fatores que afetam o desenvolvimento de...

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nUNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EMBRIÕES DE FRANGOS DE CORTE DURANTE A INCUBAÇÃO Mariana Alves Mesquita Orientador: Prof. Dr. Emmanuel Arnhold GOIÂNIA 2011

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nUNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EMBRIÕES

DE FRANGOS DE CORTE DURANTE A INCUBAÇÃO

Mariana Alves Mesquita

Orientador: Prof. Dr. Emmanuel Arnhold

GOIÂNIA

2011

ii

MARIANA ALVES MESQUITA

FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EMBRIÕES

DE FRANGOS DE CORTE DURANTE A INCUBAÇÃO

Seminário apresentado junto à Disciplina Seminários Aplicados do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás. Nível: Mestrado

Área de Concentração:

Produção Animal

Linha de pesquisa:

Manejo e avaliação do sistema de produção

Orientador:

Prof. Dr. Emmanuel Arnhold – UFG

Comitê de Orientação:

Prof.ª Dr.ª Elisabeth Gonzales – UFG

Prof.ª Dr.ª Nadja Susana Mogyca Leandro - UFG

GOIÂNIA

2011

iii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................. 1

2 REVISÃO DA LITERATURA........................................................ 4

2.1 O desenvolvimento embrionário................................................... 4

2.2 Fatores que interferem no desenvolvimento embrionário............ 6

2.2.1 Fatores relacionados à matriz...................................................... 7

2.2.3 Fatores relacionados à estocagem de ovos férteis...................... 7

2.2.3 Fatores relacionados à incubação................................................ 8

2.2.3.1 Temperatura................................................................................. 9

2.2.3.2 Umidade Relativa......................................................................... 16

2.2.3.3 Trocas gasosas............................................................................ 19

2.2.3.4 Viragem dos ovos......................................................................... 23

2.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................... 29

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 30

iv

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Peso do embrião (A) e peso do albúmen (B) em relação a viragem ou não dos ovos e ao período de

incubação..............................................................................

25

FIGURA 2 Relação entre peso do embrião e peso do albúmen no

15° dia de incubação........................................................ 27

v

LISTA DE TABELAS

TABELA 1

Médias de tempo de incubação (horas), comprimento do pintainho (cm), peso líquido (g) e peso da gema residual (g) de ovos incubados sob temperatura normal (37,8°C) ou temperatura elevada (38,9°C) do sétimo ao 19° dia de incubação....................................................................

10

TABELA 2

Composição corporal, composição da gema residual e eficiência de transferência de energia do ovo para o embrião de embriões incubados em duas diferentes temperaturas (37,8°C ou 38,9°C) durante o sétimo ao 19° dia de incubação........................................................

11

TABELA 3 Efeito da temperatura de incubação sobre o peso vivo de frangos de corte aos 21, 35 e 44 dias de idade........

13

TABELA 4 Efeito da temperatura de incubação no peso de embriões aos 14 dias de incubação, de pintainhos após a eclosão e dos frangos aos 21 dias de idade.................................................................................

14

TABELA 5 Efeito da temperatura de incubação sobre o peso da tíbia, percentual de cálcio presente na tíbia e incidência de discondroplasia tibial (TD) aos 14 dias de incubação, na eclosão e aos 49 dias de idade...................................

15

TABELA 6 Efeito da umidade relativa durante a incubação na eclodibilidade e mortalidade embrionária........................

18

TABELA 7 Efeito da freqüência de viragem durante os dias 3 a 11 de incubação sobre a eclodibilidade e mortalidade embrionária.......................................................................

24

TABELA 8 Efeito do ângulo de viragem sobre a eclodibilidade, mortalidade embrionária e incidência de mau posicionamento embrionário............................................

28

1 INTRODUÇÃO

O Brasil destaca-se entre os maiores produtores e exportadores

mundiais de carne de frango, atraindo cada vez mais investimentos para o setor.

Dados do último relatório da União Brasileira de Avicultura – UBABEF, referente

ao ano de 2010, revelam que a produção nacional superou 12 milhões de

toneladas, aproximando o Brasil do segundo posto mundial. Com relação às

exportações, registrou-se novo recorde histórico com um total de 3,8 milhões de

toneladas de frangos exportados para mais de 150 países.

A incubação é um dos setores da avicultura de extrema importância e

há alguns anos deixou de ser considerada apenas uma etapa necessária para ser

considerada uma etapa estratégica dentro de todo o complexo avícola.

O objetivo da incubação artificial é a transformação de ovos férteis em

pintos de um dia. A incubação não pode modificar os fatores que interferem com a

qualidade do produto final tais como a genética, nutrição e manejo da granja de

reprodutores, no entanto, para que se possam obter bons resultados e evitar

problemas no decorrer deste processo, deve existir um perfeito entrosamento

entre os processos de produção dos ovos embrionados e de pintos de um dia.

Nos últimos anos a avicultura de corte nacional aumentou

significativamente sua produção de pintos de um dia. Em abril de 2011 estimou-se

uma produção de aproximadamente 513 milhões de pintos de corte, volume 3,1%

superior ao mês de abril de 2010. Analisando o quadrimestre inicial do ano de

2011 o volume produzido superou a marca de dois bilhões de cabeças,

correspondendo a um volume de 4,29% superior ao mesmo quadrimestre do ano

anterior (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE PINTOS DE

CORTE – APINCO, 2011).

As evoluções genéticas proporcionaram aos frangos de corte moderno

reduzir em mais de 50% o tempo médio de todo ciclo de produção. Nas décadas

passadas eram necessários aproximadamente 84 dias para completar o ciclo de

produção, atualmente, com 35 dias é possível obter um frango para abate.

Aliada a essas evoluções, o processo de incubação passou a

representar cerca de 30% de todo o ciclo de produção do frango de corte. Sendo

assim, o desempenho final de frangos de corte está diretamente relacionado com

2

os resultados obtidos na primeira semana pós-eclosão que, por sua vez, depende

da qualidade do desenvolvimento embrionário obtida durante a incubação.

O desenvolvimento embrionário é afetado por diversos fatores entre

eles os relacionados à condição de saúde da matriz, ao manejo dos ovos desde a

postura até a estocagem (coleta, desinfecção, tempo e condições de estocagem,

seleção) e às condições de incubação. Todos esses fatores são de extrema

importância para a obtenção de pintos de qualidade.

Durante o processo de incubação o embrião é continuamente afetado

pelo ambiente. As máquinas de incubação artificial devem proporcionar controle

de temperatura, umidade relativa, viragem dos ovos e fluxo constante de O2 e

CO2. Desvios desses fatores em relação aos respectivos valores ótimos para a

espécie ou linhagem podem inviabilizar o desenvolvimento embrionário,

resultando em um aumento da mortalidade do embrião, diminuindo,

conseqüentemente, a eclodibilidade.

A temperatura de incubação é um dos fatores mais importantes que

afetam o desenvolvimento embrionário durante a incubação. Temperaturas

elevadas podem causar principalmente redução da eclodibilidade, má qualidade

do pinto, aumento da mortalidade embrionária e problemas locomotores.

A umidade relativa é outro fator relevante para a incubação e

eclodibilidade. Está diretamente relacionada com a taxa de perda evaporativa de

peso do ovo, que por sua vez, determinará o rendimento final do processo de

incubação.

A viragem mecânica dos ovos nas incubadoras artificiais é

extremamente necessária para se obter melhores índices de eclosão. Os

principais parâmetros que devem ser observados nesse mecanismo são

freqüência de viragem, angulação e o período de incubação necessário para a

realização da viragem.

As trocas gasosas, processo relacionado com a captação de O2 e

liberação de CO2, afeta o desenvolvimento embrionário, pois está diretamente

relacionado com a eficiência das atividades metabólicas do embrião.

Considerando a importância do processo de incubação sobre a

produtividade do incubatório e a qualidade do pinto de um dia que influencia o

desempenho do frango de corte, objetivou-se realizar uma revisão da literatura

3

para estudar os principais fatores físicos que influenciam o desenvolvimento

embrionário durante o processo de incubação.

4

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 O desenvolvimento embrionário

O desenvolvimento embrionário inicia no trato reprodutor da galinha,

mais precisamente no oviduto após a ocorrência da fertilização. O primeiro

período de desenvolvimento, denominado desenvolvimento pré-oviposital

(CHRISTENSEN, 2001), dura 18 a 20 horas e ocorre a uma temperatura de

41,5ºC, que é a temperatura corporal da galinha adulta. Nesse período se

estabelece uma intensa multiplicação e diferenciação celular, culminando com a

oviposição de um ovo com o blastoderme no período inicial de gastrulação com

30.000 a 60.000 células (GONZALES, 2005).

Após a postura, se o ovo for estocado em temperaturas abaixo do zero

fisiológico (aproximadamente 24ºC), o embrião paralisa seu desenvolvimento.

Condições adequadas de armazenamento são essenciais para evitar a morte

prematura do embrião devido à degradação da qualidade interna do ovo. Isso

possibilita resultados de incubação aceitáveis, principalmente, quando se

prolonga o tempo de estocagem (SCHMIDT et al., 2002).

Quando o ovo é colocado em condições de incubação, isto é,

temperatura, umidade relativa, oxigenação e viragem adequadas, o embrião se

desenvolverá completamente em aproximadamente 21 dias (504 horas)

(GONZALES, 2005).

O desenvolvimento do embrião de aves é um complexo processo que

pode ser dividido em três fases principais: a fase de diferenciação celular,

crescimento e de maturação. Cada uma dessas fases é dependente de fatores

fisiológicos específicos (BOERJAN, 2006a).

Segundo DECUYPERE & MICHELS (1992) a diferenciação celular é

caracterizada pela formação de células especializadas a partir da qual haverá a

formação dos órgãos vitais do embrião. Após se tornarem especializadas, os

grupos celulares iniciam uma seqüência organizada de multiplicação (mitoses

sucessivas) e crescimento (hipertrofia e hiperplasia) que levará a formação de

tecidos e órgãos. Uma vez que os tecidos e órgãos estejam formados, tem início

a maturação dos mesmos, ou seja, o estabelecimento de suas funções.

5

Nos primeiros quatro dias de incubação (0 a 96 horas) o embrião se

adapta às condições de incubação que lhe são oferecidas e reinicia seu

desenvolvimento com intensa multiplicação celular, diferenciação das estruturas e

definição da espécie (GONZALES, 2005).

Durante o quinto até o 18° dia de incubação ocorre a fase de intenso

crescimento embrionário (hipertrofia celular). As condições de incubação são

importantes nessa etapa, mas o mais crítico é o requerimento nutricional do

embrião (WILSON, 1997).

O último período de desenvolvimento embrionário, que corresponde ao

19º até o 21º dia, ocorrem importantes eventos que condicionam o nascimento do

feto: posicionamento da cabeça embaixo da asa direita, perfuração da membrana

interna (internal pipping), respiração, perfuração da casca (external pipping) e

rompimento da casca para o nascimento. A ventilação, a umidade e a condição

sanitária são importantes fatores que condicionam a qualidade e o sucesso do

nascimento (GONZALES, 2005).

Todo o processo de desenvolvimento embrionário é dependente de

reações bioquímicas: transformação de substrato em energia para realização das

três fases de desenvolvimento (diferenciação, crescimento e maturação). O

embrião utiliza, principalmente, o substrato da gema para realização dessas

conversões energéticas e sua composição permite que os processos bioquímicos

principais se resumam, em condições normais, à transformação de carboidratos e

gorduras em energia (ATP), para que todos os outros processos transformativos

sejam realizados com eficiência pelo embrião (CALIL, 2007).

Durante a primeira semana de incubação a glicose é a principal fonte

de energia dos embriões. A glicose disponível no albúmen é depositada

momentos antes da formação da casca do ovo, ainda no organismo da matriz.

Durante a segunda metade do período de incubação, a membrana corioalantóide

torna-se funcional possibilitando a troca de gases do embrião com o meio externo

e consequentemente, a realização de reações de beta-oxidação. Sendo assim, os

ácidos graxos tornam-se a principal fonte de energia para o embrião. Durante o

processo de eclosão o embrião necessita de mais energia e além dos ácidos

graxos a glicose passa a ser novamente fonte de energia (MORAN, 2007).

6

Sabe-se que as evoluções genéticas provocaram intensas

modificações nos frangos de corte modernos, fazendo com que os requerimentos

físicos e químicos durante o processo de incubação sejam mais específicos.

Uma das mudanças visíveis que ocorre a partir das seleções genéticas

é com relação ao metabolismo embrionário. O metabolismo embrionário é

determinado pelas taxas de biossínteses dos tecidos, que por sua vez dependem

das disponibilidades de nutrientes e oxigênio (BOERJAN, 2006a).

Existe uma relação direta entre as taxas de biossíntese tecidual com a

produção de calor metabólico, ou seja, como resultado do alto potencial de

crescimento a produção de calor metabólico das linhagens modernas são bem

mais elevadas se comparado com as linhagens das décadas passadas. Em

estudo realizado por BOERJAN (2006b) constatou-se que no 18º dia de

incubação a produção de calor metabólico, baseado no consumo de oxigênio, foi

aproximadamente 20% maior em uma linhagem moderna comparada a uma

linhagem tradicional, comumente utilizada em décadas passadas.

Sendo assim, o principal desafio dos incubatórios comerciais modernos

é obter máquinas capazes de proporcionar o adequado desenvolvimento

embrionário compatível com seu metabolismo.

2.2 Fatores que interferem no desenvolvimento embrionário

O rendimento da produção de pintos e a qualidade dos mesmos são

dependentes de diversos fatores, incluindo os parâmetros físicos durante a

incubação como também, anterior a esta etapa (armazenamento dos ovos

férteis), além da influência das características das matrizes pesadas. As

características físico-químicas dos ovos são modificadas em função destas

variáveis, culminando na necessidade de tratamentos diferentes entre esses ovos

a fim de se obter o melhor rendimento de produção de cada lote (QUEVEDO,

2009).

7

2.2.1 Fatores relacionados à matriz

O principal fator relacionado à matriz que causa efeito direto sobre o

desenvolvimento embrionário e consequentemente, à eclodibilidade é a idade da

matriz. Com o envelhecimento das matrizes avícolas, são produzidos folículos

maiores, o que resulta na produção de ovos maiores e, também, no aumento da

relação entre o peso da gema e o peso do ovo (VIEIRA et al., 2001). Ao mesmo

tempo, os ovos sofrem alterações de espessura da casca, no número e no

diâmetro dos poros, com conseqüente diminuição da condutância de gases e

prejuízo para o metabolismo embrionário, uma vez que pode afetar a atividade de

enzimas envolvidas na gliconeogênese, interferindo na concentração de glicose

sangüínea do embrião e também no tipo e quantidade de nutrientes disponíveis

para o seu desenvolvimento (CARDOSO et al., 2002).

REIS et al. (1997) relataram também menor taxa de eclosão de ovos

férteis de lotes mais velhos (Avian com 48 a 50 semanas e Cobb com 43

semanas) decorrentes da maior mortalidade embrionária final (18 e 15 dias,

respectivamente). De acordo com os autores, o aumento da mortalidade

embrionária final pode ser explicado por diferenças na qualidade do albúmen, de

pior qualidade em lotes de matrizes velhas (48 a 50 semanas) em relação aos

ovos de matrizes mais novas (32 a 34 semanas).

Aparentemente, ovos produzidos por matrizes de idade mais avançada

produzem também pintos com maior peso na eclosão e apresentam uma

tendência de eclosão tardia, em relação ao observado com ovos de matrizes

jovens (LIMA et al., 2001).

2.2.2 Fatores relacionados à estocagem de ovos férteis

A estocagem dos ovos férteis, após a postura, é uma prática

necessária nos incubatórios, pois evita a mistura de ovos de diferentes lotes,

idades, ou de lotes com status sanitário duvidoso, além de permitir incubar uma

maior quantidade de ovos por vez (SCHMIDT et al., 2002).

8

É conhecido que a duração do período de armazenamento dos ovos

apresenta correlação inversa com a eclodibilidade, e, em termos de fase da

mortalidade embrionária, quanto maior o período de armazenamento, maior a

mortalidade precoce (BOLELI, 2003) e maior volume de pintos de má qualidade,

devido a perda inadequada de umidade, má cicatrização dos umbigos, penugem

com aspecto pegajoso e maior janela de nascimento (MACHADO et al., 2010).

PEDROSO et al. (2006) estudaram o efeito do período de estocagem

de ovos de codornas e encontraram que os ovos armazenados durante seis dias

apresentaram cerca de 48,76% de mortalidade embrionária, valor bem superior

aos ovos estocados por três dias, que apresentaram 23,83% de mortalidade.

FASENKO et al. (2001) afirmaram que os efeitos da estocagem na

eclodibilidade dos ovos dependem do tempo de estocagem e do estágio de

desenvolvimento em que o embrião se encontra no momento da postura.

Embriões em estágios mais avançados de desenvolvimento são mais resistentes

a uma estocagem mais prolongada que embriões menos desenvolvidos. Segundo

REIJRINK et al. (2009) quando termina a estocagem, os embriões completaram a

formação do hipoblasto, e a migração celular e sua diferenciação é mínima. Estes

embriões em estado mais avançado de desenvolvimento contêm mais células, e

estão em um estado de maior quietude, o que provavelmente os confere maior

resistência na estocagem prolongada. Os embriões menos desenvolvidos podem

sofrer danos irreversíveis durante a estocagem, o que pode causar morte

embrionária. O momento ótimo para estocagem dos ovos ocorreu quando o

hipoblasto já estava formado, estando àqueles embriões menos ou mais

desenvolvidos que este estágio mais sensível à estocagem prolongada.

2.2.3 Fatores relacionados à incubação

Os fatores físicos, necessários para uma correta incubação,

permanecem os mesmos desde o inicio da incubação industrial, porém, as

evoluções tecnológicas e científicas possibilitaram grande evolução no

conhecimento de como gerenciar as variáveis físicas mais importantes, como

temperatura, umidade, trocas gasosas e viragem dos ovos. Assim, o sucesso da

9

incubação envolve condições adequadas de manejo, considerando as pressões

impostas às aves pelo ambiente e ao somatório dos fatores biológicos e físicos.

(CALIL, 2007).

Nos itens a seguir, será feita uma abordagem dos requerimentos

fisiológicos para o desenvolvimento embrionário e como mudanças do ambiente

físico influenciam os processos fisiológicos.

2.2.3.1 Temperatura

A temperatura do embrião durante a incubação é considerada

atualmente o fator físico mais importante que determina o sucesso da incubação

comercial de ovos de frangos de corte (HULET, 2007).

A temperatura do embrião depende basicamente de três fatores: a

temperatura da incubadora, a capacidade de dissipação do calor entre o embrião

e a incubadora e a produção de calor metabólico do embrião. Sendo assim, os

incubatórios comerciais de ovos de frangos de corte incubam artificialmente os

ovos em máquinas capazes de garantir que a temperatura embrionária se

mantenha em níveis adequados (FRENCH, 1997).

BAROTT (1937) foi um dos primeiros pesquisadores que investigou a

importância da temperatura de incubação e demonstrou que melhores índices de

eclodibilidade, desenvolvimento embrionário e bom desempenho no final de todo

o ciclo de produção são encontrados quando se mantêm uma temperatura de

37.8°C.

A produção de calor metabólico pelos embriões inicia por volta do

quarto dia de incubação. No nono dia a temperatura do embrião é maior do que a

temperatura presente na incubadora devido à alta produção de calor metabólico.

Sendo assim, é necessário que o calor produzido pelo embrião seja removido

com o auxilio de um sistema de ventilação adequado fazendo com que o ar passe

por toda a superfície da casca do ovo dissipando o calor produzido (LOURENS,

2004).

O controle da temperatura é um fator crítico durante a incubação, uma

vez que a produção de calor metabólico das atuais linhagens é bastante elevada

10

(WINELAND et al., 2000). As principais conseqüências de uma hipertermia seria a

redução da eclodibilidade e má qualidade do pintainho. Além disso, também

podem resultar em redução do peso corporal, redução do comprimento e tamanho

relativo do coração, problemas locomotores, aumento da mortalidade embrionária

na fase final, mau posicionamento, entre outros (GLADYS et al., 2000).

Durante o desenvolvimento embrionário a utilização de nutrientes para

o crescimento do embrião pode ser influenciado pelas condições ambientais

durante o processo de incubação, gerando conseqüências diretas na

sobrevivência e na viabilidade do embrião. A temperatura é um dos fatores

físicos que pode afetar o desenvolvimento do embrião (WINELAND et al., 2000).

MOLENAAR et al. (2010a) em experimento testando o efeito de duas

temperaturas durante o período de incubação, analisou a taxa de sobrevivência

dos embriões e a utilização dos nutrientes disponíveis para o crescimento e

maturação de suas funções. A partir da segunda semana de incubação (dia 7 ao

dia 19) os ovos foram submetidos a uma temperatura considerada normal de

37.8° C ou a uma temperatura elevada de 38.9°C. Os resultados encontrados

pelos autores estão dispostos nas Tabelas 1 e 2.

TABELA 1- Médias de tempo de incubação (horas), comprimento do pinto (cm),

peso líquido (g) e peso da gema residual (g) de ovos incubados sob temperatura

normal (37,8°C) ou temperatura elevada (38,9°C) do sétimo ao 19° dia de

incubação

Tratamento Tempo de

Incubação (h)

Comprimento

(cm)

Peso líquido

(g)

Gema

Residual (g)

37.8 °C 487a 19,5a 37,7 4,1b

38.9°C 479b 19,3b 36,1 5,3a

a,b - Médias na mesma coluna, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,05)

Fonte: Adaptado de MOLENAAR et al. (2010a)

11

TABELA 2 – Composição corporal, composição da gema residual e eficiência de

transferência de energia do ovo para o embrião de ovos incubados em duas

temperaturas (37,8°C ou 38,9°C) durante o sétimo ao 19° dia de incubação

Tratamentos (°C)

Item 37.8 38.9

Pinto sem gema (kJ)

Proteína 127,7a 116,6b

Lipídeos 79,5 71,5

Carboidratos 2,1 3,9

Total 209,4a 192,0b

Gema residual (kJ)

Proteína 22,2b 32,0a

Lipídeos 32,1 39,9

Carboidratos 3,0b 4,1a

Total 57,3b 75,9a

EE (%)*

Proteína 86,8a 83,6b

Proteína livre 36,8 36,7

Total 56,7 55,5

*Eficiência de transferência de energia do ovo para o embrião

a,b - Médias na mesma linha, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,05)

Fonte: Adaptado de MOLENAAR et al. (2010a)

Observa-se que a duração do período de incubação foi afetada pela

condição de temperatura elevada, reduzindo em 8 horas o período total de

incubação (Tabela 1). A elevação na temperatura de incubação também causou

uma redução do comprimento dos pintainhos em 0,2 cm e aumentou o peso da

gema residual em 1,2g. O peso líquido do pintainho não apresentou diferença

estatística entre os tratamentos estudados.

Na Tabela 2 constata-se que a condição de alta temperatura reduziu as

taxas de proteínas e a energia total presente nos pintainhos sem o saco da gema,

o que consequentemente elevou as quantidades de proteínas, carboidratos e

energia total presente no saco da gema. A capacidade de transferência de

12

proteínas do ovo para os tecidos do embrião foi 3,2% menor no tratamento

submetido à elevada temperatura.

Pode-se concluir que a temperatura elevada causou efeitos negativos

no desenvolvimento embrionário como foi demonstrado pela diminuição do

comprimento do pintainho, maior peso da gema residual e menores taxas de

proteína e energia total presentes nos tecidos dos pintainhos. Esses resultados

foram semelhantes aos encontrados por LOURENS et al. (2006) que também

verificou diminuição no desenvolvimento embrionário em condições de

temperaturas elevadas.

O autor ainda ressalta que o desenvolvimento embrionário inadequado

no tratamento submetido a altas temperaturas pode ter ocorrido devido à redução

do período total de incubação, que por sua vez reduziu o tempo disponível para

que o embrião utilizasse as reservas energéticas provenientes da gema para

concluir seu desenvolvimento. Além disso, a menor utilização de proteínas para o

desenvolvimento pode ter contribuído para a redução do desenvolvimento.

Os pintainhos que conseguem sobreviver à exposição de elevadas

temperaturas durante a incubação consomem menores taxas de nutrientes

provenientes do ovo e, portanto, apresentam pior desenvolvimento. Ao serem

destinados às granjas de produção as chances de sobrevivência na primeira

semana de vida também diminuem (ERNST et al., 1984).

SCOTT & WASHBURN (1985) observaram que aves submetidas a

estresse térmico durante a fase final de incubação apresentaram redução no

consumo de alimentos durante a primeira semana de pós-eclosão.

Sabe-se que o desenvolvimento de frangos de corte durante a primeira

semana de vida é extremamente importante para o desempenho final das aves,

uma vez que os processos fisiológicos como hiperplasia e hipertrofia celulares,

maturação do sistema termorregulatório e imunológico e desenvolvimento e

maturação do trato gastrointestinal influenciam diretamente no ganho de peso e

conversão alimentar das aves (MORAES et al., 2002).

Com o intuito de avaliar o desempenho produtivo de frangos de corte

submetidos a elevadas temperaturas durante a fase embrionária HULET et al.,

(2007) encontraram peso vivo menor aos 21, 35 e 44 dias de idade no grupo

submetido a uma temperatura elevada de 39,7°C (Tabela 3). Segundo os autores

13

os pintainhos recém eclodidos submetidos à alta temperatura apresentaram

atividade ruim, mostrando-se lentos e sem disposição para alimentar-se e ingerir

água. Como conseqüência, não se alimentaram devidamente nas 8 horas após

eclosão gerando uma redução no peso final das aves, ou seja, aos 35 dias de

idade as aves apresentaram um peso de aproximadamente 59g abaixo do peso

do tratamento submetido a temperatura de 37,5°C e 48g abaixo do peso do

mesmo tratamento aos 44 dias de idade.

TABELA 3 – Efeito da temperatura de incubação sobre o peso vivo de frangos de

corte aos 21, 35 e 44 dias de idade

Temperatura (°C)

Idade (dias) 37,5 39,7

21 715,1a 669,5b

35 1.722,5ª 1.663,6b

44 2.213,8a 2.165,7b

a,b - Médias na mesma linha, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,05)

Fonte: Adaptado de HULET et al., (2007)

O desenvolvimento dos ossos pode ser afetado por condições

ambientais de estresse no início da vida, especialmente por condições de

temperaturas (OVIEDO-RONDÓN et al., 2009).

O crescimento longitudinal (ossificação endocondral) dos ossos ocorre

através do equilíbrio preciso entre a proliferação dos condrócitos, produção da

matriz óssea, calcificação biológica, hipertrofia e crescimento vascular (PIZAURO

JUNIOR et al., 2002).

Vários fatores que controlam a ossificação endocondral dos ossos

longos podem ser afetados pela temperatura de incubação, principalmente

durante o estágio de platô do desenvolvimento embrionário (ROBSON et al.,

2002).

A discondroplasia tibial é uma das enfermidades do sistema locomotor

que acarretam prejuízos na avicultura moderna uma vez que resultam em altas

taxas de mortalidade e condenação no final do período de criação. Essa

14

enfermidade é caracterizada pelo surgimento de uma assincronia no processo no

processo de diferenciação dos condrócitos, levando à formação de uma camada

de condrócitos pré-hipertróficos de uma cartilagem na tíbia proximal que não é

calcificada e é resistente à vascularização (PIZAURO JUNIOR et al., 2002).

YALCIN (2007) realizou estudo com o intuito de avaliar a influencia da

temperatura durante a fase inicial (0a 8 dias) e final (10 a 18 dias) de incubação

sobre a diferenciação dos condrócitos e sobre a incidência de discondroplasia

tibial.

O autor utilizou 5 tratamentos para suas análises: temperatura controle

(37.8°C) durante todo o período de incubação, temperatura baixa (36.9°C) na fase

inicial (0 a 8 dias de incubação), temperatura baixa na fase final (10 a 18 dias de

incubação), temperatura elevada (39.0°C) na fase inicial e temperatura elevada

na fase final. Os quatro tratamentos submetidos a desvios de temperatura foram

expostos durante seis horas por dia e os resultados encontram-se na Tabela 4.

TABELA 4 – Efeito da temperatura de incubação no peso de embriões aos 14

dias de incubação, de pintainhos após a eclosão e dos frangos aos 21 dias de

idade

Temp. de Incubação

Peso (g)

14 dias de incubação Após a eclosão 21 dias

Controle 20,78b 47,0a 814c

Temp. baixa 0-8 dias 20,19b 48,6b 714b

Temp. baixa 10-18 dias 21,26b 48,4b 690a

Temp. alta 0-8 dias 16,76a 49,2b 680a

Temp. alta 10-18 dias 22,41b 48,8b 674a

a,b - Médias na mesma coluna, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,05)

Fonte: Adaptado de YALCIN (2007)

A redução da temperatura de incubação nas fases inicial ou final ou a

elevação da temperatura na fase final de desenvolvimento embrionário não

alterou o peso do embrião aos 14 dias de desenvolvimento embrionário, apenas a

elevação da temperatura na fase inicial provocou redução do peso embrionário

15

aos 14 dias de incubação. Após a eclosão o peso dos pintainhos em todos os

tratamentos foram maiores do que o peso do grupo controle. Aos 21 dias de idade

os frangos do grupo controle apresentaram o melhor peso em relação aos demais

tratamentos. Nesse período o ganho de peso diário foi de 36,5 g enquanto os

outros tratamentos apresentaram uma média de ganho de peso diária de 30,5 g.

O peso relativo da tíbia, percentual de cálcio presente no membro e

incidência de discondroplasia tibial estão representadas na Tabela 5.

TABELA 5 – Efeito da temperatura de incubação sobre o peso da tíbia, percentual

de cálcio presente na tíbia e incidência de discondroplasia tibial (TD) aos 14 dias

de incubação, na eclosão e aos 49 dias de idade

Parâmetros da Tíbia

Temp. de incubação 14 dias de incubação

Eclosão 49 dias

Controle 0,42a 0,50a 0,82ª

Temp. baixa 0-8 d 0,38a 0,40b 0,78ab

Peso (%) Temp. baixa 10-18 d 0,33b 0,41b 0,86a

Temp. alta 0-8 d 0,39ª 0,28c 0,81ab

Temp. alta 10-18 d 0,26c 0,26c 0,71b

Controle 5,44 6,39b 11,89

Temp. baixa 0-8 d 7,25 10,15a 11,25

Ca (%) Temp. baixa 10-18 d 6,85 8,91ab 11,24

Temp. alta 0-8 d 5,03 8,68ab 11,73

Temp. alta 10-18 d 9,39 7,71ab 11,21

Controle - - 5,0 (6/120)b

Temp. baixa 0-8 d - - 14,4 (14/97)a

TD (%) Temp. baixa 10-18 d - - 3,9 (5/129)b

Temp. alta 0-8 d - - 12,8 (10/78)a

Temp. alta 10-18 d - - 4,7 (4/85)b

a,b - Médias na mesma coluna, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,05)

Fonte: Adaptado de YALCIN (2007)

Alterações na temperatura de incubação durante oito dias nos

primeiros estágios de desenvolvimento afetaram o peso da tíbia dos embriões aos

16

14 dias de incubação. Entretanto, a alteração da temperatura na fase final de

incubação diminuiu significativamente o peso da tíbia.

Na eclosão o grupo controle apresentou o melhor peso da tíbia. O pior

peso foi encontrado no tratamento submetido a altas temperaturas durante a fase

final de incubação.

Com relação às taxas de cálcio presentes na tíbia, aos 14 dias de

incubação não houve diferença estatística entre os tratamentos analisados. Na

eclosão a diminuição da quantidade de cálcio presente no membro foi inferior

apenas no grupo de temperatura baixa.

A incidência de discondroplasia tibial em frangos aos 49 dias de idade

foi associada aos desvios de temperatura na fase inicial de incubação. Tanto a

redução quanto a elevação da temperatura durante essa fase aumentou os

índices da enfermidade. Os resultados encontrados pelos autores sugerem a

existência de um período crítico de desenvolvimento da placa de crescimento

óssea e diferenciação.

2.2.3.2 Umidade Relativa

A umidade relativa (UR) é outro fator importante durante a incubação

com efeitos diretos sobre a eclodibilidade. O controle da umidade é feito pela

diferença psicométrica entre as temperaturas de bulbo seco e úmido (ROSA et al.,

2002).

BOLELI (2003) recomenda que a faixa de umidade relativa que deve

ser disposta nas máquinas de incubação é de 50 a 60%.

A água é um constituinte básico da estrutura dos ovos. Durante o

desenvolvimento embrionário, a oxidação dos lipídeos, presentes na gema,

produzem água metabólica aumentando o volume de água presente no interior do

ovo (AR & RAHN, 1980).

Durante a incubação, a taxa de perda evaporativa de peso do ovo é

controlada, em grande parte, pela umidade relativa da máquina incubadora. Essa

perda de peso tem sido associada a resultados de incubação e utilizada como

ferramenta eficaz para avaliar o rendimento do processo (TULLETT & BURTON,

1982).

17

Uma das razões para que haja perda de água durante o

desenvolvimento embrionário é para possibilitar o surgimento da câmara de ar em

um dos pólos do ovo. Essa estrutura deve ter tamanho suficiente para que no

momento da bicagem da membrana interna haja disponibilidade suficiente de ar

para a ave (AR & RAHN, 1980).

Conforme observado por PRINGLE & BAROTT (1937), a perda de

peso de ovos férteis durante a incubação decresce em proporção direta com o

aumento da umidade no interior da incubadora.

MAULDIN (1993) estabeleceu os valores de 12 a 13% como sendo

ótimos para a perda de peso em ovos, do momento da incubação até a

transferência para eclosão, sendo aceitáveis também as perdas de 11 a 14%.

HAYS & SPEAR (1951) obtiveram resultados satisfatórios de

eclodibilidade, quando a perda de peso de ovos incubados, avaliada aos 17 dias

de incubação, não excedeu 12%.

Perdas de peso inferiores a 6,5% antes da realização da bicagem da

membrana interna pelo embrião acarretam na formação inadequada da câmara

de ar impossibilitando a adequada transição para respiração pulmonar do

embrião. Em contrapartida, perdas elevadas de peso, superiores a 14%,

aumentam as chances de desidratação do embrião prejudicando sua qualidade

ou até mesmo causando mortalidade (MOLENAAR et al., 2010b).

Além de afetar a formação da câmara de ar, a perda de peso dos ovos

através da perda de água, pode afetar as taxas de mortalidade embrionária na

fase inicial e aumentar o período total de incubação (MOLENAAR et al., 2010b).

ROBERTSON (1961) comprovou que a umidade relativa elevada na

faixa de 75 a 80% aumentou a mortalidade embrionária nos primeiros 10 dias de

incubação. A provável justificativa para o aumento da mortalidade pode ser devido

aos distúrbios nos mecanismos fisiológicos do embrião relacionados com a troca

de gases, ou seja, uma quantidade elevada de água no interior do ovo

possivelmente altera os mecanismos responsáveis pelas trocas gasosas.

REINHART & HURNIK (1984) encontraram redução no período total de

incubação ao diminuir a umidade relativa de 57% para 45% durante os dias 3 a 18

de incubação.

18

O efeito da perda de peso do ovo sobre a qualidade da eclosão durante

a incubação também foi estudado por BRUZUAL et al. (2000). Os autores

constataram que o peso dos pintainhos recém eclodidos foi maior nos ovos

submetidos a uma maior umidade relativa (39,4g; 40,2g e 41,2g em condições de

umidade relativa de 43%, 53% e 63% respectivamente). Da mesma forma,

HAMDY et al. (1991) encontrou que o peso dos pintainhos submetidos a umidade

relativa de 55% foi 0,7 gramas superior aos submetidos a umidade de 45%.

BRUZUAL et al. (2000) afirma que a umidade elevada durante a

incubação eleva o peso do embrião, pois o excesso de água se incorpora nos

tecidos embrionários, prejudicando seu desempenho inicial. Além disso, o

excesso de água pode também ser incorporada nas membranas da casca

dificultando as trocas gasosas do embrião nos últimos dias de incubação.

No mesmo estudo, os autores analisaram os resultados de

eclodibilidade e mortalidade embrionária em função da umidade relativa na

máquina de incubação. Os resultados estão expostos na Tabela 6.

TABELA 06 – Efeito da umidade relativa durante a incubação na eclodibilidade e

mortalidade embrionária

Variáveis (%)

Umidade Relativa (%)

43 53 63

Eclodibilidade 86,6b 89,1a 86,3b

Mortalidade inicial 8,2 7,1 8,5

Mortalidade tardia 3,0b 2,3b 4,5a

a,b - Médias na mesma linha, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,01)

Fonte: Adaptado de BRUZUAL et al. (2000)

Observa-se que a eclodibilidade foi superior no tratamento submetido a

53% se comparado com os tratamentos expostos a 43% e 53% de umidade

relativa. A mortalidade embrionária inicial não foi afetada pelos tratamentos

estudados, o que não se observa com relação a mortalidade tardia. O percentual

de mortalidade tardia no tratamento exposto a 63% de umidade apresentou 2,2%

a mais de mortalidade se comparado com o tratamento submetido a 53% de

umidade e 1,5% a mais do exposto a 43%.

19

BARBOSA et al. (2008) realizou estudo para avaliar os efeitos da

umidade relativa sobre a perda de peso do ovo, taxa de eclosão, peso dos pintos

na eclosão e relação peso do pinto/peso do ovo. Foram selecionados ovos

matrizes de três diferentes idades (26, 41 e 56 semanas) e incubados em três

diferentes máquinas em umidades relativas diferentes (48%, 56% e 64%).

Foi observado que independentemente da idade da matriz, a perda de

peso dos ovos foi maior à medida que a umidade relativa diminuiu. As melhores

taxas de eclosão foram obtidas quando os ovos foram submetidos à UR de 56%.

Os maiores pesos dos pintainhos foram encontrados quando os ovos foram

incubados com 64% de UR. A relação peso do pintainho/peso do ovo foi

significativamente maior no nível de 64% de UR.

A umidade relativa durante a incubação pode provocar efeitos no

desempenho final de frangos de corte, uma vez que desvios da UR afetam a

qualidade do pintainho recém nascido, entretanto, mais estudos devem ser

realizados para se obter melhores conclusões (MOLENAAR et al., 2010b).

2.2.3.3 Trocas gasosas

O crescimento do embrião é diretamente dependente das trocas

gasosas (OVIEDO-RONDÓN & MURAKAMI, 1998). O fluxo metabólico dos gases

é limitado pela difusão através dos poros na casca do ovo provocado pela

diferença de concentração dos gases entre o interior e o exterior dos ovos. A

menor concentração de O2 no interior condiciona a obtenção de novas moléculas

de O2 vindas do exterior do ovo, onde a concentração molecular é superior.

Concentração maior de CO2 no interior do ovo faz as moléculas migrarem para o

lado de fora, dependendo do gradiente de concentração molecular existente.

(BOLELI, 2003).

No primeiro período que se estende até o 18° dia de incubação, a

respiração ocorre por meio de capilares por onde é realizada a troca dos gases

(PIAIA, 2005). A captação de O2 e a liberação de CO2 aumentam com a evolução

do desenvolvimento embrionário. Com o passar dos dias, no período de

incubação, o gás entra para repor a água perdida e forma a câmara de ar em uma

20

das extremidades do ovo. A câmara de ar aumenta até que seu tamanho ocupe

aproximadamente 15% do volume interno do ovo, no final do período de

incubação (LA SCALA JR., 2003).

Nesse período, após o rompimento da membrana interna da casca, o

embrião passa então a respirar a partir do ar contido na câmara de ar, inflando os

pulmões e os sacos aéreos pela primeira vez (PIAIA, 2005).

A partir do 19° dia de incubação (platô) o requerimento de oxigênio

pelo embrião aumenta e a difusão não pode suprir essa exigência, apresentando

uma hipóxia que estimula o embrião à bicagem interna e à eclosão. Este estímulo

pode ser também neurofisiológico ou por mudanças do equilíbrio ácido-básico

e/ou pressão de gases ou combinação destes fatores (RANH et al., 1979).

OVIEDO-RONDÓN & MURAKAMI (1998) citam que em condições de

hipóxia, os embriões respondem com uma maior afinidade ao oxigênio, menor

atividade metabólica (maior tempo de incubação) e menor crescimento tanto em

órgãos (pulmão e coração), como em peso total, pelo atraso no crescimento.

Para garantir o suprimento de O2 e conseqüente remoção de CO2, a

ventilação dentro das máquinas de incubação se faz necessária (CALIL, 2007).

COLEMAN & COLEMAN (1991) encontraram que a ventilação

inadequada do sistema da incubadora resultava em diminuição da concentração

de oxigênio e incompleta maturação do sistema cardiopulmonar, já que a hipóxia

impede a multiplicação das células cardíacas, ocasionando um coração menor,

que terá que fazer mais esforço para bombear um volume sanguíneo similar e, a

longo prazo derivará numa maior incidência de ascite.

A adequada ventilação durante a embriogênese também foi estudada

por MAXWELL et al.(1990), que demonstraram que pintos sujeitos à hipóxia

durante a incubação apresentaram lesões pulmonares e cardíacas precoces.

JAENISCH et al. (1997) constataram que após a suplementação com 2% de

oxigênio, totalizando 23% molar de oxigênio durante a incubação de ovos,

conferiu a redução parcial no grau de lesões no pulmão e coração das aves.

MAULDIN (2003) afirma que aproximadamente 1.000 ovos requerem

4m³ de ar fresco por dia até o 18º dia de incubação. Sendo assim, uma

incubadora com capacidade de 40.000 ovos necessitaria 162m³ de ar fresco por

dia, ou aproximadamente 8 m³/h. Conseqüentemente, deve-se renovar o ar na

21

incubadora aproximadamente oito vezes em um dia ou uma vez a cada 3 horas.

Esta taxa da troca de ar é o mínimo requerido.

Sabe-se que a principal fonte de energia do embrião são os lipídeos

provenientes da gema (DECUYPERE, 1991). A conversão metabólica de ácidos

graxos dos lipídeos da gema para ácidos graxos poliinsaturados é necessária

para numerosas atividades dos tecidos embrionários em crescimento, formação

de membranas e células cerebrais e da retina (WATKINS, 1995). Em situações de

baixa quantidade de oxigênio, o embrião usará menos lipídeos e mais glicogênio

dos tecidos como fonte de energia, pois é necessário menos oxigênio para

metabolizar carboidratos que lipídeos, como conseqüência, as reservas de

glicogênio presentes nos tecidos do embrião serão esgotadas mais rapidamente

afetando o suprimento de energia após a eclosão (CHRISTENSEN et al.,1995).

O CO2 é um composto natural de processos metabólicos durante o

desenvolvimento embrionário. A concentração máxima de CO2 na incubadora

depende do número de ovos férteis e da taxa de ventilação proporcionada pela

máquina, mas geralmente não ultrapassa de 0,50% (ONAGBESAN et al, 2007).

A sensibilidade do embrião com relação às concentrações de CO2

depende da idade. Durante os primeiros quatro dias de incubação, as

concentrações de CO2 podem aumentar em até 1% sem causar prejuízos na

eclodibilidade. Entre o quinto e o oitavo dias de incubação os embriões podem

sobreviver com concentrações de até 3% de CO2. O aumento da capacidade de

tolerância dos embriões a maiores concentrações de CO2 após os quatro dias de

incubação pode ser explicado pelo estabelecimento do sistema respiratório, que

ocorre por volta de 96 horas de incubação. Entre os dias 9 a 12 do período de

incubação, que corresponde ao estágio de desenvolvimento no qual ocorre a

maior taxa de crescimento, os embriões podem sobreviver com concentrações de

até 5% (MOLENAAR et al., 2010a).

A formação da vascularização extra-embrionária ocorre no intervalo de

um a quatro dias do período de incubação. O aumento do nível de CO2 nessa

fase favorece a criação do sistema circulatório extra-embrionário, promovendo

maior capacidade futura de troca de gases, principalmente permitindo maior

aporte de oxigênio através de uma quantidade superior de hemácias disponíveis

em comparação com níveis normais desse gás nesta etapa do desenvolvimento.

22

O objetivo de se manter níveis elevados de CO2 é aumentar a hemocitopoiese

embrionária, assim como ocorre com pessoas vivendo em regiões de altitude

elevada (ar rarefeito) (CALIL, 2007).

Em estudos desenvolvidos por DE SMIT et al.(2006, 2008), os autores

mostraram que o aumento gradual da concentração de CO2 durante os dez

primeiros dias de incubação a níveis de 0,7% ou 1,5% em um ambiente

hermeticamente fechado acelera o desenvolvimento embrionário e melhora a

eclodibilidade.

BRUGGEMAN et al. (2007) aumentou gradualmente as concentrações

de CO2 para 1,5% durante os primeiros dez dias de incubação e constataram

efeito positivo sobre o desenvolvimento inicial dos embriões, entretanto não

encontraram melhoras nas taxas de eclodibilidade.

KROETZ NETO et al. (2011) também encontraram melhora significativa

na eclodibilidade de pintos de corte, ao expor os embriões a ambientes com até

1% de CO2 do 1° ao 10° dia de incubação.

No final do período de incubação a hipercapnia também pode trazer

resultados benéficos. O aumento das concentrações de dióxido de carbono nessa

fase atua como estímulo para a eclosão, uma vez que podem influenciar nas

mudanças fisiológicas necessárias nos momentos que antecedem a eclosão

(CÂRLEA et al., 2010).

EVERAERT et al. (2007) demonstraram que os embriões toleraram

altas concentrações de CO2 (4.0%) no intervalo de 10 a 18 dia de incubação, sem

apresentar efeitos negativos no desenvolvimento pré e pós eclosão. Além disso,

encontraram eclodibilidade significantemente maior (96%) nos ovos submetidos a

concentração de CO2 de 4% se comparados com o grupo controle (95%).

Segundo CALIL (2007) a janela de nascimento é um conceito muito

utilizado nos incubatórios comerciais e trata-se do intervalo de tempo entre os

primeiros nascimentos e os últimos pintainhos nascidos.

FRENCH (2010) afirma que para se obter menores janelas de

nascimento pode-se aumentar as concentrações de CO2 em até 2% instantes

antes dos primeiros embriões iniciarem a bicagem. O aumento de CO2 estimula

os embriões a eclodirem, entretanto em algumas situações o embrião não

completou seu desenvolvimento promovendo uma queda da qualidade dos

23

pintainhos eclodidos. Além disso, altas concentrações de CO2 no final do período

de incubação podem causar danos na maturação do coração e dos pulmões

(COLEMAN & COLEMAN, 1991).

2.2.3.4 Viragem dos ovos

A viragem dos ovos é um fenômeno natural observado durante o choco

das galinhas. Com o intuito de simular esse mecanismo as incubadoras artificiais

promovem a viragem mecânica dos ovos para que possa obter os melhores

índices de eclosão (TONA et al., 2003).

Os objetivos da viragem dos ovos durante a incubação são: reduzir o

mau posicionamento embrionário, prevenir a adesão do embrião nas membranas

da casca e garantir a utilização adequada do albúmen. Além disso, estudos

referentes à fisiologia embrionária comprovaram que a viragem dos ovos é

extremamente importante, pois promove o acúmulo de proteínas no fluido

amniótico, crescimento da rede vascular e facilita as trocas gasosas (WILSON,

1991).

A viragem do ovo durante a incubação envolve diversos parâmetros

como a freqüência, o eixo em que o ovo é acondicionado na máquina como

também o eixo de viragem do mesmo, o ângulo de viragem, o plano de rotação e

o estágio da incubação em que é necessária a viragem dos ovos (WILSON, 1991)

De acordo com NEVES (2005) o procedimento de viragem deve ser feito 24 vezes

ao dia, com o ângulo entre 20º a 45º no plano horizontal. Na prática são utilizados

45º ± 5º a cada hora.

ELIBOL & BRAKET (2003) realizaram estudo com o intuito de verificar

o efeito da freqüência de viragem dos ovos durante a incubação. Os ovos

incubados foram divididos em três tratamentos de acordo com a frequência de

viragem. As freqüências de viragem eram 24, 48 e 96 vezes por dia durante o

terceiro até o décimo primeiro dias de incubação. Os resultados referentes às

taxas de eclodibilidade e mortalidade embrionária estão expostos na Tabela 7.

24

TABELA 7 – Efeito da freqüência de viragem durante os dias 3 a 11 de incubação

sobre a eclodibilidade e mortalidade embrionária

Frequência de viragem (quantidade/dia)

Item (%) 24 48 96

Eclodibilidade 88,28±0,42b 88,10±0,41b 89,47±0,41ª

Mortalidade inicial 5,31±0,32ª 5,85±0,31ª 5,28±0,31ª

Mortalidade tardia 4,95±0,29a 4,68±0,28a 3,88±0,28b

a,b - Médias na mesma linha, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,01) Fonte: Adaptado de ELIBOL & BRAKET (2003)

Observa-se que a eclodibilidade foi maior utilizando frequência de

viragem de 96 vezes por dia se comparado com as freqüências de 24 e 48. A

mortalidade embrionária na fase final também foi reduzida nos ovos desse

tratamento. Resultados semelhantes foram encontrados por ROBERTSON (1961)

que observou uma redução da mortalidade embrionária principalmente entre os

dias 18 a 21 de incubação a medida que se aumentou a frequência de viragem

dos ovos.

Estudos têm demonstrado o efeito da viragem sobre alguns parâmetros

fisiológicos do embrião em desenvolvimento. Esses estudos revelaram que a

viragem influencia na duração da incubação, eclodibilidade, qualidade do

pintainho e na capacidade de crescimento da ave (TONA et al., 2003).

TONA et al., (2005) realizaram experimento com o intuito de investigar

o efeito da viragem nos dias 9, 12, 15 ou 18 do período de incubação como

também o efeito da não realização da viragem na utilização do albúmen para o

desenvolvimento e crescimento embrionário. Além disso, o estudo também

avaliou o efeito da viragem no desenvolvimento do eixo hipotalâmico hipofisário

adrenal.

Os ovos foram submetidos ao processo de viragem até o décimo oitavo

(T18) dia de incubação ou sem a realização da viragem (T0). Nos dias 9, 12, 15 e

18 uma amostra de ovos foi selecionada para a determinação do peso do embrião

e do albúmen (Figura 1).

25

FIGURA 1 – Peso do embrião (A) e peso do albúmen (B) em relação a viragem ou

não dos ovos e ao período de incubação. *Em cada período de incubação, os

tratamentos são significativamente diferentes (P<0,05)

Fonte: Adaptado de TONA et al., (2005)

Em ambos os tratamentos houve crescimento acentuado do peso do

embrião a partir do nono dia até o décimo oitavo dia de incubação. Entretanto, a

partir do décimo segundo dia de incubação o tratamento que não foi submetido à

26

viragem obteve menor ganho de peso em relação ao tratamento submetido à

viragem (Figura 1).

O peso relativo do albúmen em todos os tratamentos foi semelhante

até o nono dia (Figura 1B). No décimo quinto dia houve uma significante queda no

peso do albúmen em ambos os tratamentos, porém a queda foi mais acentuada

no tratamento submetido à viragem. No décimo oitavo dia ocorreu outra queda do

peso do albúmen em ambos os tratamentos, sendo um pouco maior no

tratamento que não passou pela viragem. Aos 18 dias de incubação, o albúmen

apresentava-se em baixos níveis nos ovos que passaram pela viragem, mas uma

pequena quantidade ainda era observada nos ovos que não foram submetidos à

viragem.

Os resultados encontrados pelos autores comprovam a importância da

viragem dos ovos durante a incubação, uma vez que a utilização do albúmen para

o crescimento embrionário foi influenciado pela viragem dos ovos. Durante a

incubação, as proteínas do albúmen se deslocam para o interior líquido amniótico

para serem absorvidos pelo embrião, portanto, quanto maior o desenvolvimento

embrionário, menores quantidades de albúmen serão encontradas no interior do

ovo. Essa relação existente entre peso do embrião e peso do albúmen pode ser

representada por uma curva de regressão linear negativa (Figura 2).

27

FIGURA 2 – Relação entre peso do embrião e peso do albúmen no 15° dia de

incubação

Fonte: Adaptado de TONA et al., (2005)

ELIBOL & BRAKET (2006) pesquisaram o efeito do ângulo de viragem

sobre a eclodibilidade, mortalidade embrionária e incidência de mau

posicionamento dos embriões (cabeça do embrião voltada para a parte fina do

ovo). O estudo foi dividido em três tratamentos distintos de acordo com o ângulo

de viragem dos ovos. As angulações estabelecidas foram de 35°, 40°e 45°

realizadas em uma freqüência de 24 vezes ao dia.

Os resultados obtidos na Tabela 8 demonstraram que a eclodibilidade

não foi afetada pela angulação de viragem, entretanto, a incidência de

mortalidade na fase inicial foi reduzida pela angulação de 40°. A incidência de

mau posicionamento dos embriões foi superior no tratamento submetido a

angulação de 35°.

28

TABELA 8 – Efeito do ângulo de viragem sobre a eclodibilidade, mortalidade

embrionária e incidência de mau posicionamento embrionário

Ângulo de viragem

Item (%) 35° 40° 45°

Eclodibilidade 86,17 88,02 87,74

Mortalidade inicial 7,76a 5,50b 7,21a

Mortalidade tardia 3,17 4,31 3,88

Mau posicionamento 1,72a 0,66b 0,32b

a,b - Médias na mesma linha, com letras diferentes, são significativamente diferentes (P≤0,05)

Fonte: Adaptado de ELIBOL & BRAKET (2006)

29

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os melhores índices de eclosão, qualidade do neonato e posterior

desempenho dos frangos de corte são obtidos quando as condições físicas

oferecidas durante a incubação conseguem suprir as necessidades fisiológicas do

embrião.

As condições de temperatura, umidade relativa, trocas gasosas e

viragem mecânica dos ovos são os principais fatores que devem ser regulados

com o intuito de se obter os melhores resultados.

Além dessas variáveis destacam-se também outros fatores como

período e condições de estocagem e características relacionadas à matriz.

30

REFERÊNCIAS

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