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Regulação do crescimento e desenvolvimento vegetal:
Fatores internos de controle
LCE SLC0622- Biologia 3 2016
Hormônios Vegetais ou Fitormônios: fatores internos de controle
Regulam o desenvolvimento e o crescimento
Do grego horman → estimular, crescer
“São compostos orgânicos produzidos em diferentes partes da planta que, em baixas concentrações,
promovem, inibem ou modificam qualitativamente o crescimento”
Hormônios Vegetais ou Fitormônios
São efetivos em quantidades extremamente pequenas; Geralmente encontram-se inativos na forma conjugada e
cuja hidrólise os libera na forma ativa.
Difícil estudo:
• Efeitos de diferentes hormônios se sobrepõem
• Podem ser antagônicos
• Efeitos sinergísticos
• Efeitos variam com as concentrações (sensibilidade)
Efeitos variam com as concentrações e com diferenças na sensibilidade
Reguladores de crescimento = Substâncias sintéticas ⇒ nas Plantas tem efeitos semelhantes aos Hormônios
Hormônios “Clássicos”: cinco grupos de substâncias, porém há sinais químicos adicionais
Auxinas
Giberelinas
Citocininas
Etileno
Ác. abscísico
Outros sinais químicos: jasmonatos, ácido salicílico; óxido nítrico; poliaminas…
Conclusão: Boysen- Jensen (1913) “A influência deveria certamente ser de origem química, embora seu modo de atuação ainda permanecesse obscuro ”
Conclusão: “Quando plantas são expostas a uma luz lateral, alguma influência é transmitida do ápice para as regiões inferiores, causando a curvatura desta última.”
Experimento de Charles e Francis Darwin, 1881
• auxina vegetal: Ácido 3-indolilacético (AIA) (naturalmente ocorrente) e a principal auxina natural
• Principal efeito: Promove o crescimento pelo alongamento celular
• Auxinas sintéticas: ANA (desenvol. raiz caule cortados) e 2,4-D (herbicida)
A substância foi chamada Auxina (auxein gr.= aumentar)
Went, 1926
Auxinas
• Síntese: em baixos níveis em todos os tecidos, mas principalmente meristema apical caulinar, folhas jovens, frutos e nas sementes em desenvolvimento.
• Translocação: via células do parênquima do floema e câmbio vasc.→ transporte polar (unidirecional) em direção à base, nos caules e folhas.
Na raiz, há transporte em direção à extremidade, via floema, e basípeto na epiderme e córtex. Auxinas sintéticas
Distribuição da auxina na raiz
Fonte: http://mob.wmmrc.nl/auxin/modelling/polarization-pin-proteins-roots-and-auxin-morphogen
Auxinas Alteração da parede celular e conseqüente expansão
Hipótese do crescimento ácido ⇒ Auxina Bomba de prótons (H+)
(membrana plasmática) Fluxo de íons (H+) (Parede celular)
Acidificando-a
Ativação de enzimas
Parede celular flexível; pode esticar quando a água acumula-se no
vacúolo
Efeito do AIA no desenvolvimento do fruto
Desenvolvimento normal
Aquênios removidos
Aquênios removidos e aplicação de AIA
⇒ Estimula o desenvolvimento dos frutos
(AIA produzidos nas sementes)
aquênio
Dominância Apical
Dominância Apical
Ainda, a auxina estimula a divisão das células cambiais (forma tecidos vasculares secundários) e promove o aparecimento de raízes adventícias em estacas.
Auxinas
Citocininas (1940-1950) ⇒ Indução da divisão de células vegetais em
cultura de tecidos Skoog (1954) ⇒ Substância ativa na água de coco, capaz de
promover o crescimento contínuo de calos em meio de cultura
Dificuldade de extração Pequenas quantidades
� Miller (1956) Isolou produto de DNA degradado
agente indutor de divisão celular ⇒ Cinetina
(1963) ⇒ Primeira citocinina natural (isolada de milho) ⇒ Zeatina
Citocininas
São estruturalmente similares a adenina
Citocininas
Produção ⇒ principalmente nos ápices das raízes.
Translocação ⇒ via Xilema (das raízes para os caules)
⇒ promovem divisão e diferenciação celular
Efeitos:
⇒ Citocininas e auxinas interagem no controle da Dominância apical (ação antagônica)
⇒ Levam a atraso na senescência das células nas folhas
Ainda pode ser encontrada (não necessariamente sintetizada) em regiões de divisão ativa em sementes, frutos, folhas
⇒ A razão citocinina/auxina regula a produção da raiz e caule na cultura de tecidos.
Divisão e diferenciação da célula
Cultura de tecidos
Fonte: http://plantphys.info/plant_physiology/cytokinin.shtml
BA= citocinina sintética NAA= auxina
Giberelinas
⇒ Mais de 125 giberelinas descobertas e todas tem a mesma estrutura básica
� Kurosava (1926) ⇒ Doença do arroz ⇒ “doença das plantinhas loucas”
Diminuição do rendimento
Causa ⇒ Fungo (Gibberella fujikuroi) ⇒ produzia Giberelina
Yabuta (1934) ⇒ Purificou giberelinas A e B do fungo
Artigo em japonês e II Guerra Mundial
1956 = isolamento da 1a giberelina vegetal (feijão)
Giberelinas
Produção ⇒ Meristemas apicais (tecidos jovens do caule) Em sementes em desenvolvimento
Translocação ⇒ provavelmente pelo Xilema e Floema
⇒ Rápido alogamento do caule na floração
Efeitos:
(indução da divisão e alongamento)
⇒ Estimula o florescimento (plantas de dias longos e bienais) ⇒ Substitui as necessidades de frio p/ floração ⇒ Afeta o desenvolvimento dos frutos ⇒ induz germinação de sementes (quebra de dormência)
Efeito da giberelina em planta anã
Com GA3 Sem GA3 Com GA3
Desenvolvimento dos frutos
uva Thompson seedless (sem e com GA3) Uso comercial de giberelinas
Etileno
Seus efeitos nos vegetais foram percebidos no século 19
Hormônio gasoso Produto natural do metabolismo
- Crescimento
Atua em concentrações muito baixas participa da regulação dos processos:
- Desenvolvimento - Senescência
(1901) ⇒ Etileno ⇒ componente ativo do gás de iluminação
Causava os efeitos
Etileno
Produção ⇒ Frutos maduros
É feito por difusão a partir do local de síntese � Translocação ⇒ Não exige atividade metabólica p/ transporte
⇒ Senescência (incluindo amadurecimento dos frutos)
� Efeitos:
(principal papel) ⇒ Inibição do alongamento celular ⇒ Promove a germinação ⇒ Resposta do vegetal a ferimento e/ou invasão de patógenos ⇒ Mudanças fisiológicas (“Efeito dominó”)
Tecidos senescentes
⇒ Indução da abscisão folhas, flores e frutos
Na maioria dos tecidos em resposta ao estresse
Etileno
Etileno
Ácido abscísico Descoberto em 1963 Composto por um anel de 6 carbonos com um número variado de
radicais
Denominação foi infeliz... ⇒ ABA está envolvido mais na dormência
Produção ⇒
Transporte ⇒ Tecidos vasculares
Efeitos ⇒ Dormência das sementes e em gemas
Em vários tecidos: nas folhas maduras e nas raízes principalmente em resposta ao estresse hídrico; e em sementes
Fechamento os estômatos em resposta ao estresse hídrico
Fonte: http://ipm.missouri.edu/ipcm/2009/11/Wet-Weather-Can-Cause-Seeds-to-Sprout-before-Harvest/
Mutante vivíparo de milho (não produz ABA)