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18/2/2013 1 FARMACOCINÉTICA CLÍNICA Profa. Dra. Viviani milan [email protected] Farmacocinética Definida como o estudo qualitativo e quantitativo dos processos de: Absorção Distribuição Metabolização Excreção

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FARMACOCINÉTICA CLÍNICA

Profa. Dra. Viviani milan

[email protected]

Farmacocinética

• Definida como o estudo qualitativo e

quantitativo dos processos de:

▫ Absorção

▫ Distribuição

▫ Metabolização

▫ Excreção

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Biodisponibilidade

• É definida pela:

▫ Quantidade da droga ativa que chega na circulação

sistêmica

Extensão da absorção

Metabolismo de primeira passagem

▫ Velocidade que isso ocorre

Fatores farmacêuticos

Absorção do TGI

Biodisponibilidade

Fase de absorção: Índice de absorção maior que o índice

de eliminação

Cmax: índice de absorção Igual ao índice de eliminação

Fase de distribuição: rápida redução das concentrações plasmáticas devido a distribuição para os tecidos

Fase de eliminação: redução das concentrações plasmáticas devido a eliminação do fármaco

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Existe uma relação entre o efeito

de uma droga e sua concentração

plasmática.

Parâmetros farmacocinéticos

• São valores que refletem um determinado processo, ou um conjunto de processos, sofrido pela droga no organismo.

• Os parâmetros farmacocinéticos são obtidos na sua maioria a partir da curva concentração plasmática X tempo.

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Parâmetros farmacocinéticos

• Meia vida de eliminação (T1/2) – tempo necessário

para reduzir a quantidade de droga no plasma à metade

• Cmax - concentração plasmática máxima

• tmax – tempo para atingir a concentração plasmática

máxima

• ASC – área sob a curva

• Obs: Cmax e Tmax são influenciados pela

velocidade de absorção

Parâmetros farmacocinéticos

• Taxa de absorção – velocidade de absorção

• Extensão de absorção – o quanto da droga foi

absorvida

• Biodisponibilidade - fração da droga absorvida que chega intacta à circulação sistêmica

• Obs: Biodisponibilidade, Cmax e ASC constituem a proporção do fármaco que

atinge a corrente sanguínea sistêmica

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Parâmetros farmacocinéticos

• Volume de distribuição - medida do espaço aparente

do corpo capaz de conter a droga

• Ligação às proteínas plasmáticas – importante

para drogas com alta ligação as proteínas (fenitoína,

varfarina, tolbutamina) e em algumas situações como

insuficiencia renal, hipoalbuminemia, ultimo trimestre

da gravidez e RN.

• Depuração - medida da eficiência do corpo em

eliminar irreversivelmente a droga

Curva concentração plasmática X

tempo.

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Fatores que interferem na taxa de

absorção • Características do medicamento:

▫ Formulação

Compressão do comprimido

Excipientes

Tamanhos das partículas

▫ Hidrossolubulidade

▫ Pka

▫ Coeficiente de partição

Fatores que interferem na taxa de

absorção • Características do meio:

▫ Estômago / intestino ▫ Mecanismo de transporte Transporte ativo Difusão passiva Difusão facilitada

▫ Taxa de esvaziamento gástrico ▫ Motilidade intestinal ▫ Débito sanguíneo ▫ Interação com alimentos

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Fatores que interferem na distribuição

▫ Ligação à proteínas plasmáticas

Drogas ácidas – albumina

Drogas básicas – globulinas e glicoproteínas

▫ Interações medicamentosas: algumas drogas podem ser

deslocadas

▫ Patologias: na inflamação aumentam as glicoproteínas

▫ Ligação saturável: clofibrato

Metabolismo das drogas

• Ocorre na maioria no fígado e intestino. • Fase I: reações de oxidação, redução e hidrolise

efetuadas na maioria das vezes pelo Cit P 450. ▫ Ex: CYP1, CYP2 e CYP3

• Fase II: processo de conjugação como sulfatação, glicuronidação, metilação e acetilação. ▫ Produtos finais são mais hidrossolúveis ▫ Geralmente farmacologicamente inativos

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Maneiras que o metabolismo altera

uma droga

Fatores que afetam o metabolismo

• Genéticos

• Fluxo sanguíneo hepático

• Hepatopatias

• Idade

▫ Idosos e RN apresentam menor metabolização

• Interação com outras drogas:

▫ Inibidores enzimático

▫ Indutores enzimáticos

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Fatores que afetam o metabolismo

• Inibição do citocromo P450

▫ Cloranfenicol: fenitoína, tolbutamina, varfarina

▫ Cimetidina: diazepam, propranolol, varfarina

▫ Izoniazida: fenitoína

• Inibição enzima específica

▫ Alopurinol ------ xantina oxidase ----- azotropina

▫ Carbidopa ------- dopa descarboxilase ---- L-DOPA

▫ Dissulfiram ------ aldeído desidrogenase --- alcool

Fatores que afetam o metabolismo • Indutores enzimáticos:

▫ aumentam a quantidade de retículo endoplasmático no hepatócito

▫ Aumentam o conteúdo citocromo P450

Griseofulvina: varfarina

Barbitúricos: clorpromazina, corticóides, anticoagulantes, cumarina, anticoncepcionais orais, fenitoína

Rifampicina: anticoagulantes, anticoncepcionais

Fenitoína: corticóides, anticoncepcionais, anticoagulantes

Erva de São João: carbamazepina, ciclosporina

Carbamazepina: fenitoína, anticoncepcionais orais

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Excreção dos fármacos

• Principalmente pelos rins, envolve 3 processos:

▫ Filtração glomerular

A extensão da filtração glomerular é diretamente proporcional à taxa de filtração glomerular e a porcentagem de droga livre no plasma.

A taxa de filtração glomerular é relacionada com o clereance de creatinina

▫ Reabsorção tubular

▫ Secreção tubular ativa

Processos Farmacocinéticos

Irreversíveis • Absorção - transporte por membranas (difusão

lipídica, transporte por carreadores)

• Metabolismo - atividade enzimática

• Excreção - passagem por membranas ou transportadores

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Processos Farmacocinéticos

Reversíveis • Distribuição – passagem por membranas,

ligação a diferentes estruturas

T1/2 (meia vida; “half-life”)

• Importante para:

▫ Interpretação dos efeitos terapêuticos ou tóxicos

▫ Duração do efeito esperado

▫ Regime posológico

• A [ ] sanguínea da droga pode elevar-se ou diminuir conforme o equilíbrio entre a administração e eliminação

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Cmax

Cmax (concentração plasmática máxima)

Obtida diretamente da curva concentração plasmática-tempo

tmax

tmax (yempo para chegar à Cmax)

Obtido diretamente da curva concentração plasmática-tempo

A ASC descreve a concentração da droga na circulação sistêmica em função do

tempo (de zero a infinito).

Reflete a exposição do corpo à droga

Taxa e extensão de biodisponibilidade

Área sob a curva (ASC)

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Taxa de absorção

(velocidade, “rate”) •Taxa de absorção = velocidade de absorção

•varia conforme a via de administração

•via intramuscular – absorção mais rápida

•via oral – absorção mais lenta

Extensão de absorção

Via oral

A extensão indica a quantidade da droga que foi absorvida

pela mucosa do trato gastrintestinal.

A extensão indica a quantidade absorvida.

Biodisponibilidade (F)

- fração da droga (não modificada) que atinge a circulação

sistêmica após administração por qualquer via.

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Quais parâmetros de alteram se houver mudanças ou

na velocidade ou extensão de absorção ou na

biodisponibilidade de uma droga?

Cmax, tmax, AUC,

Extensão de absorção

Extensão de absorção influi Cmax

AUC

Taxa de absorção

Velocidade de absorção influi tmax

Cmax

Taxa de absorção • Para uma mesma quantidade absorvida, quanto

mais lenta a absorção, maior o tmax e menor o pico plasmático (Cmax).

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Volume de distribuição

• Parâmetros relacionados à fase de distribuição

• Medida do espaço aparente do corpo capaz de conter a droga

Volume de Distribuição (L)

Vd = quantidade de droga no corpo

concentração plasmática da droga

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Volume de Distribuição

A First Course in Pharmacokinetics and Biopharmaceutics

David Bourne, Ph.D.

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Volume de distribuição

quantidade da droga dada = 500 mg

por extrapolação Cplasm = 12 g/ml

exemplo: 500 mg

0,012 mg/l Vd = = 41,7 litros

Volume de Distribuição (L)

Como e quando pode ser medido o volume de distribuição?

Vd = quantidade de droga no corpo

concentração plasmática da droga

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O que determina o volume de

distribuição de uma droga?

• Características da droga:

▫ lipossolubilidade ou hidrossolubilidade,

▫ estado de ionização,

▫ capacidade de ligação aos tecidos.

• Características do indivíduo –

▫ tamanho corpóreo,

▫ sexo, teor de gordura,

▫ patologias (edema),

▫ proteínas plasmáticas

O que pode alterar o volume de

distribuição em uma dada pessoa?

• Constituição física:

▫ teor de gordura (obesidade; homem e mulheres)

▫ tamanho corpóreo

• Idade:

▫ crianças – maior proporção de água corpórea, menor quantidade de proteínas plasmáticas

▫ idosos – menor proporção de água corpórea, menor massa muscular, maior proporção de gordura

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O que pode alterar o volume de

distribuição em uma dada pessoa?

• Patologias:

▫ Problemas cardiovasculares (alteração de perfusão de tecidos, alteração de atividade renal)

▫ Problemas renais (edema)

Influência do teor de gordura no volume de distribuição

Drogas com diferentes coeficientes de partição óleo/água

Teor de gordura

normal – água total do corpo = 70% do peso

obeso – água total do corpo = 50% do peso

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Parâmetros relacionados à fase de

eliminação

• Depuração (Clearance)

▫ depuração renal

▫ depuração hepática (metabolismo e excreção biliar)

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Clearance (CL)

(mL/min)

Clearance sistêmico clearance total

Os principais órgãos que conseguem retirar a droga do

organismo são os rins e o fígado.

CLsistêmico = CLrenal + CLhepático + CLoutros

Descreve a eficiência de eliminação

irreversível da droga do corpo

Clearance (CL)

(mL/min)

volume de sangue a partir do qual a droga pode ser

completamente removida na unidade de tempo

Clearance renal

fluxo sanguíneo renal

filtração glomerular

secreção tubular

reabsorção tubular

Clearance hepático

fluxo sanguíneo hepático

atividade enzimática

atividade biliar

capacidade

intrínseca

fluxo

O clearance não indica o quanto da droga está sendo eliminada,

mas sim, o volume de plasma que está sendo limpo.

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• Clearance:

▫ Retira sempre uma porcentagem da droga do sangue, portanto,“limpa” sempre um mesmo volume, independentemente da concentração da droga

• Taxa (velocidade, “rate”) de eliminação:

▫ Varia com a concentração plasmática da droga.

▫ Quanto mais entra no órgão extrator mais será retirado (mas sempre a mesma fração por mL).

O que determina o clearance de

uma droga?

• Características da droga

• Características do indivíduo:

▫ atividade do órgão excretor:

Atividade enzimática,

fluxo sanguíneo,

transportadores

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O que pode alterar o clearance da

droga em uma dada pessoa?

• Patologias:

▫ problemas cardiovasculares (alteração de perfusão renal ou hepática, alteração de atividade renal)

▫ problemas renais ou hepáticos

• Idade:

▫ crianças – atividade renal e hepática não estão maduras

▫ idosos – menor atividade renal e hepática

• Interações medicamentosas:

▫ alteração da atividade enzimática,

▫ competição por carreadores

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A meia vida é o tempo requerido para que a concentração

plasmática da droga se reduza à metade.

50% de decréscimo

(conc. = 50)

50% de decréscimo

(conc. = 25)

50% de decréscimo

(conc. = 12,5)

MEIA VIDA

(t1/2)

Depois de aproximadamente 4 meias vidas, a eliminação está

cerca de 94% completa.

T1/2 de eliminação (h)

t1/2 – não depende da

concentração da droga

0,693

Keliminação t 1/2 =

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T1/2 de eliminação (h)

• A meia vida é um parâmetro dependente e calculado a partir de outros, principalmente Vd e CL.

• Portanto sua alteração só ocorre se Vd e/ou CL mudarem.

▫ se Vd aumenta - t1/2 aumenta

▫ se CL aumenta - t1/2 diminui

Quando a meia vida pode mudar?

• Alterações renais:

▫ Fluxo renal diminuído

▫ Problemas renais

• Alterações hepáticas:

▫ Mudanças de metabolismo

▫ Problemas hepáticos

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Como calcular a meia vida?

Meia Vida ( t1/2 )

0,693 X Vd

Cl

t 1/2 =

Parâmetros farmacocinéticos e

farmacodinâmicos de algumas drogas

Acetaminofen 88 0 21 67 2 10-20mg/L >0,3g/L

Ac. Salicílico 100 85 0,84 12 13 200 mg/mL >200mg/mL

Carbamazepina 70 74 5,34 98 15 6 mg/mL >9 mg/mL

Ciclosporina 23 93 24,6 85 5,6 200 ng/mL >400ng/L

Cloroquina 89 61 45 13000 214 20ng/m l >250ng/mL

Digoxina 70 25 7 500 50 1 ng/mL >2 ng/mL

Imipramina 40 90 63 1600 18 0,2g/mL >1mg/L

Indometacina 98 90 8,4 18 2,4 1mg/L >5mg/L

Lidocaína 35 70 38,4 77 1,8 3mg/L >6mg/L

Nortriptilina 51 92 30 1200 31 100 ng/mL >500 ng/mL

Droga dispon. ligação depuração vol. de meia conc. conc. .

oral plasm. (L/h/70 distrib. vida eficaz tóxica .

(F) (%) (%) kg) (L/70kg) (h)

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Esquemas posológios Objetivo

dose ideal que leve à

concentração sanguínea ideal que leve ao

efeito terapêutico ideal

Conforme o que se deseja, isso pode ser conseguido com:

Dose única uma só dose é suficiente para o que se deseja

(ex: analgésico para dor de cabeça)

ou pode ser necessário o esquema de:

Doses múltiplas

ou

Infusão endovenosa

quando é necessário um tempo maior para

que o efeito se manifeste e seja atingido o

sucesso terapêutico

Margem de segurança

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Ceficaz x Vd

F Dose =

Dose x F = Ceficaz x Vd

ou

ex: se é desejado obter uma concentração plasmática de 10µg/L e o Vd é 20

L, será necessário dar 200mg da droga.

Dose = 10µg/L x 20L = 200 µg

Para a via oral tem que ser considerada a biodisponibilidade (F)

Ex: se F for 0,5

Dose = 10µg/L x 20L = 400 µg

0,5

ex: Ceficaz = 10µg/L Vd = 20L

Dose = Ceficaz x Vd

Dose única

quando a quantidade dada for estado de equilíbrio dinâmico

igual a quantidade eliminada da droga no organismo

taxa de administração deve ser igual à taxa de eliminação

. (taxa de entrada) (taxa de saída)

Manutenção da droga na

faixa terapêutica desejada

(Css) por longos períodos

INFUSÃO ENDOVENOSA ou DOSES MÚLTIPLAS

Objetivo

conforme a droga é dada,

ela irá sendo eliminada.

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Infusão endovenosa

taxa de administração = taxa de eliminação

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Infusão endovenosa

taxa de administração = taxa de eliminação

taxa de administração = CL x Css

Exemplo: paciente asmático deverá ser medicado com teofilina. O nível sanguíneo terapêutico ideal é

conhecido, sendo de 10 mg/L. A depuração da teofilina em condições normais é de 2,8L/h. A droga será

dada por infusão endovenosa, portanto F=1.

taxa de administração = CL x CA

= 2,8 L/h/kg x 10 mg/L

= 28 mg/h

.

portanto será necessário

infundir 28 mg por hora

taxa de eliminação= Cl x CA

CA= concentração arterial (que chega ao órgão excretor.

No caso será a Css (que é o que se quer manter

chegando ao órgão excretor

Doses múltiplas

Dose de manutenção = taxa de administração x intervalo entre doses

= 28 mg/h x 12h

= 336 mg

A partir do exemplo anterior:

infusão de 28 mg/h em 24h será infundido 672mg totais.

é a dose diária para se

manter o nível de 10mg/L.

A cada hora é necessário dar 28mg 6 horas 168mg

8 horas 224 mg

12 horas 336 mg

24 horas 672 mg

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Planejamento de esquemas

posológicos • Dose de ataque:

▫ Quantidade do fármaco que estaria presente no organismo se a dose de manutenção fosse administrada por período suficiente para atingir o estado de equilíbrio.

Dose de Ataque = [ ] Eficaz X vol aparente de distribuição

F

DA = Css X Vd

F

Para via oral deve-se considerar a biodisponibilidade (F)

Planejamento de esquemas

posológicos • Dose de manutenção:

▫ Administração da dose de manutenção corresponde a metade da dose de ataque.

Css = F X D

Cl X T

DM = Css X Cl

F

F = biodisponibilidade

D = dose

Cl = clearence

T = intervalo das doses

Para via oral deve-se considerar a biodisponibilidade (F)

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Intervalo de administração

• Regra geral:

▫ O intervalo entre duas tomadas tem o valor de

T 1/2