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 1 PORTUGUÊS QUESTÕES FCC Flávia Rita Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.  Discórdia em Copenh ague Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática (COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscava atingir. Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, nos próximos três anos, embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos serão usados para distribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Y vo de Bôer, secretário-exec utivo da conferência, remetendo as esperanças  para a COP-16, que vai aco ntecer em 2010, na Cidade do México. O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países ricos e  pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada  pelos emergentes, que e speravam obter ajuda ext erna para suas políticas de com bate ao aquecimento global. (Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167) 01. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) A discórdia na Conferência de Copenhague ocorreu, fundamentalm ente, por conta a) de desastrosas iniciativas dos chefes de estado que em vão tentaram aparar as arestas da conferência. b) de um documento político firmado por poucos países, no qual se previam cortes de emissão de gases estufa. c) da exigência de metas obrigatórias, feita aos países emergentes pelas nações desenvolvidas. d) da posição dos países emergentes, que queriam incluir os países pobres num plano de cumprime nto de metas. e) da insatisfação de delegados dos países que se sentiram prejudicados em suas cotas no subsídio de US$ 30 bilhões. 02. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Atente para as seguintes afirmações: I. No 1 o  parágrafo, informa-se que o número modesto de signatários do documento final de Copenhague contrastava com a alta ambição das metas pretendidas. II. No 2 o  parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com uma ponta de otimismo, não expressa qualquer sentimento de frustração com os resultados da COP-15. III. No 3 o  parágrafo, depreende-se que a crise econômica que os Estados Unidos atravessam teve peso na decisão de não se disporem a cumprir sequer as metas mais modestas. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) III, apenas. 03. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadame nte o sentido de um segmento em: a) capaz de orquestrar compromissos (1 o  parágrafo) = hábil na ressonância compromissada . b) sem estabelecer parâmetros (2 o  parágrafo) = à revelia da proposição de metas. c) Faltou-lhe aval (2 o  parágrafo) = Urgiu o beneplácito. d) políticas de mitigação (3 o  parágrafo) = estratégias de arrefecimento.

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PORTUGUÊS QUESTÕES FCCFlávia Rita 

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

 Discórdia em Copenhague

Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática (COP-15), em

Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes e ricos contra os efeitosdo aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontroconvocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estadotentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi umdocumento político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas paracortes de emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórioscapazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscavaatingir.

Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, nos próximos três anos, emborasem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos serão usados paradistribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela,inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O que temos de alcançar no México é tudo o quedeveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer, secretário-executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP-16, que vai acontecer em 2010, na Cidade do México.

O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas obrigatórias, o que não foiaceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questão fundamental naconferência foi o financiamento para políticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os paísesdesenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.

(Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167) 

01. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) A discórdia na Conferência de Copenhague ocorreu,

fundamentalmente, por contaa) de desastrosas iniciativas dos chefes de estado que em vão tentaram aparar as arestas da conferência.b) de um documento político firmado por poucos países, no qual se previam cortes de emissão de gases estufa.c) da exigência de metas obrigatórias, feita aos países emergentes pelas nações desenvolvidas.d) da posição dos países emergentes, que queriam incluir os países pobres num plano de cumprimento de metas.e) da insatisfação de delegados dos países que se sentiram prejudicados em suas cotas no subsídio de US$ 30

bilhões.

02. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Atente para as seguintes afirmações:

I. No 1o parágrafo, informa-se que o número modesto de signatários do documento final de Copenhaguecontrastava com a alta ambição das metas pretendidas.

II. No 2o

parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com uma ponta de otimismo, não expressa qualquersentimento de frustração com os resultados da COP-15.III. No 3o parágrafo, depreende-se que a crise econômica que os Estados Unidos atravessam teve peso nadecisão de não se disporem a cumprir sequer as metas mais modestas.Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

a) I, II e III.b) I e II, apenas.c) II e III, apenas.d) I e III, apenas.e) III, apenas.

03. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Considerando-se o contexto, traduz-seadequadamente o sentido de um segmento em:a) capaz de orquestrar compromissos (1o parágrafo) = hábil na ressonância compromissada.b) sem estabelecer parâmetros (2o parágrafo) = à revelia da proposição de metas.c) Faltou-lhe aval (2o parágrafo) = Urgiu o beneplácito.d) políticas de mitigação (3o parágrafo) = estratégias de arrefecimento.

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e) A tese foi rechaçada (3o parágrafo) = obliterou-se a hipótese.04. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) No primeiro parágrafo, dois segmentos queremetem a causas da frustração de quem esperava muito da COP-15 são:a) capaz de orquestrar compromissos // um documento político genérico. b) cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050 // sem estabelecer compromissos obrigatórios. c) contra os efeitos do aumento da temperatura // encontro convocado pelas Nações Unidas. d) capaz de orquestrar compromissos // cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050. e) sem estabelecer compromissos obrigatórios // impedir a elevação da temperatura. 

05. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) A informação negativa do segmento chefes deestado tentando, em vão, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em: a) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. b) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...) c) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. d) O resultado final foi um documento político genérico (...) e) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...) 

06. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Ao se reconstruir uma frase do texto, houvedeslize quanto à concordância verbal em: a) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando.

b) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas deacaloradas discussões.c) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países

insatisfeitos com as conversas finais.d) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos países, o impasse final das

negociações entabuladas em Copenhague.e) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os países pobres a quem coubesse

adotar políticas de mitigação das emissões.

07. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) "O que temos de alcançar no México é tudo oque deveríamos ter alcançado aqui."Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas sublinhadas devem ser substituídas, na ordem dada,

por:a) tem de ser alcançado - deveria ter sido alcançadob) será alcançado - devia ser alcançadoc) tinha de ser alcançado - deveria ser alcançadod) tem de alcançar-se - deverá alcançar-see) teremos alcançado - devia ser alcançado

08. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Está plenamente adequada a correlação entretempos e modos verbais na frase:a) Se alguém esperava um bom acordo na COP-15, frustrar-se-ia redondamente.b) Não houve acordo capaz de orquestrar os interesses de que nenhum dos países abrisse mão.c) Somente alguns países chegariam a firmar um acordo, pelo qual se previra os cortes de emissão que

deveram ser efetuados.d) Caso não se estabelecerem parâmetros para a ajuda de US$ 30 bilhões, essa iniciativa sequer terá recebido

o aval da maioria dos países.e) A exigência de metas obrigatórias, que as nações desenvolvidas impuseram às emergentes, terá sido uma

das razões da discórdia.

09. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Está clara e correta a redação deste livrecomentário sobre o texto:a) Quando se dedicam às questões ambientais, costuma imperar-se a regra egoísta dos interesses privados, ao

passo que se deveria de contemplar os interesses públicos.b) É bem possível de que ainda venham a haver muitas conferências como a da COP-15, sem que os

resultados que se espera sejam minimamente satisfatórios para o bem comum.c) A maior parte das conferências dedicadas às questões do meio ambiente têm sido frustradas, quase sempre,pela falta de desprendimento de muitas nações, sobretudo as desenvolvidas.

d) Tem-se notado os interesses que movem as nações mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceisde firmar-se quaisquer acordos quanto a um meio ambiente melhor controlado.

e) Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações não chegaram a um acordo, sobre as pungentes

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questões ambientais, tanto assim que nenhuma delas abre mão de seus interesses particulares.10. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Houve muitas discussões sobre medidas para seminimizar o aquecimento global, já que todos consideram o aquecimento global uma questão crucial para ahumanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, não havendosequer consenso quanto às verbas necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada,por:a) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitosb) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitosc) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitosd) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitose) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto seguinte.

O advento das comunicações de massa

 Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet, telefones celulares e outrosequipamentos que nos parecem hoje absolutamente indispensáveis. Lembremos que essas tecnologias, assimcomo a do rádio e a da televisão, já profundamente enraizadas em nossas práticas individuais e coletivas, sãoaquisições recentíssimas da humanidade.

O interesse cada vez maior pela tecnologia é um dos traços da modernidade que se organiza com o  fim da Idade Média, substituindo o apego à tradição pela crescente importância da razão e da ciência,vinculando conhecimento técnico a progresso.

 A atração por meios eletrônicos de comunicação está diretamente associada às telecomunicações por ondas, que remontam ao século XIX. Os Estados Unidos, já no século XX, se destacaram rapidamente no usodo rádio. Um fato que se tornou clássico foi protagonizado em 1938 pelo cineasta Orson Welles, então um

 jovem e desconhecido radialista. Ele leu trechos da obra ficcional A guerra dos mundos como se estivessetransmitindo um relato real de invasão de extraterrestres. Utilizando surpreendentes recursos do jornalismoradiofônico, levou pânico aos norte-americanos que, por alguns instantes, agiram como se estivessem naiminência de um ataque catastrófico.

 Nos dias atuais, a tecnologia associada à produção virtual interpela o cotidiano de forma cada vezmais contundente. Já no início da década de 1970 surge o microprocessador, ocasionando uma verdadeirarevolução no mundo da eletrônica. Na segunda metade da década de 90, um novo sistema de comunicaçãoeletrônica começou a ser formado com a fusão da mídia de massa personalizada, globalizada, com acomunicação mediada por computadores – a multimídia, que estende o âmbito da comunicação eletrônica

 para todos os domínios da vida, inserindo-se no cotidiano da vida pública e privada, introduzindo-nos numuniverso de novas percepções.

 As técnicas não determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretações e usos conduzidos por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. Por isso, a história dos meios de comunicação nos ajuda aentender e interpretar relações de poder político, cultural e econômico, bem como a configuração dasubjetividade contemporânea.

(Adaptado de Leituras da História, número 04, 2007) 

11. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Encontram-se articulados no texto os seguintesaspectos do tema comunicações de massa:a) obsolescência atual do rádio; pequeno histórico da mídia eletrônica; a valorização dos ganhos tecnológicos.b) resumo da história das comunicações; a dissociação entre tecnologia e vida cotidiana; o rádio como

principal mobilizador das massas.c) origens das comunicações modernas; poder da mídia e influência sobre as massas; processos e

desdobramentos da multimídia.d) síntese dos processos da multimídia; impulso inicial da modernização tecnológica; o esgotamento do jornalismo radiofônico.

e) resenha histórica da informática; crítica ao poder abusivo da mídia eletrônica; ingerência da multimídia nasdecisões do cidadão.

12. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) O específico episódio que Orson Wellesprotagonizou pode servir como exemplificação para o fato de quea) os meios eletrônicos nos parecem hoje absolutamente indispensáveis.b) a tecnologia já começava a interpelar o cotidiano de forma contundente.c) a multimídia estende a comunicação para todos os domínios da vida.d) manifestações de pânico coletivo são intrínsecas à ação da multimídia.

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e) produções virtuais banalizaram-se no cotidiano pessoal ou público.13. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Atente para as seguintes afirmações:

I. O fato de a moderna tecnologia trazer consigo indiscutíveis vantagens faz com que percamos amemória de tempos que já foram melhores para a humanidade.II. Uma obra como A guerra dos mundos mostra, por si mesma, o poder da literatura de ficção sobreseu público, exercendo efeito imediato em seu comportamento.III. O surgimento do microprocessador e a expansão da multimídia foram duas revoluções no universodas comunicações, refletindo-se no modo de ser do homem contemporâneo.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma ema) I, II e III.b) I e II, apenas.c) II e III, apenas.d) I e III, apenas.e) III, apenas.

14. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010)   As técnicas não determinam nada, em simesmas. Dependem de interpretações e usos conduzidos por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. A ideia central do trecho acima está resumida de forma clara e correta nesta frase:a) Uma vez que dependam de seu uso, as técnicas em nada se determinam por si mesmas.

b) Não é por elas, em si, mas pelo uso que delas se dá que as técnicas acabam por alcançar sua própriadeterminação.c) É o controle exercido pelas técnicas que dá a quem as administra o poder de vir a determinar tudo.d) O que as técnicas podem determinar não está nelas mesmas, mas no uso que delas faz quem as controla.e) Como dependem de seu uso, não são as técnicas que se deixam conduzir por quem delas se aproprie.

15. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) NÃO haverá prejuízo para a correção e o sentidodo segmento do texto com a substituição do elemento sublinhado pelo indicado entre parênteses em:a)   Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet (...). (Ocorre-nos, por vezes, 

indagar) b) Lembremos que essas tecnologias (...) são aquisições recentíssimas da humanidade. (conquistas açodadas) c) (...) agiram como se estivessem na iminência de um ataque catastrófico. (tal fosse prestes a sofrerem) 

d) (...) inserindo-se no cotidiano da vida pública e privada (...) (emergindo no dia a dia) e) (...) nos ajuda a entender (...) a configuração da subjetividade contemporânea. (formação da veleidade íntima) 

16. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) O verbo indicado entre parênteses deverá adotaruma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:a) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma nova técnica depende, para realizar-se, do que se chama

“vontade política”.b) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecnologia mais ousada é capaz de satisfazer as aspirações

humanas.c) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências o bem que elas nos trazem, as saídas místicas surgem como

solução.d) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia que ...... (poder) provocar as dramatizações de sua

transmissão radiofônica.e) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ...... (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganhará sua

aplicação.

17. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) A pontuação está plenamente adequada na seguintefrase:a) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias, desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel

decisivo na configuração, não apenas da vida cotidiana como da subjetividade mesma do homem contemporâneo.b) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel

decisivo na configuração, não apenas, da vida cotidiana, como da subjetividade mesma, do homemcontemporâneo.

c) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel

decisivo na configuração não apenas da vida cotidiana como da subjetividade mesma do homem contemporâneo.d) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel

decisivo na configuração não apenas, da vida cotidiana, como da subjetividade mesma do homem contemporâneo.e) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel

decisivo, na configuração não apenas da vida cotidiana, como da subjetividade, mesma do homem

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contemporâneo.18. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem,os segmentos:a) Algumas vezes nos perguntamos // como sobrevivíamos antes da internet.b) Um fato que se tornou clássico // foi protagonizado em 1938 pelo cineasta Orson Welles.c) O interesse cada vez maior pela tecnologia // é um dos traços da modernidade.d) Na segunda metade da década de 90, um novo sistema de comunicação eletrônica começou a ser formado // com a fusão da mídia de massa.

e) Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo radiofônico // levou pânico aos norte-americanos.

19. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) Está correto o emprego do elemento sublinhadoem:a) A obra de ficção A guerra dos mundos, em cuja Orson Welles se baseou, ganhou dramática adaptação

radiofônica.b) A tecnologia de ponta, sobre a qual por vezes pairam desconfianças, leva-nos apenas aonde queremos ir.c) O cotidiano contemporâneo deixa-se afetar pelas conquistas técnicas, de cujas muita gente alimenta sérias

desconfianças.d) A segunda metade da década de 90, aonde se consolidou a multimídia, foi um marco na vida

contemporânea.e) O homem do nosso tempo, diante dos admiráveis recursos nos quais jamais sonhou alcançar, é por vezes

um deslumbrado.

20. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRF/4ª – 2010) É preciso corrigir, pela má estruturação queapresenta, a seguinte frase:a) Com o advento dos meios de comunicação de massa, sobretudo os eletrônicos, nem por isso o progresso

tecnológico deixa de ser contestado.b) A globalização está diretamente ligada à propagação e ao aperfeiçoamento dos meios de comunicação de

massa, que encurtam distâncias e aproximam as pessoas.c) Quem não se deixa seduzir pelos atrativos e novidades da tecnologia de ponta costuma defender as

vantagens da simplicidade e da naturalidade em nossa vida.d) Os muito jovens não fazem ideia de como foram velozes as transformações que sofreu o nosso cotidiano,

nas últimas décadas, por causa das inovações tecnológicas.

e) Ao que tudo indica, os próximos passos da tecnologia eletrônica serão dados na direção de uma ainda maiorintegração entre as diversas mídias.

Atenção: As questões de números 21 a 30 referem-se ao texto seguinte.

Sobre o natural e o sobrenatural 

Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando partedo não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe.

 A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou seacredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculose chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forçasalém das relações de causa e efeito.

 No meu livro Criação imperfeita , argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todasas perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazesde antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecidocomo sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculocresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de

 fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe nomundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição einstrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria maislimitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.

Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar.

Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente “explicações inexplicáveis”,ou seja, explicações baseadas em causas além do natural. Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um

ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico Richard Feynman,“prefiro não saber a ser enganado.” E você?

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(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 11/07/2010)21. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) O texto, em seu todo, deve ser entendido comoa) uma manifestação pessimista do autor quanto à eficácia das descobertas científicas.b) uma reflexão sobre o alcance da ciência, numa perspectiva em que este é relativizado.c) um questionamento da atitude dos cientistas que duvidam do poder absoluto da pesquisa.d) uma crítica à obsolescência das máquinas, que não acompanham o ritmo das nossas percepções.e) um duro questionamento do crescente prestígio das coisas inexplicáveis, cada vez mais numerosas.

22. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) No segundo parágrafo do texto, o autor deixa

claro que consideraa) o desconhecido não mais do que uma região do conhecimento que certamente se esclarecerá no futuro.b) a existência de mistérios inescrutáveis uma prova de que nossa capacidade de intuir é ainda bastante

limitada.c) a razão e a intuição operações complementares entre si, numa associação capaz de produzir novos

conhecimentos.d) os obstáculos sobrenaturais inteiramente ilusórios, uma vez que nossa intuição nos diz que a razão os

removerá.e) a intuição e a razão degraus imediatamente sucessivos na escalada de um novo conhecimento.

23. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Atente para as seguintes afirmações:

I. No 3o

parágrafo, entende-se que o livro Criação imperfeita expressa a posição do autor segundo a qual sempre haverá limites para nossa observação e visão de mundo. II. No 4o parágrafo, afirma-se que as coisas inexplicáveis, que costumam aterrorizar as pessoas, devemser objeto de uma investigação racional.III. No último parágrafo, a frase de Richard Feynman indica que, para esse físico, o desconhecido nãodeve ser motivo para acreditarmos no sobrenatural.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma ema) I, II e III.b) I e II, apenas.c) II e III, apenas.d) I e III, apenas.

e) II, apenas.24. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Considerando-se o contexto, traduz-seadequadamente o sentido de um segmento do texto em:a) existem mistérios inescrutáveis (2o parágrafo) = ocorrem fenômenos imperceptíveis.b) relações de causa e efeito (2o parágrafo) = vinculações pela casualidade.c) não são capazes de antecipar (3o parágrafo) = são ineptas para premeditar.d) usando nossa intuição e instrumentos (3o parágrafo) = valendo-nos da nossa hesitação e nossos recursos.e) Parafraseando o poeta (4o parágrafo) = expressando de outro modo o que bardo disse.

25. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) As normas de concordância verbal estãoplenamente observadas na frase:

a) Quando se partem de regiões obscuras, nossas ideias não poderão ser produtivas.b) Duas alternativas sempre haverão, restando-nos sempre a dificuldade de optar entre elas.c) Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas vivem fazendo implicam um reforço do sobrenatural.d) Ao fenômeno cuja natureza os cientistas ignoram costuma o leigo recorrer como prova do sobrenatural.e) Não ficaram claro, para os leitores do texto, quais exatamente foram os versos parafraseados do poeta

Lucrécio.

26. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Está correta e coerente a redação deste livrecomentário sobre o texto:a) Via de hábito o autor propaga, em coluna jornalística, suas ideias acerca das discensões interpostas entre

ciência e misticismo.b) O autor cita um livro próprio no qual expande uma teoria que aparentemente vai ao encontro de suas teses,

retificando-as.c) A admissão de que sempre haverá o desconhecido representa, partindo de um cientista, uma prova desincera humildade.

d) Os círculos do saber e do não saber constituem, como se viu, áreas em que a expansão de ambos os tornamcomplementares.

e) O grande físico Richard Feynman declinou de sua preferência pelo engano, quando preferiu relutar em não

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saber.27. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) ... a ciência jamais será capaz de responder atodas as perguntas.Utilizou-se corretamente a voz passiva, preservando-se o sentido original, nesta nova redação da frase acima:a) Jamais ocorrerá que todas as perguntas sejam respondidas pela ciência.b) Nenhuma das perguntas jamais obterá resposta pela ciência.c) A nem todas as perguntas será jamais a ciência capaz de dar respostas.d) Todas as perguntas, em qualquer tempo, deixarão de obter resposta pela ciência.e) A capacidade da ciência deixará de dar resposta a todas as perguntas.

28. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) A ciência é indispensável: deve-se à ciência oconhecimento de um sem-número de fenômenos que coube a ciência explicar, razão pela qual deve-se conferirà ciência a importância do que nos humaniza.Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente,por:a) deve-se à ela - coube-lhe - conferir-lheb) deve-se-lhe - lhe coube - conferir-lhec) deve-se à mesma - a coube - conferi-lad) deve-se-lhe - coube-lhe - conferi-lae) deve-se a esta - lhes coube - lhe conferir

29. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Está plenamente adequado o emprego deambos os elementos em destaque na frase:a) À medida em que a ciência avança, fenômenos de cuja causa desconhecíamos passam a ser explicados.b) Por hora, a ciência tem ainda muito que caminhar, já que o homem não renunciou a inflingir sua

curiosidade ao mundo.c) Se sobrevir ao homem alguma calamidade em escala planetária, somente a ciência disporá os meios de

enfrentá-la.d) A arrogância de que muitos homens são acometidos não parece estar entre os defeitos que se poderiam

assacar ao autor.e) É por vezes mais preferível ignorar a razão de um fenômeno do que imaginá-lo esclarecido por um atalho

místico.

30. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Está inteiramente adequada a pontuação daseguinte frase:a) É preciso mormente nos dias que correm, desconfiar, não exatamente das pessoas místicas, mas de um certo

misticismo que aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha, ameaçando a existência de todas as outras plantas.b) É preciso, mormente nos dias que correm, desconfiar não exatamente das pessoas místicas mas, de um certo

misticismo, que aqui e ali costuma vicejar, como erva daninha ameaçando a existência de todas as outras plantas.c) É preciso, mormente nos dias que correm desconfiar não exatamente das pessoas místicas; mas de um certo

misticismo que, aqui e ali, costuma vicejar, como erva daninha, ameaçando a existência de todas as outrasplantas.

d) É preciso mormente nos dias que correm – desconfiar: não exatamente das pessoas místicas, mas de um certomisticismo, que aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha ameaçando a existência, de todas as outras plantas.

e) É preciso, mormente nos dias que correm, desconfiar não exatamente das pessoas místicas, mas de um certomisticismo que, aqui e ali, costuma vicejar como erva daninha, ameaçando a existência de todas as outras plantas.

Atenção: As questões de números 31 a 35 referem-se ao texto seguinte.O que deu errado

Entre as formigas e as abelhas o problema não existe: algumas nascem para ser a elite, o resto nasce  para ser o resto. Tudo já foi resolvido antes, tudo está nos genes. Quem nasce com o gene altruísta sesacrifica pela elite dominante porque existe para isso. Jamais lhe ocorre perguntar “Por que eu?”. Até hoje,que se saiba, nenhum batalhão de formigas ou abelhas se insurgiu contra métodos injustos de trabalho ederrubou o poder despótico que o martiriza.

O problema com as sociedades humanas é que, no nosso caso, a natureza confiou demais noaltruísmo voluntário. Daí a resistência à flexibilização das leis trabalhistas, a grita contra o salário mínimo,

as greves etc. Falta altruísmo no sangue da maioria. A natureza criou a iniciativa individual e a compulsão  para o lucro em alguns, mas esqueceu de criar a iniciativa para o sacrifício e a compulsão para aacomodação em outros, sem os quais as leis naturais do mercado não funcionam. Ou só funcionam com osgenes altruístas sendo substituídos pela pregação liberal como verdade única ou, se isso falhar, pela tropa dechoque. Ou seja, pelo altruísmo artificial.

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(Adaptado de Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro) 31. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) O título desse texto irônico e bem-humoradode Veríssimo justifica-se, no contexto, pela seguinte razão: a naturezaa) não dotou os homens da mesma combatividade que caracteriza, por exemplo, as formigas e as abelhas.b) acreditou que os homens saberiam administrar a ordem social com a mesma eficácia de todas as outras

criaturas.c) dotou a humanidade somente de genes altruístas, esquecendo-se dos demais, necessários para a harmonia

social.d) acreditou que a humanidade poderia espontaneamente harmonizar o individualismo de uns com o altruísmo

de outros.e) não dotou os homens da capacidade de gerir com mais liberalidade o funcionamento do mercado e da

economia.

32. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Atente para as seguintes afirmações, relativasao 2o parágrafo:

I. A expressão altruísmo voluntário designa a capacidade de alguém escolher sacrificar-se pelo bemdos semelhantes.II. Flexibilização das leis trabalhistas, no contexto, sugere uma alteração desfavorável para otrabalhador.III. Ao falar em compulsão para o lucro, o autor está-se referindo a um dos casos em que o homem

reluta em abrir mão de seu natural altruísmo.

Está correto SOMENTE o que se afirma ema) I.b) I e II.c) II.d) II e III.e) III.

33. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) O problema com as sociedades humanas é que(...) a natureza confiou demais no altruísmo voluntário. Mantém-se a correção e a coerência da frase acima nesta nova redação: O altruísmo voluntário 

a) foi confiado demais pela natureza, tornando-se problemático para as sociedades humanas.b) tornou-se por demais confiável à natureza, razão pela qual redundou em problema para os homens.c) mereceu plena confiança da natureza, advindo daí os problemas que se verificam em nossa ordem social.d) impregnou-se com tão natural confiança que acabou resultando no problema que mais afeta a

humanidade.e) é a razão pela qual a confiança da natureza resultou problemática para o funcionamento das sociedades

humanas.

34. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) Está inteiramente adequada a correlação entreos tempos e os modos verbais na frase:a) Nascessem alguns para ser a elite e outros para servi-la, os homens se organizariam socialmente com o

mesmo equilíbrio que se manifesta entre as abelhas e entre as formigas.b) Assim como se organizassem as abelhas e as formigas, os homens podem inspirar-se nelas, havendo

assumido a mesma divisão básica de trabalho.c) A natureza tem criado a iniciativa egoísta sem haver criado a iniciativa altruísta, o que acabava por gerar

uma profunda desarmonia entre os homens.d) Caso venha a ocorrer uma radical flexibilização das leis trabalhistas, os operários mais esclarecidos teriam

percebido os prejuízos que essa alteração lhes acarretasse.e) Sugere o autor que, quando falte argumento liberal para que alguns sejam altruístas, terão entrado em cena

as conhecidas razões das tropas de choque.

35. (ANALISTA – ADMINISTRATIVA – TRT/22ª – 2010) O verbo indicado entre parênteses deveráflexionar-se numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:

a) Nem às formigas nem às abelhas ...... (competir) decidir quais funções serão exercidas por quem.b) Quase todos os problemas que ...... (caber) à humanidade resolver derivariam de um engano da natureza.c) ......-se (atribuir) às leis do mercado uma racionalidade tal que é acusado de insano quem contra elas se

insurge.d) A força de tantas compulsões egoístas entre os homens ...... (costumar) redundar em profundas injustiças.e) O motivo pelo qual se ...... (dirigir) à vida de uma colmeia tantos aplausos é a harmonia de que as abelhas

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são capazes.Atenção: Para responder às questões de números 36 a 39, considere o texto abaixo.

1

5

10

15

20 

  Na Inglaterra dos períodos Tudor e Stuart, a visãotradicional era a de que o mundo fora criado para o bemdo homem e as outras espécies deviam se subordinar aseus desejos e necessidades. Tal pressuposto funda-menta as ações dessa ampla maioria de homens quenunca pararam um instante para refletir sobre a ques-tão. Entretanto, os teólogos e intelectuais que sentissema necessidade de justificá-lo podiam apelar prontamente

  para os filósofos clássicos e a Bíblia.   A natureza não feznada em vão, disse Aristóteles, e tudo teve um propó-sito. As plantas foram criadas para o bem dos animais eesses para o bem dos homens. Os animais domésticosexistiam para labutar, os selvagens para serem caça-dos. Os estoicos tinham ensinado a mesma coisa: anatureza existia unicamente para servir aos interesseshumanos.

Foi nesse espírito que os comentadores Tudor 

interpretaram o relato bíblico da criação. [...] É difícil, hoje em dia, ter noção do empolganteespírito antropocêntrico com que os pregadores das di-nastias Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.

(Thomas Keith. O homem e o mundo natural: mudanças de atitudeem relação às plantas e aos animais (1500-1800). Trad. João Roberto

Martins Filho. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 21-22) 

36. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) No excerto, o autor concebe a visão tradicional comoa) uma interpretação que entende o homem como uma dentre várias espécies, o que implica isonomia entre

elas.

b) uma concepção característica do espírito e cultura dos ingleses, sem nenhuma restrição temporal.c) um ponto de vista circunstancial necessário, que permitiu ao homem provar sua superioridade sobre osanimais.

d) uma percepção equivocada, pois pensadores que tentaram entendê-la não achavam suporte nas culturas quelhes eram contemporâneas.

e) uma suposição tomada como verdadeira e não submetida a análise crítica por aqueles que nela alicerçavamsua prática.

37. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010)  É difícil, hoje em dia, ter noção do empolganteespírito antropocêntrico com que os pregadores das dinastias Tudor e Stuart interpretavam a história bíblica.Entende-se corretamente do acima transcrito, considerado em seu contexto, quea) a contemporaneidade não propicia sensações de arrebatamento de nenhuma ordem.

b) a grande dificuldade dos dias atuais é aceitar com isenção de ânimo a palavra de pregadores de umadoutrina.

c) a interpretação da Bíblia pelos pregadores das dinastias Tudor e Stuart é difícil de ser compreendidaatualmente, em função dos elevados conhecimentos desses religiosos.

d) os pregadores das dinastias Tudor e Stuart tinham a fervorosa crença, hoje dificilmente compreensível, deque o ser humano é o núcleo em torno do qual estão dispostas todas as coisas.

e) o homem moderno não pode sequer imaginar como eram cheias de empolgação as pregações no tempo dosTudor e dos Stuart, dada a centralidade do cultivo do espírito.

38. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) A forma verbal que exprime acontecimento passadoanterior a outro igualmente passado é encontrada no segmento:a) o mundo fora criado para o bem do homem.b) as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos e necessidades.c) nunca pararam um instante.d) os teólogos e intelectuais [...] podiam apelar prontamente para os filósofos clássicos e a Bíblia.e) tudo teve um propósito.

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39. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) O texto legitima a seguinte afirmação:a) Em as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos (linhas 3 e 4), a substituição do segmento destacado

por “haviam de se subordinar” mantém o sentido de inevitabilidade e a correção originais. b) Os segmentos   para refletir sobre a questão (linhas 6 e 7) e   para os filósofos clássicos e a Bíblia (linha 9)

exercem a mesma função sintática.c) De modo a preservar a correção e o sentido originais, a redação alternativa para elidir a dupla negação em  A

natureza não fez nada em vão (linhas 9 e 10) é “A natureza fez tudo com gratuidade”.d) Em É difícil, hoje em dia, ter noção do empolgante espírito antropocêntrico (linhas 19 e 20), a retirada  da

vírgula depois de É difícil, sem outra alteração , manteria a correção original. e) Os dois-pontos (linha 14) introduzem uma citação literal dos estoicos.

Atenção: Para responder às questões de números 40 a 46, leia o editorial abaixo.

1

5

10

15

20

25

30

35

40

45 

Embora um conflito armado não seja do interessede nenhuma das partes envolvidas na longeva disputaentre as duas Coreias, são imprevisíveis as consequên-cias da escalada de hostilidades entre os dois paísesnos últimos dias.

Os primeiros movimentos sul-coreanos foram cau-telosos. Após ter um navio de guerra atacado por tor-

  pedos, em março, o país não respondeu de imediato aoque se afigurava como o mais audacioso ato de hosti-lidade do vizinho em mais de duas décadas.

  Investigadores internacionais foram chamados aavaliar o episódio − e determinaram, após longa perícia,que um submarino norte-coreano havia sido o respon-sável pelos disparos.

  A prudência da Coreia do Sul e de seu principalaliado, os EUA, é compreensível. São preocupantes asconsequências de um conflito aberto com o decrépitoregime do ditador comunista Kim Jong-il, que realizou,nos últimos anos, testes balísticos e nucleares.

Para os norte-americanos, que ainda têm batalhasa travar no Afeganistão e mantêm tropas no Iraque, não  faz sentido abrir uma nova frente de combate na Ásia.  Há ainda o fato de que a capital sul-coreana, Seul, fica  próxima à fronteira, e essa situação de vulnerabilidadedesaconselha uma aventura militar contra o norte.

Compelido a responder ao ataque, o governo sul-coreano suspendeu o que restava da política de reapro-  ximação com o país vizinho − intensificada na última dé-cada, mas já alvo de restrições na Presidência do con-servador Lee Myung-bak. Cortou o comércio com o nor-te da península e voltou a classificar Pyongyang como oseu "principal inimigo".

Em resposta, a Coreia do Norte interrompeu comu-nicações com o vizinho e expulsou sul-coreanosdo complexo industrial de Kaesong, mantido pelas duas na-ções no território comunista. É um retrocesso a lamen-tar, já que interesses econômicos comuns e troca deinformações, por pequenos que sejam, podem ajudar na prevenção de conflitos armados.

  Nesse cenário em que os atores envolvidos nãosão capazes de entender os movimentos e as intençõesdo rival, os processos de hostilidade mútua podem setornar incontroláveis.

  Mesmo que o imbróglio não tenha consequências

graves, ele chama a atenção para o imprevisível desen-lace da lenta derrocada do regime comunista dePyongyang, uma herança anacrônica dos tempos daGuerra Fria.

(Folha de S. Paulo. A2 opinião, quarta-feira, 26 de maio de 2010)

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40. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) Considerado o principal tema abordado no texto, otítulo mais adequado para o editorial é:a) Os EUA e a Coreia do Sul.b) Coreia contra Coreia.c) Sanções comerciais em tempos de conflito.d) Avaliações internacionais em países asiáticos.e) Interesses comuns no incentivo a conflitos armados.

41. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) É correto afirmar que o editoriala) critica severamente países que lançam mão de retaliações comerciais para ameaçar outros países,

concretizando essa ideia por meio do caso típico de países asiáticos vizinhos.b) defende respostas prudentes dos países a ofensas inimigas, como arma para darem, a organismos

internacionais, oportunidade de avaliarem as reais condições dos potenciais beligerantes.c) chama a atenção para o fato de que a Coreia do Sul, em atendimento aos interesses dos Estados Unidos,

deve retardar o quanto possível o fatal enfrentamento com a Coreia do Norte.d) adverte sobre a possibilidade de um conflito armado entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, como

decorrência do aumento progressivo da agressividade entre esses dois países.e) analisa os principais entraves dos países que fazem fronteira, quando reconhecem um ao outro como o

“principal inimigo”, e propõe, com bastante isenção, meios para serem vencidas as vulnerabilidades

decorrentes da vizinhança.

42. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) No processo argumentativo, pode ser corretamenteentendido como expressão de uma circunstância de tempo o seguinte segmento:a) Investigadores internacionais foram chamados a avaliar o episódio (linhas 11 e 12). b) Há ainda o fato de que a capital sul-coreana, Seul, fica próxima à fronteira (linhas 23 e 24). c) Compelido a responder ao ataque (linha 26).d) voltou a classificar Pyongyang como o seu "principal inimigo" (linhas 31 e 32). e) expulsou sul-coreanos do complexo industrial de Kaesong (linhas 34 e 35). 

43. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) Sempre levando em conta o contexto, é corretoafirmar:

a) A conjunção Embora (linha 1) equivale a “na medida em que”.b) A expressão Após ter (linha 7) pode ser substituída por “Tendo tido”, sem prejuízo do sentido original.c) Em ao que se afigurava como o mais audacioso ato de hostilidade do vizinho em mais de duas décadas

(linhas 8 a 10), tem-se uma avaliação que compara um ato (I) a outro específico anteriormente realizado (II),evidenciando a superioridade de (I). 

d) Em A prudência da Coreia do Sul e de seu principal aliado, os EUA, é compreensível (linhas 15 e 16), se oque está em destaque for substituído por “As atitudes oportunas” nenhuma outra alteração será necessáriapara se manter a correção original. 

e) A frase que realizou, nos últimos anos, testes balísticos e nucleares (linhas 18 e 19) define melhor o antecedente não bem delimitado, como ocorre em “A pessoa que se esforça vence”. 

44. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações com ovizinho ...Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal corretamente obtida é:a) tinha interrompido.b) foram interrompidas.c) fora interrompido.d) haviam sido interrompidas.e) haveriam de ser interrompidas.

45. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010)  Nesse cenário em que os atores envolvidos não sãocapazes de entender os movimentos e as intenções do rival, os processos de hostilidade mútua podem setornar incontroláveis.

Outra formulação para o segmento destacado acima, que, considerado o contexto, lhe seja equivalente emantenha a clareza e correção originais é:a) os processos de hostilidade um pelo outro podem tornar-se incontroláveis.b) os processos de hostilidade de parte à parte podem se tornarem incontroláveis.c) os processos de hostilidade que uns países têm pelos outros podem se tornar incontroláveis.d) os processos de hostilidade acionados de forma alternada podem se tornar incontroláveis.

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e) os processos de hostilidade entre eles respondendo-se podem se tornar incontroláveis.46. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) Considerado o padrão culto escrito, a substituição quemantém a correção original do segmento é a dea) um submarino norte-coreano havia sido o responsável pelos disparos por “submarinos norte-coreanos 

havia sido os responsáveis pelos disparos”. b) mantido pelas duas nações por “mantido por ambas as nações”.c) Nesse cenário em que os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos por “Nesse cenário

cujos os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos”. d)   Mesmo que o imbróglio não tenha consequências graves por “A despeito do imbróglio não ter

consequências graves”. e) chama a atenção para o imprevisível desenlace por “chama a atenção para o que concerne o imprevisível 

desenlace”. 

47. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) A frase em que a palavra destacada está empregada demodo equivocado é:a) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão render-se.b) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.c) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.d) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.e) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

48. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) A frase que respeita totalmente o padrão culto escritoé:a) De dissensões entre mentes lúcidas e independentes não se deve temer, porquanto o debate, ao suscitar

reflexão, traz luz a questões controversas.b) Consta naquele livro já bastante saudado pela crítica os nomes de vários integrantes de movimentos de

resistência ao regime ditatorial.c) O eminente orador enrubeceu quando arguido sobre sua anuência ao polêmico pacto, mas quiz se mostrar

seguro de si e respondeu-lhe de imediato.d) Esse exercício indicado pelos assessores do preparador físico é eficaz para intumescer alguns músculos,

mas se mostra de efeito irrisório se mau realizado.e) Havia excesso de material a ser expedido, por isso as folhas mandadas à última hora, apesar do empenho,

não coube no malote.

49. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) Está totalmente em conformidade com o padrão cultoescrito a seguinte frase:a) A inserção do adolescente no grupo deveu-se ao coordenador, cuja experiência todos tiraram proveito,

mesmo quando supuseram que ele ignorava o clima de apreensão.b) Sei que sou eu que sempre medio o debate, mas dessa vez declino da responsabilidade: é com revezamento

de obrigações que se pode descobrir lideranças.c) Interpondo recurso, ele procurou desagravar-se da afronta que atribuiu às palavras do juiz em sua sentença,

contra a qual a instância superior não hesitou em se pronunciar.d) Dados como esses obtidos em recente pesquisa, sem dúvida permite que se os interpretem sob dupla

perspectiva: a dos cidadãos e também do filósofo.e) O fato e esse advogado que representa a autora da ação parecem ter sido feito um para o outro; mais: o

operador do direito age com proficiência e ela, nele crê cegamente.

50. (ANALISTA – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 2010) A frase em total concordância com o padrão cultoescrito é:a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento, haja bastante precisão quanto

aos pontos que quereis ver alterados.b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes referência desairosa ao poder

legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-entendido.c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve:− Senhor Reitor, sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade:− Ponho-me a vossa disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate e, assim, lhe pedimos que nos

conceda um prazo para que o documento seja mais bem elaborado.

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Atenção: As questões de números 51 a 60 referem-se ao texto seguinte.

Sociedade do espetáculo: mal de uma época

“Nosso tempo prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, aaparência ao ser. O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.” Essas palavras do filósofo Feurbachnos dizem algo fundamental sobre nossa época. Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condiçõesmodernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamentevivido se esvai na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida e fundem-se num curso comum, de forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida.

O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento deunificação. Como parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência. Por ser algoseparado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência. O espetáculo não é um conjunto de imagens,mas uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.

  A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado exprime-se assim: quanto maiscontempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes, menos ele compreende asua própria existência e o seu próprio desejo. O conceito de espetáculo unifica e explica uma grandediversidade de fenômenos aparentes, apresenta-se como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível.

 A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que deveria agir como um sujeito real aparece

no fato de que os seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que os apresenta a ele. Eis por que oespectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte. Eis por quenossos valores mais profundos têm dificuldade de sobreviver em uma sociedade do espetáculo, porque averdade e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela são banidas e os valores, enterradossob o escombro das aparências e da mentira, que nos separam, em vez de nos unir.

(Adaptado de Maria Clara Luccheti Bingemer, revista Adital)

51. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) De acordo com a citação dofilósofo Feurbach, na abertura do texto, vive-se num tempo em quea) o plano das coisas, uma vez sacralizado, faz desaparecer o plano dos nossos valores espirituais.b) a mera representação das coisas adquire uma relevância maior que a das coisas em si mesmas.

c) a valorização de processos ilusórios faz com que as pessoas se prendam cada vez mais aos ritos sagrados.d) as imagens e as coisas mundanas captam nossa atenção de tal modo que já não as distinguimos umas dasoutras.

e) a verdade das imagens e a ilusão das representações delas confundem nossa percepção e nossos sentidos.

52. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Para a autora do texto, umacaracterística essencial da sociedade do espetáculo está no modo como o homem modernoa) valoriza uma experiência direta das coisas e dos fenômenos, em detrimento de qualquer tipo de abstração.b) revela-se um alienado, quando suprime a contemplação dos objetos para analisar criticamente a imagem

que eles têm.c) subordina sua consciência a um processo de representações, que ele contempla e adota como um mundo

unificado.

d) delega aos produtores de espetáculos a representação de uma ilusão que ele teme reconhecer dentro de simesmo.

e) age em relação ao mundo das imagens e das representações coletivas, destituindo-as de qualquersignificação.

53. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010)  O espetáculo é ao mesmotempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.A identificação acima entre os elementos sublinhados é fundamentada na precisa convicção de que oespetáculo é  a) uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.b) algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível.c) algo separado, o foco do olhar iludido e da falsa consciência.d) uma grande diversidade de fenômenos aparentes.e) a alienação do espectador em proveito do objeto contemplado.

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54. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010)  As imagens fluem desligadasde cada aspecto da vida e fundem-se num curso comum, de forma que a unidade da vida não pode ser restabelecida.Considerando-se o contexto, infere-se da afirmação acima quea) a fragmentação da vida em imagens é um fenômeno natural da história humana, estando presente em todas

as civilzações.b) o curso comum das imagens, não obstante sejam estas fluentes, acaba por unificá-las dentro da vida, com a

qual se fundem.c) o sentido da unidade da vida é comparável ao que detêm as imagens que fluem e se fundem num curso

comum.d) a vida já se estabeleceu como unidade, antes que esta fosse rompida pelas imagens que, em nosso tempo,

fluem desligadas.e) a unidade da vida será restabelecida apenas quando as imagens, ainda que desligadas entre si, substituam as

próprias coisas.

55. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Atente para as seguintesafirmações:

I. Justamente pelo fato de o espetáculo estar em toda parte é que os homens de hoje, numa sociedade

em que funcionam como espectadores, não se sentem em casa em lugar nenhum.II. A verdade e a transparência, identificadas como valores autenticamente humanos, sãoincompatíveis com os que regem a sociedade do espetáculo.III. Na sociedade do espetáculo, a desejável ação do sujeito dá lugar a um estado de recriação dasimagens exteriores, que lhe faculta reconhecer-se a si mesmo.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE ema) I.b) II.c) III.d) II e III.e) I e II.

56. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Estão inteiramente respeitadasas normas de concordância verbal em:a) Quando às coisas se preferem a imagem delas, privilegia-se o espetáculo das aparências.b) As palavras do filósofo Feurbach, um pensador já tão distante de nós, mantém-se como um preciso

diagnóstico.c) O que resultam de tantas imagens dominantes são a identificação dos indivíduos com algo exterior a eles.d) Já não se distingue nos gestos dos indivíduos algo que de fato os identifique como autênticos sujeitos.e) Cabem-nos, a todos nós, buscar preservar valores como a verdade e a transparência, ameaçados de

desaparição.

57. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Na frase Eis por que oespectador não se sente em casa em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte, os elementossublinhados podem ser correta e respectivamente substituídos por a) a razão pela qual e visto que.b) por cujo motivo e visto que.c) a finalidade pela qual e dado que.d) o motivo por onde e conquanto.e) a alegação de que e conquanto.

58. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) No trecho quanto maiscontempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes, menos ele compreende asua própria existência expressa-se uma relação de 

a) causalidade entre menos vive e mais aceita.b) oposição entre mais contempla e mais aceita.c) exclusão entre menos vive e menos compreende.d) alternância entre mais contempla e mais aceita.e) proporção entre mais contempla e menos vive.

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59. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) A frase que admite transposiçãopara a voz passiva é:a) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.b) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos.c) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.d) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...).e) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência.

60. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Está clara e correta a redação destelivre comentário sobre o texto:a) Nem todos acatarão de que a sociedade do espetáculo seja malévola, uma vez que suas imagens são parte

constituída ao nosso modo de viver.b) Muita gente reputa às imagens e às representações a qualidade de mascararem nossa própria personalidade,

quando não a expandem.c) O primado das imagens sobre as coisas vem demonstrando, em nosso tempo, a supremacia do que é aparente em

relação ao que é essencial.d) Ocorre que quando se valoriza as imagens em detrimento das coisas, elas nem sempre se tornam visíveis ao

ponto de se distinguirem das demais.e) A absorção que todo espetáculo nos imputa é tamanha que, quando menos atentamos, já somos parte dele, em

estado de inconsciência.

Atenção: As questões de números 61 a 65 referem-se ao texto seguinte.

 Nova infância?

 Até onde posso avaliar, parece que já não existem mais crianças como as de antigamente – o que equivalea dizer que talvez seja preciso redefinir o que vem a ser infância. Quem viveu no tempo em que a rua era o espaçonatural de todos os jogos e brincadeiras, palco das conversas e das piadas, cenário da vida coletiva, lamentará oquanto as crianças de hoje vivem reclusas nas casas e nos apartamentos. Seja por questão de segurança (medo darua), seja pela avalanche das novidades tecnológicas e dos brinquedos eletrônicos, o sedentarismo infantil é um fenômeno que se alastra por toda parte.

Trata-se de uma anomalia cruel: as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade, estãovivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade. Diante das telas e dos monitores,satisfazem-se com o movimento virtual, com a investigação a distância, com a experiência imaginária. O prazer do

convívio vem sendo perigosamente substituído pelo sentimento de autossuficiência. Que tipo de sociedade estamosconstituindo?

(Herculano Menezes, inédito)

61. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) O que está referido no texto comoanomalia cruel consiste no fato de que as crianças de hojea) estão desenvolvendo uma extraordinária capacidade de concentração.b) ignoram as atividades criativas que lhes estão sendo oferecidas.c) manifestam uma curiosidade precoce pela tecnologia e pela ciência.d) entregam-se a práticas que implicam passividade e sedentarismo.e) revelam um prazer mórbido ao demonstrarem sua autossuficiência.

62. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:a) até onde posso avaliar = extrapolando uma avaliação minha.b) sedentarismo infantil = absorção pueril.c) uma anomalia cruel = uma anormalidade implacável.d) movimento virtual = animação virtuosa.e) sentimento de autossuficiência = extravasão autista.

63. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) A pontuação está inteiramenteadequada na frase:a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver com

as de ontem.b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com as de

ontem.c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com as deontem.

d) Será preciso, talvez redefinir a infância? – já que as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com asde ontem.

e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com as de

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ontem.64. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) (...) as crianças, seresnaturalmente carregados de energia e vitalidade, estão vivendo longas horas diárias de concentraçãosolitária e de imobilidade. Pode-se reconstruir com correção e coerência a frase acima, começando por  As crianças estão vivendo longashoras diárias de concentração solitária e de imobilidade e complementando coma) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia e de vitalidade.b) não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade.c) porquanto constituem-se como seres de natural energia e vitalidade.d) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade em sua natureza.e) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia e força vital.

65. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) O verbo indicado entreparênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:a) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do futuro, crianças semelhantes às de tempos passados?b) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais ...... (haver), tão absortas e imobilizadas em seus afazeres.c) Até quando se ...... (verificar), em relação às nossas crianças, tamanha incongruência nos valores e nas

expectativas educacionais?d) Quase todo prazer que hoje às crianças se ...... (reservar) por longas horas diárias, está associado à

tecnologia.

e) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar às crianças espaço e tempo para as necessáriasatividades físicas.

Atenção: As questões de números 66 a 75 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

O século XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitimá-la, aseleições pelo voto da maioria. O momento eleitoral passou a mobilizar as energias da política e trazer aodebate as questões públicas relevantes. No entanto, demagogias de campanha e mandatos mal cumpridos

 foram aos poucos empanando a festa de cidadania do sufrágio universal.Pierre Rosanvallon propõe como um dos critérios para avaliar o grau de legitimidade de uma

instituição a sua capacidade de encarnar valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais.  Assim como a confiança entre pessoas, legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela contribui para a

 formação da própria essência da democracia, levando à adesão dos cidadãos. Afinal, a democracia repousasobre a ficção de transformar a maioria em unanimidade, gerando uma legitimidade sempre imperfeita. Oconsentimento de todos seria a única garantia indiscutível do respeito a cada um.

 Mas a unanimidade dos votos é irrealizável. Por isso a regra majoritária foi introduzida como uma prática necessária. Na democracia os conflitos são inevitáveis, porque governar é cada vez mais administrar os desejos das várias minorias em busca de consensos que formem maiorias sempre provisórias. Há, assim,uma contradição inevitável entre a legitimidade dos conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer 

 política na democracia implica escolher um campo, tomar partido.Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e

necessitam de lideranças que busquem consensos. Como o papel do Poder Executivo é agir com prontidão,não lhe é possível gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. Mas também não hádemocracia sem o Poder Judiciário, encarregado de nos lembrar e impor um sistema legal que deveexpressar o interesse geral momentâneo; igualmente ela não existe sem as burocracias públicasencarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas comcerta eficiência e autonomia.

(Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeirode 2009, com adaptações)

66. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) De acordo com o texto,a) a autonomia de uma rotina administrativa é um dos fundamentos essenciais à existência de uma verdadeira

democracia.b) o regime democrático, apesar de sua validade no momento eleitoral, torna-se ilegítimo por não conseguir o

pleno consenso da maioria da população.

c) a democracia constitui a legítima forma de governo, apesar do abuso demagógico de alguns políticos.d) os mandatos conferidos pelo sufrágio universal devem ser integralmente cumpridos pelos políticos eleitos.e) a legitimidade de uma democracia só estará garantida se houver um consenso entre a maioria das pessoas.

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67. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Segundo o autor,

I. basear-se em opiniões alheias para a tomada de certas decisões pode originar conflitos que ponhamem risco a ordem pública essencial em regimes democráticos.II. respeitar a vontade da maioria é uma prática democrática que se impôs pela impossibilidade dehaver unanimidade no trato de questões de ordem pública.III. estabelecer um consenso entre as mais variadas opiniões existentes em grupos minoritários colocaem risco a legitimidade de uma democracia.

Está correto o que se afirma ema) I, somente.b) II, somente.c) I e III, somente.d) II e III, somente.e) I, II e III.

68. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) A contradição inevitável a que oautor alude, no 3o parágrafo, refere-sea) à definição do momento eleitoral mais apropriado e à legitimação desse pleito com a escolha determinada

pela maioria dos eleitores.b) ao verdadeiro grau de legitimidade de uma instituição e à confiança nessa instituição depositada pela

maioria de seus representantes.c) à existência de conflitos e à ausência de unanimidade que exigem até mesmo a tomada de decisõesarbitrárias, dentro do processo democrático.

d) à necessidade de legitimação de uma democracia pelo consenso obtido na representação das minorias.e) à importância de um debate público sobre questões políticas relevantes e ao inevitável surgimento de

conflitos entre opiniões divergentes.

69. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) O desenvolvimento do textoapresenta-se comoa) defesa apaixonada dos regimes democráticos estabelecidos no século XX, essenciais para garantir o

consenso absoluto entre a maioria dos cidadãos.b) descrença, apoiada na opinião de outro especialista, na legitimidade de regimes democráticos que não

conseguem estabelecer consensos entre os cidadãos.c) discussão aprofundada sobre a ineficácia de certos regimes democráticos, apesar da legitimidade conferida

pelos votos da maioria.d) crítica velada à superposição de atribuições aos Poderes, especialmente quanto ao Executivo e ao

Judiciário, nos regimes democráticos do século XX.e) explanação lógica e coerente, a partir de conceitos sobre o assunto, de elementos inerentes à prática dos

Poderes num regime democrático.

70. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) Identifica-se relação de causa econsequência, respectivamente, no segmento:a) O século XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitimá-la, as eleições pelo voto da maioria.

b)  Assim como a confiança entre pessoas, legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia... 

c) Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos enecessitam de lideranças que busquem consensos. 

d) Mas também não há democracia sem o Poder Judiciário, encarregado de nos lembrar e impor um sistemalegal...

e) Como o papel do Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é possível gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. 

71. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) ... a sua capacidade de encarnar valores e princípios... (2o parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:a) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ... b) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ...c) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ... d) ... mais as sociedades produzem conflitos ...e) ... e necessitam de lideranças ...

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72. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010)  ... valores e princípios quesejam percebidos pela sociedade como tais. (2o parágrafo) Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a ser, corretamente,a) perceba.b) foi percebido.c) tenham percebido.d) devam perceber.e) estava percebendo.

73. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) ... encarregadas de fazer comque as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa eficiência eautonomia. (final do texto) A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:a) Muitos políticos duvidavam ...... fosse possível chegar a um consenso naquela questão.b) A prática política ...... os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de tantos conflitos.c) O regime democrático, ...... são respeitadas as liberdades individuais, foi finalmente restabelecido naquele

país.d) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas ....... se marcasse a data das eleições.e) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ...... a maioria espera.

74. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010) A concordância verbal enominal está inteiramente correta na frase:a) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as escolhas dos governantes, para

conferir legitimidade a suas decisões.b) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na percepção dos valores e princípios

que regem a prática política.c) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime democrático, em que se respeita tanto as

liberdades individuais quanto as coletivas.d) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar subordinado às ordens

indiscriminadas de um único poder central.e) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento eleitoral, que expõem as diferentes

opiniões existentes na sociedade.

75. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 2010)  Foi bem-vinda a voz de um poder administrativo independente. A voz de um poder administrativo independente encarna o interesse geral.O poder administrativo independente atenua a legitimidade imperfeita da democracia.As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, lógica e correção, em:a) Foi bem-vinda a voz de um poder administrativo independente, cuja a voz encarna o interesse geral, na

atenuação da legitimidade imperfeita da democracia.b) A voz de um poder administrativo independente de que está encarnando o interesse geral, está também

atenuando a legitimidade imperfeita da democracia.c) Atenuando a legitimidade imperfeita da democracia, e sendo bem-vinda a voz de um poder administrativo

independente, de onde se encarna o interesse geral.

d) A voz de um poder administrativo independente, que encarna o interesse geral, foi bem-vinda para atenuara legitimidade imperfeita da democracia.e) Como o poder administrativo independente atenua a legitimidade imperfeita da democracia, deve ser bem-

vinda a voz desse poder encarnando o interesse geral.

Atenção: As questões de números 76 a 85 referem-se ao texto seguinte.

 Entre a cruz e a caldeirinha

“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando alguém lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente, alémde um punhado de multicoloridos guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda assim, como bem

observa o escritor Elias Canetti, “perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes”. Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao mesmo tempo que uma pesquisa daFundação Getúlio Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos no Brasil, outra, da mesmainstituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição democrática que funciona é a Igreja Católica,com créditos muito superiores aos dados à classe política. Daí os sentimentos mistos que acompanharam avisita do papa Bento XVI ao Brasil.

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“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo preparada uma Concordata entre oVaticano e o nosso país. Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e civil) serárevisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no sentido de conseguir concessões vantajosas para o seu

 pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com células-tronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)”, avalia o filósofo Roberto Romano. E prossegue: “Não sãoincomuns atos religiosos que são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o Cristo

 Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a estátua significa a consagração do Brasil à soberania espiritualda Igreja, algo que corresponde à política eclesiástica de denúncia do laicismo, do modernismo e dademocracia liberal.

 A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao Estado laico”, avisa que a Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em particular de minorias religiosas e dosque têm praticado todas as formas de consciência e crença neste país, desde a República”, acredita a

 pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin: “Quem precisa de divisões tendo como exército a eternidade?”

(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)

76. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A expressão entre a cruz e acaldeirinha indica uma opção muito difícil de se fazer. Justifica-se, assim, sua utilização como título de um

texto que, tratando da atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em separadoa) a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais e nas diplomáticas.b) a instância do poder espiritual e o campo das posições políticas.c) o crescente prestígio do ensino religioso e a decadência do ensino laico.d) os efetivos militares à disposição do Papa e a força do pontificado.e) as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia liberal.

77. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Atente para as seguintesafirmações:

I. As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º parágrafo, revelam critérios e posições distintasna avaliação de uma mesma questão.

II. Na Concordata (referida no 3o parágrafo), a Igreja pretende valer-se de dispositivos constitucionaisque lhe atribuem plena autonomia legislativa.III. A educadora Roseli Fischman propõe (4o parágrafo) que o ensino religioso privilegie, sob a gestãodireta do MEC, minorias que professem outra fé que não a católica.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma ema) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

78. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Considerado o contexto,traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:a) o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe de poder considerável.b) parecem diletantes = arvoram-se em militantes.c) com créditos muito superiores = de muito maior confiabilidade.d) repercussões no direito comum interno = efeitos sobre o direito canônico.e) denúncia do laicismo = condenação dos ateus.

79. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Ao se referir ao poder daIgreja, Elias Canetti e Luis Felipe Pondéa) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente ao longo dos últimos anos.

b) consideram que, na atualidade, ele só se manterá o mesmo caso seja amparado por governos fortes.c) afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído quanto agora, armado da fé para se aliar aos fortes.d) lembram que a energia de um papado não provém da instituição eclesiástica, mas da autoridade moral do

Papa.e) advertem que ele não depende da força militar, uma vez que se afirma historicamente como poder

espiritual.

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80. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Na frase Quem precisa dedivisões tendo como exército a eternidade?, o segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para osentido e a correção, por a) ao ter no exército sua eternidade?b) fazendo do exército sua eternidade?c) contando na eternidade com o exército?d) dispondo da eternidade como exército?e) provendo o exército assim como a eternidade?

81. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) As normas de concordânciaverbal estão plenamente respeitadas na frase:a) Deve-se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o Brasil durante as discussões da Concordata.b) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os guardas suíços que constituem a segurança do Vaticano.c) Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, os olhos de um turista não verão o que de fato

ela consagra.d) As concessões vantajosas que pretendem obter, nas discussões da Concordata, a Igreja Católica, dizem

respeito a questões polêmicas.e) Muitas repercussões passarão a haver no direito interno, caso a Concordata consagre os acordos que

constituem o principal interesse da Igreja.

82. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Está correta a flexão de todas

as formas verbais da frase:a) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano simbólico e espiritual.b) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de um sereno estabelecimento de

acordos.c) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar a convergência de seus

interesses.d) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato competitivo um país beligerante.e) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio na História com a famosa frase.

83. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase que admitetransposição para a voz passiva é:a) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

b) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.c) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.d) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.e) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

84. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Está clara e correta a redaçãodeste livre comentário sobre o texto.a) Deve de ser preocupante para os católicos, que eles venham caindo de número nas estatísticas, em

conformidade com a Fundação Getúlio Vargas.b) Mau-grado seu desempenho nas estatísticas da FGV, esta mesma instituição considera que a Igreja tem

mais prestígio que outras classes.c) A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como democrática, é também a instituição em que

avalia seu decréscimo de fiéis.d) Não obstante esteja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, segundo a Fundação Getúlio Vargas, éprestigiada como instituição democrática.

e) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, chegou a resultados algo controversos, seja peloprestígio, seja pela contingência do seus fiéis.

85. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Está adequada a correlaçãoentre tempos e modos verbais na frase:a) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e

buscasse angariar a simpatia de Pio XI.b) Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondera que

ignorava com quantas divisões conta o Papa.

c) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a Concordata não se revestirá da importância quelhe atribuíram os eclesiásticos.d) São tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que será bem possível que levassem muito

tempo para desdobrar todos os aspectos.e) Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos que acabassem por atender a uma

finalidade política que é prevista.

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Atenção: As questões de números 86 a 90 referem-se ao texto seguinte.

 A leitura dos clássicos

Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis etambém quando se ocultam nas dobras da memória, preservando-se no inconsciente.

Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes da juventude. Se os livros permaneceram os mesmos (mas também eles mudam, à luz de uma perspectiva históricadiferente), nós com certeza mudamos, e o encontro é um acontecimento totalmente novo.

Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita importância. De fato, poderíamos dizer: todareleitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira.

(Ítalo Calvino, “Por que ler os clássicos”)

86. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Da leitura do texto depreende-seque os clássicosa) exercem grande efeito sobre nós, a menos quando se infiltram nas regiões do nosso inconsciente.b) adquirem especial sentido quando lidos na adolescência, idade em que nos revelam toda a sua grandeza.c) podem ser relidos sem que percam, por isso, o poder de revelação que demonstraram na primeira leitura.d) mudam de valor a cada vez que os lemos, já que o tempo vai esmaecendo a importância de cada leitura.e) gravam-se em nossa memória segundo a importância que tiveram para as gerações precedentes.

87. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Atente para as seguintesafirmações:

I. A releitura de uma obra clássica é reconfortante pela recuperação exata do sentido que já lhe atribuímosno passado.II. Uma nova perspectiva histórica pode ser determinante para uma nova compreensão de uma mesma obraclássica.III. Assim como nós podemos permanecer os mesmos ao longo do tempo, o sentido de uma obra clássicapereniza-se na história.

Em relação ao texto, APENAS está correto o que se afirma em:

a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

88. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O verbo indicado entre parêntesesdeverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:a) ......-se (atribuir) aos clássicos a propriedade de nos encantar em qualquer tempo ou idade que os busquemos.b) ......-se (distinguir) os clássicos pelo fato de conservarem o mesmo poder de revelação ao longo do tempo.c) ......-nos (impressionar) nos clássicos o sentido de uma perenidade que não implica cristalização.d) ......-se (queixar) dos clássicos apenas quem os lê com a desatenção ou o desamor das tarefas obrigatórias.e) ......-nos (confortar) nos clássicos a companhia dos mais altos valores humanos que põem à nossa disposição.

89. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010)  ...toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira. Uma nova, clara e correta redação da frase acima apresenta-se em:a) Tal como a primeira, as outras leituras de um clássico sempre constituem uma revelação.b) Sendo de um clássico, todas as outras leituras são como de primeiras descobertas.c) É como se fosse uma primeira leitura de um clássico todas as descobertas que ele nos proporciona.d) Assim como é uma descoberta a leitura de um clássico, outras leituras também serão como a primeira.e) Todas as leituras de um clássico, haja vista a primeira, têm aquela mesma revelação.

90. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Está correto o emprego do elementosublinhado na frase:

a) Os clássicos são livros em cuja particular influência torna-os inesquecíveis.b) As dobras da memória, aonde se ocultam imagens dos clássicos, são o refúgio do inconsciente.c) Há um tempo na vida adulta no qual poderíamos utilizar para uma redescoberta dos clássicos.d) A perspectiva histórica é determinante, por cuja os clássicos ganham um novo significado.e) O poder de revelação de que se imbuem os clássicos acaba por nos revelar para nós mesmos.

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Atenção: As questões de números 91 e 92 referem-se à charge abaixo.

(Folha de S. Paulo, 9 de dez. de 2009, Opinião, A2)

91. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Na charge, o efeito de humordeve-se prioritariamentea) à deselegância do garçom ao anunciar, em tom coloquial e em voz alta, a falta de gelo.

b) ao descabido uso de fones pelas personagens que compõem a cena.c) à possibilidade de se entender a fala do garçom como alusão a questões climáticas do planeta.d) à indiferença da plateia diante da inesperada notícia.e) à inadequação de bebidas serem servidas em reunião de líderes das principais nações do mundo.

92. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase que traduz corretamenteo que se tem na charge é: O garçom disse que o geloa) havia acabado.b) estava para acabar.c) acabaria fatalmente, em breve espaço de tempo.d) acaba logo.e) havia acabado naquele exato instante.

Atenção: As questões de números 93 a 77 referem-se ao texto apresentado abaixo.

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E se uma droga derivada do alcaçuz fosse capaz de salvar as nossas recordações? Segundo um estudo da Uni-versidade de Edimburgo (Escócia), a carbenoxolona melho-ra as capacidades mentais dos idosos, incluindo a memó-ria, que vai se deteriorando com o passar dos anos. Essasubstância − na realidade, um agente derivado da raiz doalcaçuz −   poderá ser útil para combater o mal de Alzheimer e talvez também para melhorar nossa performance nos exa-mes. “As memórias são um ‘fato’ químico”, confirma Nancy

  Ip, diretora de Instituto de Pesquisa em Hong Kong: “Re-centemente, nós identificamos a proteína que contribui paraa sobrevivência e para o desenvolvimento das célulasnervosas e que poderia oferecer recursos para criar medi-camentos contra doenças que afetam a memória”.

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Enquanto se espera que os estudos possam con-duzir a resultados mais concretos, o que podemos fazer 

  para melhorar a nossa capacidade mental? A memória é acapacidade de adquirir, armazenar e recuperar informaçõesdisponíveis. Ela não é monolítica, mas constituída dediversas atividades e funções. Uma importante distinção aser feita é entre a memória de curto e a de longo prazo. A

  primeira, que é encarregada de reter as informações por   pouco tempo, localiza-se no lobo parietal inferior e no lobo  frontal do cérebro, enquanto a memória de longo prazo é ligada ao hipocampo e às áreas vizinhas.

  De acordo com Alan Baddelay, da universidade in-glesa de York, a memória de curto prazo tem espaço limi-tado, podendo reter de cinco a nove unidades de informa-ção: palavras, datas, números. Já a memória de longo

  prazo é ilimitada. O problema é arquivar a informação namemória de longo prazo, para recordar quando neces-sário. Como? “Quanto mais a pessoa souber, mais fácilserá recordar”, diz Baddelay. Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário,

ela sempre possibilita o ingresso de novas informações.Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-semelhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas temmais facilidade para aprender um novo.

(Adaptado de Fabíola Musarra, “Memória: segredos para explorartodo o seu poder”. In. Planeta: conheça o mundo, descubra

você. Ed. Três. Edição 447, Ano 37, Dez/2009, p.41-42) 

93. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Considerado o primeiroparágrafo do texto, é correto afirmar:a) A frase inicial levanta hipótese que, embora expressando um desejo humano, se revela fantasiosa, pois não

tem apoio algum na realidade atual.b) A carbenoxolona é a nova droga que garantirá imunidade contra o mal de Alzheimer.c) A capacidade mental mais afetada com o passar do anos é a memória, conforme estudo realizado com

idosos em universidade escocesa.d) Pessoas que não apresentam bom desempenho em exames podem ser potenciais portadores de doenças

como o mal de Alzheimer.e) Na base da memória está um mecanismo químico que a ciência começa a conhecer.

94. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) No segundo parágrafo do texto,a autora,a) ao definir o que é a memória, expressa seu desacordo com o entendimento de Nancy Ip sobre essa

capacidade mental.

b) ao afirmar que a memória não é monolítica, quer dizer que a memória não se compõe de um únicoelemento.c) ao mencionar a importante distinção, refere-se a uma diferença que os pesquisadores citados têm deixado

de lado em seus trabalhos.d) ao caracterizar a memória de curta e a de longa duração, revela que a primeira é a que a maioria das pessoas

apresenta, e a segunda, só cérebros privilegiados.e) ao caracterizar a memória de curta e a de longa duração, mostra que a segunda é a menos conhecida pelos

pesquisadores.

95. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Considerado o terceiroparágrafo, é correto afirmar:a) O emprego da expressão   podendo reter evidencia que afirmações sobre a memória de curto prazo são

unicamente suposições.b) Palavras, datas e números fixam-se de modo exclusivo na memória de curto prazo.c) A memória de longo prazo já ultrapassou, na contemporaneidade, todo o seu limite.d) O desafio a enfrentar não é a limitação do espaço da memória de longo prazo, mas o arquivamento das

informações para posterior utilização.e) A autora apresenta um problema para o qual ainda não existem soluções possíveis.

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96. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010)  Em suma, a memória não é umrecipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações.Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas temmais facilidade para aprender um novo.A redação que, clara e correta, preserva o sentido original de um segmento do trecho acima transcrito é:a) Suscintamente dizendo a memória não é vaso preenchível, quando ela possibilita a adição de novas informações.b) De modo resumido, a memória não é própria para ser preenchida em plenitude, pois, contrariamente, é passível a

receber informações sequenciais.c) Sintetizando: opostamente a memória admite informações originais, em vez de constituir objeto a ser preenchido.

d) Aquele que faz uso de idioma articulado e rico, pode ter recordação fácil.e) O aprendizado de um novo idioma dá-se de maneira mais fácil para as pessoas que já conhecem outras línguas.

97. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Uma análise do texto permite afirmarcom correção que:a) Caso se tratasse de mais de uma substância, além da carbenoxolona, a concordância estaria correta assim "Essas

substâncias [...] podem ser útil para combater o mal de Alzheimer".b) O emprego dos parênteses, na linha 3, é exigido pela natureza da informação: o maior rigor na especificação do

local.c) A vírgula depois de memória (linha 5) é optativa, pois, se for retirada, o sentido original da frase não se altera.d) Construções como as nossas recordações e nossa performance constituem marcas da subjetividade do autor ao

tratar do tema. e) Na frase A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, o emprego de

armazenar constitui redundância inadequada, pois essa palavra nada acrescenta ao sentido de adquirir.

Atenção: As questões de números 98 a 104 referem-se ao texto apresentado abaixo.

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 Exame médico

  Reforçam-se as evidências da baixa qualidade deensino em cursos de medicina do país. Esse retrato vemsendo confirmado anualmente desde 2005, quando oCremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado deSão Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação, facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos.

  Neste ano, 56% dos formandos que prestaram oexame foram reprovados. O número já é expressivo,mas é razoável supor que a proporção de estudantesdespreparados seja maior. A prova não é obrigatória, eos responsáveis por sua execução avaliam que muitosdos maus alunos boicotam o exame, frequentementeestimulados por suas faculdades.

  A prova da Ordem dos Advogados do Brasil pode  fornecer um parâmetro, ainda que imperfeito. Na primei-ra fase do exame da OAB neste ano, o índice de repro-vados na seccional paulista chegou a 88%.

  A vantagem do teste entre advogados está em suaobrigatoriedade. Trata-se de uma prova de habilitação,

ou seja, a aprovação é indispensável para o exercício da  profissão. É do interesse da sociedade, da saúde públicae de seus futuros pacientes que os alunos de medicinatambém sejam submetidos a uma prova de habilitaçãoobrigatória.

O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz,no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos mol-des do que faz a OAB, seria insuficiente. Devido aocaráter prático da atividade médica, seria imprescindível,afirma a entidade, a realização de provas que averiguemessa capacidade entre os recém-formados.

Se implementado nesses moldes, um exame obri-

gatório nacional cumpriria dupla função: impediria oacesso à profissão de recém-formados despreparados e,ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual doscursos universitários de medicina.

(Editorial da Folha de S. Paulo, 17 de dez. de 2009, Opinião, A2)  

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98. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Considere as afirmações abaixosobre o editorial.

I. Faz sugestivo jogo de palavras: usa a expressão Exame médico, que remete à inspeção feita nocorpo de um indivíduo para chegar a um diagnóstico sobre seu estado de saúde, para referir uma provade avaliação a ser realizada por formandos em medicina.II. Aproxima a área médica e a área do direito, acerca da avaliação dos indivíduos que desejamexercer as respectivas profissões, de modo a evidenciar o reconhecimento, em plano mundial, dafragilidade da formação desses futuros profissionais.

III. Critica a imperfeição do sistema de avaliação dos formados em direito, considerando essa falhacomo fator que tira da prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil a possibilidade de sertomada como padrão para outras áreas do conhecimento.

Está correto o que se afirma APENAS ema) I.b) I e II.c) I e III.d) II.e) II e III.

99. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Considerado o contexto, está

corretamente entendido o seguinte segmento:a) (linhas 5 e 6) decidiu implementar uma prova de avaliação [...] dos conhecimentos dos futuros médicos / determinou que uma das partes do exame  acerca dos conhecimentos dos futuros médicos fosse  maisrigorosa. 

b) (linhas 9 e 10) é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior  / suficientesrazões permitem a suspeita de que a porcentagem de estudantes despreparados seja maior. 

c) (linhas 11 e 12) muitos dos maus alunos boicotam o exame  / a maior parte dos alunos, mal preparados, é responsável pela baixíssima média das notas do exame. 

d) (linha 25) defende o exame compulsório   / opta por realizar exame mais abrangente no que se refere aostemas de saúde.

e) (linhas 28 e 29) seria imprescindível [...] a realização de provas / seria inoportuna a exigência de provas. 

100. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O Cremesp, que defende oexame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seriainsuficiente.Considerado o contexto, a locução destacada acima equivale a:a) a propósito.b) ainda.c) todavia.d) por isso.e) nesse sentido.

101. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O Cremesp, que defende oexame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seriainsuficiente.Considerado o contexto, traduz-se corretamente, e em conformidade com o padrão culto escrito, o que estáacima sublinhado, em:a) definidos sob o controle dos dirigentes da OAB.b) em respeito com as diretrizes impostas pela OAB.c) idênticos com os já aplicados pela OAB.d) de modo semelhante ao adotado pela OAB.e) idealizados a partir do que a OAB direciona.

102. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A forma ou locução verbalque expressa ação totalmente realizada no passado é a destacada em:

a) Reforçam-se as evidências da baixa qualidade de ensino em cursos de medicina do país.b) Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005.c) ... quando o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação, facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos.

d) ... é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior . e) ... seria imprescindível [...] a realização de provas...

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103. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Está totalmente clara, e emconformidade com a norma culta escrita, a seguinte reformulação da frase Esse retrato vem sendo confirmadoanualmente desde 2005:a) Esse retrato vem sendo confirmado anualmente a mais de três anos.b) Devem fazer uns quatro anos que se confirma anualmente esse retrato.c) Se faz confirmações anuais desse retrato, de 2005, em seguida.d) Vindo de 2005, a confirmação desse retrato é anual.e) Confirma-se esse retrato anualmente, desde o ano de 2005.

104. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010)  Se implementado nessesmoldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-

 formados despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos universitários demedicina.Considerados o trecho acima e o respeito ao padrão culto escrito, é correto afirmar:a) No início do trecho, está implícita a forma verbal “fosse”; caso estivesse subentendida a forma “for”,

deveria ser usada a forma “cumprirá”.b) A forma verbal cumpriria foi empregada para expressar fato futuro tomado como certo e próximo de se

realizar.c) Os dois-pontos anunciam ideias que, consideradas de grande importância, não haviam recebido nenhuma

referência anteriormente.d) O uso do sinal indicativo da crase manteria sua correção se o segmento fosse: “impediria o acesso à mais de

um cargo que exige boa formação profissional”.e) Assim como profissão, está adequadamente grafado o vocábulo “assensão”.

105. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase que não apresentaambiguidade é:a) O coordenador informou ao grupo que sua proposta não tinha sido aceita.b) A briga entre Pedro e Miguel foi séria, por isso lhe disse que era melhor não insistir na viagem.c) De presente de aniversário, a menina pediu muito ousada fantasia de fada.d) Ator e diretor se desentenderam, mas, posteriormente, o ator reconheceu suas próprias falhas.e) Maria assinou o projeto e o orçamento, cujo prazo de entrega estava se esgotando.

106. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase em que a concordância

está em total conformidade com o padrão culto escrito é:a) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista novata, ainda que os últimos não lhespertencessem.

b) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e concluíram que muitos não eram, de fato, nadaacessível.

c) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as comprometeram de modo irreversível.d) As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam sido feitas, por isso as expectativas de

que a arrecadação fosse muito mais alta não tinha fundamento.e) São muitos os aspectos do documento que merecem detida análise do advogado, mas tudo indica que não

haverá alterações significativas.

107. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O segmento grifado está

empregado em conformidade com o padrão culto escrito em:a) O apego nos bens que julgava lhe pertencerem provocou muitas discórdias.b) Estou convicto de que as melhores providências já foram tomadas.c) Sua ambição com o poder colocou-o em situação difícil.d) Apresentou, perante a todos, suas desculpas pelo perigoso equívoco.e) Medroso com tudo que lhe era desconhecido, não aceitou o cargo no exterior.

108. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase pontuada emconformidade com a norma culta escrita é:a) Entendam todos, que a questão não está resolvida, e que assim que for possível, voltaremos ao debate.b) Através da janela embaçada vislumbravam-se, pinheiros de vários tipos, árvores frutíferas de várias

espécies e ainda, o topo da igreja centenária.

c) O autor alerta na introdução, sobre a necessidade de a leitura ser feita em ritmo lento, compatível com agravidade do assunto.d) Ela conquistava as glórias, eu, as antipatias; assim fomos construindo nossa vida de comerciantes, até que,

um dia, as coisas se inverteram.e) Do que foi discutido, uma conclusão evidente; todos terão direito de expor suas expectativas, desde que o

façam, com absoluta civilidade.

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109. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase em que a grafia respeitatotalmente o padrão culto escrito é:a) À exceção dos que se abstiveram de opinar sobre a qualidade dos serviços, os participantes da pesquisa puderam

usufruir gratuitamente de um dia de lazer no hotel.b) A escursão prometida não ocorreu, pois o número de interessados foi excessivo; mas até isso colaborou para o

explendor da viagem, pois o desconto oferecido surpreendeu.c) Casualmente encontraram-se no saguão; ela parecia advinhar o que ele tinha a lhe dizer, por isso não lhe deu

oportunidade de ser posta em cheque.d) Considerou ultrage o comentário adivindo do seu sucessor, mas, para preservar-se, abdicou de dar-lhe resposta à

altura.e) Com a dispensa abarrotada de produtos nobres, não exitou um minuto ao negar um jantar aos participantes doprograma de inclusão social.

110. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A frase que atende integralmente aopadrão culto escrito é:a) Vossa Excelência, é certo que vossa presença está sendo reclamada: todos querem que continui a prestar apoio

ao grupo de trabalho.b) As alterações que provirem da reunião com o prefeito serão bem recebidas, se contemplarem os direitos de todos

os cidadãos da comunidade.c) Os guardas-florestais requereram revisão do acordo feito com empresas que não respeitam as normas ambientais.d) Se o manual contesse todas as informações necessárias, não haveria necessidade de eu estar solicitando mais

esclarecimentos.e) Se você o ver ainda hoje, avise que o prazo para entrega do documento expirará amanhã.

Atenção: As questões de números 111 a 118 referem-se ao texto abaixo.

 Nos anos setenta, no auge dos grandes projetos de infraestrutura implantados pelos governos militares, a Amazônia era conhecida como o inferno verde. Uma mata fechada e insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos, que deveria ser derrubada a todo custo – sempre com incentivo público – pelos colonos, operários egarimpeiros que se aventuravam pela região. Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas, à medida queos brasileiros perceberam que a região é um patrimônio nacional que não pode ser dilacerado sem comprometer o futuro do próprio país.

Com seus 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia representa mais da metade do territóriobrasileiro, 3,6% da superfície seca do planeta, área equivalente a nove vezes o território da França. O rio Amazonas, o maior do mundo em extensão e volume, despeja no mar em um único dia a mesma quantidade deágua que o Tâmisa, que atravessa Londres, leva um ano para lançar. O vapor de água que a Amazônia produz por meio da evaporação responde por 60% das chuvas que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

 Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza, a Floresta Amazônica permanece um domínio danatureza no qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem lá 25 milhões de brasileiros, pessoas queenfrentaram o desafio do ambiente hostil e fincaram raízes na porção norte do país. Assusta observar que, nointenso debate que se trava sobre a melhor forma de preservar (ou, na maior parte das vezes, ocupar) a floresta,esteja praticamente ausente o maior protagonista da saga amazônica: o homem.

É uma forma atravessada de ver a situação, pois o destino da região depende muito mais de seushabitantes do que de medidas adotadas por autoridades do governo ou por organizações não-governamentais. A prioridade de todas as iniciativas deveria ser melhorar a qualidade de vida e criar condições econômicas para que

seus habitantes tenham alternativas à exploração predatória. Só assim eles vão preservar a floresta em vez dedestruí-la, porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo.

(O fator humano. Veja especial, São Paulo, Ano 42, Setembro2009, pp. 22-24, com adaptações)

111. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) De acordo com o texto,a) a situação econômica da maioria dos habitantes da região amazônica não permite a realização dos projetos de

sustentabilidade no manejo da floresta.b) uma população de aventureiros que se instalaram na Amazônia foi a principal responsável pela deterioração das

condições de vida na região.c) a maneira mais eficaz de preservar a Amazônia é a criação, para seus habitantes, de atividades econômicas que

não ofereçam risco à sustentabilidade da floresta.d) propostas de preservação da Amazônia tornam-se impraticáveis devido ao número de habitantes da região, quedela precisam sobreviver.

e) as condições insalubres de vida no meio da floresta comprometem toda e qualquer possível proposta dedesenvolvimento da região amazônica.

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112. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Os dados citados no 2o parágrafoa) fundamentam a convicção de que a Amazônia é o inferno verde, tal como concebida na época dos governos

militares. b) justificam as medidas de ocupação do ambiente hostil da Amazônia, tomadas em épocas mais distantes. c) contestam a afirmativa de que a visão sobre a região amazônica mudou bastante nas últimas duas décadas. d) realçam o fato de que o homem não é bem-vindo numa região insalubre, coberta pela floresta. e) dão consistência à afirmativa de que a Amazônia constitui um verdadeiro patrimônio nacional.

113. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) No texto, é possível identificar

a) adesão à percepção negativa sobre a Amazônia.b) visão pessoal sobre a importância da região amazônica.c) defesa das medidas governamentais com foco na ocupação da Amazônia.d) pessimismo quanto aos resultados da ocupação humana na região amazônica.e) ausência de medidas de caráter oficial com vistas à preservação da Amazônia.

114. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010)  (ou, na maior parte das vezes,ocupar)O segmento isolado pelos parênteses, no 3o parágrafo, denotaa) questão que não exige propriamente qualquer resposta.b) citação de opinião de interlocutor alheio ao contexto.c) ressalva, ao relativizar o sentido do que foi afirmado anteriormente.

d) insistência em uma mesma afirmativa, desnecessária no contexto.e) exclusão da afirmativa anterior.

115. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O segmento grifado foi substituídode modo INCORRETO pelo pronome em:a) sem comprometer o futuro do próprio país // sem comprometê-lo.b) que enfrentaram o desafio do ambiente hostil // que o enfrentaram.c) e fincaram raízes na porção norte do país // e fincaram-nas.d) e criar condições econômicas // e criá-las.e) eles vão preservar a floresta  // preservar-lhe.

116. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Considere as afirmativas seguintes,

a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:I. O emprego dos travessões no 1o parágrafo assinala uma pausa que imprime ênfase ao comentário.II. Os dois-pontos que aparecem no final do 3o parágrafo introduzem um esclarecimento ao que acabou deser afirmado.III. Na frase Só assim eles vão preservar a floresta em vez de destruí-la, ficaria correta a colocação de umavírgula após preservar. 

Está correto o que se afirma em:a) III, apenas.b) I e II, apenas.c) I e III, apenas.d) II e III, apenas.e) I, II e III.

117. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) ... a Amazônia representa mais dametade do território brasileiro ... (2o parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima é:a) Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas...b) O vapor de água (...) responde por 60% das chuvas...c) ... que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.d) ... pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes.e) ... porque terão orgulho de sua riqueza natural, única no mundo.

118. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) ... que deveria ser derrubada a todocusto pelos colonos, operários e garimpeiros ... (1o parágrafo) 

Transpondo a frase acima para a voz ativa, a forma verbal corretamente obtida será:a) deveriam derrubar.b) era para ser derrubada.c) se derrubaria.d) teriam derrubado.e) seriam derrubados.

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Atenção: As questões de números 119 a 123 referem-se ao texto apresentado abaixo.

O Curupira

Guardião das florestas e dos animais, o Curupira é um pequeno ser com traços indígenas, cabelo de fogo e com os pés virados para trás, que possui o dom de ficar invisível.

 Dizem que o Curupira é o protetor daqueles que sabem se relacionar com a natureza, utilizando-aapenas para a sua sobrevivência. Ou seja, tem a proteção do Curupira o homem que derruba árvores paraconstruir sua casa e seus utensílios, ou ainda para fazer seu roçado, e caça apenas para alimentar-se. Masaqueles que derrubam a mata sem necessidade e os que caçam indiscriminadamente têm no Curupira umterrível inimigo e acabam caindo em suas armadilhas.

Para se vingar daqueles que destroem a floresta, o Curupira se transforma em caça − uma paca,uma onça ou qualquer outro bicho que atraia o caçador para o meio da mata, fazendo-o perder a noção deseu rumo e ficar dando voltas, retornando sempre ao mesmo lugar. Outra forma de atingir os maus caçadoresé fazer com que sua arma não funcione ou que eles sejam incapazes de acertar qualquer tipo de alvo,

 principalmente a caça. Na realidade, a lenda do Curupira revela a relação de respeito pela vida que os índios brasileiros

têm com a mata.(Disponível em: <http://portalamazonia.globo.com/modelo_

avulso.php?cfg=noticias&mdltpl=lendasam...>. Acesso em: 30/11/2009)

119. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Na lenda do Curupira ficaevidentea) o espírito vingador e destrutivo dos índios brasileiros, encarnado na desfiguração de seres imaginários.b) a intenção de preservar os recursos da floresta amazônica para aproveitamento exclusivo de seus

moradores.c) a visão peculiar do indígena sobre a floresta, ambiente que lhe serve de morada.d) a exploração da floresta, constante e continuada, por aventureiros que nela se estabeleceram.e) a ingenuidade de caçadores e de exploradores, vítimas dos desafios apresentados pela floresta.

120. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O segmento introduzido porOu seja, no 2o parágrafo,

a) detalha a afirmativa feita na frase imediatamente anterior.b) acrescenta uma ressalva importante ao que vem sendo exposto.c) retifica a informação anterior, introduzindo nova ideia no contexto.d) contraria o enunciado anterior, ao aproximar ideias opostas entre si.e) introduz uma dúvida a respeito da veracidade da informação anterior.

121. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O texto legitima a seguinteafirmação:a) a desorientação dos caçadores no meio da mata é recurso empregado pelo Curupira para afugentar os

indígenas que buscam alimentos.b) a transformação do Curupira em animais da floresta tem por objetivo oferecer mais opções de caça aos

habitantes da floresta.c) as ações atribuídas ao Curupira como protetor da floresta não estão vinculadas às dificuldades no manejo

das armas de caça.d) a caracterização física do Curupira demonstra sua predisposição para criar armadilhas contra a destruição

irracional da floresta.e) a incapacidade de atingir um alvo determinado é típica daqueles que, por habitarem a floresta, não estão

habituados a armas de fogo.

122. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) ... que atraia o caçador . (3o parágrafo)O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,a) desejo impossível de ser realizado.

b) hipótese plausível.c) dúvida quanto à necessidade de um fato.d) certeza com relação a um fato.e) fato inimaginável.

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123. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) A concordância verbal e nominalestá inteiramente correta na frase:a) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram seu sustento, sabem que é importante respeitar todas

as formas de vida que nela se encontram.b) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos poderes mágicos que encarna, sobretudo, o espírito

da floresta.c) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres guerreiros, como forma de manter as

tradições da tribo.d) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena variam muito, mas mostram, particularmente, uma

explicação para os fenômenos da natureza.e) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata fechada, é necessário a presença de guias habituados às

dificuldades da região.

Instruções: Para responder às questões de números 124 a 128, assinale a alternativa que preenche corretamente aslacunas da frase apresentada.

124. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Já ...... várias medidas para que se...... os índices de desmatamento em toda a região.a) foi tomadas - reduzissemb) foi tomado - reduzissemc) foram tomadas - reduzissemd) foram tomadas - reduzisse

e) foi tomado - reduzisse125. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Ele ...... que lhe ...... dificuldades,mas ...... ajuda financeira para as pesquisas sobre o clima.a) receiava - sobreviessem - obteub) receiava - sobrevissem - obtevec) receava - sobreviessem - obteved) receava - sobrevissem - obtevee) receava - sobreviessem - obteu

126. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O funcionário ..... o chefe se dirigiuera a pessoa ...... todos confiavam.a) para quem - em queb) em que - com quemc) por quem - de qued) a quem - em queme) de quem - a quem

127. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) O edital, entregue a todos oscandidatos, pretendia ...... o Concurso seria realizado em breve.a) informá-los de queb) informá-los para quec) informá-los sobre qued) informar-lhes de quee) informar-lhes para que

128. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 2010) Sem nada perguntar ...... ninguém,

o rapaz dirigiu-se ...... um canto da sala, ...... espera de ser chamado pela atendente.a) a - a – a c) a - à – à e) à - a - ab) a - a – à d) à - à - a

GABARITO01 – C 02 – E 03 – D 04 – B 05 – A 06 – D 07 - A 08 – E 09 – C 10 – B11 – C 12 – B 13 – E 14 – D 15 – A 16 – D 17 - C 18 – E 19 – B 20 – A21 – B 22 – C 23 – A 24 – E 25 – D 26 – C 27 – A 28 – B 29 – D 30 – E31 – D 32 – B 33 – C 34 – A 35 – E 36 – E 37 – D 38 – A 39 – A 40 – B41 – D 42 – C 43 – B 44 – B 45 – D 46 – B 47 – E 48 – A 49 – D 50 – E51 – B 52 – C 53 – A 54 – D 55 – E 56 – D 57 – A 58 – E 59 – B 60 – C61 – D 62 – C 63 – E 64 – B 65 – A 66 – E 67 – B 68 – C 69 – E 70 – E

71 – D 71 – A 73 – B 74 – A 75 – D 76 – B 77 – A 78 – C 79 – E 80 – D81 – C 82 – E 83 – B 84 – D 85 – A 86 – C 87 – D 88 – B 89 – A 90 – E91 – C 92 – A 93 – E 94 – B 95 – D 96 – E 97 – D 98 – A 99 – B 100 – C101 – D 102 – C 103 – E 104 – A 105 – D 106 – E 107 – B 108 – D 109 – A 110 – C111 – C 112 – E 113 – B 114 – C 115 – E 116 – B 117 – E 118 – A 119 – C 120 – A121 – D 122 – B 123 – A 124 – C 125 – C 126 – D 127 – A 128 – B