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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES.
CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA
FATIMA NILDA VIEIRA PERGENTINO
O LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: AS PRÁTICAS DE LEITURA E
ESCRITA
SÃO BENTO – PB
2013
FÁTIMA NILDA VIEIRA PERGENTINO
O LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: AS PRÁTICAS DE LEITURA E
ESCRITA
Artigo apresentado ao Curso de Letras a
Distância, da Universidade Federal da Paraíba
como requisito para obtenção do grau de
Licenciado em Letras.
Orientadora: Prof.ª Maria Cleide Soares de Sousa
SÃO BENTO – PB
2013
FÁTIMA NILDA VIEIRA PERGENTINO
O LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: AS PRÁTICAS DE LEITURA E
ESCRITA
Artigo apresentado ao Curso de Letras a
Distância, da Universidade Federal da Paraíba
como requisito para obtenção do grau de
Licenciado em Letras.
Data de aprovação: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof.ª Maria Cleide Soares de Sousa
Orientadora
________________________________________________________________________
Examinador
_________________________________________________________________________
Examinador
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro momento a Deus, o supremo celestial que nos deu o dom da vida, que
guiou os meus passos nesta nova caminhada de vida me encorajando para vencer os
obstáculos e chegar à realização de mais um sonho. Um sonho de muitos anos atrás, mas
agora posso dizer que estou realizando. Quero expressar os meus agradecimentos;
Aos meus pais, que tiveram uma participação nos primeiros saberes e depois aos professores
que me prepararam e incentivaram a estudar com a finalidade de concluir outras etapas na
vida. A eles sou muito grata;
À minha família, esposo e filhos, que tiveram uma participação amigável, principalmente
quando era necessário me ausentar de casa no período de provas presenciais;
À minha nova família que me acolheu com muito carinho em São Bento durante todo o curso
(Fatinha e Dona Delmira);
Ao meu filho Franciso Auber meu agradecimento é todo especial, ele se fez mais de um filho
sendo o meu porto seguro, apoiando e incentivando como realizar as atividades postadas no
moodle, procurando ajudar da melhor forma possível;
Aos estimados professores, tutores e coordenadores e orientadores de forma direta e
indiretamente, meus profundos agradecimentos, desempenharam suas funções e sempre me
cativaram com seus gestos serviçais, testemunhando dedicação e amizade;
Em especial a minha orientadora Maria Cleide Soares de Sousa os meus sinceros
agradecimentos, que mesmo distante esteve sempre me orientando e ajudando nos momentos
oportunos e necessários à realização deste trabalho, e pela grande força que me deu para
seguir na trajetória deste trabalho, e mais ainda agradeço por todo momento de atenção
demonstrada.
Por fim, a cada um devo agradecer por poder ter convivido e compartilhado as alegrias, os
desafios e o sucesso deste projeto de vida.
Um grande abraço fraterno!
Obrigada.
Neste curso eu aprendi
a buscar conhecimentos
pois nos fóruns andei muito
e por lá fiz amigos.
Neste curso mudei muito
conheci muitas fontes
clique, clique muitas vezes
as respostas vem a frente.
Viajando na internet
conheci outros meios
na sala de ambiente
pesquisei o suficiente
Hoje estou cursando Letras
do gosto que escolhi
foi pura novidade
no estudo que aprendi.
Os dedos já se adaptaram
na tecla do computador
pois agora já é tarde
de pensar em desistir.
E por ser mais uma chance
que ganhei de ver o mundo
e saber como ele é
certeza vou progredir.
Acessando milhões de vezes
nas tarefas que vou cumprir.
(Fátima Nilda – 08/2009)
RESUMO
O presente trabalho tem como tema “o letramento na educação escolar: as práticas de leitura e escrita”.
Este artigo científico apresenta um breve estudo sobre a importância da leitura e da escrita nas práticas
sociais e sobre a nova perspectiva que se tem dado a elas, letramento. A pesquisa foi realizada na
Escola Estadual de Ensino Fundamental Françoá Galdino Mendes, na cidade de Carrapateira - PB.
Teve como objetivo geral analisar as práticas de leitura e escrita desenvolvidas na sala de aula do 7ª
ano do Ensino Fundamental II e como objetivos específicos, a saber, destacar a importância de
letramento no processo de ensino – aprendizagem; identificar problemas e/ou dificuldades
desenvolvidos no uso da leitura e escrita na referida sala de aula e observar as habilidades de
problematizar e de levantar hipóteses. Realizamos as analises das respostas dos alunos e da professora
aos questionários, relacionando-as às percepções teóricas apresentadas por SOARES (2004); SILVA
(2009); KLEIMAN (2005); CARVALHO E MEDONÇA (2006), FREIRE (1996) entre outros. A
metodologia adotada pautou-se na abordagem qualitativa, por meio das técnicas de pesquisas
bibliográficas e de campo, através de questionários que abordam a receptividade dos alunos para com
a leitura e escrita, bem como a prática pedagógica da professora em relação ao ensino da leitura e da
escrita. Dos resultados obtidos, foi possível perceber algumas dificuldades apresentadas pelos alunos
em sala de aula, e que a escola necessita dispor cada vez mais de práticas diversificadas de letramento.
Palavras – chave: Letramento. Leitura. Escrita. Práticas.
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................... 9
2.1 BREVES CONSIDERAÇÕES A CERCA DO LETRAMENTO ................................................. 9
2.2 O ESTUDO DO LETRAMENTO NO BRASIL ........................................................................ 10
2.3 A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO: LEITURA E ESCRITA NO DESENVOLVIMENTO
DO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM ....................................................................... 12
2.4 O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA .............. 13
3. ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................... 17
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................................................................... 17
3.2 ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA DO 7º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL II, NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FRANÇOÁ
GALDINO MENDES. ...................................................................................................................... 18
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 23
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ............................................................................ 24
6. APÊNDICES ....................................................................................................................... 25
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1. INTRODUÇÃO
Os estudos de letramento: práticas de leitura e escrita ocupam um lugar privilegiado
no âmbito escolar, ou seja, deve priorizar um envolvimento bem maior com a leitura e a
escrita na vida do indivíduo em seu contexto social. Levando-se em consideração as
diversidades de tais práticas no mundo contemporâneo e a influência das mesmas no ambiente
escolar e a necessidade de formar sujeitos críticos.
Portanto, objetivamos com este estudo levantar algumas reflexões sobre a
importância que o letramento tem para a formação do leitor/escritor, seja na formação
intelectual, social ou crítica. São consideradas aqui algumas reflexões e condições essenciais à
integração dos alunos no mundo letrado, ancorada nas ideias de estudiosos do termo
letramento como: SOARES (2004); SILVA (2009); KLEIMAN (2005); CARVALHO E
MEDONÇA (2006), FREIRE (1996) entre outros, procuramos mostrar o quanto este termo é
importantíssimo para o processo ensino-aprendizagem, por meio dele é possível estimular o
aluno a curiosidade e o interesse pela descoberta e a implementação do letramento nas
escolas, como e quando surgiu e seu envolvimento no meio escolar e sua importância nesse
meio.
Assim, foi feita uma reflexão sobre a responsabilidade que o professor tem como
influenciador de leitor e escritor e como o mesmo pode contribuir para o desenvolvimento
desta prática. Assim a escola deve ser o principal agente do letramento e passa a exercer um
papel extremamente importante nesta função, devendo proporcionar o contato com diferentes
gêneros e suportes.
Nesse sentido, o letramento deve se apresentar como um exercício efetivo e
competente da escrita e implica em habilidades com estas: a de ler e escrever para obter
informação, para interagir, ampliar conhecimento e interpretar diferentes tipos de textos, de
estar inserido totalmente no mundo da escrita. Sendo assim para Soares (1988), essa forma de
letramento corrobora para a autoestima e para a contribuição de identidade e estruturação de
agentes sociais em suas culturas.
Desse modo, o trabalho com o letramento é encarado com uma nova expectativa que
implica em dá ao aluno condições de ampliar conhecimento e de se inserir no mundo da
escrita de forma estimulada e prazerosa. Por essa visão, a escola, mais do que nunca, deve
está atenta a esse novo olhar e procurar contribuir pedagogicamente para sua ampliação.
8
Diante dessas discussões, pretendemos fornecer aos educadores subsídios para uma
reflexão a cerca das questões referentes à utilização de habilidades do letramento no processo
de ensino-aprendizagem na formação de construtores de sentidos e consequentemente um ser
totalmente letrado.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 BREVES CONSIDERAÇÕES A CERCA DO LETRAMENTO
A palavra letramento e o seu conceito é recente, uma vez que foram introduzidos no
ambiente escolar há pouco mais de uma década. O letramento surgiu com a necessidade de se
criar técnicas que se voltassem para o desenvolvimento da leitura e da escrita.
É na segunda metade dos anos 1980 que essa palavra surge no discurso de
especialistas das Ciências Linguísticas e da Educação, como uma tradução da
palavra da língua inglesa literacy. O termo letramento passou a designar não apenas
o processo de ensinar a ler e a escrever (codificar ou decodificar), mas com a
finalidade de incorporar as habilidades de uso da leitura e escrita em situações
sociais. Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever,
bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o
estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como
consequência de ter se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo
organizado diferentemente: a cultura escrita (PRÓ-LETRAMENTO; MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO, 2008. p. 11).
O conceito de letramento como uma tradução da palavra literacy da língua inglesa,
permite-se à capacidade do sujeito fazer um uso significativo da leitura e escrita. Essa
tradução se refere a intenção de fazer a diferença entre esses dois processos: alfabetização e
letramento. Por isso, entende-se como alfabetização um processo específico e indispensável
de apropriação do sistema alfabético-ortográfico. E já o letramento como condições
possibilitadoras do uso da língua nas práticas sociais, ou seja, letramento como resultado da
ação de ensinar a ler e escrever e ainda mais como resultado de usar essas práticas sociais
como processo de inserção e participação na cultura escrita.
Conceituando letramento, Magda Soares explica que este é: “Letramento: estado ou
condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que
usam a escrita” (SOARES, 2004, p.47).
Na perspectiva de Magda Soares, não se poderia pensar em letramento como uma
ação de ensinar a ler e escrever, mas como uma ação de envolvimento de práticas sociais
ligadas à leitura e a escrita, inserida no meio social.
Dessa forma letramento tem uma função de exercício efetivo e competente da escrita
e implica habilidades variadas, usos sociais da escrita e as competências a eles envolvidas.
Essas habilidades podem ser adotadas a diferentes gêneros sendo exercidas de acordo
as especificidades dos diferentes textos. Tanto a escrita como a leitura, na perspectiva
individual do letramento, é um conjunto de habilidades linguísticas e psicológicas, pois as
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habilidades de escrita começam a partir do registro de unidade de som até o momento de
manifestar o pensamento de forma associada em língua escrita.
Na perspectiva social do letramento, argumenta-se que não conta o domínio de certas
técnicas da leitura e escrita, como as habilidades envolvidas na concepção do letramento
individual. Afirma-se que o letramento é o que os indivíduos fazem com as habilidades de
leitura e escrita. Portanto, nessa conceituação tem-se uma visão de que letramento assume
uma função de práticas de leitura e escrita que envolve processos mais abrangentes,
responsáveis por afirmar e questionar valores e formas de distribuição de poder.
O letramento surge em meio ao desenvolvimento tecnológico e com as inovações,
esse impacto social veio requerer dos indivíduos, sejam na escola ou na sociedade, novas
formas de utilizar-se a leitura e a escrita. Magda Soares afirma:
Esse novo fenômeno só ganha visibilidade depois que é minimamente resolvido o
problema do analfabetismo e que o desenvolvimento social, cultural e econômico e
político traz novas, intensas, e variadas práticas de leitura e de escrita, fazendo
emergirem novas necessidades, além de novas alternativas de lazer. Aflorando o
novo fenômeno, foi preciso dar um nome a ele: quando uma nova palavra surge na
língua, é que um novo fenômeno surgiu e teve de ser nomeado. Para isso, e para
nomear esse novo fenômeno, surgiu a palavra letramento (SOARES, 2001, p.46
Apud LEITE et al 2011, p.4).
O letramento trouxe em si um grande significado para a prática escolar, que é o de
compreender os diversos sentidos no desenvolvimento das práticas de leitura e escrita. É o
que a escritora Ângela B. Kleiman vem nos dizer:
O letramento também significa compreender o sentido, numa determinada situação,
de um texto ou qualquer outro produto cultural escrito; por isso uma prática de
letramento escolar poderia implicar um conjunto de atividades visando ao
desenvolvimento de estratégias ativas de compreensão de escrita, à ampliação do
vocabulário e das informações para aumentar o conhecimento do aluno e à fluência
na sua leitura (KLEIMAN, 2005, p.10).
Então, consideramos o letramento como um conjunto de habilidades escolares que
surge com a finalidade de aumentar o número de indivíduos letrados no ambiente escolar, e
também para ajudar aos professores no processo de desenvolvimento da prática pedagógica.
2.2 O ESTUDO DO LETRAMENTO NO BRASIL
No Brasil os estudos sobre o letramento tornou-se de grande interesse para muitos
estudiosos e teóricos nos últimos tempos, os estudos se expandem as práticas da leitura e
escrita.
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Os estudos sobre o letramento no Brasil estão numa etapa ao mesmo tempo
incipiente e extremamente vigorosa, configurando-se hoje como uma das vertentes
de pesquisa que melhor concretiza a união do interesse teórico, a busca de
descrições e explicações sobre um fenômeno, com o interesse social, ou aplicado, a
formulação de perguntas cujas respostas possa promover a transformação de uma
realidade tão preocupante, com a crescente marginalização de grupos sociais que
não conhecem a escrita (KLEIMAN, 1995, p.15).
Em meados da década de 1980, no Brasil, os estudiosos que trabalhavam com o uso
da língua escrita sentiram a necessidade de se criar um conceito novo mais abrangente, ou
seja, com técnicas e normas que se voltassem para o uso da língua escrita, não se delimitando
ao ambiente escolar, mas a sociedade como um todo, e também para mudar o conceito
tradicional existente sobre leitura e escrita que eram fundamentados somente no termo
alfabetização.
Emergiu, então, na literatura especializada, o termo letramento, para se referir a um
conjunto de práticas de uso da escrita que vinham modificando profundamente a
sociedade, mais amplo do que as práticas escolares de uso da escrita, incluindo-as,
porém (KLEIMAN, 2005, P 21).
Mesmo com essas mudanças e o aparecimento de um novo conceito vemos que as
práticas sociais de uso da escrita alfabética e ortográfica do ambiente escolar ainda são de
muito importância no campo do estudo, uma vez que letramento e alfabetização são
interdependentes, pois a alfabetização se desenvolve por meios de habilidades que são
desenvolvidas através de atividade de letramento.
Como já citado, é assim que esses estudos surgem, por meio do impacto que o
desenvolvimento tecnológico causou na sociedade em geral ao longo dos anos, a partir daí é
que se tem a necessidade de mudanças de cunho social, voltadas principalmente para a
redemocratização do ensino, onde o aluno por meio de uma interação poderá produzir
conhecimentos a partir dos existentes. A finalidade do letramento é desenvolver formas que
façam com que as atividades de leitura e escrita sejam realizadas por meio de habilidades
específicas nos campos escolares e sociais.
Uma importante contribuição dos estudos do letramento para a reflexão sobre o
ensino da língua escrita na escola é a ampliação do universo textual, que significa,
concretamente, a inclusão de novos gêneros, de novas práticas sociais de instituições
(publicitárias, comerciais, políticas) que, até pouco tempo, não tinham chegado aos
bancos escolares (KLEIMAN, 2005, P 47).
Assim, o letramento tornou-se hoje objeto de estudo e discussão na área da educação,
é um tema relevante que está em destaque em diversos estudos bibliográficos nas academias
brasileiras.
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2.3 A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO: LEITURA E ESCRITA NO
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM
O letramento ganha cada vez mais espaço no ambiente escolar, estimulando teóricos
e professores nas mais variadas práticas sociais da leitura e escrita e com a necessidade de
desenvolvê-las no processo de ensino-aprendizagem, formando leitores e escritores críticos. O
papel da escola é democratizar o acesso e ampliar o convívio com múltiplas situações e
intenções de leitura. A leitura é construção ativa de um bom aluno.
Sobre a necessidade de se implantar a leitura e a escrita na escola, Lerner vem
afirmar:
O necessário é fazer da escola uma comunidade de leitores que recorrem aos textos
buscando resposta para os problemas que necessitam resolver, tratando de encontrar
informação para compreender melhor algum aspecto do mundo que é o objeto de
suas preocupações... O necessário é fazer da escola uma comunidade de escritores
que produzem seus próprios textos para mostrar suas ideias ... O necessário é fazer
da escola um âmbito onde leitura e escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e
escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e
reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos
que é legitimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir (LERNER,
2002, p.17, 18).
De acordo com a citação, cabe fazer na escola uma comunidade de leitores que se
valem de soluções para diminuir os problemas existentes, tratando de buscar e compreender a
melhor forma de resolver situação desagradável, também fazer uma relação com outros
autores e personagens, a fim de conhecer a particularidade de cada um, fazendo a distinção de
modos de vida e tentando descobrir novo estilo de linguagem para criar novos sentidos. É
importante destacar que a escola passe a ser reconhecida como uma comunidade de leitores,
desde o momento que os escritores sejam os próprios autores dos seus textos, através de suas
ideias para informar sobre fatos que o público precisa conhecer, para concordar e discordar,
compartilhar de algo interessante, de criar humor e brincadeira.
No entanto, não há como pensar numa escola sem vê leitura e escrita como práticas
em ação, muito vivas, onde ler e escrever sejam instrumentos valiosos que conduzem repensar
o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde identificar e construir textos sejam direito
que é legitimo exercer e responsabilidade que importantíssimo assumir. A tarefa da escola e
de todos os educadores que atua nela é de multiplicar os repertórios dos aprendizes, instigar
aprendizagem, fornecer condições e ambiente essencial para o desenvolvimento de futuros
leitores e escritores. Pois não se pode apenas entender esses instrumentos como argumentos
úteis nas obras de alguns estudiosos, mas como procurar entender as melhores expectativas
para se atribuir um novo significado de ler e escrever, assim a escola assume uma atitude
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educativa digna de educadores que queiram ser reconhecidos como produtores de cidadania e
que favorecem as jovens gerações possibilidades, efetivas de compreensão e mudanças de sua
realidade, tanto social como pessoal.
A escola deve despertar o incentivo pela leitura, é uma responsabilidade dos
professores e toda equipe pedagógica.
A tarefa da escola e de todos os educadores que nela atuam, é a de aumentar o
repertório dos aprendizes, facilitar a aprendizagem, gerar condições e ambiente para
o estabelecimento de articulação entre informações e conexões múltiplas, análise e
sínteses. É ensinar que ler e escrever promovem socialmente, dão acesso a cultura e
ao conhecimento, são um modo de relacionar o que se faz na escola com o que
existe fora dela. Nesse sentido, a prática de ler e escrever desenvolve-se através de
responsabilidade partilhada entre professor e aluno, em que o primeiro atua como
guia, apoio, mediador de cultura e o segundo como sujeito ativo da aprendizagem
(CARVALHO, et al 2006, p.164).
Portanto, a escola tem o papel de promover a leitura e a escrita socialmente, dando
acesso a cultura e ao conhecimento e de passar a se relacionar o que faz na escola como o que
existe fora dela. Para compreendermos melhor a prática de ler e escrever desenvolve-se com
ajuda do professor e do aluno, ambos são os responsáveis neste processo do aprender e do
ensinar, pois o professor atua como mediador e o aluno como sujeito ativo dessa
aprendizagem.
2.4 O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA
Uma das metas da escola é de instruir leitores e escritores e o principal intercessor é
o professor. É dele todo este compromisso de conduzir o aluno a promover a efetivação de
uma boa leitura e escrita. A escola deve ser o principal agente de letramento e o professor tem
como foco extremamente importante nessa função de manifestar o contato com vários tipos de
textos, gêneros discursivos, etc., com a finalidade de propiciar o letramento inserindo o
indivíduo no mundo da leitura e escrita.
Segundo a autora Ângela B. Kleiman (2005, p.9), para conseguir essa imersão o
professor pode:
a) adotar práticas diárias de leitura de livros, jornais e revistas em sala de aula;
b) arranjar paredes, chão e mobília da sala de tal modo que textos, ilustrações,
alfabeto, calendários, livros, jornais e revistas penetrassem todos os sentidos do
aluno-leitor em formação;
c) fazer um passeio-leitura com os alunos pela escola ou pelo bairro.
Com a utilização destas práticas descritas pela autora pode-se chegar a um processo
de aprendizagem direcionado ao letramento. À medida que o professor passa a pensar em
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outras atividades e situações que fornecem a seus alunos novas oportunidades de imersão no
mundo da escrita. O mesmo estará contribuindo para que haja o envolvimento de participar
das práticas sociais em que se usa a escrita. Em uma determinada situação da escola o
professor pode levar o aluno ao trabalho de uma tarefa de texto de informação, como: cólera,
dengue e outros, também comentar notícias dando a sua contribuição ou até mesma criticar
obras.
Nesse sentido os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN`s)
definem a leitura como:
Processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação
do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o
autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informações,
decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que
implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais
não é possível proficiência (PCN´s, 1998, p.69-70).
De acordo com Carvalho e Medonça (2006), para efetivar as boas vindas ao mundo
letrado na escola, é importante que o professor tenha uma relação conveniente com a leitura e
escrita. E se essas atividades já fazem parte de sua vida como algo muito prazeroso e
oportuno, se reconhece experimenta suas diversas funções: informar, brincar, emocionar,
fazer e refletir. Nesse sentido, o professor poderá ter mais oportunidade de envolver seus
alunos para este mundo, pois exercerá como modelo de referência para os mesmos. No
entanto, o que se vê em vários casos é que as experiências dos professores com a leitura e a
escrita, principalmente em função do seu processo de escolarização, nem sempre são
abundantes para o suficiente para convertê-los em usuários de uma enorme habilidade na
língua, o que exige redimensionar a função dessas duas atividades em suas próprias vidas. E
se acontece dessa forma tem ganhado os professores como os seus alunos.
A leitura e a escrita representa dois processos de forma independentes e, por esta
razão o desenvolvimento de um não atrapalha necessariamente o do outro.
Segundo Silva (2009), é notário verificar, três formas de leitura: a mecânica que
permite a utilização de habilidades de decifrar códigos e símbolos, a leitura do mundo, uma
vez que começa desde cedo e vai até os dias que se encerra no leito da morte, e a outra é a
leitura crítica, é ela que concilia a leitura mecânica à do mundo, numa demonstração
avaliativa, procurando descobrir intenções, curiosidades, questionando e formulando
conclusões. Assim, para ser um leitor crítico é necessário um aprendizado em função do
conhecimento em construção.
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Diante da competência leitora de cada individuo os níveis de leitura de cada
indivíduo, os níveis de leitura são bastante variados. Através da leitura o sujeito se desenvolve
intelectualmente e soluciona suas necessidades, como: investiga-se, diverte-se e pode ser o
próprio autor de solucionar os assuntos relacionados ao meio social.
Para Silva (2009), se o professor criar situação que permita a atenção do sujeito leitor
para, um vínculo texto e significado, ele poderá fazer uma apreciação mais intensa, e a partir
do que ler, é capaz de seguir seu percurso de leitor. Para isso, o professor precisa assumir essa
visão docente, deve privilegiar uma metodologia que favoreça a mudança, propondo trabalhos
ou tarefas cuja resolução exija uma relação de ajuda, ou seja, andando junto, mesmo, sendo o
professor com um passo à frente, pois é natural já conhecer o caminho, mas nem por isso o
professor se isola do grupo. É muito oportuno ao grupo que coordene no intuito de
desenvolver novas ideias.
Diante do que já foi questionado, a aquisição do hábito de ler não é uma atividade
simples, é um processo contínuo, o leitor para ler emprega uma série de estratégias que se
inicia desde a influência até aos longos anos, o leitor sofre interferência de suas experiências
prévias e de seu conhecimento do mundo. Desse modo, para que o trabalho da formação de
leitor tenha êxito o professor deve ser um verdadeiro leitor, rever suas práticas de ensino,
desenvolver um trabalho prazeroso e criativo para que o aluno possa refletir, sustente
argumentação em defesa de suas opiniões.
Desse modo, damos importância ao referencial aos Parâmetros Curriculares de
Língua Portuguesa (PCN`s) que destaca:
Ao contrário é preciso oferecer aos alunos inúmeras oportunidades de aprenderem a
ler usando os procedimentos que os bons leitores utilizam. É preciso que antecipem,
que façam interferências a partir do contexto ou do conhecimento prévio que
possuem, que verifiquem suas suposições – tanto em relação à escrita, propriamente,
quanto ao significado (PCN`s 2001, p.55-56).
Por meio deste sentido, é perceptível o desafio de se analisar as práticas de leitura,
práticas essas que devem ser desenvolvidas por meios de procedimentos que sejam constantes
e atrativos, com o objetivo de formar leitores críticos que sejam capazes de compreender os
diversos significados da leitura.
Para Carvalho e Medonça (2006), tanto a leitura como a escrita, abrange diversas
capacidades que são adquiridas no processo de alfabetização e também outras que são
constitutivas do processo de letramento, habilidades que abrangem desde as primeiras formas
de registro alfabético e ortográfico até a produção autônoma de textos. A escrita dentro da
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escola, assim como nas práticas sociais fora da escola, realiza-se num contexto, orienta-se por
algum objetivo, e tem alguma função e se dirige a algum leitor.
Assim, as práticas de uso da escrita implicam a existência de diferentes práticas
referidas por um e pelo outro, neste caso, as práticas de letramento fora da escola são
essencialmente colaborativa, em contraste com o caráter individual do processo de aquisição
da língua escrita na alfabetização escolar, já em ocasiões em que a fala se organiza ao redor
de textos escritos e lidos, envolvendo o entendimento de textos, passam a serem eventos de
letramento.
De acordo com o Carvalho e Medonça (2006), para ensinar a escrever é necessário
que o professor, antes de tudo, descubra que o aluno tem a dizer a respeito do assunto do qual
pediu que ele escrevesse e que demonstra toda confiança no que ele realmente vai dizer. Para
acreditar que o aluno tem algo a dizer é preciso que o professor demonstre como alguém que
também tem algo a dizer, qualquer que seja o método de ensino da língua escrita, ele é
eficiente na medida em que se constitui na ferramenta adequada que permite ao aprendiz
adquirir o conhecimento necessário para agir em situação especifica, como: um sujeito que já
usa a internet para enviar e-mails não vai se beneficiar com outras atividades que trabalhou
em sala com o professor e ou colega, o mesmo pode está acometido a escrever do jeito que lhe
agrada.
... tanto quantos seus alunos, é preciso que o professor se torne sujeito do mundo da
leitura e da escrita, que organize registros de acompanhamento do processo de
construção do conhecimento de seu grupo, que busque textos que acompanham a
pluralidade de práticas sociais de leitura, que se preocupe com a preservação da
memória dos grupos sociais com os quais interage, isto é, que constitua-se antes de
tudo, em leitor e autor de sua prática pedagógica. (CARVALHO, et al 2006, p.163)
O papel principal do professor é o desenvolvimento do saber. Ele precisa ser
mediador enquanto formador de leitores e escritores eficientes, para que esse processo
aconteça deve se fundamentar em uma didática progressista, sem qualquer tipo de
autoritarismo construindo conhecimento por meio de uma troca de saberes e de experienciais
cotidianas. Tomando como referência o grande educador Paulo Freire (1996, p.25) que vem
nos dizer que: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua
produção ou sua construção”.
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3. ANÁLISE DOS DADOS
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este presente trabalho pretende refletir a ação desenvolvida em projeto de pesquisa
sobre o tema letramento: práticas de leitura e escrita, realizado em uma turma do 7º ano do
Ensino Fundamental II, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Françoá Galdino Mendes,
localizada na Rua: João Bezerra nº 61, cidade Carrapateira – PB, tendo como gestora
Senvanete Bento de Sousa, a qual concedeu o espaço naquela instituição para a realização
desta pesquisa (Apêndice C).
A população foi composta por um grupo de 25 alunos com a faixa etária de 11 a 12
anos da zona rural e urbana deste município, que são atendidas na sala de 7º ano do ensino
fundamental. Para formar a amostra utilizei o método de “Amostra Aleatória ou probabilística
- Simples”, onde realizei um sorteio em sala com todos os participantes. A partir daí obtive
uma amostra de 10 alunos. Para participar da amostra foram levados em consideração todos
os alunos desde os que apresentam dificuldades quanto ao processo de estar ativamente
inserido no mundo letrado, quanto os que não apresentam dificuldades nos usos sociais da
leitura e escrita.
População ou universo é o conjunto de unidades sobre qual desejamos obter
informação. Amostra é todo subconjunto de unidades retiradas de uma população
para obter a informação desejada. A amostra aleatória ou probabilística é constituída
por n unidades retiradas ao acaso da população. Em outras palavras, a amostra
aleatória é obtida por sorteio. Logo, toda unidade da população tem probabilidade
conhecida de pertencer à amostra (VIEIRA, 2008, p. 4 – 5).
A realização deste trabalho teve como objetivo analisar as práticas de leitura e escrita
desenvolvidas na sala de aula do 7ª ano. Esse estudo trata-se de uma pesquisa de caráter
exploratório descritiva com abordagem metodológica qualitativa, cujas informações não são
quantificáveis e os dados são analisados indutivamente, foi utilizada por meio de técnicas de
pesquisas bibliográficas e de campo, através de questionário. Foram elaborados dois
questionários, um para os alunos e outro para a professora, cada um contendo cinco questões
subjetivas, as quais serão analisadas na próxima seção. Os questionários assim com as
respostas de todos os participantes serão expostos, na integra, (Apêndice A e B).
A pesquisa qualitativa, portanto, preocupa-se com uma realidade que não pode ser
quantificada. Um trabalho é de natureza exploratória quando envolver levantamento
bibliográfico entrevistas com pessoas que tiveram (ou tem) experiências práticas
com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão.
Possui ainda a finalidade básica de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e
ideias para a formulação de abordagens posteriores. Dessa forma, este tipo de estudo
visa proporcionar um maior conhecimento para o pesquisador acerca do assunto, a
18
fim de que esse possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que
possam ser pesquisadas por estudos posteriores. As pesquisas exploratórias visam
proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo (GIL,
1999, p. 43).
Durante a construção da seção de análise aos questionários, usaremos as respostas
que chamaram mais atenção, não necessariamente respeitando a ordem inicial preestabelecida
no questionário, visto que nosso objetivo é analisar as práticas de leitura e escrita
desenvolvida por esses alunos em sala de aula. É importante ressaltar mais uma vez, que a
identificação dos participantes da pesquisa está mantida em sigilo, mesmo porque nos
interessa uma observação, grosso modo, sobre a concepção que eles têm de leitura e escrita.
3.2 ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA DO 7º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL II, NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL FRANÇOÁ GALDINO MENDES
Durante minha pesquisa de campo na Escola Estadual de Ensino Fundamental
Francoá Galdino Mendes, foi possível observar as práticas de leitura e da escrita desenvolvida
pelos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II, por meio de entrevista formulada em dois
questionários (Apêndice A e B), um para os alunos e outro para o professor. De acordo com
as perguntas direcionadas para os alunos obtive os resultados, que serão apresentados a
seguir:
Questão 1 – Você sente mais dificuldade no uso da escrita ou da leitura? Dos dez alunos a
maioria disse que sente dificuldade no uso da escrita, pelos seguintes motivos: uso de
acentuação e pontuação, vejamos: Aluno 1 – “Na escrita por conta do acento e da vírgula
que eu não sei exatamente quando coloca vírgula nos textos”; Aluno 2 – “Na escrita em
algumas palavras eu não sei escrever por causa do seu som de s ou de z”; Aluno 3 –
“Dificuldade naiscrita”; Aluno 4 – “Na escrita por causa dos usos de acentos e vírgulas”;
Aluno 5 – “Na escrita porque eu não pratico minha leitura”.
A respeito desses depoimentos dos alunos, o que me chamou atenção foram as
repetições de acentuação e pontuação, as causas de dificuldade que foram apresentadas. Como
se vê essas crianças no processo de alfabetização tiveram um ensino de decodificação de
palavras, quando escrevia ditado de palavras, frases ou pequenos textos. Isso quer dizer, que
durante o processo de alfabetizar, deveriam ter também sido letrados, ou seja, que a maneira
de ter trabalhado o ensino da escrita, teria de levar os alunos a se inserir no mundo da escrita,
permitindo já desde cedo as práticas de leitura e produção textuais.
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Questão 2 – Você acha que sua professora influencia a se tornar um leitor/escritor? As
maiorias dos entrevistados responderam positivamente, vejamos: Aluno 1 – “Sim, pois a
professora costuma trazer nas aulas de português texto para acolhimento das aulas, a mesma
ler em voz alta, depois faz perguntas sobre o que foi dito no texto e também sobre algo
semelhante que já conhecemos”; Aluno 2 – “Gosto de ouvir a professora lendo o texto, mas
quando faz pergunta já não gosto, porque fico com vergonha de dizer coisa que não agrada
aos meus colegas e eles rirem de mim”; Aluno 3- “Sim, alitura e aiscrita iprotate (o aluno
quis dizer “sim, a leitura e a escrita é importante”.)”; Aluno 4 – “Nem sempre, pois acho
que ela fala muito e também quer que a gente fale e escreva tudo certinho”; Aluno 5 – “A
minha professora me influencia muito em ler e escrever e criar novo texto seja poemas,
crônicas, lendas e brincadeiras”.
Com base nesses depoimentos pode se entender que as seguintes respostas têm como
resultado algumas influências para a formação do sujeito leitor/escritor e algumas oferecem
também condições para o envolvimento da formação do indivíduo. Evidente que, nem sempre
todas atendem a essas possibilidades de atividades que a professora trabalha em sala de aula,
tem-se visto diferentes alunos com múltiplas realidades, como o caso da resposta do Aluno 3
que não domina a escrita, mas quando é pra dá a resposta oral ele desenvolve corretamente.
Daí cabe ao professor ter uma preparação cada vez mais sólida para o desenvolvimento do seu
trabalho docente com este aluno.
Questão 3 – Você lembra quando e como aprendeu a ler? Ao lançar a pergunta obtive
respostas positivas, vejamos: Aluno 1 – “Com 4 aninhos, com minha tia, pois ela lia
historinhas de gibi para mim”; Aluno 2 – “Com 5 aninhos, eu aprendi a ler com minha
professora de pré I e II, com um texto não verbal”; Aluno 3 – “Com a miamãe mipai ( quis
dizer “com a minha mãe e meu pai”)”; Aluno 4 – “Com 5 anos, minha mãe comprava
livrinhos bíblicos infantis que me ajudou a aprender a ler mais rápido”; Aluno 5 – “Com 4
anos, eu aprendi a ler com minha mãe, pois lia livros infantis para eu ouvir e depois pedia
que recontasse o que ouvi e também com meus coleguinhas da minha rua, brincando de
escolhinha, eu imitava a minha mãe usando o mesmo livro para meus coleguinhas, nem
sempre lia essas coisas todas mas tentava do meu jeito”.
Como mencionado à forma e o tempo que cada aluno aprendeu a ler é de maneira
mais marcante, na manifestação visual e verbal muito utilizada nos livros infantis voltados
para crianças.
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A resposta do Aluno 3 apresenta a mesma dificuldade na escrita, então pode-se
concluir que ao aprender a ler com seus pais, os mesmos ditavam para ele palavras soltas do
que jeito que ele escrevia lia por isso ainda hoje apresenta defasagem na escrita.
Com base nisso, é preciso que a professora fique atenta com este problema em sala
de aula como também a outros tipos presentes, pois os projetos de inclusão de portadores de
deficiência trouxeram para sala de aula a necessidade de um novo olhar para a criança ou
adolescente que precisa de trabalho às vezes diferenciado para desenvolver suas competências
intelectuais e afetivas entre outras.
Questão 4 – Você se sente bem ao fazer uso das práticas da cultura escrita? ( ) Sim ( )
Não. Se, Sim qual (pegar ônibus, pagar conta, ler revistas, livros e jornais, outros)?
Dentre os entrevistados a maioria respondeu que se sente bem ao fazer uso desta prática.
Vejamos: Aluno 1 – “Sim, pagar a conta nos correios e lotéricas, já vou lendo o boleto
impresso, e até ser atendido, leio tudo que vejo ao redor”; Aluno 2- “Sim, ao ler revista e
livros na biblioteca da escola, pois assim eu posso aprender mais”; Aluno 3 – “Sim, cado
pego u oniboss (quis dizer: “quando pego ônibus”)”; Aluno 4 – “Sim, no ônibus quando vou
todo final de mês para João Pessoa com meus pais para Assembléia Evangélica, pois no
ônibus e onde passo leio tudo que está ao meu alcance”; Aluno 5 – “Sim, ler revista, porque
eu gosto de ficar atenta com as notícias”.
Alguns alunos apresentam de forma detalhada como prática a leitura em ambientes
fora da escola. O que se verifica nesse tipo de atividade é aproximação na busca pela
informação. Alguns deles revelam ter certeza de suas preferências leitoras.
Desse modo, em relação ao uso das práticas da cultura escrita. Aprender a ler e
utilizar-se das práticas sociais como veículo de informação e lazer promove a formação de um
indivíduo mais capaz de argumentar, interagir com o mundo que o rodeia.
Questão 5 – Qual a importância da leitura e da escrita para você?
Aluno 1 – Eu vejo as duas importantes, pois uma depende da outra, é o meu futuro é ser
alguém na vida; Aluno 2 – Tanto ler como escrever é importante, imagina a pessoa sem
saber ler e sem escrever ela não vive no mundo; Aluno 3 – E boua as duas; Aluno 4 – A
leitura e a escrita é uma forma de passatempo e nos ajuda a melhorar a nossa ortografia;
Aluno 5 – Ambas são úteis na vida das pessoas.
Como se observa alguns alunos revela que as duas práticas são importantes, tanto a
leitura é fundamental para uma infinidade de coisas, como também a escrita. Mesmo os que
apresentam dificuldades dizem quase a mesma coisa, pois isso quer dizer que para eles
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mesmos sem dominar essas duas habilidades a função dos dois processos são importantes no
ensino-aprendizado como no ato de ler e escrever.
Em continuidade às investigações sobre as práticas de leitura e escrita na sala de 7º
ano, investigo através de um questionamento a professora da turma. O ensino aprendizagem
descrito pela professora revela uma metodologia de ensino baseada na técnica de produção de
sentidos. Assim vejamos os seguintes depoimentos da professora de língua portuguesa.
Ao iniciar perguntei: Questão 1 – Como professora da turma de 7º ano, você
desenvolve as práticas de leitura com o objetivo de avaliar o aluno como decodificador
de signos linguísticos? “Não. Eu desenvolvo as atividades de prática de leitura
diversificada, por meio de gêneros e suportes textuais diversos, aulas onde considerem o
contexto em que vive o aluno e avaliação sistemática dos avanços e das dificuldades da
turma”.
Questão 2 – Qual a maior dificuldade encontrada na sala de aula do 7º ano? “Refiro-me
ao aluno 3, vejo que a escola ainda não contribuiu para a sua formação como escritor,
apenas ajudou em um trabalho de decodificação, que já tinha sido iniciado pelos seus pais
em casa”.
Questão 3- Qual seria a melhor alternativa para se trabalhar como o aluno na entrada
da escrita, seja na escola ou em casa? “Seria trabalhar com desenhos, gestos, rabiscos e
brincadeiras, a partir dessas habilidades o aluno passará a identificar a escrita através de
acesso aos símbolos culturais e a possibilidade de construção de novos símbolos que
facilitarão sua maneira de viver e de sentir bem no mundo em que está inserido”.
Questão 4 – Hoje os professores promovem rodas de conversa com os alunos? O que
você acha desta prática? “Acredito que seja uma boa estratégia, pois não tem nada melhor
do que desenvolver a oralidade dos nossos alunos, pode até começar nas séries iniciais”.
Questão 5 – Para você que tipo de textos auxilia aos alunos a se engajarem no mundo
letrado? “Eu acredito em uso de vários textos como: O texto ficcional, poético em prosa e
verso, crônica, propaganda, lenda, fábula entre outros”.
O ponto de vista da professora aponta para que o estudo de leitura e escrita na sala de
aula do 7º ano é desenvolvido por meio de gêneros e suportes textuais diversos. Nesse
sentido, a professora mostra que apresenta uma metodologia adequada a descobrir as
dificuldades dos alunos por meio de avaliação sistemática, seja avanços ou dificuldades
encontradas no convívio escolar.
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As análises realizadas permitiram nos conhecer um pouco da vida dos alunos na sala
de aula do 7º ano do Ensino Fundamental II, tanto em relação às dificuldades de apropriação
da escrita, mas também no que se refere ao alcance das práticas de letramento. De certa forma
o questionamento foi planejado e executado de maneira satisfatória, mesmo com a presença
de alunos que não se interessa e nem se envolve muito no desenvolvimento da atividade. Mas
o que procurei exatamente foi conhecer algumas práticas de leitura e escrita no trabalho da
professora com seus alunos. Logo, tanto quanto seus alunos é preciso que a professora se
torne sujeito do mundo da leitura e da escrita, que registre acompanhamento do processo de
construção do conhecimento dos seus alunos.
Portanto, é necessário que haja um envolvimento mais aprofundado com a leitura e a
escrita na sala de aula, como enfatiza Soares (1998, p.72): “Letramento não é pura e
simplesmente um conjunto de habilidades individuais; é o conjunto de práticas sociais ligadas
à leitura e à escrita em que os indivíduos se envolvem em seu contexto social”.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com as reflexões realizadas através destas pesquisas, se abordou algumas discussões
sobre o estudo do letramento para o processo de ensino-aprendizagem. Percebemos, diante
dessa modalidade de ensino que esse termo vem se destacando cada vez mais no ambiente
escolar, e é indispensável à aplicação de habilidades das práticas sociais de leitura e escrita,
tais práticas estão presentes na vida cotidiana de praticamente toda sociedade, cabendo à
escola o dever de ter o compromisso constante com o incentivo à formação de leitor/escritor
de forma adequada e prazerosa. Dessa forma, também buscamos fazer uma reflexão quanto ao
preparo dos educadores em trabalhar práticas pedagógicas adequadas a seu alunado,
sobretudo oferecer as múltiplas linguagens que hoje integram os textos a que temos acesso.
Além disso, aos educadores é importantíssimo o conhecimento dessa tal temática, já que na
sociedade atual, são exigidos dos indivíduos conhecimentos quanto ao uso da leitura e da
escrita nas práticas sociais, cabendo ao educador preparar seus alunos para o trato com essa
diversidade. Nesse aspecto é interessante destacar o que é relatado nos PCN de Língua
Portuguesa (2001, p.41), que ao longo do Ensino Fundamental, “espera-se que os alunos
adquiram progressivamente uma competência em relação à linguagem que lhes possibilite
resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação
no mundo letrado”.
Ainda, podemos enfocar que as reflexões apresentadas neste artigo têm uma
contribuição concretamente para o trabalho dos educadores atuantes, seu objetivo maior é a
formação de leitores e escritores por meio de uma cultura letrada que se funde no meio social,
garantindo a todos os alunos o direito de aprender a ler e a escrever.
Portanto, diante do estudo de campo, posso dizer que esse trabalho foi satisfatório,
uma vez que contribuiu para mais uma etapa da formação de um bom leitor/escritor, mesmo
sabendo que não é possível detectar todas as dificuldades de leitura e escrita encontradas na
turma observada, mas foi possível contribuir para que o professor tivesse uma visão mais
ampla sobre novas concepções, estratégias e práticas de ensino-aprendizagem diante do
processo de letramento.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – língua portuguesa. 3. ed. Brasília, 2001.
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais – língua portuguesa. 3. ed. Brasília, 1998.
_______.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Pró-Letramento: Programa de Formação
Continuada de Professores dos Anos – Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e
linguagem. Brasília: Ministério da Educação, 2008.
CARVALHO, M.A. F; MEDONÇA, R.H. Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério
da Educação, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
LERNER, Delia. Trad. Ernani Rosa. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o
imaginário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LEITE, J. A.O; BOTELHO, L. S. Letramentos Múltiplos: uma nova perspectiva sobre as
práticas sociais da leitura e da escrita. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery.
Curso de Pedagogia – N.10, JAN/JUN 2011. Disponível em: <http://re.granbery.edu.br>.
Acesso em 19/09/2013.
SILVA, V. M. T. Literatura. Literatura brasileira: um guia para professores e promotores de
leitura. 2. ed. Goiânia: Cânone Editorial, 2009.
SOARES, Magda. Letramento: um texto em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
KLEIMAN, Ângela B. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e a
escrever?. Ministério da Educação. Brasil, 2005
_______. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da
escrita. Campinas – SP: Mercado de Letras, 1995.
VIEIRA, Sonia. Introdução à bioestatística. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
26
APÊNDICE A - Roteiro da entrevista com os alunos
Entrevista com os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II da Escola Françoá Galdino
Mendes:
Questão 1 – Você sente mais dificuldade no uso da escrita ou da leitura?
Aluno 1 – Na escrita por conta do acento e da vírgula que eu não sei exatamente quando
coloca vírgula nos textos;
Aluno 2 – Eu tenho dificuldade na leitura por que eu não gostavar de ler;
Aluno 3 – Na escrita em algumas palavras eu não sei escrever por causa do seu som de s ou
de z;
Aluno 4 – Dificuldade naiscrita;
Aluno 5 – No da leitura, porque eu fico nervosa quando estou lendo e troco as letras;
Aluno 6 – Na escrita por causa dos usos de acentos e vírgulas;
Aluno 7- Na escrita porque a maioria das vezes eu não sei onde é os acentos as vírgulas;
Aluno 8 – Na escrita porque eu não pratico minha leitura;
Aluno 9 – Leitura por que tem palavra que a pessoa não entendi;
Aluno 10 – Na leitura não gosto de ler.
Questão 2 – Você acha que sua professora influencia a se tornar um leitor/escritor?
Aluno 1 – Sim;
Aluno 2 – Sim, pois a professora costuma trazer nas aulas de português texto para
acolhimento das aulas, a mesma ler em voz alta, depois faz perguntas sobre o que foi dito no
texto e também sobre algo semelhante que já conhecemos;
Aluno 3 – Sim, ela traz bons livros pra gente ler;
Aluno 4 – Gosto de ouvir a professora lendo o texto, mas quando faz pergunta já não gosto,
porque fico com vergonha de dizer coisa que não agrada aos meus colegas e eles rirem de
mim;
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Aluno 5- Sim, alitura e aiscrita iprotate;
Aluno 6 – Sim ela desenvolve produção de textos;
Aluno 7 – Nem sempre, pois acho que ela fala muito e também quer que a gente fale e
escreva tudo certinho;
Aluno 8 – Mais ou menos;
Aluno 9 – A minha professora me influencia muito em ler e escrever e criar novo texto seja
poemas, crônicas, lendas e brincadeiras.
Aluno 10 – “A minha professora me estimula a ler sempre”;
Questão 3 – Você lembra quando e como aprendeu a ler?
Aluno 1 – Sim, com 4 anos eu aprendi a ler com minha professora;
Aluno 2 – Com 4 aninhos, com minha tia, pois ela lia historinhas de gibi para mim;
Aluno 3 – Com 5 aninhos, eu aprendi a ler com minha professora de pré I e II, com um texto
não verbal;
Aluno 4 – Sim, quando eu tinha 3 anos de idade no reforço que minha mãe pagava;
Aluno 5 – Com a miamãe mipai;
Aluno 6 – Aos 6 anos, lendo frases e livrinhos de história;
Aluno 7 – Com 5 anos, minha mãe comprava livrinhos bíblicos infantis que me ajudou a
aprender a ler mais rápido;
Aluno 8 – Com 4 anos, eu aprendi a ler com minha mãe, pois lia livros infantis para eu ouvir
e depois pedia que recontasse o que ouvi e também com meus coleguinhas da minha rua,
brincando de escolhinha, eu imitava a minha mãe usando o mesmo livro para meus
coleguinhas, nem sempre lia essas coisas todas mas tentava do meu jeito;
Aluno 9 – Com 5 anos de idade com os professores e com os livros;
Aluno 10- Aos meus 4 anos com a professora;
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Questão 4 – Você se sente bem ao fazer uso das práticas da cultura escrita? ( ) Sim ( )
Não. Se, Sim qual (pegar ônibus, pagar conta, ler revistas, livros e jornais, outros)?
Aluno 1 – Sim, pegar ônibus;
Aluno 2 – Sim, pagar a conta nos correios e lotéricas, já vou lendo o boleto impresso, e até
ser atendido, leio tudo que vejo ao redor;
Aluno 3 – Não;
Aluno 4- Sim, ao ler revista e livros na biblioteca da escola, pois assim eu posso aprender
mais;
Aluno 5 – Sim, em revistas, em jornal e etc;
Aluno 6 – Sim, cado pego u oniboss;
Aluno 7 – Sim, pagar conta, ler revista e etc.;
Aluno 8 – Sim, no ônibus quando vou todo final de mês para João Pessoa com meus pais
para Assembléia Evangélica, pois no ônibus e onde passo leio tudo que está ao meu alcance;
Aluno 9 – Sim, pagar conta;
Aluno 10 – Sim, ler revista, porque eu gosto de ficar atenta com as notícias.
Questão 5 – Qual a importância da leitura e da escrita para você?
Aluno 1 – Aprender a ler e a escrever isso é importante para todos nós;
Aluno 2 – Eu vejo as duas importantes, pois uma depende da outra, é o meu futuro é ser
alguém na vida;
Aluno 3 – Para aprendermos mais;
Aluno 4 – A importância da leitura para mim é por que gosto acho legal;
Aluno 5 – Tanto ler como escrever é importante, imagina a pessoa sem saber ler e sem
escrever ela não vive no mundo;
Aluno 6 – E boua as duas;
Aluno 7 – Para ser um bom aluno e se formar, para ser alguém na vida;
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Aluno 8 – A leitura e a escrita é uma forma de passatempo e nos ajuda a melhorar a nossa
ortografia;
Aluno 9 – Para no futuro ter um bom emprego e ser uma boa escritora;
Aluno 10 – Ambas são úteis na vida das pessoas.
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APÊNDICE B - Roteiro da entrevista com a professora de Língua Portuguesa
Entrevista realizada com a professora da escola-campo:
Questão 1 – Como professora da turma de 7º ano, você desenvolve as práticas de leitura
com o objetivo de avaliar o aluno como decodificador de signos linguísticos? Não. Eu
desenvolvo as atividades de prática de leitura diversificada, por meio de gêneros e suportes
textuais diversos, aulas onde considerem o contexto em que vive o aluno e avaliação
sistemática dos avanços e das dificuldades da turma.
Questão 2 – Qual a maior dificuldade encontrada na sala de aula do 7º ano? Refiro-me ao
aluno 3, vejo que a escola ainda não contribuiu para a sua formação como escritor, apenas
ajudou em um trabalho de decodificação, que já tinha sido iniciado pelos seus pais em casa.
Questão 3- Qual seria a melhor alternativa para se trabalhar como o aluno na entrada
da escrita, seja na escola ou em casa? Seria trabalhar com desenhos, gestos, rabiscos e
brincadeiras, a partir dessas habilidades o aluno passará a identificar a escrita através de
acesso aos símbolos culturais e a possibilidade de construção de novos símbolos que
facilitarão sua maneira de viver e de sentir bem no mundo em que está inserido.
Questão 4 – Hoje os professores promovem rodas de conversa com os alunos? O que
você acha desta prática? Acredito que seja uma boa estratégia, pois não tem nada melhor
do que desenvolver a oralidade dos nossos alunos, pode até começar nas séries iniciais.
Questão 5 – Para você que tipo de textos auxilia aos alunos a se engajarem no mundo
letrado? Eu acredito em uso de vários textos como: O texto ficcional, poético em prosa e
verso, crônica, propaganda, lenda, fábula entre outros.
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APÊNDICE C
Termo de Anuência da Instituição/Autorização para a Pesquisa
____________________________________
Sr(a). Diretora Senvannete Bento de Sousa
Com os nossos cumprimentos iniciais, vimos pelo presente, solicitar de Vossa Senhoria, a
autorização para que a acadêmica Fátima Nilda Vieira Pergentino, aprendente do Curso de
Letras, oferecido pela Universidade Federal da Paraíba na Modalidade a Distância (UFPB –
Virtual), possa desenvolver a pesquisa monográfica intitulada: Letramento na educação
escolar: as práticas de leitura e escrita. Para isso, será necessária a vossa colaboração, dando a
permissão para que a acadêmica possa coletar dados na Escola Estadual de Ensino
Fundamental Francoá Galdino Mendes da cidade de Carrapateira - PB. Este trabalho será de
importância fundamental para a realização da referida pesquisa e crescimento profissional da
acadêmica, podendo contribuir com importantes reflexões a respeito do trabalho com o
letramento na educação escolar: as práticas de leitura e escrita com os alunos do 7º Ano e pelo
professor de Língua Portuguesa.
Atenciosamente,
_________________________________________________
Fátima Nilda Vieira Pergentino (Acadêmica)
Universidade Federal da Paraíba/UFPB-Virtual
_______________________________________________
Profª. Maria Cleide Soares de Sousa (Orientadora)
Universidade Federal da Paraíba/UFPB-Virtual
Carrapateira - PB, 04/10/2013