farmÁcia hospitalar

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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO UNIFENAS FARMÁCIA HOSPITALAR MARCUS HENRIQUE SANTOS SOUSA DIVINÓPOLIS

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Page 1: FARMÁCIA HOSPITALAR

UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO

UNIFENAS

FARMÁCIA HOSPITALAR

MARCUS HENRIQUE SANTOS SOUSA

DIVINÓPOLIS

Page 2: FARMÁCIA HOSPITALAR

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INTRODUÇÃO

O hospital tem como finalidade, segundo a Organização Mundial de Saúde;

“ser parte do sistema integrado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade

completa assistência à saúde curativa e preventiva, incluindo serviços extensivos à

família em seu domicílio e ainda um centro de formação para os que trabalham no

campo da saúde e das pesquisas biossociais”, e para que esse conceito de hospital se

torne tão belo na prática quanto na teoria , é de suma importância o maior

comprometimento possível dos mais diversificados setores que o constituem, desde os

profissionais da lavanderia aos do bloco cirúrgico e tão importante quanto os outros

temos o setor de farmácia hospitalar, pois este lida diretamente com o bem estar do

paciente.

A Farmácia Hospitalar de acordo com SBRAFH é “uma unidade clínica

administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada,

hierarquicamente, à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais

unidades de assistência ao paciente”. Considerando-se assim um órgão de abrangência

assistencial, técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas

à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e

correlatos às unidades hospitalares. É igualmente responsável pela orientação de

pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, além da

redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim

um vasto campo de aprimoramento profissional.

Page 3: FARMÁCIA HOSPITALAR

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A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente, objetivando

dispensar medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere

ao medicamento, desde sua seleção até sua dispensação, velando a todo momento por

sua adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. O

farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta.

Tendo em vista a importância da Farmácia Hospitalar, este projeto de

implantação da mesma em um hospital carece ser seguido com muita atenção para que

ele tenha a eficácia desejada e assim possamos realmente seguir da melhor forma

possível o caminho dos conceitos citados anteriormente sobre o hospital e a farmácia

hospitalar realizando um trabalho íntegro e eficaz. Para o nosso melhor entendimento,

faremos breves comentários sobre a estrutura do hospital a ser implantado a farmácia

hospitalar, para que a farmácia seja adequada ao tipo e tamanho do hospital.

O hospital Santa Casa Geon a ser implantado o sistema de Farmácia

hospitalar é um hospital geral com uma unidade especializada em oncologia, sendo ele

de características;

Suas unidades gerais: são definidas como hospital que dá assistência a

pacientes de várias especialidades clínicas e cirúrgicas, das mais diversas áreas, como

cardiologia, pediatria, ortopedia, pneumologia, psiquiatria, urologia, dentre outras. E

sua unidade especializada fica acometida a cuidar somente de indivíduos portadores de

doenças oncológicas.

Page 4: FARMÁCIA HOSPITALAR

3

Outras características são:

Hospital Particular: Trata-se de um hospital pertencente a pessoa jurídica de

direito privado.

Hospital lucrativo: É um hospital particular que objetiva o lucro

compensando o emprego do seu capital com distribuição de dividendos.

O setor oncológico caracteriza-se como unidade de pacientes em estado

crônico: assiste a pacientes cujo estado clínico esteja estabilizado. Sua área geral é

definida como hospital de agudos ou de curta permanência, cujo tempo médio de

permanência, em geral não ultrapassa trinta dias, podendo chegar aos sessenta dias.

O Geon conta com uma estrutura física multibloco: é aquele cujos serviços

estão distribuídos por edificações de médio ou grande porte, que podem estar ou não

interligados. (fig.1)

É um hospital de corpo clínico aberto: permite que médicos que não façam

parte do corpo clínico efetivo possam internar e tratar seus pacientes.

Considerado também um Hospital de Porte Especial; é constituído de 532

leitos, que possuem um alto padrão de qualidade, podendo oferecer aos necessitados o

melhor tratamento, pois seus leitos contam com uma excelente infra-estrutura . Seu

leitos são divididos entre os blocos (edifícios hospitalares) de acordo com a necessidade

de cada setor, podendo ser melhor visualizado na tabela seguinte;

Page 5: FARMÁCIA HOSPITALAR

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ESPECIFICAÇÃO LEITOS

UNIDADE DE INTERNAÇÃO 350

U.T.I. ADULTO 10

ONCOLOGIA 46

UNIDADE CORONARIANA 8

U.T.I. NEONATAL 12

U.T.I.PEDIÁTRICO 5

U.T. INTERMEDIÁRIO 9

U.T. INTERMEDIÁRIO

NEONATAL 38

SALA RECUPERAÇÃO PÓS-

ANESTESIA 6

EMERGÊNCIA 48

Os 532 leitos estão divididos nos pavilhões que são visualizados no mapa

seguinte;

Ilustração da vista aérea do nosocômio 1

FIG.I

Page 6: FARMÁCIA HOSPITALAR

5

No bloco 1 fica a recepção do Geon, junto ao ambulatório, CTI, UTI, centro

cirúrgico de emergência, farmácia satélite, leitos, pronto socorro e outras salas

necessárias para seu bom funcionamento.

O bloco 2 é constituído de pediatria, maternidade, farmácia satélite, berçário

e leitos dentre outros.

O bloco 3 trabalha com o setor de oncologia, radioterapia e farmácia satélite

principalmente.

No bloco 5 fica especialidades como cardiologia, nefrologia, hemodiálise,

banco de sangue e farmácia satélite.

O bloco 6 é constituído principalmente de lavanderia, manutenção e reparos,

restaurante, almoxarifado, depósito, centro de velório e necrotério.

No bloco 4 fica o serviço de arquivo médico, biblioteca, secretaria,

contabilidade, diretoria, CCIH, além da a farmácia central, que reúne a dispensação,

área para manipulação de produtos inclusos nos grupos I, III, IV, V e VII, discernidos

na tabela seguinte. Sua estrutura física e os profissionais que nela atuam obedecem

minuciosamente todas as exigências estabelecidas pela RDC- 50/2002, RDC-272/1998,

RDC-300/1997, RDC-288/1996, RDC-214/2006, além das portarias 2616/1998 e

344/1998, e a central está interligada a outras cinco farmácias, chamadas farmácias

satélites.

Page 7: FARMÁCIA HOSPITALAR

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GRUPO Atividade/natureza dos insumos manipulados

GRUPO I Manipulação de medicamentos não incluídos nos grupos II, III,

IV, V e VI

GRUPO II Manipulação de fármacos de baixo índice terapêutico

GRUPO III Manipulação de antibióticos, hormônios, citostáticos,

antiretrovirais, e substâncias sujeitas a controle especial

GRUPO IV Manipulação de concentrado polietrolítico para diálise-CPHD

GRUPO V Manipulação de produtos estéreis

GRUPO VI Manipulação de produtos homeopáticos

GRUPO VII Fracionamento de formas farmacêuticas, em conformidade com a

prescrição médica, realizada pelas farmácias hospitalares e

equivalentes de assistência médica

Somando a área física das farmácias temos um total de 970 m2 , o que

significa 1,82m2 por leito, área acima do recomendado pela organização mundial de

saúde, que determina uma área mínima de 1,2m2 por leito.

As farmácias satélites não possuem infra-estrutura que lhe possibilitem a

manipulação de produtos, seja qual for sua categoria. Nelas ocorrem apenas a

dispensação dos produtos acabados oriundos da manipulação, produtos industrializados

e correlatos de acordo com a necessidade do setor cabível a mesma.

A farmácia central possui três áreas de manipulação, uma referente ao grupo

I, uma referente ao grupos III e V e outra referente ao grupo IV.

A área que trabalha com os grupos III, IV e V são providas de um sistema de

ar especial, para manter a esterilidade do ambiente e estas áreas não tem ligação direta

para transição de pessoas com a área de manipulação responsável pelo grupo I.

Devido ao tipo de pacientes atendidos no Geon, não manipula-se produtos

homeopáticos.

Page 8: FARMÁCIA HOSPITALAR

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As drogas com baixo índice terapêutico, como clonidina, digoxina,

aminofilina, teofilina, fenitoína e oxcarbamazepina dentre outras, não são manipuladas

no Geon, o principal motivo da não manipulação destas foi à relação entre o baixo custo

dessas drogas industrializadas e o alto risco em manipulá-las visto que sua dose

terapêutica é muito próxima da dose letal, preconizando assim o uso das drogas

industrializadas. A seguir na fig.2 tem-se uma esquematização da farmácia central com

suas principais áreas;

Tendo em vista os parâmetros acima citados, como a estrutura física geral do

hospital, suas áreas específicas, percebemos a necessidade de uma implantação muito

bem realizada do sistema de farmácia hospitalar que tem funções importantíssimas no

ato de promover a saúde.

Page 9: FARMÁCIA HOSPITALAR

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1.2 PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE FARMÁCIA

HOSPITALAR

Objetivos;

São vários os propósitos da Farmácia Hospitalar, porém deve-se observar

atentamente o alcance dos mesmos, de forma consciente e apropriada. O simples fato de

atendê-los não significa muito. O importante é o modo como são alcançados e a

seriedade em seus cumprimentos.

Em seguida, serão descritos alguns objetivos, os quais se destacam pela sua

importância e abrangência. Vale salientar que estão envolvidos neles, a Farmácia

propriamente dita e o farmacêutico hospitalar em si. São eles:

1- Planejamento, aquisição, análise, armazenamento, distribuição e controle

de medicamentos e correlatos;

2- Desenvolvimento e/ou manipulação de fórmulas magistrais e/ou

oficinais;

3- Produção de medicamentos e correlatos;

4- Desenvolvimento de pesquisas e trabalhos próprios ou em colaboração

com profissionais de outros serviços;

5- Desenvolver atividades didáticas;

6- Adequar-se aos problemas políticos, sociais, econômicos, financeiros e

culturais do hospital;

7- Estimular a implantação e o desenvolvimento da Farmácia Clínica.

Page 10: FARMÁCIA HOSPITALAR

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O planejamento de todos os procedimentos a serem realizados estão

subdivididos em tópicos, sendo eles; aquisição de medicamentos e correlatos, análise

de medicamentos, armazenamento de medicamentos e correlatos, distribuição de

medicamentos e correlatos e o controle de estoque de medicamentos e correlatos.

Page 11: FARMÁCIA HOSPITALAR

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2-AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS

Para a aquisição de medicamentos e correlatos, é de necessidade primordial a

criação da comissão de padronização de medicamentos que é provida de profissionais,

como médicos, farmacêuticos e enfermeiros, dentre outros. Estes profissionais, juntos,

tem como objetivo principal à padronização de medicamentos, assegurando uma

terapêutica racional e de baixo custo, em que a comissão se propõe a orientar a equipe

de saúde, sobretudo naqueles que prescrevem, contendo medicamentos considerados

essenciais para o perfil nosocômial. Esta comissão será composta pelos profissionais a

seguir;

Ø Farmacêutico chefe (presidente da comissão)

Ø Farmacêutico responsável pelas farmácias satélites

Ø Diretor hospitalar

Ø Médico anestesiologista

Ø Médico obstetra

Ø Clínico geral

Ø Cirurgião geral

Ø Médico pediatra

Ø Médico oncologista

Ø Médico presidente

Ø Médico cardiologista

Ø Médico pneumologista

Ø Enfermeiro chefe

Ø Responsável pela contabilidade

Page 12: FARMÁCIA HOSPITALAR

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2.1 PADRONIZAÇÃO

Foi realizada uma pesquisa em hospitais de porte semelhante, com a

finalidade de adquirir informações sobre medicamentos padronizados nos mesmos, o

que a princípio deixa a comissão com a função principal de remodelar ao longo dos

meses essa padronização realizada por meio de pesquisas, entretanto esta padronização

será provisória, pois a cada quatro meses a comissão deve reunir-se com intuito de

reavaliar os medicamentos padronizado, questionando se há drogas que são

desnecessárias ao ponto de serem excluídas da padronização ou também drogas que

devam ser inclusas, desde que sua inclusão seja necessária e viável.

A padronização será distribuída nos seguintes grupos;

Medicamentos que atuam no Sistema Nervoso

Medicamentos que atuam no Sistema Cardiovascular

Medicamentos que atuam no Sistema Respiratório

Medicamentos que atuam no Sistema Digestivo, Nutritivo e Metabolismo

Repositores Hidroeletrolíticos

Medicamentos que atuam no Sistema Genitourinário e Hormônios Sexuais

Diálise

Medicamentos que atuam no Sangue e Sistema Hematopoiético

Medicamentos que atuam no Sistema Muscular Esquelético

Medicamentos de Uso Tópico e Rino-Oftálmico

Medicamentos de Ação Endócrina

Page 13: FARMÁCIA HOSPITALAR

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Antídotos

Agentes Imunizantes e Prostaglandinas

Antimicrobianos

Antifúngicos

Antihelmínticos

Antissépticos, desinfetantes e esterilizantes

Lubrificantes

Diluentes

Citostáticos

Drogas oncológicas

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2.2 A) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO

1. Anestésicos gerais

Alfentanila (Cloridrato) 0,544mg/mL (Portaria 344/98).................................. Amp.

Cetamina (Cloridrato) 50mg/mL (Portaria 344/98).................................... Fr. Amp.

Etomidato 2mg/mL (Portaria 344/98).............................................................. Amp.

Fentanila (Citrato) 0,05mg/mL (Portaria 344/98)....................................... Fr. Amp.

Propofol 200mg (Portaria 344/98).................................................................... Amp.

Sulfentanila (Citrato) 5mcg/mL Espinhal (Portaria 344/98)............................ Amp.

Sulfentanila (Citrato) 50mcg/mL Espinhal (Portaria 344/98).......................... Amp.

Tiopental (Sódico) 0,5g (Portaria 344/98).................................................. Fr. Amp.

Sevoflurane 100ml (Portaria 344/98).............................................................. Frasco

2. Anestésicos locais

Bupivacaína (Cloridrato) hiperbárica 0,5%................................................ Fr. Amp.

Levobupivacaína (Cloridrato) 0,5% c/ epinefrina (5mcg/mL)................... Fr. Amp.

Lidocaína (Cloridrato) 1% s/ vaso 20mL.................................................... Fr.Amp.

Lidocaína (Cloridrato) 2% s/ vaso 5mL........................................................... Amp.

Lidocaína (Cloridrato) c/ epinefrina 2% 20mL............................................. Fr.Amp

Lidocaína (Cloridrato) hiperbárica 5%....................................................... Fr. Amp.

Lidocaína (Cloridrato) 2% geleia..................................................................... Tubo

3. Anticonvulsivantes

Diazepam 5mg/mL (Portaria 344/98)............................................................... Amp.

Diazepam 10mg (Portaria 344/98).................................................................. Comp.

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Fenitoína 50mg/mL (Portaria 344/98).............................................................. Amp.

Fenitoína 100mg (Portaria 344/98)................................................................. Comp.

Fenobarbital 100mg (Portaria 344/98)............................................................ Comp.

Fenobarbital sol. oral 4% (Portaria 344/98)................................................... Fr. gts.

Fenobarbital Sódico 200mg/mL (Portaria 344/98)........................................... Amp.

4. Analgésicos e antipiréticos

Dipirona 500mg/mL......................................................................................... Amp.

Paracetamol 750mg......................................................................................... Comp.

Paracetamol sol. oral 200mg/mL.................................................................... Fr. gts.

5. Hipnoanalgésicos

Morfina 1mg/mlL (Portaria 344/98)................................................................. Amp.

Nalbufina (Cloridrato) 10mg/mL (Portaria 344/98)......................................... Amp.

Petidina (Cloridrato) 50mg/mL (Portaria 344/98)............................................ Amp.

Tramadol (Cloridrato) 50mg (Portaria 344/98)................................................ Amp.

6. Sedativos-hipnóticos

Midazolan 15mg/3mL (Portaria 344/98).......................................................... Amp.

Midazolam 50mg/mL (Portaria 344/98)........................................................... Amp.

7. Neurolépticos

Clorpromazina (Cloridrato) 5mg/mL (Portaria 344/98)................................... Amp.

Haloperidol 2mg/mL (Portaria 344/98)............................................................ Amp.

Haloperidol 2mg/mL (Portaria 344/98). Solução oral..................................... Fr.gts.

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B) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA

CARDIOVASCULAR

1. Cardiotônicos

Deslanósido 0,4mg/2mL................................................................................... Amp.

Digoxina 0,25mg............................................................................................ Comp.

Digoxina 0,05mg/mL....................................................................................... Fr.gts

2. Antiarrítmicos

Adenosina 3mg/mL.......................................................................................... Amp.

Amiodarona 50mg/mL..................................................................................... Amp.

Amiodarona 200mg........................................................................................ Comp.

Diltiazem 30mg............................................................................................... Comp.

Esmolol 10mg/mL............................................................................................ Amp.

Propranolol 40mg........................................................................................... Comp.

3. Antianginosos

Isossorbida 5mg Sublingual............................................................................ Comp.

Isossorbida 10mg............................................................................................ Comp.

4. Hipertensores e Simpatomiméticos

Adrenalina 1mg/mL.......................................................................................... Amp.

Dopamina 50mg/10mL..................................................................................... Amp.

Dobutamina 250mg/20mL................................................................................ Amp.

Etileferina (cloridrato) 10mg/mL..................................................................... Amp.

Norepinefrina 1mg/mL..................................................................................... Amp.

Page 17: FARMÁCIA HOSPITALAR

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5. Anti-hipertensivos

Captopril 12,5mg............................................................................................ Comp.

Furosemida 10mg/mL ...................................................................................... Amp.

Furosemida 40mg........................................................................................... Comp.

Hidralazina 25mg............................................................................................ Comp.

Hidralazina 20mg/mL....................................................................................... Amp.

Manitol sol. 20% 250mL............................................................................ Fr. Amp.

Metildopa 250mg............................................................................................ Comp.

Metildopa 500mg............................................................................................ Comp.

Nifedipino10mg.......................................................................................... Cáps. gel

Nifedipino retard 20mg................................................................................... Comp.

Nimodipina 30mg........................................................................................... Comp.

Nitroglicerina 50mg/10mL............................................................................... Amp.

Nitroprussiato de Sódio 50mg.......................................................................... Amp.

Propranolol 40mg........................................................................................... Comp.

Propranolol 10mg/mL....................................................................................... Amp.

C) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA

RESPIRATÓRIO

1. Broncodilatadores

Aminofilina 24mg/mL....................................................................................... Amp

Beclometasona 400mcg/mL................................................................................ Flc.

Fenoterol 5mg/mL.......................................................................................... Fr. gts.

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Ipratrópio 0,025%/mL..................................................................................... Fr. gts

Teofilina Xarope 100mg/15mL............................................................................ Fr.

2. Surfactantes

Alfa poractante 240mg (fração fosfolipídica de pulmão porcíno)....................... Fr.

D) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTIVO,

NUTRITIVO E METABOLISMO

1. Laxativos

Bisacodil 5mg................................................................................................ Drágea

Glicerina 12% 250mL....................................................................................... Tubo

Óleo Mineral Puro .............................................................................................. Fr.

2. Antiespasmódicos e Anticolinérgicos

Atropina 0,25mg/mL........................................................................................ Amp.

N-Butil-Escopolamina (Brometo) 20mg/mL................................................... Amp.

3. Antieméticos

Domperidona 1mg/mL. Suspensão oral............................................................... Fr.

Metoclopramida 10mg/2mL............................................................................. Amp.

Metoclopramida 10mg.................................................................................... Comp.

4. Antifiséticos

Dimeticona 40mg............................................................................................ Comp.

5. Inibidores da Secreção Gástrica

Page 19: FARMÁCIA HOSPITALAR

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Ranitidina (Cloridrato) 150mg........................................................................ Comp.

Ranitidina (Cloridrato) 25mg/mL..................................................................... Amp.

Omeprazol 20mg.................................................................................................Cpr.

6. Vitaminas

Polivitamínico (Vits. A,B1,B2,PP,B6,B5,H,C,D,E) 20mL............................. Fr. gts

Vitamina C 500mg.......................................................................................... Comp.

Vitamina C 200mg/mL. Solução oral............................................................. Fr. gts.

Vitamina K1 (Fitomenadiona) 10mg/mL......................................................... Amp.

E) REPOSITORES HIDROELETROLÍTICOS

Água Bicarbonatada 3%. Solução oral................................................................. Frs

Bicarbonato de Sódio 10%/10mL..................................................................... Amp.

Cloreto de Potássio 10%/10mL........................................................................ Amp.

Cloreto de Potássio Xpe 6%................................................................................ Fr.

Cloreto de Sódio (Sol. Hipertônica) 20%/10 mL............................................. Amp.

Cloreto de Sódio (Sol. Isotônica) 0,9%/100mL.......................................... Fr. Amp.

Cloreto de Sódio (Sol. Isotônica) 0,9%/250mL.......................................... Fr. Amp.

Cloreto de Sódio (Sol. Isotônica) 0,9%/500mL.......................................... Fr. Amp.

Cloreto de Sódio 0,9% 10ml............................................................................ Amp.

Frutose 5% 500mL............................................................................................ Tubo

Glicose (Sol. Hipertônica) 25%/10mL............................................................. Amp.

Glicose (Sol. Hipertônica) 50%/10mL............................................................. Amp.

Glicose (Sol. Isotônica) 5%/250mL............................................................ Fr. Amp.

Page 20: FARMÁCIA HOSPITALAR

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Glicose (Sol. Isotônica) 5%/500mL............................................................ Fr. Amp.

Glicose (Sol. Isotônica) 10%/250mL.......................................................... Fr. Amp.

Glicose (Sol. Isotônica) 10%/500mL.......................................................... Fr. Amp.

Gluconato de Cálcio 10%/10mL...................................................................... Amp.

Sol. Glicofisiológica 1:1 500mL................................................................. Fr. Amp.

Sol. Ringer com Lactato 500mL.................................................................. Fr.Amp.

Sulfato de Magnésio 50%/10mL...................................................................... Amp.

F) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA

GENITOURINÁRIO E HORMÔNIO SEXUAIS

2. Diuréticos

Espironolactona 25mg.................................................................................... Comp.

Espironolactona 2,5mg/mL. Solução oral........................................................... Frs.

Furosemida 10mg/mL....................................................................................... Amp.

Furosemida 40mg........................................................................................... Comp.

Furosemida 1mg/mL. Solução oral..................................................................... Frs.

Hidroclorotiazida 50mg.................................................................................. Comp.

Hidroclorotiazida 5mg/mL. Solução oral........................................................... Frs.

Manitol Sol. 20% 250mL............................................................................ Fr. Amp.

2. Hormônios Sexuais

Medroxiprogesterona (Acetato) 150mg........................................................ Fr.Amp

3. Estimulantes Uterinos

Ocitocina 5UI/mL............................................................................................. Amp.

Page 21: FARMÁCIA HOSPITALAR

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G) DIÁLISE

Sol. p/ Diálise Peritoneal s/ Glicose 500mL................................................. Fr.Amp

H) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SANGUE E SISTEMA

HEMATOPOIÉTICO

2. Antianêmicos

Ácido Fólico 0,2mg/mL.................................................................................. Fr. gts

Sulfato Ferroso 40mg ..................................................................................... Comp.

Sulfato Ferroso 25mg /mL(Ferro)................................................................... Fr. gts

2. Anticoagulantes

Heparina (Sódica) 25.000UI/5ml................................................................ Fr. Amp.

Heparina Sub-Cutânea 5.000UI/0,25ml........................................................... Amp.

Varfarina 5mg................................................................................................. Comp.

3. Antihemorrágicos

Vitamina K1 (Fitomenadiona) 10mg/mL......................................................... Amp.

I) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA MUSCULAR

ESQUELÉTICO

1 Antinflamatórios não esteroidais

Diclofenaco 75mg/3mL.................................................................................... Amp.

2. Bloqueadores neuro-musculares

Page 22: FARMÁCIA HOSPITALAR

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Pancurônio (Brometo) 2mg/mL........................................................................ Amp.

Suxametôneo (Cloreto) 100mg.................................................................... Fr.Amp.

Cisatracúrio 20mg/10ml.................................................................................. Amp.

3. Colinérgicos

Neostigmina (Brometo) 0,5mg/mL................................................................. Amp.

J) MEDICAMENTOS DE USO TÓPICO E RINO-OFTÁLMICO

1. Rino-Oftalmológicos

Acetilcisteína (assoc.) gotas nasais.................................................................. Fr.gts

Tobramicina Sol. Oftálmica 0,5%.................................................................... Fr,gts

Vitelinato de Prata sol. Oft. 10% 5m............................................................... Fr.gts.

2. Dermatológicos

Clostebol + Neomicina.................................................................................... Bisng.

Clotrimazol Creme.......................................................................................... Bisng.

Diclofenaco Gel............................................................................................... Bisng.

Neomicina + Bacitracina ................................................................................ Bisng.

Nitrato de prata em bastão................................................................................... Bst.

Vitamina A + D............................................................................................... Bisng.

Colagenase + Clorofenicol pda. Tóp. 15g....................................................... Bisng.

Óleo vegetal poliinsaturado (Assoc.) Hid. Corporal........................................... Frs.

L) MEDICAMENTOS DE AÇÃO ENDÓCRINA

Page 23: FARMÁCIA HOSPITALAR

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1. Corticosteróides e Anti-Histamínicos

Dexametasona (Fosfato Dissódico) 4mg/mL.............................................. Fr. Amp.

Dexametasona elixir 0,5mg/5mL.......................................................................... Fr.

Hidrocortisona (Succinato Sódico) 100mg................................................. Fr. Amp.

Hidrocortisona (Succinato Sódico) 500mg................................................. Fr. Amp.

Prednisona 5mg............................................................................................... Comp.

Prednisona 20mg............................................................................................. Comp.

Prometazina 25mg.......................................................................................... Comp.

Prometazina 25mg/mL..................................................................................... Amp.

2. Antidiabéticos

Clorpropramida 250mg................................................................................... Comp.

Insulina Regular 100UI............................................................................... Fr. Amp.

Insulina NPH 100UI.................................................................................... Fr. Amp.

M) ANTÍDOTOS

Flumazenil 0,5mg/5mL.................................................................................... Amp.

Naloxona (Cloridrato) 0,4mg/mL.................................................................... Amp.

Neostigmina (Brometo) 0,5mg/mL.................................................................. Amp.

Protamina (Sulfato) 1%.................................................................................... Amp.

N) AGENTES IMUNIZANTES E PROSTAGLANDINAS

Alprostadil 500mcg/mL.................................................................................... Amp.

Imunoglobulina anti Rho (D) 300mcg /1,5 mL.......................................... Fr. Amp.

Page 24: FARMÁCIA HOSPITALAR

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Misoprostol 200mcg...................................................................................... Comp.

Misoprostol 25mcg........................................................................................ Comp.

O) ANTIMICROBIANOS

1. Penicilinas

Ampicilina 500mg........................................................................................ Comp.

Ampicilina (Sódica)1g................................................................................ Fr. Amp.

Benzilpenicilina Potássica 5.000.0000UI.................................................... Fr.Amp.

Benzilpenicilina Benzatina 1.200.000 UI................................................... Fr. Amp.

Oxacilina 500mg......................................................................................... Fr. Amp.

2. Cefalosporinas

Cefalexina 500mg......................................................................................... Comp.

Cefalotina (Sódica) 1g................................................................................ Fr. Amp.

Cefazolina 1g............................................................................................... Fr.Amp.

Cefotaxima 1g............................................................................................. Fr. Amp.

Ceftazidima 1g............................................................................................. Fr.Amp.

Ceftriaxona 1g IV......................................................................................... Fr.Amp.

Cefepime 2g IV............................................................................................ Fr.Amp.

3. Aminoglicosídeos

Amicacina (Sulfato) 500mg/2mL.................................................................. Amp.

Gentamicina (Sulfato) 20mg/mL.................................................................. Amp.

Gentamicina (Sulfato) 80mg/2mL................................................................ Amp .

Page 25: FARMÁCIA HOSPITALAR

24

4. Carbapenêmicos

Meropenem 500mg..................................................................................... Fr. Amp.

5. Glicopeptídeos

Vancomicina 500mg..................................................................................... Amp.

6. Imidazóis

Metronidazol 250mg..................................................................................... Comp.

Metronidazol 500mg................................................................................... Fr. Amp.

7. Nitrofuranos

Nitrofurantoína 100mg.................................................................................. Comp.

8. Quinolomas

Ciprofloxacino 200mg/100ml IV................................................................. Fr.Amp.

9. Macrolídeos

Esterearato de Eritromicina 500mg............................................................. Comp.

10. Lincosaminas

Clindamicina 600mg/4ml............................................................................. Amp.

P) ANTIFÚNGICOS

Anfotericina B.............................................................................................. Fr. amp.

Clotrimazol creme......................................................................................... Tubo

Nistatina 100.000 UI/mL............................................................................... Fr. Gts

Page 26: FARMÁCIA HOSPITALAR

25

Q) ANTIPARASITÁRIOS

Ivermectina 6mg............................................................................................ Comp

Benzoato de Benzila Emulsão tóp 25%........................................................ Frs.

R) ANTISSÉPTICOS, DESINFETANTES E ESTERILIZANTES

Ácido Acético 2%

Ácido Acético 5%

Ácido Tricloroacético 85%

Água Oxigenada 10 vol.

Álcool Absoluto 99,5 GL

Álcool Etílico 70%

Álcool Glicerinado 2%

Álcool Iodado 0,5%

Azul de metileno 1%

Azul de toluidina 1%

Cetilpiridínio solução colutória

Clorexidina (gluconato) 2%

Detergente enzimático

Éter

Formol 10%

Glutaraldeído 2%

Hipoclorito de Sódio 1%

Hipossulfito de sódio 50%

Page 27: FARMÁCIA HOSPITALAR

26

Lugol 2%

Polivinil + Pirrolidona + Iodo 1% (veiculo aquoso)

Polivinil + Pirrolidona + Iodo 1% (degermante)

Sabonete líquido glicerinado

Sabonete líquido neutro

Álcool gel

Quaternário de Amônio

Clorexide solução alcoólica 0,5%

S) LUBRIFICANTES

Gel p/ ultrasonografia

Vaselina pura

T) DILUENTES

Água bidestilada 10mL................................................................................. Amp.

Água estéril p/ injeção 500mL..................................................................... Fr. amp.

Água estéril p/ injeção 1.000mL.................................................................. Fr. amp.

U) DROGAS DO SETOR ONCOLÓGICO

Mecloretamina

Ciclofosfamida

Ifosfamida

Clorambucil

Melfalano

Page 28: FARMÁCIA HOSPITALAR

27

Dacarbazina

Temozolomida

Bussulfano

Metotrexato

Fluorouracil

Gencitabina

Mercaptopurina

Azatioprina

Fosfato de fludarabina

Cladribina

Vimblastina

Vincristina

Vinorelbina

Paclitaxel

Docetaxel

Etoposida

Teniposida

Topotecano

Daunorrubicina

Asparaginase

Mitomicina

Carboplatina

Hidroxiuréia

Procarbazina

Page 29: FARMÁCIA HOSPITALAR

28

Aminoglutetimida

Tamoxifeno

Interleucina II

Fator de estimulação de colônias de granulócitos (filgastrim)

2.3 MEDICAMENTOS ESPECIAIS

MEDICAMENTOS DE USO EXCLUSIVO DAS UTIs

(Estão listados na padronização)

1) Água Bicarbonatada 3%. Solução oral

2) Alprostadil 500mcg/mL fam

3) Beclometasona 400mcg/mL flaconetes

4) Cefotaxima 1G fam

5) Ceftazidima 1g fam

6) Cetilpiridínio sol. Colutória

7) Colagenase+Cloranfenicol tubo

8) Domperidona 1mg/mL susp. oral

9) Esmolol 10mg/mL amp

10) Frutose 5% amp

11) Cefepime 26 fam

12) Meropenem 500mg fam

13) Midazolam 50mg/mL amp

Page 30: FARMÁCIA HOSPITALAR

29

14) Nimodipina 30mg comp

15) Tramadol 50mg amp

16) Vancomicina 500mg amp

DISTRIBUIÇÃO POR NOME GENÉRICO COM CORRESPONDENTE

NOME COMERCIAL

Nome Genérico / Nome Comercial

A

Acetilcistéina (Assoc.) Rinofluimucil

Água oxigenada 10vol. Água oxigenada

Álcool iodado 0,5% Álcool iodado

Alfa poractante 240mg (fração fosfolipídica de pulmão porcíno). Curosurf, Survanta

Amicacina (sulfato) 500mg/2ml Amp. Novamin, Bactomicin

Aminofilina 24mg/ml Amp. Unifilin

Ampicilina 1g Fam. Binotal, Amplacilina

Ampicilina 500mg Comp. Binotal, Amplacilina

Atropina (sulfato) 0,25mg/ml Amp. Atropina

B

Benzilpenicilina benzatina 1.200.000UI Fam. Benzetacil, Longacilin

Benzilpenicilina potássica 5.000.000UI Fam. Megapen, Benzatron

Bicarbonato de sódio 10% Amp. Bicarbonato de sódo

Bisacodil 5mg Drág. Dulcolax

Page 31: FARMÁCIA HOSPITALAR

30

Bupivacaína (cloridrato) hiperbárica 0,5% Fam. Marcaína, Neocaína

Benzoato de Benzila emulsão 25% Miticoçan, Acarçan

C

Captopril 12,5mg Comp. Capoten, Catoprol

Cefalexina 500mg Drág. Keflex

Cefalotina 1g Fam. Keflin, Kefalotin

Cefazolina 1g Fam. Kefazol, Cezolin

Cefotaxima 1g Fam. Claforan, Kefoxin

Ceftazidima 1g Fam. Fortaz, Cefadin

Ceftriaxona 1g Fam. Rocefin, Trioxina

Cetamina (cloridrato) 50mg/ml Fam. Ketalar

Cetroprofeno 100mg/2ml Amp. Profenid, Algiprofen

Cloreto de potássio 10% Amp. Cloreto de potássio

Cloreto de potássio xpe 6%. Frs. Cloreto de potássio xp

Cloreto de Sódio (sol. Hipertônica) 20%. Amp. Cloreto de sódio

Clorpromazina (cloridrato) 5mg/ml Amp. Amplictil

Clostebol + Neomicina Bisng. Trofodermin

Clotrimazol creme. Bisng Canesten, Micosten

Complexo B Amp. Beplex

Clindamicina 600mg/4ml amp. Dalacin

Cefepime 2g fam Maxcef

Cisatracúrio 20mg/10ml amp. Nimbium

Colagenase + Clorafenicol pda. tóp. Kolagenase

Ciprofloxacino 200mg/100ml IV Cipro

Page 32: FARMÁCIA HOSPITALAR

31

D

Deslanosídio 0,4mg/2ml Amp. Cedilanide

Dexametasona (fosfato dissódico) 4mg/ml Fam. Decadron

Dexametasona elixir. Frs. Decadron

Diazepam 5mg/2ml Amp. Valium, Compaz

Diazepam 10mg Comp. Valium, Noan

Diclofenaco sódico 50mg Comp. Diclofen, Voltaren

Diclofenaco gel Bisng. Cataflam emulgel

Diclofenaco 75mg Amp. Voltaren

Digoxina 0,05 mg/ml Fr. Gts. Lanoxin

Digoxina 0,25mg Comp. Lanoxin

Dimeticona 40mg Comp. Luftal

Dipirona 500mg/ml Amp. Novalgina, Analgex

Dobutamina 250mg/20ml Amp. Dobutrex

Dopamina 50mg/10ml Amp. Revivan, Dopacris

E

Etilefrina (cloridrato) 10mg Amp. Efortil

Epinefrina (cloridrato) 1mg/ml Amp. Adrenalina

Eritromicina (estearato) 500mg Comp. Pantomicina

F

Fenitoína 100mg Comp. Hidantal

Fenitoína 50mg/ml Amp. Hidantal

Fenobarbital sol oral 4% Fr. gts. Gardenal, Fenocris

Fenobarbital 100mg Comp. Gardenal, Fenocris

Page 33: FARMÁCIA HOSPITALAR

32

Fenobarbital 200mg/ml Amp. Gardenal, Fenocris

Fenoterol 5mg/ml Fr. gts. Berotec, Bromifen

Fentanila (citrato) 0,05mg/ml Fam. Fentanil

Flumazenil 0,5mg/ml Amp. Lanexat

Fosfato monossódico + Fosfato dissódico Fam. Phosfoenema, Fleet-enema

Furosemida 10mg/ml Amp. Lasix

Furosemida 40mg Comp. Lasix, Neosemid

G

Gentamicina (sulfato) 20mg/ml Amp. Garamicina

Gentamicina (sulfato) 80mg/ml Amp. Garamicina

Glicerina 12% Fam. Glicerina 12%

Glicose (sol. Hipertônica) 25% Amp. Glicose 25%

Glicose (sol hipertônica) 50% Amp. Glicose 50%

Gluconato de cálcio 10% Amp. Gluconato de cálcio

Glutaraldeído 2% Cidex, Glutaron

H

Haloperidol 1mg Amp. Haldol, Halo

Haloperidol 2mg/mL. Solução oral. Fr. gts. Haldol

Heparina (sódica) 5.000UI/ml Fr. Heparina, Liqumine

Heparina sub-cutânea 5.000UI/0,25ml Amp. Liquemine

Hidralazina 20mg/ml Amp. Nepresol

Hidroclorotiazida 50mg Comp. Clorana

Hidrocortisona (succinato sódico) 100mg Fam. Solu-Cortef

Hidrocortisona (succinato sódico) 500mg Fam. Solu-Cortef

Page 34: FARMÁCIA HOSPITALAR

33

Hipoclorito de sódio 1%. Hipoclorito de sódio

I

Imunoglobulina anti-Rho (D) Fam. Rhogan, Partogama

Insulina NHP 100UI Fam. Biohulin N

Insulina regular 100UI Fam. Biohulin R

Isossorbida (dinitrato sublingual) 5mg Comp. S.L. Isordil

Isossorbida (dinitrato) 10mg Comp. Isordil

Ivermectina 6mg comp. Revectina

L

Lidocaína (cloridrato) 1% Fam. Xylocaína, Xylestesin

Lidocaína (cloridrato) 2% Fam. Xylocaína, Xylestesin

Lidocaína (cloridrato) c/ epinefrina 2% Fam. Xylocaína, Xylestesin

Lidocaína (cloridrato) hiperbárica 5% Fam. Xylocaína, Xylestesin

Lidocaína (Cloridrato) 2% geleia. Bisn. Xylocaína

M

Manitol 20% Fr. Manitol

Medroxiprogesterona (acetato) 150mg Fam. Depo-provera, Farlutal

Metildopa 250 e 500mg Comp. Aldomet

Metoclopramida 10mg Comp. Plasil

Metoclopramida 10mg/2ml Amp. Plasil

Metronidazol 250mg Comp. Flagyl

Metronidazol 500mg Fam. Flagyl, Metronix

Midazolam 15mg/3ml Amp. Dormonid, Dormire

Midazolam 50mg/mL. Amp. Dormire

Page 35: FARMÁCIA HOSPITALAR

34

Misoprostol 200mcg. Comp. Cytotec

Morfina 1mg/ml Amp. Dimorf

Meropenem 500mg. Fam. Meronem

N

N-Butil-Escopolamina (brometo) 20mg/ml Amp. Buscopam

Nalbufina (Cloridrato) 10mg/mL. Amp. Nubain

Naloxona (hidrocloreto) 0,4mg Amp. Narcan

Neomicina+bacitracina (sulfato) 5mg+250UI/g Bisng. Nebacetin

Neostigmina (brometo) 0,5mg/ml Amp. Prostigmine

Nifedipina 10mg Cáps. Gel. Adalat, Nifedipin

Nifedpina retard 20mg Comp. Adalat

Nimodipina 30mg. Comp. Oxygen

Nistatina 100.000UI/ml Fr. Micostatin

Nitrato de prata sol. 1% Fr. gts. Nitrato de Prata

Nitrofurantoína 100mg. Comp. Macrodantina

O

Ocitocina 5UI/ml Amp. Orastina, Oxiton

Óleo mineral puro Fr. Nujol

Oxacilina 500mg Fam. Staficilin-N, Oxacil

Óleo Veg. Poliinsaturado (assoc.) Hid. Corporal Agederm

P

Pancurônio (brometo) 2mg/ml Amp. Pavulon, Pancuron

Paracetamol 500mg Comp. Tylenol, Dôricco

Paracetamol sol oral 200mg/ml Fr. gts. Tylenol, Acetofen

Page 36: FARMÁCIA HOSPITALAR

35

Petidina ( lorhidrato) 50mg/ml Amp. Dolantina

Polivinil+pirrolidona+iodo 1% (degermante). Fr. PVPI degermante

Polivinil+pirrolidona+iodo 1% (veículo aquoso). Fr. PVPI

Polivitamínico Fr. gts. Protovit

Prednisona 5mg Comp. Meticorten

Prednisona 20mg Comp. Meticorten

Prometazina 25mg Comp. Fenergan

Prometazina 25mg/mL. Amp. Fenergan

Propofol 10mg/ml. Fam. Diprivan, Propovan

Propranolol 40mg Comp. Propranolol

Protamina (sulfato) 1% Amp. Protamina

R

Ranitidina (cloridrato) 150mg Comp. Antak, Antidin

Ranitidina (cloridrato) 50mg/2ml. Amp. Antak, Antidin

Ropivacaína 2mg/mL. Amp. Naropin

S

Sulfato de magnésio 50%/10ml Amp. Sulfato de magnésio

Sulfato ferroso Drág. Combiron, Ironfer

Sulfentanila 5mcg/mL. Amp. Fastfen, Sufenta

Sulfentanila 50mcg/mL. Amp.

Suxametônio (cloreto) 100mg. Fam. Quelicin, Succinil Colin

Sevoflurane 100ml Sevorane, Sevocris

T

Teofilina xarope 100mg/15ml Fr. Talofilina

Page 37: FARMÁCIA HOSPITALAR

36

Tiopental (sódico) 0,5. Fam. Thiopental

Tobramicina sol. Oft. 0,5% Fr. gts. Tobrex

Tramadol 50mg. Amp. Tramal

V

Vaselina pura. Tubo Vaselina

Varfarina 5mg Comp. Marevan

Verapamil 5mg/2ml Amp. Dilacoron, Cordilat

Vit. A + D. Tubo Hipoglós, Hipoderme

Vitamina C 500mg Amp. Vitamina C

Vitamina C 200mg/mL. Solução oral. Fr. gts. Vitamina C

Vitamina K1 (fitomenadiona) 10mg/ml Amp. Kanakion, Kavit

Vitelinato de Prata sol. Oft. 10% Argirol

Caso o corpo clínico de algum setor do hospital veja a necessidade de acrescentar

algum medicamento na lista padrão, o seguinte formulário deve ser preenchido,

justificando-se a real necessidade, entretanto o formulário ainda deve passar pelo corpo

de avaliação da Farmácia e comissão, para avaliar se realmente é necessária a

padronização.

Page 38: FARMÁCIA HOSPITALAR

37

FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE PADRONIZAÇÃO DEFINITIVA

MÉDICO:__________________________________CLÍNICA:______________

DATA:___/___/___

MEDIACAMENTO:_________________________________________________

NOME GENÉRICO:_________________________________________________

DOSAGEM:___________FORMA FARMACÊUTICA_____________________

JUSTIFICATIVA:

__________________________________________________________________

Ao serviço de Farmácia, em ___/____/___

Assinatura e carimbo:__________________________________

Após ser feita a avaliação do requerimento a comissão deve dar o parecer ao

corpo clínico que fez o requerimento, este parecer deve ser documentado por escrito.

Pode acontecer casos de urgência, em que o paciente necessite de algum

medicamento que não esteja padronizado, e os que estão padronizados não satisfazem a

necessidade do paciente, tão logo o clínico responsável pelo paciente deve fazer um

requerimento de compra do medicamento, este deve ser avaliado o mais rápido possível

e havendo a real necessidade da compra, devem ser seguidos os parâmetros de compra

de urgência que será explicado mais adiante.

Page 39: FARMÁCIA HOSPITALAR

38

2.5 TIPO DE AQUISIÇÃO

Uma boa aquisição dos produtos de uso hospitalar envolve parâmetros como

rotinas de compras, diligenciamento das ordens de compra, desenvolvimento de

pesquisas sobre fornecedores, avaliação dos fornecedores.

No Geon será implantado a aquisição por pesquisa de mercado, a “cotação”,

que tem como finalidade selecionar fornecedores que tenham bons preços. A cotação

será realizada a cada seis meses e serão feitas no mínimo três cotações com finalidade

de estimular os fornecedores a ter bons preços. Além de medicamentos, na cotação

serão incluídos os “Produtos Médicos” de acordo com a RDC nº 185/2001, que substitui

a denominação “correlatos” de acordo com a Lei nº 6.360/76 de decreto nº 78.094/77,

que incluem Produtos-Médicos como, gaze, nebulizador, gorro, avental, estestocópio,

comadre, coletor de urina, seringas, agulhas, sondas, cateteres, embalagens, enfim,

todos os materiais necessários para realizar todos os procedimentos necessários.

Além da seleção por custos, serão feitas avaliações da qualidade dos

produtos, desde a embalagem, se está em boas condições, até a droga em si a partir de

amostras que passarão pelo controle de qualidade.

Os fornecedores também serão avaliados de acordo com sua competência, se

respeitam ou não o prazo de entrega, se os valores oferecidos são os mesmos na hora da

entrega, se seguem a legislação vigente. Serão feitos todas as análises possíveis afim de

gerar bons resultados.

As compras serão realizadas a cada seis meses, entretanto exceções podem

ser permitidas, de acordo com a real necessidade. Poderão ser feitas compras de

urgência sem cotação prévia em casos extremos. Isso pode vir a acontecer devido a

Page 40: FARMÁCIA HOSPITALAR

39

diversos fatores, como uma epidemia na qual o estoque será desfalcado, casos isolados

como alguma imunoglobulina para o setor oncológico, por exemplo. Outro fator pode

ser também o caso de indústrias, principalmente européias, as quais algumas paralisam

sua produção dando férias coletivas, principalmente no inverno, como acontece em

algumas indústrias italianas, por exemplo, nesses casos também podem-se ter a compra

fora da cotação, todas essas variações serão avaliadas.

Portanto, há a necessidade que o setor de compras desenvolva as seguintes

atividades;

Ø Obtenha medicamentos e demais produtos na quantidade e com qualidade

necessárias;

Ø Adquira os itens amos menores custos;

Ø Consiga o melhor serviço possível e pronta entrega por parte do fornecedor;

Ø Desenvolva e mantenha bom relacionamento com os fornecedores;

Ø Saiba negociar os termos e condições da compra;

Ø Pratique e desenvolva fornecedores potenciais.

Page 41: FARMÁCIA HOSPITALAR

40

3.0 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS

INTRODUÇÃO

Controle de qualidade compreende as técnicas e as atividades operacionais

usadas para satisfazer as necessidades da qualidade. O controle de qualidade é exigido

em todas as indústrias para a verificação da conformidade com os padrões estabelecidos

e está ligado intimamente a fatores econômicos, mas não só na indústria é feito o

controle, ele também é feito na manipulação.

O controle farmacêutico de qualidade, além de garantir a adequação aos

padrões farmacopéicos deve assegurar a inocuidade e a eficácia. Os lotes produzidos

devem apresentar características idênticas ao padrão. O produto deve possuir

estabilidade definida mediante estudos com metodologia adequada.

Com o desenvolvimento de novas técnicas analíticas o controle de qualidade

evoluiu significativamente. Inicialmente restrito à matéria-prima e/ou produto acabado,

o controle de qualidade era estático. Nas últimas décadas assume um maior dinamismo

passando a controlar as diversas etapas da produção, caracterizando-se mais como um

processo preventivo, que visa monitorar as diversas etapas de produção, para que se

alcance um produto final com a devida qualidade.

A qualidade de medicamentos é o grau com que se estes cumprem com as

características para eles estabelecidas, sendo tais características incorporadas desde a

fase de pesquisa e produção até o momento de sua utilização. Essas características são:

eficácia, segurança, biodisponibilidade, boa apresentação farmacêutica final, garantindo

ao paciente um medicamento de excelente qualidade.

Page 42: FARMÁCIA HOSPITALAR

41

No Geon, o qual trabalha com produtos industrializados e manipulados, de

acordo com a disponibilidade e a urgência do fármaco, a qualidade dos produtos é

essencial, pois pode interferir diretamente na qualidade de vida dos pacientes, podendo

levar ao aumento da morbidade e até mesmo da mortalidade.

Para evitar tais problemas o Geon possui em sua estrutura excelente para a

avaliação da qualidade dos produtos que entram no hospital e os que são feitos nele,

pois conta com dois laboratórios de controle de qualidade, um para a manipulação

rotineira, que não carece de esterilidade, e outro específico para a diálise e produtos

estéreis.

Nestes serão realizados os testes de controle de qualidade direto analisando o

produto em si, já que a análise do fabricante e distribuidora foi realizada durante a

aquisição.

3.1 TESTES FÍSICO-QUÍMICOS DE CONTROLE DE QUALIDADE DE

MEDICAMENTOS

Características organolépticas; A cor, o odor e sabor, embora não possam

ser considerados como medida analítica, contribuem de forma significativa para a

garantia de qualidade. Esses critérios são fatores que exercem grande efeito psicológico

no paciente, sendo, também importantes para identificar o produto, ajudando a

distingui-lo dos demais. Podem também constituir um indicador importante de alteração

do produto.

Page 43: FARMÁCIA HOSPITALAR

42

Teste de material particulado; avalia a limpidez de soluções injetáveis.

Partículas estranhas são substâncias móveis, insolúveis, diferentes de bolhas de gás,

presentes não intencionalmente nas soluções parenterais, pois estas devem ser livres de

partículas que possam ser observadas na inspeção visual. O teste aplica-se a soluções

injetáveis de pequeno volume (abaixo de 100ml) em dose única (ou múltipla, se a

monografia exigir), e de grande volume (acima de 100ml)

Volume Médio; aplicável a formas farmacêuticas líquidas de uso oral e

parenteral, o volume médio deve ser igual ou superior ao volume declarado, nunca

inferior. Todo medicamento de uso parenteral deve apresentar um excesso mínimo, que

varia de acordo com o volume declarado e com o tipo de líquido (aquoso ou oleoso).

Este processo já está implícito na especificação. A portaria nº 500, de 9/10/97, o

Ministério da Saúde determina que as soluções parenterais de grande volume deverão

conter um,ligeiro excesso, de até 2% do volume declarado.

Teste de pH; a determinação da concentração hidrogeniônica (pH) é aplicada

a preparações farmacêuticas veiculadas apenas em água ou em associação a outros

líquidos miscíveis em água.

O pH das soluções e de outras formas farmacêuticas líquidas frequentemente

está relacionado com exigências das substâncias ativas, não só no que se refere à

estabilidade, como também à ação farmacológica. Certas substâncias como a insulina,

morfina e vitaminas do complexo B somente são aceitáveis quando em soluções ácidas.

Já os barbitúricos exigem meio alcalino.

Page 44: FARMÁCIA HOSPITALAR

43

Umidade: esse teste é realizado em preparações farmacêuticas desidratadas

ou que sofrem alterações pela água, como por exemplo, pós para uso oral ou tópico, pós

estéreis para uso parenteral, comprimidos não revestidos, drágeas, cápsulas,

comprimidos vaginais, supositórios e vacinas liofilizadas conforme indicado na

monografia.

A água favorece reações químicas, podendo atuar como fator de degradação

de determinados fármacos, o que leva a perda total ou parcial do efeito. A água também

favorece a proliferação de microrganismos.

A determinação de umidade deverá ser feita empregando um desses

métodos, como, Karl Fisher, azeotrópico (destilação com tolueno), gravimétrico (perda

por dessecação).

Determinação de Peso/Peso Médio; verifica a uniformidade de peso das

unidades de um mesmo lote: comprimidos revestidos, não revestidos, drágeas, cápsulas,

dentre outros. Os códigos farmacêuticos estabelecem os limites de variação aceitáveis

em função da forma farmacêutica, do peso médio encontrado ou do valor nominal

declarado. Os limites de variação tolerados diminuem à medida que o peso médio ou

valor nominal aumenta.

Uniformidade de Doses Unitárias; o teste avalia a homogeneidade de

distribuição do fármaco nas unidades de determinado lote.

Page 45: FARMÁCIA HOSPITALAR

44

Dureza; é a resistência do comprimido ao esmagamento ou à ruptura sob

pressão radical. Sua dureza é proporcional ao logaritmo da força de compressão e

inversamente proporcional à sua porosidade. O teste é aplicável a comprimidos não

revestidos e núcleos. A durea pode ser expressa em N, kgf, kp ou kg/cm³. Este teste é

muito importante, pois pode ocorrer de o fármaco não dissolver-se no tempo adequado

para de haja efeito farmacológico, podendo assim causar danos à saúde do indivíduo.

Friabilidade; é a falta de resistência dos comprimidos a abrasão, quando

submetidos a ação mecânica de aparelhagem específica. Consideram-se aceitáveis,

segundo a F. Brás. IV, os comprimidos com perda inferior a 1,5% do seu peso ou

porcentagem de perda estabelecida na monografia.

Desintegração; avalia o tempo necessário para que a forma farmacêutica em

condições preestabelecidas se desintegre. O teste é apenas indiretamente relacionado

com a biodisponibilidade dos fármacos e não se preocupa em reproduzir exatamente as

condições fisiológicas.

3.2 TESTES BIOLÓGICOS E MICROBIOLÓGICOS

O controle de qualidade biológico compreende ensaios, testes biológicos e

microbiológicos que, quando requeridos, devem ser realizados desde a embalagem até o

produto final. A qualidade de um medicamento não pode ser inserida apenas no produto

final.

Page 46: FARMÁCIA HOSPITALAR

45

Os métodos de dosagem, têm caráter quantitativos, ou seja, através deles se

quantifica a quantidade de um princípio ativo, seja como matéria-prima ou como

componente de uma fórmula, tendo como referência uma preparação padrão,

considerada como contendo uma concentração 100% de atividade.

Teste de esterilidade; requerido para todas as preparações ou produtos que

necessitam ou devam ser estéreis. Tem como finalidade assegurar ao paciente um

produto isento de microrganismos. Deve ser feito em preparações injetáveis,

oftálmicas, para aplicação sobre queimaduras e úlceras graves, para aplicações em

cavidades corporais normalmente isentas de microrganismos, materiais médico-

hospitalares, para implantes e transfusões, além das soluções para nutrição parenteral.

São preconizados os métodos de Filtração em Membrana e o Método de

Inoculação Direta.

A análise feita deverá ter seu resultado interpretado de acordo com o

seguinte fluxograma;

Page 47: FARMÁCIA HOSPITALAR

46

Esquema 1 de interpretação dos resultados do teste de esterilidade segundo a Farmacopéia Brasileira 4ª edição

Page 48: FARMÁCIA HOSPITALAR

47

4.0 ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS

A central de abastecimento farmacêutico – CAF é a unidade de assistência

farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e correlatos, onde são realizadas

atividades quanto à sua correta recepção, estocagem e distribuição.

A CAF devido a características específicas dos medicamentos e materiais

médico-hospitalares requer várias técnicas diferentes daquelas utilizadas em uma área

padrão de armazenamento de materiais.

A CAF do Geon obedece estruturalmente a portaria nº1.884/95 do Ministério

da Saúde.

A CAF terá as seguintes funções;

Ø receber os produtos comprados acompanhados das notas fiscais e conferi-

los, adotando as normas técnicas de recebimento de produtos

farmacêuticos. O recebimento deve seguir a rotina descrita no manual da

farmácia;

Ø realizar os lançamentos de entrada por meio de sistema informatizado e

guardar os produtos em locais apropriados de acordo com as normas

técnicas;

Ø receber aquisições da farmácia central, promovendo a separação,

distribuição e registro de saídas;

Ø realizar as atividades relacionadas a gestão de estoques ;

Ø conservar os medicamentos em condições seguras, preservando a

qualidade e permitindo o uso do sistema PEPS (primeiro a entrar, primeiro

Page 49: FARMÁCIA HOSPITALAR

48

a sair, considerando o prazo de validade) para movimentação dos

medicamentos;

Ø realizar levantamentos periódicos dos estoques e elaborar relatórios

gerenciais.

O Geon conta com um ótimo software de gestão (Farmácia-Hospitalar), que

facilita todos os processos relacionados a estocagem, dentre outros. Em sua tela de

procura, o sistema provêm de informações do produto, e um dado importante que ele

nos fornece é a localização do produto no estoque, pois no Geon a área de estocagem é

extensa, ficando inviável a procura dos produtos em momentos de urgência. O Geon

terá seu estoque dividido em duas partes, uma para medicamentos e outra para produtos

médico-hospitalares.

Esquematização;

PRODUTO FORMA ESTOQUE LOCAL CÓDIGO CÓDIGO BARRAS

SALBUTAMOL 100mL VIDRO 250 6-B/MEDIC. 25356 1234567899 SALBUTAMOL 200CPR CX 600 6-B/MEDIC. 24648 1234567889

Os produtos de grande peso ou quantidade serão dispostos em pallets de

plástico, evitando os pallets de madeira, para não ter crescimento de fungos, além de

serem inertes a ação de roedores por exemplo.

As prateleiras feitas de aço suportarão os produtos de menor peso e

quantidade.

Page 50: FARMÁCIA HOSPITALAR

49

O empilhamento das caixas será de acordo com a especificação impressa ma

própria caixa e as caixas de grande porte dever ficar mais próximas o possível da

entrada da CAF, evitando transtornos com locomoção das mesmas.

Para estocagem de produtos que necessitam de cuidas especiais como

insulina, serão observados suas características e correlacionadas de acordo com a

Farmacopéia Brasileira, sendo separados da seguinte forma;

Ø em congelador – temperatura entre 0°C e -20°C;

Ø em refrigerador – temperatura entre 2°C e 8°C;

Ø local fresco – ambiente cuja temperatura permaneça entre 8°C e 15°C.

A estocagem de medicamentos de uso controlado é uma área separada das

demais, podendo somente ter acesso a ela o pessoal autorizado pelo farmacêutico

responsável da Central de Abastecimento. E seus registros de entrada e saída serão

feitos de acordo com a legislação sanitária específica, sem prejuízo daquelas que foram

determinadas pela própria administração do almoxarifado.

Page 51: FARMÁCIA HOSPITALAR

50

5.0 DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS

Os medicamentos representam atualmente uma alta parcela no orçamento

dos hospitais e são de suma importância no tratamento de grande parte das doenças.

Justificando portanto a implantação de medidas que assegurem o uso racional destes

produtos. Uma das medidas de grande impacto neste contexto é uma efetiva

dispensação e/ou distribuição dos medicamentos.

O sistema de distribuição hospitalar é um setor de muita importância. Este,

se bem feito, gera ao hospital um retorno muito bom, tanto financeiramente quanto

relacionado a qualidade de recuperação dos pacientes.

Entretanto alguns hospitais de forma errônea, não dão valor à distribuição de

medicamentos e correlatos, pois agem precipitadamente, tirando conclusões sem muitos

fundamentos, estes têm em mente que um sistema de distribuição para ser bem realizado

tem um custo muito alto, como por exemplo, maior disponibilidade dos farmacêuticos,

maior tecnologia, maior infra-estrutura, dentre outros. Não vos digo que o investimento

é baixo, pois ele é realmente alto à princípio, já que o retorno do financeiro não

acontece a curto prazo, quando se vê, na realidade, ele é um investimento à longo prazo.

Isso, porém não quer dizer que o investimento não seja vantajoso, mesmo

demorando para ter o retorno, dando muito trabalho no início, um sistema bem

gerenciado tem vários pontos positivos.

No Geon o sistema de distribuição de medicamentos será o de dose unitária,

pois, analisando os SDMs, o sistema de distribuição por dose unitária é o que oferece

melhores condições para um adequado seguimento da terapia medicamentosa do

paciente, visto que;

Page 52: FARMÁCIA HOSPITALAR

51

Ø reduz a incidência de erros;

Ø utiliza mais efetivamente os recursos profissionais;

Ø é o mais eficiente e econômico para o hospital;

Ø ausência de estoques periféricos;

Ø maior devolução dos medicamentos não administrados à farmácia;

Ø medicação dispensada em doses organizadas e higiênicas;

Ø funcionamento dinâmico da farmácia;

Ø maior segurança mapa o médico, para a enfermagem e, sobretudo, para o

paciente;

Ø eliminação do crédito de medicamentos (aqueles medicamentos que são

solicitados e as respectivas requisições ou receitas são entregues

posteriormente);

Ø adequado para ser aplicado em “home care”;

Ø o paciente recebe uma assistência diferenciada;

Ø melhora a aderência dos pacientes ao tratamento;

O sistema de dose-unitária funciona da seguinte forma;

1. O médico faz a prescrição;

2. A enfermagem encaminha a prescrição médica por fax para a farmácia

satélite do setor;

3. A farmácia faz a triagem (análise dos horários de administração dos

medicamentos, quantidade, dose, etc.) da prescrição;

4. O farmacêutico analisa a prescrição;

Page 53: FARMÁCIA HOSPITALAR

52

5. O auxiliar de farmácia prepara a dose-unitária;

6. O farmacêutico confere o trabalho do auxiliar;

7. As tiras de medicamentos são encaminhadas à enfermagem, pelo

mensageiro;

8. A enfermagem recebe as tiras de cada paciente, confere a medicação e a

administra.

5.1 REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

POR DOSE UNITÁRIA

Ø farmacêutico hospitalar com treinamento específico para este fim;

Ø laboratório de farmacotécnica;

Ø padronização de medicamentos;

Ø dispositivo para entrega de doses unitárias (carrinhos, cestas e outros);

Ø impressos adequados;

Ø máquina de soldar plásticos;

Ø material de embalagens: sacos e potes plásticos; frascos de plásticos, de

vidro, de alumínio; caixas de acrílico;

Ø envelopadora – máquina de selagem e etiquetagem de comprimidos;

Ø envasadora (líquidos, cremes, pomadas);

Ø rotuladora;

Ø impressora;

Ø máquina de lavar frascos;

Ø terminal de computador.

Page 54: FARMÁCIA HOSPITALAR

53

5.2 DISTRIBUIÇÃO DESDE O ALMOXARIFADO

O almoxarifado recebe a lista de medicamentos e produtos-médicos que

estão faltando na farmácia central, o farmacêutico analisa as faltas e transfere a

mercadoria à farmácia central que será reabastecida a cada 48 horas de acordo com suas

necessidades. Na farmácia central o pedido é conferido e alocado em seus devidos

lugares. Em seguida a farmácia central recebe uma lista dos medicamentos e produtos-

médicos provinda das farmácias satélites, esta não necessita do mensageiro, pois é

transferida á farmácia central por meio do software, a lista é avaliada, desde a

quantidade de produtos requisitados e se estão correlacionados com o tipo se setor no

qual a farmácia satélite está. Os produtos são separados e enviados à farmácia satélite

onde são conferidos, guardados e dá-se a entrada dos mesmos no software.

A farmácia satélite por sua vez recebe via fax a prescrição médica enviada

pela enfermaria, o farmacêutico avalia a prescrição, o auxiliar faz a separação em doses

unitárias, o farmacêutico avalia o trabalho do auxiliar, sendo correto, é dada a saída de

estoque e o mensageiro leva os medicamentos ao setor que fez a requisição.

A medicação é enviada a enfermaria para ser administrada ao paciente em

doses separadas para um prazo de 24 horas, caso necessite de mais medicamentos o

processo é refeito, caso não necessite e tenha sobrado medicamentos, estes devem

retornar à farmácia satélite.

Page 55: FARMÁCIA HOSPITALAR

54

5.3 ACONDICIONAMENTO NA EMBALAGEM

Um dos fatores de relevância no sistema de distribuição de medicamentos

por dose unitária é que todos os medicamentos prescritos são enviados a enfermaria,

separadamente para cada paciente, por exemplo; No paciente X deve-se administrar

ceftriaxona 500mg IV de 8/8 horas; a farmácia enviará a enfermaria uma bolsa plástica

contendo os três frascos do medicamento, com uma etiqueta contendo dados como,

nome do paciente, leito, horário de administração, enfim, todos os dados necessários

para evitar erros.

A farmácia satélite que ficar próxima a centros cirúrgicos deverá ter alguns

kits cirúrgicos já preparados, caso ocorra alguma necessidade de urgência ou também

em caso de cirurgias agendadas o médico poderá solicitar com antecedência a

preparação dos kit’s de acordo com a necessidade da cirurgia a ser feita.

Entretanto, alguns kit’s com padronização prévia deverão estar sempre

disponíveis, como;

Ø Kit postectomia (cirurgia infantil)

Ø Kit laparotomia exploradora (cirurgia geral)

Ø Kit histerectomia (cirurgia ginecológica)

Ø Kit safenectomia (cirurgia vascular)

Ø Kit fêmur (ortopedia)

Ø Kit parto normal (ginecologia e obstetrícia)

Ø Kit cesariana (ginecologia e obstetrícia)

Ø Kit anestesia geral (clínica de anestesiologia)

Ø Kit anestesia peridural (clínica de anestesiologia)

Page 56: FARMÁCIA HOSPITALAR

55

Enfim, todos os setores requerem tipos de dispensação diferenciados

devendo, portanto, haver um prévio planejamento e estudo para a implantação das

farmácias-satélites e caso seja necessário, a equipe multidisciplinar deve reavaliar o

sistema e fazer as modificações necessárias para o bom funcionamento do setor.

kit de anestesia 1

Fonte: 1Farmácia Hospitalar, um enfoque em sistemas de saúde

Page 57: FARMÁCIA HOSPITALAR

56

6.0 CONTROLE DE ESTOQUE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS

O gerenciamento de materiais visa a satisfazer as necessidades assistenciais

do hospital, sendo responsável pela coordenação e conciliação dos interesses dos

profissionais de saúde, da área econômico-financeira e dos fornecedores.

Os estoques representam expressivos investimentos da instituição e, por esta

razão, é de suma importância o seu controle. A gestão envolve a administração e

racionalização econômica dos diferentes tipos de estoques e seus custos.

Os investimentos assumem aspectos bastante conflitantes no que se refere a

níveis de estoques e seus custos o que pode gerar problemas.

Pequenos estoques podem implicar:

Ø Em riscos por falta;

Ø Elevados custos de obtenção.

Grandes estoques podem implicar:

Ø Em investimentos adicionais por armazenamento (custo de manutenção);

Ø Redução de verba disponível para aplicação em outras necessidades ou

negócios;

Ø Perda por vencimento do prazo de validade, obsolescência ou deterioração.

Pelo exposto, verifica-se que uma boa gestão de estoque é uma necessidade

óbvia para que se possa garantir a rentabilidade do capital. Considere do planejamento,

controle e re-planejamento dos diferentes tipos de estoques mantidos pela instituição.

Page 58: FARMÁCIA HOSPITALAR

57

Logo, o objetivo primordial do controle de estoque é evitar a falta de

medicamentos e materiais, sem que esta diligência resulte em estoques expressivos ou

insuficientes em relação às reais necessidades da instituição ou empresa.

6.1 INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

Para se determinar os níveis corretos de estoque, lança-se mão de alguns

parâmetros, os quais auxiliarão de forma decisiva para a execução do controle, a saber:

Ø Consumo Médio Mensal (CMM);

Ø Ponto de Requisição (PR);

Ø Estoque Máximo (EMX);

Ø Estoque Mínimo (EMI);

Ø Tempo de Espera (TE);

Ø Estoque de Segurança (ES);

Ø Lote de Reposição (LR).

Tendo em vista a importância deste tópico, explicaremos melhor cada item;

A) CONSUMO MÉDIO MENSAL (CMM)

O CMM pode ser definido como sendo a média dos consumos mensais de

cada produto, num certo período.

No Geon a média será feita a cada 12 meses. Para se obter o consumo médio

mensal, pode-se fazer uso da seguinte expressão;

Page 59: FARMÁCIA HOSPITALAR

58

CMM= ∑ CM / NM

Onde;

CMM= Consumo médio Mensal

∑= Somatória

CM= Consumo de cada mês

NM= Números de meses utilizados para determinação do consumo.

EX;

CMM de Dipirona+Brometo de N-butil escopolamina injetável

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1450 1789 1506 1480 1470 1560 1410 1519 1564 1477 1525 1580

CMM=1833/12 => CMM=1527,5 unidades

B) PONTO DE REQUISIÇÃO (PR)

O Ponto de Requisição pode ser definido como sendo uma quantidade de

produto, que, quando atingida, deve gerar novo pedido de compras.

Para se obter este valor, deve-se fazer uso da seguinte expressão:

PR = (CMM x TE) + ES ou PR = CMM x TE x 2

Onde;

PR = Ponto de Requisição;

Page 60: FARMÁCIA HOSPITALAR

59

CMM = Consumo Médio Mensal;

TE = Tempo de Espera (expresso em meses);

ES = Estoque de Segurança.

O Tempo de Espera (TE) corresponde ao tempo de processamento interno do

pedido, somando ao prazo de entrega da firma fornecedora, ou seja:

TE = TPI + PE

Onde:

TE = Tempo de Espera (expresso em meses);

TPI = Tempo de Processamento Interno;

PR = Prazo d Entrega.

O estoque de segurança (ES) corresponde a uma certa quantidade de

medicamentos e/ou materiais, que servirá como uma “reserva” para garantir o

atendimento aos setores assistenciais de saúde. Em casos de alongamento do tempo,

este índice será definido em função da variação observada no tempo de espera, portanto:

*ES = £ (∆ TE)

COMO CALCULAR O PONTO DE REQUISIÇÃO

De posse dos dados abaixo, calcular o Ponto de Requisição (PR) do produto

dipirona gotas, frasco 20mL.

Page 61: FARMÁCIA HOSPITALAR

60

CMM = 500 frascos;

TE = 15 dias (8 dias de TPI e 7 dias de PE);

ES = 250 frascos (o suficiente para 15 dias).

Então, se;

PR = (CMM x TE) + ES

Temos;

PR = 500 x 0,5 + 250 → PR = 500 fracos.

ESTOQUE MÍNIMO

Este, traduz-se como sendo, a quantidade mínima que se deve manter de

cada medicamento ou correlato, enquanto um pedido está se processando. Este índice

equivale ao CMM adicionado ao estoque de segurança, podendo ser expresso da

seguinte forma:

EMI = CMM + ES

ESTOQUE MÁXIMO

Indica a quantidade máxima que se deve ter de medicamentos e produtos-

médicos para que se realize um bom trabalho, já que uma quantidade excessiva de

estoque pode vir a causar perdas, que acontecem por; falta de espaço para estocagem,

risco de ultrapassar o prazo de validade, investimento financeiro desnecessário, pois o

mesmo poderia ser investido em outro setor de carência.

O Estoque Máximo fica na dependência do número de compras anuais. O

EMX poderá ser representado como sendo o CMM aplicado ao número de meses em

Page 62: FARMÁCIA HOSPITALAR

61

que compras não serão efetuadas, o que representa o tempo em que os produtos são

consumidos, ou seja, o tempo de consumo, portanto;

EMX = CMM x NM

Ex: Um determinado hospital realiza compras trimestrais e o seu consumo

médio mensal de amoxicilina 500mg cápsulas é de 500 cápsulas, tem-se;

EMX = 500 x 3 → 1500 cápsulas.

É importante salientar que todos os cálculos verificados acima serão

realizados pelo software adotado pelo Geon. A determinação desses indicadores está

relacionada com o número de leitos e a taxa de ocupação do hospital, no período em que

os dados forem levantados.

Havendo mudanças significativas no número de leitos e/ou taxa de

ocupação, os cálculos devem ser refeitos. Daí a necessidade do bom funcionamento do

setor de estatística hospitalar, que deve ficar atento sempre a qualquer mudança.

6.2 PANEJAMENTO DE ACORDO COM A CURVA ABC ou CURVA DE

PARETO

A classificação ou curva ABC é um importante instrumento para o

administrador. Esse tipo de curva é obtido pela ordenação dos itens conforme sua

importância relativa. A curva ABC será utilizada para definição de política de vendas, o

estabelecimento de prioridades para a programação da produção, dentre outros.

Após a ordenação dos itens por sua importância relativa, as classes da curva

ABC podem ser assim definidas:

Page 63: FARMÁCIA HOSPITALAR

62

Ø Classe A: grupo de itens mais importantes, que devem ser tratados com

atenção especial pela administração, representam 15 a 20 % dos itens e

correspondem a 50 % do custo total, (quantidade pequena e alto custo

unitário).

Ø Classe B: itens em situação intermediária entre classes A e C; representam 20

a 30 % dos itens e correspondem de 20 a 30 % do custo total.

Ø Classe C: itens menos importantes, que não justificam grande atenção por

parte da administração; representando em média 50 % dos itens e

correspondem a 20 % do custo total (exatamente ao contrário da curva A:

quantidade grande e pequeno custo unitário).

Para que todos esses dados cheguem ao sistema de software e este possa

gerar os gráficos e dados necessários, o Geon dependerá de alguns requisitos básicos;

Ø um pessoal treinado e preparado para realizar levantamentos;

Ø formulário para coleta de dados;

Ø normas e rotinas para o levantamento.

Page 64: FARMÁCIA HOSPITALAR

63

INVENTÁRIO

O inventário é um instrumento que a administração utiliza para confrontar o

estoque registrado no software com o estoque real físico. São diversas as causas de

divergências entre o estoque registrado e o estoque físico sendo possível citar:

Ø saídas e entradas feitas erroneamente;

Ø liberação de material sem o devido registro;

Ø problemas com o hardware ou com o software;

Ø erros de contagem;

Ø desvios.

Os inventários são classificados como permanentes ou periódicos. Ainda é

comum no Brasil, devido a parte legal, a realização de inventários periódicos anuais,

apurando todas as discrepâncias no final do encerramento do ano fiscal em dezembro.

Entretanto, de acordo com experiências vistas em outros hospitais, esse processo anual

não satisfaz as necessidades do Geon.

No Geon o inventário será realizado a cada seis meses afim de evitar as

divergências citadas anteriormente. A equipe terá como auxílio para a contagem de

estoque “lep tops” que logo após a contagem manual, os dados serão transferidos para o

“lep top”, que automaticamente transfere para o software.

Page 65: FARMÁCIA HOSPITALAR

64

7.0 EQUIPE DE FARMACÊUTICOS DO GEON

SUA DISTRIBUIÇÃO DE ACORDO COM SEUS RESPECTIVOS

SETORES

A Farmácia Central situada no “bloco 4” compreende o maior número de

farmacêuticos, pois todas as satélites dependem dela. Para a parte de dispensação e

demais atributos cabíveis ao farmacêutico, a farmácia central conta com cinco

farmacêuticos, como segue o quadro:

HORÁRIO DOM SEG TER QUA QUI SEX SAB HRS SEMANA

7 as 13 A E A B B A A 13 as 19 B B B D E B D 19 as 07 C D C A D C E

FARMACÊUTICOS A 6 - 6 12 - 6 6 36 B 6 6 6 6 6 6 - 36 C 12 - 12 - - 12 - 36 D - 12 - 6 12 - 6 36 E - 6 - - 6 - 12 24

Cada farmacêutico contará em seu turno com três auxiliares técnicos de

farmácia. O farmacêutico “E” incluído no quadro acima terá 24 horas semanais a serem

cumpridas na farmácia central e suas 12 horas que lhe restam serão divididas, ficando o

mesmo responsável por cumprir 6 horas as terças-feiras no setor de farmacovigilância e

serviço sentinela e mais 6 horas às quartas-feiras no CCIH, completando suas 36 horas

semanais.

Ainda no “bloco 4” onde temos as áreas de manipulação, teremos outros dois

farmacêuticos, aqui denominados “F” e “G”. O “F” irá trabalhar no setor de

manipulação oncológica no horário de 14 as 18 horas com auxílio de dois técnicos. O

Page 66: FARMÁCIA HOSPITALAR

65

farmacêutico “F” dará assistência pela manhã das 8 as 11hrs na farmácia do “bloco I”, a

mesma também terá assistência do farmacêutico “G” no período da tarde das 14 as 17

horas. O farmacêutico “G” ficará responsável também pela manipulação na farmácia

central no horário de 8 as 12 horas, onde contará com o auxílio de 6 técnicos.

As farmácias-satélites dos blocos 2, 4 e 5 contarão também com

farmacêuticos “H, I e J” no horário de 7 as 11 e de 14 as 18 horas. Em determinados

horários como o noturno, por exemplo, nas farmácias satélites ficarão os técnicos

devidamente treinados pelos farmacêuticos e qualquer dúvida que possa vir a surgir, os

técnicos poderão contar com o auxílio farmacêutico da Farmácia Central que terá

farmacêuticos por período integral.

Além desses farmacêuticos, o Geon conta também com o Farmacêutico-

Clínico que será responsável pela Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica e o

Farmacêutico-Chefe que ficar incumbido da administração geral do hospital juntamente

com os demais responsáveis. Ao todo, o Geon contará com doze farmacêuticos.

Na farmácia central também funcionará o CIM (centro de informações sobre

medicamentos), que terá atuação pró-ativa do farmacêutico, afim de melhorar a

qualidade do atendimento aos pacientes, prestando informações aos profissionais de

saúde, analisando as metodologias já usuais afim de verificar a necessidade de

alterações, realizando pesquisas em fontes confiáveis, no sentido de fonte terciária à

primária.

Page 67: FARMÁCIA HOSPITALAR

66

8.0 COMISSÃO DE CONTROLE DAS INFECÇÕES

HOSPITALARES, FARMACOVIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA

FARMACÊUTICA

8.1 COMISSÃO DE CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES

Na área nosocômial um dos problemas que comumente atordoam as equipes

de saúde está relacionado as infecções hospitalares. A infecção hospitalar é adquirida

durante o período de internação do paciente podendo acontecer também após sua saída

do hospital.

A maioria das infecções hospitalares tem origem endógena, em razão do

desequilíbrio biológico humano, o que é favorecido pela patologia de base, utilização de

procedimentos invasivos, uso irracional de antimicrobianos, métodos de proteção

infecciosa ineficazes ou inexistentes, falta de vigilância epidemiológica adequada.

A transmissão cruzada de infecções também tem grande influência, onde

podem ocorrer por meio da equipe profissional, produtos-médicos, insumos e

medicamentos que entram em contato com o paciente.

Além de problemas diretos causados por infecções hospitalares como

aumento da morbidade ou mortalidade do paciente ou até mesmo de pacientes em caso

de surto, os hospitais em geral, sofrem com os gastos desnecessários gerados por fatores

como; aumento da morbidade aumentando o tempo de internação gasto com

antimicrobianos, além de prejudicar a imagem do hospital e sua equipe.

De acordo com os problemas citados acima que são causados por falta de um

bom controle de infecção hospitalar, o Geon contará com uma comissão de controle de

Page 68: FARMÁCIA HOSPITALAR

67

infecções hospitalares que funcionará obedecendo e Lei Federal 6.431, de 6/1/1997 e a

Portaria 2.616/98 tendo como objetivo controlar e diminuir dentro do possível as taxas

de infecções nosocomiais, possuindo características como;

Ø racionalizar o uso de antimicrobianos e de outros medicamentos que possam

favorecer o desenvolvimento de infecções hospitalares;

Ø monitorar e controlar os procedimentos invasivos;

Ø utilizar métodos de proteção antiinfecciosa efetivos;

Ø promover a educação continuada sobre controle de infecções hospitalares;

Ø possuir vigilância epidemiológica ativa, sistemática e contínua das infecções,

buscando ações oportunas de prevenção e controle.

Enfim, para que todo este processo de controle de infecção hospitalar dê

certo todos os profissionais do Geon, tanto das equipes multiprofissionais quando

os profissionais do setor de limpeza devem trabalhar seguindo todas as instruções

dadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar evitando assim a maioria

dos problemas futuros relacionados as infecções.

Page 69: FARMÁCIA HOSPITALAR

68

8.2 FARMACOVIGIÂNCIA

INTRODUÇÃO

A Farmacovigilância tem como finalidade a promoção do uso seguro dos

medicamentos devendo ser uma parte integrante da prática clínica. Na medida que

os médicos são informados sobre os princípios de farmacovigilância e a praticam

efetivamente, um grande impacto sobre a qualidade de atenção à saúde é

observado. Os profissionais de saúde devem aproveitar as experiências positivas e

negativas do tratamento dos pacientes e implementar a ciência médica,

intensificando os conhecimentos sobre as doenças e medicamentos. Assim, a

Farmacovigilância, no seu caráter próprio, pode ser considerada uma disciplina

clínica – uma vez que contribui para um sistema de segurança e serve como

indicador de padrões da prática clínica dentro de um país (WHO, 2002).

Esta tem como propósito “garantir a necessária segurança, eficácia e

qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população

àqueles considerados essenciais” (Brasil, 2001 apud OPAS, 2002).

No Geon o treinamento e procedimentos necessários para uma boa

Farmacovigilância serão feitos pelo farmacêutico “E”, como citado anteriormente

em suas funções tendo ele a responsabilidade de ficar atendo a qualquer indício

onde a Farmacovigilância possa acontecer minimizando e até mesmo evitando

problemas relacionados a medicamentos.

Page 70: FARMÁCIA HOSPITALAR

69

8.3 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Denominada como conjunto de ações desenvolvidas pelo farmacêutico e

outros profissionais de saúde, voltados à promoção, proteção e recuperação da

saúde, tanto a nível individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo

essencial e visando o acesso e seu uso racional.

A Assistência Farmacêutica “envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a

produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação,

aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e

serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da

obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da

população”(CONCENSO BRASILEIRO, 2002).

Enfim, todos os processos descritos neste projeto de implantação da

Farmácia Hospitalar envolvem diretamente a Assistência Farmacêutica

diretamente, mostrando-nos assim a importância da mesma.

Page 71: FARMÁCIA HOSPITALAR

70

CONCLUSÃO

Diante de todo o projeto de implantação da Farmácia Hospitalar, podemos

ver a real necessidade do farmacêutico na mesma, sua influência em todos os

processos, seja para intervir diretamente ou indiretamente através de uma

metodologia instrutiva, afim de melhorar a morbidade dos enfermos, reduzir a

mortalidade dos mesmos, participação juntamente com a diretoria e demais

conselheiros com a finalidade de reduzir custos, minimizar operações

desnecessárias, criando outros meios efetivos para melhorar a qualidade

nosocômial e realizar todas as suas funções como assistência farmacêutica,

farmacovigilância, farmácia clínica, atenção farmacêutica dentre outras.

Por fim, percebemos sua importância e que realmente compensa ter

farmacêuticos especializados à esses fins.

Page 72: FARMÁCIA HOSPITALAR

71