favco de mel

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Favo de Mel Nº1 SérieII Correio electrónico: Editor: Roque Gonçalves Grupo Coordenador: Professores Bibliotecários Colaboradores da BE Produção e digitação de textos: Comunidade Educativa do Agrup. Fotografia e ilustração: Comunidade Educativa do Agrupamento Design e Edição Gráfica: Carlos Teodoro Propriedade: Agrupamento Vertical de Escolas da Abelheira R. José Augusto Vieira Viana do Castelo 4900-438 Portugal Telf: 258 809 770 / 258 809 779 Periodicidade: Bianual ISSN 2182-2476 Impressão: Gráfica Guttenberg Tiragem: 1000 exemplares Publicação: Junho 2011 [email protected] EDITORIAL No ano de 1991, na Escola C+S da Abelheira, é publicado com o n.º 1, o jornal escolar Favo de Mel. No editorial do n.º 8, o nosso querido colega e primeiro jubilado do nosso agrupamento, Carlindo Vieira, distinto professor e reconhecido escritor da nossa região, dava uma explicação para a escolha do nome Favo de Mel. Dizia ele: “Neste editorial, vou procurar explicar (…) o motivo de ao nosso jornal se ter dado o título de FAVO DE MEL. Como sabes, caro aluno, a nossa escola está situada na região da Abelheira (…) topónimo (…) que significa lugar onde há muitas abelhas. (…) Os favos de mel (…) que as abelhas constroem, uns por cima dos outros, nos cortiços (…) estão cheios de muitos orifícios, onde elas circulam no trabalho da fabricação do mel. Ora, com um pouco de imaginação, verás que a nossa escola é um grande favo no sopé do monte de Santa Luzia e que as diversas aulas são os tais orifícios, para onde tu, qual abelhinha trabalhadora vais todos os dias estudar.” A publicação do jornal escolar Favo de Mel manter-se-á, de forma mais ou menos regular, desde 1991 até 2004, ano em que termina com a edição do n.º 19. Do n.º 1 ao n.º 7 a publicação foi policopiada (em formato de 29,7 x 21 cm). A partir do n.º 8, o jornal passa a ser impresso e com maiores dimensões (42,2x 30,5 cm). Da publicação com o n.º 1 existe apenas um exemplar na nossa Biblioteca Escolar juntamente com alguns exemplares dispersos das publicações posteriores. Em Março de 1996, com a edição do n.º 14, a propriedade de Favo de Mel passa para a Escola Básica 2,3 de Viana do Castelo, que, em Dezembro de 1996, publica o n.º 16, com 4 páginas, fazendo parte do diário bracarense Correio do Minho (n.º 3023, de 12 Dez. 1996). Em Junho de 1997, a publicação é interrompida com o n.º 18, ressurgindo, em Maio de 2003, erradamente numerado como n.º 17, em impressão a cores e já como propriedade do Agrupamento de Escolas da Abelheira. Por sua vez, em Março de 2004, é editada nova publicação erradamente numerado como 18, quando devia ser o n.º 20. A publicação será finalmente suspensa em Junho de 2004. com o n.º 19 que devia ser o n.º 21. Contendo entre 4 e 18 páginas, Favo de Mel, como tantos outros jornais escolares, integrava textos de alunos e de professores, notícias das diversas actividades da escola, passatempos e desenhos, assim como a colaboração da Associação de Pais, uma página dedicada a línguas estrangeiras e alguns anúncios publicitários. Ao longo do percurso da edição do jornal Favo de Mel muitos foram aqueles que assumiram a responsabilidade de levarem a cabo esta árdua e importante tarefa. Vou relembrar alguns deles, que me perdoem aqueles que esqueci de nomear: Abel Carvalho, Ana Pinheiro, Ana Rodrigues, Carlos Bom, Carlos Ponte, Cecília Araújo, Isabel Rodrigues, Jacinta Helena Cunha, José Reis, Isabel Rodrigues, Isabel Trabulo, Júlia Trabulo, Lurdes Pereira, Lurdes Santos, Leonor Ferreira, Fátima Castro, Maria Lucília Cunha, Maria Margarida Ribeiro, Ricardo Reis e Rosa Cardoso. No decurso do presente ano lectivo, e na sequência do trabalho que está a ser realizado no âmbito da Biblioteca Escolar, coloquei ao nosso colega professor coordenador bibliotecário Carlos Pires de Lima a hipótese de retomarmos a edição do jornal Favo de Mel. Naturalmente que ele “agarrou”, de imediato, a ideia e partimos, desde logo, para a concretização deste nosso projecto. Apresentado em Conselho Pedagógico, foi unânime a aprovação e as palavras de incentivo da parte dos colegas membros daquele órgão. Estávamos no bom caminho! Agora era preciso conseguirmos a colaboração da restante comunidade escolar para nos apoiarem neste projecto. Desde logo, percebemos a forma entusiástica como a nossa ideia foi recebida pela quantidade de trabalhos que nos iam sendo enviados. Então, quisemos ser um pouco mais ambiciosos e surgiu a ideia de transformar o projecto inicial de um jornal para a publicação de uma revista. Estaríamos loucos? Seria possível realizar o que pretendíamos? Bem, o melhor seria colocar esta nossa ideia ao Carlos Teodoro e logo veríamos se era para ir em frente ou não. O Carlos ficou tão entusiasmado como nós e logo se disponibilizou e responsabilizou para proceder ao trabalho gráfico da nova revista Favo de Mel. Eis que depois de algumas insónias e imenso trabalho na organização selecção de textos e outros trabalhos, aqui temos a nossa nova revista da comunidade escolar do Agrupamento Vertical de Escolas da Abelheira. Espero que gostem! Prof. Roque Gonçalves Editorial Mensagem da Directora I. Uma escola em movimento: 3 II. Nas asas da criatividade: 16 III. Palavras (con)sentidas: 22 IV. Leituras Plurais 28 V. Artigos científicos/técnicos 32 VI. Leituras sem Fronteiras 37 VII. Viana e o Mar 40 VIII. Passatempos 44 abelheira AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIANA DO CASTELO

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Revista da escola eb 2,3 de Viana do Castelo

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Favo de Mel Nº1SérieII

Correio electrónico:

Editor:Roque Gonçalves

Grupo Coordenador:Professores Bibliotecários Colaboradores da BE

Produção e digitação de textos: Comunidade Educativa do Agrup.

Fotografia e ilustração: Comunidade Educativa do Agrupamento

Design e Edição Gráfica:Carlos Teodoro

Propriedade:Agrupamento Vertical de Escolas da AbelheiraR. José Augusto Vieira Viana do Castelo 4900-438 Portugal Telf: 258 809 770 / 258 809 779 Periodicidade: Bianual

ISSN2182-2476Impressão: Gráfica GuttenbergTiragem: 1000 exemplares

Publicação:Junho 2011

[email protected]

EDITORIAL

No ano de 1991, na Escola C+S da Abelheira, é publicado com o n.º 1, o jornal escolar Favo de Mel. No editorial do n.º 8, o nosso querido colega e primeiro jubilado do nosso agrupamento, Carlindo Vieira, distinto professor e reconhecido escritor da nossa região, dava uma explicação para a escolha do nome Favo de Mel. Dizia ele: “Neste editorial, vou procurar explicar (…) o motivo de ao nosso jornal se ter dado o título de FAVO DE MEL.Como sabes, caro aluno, a nossa escola está situada na região da Abelheira (…) topónimo (…) que significa lugar onde há muitas abelhas. (…) Os favos de mel (…) que as abelhas constroem, uns por cima dos outros, nos cortiços (…) estão cheios de muitos orifícios, onde elas circulam no trabalho da fabricação do mel. Ora, com um pouco de imaginação, verás que a nossa escola é um grande favo no sopé do monte de Santa Luzia e que as diversas aulas são os tais orifícios, para onde tu, qual abelhinha trabalhadora vais todos os dias estudar.”A publicação do jornal escolar Favo de Mel manter-se-á, de forma mais ou menos regular, desde 1991 até 2004, ano em que termina com a edição do n.º 19. Do n.º 1 ao n.º 7 a publicação foi policopiada (em formato de 29,7 x 21 cm). A partir do n.º 8, o jornal passa a ser impresso e com maiores dimensões (42,2x 30,5 cm). Da publicação com o n.º 1 existe apenas um exemplar na nossa Biblioteca Escolar juntamente com alguns exemplares dispersos das publicações posteriores. Em Março de 1996, com a edição do n.º 14, a propriedade de Favo de Mel passa para a Escola Básica 2,3 de Viana do Castelo, que, em Dezembro de 1996, publica o n.º 16, com 4 páginas, fazendo parte do diário bracarense Correio do Minho (n.º 3023, de 12 Dez. 1996). Em Junho de 1997, a publicação é interrompida com o n.º 18, ressurgindo, em Maio de 2003, erradamente numerado como n.º 17, em impressão a cores e já como propriedade do Agrupamento de Escolas da Abelheira. Por sua vez, em Março de 2004, é editada nova publicação erradamente numerado como 18, quando devia ser o n.º 20. A publicação será finalmente suspensa em Junho de 2004. com o n.º 19 que devia ser o n.º 21. Contendo entre 4 e 18 páginas, Favo de Mel, como tantos outros jornais escolares, integrava textos de alunos e de professores, notícias das diversas actividades da escola, passatempos e desenhos, assim como a colaboração da Associação de Pais, uma página dedicada a línguas estrangeiras e alguns anúncios publicitários.Ao longo do percurso da edição do jornal Favo de Mel muitos foram aqueles que assumiram a responsabilidade de levarem a cabo esta árdua e importante tarefa. Vou relembrar alguns deles, que me perdoem aqueles que esqueci de nomear: Abel Carvalho, Ana Pinheiro, Ana Rodrigues, Carlos Bom, Carlos Ponte, Cecília Araújo, Isabel Rodrigues, Jacinta Helena Cunha, José Reis, Isabel Rodrigues, Isabel Trabulo, Júlia Trabulo, Lurdes Pereira, Lurdes Santos, Leonor Ferreira, Fátima Castro, Maria Lucília Cunha, Maria Margarida Ribeiro, Ricardo Reis e Rosa Cardoso.No decurso do presente ano lectivo, e na sequência do trabalho que está a ser realizado no âmbito da Biblioteca Escolar, coloquei ao nosso colega professor coordenador bibliotecário Carlos Pires de Lima a hipótese de retomarmos a edição do jornal Favo de Mel. Naturalmente que ele “agarrou”, de imediato, a ideia e partimos, desde logo, para a concretização deste nosso projecto. Apresentado em Conselho Pedagógico, foi unânime a aprovação e as palavras de incentivo da parte dos colegas membros daquele órgão.Estávamos no bom caminho! Agora era preciso conseguirmos a colaboração da restante comunidade escolar para nos apoiarem neste projecto. Desde logo, percebemos a forma entusiástica como a nossa ideia foi recebida pela quantidade de trabalhos que nos iam sendo enviados. Então, quisemos ser um pouco mais ambiciosos e surgiu a ideia de transformar o projecto inicial de um jornal para a publicação de uma revista. Estaríamos loucos? Seria possível realizar o que pretendíamos? Bem, o melhor seria colocar esta nossa ideia ao Carlos Teodoro e logo veríamos se era para ir em frente ou não. O Carlos ficou tão entusiasmado como nós e logo se disponibilizou e responsabilizou para proceder ao trabalho gráfico da nova revista Favo de Mel.Eis que depois de algumas insónias e imenso trabalho na organização selecção de textos e outros trabalhos, aqui temos a nossa nova revista da comunidade escolar do Agrupamento Vertical de Escolas da Abelheira.Espero que gostem!

Prof. Roque Gonçalves

Editorial Mensagem da Directora

I. Uma escola em movimento: 3

II. Nas asas da criatividade: 16

III. Palavras (con)sentidas: 22

IV. Leituras Plurais 28

V. Artigos científicos/técnicos 32

VI. Leituras sem Fronteiras 37 VII. Viana e o Mar 40

VIII. Passatempos 44

abelheiraAGRUPAMENTO DE ESCOLAS

VIANA DO CASTELO

Mensagem da directora

Caminhada Luta Contra o Cancro.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro, no âmbito das suas actividades, organizou uma caminhada de sensibilização visando os seguintes objectivos: i) mudar a atitude da comunidade face à doença - cancro não é necessariamente Morte!; ii) Educar e Informar visto que a Prevenção é o caminho para a cura e iii) Angariar fundos para os programas de prevenção e actividades da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Assim, grupos de pessoas participaram numa caminhada simbólica ao longo de um percurso que significou não só os passos do doente oncológico após lhe ter sido diagnosticada a doença, como também o empenho de todos na luta contra o cancro. Esta actividade foi, acima de tudo, uma reunião da comunidade e não uma prova desportiva e todos puderam part ic ipar : famí l ia , amigos , grupos profissionais, colectividades… partilhando todos os mesmos objectivos, o de acompanhar o doente oncológico e apoiar a missão da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O nosso Agrupamento não poderia ficar indiferente a este apelo e ao convite de um grupo de voluntários que se dirigiu à nossa Escola para apresentar esta actividade. Assim, começou a nascer a vontade de a nossa Escola participar numa caminhada local que se realizaria no dia 19 de Janeiro. A comunidade educativa abraçou este projecto e pretendeu que este dia fosse marcante, no sentido da sensibilização, para os nossos alunos, pais e encarregados de educação, bem como para toda a comunidade educativa. Foi com empenho e zelo que um grupo de professores abraçou este projecto e envolveu os seus alunos no mesmo.Foi com grande ansiedade que todos aguardaram a chegada do tão esperado dia 19. A tarde apresentou-se sorridente e convidativa a uma caminhada de dádiva. Assim, pelas 14 horas e trinta minutos, uma mancha de solidariedade encheu o recinto

exterior da nossa Escola e as ruas da nossa cidade. Os alunos da Escola E.B. 2,3 de Viana do Castelo participaram nessa caminhada promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. Como vem sendo habitual, a nossa Escola está sempre disponível a participar em eventos de solidariedade. Esta iniciativa teve o apoio de vários grupos disciplinares, D i rectores de Turma, Unidade de Necessidades Educativas Especiais, do Projecto Saúde e da PSP. Curiosamente, também tivemos a participação de um cidadão anónimo que, amavelmente, nos acompanhou de bicicleta durante todo o trajecto. No regresso à escola, este cidadão deu-nos os parabéns pela forma cívica e segura como a nossa escola participou neste evento.

Foi uma tarde diferente, activa, de intensas e múltiplas aprendizagens para miúdos e graúdos e que terminou, alegremente e com sucesso, na escola.

Foi um deslumbramento ver como só a nossa Escola encheu, literalmente, a Praça da República.

Rosa M.CostaBE/CRE

Não raras vezes o progresso passa por renovar a tradição!A imprensa, considerada uma das maiores invenções dos tempos, tornando o livro e o jornal acessíveis a uma grande parte da população, democratiza a cultura e fomenta o conhecimento. Inegável será a abrangência das novas tecnologias, ora adaptadas, ora que se adaptam à sociedade actual. Nunca poderá o livro, o conhecimento em papel, sentir-se ameaçado ou menos valorizado porque as novas tecnologias assim o estipulam. A escrita tem de permanecer como fonte de riqueza e de enriquecimento, com uma identidade própria e muito peculiar, como veículo de transmissão e de formação, como paradigma de um conhecimento valioso e jamais ultrapassado.É nesta perspectiva que encaramos esta revista e justificamos a sua razão de ser. Daí o seu recomeçar, o seu renascer através de novas publicações; imbuída de vários temas, apoiada por muitos colaboradores, cada publicação vai sendo dotada de uma criatividade que se pretende cada vez mais aprimorada. O jornal escolar, neste caso, a nossa revista, é um canal privilegiado para reconhecer publicamente o empenho, o esforço, a motivação e profissionalismo de todos os que incorporam este Agrupamento, sem os quais tudo seria coarctado e o elevado grau de realização, sentido por muitos, não seria possível de ser alcançado.O nosso jornal, agora em forma de revista, assenta e aposta sobretudo nas actividades discretas e quotidianas, desenvolvidas nos diversos estabelecimentos de ensino que muito têm contribuído para melhorar e optimizar a vida diária de todos os seus membros, conferindo-lhe uma identidade própria. Como Directora deste Agrupamento quero passar a mensagem do meu reconhecimento pela colaboração de todos os membros da comunidade educativa – alunos, docentes, assistentes operacionais e técnicos, encarregados de educação e comunidade envolvente - na missão de assegurar a todos os nossos alunos uma formação de qualidade num clima de felicidade, segurança e integração plena de todos, prosseguindo o ideal de um ser feliz numa escola feliz.A dedicação e o empenho dos nossos profissionais e encarregados de educação presentes em vários órgãos – Conselho Geral, Conselho Pedagógico, Conselhos de Turma, Associações de Pais – consubstanciados na implementação de múltiplos projectos, no investimento humano dirigido à Educação Especial promotor de um verdadeiro Agrupamento de inclusão, servem de alicerce a tudo o que já foi conseguido e estarão indubitavelmente no percurso que visamos percorrer com o objectivo de dignificarmos a Escola Pública através do sucesso educativo daqueles que são para nós o mais importante: OS NOSSOS ALUNOS.

A DIRECTORA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ABELHEIRA

Cecília de Fátima Ribeiro da Cunha Pita de Araújo

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À Conversa com Franclim Pereira Neto

No dia 25 de Fevereiro, os alunos do Jardim de Infância da Meadela estiveram à conversa com o escritor Franclim Pereira Neto, numa iniciativa incluída no Plano Anula de Actividades daquele Jardim e em parceria com a BE/CRE do Agrupamento. A partir do dia 22 de Fevereiro, esteve patente, naquele estabelecimento, uma exposição e venda de livros do autor citado, aberta à comunidade educativa. A BE/CRE felicita o trabalho desenvolvido pelas educadoras e mostra-se receptiva não só em colaborar nesta actividade, mas também em iniciativas futuras.

Contador de Histórias

No dia 26 de Abril, pelas 15H30, tivemos na nossa BE o senhor Manuel Passos Castro Cunha: contador de histórias. O senhor Manuel desfiou o novelo dos fios da sua memória, ora como Homem do Mar ora como pai de família. Homem aventureiro desafiou a imensidão do mar e do céu azul-marinho que se reflectia na esperança dos seus olhos, na certeza de uma devoção que voltaria a terra com o pão do sustento da sua família. Era um regresso povoado de partidas, de esperanças, sonhos, desconhecido, mas também de medos, incertezas e revolta contida em muitas preces. O senhor Manuel enfrentou a rude vida do mar, mas, no seu olhar, transporta uma serenidade que a todos cativou e encantou. Eis um Lobo-do-mar em cuja memória mantém acesa toda uma herança de um passado feito património oral que urge preservar.

histórias

histó

stórias

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órias

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riashistórias

JaneirasDando seguimento aos objectivos já implementados pela instituição no ano transacto que defendem a escola como o modo de vida comunitário e espaço de partilha de valores, atitudes e tradições, a família foi mais uma vez convidada a participar na vida escolar. Num ambiente de boa disposição, cantaram-se as Janeiras à comunidade, durante alguns dias do mês de Janeiro em que crianças e adultos cantaram com alegria e onde se recordaram antigas canções de Janeiras partilhadas pelos mais idosos da comunidade.Bem hajam a todos os intervenientes do processo educativo pelo contributo fornecido ao progresso e à qualidade da educação.

Uma escola em movimento: actividades e projectos 5

“À conversa com...”pretende, em torno do livro, incentivar a leitura, divulgar obras de autores da actualidade, promover a cultura e conhecimento e fomentar a interacção entre o público leitor e os escritores.

Com uma periodicidade mensal, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal, este projecto teve início em Outubro de 2009. Por estas conversas já passaram Luandino Vieira, António Manuel Couto Viana, Richard Zimler, Mário Zambujal, Rui Cardoso Martins, Alexandra Lucas Coelho, E. S. Tagino, João Tordo, Valter Hugo Mãe, Francisco Moita Flores, José Luís Peixoto, Francisco José Viegas, Gonçalo M. Tavares, Afonso Cruz e António Sousa Homem. E, muitos outros irão passar. Muitas sessões de autógrafos terão lugar. Muitos lançamentos de livros se farão.

Este blog, http://conversacom.blogspot.com/, é um projecto do Clube de Leitura da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo e tem como objectivo divulgar e promover as actividades que se realizam em torno destas conversas. Nele poderão informar-se sobre as sessões, comentar a obra e o escritor escolhido e sugerir outros livros e outros escritores. Queremos que as sessões sejam cada vez mais participadas e com mais pessoas interessadas a assistir.

é uma iniciativa da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo que

destaque

Isabel CamposProfª

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Espaço Violeta

A Escola está a dinamizar um espaço no âmbito do Projecto da Saúde, que se chama”Espaço Violeta - gente Feliz”, cujo objectivo é proporcionar um local onde os alunos poderão exprimir as suas emoções, aprender a relaxar, partilhar os seus sonhos, contar histórias, fazer exercícios de reflexologia, som, de meditação, exercícios básicos de yoga e de pintura. Este projecto surgiu com o objectivo de criar um espaço acolhedor para que o aluno se sinta bem e feliz. Apesar de ser pioneiro e com as suas especificidades próprias, encontra-se numa fase experimental na nossa escola, estando já implementado noutras escolas do país, onde se tem observado óptimos resultados. As sessões são constituídas por quatro alunos, têm a duração de noventa minutos durante três semanas. Dinamizam este projecto as professoras Ana Paula Ferreira, Cristina Bastardo e Rosa Costa.

Biblioteca EscolarCRE

Biblioteca EscolarCRE

destaqueJÁ SEI LER

O PLANO NACIONAL DE LEITURA propõe para o 1.º Ciclo, o desenvolvimento do projecto JÁ SEI LER com o objectivo de promover a leitura em família e a interacção escola-família. Cientes de que a participação da família é fundamental na criação de hábitos de leitura nos primeiros anos, a Biblioteca Escolar e as escolas do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas da Abelheira deram, mais uma vez, corpo a este projecto.

Este ano, participam no projecto os professores Felisbela Teixeira, Manuela Gonçalves, Susana César, Maria João Covinha, Maria João Nunes, Fátima Fornelos, Laura Neiva, Fátima Montez, Ilda Belo, Manuela Freitas, Adérito Ferreira, Jennifer Torre, Rosa Maria Rocha, Manuel António Gomes e as respectivas turmas.

Tendo por base o Projecto Curricular de cada turma e servindo de operacionalização à leitura autónoma, cada aluno (por semana) levou um livro para casa para ser lido em família. A acompanhar o livro seguia, também, um “diário de bordo”. Tratava-se de um livro / caderno em branco onde cada família registava o seu nome, o livro a ler e o contributo a dar para aquele momento, apresentando as razões das suas escolhas. Para a aquisição dos livros a integrar o projecto, as Escolas E.B.1 do Calvário e E.B.1 da Igreja contaram com a participação das suas Associações de Pais.

Cada família, com base na leitura efectuada, realizou um trabalho que retratou o momento, a personagem ou outro aspecto da história que tenham sido apreciados pela família. Este ano, os livros escolhidos foram ao encontro do tema aglutinador do Agrupamento, Viana e o Mar.

No final de cada semana (em dia estipulado por cada turma), o livro regressou à turma acompanhado do trabalho, bem como do diário preenchido.

Os trabalhos realizados em família serão expostos no final do ano lectivo.

PlanetárioDando cumprimento ao trabalho de projecto da unidade Curricular Didáctica das Ciências, Daniela Carvalho, Diana Guimarães, Filipe Fernandes e Flávio Gomes estiveram presentes na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos (BE/CRE) da E.B.1 da Abelheira, no dia 18 de Janeiro de 2011, para um trabalho prático com os alunos dos quartos anos de escolaridade. Este projecto foi dinamizado em três sessões, correspondentes ao número de turmas, do 4.º ano existentes na escola. No espaço físico da BE/CRE foi recriado um Planetário dentro do qual os alunos foram convidados a participar em experiências relacionadas com temas, como o Sistema Solar, Estações do Ano, Fases da Lua, entre outros. A actividade superou as expectativas. Os conteúdos apresentados estvam em conformidade com o Currículo Nacional do Ensino Básico. As estratégias de apresentação revelaram-se motivadoras e eficazes na transmissão da mensagem, mobilizando o interesse e participação dos alunos. Os docentes presentes foram unânimes no reconhecimento do rigor científico e metodológico do trabalho apresentado. Dado o interesse e a pertinência pedagógica deste projecto, a equipa da BE/CRE solicitou aos seus autores que o Planetário se mantivesse exposto por mais alguns dias, para que pudesse ser alvo de uma exploração didáctica mais aprofundada por parte de todo o corpo docente, permitindo, assim, que todos os alunos da escola o visitassem.

Projecto poupança

No âmbito do tema do projecto de acção social “Vamos aprender a poupar”, desenvolvido em articulação com a Junta de Freguesia e com toda a comunidade escolar, recolheram-se bens alimentares a serem distribuídos pelas famílias mais necessitadas. Implementou-se todo um trabalho de sensibilização entre a escola, a família e a comunidade em geral sobre hábitos de poupança. Elaboraram-se calendários de parede com desenhos e frases alusivas ao tema. Estes calendários foram realizados pelas crianças para serem oferecidos às famílias.Foram momentos de grande partilha, convívio e intercâmbio, que ficaram no coração de todos e de cada um de nós, pelo enriquecimento pessoal que proporcionaram.

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Juliana4ºano

À conversa com Maria do Céu Nogueira

No dia 23 de Fevereiro, tivemos a presença da escritora Maria do Céu Nogueira.Esta escritora escreveu muitos livros, mas ela veio apresentar o livro “Histórias, Memórias e Contos Tontos”.Os alunos desta escola apresentaram, em PowerPoint, uma das suas histórias: «A Formiguinha Perguntadeira». Ela adorou e deu-nos os parabéns. Eu também achei que foi espectacular.Na parte da manhã, esta escritora apresentou o livro para os meninos dos primeiros e segundos anos e, na parte da tarde, para os terceiros e quartos anos.Eu adorei o livro que ela apresentou! Também nos mostrou um livro chamado “A Magia do Sonho”. Após a apresentação, a escritora disse que a nossa vida não faz sentido sem ler. Acrescentou que, quando era pequena, adorava ler. Deu-me a entender que é uma escritora exemplar e quer transformar o irreal no real com muita vontade.A escritora é muito simpática e muito bonita.No final, a Margarida Bonito da Cunha deu-lhe umas flores e a Inês Fernandes ofereceu-lhe uma prenda.Adorei a apresentação, adorei a escritora e adorei TUDO!

A Engª Gracinda do CMIA veio à escola

No dia 25 de Janeiro de 2011, a engenheira Gracinda veio à nossa escola falar de Compostagem.Ela, após conversar connosco sobre o composto, formulou a seguinte pergunta: “ O oxigénio é importante para o composto?” Para se responder à pergunta, propôs uma experiência:Colocamos terra em dois garrafões de plástico. Depois, a engenheira Gracinda pediu a ajuda do Rodrigo para encher um garrafão, enquanto ela própria enchia outro. Em cima da terra, cada um colocou uns paus secos. De seguida, puseram uma camada de folhas secas e, por cima, produtos verdes (cascas de frutos, de legumes…). Continuaram estas sequências de camadas até os garrafões ficarem quase cheios. Aprendemos que todos estes materiais se chamam resíduos biodegradáveis. Um dos garrafões ficará fechado e o outro fica com buracos para entrar o ar. Vamos observar durante uns tempos!

À conversa com Maria do Céu Nogueira

A conversa com a escritora Maria do Céu Nogueira foi uma iniciativa promovida pelos docentes daquela escola em parceria com a BE/CRE do Agrupamento.Nesse dia, esteve patente, naquele estabelecimento, uma exposição e venda de livros da referida escritora, com sessão de autógrafos.A BE/CRE felicita o trabalho desenvolvido pelos professores da escola e mostra-se receptiva não só em colaborar nesta actividade, mas também em iniciativas futuras. Breve bibliografia da escritoraNascida em Vila Verde, estudou na Faculdade de Filosofia de Braga onde se licenciou no curso Filosófico-Humanístico.F o i p r o f e s s o r a d e P o r t u g u ê s , aproximadamente durante quarenta anos.Entre 1990 e 2005, fez parte da Associação Cultural e Literária «Autores de Braga»Como escritora, colabora em vários jornais com textos de crítica literária e social, artigos de opinião, pequenas peças de teatro, contos, crónicas e poemas. Escreveu:Ÿ Histórias Doces de Missangas(1992), Ÿ Duas mãos.Um Conto.Dois olhos(1998), Ÿ Um Ponto, Artifícios de Fogo Preso (2001), Ÿ Contos na Diferença (2003), Ÿ Brincalendo (2006), Ÿ Variações em Fantasia (2007), Ÿ A um Deus Conhecido ( 2007), Ÿ A Magia do Sonho (2008), Ÿ Mais Perto do Céu ( 2009), Ÿ Histórias, Memórias e Contos Tontos (2009) Ÿ Na fenda (2010) É co-autora de muitas outras publicações.

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A nossa horta

A nossa horta tem: morangos, plantas aromáticas e alface! Começou no dia 25-2-2011. Escreveram, em

quatro papéis, alguns alimentos. Nós escolhemos um papel e calhou-nos alface e as plantas aromáticas para plantar. Às vezes,

alguns dos nossos colegas trazem mais plantas, para além das que nos saíram no papel. Na nossa horta, cultivamos alimentos que comeremos na

cantina. Tal como no ano anterior, calhou-nos a alface que “deu muito bem”, até a comemos na cantina.

Este ano vai ser igual, vamos comer os nossos moranguinhos, tal como come-mos, o ano passado, a nossa saborosa alface.

As plantas aromáticas vão dar um ar mais agradável à nossa horta e um cheiro muito bom.

Na cantina comemos muita alface e, por isso, o que nos calhou foi bom porque, assim, partilhamos com os nossos amigos das outras turmas.

Às vezes, vamos à nossa horta ver como estão as nossas plantinhas e regámo-las para não murcharem, mas também não deitamos água a mais para não se afogarem.

Nós vamos tratar bem da nossa horta para ela dar bons alimentos.Quando estiverem crescidos, as cozinheiras, fazem a comida com os nossos legumes. A

comida fica boa mas, o mais importante, é nós o termos feito com carinho e amor. Assim, comemos muito bem para ficarmos saudáveis, para brincarmos bem e para não

ficarmos, muitas vezes, doentes.Eu não gosto muito de legumes, mas tenho de comer para ficar maior e para não ficar doente. Eu tenho muitos amigos e amigas que gostam muito de legumes e,

por isso, correm muito bem.A nossa horta é pequena mas lá cabem muitos alimentos. Quando

acabámos as plantações, ainda havia espaço para mais plantas. O Afonso, levou para a escola sementes para plantarmos, mas

não as pudemos semear na horta porque, primeiro, têm que germinar em recipientes, na sala. Nós,

também, já tínhamos sementes de melão.

Eb1 do Calvário3ºano

EB1 da Igreja4ºano

As Janeiras

No dia 21 de Janeiro, os alunos do 4. º ano da E.B. 1 da Igreja, Meadela, foram cantar as Janeiras pelas ruas de Viana do Castelo.Saímos da escola todos animados com coroas na cabeça e alguns instrumentos musicais na mão. Entrámos, todos juntos, no autocarro que nos levou até à Avenida dos Combatentes da Grande Guerra. Dirigimo-nos, a pé, até à Praça da República onde iniciámos a nossa arruada a cantar. Seguidamente, cantámos pela rua Manuel Espregueira, de loja em loja. Ofereceram-nos alguns cêntimos e rebuçados. No largo de S. Domingos, estivemos a lanchar. Depois, continuámos a cantar e visitámos o lar de idosos de S. Tiago. Os residentes cumprimentaram-nos e aplaudiram-nos com muitas palmas. Voltámos à rua General Luís do Rego e a arruada continuou até chegarmos, novamente, à Praça da República, onde cantámos para os representantes da Câmara Municipal que também nos deram as Janeiras. Regressámos à escola tão felizes e contentes a cantar!

Refrão

Deixai chover, deixai nevar,

que estes alunos não se vão atrapalhar.

Toca o pandeiro,toca a viola,

que todos nós vimos pedir uma esmola.

IQuem nos conhece, já sabe

de onde somos, para onde vamos.Não pedimos muito dinheiro,uma esmola para o peteiro.

IINós somos finalistas,

da Escola da Meadela,as Janeiras vimos cantar,

e um Bom Ano vos desejar.

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MarAs ondas do mar,

do mar azul,batem nas rochas,batem na areia e…

Bum!

Enquanto eu brinco,na água do marnadam os peixes

e eu a sonhar

Sonho ser peixepara brincar

perto da praia,longe no mar

Com golfinhoseu vou nadar,

vejo baleiasno fundo do mar

Ao fundo do martambém quero ir,acordo do sonhosempre a sorrir.

Na primeira semana de Fevereiro comemorou-se a Semana dos Oceanos, na E.B. 1 da Igreja. Os alunos do 1.º Ano fizeram uma pesquisa sobre alguns peixes existentes no Rio Lima (1.ºD), algumas plantas aquáticas (1.º E) e elaboraram um poema sobre o mar (1.º C):

A Semana do Mar Do dia 31 de Janeiro a 4 de Fevereiro houve, na nossa escola, a “ Semana do Mar”. Foi uma semana alegre e divertida onde vimos vários trabalhos elaborados pelos alunos do 4.º ano, nomeadamente “A Pesca”, “Os Peixes ”, ”Curiosidades do mar “, Os corais “, “Plantas aquáticas” ,” Costa Ribeira de Viana do Castelo”… O cenário estava espantoso! Havia bóias, redes, coletes, armadilhas, cartazes, desenhos… Parecia que estávamos a mergulhar! Tudo aquilo era um mundo!Na segunda-feira, também vimos um trabalho sobre o Rio Lima realizado pela professora Manuela Meira. Ao longo de todas as tardes, a professora Renata veio dar aulas de “ hip – hop” a todos os alunos. Na quarta-feira, esteve connosco uma senhora a falar dos Sistemas Dunares e aprendemos muitas coisas como, por exemplo, que há plantas autóctones que estão a desaparecer por causa das plantas exóticas que trouxeram para o nosso país. Foi uma longa semana e aprendemos muito. Todos os alunos, desde o 1.º ao 4.º ano, adoraram as apresentações cheias de palavras novas e imagens cativantes de focas queridas, tubarões monstruosos…Aprendemos TUDO sobre os peixes mais ferozes e sobre os mais dóceis, sobre as plantas aquáticas, sobre a costa ribeirinha da nossa terra… Mas, vendo bem, tudo o que aprendemos sobre o mar é apenas um pontinho nos milhões e milhões de espécies que há nos oceanos. Uns feios, mas preciosos para o ecossistema, outros bonitos, mas prejudiciais. E foi assim, com muita alegria, que a nossa fantástica semana acabou. Esperemos que, para os próximos anos, haja mais semanas do mar!

Margarida Cunha / Rita Braga4ºano

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Articulação com o 1.º Ciclo Mais uma vez, o corpo docente do Jardim de Infância e as professoras do 1.º ano do 1.º Ciclo envolveram-se num projecto de articulação com vista a promover uma boa integração dos nossos alunos na E.B. 1 da Abelheira.Foram programadas visitas e actividades de forma a proporcionar aos alunos o conhecimento da nova escola, com os seus diferentes espaços, pessoal docente e não docente e com os colegas do 1.º Ciclo. Os alunos que transitam foram integrados, durante uma manhã, nas salas do 1.º ano desenvolvendo, conjuntamente com os alunos deste ano, actividades de matemática e do estudo do meio.Este projecto, que ainda terá continuídade no 3. º Período, foi do agrado de todos os alunos e docentes envolvidos, tendo decorrido num ambiente de alegria e de grandes descobertas.De salientar o contributo dos professores bibliotecários que nos acolheram muito bem, apresentaram o espaço da biblioteca, os seus recursos e ainda nos brindaram com uma história, em power point, sobre a importância dos livros.

Projecto das CiênciasNo dia 25 de Março, o Jardim de Infância de Viana do castelo N.º1 teve a visita dos Professores Daniel, Ana Paula e Paula da área de Biologia e Físico-Química, da E.B. 2/3 da Abelheira.Apresentaram-nos várias experiências e materiais usados no laboratório: - Observação dos microrganismos da água parada; - Observação das moléculas do sangue; - Reacção de diferentes componentes químicos; - Simulação de um vulcão;Os nossos alunos viram tudo isto com grande entusiasmo, curiosidade e satisfação.Foi um momento de muita alegria e de aprendizagem.Quem sabe, não é assim que nascerão grandes mentes cientistas!Um bem-haja aos professores que nos brindaram com este momento.

MagustoOs alunos do Jardim de Infância N.º1 comemoraram, no dia 11, de Novembro, o dia do Magusto. Reuniram-se crianças e adultos à volta de uma grande fogueira, no recreio da escola, onde se assaram as apetitosas castanhas.Ao som de muita música e palmas, comemos as castanhas, bebemos sumo e enfarruscamos as nossas carinhas.Foi um dia de muita animação!

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Os alunos do terceiro ano, da E.B. 1 da Igre ja , desenvolveram bastantes actividades. Destacam-se, aqui, algumas desenvolvidas no âmbito de Estudo do Meio.

Estudo dos rios

Animais que vivem na camada superficial do solo Experiências sobre a permeabilidade dos solos

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II. Nas asas da criatividade: Textos narrativosII. Nas asas da criatividade: Textos narrativos 17

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Era uma vez um dragão

Ontem, dia 15 de Fevereiro, fomos ao teatro Sá de M i r a n d a . A h i s t ó r i a chamava-se: “ Era uma vez um dragão”. O teatro tinha quatro p e r s o n a g e n s , u m a apresentadora e t rês amigos que se chamavam C a t r a p a z , C a t r a p i z e Catrapuz. Três amigos chegaram à floresta, cansaram-se e pararam. Um deles disse que era o lugar perfeito para descansar. De repente, um dos amigos diz que há um dragão com juba, dentes afiados e cauda longa. Os outros dois amigos ficaram assustados, mas um deles descobriu que era tudo inventado e decidiu pregar uma partida. Finalmente descobriu-se q u e e r a t u d o u m a invenção!

Dinis Correia3ºano

Reflexão do teatro “Era uma vez um dragão”

Eu gostei do teatro, mas acho que acabou de uma forma estranha. Gostei das imagens e da utilização de cores.Acho que ficaram bem os cenários projectados e as personagens a fingir que iam para os diferentes “sítios”, como, por exemplo, para a igreja, para a floresta…O s a c t o r e s e r a m engraçados e tinham jeito para a representação.

Marta Gigante5ºano

Clube pinguim

No clube pinguim chamo-me bombagui1. As minhas cores são: preto, vermelho e laranja. Gosto mais da cor preta porque combina com o cinturão preto e a mascara de ninja. Já sou ninja e já derrotei o Sensei. Por isso, posso entrar no esconderijo ninja.Eu tenho um comunicador que se põe no ouvido, tenho o puffele azul e o vermelho.Os agentes secretos podem entrar na sala de comando e fazer missões.

Guilherme Franco3ºano

A viagem até à ilha de kómódo

Era uma vez um menino chamado Gabriel. Ele era sorridente e muito bem comportado.Um dia , e le es tava no computador e viu imagens da i lha de kómódo. Então, perguntou ao pai : --Pai, nas férias de Verão podemos ir à ilha de kómódo? O pai do Gabriel disse que sim. F i n a l m e n t e , a s f é r i a s chegaram e eles foram para o aeroporto e partiram para a ilha.Quando chegaram, um homem mostrou-lhes a ilha inteira. Pelo caminho, eles viram vulcões, cobras, dragões de Kómódo, cataratasTambém alugaram uma casa enorme junto à praia.Quando as férias acabaram, eles tiveram que voltar para casa. O Gabriel foi para a escola e contou tudo aos amigos.

José Lima3ºano

Um dia diferente

Num sábado, eu, a minha t i a e o s m e u s a v ó s resolvemos ir dar um passeio. Era o que eu queria já há muito tempo. Então, resolvemos ir até a Senhora do Minho que fica no alto de uma serra. Quando lá chegamos, ficamos maravilhados com a q u e l a p a i s a g e m : o s cavalos e as vacas a pastar e a água a escorrer pelas pedras, que lindo que era! Quando começamos a descer a serra, tivemos que ter muito cuidado porque ha v ia mu i t a s curva s . Quando acabamos de descer, parámos para descansar um pouco e fomos lanchar a um c a f e z i n h o . D e p o i s , regressámos a casa e foi assim que passámos um dia diferente!

Ricardo Lopes3ºano

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Uma cidade muito estranha

Era uma vez uma cidade. Mas essa cidade não era uma cidade qualquer, era uma cidade muito, mas muito estranha!Essa cidade era feita de doces.Em cada estação do ano há várias mudanças:Na Primavera, nascem flores chupa-chupa, nas árvores nascem frutos que são rebuçados …No Verão, na praia, a areia é feita de chocolate branco e o mar é feito de chocolate preto derretido.No Outono, a chuva é sumo de ananás, o vento é ar que cheira a bolos …E no Inverno, o gelo para patinar é o sumo de ananás que é a chuva, congelado, as nuvens são feitas de algodão doce …Dentro das casas queque é tudo muito colorido!Mas, um dia, a cidade estranha já não estava estranha. Estava estranhíssima!Tudo estava de pernas para o ar!As casas tornaram-se casas couves, as estátuas ficaram cenouras…Como, já repararam, esta cidade feita de doces tornou-se numa cidade saudável, feita de legumes!

Ana Socorro3ºano

Se eu fosse um macaco…

Se eu fosse um macaco, andava empoleirado nas árvores. Apanhava comida... muitas bananas. Brincava com os meus amigos e protegia os macaquinhos mais pequenos. Também saltava de ramo em ramo à procura de comida. Catava os piolhos aos meus irmãos e aos meus filhos. Era muito alegre e divertido e passeava muito de noite. Bebia água do rio e também tomava banho de água fria.Eu fazia muitas macacadas

Fernando Silva3ºano

O reencontro

Num dia de Verão muito quente, vivia numa casa confortável um menino chamado Samuel. Ele era bom, simples e tinha um sonho: encontrar o pai que estava desaparecido. Samuel estava muito triste. Ele ouviu dizer que existia um homem das três caras que realiza todos os sonhos. Samuel resolveu ir à sua procura. Viajou quarenta dias e quarenta noites. Samuel estava cansado, até que viu o homem das três caras. Pediu-lhe para encontrar o pai. O homem das três caras pensou e soube onde encontrá-lo. De manhã cedo, o homem das três caras, com a sua espada e o seu cavalo, foi ao castelo que era guardado por um dragão. Os dois lutaram e o dragão disse-lhe o caminho para ir salvar o pai do Samuel. O homem das três caras levou o pai do Samuel ao Samuel. O pai e o Samuel abraçaram-se e viveram felizes para sempre.

Francisco Avelar3ºano

Se eu fosse…

Se eu fosse um tigre era selvagem e andava a caçar outros animais para comer. Às vezes dormia nas árvores. Escondia-me no meio das folhas para não ser visto. Corria muito se um caçador tentasse apanhar-me. Lutava muito com os tigres para defender os meus filhos. Brincava com os meus filhos, depois de lhes dar de comer. Bebia água, tomava banho no rio, passeava, à tarde, na hora de menos calor e, à n o i t e , o s m e u s o l h o s brilhavam no escuro. Seria muito Feliz porque era livre!

Eduardo Araújo3ºano

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Os super quatro

Numa noite fria, na floresta, vivia um cão. Ele encontrou outro cão como ele, mas em perigo, prestes a ser comido por um urso pobre sem nada. O cão imediatamente pôs-se à frente do outro cão e perguntou ao urso: ─ Por que é que o queres comer? E o urso respondeu:

─ Eu não tenho nada para comer, nem para beber. O cão disse:

─ Eu também não, mas conheço um amigo que tem comida. Então, lá foram os três para a casa do veado, amigo do cão. Bateram à porta do veado e disseram: ─ Veado, tens comida para nós? E o veado respondeu:

─ Claro que sim! Entraram os três e o veado deu-lhes todo o tipo de comida. Perguntou-lhes:

─ Querem ficar aqui a viver? Eles disseram que sim e ficaram lá a viver. Um dia, eles viram um cartaz colado numa árvore que dizia que iam arrancar a casa do veado e destruir a floresta. Então, decidiram ir à cidade impedir o desastre, mas o urso e o veado não podiam lá ir. O veado disse que conhecia um sapo que os podia ajudar. Esse sapo era inventor e tinha um aparelho que transformava os animais em pessoas. Assim, todos juntos foram à cidade pedir para não destruírem a floresta, porque ela é muito importante para os animais. Finalmente, voltaram todos à floresta e viveram os quatro sem problemas.

João Gonçalves3ºano

A aventura do pirata Miguel e os seus marinheiros

Era uma vez um pirata chamado Miguel e os seus ajudantes marinheiros que são: o José, o Ivo, o Samuel, o Rodrigo, o Eduardo, o Laureano, o Ricardo e o Fernando. Eles eram todos piratas. De repente, o Miguel tropeçou numa coisa dura que parecia uma pedra, mas não era. Era uma caixa do tesouro! O Miguel e os marinheiros começaram a escavar, até que o Eduardo o encontrou e abriu. Tinha um mapa do tesouro. Eles começaram à procura desse tesouro valioso. O Ivo e o Rodrigo repararam que tinha ali um x e começaram a escavar. Encontraram um tesouro todo cheio de dinheiro e de jóias muito brilhantes. O Miguel, de repente, começou a ouvir um barulho estranho. TRIM! TRIM! TRIM! Era o despertador do Miguel. Estava a sonhar e também estava atrasado para a escola!

Nasrine Chawk3ºano

O coelho apaixonado

Há muitos anos atrás, numa quinta muito bonita, vivia um coelho chamado Quico. O Quico era branco e muito brincalhão e dizia que nunca haveria de se apaixonar. Mas, um dia, apareceu uma coelhinha muito bonita com um lacinho na orelha e o Quico apaixonou – se à primeira vista. A coelhinha não lhe ligou nenhuma e ele ficou muito triste. Uma tarde, a coelhinha foi dar um passeio e caiu ao rio, mas o Quico salvo-a. Por ele ter sido um herói, a coelhinha também se apaixonou e os dois viveram felizes para sempre!

Leonor Brilhante3ºano

O super cão e o super gato

Num dia de Verão, o super cão e o super gato estavam no seu laboratório secreto cheio de máquinas e fatos de super-homem. O super gato tinha a cara toda preta e as pontas das patas e a cauda também. O resto era branco. O super cão era todo castanho e os olhos eram azuis. Um dia, tiveram uma missão importantíssima que era deter o malvado ratão que estava a destruir a cidade e a matar as pessoas. O super cão usou o seu poder “dentes de vampiro” e mordeu-lhe a cabeça. O super gato utilizou o seu poder raio magnético. E o ratão disse:

─ Eu voltarei! E o super gato e o super cão disseram:

─ Vamos ver isso! O super gato deu um fim a esta história. Usou o seu poder raio magnético e estourou com o motor da nave do ratão e o ratão disse:

─ Ahhhhhhhh!!!

Samuel Gomes3ºano

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III. Palavras (con)sentidas:textos líricos de tema livre.

O formigão

O formigão, ao verum pedaço de pão,

pensa logo que é sabichãoe começa a fazer um dançarão!

E cheio de animação,começa a dançar sambão.

O João

O João é capitão,a comer parece um falcão!A nadar, foge do tubarão!Come pão com salpicão,

está sempre a ver televisão,e a ler o cartão!

Ai! É assim o nosso amigo João!

Professora

Até podia ser doutora,mas preferiu ser professora

e nós agradecemos-lhe com um abraçoforte como o aço.

Também lhe damos um beijinho Amoroso e cheio de carinho

e nós oferecemos-lhe este postal,por ser uma professora divinal.

Ivo Mesquita3ºano

As cores engraçadas

O vermelho é um fedelho juntamente com o amarelo, fica um grande cogumelo, misturado com um chinelo.

O azul bebe REDBULL . O verde é um duende

que queria ser um dente.

O castanho está a tomar banho com o seu grande tamanho,

está sempre a querer a sua bela vida ter.

Ivo Mesquita3ºano

Lengalenga da turma

Eu sou o Miguel,gosto de comer papel.

Eu sou a Maria,canto como a cotovia.

Eu sou o Laureano,escrevo num pano.Eu sou o Samuel,

detesto mel!Eu sou o Pedro,

vivo cheio de medo.Eu sou Leonor,

dou-vos muito amor.Eu sou o Fernando,em mim eu mando.Eu sou a Carolina,

mas não bebo gasolina!Eu sou o Ricardo,

corro como um leopardo.Eu sou a Rita,tudo me irrita.

Eu sou o Guilherme,tenho medo de um verme.

Eu sou a Nasrine,apanho o comboio em Nine.

Eu sou o João,sou um grande trapalhão!

Eu sou o Francisco,detesto petisco!

Eu sou a Deolinda,sou sempre bem-vinda.

Eu sou o Eduardo,a voar pareço um moscardo!

Eu sou a Sara,no carnaval pinto a cara.

Eu sou o Ivo,não gosto de figo!

Eu sou o Dinis,constipado asso-o o nariz.

Eu sou o José,forte como um chimpanzé!

Eu sou o Rodrigo,tenho um ninho no umbigo!

Eu sou a professora Rosa,que para a rua vou vaidosa!

Miguel Brito3ºano

Rima com as cores

Olá! Eu sou o amareloE todos me acham belo!

Eu sou o azul e sou a cor preferida do Raul!

Eu sou o verde,fiquei preso numa rede!

Eu sou o brancoe pintei o banco!

Eu sou o vermelho,tenho um fato de escaravelho!

Eu sou o cor-de-laranja,com a galinha fiz uma canja!

Eu sou o cinzento,estou sempre rabugento!

Eu sou o castanho, e estou sempre a assoar o ranho!

Deolinda Félix3ºano

III. Palavras (con)sentidas: Textos líricos 23

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II. Nas asas da criatividade 25

Sara Reis3ºano

Esqueci-me dos trabalhos de casa

Estou triste, muito tristeporque dos deveres me esqueci,só espero que a professora entendae não baixe a nota que eu consegui.

Esqueci-me do livro na escolaonde os meus deveres estavam marcados,Agora fico quieta como a colae os meus trabalhos estão abandonados.

Não sei o que posso fazerMas lembrei-me de escrever um poema,Entrei no mundo de satisfazerAlguns desejos e não ter um problema.

Rodrigo Gonçalves3ºano Não sei o que

escrever

Eu não sabia o que escrever Até que me pus a pensar,

Entrei no mundo da escritaQue eu vos vou já falar.

Livros, cadernos e lápisO que lá havia,

Também havia ideiasMas nada me servia.

Encontrei o que queriaUma ideia de futebol,

Pus lá um guarda-redesMas ficou todo mole.

Os Gormitis encontreiTinha lá muitas ideias,

Mas em vez de isso fazerDesenhei umas belas meias.

Carolina Oliveira2ºano

A minha amiga

A minha amigaé muito bonita.Está sempre comigo!Ela guarda segredose materiais,um estojo com lápise muito mais.

Turma E2ºano

O nosso desejo

Primavera, voltaste?Há quanto tempo te esperávamos!Pinta o céu de azul claroe a Natureza com várias cores.Dá-nos sol e calor,estamos fartos dos agasalhos!Queremos brincar ao ar livree ouvir as músicas das avezinhas.Frutos teus desejamos saboreare as flores admirar!Sabemos que um dia nos vais deixar,Mas, novamente, regressarás.

Obrigado, Primavera!

III. Palavras (con)sentidas 25

Turma E2ºano

Viana e o Mar

erde cor da esperança,gual a ela não há!mor dá a toda a gente,unca será esquecida nossa bela cidade!

ncanta quem a visita!

rgulho dos vianenses!

aravilhoso é o Atlântico,o Lima está ligado!

io, mar, monte… Que lhe falta?

VIANA

E

O

M AR

A Primavera

A Primavera chegoue veio logo a sorrir.

O passarinho cantoue começou tudo a florir.

Vem bela e formosae traz-nos alegria,

sempre muito cheirosa,com humor e fantasia.

Como é linda a natureza!Perfumada e cheia de cores,

está repleta de belezae de muitos amores.

O Inverno terminou.Os dias começaram a crescer

e o frio acaboupara o bom tempo aparecer.

O sol começa a brilhare vai aquecer.

As crianças já podem brincaraté ao anoitecer.

As andorinhas estão a regressardos países mais quentes,

voam velozes, no ar,felizes e contentes.

A Primavera é divertida.É uma bela estação!

Quando estiver de partida,É porque a seguir, vem o Verão.

Turma A4ºano

Dia Mundial da Poesia

Eu não sou poeta E a poesia tem de rimar,

mas como não sou profeta,alguém tem de me ensinar.

Toda a poesia é linda,quando feita de coração,

é a voz do sentimentoque nos causa muita emoção.

Tantos poetas escrevem poesia ,com muito amor,

pena é que nos nossos diasnão lhes demos muito valor.

É dia de poesia !Terei de me esforçar.

Vou ter muita cortesiaPara o júri agradar.

Luis Lima3ºano

Alma só

No espesso negro onde a solidão impera,uma alma dorida vagueia e desespera,

porque quisera a um lugar chegar.

O farol que procura parece não funcionare perdida continua ansiosa a buscar.

Perscruta na densa negritude dum olhar,também ele vácuo ao ponto de magoar.

E apesar de tão difícil tal dor suportar,teimosa continua sem um soluço soltar.

Roque GonçalvesProf

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III. Palavras (con)sentidas 27

Uma experiência desportiva de Inclusão – Goalball

O goalball é uma modalidade desportiva que foi desenvolvida com o objectivo de reabilitar as pessoas com deficiência visual, nomeadamente os militares feridos em combate na guerra mundial que, por rebentamento de bombas e minas, ficaram cegos. Tem como objectivo o desenvolvimento das percepções auditivas, táctil-quinestésicas, orientação e organização espacial. É uma modalidade dinâmica, onde três jogadores em campo lançam a bola com as mãos para marcar golo na baliza adversária, na qual os outros jogadores, utilizando técnicas defensivas, procuram evitar o golo.Os praticantes e espectadores têm de estar em silêncio para se realizar o jogo. A aplicação das regras e controlo do jogo é da responsabilidade de uma equipa de arbitragem, composta por dois árbitros principais, juízes de linha e de mesa.Considerando que o desporto é um meio primordial para promover a inclusão e o desenvolvimento dos sentidos remanescentes dos alunos cegos e de baixa visão, assim como todos os sentidos para além da visão nos alunos normovisuais, o professor Luís Oliveira promoveu, na E.B. 1 da Abelheira, com a colaboração dos professores Adérito, Maria João, Jennifer Torres e Jennifer Mendes e Jardim de Infância O Cogumelo, com a colaboração da Educadora Edite, uma acção de sensibilização ao Goalbal e um torneio intra-turma, nas turmas 1 A, 3B e 2B.Depois de realizados estes torneios, os alunos, de acordo com as suas competências académicas, relataram as suas experiências, que, seguidamente, vamos dar a conhecer por ordem cronológica da sua realização:

Torneio de GoalballNo dia 20 de Janeiro, a turma do 2.º B da E.B. 1 da Abelheira participou num torneio de GOALBALL. Fizemos equipas de três elementos para realizar o torneio, com ajuda do professor Luís e do nosso professor. O jogo foi feito no ginásio da nossa escola, num campo construído por nós. O jogo é jogado de olhos vendados e com uma bola que tem guizos dentro. Quando a bola rola, os guizos fazem barulho. Os jogadores estão em cima de colchões a evitar que a bola os ultrapasse. O campo tem linhas com relevo que nós construímos. São para nos orientar sempre que a bola lhes toca fazendo barulho. Este jogo é fantástico porque utilizamos os sentidos da audição e do tacto. Só é possível jogar com silêncio para poder ouvir os guizos na bola. O torneio durou a manhã toda e os vencedores foram a equipa do Gonçalo, da Bruna e da Carolina. Não era importante ganhar, mas sim participar. Nós adoramos o torneio e foi muito divertido o jogo!A turma do 2.º BNo dia 1 de Fevereiro, a nossa turma realizou um torneio interno de Goalball. Este jogo foi muito divertido e permitiu-nos desenvolver e melhorar os nossos sentidos, uma vez que, ao ficarmos privados de um órgão (visão), melhoramos os outros sentidos. Estivemos que estar mais atentos e concentrados para conseguir ouvir a bola. No início, estávamos um pouco presos e com vergonha, mas, à medida que o tempo passava, a nossa prestação melhorava. Em geral, toda a turma gostou bastante da actividade estando ansiosos pelo próximo torneio.E.B. 1 de Abelheira - 3.º AJardim-de-infância O Cogumelo

Os alunos do 1.ºA deram a sua opinião, jogando com as letras do nome do jogo:As actividades vão continuar e a próxima experiência será realizada com o Futebol 5 jogando segundo as regras da International Blind Sport Association (IBSA).

IV. Leituras Plurais 29

Luis OliveiraEFA/OM

Prof. Ed. Física Adaptada / Orientação e Mobilidade

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V. Artigos Científicos / TécnicosV. Artigos Científicos / Técnicos 33

Turma A6ºano

Viajando sobre o mundo pictográfico

“A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus actos” – Loius Hjelmslev.Na verdade, a linguagem é o meio mais utilizado que permite a comunicação entre as pessoas. Trata-se de um recurso bastante eficaz, pois é a partir desta que se realizam todas as acções do quotidiano.

Mas, e se não conseguirmos falar? E se ninguém compreender o que queremos dizer? E se formos diferentes? Como partilharemos o conhecimento que detemos do mundo e das coisas? Como poderemos interagir com o próximo? Mergulhados neste contexto, e guardando nas suas memórias, histórias e vivências pautadas pela diversidade e diferenças individuais, as quais vêm fazendo parte das suas caminhadas, os alunos da turma A, 6º Ano, desenvolveram, em grupo, um trabalho na disciplina de Formação Cívica, retratando “Os Direitos das Crianças”, com o Miguel e o Paulo, em cooperação com a UAEM.

Confrontados com tal tarefa, desde logo, reflectiram que a utilização de pictogramas seria fundamental para comunicar e desenvolver o projecto, então, delineado. Desta forma, a edificação do trabalho passou pelo recurso à pictografia, uma forma de escrita através de desenhos figurativos como forma aumentativa de comunicação, pela qual os doze direitos das crianças foram transmitidos à turma.

O presente trabalho permitiu estreitar os laços entre estes alunos e a turma, proporcionou possibilidades aos alunos com necessidades educativas especiais na identificação das suas necessidades e capacidades, facilitando a sua independência e autonomia na sua inclusão no grande grupo/turma. Por sua vez, para a turma a actividade tornou-se um reflexo da vida do lado de fora, ajudando à consagração do lema “de que não se pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro.” Em suma, o grande proveito da actividade para todos os intervenientes foi viver a experiência da diferença alargando o horizonte de todo e cada um dos intervenientes.

História e etimologia: carnaval

Para alguns pesquisadores o Carnaval tem raízes históricas que remontam aos bacanais e a festejos similares em Roma; alguns historiadores mais ousados chegam mesmo a relacionar o Carnaval a celebrações em homenagem à deusa Ísis ou ao deus Osíris, no Egipto antigo. Uma outra corrente acredita que a festa se iniciou com a adopção do calendário cristão.

Em Roma havia uma festa, a Saturnália, em que um carro no formato de navio abria caminho em meio à multidão, que usava máscaras e promovia as mais diversas brincadeiras. Essa festa foi incorporada pela Igreja Católica, e segundo alguns a origem da palavra Carnaval é carrum navalis (carro naval).

Essa etimologia, entretanto, já foi contestada. Actualmente a mais aceite é a que liga a palavra "Carnaval" à expressão carne levare, ou seja, afastar a carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da Quaresma.Em 1091 a data da Quaresma foi definitivamente estabelecida pela Igreja Católica; como consequência indirecta disso, o período de Carnaval estabeleceu-se na sociedade ocidental, sofrendo, entretanto, certa oposição da Igreja, na Europa. Embora alguns papas tenham permitido o festejo, outros combateram-no vivamente, como Inocêncio II.

No seguimento do Renascimento o Carnaval adoptou o baile de máscaras, e também as fantasias e carros alegóricos. Ao carácter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros t ipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato actual, que se preserva especialmente em regiões da França (ver Mardi Gras), Itália e Espanha.

In: http://saber.sapo.pt/wiki/Carnaval

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DIA MUNDIAL DO ALFABETO BRAILLE

No dia 4 de Janeiro comemorou-se o Dia Mundial do Braille. Os alunos do 5.º D fizeram uma pesquisa para conhecerem o significado desta data e ficaram a saber que o braille é um sistema de leitura e escrita, destinado a ser utilizado por deficientes visuais, baseado em “furinhos” em papel que produzem “pontinhos” em alto – relevo.

Cada combinação indicava uma letra do alfabeto ou uma palavra. Havia também combinações para indicar os sinais de pontuação.

Em 1827, Louis escreveu em Braille a "Gramática das Gramáticas". Em 1828, continuando os estudos, aplicou o seu sistema à notação musical (o interesse por ler as notas de música foi um forte motivo para inventar o método Braille).Em 1829, apresentou a primeira edição do "Método de Palavras Escritas, Músicas e Canções por meio de Sinais, para uso de Cegos e Adaptados para eles".

No instituto em que estudou, o novo código só foi adoptado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada por tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.

Em 1952, o estado francês reconheceu a importância que Louis Braille teve na expansão da comunicação entre todos e o seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon (monumento francês onde são guardados os restos mortais de grandes individualidades).

* Trabalho elaborado a partir da pesquisa dos alunos do 5. ºD - Andreia Gigante, Andreia Fornelos, Andreia Viana, Bruno Vieira , Cátia Borlido, Diana Sousa, Fábio Lopes, Inês Silva, Inês Gomes, Lídia silva, Mariana Pires, Melissa Brito, Pedro Antunes, Pedro Barbosa , Tiago Freitas e Vanda Novo, para a disciplina de Formação Cívica.

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Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809, em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O pai, Simon - René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e, em determinados anos, foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).

O fundador do Instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel. Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Contudo, também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Ouviu falar de um capitão do exército, Barbier, que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita nocturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel.

Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que o cegara em pequeno.Louis Braille aprendeu, com rapidez, a usar o sistema. A escrita era possível com uso de uma régua guia e de um estilete. Como o sistema de Barbier apresentava uma série de dificuldades, como a impossibilidade de se representar símbolos matemáticos, sinais de pontuação, notação musical, acentos, números, além dos caracteres serem lidos com dificuldade. Braille começou a estudar maneiras diferentes de fazer os pontos e traços no papel. Passou noites experimentando incansavelmente sobre a régua e o estilete que ele próprio inventou.

Aos 15 anos de idade, inventou o alfabeto Braille, semelhante ao que é usado hoje, um sistema simples em que usava seis buracos dentro de um pequeno espaço. Com esses seis buracos dentro deste espaço, ele pôde fazer 63 combinações diferentes.

V. Artigos Científicos / Técnicos 37

A celebração da PrimaveraMuito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera.Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.

A palavra "páscoa" vem do hebreu "pessah" e significa "passagem", "mudança", refere-se ao êxodo (saída) do Egipto de Moisés.

Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam a Deusa Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster).Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida.Ostara equivale, na mitologia grega, a Perséfone. Na mitologia romana, era Ceres. O nome de menina Ester também está relacionado, claro.Estes antigos povos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. Mas o costume de os decorar para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X.

O rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecê-los aos seus amigos e aliados.Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e fortuna.A oferta de ovos manteve-se até hoje e de várias formas.

A Páscoa judaica

Em hebraico, existe a "Pessah", a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos).

Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação.A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), ervas amargas e muito vinho.

A Páscoa cristãPara entender o significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que muitas celebrações antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados com Cristo.

A festa da Páscoa refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, a sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucifixão e ressurreição (Jesus voltou a viver e subiu ao céu).A celebração começa no Domingo de Ramos (quando Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de Páscoa (com a Ressurreição de Cristo): é a chamada Semana Santa (

A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa com o equinócio da Primavera.Cuidado: isto é complicado de entender...Com esta definição, a data da Páscoa varia de ano para ano, sendo, em limite, entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".Sabias que a sequência exacta de datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do

Lê sobre as tradições portuguesas!).

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Las Fallas

Es una fiesta que se celebra del 15 al 19 de marzo en la Comunidad Valenciana en honor a San José, patrón de los carpinteros, y a la llegada de la primavera.Las personas hacen figuras gigantes de carácter satírico sobre temas de la actualidad y también figuras que representan la naturaleza, y que pueden llegar hasta 30 metros de altura. Los días y noches de Valencia son una fiesta continua donde podemos asistir a espectáculos de petardos y fuegos artificiales.El auge de la fiesta es cuando las mejores Fallas son premiadas y después quemadas por toda la ciudad, de esta forma se piensa que se eliminan los problemas y males. Algunos lo consideran el mayor festival pirotécnico en el mundo, y se podría decir que es el Carnaval de Valencia.Esta fiesta está catalogada como fiesta de interés turístico internacional.

Turma E8ºano

ESPANHOL

Ana Sofia / Miguel Hugo8ºano

ESPANHOL

En La Época de los Golfianos

En clase, leímos el principio de un comic sobre los Golfianos. Después pedí a los alumnos para escribir un final para la historia. Cada pareja presentó su trabajo y la mejor historia fue escogida por todos. Esta fue la vencedora.

Cuando venían los Pestazos…Comían y bebían todo, pero un día los Golfianos

se acordaron de envenenar la comida con una planta extremamente venenosa, de nombre “passius moreamañana”. Esta planta no mataba, sino que causaba alucinaciones. Los Golfianos veneraban tanto esta planta que la tenían en un templo donde la trataban como una reina.

Cuando los monstruosos Pestazos volvieron a atacar los ingeniosos Golfianos, tuvieron una sorpresa. Después de atacar la ciudad se dirigieron a la bodega y allí comieron la comida envenenada. Al primer mordisco empezaron a ver espirales a su alrededor, en seguida apareció un desierto donde había un oasis.

El efecto del veneno permaneció durante una semana.

Los Golfianos Vetustos tenían una barba con unos filamentos muy grandes que cuando entraban en contacto con el cerebro cambiaba la mente. Entonces decidieron colocar sus filamentos en las narinas de los Pestazos, cambiando así su mentalidad para una mucho mejor. La única manera de terminar con el efecto del veneno era oír la magnífica voz de los Golfianos Audientes y la música de los instrumentos de los Golfianos sinfónicos. Y así fue, los Pestazos abrieron sus ojos y empezaron limpiar y a reconstruir todo lo que habían destruido. Después regresaron a su tierra, en paz, donde más tarde construyeron una gran civilización.

VI. Leituras sem fronteirasVI. Leituras sem fronteiras 39

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Ribeira de Viana - Santos e devoções

No âmbito do nosso trabalho de projecto, tentamos perceber de que forma se manifestava a devoção das gentes da Ribeira de Viana através dos nomes dados às embarcações de pesca desta cidade.Depois de um trabalho de pesquisa com recurso à Internet, junto do nosso professor da Área Projecto e outros familiares e amigos, conseguimos relembrar alguns dos nomes de santos dados pelos mestres de Viana do Castelo às suas embarcações.São muitos e variados os nomes encontrados o que evidencia um fervor religioso muito diversificado dos homens do mar e mulheres da ribeira vianense, de entre eles destacamos os seguintes: S. Judas Tadeu, Freirinha de Viana, Santa Zita, Santa Luzia do Monte, Menino Jesus, Santíssimo Sacramento, Mártir São Sebastião, Senhor da Prisão, Samaritana, Virgem D'Agonia, Nossa Senhora D'Agonia; Virgem das Graças; Senhora do Minho.È interessante salientar a grande devoção mariana pelas variações da utilização do nome à Virgem Maria em diferentes embarcaçõesNão estão todos os nomes, pois isso implicaria um trabalho mais rigoroso aliado a uma maior disponibilidade de tempo e possibilidade de acesso a estas informações, junto dos homens do mar da ribeira, dos nossos familiares e, principalmente, através dos dados existentes na Capitania de Viana.Parece-nos ser importante aprofundar esta temática e perceber, de forma mais objectiva, as devoções desta gente do mar. Naturalmente que isso se torna para nós, muito difícil, uma vez que estamos a dar os nossos primeiros passos no trabalho de pesquisa, sendo evidente algumas lacunas na concretização deste nosso projecto.Fica a vontade e está aberto o caminho para quem quiser estudar este assunto.

VII. VIANA E O MARVII. VIANA E O MAR 41

Fátima Peres / Mariana Moreno7ºano

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Viana e o Mar

Ao crepúsculo, o sol deita-se de forma lenta e bela escondendo--se nos mares de Viana, deixando os seus últimos raios de sol iluminar a Princesa do Lima, permitindo, assim, ter um último vislumbre de Santa Luzia, a verdura que floresce e as suas inúmeras casas.

É nessa altura do dia em que desejamos, ardentemente, que o tempo volte atrás, que o sol regresse ao céu azul e que torne Viana mais resplandecente e, assim, possamos encantar-nos na beleza desta cidade. E, sobretudo, que teime em continuar a iluminar o mar, onde residem tantas lendas, memórias e mistérios. A única coisa que podemos fazer é esperar que flutuem.

No entanto, mesmo que a nossa mente se impaciente para que o tempo deixe de ser tempo, se reconfigure em eternidade ou que se prolongue nem que seja por mais um minuto para que o nosso olhar se deslumbre a observar essa tela fantástica, ecoará sempre na nossa alma: "- temos que esperar por amanhã!”.

Carmen SantosEB2,3

Entrevista ao Sr. Manuel

1.Por que escolheu ser pescador? Porque, quando eu era jovem, quase todos iam para o mar. Os meus avós foram pescadores, os meus pais eram pescadores e os irmãos também. Por razões económicas.

2. O que o atraiu no mar? Eu gostava de andar no mar. É deslumbrante ver o nascer e o pôr-do-sol. Nos dias de tempestades, era maravilhoso ver como o mar ficava tranquilo passadas duas a três horas. Parecia que nada tinha acontecido. 3. O que o entusiasmou para seguir esta actividade? Decidi ser pescador, desde a infância, porque era uma via de trabalho mais fácil, e aos 6 anos já andava entre os peixes nas docas. 4. Houve alguém que o influenciou? Quem me influenciou foram os pais, avós, a família em si… porque eram do mar e vivia numa zona onde todos eram pescadores.

5.Teve alguma preparação ou ajuda? Tinha que saber ler, escrever e nadar. Quando era miúdo, da vossa idade, já sabia nadar. Tinha que me safar na água e, assim, aprendi.

6.Estava nervoso no seu primeiro dia de trabalho? Já lá vai há muitos anos. Ainda me lembro como se fosse hoje. Fui fazer o exame da 4.ª classe e não passei, pois sou muito activo, mas bastante nervoso. Quando cheguei a casa, disse: ”Mãe, eu vou para o mar, porque não passei de classe”. Não ia nervoso pois já sabia, há muito tempo, que ia para o mar, por isso já estava preparado.

7.Que tipo de pesca fazia (instrumentos, técnicas, espécies)? Fazia todo o tipo de pesca, pesca à linha, pesca com rede...

8.Quais os locais por onde pescou? Pesquei em Viana e noutras partes do país como Peniche, Sines… e fui à pesca do bacalhau no Canadá que era mesmo uma escravidão, com temperaturas a 25.º abaixo de zero, onde até as “barbas e o pingo do nariz congelavam”.

9.Viveu alguma aventura especial no mar? Vivi, numa noite de Natal, nos Açores com o barco aportado. Havia uma tempestade tão grande onde o mar estava terrivelmente violento e que pegou em contentores de 20 ou 30 toneladas como se fossem uma folha de papel. Nesse dia, tivemos que sair para o mar. Pensei em toda a minha família, e que talvez não regressasse. Foi um dia muito marcante para mim.

10.Enfrentou alguma tempestade enquanto pescou? Pesquei debaixo de muitas tempestades, principalmente na pesca do bacalhau, mas nunca perdemos o controlo da situação.

11.Quantos anos foi pescador? Andei 40 anos no mar. Fui pescador durante 20 e andei, também, 20 anos na marinha mercante.

12.Que outros proveitos teve da sua actividade? (contactos com outras pessoas, paisagens, culturas, costumes e usos). Gostei de ir a África, pois não conhecia nada de África. Fiquei muito impressionado com o que vi. Foi depois do 25 de Abril. Gostei da cultura, porque eram umas pessoas simples. Era um paraíso… Nos últimos 9 anos andei nos Açores e na Madeira. Gostei muito dos Açores, pois as pessoas são muito humildes. Lembro-me das várias pronúncias, umas mais fáceis de perceber do que outras, mas ainda há algumas palavras que ainda, hoje, não percebo.13.Ser pescador é uma profissão especial? É duro…? É bastante duro, mas é especial, quem vai ao mar gosta. Os que vão ao mar têm que gostar muito. É uma sensação fantástica. O simples puxar o peixe, nós a puxar para cima e o peixe para baixo, nós à espera de um peixe e sai outro. Verificar a beleza dos peixes é fantástico.

14.Sente-se uma pessoa feliz com a actividade que desenvolveu? Sinto-me feliz por ter desenvolvido a actividade. Fiz muitos amigos por onde passei. Por onde passava toda a gente me chamava Sr. Manuel.

15.Se fosse hoje, escolheria a mesma profissão? Talvez não, não é por uma questão monetária, mas o pescador é um trabalhador não assalariado. “Se não apanhar peixe, não ganha”. A reforma de pescador também é pequena. Por isso, não é muito alucinante seguir essa profissão.

Curiosidades:Pescou uma navalha encaixando o anzol na argola.Pescou bacalhaus com várias ferramentas no seu interior.O país que mais gostou de visitar foi São Tomé e Príncipe, onde a água era tão límpida que se viam os peixes a 30 m de profundidade.O espadarte foi o maior peixe que pescou.A sua recordação mais especial do mar é uma concha de uma vieira.

Turma D5ºano

Área de Projecto

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VII. VIANA E O MAR 43

Carta de uma mãe Alentejana para um filho que está na Bósnia

Mê querido filho:Escrevo-te algumas linhas apenas pra saberes que tou viva. Estou-te a escrever devagar, pois sei que nã sabes lêr depressa. Nã vás reconhecer a nossa casa quando voltares, pois nós mudamo-nos. Temos uma máquina de lavar rôpa, mas nã trabalha muito bem, a semana passada pus lá catorze camisas, puxei a corrente e nunca mais as vi. Acerca do tê pai, ele arranjou um bom emprego, tem 1500 homens debaixo dele, pois agora está cortando a relva do cemitério.A magana da tua irmã Maria teve bebé esta semana, mas sabes, eu nã consegui saber sé menino ou menina, portanto nã sei sês tio ó tia. A tê ti Patricio afogou-se a semana passada num depósito de vinho, lá na adega cuprativa, alguns compadris tentaram salvá-lo mas sabes, ele lutou bravamente contra eles. O corpo foi cremado mas levou três dias pra apagar o incêndio. Na quinta-feira fui ao médico e o tê pai foi comigo. O médico pôs-me um pequeno tubo na boca e disse-me pra nã falari durante dez minutos. Atão nã sabes que o tê pai ofereeceu-se logo pra comprar o tubo ao médico. Esta semana só chuveu duas vezes. Na primeira vez chuveu durante três dias e na segunda durante quatro dias. Na segunda fêra teve tanto vento que uma das galinhas pôs o mesmo ovo quatro vezes. Recebemos uma carta do cangalhero que informava que se o último pagamento do enterro da tua avó nã fôr fêto no prazo de sete dias, devolvem-na.Olha mê filho cuida-te.Nã te esqueças de beber muito lête todas as notes!Um BêjoJaquina do Chaparro

PS: Era pra te mandar 25 êros, mas já tinha fechado o envelope, nã tos mandei. Fica pra próxima, porra.

Dicionário do cão

esposa do cão- cãopanheirafilho do cão - cãochorropadrinho do cão - cãopadreprimo do cão - cãobritomatrimónio do cão - cãosamentoluta do cão - cãobatearma do cão - cãonivetemúsica do cão - cãoçãoluz do cão - cãodeeiroroupa do cão - cãomisacão da russia- cãomunistacão sem coragem - cãobardecarro do cão - cãomiãorua do cão - cãominhocão que faz música - cãopositorcão da mesma terra - cãoterrâneoamigo do cão - cãomaradacão amigo - cãopanheirosino do cão - cãopainhacão de porta - cãocelacão negociante - cãomerciantecão banqueiro - cãobistaresfriado do cão - cãostipaçãosinceridade do cão - cãofiançaoferecimento do cão - cãovitepromessa do cão - cãopromissoarrependimento do cão - cãoversãocão vencedor - cãopiãocão do campo - cãoponêscão que convence - cãovincentecão que trabalhou demais - cãosadocão moderno - cãoputadornatal do cão - cãosoadabando do cão - cãobadaginástica do cão - cãobalhotaflor do cão - cãoméliafreguesia do cão - cãopanáriocão que come - cãomilhão

VIII. PASSATEMPOS

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CÚMULOS:1.Basquete

Jogar a bola na cesta e ela cair no sábado.

2.Vaidade Comer uma rosa para enfeitar os vasos

sanguíneos.