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1 Campus de Botucatu FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas Campus de Botucatu AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL RELATÓRIO FINAL 2005 - 2009 Botucatu, janeiro de 2010

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Campus de Botucatu

FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas

Campus de Botucatu

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

RELATÓRIO FINAL 2005 - 2009

Botucatu, janeiro de 2010

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Campus de Botucatu

FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas

Campus de Botucatu

Diretor: PROF. DR. EDIVALDO DOMINGUES VELINI Vice-Diretor: PROF. DR. JOSÉ MATHEUS YALENTI PEROSA

GRUPO DE AVALIAÇÃO LOCAL Prof. Dr. Norberto da Silva (Presidente) Prof. Dr. João Francisco Escobedo Prof. Dr. Roberto de Oliveira Roça Prof. Dr. Zacarias Xavier de Barros Diretora Técnica Acadêmica: Sueli Aparecida Zanardo Honório

Janeiro/2010

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1- Caracterização da Faculdade de Ciências Agronômicas e do Curso de Engenharia Florestal

A trajetória histórica da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), unidade que

atualmente abriga os Cursos de Agronomia (criado em 1965) e de Engenharia Florestal

(criado em 1987), originou-se da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de

Botucatu (FCMBB), cujas atividades iniciaram-se em 1962 como um dos institutos

isolados de ensino superior do estado de São Paulo.

Quando a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) foi criada,

agregando os Institutos Isolados, configurou-se como instituição com aspecto

multicampi, convivendo com os cursos de Biologia, Medicina e Medicina Veterinária e

instalada no Distrito de Rubião Junior.

A partir de 1981, a sede definitiva da FCA foi transferida para o complexo Fazenda

Lageado - Edgárdia, no mesmo município. Juntamente com a Fazenda São Manuel

formam as Fazendas Experimentais de Ensino, Pesquisa e Produção (FEPP), que se

articulam com os cursos de Agronomia e Engenharia Florestal e qualificam o processo

de formação profissional nestas áreas de conhecimento.

Da estrutura física da FCA fazem parte, prédios administrativos, departamentos, central

de salas-de-aula, biblioteca e demais instalações de apoio à pesquisa e ao ensino,

construídos após 1991. Convivem com esta estrutura construções históricas antigas,

pertencentes à fase de centenária de fazenda de produção de café e de antiga Estação

Experimental do Café, instalada nesse espaço na década de 1930, e que vem sendo

recuperado a como uma área histórica a partir de projeto técnico.

A vigente estrutura departamental da FCA, desde 1999 comporta 4 Departamentos:

Engenharia Rural; Gestão e Tecnologia Agroindustrial; Produção Vegetal; e Recursos

Naturais. As áreas de conhecimento e pesquisa desenvolvida pelos docentes da FCA,

nestes Departamentos, são:

Departamento de Engenharia Rural: Construções Rurais, Materiais e Ambiência,

Energização Rural, Automação e Agricultura de Precisão, Armazenamento e

Processamento de Produtos Agrícolas, Mecânica, Máquinas e Mecanização Agrícola,

Engenharia de Água e Solo, Recursos Hídricos, Topografia, Sensoriamento Remoto e

Geoprocessamento.

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Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial: Planejamento, Extensão e

Desenvolvimento Regional, Economia Agroindustrial, Sociologia, Informática: Métodos

e Multimeios, Desenvolvimento, Política e Meio Ambiente, Tecnologia dos Produtos de

Origem Vegetal, Tecnologia dos Produtos de Origem Animal, Gestão Agroindustrial.

Departamento de Produção Vegetal: Fitopatologia, Entomologia e Acarologia,

Nematologia, Biotecnologia e Microbiologia Agrícola, Defensivos Agrícolas e Tecnologia

de Aplicação, Grandes Culturas, Matologia, Sementes, Melhoramento Vegetal,

Floricultura, Fruticultura, Olericultura, Plantas Medicinais, Processamento e Pós-Colheita

de Frutas e Hortaliças, Paisagismo.

Departamento de Recursos Naturais: Agrometeorologia, Meteorologia e Climatologia,

Fontes Alternativas de Energia, Tecnologia de Resíduos e Compósitos, Geologia e

Mineralogia, Geoquímica e Sedimentologia, Agroecossistemas, Biotecnologia e

Xenobióticos, Fertilidade do Solo, Nutrição e Adubação de Plantas, Pedologia, Manejo e

Conservação do Solo, Geoprocessamento e Levantamento de Solos, Processamento e

Utilização de Corretivos, Fertilizantes e Resíduos, Silvicultura, Técnicas e Operações

Florestais, Qualidade da Madeira, Tratamento da Madeira, Processamento da Madeira,

Manejo Florestal, Ecologia e Restauração Florestal, Silvicultura Tropical, Manejo de

Áreas Silvestres, Recursos Químicos e Energéticos Florestais.

O Curso de Engenharia Florestal, ao ser criado em 1987, vinculou-se ao processo

histórico de desenvolvimento da FCA, e demandou a implantação do Departamento de

Ciências Florestais, como núcleo na organização do mesmo.

Com a implantação de reforma departamental na F.C.A., ocorrida em 1998, que reduziu

o número, aglutinando antigos departamentos, o então Departamento de Ciências

Florestais fundiu-se aos antigos Departamentos de Ciência do Solo e Ciências

Ambientais para constituir o Departamento de Recursos Naturais. Tal fato vem sendo

alvo de críticas dos avaliadores do curso e necessita revisão para restituir o

Departamento de Ciência Florestal como núcleo do curso de engenharia Florestal.

O início do funcionamento se deu aos 22 de fevereiro de 1988 e o reconhecimento

ocorreu em 04 de maio de 1993, pela Portaria MEC 736. A estrutura curricular foi

alterada em 1998 e adequada em 2008 visando atender as Diretrizes Curriculares

estabelecidas pelo MEC.

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O currículo do Curso de Engenharia Florestal adequa os conteúdos, técnicas e

estratégias para permitir a formação de profissionais criativos, críticos, competitivos e

habilitados ao implemento de tecnologias, promoção de estímulos e modificações

necessárias ao desenvolvimento do setor florestal.

O número de vagas oferecidas no curso de Engenharia Florestal é 40. No triênio 2005-

2007 o currículo era composto de disciplinas obrigatórias com 3315 horas, disciplinas

optativas com 300 horas e Estágio Supervisionado em Engenharia Florestal ou Pesquisa

em Ciência Florestal com 630 horas, totalizando 4245 horas. A partir de 2008 com a

adaptação às Diretrizes Curriculares as atividades foram divididas em obrigatórias e

optativas. As atividades obrigatórias sofreram um acréscimo, totalizando num total de

4.395 horas incluindo disciplinas obrigatórias com 3.345, horas atividades

complementares com 450 horas, Trabalho de Conclusão de Curso com 120 horas e

Estágio Supervisionado em Engenharia Florestal com 480 horas.

2- Caracterização do corpo docente do Curso de Engenharia Florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas A tabela 1 inclui o número de docentes por titulação e regime de trabalho no qüinqüênio

2005-2009, integrantes da FCA, excluindo-se professores do núcleo de conteúdo básico,

cujas disciplinas são lecionadas pelo Instituto de Biociências.

Tabela 1- Corpo docente do curso de Engenharia Florestal da FCA/UNESP - Botucatu Ano Função Regime de

Trabalho 2005 2006 2007 2008 2009

MS3 RDIDP(40h) 22 24 25 26 25 RTP (12h) - - - - - RTC (24h) 01 01 - - -

MS5 RDIDP(40h) 22 20 19 18 18 MS6 RDIDP 04 05 06 05 06 Total 49 50 51 49 49 Pode-se observar que 100% do corpo docente do núcleo de conteúdo profissionalizante,

é constituído de portadores com o título mínimo de Doutor e quase a totalidade, exerce

atividades em regime de trabalho de dedicação exclusiva, o que os enquadra

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perfeitamente nas atividades inter-relacionadas de ensino, pesquisa e extensão. O

número de Doutores cresceu ligeiramente no qüinqüênio, havendo uma diminuição de

Professores Adjuntos e manutenção do número de Titulares. As duas categorias

compreenderam de 53,1% a 49,0% dos docentes do curso, em função do ano, o que

demonstra o alto nível de qualificação do corpo docente integrante do curso.

A carga horária docente na graduação, oferecida para o Curso de Engenharia Florestal

(Tabela 2) permaneceu estável com a média de 2,83 horas semanais.

Tabela 2- Carga horária docente na FCA/ UNESP-Botucatu

Ano Carga horária 2005 2006 2007 2008 2009 Carga horária no curso 4.571 4.774 4.944 4.213 4.237 Carga horária em outros cursos 6.291 6.585 6.861 5.386 7.163 Carga horária pós-graduação 2.757 1.185 4.094 3.732 5.352 Média semanal no curso 2,87 2,89 2,87 2,75 2,77 Média semanal em outros cursos 3,96 3,99 4,16 4,08 5,55 Média semanal na pós-graduação 1,73 0,72 2,48 4,01 4,14 Anual

(graduação+ pós-graduação)

13.619 12.544 15.899 13.331 16.752

Média semanal

(graduação+pós-graduação)

8,56 7,60 9,64 10,8 12,46

Se considerarmos as atividades didáticas em outros cursos de graduação e aquelas

desenvolvidas em programas de pós-graduação, o número de horas aula/docente sofreu

um aumento de 8,56 em 2005 para 12,46 em 2009, o que indica um bom envolvimento

dos docentes nas atividades didáticas.

A relação media discentes para docentes no curso de graduação em Engenharia

Florestal no período foi de 4,5 discente por docente. A média semanal de atividades

didáticas dos docentes nos programas de pós-graduação variou de 1,73 em 2005 a 2,48

horas em 2007. O incremento de carga horária em 2008, foi resultado da implantação de

um programa de pós-graduação em Ciência Florestal, cursos Mestrado e Doutorado,

resultando no envolvimento maior de docentes específicos do curso de Engenharia

Florestal.

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A orientação científica a discentes, por docente do curso de Engenharia Florestal,

compreendendo Projetos de Pesquisa, de Extensão, Técnicos e outros, incluindo o

Programa de Educação Tutorial (PET), está apresentada na Tabela 3.

Tabela 3- Atividades de orientação discente por docentes do curso de Engenharia Florestal da FCA/UNESP-Botucatu. Ano Tipos de Orientação 2005 2006 2007 2008 2009 Extensão Universitária I – PAE 14 13 11 11 09 Extensão Universitária II – Projetos de Extensão

05 01 - 06 14

Extensão Universitária III – Monitoria 04 02 03 01 01 Extensão Universitária III – Informática 01 - - - - PIBIC 08 07 07 10 11 FAPESP 14 15 16 13 05 PET 12 12 12 12 16 Outras 05 02 03 12 16 Total 63 52 52 65 72 Percentual de bolsistas (%) 29,0 23,5 21,9 28,0 31,8

Excetuando-se os projetos técnicos, que possuem discentes bolsistas e não bolsistas

todos os projetos em desenvolvimento nas demais modalidades, são de alunos

bolsistas, com média de 26,8% que constituem porcentagem significativa, considerando-

se o número de 217 a 226 alunos no curso de graduação no qüinqüênio.

A produção de material didático pelos docentes (Tabela 4) considerando-se textos e CD

Rom, foi alta nos anos de 2005 e 2006 e nula nos anos subsequentes. A partir de 2007,

houve grande aumento em capítulo de livros, inexistentes nos anos anteriores.

Tabela 4- Produção de material didático pelos docentes do curso de Engenharia

Florestal da FCA/UNESP/Botucatu

Ano Tipo 2005 2006 2007 2008 2009 Capítulo de Livro - - 35 06 10 Texto 30 29 - 17 13 CD ROM 39 36 - - - Livros - - - - 04 Vídeos - - - - 09 Total 69 65 35 23 36

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3 - Caracterização do corpo discente do Curso de Engenharia Florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas Quando se analisam os dados referentes ao perfil dos ingressantes no curso de

Engenharia Florestal da FCA (Tabela 5), observa-se certa variação no período de 2005 a

2009. Como média do qüinqüênio pode-se observar que 50,9% dos ingressantes são do

sexo masculino, 83,0% são brancos, com idade predominante entre 17 e 19 anos,

solteiros (83,7%), residentes no estado de São Paulo (91,8%).A maioria dos ingressantes

são filhos de pais que possuem ensino médio completo (82,8%) ou pai com nível

universitário completo ou incompleto (55,3%) que exercem atividades profissionais

liberais, como administradores ou proprietários de pequenas e médias empresas (73,1%).

As mães podem ser enquadradas em situação muito semelhante (60,6%) e que em 33,6%

dos casos, exercem atividades remuneradas. A renda familiar está abaixo de dez a vinte

salários mínimos (61,7%) da qual dependem três a seis pessoas (91,4%). A intenção de

manutenção do ingressante no curso é que seja paga pelos próprios pais. É pequena a

intenção dos candidatos em manter-se na universidade com bolsas de estudo (12,2%).

Quanto à região de origem, 72,1% são provenientes do interior, desconhecendo-se,

entretanto, qual a porcentagem proveniente da zona rural. A maior parte cursou o

ensino fundamental (60,0%) e o médio (77,0%) em escolas particulares, no período

diurno, tendo freqüentado o cursinho pré-vestibular, pelo menos seis meses (69,9%) e

prestado vestibular pelo menos uma vez (77,6%) antes do ingresso na F.C.A.

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Tabela 5- Perfil de ingressantes no curso de Engenharia Florestal da FCA /UNESP

Ano Característica 2005 2006 2007 2008 2009 Média

Sexo Masculino 57,9 50,0 42,5 56,4 47,5 50,9 Idade (17 a 19 anos) 78,9 82,5 80,0 87,1 90,0 83,7 Solteiros 100 100 95,0 97,4 100 98,4 Residência no Estado de SP 94,7 90,0 92,1 92,3 90,0 91,8 Residência no interior de SP 81,6 77,5 75,0 59,0 67,5 72,1 1º grau escola pública ou maior parte 39,4 47,5 35,0 33,3 45,0 40,0 2º grau escola pública ou maior grau 27,4 32,5 22,5 15,4 17,5 23,6 2º grau período diurno 86,4 80,0 77,5 89,7 92,5 85,2 Freqüentou cursinho pelo menos 6meses 60,5 80,0 77,5 64,1 62,5 68,9 Prestou vestibular pelo menos 1 vez 73,8 87,5 77,5 74,4 75,0 77,6 Pai com nível superior completo ou incompleto 60,5 60,0 60,0 48,7 47,5 55,3 Pai com ensino médio completo 81,6 82,5 85,0 84,7 80,0 82,8 Mãe com nível superior completo ou incompleto 60,5 57,5 55,0 66,7 62,5 60,4 Mãe com 2º grau completo 84,2 85,0 82,5 87,2 90,0 85,8 Pai-Profissional liberal, prop. ou adminis. negócio 73,6 72,5 72,5 74,4 72,5 73,1 Mãe não exerce atividade remunerada 39,5 35,0 32,5 30,8 30,0 33,6 Candidato não exerce atividade remunerada 97,4 85,0 92,5 89,7 90,0 90,9 Gastos pagos pela família 97,4 87,5 87,5 89,7 92,5 90,9 Pretende ter bolsa de estudo 7,90 15,0 10,0 15,4 12,5 12,2 Renda familiar de 10-20 salários mínimo 55,3 32,5 42,5 31,0 30,0 38,3 3-6 pessoas dependentes da renda 97,3 92,5 87,5 94,9 85,0 91,4

O desempenho acadêmico dos discentes no triênio 2005-2007 pode ser avaliado pela

progressão dos mesmos no curso, pelos estágios extracurriculares remunerados (com

bolsas), ou não, em pesquisa, extensão e vivência de experiências extracurriculares

junto à comunidade.

Na Tabela 6 pode ser observada a progressão acadêmica dos alunos durante o triênio.

Dos 40 alunos ingressantes anualmente, a média de alunos formados foi de 36, com

variação de 27 a 43. Neste mesmo período não houve trancamento de matrícula e o

número de evadidos foi de dois discentes no quinquênio, com a taxa média de 0,88% .

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Tabela 6 - Progressão acadêmica dos discentes no curso de Engenharia Florestal da FCA/UNESP-Botucatu Ano Desempenho Acadêmico 2005 2006 2007 2008 2009 Média Matriculados 217 221 237 232 226 Formados 27 37 43 34 36 36 Trancaram matrícula 0 0 0 0 0 0 Suspenderam matrícula - 06 05 0 04 3 Evadidos 01 01 - - 08 2 Taxa de Evasão - (%) 0,46 0,45 0 0 3,53 0,88

Os dados sobre a participação discente em estágios extracurriculares com bolsas, já

foram apresentados na tabela 3. Durante o período houve um aumento no total de

bolsistas discentes de sessenta e três para setenta e dois decorrentes do aumento do

número de bolsas de extensão universitária II e PIBIC, apesar de ter havido um

decréscimo no número de bolsas da FAPESP. Somando-se a esses números os estágios

extracurriculares não remunerados (Tabela 7) a porcentagem de discentes com esse

tipo de atividades foi de 32,7%, 30,8% , 30,8%, 54,3% e 44,7% de 2005 a 2008

respectivamente, participação que aumentou significativamente em 2008 e 2009.

Tabela 7- Número de estágios extracurriculares não remunerados de discentes do curso de Engenharia Florestal da FCA/UNESP-Botucatu

Ano Estágios Extracurriculares 2005 2006 2007 2008 2009 Instituição Pública 08 16 21 30 10 Instituição Privada - - - 2 15 Terceiro Setor - - - 12 03 Cooperativas, Sindicatos (outros) - - - 07 - Total 08 16 21 61 29

A tabela 8 resume os estágios curriculares realizados pelos discentes em função do tipo de instituição escolhida.

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Tabela 8- Estágios curriculares do corpo discente do curso de Engenharia Florestal da FCA/UNESP Ano Instituição 2005 2006 2007 2008 2009 Média( %)

Pública 07 12 11 09 06 25,1 Privada 11 23 25 20 06 47,5 Terceiro Setor - - 03 - 23 14,5 Cooperativas, Sindicatos (outros) 01 - 03 02 - 3,4 Intercâmbio Exterior 07 02 07 01 0 9,5 Total 26 37 49 32 35

Pela análise da mesma conclui-se a preferência pelos estágios em instituições privadas

(47,5%). Esse fato deve-se não só a maior oferta como um possível pré-encaminhamento

à inserção no mercado de trabalho. Observa-se em 2009 um aumento significativo para

estágios no terceiro setor.

Os intercâmbios com outros países, apesar de desejável, não tem aumentado. As

possíveis causas são o alto custo deste tipo de atividade e a inexistência de subsídio

para a sua realização, além de problemas com o idioma estrangeiro.

Um dos reflexos na concessão de bolsas é a produção técnica e científica do corpo

discente (Tabela 9) constituída de trabalhos científicos completos ou resumidos, que se

originam primordialmente desse tipo de atividade.

Tabela 9- Publicações e produção do corpo discente do curso de Engenharia Florestal

da FCA/UNESP-Botucatu.

Ano Tipo 2005 2006 2007 2008 2009 Trabalhos Completos em eventos 10 07 12 10 04 Trabalhos Resumidos em eventos 12 10 15 29 19 Artigos Completos em periódicos 06 05 10 05 02 Textos em Jornais - - - 02 02 Produção Técnica - - - 06 14 Total 28 22 37 52 41

Comparando-se o número total das publicações com o número de bolsas PIBIC e

FAPESP concedidas (Tabela 3) pode-se concluir que até 2007 houve correspondência

entre o número de bolsas e a publicação de resultados. Em 2008 e 2009 houve um

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grande incremento no número de publicações discentes, motivadas provavelmente pela

valorização curricular como instrumento de inserção no mercado de trabalho.

Para a melhoria do ensino e da participação discente na pesquisa contribuem a

Biblioteca e a infra-estrutura de salas de aula e laboratórios disponíveis na FCA. Oitenta

e sete por cento dos livros textos utilizados pelas diferentes disciplinas possuem um ou

mais de um exemplar para cada 10 alunos (Tabela 10).

Tabela 10- Disponibilidade de livros textos para cada dez alunos

Número exemplares N° livros textos Menos que um exemplar 10 Um exemplar 58 Mais que um exemplar 70

A infra-estrutura utilizada pelo curso de Engenharia Florestal (Tabela 11) é composta por

vinte e seis salas de aula, suficientes para as atividades didáticas, além de onze

laboratórios didáticos, oito dos quais são adequados, com disponibilidade suficientes de

equipamentos. Três deles, entretanto, são pouco adequados. Os três laboratórios

didáticos de informática são todos adequados e suficientes para o curso.

Tabela 11- Infra-estrutura didática disponível e adequação para o curso de Engenharia

Florestal da FCA/UNESP-Botucatu

Infraestrutura número Nº Salas de aulas 26 Nº Laboratórios Didáticos 11 Laboratórios Adequados 10 Laboratórios Pouco Adequados 01 Laboratórios Equipamentos adequados 10 Laboratórios Didáticos de Informática adequados 03 Equipamentos adequados exercício docência 03 Nº de Computadores 75 Nº de Computadores Atualizados 42

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4. Avaliação do ensino da pós-graduação e pesquisa na FCA

A Faculdade de Ciências Agronômicas possui Pós-Graduação stricto sensu com

Programas em: Horticultura, Energia na Agricultura, Proteção de Plantas, Agricultura e

Irrigação e Drenagem, cursos de Mestrado e Doutorado, iniciados respectivamente em

1980, 1982, 1987, dois em 1988 e um recém criado Programa de Ciência Florestal em

2006. Devido ao tempo de existência todos os programas foram sofrendo adaptações e

modificações visando à adequação aos padrões exigidos pela CAPES e encontram-se

atualmente consolidados.

Praticamente todos os docentes do curso de Agronomia e também do curso de

Engenharia Florestal participam de pelo menos um dos seis programas existentes na

FCA sendo altamente qualificados (Tabela 12). Mais da metade deles são Adjuntos e

Titulares, o que demonstra maturidade científica do corpo docente. Esse fato pode ser

corroborado pelo número de bolsas de produtividade científica obtidas junto ao CNPq e

destinadas à FCA (Tabela 13), que corresponde em média a 35,3% do número de

docentes envolvidos no curso no quinquênio.

Tabela 12 - Número e porcentagem de docentes, em R.D.I.D.P. credenciados nos

programas de pós-graduação da F.C.A.

Ano Categoria 2005 2006 2007 2008 2009 Assistente Doutor 22 22 25 28 28 Adjunto 33 32 32 33 33 Titular 9 11 11 10 09 Total 64 55 78 71 70 % Docentes 80,2 93,8 97,2 84,5 82,3

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Tabela 13-Número de docentes com bolsa produtividade científica CNPq por nível de

referência

Ano Nível 2005 2006 2007 2008 2009

1A 1 1 1 1 1 1B 2 2 1 2 2 1C 1 1 1 2 2 1D 2 3 2 3 5 2 13 14 15 21 19

Total 19 21 20 29 29 Na Tabela 14 está relacionado o número de projetos de pesquisa, em andamento ou

concluídos na FCA e na Tabela 3, já apresentada, o número de discentes de graduação

possuidores de bolsas de iniciação científica concedidas por agencias públicas como

CNPq e FAPESP. Considerando-se que todos os projetos de pesquisa em andamento nos

Departamentos da FCA são vinculados aos programas de pós-graduação, verifica-se a

desejável articulação entre graduação e pós-graduação.

Tabela 14- Projetos de pesquisa vinculados a linhas de pesquisa departamentais e aos

PPG-FCA/UNESP- Botucatu

Ano Número

2005 104

2006 120

2007 138

2008 370

2009 393

O número de bolsas de Mestrado e Doutorado concedidos aos diferentes Programas

está contido na tabela 15.

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15

Tabela 15- Número de bolsas concedidas à discentes dos programas de pós-graduação –

FCA/UNESP- Botucatu

2005 2006 2007 2008 2009

AGENCIA M D M D M D M D M D

FAPESP 04 14 10 14 10 13 12 05 33 09

CNPq 38 35 44 39 43 39 40 42 55 83

CAPES 36 64 39 75 42 75 38 76 40 42

Total 78 113 93 128 95 127 90 123 128 134

Quando se compara o número de dissertações e teses defendidas (Tabela 16) com o

número de alunos nos diferentes programas, infere-se que o fluxo de dissertações está

compreendido entre 45.0% e 61,0% e o de teses de doutorado entre 47,7% e 50,6% em

relação ao número de alunos, considerado muito bom pela CAPES.

Tabela 16- Número de dissertações e teses defendidas nos cinco programas de pós-

graduação da FCA/ Botucatu- UNESP

Anos Dissertações Teses

2005 48 54

2006 44 56

2007 43 63

2008 60 52

2009 71 51

A maneira mais eficiente para avaliar o desempenho dos programas de pós-graduação

da FCA é por meio do processo de avaliação externa realizada pela CAPES. Alguns dos

indicadores utilizados, bem como os conceitos obtidos nos diferentes programas para o

quinquênio 2005-2007, são apresentados na Tabela 17 e 18.

No triênio 2004-2006, três dos cinco programas da F.C.A. receberam conceito 5. No

triênio 2007 -2009 quatro cursos receberam este conceito o que demonstra evolução,

na questão “produção intelectual” pelo aumento no número e qualidade das

publicações.

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16

Tabela 17- Desempenho dos programas de pós-graduação – FCA/UNESP triênio 2007-2009 PROGRAMAS

Quesitos A

gri

cult

ura

Ener

gia

na

Ag

ricu

ltu

ra

Ho

rtic

ult

ura

Irri

gaç

ão e

D

ren

agem

Pro

teçã

o d

e P

lan

tas

Proposta do Programa MB MB MB MB MB Corpo Docente MB MB MB MB MB Corpo Discente/Teses/Dissert. MB MB MB MB MB Produção Intelectual MB MB MB MB MB Inserção Social MB MB MB MB MB Conceito Final 5 4 5 5 5

Observação: O Programa Ciência Florestal não foi avaliado no referido Triênio. Para o sucesso do desenvolvimento da pesquisa na FCA, a quase totalidade dela

vinculada aos Programas de pós-graduação e articulada a graduação por meio de bolsas

de iniciação científica, contribui a infra-estrutura física. Construída ao longo de 40 anos e

mais intensamente após a instalação da FCA na Fazenda Lageado, em 1981, é

representada por 16987m² de estruturas administrativas e laboratoriais de

departamentos, 15797m² de construções de apoio de campo a pesquisa, além das

Fazendas Edgardia (451,4 ha), Lageado (560 ha) e São Manuel (132 ha), e uma moderna

biblioteca de 1331m² com acervo de 11927 obras monográficas, 1637 títulos de obras

periódicas e 87795 fascículos, e equipada com recursos de informática.

Associa-se a essa estrutura uma forte captação de recursos externos provenientes de

agencias públicas financiadoras de pesquisa e da iniciativa privada (Tabela 18).

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Tabela 18- Número de projetos vinculados aos departamentos e programas de pós-

graduação e recursos financeiros captados

Ano Agência 2005 2006 2007 2008 2009 CNPq 11 6 4 9 7 FUNDUNESP 2 4 3 1 0 FAPESP 25 42 42 29 14 CAPES 0 0 0 2 0 FINEP 1 1 1 1 1 EMP.PRIVADAS 17 10 1 27 25 Total de Projetos 56 63 51 69 47 Recursos Captados(*) 2.209.251,00 1.785.938,00 858.679,00

3.413.631,00

5.842.268,00

(*) excluindo a maioria dos recursos captados via FEPAF

Para definição de objetivos dos projetos de pesquisa da FCA são considerados: Integração

com as linhas de pesquisa departamentais e com os programas de pós-graduação, a

articulação com a iniciação científica e a extensão, a existência de recursos humanos e

materiais e as relações de intercambio com a comunidade .

A formação de grupos de pesquisa cadastrados no CNPq contribui para a organização

docente e discente em torno de projetos com objetivos comuns.

Na Tabela 19 estão sumarizados os vinte e oito grupos de pesquisa existentes na F.C.A. até

2009 em que 70 docentes participam como lideres e/ou pesquisadores, tanto em nível

local , como em outras unidades da Unesp ou de outras instituições de ensino e pesquisa.

Tabela 19 – Participação de docentes da F.C.A. em grupos de pesquisa

Tipo de Participação

Instituições Líderes Pesquisadores F.C.A. 35 52 UNESP 05 31 Outras 04 22

A existência de grupos de pesquisa com a participação da maioria docente, a articulação

de discentes de Programas de Pós-graduação e de graduação, resultou na expressiva

produção científica da FCA no quinquênio 2005-2009 (Tabela 20) notadamente em

2008-2009.

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Tabela 20- Natureza e números de publicações e produções científicas da FCA/UNESP-

Botucatu

Ano Natureza das publicações 2005 2006 2007 2008 2009 capítulo de livros 54 40 25 21 28 livros com ISBN 11 8 8 6 8 trabalhos resumidos em eventos 397 388 469 216 409 trabalhos completos em eventos 190 151 231 682 417 trabalhos em periódicos arbitrados 185 182 221 257 275 artigo de jornal em revistas 49 55 70 0 0 organização de coletânea 0 11 0 5 0 textos em jornais de notícias 4 0 0 2 0 apresentação de trabalhos em congressos 446 539 585 997 826 material didático e institucional 159 30 31 31 22 publicações por meio eletrônico e técnicas 42 78 160 15 0

5- Atividades de extensão na FCA/UNESP – Campus de Botucatu

As modalidades de Extensão e de Prestação de Assistência na FCA são diversificadas

com o objetivo de atender de maneira adequada as demandas voltadas para públicos e

problemáticas distintas, inserindo a Instituição no contexto da comunidade local e

regional (Tabelas 21 e 22). A análise dos dados, dizem respeito à FCA, cobrindo

atividades desenvolvidas nos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal.

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Tabela 21- Modalidades de extensão e número de participantes envolvidos na sua execução

Ano

2005 2006 2007 2008 2009

Modalidade NºM NºA NºD NºM NºA NºD NºM NºA NºD NºM NºA NºD NºM NºA NºD

Cursos 10 241 16 9 252 9 13 663 17 7 189 8 16 32 18

Projetos 10 10 14 20 20 23 22 22 17 22 29 17 29 43 20

Eventos 4 481 5 5 326 7 14 902 17 18 2963 0 18 72 20

Programa (curso pré-vestibular) 1 50 2 1 50 1 1 50 1 1 50 1 1 50 1

NºA= NÚMERO DE ALUNOS; NºD= NÚMERO DE DOCENTES; NºM= NÚMERO DE MODALIDADES

Tabela 22- Modalidade de atividades assistenciais e participantes envolvidos na execução – FCA/UNESP – Campus de Botucatu

Ano

2005 2006 2007 2008 2009

Modalidade NºA NºM NºA NºM NºA NºM NºA NºM NºA NºM

Atendimento agropecuaristas 322 322 250 250 682 682 350 350 520 520

Prestação de serviços (análise de solo e planta)

7.630 7.630 9.541 9.541 10.958 10.958 35.209 35.209 16.608 16.608

NºA= NÚMERO DE ATENDIMENTOS; NºM= NÚMERO DE MODALIDADES

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20

Os Cursos e Eventos evidenciam intensa participação discente no período considerado,

especialmente a partir de 2007, que contribuem para a ampliação não apenas do Ensino

e da Pesquisa, mas também para trazer temas e aspectos recentes da Ciência

Agronômica e Florestal, ampliando o conhecimento ministrado em disciplinas e

incentivando a formulação de propostas articuladas com problemas atuais.

As atividades de consultoria, por sua vez, evidenciam mais a atuação docente,

excetuado o ano de 2006, quando o número registrado de discentes envolvidos foi

significativo. As atividades assistenciais, voltam-se mais diretamente para a resolução

estrita de problemas, de cunho mais técnico em relação à atividade agropecuária.

Os projetos enumerados na Tabela 21 podem ser divididos em dois grupos. Um visando

a solução técnica-científica de problemas relacionados à Agronomia e Engenharia

Florestal, e o outro relacionado a extensão.

Os projetos pertencentes ao primeiro, agrupados por tema são:

⇒ Formulação de substratos e produção de cogumelos comestíveis e medicinais; técnicas de manejo e produção;

⇒ Produção orgânica de sementes de hortaliças; formação de mudas de hortaliças; produção de hortaliças folhosas em sistema hidropônico;

⇒ Clínica fitopatológica; ⇒ Recomendações de calagem e adubação em diferentes culturas; ⇒ Núcleo de Estudos em Citricultura; ⇒ Núcleo de Extensão em marketing agropecuário; ⇒ Grupo de agroecologia; ⇒ Empresas juniores: CENAGRI e CONFLOR.

Ao segundo grupo pertencem os projetos de extensão, abrangendo atuação de

docentes e alunos voltados para segmentos e instituições sociais específicas, visando

ações destinadas à inclusão social, fortalecimento da cidadania , qualidade de vida, e

são:

⇒ Hortas escolares e comunitárias: lazer, educação e saúde; ⇒ Coordenação, implantação e manutenção de hortas, pomares e jardins em Escolas

Municipais de ensino fundamental e educação infantil; ⇒ Educação ambiental na trilha instalada na FCA; ⇒ Compostagem de resíduos de cozinha em Centro de Convivência Infantil no

Lageado; ⇒ Florestas sociais. ⇒ Cursinho pré-vestibular da FCA; ⇒ Construção e desenvolvimento de sítio modelo, de exposição permanente;

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⇒ Estágio interdisciplinar de vivência em assentamentos de trabalhadores rurais do estado de São Paulo.

6 - Avaliação dos processos administrativos e de gestão Neste item, tratou-se da FCA como um todo, na medida em que os processos

administrativos e de gestão dizem respeito à Unidade, para os cursos de Agronomia e

Engenharia Florestal.

É importante esclarecer que os parâmetros para contratação de pessoal técnico-

administrativo nas unidades da UNESP estão integrados a critérios elaborados pela

administração central, no que se refere às normas do sub-quadro. Assim, a FCA avalia

que são necessárias correções nas definições estabelecidas pela administração central,

especialmente no que se refere à diversidade da demanda das diversas áreas da Ciência

Agronômica e Florestal nos diversos departamentos e laboratórios.

Em relação à contratação de pessoal docente, verifica-se que a incorporação de

docentes ao quadro departamental para ensino de graduação é subordinada à média de

horas aula/docente e à média departamental, permitindo constatar que tais parâmetros

são apenas parcialmente adequados na FCA, havendo tendência não apenas no

engessamento do quadro docente, como à morosidade relativa quanto à reposição de

docentes ausentes por aposentadoria ou falecimento. Tais observações devem ser

pautadas pela avaliação, sob outro ângulo de análise, de que a FCA vem apresentando,

para os cursos nela presentes, padrões de qualidade efetivos e reconhecidos. Nesta

medida, em relação ao corpo docente, é importante evidenciar positivamente que seu

regime de trabalho, o de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa, abarca atualmente

a totalidade destes profissionais (Tabela 1). Ou seja, a articulação entre o Ensino, a

Pesquisa e a Extensão constitui eixo importante a ser valorizado, na FCA.

A avaliação referente a ambiente físico, infra-estrutura e serviços analisado por um

grande número de usuários durante o quinquênio 2005-2009 (Tabela 23), obteve um

nível de aprovação na maioria dos casos acima de 80%. Excetuam-se neste caso o

acesso e deslocamento de portadores de necessidades especiais e a segurança no

Campus que necessitam de melhorias.

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Tabela 23- Critérios de avaliação relativos à ambiente físico, infra-estrutura e serviços

na FCA, no quinquênio 2005-2009

ITEM

Adequado(%) respondentes

Salas de Aula 92,3 1016 Estacionamento 84,8 1308 Comunicação visual (sinalização) 75,6 1459 Acesso à Unidade (transporte) 39,3 1279 Deslocamento interno na Unidade 56,4 1152 Acesso e deslocamento de portadores de necessidades especiais 26,0 748 Instalações sanitárias 82,3 1470 Limpeza 92,4 1476 Manutenção 84,3 1499 Iluminação 82,3 1478 Área de lazer 63,9 1285 Cantina/lanchonete 66,1 1241 Sistema bancário 54,8 1229 Seção de graduação 92,0 1210 Seção de pós-graduação 89,7 532 Segurança 51,4 1368 Serviços de correio 75,4 804 Biblioteca - atendimento 97,8 997 Biblioteca – referência 95,9 991 Xerox 78,9 1281 Informática 77,4 1326 Informações via internet 81,1 1316 Informações – portaria 74,6 1070 Secretaria de Departamento 87,8 1311 Transporte p/ atividade acadêmica 59,4 1007 UNAMOS 79,8 821 Copa/Sala café 46,4 568 Recursos Humanos 84,5 593 Almoxarifado 76,3 513 Local de trabalho 85,8 607 Mobiliário (local de trabalho) 73,1 596 Equipamento (instrumento de trabalho) 79,6 1431 Transporte – viagens 64,6 615 Sala docentes 93,6 181