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Sociedade Brasileira de Silvicultura

DEZEMBRO DE 2008

Sociedade Brasileira de Silvicultura

Fatos e Nmeros do Brasil Florestal

Dezembro de 2008

Fatos e Nmeros do Brasil Florestal

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Sociedade Brasileira de Silvicultura

SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURAPresidente Carlos Alberto da Fonseca Funcia Vice-Presidentes Germano Vieira Aguiar Produtos de Madeira Processada Carlos Henrique Garcia Siderurgia a Carvo Vegetal Osmar Elias Zogbi - Produtores Florestais e Scios Individuais Superintendente Executivo Rubens C. D. Garlipp Conselho Deliberativo Amantino Ramos de Freitas Celso Edmundo B. Foelkel Geraldo Alves Moura Ivaldo Pontes Jankowsky Luiz Calvo Ramires Jnior Mario Higino Mello Neves Leonel Rubens Francisco Tocci Conselho Consultivo Antnio Dias Leite Antnio Paulo Mendes Galvo Antnio Sebastio Rensi Coelho Carlos Eugnio Thibau Clara Martins Pandolfo Jorge Humberto Teixeira Boratto Jos Luiz Magalhes Neto Jos Carlos Carvalho Conselho Fiscal Lus Flvio Veit Nelson Luiz Magalhes Bastos Pieter Willem Prange Laerte Setbal Filho Leopoldo Garcia Brando Luiz Ernesto George Barrichelo Mario Ferreira Nelson Barboza Leite Osmar Elias Zogbi Roberto de Mello Alvarenga Walter de Paula Lima

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Sociedade Brasileira de Silvicultura

A SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA A SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura uma associao do setor privado florestal, de mbito nacional, de utilidade pblica, sem fins lucrativos, fundada em setembro de 1955 com os objetivos de: congregar todos os que se dedicam formao, recomposio e utilizao sustentvel das florestas; estudar e difundir tecnologias de preservao dos recursos naturais renovveis e defesa do meio ambiente em geral; participar de estudos e promover campanhas destinadas a garantir a reposio florestal e a disponibilidade de matrias-primas de base florestal; participar da proposio de planos e programas florestais em conjunto com rgos do poder pblico e da iniciativa privada; e incentivar o aprimoramento da legislao florestal.

Uma importante frente de trabalho da SBS refere-se s polticas florestais do Brasil. Esse trabalho feito atravs de constante monitoramento, divulgado por meio das publicaes prprias da entidade ou tomando a iniciativa de apresentar ao poder pblico propostas de interesse setorial, relacionadas com a promulgao ou aplicao de legislaes que possam promover a sustentabilidade dos nossos recursos florestais. A SBS conta com a colaborao de entidades, associaes e empresas privadas representativas dos diversos segmentos do setor florestal - celulose e papel, carvo vegetal, madeira serrada, compensados e painis reconstitudos, universidades, institutos de pesquisa, produtores florestais e profissionais que se associam em diferentes categorias. Os associados da SBS se caracterizam pelo compromisso que assumem, perante a sociedade, de cumprir os princpios bsicos do bom manejo florestal. Constituem um grupo cuja conscincia social e ecolgica vai alm das exigncias contemporneas, e suas aes, voltadas ao desenvolvimento da atividade florestal no Pas, so conduzidas mediante adoo de tcnicas e princpios modernos de gesto que consideram: A atividade florestal como vetor de desenvolvimento social, ambiental e econmico; Medidas que conciliam os interesses conservacionistas com o uso das florestas e dos solos florestais; A difuso de preceitos de preservao dos recursos naturais renovveis e defesa do meio ambiente em geral; A utilizao dos recursos florestais de forma a garantir o abastecimento industrial atual e futuro, a sustentabilidade e a manuteno dos ecossistemas existentes sem prejuzo dos demais recursos naturais;

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Mltiplos usos dos recursos florestais, objetivando o melhor aproveitamento dos produtos da floresta e a gerao de bens e servios que beneficiem as comunidades locais; A proteo do meio ambiente, a recuperao de reas degradadas, a conservao e o monitoramento da qualidade do solo, da gua e do ar; A implementao de sistemas e procedimentos de controle e monitoramento da qualidade ambiental com o propsito de proporcionar o uso racional dos recursos florestais; O respeito s leis, acordos, convenes e normas ambientais vigentes em nvel municipal, estadual, federal e internacional e s tradies das populaes e comunidades locais.

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ASSOCIADOS E COLABORADORES

BRACELPA CCERES FLORESTAL CORUS ECO BRASIL FLORESTECA GRUPO ORSA MASISA DO BRASIL MELHORAMENTOS FLORESTAL PLANTAR RAMIRES REFLORESTAMENTO RIGESA STORA ENSO

Fatos e Nmeros do Brasil Florestal

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Sociedade Brasileira de Silvicultura

FATOS E NMEROS DO BRASIL FLORESTAL (2008)NDICE Contedo Pgina

Apresentao................................................................................................................................07 Resumo Executivo ........................................................................................................................08 Quadro Estatstico ........................................................................................................................11 1. Aspectos Institucionais..............................................................................................................15 2. As Florestas do Mundo .................................................................................................................16 3. Biomas Brasileiros ....................................................................................................................17 4. Florestas Naturais de Produo ...................................................................................................18 5. Unidades de Conservao e Terras Indgenas .........................................................................20 6. Usos da Terra Agrcola No Brasil ..............................................................................................23 7. O Setor Florestal Brasileiro .......................................................................................................25 7.1. Atividades Florestais no Brasil ...........................................................................................25 7.2. Produo de Madeira em Tora ..........................................................................................26 7.3. Consumo de Madeira em Tora .........................................................................................28 7.4. Produo Nacional de Lenha.............................................................................................29 7.5. Participao do Setor de Base Florestal no PIB Brasileiro.................................................29 7.6. Empregos no Setor Florestal .............................................................................................29 7.7. Mercado de Produtos Florestais ........................................................................................30 7.8. Exportaes e Importaes ..............................................................................................31 7.9. Programa Nacional de Florestas .......................................................................................32 7.10. Florestas Plantadas ........................................................................................................35 7.11. Plantios Realizados em 2007 ..........................................................................................37 7.12. Produtividade e Patamar Tecnolgico ............................................................................39 8. Produtos Florestais Madeireiros ................................................................................................41 8.1. Celulose e Papel ...............................................................................................................41 8.2. Papelo Ondulado .............................................................................................................48 8.3. Siderurgia a Carvo Vegetal..............................................................................................48 8.4. Produtos de Madeira Slida ..............................................................................................52 8.4.1. Madeira Serrada ......................................................................................................52 8.4.2. Compensados .........................................................................................................54 8.4.3. Produtos de Maior Valor Agregado ..........................................................................56 8.5. Painis Reconstitudos ......................................................................................................60 8.5.1. Aglomerados ...........................................................................................................60Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 5

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8.5.2. Chapas Duras ..........................................................................................................61 8.5.3. MDF.........................................................................................................................62 8.5.4. OSB .........................................................................................................................62 8.6. Mveis ...............................................................................................................................63 8.7. Produtos Madeireiros por Origem. .....................................................................................64 9. Produtos Florestais No Madeireiros ........................................................................................65 9.1. Borracha Natural ...............................................................................................................65 9.2. leos Essenciais de Eucalipto...........................................................................................67 9.3. Resina ...............................................................................................................................69 9.4. Tanino ...............................................................................................................................71 10. Fomento Florestal ...................................................................................................................72 11. Manejo Florestal Sustentvel ..................................................................................................73 12. Certificao Florestal e Certificao de Gesto Ambiental ......................................................74 12.1. CERFLOR ...........................................................................................................................74 12.2. FSC .....................................................................................................................................76 12.3. ISO 14001............................................................................................................................78 13. Agrossilvicultura ......................................................................................................................78 14. O Mercado de Carbono ...........................................................................................................79 15. Medidas, Fatores de Converso e Parmetros Florestais .......................................................82 16. Fontes Consultadas ................................................................................................................87 17. Siglas ......................................................................................................................................90

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APRESENTAO

Esta edio do Fatos e Nmeros do Brasil Florestal contempla os dados atualizados de 2007 e tambm apresenta os dados estimados de 2008 para alguns segmentos quando disponveis. As informaes reunidas neste documento resultaram da pesquisa, compilao e ordenao das estatsticas de vrias fontes, dentre elas associaes congneres, institutos de pesquisa, empresas associadas, publicaes e relatrios existentes, rgos pblicos e banco de dados da SBS. As dificuldades de se organizar informaes do setor florestal tm sido recorrentes nos ltimos anos. Os diferentes segmentos do setor elaboram suas estatsticas em momentos diferentes e nem sempre essas estatsticas esto atualizadas no mesmo horizonte temporal. Buscando superar e preencher as lacunas existentes, bem como permanecer fiel sua misso de divulgar a atividade florestal, a SBS espera que este documento seja til para aqueles que necessitam de referncias para orientar seus trabalhos e tomar decises no campo da silvicultura e do setor de base florestal como um todo.

So Paulo, Dezembro 2008.

Carlos Alberto da Fonseca Funcia Presidente da SBS

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RESUMO EXECUTIVO As florestas naturais no mundo somam cerca de 4 bilhes de hectares, cobrindo aproximadamente 30% da superfcie terrestre do globo (FAO, 2007). Cinco pases concentram mais da metade da rea florestal total a Federao Russa, Brasil, Canad, Estados Unidos e China. No Brasil de acordo com dados do IBGE, a rea total absoluta de aproximadamente 8.514.877 km (851,4 milhes de hectares). Deste total, 477,7 milhes ha correspondem a florestas naturais e 5,98 milhes ha florestas plantadas, sendo 3,75 milhes com eucalipto; 1,80 milho com pinus e 425,2 mil de outras espcies, ocupando apenas 0,7 do territrio nacional. De acordo com o Ibama (2008), foram registradas no Brasil entre Unidades de Conservao Federais, Estaduais, Municipais e Distrital, 509 de Proteo Integral, totalizando uma rea de 51 milhes ha, e 1.183 de Uso Sustentvel, com uma rea total de 109,8 milhes ha. Os reflorestamentos realizados em 2007 no Brasil, incluindo reformas, totalizaram 640 mil ha, superando 2,1%, a rea de plantios realizados em 2006 (627 mil ha). Os Programas de Fomento Florestal, principalmente de empresas de celulose e papel, ampliaram sua participao de 25% para 30% dos plantios e possibilitaram a formao de uma significativa rea florestal descontnua. Do ponto de vista scio-econmico e ambiental, esses programas participam positivamente na medida em que produzem florestas distribudas por diversas propriedades rurais, promovem sua adequao ambiental com respeito a reas de Reserva Legal e de Preservao Permanente bem como estimulam sua recuperao. O comrcio mundial em 2007 movimentou aproximadamente US$ 10 trilhes. Os produtos de origem florestal figuram entre os 10 principais produtos comercializados internacionalmente com 3% do comrcio global, cerca de US$ 300 bilhes. O setor de base florestal brasileiro tem participao significativa no Produto Interno Bruto Nacional (US$ 1,3 trilho), representando 3,4% do PIB nacional, ou seja, US$ 44,6 bilhes. As exportaes brasileiras alcanaram US$ 160,65 bilhes em 2007, representando um crescimento de 17% em relao ao ano anterior. Acompanhando esta tendncia, o setor de base florestal teve um aumento de 11% nas exportaes, com US$ 9,1 bilhes, correspondendo a 5,6% do total exportado pelo pas em 2007. O segmento de celulose e papel teve maior participao nas exportaes brasileiras de produtos florestais, com US$ 4,7 bilhes e um crescimento de 18,0% em relao a 2006 (US$ 4,0 bilhes). As exportaes de madeira representaram cerca de US$ 3,3 bilhes, de mveis US$ 994,3 milhes, e carvo vegetal US$ 600 mil. Os empregos em toda a cadeia produtiva da atividade florestal em 2007 foram da ordem de 8,6 milhes. O segmento de florestas plantadas proporcionou 4,6 milhes de empregos incluindo diretos (656 mil), indiretos (1,8 milho) e resultantes do efeito-renda (2,1 milhes). A produo de madeira em tora de florestas plantadas para uso industrial no Brasil demonstra uma tendncia de crescimento no decorrer dos anos em torno de 15%. Estima-se que em 2007 a produo de madeira em tora foi da ordem de 155,6 milhes m3, representando um aumento de aproximadamente 0,8% em relao ao ano anterior. O consumo de madeira em tora de floresta plantada para fins industriais cresceu aproximadamente 39% entre 2002 e 2007. O consumo no pas em 2007, foi da ordem de 155,6 milhes m3, com crescimento de 2,5% em relao ao ano anterior.Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 8

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O setor de celulose e papel, composto por 220 empresas localizadas em 17 Estados apresentava em 2007, uma rea de aproximadamente 1,71 milho de hectares de florestas plantadas, compreendendo 1,36 milho ha (79,7%) com eucalipto; 341,2 mil ha (19,9%) com pinus e 6,9 mil ha (0,4%) com outras espcies. Aproximadamente 2,8 milhes ha de recursos florestais (reas de preservao permanente e de reserva legal) so mantidos pelas empresas desse setor, excedendo o disposto pela legislao ambiental brasileira. Em 2007, a produo de celulose e pastas alcanou 11,99 milhes de toneladas e a de papel, 9,0 milhes de toneladas, representando um crescimento de 7,3% e 3,2% respectivamente em relao ao ano anterior. A estrutura de produo em 2008 de 12,85 milhes de toneladas de celulose e 9,20 milhes de toneladas de papel. O setor de papelo ondulado no Brasil conta com 80 empresas, 103 unidades industriais instaladas e gera 14.602 empregos diretos. O faturamento do segmento em 2007, foi estimado em R$ 5,525 bilhes, representando 17% do faturamento total do setor de embalagens no Brasil. A produo total do segmento foi de 2,57 milhes de toneladas e o consumo 2,50 milhes de toneladas representando aumento de 3,6% e 3,4 respectivamente, em relao a 2006. As exportaes em 2007, totalizaram 2.254 mil toneladas, representando um crescimento de 3,5%. A produo de carvo vegetal, em 2007 foi cerca de 6,34 milhes de toneladas, representando crescimento de 23,9% em relao a 2006, quando foram produzidos 5,11 milhes de toneladas. O consumo em 2007, foi de cerca de 36,8 milhes mdc, sendo aproximadamente 18,3 milhes mdc de origem de floresta plantada e 18,4 milhes mdc de florestas nativas. A produo de madeira serrada em 2007 atingiu 27,2 milhes m, predominando a madeira tropical (17,9 milhes m) frente produo de madeira de pinus (9,3 milhes m). O consumo atingiu aproximadamente 21,5 milhes m (79% da produo nacional). As exportaes brasileiras totalizaram 2,9 milhes m (US$ 927 milhes) no mesmo ano. A produo de compensados em 2007 foi de 2,67 milhes de m3, representando uma queda de 12,3% em relao a 2006 (3,04 milhes m3). O consumo nacional, com cerca de 677 mil m3, sendo 451 mil m3 de compensados de pinus e 226 mil m3 de madeira de espcies tropicais, tambm apresentou uma queda de 12,3% em relao ao consumo de 2006. As exportaes atingiram cerca de 1,9 milhes m3 (US$ 697 milhes) em 2007. A produo brasileira de Produtos de Maior Valor Agregado (PMVA) fragmentada e diversificada. Em 2007, a produo de molduras foi de 820 mil m; de EGP foi de 503 mil m; de pisos de madeira totalizou 33,0 milhes m e a produo de portas de madeira atingiu 8,6 milhes de unidades. As exportaes de PMVA alcanaram US$ 1,16 bilho, representando decrscimo de 6,8% em relao a 2006. Os painis de madeira reconstituda em 2007, incluindo aglomerado, chapa dura e MDF, totalizaram uma produo de cerca de 4,9 milhes m3. A maior produo de painis foi a do aglomerado, cerca de 2,6 milhes m, representando 51,5% do total, seguida pelo MDF, 37,9%, e chapa de fibra com 10,6%. A produo de OSB foi de 350 mil m. As exportaes brasileiras de mveis de madeira totalizaram US$ 1.048 milhes em 2006. No Brasil existem aproximadamente 1,07 milho hectares de florestas certificadas pelo CERFLOR, dos quais 996,3 mil ha de florestas plantadas e 73,1 mil ha de florestas nativas e 5,05 milhes de hectares de florestas certificadas pelo FSC, sendo 2,79 milhes ha de florestas nativas (55,4%) e 2,25 milhes ha de florestas plantadas (44,6%).Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 9

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Um total de 3.981 projetos encontra-se em alguma fase do ciclo de projetos do MDL em setembro de 2008, sendo 1.112 j registrados pelo Conselho Executivo do MDL e 2,869 em outras fases do ciclo. O Brasil ocupa o 3 lugar em nmero de atividades de projeto, com 318 projetos (8%), sendo que em primeiro lugar encontra-se a China com 1413 e, em segundo, a ndia com 1118 projetos. Em relao s emisses projetadas o Brasil ocupa a terceira posio, sendo responsvel pela reduo de 322.005.702 t CO2e (6% do total mundial), para o primeiro perodo de obteno de crditos. A China ocupa o primeiro lugar com 2.305.463.522 t CO2e a serem reduzidas (46%), seguida pela ndia com 1.199.910.512 de t CO2e (24%) de emisses projetadas (http://www.mct.gov.br/).

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QUADRO ESTATSTICO (2007) BRASIL Capital Populao Total rea Total Absoluta Uso da terra Agrcola no Brasil Florestas Naturais Florestas Plantadas Outros Usos ECONOMIA NACIONAL PIB Exportaes Importaes Supervit Comercial PIB da Indstria de Base Florestal Exportaes de Produtos de Base Florestal Dlar (US$) mdio 2007 BRASIL FLORESTAL Florestas Naturais FAO (2006) Florestas Plantadas Florestas plantadas e reformas realizadas Cobertura Florestal per Capita 477,7 milhes ha 5,98 milhes ha 640 mil ha 2,63 ha/hab US$ 1,3 trilho US$ 160,6 bilhes US$ 120,6 bilhes US$ 40,039 bilhes US$ 44,6 bilhes US$ 9,1 bilhes R$ 1,865 Braslia-DF 183,9 milhes hab 851,48 milhes ha 56,1% 0,7% 43,2%

CONTRIBUIO DO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO Formao do PIB Exportaes Supervit da Balana Comercial Empregos (PEA nacional) 3,4 % 5,6 % 18,5 % 9,0%

UNIDADES DE CONSERVAO (FEDERAL/ESTADUAL/MUNICIPAL) Proteo Integral Uso Sustentvel REA TOTAL REFLORESTADA Eucalipto (Eucalyptus spp.) Pinus (Pinus spp.)Fatos e Nmeros do Brasil Florestal

51,04 milhes ha 109,79 milhes ha

3,75 milhes ha 1,80 milho ha11

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Outras Accia negra Seringueira Teca Araucria Ppulus Paric Outras

425,2 mil ha189,6 mil ha 85,8 mil ha 48,6 mil ha 17,5 mil ha 2,8 mil ha 79,2 mil ha 1,7 mil ha

Total FLORESTAS CERTIFICADAS CERFLOR Nativas Plantada Total FSC Nativas Plantadas Total PRODUO Aglomerados Carvo Vegetal Celulose e Pastas Chapas de Fibras Compensados Pinus Tropicais Ferro Gusa (a carvo vegetal) Madeira Serrada Pinus Tropicais Madeira em Toras (florestas plantadas) Lenha MDF OSB Papel Papelo Ondulado PMVA Molduras EGP Pisos Portas

5,98 milhes ha

73,06 mil ha 996,3 mil ha

1,07 milho ha2,79 milho ha 2,25 milho ha

5,05 milhes ha

2,6 milhes m3 6,34 milhes t 11,99 milhes t 524 mil m3 2,67 milhes m31,98 milhes m 3 690 milho m

3

9,63 milhes t 27,2 milhes m3 155,6 milhes m3 82,9 milhes m 1,9 milho m3 350 mil m3 9,0 milhes t 2,57 milhes t3

9,3 milhes m3 14,9 milhes m3

820 mil m 3 503 mil m 2 33,0 milhes m 8,85 milhes de unidades

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CONSUMO Aglomerados Carvo Vegetal Origem Florestas Plantadas Origem Florestas Nativas Celulose e Pastas Chapas de Fibra Dura Compensados Pinus Tropicais Madeira Serrada Pinus Tropicais Madeira em Toras (florestas plantadas) MDF Papel Papelo Ondulado PMVA Molduras EGP Pisos EXPORTAES Celulose Carvo Vegetal Papel Ferro gusa Produtos de Madeira Slida Madeira Serrada Compensados Produtos de Maior Valor Agregadoo o o o Molduras EGP Pisos Portas

2,5 milhes m3 36,8 milhes mdc18,3 milhes mdc 18,4 milhes mdc

5,8 milhes t 314,2 mil m3 677 milho m3471 mil m 3 226 mil m3

21,5 milhes m3

7,9 milhes m 3 13,5 milhes m

3

155,6 milhes m3 2,0 milhes m3 8,1 milhes t 2,5 milhes t212 mil m 3 358 mil m 3 17,1 milhes m3

US$ 3,02 bilhes US$ 633 mil US$ 1,70 bilho US$ 2,94 bilhesUS$ 927 milhes US$ 697 milhesUS$ 179,7 milhes US$ 119,7 milhes US$ 603,8 milhes US$ 255,5 milhes

Painis Reconstitudos Mveis de Madeira Resina, Breu e Terebintina Tanino

US$ 292,2 milhes US$ 994,3 milhes US$ 32,9 milhes US$ 929,9 mil EMPREGOS NO SETOR DE BASE FLORESTAL

Florestas Plantadas (diretos, indiretos, efeito renda) Florestas Nativas (diretos, indiretos, efeito renda) TotalFatos e Nmeros do Brasil Florestal

4,6 milhes4,0 milhes

8,6 milhes13

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PRODUTOS FLORESTAIS NO MADEIREIROS Borracha Natural (2006) rea Plantada com Seringueira Produo Consumo Importao Empregos leos Essenciais de Eucalipto rea Produo Exportao Importao Resina, Breu e Terebintina de Pinus Produo de Goma Resina Exportaeso Breu o Resina o Terebintina

81,3 mil ha 110 mil t 314 mil t 204 mil t 80 mil 10 mil ha 1.000 t/ano US$ 2,9 milhes US$ 1,1 milho 106,4 mil t23,1 mil t 0,65 mil t 6,6 mil t

Tanino rea plantada com Accia Exportao Importao

189,6 mil ha 191,4 mil t 1,12 milho t

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1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS O modelo institucional do Setor Florestal Brasileiro tem linhas jurdicas originadas nas dcadas de 20 e 30 com a criao do Servio Florestal e edio do primeiro Cdigo Florestal Brasileiro (1934), respectivamente. Em 1965 instituiu-se o Cdigo Florestal, em 1966 surgiram os incentivos fiscais ao reflorestamento e, em 1967, foi criado o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBDF e elaborada a legislao de proteo fauna. Os incentivos fiscais para reflorestamento no Brasil foram abolidos em 1987. Em janeiro de 1989 foi constitudo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA, assumindo as atribuies de vrias outras instituies (IBDF, Sudhevea, Sema e Sudepe) luz do emergente preceito conservacionista, responsabilizandose pela fiscalizao e pelo controle do cumprimento da legislao ambiental e das atividades relacionadas com recursos naturais. A defesa do meio ambiente no Brasil, assim como a definio de novas polticas para o setor tarefa do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, criado no incio da dcada de 80. Em 1992 criouse o Ministrio do Meio Ambiente MMA, que tem a responsabilidade de elaborar as polticas em nvel federal; a implementao dessas polticas e a fiscalizao do cumprimento das leis so atribuies do IBAMA e dos rgos ambientais competentes estaduais e municipais. A Constituio Federal de 1988, ao estabelecer a legislao concorrente, delegou autonomia para que os Estados da Federao tenham suas prprias leis ambientais ou florestais, desde que no sejam mais permissivas do que a lei federal. Dezessete estados promulgaram suas leis ambientais, porm, na prtica, a descentralizao do comando e controle da atividade florestal no ocorreu totalmente. Em 1999 se resgatou o reconhecimento da importncia das florestas na estrutura organizacional da administrao direta do Governo Federal, o que levou criao da Secretaria de Biodiversidade e Florestas no MMA, a quem cabe a proposio de polticas, instrumentos e normas ambientais e a definio de estratgias para promover a gesto compartilhada do uso sustentvel dos recursos florestais. O Programa Nacional de Florestas - PNF foi institudo pelo Decreto No 3.420, de 20 de abril de 2000, e lanado pelo Governo Federal em 21 de setembro do mesmo ano. Seu objetivo geral "a promoo do desenvolvimento sustentvel, conciliando a explorao com a proteo dos ecossistemas e a compatibilizao da poltica florestal com os demais setores de modo a promover a ampliao do mercado interno e externo e o desenvolvimento institucional do setor". Em fevereiro de 2004, o Governo Federal instalou a Comisso Coordenadora do Programa Nacional de Florestas CONAFLOR, criada pelo Decreto Presidencial N. 4.864/2003 e composta por representantes de diversos ministrios e organismos governamentais, alm de representantes de entidades civis e dos segmentos que compem o setor de produo de base florestal. O principal objetivo propor e avaliar medidas para que sejam cumpridos os princpios e diretrizes das polticas pblicas para o Setor Florestal, de acordo com a Poltica Nacional do Meio Ambiente e com o Cdigo Florestal. A criao da CONAFLOR reflete uma das recomendaes do 8 Congresso Florestal Brasileiro, promovido pela Sociedade Brasileira de Silvicultura - SBS e pela Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais - SBEF em agosto de 2003, no sentido de promover a efetiva articulao das aes dos diferentes segmentos que compem a atividade florestal para a otimizao dos esforos e alcance de resultados concretos e duradouros.

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Em dois de maro de 2006 foi promulgada a Lei No 11.284 que dispe sobre a gesto de florestas pblicas para produo sustentvel, institui no mbito do Ministrio do Meio Ambiente MMA, o Servio Florestal Brasileiro SFB, cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF; e delega aos rgos estaduais competentes do Sisnama, a prvia aprovao da explorao de florestas pblicas e privadas. A assinatura do Contrato de Gesto e Desempenho do Servio Florestal Brasileiro tem o objetivo de assegurar ao novo rgo autonomia administrativa e financeira que garantam maior eficincia execuo das polticas nacionais de gesto de florestas pblicas. Possibilita tambm que o Servio Florestal tenha competncia para elaborar editais e organizar licitaes de concesses em reas de florestas pblicas federais. O incio do processo de concesses florestais s foi possvel graas aprovao dessa lei. O objetivo da nova lei , entre outros, impedir o processo de desmatamento e grilagem de terras pblicas. Essas medidas fazem parte de uma agenda do Governo Federal que inclui tambm o Plano de Preveno e Controle do Desmatamento da Amaznia (PPCDA), que congrega 13 ministrios. A primeira rea a receber concesso florestal mediante licitao pblica e pagamento pelo uso dos recursos florestais est localizada dentro da Floresta Nacional do Jamari em Rondnia - unidade de conservao federal de uso sustentvel com 220 mil hectares. Desse total, foram licitados 97.000 ha, divididos em trs unidades de manejo florestal, com 17 mil ha, 32 mil ha e 48 mil ha, ficando o restante como rea de preservao ambiental ou destinada a populaes locais. Os critrios usados para definir o processo foram tcnicos, avaliando indicadores socioambientais como maior benefcio social, menor impacto ambiental e maior agregao de valor local, alm de preo. CADASTRO NACIONAL DE FLORESTAS 2. AS FLORESTAS NO MUNDO As florestas no mundo somam cerca de 4 bilhes de hectares, cobrindo aproximadamente 30% da superfcie terrestre do globo (FAO, 2007). Cinco pases concentram mais da metade da rea florestal total a Federao Russa 808,8 milhes ha, Brasil 477,7 milhes ha, Canad 310,1 milhes ha, Estados Unidos 303,1 milhes ha e China 197,3 milhes ha. As florestas tropicais representam 47% do total, com a maior parte concentrada no Brasil. A Tabela 1 mostra a extenso das florestas naturais em 1990, 2000 e 2005, com sua distribuio nos continentes. Nota-se nessa tabela, a reduo marcante da rea florestal natural no mundo; entre 1990 e 2005, que foi cerca de 3,2% com as maiores perdas verificadas na frica e na Amrica Latina e Caribe. De todos os continentes, somente a Europa apresentou um acrscimo de rea florestal natural, resultante principalmente da recuperao por processos naturais, de reas florestais degradadas. Isto se deu principalmente na Espanha, Itlia, Bulgria, Frana, Portugal e Grcia.

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Tabela 1. Extenso da rea de florestas naturais (1000 ha) CONTINENTE frica sia e Pacifico Europa Amrica Latina e Caribe Oriente Prximo Amrica do Norte TOTALFAO, 2007

1990 699.361 743.825 989.320 923.807 127.966 677.798 4.164.067

2000 655.613 731.077 998.091 882.339 123.045 677.968 4.070.133

2005 635.412 734.243 1.001.394 859.925 120.393 677.461 4.030.833

Var. (%) 2005 1990

(9,14) (1,29) 1,22 (6,92) (5,92) (0,05) (3,20)

As plantaes florestais representam uma parcela crescente da rea florestal total em distintas regies. A rea total das florestas plantadas cresceu bastante no perodo de 1990 a 2005, atingindo um total de quase 35%. O maior crescimento absoluto aconteceu na sia e Pacfico, com os extensos plantios realizados na China. Na regio, as plantaes alcanaram cerca de 3,5 vezes mais que na Amrica do Norte, regio que apresentou o maior crescimento relativo, de 75,8% no perodo.Tabela 2. Extenso da rea de florestas plantadas (1000 ha) CONTINENTE frica sia e Pacifico Europa Amrica Latina e Caribe Oriente Prximo Amrica do Norte TOTALFAO, 2007

1990 12.057 44.743 21.212 8.708 11.991 10.305 109.016

2000 12.532 54.178 25.393 11.180 12.460 17.332 133.075

2005 13.085 63.633 27.495 12.082 12.591 18.119 147.005

Var. (%) 2005 1990 8,53 42,22 29,62 38,75 5,00 75,83 34,85

De acordo com o Relatrio da Organizao das Naes Unidas a rea de florestas plantadas no mundo deve aumentar em 1/3 nos prximos 20 anos. Segundo a FAO, a produo de madeira global pode subir 50%. Atualmente, mais de 65% dessa produo so gerados por florestas plantadas, cujo nmero equivale a 1,2 bilho m. A atividade ainda uma forma de preservar o meio ambiente, uma vez que a destruio de florestas naturais levaria a mais desmatamento e s mudanas climticas. (SBS, 2009) 3. BIOMAS BRASILEIROS O bioma um conjunto de vida (vegetal e animal) constitudo pelo agrupamento de tipos de vegetao contguos e identificveis em escala regional, com condies geoclimticas similares e histria compartilhada de mudanas, o que resulta em uma diversidade biolgica prpria (IBGE, 2004). Os seis biomas brasileiros, constitudos pela Amaznia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlntica, Pantanal e Pampa esto apresentados na Figura 1.

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Figura 1. Distribuio dos Biomas Brasileiros

IBGE, 2006

O Brasil compreende uma rea total de 8.514.877 km (851 milhes de hectares). O bioma de maior extenso a Amaznia, com 49,29%, e o de menor extenso, o Pantanal, com 1,77% do territrio brasileiro. Juntos, estes dois biomas ocupam mais da metade territrio nacional brasileiro (Tabela 3).Tabela 3. Biomas Brasileiros BIOMAS Amaznia Cerrado Mata Atlntica Caatinga Pampa Pantanal TOTALIBGE, 2009

REA (km) 4.196.943 2.036.448 1.110.182 844.453 176.496 150.355 8.514.877

%49,29 23,92 13,04 9,92 2,07 1,77 100

4. FLORESTAS NATURAIS DE PRODUO Nas florestas pblicas das unidades de conservao de uso sustentvel, a produo florestal muito reduzida. As de produo privada totalizam 242 milhes de hectares, o que corresponde a 50,7% das florestas naturais do pas, que totalizam 477,7 milhes de hectares (FAO, 2006). Nas florestas privadas concentra-se a quase totalidade da produo de madeira tropical consumida pela indstria de processamento mecnico.Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 18

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No Brasil a quase totalidade da produo de madeira tropical consumida pela indstria de madeira processada mecanicamente proveniente de florestas naturais de produo privada. As florestas naturais pblicas so classificadas em Unidades de Proteo Integral e Unidades de Uso Sustentvel. No incio da dcada de 70, as florestas naturais de produo pblicas eram expressivas, mas nas ltimas dcadas, como reflexo da implementao das polticas de preservao e conservao dos recursos naturais adotados pelo governo brasileiro, essas reas tiveram um aumento de 258 mil ha antes de 1970 para 61 milhes de ha atualmente. Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) O PAOF identifica as florestas pblicas passveis de concesso e descreve o processo de outorga do direito de praticar manejo florestal sustentvel e explorao de produtos e servios nessas florestas. O processo de seleo de florestas pblicas aptas para concesso regido por critrios definidos na Lei 11.284/2006 de Gesto de Florestas Pblicas e regulamentado pelo Decreto 6.063/2007 de 20 de maro de 2007. A partir das florestas pblicas registradas no Cadastro Nacional de Florestas Pblicas separam-se aquelas que so passveis de concesso, como as Florestas Nacionais com plano de manejo sustentvel e as demais florestas com potencial para produo de bens e servios, daquelas destinadas para uso comunitrio, para proteo e para outros usos especiais. Terras Indgenas, Unidades de Conservao de Proteo Integral, reas Militares, Reservas Extrativistas, assentamentos e Reservas de Desenvolvimento Sustentvel so reas que no podem ser abertas para concesso. Florestas remanescentes no Cadastro, incluindo as Florestas Nacionais, so consideradas aptas para concesso. Nesses casos, segue-se o que est estipulado no seu Plano de Manejo, se forem Florestas Nacionais, ou leva-se em conta a aptido para a produo de bens e servios florestais, as suas caractersticas naturais, o contexto regional e o eventual potencial para outros usos. O Cadastro Nacional de Florestas Pblicas (CNFP), em junho de 2008 aponta 210,87 milhes de hectares de florestas pblicas cadastradas, sendo 198,.52 milhes ha de florestas pblicas federais e 12,35 milhes ha estaduais, pertencentes aos estados de Amazonas, Par, Acre e Amap. Assim, as Florestas Pblicas representam quase 25% do territrio brasileiro. O CNFP conta com registros de florestas pblicas federais localizadas em todos os estados brasileiros com maior percentagem na Amaznia Legal (97,28%). Os estados do Par e Amazonas contam com 68% do total de florestas pblicas. Do total de florestas pblicas, 58,7% encontram-se destinadas ao uso comunitrio, 15,1% so unidades de proteo integral, 14,1% so reas de uso sustentvel e outros 12,1% so glebas de florestas pblicas da Unio ainda no destinadas, ou seja, ainda sem um gestor especfico definido. O PAOF identifica as florestas pblicas com potencial para constiturem, no ano da sua vigncia, o grupo prioritrio para concesso. O critrio para essa priorizao considera explicitamente um conjunto de regras que incluem a sua insero em um Distrito Florestal Sustentvel, a convergncia com outras polticas pblicas ou estratgias de desenvolvimento local, e aspectos tticos e logsticos. O PAOF apresenta ainda as aes e recursos necessrios para a gesto das florestas pblicas, especialmente aquelas voltadas monitoramento e fiscalizao.

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Em 2008, trs unidades de manejo florestal, localizadas na Floresta Nacional do Jamari, em Rondnia, respectivamente com 46.000 ha, 33.000 ha e 17.000 ha foram licitadas e outorgadas a trs grupos empresariais distintos, totalizando 96.000 ha. A prxima outorga enfocar na Flona SaracTaquera, no Par, uma rea de 215.354 ha. Os critrios para outorga incluem a excluso de terras indgenas, de reas de proteo integral, de usos comunitrios, aplicando-se critrios de potencial de produo florestal sustentvel, condies de licenciamento ambiental e localizao em regies prioritrias para conservao e para desenvolvimento social. 5. UNIDADES DE CONSERVAO E TERRAS INDGENAS As Unidades de Conservao integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservao - SNUC, criado pela Lei 9.985 de 18 de julho de 2000 e regulamentada pelo Decreto 4.440 de 22 de agosto de 2002. Os rgos executores do SNUC, cuja funo principal estabelecer as reas protegidas, so o Ibama e os rgos estaduais e municipais. O Sistema Nacional de Unidades de Conservao coordenado pelo MMA. O Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza classifica as unidades em dois grupos: Proteo Integral: objetivam preservar a natureza admitindo apenas o uso indireto; Uso Sustentvel: objetivam compatibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel.

Segundo dados do Ibama (2008), foram registradas no Brasil, 509 Unidades de Conservao de Proteo Integral, incluindo Estaes Ecolgicas; Monumento Natural; Parque Estadual, Nacional e Natural Municipal; Refgios de Vida Silvestre e Reservas Biolgicas. A rea total destas UCs totaliza cerca de 51,0 milhes de hectares (Tabela 4).Tabela 4. Unidades de Conservao de Proteo Integral no Brasil CATEGORIA Estao Ecolgica JURISDIO Distrital Estadual Federal Municipal Estadual Municipal Estadual Federal Municipal Estadual Federal Estadual Federal Municipal REA (ha) 9.796,05 4.792.210,44 7.203.944,02 89,01 63.481,54 125.427,08 8.950.544,56 24.336.826,53 24.688,56 138.216,03 176.177,09 1.359.288,34 3.859.239,58 2.461,01 51.042.389,85 N DE UCs 2 56 33 1 12 11 201 64 51 7 4 32 29 6 509 20

Monumento Natural Parque Estadual Parque Nacional Parque Natural Municipal Refgio de Vida Silvestre Reserva Biolgica TOTALIbama, 2008

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Em relao s Unidades de Conservao de Uso Sustentvel, foram registradas 1.183, totalizando cerca de 109,8 milhes de hectares. Estas UCs incluem reas de Proteo Ambiental; reas de Relevante Interesse Ecolgico; Florestas Nacionais e Estaduais; Reservas Extrativistas e Reserva Particular do Patrimnio Natural.

Tabela 5. Unidades de Conservao de Uso Sustentvel no Brasil CATEGORIA JURISDIO REA (ha) 82.973,54 33.300.983,81 9.541.265,51 4.459.134,68 4.421,03 31.067,06 43.359,54 517,84 14.915.085,76 23.526.233,45 10.313.053,54 12.330,18 1.365.153,14 11.603.826,31 69.135,80 18.520,91 105.130,35 402.305,75 109.794.498,20 N DE UCs 3 175 31 189 6 9 17 1 52 76 18 1 22 54 1 2 227 299 1.183

Distrital Estadual rea de Proteo Ambiental Federal Municipal Distrital rea de Relevante Interesse Estadual Ecolgico Federal Municipal Floresta Estadual Estadual Floresta Nacional Federal Reserva de Desenvolvimento Estadual Sustentvel Municipal Estadual Reserva Extrativista Federal Municipal Reserva Particular do Patrimnio Natural TOTALIbama, 2008

Estadual Federal

As Reservas Particulares do Patrimnio Natural (RPPNs so unidades de conservao em rea privada, que tm como objetivo a conservao da diversidade biolgica; a sua criao representa uma medida voluntria, de constituir uma propriedade, ou parte dela, em uma RPPN, sem a perda do direito sobre a mesma. De acordo com o Ibama (2008), existem 528 Reservas Particulares do Patrimnio Natural (RPPNs), com pouco mais de 525,9 mil hectares de reas protegidas. A tabela 6 que segue, apresenta a distribuio, nmero e rea das RPPNs, por estado.

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Tabela 6. Distribuio das RPPNs por estado ESTADO MS MT MG PR AP SC PB GO RJ BA SP RS MA AM AL PI RN CE PA DF TO PE RR ES SE AC TOTALIbama, 2007

N 44 12 74 161 6 12 7 39 36 30 25 19 8 8 11 6 4 5 4 3 3 3 3 2 2 1 528

REA (ha) 246.132,89 162.687,17 36.763,94 29.562,28 14.593,49 7.984,72 5.913,42 4.639,22 3.299,92 2.984,62 2.757,38 2.075,50 870,32 850,59 698,74 661,32 611,05 551,25 433,25 343,48 338,78 338,56 297,37 228,41 227,31 112,01 525.957,01

As terras indgenas so legalmente destinadas posse permanente das comunidades que as ocupam. So administradas pela Fundao Nacional do ndio - FUNAI e a ocupao se d com o intuito de preservar o habitat e garantir a sobrevivncia fsico-cultural dos grupos indgenas. No Brasil existem 488 terras indgenas demarcadas, ocupando uma superfcie de aproximadamente 106 milhes de hectares, cerca de 12,45% do total do territrio brasileiro. Outras 123 terras ainda esto por ser estabelecidas. Registram-se, ainda, referncias terras presumivelmente ocupadas por ndios, por serem pesquisadas para definir se so ou no terras indgenas. A Tabela 7 aponta a situao das 611 terras indgenas do Pas quanto ao seu procedimento administrativo de regularizao (FUNAI, 2009).

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Tabela 7. Situao das Terras Indgenas do Pas TERRAS INDGENAS Delimitada Declarada Homologada Regularizada Total Em estudo TOTALFUNAI, 2009

N 33 30 27 398 488 123 611

% 1,66 7,67 3,4 87,27 100 100

REA (ha) 1.751.576 8.101.306 3.599.921 92.219.200 105.672.003 0 105.672.003

No Brasil, atualmente vivem cerca de 460 mil ndios, distribudos entre 225 sociedades indgenas, representando cerca de 0,25% da populao brasileira. Este dado populacional considera indgenas que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, alm destes, h entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indgenas, inclusive em reas urbanas. H tambm 63 referncias de ndios ainda nocontatados, alm de existirem grupos que esto requerendo o reconhecimento de sua condio indgena junto ao rgo federal indigenista. Segundo a Funai, um grupo de pessoas pode ser considerado indgena ou no se estas pessoas se considerarem indgenas, ou se assim forem consideradas pela populao que as cerca. Mesmo sendo o critrio mais utilizado, ele tem sido colocado em discusso, j que muitas vezes so interesses de ordem poltica que levam adoo de tal definio, da mesma forma que acontecia h 500 anos. 6. USOS DA TERRA AGRCOLA NO BRASIL O territrio nacional compreende 851 milhes de hectares, dos quais cerca de 477,7 milhes ha (56,1%) so cobertos por florestas naturais; 5,98 milhes ha por florestas plantadas (0,7%) e o restante (43,2%) por outros usos como agricultura, pecuria, reas urbanas, infra-estrutura, etc.. A isto se pode acrescentar que cerca de 22% das espcies da flora e aproximadamente 20% da gua doce do planeta esto em territrio brasileiro. A distribuio das reas colhidas em 2007 e estimativas para 2008 de produtos agrcolas de acordo com o Levantamento Sistemtico da Produo Agrcola esto apresentadas na Tabela 7 a seguir. A rea total colhida em 2007, foi de 58,15 milhes ha, sendo que soja, milho e cana-de-acar representaram 71,3% da rea total de produtos agrcolas no Brasil, com 35,4%; 23,8%; e 12,1% respectivamente.

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Tabela 8. rea - Safras de 2007 e Estimativa para 2008 (Brasil) REA (ha) PRODUTOS AGRCOLAS Algodo herbceo (em caroo) Amendoim (em casca) Arroz (em casca) Aveia (em gro) Batata-inglesa Cacau (em amndoa) Caf (em gro) Cana-de-acar Cebola Cevada (em gro) Feijo (em gro) Laranja Mamona Mandioca Milho (em gro) Soja (em gro) Sorgo (em gro) Trigo (em gro) Triticale (em gro) TOTALIBGE, 2008 COLHIDA SAFRA 2007 A SER COLHIDA SAFRA 2008 VARIAO %

1.121.288 102.557 2.895.122 109.505 142.327 674.887 2.223.573 7.052.466 62.885 100.298 3.833.552 801.370 153.850 1.912.925 13.817.340 20.581.334 636.092 1.849.911 79.107 58.150.389

1.066.951 113.047 2.860.024 109.613 144.619 633.177 2.234.837 8.126.137 63.566 79.516 3.801.787 820.237 158.814 1.885.420 14.422.392 21.276.372 801.187 2.372.349 67.864 61.037.909

-4,8 10,2 -1,2 0,1 1,6 -6,2 0,5 15,2 1,1 -20,7 -0,8 2,4 3,2 -1,4 4,4 3,4 26 28,2 -14,2 5

A Tabela 9 a seguir, apresenta a produo obtida em 2007, dos produtos agrcolas, alm da estimativa para a safra de 2008 e sua variao em relao ao ano anterior. A produo da cana de acar (548 milhes de toneladas) a mais significativa dentre os produtos agrcolas, seguida pela soja com 57,9 milhes de toneladas.

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Tabela 9. Produo - Safras de 2007 e Estimativa para 2008 ( Brasil) PRODUO ( t ) PRODUTOS AGRCOLAS Algodo herbceo (em caroo) Amendoim (em casca) Arroz (em casca) Aveia (em gro) Batata-inglesa - Total Cacau (em amndoa) Caf (beneficiado) Cana-de-acar Cebola Cevada (em gro) Feijo (em gro) Laranja Mamona Mandioca Milho (em gro) Soja (em gro) Sorgo (em gro) Trigo (em gro) Triticale (em gro)IBGE, 2008 OBTIDA SAFRA 2007 ESPERADA SAFRA 2008 VARIAO (%)

4.094.410 227.249 11.047.937 212.961 3.375.054 204.925 2.171.495 548.027.875 1.312.020 235.578 3.245.236 18.500.478 88.574 26.920.521 51.830.670 57.952.011 1.385.240 4.088.908 182.970

3.998.665 296.619 12.066.447 245.248 3.666.926 211.408 2.786.262 643.652.312 1.294.693 226.955 3.485.804 18.560.413 122.977 26.650.496 58.737.168 59.923.621 1.938.380 5.777.013 162.763

-2,3 30,5 9,2 15,2 8,6 3,2 28,3 17,4 -1,3 -3,7 7,4 0,3 38,8 -1 13,3 3,4 39,9 41,3 -11

7. O SETOR FLORESTAL BRASILEIRO 7.1. ATIVIDADES FLORESTAIS NO BRASIL A atividade de base florestal divide-se em vrios segmentos, como: celulose e papel, papelo ondulado, siderurgia a carvo vegetal, mveis e madeira processada mecanicamente, que engloba a produo de madeira serrada, painis reconstitudos, compensados e laminados e produtos de maior valor agregado, alm de vrios produtos no madeireiros. A distribuio da atividade florestal base de produtos derivados da madeira apresentada na Figura 2.

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Figura 2. Distribuio da Atividade Florestal Base de Produtos Madeireiros

SBS, Abimvel, Celuloseonline, AMS, 2008

7.2. PRODUO DE MADEIRA EM TORA A produo florestal sustentvel no Brasil, referente ao plantio de pinus e eucalipto, atingiu cerca de 191,4 milhes de m/ano, representando aumento de 4,2% em relao produo de 2006 (183,6 milhes m). A produo de eucalipto representou 74% e de pinus 26% da produo total sustentvel em 2007. A produo de madeira em toras de pinus concentra-se nas regies Sudeste e Sul, as quais correspondem a 95,3%, com 46,5 milhes de m/ano da produo sustentvel nacional. Esta concentrao resulta do desenvolvimento da indstria madeireira, especialmente na produo de madeira serrada, compensados e painis reconstitudos na regio Sul do pas (Grfico 1). Quanto produo sustentvel de madeira em tora de eucalipto, 86,3% da produo sustentvel nacional de eucalipto (122,9 milhes de m/ano) concentram-se nas regies Sudeste, Nordeste e Sul do pas. A alta concentrao dos plantios deste gnero est associada s indstrias de celulose e papel, siderrgicas a carvo vegetal, e de painis de madeira reconstituda (Grfico 1).Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 26

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Grfico 1 Estimativa da Produo Sustentada das Florestas Plantadas por Regio em 2007 (1.000 m)81.252 25.781 38.664

100.000 80.0001.000 m

60.000 40.000932 12.012

1.113

20.000 0

Centro Oeste

Nordeste

Norte

246

7.591

Sudeste Eucalipto

7.870

Sul

PinusAbraf, 2008

O grfico 2, a seguir, apresenta a produo de madeira em tora de florestas plantadas para uso industrial, entre os anos de 2002 e 2007, demonstrando uma pequena tendncia de crescimento no decorrer dos anos em torno de 15%. Estima-se em 2007, uma produo de madeira em tora de aproximadamente 152,6 milhes m3, um aumento de aproximadamente 0,8% em relao ao ano anterior.Grfico 2 Evoluo da Produo Anual de Madeira em Tora para Uso Industrial de Floresta Plantada no Brasil: 2000 2007151.371 150.193 152.573 2007

150.0001.000 m

100.000 50.000 0

2002

132.588

2003

2004

133.507

200.000

145.493

2005

2006

Abraf, 2007/2008

15.934

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7.3. CONSUMO DE MADEIRA EM TORA Empresas de grande porte, destacando o segmento de celulose e papel e painis reconstitudos, so grandes consumidoras de madeira em tora. Levando em conta que o comrcio internacional de madeira em tora de floresta plantada insignificante para o Brasil, pode-se afirmar que a produo praticamente igual ao consumo desta matria-prima. Desta forma, o Grfico 3 a seguir, sintetiza a evoluo do consumo de madeira em tora de floresta plantada, para uso industrial no Brasil. O consumo de madeira em tora de floresta plantada para fins industriais no Brasil cresceu aproximadamente 39% entre 2002 e 2007, passando de 111,6 milhes m para 155,6 milhes m. Em 2007, o consumo de madeira em tora de floresta plantada, cresceu aproximadamente 2,5% em relao ao ano anterior.Grfico 3 - Evoluo do Consumo de Madeira em Tora de Floresta Plantada: 2002 2007142.343 150.796 151.908 155.654 2007

150.0001.000 m

100.000 50.000 0

2002

111.651

2003

116.700

200.000

2004

2005

2006

Abraf, 2007/2008

A distribuio do consumo de madeira em toras por segmento e espcie pode ser observada na tabela 10 a seguir, do total 32,1% referem-se ao consumo de pinus e 67,9% de eucalipto. O principal segmento consumidor de madeira em tora de floresta plantada a indstria de celulose e papel com 30,5%, seguida pelo setor siderrgico com 24%.Tabela 10. Consumo de Madeira em Toras para Uso Industrial no Brasil por Segmento e Espcie em 2007 (1.000 m) SEGMENTOS Celulose e Papel Painis Reconstitudos Indstria Madeireira - compensado - serrados Carvo Outros PINUS 7.231 6.194 5.445 25.928 5.215 EUCALIPTO 40.271 1.737 154 3.052 37.352 23.075 TOTAL 47.502 7.931 5.599 28.980 37.352 28.290 %30,5 5,1 3,6 18,6 24,0 18,2 100

TotalAbraf, 2008

50.013

105.641

155.654

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7.4. PRODUO NACIONAL DE LENHA No Brasil em 2007, foram produzidos cerca de 39,1 milhes m de lenha da silvicultura e 43,9 milhes m de lenha oriunda do extrativismo vegetal. No total, o pas produziu 82,9 milhes m de lenha, representando 2,1% mais que em 2006 (IBGE 2007). Os principais estados produtores na produo de lenha da silvicultura, foram o Rio Grande do Sul, que concentrou 34,8% dos (39,1 milhes m) produzidos no pas; So Paulo (18,9%); Paran (15,7%); Santa Catarina (13,4%); Minas Gerais (8,5%); e Bahia (2,5%). Na produo de lenha do extrativismo vegetal, foram a Bahia, com 23,7% dos (43,9 milhes m); Cear (10,5%); Par (8,8%); Maranho (7,4%); Amazonas (6,0%); e Paran (5,7%) (IBGE 2007). 7.5. PARTICIPAO DO SETOR DE BASE FLORESTAL NO PIB BRASILEIRO A economia brasileira apresentou crescimento da ordem de 5,3% em 2007 em relao ao ano anterior, visto que o Produto Interno Bruto (PIB) do pas atingiu US$ 1,30 trilhes. Nos ltimos anos, o PIB do setor de base florestal brasileiro vem aumentando, passando de US$ 20 bilhes para US$ 44,6 bilhes no perodo de 2003 a 2007, representando um crescimento de 123% (Tabela 11). Em 2007 a indstria de base florestal brasileira, apresentou um PIB de 44,6 bilhes, representando uma participao significativa de 3,4% do PIB nacional.Tabela 11. PIB do Setor Base Florestal Brasileiro INDSTRIA DE BASE FLORESTAL ANO 2003 2004 2005 2006 2007CIFlorestas

US$ 20 bilhes 25 bilhes 24,3 bilhes 37,3 bilhes 44,6 bilhes

Participao no PIB Nacional 4,5% 4,1% 3,1% 3,5% 3,4%

7.6. EMPREGOS NO SETOR FLORESTAL Os empregos na atividade florestal em 2007 foram estimados como sendo da ordem de 8,6 milhes de postos de trabalho, considerando tanto as atividades de manejo florestal, como processamento, distribuio, comercializao e as atividades derivadas em toda a cadeia produtiva de florestas nativas e plantadas.

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As atividades econmicas relacionadas s florestas plantadas, incluindo atividades madeireiras, e o processamento industrial resultam em uma significativa gerao de empregos no pas. O sistema Agroindustrial Florestal, no segmento de florestas plantadas em 2007, gerou aproximadamente 4,6 milhes de empregos incluindo diretos (656 mil), indiretos (1,8 milho) e empregos resultantes do efeito-renda (2,1 milhes) (Tabela 12).Tabela 12. Empregos Gerados no Setor Florestal Brasileiro, sub-setor de Florestas PlantadasEMPREGOS DO SETOR DE FLORESTA PLANTADA DIRETOS INDIRETOS EFEITO RENDA TOTAL

SEGMENTO Floresta Plantada Indstria Silvicultura Siderurgia a carvo vegetal Fabricao de produtos de madeira* Mveis Fabricao de celulose e papel TOTAL

239.165 21.179 148.421 126.524 120.253 655.542

937.592 357.397 110.936 94.569 315.919 1.816.413

613.959 685.673 148.928 126.955 552.349 2.127.864

1.790.716 1.064.249 408.285 348.048 988.521 4.599.819

Abraf, 2008 * Fabricao de produtos de madeira serrada, compensado (lminas) e Produtos de Madeira Slida - PMVA (piso, porta, janela, moldura, ferramentas e EGP), alm de painis reconstitudos (MDP, MDF, OSB)

7.7. MERCADO DE PRODUTOS FLORESTAIS O comrcio internacional mundial em 2006, movimentou aproximadamente US$ 8,6 trilhes. Os produtos de origem florestal figuram entre os 10 principais produtos comercializados internacionalmente com 2,2% do comrcio mundial, cerca de US$ 190 bilhes (STCP, 2007). O comrcio internacional de produtos de origem florestal tem se comportado de forma bastante positiva ao longo da ltima dcada. Entre 1985 e 2006 a taxa mdia de crescimento do comrcio internacional desses produtos atingiu 6,8% ao ano. Isso resulta do aumento da demanda internacional aliado ao intenso processo de globalizao. O fluxo do comrcio internacional de produtos florestais est basicamente concentrado nos pases desenvolvidos (80%), onde se evidenciam a Europa Ocidental e a Amrica do Norte (EUA e Canad). Gradativamente, mesmo que ainda de forma modesta, observa-se atividade crescente em pases em desenvolvimento, como por exemplo, China, Indonsia, Brasil, Chile e Coria do Sul. Nos ltimos anos, o Brasil vem ganhando espao no mercado internacional de produtos de origem florestal. No incio dos anos 90, a participao do Brasil nas exportaes mundiais no ultrapassava 1,7%. Em 2006, o Brasil contribuiu com cerca de 4% do total das exportaes mundiais de produtos de origem florestal. Isso reflete o crescimento das exportaes brasileiras ocorrido desde a dcada de 90. J em 2006, as exportaes atingiram a cifra de US$ 8,2 bilhes, o que representa 6,0% do montante total exportado pelo Brasil. Em se tratando de produtos de florestas plantadas, o Brasil figura como o maior exportador mundial de compensados de pinus e o maior exportador mundial de celulose de fibra de eucalipto. No caso dos produtos de madeiras tropicais, o Brasil o terceiro maior exportador tanto de madeira serrada como de compensados.Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 30

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Em 2006, os 1,33 milho m de madeira serrada de pinus exportados pelo Brasil representaram 46,3% da madeira serrada vendida no mercado externo. No caso da madeira tropical, as exportaes foram de 1,54 milho de m, 53,7% do total. Dois fatores contriburam para essa mudana: o cmbio favorvel e o aumento da demanda por madeira amaznica no mercado europeu, norte-americano e tambm asitico. 7.8. EXPORTAES E IMPORTAES No Brasil em 2007, as exportaes alcanaram US$ 160,65 bilhes e as importaes US$ 120,62 bilhes, representando um crescimento de 17% e 32%, respectivamente, em relao ao ano anterior. Acompanhando esta tendncia, o setor de base florestal teve um aumento de 11% nas exportaes, com US$ 9,1 bilhes, correspondendo a 5,6% do total exportado pelo pas em 2007. Neste ano, o segmento de celulose e papel teve maior participao nas exportaes brasileiras de produtos florestais, com US$ 4,7 bilhes e um crescimento de 18,0% em relao a 2006 (US$ 4,0 bilhes). As exportaes dos demais produtos so menores, em virtude principalmente da produo voltada ao mercado domstico. Em 2007, as exportaes de madeira representaram cerca de US$ 3,3 bilhes, aumento de 5,7% em relao ao ano anterior. Enquanto que as exportaes de mveis, com US$ 994,3 milhes e carvo vegetal, com US$ 600 mil, representaram queda de 5,1% e 80,6%, respectivamente, em relao a 2006 (Tabela 13).Tabela 13. Exportaes Brasileiras do Setor de Base Florestal em 2007 PRODUTO Carvo Cavacos de madeira Celulose e pastas* Compensados Dormentes de madeira Laminados (folha de madeira) Madeira em toras Madeira serrada Mveis de Madeira Painis reconstitudos Papel* PMVA, Obras de Madeira e Manufaturados Serragem e resduos de madeira Outros US$ MILHO FOB 0,6 116,0 3.024,0 697,0 2,4 88,3 4,4 926,8 994,3 138,1 1.702,0 1.359,5 0,7 5,2 1000 t 2,1 1.418,8 6584,0 1.106,0 5,5 141,3 14,1 1728,0 310,7 2.006,0 1.199,1 6,1 23,2

TotalAliceweb/MDIC, 2008*; Bracelpa, 2008

9.059,3

14.544,9

Os produtos florestais brasileiros so considerados altamente competitivos no mercado internacional. As exportaes de produtos oriundos das florestas plantadas tem apresentado crescimento contnuo nos ltimos anos, devido principalmente s vantagens competitivas do setor e ao aumento do consumo mundial por produtos florestais, notadamente de celulose e compensado de pinus.Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 31

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Em 2007, o setor de florestas plantadas, como pode ser observado no Grfico 4, foi responsvel por exportar US$ 6,1 bilhes, superando em 18,4 % as vendas de 2006. As importaes destes produtos somaram US$ 1,4 bilho em 2007, um crescimento de 17,1% no perodo; correspondem principalmente a mquinas e equipamentos para as cadeias produtivas do setor.Grfico 4. Evoluo da Balana Comercial de Produtos de Florestas Plantadas no Brasil: 1997 2007 (Milhes US$)

7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 02.377 2.383 2.722 3.097 2.771 2.774 3.155 1.868 854 2.089 1.009 1.974 797 2.163 611 592 812 918 1.198 3.414 4.688 3.747 4.226 3.960 5.158 6.108 4.705 3.682

1.282 1.260 1.094 1.123

1.403

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 exportaoAbraf, 2008

importao

saldo

7.9. PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS O Programa Nacional de Florestas (PNF) foi criado pelo Decreto n 3.420, de 20 de abril de 2000, com o objetivo de articular as polticas pblicas setoriais para promover o desenvolvimento sustentvel, conciliando o uso com a conservao das florestas brasileiras. Para o perodo de 2004 2007 foram definidas as seguintes aes estratgicas e metas para o PNF: i) Expanso da Base Florestal Plantada consorciada com a recuperao de reas degradadas: Atingir plantio anual de 600 mil hectares de florestas; Aumentar para 30% a participao do pequeno produtor.

Tais metas esto sendo cumpridas e mesmo superadas; no caso do plantio anual, 2007 registrou 640 mil hectares plantados e a participao do pequeno produtor aproxima-se da meta proposta. ii) Expanso da rea florestal manejada consorciada com proteo de reas de alto valor para conservao: Aumentar para 15 milhes de hectares a rea de florestas naturais sustentavelmente manejadas no Brasil; Garantir que 30% da rea manejada seja em florestas sociais ( manejo comunitrio e familiar).

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Essas metas esto sendo revistas, pois a rea de florestas nativas sob manejo sustentvel inferior a 3 milhes de hectares. Com o cadastramento das florestas pblicas e elaborao dos PAOFs Plano Anual de Outorga Florestal que tiveram incio em 2007, espera-se o disciplinamento das atividades de manejo especialmente na Amaznia. Com a publicao do Decreto n 6.101 de 26 de abril de 2007, que definiu a nova estrutura regimental do Ministrio do Meio Ambiente, o PNF passou a ser coordenado pelo Departamento de Florestas (DLFOR). Dentre as aes desenvolvidas pelo PNF, no mbito do DFLOR, destacam-se: a) Unidade de Apoio no Nordeste A Unidade de Apoio no Nordeste (UAP/NE), com sede na Superintendncia do IBAMA/RN (Natal), tem por objetivo promover o desenvolvimento florestal sustentvel na regio Nordeste. Para tanto, atua como elo de ligao entre as instituies regionais e o PNF, viabilizando o acesso aos recursos e programas nacionais e internacionais, bem como auxiliando os processos de capacitao tcnica nos mais diversos setores da sociedade, na formulao e publicao de material de difuso, e na assistncia tcnica a diversas instituies. b) Gesto Florestal Compartilhada e o NFP Facility Brasil Um dos principais desafios para o Departamento de Florestas (DFLOR) , dentro das suas atribuies, conduzir o processo de gesto florestal compartilhada de forma que essa descentralizao possa promover o desenvolvimento sustentvel do setor florestal. Nesse contexto, foi enviado pelo DFLOR e aprovado pela FAO, a adeso do Brasil ao National Forest Programme Facility - NFP Facility. O NFP Facility consiste num mecanismo de fomento financeiro e institucional da FAO, criado para fortalecer os programas florestais nacionais (PFN). Os recursos do NFP Facility devem ser destinados principalmente a a) workshops, fruns e outros eventos para a capacitao; b) anlise de polticas e outros estudos especficos relacionados poltica florestal; e c) intercambio de informaes e de iniciativas de gesto. O principal objetivo da Facility apoiar os pases nos processos de planejamento e implementao de polticas florestais que abordem as necessidades locais e as prioridades nacionais, fortalecer as instituies estaduais responsveis pela gesto florestal. A prioridade desse Projeto ser atender aos estados das Regies Norte e Nordeste, que so os que precisam de maiores investimentos quanto estruturao e capacitao, para assumirem a gesto florestal. Devido s limitaes de recursos, o NFP Facility Brasil prioriza aes de capacitao, estudos e intercmbio de informaes, visando a melhoria da gesto florestal nos estados. O montante dos recursos disponveis para esse projeto de 300 mil dlares (100 mil dlares por ano, durante trs anos).

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c) Diretrizes Voluntrias para Florestas Plantadas A busca pelo manejo florestal sustentvel tem sido objeto de ateno considervel nas negociaes internacionais. Nessas negociaes, e reconhecendo a importncia das florestas plantadas dos pontos de vista econmico, social, cultural e ambiental, os governos solicitaram FAO que preparasse um conjunto de princpios a fim de gerar condies favorveis para as florestas plantadas nos mbitos poltico, jurdico, normativo e tcnico. Um processo de consultas deixou em evidncia que os princpios e diretrizes deveriam garantir que os aspectos cultural, social, ambiental e econmico fossem levados em conta e incorporados ao manejo das florestas plantadas de uma maneira equilibrada. Essas diretrizes podem ser adotadas e aplicadas s florestas plantadas em todas as zonas ecogeogrficas, pases e regies, qualquer que seja a etapa de desenvolvimento econmico. Os esquemas de certificao florestal podem basear-se nas diretrizes e complement-las mediante o estabelecimento de procedimentos e monitoramento dos padres tcnicos e melhores prticas para o manejo de florestas plantadas. Os objetivos das diretrizes voluntrias so: 1. contribuir para que as florestas plantadas satisfaam as necessidades da populao como meio de vida, assegurem a produo de madeira e produtos no madeireiros, salvaguardando os valores ambientais e a segurana alimentar; 2. codificar os princpios amplamente aceitos e fortalecer um marco poltico, legal e institucional gerando as condies necessrias para investimentos em florestas plantadas e sua ordenao; e 3. contribuir para o melhor entendimento das florestas plantadas, a fim de ajudar a elaborao e execuo de polticas e programas nacionais e internacionais relacionadas ao tema. O propsito desse trabalho de propor diretrizes voluntrias prticas que promovam o investimento em florestas plantadas e o ordenamento dos mesmos, incluindo proprietrios de florestas. d) CONAFLOR A CONAFLOR a Comisso Nacional de Florestas, instituda pelo Decreto n 3.420, de 20 de abril de 2000. A Comisso fornece diretrizes para a implementao das aes do PNF e permite articular a participao dos diversos grupos de interesse no desenvolvimento das polticas pblicas do setor florestal brasileiro. composta por 39 representantes distribudos paritariamente entre governo (20) e sociedade civil (19), incluindo rgos e entidades do governo federal, rgos estaduais de meio ambiente, sociedade civil organizada, setores da rea florestal, ONGs e instituies de ensino e pesquisa.

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e) Portal da Gesto Florestal Portal da Gesto Florestal est vinculado ao Sistema Nacional de Informaes sobre o Meio Ambiente - SINIMA e ao Sistema Nacional de Informaes Florestais, criado pela Lei 11.284/06, com o objetivo de integrar e unificar informaes, para garantir transparncia e publicidade sobre a gesto florestal no pas, assim como permitir o acompanhamento dos programas e aes desenvolvidas por instituies pblicas responsveis pela gesto de florestas. Alm disso, o Portal vai servir de subsdio ao planejamento, monitoramento, controle e gerenciamento florestal por parte dos rgos do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. O Portal Florestal busca atender s diretrizes da Resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA no 379, de 19 de outubro de 2006, e ao Decreto no 5.975, de 30 de novembro de 2006, que tratam da integrao, padronizao, transparncia, divulgao de informaes e controle dos produtos e subprodutos florestais. No mbito do MMA, a concepo do Portal Florestal foi feita por um grupo de trabalho composto por representantes do MMA e do IBAMA, criado com a finalidade de propor formas e procedimentos para articulao e integrao de informaes sobre a gesto florestal. O Portal Florestal compartilha informaes de Planos de Manejo, Participao Social, Legislao Florestal, Transporte de Produtos Florestais, Gesto de Florestas Pblicas, Autorizaes de Supresso de Vegetao Nativa, Fiscalizao (Autos de Infrao, Materiais Apreendidos), Focos de Calor, Desmatamento e as Instituies que atuam na gesto florestal. f) Linhas de Crdito As linhas de crdito florestal hoje disponveis so: - Pronaf Florestal destinada ao produtor familiar. - Propflora destinada ao pequeno e mdio produtor para plantio e recuperao de florestas. - FNO Floresta destinada ao plantio e manejo florestal na regio Norte. - FCO Natureza destinada ao plantio e manejo florestal na regio Centro-Oeste. - NFE Verde destinada ao plantio e manejo florestal na Regio Nordeste, Esprito Santo e Minas Gerais. 7.10. FLORESTAS PLANTADAS A rea total com florestas plantadas em 2007, no Brasil totalizou 5,95 milhes ha, sendo 3,75 milhes de ha com eucalipto; 1,80 milho ha com pinus e 425,2 mil ha de outras espcies, apresentando um crescimento de 4,2% em relao ao ano de 2006, que foi 5,74 milhes ha (Tabela 14). Em relao rea plantada em 2006 os plantios de eucalipto e de outras espcies em 2007, apresentaram um crescimento de 5,71% e 14,76 respectivamente, e o plantio de pinus uma reduo de 0,87%.

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Tabela 14. reas com Florestas Plantadas Existentes no Brasil (2007) ESTADO Minas Gerais So Paulo Paran Santa Catarina Bahia Rio Grande do Sul Esprito Santo Mato Grosso do Sul Par Maranho Amap Gois Mato Grosso Outros Total Outras espcies Abraf, 2008 EUCALIPTO 1.105.961 813.372 123.070 74.008 550.127 222.245 207.687 208.819 126.286 106.802 59.874 51.279 57.151 46.186 3.751.867 TOTAL PINUS 144.248 143.148 701.578 548.037 41.221 182.378 20.697 4.093 101 0 9.000 13.828 7 0 1.808.336 TOTAL (ha) 1.250.209 956.520 824.648 622.045 591.348 404.623 228.384 212.912 126.387 106.802 68.874 65.107 57.158 46.186 5.560.203 425.194

5.985.397

A rea de floresta plantada de outras espcies, alm do eucalipto e pinus, ocupam 425,2 mil ha, correspondendo a 7,1% da rea total de floresta plantada existente no Brasil. As espcies accia, seringueira e paric possuem a maior rea respectivamente, representando 83,4% do total de outras espcies no Brasil (Tabela 15).Tabela 15 rea de Florestas Plantadas de Outras Espcies no Brasil (2007) ESPCIE Accia Seringueira Teca Araucria Populus Paric Outras* TOTAL Abraf, 2008 REA (ha) 189.690 85.768 48.576 17.500 2.800 79.159 1.701 425.194

%44,6 20,2 11,4 4,1 0,7 18,6 0,4

100

*reas com florestas: ip-roxo, fava-arara, jatob, mogno, acap, entre outras.

O grfico 5 a seguir, apresenta a distribuio nos estados brasileiros dos plantios de outras espcies. O estado do Rio Grande do Sul apresenta a maior parte com 38%, seguindo o Mato Grosso com 22% em relao ao total (425.194 ha).

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Grfico 5. Distribuio das florestas com outras espcies no Brasil (2007)BA 5%

SP 9%

RR 7%

RS 38%

PA 19% MT 22%

Abraf, 2008

7.11. PLANTIOS REALIZADOS EM 2007 No Brasil as reas de florestas de produo plantadas em 2007, totalizaram 640 mil ha, superando aproximadamente 2,1%, a rea de plantios realizados em 2006 (627 mil ha). Significativas mudanas ocorreram na distribuio dessas florestas no Pas. Na regio sul houve retrao de novos plantios florestais em decorrncia da desacelerao dos mesmos no Estado do Rio Grande do Sul. Em contraste, as demais regies (Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Norte) apresentaram aumento da rea de florestas plantadas e tem consolidado a tendncia de aumento da rea de florestas plantadas, com destaque para Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranho, Minas Gerais e Par (Tabela 16). O estado do Par vem recebendo investimentos dos setores siderrgicos e madeireiros para suprir sua demanda por madeira, com plantio de eucalipto, teca e paric, em reas abandonadas ou degradadas e os plantios do Maranho destinam-se produo de carvo vegetal. Em Minas Gerais, a maioria dos plantios destina-se s indstrias siderrgicas como tambm para celulose e papel e outras indstrias. Na Bahia, os plantios so base para indstrias de celulose e papel, siderurgia, painis (aglomerados e compensados), serrarias e tem se tornado fonte de matria prima para mveis. Os produtos oriundos da madeira de florestas plantadas abastecem tambm os mercados locais, como padarias, olarias, construo civil, secagem de gros, entre outros, alm de possibilitar benfeitorias nas propriedades rurais.

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Tabela 16. rea de Reformas e Plantios Florestais por estado no Brasil em 2007 REGIO Sul ESTADO PR SC RS MG SP ES RJ MS MT GO BA MA PI PE AC AP PA RO RR TO REA (ha) 42.000 45.000 45.000 164.000 99.000 31.000 1.000 36.000 12.000 5.000 85.000 20.000 2.000 500 500 13.000 29.500 500 4.000 5.000 640.000 TOTAL (ha) 132.000

Sudeste

295.000

CentroOeste

53.000

Nordeste

107.500

Norte

52.500

TOTALSBS, 2008

Os Programas de Fomento Florestal em 2007, principalmente empresas de celulose e papel, ampliaram sua participao de 25% para 30% dos plantios e possibilitaram a formao de uma significativa rea florestal descontnua. Do ponto de vista scio-econmico e ambiental, esses programas participam positivamente na medida em que produzem florestas distribudas por diversas propriedades rurais, promovem sua adequao ambiental com respeito a reas de Reserva Legal e de Preservao Permanente bem como estimulam sua recuperao. A parceria entre o Ministrio do Meio Ambiente (MMA) e o Ministrio do Desenvolvimento Agrrio (MDA), por meio da linha de crdito PRONAF Florestal e pela promoo da Assistncia Tcnica e Extenso Rural (ATER) em atividades florestais, tambm gera oportunidade para incorporar florestas no meio rural, diversificando as atividades praticadas nas propriedades, com conservao dos recursos naturais e gerao de renda. A linha de crdito PRONAF Florestal, no perodo de 2002 a 2007, foi acessada por mais de 11 mil pequenos produtores rurais que receberam o financiamento de aproximadamente 52 milhes de reais. Ao longo dos anos, o acesso ao crdito do PRONAF Florestal est crescendo, saindo de 3 milhes nos primeiros anos para o montante de 25 milhes em 2006/07. Esses nmeros mostram que h demanda para a insero das atividades florestais nas propriedades rurais (Grfico 1).

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Resultado semelhante verifica-se para o Programa de Plantio Comercial e Recuperao de Florestas (PROPFLORA). Esse programa vinculado ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), com a finalidade de fomentar a implantao e manuteno de florestas plantadas destinadas ao uso comercial, industrial e energtico; a recomposio e manuteno de reas de preservao e reserva florestal legal. Os valores acessados do PROPFLORA, no ano Safra 2006/07, foram de aproximadamente 54 milhes de reais. A novidade para o ano Safra 2008/09 do Programa a incluso da construo de viveiros de mudas florestais entre os itens financiveis, alm do limite de crdito ter passado para R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), por beneficirio, conforme resoluo n 3.588/08 do Banco Central do Brasil. 7.12. PRODUTIVIDADE E PATAMAR TECNOLGICO As empresas do setor de base florestal detentoras de florestas plantadas no Brasil, tm apresentado considervel desenvolvimento nos ltimos anos, com o uso de novas tecnologias, visando aumento da produtividade florestal e melhoramento gentico. As tabelas 17 e 18 evidenciam a produtividade volumtrica de espcies folhosas e conferas, tendo o Brasil como representante de Incremento Mdio Anual (IMA) consideravelmente superior.

Tabela 17. Comparao da Produtividade Florestal de Folhosas no Brasil com Pases Selecionados Folhosas Eucalyptus Eucalyptus Eucalyptus Eucalyptus Eucalyptus Btula BtulaPyry

Pas Brasil frica do Sul Chile Portugal Espanha Sucia Finlndia

Idade (anos) 7 8 10 10 12 12 15 12 15 35 40 35 40

m/ha.ano 35 55 20 30 12 10 5,5 4

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Tabela 18. Comparao da Produtividade Florestal de Conferas no Brasil com Pases Selecionados Conferas Pinus spp Pinus radiata Pinus radiata Pinus elliottii / taeda Oregon Pine Picea abies Picea abies Picea glauca Picea marianaPyry

Pas Brasil Chile Nova Zelndia EUA Canad (costa) Sucia Finlndia Canad Canad (leste)

Idade (anos) 15 25 25 25 45 70 80 70 80 55 90

m/ha.ano 30 22 22 10 7 4 3,6 2,5 2

Empresas do setor de base florestal esto priorizando o aumento do IMA, promovendo reformas das reas de baixo rendimento. reas plantadas antigas esto sendo substitudas por mudas clonadas de alto rendimento, este procedimento contribuir para ampliar o IMA nos prximos anos. Nos ltimos anos, as empresas do setor florestal tm aumentado seu IMA, em funo de investimentos em pesquisa e desenvolvimento por meio de tcnicas de melhoramento gentico, tais como clonagem, biotecnologia, hibridao, entre outros. Adicionalmente empresas do setor tm selecionado sementes de qualidade gentica melhorada para diversas para diversas condies edafo-climticas, resultando na obteno de um incremento volumtrico. O melhoramento gentico tem algumas vantagens como aumento nas taxas de crescimento; adaptabilidade s condies climticas e de solo; qualidade da madeira, como a densidade; tolerncia a pragas e doenas. A evoluo do IMA das espcies de pinus e eucalipto, utilizadas para fins industriais est apresentada no Grfico 6 a seguir. A produtividade mdia (em funo da rea plantada) dos plantios de eucalipto evoluiu de 36,7 m/ha.ano em 2005 para 40,5 m/ha.ano em 2007, apresentando ganho de 10,4% no perodo. Da mesma forma, o IMA das plantaes de pinus evoluiu 24,8%, entre 2005 e 2007, passando de 30,7 m/ha.ano para 38,3 m/ha.ano em 2007.

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Grfico 6 Evoluo do Incremento Mdio Anual (IMA) dos Plantios Florestais50 40 m/ha.ano 30 20 10 0 2005 2006 EucaliptoAbraf, 2008

36,7

39,4 30,7

40,5 35,0

38,3

2007 Pinus

8. PRODUTOS FLORESTAIS MADEIREIROS 8.1. CELULOSE E PAPEL O setor de celulose e papel no Brasil composto por 220 empresas localizadas em 450 municpios, em 17 Estados. Em 2007, empregaram um contingente de aproximadamente 110 mil pessoas de forma direta (indstria 65 mil, florestas 45 mil) e 500 mil de forma indireta. Em 2007, o segmento de celulose e papel apresentava uma rea com cerca de 1,71 milho de hectares de florestas plantadas, representando um crescimento de 2,2% em relao a rea em 2006 (1,68 milho ha). A rea reflorestada, compreende espcies como eucalipto (79,7%), pinus (19,9%) e demais espcies, tais como araucria, accia e outras (0,4%), conforme a Tabela 19. Empresas do setor preservam 2,8 milhes ha de recursos florestais, que abrange reas de preservao permanente e de reserva legal, excedendo o disposto pela legislao ambiental brasileira.

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Tabela 179. rea Total Reflorestada Existente, 2007 (ha)ESTADO EUCALIPTO PINUS ARUACRIA ACCIA OUTRAS ESPCIES TOTAL

Amap Bahia Esprito Santos Maranho Mato Grosso do Sul Minas Gerais Par Paran Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina So Paulo

11.874 355.694 125.390 614 113.195 179.053 48.254 53.836 1.653 102.416 9.688 365.12679,7

1.457 6,5

3.018 101 187.413 8.435 101.469 39.37119,9%

284 3.464 592 129 24 1.342,5

935 0,5 36 9 64

11.874 357.151 125.396 614 113.195 183.290 48.355 244.714 1.653 112.822 111.295 404.585

TotalPorcentagem Bracelpa, 2007

1.366.792 341.270,5

4.494

1.342,50,4%

1.043,8

1.714.943100%

Em 2007, a produo de celulose e pastas alcanou 11,99 milhes de toneladas, representando um crescimento de 7,3% em relao a 2006, elevando a posio do Brasil no ranking mundial como o 6 pas maior produtor. A previso da produo para 2008 de 12,85 milhes de toneladas apresentando um crescimento de 7,31% em relao ao ano anterior, conforme a Tabela 20. O consumo aparente de celulose e pastas em 2007 foi de 5,76 milhes de toneladas, representando aumento de 8,8% em relao ao consumo do ano anterior. O setor de celulose e pastas representou em 2007, um crescimento de 5,4% nas exportaes e uma reduo de 4,4% nas importaes em relao a 2006.Tabela 20. Produo, Consumo Aparente, Exportao e Importao Celulose e Pastas (1000 t) Ano Produo Consumo Exportao ImportaoBracelpa, 2008

2006 11.180 5.296 6.246 362

2007 11.998 5.760 6.584 346

(%) 7,3 8,8 5,4 -4,4

A perspectiva do segmento de celulose em 2008, da produo de 12,8 milhes de toneladas e das exportaes de US$ 3.500 milhes.

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Os investimentos realizados pelo setor nos ltimos anos tornaram o Brasil o maior produtor mundial de celulose de fibra curta de mercado. A produo brasileira de celulose de fibra curta passou de 4,03 toneladas em 1995 para 10,0 milhes de toneladas em 2007. As produes de celulose de fibra longa e de pasta de alto rendimento (PAR) mantiveram-se constantes nesse mesmo perodo (Grfico 7). Em 2007, a produo de celulose de fibra longa foi de 1,47 milho de toneladas e de pastas 521 mil toneladas.Grfico 7. Evoluo histrica da Produo de Celulose e Pastas (toneladas)12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fibra longa

Fibra curta

PAR

Bracelpa, 2008

A evoluo da produo de celulose no perodo de 1995 a 2007 pode ser observada na Tabela 21 a seguir.Tabela 21. Evoluo da Produo de Celulose (1.000 t) ANO 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Bracelpa, 2008 Fatos e Nmeros do Brasil Florestal PRODUO 5.936 6.201 6.331 6.687 7.209 7.463 7.412 8.021 9.069 9.620 10.352 11.179 11.998 VARIAO (%) 1,84 4,47 2,09 5,62 7,81 3,53 -0,69 8,22 13,07 6,07 7,61 8,00 7,31 43

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Em 2007, a produo de papel foi de 9,0 milhes de toneladas representando um crescimento de 3,2% em relao a 2006. O consumo aparente de papel em 2007, foi de 8,0 milhes de toneladas, gerando um crescimento de 5,2% sobre 2006. As exportaes e importaes do segmento de papel em 2007, apresentaram um crescimento de 0,8% e 13,4% respectivamente em relao a 2006.Tabela 22. Produo, Consumo Aparente, Exportao e Importao de Papel (1000 t) 2006 Produo Consumo Exportao ImportaoBracelpa, 2008

2007 9.008 8.099 2.006 1.097

(%) 3,2 5,2 0,8 13,4

8.725 7.702 1.990 967

A perspectiva do segmento de papel em 2008, da produo de 9,2 milhes de toneladas e das exportaes de US$ 1.800 milhes. A evoluo da produo de papel no perodo de 1995 a 2007 pode ser observada na Tabela 23 a seguir.Tabela 2318. Evoluo da Produo Total de Papel (1.000 t) ANO 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Bracelpa, 2008 PRODUO 5.798 6.176 6.518 6.589 6.953 7.200 7.438 7.774 7.916 8.452 8.597 8.724 9.008 VARIAO (%) 2,56 6,52 5,53 1,10 5,52 3,55 3,30 4,52 1,82 6,78 1,71 1,48 3,25

Em 2007, o consumo de papis reciclveis no Brasil foi de 3,64 milhes de toneladas, representando um crescimento de 4,17% em relao ao consumo em 2006, que foi de 3,49 milhes de toneladas (Tabela 24).Fatos e Nmeros do Brasil Florestal 44

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Tabela 24. Composio do Consumo Brasileiro de Aparas de Papel (2006 e 2007) e a Participao por Tipo de Papel em 2007 TIPO Ondulados Brancas Kraft Mistas Jornais Cartolinas Tipografia Outras TotalBracelpa, 2008

(1000 t) 2006 2.161,50 434,9 275 228,7 157,1 95,4 83,6 60,3 3.496,5 2007 2.315,9 454,9 279,1 213,7 160,8 63,9 93,7 60,5 3.642,5

PARTICIPAO

2007 (%) 63,6 12,5 7,7 5,9 4,4 1,8 2,6 1,7 100

Grfico 8. Evoluo histrica do consumo de aparas e papis usados4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 1998Bracelpa, 20082.295 2.416 2.777 2.612 3.017 3.005 3.360 3.438 3.497 3.643

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

As exportaes em 2007, do setor de celulose e papel no Brasil foram da ordem de US$ 4,7 bilhes, gerando um aumento de 18% sobre 2006 (US$ 4,0 bilhes). O supervit da balana comercial de 2007, foi US$ 3,4 bilhes, apresentando um aumento de 18,3% em relao ao ano anterior.

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Tabela 25. Balana Comercial do Segmento de Celulose e Papel (US$ Milho FOB) 2006 Exportao Celulose Papel Importao Celulose Papel Saldo Celulose PapelBracelpa, 2008

2007 4.726 3.024 1.702 1.318 232 1.086 3.408 2.792 616

% 18,0 21,7 11,9 17,2 9,2 19,1 18,3 22,9 1,2

4.005 2.484 1.521 1.125 213 912 2.880 2.271 609

Grfico 9. Balana Comercial do Segmento de Celulose e Papel (1990 a 2007)5.000 4.500 4.000 3.500 US$ Milhes 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07

ExportaoBracelpa, 2008

Importao

Os principais mercados para exportao de celulose e papel em 2007, esto apresentados no Grfico 10 a seguir.

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Grfico 10. Destino das Exportaes de Celulose e Papel (2007)Amrica Latina 1% sia e Ocenia 25%

Amrica do Norte 20%

Amrica do Norte 12% frica 6% Europa 17% sia e Ocenia 8%

Amrica Latina 57%

Europa 54%

Bracelpa, 2008

Programa de Investimentos do Setor de Celulose e Papel: Perodo 2003 2012

O setor de celulose e papel deu continuidade ao programa de investimento para o perodo 2003 a 2012, com o valor de US$ 14,4 bilhes. O programa tem como objetivo ampliar a capacidade produtiva e a competitividade da indstria brasileira de celulose e papel, com crescimento das exportaes e criao de novas oportunidades de trabalho. Foram realizados investimentos da ordem de US$ 6,5 bilhes no perodo de 2003 e 2007. Para o perodo 2008 a 2012 o setor dever concluir mais US$ 8,7 bilhes de investimentos. Nos ltimos dez anos, as empresas do setor aplicaram US$ 12 bilhes na ampliao de sua capacidade, o que possibilitou quadruplicar suas exportaes no perodo. O valor das exportaes (2003 - 2007) de celulose e papel foi de US$ 4,7 bilhes no programa de investimento do setor (tabela 26).Tabela 26. Programa de Investimentos do Setor de Celulose e Papel (2003- 2012)PROGRAMA ORIGINAL REALIZADO 2003-2007 PROGRAMA REVISADO A realizar previsto 2008-2012 2012 Acrscimo 2012/2003

ATIVIDADE Investimentos (US$ bilhes) Produo (milhes t) - Celulose - Papel Exportao (milhes t) - Celulose - Papel Exportao (US$ bilhes) - Celulose e PapelBracelpa, 2008

2003

Previsto 2012

Acrscimo 2012/2003

9,1 7,9 4,5 1,8 2,8

14,4 14,5 11,5 7,4 2,0 4,3

59%

6,5 12,0 9,0 6,6 2,0 4,7

8,7 -

15,2 17,5 11,5 10,5 2,0 7,5

92%

46% 64% 11% 54%

46% 133% 11% 168%

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8.2. PAPELO ONDULADO De acordo com o Anurio da Associao Brasileira de Papelo Ondulado (2007) o setor de papelo ondulado no Brasil conta com 80 empresas, 103 unidades industriais instaladas e gera 14.602 empregos diretos. A produo total do segmento de papelo ondulado em 2007, foi de 2,57 milhes de toneladas representando um aumento de 3,6% em relao a 2006 (2,48 milhes de toneladas). O consumo aparente de papelo ondulado em 2007, foi de 2,50 milhes de toneladas (ABPO, 2007). Em 2007, as exportaes de papelo ondulado totalizando 2.254 mil toneladas, representando um crescimento de 3,5% em relao ao ano anterior (2.179 milhes toneladas). Este crescimento foi fruto da conjugao da melhora do mercado interno com as entregas aos setores exportadores de carnes, frutas e fumo em folha, principalmente. No 1 trimestre de 2007, o setor registrou crescimento de 3,7% em relao ao 1 trimestre de 2006 com maior influncia nas vendas ao setor exportador de frutas. O 2 trimestre foi o melhor do ano, com vendas 8,5% maiores que igual perodo em 2006. Nesse trimestre o mercado interno iniciou seu movimento positivo, principalmente no segmento