fé pela ótica espírita

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H muitas moradas na casa de meu Pai.

Eduardo Ottonelli PithanGrupo Vagalumes Novo Hamburgo82042277

F, segundo a tica esprita.

Referncias Bibliogrficas

EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, Allan Kardec, Cap. VI, nmero 1, Cap. XIX e Cap XXI, nmero 1.LIVRO DOS ESPIRITOS, Allan Kardec, questes 613, 631, 838, 922 e 943.

F uma conquista do esprito na grande caminhada evolutiva ascensional. Em uns a f inata, basta apenas uma fagulha para que ela se manifeste, pois j trazem a base de outras vidas, noutros, porm, um grande caminho a ser iniciado. (ESE)

FF uma VIRTUDE fundamental na qual desenvolvemos a FORA e ENERGIA necessrias para suportar as provas e expiaes da presente existncia, nos propicia ainda a compreenso da moral de JESUS, base da nossa reforma ntima.

Evangelho Segundo o Espiritismo

1. Quando se dirigia ao povo, um homem se aproximou d'Ele, ajoelhou-se a seus ps e disse: Senhor, tende piedade de meu filho que est luntico, sofre muito e frequentemente cai, ora no fogo ora na gua. Apresentei-o a vossos discpulos, mas no puderam cur-lo. E Jesus respondeu dizendo: Oh, raa incrdula e depravada! At quando vos sofrerei? At quando deverei ficar convosco? Trazei-me at aqui essa criana. E Jesus, tendo ameaado o demnio (obsessor), fez com que ele sasse da criana, que foi curada no mesmo instante. Ento, os discpulos vieram encontrar Jesus em particular, e Lhe disseram: Por que ns mesmos no pudemos tirar esse demnio? Jesus lhes respondeu: por causa de vossa pouca f. Pois eu vos digo em verdade que, se tivsseis f como um gro de mostarda, direis a esta montanha: transporta-te daqui at l, e ela se transportaria, e nada vos seria impossvel. (Mateus, 17:14 a 19)Jesus fala sobre a f

Diferentes Estados da alma2. certo que a confiana do homem em suas prprias foras o torna capaz de realizar coisas materiais que no se podem fazer quando se duvida de si mesmo; mas, aqui, unicamente no sentido moral que preciso entender estas palavras. As montanhas que a f transporta so as dificuldades, as resistncias, a m vontade, que se encontram entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas.Os preconceitos rotineiros, o interesse material, o egosmo, a cegueira do fanatismo, as paixes orgulhosas so tambm montanhas que barram o caminho de todo aquele que trabalha pelo progresso da Humanidade.A f ROBUSTA d a perseverana, a energia e os recursos que fazem vencer os obstculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A f, que VACILANTE, provoca incerteza, hesitao, de que se aproveitam os adversrios que devemos combater; ela no procura os meios de vencer, porque no cr na possibilidade de vitria.O que faz a f

Conceito de f segundo o ESE3. Entende-se como f a confiana que se tem no cumprimento de uma coisa, na certeza de atingir um objetivo. Ela d uma espcie de lucidez, que faz ver, pelo pensamento, os fins que se tem em vista e os meios para atingi-los, de modo que quem a possui caminha, por assim dizer, com total segurana. Num como noutro caso, ela leva a realizar grandes coisas.

Caracterstica da f sincera3. A f sincera e verdadeira sempre calma, d a pacincia que sabe esperar, porque, apoiando-se na inteligncia e na compreenso das coisas, tem a certeza de atingir o objetivo. A f vacilante sente sua prpria fraqueza; quando estimulada pelo interesse, torna-se enfurecida e acredita que, aliando-se violncia, obter a fora que no tem. (Terrorismo praticado segundo aqueles que se dizem ter f)A calma na luta sempre um sinal de fora e de confiana; a violncia, ao contrrio, uma prova de fraqueza e dvida de si mesmo.

F no presuno4. preciso no confundir a f com a presuno. A verdadeira f se alia humildade; aquele que a possui confia mais em Deus do que em si mesmo; sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele e por isso que os bons Espritos o ajudam. A presuno mais orgulho do que f, e o orgulho sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepo e pelos fracassos que lhe so impostos.

Poder da f Ao da vontade5. O poder da f se demonstra, de modo direto e especial, na aomagntica; por seu intermdio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe d uma impulso por assim dizer irresistvel. Da decorre que aquele que a um grande poder fludico normal junta ardente f, pode, s pela fora da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenmenos de cura e outros, tidos antigamente por prodgios, mas que no passam de efeito de uma lei natural (PASSE). Tal o motivo por que Jesus disse a seus apstolos: se no o curastes, foi porque no tnheis f.

F e Razo6. Do ponto de vista religioso, a f consiste na crena em dogmasespeciais, que constituem as diferentes religies. Todas elas tm seus artigos de f. Sob esse aspecto, pode a f ser raciocinada ou cega. F

F quem pode ter?7. (...) ela se adquire e ningum h que esteja impedido de possu-la, mesmo entre os mais refratrios. Falamos das verdades espirituais bsicas e no de tal ou qual crena particular. NO F QUE COMPETE PROCUR-LOS; a eles que cumpre ir-lhe ao encontro e, se a buscarem sinceramente, no deixaro de ach-la. (...) Em certas pessoas, a f parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolv-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrrio, elas dificilmente penetram, sinal no menos evidente de naturezas retardatrias.As primeiras j creram e compreenderam; trazem, ao renascerem,a intuio do que souberam: esto com a educao feita; as segundas tudo tm de aprender: esto com a educao por fazer. Ela, entretanto, se far e, se no ficar concluda nesta existncia, ficar em outra.

13

Bases da f

Base da f (inteligncia e razo)(...)A f necessita de uma base, base que a inteligncia perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, no basta ver; preciso, sobretudo, compreender. A f cega j no deste sculo, tanto assim que precisamente o dogma da f cega que produz hoje o maior nmero dos incrdulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicao de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocnio e o livre-arbtrio. (...)A criatura ento cr, porque tem certeza, e ningum tem certeza seno porque compreendeu.

Parbola de JESUS sobre a fParbola da Figueira que Secou 8. Quando saam de Betnia, Ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porm, aproximado, s achou folhas, visto no ser tempo de figos. Ento, disse Jesus figueira: Que ningum coma de ti fruto algum. o que seus discpulos ouviram. No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara at a raiz. Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que Tu amaldioaste. Jesus, tomando a palavra, lhes disse: TENDE F EM DEUS. Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te da e lana-te ao mar, mas sem hesitar no seu corao, crente, ao contrrio, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecer, ver que, com efeito, acontece. (Marcos, 11:12 a 14 e 20 a 23.)

Explicao da parbola - ALERTA9. A figueira que secou o smbolo dos que apenas aparentam propenso para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho tm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os coraes. de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram. Simboliza tambm todos aqueles que, tendo meios de ser teis, no o so; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base slida. O que as mais das vezes falta a verdadeira f, a f produtiva, a f que abala as fibras do corao, a f, numa palavra, que transporta montanhas. So rvores cobertas de folhas, porm, baldas de frutos. Por isso que Jesus as condena esterilidade, porquanto dia vir em que se acharo secas at a raiz. Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem produzido, cairo reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inteis, por no terem posto em ao os recursos que traziam consigo, sero tratados como a figueira que secou.

Jesus ainda nos dizA rvore que produz maus frutos no boa, e a rvore que produz bons frutos no m. Assim, cada rvore conhecida pelo fruto que produz. No se colhem figos dos espinheiros e nem cachos de uvas do abrolhos. O homem de bem tira coisas boas do seu corao e o homem mau tira as coisas ruins do seu corao, pois a boca fala daquilo que o corao esta cheio.Cap XXI do ESE, nmero 1. (Lc 6,43-45)

Que tipo de rvore somos ns?

FRONDOSASFRUTFERASSECAS

F proveitosa11. Para ser proveitosa, a F TEM DE SER ATIVA; no deve entorpecer-se. Me de todas as virtudes que CONDUZEM A DEUS, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou. A esperana e a caridade so corolrios da f e formam com esta uma trindade inseparvel. No a f que faculta a esperana na realizao das promessas do Senhor? Se no tiverdes f, que esperareis? No a f que d o amor? Se no tendes f, qual ser o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor? Inspirao divina, a f desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. a base da regenerao.

DIFERENA ENTRE F e CRENA

DEUSEUCRENAF

DEUSprximoJESUSegosmocaridadevaziotristezadepressosentidoAlegria de viver

EU

Jesus nos falou sobre o caminhoDisse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ningum vem ao Pai, seno por mim.

(Joo 14, 6 )

F = Caridade , Obras, Trabalho

F, como deve ser

JESUS FALA SOBRE F NOS EVANGELHOS

Existe f sem obras?Mt 7, 21-23Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que est nos cus.Muitos me diro naquele dia: Senhor, Senhor, no profetizamos ns em teu nome? e em teu nome no expulsamos demnios? e em teu nome no fizemos muitas maravilhas?E ento lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vs que praticais a iniquidade.

F sem prtica no nadaTiago 2,14-17 Meus irmos, que aproveita se algum disser que tem f, e no tiver as obras? Porventura a f pode salv-lo? E, se o irmo ou a irm estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,E algum de vs lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e no lhes derdes as coisas necessrias para o corpo, que proveito vir da? Assim tambm a f, se no tiver as obras, morta em si mesma. Mas dir algum: Tu tens a f, e eu tenho as obras; mostra-me a tua f sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha f pelas minhas obras.

F, segundo JesusEntrando Jesus em Cafarnaum, dirigiu-se a ele um centurio, pedindo-lhe ajuda. E disse: "Senhor, meu servo est em casa, paraltico, em terrvel sofrimento". Jesus lhe disse: "Eu irei cur-lo". Respondeu o centurio: "Senhor, no mereo receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo ser curado. Pois eu tambm sou homem sujeito autoridade e com soldados sob o meu comando. Digo a um: V, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faa isto, e ele faz". Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: "Digo a vocs a verdade: No encontrei em Israel ningum com tamanha f. Eu digo que muitos viro do oriente e do ocidente e se sentaro mesa com Abrao, Isaque e Jac no Reino dos cus. Mas os sditos do Reino sero lanados para fora, nas trevas, onde haver choro e ranger de dentes". Ento Jesus disse ao centurio: "V! Como voc creu, assim acontecer!" Na mesma hora o seu servo foi curado.Mt 8,6-13

F, segundo JesusAlguns homens trouxeram-lhe um paraltico, deitado numa cama. Vendo a f que eles tinham, Jesus disse ao paraltico: "Tenha bom nimo, filho; os seus pecados esto perdoados".Mateus 9:2

F, segundo JesusFalava ele ainda quando um dos dirigentes da sinagoga chegou, ajoelhou-se diante dele e disse: "Minha filha acaba de morrer. Vem e impe a tua mo sobre ela, e ela viver".Jesus levantou-se e foi com ele, e tambm os seus discpulos.Nisso uma mulher que havia doze anos vinha sofrendo de uma hemorragia, chegou por trs dele e tocou na borda do seu manto,pois dizia a si mesma: "Se eu to-somente tocar em seu manto, ficarei curada".Voltando-se, Jesus a viu e disse: "nimo, filha, a sua f a curou! " E desde aquele instante a mulher ficou curada.Mateus 9:18-22

F, falta de f, segundo JesusE respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se s tu, manda-me ir ter contigo por cima das guas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as guas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, comeando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mo, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca f, por que duvidaste?(homens de pouca f afundam no mundo)Mateus 14:28-31

F, segundo Jesus, perseverar sempreSaindo daquele lugar, Jesus retirou-se para a regio de Tiro e de Sidom. Uma mulher cananeia, natural dali, veio a ele, gritando: "Senhor, Filho de Davi, tem misericrdia de mim! Minha filha est endemoninhada e est sofrendo muito". Mas Jesus no lhe respondeu palavra. Ento seus discpulos se aproximaram dele e pediram: "Manda-a embora, pois vem gritando atrs de ns". Ele respondeu: "Eu fui enviado apenas s ovelhas perdidas de Israel".A mulher veio, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, ajuda-me!"Ele respondeu: "No certo tirar o po dos filhos e lan-lo aos cachorrinhos". Disse ela, porm: "Sim, Senhor, mas at os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos". Jesus respondeu: "Mulher, grande a sua f! Seja conforme voc deseja". E, naquele mesmo instante, a sua filha foi curada.

Livro dos Espritos

LIVRO DOS ESPRITOS613. Embora de todo errnea, a ideia ligada metempsicose no ter resultado do sentimento intuitivo que o homem possui de suas diferentes existncias?Nessa, como em muitas outras crenas, se depara esse sentimento intuitivo. O homem, porm, o desnaturou, como costuma fazer com a maioria de suas ideias intuitivas. (...) O que constante, o que ressalta do raciocnio e da experincia a sobrevivncia do Esprito, a conservao de sua individualidade aps a morte, a progressividade de suas faculdades, seu estado feliz ou desgraado de acordo com o seu adiantamento na senda do bem e todas as verdades morais decorrentes deste princpio.

631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que bem do que mal?Sim, quando cr em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligncia para distinguir um do outro.

LIVRO DOS ESPRITOS838. Ser respeitvel toda e qualquer crena, ainda quando notoriamente falsa?Toda crena respeitvel, quando sincera e conducente prtica do bem. Condenveis so as crenas que conduzam ao mal.

922. A felicidade terrestre relativa posio de cada um. O que basta para afelicidade de um, constitui a desgraa de outro. Haver, contudo, alguma soma defelicidade comum a todos os homens?Com relao vida material, a posse do necessrio. Com relao vida moral, a conscincia tranquila e a f no futuro.

943. Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausveis, se apodera decertos indivduos?Efeito da ociosidade, da falta de f e, tambm, da saciedade. Para aquele que usa de suas faculdades com fim til e de acordo com as suas aptides naturais, o trabalho nada tem de rido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta as vicissitudes com tanto mais pacincia e resignao, quanto obra com o fito da felicidade mais slida e mais durvel que o espera.

UM DOS REMDIOS PARA DEPRESSO A CARIDADE

BOA NOITE!

Obrigado!

F humana e f divina12. No homem, a f o sentimento inato de seus destinos futuros; a conscincia que ele tem das faculdades imensas depositadas em grmen no seu ntimo, a princpio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresam pela ao da sua vontade. (...)Enfim, com a f, no h maus pendores que se no chegue a vencer. O Magnetismo uma das maiores provas do poder da f posta em ao. pela f que ele cura e produz esses fenmenos singulares, qualificados outrora de milagres. Repito: a f humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da fora que em si trazem, e se quisessem pr a vontade a servio dessa fora, seriam capazes de realizar o a que, at hoje, eles chamaram prodgios e que, no entanto, no passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. Um Esprito protetor. (Paris, 1863.)