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Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: Revisão bibliográfica Pindamonhangaba SP 2015

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Page 1: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

Jaqueline Paula Correcirca Vieira

Marcio Quirino Candido

Rusenyr Icleacutea Trigueirinho Leite de Abreu

FASE III DE REABILITACcedilAtildeO CARDIacuteACA POacuteS-INFARTO

AGUDO DO MIOCAacuteRDIO Revisatildeo bibliograacutefica

Pindamonhangaba ndash SP

2015

Jaqueline Paula Correcirca Vieira

Marcio Quirino Candido

Rusenyr Icleacutea Trigueirinho Leite de Abreu

FASE III DE REABILITACcedilAtildeO CARDIacuteACA POacuteS-INFARTO

AGUDO DO MIOCAacuteRDIO Revisatildeo bibliograacutefica

Pindamonhangaba ndash SP

2015

Monografia apresentada como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do diploma de Bacharel em

Fisioterapia pelo Curso de Fisioterapia da

Faculdade de Pindamonhangaba

Orientadora Profordf Dra Elaine Cristina Martinez

Teodoro

Jaqueline Paula Correcirca Vieira

Marcio Quirino Candido

Rusenyr Icleacutea Trigueirinho Leite de Abreu

FASE III DE REABILITACcedilAtildeO CARDIacuteACA POacuteS-INFARTO AGUDO DO

MIOCAacuteRDIO Revisatildeo bibliograacutefica

Data ___________________________

Resultado _______________________

BANCA EXAMINADORA

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Monografia apresentada como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do Diploma de Bacharel em

Fisioterapia pelo Curso Fisioterapia da Faculdade de

Pindamonhangaba

Orientadora Profa Dra Elaine Cristina Martinez

Teodoro

Dedicamos aos nossos pais que na simplicidade e

humildade sempre lutaram para que nossos sonhos se

tornassem realidade

AGRADECIMENTO

Agrave Profa Dra Elaine Cristina Martinez Teodoro com sua simpatia contagiante

dedicamos este especial agradecimento pelo apoio e encorajamento contiacutenuo nas pesquisas

pela disponibilidade de tempo e pelas instruccedilotildees que nortearam os nossos pensamentos para o

alcance dos nossos objetivos e tornar possiacutevel este trabalho

ldquoUma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um peacuterdquo

(Lao-Tseacute)

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

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3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

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5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

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6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

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7

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Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 2: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

Jaqueline Paula Correcirca Vieira

Marcio Quirino Candido

Rusenyr Icleacutea Trigueirinho Leite de Abreu

FASE III DE REABILITACcedilAtildeO CARDIacuteACA POacuteS-INFARTO

AGUDO DO MIOCAacuteRDIO Revisatildeo bibliograacutefica

Pindamonhangaba ndash SP

2015

Monografia apresentada como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do diploma de Bacharel em

Fisioterapia pelo Curso de Fisioterapia da

Faculdade de Pindamonhangaba

Orientadora Profordf Dra Elaine Cristina Martinez

Teodoro

Jaqueline Paula Correcirca Vieira

Marcio Quirino Candido

Rusenyr Icleacutea Trigueirinho Leite de Abreu

FASE III DE REABILITACcedilAtildeO CARDIacuteACA POacuteS-INFARTO AGUDO DO

MIOCAacuteRDIO Revisatildeo bibliograacutefica

Data ___________________________

Resultado _______________________

BANCA EXAMINADORA

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Monografia apresentada como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do Diploma de Bacharel em

Fisioterapia pelo Curso Fisioterapia da Faculdade de

Pindamonhangaba

Orientadora Profa Dra Elaine Cristina Martinez

Teodoro

Dedicamos aos nossos pais que na simplicidade e

humildade sempre lutaram para que nossos sonhos se

tornassem realidade

AGRADECIMENTO

Agrave Profa Dra Elaine Cristina Martinez Teodoro com sua simpatia contagiante

dedicamos este especial agradecimento pelo apoio e encorajamento contiacutenuo nas pesquisas

pela disponibilidade de tempo e pelas instruccedilotildees que nortearam os nossos pensamentos para o

alcance dos nossos objetivos e tornar possiacutevel este trabalho

ldquoUma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um peacuterdquo

(Lao-Tseacute)

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

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  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 3: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

Jaqueline Paula Correcirca Vieira

Marcio Quirino Candido

Rusenyr Icleacutea Trigueirinho Leite de Abreu

FASE III DE REABILITACcedilAtildeO CARDIacuteACA POacuteS-INFARTO AGUDO DO

MIOCAacuteRDIO Revisatildeo bibliograacutefica

Data ___________________________

Resultado _______________________

BANCA EXAMINADORA

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Prof ____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba

Assinatura________________________

Monografia apresentada como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do Diploma de Bacharel em

Fisioterapia pelo Curso Fisioterapia da Faculdade de

Pindamonhangaba

Orientadora Profa Dra Elaine Cristina Martinez

Teodoro

Dedicamos aos nossos pais que na simplicidade e

humildade sempre lutaram para que nossos sonhos se

tornassem realidade

AGRADECIMENTO

Agrave Profa Dra Elaine Cristina Martinez Teodoro com sua simpatia contagiante

dedicamos este especial agradecimento pelo apoio e encorajamento contiacutenuo nas pesquisas

pela disponibilidade de tempo e pelas instruccedilotildees que nortearam os nossos pensamentos para o

alcance dos nossos objetivos e tornar possiacutevel este trabalho

ldquoUma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um peacuterdquo

(Lao-Tseacute)

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 4: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

Dedicamos aos nossos pais que na simplicidade e

humildade sempre lutaram para que nossos sonhos se

tornassem realidade

AGRADECIMENTO

Agrave Profa Dra Elaine Cristina Martinez Teodoro com sua simpatia contagiante

dedicamos este especial agradecimento pelo apoio e encorajamento contiacutenuo nas pesquisas

pela disponibilidade de tempo e pelas instruccedilotildees que nortearam os nossos pensamentos para o

alcance dos nossos objetivos e tornar possiacutevel este trabalho

ldquoUma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um peacuterdquo

(Lao-Tseacute)

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 5: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

AGRADECIMENTO

Agrave Profa Dra Elaine Cristina Martinez Teodoro com sua simpatia contagiante

dedicamos este especial agradecimento pelo apoio e encorajamento contiacutenuo nas pesquisas

pela disponibilidade de tempo e pelas instruccedilotildees que nortearam os nossos pensamentos para o

alcance dos nossos objetivos e tornar possiacutevel este trabalho

ldquoUma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um peacuterdquo

(Lao-Tseacute)

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 6: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

ldquoUma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um peacuterdquo

(Lao-Tseacute)

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 7: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

RESUMO

Objetivo Investigar os diferentes tipos de protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-

infarto agudo do miocaacuterdio Meacutetodo Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual

foram utilizados artigos cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de

dados Bireme Pubmed e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP nas bases de dados Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a

2015 Resultados Atualmente as condutas fisioterapecircuticas mais utilizadas para o tratamento

do paciente na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio satildeo compostas por exerciacutecios de

aquecimento aeroacutebicos resistecircncia e desaquecimento onde se deve observar individualmente

a intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo podendo ser exerciacutecios de natureza dinacircmica ou

isomeacutetrica e realizados com hand-grip Em diversos estudos foram relatados benefiacutecios na

amenizaccedilatildeo dos sintomas na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular aleacutem de

mudanccedilas no estilo de vida resultando em melhora da qualidade de vida Conclusatildeo Os

protocolos de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseados em exerciacutecios representam para os pacientes

coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e na

qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis mostrando-se eficaz na reduccedilatildeo global

da mortalidade cardiovascular em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) e na

reduccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos de 12 meses de follow-up) O

estudo reforccedila a importacircncia da Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento assistecircncia meacutedica e

hospitalar

Palavras-chave Infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 8: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

ABSTRACT

Purpose Investigate the different types of cardiac rehabilitation protocols in phase III of

acute myocardial post-infarction period Method The present study is a literature review

based on scientific articles published in Portuguese or in English in journal indexed on the

Bireme Pubmed and Comut databases of the School of Engineering of Guaratinguetaacute FEG ndash

UNESP conducted in the Medline Lilacs and Scielo databases published between 1997 and

2015 Results Currently the physical therapy procedures most commonly used for patient

treatment in phase III of acute myocardial post-infarction period consist of exercises as warm-

ups aerobics resistance and cool-downs in order to individually observe the intensity

frequency and duration of them and they may be of dynamic or isometric nature and be

performed with a hand-grip Several studies have reported benefits in the alleviation of

symptoms global decrease of cardiovascular mortality and changes of lifestyle resulting in

improved quality of life Conclusion The Cardiac Rehabilitation protocols based on the

practice of exercises pose lower heart rates improvements in cardiorespiratory fitness and

quality of life with the adoption of healthy habits to patients with coronary diseases proving

to be effective in the global decrease of cardiovascular mortality in the medium and long term

(follow-up of 12 or more months) and to the reduction of hospital internments in the short

term (follow-up of less than 12 months)

The study reinforces the importance of the Cardiac Rehabilitation based on exercises

according to the decisions of clinicians and health policy makers in order to provide adequate

services for post-myocardial infarction patients and to reduce the costs of treatments and the

costs of medical hospital care

Keywords Myocardial infarction Heart Exercises Rehabilitation Physical therapy

specialty

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

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5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

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6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 9: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 MEacuteTODO 12

3 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 13

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio 13

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio 13

33 Sinais e sintomas 14

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca 15

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio 16

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar 16

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo 17

353 Estruturaccedilatildeo do programa 17

354 Estratificaccedilatildeo de risco 17

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca 19

4 DISCUSSAtildeO 21

5 CONCLUSAtildeO 29

REFEREcircNCIAS 30

ANEXOndash Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil 34

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 10: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

O infarto agudo do miocaacuterdio (IAM) eacute uma das principais causas de morte no mundo

contemporacircneo sendo que quase a metade desses oacutebitos eacute atribuiacuteda agrave doenccedila arterial

coronariana1 Isso se constitui em um grave problema de sauacutede puacuteblica mundial por seus

indicadores de morbidade e mortalidade

A ecircnfase na praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos para a recuperaccedilatildeo de pacientes portadores de

coronariopatias eacute de extrema importacircncia para restaurar sua melhor condiccedilatildeo fiacutesica social e

laborativa Os benefiacutecios estatildeo bem estabelecidos na literatura principalmente agravequeles

relacionados agrave reduccedilatildeo dos fatores de risco melhora na sintomatologia e natildeo menos

importante a percepccedilatildeo precoce de indicadores precedentes de complicaccedilotildees cardiacuteacas2

Entretanto no Brasil mesmo sendo a doenccedila cardiovascular e em especial a

coronariana causa primeira de morte em ambos os sexos2 o paiacutes carece de um programa de

Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (RC) a altura de sua importacircncia no contexto da sauacutede puacuteblica

pelos benefiacutecios comprovados de sua eficaacutecia e funcionalidade

O programa de RC deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

intuito de devolver o indiviacuteduo a sociedade nas melhores condiccedilotildees de independecircncia cliacutenica

fiacutesica psicoloacutegica e laborativa Dentre esses profissionais os fisioterapeutas utilizam o

exerciacutecio fiacutesico e a biomecacircnica em seu trabalho com indiviacuteduos com doenccedila cardiovascular

entretanto aparecem em nuacutemero mais reduzido nas equipes que atuam nos serviccedilos

comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas poreacutem satildeo os principais profissionais ligados

agrave administraccedilatildeo do serviccedilo2

Desde 1997 a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conformidade com a

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede destaca a importacircncia das mudanccedilas nos haacutebitos de vida

como a inserccedilatildeo do treinamento fiacutesico para pacientes cardiopatas apontando para um novo

estilo de vida onde a autoconfianccedila e o desempenho fiacutesico seriam proporcionados pelos

programas de RC3 Esses programas promovem uma recuperaccedilatildeo precoce apoacutes um evento

agudo4

Tambeacutem eles constituem-se realidade em paiacuteses desenvolvidos embora se saiba que

nos Estados Unidos apenas 10 a 20 dos pacientes elegiacuteveis participam de um programa de

RC2 e que Portugal Espanha e os paiacuteses do Leste recrutam menos de 5 dos potenciais

candidatos a estes programas quando a meacutedia europeia eacute de 304 natildeo havendo informaccedilotildees

e dados a esse respeito em nosso paiacutes2

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 11: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

11

O programa de RC consta de quatro fases sendo a Fase III de follow-up cuja duraccedilatildeo

eacute de seis a doze meses onde o doente eacute avaliado e orientado na manutenccedilatildeo do exerciacutecio

fiacutesico e na promoccedilatildeo de comportamentos saudaacuteveis4 prescrevendo-se protocolos de exerciacutecios

aeroacutebicos e resistidos prevenindo outros eventos cardiovasculares e coronarianos

A fase III de reabilitaccedilatildeo poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio eacute recomendada

especialmente para pacientes crocircnicos que manteacutem a estabilidade cliacutenica onde os protocolos

especiacuteficos forneceratildeo aos pacientes poacutes-infartados o desenvolvimento da capacidade

aeroacutebica e fiacutesica5 com o maacuteximo de seguranccedila

Diante disso o objetivo do presente trabalho eacute investigar os diferentes tipos de

protocolos de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na fase III poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 12: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

12

2 MEacuteTODO

Trata-se de um estudo de revisatildeo bibliograacutefica no qual foram utilizados artigos

cientiacuteficos em portuguecircs e inglecircs de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme Pubmed

e Comut da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetaacute FEG ndash UNESP nas bases de dados

Medline Scielo e Lilacs publicados entre os anos de 1997 a 2015

Foi realizado um levantamento bibliograacutefico utilizando-se as seguintes palavras-chave

infarto do miocaacuterdio Coraccedilatildeo Exerciacutecio Reabilitaccedilatildeo Fisioterapia as mesmas palavras-

chave foram consultadas em inglecircs sendo Myocardial infarction Heart Exercise

Rehabilitation Physical therapy specialty

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

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poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

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7

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Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

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9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

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20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

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21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

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28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

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201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

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30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

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CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 13: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

13

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

31 Definiccedilatildeo de infarto agudo do miocaacuterdio

O IAM eacute um evento onde ocorre a oclusatildeo coronaacuteria aguda seguida da cessaccedilatildeo de

fluxo sanguiacuteneo nos vasos coronaacuterios deixando a aacuterea muscular antes irrigada com fluxo

zero ou pequeno demais para poder sustentar a funccedilatildeo do muacutesculo cardiacuteaco6 O local onde

ocorre a isquemia perde a capacidade de se contrair e encurtar podendo em casos de

acometimento tecidual extenso comprometer a forccedila ventricular prejudicando

substancialmente a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

Eacute diagnosticado quando ocorre necrose do miocaacuterdio com isquemia e elevaccedilatildeo de

marcadores bioquiacutemicos de lesatildeo miocaacuterdica como a creatinoquinase total (CK) e sua fraccedilatildeo

MB (CK-MB) poreacutem esses dois marcadores natildeo tecircm boa sensibilidade no estaacutegio inicial da

patologia aleacutem da possibilidade de exibirem resultados falsos positivos Outros paracircmetros

como sintomas sugestivos de isquemia desenvolvimento de novas onda Q no

Eletrocardiograma (ECG) alteraccedilotildees novas no segmento ST ou na onda T evidecircncia em

exame de imagem de perda de miocaacuterdio viaacutevel ou de nova alteraccedilatildeo segmentar de

contratilidade ventricular e identificaccedilatildeo de trombo intra-coronariano por angiografia ou

necropsia 8 tambeacutem contribuem para o seu diagnoacutestico

32 Fisiopatologia do infarto agudo do miocaacuterdio

A literatura aponta que o IAM estaacute relacionado a um foco de necrose isquecircmica no

coraccedilatildeo relacionando-se com a duraccedilatildeo da isquemia e o ritmo metaboacutelico do tecido lesionado

Ocorre assim um desequiliacutebrio entre a necessidade do muacutesculo cardiacuteaco de oxigecircnio e o

suprimento de sangue oxigenado9

Existem condiccedilotildees diversas para a limitaccedilatildeo do suprimento de sangue ao coraccedilatildeo

como arterite coronaacuteria aneurisma dissecante da aorta aortite sifiliacutetica e o trajeto intramural

da arteacuteria descendente anterior esquerda (DAE)9 Entretanto em 90 dos casos de infarto

estaacute presente a doenccedila ateroscleroacutetica10 A trombose arterial coronariana constitui-se em

causa para desencadear o IAM Neste caso a diminuiccedilatildeo abrupta do fluxo sanguiacuteneo

miocaacuterdico pode ocorrer com ou sem demanda de oxigecircnio9 o que explica a ocorrecircncia do

IAM em repouso ou ateacute mesmo durante o sono

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

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5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

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6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 14: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

14

A evoluccedilatildeo da aterosclerose de uma uacutenica placa fibrogordurosa ateacute as placas

complicadas ocorre geralmente no decorrer de vaacuterios anos sendo que as segundas

descrevem vaacuterias condiccedilotildees como erosatildeo ulceraccedilotildees ou fissuras na superfiacutecie da placa

hemorragias trombose mural calcificaccedilatildeo e aneurisma9

O iniacutecio do IAM se caracteriza quando a placa ateroscleroacutetica se rompe e se converte

em lesatildeo aterotromboacutetica sendo que na maioria das ocorrecircncias as alteraccedilotildees nas placas

formam trombos sobrepostos que iratildeo ocluir completamente a luz da arteacuteria coronariana10

O IAM natildeo ocorre de maneira instantacircnea inicia-se na regiatildeo subendocaacuterdica

acometendo do terccedilo ateacute a metade mais interna do ventriacuteculo esquerdo estendendo-se para a

epicaacuterdica sob a forma de uma ldquoonda de necroserdquo do subendocaacuterdio para o subepicaacuterdio em

periacuteodo de vaacuterias horas9

Siervuli et al10 apresentam uma sequecircncia de eventos que ocorrem em um paciente

com IAM tiacutepico como a alteraccedilatildeo suacutebita da morfologia da placa ateroscleroacutetica e a formaccedilatildeo

de microtrombos pela exposiccedilatildeo ao colaacutegeno subendotelial e conteuacutedo necroacutetico da placa

pelas plaquetas vasoespasmos estimulados por mediadores liberados pelas plaquetas

aumento do trombo pela ativaccedilatildeo da cascata de coagulaccedilatildeo e evoluccedilatildeo do trombo em minutos

com oclusatildeo do luacutemen do vaso

Podem ocorrer alteraccedilotildees eletrocardiograacuteficas no segmento ST o que eacute comumente

causado pela ruptura da placa ateroscleroacutetica de maneira suacutebita com a formaccedilatildeo de trombo e

finalmente com a oclusatildeo total do vaso11

33 Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados com o IAM incluem a presenccedila de dor precordial em aperto

com irradiaccedilatildeo para o membro superior esquerdo e mandiacutebula dor no toacuterax ou desconforto

toraacutecico dor em regiatildeo epigaacutestrica dispneia e sudorese intensa Alguns pacientes relatam dor

por irradiaccedilatildeo tambeacutem ao membro superior direito ombro e dorso81213 O infarto pode

ocorrer com a ausecircncia de dor como em diabeacuteticos mulheres idosos pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca pacientes com siacutendromes isquecircmicas miocaacuterdicas instaacuteveis (SIMI) sem

supradesniacutevel do segmento ST Nesses casos eacute comum o aparecimento de outros sintomas tais

como dispneia cansaccedilo suacutebito tontura estado de confusatildeo mental siacutencope problemas

gastrointestinais ou ainda sintomas associados ao Acidente Vascular Encefaacutelico (AVE)8

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

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3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

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9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

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31

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12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 15: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

15

34 O exerciacutecio fiacutesico no contexto da doenccedila cardiacuteaca

Inuacutemeros estudos apontam a estreita ligaccedilatildeo entre os efeitos do exerciacutecio fiacutesico e a

doenccedila cardiovascular No passado nos anos de 1960 a 1970 o paciente poacutes-infartado

aguardava semanas em repouso a fim de obter o tempo de cicatrizaccedilatildeo tecidual sob o risco de

complicaccedilotildees tromboemboacutelicas Desta forma a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos era inacessiacutevel e

a imobilizaccedilatildeo prolongada acabava por reduzir a capacidade funcional daquele paciente

sendo necessaacuterias muitas semanas de treino fiacutesico para restaurar essa capacidade perdida

durante o periacuteodo de repouso14 Diante do exposto foram criados inuacutemeros protocolos e

programas para restabelecer toda a funccedilatildeo cardiovascular e a capacidade aeroacutebica perdida ou

diminuiacuteda desses pacientes3

O exerciacutecio fiacutesico tem baixo risco de complicaccedilotildees para portadores de coronariopatias

desde que seja monitorado e associado ao treino aeroacutebico exerciacutecios isomeacutetricos de baixa

intensidade aumentando gradativamente sua toleracircncia ao esforccedilo3 Aleacutem disso a atividade

fiacutesica aumenta a capacidade da funccedilatildeo cardiovascular e reduz a demanda de oxigecircnio do

miocaacuterdio14 Entretanto sabe-se que a contraccedilatildeo isomeacutetrica provoca sobrecarga cardiacuteaca e

aumenta a atividade simpaacutetica e dependendo do tempo de manutenccedilatildeo da contraccedilatildeo a

frequumlecircncia cardiacuteaca teraacute sua elevaccedilatildeo gradual15

Haacute de se considerar tambeacutem que os exerciacutecios isomeacutetricos onde se utiliza de hand-

grip (dinamocircmetro de preensatildeo palmar) satildeo atualmente uacuteteis pois favorecem a reduccedilatildeo da

pressatildeo arterial melhorando a funccedilatildeo endotelial e aumentando a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca tanto em indiviacuteduos normotensos como naqueles hipertensos1516

Exerciacutecios de condicionamento fiacutesico como os aeroacutebicos resistecircncia isotocircnicos e de

relaxamento melhoram o perfil bioquiacutemico e satildeo igualmente importantes pois promovem

benefiacutecios na qualidade de vida e nos padrotildees hemodinacircmicos fisioloacutegicos e autonocircmicos17

Sabe-se tambeacutem que o treino regular em intensidades submaacuteximas pode proporcionar

melhoras na reduccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca da pressatildeo arterial sistoacutelica e na concentraccedilatildeo de

catecolaminas simpaacuteticas14

Eacute importante considerar que a inclusatildeo de um paciente em protocolos de exerciacutecios

fiacutesicos deve acontecer individualmente devido agrave variaccedilatildeo no seu estado cliacutenico e tipo de

patologia que o mesmo apresenta De uma maneira geral as evidecircncias cientiacuteficas apontam o

exerciacutecio fiacutesico como estrateacutegia principal no processo de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca18 e sua

contribuiccedilatildeo para aumentar a capacidade funcional e o consumo maacuteximo de oxigecircnio

(VO2maacutex)19

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

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Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

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6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 16: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

16

35 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio

Os Programas de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca (RC) em pacientes poacutes-IAM satildeo apresentados

em inuacutemeros trabalhos cientiacuteficos sendo que eacute conclusiva sua influecircncia na reduccedilatildeo da

mortalidade1 O treinamento fiacutesico e a mudanccedila no estilo de vida apoacutes um evento coronariano

diminuiu a taxa de mortalidade cardiacuteaca em 20 a 35 sendo que exerciacutecio programado e

supervisionado reduziu de 30 para 18 outras complicaccedilotildees como a depressatildeo3 Aleacutem disso

a RC contribui para um bom remodelamento da aacuterea necroacutetica afetada pelo IAM auxiliando

na reduccedilatildeo da estenose arterial e na induccedilatildeo de hipertrofia cardiacuteaca10

351 Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca uma abordagem multidisciplinar

A RC conta aleacutem da praacutetica de atividade fiacutesica com outras abordagens desenvolvidas

por diversos profissionais da aacuterea da sauacutede e que visam principalmente a diminuiccedilatildeo do risco

cardiacuteaco de maneira global Dentre esses profissionais estatildeo incluiacutedos os meacutedicos equipes de

enfermagem nutricionistas assistentes sociais psicoacutelogos fisioterapeutas entre outros e que

trabalharatildeo em conjunto20 Mair et al2 apontam que os fisioterapeutas aparecem em nuacutemero

mais reduzido comparados com os psicoacutelogos e nutricionistas na reabilitaccedilatildeo cardiovascular

poreacutem satildeo os principais profissionais ligados agrave administraccedilatildeo do serviccedilo

O programa deveraacute ser implementado por uma equipe multidisciplinar com

participaccedilatildeo ativa no intuito de devolver aquele indiviacuteduo agrave sociedade nas melhores

condiccedilotildees de independecircncia tanto cliacutenica fiacutesica psicoloacutegica e laborativa3

Nesse programa satildeo consideradas duas estrateacutegias baacutesicas a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca

com Ecircnfase no Exerciacutecio (RCEE) e a Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Abrangente (RCA) na qual o

exerciacutecio fiacutesico eacute parte de um conjunto onde se inclui o trabalho de outros profissionais18

Entretanto algumas revisotildees sistemaacuteticas demonstraram uma maior reduccedilatildeo nas taxas de

mortalidade cardiacuteaca naqueles programas que utilizaram somente o exerciacutecio fiacutesico em

comparaccedilatildeo com aqueles que tiveram uma abordagem multidisciplinar 20 mostrando a

importacircncia do treinamento fiacutesico

352 Objetivos de um programa de reabilitaccedilatildeo

O objetivo principal de um programa de RC eacute oferecer condiccedilotildees ao paciente de

retornar e participar ativamente da sociedade melhorando sua condiccedilatildeo fiacutesica psiacutequica e

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 17: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

17

ocupacional impedindo ou prevenindo uma progressatildeo da doenccedila revertendo o processo de

aterosclerose reduzindo a morbidade e mortalidade e os sintomas decorrentes da patologia14

353 Estruturaccedilatildeo do programa

O programa deve ser composto por aquecimento exerciacutecios aeroacutebicos e de resistecircncia

flexibilidade desaquecimento e relaxamento821 Exerciacutecios fiacutesicos diaacuterios devem estar

presentes nas atividades de um paciente com coronariopatia18 A RC eacute importante para

pacientes que sofreram IAM ou que passaram por cirurgia de revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica

Mair et al2 apontam sobre a importacircncia da RC tambeacutem no preacute e poacutes-operatoacuterio de outras

cirurgias cardiacuteacas doenccedilas valvares doenccedila arterial perifeacuterica entre outras

O treinamento para esses pacientes deve ser modificado respeitando as condiccedilotildees

cliacutenicas e o estado cardiacuteaco de cada um Desta forma o fisioterapeuta deveraacute levar em

consideraccedilatildeo fatores como modo intensidade frequecircncia e duraccedilatildeo do exerciacutecio bem como

sua progressatildeo para as etapas subsequentes19

354 Estratificaccedilatildeo de risco

Eacute importante a estratificaccedilatildeo de risco para se iniciar um programa de exerciacutecio fiacutesico

que seraacute realizada apoacutes uma criteriosa anamnese e avaliaccedilatildeo fiacutesica do paciente O exerciacutecio

fiacutesico desta forma natildeo poderaacute representar risco ao contraacuterio contribuiraacute para melhorar a

capacidade funcional diminuir os fatores de riscos cardiovasculares restituir a autoconfianccedila

e preparar o paciente para sua atividade profissional20

A estratificaccedilatildeo de risco para pacientes poacutes-IAM deve ser realizada tambeacutem na fase

hospitalar e em alguns centros satildeo supervisionadas por equipes de enfermagem e em outros

pelas equipes de fisioterapia Sintomas como angina instaacutevel dispneia arritmias natildeo

controladas estenose aoacutertica grave trombose venosa profunda diabetes mellitus natildeo

controlado frequecircncia cardiacuteaca de repouso maior do que 100 batimentos por minuto entre

outras patologias representam contraindicaccedilotildees absolutas para qualquer uma das fases de

RC14

Os pacientes podem ser estratificados em risco baixo moderado e alto constante da II

Diretriz da SBC (2000)14 para o tratamento do infarto agudo do miocaacuterdio conforme

demonstrado no quadro abaixo (Quadro)

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 18: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

18

Quadro ndash Estratificaccedilatildeo do risco para a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

Pacientes de baixo risco

Classe I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Ausecircncia de insuficiecircncia cardiacuteaca

Funccedilatildeo VE em repouso preservada

Ausecircncia de sinais de isquemia no repouso em intensidades lt 6 METs

Elevaccedilatildeo pressoacuterica apropriada ao exerciacutecio

Ausecircncia de extra-sistolia ventricular complexa

Capacidade de auto-avaliaccedilatildeo da intensidade de esforccedilo

Paciente de risco moderado

Funccedilatildeo VE em repouso limiacutetrofe

Classe funcional I e II da New York Heart Association

Capacidade funcional gt 6 METs

Isquemia ou traquicardia ventricular natildeo sustentada no teste ergomeacutetrico

Pacientes de risco elevado

Dois ou mais infartos do miocaacuterdio

Classe funcionalgt III da New York Heart Association

Capacidade funcional lt6 METs

Disfunccedilatildeo ventricular esquerda em repouso

Depressatildeo do segmento STgt3 mm ou angina durante o exerciacutecio

Queda da pressatildeo arterial sistoacutelica durante o exerciacutecio

Episoacutedio preacutevio de parada cardiorrespiratoacuteria

Taquicardia ventricular durante o exerciacutecio em intensidade lt 6 METs

Incapacidade de auto-avaliaccedilatildeo de esforccedilo

Outras indicaccedilotildees cliacutenicas com risco de vida

36 Fases da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

A RC eacute dividida em quatro fases distintas segundo a Diretriz de Reabilitaccedilatildeo

Cardiopulmonar e Metaboacutelica preconizada pela SBC18

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 19: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

19

A fase I que abrange o periacuteodo em que o paciente se encontra internado18 tem como

recomendaccedilatildeo o iniacutecio da atividade com exerciacutecios de baixa intensidade nas primeiras 24

horas de poacutes-operatoacuterio de IAM onde a fisioterapia atua na parte respiratoacuteria bem como na

mobilizaccedilatildeo precoce2 Eacute importante ressaltar que o protocolo na fase I deve ser aplicado sem

apresentaccedilatildeo por parte do paciente de dor anginosa nas uacuteltimas 12 horas e sem outras

complicaccedilotildees como embolia pulmonar eou sistecircmica infecccedilotildees insuficiecircncia cardiacuteaca e

arritmias complexas5

A fase II constitui-se na etapa extra-hospitalar com duraccedilatildeo prevista de trecircs a seis

meses18 e tem como principal objetivo melhorar a capacidade funcional5

A fase III tem duraccedilatildeo de seis meses a um ano18 e eacute recomendada para pacientes

crocircnicos que alcanccedilaram uma estabilidade cliacutenica O objetivo principal nessa fase eacute o

desenvolvimento da capacidade aeroacutebica e a manutenccedilatildeo dos efeitos fisioloacutegicos da

reabilitaccedilatildeo cardiovascular318

A fase IV tem duraccedilatildeo indefinida porque tem como objetivo uma manutenccedilatildeo por

toda a vida1718 Trata-se de uma fase natildeo supervisionada necessariamente

361 Fase III de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

O I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular (1997)18 indica que esta fase

poderaacute comeccedilar a partir do terceiro mecircs poacutes-evento cardiacuteaco progredindo ateacute que surjam

condiccedilotildees necessaacuterias para que esse paciente possa integrar o grupo IV de reabilitaccedilatildeo onde

os pacientes jaacute natildeo necessitam de supervisatildeo3 Essa fase poderaacute se estender por ateacute 24 meses

sendo que a supervisatildeo dos exerciacutecios seraacute realizada por fisioterapeuta ou educador fiacutesico

aleacutem da coordenaccedilatildeo meacutedica e rigorosa monitoraccedilatildeo cardiacuteaca e saturaccedilatildeo de oxigecircnio

Eacute nesta fase que os testes ergomeacutetrico e ergoespiromeacutetrico satildeo importantes pois eles

contribuem para uma prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos de forma adequada2 para pacientes de

baixo risco que tenham obtido a estabilizaccedilatildeo tanto cliacutenica como hemodinacircmica ausecircncia de

isquemia na eletrocardiografia aleacutem da ausecircncia de sinais de disfunccedilatildeo ventricular22

Na fase III de reabilitaccedilatildeo tambeacutem dita ambulatorial eacute importante ressaltar que os

exerciacutecios deveratildeo basear-se no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente em unidades

metaboacutelicas (METs) antes mesmo de surgirem os sintomas14

Testes e questionaacuterios especiacuteficos deveratildeo ser incluiacutedos na avaliaccedilatildeo e para a

prescriccedilatildeo dos exerciacutecios tais como o teste de uma Repeticcedilatildeo Maacutexima (1RM) o

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 20: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

20

International Physical Activity Questionary (IPAq) e o Questionaacuterio de Qualidade de Vida

(QQV)5

O teste de caminhada submaacuteximo de seis minutos tambeacutem deve ser realizado na fase

III servindo como ferramenta para se avaliar o prognoacutestico de pacientes portadores de

insuficiecircncia cardiacuteaca (IC)23

Os exerciacutecios desta fase devem ser alicerccedilados primeiramente nos resultados obtidos

pelo teste de esforccedilo e sua seguranccedila iraacute depender de algumas variaacuteveis como por exemplo a

prescriccedilatildeo da intensidade desses exerciacutecios constantes da II Diretriz da SBC para tratamento

do IAM14

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 21: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

21

4 DISCUSSAtildeO

O IAM resulta da obstruccedilatildeo de arteacuteria coronaacuteria epicaacuterdica e normalmente tem

origem tromboacutetica24 com perda da capacidade de contraccedilatildeo e encurtamento podendo haver o

comprometimento da bomba ventricular o que levaraacute a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco

volume sistoacutelico e pressatildeo arterial7

O principal tratamento fisioterapecircutico poacutes IAM na fase III de RC consiste na

utilizaccedilatildeo de protocolos que constem exerciacutecios aeroacutebicos resistecircncia relaxamento e

flexibilidade17 Haacute de se considerar tambeacutem que os programas para pacientes coronariopatas

constituem ferramenta importante para as mudanccedilas nos estilo de vida desses pacientes e na

prevenccedilatildeo de ocorrecircncia de outros eventos cardiacuteacos1 A prescriccedilatildeo de exerciacutecios nesses

pacientes deve ser observada com rigor pois um excesso poderaacute levar a efeitos colaterais

indesejados1

O American College of Sports Medicine alerta que os pacientes coronariopatas natildeo

constituem um grupo homogecircneo e desta forma a prescriccedilatildeo de exerciacutecios deve levar em

consideraccedilatildeo vaacuterios outros aspectos como a extensatildeo da doenccedila coronariana presenccedila ou natildeo

de isquemia disfunccedilatildeo ventricular esquerda presenccedila de arritmias cardiacuteacas hipertensatildeo

doenccedila pulmonar obstrutiva crocircnica e diabetes mellitus Assim apoacutes criteriosa anaacutelise do

estado do paciente o treino poderaacute ser modificado com relaccedilatildeo agrave frequecircncia duraccedilatildeo

intensidade e progressatildeo19

Segundo Berry et al1 vaacuterias maneiras satildeo utilizadas para se estabelecer a intensidade

do exerciacutecio durante uma sessatildeo de reabilitaccedilatildeo entretanto a frequecircncia cardiacuteaca eacute a variaacutevel

mais utilizada Essa opiniatildeo segue o I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo Cardiovascular que

coloca algumas foacutermulas para a determinaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca de treinamento (FCT)

tais como escala de Borg tabela de Fox foacutermula de Karvonen Teste de Esforccedilo (TE) e

Ergoespirometria3 Para Berry et al1 outro meacutetodo eficaz para avaliar a intensidade do esforccedilo

utilizado em seus estudos eacute a anaacutelise dos gases expirados (TECR) onde se utilizou o

equivalente ventilatoacuterio de oxigecircnio (VEVO2) para identificar o limiar anaeroacutebio

representado pelo limiar ventilatoacuterio de Wassermann

Os exerciacutecios preconizados devem ser determinados com base na capacidade

funcional ou seja no consumo de oxigecircnio ou seu equivalente METs14 O American College

of Sport Medicine indica que a unidade MET eacute uacutetil como meacutetodo para indicar e comparar a

intensidade absoluta e gasto energeacutetico de diferentes atividades fiacutesicas portanto o MET eacute

uma medida de intensidade de esforccedilo1925

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 22: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

22

Os efeitos do exerciacutecio aeroacutebico de baixa meacutedia e alta intensidade foram descritos

por vaacuterios autores Botelho et al7 verificaram que os exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade

satildeo considerados superiores aos exerciacutecios de moderada intensidade Esses autores destacam

tambeacutem que os exerciacutecios resistidos incluiacutedos recentemente em protocolos de Reabilitaccedilatildeo

Cardiacuteaca contribuiacuteram para melhorar a capacidade fiacutesica a forccedila muscular em membros

inferiores e o tempo na realizaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos indicando como protocolo ideal a

combinaccedilatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos e resistidos para pacientes poacutes-IAM em fase

ambulatorial pelos benefiacutecios obtidos a curto e a longo prazo Para Benetti et al26 quanto

maior a capacidade de realizaccedilatildeo de exerciacutecios por parte do paciente maior seu papel na

proteccedilatildeo de risco de morte Lee et al27 sugerem que exerciacutecios de moderada intensidade

renderatildeo maiores benefiacutecios para pacientes poacutes-IAM na fase III comparando-se aos

resultados alcanccedilados com exerciacutecios mais vigorosos Segundo os autores as diretrizes

federais de Taiwan endossam que o exerciacutecio de moderada intensidade eacute mais seguro viaacutevel

e factiacutevel para a maioria da populaccedilatildeo27 Tavares et al28 em estudo realizado em Portugal

constataram que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado realizado na comunidade logo apoacutes alta

hospitalar com intensidade moderada tambeacutem potencializa a qualidade de vida em doentes

cardiacuteacos28 Jaacute Benetti et al26 sugerem que exerciacutecios aeroacutebicos de alta intensidade satildeo

beneacuteficos para a funccedilatildeo endotelial e a circulaccedilatildeo coronaacuteria pois ocorre um maior

recrutamento de vasos sanguiacuteneos colaterais aumentando a circulaccedilatildeo em aacutereas prejudicadas

ou isquecircmicas Em seu estudo com 87 pacientes observou a aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e

qualidade de vida poacutes IAM em diferentes intensidades de exerciacutecios mostrando que o

trabalho realizado com altas intensidades (85 frequecircncia cardiacuteaca maacutexima - FCM) levou a

uma maior aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida em comparaccedilatildeo com agravequeles

submetidos a exerciacutecios de meacutedia intensidade (75 FCM) O protocolo era seguido cinco

vezes por semana com 45 minutos por sessatildeo de exerciacutecios aeroacutebicos seguindo 15 minutos

de alongamento e resistecircncia muscular Tais exerciacutecios associados aos de forccedila muscular

cumpriram um periacuteodo de 12 semanas

Eacute importante se considerar a questatildeo da RC em idosos poacutes-IAM Nesse grupo

buscam-se protocolos modificados para a realizaccedilatildeo de Teste Ergomeacutetrico (TE) e espera-se

nesses trabalhos frequecircncias cardiacuteacas mais baixas e niacutevel aumentado de Pressatildeo Arterial

Sistoacutelica (PAS) Em especial nos pacientes portadores de coronariopatias o niacutevel de esforccedilo

deve manter tanto a PAS como a pressatildeo arterial diastoacutelica (PAD) abaixo de 200 mmHg e 110

mmHg respectivamente29 A manutenccedilatildeo do consumo de oxigecircnio deve ser 60 a 70 do

VO2 maacuteximo e a FC entre 50 e 60 da frequecircncia cardiacuteaca de reserva O duplo produto

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 23: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

23

permanece com valores normais Constam no protocolo da fase III exerciacutecios isotocircnicos e

aeroacutebicos entre 60-70 da capacidade aeroacutebica maacutexima iniciados com alongamentos e

seguidos por aeroacutebicos e leve atividade isomeacutetrica finalizando com alongamentos29

Muela et al30 em estudo retrospectivo indicaram um protocolo com dez a 15 minutos

de aquecimento 20 a 30 minutos de treinamento aeroacutebico em esteira e em cicloergocircmetro

com intensidade de 65 ndash 85 da FC exerciacutecio de forccedila muscular de dez a 15 minutos e

finalmente desaquecimento de dez a 15 minutos Incluiu tambeacutem em seu protocolo exerciacutecios

para a musculatura respiratoacuteria Nos seis meses de observaccedilatildeo do grupo composto por 88

indiviacuteduos com idade entre 37 e 88 anos houve melhora significativa nos paracircmetros

fisioloacutegicos hemodinacircmicos funcionais e autonocircmicos aleacutem do aumento a toleracircncia ao

exerciacutecio

Berry et al1 em estudo prospectivo observacional com 37 pacientes poacutes IAM na fase

III observado em um periacuteodo de dez meses realizaram protocolo incluindo sessatildeo de 90

minutos de exerciacutecio aeroacutebico em esteira rolante ou bicicleta ergomeacutetrica de 20 a 40 minutos

por sessatildeo exerciacutecio de forccedila flexibilidade e alongamento em frequecircncia de trecircs vezes por

semana A intensidade do esforccedilo foi determinada pelo limiar ventilatoacuterio com protocolo de

rampa Concluiu-se que houve uma melhora da Capacidade Funcional da influecircncia

cardiorrespiratoacuteria e do perfil bioquiacutemico da amostra avaliada (reduccedilatildeo do colesterol total

LDL-colesterol e niacuteveis seacutericos de glicose aleacutem do aumento da fraccedilatildeo HDL ndash colesterol)

Em estudo de revisatildeo sistemaacutetica Heran et al31 analisaram 47 estudos randomizado

com 10794 doentes que sofreram IAM cirurgia de revascularizaccedilatildeo do miocaacuterdio (CRM)

angioplastia transluminal percutacircnea (PTCA) que apresentavam angina ou doenccedila arterial

coronaacuteria Sessenta e oito por cento (29 estudos) foram realizados na Europa e os demais nos

EUA Austraacutelia Iacutendia Japatildeo e China em periacuteodo compreendido entre 1975 a 2009 segundo

os autores as diretrizes cliacutenicas internacionais apontam a terapia baseada em exerciacutecios como

um elemento central da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na doenccedila coronariana em especial agravequeles que

seguem um IAM uma revascularizaccedilatildeo miocaacuterdica angina pectoris e insuficiecircncia cardiacuteaca

mas a maioria dos pacientes natildeo recebe esse tipo tratamento31 Isso vem corroborar com

Magalhatildees et al4 em dados publicados pela Associaccedilatildeo Europeia de Prevenccedilatildeo e Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular que indicam que Portugal Espanha e paiacuteses do Leste como o grupo de paiacuteses

que recruta menos de 5 dos pacientes eletivos agrave RC

Avaliando a eficaacutecia da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios (treino isolado ou

em combinaccedilatildeo com intervenccedilotildees psicossociais e educacionais) em comparaccedilatildeo com

cuidados meacutedicos habituais em pacientes com doenccedila coronariana chegou-se agrave conclusatildeo que

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 24: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

24

em meacutedio e longo prazo (12 ou mais meses de follow-up) a RC baseada em exerciacutecios eacute eficaz

na reduccedilatildeo global da mortalidade cardiovascular sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de internaccedilotildees

hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up) em pacientes com doenccedilas

coronarianas Concluiu-se tambeacutem que natildeo houve diferenccedila significativa na mortalidade total

de ateacute 12 meses de acompanhamento31

Em todos os trabalhos analisados por Heran et al31 verificou-se que as diferenccedilas em

17 protocolos estudados que compunham intervenccedilotildees somente com exerciacutecios fiacutesicos ao

longo das deacutecadas citadas natildeo diferiam substancialmente do que eacute preconizado hoje ou seja

frequumlecircncia de uma a sete sessotildees por semana duraccedilatildeo de quatro semanas a 12 meses

intensidade de 60 a 85 do consumo maacuteximo de oxigecircnio (VO2) e duraccedilatildeo das sessotildees de

treino de 20 ateacute 90 minutos Vinte e nove trabalhos mais abrangentes isto eacute envolvendo

exerciacutecio associado agrave educaccedilatildeo e gestatildeo psicoloacutegica tambeacutem apresentaram uma variaccedilatildeo em

sua duraccedilatildeo chegando alguns a 24 meses de acompanhamento Aleacutem desses aspectos outros

foram analisados e seguem igualmente os guidelines internacionais como o tempo de

aquecimento que variou de cinco a 15 minutos o treino aeroacutebico e de resistecircncia com

variaccedilatildeo entre 20 30 ateacute 60 minutos e o desaquecimento de trecircs a dez minutos Dentre os

exerciacutecios aeroacutebicos citados constam bicicleta ergomeacutetrica calistecircnicos caminhadas

corridas vocirclei futebol hoacutequei nataccedilatildeo circuitos e games31

Em recente artigo publicado Brewer et al32 analisaram um protocolo de pesquisa

sobre a educaccedilatildeo virtual com a finalidade de complementar e aumentar a acessibilidade agrave RC

para indiviacuteduos que sofreram IAM angina instaacutevel ou intervenccedilatildeo coronaacuteria percutacircnea

recentes que apresentavam pelo menos um fator de risco de vida modificaacutevel e finalmente

com limitaccedilotildees de acesso ao tratamento como geograacuteficos de transporte e de trabalho Trata-

se de uma extensatildeo do programa de RC convencional com o intuito de melhorar os

comportamentos relacionados agrave atividade fiacutesica dieta e fumo desses indiviacuteduos Em um

primeiro momento os pacientes seratildeo recrutados para participar de um programa de 12

semanas de educaccedilatildeo virtual com a finalidade de fornecer feedback sobre a viabilidade

utilidade e design da intervenccedilatildeo cobrindo toacutepicos relevantes de sauacutede cardiovascular como a

doenccedila arterial coronariana hipertensatildeo hiperlipidemias e diabetes

Em outro momento seraacute realizado um estudo randomizado onde seratildeo selecionados

diferentes pacientes coronariopatas e que seratildeo submetidos a treinamentos semelhantes agrave

primeira etapa com avaliaccedilotildees cliacutenicas incluindo antropometria (peso altura iacutendice de massa

corporal circunferecircncia da cintura e PA) e estudos de laboratoacuterio (painel lipiacutedico glicemia

hemoglobina) As avaliaccedilotildees seratildeo realizadas em trecircs seis e doze meses devendo ser

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 25: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

25

concluiacutedas somente em 2016 O protocolo com duraccedilatildeo de trecircs a quatro meses inclui

atividade fiacutesica de 150 minutos por semana melhoria na dieta com consumo de cinco ou mais

frutas e verduras diariamente e cessaccedilatildeo completa do tabagismo Aleacutem da reduccedilatildeo dos trecircs

fatores de risco como obesidade tabagismo e sedentarismo espera-se tambeacutem a otimizaccedilatildeo

da PA (lt14090 mmHg) mudanccedila no estilo de vida melhoria no VO2 controle do diabetes e

conhecimento da doenccedila cardiacuteaca32

As evidecircncias do uso de exerciacutecios isomeacutetricos para pacientes coronariopatas tecircm

aumentado sendo que alguns autores1516 sugerem o uso desses exerciacutecios para tais pacientes

principalmente em baixa intensidade31516 Entretanto os exerciacutecios isomeacutetricos tanto quanto

os isotocircnicos dependem dos componentes estaacuteticos e dinacircmicos da duraccedilatildeo e intensidade do

exerciacutecio15 Para idosos os isomeacutetricos puros devem ser evitados29

Leite et al15 avaliaram as respostas da FC durante trecircs contraccedilotildees isomeacutetricas de

diferentes intensidades em pacientes coronariopatas cursando a Fase III de RC concluindo

que as contraccedilotildees isomeacutetricas de baixa intensidade mantidas por longos periacuteodos de tempo

apresentam os mesmos efeitos sobre as respostas da FC quando comparadas a contraccedilatildeo

isomeacutetrica de alta ou maacutexima intensidade mas com uma duraccedilatildeo mais abreviada (Contraccedilatildeo

Voluntaacuteria Maacutexima (CVM) cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e Contraccedilatildeo Voluntaacuteria

Submaacuteximas (CVSM) 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular) As

respostas cardiovasculares para a contraccedilatildeo isomeacutetrica foram avaliadas pela diferenccedila entre a

FC pico e a FC de repouso Utilizou-se um dinamocircmetro analoacutegico de preensatildeo palmar e

respiraccedilatildeo espontacircnea com instruccedilotildees para se evitar a manobra de Valsalva durante a

execuccedilatildeo do experimento Os testes realizados foram aplicados com um intervalo de cinco

dias e a Variaccedilatildeo da Frequecircncia Cardiacuteaca (VFC) foi analisada durante as contraccedilotildees

voluntaacuterias maacuteximas (CVM cinco e dez segundos de duraccedilatildeo) e contraccedilotildees voluntaacuterias

submaacuteximas (CVSM 30 e 60 da CVM-cinco segundos ateacute a exaustatildeo muscular)

Arauacutejo et al16 utilizaram um protocolo de treino isomeacutetrico de preensatildeo manual com

quatro seacuteries de dois minutos a 30 da forccedila maacutexima e observaram efeitos favoraacuteveis sobre a

modulaccedilatildeo autonocircmica e reduccedilatildeo dos niacuteveis de PAS e PAD de repouso Concluiu-se que o

treinamento isomeacutetrico de preensatildeo manual foi bem tolerado e natildeo provocou sinais e sintomas

contraacuterios As respostas hemodinacircmicas como resultado do treinamento tiveram pequenas

diferenccedilas entre as condiccedilotildees de repouso e final de exerciacutecio sugerindo um significado

despreziacutevel

Lee et al27 aplicaram um protocolo na fase II poacutes-IAM em pacientes do sexo

masculinocom atividades realizadas duas vezes por semana durante oito semanas

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 26: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

26

prosseguindo na fase III com atividade fiacutesica no tempo livre por um periacuteodo de seis meses

Na fase II foram incluiacutedos dez minutos de aquecimento (warm-up) com alongamentos suaves

e exerciacutecios aeroacutebicos seguidos de 20 minutos de exerciacutecios em esteira rolante com

intensidade de 60-79 da FCmaacutex e cinco minutos de desaquecimento Na fase III deu-se

prosseguimento aos exerciacutecios em tempo livre prescritos de acordo com os resultados obtidos

por teste ergomeacutetrico e monitorados por meio da Escala de Borg Os autores concluiacuteram que

os pacientes depois da fase III mantiveram a cessaccedilatildeo do tabagismo conquistado na fase

anterior aumentaram a capacidade de exerciacutecio obtido com expressiva melhoria do HDL-C27

Em trabalho publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia (2014) Anjo et al33 em

estudo retrospectivo com 858 pacientes apoacutes siacutendrome coronariana aguda descreveram a

prevalecircncia do sexo feminino em um grupo de RC e avaliaram o impacto cliacutenico a esta

intervenccedilatildeo O protocolo bissemanal tinha a duraccedilatildeo de 60 minutos dividido em fases de

aquecimento (warm-up) treino aeroacutebico de 40 minutos com intensidade de 50-80 da FCmaacutex

e complementada com a percepccedilatildeo subjetiva do esforccedilo registrada na Escala de Borg treino

de forccedila muscular utilizando halteres aparelhos e bolas e a fase de resfriamento com

exerciacutecios de flexibilidade As mulheres quando comparadas aos homens desse grupo de

estudo eram mais idosas apresentavam mais fatores de risco cardiovascular e doenccedila

cardiacuteaca isquecircmica mais grave traduzindo-se em maior porcentagem de doentes com

comprometimento da funccedilatildeo sistoacutelica do ventriacuteculo esquerdo niacuteveis de NT-proBNP

(marcador de prognoacutestico) mais elevados e niacuteveis de capacidade funcional basal mais baixo

Poreacutem foram amplamente beneficiadas com a RC e apresentaram melhoria no controle dos

fatores de risco cardiovascular como hipertensatildeo arterial dislipidemia diabetes mellitus

obesidade tabagismo e na maioria dos marcadores de prognoacutestico da cardiopatia isquecircmica

estudados

Bettencourt et al34 definiram a qualidade de vida como uma percepccedilatildeo individual da

posiccedilatildeo que um indiviacuteduo tem na vida analisando-o dentro de um contexto uacutenico somando-

se ainda a sua cultura e seus valores

Assim alguns autores indicam que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado potencializa a

qualidade de vida em doentes cardiacuteacos1724262831 Tavares et al28 usaram o questionaacuterio Mac

New para avaliar a qualidade de vida relacionada com a sauacutede (QVPS) em pacientes com

patologias cardiacuteacas utilizando-se de recursos comunitaacuterios em prazo superior a trecircs meses

Nesse questionaacuterio composto de 27 itens e divididos em trecircs funccedilotildees (fiacutesica emocional e

social) abordou-se sintomas diversos como angina pectoris dispneia fadiga e tonturas

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 27: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

27

Obteve-se como resultado que o exerciacutecio fiacutesico supervisionado com intensidade moderada

potencializou a qualidade de vida em pacientes cardiacuteacos

Ghisi et al35 observaram a carecircncia de instrumentos capazes de mensurar o

conhecimento sobre doenccedilas coronarianas no Brasil Assim construiacuteram e validaram um

questionaacuterio educativo com a finalidade de avaliar e descrever o conhecimento do paciente

portador de coronariopatia em programas de RC Denominado ldquoCADE-Qrdquo o questionaacuterio

com 19 questotildees foi aplicado em 155 pacientes e apresentava itens importantes como

sintomas fiacutesicos dispneia angina exerciacutecios fiacutesicos e esportes recuperaccedilatildeo do coraccedilatildeo e

como conviver com a doenccedila itens julgados importantes para os pacientes inseridos em

programas de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Concluiu-se que o questionaacuterio eacute confiaacutevel podendo ser

utilizado para a finalidade proposta ou seja avaliar o conhecimento em RC em pacientes

coronariopatas

Heran et al31 analisaram dez estudos sobre qualidade de vida ficando evidente a

melhora nesse quesito quando relacionado com a reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios

Os protocolos de estudos randomizados incluiacuteam dietas com baixo teor de gordura algumas

vegetarianas aconselhamentos dieteacuteticos gerenciamento de estresse cessaccedilatildeo do tabagismo

controle dos fatores de risco apoio psicossocial intervenccedilatildeo cognitivo comportamental e

exerciacutecios fiacutesicos

Benetti et al36 em estudo comparativo de coorte retrospectivo estudaram os resultados

de tratamentos em indiviacuteduos poacutes-IAM observando-se as possiacuteveis alteraccedilotildees na qualidade de

vida Distribuiacuteram-se os pacientes em grupos aqueles submetidos a tratamento convencional

com exerciacutecios em cicloergocircmetro cinco vezes por semana com duraccedilatildeo de 40 minutos

seguidos de exerciacutecios de resistecircncia muscular local e alongamentos com duraccedilatildeo de 15

minutos O segundo grupo submetido a tratamento medicamentoso e ambulatorial com

orientaccedilatildeo para mudanccedilas de haacutebitos de vida alimentar e atividade fiacutesica espontacircnea O uacuteltimo

grupo natildeo realizou atividade fiacutesica apenas seguiu um tratamento cliacutenico convencional com

orientaccedilotildees em mudanccedilas nos haacutebitos alimentares No grupo um o resultado foi mais

significativo que os demais com relaccedilatildeo agrave qualidade de vida e percepccedilatildeo de bem-estar geral

fiacutesico social e emocional

Em um trabalho publicado em 2015 seguindo as diretrizes da American Heart

Association Chen et al37 avaliaram a taxa de recorrecircncia de IAM em pacientes submetidos a

RC durante a fase de internaccedilatildeo (grupo I) em comparaccedilatildeo com o grupo que natildeo recebeu a RC

nesta fase (grupo II) por um periacuteodo de cinco anos de acompanhamento concluindo que o

primeiro grupo obteve taxa menor de recorrecircncia de IAM Aleacutem disso observaram que os

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 28: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

28

custos com tratamento assistecircncia meacutedica e hospitalar foram menores agravequeles pertencentes ao

primeiro grupo Esses dois aspectos satildeo relevantes pois fica comprovado que a participaccedilatildeo

da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em regime de internaccedilatildeo estaacute correlacionada com a reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca ambulatorial e qualidade de vida reduzindo custos para o sistema de sauacutede bem

como a recorrecircncia desses eventos coronarianos

Estes resultados vecircm ressaltar a importacircncia e as implicaccedilotildees para a tomada de decisatildeo

dos cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede natildeo soacute no paiacutes onde o trabalho foi realizado

mas no mundo como um todo com o objetivo primaacuterio de fornecer serviccedilos adequados para

os pacientes que sofreram um IAM ou portadores de coronariopatias

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 29: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

29

5 CONCLUSAtildeO

Concluiu-se que os meacutetodos utilizados nos dias atuais para a reabilitaccedilatildeo natildeo diferem

daqueles preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelos guidelines

internacionais como o American College of Sports Medicine

Os protocolos de RC resultam para os pacientes coronariopatas frequecircncias cardiacuteacas

mais baixas melhora na aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e evidecircncias de niacutevel significativamente

mais elevado de qualidade de vida com a adoccedilatildeo de haacutebitos saudaacuteveis

A reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca baseada em exerciacutecios mostrou-se eficaz na reduccedilatildeo global da

mortalidade cardiovascular (12 ou mais meses de follow-up) sugerindo a reduccedilatildeo tambeacutem de

internaccedilotildees hospitalares em curto prazo (menos que 12 meses de follow-up)

O presente estudo reforccedila a importacircncia da RC baseada em exerciacutecios na decisatildeo dos

cliacutenicos e formuladores de poliacuteticas de sauacutede com o objetivo de fornecer serviccedilos adequados

para os pacientes poacutes-infartados e reduzir custos com tratamento e assistecircncia meacutedica e

hospitalar

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 30: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

30

REFEREcircNCIAS

1 Berry JRS Cunha AB Avaliaccedilatildeo dos efeitos da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca em pacientes

poacutes-infarto do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol 201023(2)101-110

2 Mair V Yoshimori DY Cipriano G Castro SS Avino R Buffalo E Branco JNR

Perfil da fisioterapia na reabilitaccedilatildeo cardiovascular no Brasil Fisioter Pesq

200815(4)333-338

3 Sociedade Brasileira de Cardiologia I Consenso Nacional de Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular (fase crocircnica) Arq Bras Cardiol 199769(4)267-288

4 Magalhatildees S Viamonte S Ribeiro MM Barreira A Fernandes P Torres S Gomes

JL Efeitos a longo prazo de um programa de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca no controle dos

fatores de risco cardiovasculares Rev Port Cardiol 201332(3)191-199

5 Bueno AKM Umeda IIK Milhomem RS Fisioterapia na reabilitaccedilatildeo de paciente

com coronariopatia In Umeda IIK Manual de fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular Satildeo Paulo Manole 200662-63

6 Guyton AC Hall JE Tratado de fisiologia meacutedica Rio de Janeiro Guanabara

Koogan 2002226

7 Botelho PM Santos CBC Baldoino AS Benefiacutecios da reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca

ambulatorial em pacientes poacutes-infarto agudo do miocaacuterdio Rev Inspirar 20135(1)1-

7

8 Sociedade Brasileira de Cardiologia ndash Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre angina instaacutevel e infarto agudo do miocaacuterdio sem supradesniacutevel do

segmento ST Arq Bras Cardiol 2014102(3 supl1)1-61

9 Rubin EPatologia Bases cliacutenicopatoloacutegicas da medicina Rio de JaneiroGuanabara

Koogan 2006555-557

10 Siervuli MTF Silva AS Silva AC Muzzi RAL Santos GAB Infarto do miocaacuterdio

alteraccedilotildees morfoloacutegicas e breve abordagem da influecircncia do exerciacutecio fiacutesico Rev Bras

Cardiol 201427(5)349-355

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 31: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

31

11 Lanaro E Pereira EC Falcatildeo FJA Barbosa AHP Trombose simultacircnea em duas

arteacuterias coronaacuterias epicaacuterdicas durante infarto agudo do miocaacuterdio Rev Bras Cardiol

Invasiva 201220(4)431-434

12 Pesaro AEP Serrano CV Nicolau JC Infarto agudo do miocaacuterdio ndash siacutendrome

coronariana aguda com supradesniacutevel do segmento ST Rev Assoc Med Bras

200450(2)214-220

13 Bastos AS Beccaria LM Contrin LM Cesarino CB Tempo de chegada do paciente

com infarto agudo do miocaacuterdio em unidade de emergecircncia Rev Bras Cir Cardiovasc

201227(3)411-418

14 Sociedade Brasileira de Cardiologia II Diretriz para tratamento do IAM Reabilitaccedilatildeo

apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio Arq Bras Cardiol 200074(supl II)

15 Leite PH Melo RC Mello MF Silva E Silva AB Catai AM Resposta da frequecircncia

cardiacuteaca durante o exerciacutecio isomeacutetrico de pacientes submetidos agrave reabilitaccedilatildeo

cardiacuteaca fase III Rev Bras Fisioter 201014(5)383-389

16 Arauacutejo GSA Duarte CV Gonccedilalves FA Medeiros HBO Lemos FA Gouvecirca AL

Respostas hemodinacircmicas a um protocolo de treinamento isomeacutetrico de preensatildeo

manual Arq Bras Cardiol 201197(5)413-419

17 Silva MSM Oliveira JF Reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca apoacutes infarto agudo do miocaacuterdio

revisatildeo sistemaacutetica Corpus et Scientia 20139(1)89-100

18 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiopulmonar e

metaboacutelica aspectos praacuteticos e responsabilidades Arq Bras Cardiol

200686(1)7578

19 Camp SPV Cantwell JD Fletcher GF Smith LK Thompson PD American college of

sports medicine Exerciacutecio para pacientes com doenccedila arterial coronariana Rev Bras

Med Esporte19984(4)122-126

20 Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretriz de reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras

Cardiol 200584(5)431-440

21 Castro VMN Vitorino PVO Revisatildeo integrativa sobre a fisioterapia na reabilitaccedilatildeo

cardiovascular no Brasil Estudos 201340(4)479-487

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 32: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

32

22 Meneghelo RS Arauacutejo CGS Stein R Mastrocolla LE Albuquerque PF Serra SM et

al Sociedade Brasileira de Cardiologia III Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Cardiologia sobre teste ergomeacutetrico Arq Bras Cardiol 201095(5 supl1)1-26

23 Martini MR Barbisan JN Influecircncia da atividade fiacutesica no tempo livre em pacientes

no segmento de ateacute dois anos apoacutes CRM Rev Bras Cir Cardiovasc 201025(3)359-

364

24 Souza CF Maehara A Lima E Guimaratildees LFC Carvalho AC Alves CMR Caixeta

A Caracterizaccedilatildeo morfoloacutegica e tecidual de lesotildees culpadas em pacientes com infarto

agudo do miocaacuterdio com supradesnivelamento do segmento ST apoacutes o uso de

fibrinoliacutetico Anaacutelise com ultrassom intracoronaacuterio e tecnologia iMAPreg Rev Bras

Cardiol Invasiva 201422(3)225-232

25 Ravagnani CFC Melo FCLRavagnani FCP Burini FHP Burini RC Estimativa do

equivalente metaboacutelico (MET) de um protocolo de exerciacutecios fiacutesicos baseada na

calorimetria indireta Rev Bras Med Esporte 201319(2)134-138

26 Benetti M Arauacutejo CLP Santos RZ Aptidatildeo cardiorrespiratoacuteria e qualidade de vida

poacutes-infarto em diferentes intensidades de exerciacutecio Arq Bras Cardiol 201095(3)399-

404

27 Lee CW Wang JH Hsieh JC Hsieh TC Huangl CH Effects of combined Phase III

and Phase II cardiac exercise therapy for middle-aged male patients with acute

myocardial infarctionJ Phys Ther Sci 201325(11)1415-1420

28 Tavares N Madeira R Henriques A Almeida A Nuno L O efeito de um programa de

exerciacutecio fiacutesico na qualidade de vida em doentes cardiacuteacos Rev Port Sauacutede Puacutebl

201331(1)3-10

29 Freitas EV Brandatildeo AA Magalhatildees ME Pozzan R Brandatildeo AP Reabilitaccedilatildeo

Cardiovascular do Idoso Rev Socerj 200417(2)133-139

30 Muela HCS Bassan R Serra SM Avaliaccedilatildeo dos Benefiacutecios Funcionais de um

Programa de Reabilitaccedilatildeo Cardiacuteaca Rev Bras Cardiol 201124(4)241-250

31 Heran BS Chen JMH Ebrahim S Moxham T Oldridge N Rees K et al Exercise-

based cardiac rehabilitation for coronary heart disease Cochrane Database Syst Rev

Author manuscript available in PMC 20141-73Published in final edited form as

CD001800pub2

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 33: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

33

32 Brewer LC Kahioi B Zarling KK Squires RW Thomas R KopeckySThe use of

virtual world-based cardiac rehabilitation to encourage healthy lifestyle choices among

cardiac patients intervention development and pilot study protocol JMIR Res Protoc

2015 4(2)391-13

33 Anjo D Santos M Rodrigues P Brochado B Sousa MJ Barreira A Viamonte S

Fernandes P Reis AH et al The benefits of cardiac rehabilitation in coronary heart

disease a gender issue Rev Port Cardiol 201433(2)79-87

34 Bettencourt N Dias C Mateus P Sampaio F Santos L Adatildeo L et al Impacto da

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca na qualidade de vida e sintomatologia apoacutes siacutendrome coronaacuteria

aguda Rev Port Cardiol 200524687-696

35 Ghisi GLM Durieux A Manfroi WC Herdy AH Carvalho T Andrade A et al

Construccedilatildeo e validaccedilatildeo do ldquoCADE-Qrdquo para educaccedilatildeo de pacientes em programa de

reabilitaccedilatildeo cardiacuteaca Arq Bras Cardiol 201094(6)813-822

36 Benetti M Nahas MV Rebelo FPV Lemos LS Carvalho T Alteraccedilotildees na qualidade

de vida em coronariopatas acometidos de infarto agudo do miocaacuterdio submetidos a

diferentes tipos de tratamento Rev Bras Ativ Fiacutes amp Sauacutede 20116(3)27-33

37 Chen HM Liu CK Chen HW Shia BC Chen M Chung CH Efficiency of

rehabilitation after acute myocardial infarction Kaohsiung J Med Sci 201531351-

357

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 34: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

34

ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS ndash Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciecircncias

da Sauacutede CINAHL LATINDEX

Abreviaccedilatildeo para citaccedilatildeo Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil eacute uma publicaccedilatildeo com periodicidade bimestral e estaacute

aberta para a publicaccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de artigos cientiacuteficos das vaacuterias aacutereas relacionadas agrave

Fisioterapia

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderatildeo tambeacutem ser publicados na versatildeo

eletrocircnica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrocircnicos (CD-ROM) ou outros

que surjam no futuro Ao autorizar a publicaccedilatildeo de seus artigos na revista os autores

concordam com estas condiccedilotildees

A revista Fisioterapia Brasil assume o ldquoestilo Vancouverrdquo (Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitecirc Internacional de

Diretores de Revistas Meacutedicas com as especificaccedilotildees que satildeo detalhadas a seguir Ver o texto

completo em inglecircs desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE) wwwicmjeorg na versatildeo atualizada de outubro de 2007

(o texto completo dos requisitos estaacute disponiacutevel em inglecircs no site de Atlacircntica Editora em

pdf)

Submissotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo

(artigosatlanticaeditoracombr) A publicaccedilatildeo dos artigos eacute uma decisatildeo dos editores

Todas as contribuiccedilotildees que suscitarem interesse editorial seratildeo submetidas agrave revisatildeo por pares

anocircnimos

Segundo o Conselho Nacional de Sauacutede resoluccedilatildeo 19696 para estudos em seres

humanos eacute obrigatoacuterio o envio da carta de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

independente do desenho de estudo adotado (observacionais experimentais ou relatos de

caso) Deve-se incluir o nuacutemero do Parecer da aprovaccedilatildeo da mesma pela Comissatildeo de Eacutetica

em Pesquisa do Hospital ou Universidade a qual seja devidamente registrada no Conselho

Nacional de Sauacutede

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 35: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

35

1 Editorial

O Editorial que abre cada nuacutemero da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos

recentes inovaccedilotildees tecnoloacutegicas ou destaca artigos importantes publicados na proacutepria revista

Eacute realizada a pedido dos Editores que podem publicar uma ou vaacuterias Opiniotildees de

especialistas sobre temas de atualidade

2 Artigos originais

Satildeo trabalhos resultantes de pesquisa cientiacutefica apresentando dados originais com

relaccedilatildeo a aspectos experimentais ou observacionais em estudos com animais ou humanos

Formato O texto dos Artigos originais eacute dividido em Resumo (inglecircs e portuguecircs)

Introduccedilatildeo Material e meacutetodos Resultados Discussatildeo Conclusatildeo Agradecimentos

(optativo) e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo as referecircncias e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres (espaccedilos incluiacutedos) e natildeo deve ser superior a 12 paacuteginas

A4 em espaccedilo simples fonte Times New Roman tamanho 12 com todas as formataccedilotildees de

texto tais como negrito itaacutelico sobre-escrito etc

Tabelas Recomenda-se usar no maacuteximo seis tabelas no formato Excel ou Word

Figuras Maacuteximo de 8 figuras em formato tif ou gif com resoluccedilatildeo de 300 dpi

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

3 Revisatildeo

Satildeo trabalhos que expotildeem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das

aacutereas relacionadas agrave Fisioterapia Revisotildees consistem necessariamente em anaacutelise siacutentese e

avaliaccedilatildeo de artigos originais jaacute publicados em revistas cientiacuteficas Seraacute dada preferecircncia a

revisotildees sistemaacuteticas e quando natildeo realizadas deve-se justificar o motivo pela escolha da

metodologia empregada

Formato Embora tenham cunho histoacuterico Revisotildees natildeo expotildeem necessariamente toda

a histoacuteria do seu tema exceto quando a proacutepria histoacuteria da aacuterea for o objeto do artigo O artigo

deve conter resumo introduccedilatildeo metodologia resultados (que podem ser subdivididos em

toacutepicos) discussatildeo conclusatildeo e referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 30000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas mesmas limitaccedilotildees dos Artigos originais

Literatura citada Maacuteximo de 50 referecircncias

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 36: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

36

4 Relato de caso

Satildeo artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos cliacutenicos ou

terapecircuticos com caracteriacutesticas semelhantes Soacute seratildeo aceitos relatos de casos natildeo usuais ou

seja doenccedilas raras ou evoluccedilotildees natildeo esperadas

Formato O texto deve ser subdividido em Introduccedilatildeo Apresentaccedilatildeo do caso

Discussatildeo Conclusotildees e Referecircncias

Texto A totalidade do texto incluindo a literatura citada e as legendas das figuras natildeo

deve ultrapassar 10000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas maacuteximo de duas tabelas e duas figuras

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

5 Opiniatildeo

Esta seccedilatildeo publica artigos curtos que expressam a opiniatildeo pessoal dos autores

avanccedilos recentes poliacutetica de sauacutede novas ideacuteias cientiacuteficas e hipoacuteteses criacuteticas agrave

interpretaccedilatildeo de estudos originais e propostas de interpretaccedilotildees alternativas por exemplo A

publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

Formato O texto de artigos de Opiniatildeo tem formato livre e natildeo traz um resumo

destacado

Texto Natildeo deve ultrapassar 5000 caracteres incluindo espaccedilos

Figuras e Tabelas Maacuteximo de uma tabela ou figura

Literatura citada Maacuteximo de 20 referecircncias

6 Cartas

Esta seccedilatildeo publica correspondecircncia recebida necessariamente relacionada aos artigos

publicados na Fisioterapia Brasil ou agrave linha editorial da revista

Demais contribuiccedilotildees devem ser endereccediladas agrave seccedilatildeo Opiniatildeo Os autores de artigos

eventualmente citados em Cartas seratildeo informados e teratildeo direito de resposta que seraacute

publicada simultaneamente Cartas devem ser breves e se forem publicadas poderatildeo ser

editadas para atender a limites de espaccedilo A publicaccedilatildeo estaacute condicionada a avaliaccedilatildeo dos

editores quanto agrave pertinecircncia do tema abordado

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
Page 37: FASE III DE REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO AGUDO … · Jaqueline Paula Corrêa Vieira Marcio Quirino Candido Rusenyr Icléa Trigueirinho Leite de Abreu FASE III DE REABILITAÇÃO

37

PREPARACcedilAtildeO DO ORIGINAL

Os artigos enviados deveratildeo estar digitados em processador de texto (Word) em

paacutegina A4 formatados da seguinte maneira fonte Times New Roman tamanho 12 com todas

as formataccedilotildees de texto tais como negrito itaacutelico sobrescrito etc

Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e Figuras com algarismos

araacutebicos

Legendas para Tabelas e Figuras devem constar agrave parte isoladas das ilustraccedilotildees e do

corpo do texto

As Imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza e com resoluccedilatildeo de

qualidade graacutefica (300 dpi) Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos tif ou

gif Imagens coloridas seratildeo aceitas excepcionalmente quando forem indispensaacuteveis agrave

compreensatildeo dos resultados (histologia neuroimagem etc)

Paacutegina de Apresentaccedilatildeo

A primeira paacutegina do artigo traz as seguintes informaccedilotildees

Tiacutetulo do trabalho em portuguecircs e inglecircs

Nome completo dos autores e titulaccedilatildeo principal

Local de trabalho dos autores

Autor correspondente com respectivo endereccedilo telefone e E-mail

Resumo e palavras-chave

A segunda paacutegina de todas as contribuiccedilotildees exceto Opiniotildees deveraacute conter resumos

do trabalho em portuguecircs e em inglecircs e cada versatildeo natildeo pode ultrapassar 200 palavras Deve

conter introduccedilatildeo objetivo metodologia resultados e conclusatildeo Fisioterapia Brasil ndash

Volume 13 ndash Nuacutemero 6 ndash novembrodezembro de 2012 477

Abaixo do resumo os autores deveratildeo indicar 3 a 5 palavras-chave em portuguecircs e em

inglecircs para indexaccedilatildeo do artigo Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS

(Descritores em Ciecircncias da Sauacutede) da Biblioteca Virtual da Sauacutede que se encontra em

httpdecsbvsbr

Agradecimentos

Agradecimentos a colaboradores agecircncias de fomento e teacutecnicos devem ser inseridos

no final do artigo antes das Referecircncias em uma seccedilatildeo agrave parte

38

Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

Atlantica Editora ndash artigosatlanticaeditoracombr

40

  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
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Referecircncias

As referecircncias bibliograacuteficas devem seguir o estilo Vancouver As referecircncias

bibliograacuteficas devem ser numeradas com algarismos araacutebicos mencionadas no texto pelo

nuacutemero entre colchetes [ ] e relacionadas nas Referecircncias na ordem em que aparecem no

texto seguindo as normas do ICMJE

Os tiacutetulos das revistas satildeo abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in

Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas disponiacutevel no site da

Biblioteca Virtual de Sauacutede (wwwbiremebr)

Devem ser citados todos os autores ateacute 6 autores Quando mais de 6 colocar a

abreviaccedilatildeo latina et al

Exemplos

1 Phillips SJ Hypertension and Stroke In Laragh JH editor Hypertension

pathophysiology diagnosis and management 2nd ed New-York Raven Press 1995p465-

78

Yamamoto M Sawaya R Mohanam S Expression and localization of urokinase-type

plasminogen activator receptor in human gliomas Cancer Res 1994545016-20

Envio dos trabalhos

A avaliaccedilatildeo dos trabalhos incluindo o envio de cartas de aceite de listas de correccedilotildees

de exemplares justificativos aos autores e de uma versatildeo pdf do artigo publicado exige o

pagamento de uma taxa de R$ 15000 a ser depositada na conta da editora Banco Itauacute

agecircncia 0733 conta 45625-5 titular Atlacircntica Multimiacutedia e Comunicaccedilotildees Ltda (ATMC) Os

assinantes da revista satildeo dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o

envio do artigo)

Todas as contribuiccedilotildees devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo Jean-

Louis Peytavin atraveacutes do e-mail artigosatlanticaeditoracombr O corpo do e-mail deve

ser uma carta do autor correspondente agrave Editora e deve conter

Resumo de natildeo mais que duas frases do conteuacutedo da contribuiccedilatildeo

Uma frase garantindo que o conteuacutedo eacute original e natildeo foi publicado em outros meios

aleacutem de canais de congresso

Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteuacutedo do

artigo e garante que todos os outros autores estatildeo cientes e de acordo com o envio do

trabalho

39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

Telefones de contato do autor correspondente

A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

Revista Fisioterapia Brasil seraacute devolvido ao autor correspondente para sua adequada

formataccedilatildeo

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39

Uma frase garantindo quase aplicaacutevel que todos os procedimentos experimentos com

humanos ou outros animais estatildeo de acordo com as normas vigentes na Instituiccedilatildeo

eou Comitecirc de eacutetica responsaacutevel

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A aacuterea de conhecimento

Observaccedilatildeo o artigo que natildeo estiver de acordo com as normas de publicaccedilatildeo da

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  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil
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  • ANEXO - Normas de publicaccedilatildeo da Revista Fisioterapia Brasil