".

ti HORAS I JlQuando são 12 horas no Rio são

12 horas também em todos os Es-tados, menos no Amazonas, MatoGrosso e Pará (Ocidental) nosquais são I I hs. Acre e Amazonas

(Sul Oeste) nos quais são 10 hs.Fernando de Noronha e Trindadenos quais são 13 hs.

VARIAÇÕES HORÁRIAS EMTORNO DA TERRA

Sidney h.Nova Zelândia "Alaska "America Central "Nova-York |0 "Buenos Aires | "Açores 13 "Lisboa, Londres 15 "Cürl'm, Roma 16 "Petrogrado 17"Bombaim . 20 "Caicutta . . 21 "

Java 22 "WUdivostock 23 "Japão 24

rLOCUÇÕES LATINAS E ESTR A N G E I R A S

TRADUÇÃO APLICAÇÃO

HAEE_S CORPUS tQue tenhas' o corpo [subentende-so ad subjici-I endum], para o apresentar ao tri-ij bunali. — Nome de unia lei céle-!j bre, que em Inglaterra garante a'', liberdade individual aus cidadãos,ii dando aos acusados o direito de

i. Imediatamente julgados oul de aguardarem o seu julga__ento em( liberdade mediante fiança.

HABENT SUA FATA LIBELLIj 'Os livros têm o sen destino). —

Aforismo do po.ta gramático Te-renciano Mauro, que se cita quan-do se alude a tantas obras de valorque jazem em completo esqueci-

| mento.HIC ET NUNE (Aqui e agora).— Isto é: imediatamente, sem

mais delongas.

HIC JACET 'Aqui ja?.). — Pri-meiras palavras de uma inscriçãotumular.

HIC JACET LOPL"S .'Aqui seesconde a lebre). Ai é aue está adificuldade.

HOC CAVERAT MBMS PROVI-DA REGULI 'Disso se precaverá .espirito previdente de Regulo). —Expressão de Horacio (Odes, III, 5,13). que se aplica ironicamente,quando alguém, depois do fatoconsumado, pretende que o haviaprevisto.

HOC ERAT IN VOTIS tlsto ri-tava ;:o." meus desejos). Expressãode Horacio (Sacras, II, 6, I), c,ue,menos literalmente, se pode Irada-_ir por : Era isto o que eu dese-java. Cita-se tratado se obtém a

realizaçf.o de uma coisa ardente-mente desejada.

HOC OPUS, HIC LABOR EST(Aí é que está a dificuldade). —Principio de um verso de Virgílio(Eneida, VI, 129)'. A s___a deCumes sorve-se dessa expressão pa-ra explicar a Eneas a dificuldadeoue ha em voltar dos infernos. Afrase tornou-se proverbial e cita-se para índio», o por.to dlficíl dequalcuer Questão.

HOC VOLO. RIC JTJBEO, SITPRO RATIONE VOLUNTA3 (Que-ro-o. '. que a minha con-tv.de substitua a razão). — Juvenal(Sátiras, VI, 223) põe estas pala-vrns na beca de uma mulher ca-pric.osa e autoritária. Citem-sequando se afttde a uma vontadearbitrária e despetica.

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O TICO-TICO — 24 — 17 — Julho — 194U

HR

Cjji w iw i i ii t n n~

ERAMa^a*fca»aj^ WJ.mit muHjjt-unu 'nA vflHi

AVÉi:-^;Um aparelho de radio enchia

a calma daquela noite na vilasocegada com os acordes vi-brantes de uma harmonia he-róica, enquanto vozes em corocantavam:

— "Allons. enfants de Ia[Patrie,

Le jour de gloire est arri-[vé..."

Que música é essa, tioAndré? Perguntaram as crian-ças que se reuniam em tornodo bondoso velho para 1 h eouvir as interessantes históriasque êle sabia contar, com tantapaciência e caminho.

Esta música é a Marselhe-za, o hino dos franceses e estásendo irradiada hoje porqueestamos a 14 de Julho, umadas datas maiores da França.

Ela relembra o cântico guer-reiro ao som do qual foi der-rubada, pelo povo amotinado,a Bastilha, terrível prisão ondeeram encarcerados aqueles que

erguiam a voz em defeza des-se mesmo povo tiranisado pe-los pontentados da época.

E faz muito tempo isso?indagou o Pedrinho, semprecurioso de saber.

Faz mais de um século.Foi no ano de 1793. Era tãogrande, tão violenta a opressão,a perseguição ao povo que êle,não resistindo mais, revoltou-searrazando a celebre prisão,cujos defensores opuzeram aosatacantes uma vigorosa resis-tencia.

Ainda hoje, quando se querexprimir dificuldade em con-quistar qualquer coisa pela suafortaleza, se diz ser "uma Bas-tilha" a vencer.

Conta-se que essa música,cujos primeiros compassos vo-cês ouviram ha pouco, irradia-da, era um hino religioso, antesde ser transformada em canti-co de guerra e de vitória. Seuautor era um jovem democrata:hamado Rouget de L'Isle queo entoava, com o maior entu-

siasmo, à frente dos compa-nheiros que marchavam para atomada da Bastilha.

Hoje, mais do que nunca,devem ecoar por todo o mundoas notas desse canto heróico,pois a França está sofrendo eprecisa ter força e resignaçãopara encarar o sofrimento eresurgir dele retemperada eforte.

Enquanto o velho tio Andrépronunciava, comovido, estaspalavras, a voz do radio, agoramais forte, cantava:

— "...Formez vos batail-[lons!...

Marchons!... Marchons!..."

E como impelidos por aquelamúsica distante, as criançasergueram-se, e partiram mar-chando, como pequeninos sol-dadinhos de chumbo, cheios,porém, de entusiasmo e anima-ção varonil.

EUSTORGIO WANDERLEY

PANCRACIO TEM CADA UMA ! — Por pauio Afonso

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Page 24: fÊÊOá . J -K- - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01815.pdfO andarilho foi mexendo, mexendo, até que tudo ficasse bem cosido. Depois, tirou o cal-deirão do

17 — Julho — 1940 L.0 O TI('!)-n

Série ''E.-...Í. E_.U," - M.r_vilr,.s da FAUNA BRASILEIRA - Aracnídeo,

/\ ^W:yy M :W ''^BJ^H ^^WjÊ^ *v

_/ ^N^" M =^~^Jm '^fc -^y^*^* y

%^áw/j' Ac;m3_ARANHACARANGÜEIJEIRA-{H-- ^^^^^^jj

VSfc.TjjS^' m.omma) — araneid-o de grandes dimensões; \X_-jfBSÍ^^^í-

V^^S_?\. muito agressiva, alimenta-ie de pequenos animais \,Tj| C H ^^^ I

I MílÈi^wZk^ l"6 caPtura' até meim° Pec'uen':'s P""8'0*- ii^ fijT \

••' __^^*V^^^fi_W^^^x\\

"í.^ ^^1^ justamente temida pelo *

/PEDIPALPO -SBlÉàfHaíí^^tí^\\-^^ povo brasileiro pela pe- L_ jr (Mastigo- ^j^^H\ M. ^T\'.^K\ . Q

jf proctus), fl tt V\ V\ 5_3S_) ' "---I -_r .°nlla perigosissima que |

ij v\ // I ssgrega ocasionando gra- ;''},

V (ÍP"__J ves acidente; de envene- 18

1 '"SÇP^l A Mânlli NEPHlCA f<*Preten,ada acima e da namento. |

' *^Í--_K^ ,am;Ka ARG!0P;DAE e d->taca-,e Pela bele" \

í^_SjSjO de seu colorido que tem brilhos maravilhosos 1

'j^^T* vT^TT^. GASTERACANTHA — e-utra

(/ g CENTOPEIA y^S»W_/ aranha ARGIOPIDEA de abdo-

vi_». -^ (SCOLO PENDRA) "*^ffl£y$^ mem pont.açudo e colorido

cMoDoá» ou- vive not logares quentes \. jr muito ag-adavel. Muits peque-wiu..jj .. «^ -^mw pcfLi ir-OP^C ORPlO ^*

•' Viumidos. senão um perigo constante por seu N!0_O (CHE' iFER) râ e dB*e*a'* e *.â espécie,

terrivel veneno. inofensivo' ao homem.

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O TICO-TICO — 2ê 17 — Julho — 19 iO

MINGFOOEnfurecido por ter falha-

do seu plano para capturar

Ming Foo e seus amigos, o

sanguinário pirata Chang

Ho continua sua persegui-

ção sem cessar, oferecen-

do bom dinheiro para quemapanhar Ming Foo vivo ou

morto.

ifl^^L- Que o céo tenha

N/ >o \ ^ r\/ym Hurròh! 0t p;r,,as pen"y< X>v S.-, ^^ ^USm% «ram que houveise canhões Ot culpados lio

--(_, Ç N. V J^í na montanha. sempre covardes.

— ¦¦¦¦- ¦ «MB ; Bfc7.",-» ,*&_ ^-£3^^Ém\\mmmm\HMLJÀ

Page 26: fÊÊOá . J -K- - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01815.pdfO andarilho foi mexendo, mexendo, até que tudo ficasse bem cosido. Depois, tirou o cal-deirão do

17 — Julho — 1940

NOVELA DE

— 27 O TICO-TICO

randon WallContinuação n.

São genercsos e hero:**cos. Eu e meu povo deve-mos-lhes a vida.

í

Éramos um a dei, conpiratas que nos sitiavam

tra os. Sem

.{Çr^Z^yí;. fflífar agua nem alimentos.

Nada receiem, amigos. Aqui ha a enfrada se-crefa para a caverna dos nossos deuses. Vamos. / \

: Ccpr. 1938, K.r.-: Featurcs S*fooScue, Inc, World riflbts rejerwd. '^^<--"' ¦:*¦»¦ " '

¦ ¦ ¦ ¦'¦ — ¦¦ —¦ —¦¦¦***¦¦ ..-ií —»¦¦¦¦ ,^. "r ¦¦¦—

(CONTINUA)

Entre os zulús é tão gran-de o horror que se vota àssogras, que ninguém querpossuir, no nome, uma sila-ba das que servem para setscrever essa palavra. Oscafres, quando se casam,não podem ver a sogra nemfalar com ela a distancia.Entre os indígenas da Ca-lifornia, os genros não de-viam olhor a sogra até cer-to tempo depois do casa-mento. Kulicher explica essaaversão pelo antigo cos-tume dos raptos, que cria-vam essas barreiras entreas famílias dos cônjuges.

Um dia, o pintor francêsVernet convidou seu cole-ga Gros para vir ver umquadro que êle. Vernet, ti-nha terminado. Gros dirige-;e ao "atelier" de seu con-frade e este lhe exibe umacarga de cavalaria. Gros sa-code os ombros e diz: "Com

uma chicotada cortar-se-iam os joelhos dos teus ca-valos". O outro morde oslábios e fica quieto. Algumtem*jo depois, foi a vez deGros convidar Vernet paracontemplar um teto que êletinha acabado de pintar noLouvre e que representavao Tempo. Vernet tinha namão seu guarda chuva. "En-

tão?" — perguntou Gros.— "Então ?" — disse Ver-net, abrindo o guarda chu-va. — O tempo está pessi-mo; vou dando o fora".

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«f NO DIA SETE DE SETEMBRO, TODAS AS CASAS DEVEM APRESENTAR-SE EMBANDEIRADAS. PEÇA AO SEU PAPAI

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TXT T TÜ . UMA PAGINA DE

1 Li Li 1 Ü ® RUSS WESTOVERPois eu gosto... Acho divertido um pedaço ! |" ^

1

-,_,._,. Detesto mudanças ! AEstamos de mud-nça. ,

_. i ., „„,, qente se aboftece sem- ^^ Ij-tf/S* I Vou para um aparta- *> r-~ --,r£Ql v/—-—¦

*ák%ÊÈ&. \ m,n,°queéumjm:>r! pe' jlk*?* < r^T* i

_.•_-_____*-¦_.. i —_ i ' "'¦ *" ¦'* ¦ - -

Devem ser os fillí+Mí^y ^"^ d" "" ' i-( P

c a r r e g adore 1 nlll-ii/l-X t-_ue ¦— .-— 'SS^~ I''** c!u!" XuSm^Sai -m^r-y qu. bomiinhoi ¦ IcA-A, l—n~\\ ;

J y^ÊÊfc: ^—r— V < '—I—lm

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(Você

ainda não «.) . J I / I y' ' 1 i tmj- ' , ---—viu nadai l^fè) ^S

/}= H ^^jAl^AlAAlAA-'l \M £ SOCORRO ¦ PC

'. y»H// <£í»aa. i M,'nha MÍ8 do Céu! 9je iA^Ay^cA^^^^^^^SAú, y^A -\r

^^' JPor morte do duque de Vendome, Luis XIV confiou o governo da Provença, que tivera esse principe, ao marechal Vülars.Conta-se que, ao tomar posse do seu alto cargo, os deputados lhe apresentaram uma bolsa cheia de luizes de ouro, dizendo:"Aqui está uma bolsa semelhante á que oferecemos ao duque de Vendome, guando veiu a ser o nosso governador. Mas oduque recusou-a..." — "Ah ! — respondeu o marechal Villars, tomando a bolsa e colocando-a calmamente no bolso — o du-

que de Vendome era, verdadeiramente, um homem inimitável". ' ' A."

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O TICO-TICO — 30 17 —Julho -194C

Nos/os m __#-\.fl*_/r___ \

CONCUR/OSC o n <• u r !*» o ií." !S '.i

__--_-_--_-_-_-_-_-_-_-_-_--_-_-_-_-_-___ -_-_-_-_-_-_-__-_,

f^OM as iniciais dos nomes das coisas aqui desenhadas;^"' vocês deverão formar um nome geográfico.

Mandem as soluções, acompanhadas do Vale r." 83,assinadas e com indicação clara e completa do endereço.até o dia 27 de Agosto. No dia 28 de Agosto O TICO-TICOpublicará a solução e os nomes dos concorrentes premiadosno sorteio de 5 lindos prêmios

A CHAVÇ DA CAIXA POSTALUm homem de negócios devia fazer uma viagem do Rio

para S. Paulo. Dirigiu-se ao gerente de sua casa comercia! etiisse-lhe: Vou para S. Paulo, deixo-lhe o meu endereço e qual-quer cousa que venha para minha caixa postal aqui, você devemandar-me para S. Paulo. Seguiu viagem. Alguns dias depois,reeere uma carta do gerente, dizendo-lhe que mandasse a chaveda sua caixa postal, que levara consigo, para que pudesse seraberta. O negociante envia a chave e espera, com anciedade, acorrespondência. Passa-se uma semana e nada de receber oconteúdo de sua caixa. O gerente, afinal, escreve-lhe porque nãopôde abri-la.

— Qual o motivo do gerente não ter podido abrir a caixa0(A solução virá no próximo número. Mas veja se você a

encontra, antes disso...)

SOLUÇÃO EXATA DO CONCURSO N.° 77"O CÃO É AMIGO DOHOMEM"

RESULTADO DOSORTEIO DO

CONCURSO N. 77Enviaram soluções certa.

374 solucionistas.

Foram premiados com umlindo livro de histórias infan-tis os seguintes concorrentes:

ALZIRA DO CARMOresidente em Governador Vala-dares, Minas Gerais, caixa

postal, 15.

LEDA PAULA

residente á Avenida Portugaln.° 386, Urca, nesta capital.

VERA YONNYCASTELLANl

residente á rua Alfredo Ellisn.° 653, Bebedouro, S. Paulo.

YNALDO DE SOUZATAVARES

residente á rua do Massena n."310, Maceió, Estado de

Alagoas.

LILIA ORICHIOresidente á rua Ibituranu n."124-casa 21. S. Christovão,

nesta capital.

^syCV N9 83

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17 — Julho — 1940 O TICO-TICO•**»^^«MMM%l*ltfmw<w__MiMm^^**-V*-'->*-_»--~--

Y 5^ diqa

**-_.„_**-

^queeulhe disse:•Uso e nao mudoJUVENTUDE

AL_=X__NDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

cou ao !_mEHSIMO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO -INTERESSA ÁCRIANÇA E FACILITA O MEST_EVEJA NAS LIVRARIAS DO BRASILAS OBRAS DCSrA COiCÇAO OU Pt~-ÇA PROSPâCTOS . _) ATEU.* SETH"R RAMAIHQ ORTIGAP 9- 2? - RIQ

OBPOS1TO EM S. PAULO

J. COUTO -B. _-*_*__£-_ 2 3 -A

(*A*%_*-Srfv^_r%*___» ^,«¦l ^-*»<«*->-^_--«___ft^^W--W-»_- ~.f_-_T.

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Os indios conheciam os venenosmuito tempo antes que os civilisa-

dos os descobriss-n. O nu-sinoaconteceu com a pólvora oa China.

*

Os marinheiros qoe pasam (ongotemi») navegando, quando se en-

iram em terra firme, conservamo hábito de caminhar balançando-se nas pernas como se estivessema hórdo do na* iu.

OOOOOOOOOO OOOOOOO O-

Page 31: fÊÊOá . J -K- - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01815.pdfO andarilho foi mexendo, mexendo, até que tudo ficasse bem cosido. Depois, tirou o cal-deirão do

Aventuras de Chiquinho

. r^ÜT /'A»' 'fyÇyZ

ZÊL ..d MChiquinho, infatigavel em matéria de travessuras, enten-

deu de desafiar vários dos seus amiguinhos paro. ver qual dé-

les seria capai de ficar per mais tempo debaixo d'agua.

x;vv\\\

i /I íM

ff

Uma ver aceita a aposta todosSe atiraram dentro da piscina, queera bem funda.

~ r\w as

VUm companheiro ficeu de cro- A; iro. Depois Que feria havido ? Si éíe deme-

nemetrô em punho tomando nota outro e outio. mas Chiquinho não rava, c porque queria ganhar a

do tempo. aparecia. aposta.

I

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