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1 VISAGISMO COMO TERAPIA AUXILIAR EM INDIVIDUOS DIAGNOSTICADOS COM DEPRESSÃO E BAIXA AUTOESTIMA DAIANE FERREIRA REPULA 1 , SILVANI EMILIANO 2 1.Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2. Professora Orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná. Bacharel em Design de Moda, Especialista e Arte Educação Resumo: O visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal de acordo com as características do indivíduo, respeitando estilo pessoal, estilo de vida, e tipo físico. O presente artigo visa ressaltar as técnicas e conceitos do visagismo como uma terapia alternativa para a elevação da autoestima de pacientes em tratamento de depressão. Podem ser descritos pelo menos seis sintomas cognitivos apresentados na depressão: autoestima muito baixa, pessimismo, redução de motivação, generalização de atitudes negativas, exagero da seriedade dos problemas e processos de pensamento mais lentos. As mulheres são duas vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão do que os homens. É certo que todo ser humano quando valorizado e percebido de uma forma positiva se sente mais forte diante dos obstáculos da vida, o profissional que trabalha com a técnicas e conceitos do visagismo pode ajudar de forma terapêutica um paciente que passa pelos sintomas da depressão, pois é função deste ressaltar o que a pessoa tem de melhor, buscando trazer a sua beleza de dentro para fora Palavras chaves: visagismo , autoimagem , autoestima, depressão INTRODUÇÃO As últimas décadas foram marcadas por um profundo aumento das patologias psiquiátricas, fazendo com que se alcancem índices alarmantes de ocorrência. Dentre essas patologias destaca-se a depressão, problema comum em muitos países, constituindo-se em um grave problema de saúde pública. A depressão pode se manifestar de várias formas, constatando-se em todos os tipos, comprometimento do ânimo, inclusive para as atividades que geram prazer, entra elas os cuidados com a aparência (GOMES & tal, 2010). Desde os anos de 1990, a medicina e a psicologia vêm consolidando o uso associado de recursos farmacológicos e psicoterápicos no tratamento dos quadros depressivos, apoiando a ideia da interferência mútua entre fatores psíquicos e fisiológicos no surgimento dessa patologia. Os sintomas que compõem o quadro depressivo afetam diversas áreas da vida do paciente, comprometendo suas atividades pessoais e sociais (TEODORO, 2009). Para piorar o estado do indivíduo que está passando por essa enfermidade, atualmente, a beleza estereotipada pela sociedade simboliza sucesso pessoal e profissional. Com isso em vista, os indivíduos podem perseguir uma imagem pessoal que não condiz com sua realidade, e acumulam ainda mais um vazio enquanto seres humanos (SILVA & tal ,2010). O presente artigo visa ressaltar as técnicas e conceitos do visagismo como uma terapia alternativa para a elevação da autoestima de pacientes em tratamento de depressão. O visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal de acordo com as características do indivíduo, respeitando estilo pessoal, estilo de vida, e tipo físico (HALLAWELL, 2009).

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VISAGISMO COMO TERAPIA AUXILIAR EM INDIVIDUOS DIAGNOSTICADOS COM DEPRESSÃO E BAIXA AUTOESTIMA

DAIANE FERREIRA REPULA1, SILVANI EMILIANO2

1.Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2. Professora Orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná. Bacharel em Design de Moda, Especialista e Arte Educação Resumo: O visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal de acordo com as características do indivíduo, respeitando estilo pessoal, estilo de vida, e tipo físico. O presente artigo visa ressaltar as técnicas e conceitos do visagismo como uma terapia alternativa para a elevação da autoestima de pacientes em tratamento de depressão. Podem ser descritos pelo menos seis sintomas cognitivos apresentados na depressão: autoestima muito baixa, pessimismo, redução de motivação, generalização de atitudes negativas, exagero da seriedade dos problemas e processos de pensamento mais lentos. As mulheres são duas vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão do que os homens. É certo que todo ser humano quando valorizado e percebido de uma forma positiva se sente mais forte diante dos obstáculos da vida, o profissional que trabalha com a técnicas e conceitos do visagismo pode ajudar de forma terapêutica um paciente que passa pelos sintomas da depressão, pois é função deste ressaltar o que a pessoa tem de melhor, buscando trazer a sua beleza de dentro para fora Palavras chaves: visagismo , autoimagem , autoestima, depressão INTRODUÇÃO As últimas décadas foram marcadas por um profundo aumento das patologias psiquiátricas, fazendo com que se alcancem índices alarmantes de ocorrência. Dentre essas patologias destaca-se a depressão, problema comum em muitos países, constituindo-se em um grave problema de saúde pública. A depressão pode se manifestar de várias formas, constatando-se em todos os tipos, comprometimento do ânimo, inclusive para as atividades que geram prazer, entra elas os cuidados com a aparência (GOMES & tal, 2010). Desde os anos de 1990, a medicina e a psicologia vêm consolidando o uso associado de recursos farmacológicos e psicoterápicos no tratamento dos quadros depressivos, apoiando a ideia da interferência mútua entre fatores psíquicos e fisiológicos no surgimento dessa patologia. Os sintomas que compõem o quadro depressivo afetam diversas áreas da vida do paciente, comprometendo suas atividades pessoais e sociais (TEODORO, 2009). Para piorar o estado do indivíduo que está passando por essa enfermidade, atualmente, a beleza estereotipada pela sociedade simboliza sucesso pessoal e profissional. Com isso em vista, os indivíduos podem perseguir uma imagem pessoal que não condiz com sua realidade, e acumulam ainda mais um vazio enquanto seres humanos (SILVA & tal ,2010). O presente artigo visa ressaltar as técnicas e conceitos do visagismo como uma terapia alternativa para a elevação da autoestima de pacientes em tratamento de depressão. O visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal de acordo com as características do indivíduo, respeitando estilo pessoal, estilo de vida, e tipo físico (HALLAWELL, 2009).

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Depressão O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s). Os sentimentos de tristeza e alegria colorem o fundo afetivo da vida psíquica normal. A tristeza constitui-se na resposta humana universal às situações de perda, derrota, desapontamento e outras adversidades. Cumpre lembrar que essa resposta tem valor adaptativo, do ponto de vista evolucionário, uma vez que, através do retraimento, poupa energia e recursos para o futuro. Por outro lado, constitui-se em sinal de alerta, para os demais, de que a pessoa está precisando de companhia e ajuda (PORTO, 1999). Pode designar um estado afetivo normal, um sintoma, uma síndrome ou várias doenças. A depressão tem sido caracterizada como episódio patológico no qual existe perda de interesse ou prazer, distúrbios do sono e apetite, retardo motor, sentimentos de inutilidade ou culpa, distúrbios cognitivos, diminuição da energia e pensamentos de morte ou suicídio (APÓSTOLO, 2011). A depressão pode ainda ser acompanhada de ansiedade, especialmente numa fase inicial. Podem ser descritos pelo menos seis sintomas cognitivos apresentados na depressão: autoestima muito baixa, pessimismo, redução de motivação, generalização de atitudes negativas, exagero da seriedade dos problemas e processos de pensamento mais lentos. As mulheres são duas vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão do que os homens. Essa vulnerabilidade feminina se deve a fatores biopsicossociais, tais como: as alterações provocadas pelos hormônios no organismo; tendência de, nos conflitos, assumir a culpa e introjetar as críticas que recebe; a depreciação no tratamento à mulher (questão histórica); a educação repressora; a múltipla jornada de trabalho; a pressão no cumprimento aos papéis sociais de mulher, mãe, esposa e profissional; a forma de enfrentamento das perdas significativas ( NASCIMENTO & tal, 2009). Auto Estima do Paciente com Depressão O estado depressivo distorce a maneira como as pessoas se avaliam e se enxergam, distorce a percepção que elas têm do outro e do mundo, bem como afeta sua estima pessoal. Os níveis de autoestima são construtos da personalidade, decorrentes das relações intra e interpessoais, influenciando as atitudes das pessoas em suas atividades escolares, no trabalho e nas demais atividades diárias (FUREGATO & TAL, 2008) A autoestima corresponde à valoração intrínseca que o indivíduo faz de si mesmo em diferentes situações e eventos da vida a partir de um determinado conjunto de valores eleitos por ele como positivos ou negativos (SCHULTHEISZ & TAL,2013). A autoestima é definida por Moysés (2001), como um sentimento de valor decorrente da percepção que o indivíduo tem de si mesmo. Ainda pode ser analisada por meio da escala de valores que se atribuí. É formada pela autoconsciência que emerge resultante das experiências sociais, assim “passamos a nos enxergar como as pessoas nos enxergam”. A autora salienta que este sentimento torna as pessoas excessivamente cautelosas e hesitantes diante da vida, o medo do fracasso não lhes permite correr riscos. Outro aspecto crítico que empobrece a vida dos indivíduos com baixa autoestima é a dificuldade de lidar com críticas e elogios. Assim, pessoas com este sentimento frequentemente encontram-se numa posição desvantajosa: “como desaprovam

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seu próprio comportamento, acham difícil aceitar elogios e são sensíveis às críticas dos outros” (SCHULTZ ,2002). A baixa autoestima pode acarretar uma série de problemas emocionais, como depressão, bulimia nervosa, carência afetiva, déficit de atenção e aprendizagem. “São muitos os transtornos psicológicos causados pela desvalorização pessoal”. A autoestima tem um papel fundamental na vida do ser humano, basicamente é responsável pelo equilíbrio emocional, pois quando a autoestima é elevada os sentimentos são de valor, competência, autor espeito, autenticidade e integridade (SCHMITZ, 2004). A imagem que o indivíduo tem de si mesmo está alicerçada em sua autoestima. Imagem pessoal é a forma com a qual a pessoa se expressa para os demais, mostrando particularidades sobre si mesmo, como beleza, comportamento, e forma de se expressar. Acredita-se que quando a pessoa está bem com a própria imagem, essa passa autoconfiança e um conceito positivo sobre sua pessoa, posicionando-se de forma correta no âmbito pessoal e profissional (KAMIZATO,2014). Visagismo

Visagismo baseia em criar imagens ou modifica-las de acordo com as características de cada pessoa, baseada em cada caso, respeitando valores e costumes. Essas técnicas visam valorizar beleza e características pessoais, (HALLAWELL, 2009).

Para que o visagismo seja realizado o perfil pessoal deve ser investigado, e deve se ter cuidados com personalidade e características de cada pessoa, os profissionais trabalham com a imagem o que gera efeitos psicológicos positivos ou negativos, pois nenhuma pessoa é igual a outra, deste modo é preciso cuidado ao avaliar uma pessoa. O visagismo procura buscar a beleza que muitas vezes só é percebida quando as qualidades interiores são descobertas (FISCHER; PHILLIP; MACEDO, 2010 apud HALLAWELL, 2009).

Trindade (2013) define visagismo como uma arte que tem como objetivo harmonizar e valorizar a imagem pessoal a partir de uma “analise investigativa”, aplicado a estruturas físicas, estilo de vida e beleza do indivíduo.

Desta forma o visagista é reconhecido por harmonizar a imagem pessoal, na forma de construir imagem e beleza em conjunto, valorizando e potencializando imagens pessoais (NUNES, 2015). Técnicas de visagismo

Entre as técnicas de visagismo está a de avaliação dos 4 temperamentos humanos , visa ressaltar as características pessoais do indivíduo através do estudo dos temperamentos , a quadro 01 abaixo, isso possibilita conhecer os pontos fracos e fortes da pessoa, podendo auxiliar no equilíbrio da imagem, usando cores, formas e autoconhecimento HALLAWELL (2009); Quadro 01- Os quatro temperamentos

Temperamentos Pontos fortes Pontos fracos Características físicas Sanguíneo Extrovertida

Comunicativa Energizada Espontânea Inovadora

Pouco concentrada Desorganizada Gênio forte

Desagradável

Comunicativa Rosto hexagonal Cabelos castanhos ou loiro dourado Sorriso atraente

Colérico Objetiva Concentrada Luxuosa

Impaciente Intolerante Autoritária

Boa postura maneiras de se expressar firmes Rosto quadrado ou hexagonal

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Ágil Sem rancor

Cabelos ruivo castanho ou marrom avermelhado

Melancólico Criadora Organizadora Detalhista Vulnerável

Exigente Tímido Nervosa Tímida

Tendência de ser magra rosto e características alongadas e ou finas

Fleumático Transmite paz Agradável Passiva Adaptável

Indecisa Acomodada Pouca criatividade

Não se importa com a aparência Movimentos e maneira de se vestir simples e lenta

FISCHER; PHILLIPI; MACEDO (2010) Identificar a coloração pessoal

A pele do indivíduo pode se apresentar quente, fria ou neutra, no teste sazonal pode-se ainda classificá-las como: verão, inverno, primavera e outono. Para cada tipo de pele uma cartela de cores específica. Para aplicar essa técnica é preciso que a cliente passe por uma ficha de anamnese, em seguida pelo teste cromático, que tem como objetivo ressaltar as cores que a beneficia nos cabelos, maquiagem e vestuário (HALLAWELL, 2009), no quadro 02 abaixo ressalta-se cada tipo de pele e exemplos de cores que harmonizam o tipo de pele. Quadro 02- coloração pessoal

Tipo de pele Cores que harmonizam Pele fria – Verão Azul claro acinzentado, azul celeste, rosa, lilás, lavanda,

amarelo claro. Pele fria – Inverno Preto, braco, azul marinho, marrom, vermelho vivo, rosa, roxo,

verde. Pele quente – primavera Pessego, bege, amarelo, dourado, marrom, verde abacate,

turquesa, marfim, verdes iluminados e coral. Pele quente – outono Verde natureza, laranja, bege, marrom forte, cinza dourado,

amarelho queimado, vermelho vivo. Fonte : HALLAWELL (2009). Avaliação dos formatos de rostos e feições Com a avaliação dos formatos de rostos e feições o visagista consegue ressaltar a maquiagem, o corte de cabelo de acordo com a imagem que o cliente deseja passar, ou somente adequar os formatos com linhas mais harmônicas, conforme pode ser observado no exemplo do quadro 03 abaixo, HALLAWELL (2009). As feições são partes importantes para desenvolvimento de uma maquiagem adequada. Abaixo exemplos de correções utilizadas na maquiagem visagista. Quadro 03- formato de rosto

Formato de rosto/ característica

Linhas que harmonizam: Corte de cabelo e maquiagem ideal

Rosto quadrado As laterais devem ser escurecidas e afinadas levemente, iluminar região frontal e mento. O corte de cabelo deve ser bem redistribuído, para tirar a atenção da angulação natural, evitar cortes simétricos.

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Rosto oval

Concentrar o blush na região do zigomático, em direção as orelhas, e seguir com o produto em direção ao mento. Em relação ao cabalo fica bom vários tipos de cortes devem seguir o papel de diminuir a simetria do rosto, com franjas.

Rosto redondo

O objetivo da maquiagem é alongar o rosto, utilizar blush nas laterais do rosto, marcar com blush o zigomático e intensificar com iluminador, passar iluminador também na região frontal. O corte de cabelo não deve ser arredondado, desfiados atrás alongam o pescoço franjas laterais diminuem a simetria do formato.

Rosto hexagonal

Iluminar laterais da região frontal e maxilar inferior, e escurecer o maxilar superior. São muitos os cortes que combinam com este formato de rosto, em especial, franjas, repicados e curtos.

Rosto triangular

Escurecer laterais do maxilar inferior, e região frontal, se o formato for triangulo invertido, escurecer a região do mento. Cabelos com franja levemente repicados no comprimento são ótimos.

FISCHER; PHILLIPI; MACEDO (2010) Avaliação dos formatos de corpo Para o cliente estar bem vestido é fundamental analisar com cuidado o tipo físico escondendo as partes menos interessantes, e valorizando o que ele tem de melhor (AGUIAR,2011). Com avaliação do formato de corpo e suas características, o profissional da área de estética pode indicar as formas, texturas do vestuário que mais harmoniza a imagem da cliente. Os diferentes formatos de corpo podem ser observados no quadro 04 abaixo. Quadro 04- formatos de corpo

FORMATO CARACTERISTICAS Ampulheta Ombros e quadril da mesma largura, cintura bem definida,

costas largas, coxa volumosa. Triangulo invertido Tem bastante busto, ombros largos, quadril estreito Triangular Quadril e coxas mais largos que os ombros. Retangular A cintura não é definida mesma medida de ombro e quadril,

braços e pernas finos em relação ao corpo, poucas curvas. Oval De formas arredondadas, volume nos quadris, cintura e busto,

com barriga proeminente. Fonte: Aguiar (2011) Avaliação do estilo pessoal O estilo e a imagem pessoal determinam as mensagens que se quer transmitir, o que influi diretamente na forma como os outros respondem. Conta quem a pessoa é, e bem utilizada é uma linguagem poderosa que ajuda a complementar as habilidades pessoais, profissionais e personalidade. Pois através da imagem pessoal se transmite a identidade do indivíduo. (FRANCINI, 2002; VAZ, 2007)

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O estilo pessoal não é definido apenas pela roupa, como pode se observar no quadro 05 abaixo, com suas peças principais, mas também pelo o cabelo, a maquiagem e os acessórios que formam um visual completo. Podemos classificar os estilos pessoais em duas categorias gerais: os clássicos, que incluem o esportivo, tradicional e elegante, e os não clássicos, definidos como sensual, romântico, criativo e dramático. (FRANCINI, 2002). Quadro 05 – Estilo Pessoal

O estilo clássico/tradicional

Não gosta de chamar atenção, é formal tanto no perfil social quanto na vestimenta. Prefere roupas e cores discretas, porém a durabilidade é essencial, o vestuário possui bom acabamento de tecidos. A maquiagem é suave, e utiliza o mesmo corte de cabelo por vários anos. Sua personalidade é de pessoa confiante, conservadora, passa seriedade e respeito.

O estilo elegante Valoriza um pouco mais as curvas, é o tradicional mais sofisticado. As roupas são clássicas e com toque moderno, os cabelos com tamanho médio, e a maquiagem mais destacada nos olhos. Usa joias modernas no lugar de bijuterias, e gosta de cores de tom branco, preto e cinza, possui uma imagem de refinamento.

O estilo romântico Possui gestos suaves e delicados, sua personalidade passa a mensagem de uma pessoa amigável. O forte desse estilo é a estampa floral, babados, e laços. As cores são de tons pastéis, suas roupas possuem leveza e caimento, usa tecidos fluidos com renda e crochês. Gosta muito de acessórios, os cabelos são longos e com cortes, está sempre maquiada, mas não abusa das cores

O estilo sensual Transmite uma mensagem de provocação, as pessoas que se encaixam neste estilo pessoal tem atitude, e levam o estilo com naturalidade. A mulher sensual gosta de valorizar as curvas do corpo, não tem medo das cores, e adora estampas de bicho. A maquiagem é bem marcada, os cabelos bem cuidados, adora usar acessórios vistosos e sapatos com salto bem alto

O estilo dramático Tem característica de teatralidade, desafiadora, é sensual e provocadora, faz de tudo para chamar atenção. Abusa e usa das cores de tons fortes, principalmente o preto. O vestuário é com proporções exageradas, nem sempre está na moda, gosta do diferente. A maquiagem é exagerada, o corte de cabelo é moderno e marcante, usa acessórios extravagantes e modernos

A mulher criativa Está sempre na moda, adora misturar cores e roupas, não se prende a nada. Os tecidos são coloridos e agradáveis ao toque, usa acessórios étnicos, seus cabelos geralmente são longos para dar movimento, abusa das cores na maquiagem. Sua personalidade é ligada a arte, criatividade, teatro e moda

estilo esportivo é o básico

Usa muito o jeans, tênis e camiseta branca. A mensagem transmitida é de pessoa despojada, sem compromisso e casual. Aprecia as coisas básicas, maquiagem discreta, acessórios simples, e cabelos fáceis de cuidar

Fonte : (AGUIAR & VAZ) (FRANCINI, 2002). MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas áreas do visagismo, imagem pessoal, psicologia e psiquiatria buscando informações sobre a autoestima em casos de depressão.

Os principais autores revisados foram Philip Hallawel e Robson Trindade, baseando-se nas suas estatísticas e experiências referente ao visagismo, autoestima e autoimagem.

Num segundo momento foi realizado uma pesquisa aplicada via formulário com aplicativo da internet, com questões fechadas, conforme anexo 01. Foi solicitado a participação apenas de mulheres para esta amostra, independente de idade, classe social,

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e/ou grau de escolaridade. 5 profissionais da área, psiquiatra e psicólogos também participaram da pesquisa conforme uma questão na discussão. RESULTADOS E DISCUSSÕES De maneira especifica, a depressão é enfatizada pela perda de autoestima, dentro desta tese, estão os problemas com autoimagem e a falta de estímulo para trabalhar este fato. NASCIMENTO, Danila Rafaela & TAL. (2009), relata que a autoestima não depende apenas da forma como a pessoa se percebe no mundo, ela também é influenciada pela forma como fomos percebidos, antes mesmo de tomarmos consciência de nossa existência. O que mostra que além da sua visão a si mesmo, também há sobre como as demais pessoas mostram o que veem a partir de sua imagem. O profissional da beleza hoje, com conhecimentos em técnicas específicas como visagismo, estilo e biotipos, pode acrescentar e assim desmistificar o que muitas vezes essas mulheres “enxergam”. Ainda seguindo a referência, HOLMES (1997) afirma que as mulheres são duas vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão. Perante as assertivas, a pesquisa criada foi enfatizada a mulheres em geral teve os resultados obtidos da seguinte forma: 96,3% das participantes relataram que já se sentiram deprimidas, conforme questão 01, gráfico 01 abaixo, ou seja, das 242, apenas 2 mulheres nunca se sentiram deprimidas.

Gráfico 01 - Fonte – A autora No gráfico 02 abaixo 36,8% das participantes relatam que já foram diagnosticadas com depressão por profissionais da área.

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Gráfico 02 - Fonte – A autora No gráfico 03 abaixo 32,2% das participantes afirmam estar em depressão , e com sintomas da patologia .

Gráfico 03 - Fonte – A autora Conforme PORTO (1999), a prevalência de depressão é de 21% na mulher. É conceituada como um subtipo de transtorno afetivo que pode ser único ou recorrente, apresentando sintomas psíquicos (humor depressivo, fadiga, diminuição da capacidade de pensar, de tomar decisões), fisiológicos (alterações do sono, do apetite, do interesse sexual) e comportamentais (retraimento social). No gráfico 04 abaixo, 216 participantes pontuaram sua autoestima. 37% da amostra deram uma nota mediana para sua autoestima, 31% baixa autoestima, 11,1% boa autoestima, 9,3% autoestima muito baixa, e nenhuma se sente com autoestima elevada.

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Gráfico 04 - Fonte – A autora No gráfico 05 abaixo, 82,8% das participantes acreditam que se sentiriam mais seguras se um profissional as orientassem quando aos cuidados com a beleza.

Gráfico 05 - Fonte – A autora No gráfico 06, 97,5% da amostra ressalta que se sentem melhor quando estão com a sua imagem aparência pessoal mais cuidada.

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Gráfico 06 - Fonte – A autora Através dos resultados obtidos através do questionário, pode-se observar que pelo menos 70% das mulheres entrevistadas tem autoestima média ou inferior. Na questão 05, gráfico 05 acima, é possível observar que foi quase unânime a afirmação que essas mulheres se sentiriam mais confiantes com a ajuda de um profissional visagista para auxiliar na harmonização de usa imagem pessoal. Cinco profissionais da área de psicologia e psiquiatria, conforme questão anexo 02, afirmaram que quando que quando uma pessoa está com a imagem pessoal organizada, adequada, automaticamente se sente melhor, valorizada, e com autoestima boa. O médico psiquiatra Dr. Alberto Cury Filho evidenciou o fato de que algumas de suas pacientes já melhoraram através de uma intervenção estética cirúrgica, para ele qualquer melhora na autoestima colabora na recuperação do paciente depressivo. CONCLUSÃO É certo que todo ser humano quando valorizado e percebido de uma forma positiva se sente mais forte diante dos obstáculos da vida, o profissional que trabalha com a técnicas e conceitos do visagismo pode ajudar de forma terapêutica um paciente que passa pelos sintomas da depressão, pois é função deste ressaltar o que a pessoa tem de melhor, buscando trazer a sua beleza de dentro para fora , sem se prender a estereótipos, a moda , e modismo . O visagismo visa trabalhar cada pessoa com única, de forma customizada, dando atenção a real necessidade do indivíduo. E na maioria das vezes para trazer os sentimentos benéficos a uma pessoa, basta dar-lhe atenção, e mostrar o quanto esta é importante para si mesmo.

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REFERÊNCIAS AGUIAR, Titta. Personal Stylist: guia para consultores de imagem. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011. APÓSTOLO, J. L. A; Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários de saúde, Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2011. FISCHER-MIRKIN, Toby. O código do vestir: os significados ocultos da roupa FISCHER.S.F; PHILLIPI.K; MACEDO.C.A apud HALLAWEL, 2009. A importância do visagismo para a construção da imagem pessoal, Itajai 2010. FRANCINI, Christiane. Segredos de estilo: um manual para você melhorar e ficar sempre bem. São Paulo : Alegro, 2002. FUREGATO, Antonia Regina Ferreira & TAL. Depressão Entre Estudantes de Enfermagem relacionada à auto-estima, à percepção da sua saúde e interesse por saúde mental, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n2/pt_05.pdf. Acesso : 24/09/2016 GOMES, Lorena Andrade etal . A Identificação dos Fatores de Risco para Depressão Pos Parto. A Importância do Diagnóstico Precoce. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/4008. Acesso em: 03/10/2016. HALLAWELL, Philipp – Visagismo – Harmonia e Estética - São Paulo: Editora Senac - São Paulo, 2009 KAMIZATO, Karina Kiyoko. Imagem Pessoal e Visagismo. São Paulo. – 2014. Moysés, l., (2001). A Auto-estima se Constrói Passo a Passo. São Paulo: Papiros NASCIMENTO, Danila Rafaela & TAL. 2009. Um olhar sobre autoestima de mulheres com sintomas depressivos na vivencia de conflitos na relação conjugal. Disponivel em: http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/586.%20um%20olhar%20sobre%20autoestima%20de%20mulheres%20com%20sintomas%20depressivos.pdf . Acesso : 10/10/2016 NUNES Leandro. A.L .Visagismo: imagem humana como meio de comunicação. Intercom-Sociedade Brasileira de Estudos Interdiciplinares de Cominicação. Santa Catarina, junho 2015. PORTO, José Alberto Del. Conceito e Diagnostico .1999. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v21s1/v21s1a03.pdf. Acesso : 10/09/2016. SCHULTHEISZ ,Thais Sisti De Vincenzo & TAL. Autoestima, conceitos correlatos e avaliação.2013. Disponível em: www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/reces/article/download/22/19. Acesso :10/10/2016 SCHULTZ, D.P. e Schultz, S.E., (2002).Teorias da Personalidade. Tradução de Eliana Kanner. São Paulo: Pioneira Thonson Learning. SILVA, Guidélia Aparecida , Elaine Soares Neves Lange. IMAGEM CORPORAL: A percepção do conceito em indivíduos obesos do sexo feminino. Disponível em : www2.pucpr.br/reol/index.php/PA/pdf/?dd1=3509. Acesso em: 03/10/2016

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TEODODO, Wagner Luiz Garcia . Depressão . Corpo, Mende e Alma. 2009. Uberlândia MG TRINDADE, Robson . Visagismo na Pratica - Um coaching para sua imagem pessoal. São Paulo – 2013. VAZ, Ana. Pequeno livro de estilo: guia para toda hora, São Paulo: Editora Verus, 2007

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ANEXO 01 - Questões aplicada na amostra 1 - Já se sentiu deprimida? 2- Já foi diagnosticada com depressão? 3- Está em depressão ou com sintomas? 4 - Se respondeu sim a alguma das questões acima, dê uma nota para sua autoestima relacionado sua imagem pessoal durante o estado depressivo. Considerando: 0 - Não há autoestima; e 5- Muito elevada, sempre arrumada e bem consigo mesma. 5- Você acredita que se sentiria mais segura se um profissional da área de beleza apontasse seus pontos positivos, e a ajudasse a ressaltar suas qualidades pessoais através dos cuidados com a vestimenta, cabelo, maquiagem e acessórios? 6 - Você se sente melhor quando está com aparência cuidada?

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ANEXO 02 - Questão elaborada para os profissionais da área da psicologia e psiquiatria . 1. Você acha que um profissional da beleza, ajudando um paciente a se ver de outra forma,

arrumando cabelo, maquiagem, vestuário e afins, ressaltando seus pontos positivos, ajudaria a melhorar sua autoestima durante o tratamento? (sim ou não).