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O O B B J J E E T T I I V V O O H H I I S S T T Ó Ó R R I I A A 1 D D A sociedade feudal era formada por três ordens divididas da seguinte forma: a) a burguesia industrial responsável pela produção dos produtos manufaturados e de sua exportação, o clero responsável pela manutenção da fé cristã e pela perseguição aos infiéis e, abaixo dessas duas, os servos responsáveis pelo sustento de toda a sociedade. b) a nobreza feudal responsável pela produção dos grãos que alimentavam a toda a sociedade, o clero responsável pela salvação das almas dos cristãos e, abaixo dessas duas, os escravos responsáveis pelos afazeres domésticos, pelas plantações e pelas frentes de batalhas quando fosse necessário. c) a burguesia comerciante responsável pelo controle europeu do comércio com o Oriente, o clero responsável pelos ritos religiosos e pela preservação da moral e dos bons costumes e, abaixo dessas duas, os camponeses responsáveis pelo sustento de toda a sociedade. d) o clero responsável por zelar e manter os princípios cristãos, os nobres responsáveis pela segurança militar dessa sociedade e, abaixo dessas duas, todos os trabalhadores responsáveis por manter a sua sobrevivência e o sustento da nobreza e do clero. e) a aristocracia rural senhora e responsável das terras dessa sociedade, seguida pelo clero também senhor das terras, porém portador dos segredos da fé católica e, abaixo dessas duas, a burguesia comerciante que detinha o controle sobre as rotas comerciais, criadas após as cruzadas. Resolução A questão aborda a tradicional divisão social do feudalismo, estabelecida pela Igreja como correspon- dendo à vontade de Deus: oratores (clero – os que oram), bellatores (nobreza feudal – os que lutam) e laboratores (estamentos subalternos – os que trabalham). F F A A T T E E C C - - J J u u n n h h o o / / 2 2 0 0 0 0 8 8 F F A A T T E E C C

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    HHIISSTTRRIIAA

    1 DDA sociedade feudal era formada por trs ordens divididasda seguinte forma:a) a burguesia industrial responsvel pela produo dos

    produtos manufaturados e de sua exportao, o cleroresponsvel pela manuteno da f crist e pelaperseguio aos infiis e, abaixo dessas duas, osservos responsveis pelo sustento de toda a sociedade.

    b) a nobreza feudal responsvel pela produo dos grosque alimentavam a toda a sociedade, o cleroresponsvel pela salvao das almas dos cristos e,abaixo dessas duas, os escravos responsveis pelosafazeres domsticos, pelas plantaes e pelas frentesde batalhas quando fosse necessrio.

    c) a burguesia comerciante responsvel pelo controleeuropeu do comrcio com o Oriente, o cleroresponsvel pelos ritos religiosos e pela preservaoda moral e dos bons costumes e, abaixo dessas duas,os camponeses responsveis pelo sustento de toda asociedade.

    d) o clero responsvel por zelar e manter os princpioscristos, os nobres responsveis pela seguranamilitar dessa sociedade e, abaixo dessas duas, todosos trabalhadores responsveis por manter a suasobrevivncia e o sustento da nobreza e do clero.

    e) a aristocracia rural senhora e responsvel das terrasdessa sociedade, seguida pelo clero tambm senhordas terras, porm portador dos segredos da f catlicae, abaixo dessas duas, a burguesia comerciante quedetinha o controle sobre as rotas comerciais, criadasaps as cruzadas.

    ResoluoA questo aborda a tradicional diviso social dofeudalismo, estabelecida pela Igreja como correspon -dendo vontade de Deus: oratores (clero os que oram),bellatores (nobreza feudal os que lutam) e laboratores(estamentos subalternos os que trabalham).

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    2 DD O que o Terror? O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, o instrumento usado para reprimir a contra-revoluo.

    (VOVELLE, Michelle. A Revoluo Francesa explicada minhaneta. So Paulo: Editora Unesp, 2007. p. 74.)

    No contexto da Revoluo Francesa, o perodo desetembro de 1793 a julho de 1794 considerado peloautor como do Terror. Esse perodo teve como uma desuas caractersticas a) a defesa da monarquia constitucional como sada para

    a grave crise enfrentada pela Frana.b) a aprovao da Declarao dos Direitos do Homem e

    do Cidado, dentre os quais se destaca o direito liberdade pessoal, de pensamento a igualdade detratamento pela lei.

    c) o golpe do 18 brumrio, que ps fim ao governo doDiretrio, estabelecendo um Executivo forte e umanova Constituio.

    d) a represso severa subverso interna, com a exe -cuo em massa dos opositores da revoluo, sobre -tudo os girondinos.

    e) a retirada dos sans-culottes parisienses do poder, que,irritados pela fome e pelo dio aos ricos, desestabi -lizavam a Revoluo.

    ResoluoO Perodo do Terror, no contexto da RevoluoFrancesa, estendeu-se da queda dos girondinos ao golpede 9 Termidor, que derrubou Robespierre. Caracterizou-se pela impiedosa represso aos inimigos daRevoluo denominao genrica que abrangia umamplo arco de opositores, reais ou imaginrios.

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    3 AAMeu Brasil!...Que sonha com a voltaDo irmo do HenfilCom tanta gente que partiuNum rabo de foguete.

    O trecho acima retirado da msica de Joo Bosco e AldirBlanc, O bbado e a equilibrista, faz referncia:a) ao perodo da represso poltica. Nesse perodo,

    vrios brasileiros buscaram o exlio e mantiveram aesperana no fim da violncia, da censura e do retornopara casa.

    b) luta pelas diretas j, momento em que a populaobrasileira se mobilizou pedindo o fim da ditaduramilitar e a votao de eleies diretas para presidente.

    c) ao governo de Jnio Quadros, que aproximou asrelaes do Brasil com pases como Cuba e China,mas reprimiu a esquerda brasileira.

    d) ditadura varguista, que prendeu e torturou osinimigos do Estado Novo mas no autorizou adeportao e o exlio de cidados brasileiros.

    e) ao plano Collor. Este plano confiscou recursosdepositados em contas bancrias e cadernetas depoupana, forando brasileiros a fugirem do pas parano falirem.

    ResoluoA questo, embora no explicite datas, refere-se fasemais dura do regime militar, compreendida entre aedio do AI-5 (dezembro de 1968) e o final do governoGeisel (maro de 1979). Nesse perodo, numerososbrasileiros (entre eles o irmo do Henfil Herbert deSousa) foram forados a sair do Pas alguns nacategoria de banidos. Entretanto, deve-se lembrarque O Bbado e a Equilibrista, de Joo Bosco e AldyrBlanc, foi composta na fase final do governo Geisel,quando j existia uma certa abertura poltica, ainda quelenta, gradual e segura. Da a esperana expressa naletra, de uma anistia e da volta dos exilados.

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    4 AAA massa da provncia aborrece (odeia) e detesta todogoverno arbitrrio, iliberal, desptico e tirnico, tenha onome que tiver, venha revestido da fora que vier. Amassa da provncia s se h de pacificar quando vir queas Cortes soberanas no estabelecem duas Cmaras; queno do ao supremo chefe do Poder Executivo vetoabsoluto; (...) quando vir a Imprensa livre (...) oimperador sem o comando da fora armada; e outrasinstituies que sustenham a liberdade das instituies,que sustentem a liberdade do cidado e sua propriedade,e promovam a felicidade da ptria; fora disto, a massa daprovncia, semelhana de Sua Majestade Imperial econstitucional, gritar Do Rio nada, nada; noqueremos nada.

    (PRIORE, Mary Del, NEVES, Maria De Ftima & ALAMBERT,Francisco. Documentos de Histria do Brasil de Cabral aos anos

    90. So Paulo: Editora Scipione, 1997, p. 45.)

    O documento acima redigido por frei Caneca epublicado no jornal Tfis Pernambucanoa) demonstra a insatisfao do autor, que participou

    ativamente da Confederao do Equador, quanto aospoderes ilimitados do imperador.

    b) faz uma stira queles que no apoiaram politica -mente o novo governo imperial residente no Rio deJaneiro.

    c) defende a necessidade de um golpe contra as cortesportuguesas que tentavam subjugar o Brasil atravsdas mos de seu representante, o prncipe regente.

    d) prope o apoio incondicional ao imperador, poisdescreve a importncia, naquele momento, da atitudedesptica de D. Pedro I.

    e) acusa a Repblica de tentar manter a imprensa calada,assim como de retirar do cidado as suas liberdades eseu direito busca da felicidade.

    ResoluoA Confederao do Equador, cujo lder mais destacadofoi Frei Caneca, irrompeu em Pernambuco no ano de1824, contra o autoritarismo de D. Pedro I, manifestadona dissoluo da Assemblia Constituinte e na outorgada Constituio de 1824 (embora a expresso poderesilimitados seja um bvio exagero).

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    5 EEA busca de um heri para a Repblica acabou tendoxito onde no o imaginavam muitos dos participantesda proclamao. Diante das dificuldades em promoveros protagonistas do dia 15, quem aos poucos se reveloucapaz de atender as exigncias da mitificao foiTiradentes.

    (CARVALHO, Jos Murilo de. A formao das almas. Oimaginrio da repblica no Brasil. So Paulo: Companhia Das

    Letras, 1990. p. 57.)A adoo de Tiradentes como o heri da Repblica,mesmo tendo morrido um sculo antes de suaproclamao pode estar ligada ao fato a) da inexistncia de um heri no dia 15 de novembro.

    Por ter sido um movimento sangrento, que retirou demaneira violenta o imperador D. Pedro II do poder,acabou por gerar fortes disputas entre os republicanosque, a exemplo da revoluo francesa, destruram uma um os nomes que estiveram frente da proclamaoda repblica.

    b) da profunda religiosidade que envolve esse perso -nagem histrico. Como lder religioso do movimentoinconfidente, ele se sacrificou pelos amigos e,sobretudo, pelo povo brasileiro.

    c) de ter pertencido a uma elite mineradora. Suasintenes eram, num primeiro momento, romper comPortugal para, dessa forma, se ver livre de dvidas eencargos a serem pagos coroa portuguesa, pormacabou por esquecer suas origens nobres e se entregou causa da independncia do povo.

    d) de ter sido o mentor da Inconfidncia Mineira. Seusestudos na Europa o levaram a conhecer os filsofosiluministas, assim como os patriarcas da indepen -dncia americana, e esse passado ligado a idias ehomens histricos o entronaram como heri daRepblica.

    e) de mesclar em si a figura mstica do cidado tradio crist do povo. Cidado pelo sentimento departici pao, de unio em torno de um ideal, fosse elea liberdade, a independncia ou a repblica e cristpor ter sido trado, por ter sacrificado a prpria vidae ter-se tornado um mrtir.

    Resoluo falta de heris que tivessem marcado a Proclamaoda Repblica (um episdio incruento e poucoimpactante), os dirigentes do novo regime recorreram figura de Tiradentes para criar um smbolo republicanoque fosse, simultaneamente, cidado, patriota, cristo emrtir. Alis, foi nesse sentido que Pedro Amrico, natela Execuo de Tiradentes, criou para o personagem(de quem no existiam retratos) um visual que oaproximava de Jesus Cristo.

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    6 CCA Guerra de Secesso, tambm chamada de Guerra CivilAmericana, teve incio no ano de 1861. Nesse momento,o Sul dos Estados Unidos proclama a sua separao epassa a se chamar ECA (Estados Confederados daAmrica).Entre os motivos que causaram o incio dessa guerrapodemos citara) as tentativas por parte do Sul em modificar sua

    economia agrria ligada ao mercado europeu por ummodelo econmico industrial.

    b) a conquista do oeste cujas terras alm do Texas oNorte esperava poder aproveitar para expandir alavoura de algodo e outras plantaes, usando damo-de-obra escrava.

    c) a vitria do presidente Abraham Lincoln, que foiinterpretada pelo Sul como a sentena de morte quecolocaria em xeque o sistema escravista.

    d) a pretenso por parte dos fazendeiros do Sul emfundar um banco nacional com direitos exclusivos deemitir dinheiro, e um dinheiro forte para opagamento de suas dvidas.

    e) a tarifa sobre importaes, pois o Sul queria que esteimposto fosse elevado o bastante para ofereceralguma proteo contra a concorrncia demanufaturas importadas.

    ResoluoAbraham Lincoln, eleito em 1860 pelo PartidoRepublicano, declarou durante a campanha eleitoral sercontrrio escravido. A ascenso de Lincoln Presidncia da Repblica, por si s, no implicaria ofim do sistema escravista, j que a abolio do mesmodependeria do Legislativo. No obstante, a Carolina doSul interpretou a vitria daquele candidato como umindcio da iminente extino da escravatura que o Sulconsiderava vital para sua economia e declarou suasecesso em relao Unio, no que foi acompanhada,nos meses subseqentes, por mais dez estados sulistas.

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    QQUUMMIICCAA

    7 DDAs guas dos rios, lagos e mares vizinhos s regiesmetropolitanas so, em geral, poludas. Utilizandomtodos fsicos e qumicos apropriados, as estaesmunicipais de tratamento de gua conseguemtransformar gua contaminada em gua potvel.

    (disponvel em: acessado 20/03/2008)

    Em uma das etapas do tratamento da gua, poluentesso eliminados por processo que envolve reaesqumicas. So reaes de dupla troca, que produzemsubstncias gelatinosas, retendo em sua superfciemuitas das impurezas presentes na gua. Esse processodenomina-sea) desinfeco. b) decantao. c) fluoretao.d) floculao. e) filtrao.ResoluoO processo no qual reaes qumicas retiram impurezasslidas da gua chamado de floculao. As reaesenvolvidas so:CaO + H2O Ca(OH)23Ca(OH)2 + Al2(SO4)3 2Al(OH)3 + 3CaSO4

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    8 DDEm um mundo onde as fronteiras esto cada vez maisprximas, a competitividade do lcool frente aos com -bustveis fsseis aumenta significativamente as possibi -lidades de intercmbio comercial e tecnolgico, e setransforma num dos mais importantes negcios daagroindstria de cana-de-acar neste sculo. Uma dasvantagens da utilizao do lcool como combustvel aemisso de CO2. Sabe-se que para liberar a mesmaquantidade de energia que 10 L de gasolina , so neces -srios cerca de 17 L de etanol, o que corresponde a65 mols de octano e 280 mols de etanol, respec tiva -mente. Admitindo combusto completa com rendimentode 100%, as quantidades de CO2, em mols, produzidapor 1,7 L de lcool hidratado e 1,0 L de gasolina so,respectivamenteDado: considere para a reao de combusto: etanolcomo o componente do lcool hidratado e octano dagasolina.a) 6,5 e 28. b) 5,6 e 5,2. c) 28 e 65.d) 56 e 52. e) 560 e 520.ResoluoGasolina:

    C8H18 + O2 8CO2 + 9H2O

    1 mol 8 mol1,0L 6,5 mol x x = 52 mol

    lcool:C2H6O + 3O2 2CO2 + 3H2O1 mol 2 mol

    1,7L 28 mol y y = 56 mol

    lcool: 56 mol de CO2Gasolina: 52 mol de CO2

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    9 CCPacientes com anemia nutricional por carncia de ferro,recebem suplemento de ferro gratuitamente nos postosde sade. Na embalagem de um suplemento de ferro l-se que em cada copo medida (20 mL) h 27,8 mg desulfato ferroso heptahidratado. A concentrao, emmol/L, de ons Fe+2(aq) nesse suplemento , aproxi -madamenteDados: Massas molares (g/mol) : H = 1; O = 16; S = 32; Fe = 56a) 2,0.101. b) 2,5.102. c) 5.103.d) 4.104. e) 3.105.ResoluoA equao de dissociao do sulfato ferroso heptai -dratado :

    H2OFeSO4 . 7H2O(s) Fe2+(aq) + SO42(aq) + 7H2O(l)Massa molar do FeSO4. 7H2O: 56g/mol + 32g/mol + 4.16g/mol + 7.18g/mol = 278g.mol1

    Clculo da quantidade em mol de ons Fe2+:278g de FeSO4 . 7H2O 1 mol de Fe2+

    27,8 . 103g de FeSO4 . 7H2O x27,8 . 103

    x = mol = 104 mol de Fe2+278

    Clculo da concentrao em mol/L de ons Fe2+:104 mol de Fe2+ 20mL

    103 . 104y 1000mL y = mol20

    y = 5 . 103 mol

    A concentrao de ons Fe2+ 5 . 103 mol/L

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    10 BBEm um cadinho de porcelana, foi colocada umasubstncia X em p. Em seguida, este sistema aberto foifortemente aquecido, e a substncia X, transformada emuma substncia Y. O grfico descreve a variao demassa observada no sistema, nessa transformao.

    Considerando o grfico, indique a alternativa que apre -senta uma reao compatvel com a variao de massaobservada no sistema.a) NaHCO3(s) Na2CO3(s) + CO2(g) + H2O(g).b) Fe(s) + O2(g) FeO(s).c) CaCO3(s) CaO(s) + CO2(g).d) C (s) + O2(g) CO2(g).e) N2(s) + H2(g) NH3(g) .ResoluoA massa do sistema aumenta com o tempo de aque -cimento (vide grfico), portanto, a massa da substnciaY formada deve ser maior que a massa da substncia X.Logo, a reao compatvel com a variao de massaobservada :

    Fe(s) + 1/2O2(g) FeO(s)

    A massa inicial a massa de ferro metlico, e a massafinal a massa do xido de ferro.

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    11 CCA tabela mostra propriedades de trs substncias X, Y, Z.

    Considere as asseres seguintes sobre as substncias X,Y e Z que apresentam frmula molecular C4H10O.

    I. X ismero funcional de Y.II. A substncia Z o lcool 2-metil-2-propanol

    (lcool terciobutlico).III. A substncia Y 1-butanol.IV. As substncias X, Y e Z apresentam carbono

    assimtrico.Das asseres acima, esto corretas apenasa) I, III e IV. b) I, II e IV.c) I, II e III. d) II, III e IV.e) I e IV.ResoluoCom a frmula molecular C4H10O, existem ismeros dasfunes lcool e ter.O composto X apresenta o menor ponto de ebulio.Pode ser um ter, que no estabelece pontes de hidro -gnio (ligaes de hidrognio) entre suas molculas.O composto Y, por oxidao total com KMnO4, produzcido butanico; o 1-butanol (lcool primrio).

    [O]H3C CH2 CH2 CH2 OH

    KMnO4/H+1-butanol

    O

    H3C CH2 CH2 C + H2OOH

    cido butanico

    O composto Z no oxidado pelo KMnO4; um lcooltercirio.

    OH|H3C C CH3 2-metil-2-propanol| (lcool terciobutlico)

    CH3

    I) Verdadeira X ter e ismero de funo de Y,que lcool.

    II) Verdadeira.III) Verdadeira.IV) Falsa nenhum dos compostos citados apresenta

    car bono assimtrico.

    Proprie-dades

    X Y Z

    Apresenta menor pontode ebulio.

    Por oxidao total com

    KMnO4 produzcido butanico.

    No oxidado

    peloKMnO4.

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    12 AAO biodiesel praticamente no contm enxofre em suacomposio. Devido a esse fato, sua combusto apre -senta vantagens em relao do diesel do petrleo, noque diz respeito ao fenmenoa) da chuva cida.b) da destruio da camada de oznio.c) do efeito estufa.d) da inverso trmica.e) do efeito tyndall.ResoluoA presena de enxofre ou compostos de enxofre dis sol -vidos no diesel causa um efeito bem conhecido, cha -mado de chuva cida.As reaes que produzem esse efeito so mostradas nasseguintes equaes:S + O2 SO2

    SO2 + O2 SO3

    H2O + SO3 H2SO4

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    IINNGGLLSS

    THE FIGHT WE ARE In NOWLARRY KAPLOW

    Capt. Neil Hollenbeck declines to secondguesswhether America should have invaded Iraq. What he willsay is this: The reason we invaded Iraq to begin withand the reason were fighting now are different. Werefighting different enemies now. He pauses to think.The threat were fighting now is instability andterrorism. Another pause. The fight that we are in nowis not one of our choosing. Its just one were choosingnot to walk away from. Questions of winning andlosing are above his rank, he adds, although he thinks astable Iraq, with a government that can grow into itsresponsibilities, is obtainable.

    Thats why hes here, hunting down the last Al Qaedain Iraq fighters in the rural Arab Jabour district, south ofBaghdad. Hollenbeck and his troops live in anabandoned farmhouse with no running water orelectricity, only a generator to run their radios and a lightor two. He doesnt mind roughing it; thats part of thestrategy. The main thing is to protect the people: youhave to live among them, not on heavily fortified bases,as Gen. David Petraeuss counterinsurgency manualsays. When the book first came out, Hollenbeck was atFort Benning, taking classes in conventional warfarebetween deployments to Iraq. He remembers how goodit felt to read something that actually applied to theunconventional conflict he had seen in Iraq.

    In these croplands and orchards along the Tigris, thewar is less about good and evil than about managingambiguities (although the wanted list at the farmhouseis headed Bad Dudes). As a counterinsurgent, yourewinning when more and more of the people in themiddle are leaning to you. Hollenbecks father, anArmy Ranger officer, saw close-up how Vietnam turnedinto a disaster. Compared to that war, Iraq these days islooking good.

    (NEWSWEEK, MARCH, 2008)

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    13 CCDe acordo com o texto, Hollenbeck afirma que:a) a razo inicial para invadir o Iraque exatamente a

    mesma daquela pela qual eles esto lutando agora.b) no h razo para continuar com a invaso do Iraque

    agora.c) a razo inicial para invadir o Iraque diferente da

    razo de agora.d) ainda existem vrias razes para continuar com a

    invaso do Iraque.e) a nica razo para continuar com a invaso do Iraque

    a instabilidade.ResoluoDe acordo com o texto, Hollenbeck afirma que a razoinicial para se invadir o Iraque diferente daquela deagora.No texto:The reason we invaded Iraq to begin with and thereason were fighting now are different. Were fightingdifferent enemies now.

    14 AASegundo o texto, Hollenbecka) no se importa de viver sem conforto; isto parte da

    estratgia.b) no consegue viver sem conforto, embora isto seja

    parte da estratgia.c) no cede condio de viver confortavelmente, ainda

    que isto seja parte da estratgia.d) no admite o fato de viver sem conforto porque isto

    no parte da estratgia.e) abre mo de viver confortavelmente, embora isto no

    seja parte da estratgia.ResoluoSegundo o texto, Hollenbeck no se importa em viversem conforto; isto parte da estratgia.No texto:Hollenbeck and his troops live in an abandonedfarmhouse with no running water or electricity, only agenerator to run their radios and a light or two. Hedoesnt mind roughing it; thats part of the strategy. he doesnt mind = ele no se importa to rough = levar uma vida dura, viver sem conforto

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    15 EEAssinale a alternativa na qual a palavra to desempenhaa mesma funo encontrada em ... Hollenbeck declinesto second-guess whether...a) He pauses to think.b) The main thing is to protect the people.c) You have to live among them.d) He remembers how good it felt to read something that

    actually appliede) Compared to that war, Iraq these days is looking

    good.ResoluoGabarito oficial: E

    16 BBMarque a alternativa que contempla a voz passiva dafrase Were fighting different enemies now.a) Different enemies are being fighted now.b) Different enemies are being fought now.c) Different enemies are fighted now.d) Different enemies have been fought now.e) Different enemies have been fighted now.ResoluoA alternativa que contempla a voz passiva da fraseWere fighting different enemies now. Differentenemies are being fought now.

    are fighting Present Continuous are being fought Present Continuous do verbo Be +

    Past Participle do verboprincipal.

    17 DDEscolha a alternativa da qual se origina a construoHollenbecks fathera) The father of the Hollenbeck.b) Father of the Hollenbeck.c) Father of Hollenbeck.d) The father of Hollenbeck.e) The father Hollenbeck.ResoluoA construo Hollenbecks father (Genitive Case)origina-se de The father of Hollenbeck.

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    18 AAEscolha a alternativa cujo verbo emprega o sufixo ingde forma diferente daquela usada em fighting.a) choosing. b) looking. c) leaning.d) roughing. e) hunting.ResoluoA alternativa cujo verbo emprega o sufixo ing de formadiferente daquela usada em fighting choosing. Todas as palavras apresentadas funcionam comoverbos no texto, com exceo de choosing que exercea funo de substantivo The fight that we are now is notone of our choosing (= escolha).

    MMAATTEEMMTTIICCAA

    19 BBSejam f e g funes de em , tais que g(x) = f(2x + 3) + 5 , para todo x real. Sabendo que onmero 1 um zero da funo f, conclui-se que o grficoda funo g passa necessariamente pelo pontoa) ( 2; 3). b) ( 1; 5). c) (1; 5).d) (2; 7). e) (5; 3).ResoluoSe 1 um zero da funo f, ento f(1) = 0. Como 2x + 3 = 1 x = 1, temos:g( 1) = f(2( 1) + 3) + 5 = f(1) + 5 = 0 + 5 = 5 e,portanto, o ponto ( 1; 5) pertence ao grfico dafuno g.

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    20 DDUma escola do Ensino Fundamental ofereceu alguns deseus alunos um passeio ao zoolgico. Para tanto, a escolapretende gastar exatamente R$ 93,00 e sabe que oingresso do zoolgico custa R$ 5,00 para os menores de12 anos e R$ 7,00 para os que tm 12 anos ou mais. Logo, a quantidade mxima de alunos que a escola podelevar ao zoolgico a) 11. b) 13. c) 16. d) 17. e) 18.ResoluoSejam x o nmero de alunos menores de 12 anos e y onmero de alunos que tm 12 anos ou mais, e que aescola pretende levar ao zoolgico. Desta forma, 5,00.x + 7,00.y = 93,00 5x + 7y = 93.O nmero de alunos a serem levados ser mximoquando y for mnimo e x for mximo, com x e y naturais.Assim,

    5x + 7y = 93 5x = 93 7y x =

    x = = 18 +

    Para x devemos ter (3 7y) mltiplo de 5.O menor natural y que satisfaz tal condio 4 e, nestecaso, x = 13.Portanto, a quantidade mxima de alunos que a escolapode levar ao zoolgico 13 + 4 = 17.

    (3 7y)

    590 + (3 7y)

    5

    93 7y

    5

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    21 BBA figura representa um trapzio retngulo em que AB = 4 cm, BC = 9 cm e AD = 3 cm.

    O volume, em centmetros cbicos, do slido derevoluo gerado pela rotao completa do trapzio emtorno da reta suporte do lado

    AD a) 108 . b) 112 . c) 126 .d) 130 . e) 144 .Resoluo

    O volume V, em cm3, do slido de revoluo gerado pelarotao completa do trapzio em torno da reta suportedo lado AD igual ao volume de um cilindro circularreto com raio da base AB = 4 cm e altura BC = 9 cmsubtraindo o volume de um cone circular reto com raioda base CE = 4 cm e altura 6 cm.Dessa forma, resulta:

    V = 42 . 9 42 . 6 = 1121

    3

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    22 AANo tringulo ABC da figura tem-se que

    BM a medianarelativa ao lado

    AC, o ngulo BC reto, a medidado ngulo C^BM e a medida do ngulo M ^BA.

    Sabendo que BC = 13 e AB = 5, ento tg igual a

    a) . b) . c) .

    d) . e) .

    Resoluo

    1) No tringulo ABC, pelo Teorema de Pitgoras,temos:

    BC2 = AC2 + AB2 132 = AC2 + 52 AC = 12

    Como M ponto mdio de

    AC, temos: AM = MC = 6

    2) Sendo tg( + ) = ,

    tg( + ) = = e tg = =,

    resulta:

    = =

    60 72 . tg = 25 . tg + 30 97 . tg = 30

    tg =

    30

    4947

    9030

    97

    6

    5AM

    AB12

    5AC

    AB

    tg + tg

    1 tg . tg

    12

    56

    5

    30

    97

    5 . tg + 6

    5 6 . tg12

    5

    6tg +

    5

    61 . tg

    5

    12

    5

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    23 CCSeja o nmero complexo z = cos + i . sen , em que i a unidade imaginria.

    Se um nmero real e ; , ento a) . b) . c) .

    d) . e) .

    ResoluoSendo z = 1 . (cos + i . sen ) e

    i = 1 . cos + i sen , temos:

    1) = =

    =

    2) sen 4 = 0

    4 = k 4 = + k

    = + = ou a = ou

    a = , etc.

    3) ; =

    5

    122

    5

    3

    8

    34

    15

    2

    4z4

    i

    3

    8

    2

    4

    5

    8

    3

    8

    8k

    4

    8

    2

    2

    2z4

    i

    1 . cos 4 + i . sen(4a 2 2

    14[cos(4a) + i . sen(4a)]

    1cos + i . sen 2 2

    z4

    i

    2

    2

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    24 DDEm uma progresso aritmtica (P.A.) crescente, osegundo, o quarto e o nono termo, nessa ordem, formamuma progresso geomtrica (P.G.) de trs termos.Se o quarto termo da P.A. igual a 10, ento a razo daP.G. a) 1. b) 1,5. c) 2. d) 2,5. e) 3.ResoluoI) Sendo r a razo da progresso aritmtica de quarto

    termo igual a 10, temos:

    II)Como o segundo, o quarto e o nono termo da P.A.formam, nessa ordem, uma P.G.:a4

    2= a 2 . a9 102 = (10 2 . r) . (10 + 5 . r)

    10 . r2 = 30 . r r = 3, pois a P.A. crescente.

    Portanto, na P.G. (4; 10; 25; ) a razo

    q = = 2,5.

    a2 = 10 2 . ra9 = 10 + 5 . r

    a2 = a4 2ra9 = a4 + 5r

    10

    4

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    FFSSIICCAA

    25 CC ((??))O astrnomo alemo Johannes Kepler estudou as leisque governam a passagem da luz em lentes ou em umsistema de lentes. Verificou que sistemas de lentespodem ser utilizados para a construo de dois tipos delunetas: astronmica e terrestre. Estas lunetas tm emsua objetiva uma lente convergente. Para a lunetaastronmica, a ocular uma lente convergente e para aluneta terrestre, utilizada por Galileu Galilei, a ocular uma lente divergente.Utilizando a luneta de Galileu, o observador obtm aimagem final formada como sendoa) real, direita e maior que o objeto.b) real, invertida e menor que o objeto.c) virtual, direita e maior que o objeto.d) virtual, direita e menor que o objeto.e) virtual, invertida e maior que o objeto.ResoluoA luneta terrestre utilizada por Galileu usava uma lentecon vergente como objetiva e outra divergente como ocu -lar.O objeto imprprio (muito afastado da lente) conjuga,na objetiva, uma imagem real, invertida e menor do queo objeto original. Essa imagem da objetiva funcionacomo objeto virtual para a ocular, que ir conjugar umaimagem tambm virtual, invertida em relao ao seuobjeto e direita em relao ao objeto originalobservado. O tamanho dessa imagem final pode sermaior do que o objeto para a ocular, porm menor doque o objeto ori ginal observado.A alternativa c apresentada como resposta demonstrauma incoerncia, pois, ao dizer direita, est se referindoao objeto original visado pelo instrumento e, ao dizermaior que o objeto, est se referindo ao objeto da oculare no ao objeto original observado.

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  • OOBBJJEETTIIVVOO

    26 CCQuatro pessoas esto no interior de um veculo emrepouso. Em um dado instante, o motorista comea aaplicar uma fora, com as mos, no prabrisa dianteiro.Verificando que os outros estavam intrigados, comentouque a aplicao de uma fora ir provocar movimento nosistema, constitudo de carro e passageiros.Cada um dos passageiros forneceu uma justificativa.I. Sempre que aplicarmos uma fora interna no sistema

    (carro + ocupantes), este ir adquirir movimento.II. A fora interna ir provocar a variao na quantidade

    de movimento do sistema (carro + ocupantes).III. A aplicao de uma fora externa provocar o

    movi mento do sistema (carro + ocupantes).De acordo com as justificativas, est correto o que seafirma apenas ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.ResoluoI) FALSA. A acelerao dada pela resultante das for -

    as externas.II)FALSA. Foras internas (ao e reao) no alteram

    a quantidade de movimento do sistema, pois o im pul -so total interno sempre nulo:I1 =

    Ft;

    I2 =

    Ft;

    Iinterno =

    I1 +

    I2 =

    0

    III) VERDADEIRA. De acordo com a 2 Lei de Newton,a resultante das foras externas responsvel pelaacelerao do sistema.

    27 EEJames Prescott Joule contribuiu significativamente paracom a termodinmica, desenvolvendo um trabalho expe -rimental para determinar o valor do equivalente me cni -co do calor. Como esta varivel dependia da preciso dosvalores dos calores especficos de vrias substncias,Joule analisou os diferentes mtodos utilizados por cien -tistas e concluiu que havia a necessidade de um novom todo, mais preciso, que hoje conhecido como efeitoJoule.Com relao a equipamentos ou mquinas que aplicam oefeito Joule como princpio de funcionamento, a alter -nativa correta a) mquina de secar roupa gs.b) lmpada fluorescente.c) rdio transmissor.d) liquidificador.e) fusvel.ResoluoO efeito Joule a converso de energia eltrica emenergia trmica em elementos resistivos. O fusvel um elemento de proteo de um circuitoeltrico. Feito de uma liga metlica, o fusvel derretequando uma deter minada corrente eltrica o percorre,interrom pendo-a para evitar sobrecargas no circuito.

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    28 CCUm pndulo simples oscila em uma regio de campoeltrico uniforme, de direo vertical e no sentido de ci -ma para baixo. A esfera do pndulo, de massa cons tante,est eletrizada positivamente e observa-se que este fatoprovoca uma diminuio no perodo de oscilao dopndulo.T = 2

    De acordo com as observaes realizadas, o perodo deoscilaoI. no deveria diminuir, visto que a fora eltrica que

    surge na esfera tem sentido contrrio ao vetorcampo eltrico.

    II. deveria manter-se constante, visto que o peso daesfe ra compensa a fora eltrica, de sentido con -trrio, que surge na esfera.

    III. deveria diminuir, pois a fora eltrica influenciarno aumento do peso do pndulo, conseqen te -mente, no aumento da acelerao da gravidade.

    Est correto o que se afirma ema) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas.d) II e III, apenas. e) I, II e III.ResoluoNa figura abaixo, esto esquematizadas as foras queagem na esfera.

    P = fora peso;Fe = fora eletrosttica;FT = fora de trao.

    A fora eletrosttica, adicionada vetorialmente ao pesoda esfera, produz um peso aparente e, por conseqncia,uma gravidade aparente, maior que a real.

    gap = g + a (gap > g)

    Logo: Tap = 2 ; T = 2

    Se gap > g Tap < T

    Lg

    Lgap

    l

    g

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    29 BBIsaac Newton procurou unificar a fsica celeste com afsica terrestre, ou seja, leis que regem movimentos ob -servados no cu podem explicar os movimentos ob -servados na Terra.O astrnomo ingls Edmund Halley, em 1758, aplicou afsica newtoniana para prever a apario de um cometa,cometa de Halley, que j havia sido observado em 1607e 1682. Infelizmente, no foi possvel para Halley con -firmar seus estudos.A lei de Newton utilizada por Halley est descrita naalternativa a) Todo corpo que atua sobre outro corpo, atravs de

    uma fora, recebe deste ltimo uma fora de reao demesma direo, intensidade e de mesmo sentido.

    b) Dois corpos de massas iguais ou distintas, separadospor uma distncia, atraem-se devido a uma fora denatureza gravitacional, na direo que os une.

    c) Todo corpo mantm seu estado de repouso ou emmovimento retilneo uniforme, quando a somatriadas foras sobre ele for igual a zero.

    d) Quando a somatria das foras em um corpo for iguala zero, a velocidade do corpo constante e eledescreve uma trajetria circular.

    e) A ao de uma fora constante em um corpo pro -porcional sua acelerao, tendo esta mesma direoe intensidade da fora.

    ResoluoO movimento de um cometa est ligado com o conceitode fora gravitacional entre dois corpos.A fora gravitacional de atrao entre duas partculasde massas M e m, separadas por uma distncia d, temintensidade F dada por:

    G = constante de atrao gravitacional.

    MmF = G

    d2

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    30 AADurante a realizao de seus estudos sobre a relati -vidade, o fsico alemo Albert Einstein refletia sobre astransformaes de velocidade discutido por GalileuGalilei no sculo XVII.Para compreender melhor, sups uma sirene, fixa e em re -pou so, emitindo um som contnuo em determinadafreqncia. Considerou que uma pessoa, carregando umins trumento para medir velocidade do som, pudesse seafas tar e aproximar da sirene com uma velocidadeconstante vP.So feitas trs afirmaes.I. Estando a pessoa em repouso, prximo da sirene, a

    velocidade do som no ar (vS) medida pela pessoa de 340 m/s, considerando o ar em repouso.

    II. Quando a pessoa estiver se afastando da sirene comvelocidade vP, a velocidade do som no ar (vS)medida pela pessoa vS = 340 + vP.

    III. Quando a pessoa estiver se aproximando da sirenecom velocidade vP, a velocidade do som o ar (vS)medida pela pessoa vS = 340 vP.

    Est correto o que se afirma ema) I, apenas. b) I e II, apenas.c) I e III, apenas. d) II e III, apenas.e) I, II e III.ResoluoA intensidade da velocidade do som em relao ao ar(340m/s) independe da velocidade do observador. O quese altera em virtude do movimento relativo entre oobservador e a sirene a freqn cia do som:(I) Na aproximao da sirene, o observador perceber

    uma freqncia aparente maior que a real.(II) No afastamento da sirene, o observador perceber

    uma freqncia aparente menor que a real.

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    GGEEOOGGRRAAFFIIAAConsidere o mapa a seguir para responder s questes 31 e 32.

    31 EENesta regio, o processo de colonizao criou umaestrutura agrria com grande desigualdade. De um lado,camponeses indgenas e seus descendentes,concentrados nos plats e altiplanos, praticam umaagricultura de subsistncia, onde predominam o milho ea batata, em muitas pequenas propriedades. De outro,algumas poucas famlias detm a maior parte dasmelhores terras, que so utilizadas para a produo deprodutos agrcolas de exportao, como a banana, o cafe a soja. As caractersticas apresentadas esto presentesna rea do mapa indicada pelo nmeroa) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5ResoluoNos plats e altiplanos andinos vivem os Quchuas eAymaras que praticam a agricultura de subsistnciacomo os seus antepassados Tiwanacotas e Incas.Destacam-se o milho, a batata em sistema de pequenaspropriedades, alm de reas disponibilizadas com asmelhores terras, para as culturas de exportao comobanana, caf, trigo, soja, qunua.

    32 BBAs reas destacadas com hachuras no mapa tm emcomum

    a) a existncia de vulces ativos prximos s cidades.b) a grande incidncia na ocorrncia de chuvas cidas.c) abrigarem as ltimas reas de florestas temperadas.d) o uso intensivo dos rios para a atividade agrcola.e) a integrao energtica por via de gasodutos.ResoluoNo mapa, as hachuras correspondem s reas ondepodemos encontrar grande concentrao urbano-industrial, localizadas na costa leste dos EUA e sudestedo Canad, Europa centro-ocidental e extremo leste dasia (Japo, Costa Leste da China e Coria do Sul).Nestas reas h grande quantidade de emisso depoluentes, em especial o enxofre, responsveis pelaformao de chuvas cidas.

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    33 DDAssinale a alternativa que descreve corretamente umimportante espao industrial europeu.a) Chamada de Vale do Silcio europeu, a bacia do rio

    Sena, na Frana, abriga um grande parque industrialde alta tecnologia, aproveitando as vantagens dotransporte fluvial e ferrovirio disponveis, bem comoa existncia de mo-de-obra especializada.

    b) A regio do Donbass na Ucrnia uma das novasconcentraes industriais da Europa Oriental.Aproveitando os solos frteis do pas e a existncia demo-de-obra qualificada e barata, desenvolveu-se umimportante complexo agroindustrial baseado naproduo de soja.

    c) At a dcada de 1990, a regio do Norte da Itlia erauma das menos industrializadas da Europa. Aformao da Unio Europia mudou este quadro,tornando a regio atrativa para investimentos daindstria do turismo, em setores como a construocivil e explorao de parques temticos.

    d) A bacia do Reno-Rhur, na Alemanha, j foi uma dasmaiores concentraes industriais do mundo, baseadana siderurgia e no aproveitamento das jazidas decarvo-mineral. Atualmente, a regio passa peloprocesso de reconverso, com a instalao deempresas de alta tecnologia.

    e) O vale do rio Danbio abriga as principais con cen -traes industriais da Europa. Servindo como via deintegrao entre o leste e o oeste, o vale apresenta va -riados tipos de indstrias, desde as tradicionais, comoa txtil, at as avanadas indstrias de informtica.

    Resoluo

    A poro ocidental da Alemanha, onde se localizam ci -da des como Colnia, Essen e Dsseldorf, formando omais importante eixo industrial da Europa, foibeneficiada pela presena de jazidas de carvo mineral.Na regio, estabeleceu-se, no perodo clssico daindustralizao, um parque industrial tradicional, comdestaque para a siderurgia. Com o advento da TerceiraRevoluo Industrial, nessa poro do pas, assim comono sul, est-se estabelecendo o setor de tecnologiaavanada. importante lembrarmos que na bacia do Rio Sena, emParis, destaca-se um Vale do Silcio, associado presena de centros universitrios.

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    34 EEConsidere o texto apresentado para responder a questo.Esse tratado visava inicialmente estabelecer uma zonade livre comrcio entre os pases-membros por meio daeliminao de tarifas alfandegrias e de restries no-tarifrias (como cotas de importaes e proibio deimportao de determinados produtos), liberando acirculao de mercadorias. Alcanada essa meta, fixou-se uma poltica comercial conjunta dos pases-membrosem relao a naes no integrantes do bloco, medidaque definiu a Tarifa Externa Comum (TEC). A entradaem vigor da TEC, em 1994, transformou o bloco em umaunio aduaneira, ltima etapa para a formao de ummercado comum.

    (Adaptado de: MOREIRA, Joo Carlos. SENE, Eustquio de.Geografia Geral e do Brasil. Espao geogrfico e globalizao.

    So Paulo: Scipione, 2007, p. 229.)O texto trata da formao do seguinte bloco econmico:a) Unio Europia (UE).b) Comunidade Andina de Naes (CAN).c) Cooperao Econmica do Pacfico (APEC).d) Comunidade de Estados Independentes (CEI).e) Mercado Comum do Sul (Mercosul).ResoluoO texto se refere formao de uma zona de livre comrcioeliminando tarifas alfandegrias e restries no-tarifrias,complementada, posteriormente, por uma poltica comercialconjunta com a entrada em vigor da TEC (Tarifa ExternaComum), em 1994, o que a transformaria em uma UnioAduaneira permitindo a complementao do blocoeconmico Mercosul (Mercado Comum do Sul).

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    35 BBLeia as afirmaes a seguir sobre as caractersticas dasgrandes estruturas geolgicas da Terra.I. Os continentes so constitudos basicamente porescudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentosmodernos.II. Os escudos cristalinos aparecem de forma residualnos continentes, pois so formaes muito antigas e, porisso, muito desgastadas pela eroso.III. As bacias sedimentares foram formadas peladeposio contnua e posterior sedimentao demateriais erodidos de rochas dos escudos cristalinos.IV. Os dobramentos modernos constituem a maiorporo dos continentes, aparecendo sob a forma deplanaltos, plancies e cadeias de montanhas.Est correto o que se afirma ema) I e II b) I e III c) II e IIId) II e IV e) III e IVResoluoO item I correto, pois, de fato, as estruturas cons -tituintes mais importantes dos continentes so os escu -dos cristalinos, as bacias sedimentares e os dobra -mentos modernos, sendo os escudos as formaes maisantigas (Pr-Cambriano) e, portanto, expostas aosagentes intempricos por muito mais tempo.O item II apresenta falta de clareza quando afirma queos escudos cristalinos aparecem de forma residual,pois, apesar de, em muitos casos, formaes cristalinassurgirem de forma pontual na paisagem, tais escudossurgem em grandes reas no subsolo e so oembasamento geolgico dos continentes.J o item III, considerado correto no gabarito, ignora ofato de que os sedimentos podem surgir de vrios tiposde rochas, como as vulcnicas e sedimentares maisantigas; assim no so exclusivamente originrias derochas cristalinas.O item IV incorreto, pois os dobramentos so as estru -turas menos recorrentes. So formaes relati vamentejovens na histria geolgica da Terra (PerodoTercirio) e surgem apenas nos contatos tectnicos queapresentam convergncia entre placas.

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    36 AAObserve o quadro a seguir para responder a questo.

    A existncia das oposies mostradas no quadro expres -sa o que alguns estudiosos tm denominado dea) Conflito Norte-Sul.b) Choque de Civilizaes.c) Colapso do Socialismo.d) Globalizao da Economia.e) Guerra Fria.ResoluoA questo mostra oposies entre conceitos criados no in -tuito de explicar certa regionalizao qual o mundo es tariasubmetido. O primeiro par de oposies aquele quecompreende de um lado os pases industrializados e, deoutro, os exportadores de matrias-primas. Eis a diviso in -ter nacional clssica anterior globalizao atual do mun do.Os outros pares de oposio s confirmam a diferenasocioeconmica entre o Norte e o Sul do planeta. De umlado, os pases ricos, exportadores de tecnologia, sedes demultinacionais e membros do G7 (grupo dos sete maisricos). E de outro, os pases consumidores de tecnologia,filiais de multinacionais e membros do G20, grupoconstitudo por pases em desenvolvimento, emergentes.

    Pases industrializados X Pases exportadores dematrias-primas

    Produtores eexportadores detecnologia

    X Consumidores detecnologia

    Sedes de empresasmultinacionais X

    Filiais de empresasmultinacionais

    G7 X G20

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    BBIIOOLLOOGGIIAA

    37 AAO grfico a seguir mostra a taxa de consumo de gs oxi g -nio de certo animal em diferentes temperaturas do ambiente.

    Baseando-se nas informaes do grfico possvel afir -mar-se que:a) O animal obrigatoriamente endotrmico, pois a

    baixas temperaturas seu metabolismo aumenta a fimde manter sua temperatura interna estvel.

    b) O animal obrigatoriamente ectotrmico, pois seumetabolismo varia de acordo com a temperatura doambiente.

    c) O animal obrigatoriamente endotrmico, pois seumetabolismo no varia com a flutuao da tempera tura.

    d) O animal obrigatoriamente ectotrmico, pois seumetabolismo afetado em temperaturas abaixo de20C.

    d) O animal ectotrmico em temperaturas superiores a20C, e endotrmico em temperaturas inferiores a20C.

    ResoluoO animal endotrmico, pois, em baixas temperaturas(exemplo: a 15C), seu consumo de oxignio maior(pa ra aumentar o metabolismo e, assim, manter a tem -pe ra tura interna estvel).

    38 DDCerta ocasio, alguns trechos de floresta Amaznica foramderrubados para dar lugar a grandes plantaes de Cas -tanha-do-Par. Entretanto, a experincia foi um desastre.Com a derrubada da floresta, a nica espcie de abelhaque visita as flores dessa rvore sumiu da regio e, dessaforma, a produo de castanha no aconteceu.Nesse caso, o processo afetado com a alterao doambiente foia) o inquilinismo. b) o parasitismo. c) a cooperao.d) a polinizao. e) a herbivoria.ResoluoA abelha desapareceu e, em conseqncia, no ocorreua polinizao e a produo de frutos e sementes.

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    39 EEObserve o cartaz a seguir que traz algumas informaesprofilticas.

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    O ttulo do cartaz pode ser preenchido com o nome dedoenas como:a) filariose e amarelo.b) dengue e esquistossomose.c) doena-do-sono e doena-de-chagas.d) AIDS e ascaridase.e) malria e febre amarela.ResoluoA malria e a febre amarela so doenas transmitidaspor mosquitos, cuja reproduo pode ser evitada com asmedidas mostradas no cartaz.

    40 BBObserve a figura a seguir que mostra o crescimento deum coleptilo.

    Para que o coleptilo cresa da maneira representada nafigura, a fonte de luz deve estar localizada na posioa) A, pois o hormnio que provoca o elongamento

    celular concentra-se no lado mais iluminado docoleptilo.

    b) A, pois o hormnio que provoca o elongamentocelular concentra-se no lado sombreado docoleptilo.

    c) B, pois o hormnio que provoca o elongamentocelular produzido no meristema apical, estimuladopela posio da fonte luminosa.

    d) B, pois o hormnio que provoca o elongamentocelular migra em direo luz para a ponta docoleptilo.

    e) C, pois o hormnio que provoca o elongamentocelular concentra-se no lado iluminado do coleptilo.

    ResoluoOs coleptilos iluminados unilateralmente curvam-sena direo da fonte luminosa (fototropismo positivo),porque os hormnios de crescimento (auxinas) concen -tram-se no lado oposto incidncia de luz.

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    41 AAAs plulas esto entre os mtodos contraceptivos maisutilizados pelas mulheres, apesar de seus possveis riscos sade.Normalmente, elas contm uma combinao desubstncias sintticas anlogas ao estrgeno e progesterona e, se tomadas regularmente, as taxas desseshormnios se mantm elevadas no sangue, impedindo agravidez. Isso ocorre porque os hormnios contidos naplulaa) impedem a elevao das taxas de FSH e LH, que so

    hormnios hipofisrios que desencadeiam a ovulao.b) impedem a nidao, uma vez que estimulam a

    descamao do endomtrio.c) reduzem as taxas do hormnio gonadotrofina

    corinica, responsvel pela manuteno da gravidez.d) regulam o ciclo da mulher, permitindo que ela saiba

    exatamente quando vai ovular e, dessa forma,evitando relaes nesse perodo.

    e) impedem o desenvolvimento do feto, funcionandocomo mtodo contraceptivo de emergncia.

    ResoluoOs hormnios da plula impedem a elevao das taxasde FSH e LH, impedindo a ovulao.

    42 EECarla e Jonas tiveram dois casais de filhos. Um dessescasais hemoflico. Sendo assim, assinale a opo querepresenta corretamente as caractersticas dos pais.

    ResoluoPai hemoflico (XhY) e me portadora (XHXh). Filhoshemoflicos: menino (XhY) e menina (XhXh).

    a) normal normal (portadora)

    b) hemoflico hemoflica

    c) normal hemoflica

    d) hemoflico normal

    e) hemoflico normal (portadora)

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    PPOORRTTUUGGUUSSLeia o texto, para responder s questes de nmeros 43a 48.

    Jos da Silva havia enriquecido no contrabando dosnegros da frica e fora sempre mais ou menosperseguido e malquisto pelo povo do Par; at que, umbelo dia, se levantou contra ele a prpria escravatura,que o teria exterminado, se uma das suas escravas maismoas, por nome Domingas, no o prevenisse a tempo.Logrou passar inclume ao Maranho, no sem pena deabandonar seus haveres e risco de cair em novos dios,que esta provncia, como vizinha e tributria docomrcio da outra, sustentava instigada pelo Farolcontra os brasileiros adotivos e contra os portugueses.Todavia, conseguiu sempre salvar algum ouro; metalque naquele bom tempo corria abundante por todo oBrasil e que mais tarde a Guerra do Paraguai tinha detransformar em condecoraes e fumaa.

    A fuga fizeram eles, senhor e escrava, a p, por mauscaminhos, atravessando os sertes. [...] Foram dar comos ossos no Rosrio. O contrabandista arranjou-se omelhor que pde com a escrava que lhe restava, e, maistarde, no lugar denominado So Brs, veio a compraruma fazendola, onde cultivou caf, algodo, tabaco earroz.

    Depois de vrios abortos, Domingas deu luz umfilho de Jos da Silva. Chamou-se o vigrio da freguesiae, no ato do batismo da criana, esta, como a me,receberam solenemente a carta de alforria.

    Essa criana era Raimundo.Na capital, entretanto, acalmavam-se os nimos. Jos

    prosperou rapidamente no Rosrio; cercou a amante e ofilho de cuidados; relacionou-se com a vizinhana, criouamizades, e, no fim de pouco tempo, recebia emcasamento a Sra. D. Quitria Inocncia de FreitasSantiago, viva, brasileira rica, de muita religio eescrpulos de sangue, e para quem um escravo no eraum homem, e o fato de no ser branco constitua s porsi um crime.

    Foi uma fera! A suas mos, ou por ordem dela, vriosescravos sucumbiram ao relho, ao tronco, fome, sede, e ao ferro em brasa. Mas nunca deixou de serdevota, cheia de supersties; tinha uma capela nafazenda, onde a escravatura, todas as noites, com asmos inchadas pelos bolos, ou as costas lanhadas pelochicote, entoava splicas Virgem Santssima, me dosinfelizes.

    Ao lado da capela, o cemitrio das suas vtimas.(Alusio Azevedo, O Mulato.)

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    43 BBOs retratos de Jos da Silva e de D. Quitria traadospelo narradora) revelam, de um ponto de vista subjetivo, pessoas dendoles muito parecidas no tratamento aos escravos e nogosto de acumular riquezas.b) destacam as diferenas entre os dois pelo ponto devista adotado na descrio, o qual irnico para destacaro preconceito racial e a crueldade da mulher.c) pouco se distinguem, graas objetividade donarrador, que os traa sem expressar juzos de valoracerca do carter das personagens.d) expem a dificuldade de o narrador caracterizar um eoutra, porque as atitudes dessas personagens diante davida so bastante parecidas.e) compem-se pela adjetivao abundante, que desenhao perfil moral das personagens, pouco importando suasaes na trama que se desenrola.ResoluoA aproximao entre a extremada religiosidade damulher e a sua extremada crueldade com os escravos irnica e contrasta explicitamente com a atitude maisbenvola e nada preconceituosa atribuda ao pai deRaimundo, Jos da Silva.

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    44 Teste sem resposta resposta oficial DSegundo o texto,a) Jos da Silva s recuperou a prosperidade graas aocasamento com a viva Dona Quitria, razo pela qualcedia aos caprichos da esposa.b) Raimundo e a me eram tratados com cuidado pelanova famlia de Jos da Silva, que era zelosa de preceitosreligiosos.c) com o nascimento de Raimundo, sua me perdeu acondio de escrava, graas intercesso do vigriolocal.d) o retrato da esposa de Jos Dias mostra atitudes querevelam serem suas convices e prticas religiosasmera aparncia.e) em sua fuga, Jos da Silva e a escrava encontraramrestos humanos abandonados no lugar denominadoRosrio.ResoluoA alternativa d, dada como correta no gabarito oficialda prova, no aceitvel, pois no texto nada indica quea religiosidade da mulher de Jos da Silva fosse meraaparncia, nem que tal religiosidade conflitasse comseus preconceitos e sua crueldade. puro preconceitoda Banca Examinadora a suposio de que devooreligiosa exclua preconceito racial e crueldade. Talsuposio no apenas inteiramente estranha aoromance em questo e fico realista-naturalista emgeral, mas tambm negada pela histria, que, ao longodos sculos e milnios, assim como em nossa poca,fornece exemplos abundantes e eloqentes daassociao de religio, preconceito e crueldade. Quanto alternativa c, que pode ter sido aceita como respostamenos ruim por muitos candidatos, observe-se queno se declara no texto que a escrava e seu filho tenhamsido alforriados graas intercesso do vigriolocal. Como a alforria deu-se no ato do batismo, ocandidato seria tentado a aceitar a suposio dainterveno do padre para que o teste no ficasse semresposta.

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    45 Teste defeituoso resposta oficial E correto apontar como caracterstico do Realismo-Naturalismo, no trecho dado, o enfoque dos seguintestemas:

    a) pobreza; taras e conflitos sexuais dos diferentesgrupos sociais.b) crueldade; abusos dos religiosos e da nobreza.c) escravido; luta por justia social e preservao dasliberdades individuais.d) deformao do carter; desajustes sociais e injustiashumanas.e) racismo; retrato de fatos histricos e de tipos sociaisbrasileiros.Resoluo

    A alternativa e, dada como correta no gabaritooficial, apresenta duas impropriedades: uma de fato,pois o texto no contm fatos histricos; outra deredao, pois a palavra retrato a empregada deforma inteiramente imprpria. Por outro lado, aalternativa d, apesar de conter um erro de reviso,poderia ser aceita sem as restries da e, pois vivacom que se casa Jos da Silva correto atribuirdeformao de carter e injustias humanas; osdesajustes sociais poderiam referir-se s relaesentre senhores e escravos tais como exemplificadas nocaso de Jos da Silva, sua amante e seu filho. As demaisalternativas contm referncias a temas ausentes dotexto: a) taras e conflitos sexuais de diferentes grupossociais; b) abusos dos religiosos (ou seja, deautoridades religiosas, o que no o caso da vivadevota) e da nobreza; c) luta por justia social epreservao das liberdades individuais.

    46 AAObserve as palavras destacadas na seguinte passagem dotexto:

    Logrou passar inclume ao Maranho, no sempena de abandonar seus haveres e risco de cair emnovos dios, que esta provncia, como vizinha etributria do comrcio da outra, sustentava instigadapelo Farol contra os brasileiros adotivos e contra osportugueses.A alternativa que expressa adequadamente asignificao, no contexto, das palavras destacadas :a) Conseguiu; ileso; seus bens; incentivada.b) Enganou; inalterado; suas posses; acolhida.c) Desenganou; bem conservado; sua moblia; incitada.d) Surtiu efeito; sem ser notado; seus inimigos;financiada.e) Aproveitou; no anonimato; seu passado; iluminada.ResoluoNenhuma dvida quanto alternativa que apresenta ossinnimos adequados para as palavras em questo.

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    47 DDPara responder a esta questo, atenha-se ao 1.o pargrafoe considere as afirmaes que seguem.I. A escolha do tempo verbal em havia enriquecido e fora indica que essas aes precederam a indicadaem levantou.II. O tempo verbal em teria exterminado indica quea ao no ocorreu, apesar de ter sido possvel.III. A orao se uma das suas escravas mais moas pornome Domingas no o prevenisse a tempo informa, nocontexto, circunstncia de modo em relao passagemque a antecede.IV. O sentido da passagem Todavia, conseguiu sempresalvar algum ouro no se altera com o emprego decontudo em lugar de todavia.Est correto apenas o que se afirma ema) I e II. b) II e III. c) I, III e IV.d) I, II e IV. e) II, III e IV.ResoluoO erro da afirmao III est em que a circunstnciaexpressa pela orao mencionada de condio, no demodo.

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    48 CCPara responder a esta questo, considere a seguintepassagem do texto e as afirmaes nela fundamentadas.

    Foi uma fera! a suas mos, ou por ordem dela, vriosescravos sucumbiram ao relho, ao tronco, fome, sede, e ao ferro em brasa. Mas nunca deixou de serdevota, cheia de supersties; tinha uma capela nafazenda, onde a escravatura, todas as noites, com asmos inchadas pelos bolos, ou as costas lanhadas pelochicote, entoava splicas Virgem Santssima, me dosinfelizes.Ao lado da capela, o cemitrio das suas vtimas.I. As expresses destacadas expressam circunstncias,respectivamente, de meio e de lugar.II. A exemplo do que ocorre nessa passagem, a palavraonde tambm est empregada em consonncia com anorma culta em Fizeram uma proposta, onde todos nsconcordamos com ela.III.Na frase costas lanhadas pelo chicote a expressodestacada indica o instrumento da ao.IV.Na ltima frase dessa passagem, a vrgula sinaliza aomisso de uma palavra, no caso, o verbo.Est correto o que se afirma ema) I e III, apenas. b) I, II e III, apenas.c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas.e) I, II, III e IV.ResoluoO erro da afirmao II est em que a frase dada Fizeram uma proposta, onde todos ns concordamoscom ela apresenta emprego completamente inepto dopronome relativo. Sua redao adequada seria:Fizeram uma proposta com que todos concordamos.

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    RREEDDAAOOLeia os textos que seguem; eles trazem idias sobre otema de redao proposto, podendo, pois, servir de pontode partida para suas reflexes acerca desse tema.

    Texto 1Temos uma obra a realizar e quanto mais extensa, e

    perfeita, e boa, e til ela for, maior ser o nosso valor. Avida no comporta ociosidade e muito menos omisses.Nosso valor pessoal no est, pois, na nossa origem, nafamlia de que procedemos e na importncia dos nossosancestrais. Muito menos na fortuna que herdarmos (oque mais comum) ou amealharmos (o que cada vezmais raro). Est em nossa conduta, na capacidade depensar, construir, realizar e, sobretudo, servir.

    Muitos fracassam na vida e se tornam pesos-mortos,porque no se do conta dessa realidade. Antnio Vieira,em um dos seus mais agudos sermes, constatou: Nssomos o que fazemos. O que no se faz no existe.Portanto, s existimos nos dias em que fazemos. Nosdias em que no fazemos apenas duramos. E suma -mente humilhante o fato de apenas durarmos, e noexistirmos para o mundo e at para nossas famlias.

    Para uma vida til e produtiva, que se caracterize poralgo mais nobre do que a mera sobrevivncia fsica,precisamos ter um alvo, uma determinada meta, algo quenos desafie e nos mobilize. Temos que nos empenhar aomximo, com disciplina, garra e dedicao, para atingiressa culminncia, sem desnimos e nem esmoreci men -tos.

    [...]Mrio Lago, que em idade avanada trabalhava com o

    entusiasmo de um menino, justificou, quando questio na -do, a razo do seu empenho: O meu tempo estetempo, porque minha biografia ainda est aberta.Podemos fazer a mesma afirmao. Nosso tempo no o passado e nem o futuro, mas o agora. E a nossabiografia est aberta. Faamo-la excepcional!

    (Pedro J. Bondaczuk, Criao de oportunidades.)

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    Texto 2

    (Quino, Toda Mafalda.)

    Texto 3Vem, vamos embora,

    Que esperar no saber.Quem sabe faz a hora,No espera acontecer.

    (Geraldo Vandr, Pra no dizer que no falei das flores.)

    PROPOSTARedija um texto dissertativo desenvolvendo a idiada importncia de agir para construir o presente.

    Instrues:1. D um ttulo a sua redao.2. No copie nem parafraseie os textos dados.3. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e

    opinies para sustentar suas idias e ponto de vista.4. Empregue em seu texto, apenas a modalidade escrita

    culta da lngua portuguesa.5. O texto no deve ser escrito em forma de poema

    (versos).6. A redao deve ser apresentada em folha prpria e a

    tinta.

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    Comentrio Proposta de Redao

    Solicitou-se a produo de um texto dissertativo quedesenvolvesse a idia da "importncia de agir paraconstruir o presente". Trs textos foram oferecidos aocandidato como "ponto de partida para suas reflexes"acerca do tema proposto. O primeiro, de Pedro J.Bondaczuk, defende a tese de que nosso valor pessoal"est em nossa conduta, na capacidade de pensar,construir, realizar...". J o segundo, uma tira docartunista Quino, apresenta a personagem Mafaldainconformada com a apatia e a inrcia do amigo queopta por esperar, "sentado", que a vida lhe traga algumacoisa. O terceiro texto consiste num fragmento da"cano-protesto" Pra no dizer que no falei das flores,espcie de hino do final dos anos 60 que convida oscidados ao, j que "quem sabe faz a hora, noespera acontecer". Aps refletir sobre o contedo dostextos apresentados, o candidato deveria expor suasprprias idias sobre a necessidade de dar sentido vida da forma mais ampla possvel o que incluiriainvestir em nossas relaes pessoais, afetivas eprofissionais, sem deixar de lado projetos individuais derealizao, como a construo de uma carreira, oengajamento em alguma causa social ou poltica, aescalada de uma montanha em suma, aes quediferenciassem "existir" de apenas "durar". Para evitaro risco de produzir um texto de "auto-ajuda", ocandidato poderia lembrar que, embora idealismo edeterminao no anulem obstculos, estes ltimos nodeveriam se sobrepor ao compromisso de fazer o melhorpossvel com nossas vidas. A prpria iniciativa deprestar um vestibular to concorrido por si s serviriapara ilustrar essa idia.

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