fechamento autorizado pode ser aberto pela ect · 2018. 4. 7. · doze. jesus anunciava o evangelho...

12
JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 341 | ABRIL DE 2018 FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT

Upload: others

Post on 08-Dec-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 341 | ABRIL DE 2018FECH

AMEN

TO A

UTOR

IZAD

O PO

DE S

ER A

BERT

O PE

LA EC

T

Page 2: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

(...) Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal” [Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigos 1º e 3º, 1948]

É incrível como alguns paradigmas de pensamento parecem se alterar com o cursar da história, mas ao mesmo

tempo, há mecanismos profundos que per-manecem desde o período pré-histórico e incidem nas decisões e ações da humani-dade de modo inevitável.

Acreditar que evoluímos como espé-cie, como nos indica a via científica, não necessariamente nos garante um estágio de racionalidade e pacificidade, pois como espécie assumimos atitudes que revelam nosso profundo e pérfido instinto de sobre-vivência, daí passamos a agir com orgulho e violência.

Mas, em contrapartida, em muitas si-tuações, percebemos a luz que habita a humanidade, pois com gestos e ações in-compreensíveis aos descrentes muitos ho-mens e mulheres são capazes de demons-

trar uma incrível capacidade em renunciar a si mesmo, partilhando não somente seus dons e seus pertences, mas especialmente sua vida pelo bem de outros.

A moral cristã nos coloca diante de uma via de transformação de nossas vidas, superando a vontade e o impulso insaciá-veis por uma atitude de vida que valorize a fraternidade e a alteridade, possibilitando uma integração maior do sujeito inserido numa comunidade humana.

Nesta edição, tratamos da superação da violência, buscando através do auxílio da Psicologia e da Segurança Pública as causas e as soluções para a formação de um ambiente favorável ao desenvolvimen-to humano como pessoa integral.

A Igreja demonstra sua capacidade de ser um elemento transformador no mundo, sendo sal e luz para a humanidade, supe-

rando o pecado das origens e, ao mesmo tempo, estabelecendo em suas relações eclesiais a profunda capacidade de conver-gir todas as suas forças para o anúncio da Vida Nova em Cristo Jesus.

Busquemos nesta Páscoa a identifica-ção de nossas características que neces-sitam de conversão e demos espaço para o aprimoramento de nossos dons que possam contribuir para a construção de um ambiente de compreensão, acolhida e mútua valorização. Somente com as mangas arregaçadas, poderemos nós buscarmos caminhos novos diante de es-truturas sociais caducas, mas que podem ser transformadas graças à inspiração do Espírito Santo e pela infinita criatividade humana. Desenvolvamos a potencialidade em ser um lar melhor para nossos 7,5 bi-lhões de irmãos e irmãs do mundo todo.

editorial

voz do pastor

expediente

A Igreja foi desejada e fundada por Je-sus. Num primeiro momento Jesus escolheu seus discípulos para formar

a primeira comunidade com o grupo dos Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse a todos. Após sua morte/ressurreição e o retorno ao Pai, as comunidades cristãs começaram a surgir com a marca da vida em comum, como podemos verificar nos Atos dos Após-tolos. A comunhão era forte, vida partilhada na oração, na fração do pão e na distribui-ção dos bens...

A Igreja colocada no coração do mundo é sinal da presença constante do Reino de Deus. Todos os batizados têm a especial res-ponsabilidade de fazer brilhar o Evangelho de Jesus, como testemunho fiel do Senhor.

Ao longo de toda a história, a Igreja, como sinal de comunhão entre os homens, se compromete a construir a paz e o diálo-

go num constante desafio de vencer o que a impede e a todos de buscarmos vencer os entraves do isolamento, do individualismo e mesmo a marca deste tempo – a indiferen-ça.

A Igreja, estando no mundo, recebe in-fluências de toda ordem. Por ter recebido a fundamental missão do Senhor para ir por todo mundo, pregando o Evangelho (cf. Mc 16, 15), a Esposa de Cristo deve ter uma atitude vigilante como um farol. No gesto constante de pregar o Evangelho, deve-se fazer o exercício do diálogo que nem sem-pre é fácil no mundo marcado pelo pluralis-mo. O Papa Francisco, nesses cinco anos de pontificado, nos tem dado um exemplo de verdadeiro construtor da paz e do diálogo. Até no campo religioso nos deparamos com a intolerância que significa fechamento, um isolamento que ignora por completo o outro. Todo e qualquer fechamento em si impede o movimento de construção da paz e do di-

Diretor geralDOM JOSÉ LANZA NETO EditorPE. SÉRGIO BERNARDES | MTB - MG 14.808

Equipe de produçãoLUIZ FERNANDO GOMESJANE MARTINS

RevisãoJANE MARTINS

Jornalista responsável ALEXANDRE A. OLIVEIRA | MTB: MG 14.265

Projeto gráfico e editoração BANANA, CANELA bananacanela.com.br | 35 3713.6160

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

Tiragem3.950 EXEMPLARES

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 Centro - CEP: 37.800-000 | Guaxupé (MG)

Telefone35 3551.1013

[email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

Dom José Lanza Neto,Bispo da Diocese de Guaxupé

álogo.Constantemente, a Igreja nos provoca

com sua ação evangelizadora através de discursos, notas, ação pastoral, mesmo a preparação da Campanha da Fraternidade, com o objetivo de superar as situações que ferem a pessoa na sua dignidade humana. A própria comunhão comunitária-eclesial fica comprometida sem o acolhimento deste bi-nômio – diálogo e paz.

Portanto, todos nós, seguidores de Cristo, batizados em seu nome, alimentados por sua Palavra e fortalecidos pela Eucaris-tia, temos que nos esforçar para que, em nossas realidades de fé, possamos transfor-mar nossa realidade com uma atitude posi-tiva que valorize o dom da vida. Devemos reconhecer o valor humano não em seus méritos particulares ou em características destacadas, mas em seu valor universal em si, a dignidade de ser filho de Deus.

2 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

Page 3: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

Marca decisiva do mundo contempo-râneo, de modo incomparavelmente superior a outros períodos históricos,

é o acelerado processo de transformação so-cial, principalmente o avanço da linguagem e do acesso à comunicação plural que aces-sibilizam à grande parte das populações o contato com outras cosmovisões e, isso, con-sequentemente, interfere na elaboração do discurso religioso.

Entende-se por violência o uso intencional da força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou con-tra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimentos, morte ou danos psicológicos, mal desenvolvimento ou privação.

Tais comportamentos são conhecidos des-de sempre e decorrentes de uma reação hu-mana para sanar fatores modificáveis de com-portamentos. Estas reações funcionam como um paliativo à dor sentida naquele momento ou como uma maneira de ser obedecido e respeitado.

Hoje conhecemos vários fatores modi-ficáveis que favorecem comportamentos violentos, como pobreza concentrada, desi-

A todos os cristãos, irmãos de fé, dirijo--me, nesta oportunidade no intuito de compartilhar singelas informações da

área de Segurança Pública, em específico, da Polícia Militar, pautando, como referên-cia, a Campanha da Fraternidade de 2018, que tem como tema: “Fraternidade e supe-ração da violência” e como lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).

A 18ª Região da Polícia Militar, sediada em Poços de Caldas, compreende cinquenta e cinco cidades [grande parte desses muni-cípios na Diocese de Guaxupé]. Sua exten-são territorial é de mais de 25 mil quilôme-tros quadrados, com população de mais de um milhão, cento e trinta mil pessoas.

Sendo uma das construtoras da paz, a Polícia Militar possui foco na atuação pre-ventiva e garantidora dos direitos individu-ais e coletivos. O objetivo da Polícia Militar é promover a segurança pública por intermé-dio da polícia ostensiva, com respeito aos direitos humanos e participação social em Minas Gerais. Almejamos, sempre, sermos reconhecidos como referência na produção de segurança pública, contribuindo para a construção de um ambiente seguro em Minas Gerais e evidenciando os valores de representatividade, respeito, lealdade, dis-ciplina, ética, justiça e hierarquia.

Na 18ª Região da Polícia Militar, adota-

gualdade de renda, uso nocivo de álcool ou outra droga, ausência de relações seguras e estáveis entre crianças e pais, educandos e educadores, e nas relações profissionais cada vez mais competitivas.

As violências mais conhecidas são: • autodirigidas, em que a própria pes-

soa se impõe penalidades para dimi-nuir os sentimentos de culpa;

• maus tratos de crianças, como mini-mizador da dor decorrente por não ser um adulto competente e transfe-rindo a culpa de sua imaturidade para um ser mais frágil. Os maus tratos de crianças podem ser também reflexo de adultos agredidos quando crian-ças - agredido se torna agressor;

• violência na juventude, quase sempre ca-racterizada por definição de território, dis-puta de poder ou de relações (afetivas);

• violência por parceiro íntimo, resul-tante do uso de álcool, ciúmes e cri-ses temperamentais;

• violência sexual, que é caracterizada por abusos, estupros e obrigatorieda-de do parceiro a atos libidinosos não aceitos pelo mesmo;

mos estratégias operacionais preventivas e portfólio de serviços com foco nas pessoas, com o objetivo de preservação da vida, dis-seminando uma cultura da paz, como:

• O Programa Educacional de Resis-tência às Drogas e à Violência (Pro-erd), que formou mais de 100 mil crianças, de 2011 a 2017;

• A capacitação de policiais militares em Curso de Direitos Humanos;

• A implantação do Termo Circuns-tanciado de Ocorrência (TCO) para os crimes de menor potencial ofen-sivo, cuja pena máxima não supera dois anos, acarretando a presença de policiais militares e viaturas por mais tempo no patrulhamento os-tensivo das cidades, uma vez que não há necessidade de se deslo-carem de uma cidade a outra para conduzir pessoas presas.

Conforme divulgado no texto-base da Campanha da Fraternidade 2018, um dos maiores desafios atuais, no campo da se-gurança pública, é garantir que as políti-cas públicas tenham em vista o aumento da solidariedade entre as pessoas, em vez de enclausurá-las, criando empecilhos ou mesmo impedindo relações interpessoais humanizadas. Nesse sentido, em uma visão

• violência contra idosos, cometida por familiares, cuidadores e sociedade;

• violência coletiva, quase sempre por dispu-ta de poder, território e produtos lucrativos.

De todas elas, a violência psicológica é

mais nefasta que a física, por ser muitas vezes silenciosa, repetitiva e com pessoas próximas ao agredido, com quem se cria vínculos afeti-vos. Contudo, as violências físicas são acom-panhadas de efeitos psicológicos tão nefastos quanto a violência psicológica, pois tanto uma como a outra desenvolvem uma apreensão contínua e medo constante.

 A repetição das agressões leva a doenças físicas e psicológicas que exigem tratamento rápido e eficaz, pois as consequências po-dem ir da busca pelo isolamento ao suicídio. As doenças mais comuns são transtorno de ansiedade, angústia, baixa autoestima, irrita-bilidade, depressão, fuga para o álcool, fobias, pânico e suicídio.

Em todas as situações se faz necessária uma avaliação clínica que, diagnosticada, exige tratamento e acompanhamento psico-lógico de impacto (ações paliativas) e, poste-riormente, terapia intensiva para absorção do

contemporânea, a Polícia Militar incentiva a comunidade a ser mais solícita na busca da paz social e tranquilidade pública, atra-vés de uma gama de serviços colocados à disposição da sociedade e citamos como exemplo:

• A Rede de Vizinhos Protegidos é uma importante ferramenta de pre-venção ao crime, através da organi-zação das pessoas, com o objetivo de coibir a ação dos criminosos e garantir a segurança, pela adoção de estratégicas simples, com o apoio da Polícia Militar. É o sim da polícia ao dar as mãos aos cida-dãos de bem, unindo-se aos elos da corrente e proporcionando a cada quarteirão, através de visitas roti-neiras, um clima de autoconfiança, de paz e segurança, revestidas de amizade e compreensão;

• O Programa de Prevenção à Violên-cia Doméstica (PPVD), que ajuda as famílias a superarem os problemas da violência doméstica.

Embora o crime de homicídio no Brasil esteja crescendo, conforme dados divulga-dos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em nossa região, os crimes violentos apresentaram uma redução de

painelVIOLÊNCIA: CONSEQUÊNCIAS E CURAS

“ENQUANTO HOUVER VONTADE DE LUTAR, HAVERÁ ESPERANÇA DE VENCER” *

impacto das agressões, reeducação de com-portamentos que orientam para reação defen-siva, aquisição de autoconfiança, minimização de culpas e, principalmente, o desprendimen-to afetivo com o agressor.

O mais importante é o esclarecimento fa-miliar e social do que é violência. Muitos com-portamentos repetitivos que se tornam hábi-tos são formas de agressão, como gritar com crianças, menosprezar o cônjuge, agressões verbais contínuas, bullying familiar e outros comportamentos aceitáveis socialmente.

É necessário que haja políticas públicas esclarecedoras de direitos e deveres do ci-dadão, que os educadores assumam efetiva-mente seu papel exigindo a respeitabilidade de quem auxilia os pais na formação de seus filhos e que pais vejam os educadores como pessoas de bem que trabalham com as famí-lias para formarem cidadãos justos, honestos e que valorizam a vida. É fundamental a cons-trução de uma sociedade menos consumista – geradora de competição, individualidade e indiferença – por uma sociedade mais partici-pativa da vida, da alegria, do sorriso, da frater-nidade, do abraço e da partilha - geradores de saúde física e mental.

20,82% no comparativo 2017/2016 e, refe-rente ao homicídio, uma redução de 5,97%, no mesmo período, demonstrando a atua-ção eficaz da Polícia.

Na mesma linha de pensamento do papa Francisco, que nos convoca a viver na prá-tica os ensinamentos de Jesus no exercício dos pequenos gestos, dentre eles, a denún-cia da violência na dimensão pessoal e so-cial, concitamos a todos a participarem da construção de uma sociedade melhor e mais sadia, ligando anonimamente para o núme-ro 181 – Disque Denúncia, a fim de auxiliar a Polícia Militar a cumprir eficazmente a mis-são que lhe é confiada.

Nosso principal desafio é continuar apre-sentando números satisfatórios da Seguran-ça Pública na 18ª Região da Polícia Militar, visando à tranquilidade pública e, para isso, queremos manter a parceria com a socie-dade civil organizada, a Igreja, os poderes constituídos e todas as pessoas de bem, para que, irmanados, sejamos mais fortes e capazes de exercer, com sabedoria, a au-toridade que vem de Deus, no controle da criminalidade, em busca da paz social.

*Frase atribuída a Santo Agostinho de Hipo-na, bispo e doutor da Igreja (354-430 d.E.C.)*Acesse o site do IPEA (ipea.gov.br/portal) e se informe sobre a violência no país

Por Neusa Maria Figueiredo, psicóloga, reside em Cabo Verde

Por coronel Frederico Antônio de Lima, comandan-te da 18ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 3

Page 4: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

notícias

Texto: Assessoria de Comunicação/Imagem: Pascom-Catedral

Texto/Imagem: Assessoria de Comunicação Assessoria de Comunicação/Imagem: Arquivo Pessoal

Processo de beatificação exige a criação de uma equipe multifacetada para análise da vida do Servo de Deus

Novos organismos missionários devem contribuir para a fixação da missionariedade na pastoral

Ateísmo é uma realidade complexa e crescente no país

No dia 25 de fevereiro, foi promovido pela Coordenação Diocesana de Pastoral um encontro de formação para os mis-

sionários paroquiais. O evento contou com a participação de 125 líderes missionários de 50 paróquias.

O foco do encontro foi a preparação dos missionários para a realização de um projeto de missão permanente que vise a avaliação do caminho já realizado e da realidade social e eclesial, de modo a favorecer a elaboração de metas de evangelização.

O evento também apresentou as instâncias de trabalho pastoral que nortearão a caminha-da missionária a partir deste ano. Os Grupos de Animação Missionária desenvolverão nas paró-quias, nos setores e na diocese um planejamen-to de ação pastoral-missionária com o objetivo de dinamizar toda a evangelização.

Na Diocese de Luz, aconteceu o En-contro de Coordenadores de Pasto-ral do Regional Leste 2 (Minas Gerais

e Espírito Santo) entre os dias 26 e 28 de fevereiro. A temática central do evento foi a Iniciação à Vida Cristã e o itinerário de inspiração catecumenal como caminho de ingresso para adultos nas comunidades católicas.

A Diocese de Guaxupé foi representada pelo coordenador diocesano de pastoral, padre Henrique Neveston, que comentou a importância do debate. “A paróquia toda precisa se envolver na missão cristã e no fortalecimento da Iniciação Cristã. Esse

A indicação para a missão permanente é o envolvimento de todas as forças pastorais no processo de evangelização. “Que as pastorais e os movimentos se envolvam e assumam o tra-balho missionário em cada realidade, com o ob-jetivo de redescobrir a missão de cada pastoral e cada movimento”, aconselha padre Henrique.

O convite parece ter motivado os partici-pantes do encontro que retornaram às comu-nidades, conscientes de sua importância na vida da Igreja. “A formação nos deu sugestões para vivermos o estado permanente de missão em nossa realidade, avaliando nossas urgên-cias pastorais e planejando nossas ações. Nós somos agentes missionários no meio do povo, chamados a sermos transformadores em meio a nossa comunidade com nosso testemunho e nossa convicção”, destacou Márcio Paulino, mis-sionário de Guaxupé.

Processo de Beatificação de dom Inácioé aberto solenemente na Catedral Diocesana

Diocese se prepara para a Missão Permanente com a conclusão das SMP

Coordenadores de Pastoral debatem Iniciação Cristã, em Luz

Aconteceu, no dia 22 de fevereiro, a Mis-sa de Abertura Oficial do Processo de Beatificação de Dom Frei Inácio João

dal Monte, bispo de Guaxupé entre os anos de 1952 e 1963. A celebração foi realizada na Ca-tedral Diocesana Nossa Senhora das Dores, em Guaxupé, presidida pelo bispo dom José Lan-za Neto e concelebrada por dom Cláudio Nori Sturm, bispo da Diocese de Patos de Minas e da mesma congregação de dom Inácio, além de padres da diocese.

Muitos fiéis da cidade e da região esperam com expectativa a conclusão do processo de be-atificação, iniciado no ano passado, e que agora ganha caráter público. No dia 19 de fevereiro, foi realizada a exumação do corpo de dom Inácio,

sepultado na cripta da Catedral Diocesana. Uma equipe de peritos, coordenada pelo postulador da causa Paolo Vilota, esclareceu o público pre-sente das etapas e das exigências do processo de beatificação.

O evento representa uma etapa importan-te do processo em prol da beatificação, pois dá aos fiéis a possibilidade de cultivarem e au-mentaram a fé já bastante difundida entre fiéis católicos.

Ao ter o pedido aceito pela Congregação para a Causa dos Santos em Roma, a atual fase da causa, juntamente com a exumação e a aber-tura solene do processo, inicia-se a investigação da vida, dos escritos e dos depoimentos de pes-soas que conviveram com o bispo.

projeto visa a uma profunda transformação na evangelização”.

Desde o ano passado, a diocese tem desenvolvido um projeto em parceria com as outras dioceses da Província Eclesiástica de Pouso Alegre, com o objetivo de concre-tizar as aspirações da Iniciação à Vida Cris-tã. E, por isso, acaba de lançar um subsídio que poderá ser adquirido pelas paróquias e comunidades no Secretariado de Pastoral.

“A Diocese possui um elemento funda-mental para dar suporte a esse projeto: a missionariedade, um dos pilares da evan-gelização juntamente com a liturgia e a ca-tequese”, concluiu padre Henrique.

4 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

Page 5: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

Texto/Imagem: Irmãs Carmelitas

Texto: Gabriel Ribeiro de Oliveira / Imagem: Pascom Seminário Santo Antônio

Texto/Imagem: Assessoria de Comunicação

Presença do bispo diocesano favorece a comunhão com as religiosas

Com origem na diocese, dom Messias partilha atual vivência pastoral

Com origem na diocese, dom Messias partilha atual vivência pastoral

No dia 9 de março, o bispo diocesano, dom José Lanza Neto, participou, com as irmãs carmelitas do Carmelo

São José, em Passos, do Capítulo Trienal, que objetiva a eleição de religiosas para algumas funções na comunidade.

Para a realização de atividades especí-ficas foram eleitas para o próximo triênio (2018-2021) as religiosas: priora, irmã Ma-

Entre os dias 9 e 11 de março, os se-minaristas das etapas de Filosofia e Teologia tiveram seu retiro espiritual

anual, assessorado por dom Messias dos Reis Silveira, bispo de Uruaçu (GO).

O retiro foi realizado no Instituto dos Irmãos do Sagrado Coração, em Paragua-çu, e contou com uma temática vocacional, com orações e reflexões que permitiram aos seminaristas aprofundar sua espiritu-alidade. Uma característica marcante foi o silêncio e a reflexão entre as atividades

No dia 8 de março, a Coordenação de Pastoral promoveu o 2º Encontro da Pastoral Orgânica, em Guaxupé.

Cinquenta participantes vindos de todos os setores da Diocese estiveram presentes para refletir sobre a articulação da evange-lização na diocese.

O evento foi destinado a todas as co-ordenações diocesanas e setoriais de movimentos, pastorais e ministérios que desenvolvem trabalhos de evangelização. Assessorado pelo padre Henrique Neves-ton, coordenador de pastoral, o encontro teve o objetivo de valorizar o trabalho con-junto e o planejamento pastoral em cada comunidade.

O assessor lembrou a importância em não se perder a dimensão espiritual du-rante a evangelização. “A mística e a espi-

ria Aparecida de Jesus; 1ª conselheira, irmã Maria Flávia da Cruz; 2ª conselheira, irmã Maria Wilza da Santíssima Trindade; 3ª con-selheira, irmã Joana do Imaculado Coração de Maria.

Num clima de descontração e alegria, dom Lanza também visitou algumas depen-dências do Mosteiro e abençoou a Ermida, onde cada Irmã faz o seu retiro anual.

Irmãs carmelitas elegem novas funções e recebem a visita do bispo

Silêncio e reflexão marcam retiro anual de seminaristas

Encontro da Pastoral Orgânica apresenta caminhos convergentes para a evangelização

programadas, proporcionando, assim, um ambiente propício.

No último dia do retiro, dom Messias comemorou onze anos de episcopado. “É uma grande alegria voltar à minha diocese de origem e celebrar meus 11 anos de bispo neste ambiente de reflexão vocacional, que é um retiro para seminaristas. Pude, assim, refletir sobre minha vocação e relembrar o tempo de seminário que tanto marcou mi-nha vida”, afirmou o bispo.

ritualidade são ingredientes fundamentais da vida pastoral. Precisamos desenvolver formas de alimentar nossas lideranças, se-não elas fraquejarão”. E ele ainda comple-ta: “Da leitura do Evangelho, brota sempre uma novidade que nos questiona, nos indi-ca o caminho simples e, ao mesmo tempo valoroso, da Palavra de Deus”.

A coordenadora da Renovação Carismá-tica Católica (RCC), Viviane Magalhães de Oliveira, presente no encontro, destacou a importância da missão e da união entre as diversas expressões da evangelização. “Nós somos um só, como uma orquestra que, ao unir cada instrumento, gera uma sinfonia e nós precisamos descobrir, jun-tos, a Igreja que Cristo quer que sejamos, não a que queremos ser”.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 5

Page 6: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

em pautaLEIGOS E CLÉRIGOS: CONVERGÊNCIA OU DIVERGÊNCIA ECLESIAL?

Almejamos, a partir deste pequeno artigo, fazer um esboço sobre a questão laical nos cenários da Igre-

ja e da sociedade, bem como a necessida-de de sua sadia relação com os ministros ordenados, a menor parcela dos membros da Igreja.

Ao longo da história, vários fatores fi-zeram com que a casta clerical fosse mais evidenciada. Este fenômeno favoreceu uma tendência minimalista do papel dos leigos e maximalista do papel dos clérigos, a ponto de, em determinadas situações, a porção laical ser tratada como um grupo de espectadores nas celebrações litúrgicas. Consequentemente, isto acabou por gerar uma ação laical tímida no campo missioná-rio eclesial, culminando em uma visão de-turpada, na qual somente o clero e, salva-guardadas algumas exceções, os religiosos professos, serem entendidos como sujeitos da missionariedade da Igreja.

No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos sempre se empenhou na conscienti-zação do papel laical nas atividades pasto-rais da Igreja. Podemos citar, por exemplo, o documento 62, Missão e Ministérios dos cristãos leigos e leigas, e o mais recente, o documento 105, Cristão leigos e leigas na Igreja e na sociedade.

Hoje, mesmo após muitas reflexões re-alizadas, notamos um fenômeno de inver-são de papéis na ação evangelizadora da Igreja que, nitidamente, gera o “clericalis-mo laical” e o “secularismo clerical”, fator este gestor de um desvio nas funcionalida-des eclesiais. Ambos os extremos forjam um resultado confuso na pastoralidade da Igreja, prejudicando a eficácia de sua voca-ção missionária.

Apoiados nas Sagradas Escrituras, po-demos perceber que sempre foi da von-tade divina a permanente harmonia e vi-talidade dos membros do corpo humano, metaforicamente usado em relação ao corpo eclesial, ideia esta tão salutar à cons-cientização da necessidade da harmoniosa fraternidade de e entre seus membros, como bem analisa e prega o apóstolo dos gentios, São Paulo, em sua primeira carta

endereçada à comunidade de Corinto, na qual ele afirma: “De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e, no entanto, apesar de serem muitos, todos os mem-bros do corpo formam um só corpo”. A partir desta perícope, percebemos que as diferenças, proporcionadas pela dimensão carismática, manifestada nos mais variados dons oriundos do sopro do Espírito Santo em sua Igreja, sempre existiram para ex-pressar o aspecto da comunhão entre os membros que compõem a Igreja. Afinal, nossa origem e meta estão embasadas na permanente pericorese das pessoas trinitárias, Pai e Filho e Espírito Santo, que por sua essencial composição, formam a perfeita comunidade, na qual não há dis-puta de diferenças, mas conjugação nas distinções, uma genuína convergência que sobrepõe toda e qualquer espécie de di-vergência. E é esse o modelo perfeito de comunidade, para qual tendencia toda a vida cristã, fazendo com que a relação en-tre os membros clericais e laicais busquem a pacífica vivência em suas ações eclesiais.

Em contrapartida, é nítida e histórica a realidade conflitiva sempre existente no seio eclesial entre as duas situações, cléri-gos e leigos. Tal comportamento pode ser explicado pelo fato de que, mesmo com os esclarecimentos oriundos das reflexões conciliares do Vaticano II, bem como dos demais escritos documentais surgidos, ain-da paira nos ares da Igreja uma certa má compreensão ou, até mesmo, uma certa resistência quanto às definições deste úl-timo concílio. Sabemos que os debates e embates conciliares pautaram-se, de modo geral, em discussões sobre uma abertu-ra ou, por que não dizer, uma reabertura eclesial ao mundo moderno sem, contudo, aderir-se ao mesmo, uma vez que a Igreja sempre entendeu que a Tradição caracte-riza-se como um de seus grandes pilares.

Por isso mesmo, sempre será necessá-rio rever e atualizar o conteúdo da fé, de modo que o Evangelho, sempre dinâmico e sempre o mesmo, bimilenarmente cus-todiado pela Igreja, continue sendo uma “boa notícia” anunciada ao mundo, pelos batizados e confirmados na fé.

Contudo, não podemos desconsiderar que se não fosse a visão profética de São João XXIII, um homem aberto ao sopro vital do Espírito Santo que, por sua vez, possibi-litou à Igreja uma boa sintonização com as reais necessidades de rever a caminhada eclesial, o Concílio Vaticano II, provavel-mente, não teria sido realizado. É também de singular relevância o exímio pastoreio do Beato Paulo VI, grande incentivador na continuidade das reflexões conciliares.

A experiência epocal do Concílio Vatica-no II fez com que as conclusões dos padres conciliares não se tornassem algo apenas do passado, mas, uma vez imbuídos pelo cerne evangélico, clérigos e leigos, cada qual segundo sua específica contribuição missionária, fossem motivados a viver e testemunhar o mesmo conteúdo original das comunidades primitivas, apresentado por Jesus Cristo e transmitido a nós pelos apóstolos e seus respectivos sucessores.

O Beato Paulo VI, na audiência do dia 12 de janeiro de 1966, motivado pelo espírito de continuidade dos trabalhos conciliares, manifestou sua preocupação em colocar o Concílio Vaticano II em prática, metafori-zando-o com a imagem de um rio que sem-pre produz a abundância da vida em seu curso natural:

“E esse rio avançou certamente por terrenos nunca previstos, fecundou no-vas terras e produziu frutos com sua água sempre viva. Por outro lado, foi um rio represado por muitas frentes eclesiais que temiam sua força; foi des-viado de seu curso e canalizado para di-ferentes direções. Contudo, o rio jamais secou seu fluxo. Continua correndo na direção do Reino, levando sobre suas torrentes a frágil Barca de Pedro com seus viajantes, ora cansados e temero-sos, ora destemidos e esperançosos”.

Muitos afirmam que o Concílio Vaticano mudou a Igreja. Porém, é plausível termos em mente que a “mudança”, comumente falada, salvaguardadas as devidas propor-ções, trata-se de uma visão equivocada, pois, na verdade, o que houve foi a recon-vocação de toda a Igreja, à toda Igreja, à

necessária refontização cristã, tendo em vista que as reflexões emanadas das perti-nentes reflexões do padres conciliares de-senvolveram-se através do viés de mostrar à Igreja as suas genuínas raízes, redirecio-nando seus membros à sua maior dignida-de, ou seja, ao batismo, uma vez que tanto clérigos quanto leigos nasceram de uma mesma fonte, na qual foram sacramental-mente mergulhados, pela Igreja e na Igreja, em uma mesma graça, oriunda de um mes-mo fundamento, a dizer, o Mistério Pascal de Cristo, comumente pregado ao longo dos séculos pela Igreja, expressada na ba-sal trilogia: Paixão, Morte e Ressureição do Filho de Deus, encarnada na história huma-na.

Tal singular ideia confere a todos os serviços eclesiais a sua genuína razão de ser, demonstrando que a ministeralidade do povo de Deus, expressão retomada pelo Vaticano II, tem sua realidade ontológica no sacramento do batismo, considerado o ponto de partida, ou seja, a “porta” de en-trada tanto para a vida eclesial quanto para

os demais sacramentos, conforme é tutela-do pelo Código de Direito Canônico, do ano de 1983, que assim se expressou:

“Pelo batismo o homem é incor-porado à Igreja de Cristo e nela cons-tituído pessoa, com os deveres e os direitos próprios dos cristãos, tendo-se presente a condição deles, enquanto

1 Renold Blank, afirma em seu livro, Ovelha ou protagonista? A Igreja e a nova autonomia do laicato no século 21, Editora Paulus, 2006, que os leigos não são e nem podem ser tratados meramente como ovelhas passivas, mas como protagonistas nas sociedades eclesial e civil.

2 Cf. CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Constituição

Dogmática Lumen Gentium, nº 31, São Paulo: Paulus, 2ª ed.,1997, p.149.

3 O documento 62 é considerado um grande marco brasileiro de incentivo ao serviço laical da Igreja no Brasil, tendo em vista retomar as ideias contidas na Exortação Apostólica Christifideles Laici, do papa João Paulo II, promulgada no ano de 1988. Já o

documento 105, é o mais recente texto brasileiro que discorre sobre a missão eclesial dos leigos. Esta obra tem como ponto de referência a passagem bíblica do Evangelho da comunidade mateana, que enfatiza a missão batismal de ser “sal da terra e luz do mundo” (cf |Mt 5, 13-14).

4 Cf. 1 Coríntios 12,12.

5 A palavra tradição é mais dinâmica do que parece à primeira vista. Traditio, em latim, é a ação de entregar, de transmitir algo a alguém, de confiar algo valioso a outra pessoa. Uma pessoa tradicional é aquela que recebeu (e precisar transmitir depois) um conhecimento, uma herança ou uma responsabilidade do passado. cf https://www.dicionarioetimologico.com.br/tradicao/.

6 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

Page 7: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

LEIGOS E CLÉRIGOS: CONVERGÊNCIA OU DIVERGÊNCIA ECLESIAL?

Por padre Robervam Martins, mestrando em Direito Canônico, reside em São Paulo

se encontra na comunhão eclesiástica, a não ser que se oponha uma sanção legitimamente infligida”.

O presente cânon apresenta a devida consequência gerada às pessoas, vali-damente batizadas. Ou seja, pelo sacra-mento batismal, a criatura humana ganha

uma nova identidade, tornando-se pessoa comprometida com a missão eclesial, ba-seada não somente nos seus direitos mas, também, nos seus deveres. Essa conclusão pode ser verificada e consolidada, tam-bém, pelo Código de Direito Canônico, ci-tado na sequência:

“Uma vez que, como todos os fiéis, por meio do batismo e da confirmação,

são associados por Deus ao apostola-do, os leigos, individualmente ou reu-nidos em associações, têm obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo: esta obri-gação é tanto mais premente naquelas circunstâncias em que somente por meio deles os homens podem ouvir o evangelho e conhecer a Cristo”. São João Paulo II deixa evidente a

identidade da missão laical no documen-to pontifício, Chistifideles Laici, Exortação Apostólica pós-sinodal, que retoma a suma importância da permanente eclesialidade dos leigos nos âmbitos seculares, confor-me podemos perceber no seguinte recorte:

“Novas situações, tanto eclesiais como sociais, econômicas, políticas e culturais, reclamam hoje, com força toda particular, a ação dos fiéis leigos. Se o desinteresse foi sempre inacei-tável, o tempo presente torna-o ainda mais culpável. Não é lícito a ninguém ficar inativo”.

Alicerçados nesta pequena citação, comprovamos a clareza profética proferida pelo então sucessor de Pedro. Em uma lin-guagem metafórica podemos afirmar que na Igreja não há lugar no “banco de reser-vas”, comumente visto no âmbito futebolís-tico. E mais. Na vida da Igreja não há, nem mesmo, a existência de “banco de reser-vas”, pois, pela graça do batismo-crisma, todos os cristãos e cristãs, precisamente os leigos e leigas, são convocados à missão secular, atuando nas mais variadas instân-cias da vida. Na mesma ótica caminhou São Paulo ao dizer à comunidade dos romanos: “Não se amoldem às estruturas deste mun-do, mas transformem-se pela renovação da mente”.

Após percorrermos este pequeno cami-nho reflexivo, podemos considerar que um dos maiores desafios eclesiais de hoje seja o de reacender no laicato a importância de sua ministeralidade na permanente ação evangelizadora da Igreja, que tem, por pri-mordial vocação, a missionariedade, assim

Percebemos que o termo “Tradição” traz, em si, uma carga semântica de “transmissão”. Sendo assim, no âmbito eclesial, é papel tanto dos leigos quantos dos clérigos a verdadeira e boa transmissão dos valores oriundos do Evangelho, missão esta originada na fonte batismal, da qual nasce o discipulado missionário de todo fiel.

6 VASCONCELLOS P.L. – SILVA R.R., O Vaticano II e a leitura da bíblia, Coleção Marco Conciliar, Editora Paulus, 1ª ed., São Paulo, 2015, p. 9.

7 Código de Direito Canônico, cânon 96, Edições Loyola, São Paulo, 2017.

8 C.I.C., cânon 225, § 1, Edições Loyola, São Paulo,

20179 Exortação Apostólica de João Paulo II, Christifideles Laici, Paulinas, São Paulo, 16ª ed., 2011, nº 3, p.11.

10 Edson Luiz Sampel, em sua obra A Responsabilidade cristã na administração pública, uma abordagem à luz do Direito Canônico, Editora Paulus, São Paulo, 2011, analisa, a partir do cânon 225, § 2, do Código

de direito Canônico, a importância da ação dos leigos e leigas nos mais variados âmbitos seculares, tratando-se de sua missão específica, como pessoas batizadas e crismadas.

11 Cf. Rm 12, 2.

12 Cf. 1Cor 12,12.

como dizia o já falecido bispo de Guaxupé, Dom José Mauro Pereira Bastos: “A Igreja de Jesus Cristo ou é missionária ou não é Igreja Dele”.

Mas, como reavivar os leigos e leigas para a sublime ação missionária, da qual também são corresponsáveis? A busca da resposta a esta interrogação encontra-se, talvez, nas várias consequências da atual situação política de nosso país, mergulha-do em inumeráveis esquemas de corrup-ção. Será que o laicato não está fora de seus genuínos campos de atuação? Qual deveria ser o seu papel no mundo? Será que a dimensão política da sociedade não seria uma maneira eficaz de execução de seu discipulado cristão?

Teoricamente, há uma intrínseca rela-ção entre religião e política, uma vez que esta deve ser uma natural consequência prática daquela, a qual dependerá de uma ação cada vez mais ativa do laicato. Afinal, fé e vida devem andar sempre de mãos dadas. Pois, ser uma pessoa católica cristã no interior das instâncias eclesiais, através de atividades que, na maioria das vezes, clericalizam os leigos e leigas, será sempre muito mais cômodo do que um envolvi-mento cristão concreto, nos mais variados campos sociais.

É missão clerical incentivar o laicato a assumir sua índole secular, sem considerá--la como uma realidade profana, mas, pela graça batismal, deve ser entendida como extensão do ambiente sagrado. Portanto, é de vital urgência a pregação do evangelho não somente em palavras, mas, e acima de tudo, em ações. Cabe ao clero politizar o laicato, conscientizando-o de que a Igre-ja, em si, não é partidária, politicamente falando, mas tem como missão formar as pessoas para que possam concorrer aos mais variados cargos políticos, fazendo de seus mandatos expressões de sua fé cris-tã que, através da mensagem evangélica, defenderão a busca do bem comunitário e não dos interesses particulares. Para que este sonho possa ir se tornando realida-de, precisamos nos convencer de que na Igreja não pode haver competições de fun-ções e cargos, mas convergência de dons

e carismas, “porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, sendo muitos, formam um só corpo, assim é Cristo tam-bém. Na vida pastoral da Igreja não há um trabalho melhor do que o outro. Todas as atividades pastorais devem estar a serviço do bem comum do corpo eclesial que, por sua vez, deverá ter ressonância na socie-dade, principalmente pelo fecundo discipu-lado laical, tão bem defendido pelos vários documentos que fundamentam a Doutrina Social da Igreja.

BIBLIOGRAFIA:

BLANK R. Ovelha ou protagonista? A Igreja e a nova autonomia do laicato no século 21, São Paulo: Paulus, 2006

CONCÍLIO VATICANO II. Constituição Dogmática Lumen Gentium, São Paulo: Paulus, 2ª ed.,1997.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Missão e Ministérios dos leigos e leigas, São Paulo, Paulinas, 2ª ed.,1999.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, São Paulo, Pauli-nas, 1ª ed.,2017.

HORTAL, J. Código de Direito Canônico, São Paulo: Loyola, 2017.

JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Christififdeles Laici, Paulinas, 16ª ed., 2011.

NOVA BÍBLIA PASTORAL. São Paulo: Paulus, 2014.

SAMPEL, E.L. A responsabilidade cristã na administração pública, Paulus, 2011.

VASCONCELLOS P.L. – SILVA R.R., O Vaticano II e a leitura da bíblia, Coleção Marco Conciliar, Editora Paulus, 1ª ed., São Paulo, 2015.

https://www.dicionarioetimologico.com.br/tradicao/.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 7

Page 8: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

direito canônicoSACRAMENTO DO BATISMO:UM MERGULHO NA GRAÇA DE DEUS!

Por padre Francisco Clóvis Nery, vigário judicial

Batismo é o sinal sagrado mediante o qual a pessoa é incorporada a Cristo e à Igreja. Assim, é facilmente verifi-

cável que, por excelência, é o Sacramento da fé. Nesse sentido, os pais que pedem o batismo para seu filho precisam, eles mesmos, acreditar em Jesus Cristo e na salvação eterna. A criança pode ser batiza-da pela fé da Igreja, expressa pelos pais e pelos padrinhos, que garantem ao filho e afilhado o desenvolvimento e o crescimen-to na fé.

O Código de Direito Canônico nos apresenta diversos cânones referentes ao Sacramento do Batismo onde, por esta

Graça Divina, somos incorporados à Igreja de Cristo, sendo membros com direitos e deveres próprios dos cristãos (cân. 96), nos tornamos fiéis, ou seja, membros da Igreja, constituídos como Povo de Deus e, assim, feitos participantes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, assim, segun-do a própria condição de vida, exercemos a missão que Deus confiou para a Igreja cumprir no mundo (cân. 204 § 1).

O Batismo é porta dos Sacramentos, necessário na realidade ou ao menos em desejo para a salvação, e pelo qual os ho-mens se libertam do pecado, se regeneram tornando-se filhos de Deus e se incorporam

à Igreja, configurados com Cristo mediante ca-ráter indelével, e só se administra validamente através da ablução com água verdadeira, usan-do-se a devida fórmula das palavras (cân. 849).

Quem não recebeu o batismo não pode ser admitido validamente aos outros Sacramentos (cân.842 §1), ou seja, caso uma pessoa, mes-mo que desconheça, não tenha recebido o batismo ou o tenha re-alizado em igrejas cujo batismo é considerado inválido para nós, todo

“sacramento recebido” posteriormente é considerado também inválido, nulo, em virtude de que o Sacramento do Batismo é a porta de entrada para os demais Sacra-mentos, e a inexistência do mesmo antece-dendo os demais invalida todos os sacra-mentos recebidos posteriormente.

Não se pode negar os sacramentos àqueles que os pedirem oportunamente, que estiverem devidamente dispostos e que pelo direito não forem proibidos de recebê-los (cân.843 §1). O direito aos Sa-cramentos é próprio dos fiéis e de caráter público, se trata, portanto, de questão de justiça e requer uma evangelização ou uma instrução catequética específica que leve à consciência dos direitos e deveres para o adulto que o recebe e, também, o mesmo se refere aos pais e padrinhos quando se trata de batismo de crianças. Com isto, é dever da organização eclesiástica cuidar de todos os que pedem os sacramentos e que estejam preparados para recebê-los, mediante devida evangelização e instru-ção catequética, segundo as normas dadas pela autoridade competente. (cân.843 §2).

A Igreja recomenda que os padrinhos sejam cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, na sua caminhada na vida cristã. “A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial. A comunidade eclesial inteira tem uma par-cela de responsabilidade no desenvolvi-mento e na conservação da graça recebida no batismo” (Catecismo da Igreja 1255).

Muitos, senão a maioria, são aqueles que chegam para serem padrinhos sem conhe-cimento ou sem nenhuma prática religiosa. Faz-se urgente e necessário um amadure-cimento do papel de pais e padrinhos na vida dos filhos ou afilhados.

Nas primeiras comunidades cristãs, o batismo era preparado pelo método do catecumenato. Tal prática marcou os pri-meiros tempos da Igreja: uma catequese que levava o catequizando a fazer uma ex-periência profunda com Jesus Cristo e seu Reino. Não era apenas uma doutrina, um ensino, um catecismo: era um verdadeiro encontro, uma experiência de vida que en-cantava, empolgava, apaixonava o catequi-zando pelo amor a Deus e aos irmãos.

A iniciação cristã era realizada em eta-pas, com ritos, celebrações, gestos e sím-bolos. Assim, o catequizando aprendia e celebrava os mistérios da fé que nos são revelados nas Sagradas Escrituras. Deus nos salva por meio da Palavra e de gestos, de acontecimentos e de sinais, que são os mistérios, que conduzem a uma catequese mistagógica, uma experiência de enraiza-mento e de encontro com Deus.

O Documento de Aparecida é enfático ao referir-se à necessidade urgente de as-sumir o processo de iniciação à vida cristã: “Ou educamos na fé, colocando as pesso-as realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumprimos nossa missão evangeliza-dora” (DAp 287).

para lerBATISMO E CONFIRMAÇÃO - SACRAMENTOS DE INICIAÇÃOO estudo apresentado nesta obra é o

resultado maduro do grande passo dado pela Igreja no século 20, em

que reformulou a compreensão de si mes-ma baseada na Tradição, a partir da toma-da de consciência do que era, nos primei-ros séculos, a iniciação cristã.

O autor, Ignacio Oñatibia, é formado em Arqueologia Cristã em Roma e doutorou-se em Teologia Dogmática pela Universidade Católica da América (Washington – Estados Unidos) e atuou como consultor da comis-são litúrgica preparatória do Concílio Vati-cano II.

Contrapondo-se a uma teologia ana-lítica dos sacramentos, que se limitava a lhes considerar a essência e os efeitos, em si mesmos e nas suas exigências rituais e canônicas, a volta às tradições patrísticas da iniciação cristã trouxe a lume e valorizou uma teologia, por assim dizer, simbólica, que, a partir da complexa trama de gestos e palavras sacramentais, capta o seu sen-tido, como expressão do mistério cristão e das formas de vivê-lo.

Batismo e a confirmação sendo, como sa-cramentos, celebrações simbólico-litúrgicas, a teologia dos sacramentos precisa ser, antes

de tudo, um discurso sobre a sua celebração litúrgica. Seu ponto de partida, metodologica-mente falando, é o estudo da liturgia, em sua estrutura e em suas formas de expressão.

A obra dedica atenção preferencial ao momento fundante representado pelos tem-pos do Novo Testamento e da época patrís-tica, período de grande criatividade litúrgica e teológica. Por essa razão, a primeira parte, histórica, é uma espécie de inventário das riquezas que a tradição universal da Igreja nos oferece. Na segunda parte, o mesmo material é apresentado de maneira sistemá-tica, como convém a um tratado científico.

Através do Sacramento do Batismo, mergulhamos na vida com Jesus, somos consagrados a Deus e nos tornamos morada da Santíssima Trindade. A fé que se requer para o batismo não é uma fé perfeita e

madura, mas um começo, que é chamado a desenvolver-se. (Catecismo da Igreja 1253)

8 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

Page 9: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

atualidadeO CRISTÃO E A POLÍTICA: COMO AGIR?

Por Daniel Machado – professor, historiador político e estrategista, reside em Belo Horizonte

Daqui a al-guns meses, e s t a r e m o s

novamente indo às urnas escolher nos-sos representan-tes. Para muitos, a política não é um tema que deva ser discutido em nos-sas vivências pas-torais, celebrações e movimentos, mas, para outros, é preciso que haja mais engajamento, que o amplo deba-te ocorra antes de votar. Diante disso, como nós, cristãos, devemos agir?

Para refletirmos sobre essa questão devemos voltar ao tempo de Jesus de Nazaré que nas-ceu, viveu e morreu dentro do contexto histórico do século 1, dentro de uma sociedade com economia e política com conflitos pare-cidos com nossa realidade nos dias atuais. Isso é importante para compreendermos sua mensagem e também suas ações, principalmente diante do poder local de sua época. Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos sé-culos após sua morte e ressurreição, sen-do considerado uma das figuras centrais da cultura ocidental.

Trata-se, enfim, de compreender a mensagem de Jesus em seu tempo, comu-nicada em linguagem humana, por meios de parábolas e acontecimentos, procu-rando discernir a Boa Notícia de Deus na trama da história dos homens. Todo pro-jeto de Jesus Cristo, para muitos teólogos e pesquisadores, foi de compromisso pela transformação social com a transformação em uma nova sociedade, aí está o sentido político da mensagem do chamado filho de Deus.

Para compreendermos o querer de Je-sus, ou seja, o que seus evangelistas fala-vam do seu projeto, temos que contextua-lizar sua época. Partimos do pressuposto que não é possível uma comparação entre o exercício da política no tempo de Jesus e no tempo atual. Porque a república e a democracia são experiências gregas e não judaicas. No entanto, as reflexões decor-rentes da prática e da mensagem de Je-sus com relação ao poder de sua época

podem nos trazer informações suficientes para avaliarmos nossa prática de hoje.

A sociedade no tempo de Jesus em alguns aspectos não foi diferente da nos-sa, pois como sabemos toda sociedade humana é formada por grupos de pessoas unidas entre si por uma rede complexa de relações econômicas, políticas e ideológi-cas. Para situarmos a pessoa e a ação de Jesus, é necessário examinar as rela-ções sociais que existiam na sociedade daquele tempo. Ele teria vivido na terra e na história concreta do povo de Israel, assumindo sua vida, tradições, cultura e religião.

Politicamente, a Palestina, no tempo da ação pública de Jesus, tinha um governo vinculado à soberania do Império Romano. A Galileia estava sob a responsabilidade de Herodes Antípas, rei local, dependente do império e filho de Herodes, o grande. A Samaria e a Judeia estavam sob o poder de um procurador romano chamado Pila-tos, mas a Judeia era administrada em seu cotidiano pelo sumo sacerdote e o conse-lho dos judeus (o Sinédrio).

Tanto o sumo sacerdote quanto os reis dependentes da família de Herodes eram indicações de Roma. Não havia a menor possibilidade de ascensão ao poder a par-tir de disputas locais. A única possibilidade de tomá-lo era por guerras contra o poder imperial. De outra forma, só restavam a submissão, o isolamento ou a esperança

em um messias apocalíptico, que inter-feriria na história a partir da força divina. Não havia a mínima possibilidade de parti-cipação do povo na constituição do poder como acontece nas democracias contem-porâneas.

Sabemos que Jesus não ensinava em sua mensagem a submissão. Os evange-lhos chamam Herodes de raposa e não pregam submissão às suas intimidações (Lucas 13. 31-33); denunciando a domina-ção daqueles que davam a sustentação do poder local (saduceus, fariseus e doutores da lei, muitos dos quais membros do Siné-drio) (Mateus 23. 13-36; Marcos 12. 38-40); protagonizando uma invasão ao templo, sede do poder judaico e polemizando com os chefes dos sacerdotes (Mateus 21. 12-17; Marcos 11. 15-19; Lucas 19.45-48 e João 2. 14-22). Ele tampouco alimentava uma vi-são apocalíptica messiânica e isso é mani-festado na sua recusa de assumir publica-mente o título de Messias (Mateus 16. 20) ou na frase dita por ocasião da sua prisão: “Ou você pensa que eu não poderia pe-dir socorro ao meu pai? Ele me mandaria logo mais de 12 legiões de anjos” (Mateus 26.56). Sendo assim, como Jesus via o poder de sua época?

Em relação ao poder, Jesus recusava a submissão aos que o detinha, a fuga a sua influência através do isolamento e a sua derrubada por intervenção divina direta, como vemos nos relatos bíblicos. Estaria

Jesus preocupado com a tomada do poder político ou sua pregação se referia ao plano to-talmente extramun-dano? Se concluir-mos que a tomada do poder político é parte integrante da pregação de Je-sus, devemos nos perguntar ainda de que forma isso deveria acontecer? Todas essas ques-tões nos fazem analisar seu com-portamento diante de sua época e, através do que está escrito sobre ele, destacar sua feno-menal forma de se comunicar.

Não havia, na-quele tempo, a possibilidade de poder pela via elei-toral: ou era uma tomada violenta ou não acontecia. Isso poderia inviabilizar

uma reflexão que lançasse luz sobre nossa situação atual. Mas cabe a nós entender-mos a importância da democracia para a transformação de nossa realidade: quanto mais nos afastamos, mais abrimos espaço à corrupção, à injustiça e à opressão. Jesus enfrentou seu tempo utilizando uma comu-nicação apropriada; ensinando, refletindo e levando as pessoas a agirem diferente. Nós somos chamados à participação, não podemos aceitar que o ódio, o discurso da violência para combater a violência, acei-tar que a exclusão e a radicalidade sejam o caminho viável. Jesus não foi radical e nos ensinou que o amor, o acolhimento e a justiça constroem o Reino de Deus em nosso meio.

Assim, nosso país precisa de nós, nos-sas crianças esperam de nós uma atitude consciente e corajosa. Não falo para usar-mos as redes sociais que estão repletas de fakes (perfis falsos e robôs) e onde a mentira passou a ser o meio de enganar, promovendo a vontadenos de acessar as fake news (mensagens falsas), mas refletir em nossas famílias, grupos e em nossa co-munidade cristã. Se não temos um partido que talvez nos represente, temos que le-vantar nossas bandeiras nesta campanha de 2018 pois, a exemplo de Jesus de Naza-ré, não devemos nos isolar, nos submeter e nem utilizar as mesmas armas que hoje matam e oprimem.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 9

Page 10: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

espaço pastoralENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO:FAMÍLIAS A SERVIÇO DAS COMUNIDADESO ano litúrgico, vivido pela Igreja, tem

seu centro no Tríduo Pascal, cele-bração do Senhor Jesus crucificado,

sepultado e ressuscitado. De fato, toda a ca-minhada da Igreja ao longo do ano tem seu direcionamento voltado para a celebração da Semana Santa e todos os ritos que a com-põem. Toda penitência, oração e conversão destinam-se a uma vivência mais profunda do tríduo sacro, em especial o Domingo da Res-surreição, com sua Vigília.

O Encontro de Casais com Cristo (ECC) não é um movimento. É um serviço escola. Vem não para prender os casais a si e sim para despertá-los, prepará-los, motivá-los e os enviar em missão para as pastorais respei-tando as particularidades de cada pastoral e o carisma de cada casal.

O ECC teve seu início em 1970 no estado de São Paulo com o inquietante ardor missio-nário do padre Alfonso Pastore que acreditava que a formação e a educação das famílias na fé era algo fundamental para seu desenvolvi-mento humano. Assim, o ECC tem como mis-são apresentar o plano de Deus aos casais e sua tônica principal é a espiritualidade, que se fundamenta em cinco pontos básicos: do-ação, pobreza, simplicidade, alegria e oração.

O ECC objetiva ser como a Transfiguração (Mt 17, 1-9), quando Jesus chama Pedro e os irmãos Tiago e João e os leva a um lugar à parte, sobre o alto da montanha, e se transfi-gura diante deles. No Encontro de Casais com Cristo os casais têm a oportunidade de viven-ciar três momentos, ou etapas, semelhantes à cena bíblica.

Na primeira etapa, acontece o despertar, uma transformação da forma como os casais enxergam Deus, pois lhes é apresentado o

Por Alexandre Ferreira Gomes, casal diocesano do ECC juntamente com sua esposa Nilza Bachião, residem em Nova Resende

Exortação Apostólica do papa São João Paulo II, lançada em novembro de 1981

Plano de Deus. Diante disso, os casais não conseguem ignorar a beleza da vida junto a Cristo, começam a perceber o quanto é im-portante a harmonia conjugal, o diálogo com os filhos, a reconciliação, o amor e o exemplo de Maria na vida da família. Assim, com esse itinerário, terão forças para superar os reveses da vida e compreenderão que o verdadeiro sentido da vida passa pela oração e a verda-deira vivência do sacramento do Matrimônio.

No segundo momento, é apresentado aos casais o que é o reencontro, momento catequético onde são apresentados os docu-mentos da Igreja e o plano pastoral de cada diocese. Nesta etapa, os casais começam a perceber que eles podem e devem assumir seu lugar junto à missão da Igreja, pois dentro da diocese existem muitas frentes de traba-lho e muitos carismas.

Chegando ao terceiro passo, é o momen-to de colocar a mão na massa, com questões

e assuntos delicados e conflituosos, mas que devem ser discutidos e resolvidos por pes-soas com formação cristã, com uma ética e uma moral iluminadas pelo Espírito Santo. Só assim conseguiremos amenizar o sofrimento de nossos irmãos e irmãs.

Em 1985, a Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) reconheceu oficialmente o ECC e, em 1986, autorizou a publicação do Documento Nacional, ainda em vigor. A Dio-cese de Guaxupé acolheu o ECC oficialmente em 2009, com o objetivo de unir forças com os objetivos da 4ª Assembleia Diocesana de Pastoral: “Evangelizar a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo, formando a pes-soa, renovando a comunidade à luz do jeito antigo/novo de ser Igreja, e transformando a sociedade, atentos à Palavra: “... tendo parti-do, pregaram por todas as partes”.

Já passados 9 anos desde sua oficializa-ção na diocese, podemos olhar para trás e

ver que o caminho escolhido por nossa dio-cese não poderia ter sido mais acertado. Algo muito importante que acontece no ECC é a mudança de lideranças obedecendo as dire-trizes do documento nacional, assim, sempre temos ideias novas, novos olhares e damos mais ardor missionário aos casais.

O trabalho do ECC é uma missão perma-nente, pois sempre estará despertando, quali-ficando e enviando os casais para assumirem diversos serviços em suas paróquias. Pois a alma do ECC está na paróquia, em colocar os casais a serviço das comunidades, pois o Rei-no de Deus está dentro de cada família.

Alexandre da Nilza, Nilza do Alexandre

Através do encontro de casais, tivemos condições de enxergar nosso casamento, nossa família, nossa comunidade de maneira diferente, não com olhos humanos, mas, sim, com olhos de cristãos leigos. Sempre de co-ração aberto para receber Cristo e a aprender cada dia mais, a mudar seu modo de olhar para as coisas da vida, na busca de um olhar que passe primeiro pela alma, pelo coração e só depois pelos olhos.

O que percebemos em nossa paróquia foi o despertar das famílias para a necessidade de mostrar a seus filhos o quanto Cristo é bonito, amoroso, misericordioso. Hoje, nossa paróquia tem mais de 140 coroinhas e quase 70 acólitos, frutos de um movimento que teve início com os filhos de casais que vivenciaram o ECC. Sem falar nos jovens que hoje se en-contram na Igreja através da Pastoral da Ju-ventude (PJ) ou do Treinamento de Liderança Cristã (TLC), sem falar das pastorais da Crian-ça e da Sobriedade.

documento

familiaris consortioA COMUNHÃO MAIS AMPLA DA FAMÍLIAA família cristã é, portanto, chamada

a fazer a experiência de uma comu-nhão nova e original, que confirma e

aperfeiçoa a comunhão natural e humana. Na realidade, a graça de Jesus Cristo, “o Primogênito entre muitos irmãos”, é por sua natureza e dinamismo interior uma “graça de fraternidade’ como a chama San-to Tomás de Aquino. O Espírito Santo, que se infunde na celebração dos sacramentos, é a raiz viva e o alimento inexaurível da co-munhão sobrenatural que estreita e vincula os crentes com Cristo, na unidade da Igreja

de Deus. Uma revelação e atuação espe-cífica da comunhão eclesial é constituída pela família cristã que também, por isto, se pode e deve chamar “Igreja doméstica”.

Todos os membros da família, cada um segundo o dom que lhe é peculiar, possuem a graça e a responsabilidade de construir, dia após dia, a comunhão de pes-soas, fazendo da família uma “escola de humanismo mais completo e mais rico”: é o que vemos surgir com o cuidado e o amor para com os mais pequenos, os doentes e os anciãos; com o serviço recíproco de

todos os dias; com a coparticipação nos bens, nas alegrias e nos sofrimentos.

A comunhão familiar só pode ser con-servada e aperfeiçoada com grande espí-rito de sacrifício. Exige, de fato, de todos e de cada um, pronta e generosa disponi-bilidade à compreensão, à tolerância, ao perdão, à reconciliação. Nenhuma família ignora como o egoísmo, o desacordo, as tensões, os conflitos agridem, de forma violenta e às vezes mortal, a comunhão: daqui as múltiplas e variadas formas de divisão da vida familiar. Mas, ao mesmo

tempo, cada família é sempre chamada pelo Deus da paz a fazer a experiência ale-gre e renovadora da reconciliação, ou seja, da comunhão restabelecida, da unidade reencontrada em particular a participação no sacramento da reconciliação e no ban-quete do único Corpo de Cristo oferece à família cristã a graça e a responsabilidade de superar todas as divisões e de caminhar para a plena verdade querida por Deus, respondendo assim ao vivíssimo desejo do Senhor: que “todos sejam um”.

10 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

Page 11: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

catequeseA ATUALIDADE DA REFLEXÃO DO PECADO ORIGINALO pecado original é apresentado pela

Igreja Católica como uma verdade de fé. Sob o amparo da Escritura e

do Magistério, a Igreja procura compreen-der e transmitir aos fiéis, as verdades sobre a origem do mal e do pecado. De onde pro-vém o mal? Foi criado por Deus? O pecado é fruto da limitação humana? De acordo com a Escritura (Gn 3), o pecado adentra a humanidade quando o ser humano de-sobedece à ordem divina e come o fruto proibido. A partir de então, a dor, a morte, o sofrimento e o mal passam a existir no mundo dos homens.

No intuito de esclarecer os cristãos sobre a existência do pecado e as conse-quências que ele acarreta para a socieda-de atual, São João Paulo II presta grande serviço à humanidade, atuando em prol de um mundo mais justo e fraterno para to-dos. Sem a consciência de sua fragilidade e dependência de Deus para superar o so-frimento e a morte eterna, o homem perde--se em si mesmo. Durante seu pontificado, João Paulo II, de junho até dezembro de 1986, realizou dezoito catequeses sobre o Pecado Original. De maneira clara e obje-tiva, apresenta importantes ensinamentos sobre este tema tão importante em vista da salvação dos homens.

Trata-se de uma ferida encontrada no íntimo de cada ser humano que o separa de Deus, chamada pela Igreja de Pecado Original por ser herdado de seus primeiros pais e os pecados que cada um comete ao fazer mau uso da própria liberdade. E a partir dessa ferida inicial decorrem todos os outros males da humanidade. O pecado é a não comunhão com Deus, a não ami-zade e desobediência ao Pai misericordio-so. O Criador, porém, não abandona o ser humano e oferece-lhe a redenção por meio

Santo Agostinho, bispo (séc.V)

Por Reginaldo Vieira Santos, estagiário pastoral

de Jesus Cristo. Ao aceitar Jesus pelo ba-tismo, o homem é elevado à condição de filho adotivo de Deus em Cristo Jesus.

Uma vez consciente de sua condição de pecador, o ser humano é chamado a recon-ciliar-se com Deus, consigo mesmo e com os outros. Para isso, é preciso que se abra à graça de Deus e aceite a Cristo como Sal-vador mediante a fé e a um contínuo esforço de conversão em correspondência à vonta-de divina por toda sua vida. O ser humano, criado à imagem e à semelhança de Deus, foi feito para viver em harmonia com seu Pai Deus. A felicidade do homem está intrinse-camente ligada a sua união com o Pai. Ao recusar a dependência de Deus para guiar seus passos, a humanidade se destrói em sua autossuficiência e seu egoísmo.

Toda vez que o homem pretende ser a medida de si mesmo, perde a referência de sua vida que é aquele que o criou. Somente Deus tem o conhecimento pleno do bem e

do mal para direcionar a vida dos homens. Ao tornar-se um deus de si mesmo, as con-sequências negativas são logo perceptí-veis na vida de todos como, por exemplo, os quadros de desigualdade social e as vá-rias formas de violência promovidas pelos seres humanos. Afastados da vontade divi-na, as pessoas não se veem como irmãos e geralmente usam-se uns aos outros como fonte de lucro ou de prazer.

Todavia, pode-se considerar que todos os tipos de injustiças, violências, sofrimen-tos, enfermidades e desavenças existentes no mundo e na vida do ser humano não são da vontade de Deus. Esse não é o mundo querido por Deus. Todos esses males são consequência da ruptura dessa amizade com Deus. Amparado somente pela ciên-cia, pela técnica e pela razão, o homem não é capaz de promover um mundo mais justo e fraterno e tampouco de encontrar a felicidade tão almejada por todos.

“A realidade do pecado e, dum modo particular, a do pecado das origens, só se esclarece à luz da Revelação divina. Sem o conhecimento que esta nos dá de Deus, não se pode reconhecer claramente o pe-cado, e somos tentados a explicá-lo unica-mente como falta de maturidade, fraqueza psicológica, erro, consequência necessária duma estrutura social inadequada, etc. Só no conhecimento do desígnio de Deus so-bre o homem é que se compreende que o pecado é um abuso da liberdade que Deus dá às pessoas criadas para que possam amá-Lo e amarem-se mutuamente” (Cate-cismo da Igreja 387).

Contudo, iluminar a mente das pesso-as com estas verdades de fé colabora para que o ser humano tenha uma vida autênti-ca e não alienada a respeito de si mesmo, das outras pessoas, do mundo que o cir-cunda e de Deus.

“Restabelecer o justo sentido do peca-do é a primeira forma de combater a grave crise espiritual que impende sobre o ho-mem do nosso tempo. Mas o sentido do pe-cado só se restabelecerá com uma chama-da a atenção clara para os inderrogáveis princípios de razão e de fé, que a doutrina moral da Igreja sempre sustentou. É lícito esperar que, sobretudo no mundo cristão eclesial, reaflore um salutar sentido do pe-cado. A isso levarão uma boa catequese, iluminada pela teologia bíblica da Aliança, a escuta atenta e o acolhimento confiante do Magistério da Igreja, que não cessa de proporcionar luz às consciências...” (Recon-ciliatio et Paenitentia 18).

No momento em que reconhece o seu pecado e volta seu olhar a Deus, o homem encontra o sentido de sua vida. “Pois a gló-ria de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus” (Santo Irineu).

patrimônio espiritualGLORIEMO-NOS TAMBÉM NÓS NA CRUZ DO SENHOR!

Deus morreu pelos homens. Quem é Cristo senão aquele que no prin-cípio era a Palavra, e a Palavra es-

tava com Deus, e a Palavra era Deus? (Jo 1,1). Essa Palavra de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Se não ti-vesse tomado da nossa natureza a carne mortal, Cristo não teria possibilidade de morrer por nós. Mas deste modo o imor-tal pôde morrer e dar sua vida aos mor-tais. Fez-se participante de nossa mor-te para nos tornar participantes da sua vida. De fato, assim como os homens, pela sua natureza, não tinham possibili-

dade alguma de alcançar a vida, também ele, pela sua natureza, não tinha possibi-lidade alguma de sofrer a morte.

Por isso entrou, de modo admirável, em comunhão conosco: de nós assumiu a mortalidade, o que lhe possibilitou morrer; e dele recebemos a vida. Por-tanto, de modo algum devemos enver-gonhar-nos da morte de nosso Deus e Senhor; pelo contrário, nela devemos confiar e gloriar-nos acima de tudo. Pois tomando sobre si a morte que em nós encontrou, garantiu com total fidelidade dar-nos a vida que não podíamos obter

por nós mesmos.Se ele tanto nos amou, a ponto de,

sem pecado, sofrer por nós, pecadores, como não dará o que merecemos por jus-tiça, fruto da sua justificação? Como não dará a recompensa aos justos, ele que é fiel em suas promessas e, sem pecado, suportou o castigo dos pecadores?

Reconheçamos corajosamente, ir-mãos, e proclamemos bem alto que Cristo foi crucificado por amor de nós; digamos não com temor, mas com ale-gria, não com vergonha, mas com santo orgulho.

O apóstolo Paulo compreendeu bem esse mistério e o proclamou como um título de glória. Ele, que teria muitas coi-sas grandiosas e divinas para recordar a respeito de Cristo, não disse que se gloriava dessas grandezas admiráveis – por exemplo, que sendo Cristo Deus como o Pai, criou o mundo; e, sendo homem como nós, manifestou o seu domínio sobre o mundo – mas afirmou: Quanto a mim, que eu me glorie somen-te na cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo (Gl 6,14).

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 11

Page 12: FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT · 2018. 4. 7. · Doze. Jesus anunciava o Evangelho de Deus e seus discípulos o difundiram diuturnamen-te para que o Evangelho chegasse

comunicaçõesaniversários abril

agenda pastoral

ordenação diaconal

Natalício2 Padre Francisco Clóvis Nery 2 Padre José Maria de Oliveira2 Padre Nelson Fernandes de Oliveira8 Padre Reginaldo da Silva 11 Padre Weberton dos Reis Magno16 Padre Riva Rodrigues de Paula18 Padre Gentil Lopes de Campos Júnior20 Padre José Hamilton de Castro

1 Domingo de Páscoa7 Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral – Guaxupé9 Reunião da Pastoral Presbiteral – Guaxupé11-20 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Aparecida (SP)14 Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPS)15 Reunião do Conselho Diocesano do Encontro de Casais com Cristo – Paróquia Nossa Senhora das Graças – Passos  Encontro dos MECE’S – Setor São Sebastião do Paraíso  Encontro Setorial da Mãe Rainha

22 Padre Janício de Carvalho Machado22 Padre Reinaldo Marques Rezende23 Padre Francisco Carlos Pereira 23 Padre Rodrigo Costa Papi 25 Padre Denis Nunes de Araújo26 Padre Eder Carlos de Oliveira 27 Padre Leandro José de Melo 28 Padre Sandro Henrique Almeida dos Santos

19-22 Cursilho Masculino – Cássia21 Ordenação Diaconal – Antônio Batista Cirino – Paróquia São Sebastião – Poços de Caldas23 Encontro com Presbíteros até 5 anos de ministério26-29 Cursilho Feminino – Cássia27-29 35º Encontro Diocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) – Machado29 Encontro Setorial da Mãe Rainha – Poços de Caldas Encontro dos MECE’s – Setor Cássia

Ordenação 8 Padre José Augusto da Silva 12 Padre Arnoldo Lourenço Barbosa 12 Padre José Maria de Oliveira 13 Padre Aloísio Miguel Alves 16 Padre Luiz Januário dos Santos 16 Padre Francisco dos Santos22 Padre José Carlos Carvalho 22 Padre Paulo Rogério Sobral

23 Padre Graziano Cirina 28 Padre Marcelo Nascimento dos Santos28 Padre Donizetti de Brito28 Padre Henrique Neveston da Silva28 Padre Reginaldo da Silva29 Padre Júlio César Agripino

ANTÔNIO BATISTA CIRINO

Nasceu em Paraguaçu em maio de 1985, filho do casal Antônio Luiz e Helenita Batista Cirino. Recebeu os sacramentos da Iniciação Cristã na Paróquia Nossa Senhora do Carmo em sua cidade natal. A partir de 2007, passou a dedicar-se à recém criada Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, atu-ando nas pastorais e nos movimentos.

Iniciou seu acompanhamento voca-cional em 2008, sendo orientado por seu pároco, padre Ronei Mendes Lauria. Em no-vembro do mesmo ano foi aprovado para ingressar no Seminário Diocesano São José, em Guaxupé. Em 2012, concluiu o es-tudo da Pedagogia e foi aprovado para se-guir seu processo formativo no Seminário

Diocesano Santo Antônio em Pouso Alegre, concluindo a Teologia em 2016.

Desde de fevereiro de 2017, realiza seu estágio pastoral na Paróquia São Francis-co de Paula em Monte Santo de Minas e também na Paróquia Nossa Senhora dos Milagres, no distrito de Milagre. Na mesma cidade, desempenha a função de diretor da Rádio Progresso, propriedade da diocese.

O lema escolhida para a ordenação dia-

conal é uma das passagens do Evangelho de São Lucas, “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). A inspiração mariana valoriza a presença de Nossa Senhora em sua vida e que será marca do seu ministé-rio diaconal.

12 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ