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Este jornal não cai do céu. Nem o papel. Boletim do que por cá se faz. FAZENDO Edição nº. 5 | Quinzenal DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Quinta-feira Agenda Cultural Faialense 27 NOVEMBRO 2008

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Agenda Cultural FaialenseComunitário, não lucrativo e independente.

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Este jornal não cai do céu. Nem o papel.

Boletim do que por cá se faz.

FAZENDO

Edição nº. 5 | Quinzenal

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Quinta-feiraAgenda Cultural Faialense

27 NOVEMBRO 2008

#2 COISAS... compostasFICHA TÉCNICA

FAZENDOIsento de registo na ERC ao

abrigo da lei de imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art. 9º, nº2.

DIRECÇÃO GERALJácome Armas

DIRECÇÃO EDITORIALPedro Lucas

COORDENADORES TEMÁTICOS

Catarina AzevedoLuís MenezesLuís Pereira

Pedro GasparRicardo Serrão

Rosa Dart

COLABORADORESAlzira Silva

Aurora RibeiroIlídia Quadrado

Mónica SilvaTeatro de GizTomás Silva

GRAFISMO E PAGINAÇÃOVera Goulart

[email protected]

ILUSTRAÇÃO CAPAHelena Krug

PROPRIEDADEJácome ArmasPedro Lucas

SEDERua Rogério Gonçalves, nº18,

9900-Horta

PERIODICIDADEQuinzenal

Tiragem_400

IMPRESSÃOGráfica O Telegrafo, De Maria

M.C. Rosa

[email protected]

http://fazendofazendo.blogspot.com

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Preces Para Um Vulcão

A cronicazinha...

Gatafunhos e Mata Borrões

O Fazendo está a criar uma mailing l ist. Se quiser receber este jornal em formato electrónico contacte-nos fornecendo-nos o seu nome e endereço e-mail através de:

[email protected]

Aurora Ribeiro e Tomás Silva

Vai-se fazendo culturano FaialMais diversa, mais local e mais universal

Vasta no tempo, no espaço e na abrangência do conceito tem sido a evolução da noção de cultura. A primeira definição do conceito de cultura/civiliza-ção – contexto da época – data de 1871 e foi dada por Edward Tyler. Mais tarde vieram, sucessivamente, a concepção antropológica do relativismo cul-tural de Boas, a leitura da sociologia no fenómeno cultural de Durkheim e os conceitos de mentalidade de Lévy-Bruhl que abrem caminho às diferenças culturais.Ou seja, foi no século passado que estabeleceu relações com as novas ciências, e que se afirmou com vida própria, passando por teorias e práticas de assimilacionismo, de multiculturalismo e, mais recentemente de interculturalidade. Hoje, a Europa defende cada vez mais intensamente o direito a uma cultura própria, sem preconceitos nem juízos de valor, e muito menos de supremacia

de uma cultura sobre outra, porque o respeito pela diversidade cultural já está consagrado, e torna-se urgente o seu conhecimento para um maior enten-dimento à escala mundial.A noção de cultura é, pois, nos nossos dias, um processo dinâmico e diverso, a que a mobilidade humana veio dar um novo sentido global e um novo sentido local. Ou seja, se por um lado, a mobilidade, os meios de comunicação e o avanço tecnológico nos proporcionaram as indústrias culturais (que surgem há sessenta anos) e a tal globalização, por outro lado abriram lugar à diferença, às culturas locais que convivem, no mesmo espaço, com mani-festações mais universais, sem que nenhuma tenha que ser absorvida ou menorizada pela outra. Vem todo este enquadramento a propósito da cultura na nossa terra. O Faial nunca teve tantos produtos, estruturas e dinâmicas culturais como nesta primeira década do século XXI – eu diria mesmo como no último ano. Pelo menos é o que me diz a minha memória e a memória de alguns faialenses (e não me refiro apenas à minha geração). Nunca recebeu tanto, produziu tanto, debateu tanto, infra-estruturou tanto. A própria proliferação

da comunicação social impressa testemunha esta visibilidade, oferecendo ao público novas autorias, projectos diferentes, reflexões diversas. Teatro, cinema, música, literatura, pintura, fotogra-fia, dança, conferências, estudos, exposições, con-certos, construções locais, produtos internacionais, debates nacionais, é estar atento e de mente aberta e livre de preconceitos para escolher, fruir, estimular. É bom sentir que a nossa terra tem, ao contrário do que alguns sustentam, uma sinergia que vai contagiando, que vai criando e recriando, que vai interpretando e reinterpretando, como sempre acontece em cultura – fenómeno de enraizamento local, decorrente da história e da geografia mas en-trecruzado com maior ou menor número de agentes circunstanciais, contextuais e flutuantes. É justo reconhecer os indivíduos, as colectivi-dades, a criatividade individual e o apoio público. E agradecer a quantos fazem ou vão fazendo mais cultura local, diversa e universal na nossa terra. Bem hajam!

Alzira Silva

Cinema e Teatro DESCULPA PÁ PIPOCA

“E nós aqui no meio de não saber nada” . O Teatro de Giz leva à cena nos dias 26 a 30 de Novembro, às 21:30, no Teatro Faialense, mais um espectáculo, que é o culminar de um ano de trabalho, que envolveu 39 pessoas de diferentes áreas artísticas e que contou com o apoio da DRC, Câmara Municipal da Horta e Hortaludus.

Sobre o projecto. Este projecto resulta da articulação de várias linguagens artísticas (o teatro, a imagem, o som, o tex-to,..) para construir um universo de representações e discursos (reais, metafóricos, imaginários) sobre o vulcão dos Capelinhos. As noções de cruzamento e de interacção são inerentes ao pro-jecto, situando-se este no domínio da transversalidade. Foram as dinâmicas do vulcão que inspiraram estes pressupostos: como se viesse juntar outra ilha àquela que já lá está!Work in progress foi a referência metodológica que serviu de base a este trabalho, ou seja, diferentes fases e módulos foram definidos e desenvolvidos ao longo deste ano, e a partir deles surgiu o re-sultado final. “Tal como o vulcão, o resultado que se apresenta é fruto de um processo de metamorfose, a passagem de um estado a outro em que a matéria que se solidifica – este espectáculo – deve ser entendida como vestígios de uma aventura humana e criativa.” – Tiago Mora Porteiro (coordenador e encenador do projecto).

Sobre as Oficinas/Ilhas. O texto. A Oficina de Escrita Criativa, génese do texto, foi coordenada por Carlos Alberto Machado e contou a participação de oito elementos. “O que fa-

rei quando um abalo vulcânico provocar outros abalos dentro de mim? Foi mais ou menos esta uma das perguntas desafiadoras que nos pusemos em certos momentos da escrita de E nós aqui no meio de não saber nada. As respostas estarão seguramente na performance final.” – Carlos Alberto Machado.

A imagem. A Oficina de Imagem foi coordenada pelo fo-tógrafo portuense Virgílio Ferreira, e neste módulo partici-param nove pessoas, todas com forte ligação à fotografia, dois dos quais são fotógrafos profissionais. “Dado a riqueza de abor-dagens que a temática a tratar permitia, optou-se pela realização de vários projectos obtendo-se linguagens bem diferentes entre si. Levantamento fotográfico dos aspectos geológicos, vegetais, paisagísticos, vestígios, retrato de testemunhas, apropriação de imagens de arquivo para construção de narrativas a partir de ani-mações, etc.” – Virgílio Ferreira.

A música. A Oficina de Universos Sonoros, coordenada pelo músico Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa), contou com a participação de seis elementos que desde há muito trilham os caminhos da música. “Vestir de som uma peça de teatro é acrescentar algo mais à cenografia. Por isso, este não pode ser um trabalho solitário, mas antes partilhado com o encenador, os músicos e os actores. É um caminho de experimentação e descoberta, de criatividade e frustrações, mas que no fim valeu a pena ter percorrido.” – Carlos Guerreiro.

Teatro de Giz

10 ANOS DE TEATRO DE GIZ!

O Teatro de Giz, criado em 1998, pretendeu, desde o iní-cio, dar um impulso à cidade da Horta, no sentido de alargar o leque de manifestações culturais, assumindo como objec-tivo primeiro, o enraizamento do teatro contemporâneo na cidade e na ilha. A actividade que tem vindo a desenvolver apresenta duas vertentes principais: a criação/produção de espectáculos de teatro que suscitem novas dinâmicas e público; e a formação teatral em todas as áreas envolvidas na criação de um espectáculo – dramaturgia, encenação, cenografia, luminotecnia, produção, divulgação, e outras. O grupo tem na cidade da Horta o seu palco principal, mas tem também mostrado o seu trabalho em outras zonas do país, no-meadamente em Lisboa, onde já apresentou espectáculos no Teatro da Trindade, Sociedade Guilherme Cossoul e Teatro Nacional D.Maria II. Nestes 10 anos de trabalho, mostrou-se

também essencial, o contacto com outros grupos de teatro no sentido de os convidar a realizar workshops na cidade da Horta e a envolvê-los em produções do grupo, para o desenvolvimento dos objectivos propostos. É constante a vinda de encenadores com larga experiência na actividade teatral, para colaborar com o Teatro de Giz em projectos diversos. Entre eles, destacam-se nomes como José Louro, Rui Sérgio, Miguel Barros ou ainda Tiago Mora Porteiro e Jorge Parente, com quem volta a trabalhar este ano. O sucesso das iniciativas do Teatro de Giz reflecte-se no número de espectadores alcançado - mais de quatro mil - e no número de adultos e crianças que frequen-taram oficinas e ateliers de formação - mais de 250. No dia 4 de Julho de 2008, na Sessão Solene comemorativa dos 175 anos da elevação da Horta de vila a cidade, o Teatro de Giz recebeu a Medalha de Honra do Município da Horta pelo en-volvimento no trabalho realizado por José Medeiros “A Ilha de Arlequim”. Esta homenagem surge numa altura em que o Te-atro de Giz perfaz 10 anos de actividade ao serviço da cultura na ilha do Faial, funcionando como mais um incentivo para que o grupo continue o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.

T.G.

[email protected]

Teatro de Giz apresenta nova peça no Teatro Faialense

Ainda não é desta!

#4 COMICHÃO NO OUVIDO Música

Aqui há uns tempos tive uma experiência de carácter experimental com extra-terrestres. Foi inesquecível e abriu-me novos panoramas ao nível da música. É precisamente por ter a ver com a música que neste número partilho essa experiência com vocês. Um dia estava à noite na praia de porto pim a apanhar sapateiras, quando avistei um objecto, de média dimensão, a aproximar-se de luzes apagadas. Apercebi-me do vulto pelo som cristalino e suave que emitia, numa profusão aleatória de plims de metalophone e qualquer coisa ori-ental. Larguei de imediato a pressão de ar e dirigi-me, curioso, à máquina que acabava de aterrar em elegância vertical no areal da praia. Do seu interior saíram imediatamente dois seres, pequenos, com ar in-ofensivo, engraçados até. Só não me ri à gargalhada, pois achei que seria um mau começo de relação, poderiam levar a mal. Assim que me aproximei, apercebi-me que não tinham boca. Emanavam am-bos melodia. Bob Dylan? Estranho. Apercebi-me pela música que vinham numa onda de paz. O que estranhei sobretudo foi o facto de as estranhas criaturas emanarem música feita por terrestres. Convidaram-me a entrar na sua nave, bem luxuosa e confortável. Foi então que percebi tudo. Estes extra-terrestres vinham do plan-eta Dalhegásnosom, da galáxia Electrovoicemail. Como não têm

boca, durante muitos milhares de anos apenas podiam comunicar por gestos, até que um dia descobriram o planeta terra, e desco-briram a música. Desde então instalaram micro-sistemas nos seus corpos, que emanam música, sendo esta a sua forma de comuni-cação. Todos os anos visitam o planeta terra à procura de novas sonoridades, de forma a estarem na vanguarda do seu povo em ter-mos de comunicação. Transmitiram-me tudo isto através de um vídeo, onde dão vários ex-emplos. Dois seres transmitem música romântica, antevendo uma noite de grande paixão, mas eis-que chega uma criatura ciumenta. Do seu corpo ouve-se “war” de Bruce Springsteen, num volume considerável. Os outros dois, em perfeita sintonia, começam a dar “don’t worry, be happy”, de Bobby McFerrin, e as coisas acalm-aram. Passado um bocado, e alguns trechos depois, estavam os três a lanchar, num diálogo de música africana bastante descontraído. Outro exemplo que me deram a observar, foi uma filmagem feita numa das suas movimentadas ruas. Também têm uma espécie de semáforos, com jazz. O swing bem marcado assinala a marcha, ou seja, o nosso sinal verde. De repente, ouve-se um break, e os veículos param. Quando é preciso mais tempo de paragem, esta é assinalada por um solo de bateria. Na rua, quando nos cruzamos com outros seres, ouve-se baixinho a música por eles emanada, o que lhes facilita a tarefa de conhecer novas pessoas ou pedir infor-mações. Do tipo: vou falar com aquele que é mais a minha onda. Enfim, aprendi muitas outras coisas, e percebi porque é que somos tão visitados por estes seres, e porque é que existem os feedbacks. Sempre que há um feedback, está um extraterrestre dissimulado a absorver a música que está a ser tocada. Em caso de feedbacks persistentes, poderá estar uma família deles. Nunca os vemos, pois geralmente misturam-se na confusão, simulando terrestres. Ao que me fizeram entender, o actual Michael Jackson é um extraterrestre infiltrado (daí lhe cair tanta vez o nariz), pois o verdadeiro vive em Dalhegasnosom, dispondo de grandes mordomias por compor ex-clusivamente para eles.No fim, e agradecendo a sua boa vontade, ofereci-lhes umas

colectâneas, que logo ingeriram pois a viagem tinha-lhes causado uma grande fome. Eles por sua vez, garantiram-me que por gratidão nunca mais aparecerão nos meus concertos, e que portanto nunca mais seria incomodado por feedbacks. Mas o mais extraordinário é que nessa mesma noite apanhei três sapateiras, o que é uma coisa inesquecível.

Fausto

Já foi ouvido...

ENFANTS D’HIVERJane Birkin 2008

Jane Birkin nasceu em Dezembro de 1946, em Londres. A cantora é conhecida pelos mais di-versos motivos, desde a sua relação artística e amorosa com Serge Gainsbourg, da qual resultou Charlotte, sua filha e também cantora, passando pelas suas performances no mundo do cinema (algumas delas numa corrente “erótico-kitsh”), e pela sua vasta discografia musical. Ainda assim, e com 62 anos, apenas neste novo trabalho Jane Birkin é autora dos textos das músicas, o que o torna emblemático. “Enfants D’Hiver” foi lan-çado no dia 17 deste mês, e motivará uma tournée em 2009, que passará por França, Suíça, Bélgica e Japão. A sussurrante voz de “Je t’aime…moi non plus” e “69 année erotique” reaparece agora com um novo colorido, num álbum que apesar de estar claramente repleto de influências passadas (há um Gainsbourg escondido em cada uma das faixas), apresenta sonoridades e registos contem-porâneos.

F.

DIG!!!LAZARUS DIG!!!Nick Cave & The Bad Seeds

2008

Depois de alguns desvios cria-tivos recentes, mormente com o projecto Grinder-man e algumas composições para a sétima arte, Nick Cave retoma o percurso que divide com os Bad Seeds há mais de duas décadas. O novo Dig!!! Lazarus Dig!!! desvenda uma certa nostalgia dos ambientes poeirentos e nervosos da garagem como propósito estético, buscando o conforto de registos “sujos”, e paralelamente denota uma excelente produção e um ou outro extravio experimental (ouça-se, como ex-emplo, a soturna “Night of the Lotus Eaters”). Mas mais do que meramente demonstrar qualquer espécie de continuidade, este trabalho é, acima de tudo, um teste ao gozo do desassossegado australiano na es-crita de música e uma revisitação às várias métricas e conceitos de uma carreira que o tempo ajudou a definir como duradoura e incontestável.

F.

PRIMAVERA DE DESTROÇOS

Mão Morta 2oo1

Este trabalho dos Mão Morta expressa uma enorme capaci-dade inventiva em relação aos projectos anteriores. Trata-se de um álbum onde a banali-dade é uma miragem, o facili-tismo auditivo uma quimera

e as letras desprovidas de conteúdo uma mera ilusão. “Primavera de Destroços” foi gravado no Porto e na Galiza em Outubro e No-vembro de 2000, tendo sido misturado nos estúdios de Paço de Arcos, e marcou também a entrada de um novo elemento para a banda, Joana Longobardi, das Voodoo Dolls de Coimbra. Todos os temas foram produzidos por Miguel Pedro e António Rafael e as letras são integralmente da autoria do carismático Adolfo Luxúria Canibal. Em suma é um disco em que a força das palavras asso-ciada à poderosa e excêntrica sonoridade das guitarras eléctricas, nos transpõem para os quotidianos marginais da própria existên-cia humana, que não decorrem da marginalidade social, mas da marginalidade própria e intrínseca de cada ser. Relembro que os Mão Morta visitaram o Faial no verão deste ano (palco alternativo), tendo proporcionado um grande concerto, pelo que aqui fica uma pequena homenagem a este grande grupo português.

F.

Três Sapateiras

À DESCOBERTA

Artes Plásticas PVCExposição Ken DonaldTrabalhos no Papel

Nota BibliográficaKen Donald

A exposição temporária KEN DONALD : TRA-BALHOS NO PAPEL, instalada pelo Museu da Horta na Sala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Re-gional João José da Graça, é consti-tuída por três deze-nas de quadros em têmpera e técnica mista.Nesta mostra, Ken Donald apresenta-nos um estilo muito próprio, que embora não releva de preocupa-ções de inserção numa escola ou movimento que limi-taria o seu individualismo criativo, podemos integrar num quadro de referência de arte abstracta.Observa-se que toda a obra presente se baseia na ideia íntima da cor, numa pesquisa inces-sante que converge para esse objectivo, como em simultâneo na busca de uma linguagem simplifi-cada das formas, que conduz a uma noção de quadro como um espaço de vestígios/fragmentos.Na obra de Ken Donald, existe um desvio de adesão vulgar aos fenómenos do mundo exte-rior, como uma concepção do espaço avessa aos hábitos formais/tradi-cionais de representação, embora as formas geomé-tricas nem sempre estejam ausentes.Por outras palavras, o pintor distancia-se da imitação da realidade através de uma progressi-va definição de uma imagem baseada na expressividade íntima da cor. Esta não é portanto uma arte descritiva ou narrativa.

Em síntese, a pintura de Ken Donald não pressupõe a imitação de qualquer coisa que nos rodeia, existe por si própria como existem objectos-natureza. Há uma ausência de “imagem” como tradicionalmente a con-cebemos, concentrando-se o acto estético nas pro-priedades da cor, na linha do que designamos hoje no seio dos movimentos de vanguarda, uma arte abstracta conceptual.Por outro lado, poderá parecer que a obra é feita do improviso, de um gesto instintivo. Todavia, baseia-se numa apurada pesquisa de tons e ritmos precisos, pau-latinamente calculados e controlados, evocativa de uma ordem de equilíbrios que conferem uma harmonia ao conjunto das partes.O processo de construção, em que por vezes utiliza co-lagens, é feito no essencial à superfí-cie por impressões cromáticas sem excessos, antes suaves e, numa conju-gação de tons que revela uma fina sensibilidade que torna mais sólido o seu trabalho. Concluindo, observa-se nesta exposição KEN DON-ALD : TRABALHOS NO PAPEL, uma lin-guagem plástica que provoca emoções particulares, através de manchas pictóricas de um extremo requinte, que ao mesmo tempo são a expressão do talento do seu autor.

Luís Menezes

•Nascido e educado na Escócia, Ken Donald recebeu formação em diversas áreas das artes visuais tais como pin-tura, design gráfico, serigrafia e tipografia. Para além da sua área prin-cipal de expressão, a pintura, o artista tem criado instalações específicas para vários locais e expôs também escultura e fotografia.•Foi curador da “Heatherslaw Gallery” em Northumberland, Reino Unido, tendo organizado diversas exposições, entre as quais mostras de arte contemporânea da China e trabalhos rea-lizados por refugiados Bósnios (em colabo-ração com o consulado Dinamarquês).•Ken Donald tem vivido e trabalhado em culturas muito diversas, de Nova York a Istambul e o seu trabalho está representado em colecções privadas e corporativas da Europa, América do Norte e Austrália.

O Fazendo encontra-se agora a zeros e uns e com milhões de cores em:

http://fazendofazendo.blogspot.com

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

1992 Roger Billcliffe Fine Art, Glasgow Scottish Amicable, Glasgow1993 Nancy Smillie Gallery, Glasgow Vennel Gallery, Irvine1994 Compass Gallery, Glasgow Berwick Museum, Northumberland1995 Roger Billcliffe Fine Art, Glasgow1996 Old Mill Gallery, Northumberland Trevelyan College, Durham1997 Paisley Arts Centre, Glasgow1998 Image Gallery, Dublin2000 Roger Billcliffe Gallery, Glasgow2003 Castelo de São Sebastião, Horta, Açores Roger Billcliffe Gallery, Glasgow2004 Império dos Nobres, Horta, Açores Centro Municipal de Cultura, Ponta Del-gada, Açores Vinha d’Arte, Lisboa2005 Banco de Portugal, Horta, Açores Teatro Faialense, Horta, Açores 2006 Centro Municipal de Cultura, Ponta Delgada, Açores Espaço Index, Porto 2008 Museu do Vinho, Pico, Açores

SELECÇÃO DE EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

1990 Art for Charity, THF Expo space, Glasgow1992 Annual Expo, Compass Gallery, Glasgow1993 Gatehouse Gallery, Glasgow1994 Sallyport Gallery, Northumberland Contemporary Art Society, London Chatton Gallery, Northumberland1996 Studio Three Gallery, London Expo Centre, Gatehouse, England1998 Roger Billcliffe Gallery, Glasgow2000 Roger Billcliffe Gallery, Glasgow2002 10° Anniversary expo, Roger Billcliffe Gallery, Glasgow2004 Roger Billcliffe Gallery, Glasgow2006 Centro Municipal de Cultura, Ponta Delgada, Açores Galeria IF, Lisboa

L.M.

Trabalhos de Ken Donald

# 6 - ENDOS, - ANDOS, - INDOS Literatura

Gonçalo M.Tavares foi, este mês, distinguido com um novo galardão, o Prémio Internacional Trieste 2008, que se junta a prémios tão presti-giados como o prémio José Saramago e o prémio Millenium BCP/Ler/Círculos dos Leitores.Gonçalo M.Tavares é o autor, entre outros, de Jerusalém – um livro perturbante em que um conjunto de personagens nos envolve numa teia de acontecimentos e onde a loucura parece sem-pre subjacente a todos os actos quotidianos, um

livro eivado de uma violência brutal e imediata, que transparece nos gestos e nas palavras – e de “O Bairro” – uma colectânea de breves romanc-es essencialmente dedicados a escritores como Brecht, Borges, Calvino ou Fernando Pessoa, sendo cada um deles representado por uma casa ou um andar nesta construção tentacular em que os que admira se tornam parte do seu universo ficcional.Amante de uma precisão rítmica nas suas frases, Gonçalo M.Tavares poderia ser considerado por muitos como um escritor fácil mas é, na verdade, um escritor de depuração, que deve ser lido de lápis e papel em punho para podermos reconsti-tuir o universo que nos oferece, restabelecer os laços que ligam cada personagem a todas as out-ras, compreender que por detrás de uma simples frase está por vezes um mundo de sugestões, de novas linhas filosóficas ou até uma outra obra que transparece, ténue, fugaz, apenas adivinhada. É esse lado profundo de cada palavra que explica

não só que a sua obra tenha dado origem a tantas outras obras no âmbito das artes plásticas mas também que já esteja traduzida em catorze lín-guas.Convém porém alertar o leitor incauto pois Gon-çalo M. Tavares é um escritor cuja obra, particu-larmente Jerusalém, pode aspirar-nos para uma espiral de angústia de que é difícil fugir. De certa forma, a sociedade que nos descreve relembra as sociedades kafkianas, uma sensação de apri-sionamento, como se estabelecer relações com o outro nos arrastasse obrigatoriamente para um abismo.É este seu lado mais negro que pode explicar que seja aclamado pela crítica sem que o grande público lhe dê o devido valor, preferindo obras que não questionam nem exigem uma implicação activa na leitura.

Catarina Azevedo

“A Rapariga que roubava livros”de Marcus Zusak

Um livro contado pela Morte parece ser algo tenebroso mas esta narradora invulgar faz todo o sentido num romance que se debruça sobre a Segunda Guerra Mundial e sobre aqueles que a viveram sob o jugo nazi e as personagens da rua Himmel espelham a dualidade de um tempo em que o inumano se tinha tornado banal.Contudo, este não é um livro centrado exclusi-vamente no horror, pelo contrário, serve para mostrar uma outra Alemanha em que há mãos que se estendem e portas que se abrem para pro-teger os perseguidos.

C.A.

“Gente Feliz com Lágrimas” de João de Melo

Narrado a várias vozes, este romance apresenta as vivên-cias dos protagonis-tas, o reviver da sua vida no espaço rural insular dos anos 60, num encontro/desencontro com a família e a sua identidade. Com um tom de amargura gerado na dureza da infância, o presente e o passado entrelaçam-se, revelando a busca da felicidade dos respectivos narradores. A fuga do espaço opressor permitida pelo ingresso na vida religiosa ou a emigração são apenas alguns temas que se entrecruzam, melancolicamente, na obra.

Ilídia Quadrado

Gonçalo M. Tavaresnovamente distinguido

À CONQUISTA

Já foi lido...

Mãe, não tenho nada para ler...

“O Mistério da Torre do Tombo”

Já conheces certamente os Cinco ou os Sete, da Enid Blyton, mas será que já ouviste falar do Ban-do dos Quatro, do escritor João Aguiar? Apesar do nome que lhes é dado não são bandidos mas sim um simpático grupo de três rapazes e uma rapariga portugueses, que vivem em Vila Rica e que vão na vigésima nona aventura.Se não sabes o que é a Torre do Tombo nem o que lá se guarda descobre-o em O Mistério da Torre do Tombo e vê como os quatro amigos conseguem evitar um roubo sensacional e uma terrível vingança.

C.A.

“O Bairro”

Concurso de Presépios e Altarinhos 2008

Como é tradição, o Núcleo Cultural da Horta promove mais uma vez o con-curso de Presépios e Altarinhos.As inscrições devem efectuar-se até ao dia 17 de Dezembro, na recepção da Bilbioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça,

Rua Walter Bensaúde – 14, no horário normal de expediente onde poderão também consultar o Regulamento do Concurso.

Ciência e Ambiente APAGA A LUZ

O roaz (Tursiops truncatus) é uma espécie cosmopolita que ocorre em todos os mares e oceanos das regiões temperadas e tropicais do globo. Embora bem adaptados à vida em habitats costeiros (lagoas, mangais, estuários e baías), geralmente mais ricos em alimento, os roazes também ocor-rem em mar aberto e águas insulares profundas. Em resultado da diversidade de habitats que ocu-pa, esta espécie apresenta uma considerável plasticidade comportamental. Na maioria das regiões onde a espécie ocorre são reconhecidas duas formas (“ecótipos”) distintas. A forma “costeira” vive em “comunidades” com cerca de uma centena de indivíduos, e ocupa uma área restrita onde vive todo o ano. A forma “oceânica”, por outro lado, possui uma organização social mais fluida, não apresenta fidelidade a uma área definida e atravessa vastas extensões do oceano em busca de alimento. Os dois ecótipos raramente se misturam e em muitas regiões constituem populações distintas, geneticamente isoladas. Tendo em conta as características fisiográficas (ausência de plataforma continental) e oceanográ-ficas (padrão dinâmico de correntes oceânicas e baixa produtividade) dos Açores, e o seu grau de isolamento em relação às margens continentais, seria de esperar que os roazes que frequentam as águas do arquipélago pertencessem à forma “oceânica” e não fossem residentes na região. Con-tudo, os resultados do trabalho de investigação desenvolvido pelo Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores não só contrariam esta hipótese como sugerem uma maior complexidade da ecologia desta espécie.As análises de DNA indicam que, do ponto de vista genético, os roazes que frequentam as águas do arquipélago são semelhantes entre si e pertencem à forma “oceânica”. No entanto, alguns destes animais residem nos Açores durante todo o ano, vivem em pequenos grupos, e utilizam habitats bem definidos, que englobam uma ou mais ilhas. Isto significa que, do ponto de vista ecológico e social, estes animais estão mais próximos da forma “costeira”. Como explicar então esta mistura de hábitos de vida e a falta de diferenciação genética entre animais com comporta-mentos tão distintos? Como as águas dos Açores são menos produtivas do que determinados habitats costeiros, os roaz-es que residem nos Açores são obrigados a percorrer grandes extensões em busca de alimento. Na verdade, nos Açores, as comunidades de roazes utilizam áreas que são três a quatro vezes maiores do que as áreas de habitat tradicionalmente ocupadas pelas comunidades que vivem em estuários, mangais ou ao longo das margens continentais. A área de habitat necessário para sustentar uma única comunidade é tão extensa e a imprevisibilidade de encontrar alimento num ecossistema oceânico é tão grande que, do ponto de vista energético, não é compensador para os elementos da comunidade defenderem o território e evitarem que outros roazes utilizem a área. É assim que, durante as suas deslocações diárias, os roazes de uma comunidade encontram e se misturam com animais de comunidades vizinhas e com roazes “oceânicos”, não residentes no arquipélago mas que atravessam as águas açorianas durante as suas grandes viagens. A interacção entre elementos das várias comunidades e com roazes de populações “oceânicas” impede a diferenciação genética das diferentes comunidades e resulta na ausência de estrutura geográfica da população de roazes dos Açores.Estes resultados permitem-nos compreender de que forma um ecossistema oceânico influencia e molda a ecologia e os sistemas sociais desta espécie e ajudam a explicar o sucesso evolutivo desta espécie.

Mónica Silva

Roazes dos Açores: uma população “costeira” num ecossistema oceânico

Nos últimos anos o Natal tem-se tornado na Época do Consumo, mais do que em qualquer outro período do ano, existe um elevado apelo ao consumismo, afas-tando-nos, assim, do significado desta época. Este consumo imediato e pouco reflectido provoca para além de problemas económicos a produção de toneladas de resíduos. Por isso, apresentamos alguns conselhos para que celebre um Natal ecologicamente sustentável, sem esquecer que mais importante do que comprar é confraternizar.Para a árvore de Natal, o ideal é adquirir uma árvore pequena com raízes que, depois das festas, possa ser colocada num vaso ou plantada no jardim. Pode igual-mente comprar uma árvore artificial, que pode usar todos os anos ou, recorrer às árvores oferecidas e vendidas com garantia da sustentabilidade do corte. As luzes de Natal devem ser evitadas, mas se comprar lâmpadas escolha económi-cas, assim estará a reduzir a factura ambiental.Crie os seus próprios enfeites de Natal a partir da reutilização de materiais e não se esqueça de guardar o papel de embrulho e laços das suas prendas para as do próximo ano.Reflicta sobre as prendas que vai oferecer, privilegie produtos úteis que sejam duráveis, educativos e que não contenham embalagem em excesso. Quando for às compras leve os seus sacos procurando adquirir o mínimo de sacos possível.Na mesa de Natal evite as toalhas, guardanapos e louças descartáveis e para a ceia escolha produtos locais e provenientes da agricultura biológica. Não se esqueça de separar os resíduos que são produzidos e colocá-los no ecoponto mais próx-imo, evitando assim os amontoados de resíduos que marcam este dia. Guarde as pilhas usadas e coloque-as no pilhão, se possivel ofereça brinquedos com pilhas recarregáveis, são uma boa alternativa ecológica.Por fim, apelamos a que seja solidário não apenas durante a época natalícia, mas também durante o ano e colabore nas campanhas de solidariedade doando diver-sos objectos que não usa e que estão em bom estado, evitando assim colocá-los no lixo.

Ecoteca do Faial

Feliz Natal Ecológico!

REDUZA O CONSUMO DE SACOSDE PLÁSTICO!Um dos mais graves problemas ambientais com que a sociedade actual se depara é o con-sumo de sacos de plástico descartáveis que são oferecidos diariamente nos supermercados e pequeno comércio para o transporte de compras. Em Portugal, levamos, anualmente, para casa mais de duas mil toneladas de sacos, os quais acabam abandonados pelos cidadãos ou transportados pelo vento contaminando os solos e causando danos diversos aos animais que acidentalmente os ingerem – são um dos prin-cipais perigos para a vida aquática. Para além disso utiliza-se na sua concepção recursos não-renováveis como o petróleo.Quando for às compras utilize ou reutilize cestas, sacos de pano, ou leve os seus sacos de plástico. Um saco de plástico demora 1 segundo a produzir, usa-se por 20 minutos e demora entre 200 a 450 anos a decompor-se.

Ecoteca do Faial

AQUELA DICA

#8 FAZENDUS Agenda

Durante a Época Lectiva 08/09 Projecto Teatral Infantil orientado por Anabela Morais

Atelier “O Jogo Dramático”. Terças e quintas-feiras das 17 às 18 horas. Para crianças dos 6 aos 12 anos.Atelier “Leitura de Textos Teatrais”. Segundas e quartas – feiras, das 18 às 19 horas. Para jovens dos 10 aos 12 anos.Teatro Faialense

Até 30 de Novembro Exposição de pintura de Pedro Solà

Museu da Horta

Até 7 de Dezembro Workshop de pintura com Pedro Solà

Todos os Sábados e DomingosSala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, 14.00h-16.00h

Até 15 de Dezembro Exposição de Lomografia: “Lomo!”

Imagens de Lomografia PortugalIgreja de São Francisco, 15h00-17h00

Até 31 de Dezembro Exposicão de pintura “Sete Mares” de António Domin-

gosTeatro Faialense

Exposicão “Trabalhos no Papel” de Ken DonaldSala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Regional

João José da Graça

Exposição de Thiago Romão de Sousa: Um Fotógrafo dos AçoresMuseu da Horta

27 de Novembro Teatro: “E nós aqui no meio de não saber nada”

Pelo grupo Teatro de GizAuditório do Teatro Faialense, 21h30(repete dias 28 e 29, com sessão dupla às 17h30 dia 30)

28 de Novembro Seminário:“Molecular tools and their application in phy-

logeny” pelo Doutor Sergio StefanniDOP, 16h30

Teatro: “Memórias de um Vulcão”Pelo Grupo de Teatro Sortes à VenturaPolivalente dos Cedros, 21h00

Música: “Carta a um Desconhecido”Pelo grupo Trio Cage(Alessandra Glura Longo - cantora e actriz; Francesca Mas-sa - bailarina; Alessandro Olla - electrónica e video)Auditório Polivalente da Biblioteca Pública e A. R. João

José da Graça, 21h30

Cinema: “Superhero Movie - Um Estrondo de Filme!”Auditório do Teatro Faialense, 21h30(repete dias 29 e 30)

29 de Novembro Hora do Conto

(Avós convidados contam histórias a crianças de todas as idades no último sábado de cada mês)Mini Auditório do Teatro Faialense, 11h00-12h30

1 de Dezembro Exposição de Pintura de Mário Alexandre Silva

Bar do Teatro Faialense (até dia 6 de Dezembro)

Bazar de Artesanato da Liga Portuguesa Contra o Can-croRua Conselheiro Medeiros, 8 - 10h00 às 19h00(Domingos e Feriados – 14h00 às 22h00)

2 de Dezembro Performance: “Camões é um Poeta Rap”

Com Gizela Cañamero (Produção: Arte Pública)Auditório da Biblioteca Pública e A. R. João José da Graça, 21h30

Cinema: “Aquele Querido Mês de Agosto” de Miguel Gomes

O coração de Portugal, serrano, o mês de Agosto multiplica os popu-lares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke, atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos. Se o realiza-

dor e a equipa do filme tivessem ido directamente ao assunto, re-sistindo aos bailaricos, reduzir-se-ia a sinopse: «Aquele Querido Mês de Agosto acompanha as relações sentimentais entre pai, filha e o primo desta, músicos numa banda de baile». Amor e música, portanto. Filme que o Cineclube da Horta estreia a 02 de Dezembro pelas 21h30, no Cineteatro Faialense.

3 de Novembro “Com o Poema no Corpo”

Workshop de Performance Poética por Gizela CañameroSala de Formação da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, 15h-18h

Performance: “As Velhas”De Gizela Cañamero (Produção: Arte Pública)Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, 21h30(repete no dia 4)

5 de Dezembro Seminário:“Biologia populacional e ecologia dos roazes

e cachalotes nos Açores” pela Doutora Mónica SilvaDOP, 16h30

Cinema: “Mamma Mia!”Auditório do Teatro Faialense, 21h30(repete dias 6 e 7)

HLP – 1ª Lan PartyFeira de InformáticaPavilhão do Faial Sport Club, 17h00 às 23h00 de dia 6 sem paragem

7 de Dezembro “Descobrir a História e Arquitectura da Cidade no Chev-

rolet dos Bombeiros”Praça da República, 14h30 às 17h00

8 de Dezembro “Dia das Montras” – Animação de Rua

Centro da Cidade/Rua do ComércioA partir das 18h00

Desfile do “Mundo Encantado” – A Disney no FaialCentro da Cidade/Rua do Comércio, 18h30

Feira do Livro Espaço Infantil - Tardes de Sábado e DomingoApresentação das Espécies Marinhas dos Açores às Crianças - Seg. a Sex. Centro do Mar (Antiga Fábrica da Baleia)Seg. à Sex. Das 09h00 às 19h00Sábado, Domingo e Feriados - 14h00 às 22h00(até dia 21 de Dezembro)

9 de Dezembro Cinema: “O Ar que Respiramos” de Jieho Lee

A película trata de um drama baseado em antigo provérbio chinês que divide a vida em qua-tro estágios: felicidade, prazer, tristeza e amor. A felicidade está na história do banqueiro que perde tudo e decide roubar, justamente, um banco; o prazer aparece no personagem de um gangster que pode ver o futuro; a tristeza surge numa impulsiva estrela pop que enfrenta problemas na carreira; e o amor está na vida de um médico que tenta desesperadamente salvar a vida de seu paciente. Uma boa surpresa, que pode já ser vista na Horta, no próximo dia 09 de Dezembro, pelas 21:30, no Cine Teatro Fa-ialense, integrado na programação do Cineclube da Horta.

11 de Dezembro “O Livro e a Leitura”

Encontro de Crianças com a escritora Eduarda RosaBiblioteca Pública e A.R. João José da Graça, 14h30