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____________________________________________________________________________________ Fatec Garça CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL CRISTIANO APARECIDO DOS SANTOS EDER ANTONIO SILVA DOS SANTOS ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS GARÇA 2014

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Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

CRISTIANO APARECIDO DOS SANTOS EDER ANTONIO SILVA DOS SANTOS

ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS

GARÇA

2014

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Fatec Garça

CRISTIANO APARECIDO DOS SANTOS EDER ANTONIO SILVA DOS SANTOS

ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS

Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores.

José Antônio Poletto Filho

Presidente Ulysses de Barros Fernandes

Convidado Paulo Sérgio Castro

Orientador Aprovado: 02/12/2014

GARÇA 2014

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1

ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS

Cristiano Aparecido Dos Santos¹

[email protected]

Eder Antônio Silva Dos Santos¹ [email protected]

Paulo Sérgio Castro²

[email protected]

ABSTRACT The automated treadmill is characterized as an automated design being

designed. With the intention of reducing the cost of labor in services that can be

performed by own treadmill. Such as dropping and dispatch parts or services as

highly dangerous radioactive equipment. The prototype automated treadmill is a

project that meets all the requirements necessary to be considered a project of

completion; the mat contains the fundamentals of mechanical, electrical, electronics

and computer science. The prototype itself consists of a treadmill with sensors,

actuators, and integrated Robotic, which makes the disposal of defective parts and

parts boxes approved. The project itself has what is most advanced in industry

mechatronics.

KEYWORDS Automated Treadmill, Sensors, Actuators

RESUMO

A esteira automatizada se caracteriza como um projeto automatizado

com a intenção de diminuir o custo com mão de obra em serviços que pode ser

efetuado pela própria esteira como descarte e despacho de peças ou em serviços

com alta periculosidade, tais como: equipamentos radioativos. O protótipo da esteira

automatizada é um projeto que preenche todos os requisitos necessários para ser

considerado um projeto de conclusão de curso, a esteira contem os fundamentos da

mecânica, elétrica, eletrônica e da ciência da computação. O protótipo em si consiste

1. Alunos do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da FATEC-Garça 2. Docente do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da FATEC-Garça

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em uma esteira com Sensores, Atuadores, Robô integrado, que faz o descarte das

peças defeituosas e vai encaixotar as peças aprovadas.

PALAVRAS-CHAVES

Esteira Automatizada, Sensores, Atuadores. 1. INTRODUÇÃO No mundo atual as empresas vêm cada vez mais modernizando seus

métodos de produção, por que além de aumentar sua produtividade agregam mais

qualidade ao produto, sendo assim tudo isso possibilita que elas ofereçam um

produto mais barato para a nossa sociedade. Para isso as empresas buscam novas

tecnologias presentes no mercado mundial. Hoje em dia, automatizar processos

passou a ser uma questão de sobrevivência para as indústrias.

ROSARIO (2005) menciona que na economia globalizada, a criatividade e a

flexibilidade contam mais do que o controle de ativos físicos. A capacidade de

identificar novas necessidades e de lhe dar respostas é relevante. Uma indústria, ao

atender a novas necessidades, terá com certeza de modificar, modernizar seu

método de produção e sem duvida um caminho para isso é a automação.

LOPES (2012) descreve o processo manufaturado podendo ser manual

(origem do termo) ou com a utilização de maquinas para obter um maior volume de

produção. Hoje em dia as empresas mundiais estão optando por automatizar seus

processos para aumentar sua produção sem perder a sua qualidade. Para isso elas

optam por máquinas automatizadas com Sensores, Atuadores, Robôs, etc., com isso

elas ganham velocidade na produção. Muitas empresas como a Cervejaria

Heineken, a JAC Motors e a Chevrolet etc. tem sua produção toda automatizada

com Robôs e Esteiras transportadoras com muitos Sensores e Atuadores que

agregam muita velocidade a produção minimizando os erros. Porem Todos sabe que

automatizar processos industriais ainda causa muita preocupação com o impacto em

relação ao desemprego. Mas automatizar processos passou a ser uma questão de

sobrevivência para as indústrias. O Japão foi um dos pioneiros a automatizar

processos. E em dez anos ele conseguiu quadruplicar sua produção de automóveis

e hoje é um dos países com menor índice de desemprego. Portanto, automatizar

não causa desemprego só melhora o nível de conhecimento dos trabalhadores e

responde a demanda do mercado com uma produção eficaz e de qualidade.

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A nossa Esteira Automatizada ira mostrar como funciona esse processo de

Automatização utilizado por algumas empresas, a esteira transportadora possui

Sensores, Atuadores e manipulador que ira encaixotar as peças. Ela e controlada

por microcontrolador e, através de programação dedicada, ira mostrar a simulação

de uma sequencia de serviços, como acontece em uma montadora de automóveis

ou uma fabricante de bebidas, cujas maquinas desempenham apenas uma função

determinada.

2 ESTEIRA TRANSPORTADORA

CARLOS (2003) descreve a esteira transportadora como um

equipamento muito comum utilizado nas indústrias de todo o mundo, elas são

utilizadas para mover produtos e suprimentos para dentro e para fora da produção,

entre as estações de trabalho em todos os tipos de indústrias. Tais como

automobilísticas, alimentícias, de eletrônica etc. as esteiras são a espinha dorsal da

produção, todo processo de trabalho gira em torno da esteira transportadora. Pela

razão de o serviço em torno da esteira ser muito desgastante para o trabalhador,

muitas indústrias estão investindo em esteiras transportadoras automatizadas com

muitos sensores e atuadores que realizam as mesmas tarefas humanas garantindo

a produção e qualidade do produto. Uma esteira industrial tem a sua estrutura

formada por aço inox que garante a sua vida útil preservando-a da ferrugem que é o

grande vilão dos aços em geral. Ela é soldada de acordo com seu formato, podendo

ter muitos formatos é tamanhos. Algumas empresas tem esteiras com 5 quilômetros

de comprimento dentro de uma única fabrica, permitindo uma quantidade enorme de

produção, suprindo a demanda de vendas do mercado, a Figura1 mostra um

exemplo de esteira transportadora automatizada.

Figura 1 - Modelo de esteira transportadora industrial

Fonte: Cervejaria Heineken

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2.1 METODOS DE TRANSMISSÃO

2.1.1 MANCAIS DE ROLAMENTO

Como afirma COLLINS(2006) mancais são elementos de máquinas que

permitem movimento relativo orientado entre dois componentes, enquanto

transmitem força de um componente para outro sem permitirem movimento na

direção das cargas, com uma velocidade maior que os mancais de deslizamento os

mancais de rolamento é encontrado no mercado com maior facilidade por ser muito

utilizado. Em carros, tratores, máquinas agrícolas, esteiras rolantes, etc. elas

possuem mancais para funções especificas e seu funcionamento se da por tipos de

rolamentos e elementos rolantes, sua característica se deve ao eixo que é uma das

maiores funções do mancal, servir de suporte para o eixo. O eixo é fixado no

rolamento do mancal transformando energia mecânica em movimento de rotação. O

rolamento deve ser sempre lubrificado, para reduzir o escorregamento fazendo com

que os rolamentos limitem ao máximo as perdas de energia em consequência do

atrito. Geralmente os mancais de rolamentos são mais utilizados com um rolamento

interno com a característica de dois anéis um no centro e outro externo, e no seu

centro podem-se ter esferas, roletes ou agulhas como mostra na figura um mancal

com rolamento de esferas, a figura 2 detalha as principais partes do mancal e

rolamento.

Figura 2 - Elementos do conjunto

Fonte: FMR

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2.1.2 CORREIAS E POLIAS

Segundo ANDRADE (2010) as correias, juntamente com as polias são um

dos meios mais antigos de transmissão de movimento. É um elemento flexível,

normalmente utilizado para transmissão de potência entre dois eixos. São muito

utilizadas, devido sua grande versatilidade e campos de aplicação. A maneira de

transmissão de potência se dá por meio do atrito que pode ser simples, quando

existe somente uma polia motora e uma polia movida ou múltipla, quando existem

polias intermediárias com diâmetros diferentes (escalonada), a figura 3 mostra uma

transmissão com correias e polias.

Figura 3 - Correias e Polias em V

Fonte: Sportsystem

2.2 MOTORES DE CORRENTE CONTINUA

Como mostra HONDA (2005) atualmente, o desenvolvimento das

técnicas de acionamentos de corrente alternada (CA) e à viabilidade econômica têm

favorecido a substituição dos motores de corrente contínua (CC) Pelos motores de

indução acionados por inversores de frequência. Apesar disso, devido às suas.

Características e vantagens, que serão analisadas adiante, o motor CC ainda se

mostra a melhor. Opção em inúmeras aplicações, tais como. Bobinadeiras e

desbobinadeiras, extrusoras, prensas, esteiras etc.

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2.2.1 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Figura 4 - Funcionamento do motor

Fonte: WEG

Em sua forma mais simples, o comutador apresenta duas placas de cobre

encurvadas e fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do enrolamento

da bobina são soldados nessas placas. A corrente elétrica “chega” por uma das

escovas (+), “entra” pela placa do comutador, “passa” pela bobina do rotor, “sai” pela

outra placa do comutador e “retorna” à fonte pela outra escova (-). Nessa etapa o

rotor realiza sua primeira meia-volta. Nessa meia-volta, as placas do comutador

trocam seus contatos com as escovas e a corrente inverte seu sentido de percurso

na bobina do rotor. E o motor CC continua girando, sempre com o mesmo sentido de

rotação.

2.3 DIMENSIONAMENTO DA TRANSMISSÃO

Um motor elétrico DC de 12 Volts com potencia nominal 37 Watts e 150 rpm

vai acionar uma esteira transportadora que deve girar com 75 rpm. Considerar:

centro a centro de C= 300 mm, coeficiente de atrito 0,25 mícrons serviço nominal de

8 a 10 horas por dia.

Obs. A potencia nominal em Watts foi transformada para CV.

1) Potencia projetada(np)

np=0.05 x 1.1= 0.055 CV

2) Perfil da correia

Como a rotação do motor é de 150 rpm e a potencia é de 0.055 CV Obtém-se que o

perfil da correia é perfil A

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3) Diâmetro das polias

Como a potencia do motor é menor que 1 HP e a rotação é menor que 500 rpm a

polia menor deve ter 2” polegadas d= 50.8 mm

O diâmetro da polia maior é obtido através da relação de transmissão i.

I= N motor N esteira transportadora I= 150/75=2 D=dxi D= 50.8x2=101.6 mm

4) Comprimento da Correia L= 2C+1,57x(D+d) + (D-d)² 4C

L= 2X300+1,57x(50.8+101.6)+ (101.6-50.8)² 4x300 L= 841mm 5) Ajuste da distancia entre centros C= A- h(D-d) 2 A= 602mm Fator h D-d A 101.6-50.8/602=0.084 Fator h=0.045 C= 602-0.045(101.6-50.8) 2 C=300mm

3 SERVO MOTOR Como explica FUTABA (2002) Os servos motores são usados em várias

aplicações quando se deseja movimentar algo de forma precisa e controlada. Sua

característica mais marcante é a sua capacidade de movimentar os seu braço Até

uma posição e mantê-lo, mesmo quando sofre uma força em outra direção. Esses

motores são utilizados na robótica e em aeromodelismos devido a sua precisão, na

figura 5 é possível ver com detalhes as peças que compõem o servo motor.

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Figura 5 - Partes do servo motor

Fonte: Hitec

3.1 COMPONENTES DO SERVO MOTOR

Circuito de Controle – é a parte responsável pelo monitoramento do

potenciômetro e acionamento do motor visando obter uma posição pré-determinada.

Potenciômetro – ligado ao eixo de saída do servo, monitora a posição do

mesmo.

Motor – movimenta as engrenagens e o eixo principal do servo.

Engrenagens – reduzem a rotação do motor, transferem mais torque ao eixo.

Principal de saída e movimentam o potenciômetro junto com o eixo.

Caixa do Servo – caixa para acondicionar as diversas partes do servo.

3.2 controle do servo motor O servo motor é alimentado com tensões de 5V e recebe um sinal no

formato PWM (Pulse Width Modulation). Este sinal é 0V ou 5V. O circuito de controle

do servo fica monitorando este sinal em intervalos de 20 ms. Se neste intervalo de

tempo, o controle detecta uma alteração do sinal na largura do sinal, ele altera a

posição do eixo para que a sua posição coincida com o sinal recebido.

Um sinal com largura de pulso de 1ms corresponde à posição do servo todo a

esquerda ou 0 grau. Um sinal com largura de pulso de 1,5ms corresponde a posição

central do servo ou de 90 graus. Um sinal com largura de pulso de 2ms corresponde

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a posição do servo todo a direita ou 180 graus, a figura 6 mostra o pulso do servo

motor e relação ao tempo.

Figura 6 - Pulsos do servo moto

r Fonte: Hitec

4 MICROCONTROLADORES ATMEGA 328 Hoje em dia os microcontroladores estão integrados em muitos equipamentos

eletrônicos, tais como televisores aparelhos de som, micro-ondas, carros, celulares,

etc. Devido a sua eficiência e seu baixo custo, os microcontroladores tem um papel

importante no controle destes equipamentos, por possuir uma memória do tipo flash

que permite armazenar dados e mantê-lo intacto por dezenas de anos. O

microcontrolador é o agrupamento de vários componentes em um sistema

microprocessado utilizando uma memoria RAM. Os microcontroladores tem

agregado inúmeras funcionalidades como memoria SRAM, EEPROM e FLASH,

conversores A/D E D/A, vários temporizador-contadores, comparadores análogo e

pwm, interface de comunicação USB, UART, 12C, JTAG e CAN. No nosso protótipo

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utilizaremos o microcontrolador atmega328 da fabricante ATMEL que no gráfico

abaixo mostra que está em terceiro lugar dentre as marcas mais procuradas. A

figura 7 mostra o microcontrolador atmega328.

Figura 7 - imagem do microcontrolador atmega328

Fonte: Atmel

4.1 TIPOS DE ARQUITETURAS

Existem dois tipos de arquiteturas utilizadas nos microcontroladores a

arquitetura Von Neumann onde existem apenas um barramento interno no qual

circulam instruções e dados e a arquitetura de Harvard que possui dois barramentos

internos sendo um de instruções e um de dados, o primeiro é uma arquitetura serial

e o segundo uma paralela. A arquitetura Von Neumann possui um conjunto

complexo de códigos de programação do tipo (CISC- complex instruction set

computer). Com um tempo de execução de pulsos de clock, já a arquitetura de

Harvard possui conjunto do tipo (RISC- Randon instruction set computer) que produz

um conjunto simples de códigos com a execução de uma instrução por conjunto de

clock. O atmega328 possui a arquitetura do tipo Harvard RISC que possui uma

maior velocidade de clock, a figura 9 ilustra as duas arquiteturas.

Figura 8 - tipos de arquiteturas

Fonte: Atmel

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4.2 PROGRAMAÇÃO DO ATMEGA 328

A programação do atmega328 pode ser feita em assembly ou em

linguagem C através dos softwares Winavr e Avrstudio que pode ser abaixado do

site da ATMEL. O tipo de programação mais utilizada é a programação em

linguagem C.

Segundo BUGATTI ( 2012) a linguagem C é uma linguagem de auto nível.

Figura 9 - software de programação AVR Studio 4

Fonte:Atmel

4.3 PINAGEM DO ATMEGA 328 Na figura 10 está a pinagem do atmega328 com as suas respectivas portas e

na tabela 1 estão as principais características deste microcontrolador.

Figura 10 - pinagem do Atmega328

Fonte: Atmel

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Tabela 1 - principais características do microcontrolador Atmega328

Fonte: Os Autores

5 ROBÔ CARTESIANO

Segundo ROSARIO (2011) Um robô de coordenadas cartesianas pode se

movimentar em linha reta, e em deslocamentos horizontais e verticais. As

coordenadas cartesianas especificam um ponto de espaço em função de suas

coordenadas x,y,z. Esses robôs têm três articulações deslizantes e são codificadas

como PPP. Os robôs cartesianos se caracterizam pela pequena área de trabalho,

Pelo elevado grau de rigidez mecânica e pela grande exatidão na localização do

atuador. O seu controle é simples em razão do movimento linear. A figura 12

demonstra exatamente o que é um robô cartesiano.

Para o protótipo foi desenvolvido um robô cartesiano que se movimenta nos três

eixos x, y, z, porém nosso robô consegue fazer um ângulo de 180° graus na sua

base por causa do motor utilizado na sua base. Esse ângulo se fez necessário para

que o nosso robô consiga encaixotar as caixas no local desejado, a figura 11 mostra

o exemplo de um robô de coordenadas cartesianas.

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Figura 11 - Braço robótico com coordenadas cartesianas x,y,z

Fonte: Google

5.1 MOVIMENTOS DO BRAÇO ROBÓTICO O braço robótico que desenvolvemos para o projeto tem seu movimento

executado por dois tipos de motores, um motor de corrente continua, e 6 servos

motores. Os servos permite que se movimente o braço em até 180 graus. O motor

de corrente continua faz o movimento do braço para os lados direito e esquerdo, o

nosso robô faz o movimentos necessários para ser considerado um braço robótico.

Figura 12 - Braço robótico do projeto

Fonte: Os Autores (2014)

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5.2 ACIONADORES DO MOTOR

Para fazer o acionamento dos motores utilizados no Braço Robótico, utilizou-

se um driver de potência denominado Ponte-H, a ponte–H é utilizada para fazer o

controle do sentido de rotação do motor e permitir que ele seja controlado por um

microcontrolador, sem isso fica impossível utilizar o motor, porque ele consome uma

corrente elétrica muito alta e a ponte-H diminui essa corrente permitindo liga-lo ao

pino do microcontrolador sem queima-lo. A figura 13 mostra o circuito e os

componentes que compõem a placa.

Figura 13 - Circuito Acionador dos Motores

Fonte: Graber I3

6 SENSOREAMENTO DA ESTEIRA AUTOMATIZADA

Para nossa esteira se tornar automatizada foi necessário utilizar um sensor

para fazer a parada da esteira a o detectar uma peça, permitindo assim que o

atuador robótico faça seu trabalho. No protótipo foi utilizado um sensor de

infravermelho. Esse sensor possui um feixe de luz infravermelha que, quando é

broqueada pela caixa, para o sistema. O feixe de luz pode ser ajustado de acordo

com a necessidade do projetista. Como mostra THOMAZINI (2010) esses

dispositivos são utilizados principalmente em sistemas de segurança de metalurgia

em que os operários podem sofrer vários ferimentos no decorrer do movimento das

máquinas como prensas e esteiras transportadoras. O microcontrolador utilizado

para controle do projeto possui pinos de I/OS que permite fazer o gerenciamento de

dados do nível sensor e atuador. A figura mostra o sensor utilizado no protótipo,

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esse sensor foi doado pela empresa Neologic, a figura 14 mostra um sensor de

infravermelho.

Figura 14 - sensor de infravermelho utilizado

No protótipo

Fonte: Neologic

7 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO

Para a montagem do protótipo realizou-se um levantamento teórico através

de pesquisas em empresas de renome internacional, visando uma maneira de deixar

o protótipo com as tecnologias presentes no mercado mundial, dando inicio à

montagem. Então começamos a montagem de uma esteira com materiais usados

que compramos no ferro velho, montamos a esteira denominada de esteira 1. Essa

esteira tem basicamente todos os componentes da esteira atual só que em menor

tamanho, depois que essa esteira teste estava pronta realizamos os testes para ver

se era viável a construção da esteira 2, e se era funcional percebemos que os

resultados foram satisfatórios então criamos o projeto da esteira 2 e sabíamos que

era um trabalho de conclusão de um curso superior de tecnologia então nosso

protótipo deveria ser padronizado nas normas técnicas e que não poderíamos usar

componentes em mal estado. Começamos a montagem do protótipo pela estrutura

da base da esteira que é de aço 1010/1020, utilizou-se 7metros de aço tubular

quadrado com a dimensão de 30x30mm. Cortamos essas barras nos devidos

tamanhos e começamos a segunda etapa que é a soldagem, na soldagem

utilizamos a máquina de solda de eletrodo TIG que geralmente é utilizada para a

soldagem de estruturas metálicas. Dai, a estrutura foi soldada utilizando esquadro

para manter o ângulo de 90° para que não ficasse torta, perdendo todo material.

Depois de pronta a estrutura passa para a terceira etapa que é a pintura, feita com

compressor de tinta óleo na cor grafite, por isso ficou com um acabamento bom.

Após a estrutura ser pintada começou a ser furada para a colocação dos

componentes que compõem a esteira transportadora.

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Figura 15 - Estrutura Soldada

Fonte: Os autores (2014)

O primeiro componente que foi montado na esteira transportadora foi o

conjunto de mancais de rolamento e eixo de aço 1010/1020 que serve de

sustentação para a lona de PU do Protótipo, e que é acoplado no eixo do motor para

fazer a transmissão motora, e na ponta desse eixo existe a polia de 100 mm que é a

polia movida. No outro extremo da esteira foi montado o outro conjunto de mancais

de rolamento e eixo que também é o conjunto esticador da lona. Após isso estava

finalizada a colocação da lona. Na parte de baixo da esteira foi colocado o motor de

corrente alternada, que faz a esteira girar e na ponta do seu eixo foi acoplada a polia

de 50 mm que é a polia motora. A base de fixação do motor faz o esticamento da

correia. Por ultimo foi colocada a correia que é uma correia em V, finalizando

montagem da esteira.

Figura 16 - Estrutura recebe Motor, Eixos, Mancais, Polias e Correias

Fonte: Os autores (2014)

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Com a esteira montada voltou-se toda a atenção para o Braço Robótico.

Para fazer o nosso robô, automatizamos um braço de retroescavadeira hidráulica de

brinquedo. E o transformamos em um robô cartesiano XYZ. Para isso criamos um

dispositivo que contava com motores DC, este dispositivo atuava a parte hidráulica

cujo fluído é agua, movimentando o braço para cima e para baixo para frente e para

trás. Na base do braço montamos um servo motor que faz o braço se movimentar

em 180°. Todo braço fica em cima de um suporte que possui rosca sem fim e

movimenta todo o braço para o lado esquerdo e direito. Dai montamos o braço no

suporte e colocamos a garra nele, essa garra tem a função de agarrar as peças e

desloca-la para onde for programado. Depois montamos o circuito acionador de

motores DC que é ligado no microcontrolador, esse circuito controla o sentido de

rotação do motor. Assim finalizamos a montagem do Robô Cartesiano XYZ.

Figura 17 - Braço Robótico

Fonte: Os autores (2014)

Por último montou-se toda a parte eletrônica e de controle da esteira. a parte

eletrônica conta com circuitos de acionamento de motores, drive inversor de

frequência, display de LCD e microcontrolador. Esse circuitos foram desenvolvidos

no Software Protheus 7. Houve a necessidade de muitos testes para evitar

imprevistos possíveis. Toda à montagem e desenvolvimento dos circuitos foi

desenvolvida pela dupla com a ajuda de professores, de pesquisa na rede mundial

de computadores, a Internet, e livros e apostilas do curso. Primeiro soldamos os

componentes em todas as placas depois juntamos todas as partes em um único

painel eletrônico e montamos na parte de baixo da esteira e por último fizemos a

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programação do microcontrolador em linguagem C, finalizando o protótipo, a figura

18 mostra o protótipo pronto.

Figura 18 – imagem do protótipo pronto

Fonte: Os autores (2014)

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A automatização de máquinas industriais é uma pratica que está sendo

usada por quase todas as empresas do mundo porque ela permite fazer máquinas

que produzem cada vez mais, mais rápido e com qualidade e isso permite que as

empresas repassem produtos cada vez mais baratos e com qualidade para os

consumidores, que é o alicerce de qualquer empresa, por isso, as empresas que

não procurar esse caminho está fadada a falência, para isso criamos o protótipo da

esteira automatizada para mostrar como a mecatrônica nos permite desenvolver

projetos cada vez mais funcionais para melhorar os processos industriais existentes.

Esse protótipo mostra que as máquinas estão cada vez menos precisando de

operadores para fazer serviços cansativos e perigosos melhorando a qualidade dos

produtos e aumentando o lucro que é o que as empresas buscam atualmente. Por

isso a realização desse protótipo foi difícil, porém as dificuldades ficaram para trás

com estudos teóricos e ajuda do orientador e professores da FATEC, esse trabalho

contém uma parte de cada disciplina do curso de tecnologia em mecatrônica

industrial da FATEC-GARÇA por isso deve ser considerado um trabalho de

conclusão de curso.

REFERÊNCIAS ROSARIO, Antônio Carlos. Princípios de mecatrônica. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

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ROSÁRIO, João Mauricio. Automação Industrial. São Paulo: Baraúna, 2009.

THOMAZINI. D.; ALBUQUERQUE. P.U.B. Sensores Industriais: Fundamentos e Aplicações. São Paulo: Érica, 2010. COLLINS, Jack. A. Projeto Mecânico de Elementos de Maquinas. Ohio State: LTC, 2006. CETINKUNT, S. Mecatrônica. Rio de Janeiro: LTC, 2007. MIZRAHI, V. Treinamento em linguagem C. 1. Ed. São Paulo: Person,2006. PRUDENTE, Francesco. Automação Industrial. 1. Ed. Rio de Janeiro: LTC,2011. GEORGINI, Marcelo. Automação Aplicada: Descrição e Implementação de Sistemas Sequenciais com PLCs. 9. ed. São Paulo: Erica, Erica, 2007. BORGES, C.L. Os Poderosos Microcontroladores da AVR-ATMEL. Florianópolis. Instituto Federal de Santa Catarina, 2009. Disponível em: < www.atmel.com.br>. Acesso: em 20 fev.2013 DENARDING., w .. Microcontroladores. Disponível em: < http:// pessoal. Utfpr.edu. br/ Gustavo/ apostila_micro. pdf>. Acesso em: 20 abril. 2014