fatores motivacionais no gerenciamento da...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY CURSO DE MESTRADO EM ENFERNAGEM Cristiana Dias Silveira FATORES MOTIVACIONAIS NO GERENCIAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM. Rio de Janeiro Julho, 2011.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY

CURSO DE MESTRADO EM ENFERNAGEM

Cristiana Dias Silveira

FATORES MOTIVACIONAIS NO GERENCIAMENTO DA EQUIPE DE

ENFERMAGEM.

Rio de Janeiro

Julho, 2011.

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Cristiana Dias Silveira

Fatores Motivacionais no Gerenciamento da Equipe de Enfermagem.

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Enfermagem da Escola de

Enfermagem Anna Nery / Universidade Federal do Rio

de Janeiro, requisito à obtenção do título de Mestre em

Enfermagem.

Orientadora:

Profª Drª Marluci Andrade Conceição Stipp

Rio de Janeiro

Julho, 2011.

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Fatores Motivacionais no Gerenciamento da Equipe de Enfermagem.

Cristiana Dias Silveira.

Dissertação de Mestrado, submetida à coordenação de Mestrado da Escola de Enfermagem

Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos à

obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Aprovada por:

Profª Marluci Andrade Conceição Stipp – Orientadora – Presidente

Doutora em Enfermagem – Escola de Enfermagem Anna Nery – UFRJ

Profa

Valéria Zadra de Mattos - 1º examinador

Doutora em Enfermagem – Hospital Pró Cardíaco/ Instituto Fernandes Figueira-FIOCRUZ

Profª Marlea Chagas Moreira - 2ª examinadora

Doutora em Enfermagem – Escola de Enfermagem Anna Nery – UFRJ

Profª Josete Luzia Leite– Suplente

Doutora em Enfermagem – Escola de Enfermagem Anna Nery – UFRJ

Profa. Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira - Suplente

Doutora em Enfermagem – Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa - UFF

Rio de Janeiro

Julho, 2011.

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FICHA CATALOGRÁFICA

SILVEIRA, Cristiana Dias

Fatores motivacionais no gerenciamento da equipe de enfermagem /

Cristiana Dias Silveira. Rio de Janeiro: UFRJ / EEAN, 2011.

Viii, 87f; 31 cm.

Orientadora: Marluci Andrade Conceição Stipp.

Dissertação (mestrado) – UFRJ / Escola de Enfermagem Anna Nery

/ Programa de Pós Graduação em Enfermagem, 2011.

Referências: f.64-70

1. Motivação. 2. Satisfação no emprego. 3. Recursos humanos de

enfermagem. 4. Equipe de enfermagem I. Stipp, Marluci Andrade

Conceição. II. Universidade federal do Rio de janeiro, Escola de

Enfermagem Anna Nery, Programa de Pós Graduação em Enfermagem.

III. Fatores motivacionais no gerenciamento da equipe de enfermagem.

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AGRADECIMENTOS

Agradecer a todos que ajudaram a construir esta dissertação não é tarefa fácil. O

maior perigo do agradecimento seletivo não é decidir quem incluir, mas decidir quem não

mencionar. Então, agradeço primeiramente a Deus, pela força e coragem durante toda esta

trajetória.

Gostaria de agradecer a banca examinadora desta pesquisa, pelas brilhantes

considerações que guiaram a confecção final deste trabalho, em especial à Marluci Stipp e

Valéria Zadra, cujas observações foram igualmente imprescindíveis, por acreditarem em mim,

me mostrarem o caminho da ciência e por serem minhas referências de vida profissional.

Agradeço aos meus superiores pelo apoio, compreensão e incentivo sempre

dispensados a mim de forma absolutamente generosa. Vocês foram essenciais para a

conclusão desta fase.

As minhas amigas, em especial a Ana Paula Borges, Cláudia e Flávia, que me

ajudaram no momento mais difícil do mestrado e foram fundamentais para a finalização da

minha dissertação. Além disto, contribuíram muito com sua amizade, me ouvindo e me

aconselhando. Gostaria de expressar minha profunda gratidão.

Agradeço muito a minha querida irmã, por ser minha tradutora, por todas as suas

expertises, por sua paciência e pelo seu carinho. Amo demais você.

Agradeço a toda minha família, especialmente, aos meus cunhados Andréa e Gustavo,

por sua amizade e por confiarem no meu profissionalismo e por estarem sempre me

motivando com seus gestos e palavras.

Agradeço aos meus pais e a minha avó, por terem sido o contínuo apoio em todos

estes anos, ensinando-me, principalmente, a importância da construção e coerência de meus

próprios valores. A paciência infinita e a crença absoluta na capacidade de realização a mim

atribuída foram, indubitavelmente, os elementos propulsores desta dissertação. Vocês são os

maiores amores da minha vida.

Ao meu amado marido, o meu maior agradecimento, pela compreensão nos momentos

de ausência durante esta pesquisa, por todo carinho, amor, por ser tão prestativo, por estar

sempre pronto a me ouvir e principalmente por sempre me fazer acreditar que sou capaz e por

ser o melhor companheiro do mundo. Te amo muito.

Enfim, agradeço a todos que fazem parte da minha vida e que de alguma forma

contribuíram com este momento tão importante para minha carreira profissional.

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“A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original."

Albert Einstein

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RESUMO

SILVEIRA, Cristiana Dias. Fatores motivacionais no gerenciamento da equipe de

enfermagem. Rio de Janeiro, 2011. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de

Enfermagem Anna Nery, Universidade federal do Rio de janeiro, Rio de janeiro, 2011.

Novas práticas gerenciais estão sendo utilizadas para mobilizar e utilizar plenamente

as pessoas em suas atividades, na busca pela excelência dos resultados. A ênfase está na

motivação dos colaboradores e na criação de condições favoráveis para maximizar o

desempenho e a satisfação no trabalho. Neste contexto, a pesquisa torna-se relevante uma vez

que a equipe de enfermagem, por suas atividades no cuidado, por ser a única na área de saúde

na qual seus profissionais trabalham 24 horas em contato direto com o paciente internado e

por ser o maior contingente dentro do hospital, constitui um importante diferencial de

competitividade. Objetivos: Identificar as prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem,

de um hospital privado do Rio de Janeiro, frente aos fatores motivacionais; comparar os

aspectos sociodemográficos da equipe de enfermagem com os fatores intervenientes da

motivação profissional e analisar os fatores motivacionais da equipe de enfermagem e sua

influência no trabalho. Metodologia: Quantitativa, descritiva com corte transversal, cujos

participantes foram enfermeiros e técnicos de enfermagem do sistema diurno e noturno. Foi

realizada uma análise estatística descritiva dos valores relativos para cada fator motivacional,

discriminado segundo seus diferentes atributos e o Teste Qui-Quadrado para realizar a

comparação dos aspectos sociodemográficos com os fatores motivacionais. Resultados: A

equipe de enfermagem considerou como fatores prioritários que influenciam na sua motivação

para trabalhar: os recursos materiais, a remuneração, o relacionamento com os colegas de

trabalho e com a liderança, os planos de cargos e salários e gostar do que faz. Os fatores

sociodemográficos não influenciaram nas prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem

aos fatores motivacionais.Conclusão: Identificar os fatores que motivam a equipe de

enfermagem representa uma tendência de comportamento que pode servir de base para ações

motivacionais, visando melhoria da prática assistencial e consequentemente fidelização dos

clientes externos. Espera-se que este estudo possa contribuir não somente com o trabalho da

gestão de pessoas de enfermagem do hospital estudado, como também sensibilize todas as

organizações de saúde a realizar estudos personalizados, com objetivo de favorecer ou criar

um ambiente favorável a motivação da equipe de enfermagem.

Palavras-chaves: Motivação, equipe de enfermagem, satisfação no trabalho e administração

de recursos humanos em hospitais.

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ABSTRACT

SILVEIRA, Cristiana Dias. The motivational factors on the nursing team management. Rio de

Janeiro, 2011. Dissertation (Master Degree on Nursery) - Anna Nery Nursery School, Federal

University of Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

New management practices are being used to mobilize and use people fully in their

activities, in order to achieve excellence on results. The emphasis is in the contributors

motivation and in the creation of favorable conditions to maximize the work performance and

satisfaction. Based on this context, the research becomes relevant once the nursing team form

an important differential of competitiveness, by their activities on care, by being the only

group in health area with 24 hours in direct contact with in-patient and by being the major

group in a hospital. Objectives: Identify the priorities for the nursing team, of a private

hospital in Rio de Janeiro, facing the motivational factors; compare the nursing team socio

demographic aspects with the factors that influence professional motivation and analyze the

nursing team motivational factors and its influence on work. Methodology: Quantitative,

descriptive with transversal cut, with nurses and nursing technician participants of daily and

night shifts. It was developed a descriptive statistical analysis of relative values for each

motivational factor, discriminated based on their different attributes and using the Chi-square

test to compare the socio demographic aspects with motivational factors. Results: The nursing

team considered as priority factors that can influence the motivation to work: the material

resources, the salary, the relationship with work colleagues and with leadership, the staffing

and compensation plan and like the job. The socio demographic factors did not influence the

priorities given to the motivational factors by the nursing team. Conclusion: To identify the

factors that motivate the nursing team represents a behavior tendency that can be used as base

for motivational actions, aiming to increase the healthcare practice and consequently the

external customers loyalty. It is expected that this study can contribute with nursing team

management on the studied hospital and also sensitize all health organizations to develop

specific studies in order to promote or create a favorable ambient to the motivation of nursing

team.

Key-words: Motivation, nursing team, satisfaction on work and human resources

administration on hospitals.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Objetivos organizacionais e individuais ................................................................ 12

Quadro 2: Ciclo Motivacional................................................................................................. 17

Quadro 3: Pirâmide das Necessidades de Maslow.................................................................. 19

Quadro 4: Abordagens de Maslow e Herzberg sobre a motivação humana ........................... 20

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distribuição relativa dos entrevistados em relação ao setor de trabalho ................. 32

Tabela 2: Distribuição relativa dos entrevistados em função das condições físicas e

ambientais de trabalho segundo prioridades ............................................................................. 33

Tabela 3: Distribuição relativa dos entrevistados em função da remuneração segundo

prioridades ................................................................................................................................ 33

Tabela 4: Distribuição relativa dos entrevistados em função da relação interpessoal segundo

prioridades ................................................................................................................................ 34

Tabela 5: Distribuição relativa dos entrevistados em função da política de gestão do hospital

segundo prioridades .................................................................................................................. 35

Tabela 6: Distribuição relativa dos entrevistados em função da realização profissional

segundo prioridades .................................................................................................................. 36

Tabela 7: Distribuição relativa dos entrevistados em função da remuneração segundo

prioridades ............................................................................................................................... 37

Tabela 8: Comparação da 1°gestão em relação à 2° gestão para condições físicas e ambientais

de trabalho ................................................................................................................................ 39

Tabela 9: Comparação da 1° gestão em relação à 2° gestão para remuneração ...................... 40

Tabela 10: Comparação da 1° gestão em relação à 2° gestão para relação interpessoal ......... 40

Tabela 11: Comparação da 1° gestão em relação à 2° gestão para políticas de gestão do

hospital ..................................................................................................................................... 41

Tabela 12: Comparação da 1° gestão em relação à 2° gestão para realização profissional .... 41

Tabela 13: Comparação da 1° gestão em relação à 2° gestão para atividade profissional ..... 42

Tabela 14: Comparação dos fatores sociodemográficos com os fatores motivacionais para

escolaridade ............................................................................................................................. 43

Tabela 15: Comparação dos fatores sociodemográficos com os fatores motivacionais para

tempo de formado ..................................................................................................................... 44

Tabela 16: Comparação dos fatores sociodemográficos com os fatores motivacionais para

turno de trabalho ....................................................................................................................... 45

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I ............................................................................................................................ 4

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4

1.1.Contextualização e Problematização do objeto de Estudo ................................................... 4

1.2.Problematização.................................................................................................................... 6

1.3.Justificativa e Relevância ..................................................................................................... 8

CAPÍTULO II ......................................................................................................................... 10

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................... 10

2.1. Gestões de Pessoas e suas implicações no atendimento de qualidade nos serviços de

saúde ......................................................................................................................................... 10

2.2. Motivação para trabalhar ................................................................................................... 16

2.3. O trabalho da Equipe de Enfermagem ............................................................................... 22

CAPÍTULO III ....................................................................................................................... 26

METODOLOGIA ..................................................................................................................... 26

3.1 . Caracterização da Pesquisa ............................................................................................... 26

3.2. Local da Pesquisa .............................................................................................................. 26

3.3. Limitações do Estudo ........................................................................................................ 27

3.4. População e Amostra ......................................................................................................... 27

3.5. Coleta de Dados ................................................................................................................. 28

3.6. Tratamento dos Dados ....................................................................................................... 28

3.7. Aspectos Financeiros ......................................................................................................... 29

3.8. Aspectos Éticos ................................................................................................................. 30

CAPÍTULO IV ........................................................................................................................ 30

RESULTADOS ........................................................................................................................ 31

4.1.Perfil dos Participantes ....................................................................................................... 31

4.2.Avaliação da prioridade atribuída pela equipe de enfermagem frente aos fatores

motivacionais ............................................................................................................................ 32

4.3.Comparação da 1ª Gestão em relação 2ª ............................................................................ 38

4.4. Comparação dos aspectos sociodemográficos com os fatores motivacionais. .................. 42

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CAPÍTULO V ......................................................................................................................... 47

DISCUSSÃO DOS DADOS .................................................................................................... 47

5.1. Processo de Aquisição do Hospital Pró-Cardíaco ............................................................. 47

5.2. Discussão das prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem (Gestão 1 e 2) frente aos

fatores motivacionais ................................................................................................................ 48

5.2.1. Condições físicas e ambientais de trabalho ............................................................ 48

5.2.2. Remuneração .......................................................................................................... 50

5.2.3 Relacionamento Interpessoal ................................................................................... 51

5.2.4. Política de Gestão do Hospital ............................................................................... 55

5.2.5. Realização Profissional .......................................................................................... 56

5.2.6. Atividade Profissional ............................................................................................ 57

5.3. Comparação dos aspectos sociodemográficos com os fatores motivacionais. .................. 59

CAPÍTULO VI ........................................................................................................................ 61

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 61

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 64

CRONOGRAMA .................................................................................................................... 70

APÊNDICE I ........................................................................................................................... 71

APÊNDICE II ......................................................................................................................... 74

ANEXO I ................................................................................................................................. 77

ANEXO II ................................................................................................................................ 80

ANEXO III...............................................................................................................................87

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4

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1.Contextualização e Problematização do objeto de Estudo

O interesse pelo estudo da motivação humana ocorreu devido ao curso de pós-

graduação em Administração Hospitalar mais precisamente durante a disciplina Gestão de

Pessoas, onde eram debatidos temas como motivação, endomarketing, mudança, liderança,

entre outros temas, o que tornava as aulas altamente motivadoras, já que sempre me

identifiquei com o assunto e por ser de grande interesse na área de enfermagem.

Atualmente, a qualidade é a palavra–chave e um assunto bastante discutido e

trabalhado nos objetivos e políticas das organizações de saúde. Toda instituição, cuja missão

essencial é assistir o ser humano, preocupa-se com a melhoria constante do atendimento.

Este assunto deve receber total atenção por parte dos gestores, pois acredito que a

qualidade do atendimento ao cliente externo1 está diretamente ligada à satisfação dos

colaboradores para com a organização, principalmente com relação à equipe de enfermagem,

por ser a única na área de saúde na qual seus profissionais trabalham 24 horas em contato

direto com o paciente internado.

Neste cotidiano prático de enfermagem, caracterizado por atividades que exigem alta

interdependência e por ser a linha de frente perante os pacientes, a motivação surge como

aspecto fundamental, nesta busca pela qualidade dos serviços prestados, aliada à satisfação

dos trabalhadores (PEREIRA; FÁVERO, 2001).

Segundo definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), qualidade é: atender de

forma competente, eficaz e segura, contribuindo para o bem-estar de um indivíduo em todos

os pontos de contato (áreas médicas, assistenciais e de apoio) que possam ter impacto

substancial sobre a taxa de mortalidade, morbidade, invalidez e desnutrição (visão clínica); a

qualidade está ligada, sobretudo ao tipo de interação dos profissionais de saúde com os

clientes (visão cliente) (REGIS; GOMES, 2010).

1Cliente Externo: Também conhecidos como clientes finais; são os que mantém financeiramente a organização,

adquirindo produtos ou serviços;

Cliente Interno: colaboradores da organização

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Um atendimento com qualidade depende de uma estrutura organizacional, de uma

equipe envolvida para conseguir seus objetivos, e uma gerência que dê total suporte aos seus

funcionários, realizando o seu trabalho de forma a buscar resultado e envolvimento de todos

(INÁCIO, 2004).

Poucas são as empresas que têm interesse em ouvir os seus clientes internos, em que

recebem de seus superiores imediatos e mediatos; à comunicação existente na empresa; à sua

estabilidade; às suas possibilidades de progresso profissional; à disciplina; aos benefícios; às

suas condições de segurança e higiene; ao processo decisório etc.

Além de ouvir os seus funcionários sobre o que pensam em relação a essas variáveis

internas, as empresas deveriam também conhecer a realidade familiar, social e econômica, em

que os mesmos vivem. Só assim poderão compreender outros fatores do clima organizacional

que justificam a qualidade dos atendimentos.

O clima organizacional, nome dado ao ambiente interno entre os membros da

organização, está intimamente ligado com o grau de motivação de seus participantes. Quando

há elevada motivação, o clima motivacional se eleva e se traduz em relações de satisfação,

animação, interesse e colaboração (CHIAVENATO, 2006).

A Enfermagem é uma profissão a serviço do ser humano e da dinâmica que envolve

quem cuida e quem é cuidado (seus clientes). O cuidado é, antes de tudo, um exercício dos

seres humanos e uma arte de observar, saber e fazer. Por isso, não se trata de uma ação técnica

a ser estudada e desenvolvida, tal como uma função braçal. Além do conhecimento técnico

científico estão implícitas as relações humanas e as implicações que definem sua prática e

tudo a sua volta (REGIS; PORTO, 2006).

No contato entre quem cuida e quem é cuidado, que se materializam os sentimentos,

interagem / reagem a cada encontro demonstrando (in) satisfações e consequentemente o

resultado de um desempenho de trabalho excelente ou frustrado (ibidem).

O cuidado assume várias conotações que não se traduzem apenas como atividade

realizada no sentido de tratar uma ferida, aliviar um desconforto e auxiliar na cura de uma

doença. O sentido do cuidado humano é mais amplo e se revela como uma forma de

expressão, de relacionamento com o outro (WALDOW, 2006).

É importante que o profissional enxergue o seu cliente como um ser humano e não

como alvo de seus procedimentos, para tanto é de extrema importância que a equipe de

enfermagem esteja com sua auto-estima elevada para sentir orgulho do que faz, construindo

uma imagem positiva, direcionando-os ao alcance dos objetivos organizacionais.

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O nível de satisfação profissional vem se tornando fator essencial, determinante e

discutível para melhor entendimento do cuidado. O cuidar deve ser entendido como a

realização de ações da enfermagem, considerando-se inevitável a satisfação de um conjunto

de necessidades tanto da clientela, como dos integrantes da equipe que executam esse

cuidado, envolvendo mais interação e autonomia (REGIS; PORTO, 2006).

Com base nesta fundamentação, para incrementar a qualidade / competitividade

Carvalho (1999) refere que as empresas têm o desafio de estimular a autonomia individual

dos profissionais através de uma formação voltada para o pleno exercício da cidadania,

tornando-os participativos, oferecendo, assim a possibilidade de inovar, renovar e criar,

conforme suas possibilidades.

Neste aspecto, a motivação se caracteriza como mola propulsora para o

desenvolvimento dos colaboradores, no sentido de disposição favorável para perseguir a meta

ou realizar tarefa.

1.2.Problematização

Concordo com Cecagno, D., Cecagno, S. e Siqueira (2005) que não é raro observar

que existe na grande maioria dos enfermeiros um descontentamento no que tange a

valorização e reconhecimento que recebem como pessoas e profissionais, diante desta

observação comecei a questionar o motivo de tantas insatisfações e se havia

comprometimento na assistência aos pacientes.

A jornada de trabalho do profissional de enfermagem, muitas vezes, dupla ou tripla,

gera uma sobrecarga e por conseqüência um desgaste físico, fazendo com que o cuidado se

torne “robotizado”, não atendendo as expectativas do cliente, que vai muito além das técnicas

realizadas, ele espera um cuidado humanizado.

O cuidado está voltado para os sentimentos dos indivíduos, a preocupação com os

aspectos psicossociais e não somente para a doença. Deve-se entender que cada um é doente à

sua maneira e que para uma mesma doença, os cuidados prestados são diferentes.

O cliente de saúde dificilmente sabe avaliar a técnica utilizada em seu tratamento e

assistência a saúde, por mais educado e instruído que seja em outras áreas, mas consegue

avaliar quando é bem ou mal acolhido (MALAGUTTI; CAETANO, 2009).

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Reflexões sobre o cuidado que está sendo prestado e como poderia ser modificado

para traduzir–se em maior qualidade e melhor entendimento por parte de quem o realiza, bem

como formas de motivação/valorização deste profissional são fatores que deveriam fazer parte

do cotidiano das instituições de saúde, possibilitando a cada integrante do grupo ampliar as

suas potencialidades e, assim, desenvolver uma educação continuada e sentir-se mais

satisfeito enquanto pessoa e profissional (CECAGNO, D.; CECAGNO, S.; SIQUEIRA,

2005).

Os desafios estratégicos das organizações, neste novo modelo de administração de

autodeterminação e autorealização das pessoas, com ênfase na flexibilidade do sistema e na

motivação intrínseca dos colaboradores, exigem um lugar importante e fundamental para a

gestão de pessoas, que de acordo com seu ponto de vista, a organização viável é aquela que

não somente consegue captar e aplicar adequadamente seus recursos humanos, como também

os mantém satisfeitos a longo prazo na organização (CHIAVENATO, 2004).

A manutenção de pessoas exige um conjunto de cuidados especiais, entre os quais

sobressaem os estilos de gerência, as relações com os empregados e os programas de higiene

e segurança do trabalho que assegurem qualidade de vida na organização. Os processos de

manutenção de pessoas existem para manter os participantes satisfeitos e motivados e para

assegurar condições físicas, psicológicas e sociais de permanecer na organização, obter seu

compromisso e de vestir a camisa.

O resultado do trabalho humano deve proporcionar sentido, trazer orgulho e prazer a

quem o executa. O desafio representado pela doença e o desejo de diminuir o sofrimento do

semelhante são duas forças poderosas a impulsionar o profissional que lida diretamente com o

cliente. Além disso, é inegável a importância do elogio, da valorização da pessoa humana por

suas realizações, para que se satisfaça a necessidade de auto-realização, a qual torna os seres

humanos cada vez mais completos.

Uma equipe de moral elevado é aquela em que as necessidades básicas de seus

componentes são satisfeitas mais freqüentemente. A satisfação das necessidades de

sobrevivência decorre de uma política salarial justa e a de segurança se consegue por meio da

estabilidade no emprego, sendo que o trabalhador precisa ver naquele trabalho uma

oportunidade de crescer como pessoa e realizar seu potencial (NOGUEIRA, 1999).

Diversos fatores têm influência no comportamento humano e os gestores devem fazer

estudos personalizados em sua organização para que estratégias, de fato, surtam os efeitos

desejados. Identificar os fatores que motivam seus colaboradores, representa uma tendência

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de comportamento que pode servir de base para ações motivacionais, conseqüentemente

qualidade assistencial e aumento da produtividade.

Frente ao exposto, foi delimitado como objeto de estudo:

Os fatores motivacionais da equipe de enfermagem de um hospital privado do Rio de

Janeiro.

Hipótese formulada:

Os aspectos sociodemográficos influenciam nas prioridades atribuídas pela equipe de

enfermagem aos fatores motivacionais.

Dentro desta linha de pensamento, foi traçado como objetivo geral:

Identificar as prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem, de um hospital

privado do Rio de Janeiro, frente aos fatores motivacionais;

E como objetivos específicos:

Comparar os aspectos sociodemográficos da equipe de enfermagem com os fatores

intervenientes da motivação profissional;

Analisar os fatores motivacionais da equipe de enfermagem e sua influência no

trabalho.

1.3.Justificativa e Relevância

Considerando a relevância do papel da equipe de enfermagem nos hospitais, pois,

dentre muitas das suas atividades possibilita, a previsão, organização e administração de

recursos para o paciente, faz-se necessário que estes profissionais sejam adequadamente

“cuidados” pelas empresas de saúde.

Estudar os fatores motivacionais desse grupo pode ser uma rica fonte de dados que

deverá fornecer ao hospital, quais as ações básicas a serem implementadas para motivação da

equipe de enfermagem, visando um bom desempenho das suas funções. Além disto, acredito

ser uma estratégia essencial para uma maior aproximação destes colaboradores, ampliando o

comprometimento junto à organização, consequentemente o alcance das metas institucionais e

fidelização dos clientes externos, resultando em lucratividade e sucesso.

Este estudo além de contribuir com a organização será de grande valia para os

colaboradores que possivelmente irão encontrar na organização oportunidades para satisfazer

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as suas necessidades e atingir os seus objetivos e expectativas por meio da própria atividade

do trabalho.

Entre a pessoa e a organização onde ela trabalha, existe uma verdadeira dinâmica que

é fundamental para a obtenção dos objetivos tanto da organização como do colaborador. Esta

dinâmica é determinada pelas exigências do próprio trabalho e da organização e pelas

demandas do funcionário. O equilíbrio entre as duas fontes desta dinâmica (o

trabalho/empresa e a pessoa) tem conseqüências positivas para ambos.

O tema satisfação profissional na enfermagem merece ser investigado pelas lideranças

a fim de as dificuldades e os efeitos que interferem no profissional e no seu trabalho possam

ser detectados e minimizados.

Sendo assim, temos que nos preocupar em valorizar o ser e o fazer da enfermagem

proporcionando uma qualidade de vida satisfatória para todos os profissionais, alcançando o

reconhecimento e a valorização. Não esquecendo que ao investir em melhores condições de

vida no trabalho e conseqüentemente do trabalhador, a instituição estará investindo

indiretamente na elaboração de seus produtos, garantindo uma melhor qualidade,

produtividade e assistência ao cliente (SCORSIN; SANTOS; NAKAMURA, 2007).

Portanto, este estudo visa contribuir com o trabalho da gestão de pessoas de

enfermagem, de modo a refletir sobre seus métodos de valorização dos colaboradores,

servindo para estimular discussões, na busca pela motivação desta equipe e

consequentemente no alcance das metas organizacionais.

Sob o ponto de vista do ensino de Enfermagem, considero relevante para ratificar a

importância de inserir esta temática dentro das universidades com o propósito de formar

enfermeiros com um novo olhar na gestão de pessoas. Para o GESPEn (Núcleo de Gestão e

Exercício Profissional de Enfermagem), este estudo versa sobre gerência de pessoas na

enfermagem, tão importante nos dias atuais, relevante dentro desta linha de pesquisa.

Em relação à assistência, entendo que a compreensão dos aspectos motivacionais da

equipe de enfermagem, contribuirá para implementação de ações por parte da gestão de

pessoas que motivem esta equipe. Neste contexto, acredito que um profissional motivado irá

executar uma assistência com mais estímulo, o que deverá refletir diretamente na qualidade

assistencial e consequentemente na satisfação do usuário e da instituição hospitalar.

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CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1- Gestões de Pessoas e suas implicações no atendimento de qualidade nos serviços de

saúde:

A preocupação com os custos de produção e a incorporação do conceito da satisfação

do cliente representou um substancial avanço. O acirramento do mercado concorrencial, com

clientes cada vez mais exigentes, amparados pela criação de leis e códigos de defesa do

consumidor, e, sobretudo, a necessidade de as empresas produzirem mais e melhor com

custos menores ao mesmo tempo, deram uma nova amplitude aos programas de qualidade.

Com o aumento da competitividade e o nivelamento tecnológico, a busca da qualidade passou

a ser um diferencial importante para as empresas (JÚNIOR; VIEIRA, 2002).

O poder agora está nas mãos do cliente através do seu direito de escolha, foi-se o

tempo da prepotência empresarial. Se uma empresa não procurar conhecer seu cliente para

atender suas necessidades e expectativas, certamente haverá um concorrente que irá fazê-lo.

As estatísticas indicam que mais de 90% dos clientes insatisfeitos com uma empresa nunca

mais a procurarão e ainda comentarão sobre sua experiência negativa com 10 a 17 pessoas de

seu relacionamento (ABDALLA, 2007).

O vínculo que o indivíduo desenvolve com a sua organização e profissão é de

importância extrema. O sucesso ou fracasso da implantação de estratégias dependerá muito do

engajamento e envolvimento das pessoas, bem como da liderança e comunicação do gestor.

Nesse sentido, pesquisas relacionando comprometimento organizacional e profissional estão

sendo realizadas com o objetivo de ampliar o entendimento através do estudo de novos focos

e bases (LIAPA, 2008).

De acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH), o baixo investimento na

qualificação dos trabalhadores, especialmente no que se refere à gestão participativa e ao

trabalho em equipe, diminui a possibilidade de um processo crítico e comprometido com as

práticas de saúde e com os usuários em suas diferentes necessidades.

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Existem poucos dispositivos de fomento à co-gestão, à valorização e à inclusão dos

trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde, com forte desrespeito aos seus

direitos. Um processo de gestão com tais características é acompanhado de modos de atenção

baseados – grande parte das vezes – na relação queixa-conduta, automatizando-se o contato

entre trabalhadores e usuários, fortalecendo um olhar sobre a doença e, sobretudo, não

estabelecendo o vínculo fundamental que permite, efetivamente, a responsabilidade sanitária

que constitui o ato de saúde.

Tematizar a humanização da assistência abre, assim, questões fundamentais que podem

orientar a construção das políticas em saúde. Humanizar é, então, ofertar atendimento de

qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes

de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais.

A Humanização, portanto, aumenta o grau de co-responsabilidade dos diferentes atores

que constituem a rede SUS, na produção da saúde, implica mudança na cultura da atenção dos

usuários e da gestão dos processos de trabalho. Tomar a saúde como valor de uso é ter como

padrão na atenção o vínculo com os usuários, é garantir os direitos dos usuários e seus

familiares, é estimular que eles se coloquem como atores do sistema de saúde por meio de sua

ação de controle social, mas é também ter melhores condições para que os profissionais

efetuem seu trabalho de modo digno e criador de novas ações e que possam participar como

co-gestores de seu processo de trabalho (HumanizaSUS, 2004).

Todo hospital deve preocupar-se com a melhoria permanente da qualidade de sua gestão

e assistência, buscando uma integração harmônica das áreas médica, tecnológica,

administrativa, econômica, assistencial e, se for o caso, de docência e pesquisa.

Desde 1995, quando da criação do Programa de Garantia e Aprimoramento da

Qualidade em Saúde, o Ministério da Saúde vem investindo no desenvolvimento do

Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar.

O processo de Acreditação Hospitalar é um método de consenso, racionalização e

ordenação das instituições hospitalares e, principalmente, de educação permanente dos seus

profissionais e que se expressa pela realização de um procedimento de avaliação dos recursos

institucionais, voluntário, periódico e reservado, que tende a garantir a qualidade da

assistência por meio de padrões previamente estabelecidos.

O incremento de eficiência e eficácia nos processos de gestão é necessário para

assegurar uma assistência melhor e mais humanizada à saúde dos seres humanos que

procuram os hospitais, necessitados de cuidados e apoio (Manual Brasileiro de Acreditação

Hospitalar, 2002)

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As técnicas de um programa de qualidade são claras e teoricamente estimulantes,

prometendo melhorias de várias ordens. Contudo na prática, funcionam a partir do

comprometimento das pessoas, ou seja, da motivação que deve permear o programa.

Comprometer-se com a qualidade nos processos produtivos depende do grau de motivação

que está presente (NETO, 2007).

Novas práticas gerenciais estão sendo utilizadas para mobilizar e utilizar plenamente

as pessoas em suas atividades. Ao invés de investirem diretamente nos produtos e serviços,

estão investindo nas pessoas que entendem e que sabem como criá-los, desenvolvê-los,

produzi-los e melhorá-los e em vez de investirem diretamente no cliente externo estão

investindo nos que os atendem e os servem e que sabem como satisfazê-lo e encantá-los,

passando a constituir o elemento básico do sucesso empresarial (CHIAVENATO,2004).

O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. Em resumo, as

organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e

cumprir suas missões. E para as pessoas, as organizações constituem o meio através do qual

elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um custo mínimo de tempo, de esforço e

de conflito.

Quadro 1: Objetivos Organizacionais e Individuais

Fonte: CHIAVENATO, 2004.

Podemos caracterizar esta gestão como um conjunto de políticas e práticas que

Objetivos organizacionais Objetivos individuais

Sobrevivência

Crescimento sustentado

Lucratividade

Produtividade

Qualidade nos produtos e serviços

Redução de custos

Participação no mercado

Novos mercados

Novos clientes

Competitividade

Imagem no mercado

Melhores salários

Melhores benefícios

Estabilidade no emprego

Segurança no trabalho

Qualidade de vida

Satisfação

Consideração e respeito

Oportunidades de crescimento

Liberdade para trabalhar

Liderança liberal

Orgulho da organização

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permitem a conciliação de expectativas entre a empresa e seus funcionários para que ambas

possam realizá-las ao longo do tempo (DUTRA, 2002).

Três aspectos são fundamentais neste novo modelo: pessoas como seres humanos e

não como meros recursos da organização; como ativadores inteligentes de recursos e como

parceiros, capazes de conduzir a excelência e ao sucesso.

Dependendo da maneira como as pessoas são tratadas, elas podem aumentar ou

reduzir as forças e fraquezas de uma organização. Pode ser a fonte do sucesso como podem

ser a fonte de problemas (CHIAVENATO, 2004).

Os objetivos da Gestão de pessoas são variados. Devem contribuir para a eficácia

organizacional através dos seguintes meios:

- Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; não se pode

imaginar a função do RH sem se conhecer o negócio da organização.

- Proporcionar competitividade; isto significa saber empregar as habilidades e

competências da força de trabalho.

- Proporcionar pessoas bem treinadas e motivadas; preparar e capacitar continuamente

as pessoas é o primeiro passo. O segundo passo é dar reconhecimento às pessoas e não apenas

dinheiro. Para melhorar e incrementar seu desempenho as pessoas devem perceber justiça nas

recompensas. Isto significa recompensar bons resultados.

- Aumentar a auto-realização e a satisfação no trabalho; as pessoas devem sentir que o

trabalho é adequado às suas capacidades e que estão sendo tratadas equitativamente.

- Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho; qualidade de vida é um conceito

que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e

autonomia para tomar decisões, ambiente agradável, segurança no emprego, horas de trabalho

adequadas e tarefas significativas e agradáveis.

- Administrar e impulsionar a mudança; as mudanças e tendências trazem novas

abordagens, mais flexíveis e ágeis, que devem ser utilizadas para garantir a sobrevivência da

organização.

- Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável; toda atividade do

RH deve ser aberta, transparente, confiável. As pessoas não devem ser discriminadas e seus

direitos básicos devem ser garantidos (CHIAVENATO, 2004).

Nessa nova perspectiva, o foco da gerência deve estar centrado nas pessoas, nas

relações interpessoais, nas equipes e nos grupos de trabalho com seus conflitos, próprio das

relações humanas. A empatia, a comunicação e o envolvimento das pessoas com os processos

de trabalho passam a ser determinantes para o equilíbrio das relações entre gerentes e os

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clientes internos ou colaboradores, principalmente, através da criação de ambientes saudáveis,

capazes de contribuir de forma efetiva para a realização das pessoas. Assim, esse novo

modelo de gerenciamento organizacional passa a ser concebido e integrado ao projeto pessoal

de vida destes colaboradores (WEIRICH; MUNARI; BEZERRA, 2004).

A excelência empresarial está intimamente ligada a excelência gerencial. Para

obtenção do sucesso, os principais determinantes são visão, dedicação e integridade do

gerente, e as principais habilidades e ferramentas se resumem basicamente em liderança.

O indivíduo é único e ímpar e se destaca na equipe por suas diferenças; e para se

desenvolver um bom trabalho em equipe é necessário haver uma liderança eficaz (PESTANA,

et al, 2003).

Gerenciar pessoas é uma preocupação de muitas organizações para que seus objetivos

sejam atingidos, de preferência com participação de um grupo eficaz e motivado liderado por

um gestor que possa ter os seguintes desafios estratégicos nesta atividade, segundo Fisher

&Albuquerque (2001, p. 16):

• “atrair, capacitar e reter talentos;

• gerir competências;

• gerir conhecimento;

• formar novo perfil do profissional demandado pelo setor;

• gerir novas relações trabalhistas;

• manter motivação/clima organizacional;

• desenvolver uma cultura gerencial voltada para a excelência;

• RH reconhecido como contributivo para o negócio;

• RH reconhecido como estratégico;

• conciliar redução de custo e desempenho humano de qualidade;

• equilíbrio com qualidade de vida no trabalho;

• descentralizar gestão de RH”.

O trabalho em equipe é uma das ferramentas de trabalho primordial para a

produtividade, e, para tal, é necessário que a equipe desenvolva atividades para uma

determinada missão, projeto ou qualquer desafio dentro da organização.

A primeira vantagem de se trabalhar em equipe, de acordo com Vergara (2000), é a

agilidade na captação da informação e em seu uso. Outra vantagem é que as equipes têm

tendência maior a assumir riscos, porque a responsabilidade pelos resultados fica

compartilhada. Por último, quando o poder é compartilhado, normalmente as pessoas sentem-

se responsáveis pelo resultado e incorporam o processo, sentindo-se motivadas. O autor ainda

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menciona que há diferenças entre os membros da equipe em relação aos valores e crenças das

pessoas, suas visões do mundo e as motivações que conduzem a seus comportamentos. Para

completar, estes itens de diferença acrescentam funções psíquicas, tipos de inteligência,

critérios para avaliações, caráter e comportamento.

Uma das ferramentas que pode ser utilizada para ter uma equipe com atuação

participativa é o emprego do Endomarketing, seu principal objetivo é fazer com que todos os

funcionários tenham uma visão compartilhada sobre o negócio, incluindo itens como gestão,

metas, produtos, serviços e mercados.

Endomarketing consiste em realizar ações de marketing voltadas para o público interno

da empresa, com o objetivo de atrair e reter esses funcionários. Uma vez satisfeitos com a

empresa, eles acabam produzindo mais e melhor e, como conseqüência, a empresa consegue

obter resultados muito mais eficientes, entre os quais, maior fidelização de seus clientes

externos (WEIRICH; MUNARI; BEZERRA, 2004).

Pode ser considerada uma etapa do marketing social da enfermagem, visto que se

preocupa com a mudança de comportamento das pessoas em assuntos relacionados a

promoção, prevenção e reabilitação da saúde. Isto inclui as estratégias educativas, utilizadas

pelos gerentes junto aos clientes internos para atender o ser humano nas situações em que a

vida requer cuidados (Ibidem).

Nas instituições de saúde e serviços de enfermagem encontramos propostas

organizacionais dirigidas ao pessoal de enfermagem consideradas inovadoras e aliadas com a

realidade da gestão do endomarketing como, por exemplo, os processos de educação

continuada (WEIRICH, MUNARI, BEZERRA, 2004).

Outra ferramenta importante é a “Pesquisa de Clima”, que pode ser um instrumento

fornecedor de dados importantíssimos para o alcance da satisfação e melhorias no ambiente

de trabalho, serve como fonte de dados que subsidia as estratégias do Endomarketing

(FERNANDES; BATISTA; LEITE, 2007).

Pesquisa de clima é um processo sério, pois trabalha com pessoas e desperta um nível

de expectativas em relação a melhorias internas. Precisa ser feita com precisão e objetividade,

levando em consideração que cada pessoa possui um conceito, uma concepção e uma

percepção a respeito do assunto (NETO, 2006).

De acordo com Mattos (2005), a importante satisfação com o emprego, dentro do

discurso institucional hospitalar e com base na gestão de pessoas, não está atrelada somente

ao salário e sim a cultura, filosofia da empresa (tradições, valores e costumes) e o clima

organizacional (grau de satisfação dos colaboradores no ambiente de trabalho). Em se

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tratando da enfermagem onde ainda na região sudeste o emprego não é um mercado fechado,

precisamos muito valorizar estas ferramentas para implementação de projetos e programas de

valorização das pessoas.

Tudo isso é muito subjetivo, o que torna extremamente difícil a avaliação das respostas

no sentido de estabelecer indicadores que possam medir a eficiência da comunicação interna e

ao mesmo tempo, identificar problemas.

As mudanças nas relações de poder entre empregado e empregador são visíveis e,

devido a isso, a comunicação ganha maior importância em virtude de diálogos intensos. É

necessário compreender como é relevante dialogar, mostra uma preocupação em tratar de

maneira ética e transparente todos os stakeholders (parceiros) (NETO, 2006).

Uma conclusão verdadeira quanto ao emprego deste tipo de gestão ainda não existe,

porém alguns benefícios puderam ser verificados nas empresas em que foi implementada:

maior facilidade na interação; mais autonomia nos serviços aos funcionários; personalização

em massa; melhoria dos processos empresariais, reduzindo custos; melhoria no

gerenciamento de pessoas proporcionando mais liberdade aos funcionários, tornado o

treinamento auto-gerenciado; melhoria dos serviços prestados à comunidade (PESTANA, et

al, 2003).

2.2- Motivação para trabalhar

Desde a antiguidade, a literatura tem mostrado que existe uma preocupação com as

razões pelas quais as pessoas agem ou pelas quais decidem o que fazer sendo a motivação um

fator importante.

Definir o conceito de motivação é difícil, de um modo geral, motivo é tudo aquilo que

impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma

propensão de um comportamento específico. Esse impulso à ação pode ser provocado por um

estímulo externo (proveniente do ambiente) e pode também ser gerado internamente nos

processos mentais dos indivíduos. Nesse aspecto a motivação está relacionada com o sistema

de cognição da pessoa (CHIAVENATO, 2006).

Para melhor compreender o comportamento humano, é preciso descrever o ciclo

motivacional. Este ciclo começa com o surgimento de uma necessidade, que é uma força

dinâmica e persistente que provoca o comportamento.

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Toda vez que surge uma necessidade, esta rompe o estado de equilíbrio do organismo,

causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o

indivíduo a um comportamento, ou ação, capaz de descarregar a tensão ou livrá-lo do

desconforto. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da

necessidade e, portanto a descarga da tensão. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao

estado de equilíbrio anterior, a sua forma de ajustamento ao ambiente (CHIAVENATO,2006).

Neste ciclo, contudo, a necessidade nem sempre pode ser satisfeita. Ela pode ser

frustrada, ou ainda, pode ser compensada ou transferida. No caso de frustração, a tensão

provocada encontra uma barreira ou obstáculo para sua liberação. Não encontrando saída, a

tensão represada no organismo procura um meio indireto de saída, seja por via psicológica

(agressividade, descontentamento, apatia, etc), seja por via fisiológica (insônia, repercussões

cardíacas, digestivas, etc) (Ibidem).

A necessidade transferida ou compensada se dá quando a satisfação de uma outra

necessidade aplaca a intensidade de uma que pode ser satisfeita. É o que acontece quando o

motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de

salário ou por uma nova sala de trabalho (CHIAVENATO, 2006).

Quadro 2: Ciclo Motivacional

Fonte: ALVES; SILVA, 2001.

De acordo com Maitland (2002) são várias as teorias levantadas acerca da motivação,

mas apenas três mantiveram credibilidade por certo tempo, que são:

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• “a pirâmide de necessidades de Maslow, que acreditava que todos os indivíduos

apresentavam uma hierarquia de necessidades que precisavam ser satisfeitas” ;

• a teoria de dois fatores de Herzberg, que sugeriu dois grupos igualmente importantes

para motivar uma equipe: fatores de higiene (condições no ambiente de trabalho); fatores

motivadores (dizem respeito aos sentimentos de auto-realização e reconhecimento) ;

• “teoria de Vroom: existem duas partes que compõem a motivação: desejos

individuais e as expectativas de alcançá-los”.

Para Maslow, existem cinco níveis de necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais,

estima, e auto-realização. Apenas as necessidades não satisfeitas são fontes de motivação. Por

exemplo, somente quando sentimos fome, vamos procurar alimento para satisfazer a primitiva

necessidade fisiológica de sobrevivência (CHIAVENATO, 2006).

As necessidades fisiológicas constituem um nível mais baixo das necessidades

humanas. São inatas, como a necessidade de alimentação, sono e repouso, abrigo ou desejo

sexual. Sua principal característica é a premência; quando alguma dessas necessidades não

está satisfeita, ela domina a direção do comportamento da pessoa.

As necessidades de segurança constituem o segundo nível das necessidades humanas.

Levam a pessoa a proteger-se de qualquer perigo rela ou imaginário físico ou abstrato. Têm

grande importância, de vez que na vida organizacional as pessoas têm uma relação de

dependência com a organização e onde as ações gerenciais arbitrárias podem provocar

incerteza ou insegurança quanto à permanência no trabalho.

As necessidades sociais são associadas com a vida associativa do indivíduo. A

frustração dessa necessidade conduz à falta de adaptação social e à solidão. É uma importante

ativadora do comportamento humano.

As necessidades de estima são relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e

se avalia. Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de apreciação social,

reconhecimento, status, prestígio, reputação e consideração.

As necessidades de auto-realização são as mais elevadas e se encontram no topo da

hierarquia. Esta necessidade é a única que somente podem ser satisfeitas por recompensas que

são dadas intrinsecamente pelas pessoas a si próprias e que não são observáveis nem

controláveis por outro (CHIAVENATO, 2006).

Esta teoria traz importantes contribuições, na medida em que permite identificar os

grandes grupos de necessidades, o estabelecimento das prioridades e a relevância do

crescimento pessoal e da auto-realização em consonância com os objetivos organizacionais

(MACÊDO, et al, 2005).

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Quadro 3: Pirâmide de necessidades de Maslow.

Fonte: DOMINGOS, 2007.

A interação entre a teoria da motivação humana de Maslow e algumas características

da prática da enfermagem leva a perceber que as necessidades humanas podem influenciar o

desenvolvimento das atividades da equipe de enfermagem no trabalho (REGIS; PORTO,

2006).

Victor H. Vroom desenvolveu uma teoria da motivação que reconhece a evidência de

que diferentes pessoas reagem de diferentes maneiras, conforme a situação em que estejam

colocadas, enfatizando assim as diferenças individuais. Segundo ele, existem três fatores que

determinam em cada indivíduo a motivação para produzir: Os objetivos individuais, ou seja, a

força do desejo de atingir objetivos; a relação que o indivíduo percebe entre a produtividade e

o alcance dos seus objetivos individuais; a capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio

nível de produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo. (CHIAVENATO, 2004).

Frederick Herzberg (1959) desenvolveu a teoria dos dois fatores, através de

numerosas entrevistas com 200 engenheiros e contadores de indústrias em Pittsbrugh, onde

procurou identificar os fatores que geravam satisfação e os fatores que geravam insatisfação

no trabalho, avaliando acontecimentos na vida profissional dos entrevistados, visando

determinar os fatores que os levaram a se sentirem felizes e aqueles que os fizeram infelizes

na situação de trabalho.

Portanto, alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo. A

motivação para trabalhar depende de dois fatores:

- Fatores higiênicos: referem-se às condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha,

englobando as condições físicas e ambientais, o salário, os benefícios sociais, o tipo de

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supervisão, a política da empresa, o clima de relações entre a direção e os empregados, as

oportunidades existentes, etc. A expressão higiene serve exatamente para refletir seu caráter

preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes de

insatisfação.

- Fatores motivacionais: referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres

relacionados com o cargo em si. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de

produtividade em níveis de excelência. Incluem: delegação de responsabilidade, liberdade de

decidir como executar o trabalho, oportunidade de promoção, uso pleno das habilidades

pessoais, simplificação do cargo (pelo próprio ocupante), ampliação ou enriquecimento do

cargo (horizontal ou verticalmente).

Para motivar um funcionário, não basta, para Herzberg, que os fatores de insatisfação

estejam ausentes. Pelo contrário, os fatores de satisfação devem estar bem presentes.

Herzberg (1959) concluiu ainda que na prática, esta abordagem enfatiza aqueles

fatores que, tradicionalmente, são negligenciados e desprezados pelas organizações em favor

dos fatores insatisfacientes, na tentativa de elevar o desempenho e a satisfação do pessoal.

Até certo ponto, as conclusões de Herzberg coincidem com a teoria de Maslow de que

os níveis mais baixos de necessidades humanas têm relativamente pequeno efeito

motivacional quando o padrão de vida é elevado.

As abordagens de Maslow e de Herzberg apresentam alguns pontos de concordância

que permitem uma configuração mais ampla e rica a respeito da motivação do comportamento

humano. Não obstante, apresentam também importantes diferenças.

Quadro 4: Abordagens de Maslow e Herzberg sobre a motivação humana.

Maslow Herzberg

Auto-Realização

O trabalho em si

Responsabilidade

Progresso

Crescimento

Auto-Estima

Realização

Reconhecimento

Status

Segurança

Políticas Administrativas

Segurança no cargo

Fisiológicas

Condições físicas do Trabalho

Salário

Vida pessoal

Fonte: CHIAVENATO, 2004.

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Para proporcionar continuamente motivação no trabalho, Herzberg (1959) propõe o

"enriquecimento de tarefas" ou "enriquecimento do cargo": consiste em substituir as tarefas

simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas para acompanhar o crescimento

individual de cada empregado, oferecendo-lhe condições de desafio e de satisfação

profissional no cargo.

O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento de cada indivíduo e deve

adequar-se às suas características individuais em mudanças. O enriquecimento de tarefas pode

ser vertical (eliminação de tarefas mais simples e acréscimo de tarefas mais complexas) ou

horizontal (eliminação de tarefas relacionadas com certas atividades e acréscimo de tarefas

diferentes, mas no mesmo nível de dificuldade).

O enriquecimento de cargos adiciona ou desloca para cima ou para lados, envolvendo

atribuições mais elevadas ou laterais e complementares. Provocam efeitos desejáveis, como

aumento da motivação, aumento da produtividade, redução do absenteísmo (faltas e atrasos ao

serviço) e redução da rotatividade do pessoal (demissões de empregados).

Contudo, pode gerar efeitos indesejáveis, como o aumento de ansiedade em face de

tarefas novas e diferentes quando não são bem-sucedidas nas primeiras experiências, aumento

do conflito entre as expectativas pessoais e os resultados do trabalho nas novas tarefas

enriquecidas, sentimentos de exploração quando a empresa não acompanha o enriquecimento

de tarefas com o enriquecimento da remuneração, redução das relações interpessoais devido à

maior concentração nas tarefas enriquecidas (HERZBERG, 1959).

Para Maciel (2007) um aspecto de grande interesse prático do trabalho de Herzberg é o

de poder distinguir as pessoas em tipos ou estilos motivacionais diferentes. Para ele, há

pessoas voltadas essencialmente à procura da realização, da responsabilidade, do crescimento,

da promoção do próprio trabalho e do reconhecimento merecido – estas pessoas são tidas

como tipos que “procuram motivação”.

A tarefa em si adquire grande significado para elas e os fatores ambientais pobres não

lhes criam grandes dificuldades, pelo contrário, elas são muito tolerantes para com eles.

Por outro lado, existem indivíduos cujo referencial ambiental adquire grande relevo,

centralizando sua atenção em elementos tais como o pagamento, vantagens adicionais,

competência da supervisão, condições de trabalho, segurança, política administrativa da

organização e os colegas de trabalho. A essas pessoas, Herzberg chama de tipos que

“procuram manutenção”.

Neste contexto, podemos perceber a importância de manter motivação e o grande

desafio que é descobrir o estímulo mais adequado para gerar motivação.

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A tarefa da administração não é a de motivar as pessoas que trabalham numa

organização. Até porque isto é impossível, levando-se em consideração que a motivação é

um processo intrínseco; íntimo para cada pessoa. No entanto, a organização pode e deve criar

um ambiente motivador, onde as pessoas devem buscar satisfazer suas necessidades próprias

(MACIEL, 2007).

Recentemente a preocupação em relação ao fenômeno da motivação tem mudado de

sentido. Cada pessoa já trás dentro de si suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa,

então, é encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças

motivacionais inerentes às próprias pessoas. O importante é agir de tal forma que as pessoas

não percam a sua sinergia motivacional. O ser humano não se submete passivamente ao

desempenho de atividades que lhe sejam impostas e que não tenham para ele nenhum

significado (Ibidem).

Em uma instituição de saúde, se torna ainda mais imprescindível as pessoas estarem

motivadas e satisfeitas para que possam se envolver com a vida da instituição assumindo

responsabilidade integral e eficiência, visto que a internação é o momento bastante delicado

na vida do paciente, pois este se encontra fragilizado, desprotegido e necessitado de atenção.

A maior contingência populacional nos hospitais está centralizada na equipe de

enfermagem, sendo a que dispensa maior tempo com os pacientes, agregando valores ao

resultado final da organização.

2.3- O trabalho da equipe de enfermagem

O trabalho institucional em saúde é desenvolvido, predominantemente, como um

trabalho coletivo. “É realizado por diversos profissionais ou trabalhadores treinados para

realizar uma série de atividades necessárias para a manutenção da estrutura institucional. O

trabalho dos diferentes profissionais (médico, enfermeiro, odontólogo, psicólogo,

fisioterapeuta, nutricionista, entre outros), apesar de suas especificidades de conhecimentos e

de prática, é parte do conjunto que resulta na assistência a seres humanos, que são totalidades

complexas”. A não articulação interdisciplinar, em prol do assistir à saúde do usuário, gera

fragmentação da assistência, dificultando avanços nesta prática (PIRES, 2008).

A Enfermagem é uma profissão de saúde reconhecida desde a segunda metade do

século XIX, quando Florence Nightingale acrescenta atributos a um campo de atividades de

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cuidado à saúde desenvolvida, milenarmente, por indivíduos ou grupos com diferentes

qualificações e em diferentes cenários. Com Florence, o cuidado ganha especificidade no

conjunto da divisão do trabalho social, é reconhecido como um campo de atividades

especializadas e necessárias/úteis para a sociedade e que, para o seu exercício, requer uma

formação especial e a produção de conhecimentos que fundamentem o agir profissional

(PIRES,2009).

A ação/atividade que identifica a Enfermagem como profissão da saúde é o ato de

cuidado, sendo este a própria ação transformadora sobre o “objeto”, que é o ser humano que

precisa do cuidado em saúde. Por esta característica própria da Enfermagem, o cuidado, além

de ação, passa a ser o objeto epistemológico da profissão (LEOPARDI; GELBCKE;

RAMOS; 2001).

Considerando-se os atributos de profissão, podemos afirmar que a Enfermagem é uma

profissão desenvolvida por um grupo de trabalhadores qualificados e especializados para a

realização de atividades socialmente necessárias. Conta com entidades que a representam no

conjunto da sociedade e que formulam regras para o exercício profissional, além de dispor de

um código de ética que orienta o comportamento de seus agentes em bases moralmente

aceitáveis, seja na relação com os sujeitos cuidados, seja na relação com os pares.

A enfermagem é uma das profissões de saúde que o trabalho é desenvolvido por

trabalhadores com grau de escolaridade diferenciado. A coordenação do trabalho, dentro do

grupo profissional, é exercida pelos profissionais de nível superior (Enfermeiros) que,

majoritariamente, delegam atividades parcelares aos trabalhadores de nível médio (Técnicos

de Enfermagem). Essa forma de organização e divisão do trabalho reproduz a fragmentação

taylorista, mas é possível encontrar-se diferenciações, com maior ou menor aproximação com

um trabalho cooperativo, mais criativo e menos alienado (PIRES,2009).

De acordo com Pires (2009) o trabalho em saúde e principalmente a enfermagem

envolve uma relação entre sujeitos. O cuidador – sua subjetividade, história, direitos,

necessidades, relações com os demais participantes do trabalho coletivo, concepção cultural-

profissional de saúde; e o sujeito cuidado – suas necessidades e concepções culturais de

saúde. Estas expectativas e interesses podem aproximar-se, potencializando a perspectiva do

cuidado “de si e do outro” ou distanciar-se gerando conflitos.

O trabalho em si da enfermagem, pela sua própria natureza e características,

comumente comporta o enfrentamento de situações de sofrimento pelos clientes, relacionadas

às perdas, doença, frustração e morte, podendo constituir-se em fonte de sofrimento aos

trabalhadores que o executam. A situação dos clientes de necessitarem do saber dos

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profissionais de saúde pode representar sofrimento, dor, dentre outros sentimentos, reforçando

o premente compromisso dos profissionais de saúde, de respeito aos direitos dos clientes, da

permanente necessidade de reconhecimento da sua condição humana.

Para Ruthes (2010) procurar compreender o cliente e direcionar todas as ações que

envolvem os profissionais enfermeiros representa sempre um grande desafio para as

organizações de saúde. Toda a equipe deverá estar compromissada com o cliente, as

ferramentas que mobilizam os conhecimentos (saber), habilidades (fazer) e atitudes (querer)

são necessárias ao desempenho de atividades ou funções do cotidiano.

As reclamações são um dos meios mais diretos e eficazes dos clientes internos e

externos informarem que há espaço para melhoria. Essas informações podem ser usadas como

ferramenta estratégica, para gerar melhoria no processo de competências realizadas pelo

enfermeiro. Muito se tem falado e escrito sobre competências organizacionais e profissionais

como ferramenta essencial com o advento da era globalizada de informações no mercado

competitivo (RUTHES, 2010).

O trabalho da enfermagem pode ser percebido como extremamente prazeroso, quando

possível de ser realizado, na dependência dos resultados obtidos e, também, por atender às

necessidades que os trabalhadores da enfermagem têm de se sentirem úteis e de quererem

ajudar. Nesse sentido, parece relevante destacar que "sentir-se útil" e "querer ajudar" pode

constituir-se em condição necessária para atuar na área da saúde/enfermagem, porém sem ser

suficiente (LUNARDI, et al, 2007).

A percepção dos trabalhadores e gestores sobre o processo de trabalho em saúde

influencia as formas de organizá-lo e, conseqüentemente, o próprio cuidado.

O processo de gestão em enfermagem vem sofrendo questionamentos e propostas

inovadoras de flexibilidade, dentro dos preceitos de qualidade total, valorização do ser

humano e manutenção da produtividade (Mattos, 2005).

A qualidade de vida no trabalho vem sendo estudada para agilizar, facilitar a vida do

trabalhador. Tornar o trabalho mais prazeroso, trazer bem estar e amenizar o sofrimento. Está

ligado diretamente com a satisfação dos clientes internos e externos. Segundo estudos o

profissional satisfeito veste a camisa da empresa, ou seja, a satisfação no trabalho reflete num

melhor produto ou maior qualidade nos serviços prestados.

Neste aspecto, o gestor de Enfermagem deve se colocar como o líder inspirador de sua

equipe para alcançar as metas estabelecidas no compromisso da melhoria da assistência, uma

vez que competência de liderança abrange o desenvolvimento organizacional dos recursos

humanos e a excelência no atendimento dos clientes.

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Para tal busca-se a motivação, a criatividade, o entusiasmo, a participação, o

envolvimento e o comprometimento da equipe, baseados nas competências individuais e

essenciais. Esta é uma tarefa indelegável da gestão do enfermeiro, pois são as pessoas que

fazem a qualidade acontecer e os clientes se encantarem (RUTHES, 2010).

É preciso, portanto um trabalho inovador que possa adaptar-se às mudanças

observadas e atualizadas no dia-a-dia, em que o enfoque passa ser o cliente. As ações que não

são voltadas para o cliente levam o enfermeiro a perder o foco mais importante na sua

liderança que são o cuidar, o observar e o humanizar (Ibidem).

Concordo com o autor que não podemos esquecer que só é possível encantar os

clientes se também as equipes estiverem encantadas e motivadas. Neste contexto é

imprescindível o envolvimento e a integração de toda a equipe organizacional, tendo como

retorno desafiador a entrega efetiva e diferenciada desta competência essencial.

Desta forma as organizações de saúde necessitam com urgência de reformas

organizacionais. Ampliar o quadro de funcionários, melhorar e dar mais condições no

ambiente de trabalho. Dar mais estímulos para os funcionários de enfermagem, planos de

carreira, melhores salários, dignidade para poderem sustentar suas famílias. E acima de tudo

respeito por esta profissão digna que tem como principal meta cuidar do próximo com técnica,

respeito, competência e carinho (SCORSIN; SANTOS; NAKAMURA, 2007).

No trabalho da equipe de enfermagem existe uma carência de modelos para formação

de um grupo coeso, com vínculos agregadores, que favoreça o desenvolvimento do cuidado

terapêutico às pessoas necessitadas. Deve-se buscar o encantamento dos profissionais, vindo

da arte de seduzir a si e aos outros.

A construção da gestão em enfermagem precisa acompanhar as perspectivas hoje em

curso em todo mundo, quanto à modernização administrativa, de modo a incluir humanização

nos modelos gerenciais (THOFEBRN; LEOPARDI, 2006).

Diante de tudo que fora mencionado, destaca-se a importância da motivação na área de

enfermagem, em função das características da própria profissão que envolve em seus

processos seres humanos: os pacientes e seus familiares, os funcionários e a comunidade.

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CAPÍTULO III

METODOLOGIA

3.1 . Caracterização da Pesquisa

Para a concretização desse estudo, foi utilizada uma metodologia quantitativa,

descritiva, através de um levantamento de corte transversal. De acordo com Polit (2004) os

estudos transversais envolvem a coleta de dados em um ponto do tempo. Os fenômenos sob

estudo são obtidos durante um período de coleta de dados. A análise estatística descritiva

afere a predominância dos atributos mensurados na escala atributiva.

3.2. Local da Pesquisa:

O local de realização da pesquisa foi o hospital Pró-Cardíaco, localizado na Zona Sul

da cidade do Rio de Janeiro acreditado em Nível 3 – Excelência pela Organização Nacional

de Acreditação (ONA) – conveniada à ANVISA/ Ministério da Saúde, em 2007.

Define-se Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da

qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. Nas

experiências brasileiras e internacionais, é uma ação coordenada por uma

organização ou agência não governamental encarregada do desenvolvimento

e atualização da sua metodologia (www.ona.org.br).

O Hospital possui 110 leitos e é uma das principais referências em medicina de alta

complexidade, especializado no atendimento cardiológico, que busca a construção de

relacionamentos de longo prazo, mutuamente compensadores, com clientes, colaboradores,

médicos, fornecedores, parceiros de negócios e comunidade em geral.

A base dessa construção revela o pressuposto ético que é central na maneira como

trabalham. Tem como Visão ser referência absoluta em medicina de alta complexidade no

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Brasil e como Missão praticar medicina de alta complexidade por meio de atividades que, de

forma sustentável, os posicionem como referência.

3.3. Limitações do Estudo

O hospital Pró Cardíaco passou por um processo de aquisição pela Amil Participações

S.A. (“Amilpar”) que assinou, em 16 de abril de 2010, o Protocolo de Entendimentos visando

à aquisição de 89,44% das ações representativas do seu capital social.

Frente ao exposto, a pesquisa foi dividida em dois momentos, visto que a primeira fase

da coleta de dados ocorreu no período de Fevereiro a Maio de 2010, na antiga gestão (1°

Gestão) e a segunda fase ocorreu no período de Janeiro a Abril de 2011, na nova gestão -

Amilpar (2° Gestão). Esta divisão permitiu analisar se houve diferença nos resultados

referentes às prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem aos fatores motivacionais

entre as gestões.

3.4. População e Amostra

O universo da pesquisa correspondeu a duas populações, enfermeiros e técnicos de

enfermagem tanto do sistema diurno e noturno do referido hospital. O levantamento amostral

relativo aos fatores motivacionais no gerenciamento da equipe de enfermagem foi realizado

para 40 enfermeiros e 58 técnicos de enfermagem (1° Gestão) e 59 enfermeiros e 82 técnicos

de enfermagem (2° Gestão), totalizando 239 participantes.

Os critérios de exclusão foram: enfermeiros e técnicos de enfermagem que não

atuavam de forma direta na assistência, profissionais terceirizados e em período de licença

médica na ocasião da coleta dos dados.

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3.5. Coleta de Dados

A coleta de dados foi realizada através de um formulário estruturado (apêndice I) com

questões fechadas, sendo submetido a um teste piloto, para ajustes quanto a sua aplicação.

As primeiras 10 questões do formulário abordaram os dados sociodemográficos, a fim

de traçar o perfil dos participantes e posteriormente verificar a interação dos aspectos

sociodemográficos com os fatores motivacionais.

Nas outras 2 questões, a equipe de enfermagem pontuou por ordem de prioridade os

fatores que influenciam positivamente na sua motivação para trabalhar. Foi utilizada uma

escala ordinal decrescente onde o número 4 corresponde à menor influência, enquanto o

número 1, a maior. Esta aferição foi realizada em relação aos fatores motivacionais:

Condições Físicas e Ambientais de Trabalho, Remuneração, Relação Interpessoal, Política do

Hospital, Realização Profissional, Atividade Profissional.

3.6. Tratamento dos Dados

Os dados foram armazenados em planilha eletrônica e foram calculadas as medidas

estatísticas pertinentes ao escopo do projeto. A seguir foi desenvolvida uma análise estatística

descritiva dos valores relativos para cada fator motivacional, discriminado segundo seus

diferentes atributos e diferente gestões e uma comparação do fatores sociodemográficos

(escolaridade, tempo de formado e turno de trabalho) com os fatores motivacionais (condições

físicas e ambientais de trabalho, remuneração, relacionamento interpessoal, política do

hospital, realização profissional e atividade profissional).

A comparação entre as gestões foi feita através do Teste de Proporções bicaudal

(SPIEGEL, 1969). Sejam P1 e P2 as proporções obtidas em duas grandes amostras, de

tamanhos N1 e N2, retiradas das populações respectivas, que apresentam as proporções p1 e p2.

Considere-se a hipótese nula de que não há diferença entre os parâmetros das populações, isto

é, p1=p2, e dessa forma as amostras são realmente retiradas da mesma população. A

distribuição amostral das diferenças das proporções é aproximadamente normal, com média e

desvio padrão dados por:

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e (1)

em que é adotado como uma estimativa da proporção populacional e q=1- p.

Usando-se a variável reduzida

(2)

podem ser testadas as diferenças observadas, num nível apropriado de significância, e, por

esse meio, testar a hipótese nula.

Deste modo o teste de proporções, é utilizado para aceitar ou rejeitar uma hipótese

estatística com base em elementos amostrais. Os dados são apresentados na forma de

porcentagem (ou proporção) de elementos com uma determinada característica, que serão

testados em relação à porcentagem alegada para a população.

A Comparação dos aspectos sociodemográficos com os fatores motivacionais, foi

realizada a partir da interação entre os atributos em função das Tabelas de Contingência, h

linhas e k colunas, para a realização do Teste Qui-Quadrado, onde foi calculada a frequência

esperada (ej) e a sua respectiva frequência observada(oj) para cada célula, que permitiu

calcular a estatística teste qui quadrado:

(3)

onde n corresponde ao total das frequências.

O número de graus de liberdade da distribuição, v = (h-1)(k-1), é utilizado para obter o

qui quadrado tabelado (2

Tabelado) que será confrontado com o calculado. Quando as

freqüências esperadas foram inferiores a 5, foi utilizada a correção de Yates com a finalidade

de manter a continuidade (SPIEGEL, 1969).

(4)

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3.7. Aspectos Éticos

Com relação ao aspecto ético, foi firmado aos respondentes, através de um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (apêndice II), que sua identidade pessoal permaneceria no

anonimato, de acordo com a resolução no

196/96 do Conselho Nacional de Saúde que

prescreve a ética na pesquisa com seres humanos (BRASIL, 1996).

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Pró Cardíaco –

RJ, protocolo n°351.

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CAPÍTULO IV

RESULTADOS

Cabe neste capítulo apresentar os resultados da pesquisa:

4.1.Perfil dos Participantes:

O levantamento amostral relativo aos fatores motivacionais no gerenciamento da

equipe de enfermagem foi realizado para 40 enfermeiros e 58 técnicos de enfermagem, 1ª

Gestão, e 59 enfermeiros e 82 técnicos de enfermagem, 2ª Gestão.

No grupo dos enfermeiros da 1ª Gestão, a distribuição por gênero mostrou que 85,00%

e 15,00% são mulheres e homens, respectivamente, enquanto para os técnicos de

enfermagem, estes índices correspondem a 62,07% e 37,93%, respectivamente. Já na 2ª

Gestão, para o grupo dos enfermeiros, 84,75% são do sexo feminino e 15,25% são do

sexo masculino. No grupo dos técnicos, 65,85% são mulheres, 32,93% são homens e 1,22%

dos entrevistados não responderam essa questão.

A indagação quanto ao estado civil apresentou índices de 42,50% e 52,50% para

solteiro e casado, respectivamente, e 2,50%, igualmente para divorciado e viúvo. No caso dos

técnicos de enfermagem, os índices foram 44,83%, 51,72% e 3,45%, respectivamente, para

solteiro, casado e divorciado, na 1ª gestão. Na 2ª gestão os índices apresentados foram de

50,85% para solteiro, 47,46% para casado e 1,69% para divorciado, no caso dos enfermeiros.

Para os técnicos, as porcentagens obtidas foram 40,24% para solteiro, 56,10% para casado,

2,44% para divorciado e 1,22% para outros. A estrutura familiar dos entrevistados indicou

que 35,00% e 35,59% dos enfermeiros e 57,63% e 52,44% dos técnicos de enfermagem, 1ª e

2ª Gestão, respectivamente, possuem filhos.

O levantamento mostrou relativos de 31,03% dos técnicos de enfermagem e 47,50%

dos enfermeiros da 1ª gestão e 30,51% dos enfermeiros e 35,37% dos técnicos da 2ª gestão

trabalham em outro hospital.

A distribuição de freqüência relativa correspondente ao setor de trabalho existente na

instituição encontra-se na Tabela 1. Na 1ª Gestão a alocação dos funcionários é mais

expressiva na Unidade Coronariana e no Centro de Tratamento Intensivo, que concentram

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67,50% dos enfermeiros e 56,89% dos técnicos de enfermagem, enquanto na 2ª Gestão,

52,54% dos enfermeiros e 47,56% dos técnicos de enfermagem estão locados na Unidade Pós

Operatória e no Centro de Tratamento Intensivo.

Tabela 1 - Distribuição relativa dos entrevistados em relação ao setor de trabalho.

Setor 1ª Gestão 2ª Gestão

Enfermeiros Técnicos Enfermeiros Técnicos

Centro Cirúrgico 2,50 3,45 5,08 6,10

Centro de Tratamento Intensivo 25,00 22,41 32,20 24,39

Laboratório de Intervenção

Cardiovascular 0,00 3,45 0,00 3,66

Unidade Clinica 15,00 10,34 6,78 13,41

Unidade Coronariana 42,50 34,48 3,39 1,22

Unidade de Emergência 5,00 17,24 15,25 12,20

Unidade Pós Operatório 7,50 6,90 20,34 23,17

Pós-Operatório Infantil 0,00 0,00 8,47 7,32

Semi-Intensiva 2 2,50 1,72 8,47 8,54

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

4.2.Avaliação da prioridade atribuída pela equipe de enfermagem frente aos fatores

motivacionais:

Na avaliação da prioridade foi utilizada uma escala ordinal decrescente onde o

número 4 corresponde a menor influencia, enquanto o número 1, a maior. Esta aferição foi

realizada em relação aos fatores motivacionais: Condições Físicas e Ambientais de Trabalho,

Remuneração, Relação Interpessoal, Política do Hospital, Realização Profissional, Atividade

Profissional.

A seguir será desenvolvida uma análise descritiva dos valores relativos para cada fator

motivacional, discriminado segundo seus diferentes atributos. Cabe lembrar que os

percentuais inseridos na tabela dizem respeito a valores amostrais e para que tenham validade

como estimativa, impõe-se a consulta ao Anexo. Todas as percentagens incluídas a partir da

Tabela 2 até a Tabela 7 devem ser consideradas como indicativos e não estimativas, pois os

erros de amostragem não aferiram significância para os parâmetros.

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Tabela 2 - Distribuição relativa dos entrevistados em função das condições físicas e

ambientais de trabalho segundo prioridades.

Prioridade

(escala ordinal)

Técnico de Enfermagem Enfermeiros

Som

Ruído

Iluminação

Recursos

Materiais Limpeza Refeições

Som

Ruído

Iluminação

Recursos

Materiais Limpeza Refeições

Gestão 1

1 10,34 58,62 17,24 13,79 5,00 65,00 17,50 12,50

2 8,62 20,69 46,55 24,14 15,00 20,00 50,00 15,00

3 18,97 8,62 31,03 41,38 37,50 10,00 22,50 30,00

4 62,07 12,07 5,17 20,69 42,50 5,00 10,00 42,50

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Gestão 2

1 12,35 52,44 24,69 10,98 10,17 66,10 15,25 8,47

2 11,11 28,05 43,21 17,07 10,17 15,25 66,10 8,47

3 28,40 14,63 28,40 28,05 25,42 15,25 15,25 44,07

4 48,15 4,88 3,70 43,90 54,42 3,39 3,39 39,98

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

n=81. Nem todos os técnicos responderam a questão.

Tabela de erro em anexo.

Os resultados das prioridades em relação às condições físicas e ambientais de trabalho

encontram-se na Tabela 2. Os técnicos de enfermagem das duas gestões e os enfermeiros da

2ª Gestão apontaram que o atributo Som/Ruído/Iluminação apresentou a menor influência na

motivação para trabalhar, enquanto para os enfermeiros da 1ª Gestão, as refeições servidas.

Em relação ao fator de maior influência na motivação, prioridade 1, ambos apontaram os

recursos materiais, 58,62% e 65,00% relativos aos técnicos de enfermagem e enfermeiros da

Gestão 1 e 52,44% e 66,10% correspondente aos técnicos de enfermagem e enfermeiros da

Gestão 2, respectivamente. No atributo limpeza, os funcionários não discreparam em suas

avaliações, pois nas duas gestões ocupa a segunda prioridade.

Tabela 3 - Distribuição relativa dos entrevistados em função da remuneração segundo

prioridades.

Prioridade

(escala

ordinal)

Técnico de Enfermagem Enfermeiros

Salário Vale

Trans-

porte

Ticket

Alimenta-

ção

Plano

De

Saúde

Ext.

Família

Salário Vale

Trans-

porte

Ticket

Alimenta-

ção

Plano

De

Saúde

Ext.

Família

Gestão 1

1 62,07 15,52 3,45 18,97 80,00 2,50 2,50 15,00

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2 17,24 34,48 15,52 32,76 2,50 27,50 7,50 62,50

3 12,07 34,48 31,03 22,41 7,50 27,50 52,50 12,50

4 8,62 15,52 50,00 25,86 10,00 42,50 37,50 10,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Gestão 2

1 81,71 7,32 1,22 9,76 93,22 1,69 0,00 5,08

2 9,76 43,90 10,98 35,37 3,39 40,68 6,78 49,15

3 3,66 29,27 56,10 10,98 0,00 23,78 67,80 8,47

4 4,88 19,51 31,71 43,90 3,39 33,90 25,42 37,29

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

A avaliação das prioridades em relação à remuneração é apresentada na Tabela 3, onde

os Técnicos de enfermagem e Enfermeiros indicaram o atributo Salário como o item de maior

expressividade, correspondendo a valores de 62,07% e 80,00%, 81,71% e 93,22%, 1ª e 2ª

Gestão, respectivamente. Observou-se que o Vale Transporte corresponde à segunda

prioridade para os Técnicos de Enfermagem (34,48% e 43,90%, 1ª a e 2ª Gestão,

respectivamente), enquanto os enfermeiros apontaram como a última (42,50% e 49,15%, 1ª a

e 2ª Gestão, respectivamente). O atributo Ticket Alimentação mostrou uma proporção

praticamente igual para os funcionários da 1ª Gestão, em torno de 50,00%, porém, os

enfermeiros deram prioridade mais relevante, enquanto na 2ª gestão, as proporções foram

distintas, 56,10% para técnicos e 67,80% para enfermeiros, entretanto, tiveram prioridades

iguais. Em relação ao Plano de Saúde Extensivo para a Família, ambos se preocupam com

serviços médicos na gestão 1, pois alocaram a mesma prioridade, porém o relativo

contingente de enfermeiros é praticamente o dobro do correspondente aos técnicos de

enfermagem, enquanto os membros da 2ª gestão apontaram prioridades diferentes, apesar de

proporções semelhantes, 43,90% para técnicos de enfermagem e 49,15% para enfermeiros.

Tabela 4 - Distribuição relativa dos entrevistados em função da relação interpessoal segundo

prioridades.

Técnico de Enfermagem Enfermeiros

Prioridade

(escala

ordinal)

Colegas

Direção Líder

Direto

Multi –

profissional

Colegas

Direção Líder

Direto

Multi-

profissional

Gestão 1

1 46,55 5,17 17,24 31,03 65,00 2,50 15,00 17,50

2 27,59 8,62 41,38 22,41 15,00 10,00 45,00 32,50

3 13,79 22,41 36,21 27,59 12,50 15,00 32,50 37,50

4 12,07 63,79 5,17 18,97 7,50 72,50 7,50 12,50

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Gestão 2

1 51,85

3,75 26,25 17,72 59,32 0,00 23,73 16,95

2 30,86 5,00 50,00 13,92 27,12 11,86 49,15 11,86

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35

3 12,35 22,50 22,50 43,04 13,56 11,86 23,73 50,85

4 4,94 68,75 1,25 25,32 0,00 76,27 3,39 20,34

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

n=81 n=80 n=80 n=79

Nem todos os técnicos responderam a questão. Tabela de erro em anexo.

O fator mais relevante na Relação Interpessoal dos Enfermeiros e Técnicos de

Enfermagem é em função dos colegas de trabalho, 46,55% e 65,00%, 1ª Gestão e 51,85% e

59,32%, 2ª Gestão, respectivamente, pois atribuíram prioridade um, Tabela 4. Em seguida, o

Líder Direto é valorizado pelas duas classes de funcionários, das duas gestões, segunda

prioridade, 41,38% e 50,00% para técnicos e 45,00% e 49,15% para enfermeiros, 1ª e 2ª

Gestão, respectivamente. A última prioridade diz respeito à Direção, com proporções de

63,79% e 68,75% para técnicos e 72,50% e 76,27% para enfermeiros, 1ª e 2ª gestão,

respectivamente. Vizinha a esta prioridade, a relação Multiprofissional para enfermeiros das

duas gestões e técnicos de enfermagem da segunda, porém para técnicos da gestão 1, a

primeira prioridade.

Tabela 5 - Distribuição relativa dos entrevistados em função da Política de Gestão do

Hospital segundo prioridades.

Prioridade

(escala ordinal) Supervisiona/to

Regulamentos

Internos

Plano

Cargos /Salários

Eventos

Confraternização

1ª Gestão

Técnico de Enfermagem

1 39,66 13,79 37,93 13,79

2 20,69 32,76 27,59 17,24

3 20,69 43,10 22,41 12,07

4 18,97 10,34 12,07 56,90

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Enfermeiros

1 20,00 12,50 57,50 10,00

2 32,50 40,00 10,00 15,00

3 27,50 37,50 20,00 17,50

4 20,00 10,00 12,50 57,50

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

2ª Gestão

Técnico de Enfermagem

1 51,22 9,76 33,33 6,17

2 20,73 26,83 38,27 14,81

3 10,98 47,56 24,69 16,05

4 17,07 15,85 3,70 62,96

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

n=81. Nem todos os técnicos responderam a

questão. Tabela de erro em anexo.

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36

Enfermeiros

1 35,59 5,08 57,63 1,69

2 32,20 25,42 28,81 13,56

3 23,73 52,54 8,47 15,25

4 8,47 16,95 5,08 69,49

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

O Plano de Cargos e Salários foi o atributo mais valorizado, para os enfermeiros das

duas gestões, em torno de 57,50%, enquanto para os técnicos da 1ª gestão, 37,93%. Diferente

dos demais, os técnicos da 2ª gestão atribuíram prioridade 2 a este atributo (38,27%). No caso

de eventos e confraternização os funcionários, não deram grande importância, pois mais da

metade atribuíram a menor prioridade. No que tange aos Regulamentos Internos as

proporções se assemelham na gestão 1 (43,10% e 40,00%), porém são os enfermeiros são os

que dão maior importância. Enquanto na gestão 2, atribuem mesma prioridade, no entanto, as

proporções são distintas, 47,56% para técnicos e 52,54% para enfermeiros. Na forma como é

supervisionado, as proporções não são discrepantes para 1ª gestão, porém são os técnicos que

dão maior prioridade (39,66% e 32,50%). Analogamente, enfermeiros e técnicos de

enfermagem da 2ª gestão atribuíram prioridade 1 a este atributo, apesar de proporções

discrepantes, 35,59% e 51,22%, respectivamente.

Tabela 6: Distribuição relativa dos entrevistados em função da Realização Profissional

segundo prioridades.

Prioridade

(escala ordinal)

Reconhecimento

Trabalho

Realizado

Educação

Continuada

/Treinamentos

Chances de

Crescimento

/Progresso

Estímulos

Desafios no Trabalho

1ª Gestão

Técnico de Enfermagem

1 37,93 31,03 20,69 10,34

2 27,59 25,86 31,03 15,52

3 15,52 29,31 27,59 27,59

4 18,97 13,79 20,69 46,55

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Enfermeiros

1 47,50 20,00 25,00 7,50

2 20,00 17,50 42,50 20,00

3 20,00 45,00 20,00 15,00

4 12,50 17,50 12,50 57,50

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

2ª Gestão

Técnicos de Enfermagem

1 63,41 14,63 14,63 7,32

2 14,63 45,12 28,05 12,20

3 14,63 25,61 31,71 28,05

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37

4 7,32 14,63 25,61 52,44

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Enfermeiros

1 45,76 16,95 32,20 5,08

2 23,73 30,51 25,42 20,34

3 20,34 32,20 25,42 22,03

4 10,17 20,34 16,95 52,54

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Na Realização Profissional, Tabela 6, ocorreu similaridade na tendência da

distribuição percentual em relação à ordenação das prioridades para a maioria dos atributos,

exceto para Educação Continuada/Treinamentos, que foi mais valorizada pelos técnicos

(31,03% e 45,12%, 1ª e 2ª gestão, respectivamente), que deram relevância a prioridade,

contrapondo a posição dos enfermeiros, que ordenou na terceira posição (45,00%, 1ª gestão, e

32,20%, 2ª gestão) e para Chances de Crescimento/Progresso, na 2ª gestão, onde enfermeiros

atribuíram prioridade 1 (32,20%) e técnicos prioridade 3 (31,71%).

Tabela 7 - Distribuição relativa dos entrevistados em função da Atividade Profissional

segundo prioridades.

Prioridade

(escala ordinal)

Autonomia

para

executar

trabalho

Uso pleno

das

Habilidades

Pessoais

Exigência

de

Responsabilidade

Gostar

do que

faz

1ª Gestão

Técnico de Enfermagem

1 12,07 6,90 12,07 68,97

2 37,93 25,86 24,14 12,07

3 17,24 39,66 31,03 12,07

4 32,76 27,59 32,76 6,90

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Enfermeiros

1 17,50 0,00 2,50 80,00

2 37,50 25,00 30,00 7,50

3 25,00 45,00 27,50 2,50

4 20,00 30,00 40,00 10,00

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

2ª Gestão

Técnico de Enfermagem

1 23,75 2,44 3,75 68,29

2 23,75 23,17 41,25 13,41

3 12,50 51,22 27,50 8,54

4 40,00 23,17 27,50 9,76

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

n=80 n=80

Nem todos os técnicos responderam a questão. Tabela de

erro em anexo.

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38

Enfermeiro

1 22,03 0,00 3,39 74,58

2 44,07 22,03 18,64 15,25

3 11,86 54,24 25,42 8,47

4 22,03 23,73 52,54 1,69

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

A avaliação em função da Atividade Profissional, quanto ao atributo “Gostar do que

Faz” recebeu prioridade um para ambas as profissões e gestões, 68,97% e 68,29% dos

Técnicos em Enfermagem e 80,00% e 74,58% dos Enfermeiros, 1ª e 2ª gestão,

respectivamente. Segue-se “Autonomia para Executar o Trabalho”, que recebeu prioridade

dois, para enfermeiros das duas gestões e técnicos da 1ª, com porcentagem em torno de

37,00% na 1ª gestão e 44,70% na 2ª, para os técnicos da mesma, atribui-se prioridade 4

(40,00%). No que diz respeito ao “Uso Pleno das Habilidades Pessoais”, recebeu prioridade

idênticas, mas 45,00% e 54,20% correspondem aos enfermeiros e 39,66% e 51,22% aos

técnicos, 1ª e 2ª gestão, respectivamente. O atributo “Exigência de Responsabilidade” teve

prioridade três para os técnicos da 1ª gestão(31,03%), prioridade dois para os técnicos da 2ª

gestão (41,25), enquanto para enfermeiros foi atribuída prioridade quatro nas duas gestões

(40,00% para a primeira e 52,54% para a segunda).

4.3.Comparação da 1ª Gestão em relação 2ª

A comparação entre as gestões foi feita através do Teste de Proporções bicaudal

(SPIEGEL, 1969). Sejam P1 e P2 as proporções obtidas em duas grandes amostras, de

tamanhos N1 e N2, retiradas das populações respectivas, que apresentam as proporções p1 e p2.

Considere-se a hipótese nula de que não há diferença entre os parâmetros das populações, isto

é, p1=p2, e dessa forma as amostras são realmente retiradas da mesma população. A

distribuição amostral das diferenças das proporções é aproximadamente normal, com média e

desvio padrão dados por:

e (1)

em que é adotado como uma estimativa da proporção populacional e q=1- p.

Usando-se a variável reduzida

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39

(2)

podem ser testadas as diferenças observadas, num nível apropriado de significância, e, por

esse meio, testar a hipótese nula.

Neste caso, comparam-se as duas gestões relativa a prioridade 1 contra as demais

prioridades tanto para os fatores sócio-demográficos quanto para os fatores motivacionais

com o teste de hipótese bicaudal explicitado anteriormente com significância da ordem de 5%

(pvalor). Se o valor reduzido estiver no intervalo entre -1,64 e 1,64, aceito a Hipótese Nula, ou

seja, não ocorreu diferença significante entre as proporções relativas a prioridade um nas

gestões para estes fatores.

Primeiramente realizou-se a comparação entre as gestões para Condições Físicas e

Ambientais de Trabalho e não houve diferença significante tanto para os técnicos quanto para

os diplomados, Tabela 8.

Tabela 8: Comparação da 1ª Gestão em relação à 2ª Gestão para Condições Físicas e

Ambientais de Trabalho.

Condições Físicas e Ambientais de

Trabalho

Proporção

Combinada

Estatística

Teste (Z)

calculada

Decisão Especificação

Enfermeiros

Som/Ruido/Iluminação 0,08 -0,93 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Recursos Materiais 0,66 -0,11 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Limpeza 0,16 0,30 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Refeições 0,10 0,65 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Técnicos de Enfermagem

Som/Ruido/Iluminação 0,11 -0,06 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Recursos Materiais 0,55 0,72 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Limpeza 0,21 -1,02 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Refeições 0,12 0,50 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Em seguida a comparação foi realizada para verificar se existia diferença nas gestões para

o fator Remuneração, em todos os critérios a gestão não influencia na remuneração, porém

foram os salários que apresentaram distinção, o que era esperado tanto para técnicos quanto

para os graduados, Tabela 9.

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40

Tabela 9: Comparação da 1ª Gestão em relação à 2ª Gestão para Remuneração

Remuneração Proporção

Combinada

Estatística

Teste (Z)

calculada

Decisão Especificação

Enfermeiros

Salários 0,88 -1,98 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Vale Transporte 0,02 0,28 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Ticket Alimentação 0,01 1,22 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Plano de Saúde Extensivo a

Família 0,35 1,36 Aceito H0

Não há diferença entre as

proporções

Técnicos de Enfermagem

Salários 0,74 -2,60 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Vale Transporte 0,11 1,55 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Ticket Alimentação 0,02 0,90 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Plano de Saúde Extensivo a

Família 0,14 1,57 Aceito H0

Não há diferença entre as

proporções

Resultados análogos, a maioria dos critério não discrepou entre as gestões, exceto o

critério multiprofissional para os técnicos de enfermagem, Tabela 10.

Tabela 10: Comparação da 1ª Gestão em relação à 2ª Gestão para Relação Interpessoal

Relação Interpessoal Proporção

Combinada

Estatística

Teste (Z)

calculada

Decisão Especificação

Enfermeiros

Colegas 0,62 0,57 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Direção 0,01 1,22 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Lider Direto 0,20 -1,06 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Multi-Profissional 0,17 0,07 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Técnicos de Enfermagem

Colegas 0,49 -0,54 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Direção 0,04 0,44 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Lider Direto 0,22 -1,17 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Multi-Profissional 0,23 1,94 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Na comparação entre gestões no tocante as Políticas de Gestão do Hospital, em todos

os critérios, as proporções podem ser consideradas estatisticamente iguais, exceto Eventos de

Confraternização para os enfermeiros que rejeitou a estatística teste, Tabela 11.

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41

Tabela 11: Comparação da 1ª Gestão em relação à 2ª Gestão para Políticas de Gestão do

Hospital

Políticas de Gestão do

Hospital

Proporção

Combinada

Estatística

Teste (Z)

calculada

Decisão Especificação

Enfermeiros

Supervisionamento 0,29 0,03 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Regulamentos Internos 0,08 1,33 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Plano Cargos/Salários 0,58 -0,01 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Eventos

Confraternização 0,05 1,85 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Técnicos de Enfermagem

Supervisionamento 0,46 -1,35 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Regulamentos Internos 0,11 0,74 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Plano Cargos/Salários 0,35 0,61 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Eventos

Confraternização 0,09 1,55 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

A comparação feita entre as gestões para Realização Profissional apresentou diferença

significante para a Educação Continuada/Treinamentos e Reconhecimento do Trabalho

Realizado para os técnicos de enfermagem, enquanto para os demais critérios não ocorreu

diferença significante, Tabela 12.

Tabela 12: Comparação da 1ª Gestão em relação à 2ª Gestão para Realização

Profissional

Realização Profissional Proporção

Combinada

Estatística

Teste (Z)

calculada

Decisão Especificação

Enfermeiros

Reconhecimento do

Trabalho Realizado 0,46 0,17 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Educação

Continuada/Treinamentos 0,18 0,39 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Chances de

Conhecimento/Progresso 0,29 -0,77 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Estímulos e Desafios no

Trabalho 0,06 0,49 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Técnicos de Enfermagem

Reconhecimento do

Trabalho Realizado 0,53 -2,98 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Educação

Continuada/Treinamentos 0,21 2,33 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Chances de

Conhecimento/Progresso 0,17 0,94 Aceito H0 Não há diferença entre as proporções

Estímulos e Desafios no

Trabalho 0,09 0,08 Aceito H1 Não há diferença entre as proporções

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42

Finalmente na comparação das gestões quanto o critério Atividade Profissional,

Tabela 13, somente para os enfermeiros não foi apresentada diferença significante entre as

proporções, mas para os técnicos de enfermagem os critérios Autonomia para executar o

trabalho e Exigência de Responsabilidade mostraram-se diferenciados nas gestões.

Tabela 13: Comparação da 1ª Gestão em relação à 2ª Gestão para Atividade Profissional

Atividade Profissional Proporção

Combinada

Estatística

Teste (Z) Decisão Especificação

Enfermeiros

Autonomia para executar o trabalho 0,20 -0,55 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Uso pelo das Habilidades Pessoais 0,00 0,00 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Exigência de Responsabilidade 0,03 -0,25 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Gostar do que faz 0,77 0,63 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Técnicos de Enfermagem

Autonomia para executar o trabalho 0,19 -1,66 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Uso pelo das Habilidades Pessoais 0,04 1,28 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

Exigência de Responsabilidade 0,07 1,90 Rejeito H0 Há diferença entre as proporções

Gostar do que faz 0,69 0,08 Aceito H0 Não há diferença entre as

proporções

4.4. Comparação dos aspectos sociodemograficos com os fatores motivacionais.

A interação entre os atributos foi realizada em função das Tabelas de Contingência, h

linhas e k colunas, para a realização do Teste Qui-Quadrado, onde foi calculada a frequência

esperada (ej) e a sua respectiva frequência observada(oj) para cada célula, que permitiu

calcular a estatística teste qui quadrado:

(3)

onde n corresponde ao total das frequências.

O número de graus de liberdade da distribuição, v = (h-1)(k-1), é utilizado para obter

o qui quadrado tabelado (2

Tabelado) que será confrontado com o calculado. Quando as

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43

freqüências esperadas foram inferiores a 5, foi utilizada a correção de Yates com a finalidade

de manter a continuidade (SPIEGEL, 1969).

(4)

Primeiramente realizou-se a interação pelo teste mencionado com significância de 5%

(pvalor) nas gestões objeto de estudo, para a escolaridade cruzada com os fatores

motivacionais, Tabela 14. Na 1ª gestão e na 2ª gestão, as correlações variaram entre 0,07 e

0,13 e 0,02 e 0,17, respectivamente. O teste de significância da correlação aceitou a

correlação como nula em todos os critérios, isto significa dizer que os níveis de escolaridade

não interagem com os fatores motivacionais.

Tabela 14: Comparação dos fatores sociodemográficos com os fatores motivacionais

para Escolaridade

Enfermeiros e Técnico de Enfermagem

Cruzamentos:

Escolaridade com

Estatística Qui

Quadrado

(2tabelado=9,49)

Percentil

do Qui

Quadrado

Calculado

Teste: H0) Não

há associação

entre os

atributos

Correlação por atributos

Valor Teste de Significancia:

H0) Correlação nula

1ª Gestão

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho

1,05 0,90 Aceito H0 0,07 Aceito Ho

Remuneração 0,98 0,91

Aceito H0 0,07 Aceito Ho

Relacionamento Interpessoal

1,33 0,86

Aceito H0 0,08 Aceito Ho

Política

do Hospital 1,813

0,77

Aceito H0 0,10 Aceito Ho

Realização Profissional

3,11 0,54

Aceito H0 0,13 Aceito Ho

Atividade

Profissional 1,06

0,90

Aceito H0 0,07 Aceito Ho

2ª Gestão

Condições Físicas

e Ambientais de

Trabalho

6,28 0,18 Aceito H0 0,15 Aceito Ho

Remuneração 3,72 0,45 Aceito H0 0,11 Aceito Ho

Relacionamento

Interpessoal 0,065

1,00

Aceito H0

0,02

Aceito Ho

Política do Hospital

7,55 0,11

Aceito H0

0,16

Aceito Ho

Realização

Profissional 3,44

0,49

Aceito H0

0,11 Aceito Ho

Atividade Profissional

8,52 0,07

Aceito H0

0,17 Aceito Ho

Em seguida utilizou-se a interação, nas duas gestões, do Tempo de Formado com os

mesmos fatores, Tabela 15 e no caso dos enfermeiros a correlação variou de 0,02 a 0,08 e

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0,02 a 0,11 nas 1ª gestão e 2ª gestão, respectivamente. No caso dos técnicos, a correlação

variou de 0,02 a 0,15 e 0,02 a 0,12, gestão 1 e gestão 2, respectivamente, ou seja, o tempo de

formado não influencia na escolha dos fatores motivacionais.

Tabela 15: Comparação dos fatores sociodemográficos com os fatores motivacionais

para Tempo de Formado

Cruzamentos: Escolaridade com

Estatística Qui

Quadrado

(2tabelado=3,84)

Percentil

do Qui Quadrado

Calculado

Teste: H0) Não

há associação entre os

atributos

Correlação por atributos

Valor Teste de Significancia:

H0) Correlação nula

1ª Gestão

Enfermeiros

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho

0,552 0,46 Aceito H0 0,08 Aceito Ho

Remuneração 0,209 0,65 Aceito H0 0,05 Aceito Ho

Relacionamento

Interpessoal 0,027 0,87 Aceito H0 0,02 Aceito Ho

Política

do Hospital 0,075 0,78 Aceito H0 0,03 Aceito Ho

Realização

Profissional 0,029 0,86 Aceito H0 0,02 Aceito Ho

Atividade

Profissional 0,068 0,79 Aceito H0 0,03 Aceito Ho

Técnicos de Enfermagem

Condições Físicas e Ambientais de

Trabalho

0,625 0,43 Aceito H0 0,07 Aceito Ho

Remuneração 1,365 0,24 Aceito H0 0,11 Aceito Ho

Relacionamento Interpessoal

0,976 0,32 Aceito H0

0,09

Aceito Ho

Política

do Hospital 0,263 0,61

Aceito H0

0,05

Aceito Ho

Realização Profissional

2,738 0,10 Aceito H0

0,15 Aceito Ho

Atividade

Profissional 0,026 0,87

Aceito H0

0,02 Aceito Ho

2ª Gestão

Enfermeiros

Condições Físicas

e Ambientais de

Trabalho

0,081 0,78 Aceito H0 0,03 Aceito H0

Remuneração 0,964 0,92 Aceito H0 0,09 Aceito H0

Relacionamento

Interpessoal 0,073 0,79

Aceito H0

0,02

Aceito H0

Política

do Hospital 0,943 0,33

Aceito H0

0,09

Aceito H0

Realização

Profissional 0,295 0,59

Aceito H0

0,05

Aceito H0

Atividade

Profissional 1,493 0,22

Aceito H0

0,11

Aceito H0

Técnicos de Enfermagem

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho

0,215 0,64 Aceito H0 0,04 Aceito H0

Remuneração 0,137 0,71 Aceito H0 0,03 Aceito H0

Relacionamento

Interpessoal 2,317 0,13 Aceito H0 0,12 Aceito H0

Política do Hospital

0,052 0,82 Aceito H0 0,02 Aceito H0

Realização

Profissional 0,375 0,54 Aceito H0 0,05 Aceito H0

Atividade Profissional

0,182 0,67 Aceito H0 0,03 Aceito H0

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A associação dos fatores sociodemográficos com os motivacionais em relação ao turno

de Trabalho foram obtidas por correlações e os resultados estão na Tabela 16.

Tabela 16: Comparação dos fatores sociodemográficos com os fatores motivacionais para

Turno de Trabalho

Cruzamentos:

Escolaridade com

Estatística Qui

Quadrado

(2tabelado=3,84)

Percentil

do Qui

Quadrado

Calculado

Teste: H0) Não

há associação

entre os

atributos

Correlação por atributos

Valor Teste de Significancia:

H0) Correlação nula

1ª Gestão

Enfermeiros

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho 0,171 1,00 Aceito H0 0,05 Aceito Ho

Remuneração 0,209 0,99 Aceito H0 0,05 Aceito Ho

Relacionamento

Interpessoal 0,673 0,95 Aceito H0 0,09 Aceito Ho

Política do Hospital

0,075 1,00 Aceito H0 0,03 Aceito Ho

Realização

Profissional 1,436 0,84 Aceito H0 0,13 Aceito Ho

Atividade Profissional

0,068 1,00 Aceito H0 0,03 Aceito Ho

Técnicos de Enfermagem

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho 0,466 0,49 Aceito H0 0,06 Aceito Ho

Remuneração 0,071 0,79 Aceito H0 0,02 Aceito Ho

Relacionamento Interpessoal

0,200 0,66 Aceito H0 0,04 Aceito Ho

Política

do Hospital 0,032 0,86 Aceito H0 0,02 Aceito Ho

Realização Profissional

0,002 0,96 Aceito H0 0,004 Aceito Ho

Atividade

Profissional 0,003 0,96 Aceito H0 0,01 Aceito Ho

2ª Gestão

Enfermeiros

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho

0,0009

0,98 Aceito H0

0,003

Aceito H0

Remuneração 0,132

0,72 Aceito H0

0,03

Aceito H0

Relacionamento

Interpessoal

0,035

0,85 Aceito H0

0,02

Aceito H0

Política do Hospital

1,447

0,23 Aceito H0 0,11

Aceito H0

Realização

Profissional

0,393

0,53 Aceito H0

0,06

Aceito H0

Atividade Profissional

0,011

0,92 Aceito H0 0,01

Aceito H0

Técnicos de Enfermagem

Condições Físicas

e Ambientais de Trabalho 4,371 0,04 Rejeito H0 0,16 Aceito H0

Remuneração 0,184 0,67 Aceito H0 0,03 Aceito H0

Relacionamento

Interpessoal 3,393 0,07 Aceito H0 0,14 Aceito H0

Política do Hospital

5,744 0,02 Rejeito H0 0,19 Rejeito H0

Realização

Profissional 1,956 0,16 Aceito H0 0,11 Aceito H0

Atividade Profissional

0,600 0,44 Aceito H0 0,06 Aceito H0

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Todos os critérios mostraram que não há correlação do turno de trabalho com os

fatores sócio-demograficos, com exceção de Condições Físicas e Ambientais de Trabalho e

Política do Hospital, para os técnicos da 2ª gestão, que apresentação rejeição da hipótese nula,

ou seja, é possível que o turno influencie nestes critérios. Somente no caso de Política do

Hospital a correlação por atributos mostrou-se significante, nos demais casos a correlação é

não expressiva.

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CAPÍTULO V

DISCUSSÃO DOS DADOS

5.1. Processo de Aquisição do Hospital Pró-Cardíaco:

As organizações, nesse mercado globalizado, necessitam buscar, cada vez mais,

estratégias para aumentar suas forças competitivas, as quais passam, por mudanças nos

processos de gestão, que atualmente se caracterizam pela rapidez e pela intensidade com que

acontecem e também pela influência que exercem nos colaboradores.

Em decorrência da globalização, multiplicam-se os processos de fusões ou aquisições.

Fusão caracteriza-se como “casos de combinação de duas organizações, de modo a preservar

uma e eliminar a outra” (REED e LAJOUX, 1995, apud BECKER, 2004, p.193), e aquisição

“pode ser definida como a obtenção por uma empresa da propriedade controladora de outra

empresa (a adquirida), com a intenção de conservá- la e operá-la” (NADLER e LIMPERT,

1994, apud BECKER, 2004, p.193).

Quando se dá a aquisição, a compradora pode operar a adquirida de forma totalmente

independente, significando a possibilidade de implantar nessa empresa uma cultura e estilo

gerencial totalmente diferenciados da empresa anterior, se esta for a necessidade e/ou vontade

da compradora.

As pessoas que fazem parte da organização são chamadas a uma readaptação a outra

cultura organizacional, necessitam assimilar novas formas de trabalho e as mudanças

tecnológicas advindas desses processos, enfim, precisam assumir como seus os projetos da

empresa que está em processo de mutação. Tal adaptação para os funcionários ocorre, em

muitos casos, de forma dolorosa, pois necessitam criar para si novos modos de ser e de

trabalhar, perante o novo contexto organizacional (BECKER, 2004).

Deste modo, o sucesso das aquisições depende, em grande parte, da motivação dos

colaboradores mantidos após a finalização do processo, contribuindo para atingir os objetivos

organizacionais.

Acreditando que uma nova forma de gestão e uma nova cultura pudessem influenciar

nas prioridades atribuídas aos fatores motivacionais pela equipe de enfermagem, dividimos os

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dados em gestão 1 e 2, visto que a aquisição do Hospital Pró–Cardíaco pela Amil

Participações S.A (Amilpar) ocorreu durante a fase da coleta de dados.

Analisando os resultados, concluímos que o processo de aquisição não influenciou nas

prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem aos fatores motivacionais. Devemos levar

em consideração o tempo, que talvez não tenha sido suficiente para alterar os resultados da

pesquisa, visto que estava iniciando a incorporação da nova gestão, no período da coleta de

dados.

5.2. Discussão das prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem (Gestão 1 e 2)

frente aos fatores motivacionais:

5.2.1. Condições físicas e ambientais de trabalho:

Os resultados das prioridades em relação às condições físicas e ambientais de trabalho

(Tabela 2), demonstrou que o fator de maior influência na motivação para trabalhar,

prioridade 1, foram os recursos materiais, 58,62% e 65,00% relativos aos técnicos de

enfermagem e enfermeiros da Gestão 1 e 52,44% e 66,10% correspondente aos técnicos de

enfermagem e enfermeiros da Gestão 2, respectivamente.

De acordo com a Teoria de dois fatores de Herzberg (1959) as condições físicas e

ambientais de trabalho são classificadas como fatores higiênicos. Estes fatores quando estão

ausentes proporcionam grande insatisfação, mas sua presença não traz o mesmo nível

percentual de satisfação.

Diante do resultado apresentado podemos inferir que no ambiente de trabalho,

principalmente os recursos materiais influenciam na motivação para trabalhar e, por

conseguinte no comportamento das pessoas e nas relações interpessoais e supostamente nos

resultados organizacionais.

Existem, portanto dois motivos pelos quais as pessoas se sentem ou não estimuladas

pelo ambiente de trabalho. O primeiro compete à parte física, aquela que diz respeito à

infraestrutura do local de trabalho, como espaço, luminosidade, mobília e os recursos

materiais e a segunda é conhecida como o fator social, que é composto pela maneira como se

dão as relações interpessoais.

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Os serviços de saúde devem estar sempre aprimorando seus sistemas de gerenciamento

dos recursos materiais, a fim de garantir uma assistência contínua de qualidade, assegurando a

quantidade e qualidade dos materiais necessários para que os profissionais realizem suas

atividades sem riscos para si e para os pacientes.

Neste contexto, as instituições de saúde, como organização de prestação de serviços,

têm valorizado em sua estrutura, a administração dos recursos materiais, pois estes

contribuem para a infra-estrutura indispensável ao desempenho de suas funções junto à

clientela (COSTA; GUIMARÃES, 2004).

Segundo Kurcgant (2001), para compreender os objetivos e a importância da

administração dos recursos materiais nas organizações de saúde, deve-se destacar alguns

aspectos, tais como, à proporção que a despesa com recursos materiais representa para a

instituição; a grande variedade de materiais; a complexidade de tratamentos e,

conseqüentemente, o ônus nos custos, ou seja, é a questão custo/benefício que deve ser

considerada por todo gerente.

Verifica-se na prática hospitalar que a enfermagem tem sido responsável pela

administração do ambiente físico das unidades nas instituições onde a clientela recebe a

assistência à saúde. Com relação à administração de recursos materiais, cabe ao enfermeiro as

etapas de previsão, provisão, organização e controle desses materiais (COSTA;

GUIMARÃES, 2004).

Em algumas instituições o enfermeiro é responsável por realizar a administração de

recursos materiais nas unidades de internação, ressaltando, no entanto, que deve haver um

processo reflexivo sobre como e quem estará atendendo quando desenvolver essas funções, o

que muitas vezes não acontece e o enfermeiro adiciona mais esta atividade ao seu trabalho,

implicando na descontinuidade deste processo, devido à sobrecarga de trabalho.

Por outro lado, existem instituições que a administração de recursos é realizada por um

agente administrativo, que em sua maioria não possui competência para planejar e avaliar a

necessidade de recursos materiais. Nesse caso, há dois erros: do enfermeiro, que não assume

uma de suas competências privativas – planejar e avaliar os recursos necessários para a

assistência - e do secretário, que executa tarefas que não são de sua ordem, ou seja, em desvio

de função, atuando sem o devido respaldo técnico-científico que o enfermeiro possui.

O processo de dispensação e controle dos materiais podem dificultar a assistência de

enfermagem, estes constituem pontos centrais de todo o sistema, exigindo subsistemas de

controle sofisticados de maneira a não impactarem negativamente no cuidado e minimizando

assim, o estresse da equipe.

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Acredita-se que a carência de material implica na necessidade pela sua busca e na perda

de tempo que poderia ser destinado à assistência. O fato de buscar condições para realizar o

trabalho aliado à situação de nem sempre encontrá-las, emergem sentimentos de irritação e

cansaço do profissional (CORONETTI, 2006).

Vale ressaltar, um aspecto fundamental no gerenciamento de recursos materiais nas

organizações de saúde refere-se ao produto final ou atividade fim, que é a assistência aos

clientes por meio de ações que não podem sofrer interrupções, estas interrupções muitas vezes

acontecem pela insuficiência na quantidade, falta de qualidade e pelo processo falho de

gerenciamento dos recursos materiais.

5.2.2. Remuneração

Na avaliação das prioridades em relação à remuneração (Tabela 3), os Técnicos de

enfermagem e Enfermeiros indicaram o atributo Salário como o item de maior expressividade,

correspondendo a valores de 62,07% e 80,00%, 81,71% e 93,22%, 1ª e 2ª Gestão,

respectivamente.

Um número considerável de pessoas acredita que recompensa financeira exclusiva seja

a mais eficaz para estimular a motivação no trabalho. Todavia, pesquisas recentes na área de

psicologia desmistificam esta crença longínqua, sugerindo que adoção simultânea de

recompensas extrínsecas – como acréscimos financeiros na remuneração- e também

intrínsecas – como estímulos aos sentimentos de auto-estima, realização e competência –

afetam positivamente a satisfação, motivação e o desempenho (FINAMOR, 2010).

Estudos feitos a esse respeito como o de Herzberg (1959), por exemplo, que culminou

na Teoria dos dois fatores, demonstrou que o grau de satisfação atingido após novo aumento

salarial era intenso, mas de curta duração.

Muitas empresas colocam uma ampla gama de programas de remuneração baseados em

dinheiro à disposição dos funcionários como forma de incentivo/motivação. Entretanto, uma

organização pode manter seus funcionários comprometidos e motivados por meios não

monetários, como por exemplo, uma política de promoção interna. Outro incentivo não

monetário enfatiza a qualidade, seguindo a teoria de que os funcionários sentem-se

descontentes quando sabe que seu trabalho dedica-se a produzir um produto de má qualidade

(CERTO, 2003).

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Acredito que as pessoas desejam dinheiro porque este permite não só a satisfação de

necessidades fisiológicas e de segurança, mas também dá plenas condições para a satisfação

das necessidades sociais, de estima e de auto-realização.

O salário não é fator de motivação quando analisado isoladamente. A troca fria de

produção por salário não gera satisfação ao empregado, é apenas recompensa justa pelo seu

trabalho e o empregado busca a garantia de sua sobrevivência.

Diante disso, a empresa deve ver o salário como função agregada de motivação e

procurar utilizá-lo como um instrumento a mais na compatibilização dos objetivos

organizacionais e pessoais.

Para ter pessoas integradas, produtivas e ambiente motivador na organização, é preciso

que elas creiam haver ligação entre diferenças de remuneração e de desempenho, só assim

salário poderá ser um excelente motivador. São necessários, portanto planos adequados de

recursos humanos. Considero como plano básico, o plano de cargos e salários, que permite as

pessoas reconhecerem que seu desempenho é, ao mesmo tempo, possível e necessário para

obter mais dinheiro.

5.2.3 Relacionamento Interpessoal

O fator mais relevante na Relação Interpessoal dos Enfermeiros e Técnicos de

Enfermagem foi em função dos colegas de trabalho, 46,55% e 65,00%, 1ª Gestão e 51,85% e

59,32%, 2ª Gestão, respectivamente, pois atribuíram prioridade um (Tabela 4).

Importante analisar que em seguida, o Líder Direto foi valorizado pelas duas classes de

funcionários, das duas gestões, segunda prioridade, 41,38% e 50,00% para técnicos e 45,00%

e 49,15% para enfermeiros, 1ª e 2ª Gestão, respectivamente.

Atualmente, o bom relacionamento interpessoal é uma ferramenta bastante desejada

no ambiente de trabalho, visto que o hospital é o local no qual as pessoas passam a maior

parte do tempo.

Muito se tem falado sobre a importância de se ter um bom ambiente de trabalho –

principalmente no âmbito de como as pessoas se relacionam e interagem umas com as outras

–, e de como este ambiente pode influenciar na motivação para trabalhar, já que é difícil, para

uma organização, progredir se não há um ambiente interno que proporcione bem-estar para

seus colaboradores.

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O ambiente hospitalar caracteriza-se por ser altamente estressante e com atividades

muito intensas, uma vez que lida com a vida, morte e doenças, contribuindo assim, para

ocorrência de situações de ansiedade e tensão entre os membros da equipe.

O trabalho da equipe de enfermagem pode ser considerado desgastante, não só pelos

aspectos operacionais de trabalho, mas também devido às exigências relativas à imensa

responsabilidade para com seus pacientes, tanto no aspecto físico, quanto no aspecto moral,

social e psicológico.

Neste contexto, é de extrema importância que no relacionamento entre os membros da

equipe haja confiança, uma boa comunicação, cooperação e respeito para que as atividades

possam ser executadas com sucesso. Essa relação provocará aumento de interação e

cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e, conseqüentemente, na motivação e

produtividade do grupo.

Por outro lado, quando, no grupo, não há interação gerando sentimentos negativos de

antipatia e rejeição, há um afastamento entre esses membros repercutindo negativamente na

produtividade.

A qualidade das relações interpessoais é um aspecto de grande importância no ambiente

de trabalho. A existência de boas relações entre os membros do grupo de trabalho é um fator

vital da saúde individual e organizacional. No entanto, as relações pautadas pela desconfiança,

pela falta de cooperação e práticas destrutivas podem originar elevados níveis de tensão e de

estresse entre os membros de um grupo (DIAS, 2005).

O papel do líder na formação deste grupo coeso é essencial, toda equipe é o reflexo da

sua liderança, sem uma referência sólida, a equipe perde seu foco, gerando conflitos entre

seus membros.

O líder deve observar freqüentemente o comportamento pessoal e profissional de seus

colaboradores, buscando identificar os pontos fortes e os pontos fracos de cada indivíduo,

direcionando para a busca de melhorias contínuas, tanto no aspecto técnico quanto no

comportamental.

Precisa ajudar as pessoas a encararem a realidade e mobilizá-las para que façam

mudanças, para que superem hoje o que fizeram ontem e para que despertem para novos

desafios a cada dia.

O relacionamento com as lideranças é tão essencial que também foi priorizado pelos

enfermeiros e técnicos com fator de influência na sua motivação para trabalhar. No mundo do

trabalho, o superior hierárquico é um ponto de referência importante para a maior parte das

pessoas.

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Estudos contemporâneos sobre o processo e a dinâmica organizacional, especificamente

sobre comportamento humano e liderança visualizam-na como um processo coletivo

compartilhado entre os membros de um grupo. A visão de legitimidade da liderança,

fundamentada na aceitação do líder pelo grupo, significa que grande parte do poder do líder

situa-se no próprio grupo. O líder então é a pessoa capaz de canalizar a atenção dos

envolvidos e dirigi-la para ideais comuns.

Assim, a motivação nas organizações está muito ligada à interação líder/seguidor. A

eficácia do líder está relacionada com a forma positiva pelo qual o seguidor o vê. O líder

eficaz consegue facilitar a auto-estima e autoconsciência, portanto o nível de motivação além

de estar ligado ao indivíduo e ao seu trabalho tem estrita relação com a competência e

sensibilidade do líder (MIRANDA, 2009).

No sentido mais amplo, o líder precisa conhecer as expectativas pessoais dos

seguidores, interpretando para eles a realidade, de tal forma que isso consiga ajudá-

los a chegar aos objetivos que almejam. É quase certo que a crise organizacional está

ligada à crise de liderança, e esta, por sua vez, liga-se necessariamente à crise da

motivação pessoal (BERGAMINI, 2008 p. 210).

Para Miranda (2009), com os processos de globalização e as rápidas mudanças

tecnológicas enfrentadas pelas organizações, tornou-se imprescindível preparar os líderes para

agirem de forma que garanta aumentar a motivação dos subordinados, de sorte que não basta

ter habilidade interpessoal, é indispensável também que ele saiba utilizá-la.

No processo de liderança, o líder tem como desafio demonstrar entusiasmo naquilo

que ele faz e nas conquistas da equipe, o líder desanimado ou que não reconhece o progresso

de sua equipe, não inspira os outros e nem comemora os resultados, logo deixará de ser

exemplo para seus liderados. É importante ele entender que liderar não é mandar as pessoas

fazerem as coisas, mas sair na frente servindo de exemplo e de norte para sua equipe (LOPES,

2008).

Um enfoque comportamentalista da motivação humana para a melhoria do

desempenho na organização é apresentado por Ferdinand Fournies (1992), autor da

metodologia denominada coaching, a qual procura estabelecer os passos que o gerente deve

tomar para fazer com que os subordinados alcancem produtividade e qualidade em suas

tarefas.

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O coaching fundamenta-se numa concepção behaviorista do ser humano nas

organizações, pois, segundo Fournies (1992), "o trabalho do gerente não é administrar

resultados, mas, sim, administrar os aspectos do desempenho (comportamento) que causarão

o resultado".

A metodologia do coaching prevê duas etapas: análise do coaching e técnica do

coaching. Durante a análise, pretende-se identificar o problema que vem causando o mau

desempenho, as causas deste problema e a ação corretiva apropriada. A técnica do coaching,

também denominada de reunião face a face, tem como objetivo redirecionar o comportamento

de um subordinado para resolver o problema de desempenho. Assim, durante a análise busca-

se conhecer o que está acontecendo e o que deve ser feito. Caso seja necessário, aplicar-se-á,

então, a técnica.

O primeiro passo para a análise do coaching é a percepção, por parte do gerente, de

que está acontecendo um problema de desempenho. Para isso, ele precisa constantemente

saber qual o desempenho esperado e qual o alcançado por seus subordinados. De posse destas

informações, o gerente é capaz de identificar a ocorrência de um mau desempenho. A partir

daí, ele precisa descobrir quais as causas do problema detectado.

Depois de identificada a causa do desempenho insatisfatório, o gerente deve buscar a

solução. Fournies (1992) apresenta um roteiro a ser seguido na etapa de análise do coaching,

que auxilia no diagnóstico do problema e orienta quanto à solução a ser adotada: eles não

sabem o que devem fazer; não sabem como fazer; não sabem por que devem fazê-lo; existem

obstáculos que estão fora de seu controle; eles acham que não vai dar certo; acham que sua

maneira de fazer é certa; falta de motivação - atitude errada; incapacidade pessoal para fazê-lo

(limites pessoais); não têm muito tempo para fazê-lo; estão trabalhando em itens de prioridade

errada; acham que estão fazendo o certo (ausência de feedback); gerência fraca e problemas

pessoais.

Um líder deve liderar semelhante a um treinador que treina para alcançar seus

objetivos. Conseguir com que as pessoas produzam resultados é a competência central do

líder; portanto, todo coach é um líder, mas nem todo líder é coach.

O processo Coaching, pode influenciar e agregar um novo valor ao profissional que

atua como líder. A prática da Liderança Coaching deve ser utilizada como ferramenta no

desenvolvimento de enfermeiros líderes, passando a ser um novo direcionamento das

organizações de saúde e uma inovação entre os enfermeiros brasileiros, sendo oportuno e

necessário conhecê-la em nossa realidade.

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A metodologia proposta busca fornecer subsídios aos gerentes para a constante

monitoração e melhoria do desempenho dos seus colaboradores, pretendendo-se, com isso,

otimizar os resultados da organização como um todo.

5.2.4. Política de Gestão do Hospital

O Plano de Cargos e Salários foi o atributo mais valorizado, para os enfermeiros das

duas gestões, em torno de 57,50%; diferente dos técnicos de enfermagem que priorizaram a

forma como são supervisionados como fator de maior influência na sua motivação para

trabalhar

Interessante perceber esta diferença de prioridade, enquanto os técnicos priorizam a

forma como são supervisionados, os enfermeiros priorizam o plano de cargos e salários. Cabe

aos técnicos de enfermagem exercer atividades auxiliares, envolvendo orientação e

acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar e participação no planejamento

da assistência, portanto a forma como é supervisionado influencia diretamente na execução

das suas tarefas e conseqüentemente na sua motivação profissional. Talvez o fato de

exercerem suas atividades em grau auxiliar, os impeçam de vislumbrarem um plano de cargos

e salários, o que seria extremamente importante para motivação desta classe de trabalhadores.

A administração dos cargos e salários é um fator relevante para a empresa na retenção

e manutenção de seus ativos intelectuais, e atua de forma estratégica na política de

compensações de seus talentos, uma vez que salários não são fontes de motivação, conforme a

teoria dos dois fatores, onde a remuneração faz parte dos fatores físicos higiênicos, sendo

necessário para a manutenção pessoal e como tal caracterizado como um fator óbvio de lei da

compensação, onde existindo trabalho, existirá a contrapartida da compensação.

Para a organização, o cargo constitui a base da aplicação das pessoas nas tarefas

organizacionais. Para a pessoa, o cargo constitui uma das maiores fontes de expectativas e de

motivação na organização.

De acordo com Herzberg o enriquecimento de tarefas ou do cargo é um importante

fator para motivação no trabalho. Os cargos não são suficientemente grandes para a maioria

das pessoas e precisam ser redimensionados, e a maneira mais prática e viável para adequação

permanente do cargo ao crescimento profissional é o enriquecimento do cargo. Consiste,

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portanto, em aumentar deliberada e gradativamente os objetivos, as responsabilidades e os

desafios das tarefas do cargo (CHIAVENATO, 2006).

Apesar de extremamente importante, o plano de cargos e salários não se tornou uma

prática no processo de gestão de pessoas nas organizações de saúde. O processo de

mensuração do desempenho dos profissionais de saúde é concebido como um importante

recurso gerencial para a promoção do crescimento profissional e pessoal, que exige líderes

altamente qualificados para realizar esta atividade.

A avaliação de desempenho (AD) possibilita a reflexão de pontos importantes como

pensar nas condições de trabalho, detectar competências, habilidades e deficiências, definir

expectativas e metas de desenvolvimento.

Pensando na AD como um instrumento útil no gerenciamento de pessoal, e

relevando seus pontos de vulnerabilidade, que a tornam também bastante polêmica,

sua implantação requer cuidados técnicos, exigindo, sobretudo uma mudança nas

atitudes e postura das pessoas (KURCGANT, 2010 p.151).

Vale ressaltar que a AD não é um fim, mas um meio, pois por si só não é capaz de

promover crescimento ou de demitir as pessoas. É indispensável seu ajuste a política de

recursos humanos (RH), definindo claramente seus objetivos e limites enquanto instrumento

diagnóstico. Assim as ações subseqüentes e as providências administrativas dependem da

política, do processo e não da AD propriamente dita (KURCGANT, 2010)

É necessário, portanto que os gestores reflitam e revisem seus métodos de gerenciar os

profissionais de saúde, principalmente por conta das suas particularidades, considerando a

qualidade dos resultados da organização, como conseqüência do desempenho humano.

5.2.5. Realização Profissional

Outro fator que merece destaque como fator motivacional para trabalhar foi referente

ao reconhecimento do trabalho realizado (Tabela 6) que foi o fator de maior influência na

motivação para trabalhar, tanto para técnicos de enfermagem quanto para os enfermeiros.

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Ao se tratar da motivação para trabalhar, é de extrema significância, reconhecer os

esforços dos colaboradores. Ainda que, os resultados estejam longe de atingir as metas, não

devemos deixar de reconhecer os esforços e incentivar melhorias.

De acordo com Finamor (2010), no âmbito da saúde, em particular, o reconhecimento

deve ser uma presença constante no dia a dia das pessoas que lidam com vidas. Concordo com

o autor que o sentimento de prazer decorrente de um elogio exerce um forte impacto na

motivação para o trabalho.

Neste aspecto, Nelson (apud Finamor, 2010, p. 125) acentua que gestores que

reconhecem as contribuições de seus liderados – por exemplo, compartilhando feedbacks

(procedimento que consiste no provimento de informação à uma pessoa sobre o desempenho,

conduta, eventualidade ou ação executada por esta, objetivando orientar, reorientar e/ou

estimular uma ou mais ações de melhoria, sobre as ações futuras ou executadas

anteriormente) constantes, explícitos e na hora exata – conseguem o melhor deles no campo

profissional.

Os resultados de uma pesquisa realizada por Nelson (apud Finamor, 2010, p. 125)

apontaram que os colaboradores identificam quatro formas de elogio pessoal: reconhecer um

agradecimento pela execução de um bom trabalho (88%); ouvir um elogio verbal (86%); ser

procurado por um gerente para ser elogiado (82%); ser elogiado, na frente de outra pessoa,

por um trabalho bem feito (61%).

Outro aspecto considerado importante quando há interesse do gestor na motivação da

equipe é a realização de reuniões, onde possibilita a tomada de decisões por concordância, o

compartilhamento de feedbacks, a explicitação de necessidades visando à sustentação de

melhorias (FINAMOR, 2010).

O fato de reconhecer e incentivar o “lado bom” de cada membro da equipe desenvolve a

possibilidade de que, cada componente do grupo, explore seu potencial criador e inovador,

assim como estimule os demais membros do grupo a fazer o mesmo.

5.2.6. Atividade Profissional

Na avaliação em função da Atividade Profissional (Tabela 7), o atributo “Gostar do que

Faz” recebeu prioridade um para ambas as profissões e gestões, 68,97% e 68,29% dos

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Técnicos em Enfermagem e 80,00% e 74,58% dos Enfermeiros, 1ª e 2ª gestão,

respectivamente.

Gostar do que faz e valorizar-se são fatores que garantem a auto-motivação. Uma

pessoa auto-motivada procura fazer o melhor, acredita no seu potencial e sempre encontra

uma saída mesmo em situações difíceis, ao passo que, pessoas com baixa estima não

conseguem encontrar na própria personalidade fatores que dêem forças para desempenhar um

bom trabalho.

Pessoas desmotivadas demonstram baixo nível de confiança em si mesmo, e acabam

projetando sobre a organização essa descrença, isso explica o fato dos indivíduos recém-

admitidos estarem plenamente motivados, carregam a expectativa de que nessa empresa

poderá encontrar fatores complementares à satisfação destas carências. Portanto, um dos

fatores que deveria ser desenvolvido nas organizações é a capacidade de obter e manter a

auto-estima e conseqüentemente aumento da produtividade.

A valorização do conhecimento, sobretudo, em relação aos colaboradores que fazem

parte de uma organização, pode impactar no sentimento do funcionário em relação a sua

função e provocar mudanças na gestão de pessoas. Com a percepção de que trabalhador tem

um importante papel no sucesso organizacional, passa existir uma preocupação referente às

competências necessárias aos profissionais.

Os benefícios e consequências da utilização da gestão por competência para as

organizações levam a uma visualização do “todo” em função do autodesenvolvimento de cada

profissional, tornando-se um diferencial, tanto para este como às instituições.

Nesse modelo de gestão, investir em pessoas significa investir na empresa. A

organização ao transferir seu patrimônio de conhecimento para as pessoas, enriquece-as e

prepara-as para enfrentar novas situações profissionais e pessoais, na organização ou fora

delas. As pessoas, por sua vez, ao desenvolverem sua capacidade individual, transferem para a

organização seu aprendizado, capacitando-a a enfrentar novos desafios (FURUKAWA;

CUNHA, 2010).

Por outro lado, há também a preocupação por parte das empresas, em possuir

profissionais, especialmente aqueles em posição de liderança, capacitados para realizar ações

estratégicas que agreguem valor à instituição, ao invés de ser um obstáculo a mais na busca de

melhores resultados. “Isso significa, que o homem pode ser considerado como um agente

facilitador ou impeditivo para o alcance dos objetivos organizacionais”, o que é,

especialmente, verdade quando nos referimos a pessoas com poder decisório sobre processos

e colaboradores (FURUKAWA; CUNHA, 2010).

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Portanto, é importante adequar a pessoa ao cargo, a fim de que se possam ter

resultados mensuráveis pontuados na eficácia e eficiência. Esta adequação começa a partir da

captação dos recursos humanos, pois para realizar adequadamente um processo de seleção de

pessoal, é necessário primeiro traçar o perfil e as competências que a organização espera

desse profissional.

Com isto, entende-se que o conceito de competências permite que não apenas o

trabalhador e as instituições de ensino sejam responsáveis pelo desenvolvimento do indivíduo

no mercado de trabalho, mas, que as organizações, também, passem a compartilhar essa

responsabilidade, ao mapear as competências individuais que consideram necessárias para

alcance de seus objetivos, desenvolvendo-as em seus colaboradores, movimentando e

remunerando pelo que eles agregam de valor à organização (FURUKAWA; CUNHA, 2010).

5.3. Comparação dos aspectos sociodemograficos com os fatores motivacionais.

Após reconhecermos os fatores motivadores da equipe de enfermagem, que foram

indiferentes tanto para gestão 1 quanto para 2, significando que independente do processo de

aquisição, os fatores que influenciam na motivação para trabalhar não se modificaram;

comparamos os fatores escolaridade, tempo de formado e turno de trabalho com as

prioridades atribuídas pelos técnicos de enfermagem e enfermeiros aos fatores motivacionais

e de acordo com a análise, estes fatores sociodemográficos não diferenciaram os fatores

motivacionais para trabalhar.

Este achado passa a ser um facilitador para o gestor de enfermagem, visto que os

fatores que influenciam positivamente para trabalhar são os mesmos independente da

escolaridade, do turno que a equipe trabalha e do tempo que são formados, contribuindo para

construção de ações motivacionais para os diferentes perfis de funcionários.

Vale ressaltar que apesar dos fatores motivacionais serem os mesmos para os

diferentes perfis, a motivação é interior a cada indivíduo e leva-o agir espontaneamente para

alcançar determinado objetivo. Assim, não é possível motivar uma pessoa, mas é possível

criar um ambiente favorável a motivação, ou seja, um ambiente no qual a pessoa se sinta

motivada.

Contudo, os fatores que motivam a equipe de enfermagem para trabalhar contribuem

para criação de um ambiente onde eles se sintam motivados. Percebemos, através deste estudo

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que a motivação é diferente para cada indivíduo, mas os fatores que levam a motivação são os

semelhantes.

Frente aos fatores motivacionais da equipe de enfermagem, cabe as lideranças

desenvolver sistemas motivacionais aos trabalhadores com o intuito de conseguir o

desempenho necessário à consecução dos objetivos organizacionais, como por exemplo:

enriquecimento do trabalho, autogestão nos grupos de trabalho, remuneração por resultados e

os programas de incentivos.

Os incentivos oferecidos devem estar em sintonia com os motivos internos dos

trabalhadores. Qualquer estímulo pode ser eficaz desde que compatível com as necessidades,

interesse e aptidões da pessoa a quem é oferecido. O que se percebe é que os gerentes estão

criando um ambiente de trabalho no qual as pessoas se sentem controladas e não um ambiente

que leve à investigação, aprendizado e progresso.

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CAPÍTULO VI

CONCLUSÃO

Este estudo teve como objetivo identificar os fatores motivacionais da equipe de

enfermagem do Hospital Pró-Cardíaco, apoiando-se nos seguintes objetivos específicos:

comparar os aspectos sociodemográficos da equipe de enfermagem com os fatores

intervenientes da motivação profissional e analisar os fatores motivacionais da equipe de

enfermagem e sua influência no trabalho.

Espera-se que este estudo possa contribuir não somente com o trabalho da gestão de

pessoas de enfermagem do Hospital Pró-Cardíaco, como também sensibilize todas as

organizações de saúde a realizar estudos personalizados, com objetivo de favorecer ou criar

um ambiente favorável a motivação da equipe de enfermagem.

Após concluir a pesquisa sobre os fatores motivacionais da equipe de enfermagem, foi

constatado que independente da aquisição do Hospital Pró-Cardíaco pela Amilpar durante a

coleta de dados, não houve diferença nas prioridades atribuídas pela equipe de enfermagem

aos fatores motivacionais, apesar de acreditar que a mudança de cultura e clima

organizacional pudesse influenciar.

Na análise dos fatores motivacionais, ocorreu similaridade em relação às prioridades

atribuídas para a maioria dos fatores que influenciam na motivação para trabalhar, tanto dos

enfermeiros quanto dos técnicos de enfermagem, tais como: recursos materiais, salário,

relacionamento com os colegas de trabalho e liderança, reconhecimento do trabalho realizado

e gostar do que faz.

As prioridades se diferenciaram apenas, em relação ao atributo Política de Gestão do

Hospital, onde os técnicos de enfermagem priorizaram a forma como é supervisionado como

fator de maior influência na sua motivação para trabalhar e os enfermeiros o plano de cargos e

salários.

Ao analisarmos estes fatores motivacionais da equipe de enfermagem é possível

entender que a motivação intrínseca está intimamente relacionada com um ambiente favorável

de trabalho, reconhecimento, incentivos, relacionamento entre os colegas e com as lideranças,

estando estes ligados as ações individuais dos líderes diretos em relação aos seus

funcionários. Por outro lado, a motivação extrínseca que esta baseada nas recompensas

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tangíveis, como os salários, benefícios e promoções, independem da liderança, são geralmente

determinadas pela alta administração.

Diante dos resultados, cabe aos gestores e líderes encontrarem alternativas que

favoreçam a motivação, como por exemplo, revisão das suas políticas internas, apresentar

planos de cargos e incentivos, oferecer feedback para os funcionários no sentido de

conhecer suas expectativas, obter melhorias no relacionamento interpessoal, com intuito

de administrar os pontos positivos e negativos, a fim de converter em melhorias para o

hospital, aplicação das técnicas do coaching, desenvolvimento das lideranças, entre outras.

Além destas alternativas, torna-se importante realizar pesquisas periódicas com a

finalidade de elencar outros aspectos que estejam relacionados com a motivação, visto que

estes fatores são extremamente mutáveis.

Sobre a comparação dos fatores motivacionais com a escolaridade, turno de trabalho e

tempo de formado (aspectos sociodemográficos) dos participantes, a interpretação dos dados

demonstrou que estes fatores não influenciam nas prioridades atribuídas aos fatores

motivacionais pela equipe de enfermagem, anulando com isto, a hipótese formulada no início

do estudo, que os aspectos sociodemográficos influenciam nas prioridades atribuídas pela

equipe de enfermagem aos fatores motivacionais.

Este fato não significa que os membros da equipe de enfermagem não tenham suas

particularidades, devendo o líder reconhecer as diferenças em seu aspecto mais profundo e

enriquecer sua compreensão sobre a complexidade das individualidades e da experiência

vivida em coletivo, ressaltando que uma ação é motivada por algum estímulo interno ao

próprio indivíduo (motivos internos) ou externo (motivos externos).

No processo de gestão de pessoas é fundamental que a motivação seja apreciada como

uma estratégia necessária e possível de ser implementada na realidade de trabalho de qualquer

instituição de saúde. Muito pode ser feito para conseguir maior valorização e reconhecimento

do profissional de enfermagem.

Investir na motivação desta equipe, com intuito de elevar o grau de satisfação no

trabalho, é fundamental para aumentar a produtividade e qualidade na assistência de

enfermagem, por ser vista como uma das principais colaboradoras nas instituições de saúde e

um importante diferencial de competitividade.

A realização deste estudo permitiu concluir que a motivação, por sua subjetividade e

singularidade, tendo em vista seu aspecto intrínseco e influenciada por fatores externos,

parece não ser esgotável, necessitando de maior aprofundamento e atenção das organizações

de saúde e também das instituições formadoras.

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A análise percentual dos dados possibilitou conhecer e discutir os fatores

motivacionais da equipe de enfermagem do Hospital Pró-Cardíaco sem a pretensão, portanto,

de ser generalista. Considero este estudo, como uma maior aproximação ao tema proposto e

um estímulo a reflexão sobre a motivação no ambiente de trabalho, em especial no trabalho da

equipe de enfermagem, lembrando a importância de desenvolvermos um olhar crítico e

evitarmos visões simplistas e reducionistas desse fenômeno, que certamente é um tema

instigante, concernente às dimensões profundas do ser humano.

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Revista Científica Eletrônica de Administração, 2008. Disponível em:<www.revista.inf.br>

Acesso em: 1 dez. 2010.

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CRONOGRAMA

CRONOGRAMA

Ano 2009

Ano 2010

Ano 2011

Sem. Sem. Sem.

II I II I

Ati

vid

ad

es P

rop

os

tas

Cumprimento das disciplinas obrigatórias e eletivas.

Revisão de literatura sobre a temática do projeto.

Defesa do projeto de dissertação

Encaminhamento para o Comitê de Ética.

Coleta e análise parcial dos dados.

Coleta e análise dos dados.

Qualificação da dissertação.

Análise dos dados e preparo para defesa.

Defesa da dissertação.

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APÊNDICE I

FORMULÁRIO

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Escola de Enfermagem Anna Nery

Pesquisador: Cristiana Dias Silveira

Orientadora: Profa. Dr

a . Marluci Stipp

Participante: 001

FATORES MOTIVACIONAIS NO GERENCIAMENTO DA EQUIPE DE

ENFERMAGEM

Sexo: M F

Idade (anos):

Estado civil: Solteiro Casado

Filhos: Sim Não

Escolaridade:

Nível Médio

Nível Superior

Pós Graduação Lato Sensu

Pós Graduação Stricto Sensu

Tempo de formado:

Turno de Trabalho nesta instituição: Diurno Noturno

Quanto tempo trabalha nesta instituição:

Setor que trabalha nesta instituição:

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Trabalha em outro hospital: Sim Não

1. Coloque em ordem de prioridade, de 1 a 4, os fatores que influenciam positivamente na sua

motivação para trabalhar, sendo o número 1 o que mais influencia e 4 para o que menos

influencia, sem deixar itens em branco:

Condições Físicas e Ambientais de trabalho:

Som/ Ruído/ Iluminação

Limpeza

Recursos Materiais

Refeições

Remuneração:

Salário

Plano de saúde extensivo para família

Vale transporte

Ticket alimentação

Relacionamento Interpessoal:

Com os colegas de profissão

Com a Direção

Com o seu líder direto

Multiprofissional

Políticas da Empresa:

Tipo de supervisão

Regulamentos internos

Plano de cargos

Eventos sociais de confraternização

Realização Profissional:

Reconhecimento do trabalho realizado

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Chances de crescimento/ progresso

Educação Continuada

Estímulos/ desafios no trabalho

O trabalho em si:

Autonomia para executar o trabalho

Uso pleno das habilidades pessoais

Gostar do que faz

Exigência de responsabilidade no trabalho

2. Coloque em ordem de prioridade, de 1 a 6, os fatores que influenciam positivamente na sua

motivação para trabalhar, sendo o número 1 o que mais influencia e 6 para o que menos

influencia, sem deixar itens em branco:

Condições físicas e ambientais de trabalho;

Remuneração;

Relacionamento Interpessoal;

Políticas da Empresa;

Realização Profissional;

O trabalho em si.

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APÊNDICE II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PROJETO DE PESQUISA

FATORES MOTIVACIONAIS NO GERENCIAMENTO DA EQUIPE DE

ENFERMAGEM.

INVESTIGADOR PRINCIPAL

CRISTIANA DIAS SILVEIRA

Estamos solicitando sua participação neste estudo para dar encaminhamento a

dissertação de mestrado intitulada: Os Fatores Motivacionais no Gerenciamento da Equipe de

Enfermagem. Orientada pela Profa

Dra Marluci de Andrade Conceição Stipp e desenvolvida

na Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na qual o

objeto de estudo refere-se aos fatores motivacionais da equipe de enfermagem de um hospital

privado do Rio de Janeiro. Com os objetivos de: Identificar as prioridades atribuídas pela

equipe de enfermagem, frente aos fatores motivacionais; Comparar os aspectos

sociodemográficos da equipe de enfermagem com os fatores intervenientes da motivação

profissional e analisar os fatores motivacionais da equipe de enfermagem e sua influência no

trabalho.

Acreditamos estar com este estudo contribuindo para o trabalho da gestão de pessoas de

enfermagem, de modo a identificar os fatores que motivam a equipe de enfermagem, podendo

servir de base para ações motivacionais, criando condições favoráveis para maximizar o

desempenho da equipe e a sua satisfação no trabalho, na busca pela qualidade assistencial,

excelência nos resultados e alcance das metas organizacionais.

Antes de assinar o termo de consentimento para a sua participação, por favor, leia com

atenção todas as informações e tire qualquer dúvida com o pesquisador principal.

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PROCEDIMENTOS DO ESTUDO

Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem realizadas

sob a forma de um formulário estruturado, com questões fechadas.

RISCOS E BENEFÍCIOS

Não haverá riscos de qualquer natureza relacionada a sua participação.

O benefício relacionado à sua participação será de aumentar o conhecimento científico

para a área de gestão de pessoas de enfermagem.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA

O (a) senhor (a) é livre para participar ou desistir do estudo em qualquer momento.

Se o (a) senhor (a) tiver qualquer dúvida quanto ao estudo ou aos seus direitos como

participante de uma pesquisa, pode perguntar a quem lhe apresentou o projeto.

COMPENSAÇÃO

Assinando esse consentimento, o (a) senhor (a) não desiste de nenhum de seus direitos.

Além disso, o (a) senhor (a) não libera os investigadores de suas responsabilidades legais e

profissionais no caso de alguma situação que lhe prejudique.

CONFIDENCIALIDADE

Qualquer informação relacionada a esse projeto com respeito ao senhor (a) será mantida

em segredo e apenas as pessoas autorizadas terão acesso. Os resultados do estudo podem ser

publicados, mas sua identidade não será revelada.

CUSTOS ADICIONAIS E RESSARCIMENTO

Sua participação no estudo não acarretará em custos. Também não haverá nenhuma

forma de pagamento pela sua participação.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

FATORES MOTIVACIONAIS NO GERENCIAMENTO DA EQUIPE DE

ENFERMAGEM.

Eu tirei todas as dúvidas que eu tinha à respeito deste projeto de pesquisa.

Eu entendo que eu sou livre pra sair do estudo no momento em que eu quiser.

Eu li e entendi o que está escrito nesse formulário.

Eu, que assino aqui, aceito participar neste projeto.

____________________________ ______________ ______________

Assinatura do participante Data Hora

____________________________ ______________ _______________

Assinatura do investigador Data Hora

Eu expliquei o objetivo do projeto a _____________________ e ele (a) assinou esse

consentimento na minha presença.

______________________ ____________ ______________

Assinatura Data Hora

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ANEXO 1

Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 1ª Gestão.

(continua)

Proporção

Amostral do Atributo

Tec. de Enfermagem Enfermeiros

Tamanho da Amostra (n=58) Tamanho da Amostra (n=40)

População (N=197) População (N=111)

pk Erro Intervalo de Confiança Erro Intervalo de Confiança

Abs (%) Limite Inferior Limite Superior Abs (%) Limite Inferior Limite Superior

0,01 0,022 215,64 -0,012 0,032 0,02 247,72 -0,015 0,035

0,02 0,030 151,71 -0,010 0,050 0,03 174,28 -0,015 0,055

0,03 0,037 123,24 -0,007 0,067 0,04 141,57 -0,012 0,072

0,04 0,042 106,17 -0,002 0,082 0,05 121,97 -0,009 0,089

0,05 0,047 94,47 0,003 0,097 0,05 108,52 -0,004 0,104

0,06 0,051 85,78 0,009 0,111 0,06 98,55 0,001 0,119

0,07 0,055 79,00 0,015 0,125 0,06 90,75 0,006 0,134

0,08 0,059 73,50 0,021 0,139 0,07 84,43 0,012 0,148

0,09 0,062 68,91 0,028 0,152 0,07 79,17 0,019 0,161

0,10 0,065 65,02 0,035 0,165 0,07 74,69 0,025 0,175

0,11 0,068 61,65 0,042 0,178 0,08 70,82 0,032 0,188

0,12 0,070 58,69 0,050 0,190 0,08 67,42 0,039 0,201

0,13 0,073 56,07 0,057 0,203 0,08 64,41 0,046 0,214

0,14 0,075 53,72 0,065 0,215 0,09 61,71 0,054 0,226

0,15 0,077 51,59 0,073 0,227 0,09 59,27 0,061 0,239

0,16 0,079 49,66 0,081 0,239 0,09 57,05 0,069 0,251

0,17 0,081 47,89 0,089 0,251 0,09 55,01 0,076 0,264

0,18 0,083 46,26 0,097 0,263 0,10 53,14 0,084 0,276

0,19 0,085 44,75 0,105 0,275 0,10 51,41 0,092 0,288

0,20 0,087 43,35 0,113 0,287 0,10 49,79 0,100 0,300

0,21 0,088 42,04 0,122 0,298 0,10 48,29 0,109 0,311

0,22 0,090 40,81 0,130 0,310 0,10 46,88 0,117 0,323

0,23 0,091 39,65 0,139 0,321 0,10 45,55 0,125 0,335

0,24 0,093 38,57 0,147 0,333 0,11 44,30 0,134 0,346

0,25 0,094 37,54 0,156 0,344 0,11 43,12 0,142 0,358

0,26 0,095 36,56 0,165 0,355 0,11 42,00 0,151 0,369

0,27 0,096 35,64 0,174 0,366 0,11 40,94 0,159 0,381

0,28 0,097 34,75 0,183 0,377 0,11 39,92 0,168 0,392

0,29 0,098 33,91 0,192 0,388 0,11 38,96 0,177 0,403

0,30 0,099 33,11 0,201 0,399 0,11 38,03 0,186 0,414

0,31 0,100 32,33 0,210 0,410 0,12 37,14 0,195 0,425

0,32 0,101 31,59 0,219 0,421 0,12 36,29 0,204 0,436

0,33 0,102 30,88 0,228 0,432 0,12 35,48 0,213 0,447

0,34 0,103 30,20 0,237 0,443 0,12 34,69 0,222 0,458

0,35 0,103 29,53 0,247 0,453 0,12 33,93 0,231 0,469

0,36 0,104 28,90 0,256 0,464 0,12 33,20 0,240 0,480

0,37 0,105 28,28 0,265 0,475 0,12 32,49 0,250 0,490

0,38 0,105 27,68 0,275 0,485 0,12 31,80 0,259 0,501

0,39 0,106 27,10 0,284 0,496 0,12 31,14 0,269 0,511

0,40 0,106 26,54 0,294 0,506 0,12 30,49 0,278 0,522

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Anexo 1: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 1ª

Gestão.

(continua)

Proporção Amostral

do Atributo

Tec. de Enfermagem Enfermeiros

Tamanho da Amostra (n=58) Tamanho da Amostra (n=40)

População (N=197) População (N=111)

pk Erro Intervalo de Confiança Erro Intervalo de Confiança

Abs (%) Limite Inferior Limite Superior Abs (%) Limite Inferior Limite Superior

0,41 0,107 26,00 0,303 0,517 0,12 29,87 0,288 0,532

0,42 0,107 25,47 0,313 0,527 0,12 29,26 0,297 0,543

0,43 0,107 24,95 0,323 0,537 0,12 28,67 0,307 0,553

0,44 0,108 24,45 0,332 0,548 0,12 28,09 0,316 0,564

0,45 0,108 23,96 0,342 0,558 0,12 27,52 0,326 0,574

0,46 0,108 23,48 0,352 0,568 0,12 26,98 0,336 0,584

0,47 0,108 23,01 0,362 0,578 0,12 26,44 0,346 0,594

0,48 0,108 22,56 0,372 0,588 0,12 25,91 0,356 0,604

0,49 0,108 22,11 0,382 0,598 0,12 25,40 0,366 0,614

0,50 0,108 21,67 0,392 0,608 0,12 24,90 0,376 0,624

0,51 0,108 21,24 0,402 0,618 0,12 24,40 0,386 0,634

0,52 0,108 20,82 0,412 0,628 0,12 23,92 0,396 0,644

0,53 0,108 20,41 0,422 0,638 0,12 23,45 0,406 0,654

0,54 0,108 20,00 0,432 0,648 0,12 22,98 0,416 0,664

0,55 0,108 19,60 0,442 0,658 0,12 22,52 0,426 0,674

0,56 0,108 19,21 0,452 0,668 0,12 22,07 0,436 0,684

0,57 0,107 18,82 0,463 0,677 0,12 21,62 0,447 0,693

0,58 0,107 18,44 0,473 0,687 0,12 21,19 0,457 0,703

0,59 0,107 18,07 0,483 0,697 0,12 20,75 0,468 0,712

0,60 0,106 17,70 0,494 0,706 0,12 20,33 0,478 0,722

0,61 0,106 17,33 0,504 0,716 0,12 19,91 0,489 0,731

0,62 0,105 16,97 0,515 0,725 0,12 19,49 0,499 0,741

0,63 0,105 16,61 0,525 0,735 0,12 19,08 0,510 0,750

0,64 0,104 16,25 0,536 0,744 0,12 18,67 0,520 0,760

0,65 0,103 15,90 0,547 0,753 0,12 18,27 0,531 0,769

0,66 0,103 15,56 0,557 0,763 0,12 17,87 0,542 0,778

0,67 0,102 15,21 0,568 0,772 0,12 17,47 0,553 0,787

0,68 0,101 14,87 0,579 0,781 0,12 17,08 0,564 0,796

0,69 0,100 14,53 0,590 0,790 0,12 16,69 0,575 0,805

0,70 0,099 14,19 0,601 0,799 0,11 16,30 0,586 0,814

0,71 0,098 13,85 0,612 0,808 0,11 15,91 0,597 0,823

0,72 0,097 13,52 0,623 0,817 0,11 15,53 0,608 0,832

0,73 0,096 13,18 0,634 0,826 0,11 15,14 0,619 0,841

0,74 0,095 12,85 0,645 0,835 0,11 14,76 0,631 0,849

0,75 0,094 12,51 0,656 0,844 0,11 14,37 0,642 0,858

0,76 0,093 12,18 0,667 0,853 0,11 13,99 0,654 0,866

0,77 0,091 11,84 0,679 0,861 0,10 13,61 0,665 0,875

0,78 0,090 11,51 0,690 0,870 0,10 13,22 0,677 0,883

0,79 0,088 11,17 0,702 0,878 0,10 12,84 0,689 0,891

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Anexo 1: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 1ª

Gestão.

(conclui)

Proporção Amostral

do Atributo

Tec. de Enfermagem Enfermeiros

Tamanho da Amostra (n=58) Tamanho da Amostra (n=40)

População (N=197) População (N=111)

pk Erro Intervalo de Confiança Erro Intervalo de Confiança

Abs (%) Limite Inferior Limite Superior Abs (%) Limite Inferior Limite Superior

0,80 0,087 10,84 0,713 0,887 0,10 12,45 0,700 0,900

0,81 0,085 10,50 0,725 0,895 0,10 12,06 0,712 0,908

0,82 0,083 10,15 0,737 0,903 0,10 11,66 0,724 0,916

0,83 0,081 9,81 0,749 0,911 0,09 11,27 0,736 0,924

0,84 0,079 9,46 0,761 0,919 0,09 10,87 0,749 0,931

0,85 0,077 9,10 0,773 0,927 0,09 10,46 0,761 0,939

0,86 0,075 8,74 0,785 0,935 0,09 10,05 0,774 0,946

0,87 0,073 8,38 0,797 0,943 0,08 9,62 0,786 0,954

0,88 0,070 8,00 0,810 0,950 0,08 9,19 0,799 0,961

0,89 0,068 7,62 0,822 0,958 0,08 8,75 0,812 0,968

0,90 0,065 7,22 0,835 0,965 0,07 8,30 0,825 0,975

0,91 0,062 6,82 0,848 0,972 0,07 7,83 0,839 0,981

0,92 0,059 6,39 0,861 0,979 0,07 7,34 0,852 0,988

0,93 0,055 5,95 0,875 0,985 0,06 6,83 0,866 0,994

0,94 0,051 5,48 0,889 0,991 0,06 6,29 0,881 0,999

0,95 0,047 4,97 0,903 0,997 0,05 5,71 0,896 1,004

0,96 0,042 4,42 0,918 1,002 0,05 5,08 0,911 1,009

0,97 0,037 3,81 0,933 1,007 0,04 4,38 0,928 1,012

0,98 0,030 3,10 0,950 1,010 0,03 3,56 0,945 1,015

0,99 0,022 2,18 0,968 1,012 0,02 2,50 0,965 1,015

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80

ANEXO II

Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª Gestão.

(continua)

Proporção

Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Enfermeiros

Tamanho da Amostra (n=82) Tamanho da Amostra (n=59)

População (N=214) População (N=109)

pk Erro Intervalo de Confiança Erro Intervalo de Confiança

Abs (%) Limite Inferior Limite Superior Abs (%) Limite Inferior Limite Superior

0,01 0,017 169,534 -0,007 0,027 0,017 172,748 -0,007 0,027

0,02 0,024 119,271 -0,004 0,044 0,024 121,533 -0,004 0,044

0,03 0,029 96,887 0,001 0,059 0,030 98,723 0,000 0,060

0,04 0,033 83,473 0,007 0,073 0,034 85,055 0,006 0,074

0,05 0,037 74,270 0,013 0,087 0,038 75,678 0,012 0,088

0,06 0,040 67,441 0,020 0,100 0,041 68,720 0,019 0,101

0,07 0,043 62,106 0,027 0,113 0,044 63,283 0,026 0,114

0,08 0,046 57,781 0,034 0,126 0,047 58,877 0,033 0,127

0,09 0,049 54,180 0,041 0,139 0,050 55,207 0,040 0,140

0,1 0,051 51,116 0,049 0,151 0,052 52,085 0,048 0,152

0,11 0,053 48,466 0,057 0,163 0,054 49,385 0,056 0,164

0,12 0,055 46,141 0,065 0,175 0,056 47,016 0,064 0,176

0,13 0,057 44,078 0,073 0,187 0,058 44,914 0,072 0,188

0,14 0,059 42,230 0,081 0,199 0,060 43,031 0,080 0,200

0,15 0,061 40,560 0,089 0,211 0,062 41,329 0,088 0,212

0,16 0,062 39,041 0,098 0,222 0,064 39,781 0,096 0,224

0,17 0,064 37,649 0,106 0,234 0,065 38,363 0,105 0,235

0,18 0,065 36,367 0,115 0,245 0,067 37,057 0,113 0,247

0,19 0,067 35,181 0,123 0,257 0,068 35,848 0,122 0,258

0,2 0,068 34,078 0,132 0,268 0,069 34,724 0,131 0,269

0,21 0,069 33,048 0,141 0,279 0,071 33,674 0,139 0,281

0,22 0,071 32,083 0,149 0,291 0,072 32,691 0,148 0,292

0,23 0,072 31,176 0,158 0,302 0,073 31,767 0,157 0,303

0,24 0,073 30,321 0,167 0,313 0,074 30,896 0,166 0,314

0,25 0,074 29,512 0,176 0,324 0,075 30,072 0,175 0,325

0,26 0,075 28,745 0,185 0,335 0,076 29,290 0,184 0,336

0,27 0,076 28,017 0,194 0,346 0,077 28,548 0,193 0,347

0,28 0,077 27,323 0,203 0,357 0,078 27,841 0,202 0,358

0,29 0,077 26,661 0,213 0,367 0,079 27,166 0,211 0,369

0,3 0,078 26,027 0,222 0,378 0,080 26,521 0,220 0,380

0,31 0,079 25,420 0,231 0,389 0,080 25,902 0,230 0,390

0,32 0,079 24,838 0,241 0,399 0,081 25,309 0,239 0,401

0,33 0,080 24,278 0,250 0,410 0,082 24,739 0,248 0,412

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81

Anexo 2: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª

Gestão.

(continua)

Proporção Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Enfermeiros

Tamanho da Amostra (n=82) Tamanho da Amostra (n=59)

População (N=214) População (N=109)

pk Erro Intervalo de Confiança Erro Intervalo de Confiança

Abs (%) Limite Inferior Limite Superior Abs (%) Limite Inferior Limite Superior

0,34 0,081 23,739 0,259 0,421 0,082 24,190 0,258 0,422

0,35 0,081 23,220 0,269 0,431 0,083 23,660 0,267 0,433

0,36 0,082 22,718 0,278 0,442 0,083 23,149 0,277 0,443

0,37 0,082 22,233 0,288 0,452 0,084 22,655 0,286 0,454

0,38 0,083 21,764 0,297 0,463 0,084 22,177 0,296 0,464

0,39 0,083 21,309 0,307 0,473 0,085 21,713 0,305 0,475

0,4 0,083 20,868 0,317 0,483 0,085 21,264 0,315 0,485

0,41 0,084 20,440 0,326 0,494 0,085 20,827 0,325 0,495

0,42 0,084 20,023 0,336 0,504 0,086 20,403 0,334 0,506

0,43 0,084 19,617 0,346 0,514 0,086 19,989 0,344 0,516

0,44 0,085 19,222 0,355 0,525 0,086 19,587 0,354 0,526

0,45 0,085 18,837 0,365 0,535 0,086 19,194 0,364 0,536

0,46 0,085 18,461 0,375 0,545 0,087 18,811 0,373 0,547

0,47 0,085 18,094 0,385 0,555 0,087 18,437 0,383 0,557

0,48 0,085 17,735 0,395 0,565 0,087 18,071 0,393 0,567

0,49 0,085 17,383 0,405 0,575 0,087 17,713 0,403 0,577

0,5 0,085 17,039 0,415 0,585 0,087 17,362 0,413 0,587

0,51 0,085 16,701 0,425 0,595 0,087 17,018 0,423 0,597

0,52 0,085 16,370 0,435 0,605 0,087 16,681 0,433 0,607

0,53 0,085 16,045 0,445 0,615 0,087 16,350 0,443 0,617

0,54 0,085 15,726 0,455 0,625 0,087 16,024 0,453 0,627

0,55 0,085 15,412 0,465 0,635 0,086 15,704 0,464 0,636

0,56 0,085 15,103 0,475 0,645 0,086 15,390 0,474 0,646

0,57 0,084 14,799 0,486 0,654 0,086 15,080 0,484 0,656

0,58 0,084 14,499 0,496 0,664 0,086 14,774 0,494 0,666

0,59 0,084 14,204 0,506 0,674 0,085 14,473 0,505 0,675

0,6 0,083 13,912 0,517 0,683 0,085 14,176 0,515 0,685

0,61 0,083 13,624 0,527 0,693 0,085 13,882 0,525 0,695

0,62 0,083 13,339 0,537 0,703 0,084 13,592 0,536 0,704

0,63 0,082 13,058 0,548 0,712 0,084 13,305 0,546 0,714

0,64 0,082 12,779 0,558 0,722 0,083 13,021 0,557 0,723

0,65 0,081 12,503 0,569 0,731 0,083 12,740 0,567 0,733

0,66 0,081 12,229 0,579 0,741 0,082 12,461 0,578 0,742

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82

Anexo 2: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª

Gestão.

(conclui)

Proporção Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Enfermeiros

Tamanho da Amostra (n=82) Tamanho da Amostra (n=59)

População (N=214) População (N=109)

pk Erro Intervalo de Confiança Erro Intervalo de Confiança

Abs (%) Limite Inferior Limite Superior Abs (%) Limite Inferior Limite Superior

0,67 0,080 11,958 0,590 0,750 0,082 12,185 0,588 0,752

0,68 0,079 11,689 0,601 0,759 0,081 11,910 0,599 0,761

0,69 0,079 11,421 0,611 0,769 0,080 11,637 0,610 0,770

0,7 0,078 11,154 0,622 0,778 0,080 11,366 0,620 0,780

0,71 0,077 10,890 0,633 0,787 0,079 11,096 0,631 0,789

0,72 0,077 10,626 0,643 0,797 0,078 10,827 0,642 0,798

0,73 0,076 10,362 0,654 0,806 0,077 10,559 0,653 0,807

0,74 0,075 10,100 0,665 0,815 0,076 10,291 0,664 0,816

0,75 0,074 9,837 0,676 0,824 0,075 10,024 0,675 0,825

0,76 0,073 9,575 0,687 0,833 0,074 9,756 0,686 0,834

0,77 0,072 9,312 0,698 0,842 0,073 9,489 0,697 0,843

0,78 0,071 9,049 0,709 0,851 0,072 9,221 0,708 0,852

0,79 0,069 8,785 0,721 0,859 0,071 8,951 0,719 0,861

0,8 0,068 8,519 0,732 0,868 0,069 8,681 0,731 0,869

0,81 0,067 8,252 0,743 0,877 0,068 8,409 0,742 0,878

0,82 0,065 7,983 0,755 0,885 0,067 8,134 0,753 0,887

0,83 0,064 7,711 0,766 0,894 0,065 7,857 0,765 0,895

0,84 0,062 7,436 0,778 0,902 0,064 7,577 0,776 0,904

0,85 0,061 7,158 0,789 0,911 0,062 7,293 0,788 0,912

0,86 0,059 6,875 0,801 0,919 0,060 7,005 0,800 0,920

0,87 0,057 6,586 0,813 0,927 0,058 6,711 0,812 0,928

0,88 0,055 6,292 0,825 0,935 0,056 6,411 0,824 0,936

0,89 0,053 5,990 0,837 0,943 0,054 6,104 0,836 0,944

0,9 0,051 5,680 0,849 0,951 0,052 5,787 0,848 0,952

0,91 0,049 5,358 0,861 0,959 0,050 5,460 0,860 0,960

0,92 0,046 5,024 0,874 0,966 0,047 5,120 0,873 0,967

0,93 0,043 4,675 0,887 0,973 0,044 4,763 0,886 0,974

0,94 0,040 4,305 0,900 0,980 0,041 4,386 0,899 0,981

0,95 0,037 3,909 0,913 0,987 0,038 3,983 0,912 0,988

0,96 0,033 3,478 0,927 0,993 0,034 3,544 0,926 0,994

0,97 0,029 2,996 0,941 0,999 0,030 3,053 0,940 1,000

0,98 0,024 2,434 0,956 1,004 0,024 2,480 0,956 1,004

0,99 0,017 1,712 0,973 1,007 0,017 1,745 0,973 1,007

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83

Anexo 2: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª

Gestão.

(continua)

Proporção Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem

Tamanho da Amostra (n=81) Tamanho da Amostra (n=80) Tamanho da Amostra (n=79)

População (N=214) População (N=214) População (N=214)

pk Erro Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança

Abs (%) Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior

0,01 0,017 171,222 -0,007 0,027 0,017 172,935 -0,007 0,027 0,017 174,674 -0,007 0,027

0,02 0,024 120,459 -0,004 0,044 0,024 121,664 -0,004 0,044 0,025 122,888 -0,005 0,045

0,03 0,029 97,851 0,001 0,059 0,030 98,830 0,000 0,060 0,030 99,824 0,000 0,060

0,04 0,034 84,304 0,006 0,074 0,034 85,147 0,006 0,074 0,034 86,004 0,006 0,074

0,05 0,038 75,010 0,012 0,088 0,038 75,760 0,012 0,088 0,038 76,522 0,012 0,088

0,06 0,041 68,113 0,019 0,101 0,041 68,795 0,019 0,101 0,042 69,486 0,018 0,102

0,07 0,044 62,724 0,026 0,114 0,044 63,352 0,026 0,114 0,045 63,989 0,025 0,115

0,08 0,047 58,357 0,033 0,127 0,047 58,941 0,033 0,127 0,048 59,533 0,032 0,128

0,09 0,049 54,719 0,041 0,139 0,050 55,267 0,040 0,140 0,050 55,823 0,040 0,140

0,1 0,052 51,625 0,048 0,152 0,052 52,142 0,048 0,152 0,053 52,666 0,047 0,153

0,11 0,054 48,949 0,056 0,164 0,054 49,438 0,056 0,164 0,055 49,936 0,055 0,165

0,12 0,056 46,601 0,064 0,176 0,056 47,067 0,064 0,176 0,057 47,540 0,063 0,177

0,13 0,058 44,517 0,072 0,188 0,058 44,963 0,072 0,188 0,059 45,415 0,071 0,189

0,14 0,060 42,651 0,080 0,200 0,060 43,078 0,080 0,200 0,061 43,511 0,079 0,201

0,15 0,061 40,964 0,089 0,211 0,062 41,374 0,088 0,212 0,063 41,790 0,087 0,213

0,16 0,063 39,429 0,097 0,223 0,064 39,824 0,096 0,224 0,064 40,225 0,096 0,224

0,17 0,065 38,024 0,105 0,235 0,065 38,404 0,105 0,235 0,066 38,791 0,104 0,236

0,18 0,066 36,729 0,114 0,246 0,067 37,097 0,113 0,247 0,067 37,470 0,113 0,247

0,19 0,068 35,531 0,122 0,258 0,068 35,887 0,122 0,258 0,069 36,247 0,121 0,259

0,2 0,069 34,417 0,131 0,269 0,070 34,761 0,130 0,270 0,070 35,111 0,130 0,270

0,21 0,070 33,377 0,140 0,280 0,071 33,711 0,139 0,281 0,072 34,050 0,138 0,282

0,22 0,071 32,402 0,149 0,291 0,072 32,727 0,148 0,292 0,073 33,056 0,147 0,293

0,23 0,072 31,486 0,158 0,302 0,073 31,801 0,157 0,303 0,074 32,121 0,156 0,304

0,24 0,073 30,623 0,167 0,313 0,074 30,929 0,166 0,314 0,075 31,240 0,165 0,315

0,25 0,075 29,806 0,175 0,325 0,075 30,104 0,175 0,325 0,076 30,407 0,174 0,326

0,26 0,075 29,032 0,185 0,335 0,076 29,322 0,184 0,336 0,077 29,617 0,183 0,337

0,27 0,076 28,296 0,194 0,346 0,077 28,579 0,193 0,347 0,078 28,866 0,192 0,348

0,28 0,077 27,595 0,203 0,357 0,078 27,871 0,202 0,358 0,079 28,151 0,201 0,359

0,29 0,078 26,926 0,212 0,368 0,079 27,195 0,211 0,369 0,080 27,469 0,210 0,370

0,3 0,079 26,286 0,221 0,379 0,080 26,549 0,220 0,380 0,080 26,816 0,220 0,380

0,31 0,080 25,674 0,230 0,390 0,080 25,930 0,230 0,390 0,081 26,191 0,229 0,391

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84

Anexo 2: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª

Gestão.

(continua)

Proporção Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem

Tamanho da Amostra (n=81) Tamanho da Amostra (n=80) Tamanho da Amostra (n=79)

População (N=214) População (N=214) População (N=214)

pk Erro Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança

Abs (%) Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior

0,32 0,080 25,085 0,240 0,400 0,081 25,336 0,239 0,401 0,082 25,591 0,238 0,402

0,33 0,081 24,520 0,249 0,411 0,082 24,765 0,248 0,412 0,083 25,015 0,247 0,413

0,34 0,082 23,976 0,258 0,422 0,082 24,216 0,258 0,422 0,083 24,459 0,257 0,423

0,35 0,082 23,451 0,268 0,432 0,083 23,686 0,267 0,433 0,084 23,924 0,266 0,434

0,36 0,083 22,945 0,277 0,443 0,083 23,174 0,277 0,443 0,084 23,407 0,276 0,444

0,37 0,083 22,455 0,287 0,453 0,084 22,680 0,286 0,454 0,085 22,908 0,285 0,455

0,38 0,084 21,981 0,296 0,464 0,084 22,201 0,296 0,464 0,085 22,424 0,295 0,465

0,39 0,084 21,522 0,306 0,474 0,085 21,737 0,305 0,475 0,086 21,956 0,304 0,476

0,4 0,084 21,076 0,316 0,484 0,085 21,287 0,315 0,485 0,086 21,501 0,314 0,486

0,41 0,085 20,643 0,325 0,495 0,085 20,850 0,325 0,495 0,086 21,059 0,324 0,496

0,42 0,085 20,222 0,335 0,505 0,086 20,425 0,334 0,506 0,087 20,630 0,333 0,507

0,43 0,085 19,813 0,345 0,515 0,086 20,011 0,344 0,516 0,087 20,212 0,343 0,517

0,44 0,085 19,414 0,355 0,525 0,086 19,608 0,354 0,526 0,087 19,805 0,353 0,527

0,45 0,086 19,025 0,364 0,536 0,086 19,215 0,364 0,536 0,087 19,408 0,363 0,537

0,46 0,086 18,645 0,374 0,546 0,087 18,831 0,373 0,547 0,087 19,021 0,373 0,547

0,47 0,086 18,274 0,384 0,556 0,087 18,457 0,383 0,557 0,088 18,642 0,382 0,558

0,48 0,086 17,911 0,394 0,566 0,087 18,090 0,393 0,567 0,088 18,272 0,392 0,568

0,49 0,086 17,556 0,404 0,576 0,087 17,732 0,403 0,577 0,088 17,910 0,402 0,578

0,5 0,086 17,208 0,414 0,586 0,087 17,381 0,413 0,587 0,088 17,555 0,412 0,588

0,51 0,086 16,868 0,424 0,596 0,087 17,036 0,423 0,597 0,088 17,208 0,422 0,598

0,52 0,086 16,533 0,434 0,606 0,087 16,699 0,433 0,607 0,088 16,867 0,432 0,608

0,53 0,086 16,205 0,444 0,616 0,087 16,367 0,443 0,617 0,088 16,532 0,442 0,618

0,54 0,086 15,883 0,454 0,626 0,087 16,042 0,453 0,627 0,087 16,203 0,453 0,627

0,55 0,086 15,566 0,464 0,636 0,086 15,721 0,464 0,636 0,087 15,879 0,463 0,637

0,56 0,085 15,254 0,475 0,645 0,086 15,406 0,474 0,646 0,087 15,561 0,473 0,647

0,57 0,085 14,946 0,485 0,655 0,086 15,096 0,484 0,656 0,087 15,248 0,483 0,657

0,58 0,085 14,644 0,495 0,665 0,086 14,790 0,494 0,666 0,087 14,939 0,493 0,667

0,59 0,085 14,345 0,505 0,675 0,085 14,489 0,505 0,675 0,086 14,634 0,504 0,676

0,6 0,084 14,051 0,516 0,684 0,085 14,191 0,515 0,685 0,086 14,334 0,514 0,686

0,61 0,084 13,760 0,526 0,694 0,085 13,897 0,525 0,695 0,086 14,037 0,524 0,696

0,62 0,084 13,472 0,536 0,704 0,084 13,607 0,536 0,704 0,085 13,744 0,535 0,705

0,63 0,083 13,188 0,547 0,713 0,084 13,320 0,546 0,714 0,085 13,454 0,545 0,715

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85

Anexo 2: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª

Gestão.

(continua)

Proporção Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem

Tamanho da Amostra (n=81) Tamanho da Amostra (n=80) Tamanho da Amostra (n=79)

População (N=214) População (N=214) População (N=214)

pk Erro Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança

Abs (%) Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior

0,64 0,083 12,906 0,557 0,723 0,083 13,035 0,557 0,723 0,084 13,167 0,556 0,724

0,65 0,082 12,628 0,568 0,732 0,083 12,754 0,567 0,733 0,084 12,882 0,566 0,734

0,66 0,082 12,351 0,578 0,742 0,082 12,475 0,578 0,742 0,083 12,600 0,577 0,743

0,67 0,081 12,077 0,589 0,751 0,082 12,198 0,588 0,752 0,083 12,321 0,587 0,753

0,68 0,080 11,805 0,600 0,760 0,081 11,923 0,599 0,761 0,082 12,043 0,598 0,762

0,69 0,080 11,534 0,610 0,770 0,080 11,650 0,610 0,770 0,081 11,767 0,609 0,771

0,7 0,079 11,266 0,621 0,779 0,080 11,378 0,620 0,780 0,080 11,493 0,620 0,780

0,71 0,078 10,998 0,632 0,788 0,079 11,108 0,631 0,789 0,080 11,220 0,630 0,790

0,72 0,077 10,731 0,643 0,797 0,078 10,839 0,642 0,798 0,079 10,948 0,641 0,799

0,73 0,076 10,466 0,654 0,806 0,077 10,570 0,653 0,807 0,078 10,677 0,652 0,808

0,74 0,075 10,200 0,665 0,815 0,076 10,302 0,664 0,816 0,077 10,406 0,663 0,817

0,75 0,075 9,935 0,675 0,825 0,075 10,035 0,675 0,825 0,076 10,136 0,674 0,826

0,76 0,073 9,670 0,687 0,833 0,074 9,767 0,686 0,834 0,075 9,865 0,685 0,835

0,77 0,072 9,405 0,698 0,842 0,073 9,499 0,697 0,843 0,074 9,595 0,696 0,844

0,78 0,071 9,139 0,709 0,851 0,072 9,231 0,708 0,852 0,073 9,323 0,707 0,853

0,79 0,070 8,872 0,720 0,860 0,071 8,961 0,719 0,861 0,072 9,051 0,718 0,862

0,8 0,069 8,604 0,731 0,869 0,070 8,690 0,730 0,870 0,070 8,778 0,730 0,870

0,81 0,068 8,334 0,742 0,878 0,068 8,418 0,742 0,878 0,069 8,502 0,741 0,879

0,82 0,066 8,063 0,754 0,886 0,067 8,143 0,753 0,887 0,067 8,225 0,753 0,887

0,83 0,065 7,788 0,765 0,895 0,065 7,866 0,765 0,895 0,066 7,945 0,764 0,896

0,84 0,063 7,510 0,777 0,903 0,064 7,586 0,776 0,904 0,064 7,662 0,776 0,904

0,85 0,061 7,229 0,789 0,911 0,062 7,301 0,788 0,912 0,063 7,375 0,787 0,913

0,86 0,060 6,943 0,800 0,920 0,060 7,013 0,800 0,920 0,061 7,083 0,799 0,921

0,87 0,058 6,652 0,812 0,928 0,058 6,719 0,812 0,928 0,059 6,786 0,811 0,929

0,88 0,056 6,355 0,824 0,936 0,056 6,418 0,824 0,936 0,057 6,483 0,823 0,937

0,89 0,054 6,050 0,836 0,944 0,054 6,110 0,836 0,944 0,055 6,172 0,835 0,945

0,9 0,052 5,736 0,848 0,952 0,052 5,794 0,848 0,952 0,053 5,852 0,847 0,953

0,91 0,049 5,412 0,861 0,959 0,050 5,466 0,860 0,960 0,050 5,521 0,860 0,960

0,92 0,047 5,074 0,873 0,967 0,047 5,125 0,873 0,967 0,048 5,177 0,872 0,968

0,93 0,044 4,721 0,886 0,974 0,044 4,768 0,886 0,974 0,045 4,816 0,885 0,975

0,94 0,041 4,348 0,899 0,981 0,041 4,391 0,899 0,981 0,042 4,435 0,898 0,982

0,95 0,038 3,948 0,912 0,988 0,038 3,987 0,912 0,988 0,038 4,027 0,912 0,988

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86

Anexo 2: Tabela dos intervalos de confiança para a proporção amostral de atributos 2ª

Gestão.

(conclui)

Proporção Amostral

do Atributo

Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem Téc. de Enfermagem

Tamanho da Amostra (n=81) Tamanho da Amostra (n=80) Tamanho da Amostra (n=79)

População (N=214) População (N=214) População (N=214)

pk Erro Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança Erro

Intervalo de

Confiança

Abs (%) Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior Abs (%)

Limite

Inferior

Limite

Superior

0,96 0,034 3,513 0,926 0,994 0,034 3,548 0,926 0,994 0,034 3,583 0,926 0,994

0,97 0,029 3,026 0,941 0,999 0,030 3,057 0,940 1,000 0,030 3,087 0,940 1,000

0,98 0,024 2,458 0,956 1,004 0,024 2,483 0,956 1,004 0,025 2,508 0,955 1,005

0,99 0,017 1,730 0,973 1,007 0,017 1,747 0,973 1,007 0,017 1,764 0,973 1,007

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87

ANEXO III

FORMULÁRIO DE APROVAÇÃO DO CÔMITE DE ÉTICA