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FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DIAGNÓSTICO PARA DEFINIÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA EMPRESA DE SUPERMERCADO E PADARIA DE PEQUENO PORTE FELÍCIO JOSÉ SARTORI SOCORRO – 2005

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FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DIAGNÓSTICO PARA DEFINIÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA

EMPRESA DE SUPERMERCADO E PADARIA DE PEQUENO PORTE

FELÍCIO JOSÉ SARTORI

SOCORRO – 2005

FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO

DIAGNÓSTICO PARA DEFINIÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA

EMPRESA DE SUPERMERCADO E PADARIA DE PEQUENO PORTE

ALUNO: FELÍCIO JOSÉ SARTORI ORIENTADOR: PROF.MS. LUIZ ANTÔNIO FERNANDES

Monografia apresentada à Faculdade XV de Agosto,

Curso de Administração, como parte dos requisitos para colação de grau e obtenção do diploma de Administrador de Empresas.

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO 06

Histórico da Empresa Supermercado Sartori 07

Faturamento 08

Funcionários 09

Organograma geral da Empresa 10

2 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 13

3 – METODOLOGIA 21

4 – RESULTADOS 23

Resultados do Brainstorming 23

Cenários 25

Resultados do SWOT 27

5 – ANÁLISE DE RESULTADOS 32

6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 33

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 34

RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso, TCC, é um estudo de caso em uma empresa de pequeno porte. Teve por objetivo definir um planejamento estratégico empresarial que irá direcionar as ações da empresa. Tal pesquisa foi baseada em referencial teórico e nos conceitos de planejamento estratégico, envolvendo aspectos de empresa familiar. Alguns instrumentos foram usados no tratamento das informações, como o Brainstorming, entrevistas com os sócios, pesquisa dos dados da empresa, observações, Análise de Cenários e Ferramenta de Análise SWOT. Foram definidos no TCC o negócio, a missão, valores e crenças, visão, pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças da organização. Por fim, chegou-se a alguns resultados com a definição de objetivos a serem atingidos e as estratégias para alcançar esses objetivos. Dessa forma os acionistas podem desenvolver planos e projetos e ações que envolvem todas as áreas da empresa, implantando assim o planejamento estratégico.

AGRADECIMENTOS Ao Professor Ms. Luiz Antonio Fernandes, por ser meu orientador neste trabalho e pelo

incentivo do desenvolvimento do mesmo.

Aos Professores, pelas aulas, paciência, disposição e, principalmente, pelos

conhecimentos compartilhados, através da dedicação e interesse com que conduziram as aulas e

orientações.

Aos colegas da sala de aula, pela convivência e troca de experiências no decorrer do

curso.

À Faculdade XV de Agosto, pela oportunidade de realização de um curso superior.

Aos funcionários e acionistas da empresa, que me ajudaram e deram apoio na realização

desse trabalho.

Ao meu pai, já falecido, que foi um exemplo de vida, a minha mãe, e aos meus irmãos,

pelo carinho em todos os momentos de minha vida.

A minha esposa, Antonia, e as minhas filhas, Raquel e Débora, pela paciência e

privação do convívio nesses quatro anos.

Aos meus sobrinhos, ao meu genro Gil, ao amigo Alan, pelos debates que realizamos

quando sentamos juntos aos domingos para almoçar.

Ao Tiago e Gil, pela disposição em me atender, sempre prontamente, na orientação e

desenvolvimento desse trabalho.

A todos aqueles que contribuíram para a realização desse trabalho.

E, ao Criador de todas as coisas, pela oportunidade de vida e a capacidade de recomeçar

sempre que necessário.

6

1 - INTRODUÇÃO

Segundo alguns autores, discorrem sobre planejamento estratégico como uma

ferramenta muito importante, devido a sua importância para a definição do foco da empresa, e

da gestão empresarial, pode auxiliar profissionais a vencer as dificuldades e contribuir, eficaz e

eficientemente, dentro das organizações.

A idéia é construir um pensamento próprio e, na medida do possível, trazer para a

realidade um estudo que auxilie a evolução teórica e prática da empresa.

O trabalho é fundamentado em referencial teórico, e busca uma análise qualitativa entre

o planejamento estratégico da empresa Supermercado Sartori e a idéia que os três irmãos,

acionistas, têm de seu negócio.

Esta empresa familiar tem necessidade de se auto-afirmar quanto a sua posição no

mercado. Para isso, foram feitas reuniões com os acionistas, levantando dados e aplicando

ferramentas de análise sobre eles, levando a resultados práticos que poderão servir de

instrumentos, para definir objetivos e planos de metas, dando rumo à empresa para sua

manutenção e sustentabilidade.

A empresa tem problemas quanto à definição de seu foco para atuar no mercado. Ela

carrega esse problema há muitos anos, por esse motivo o estudo de um planejamento e

definição de estratégias foram pontos escolhidos. A direção da empresa tem dificuldades para

elaborar investimentos, estratégias de crescimento e tomar outras decisões sobre como agir no

presente ou no futuro.

Este tipo de gestão que a organização está vivendo é muito comum em empresas

familiares brasileiras. Se houver incompatibilidade de perfis de idéias, personalidades e anseios

entre os familiares, donos do negócio, essas dificuldades podem se agravar.

Os gestores nunca pararam para planejar suas ações, ou fazer um estudo de viabilidade

financeira ou de mercado, ou até visualizar possíveis riscos, delegando ao acaso toda a sorte de

suas ações.

A decisão de se optar pelo planejamento antes de qualquer outro estudo é a de que,

tendo elaborado um planejamento estratégico, a empresa terá definido seu conceito de negócio,

sua missão, princípios, uma visão geral de suas pretensões e objetivos.

Qual a possibilidade de realizar um diagnóstico para definir um planejamento

estratégico com condições de ser implantado através de uma gestão eficaz, que seja

7 correspondente à missão e às metas da organização em busca de um desenvolvimento

sustentável?

O objetivo específico deste trabalho é desenvolver um conceito de negócio estratégico,

missão, princípios, visão e objetivos da empresa.

Analisando o ambiente em que a empresa está inserida, foram questionados os sujeitos

envolvidos sobre a colaboração e contribuição para o estudo, levantamento de dados tanto do

ambiente interno como do externo da empresa, identificando os pontos fortes e os pontos

fracos, as ameaças e oportunidades.

Com ferramentas de análise, desenvolve-se um plano de ação Estratégico que traga

clareza para os administradores, podendo eles definir investimentos a curto, médio e longo

prazo. Por meio da exploração das informações, decidir-se-ão por crescer e desenvolver.

Pretende-se, com o estudo em questão, apontar um caminho, um norte a ser seguido, e

mostrar o porquê da empresa estar operando.

Histórico da Empresa Supermercado Sartori A Empresa Supermercado Sartori se iniciou em 1968 como uma simples padaria, com

vendas de pães, biscoitos e algumas latarias. Constituída como uma empresa familiar, a mão de

obra inicial era exercida simplesmente pela família e por dois funcionários contratados como

padeiros.

Com o passar dos anos, os filhos que eram jovens começaram a constituir famílias, as

despesas aumentaram e os lucros diminuíram, não só devido ao aumento das despesas, mas à

concorrência de outras padarias que surgiram. Os acionistas começaram a investir no setor de

supermercado.

A intenção era crescer, gerando mais lucros, para bancar as despesas que haviam

crescido assustadoramente com o crescimento das famílias dos acionistas.

A empresa acumulou dívidas que representavam, por volta de 1990, mais do que seu

próprio valor e de todos os imóveis e propriedades que os sócios tinham. Entrou um novo

governo e os juros que eram altos, de 30, 40% têm uma queda para 10% e, até menos. Os

credores são obrigados a renegociar os juros da dívida, e a empresa Supermercado Sartori volta

a respirar novamente.

Com as vendas aquecidas e os juros baixos por cerca de um ano, o dinheiro dos credores

não valia mais nada, e a empresa liquida suas dívidas.

8

A empresa Supermercado Sartori está localizada na cidade de Socorro, Estado de São

Paulo. Instalada nos arredores da parte central da cidade, o setor dos fundos, depósito, tem

acesso a uma outra rua.

Sua natureza jurídica é de Sociedade por Cotas limitada, onde cada acionista tem um

terço da empresa. Está registrada como Comércio, produtora de pães, biscoitos, bolachas e

alimentos de um modo geral.

Faturamento. O faturamento da empresa é representado por, 30% das vendas, pela padaria, e 70% pelo

supermercado e serviço de balcão. A empresa é dividida em duas áreas: Área industrial, e de

vendas ao varejo e auto-serviço. A área de produção de pães é a que possui maior rentabilidade

para a empresa devido ao custo barato de produção, margem de lucro e grande diversificação

de pães, biscoitos, bolos e doces.

A empresa também vende a crédito para seus clientes, que participam das compras no

varejo, ou no atacado, para pequenos comércios da região. As vendas a crédito representam

cerca de 25% no varejo e 15% no atacado.

A figura 1 mostra a distribuição de vendas do supermercado e da padaria.

O

produ

J

comer

30%

70%

padariasupermercado

Figura 1: Distribuição das vendas – Supermercado e padaria. Fonte: Dados fornecidos pelo autor.

s produtos adquiridos de terceiros são considerados vendas do supermercado, e os

tos de fabricação própria são considerados vendas da padaria.

á a figura 2 mostra a distribuição de vendas do mix de produtos que o supermercado

cializa.

9

7%

20%

8%

5%

16%

6%

7%

0 5 10 15 20 25

hortifruti

mercearia

bebidas

perfumaria

limpeza e higiêne

frios e laticinios

diversos

Figura 2: Distribuição das vendas – Supermercado Sartori

Fonte: Dados fornecidos pelo autor.

Funcionários. A empresa é composta de 24 funcionários, sendo eles distribuídos em nove funções

(caixa, encarregado comercial, repositor, entregador, auxiliar administrativo, auxiliar de contas

a receber, balconista, padeiro, ajudante de padaria, confeiteiro e faxineira).

A empresa tem treinado os funcionários para cargos de padeiro, confeiteiro. Em todo o

seu percurso como empresa, os funcionários que se interessam por aprender podem trabalhar

como ajudantes de padeiro ou confeiteiro nos horários em que há menos serviço.

O Quadro I, mostra a distribuição, a quantidade de funcionários por cargos.

10

Cargos Nº de funcionários

Frente de Caixa 02

Encarregado Comercial 01

Repositor 03

Entregador 02

Auxiliar administrativo 01

Auxiliar de Contas a Receber 01

Balconista 06

Padeiro 04

Ajudante de padaria 02

Confeiteiro 01

Faxineira 01

Total 24

Quadro I: Distribuição de funcionários e cargos Fonte: RECURSOS HUMANOS DA EMPRESA

Organograma geral da Empresa. O supermercado Sartori não possui um organograma específico, mas para a realização do

diagnóstico empresarial, houve a necessidade de criá-lo com o objetivo de ressaltar as funções

desempenhadas pelos funcionários em cada nível hierárquico.

11

Gerência Administrativa

Encarregado Comercial

Contabilidade

Gerência Comercial Gerência Financeira Gerência de Produção

Entregadores Ajudantes de Padeiros Padeiros

Auxiliar de contas a Receber

Repositores Balconistas Caixas

Confeiteiro

Figura 3: Organograma da Empresa

Fonte: ACIONISTAS E FUNCIONÁRIOS.

A função da gerência administrativa é controlar, coordenar, organizar e planejar as

estratégias necessárias para atingir os objetivos que a empresa deseja, a qualidade no

atendimento, a minimização dos custos, a interação com os clientes entre outras.

O supermercado é dividido em três gerências, sendo gerência de produção (padaria),

gerência financeira e gerência comercial.

O gerente de produção (padaria) tem a função de montar fluxogramas e cronogramas com

o objetivo de aumentar a produção para atender a demanda. Conta com apoio dos padeiros e

seus auxiliares. Além de administrar o setor produtivo, também dá apoio para a área comercial

e tem conhecimento técnico de todos os produtos que fábrica, incluindo a manutenção de

máquinas e equipamentos.

O gerente comercial é encarregado de administrar o setor de compras e vendas, onde são

realizados relatórios de vendas, cotações de preços, cálculo de custos e preços de produtos.

12 Cuida também do setor de pessoal, contratação e de missão de pessoal. Para realizar essas

funções, conta com um ajudante comercial.

O gerente financeiro é responsável pela administração financeira, ou seja, concede

crediário a clientes, efetua cobrança, faz orçamentos e verifica contas a pagar, controla a frente

de caixas. Tem apoio, também, de um auxiliar de contas a receber, que tem como

responsabilidade controlar, conferir, receber, cobrar e manter a administração informada sobre

o setor.

Em relação aos clientes, o setor industrial tem uma grande diversidade de tipos de pães,

que são distribuídos a hotéis, mini-mercados, padarias e, até mesmo, a outros supermercados.

Atualmente, está investindo no setor de padaria, oferecendo ao cliente café da manhã,

salgados, sucos, com produtos de própria fabricação, tendo como objetivo divulga-los

alavancando suas vendas e, assim, diversificar seus serviços, para ganhar prestígio no mercado

local.

A organização, apesar de não ter um programa de treinamento para os funcionários, tem

se utilizado da experiência dos acionistas e funcionários mais antigos, que fazem o possível,

para que a idéia de um bom atendimento seja mantida, procurando interagir

empresa/funcionários/clientes.

Por ser uma empresa no ramo supermercadista, atua com diversos tipos de produtos,

distribuídos entre os setores: hortifrutigranjeiros, limpeza e higiene, frios e laticínios,

mercearia, bebidas, perfumaria e diversos. Os principais fornecedores são, geralmente, os

grandes atacados por possuírem o melhor preço. Isso não tira a possibilidade da empresa estar

comprando diretamente da indústria e de pequenos fornecedores. Tudo dependerá do preço de

aquisição da mercadoria e da qualidade do produto que se está comprando.

O critério de escolha desses fornecedores é basicamente a credibilidade que a empresa

fornecedora possui perante o mercado, observando-se a imagem do fornecedor,

comprometimento de entrega, qualidade dos produtos oferecidos, preço e prazo de pagamento.

13

2 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO. Para fundamentar o presente estudo, serão apresentados os principais conceitos,

definições e detalhamento da questão do planejamento estratégico encontrados na literatura.

Algumas divergências e questões quanto à conceituação podem acontecer devido às muitas

obras existentes. Há inúmeros autores que dispõem sobre o tema. Suas conclusões passarão a

formar a base do trabalho.

Tenório (2004, p.27-29) define planejamento como um processo que situa com

antecedência, os objetivos, prevendo as atividades e os recursos necessários, para atingir as

finalidades da organização. O autor segue dizendo que planejar é um meio de pensar o futuro

da empresa, definindo o que, como, quando e com que recursos fazer. Considera planejamento

estratégico como uma visão mais ampla, global e de longo alcance da empresa, baseando-se na

análise do contexto desta.

Já alguns autores colocam a questão de outro modo, dizendo que: “planejamento

estratégico é um processo administrativo que, através da análise do ambiente da organização,

auxilia gestores a tomar consciência sobre o futuro de negócios da empresa sob sua direção”

(VASCONCELOS e PAGNONCELLI; FISCHMANN e ALMEIDA (2001, 1991 apud

BARROS e OLIVEIRA, 2004)).

De acordo com outros autores, observamos outra Visão dessa definição.

Amdoff, Declerk e Hayes (1987 apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) entendem que o

planejamento estratégico resulta de uma análise racional das oportunidades oferecidas pelo

meio em que está inserido, dos pontos fortes e fracos da organização, proporcionando meios

para compatibilizar esses fatores com os objetivos da organização, minimizando riscos e

Ameaças a empresa.

Segundo Oliveira (2004, p.47), o planejamento estratégico deve conter sustentação

metodológica, para garantir sua continuidade em estabelecer a melhor direção a ser seguida

pela organização, visando interação com o ambiente e atuação de forma inovadora e

diferenciada. Esta metodologia deve englobar a definição do negócio, a missão da empresa, o

estabelecimento de princípios, a análise ambiental, a visão empresarial, os objetivos do negócio

e as estratégias a serem colocadas em prática.

De acordo com Vasconcelos e Pagnoncelli (2001, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004),

uma empresa, ou organização, que queira sobreviver e ter sucesso dependerá de esforço

duradouro, para monitorar e atuar, nos ambientes interno e externo. A análise do ambiente

14 significa o processo de visualização das ameaças, das oportunidades, dos pontos fracos e fortes

que afetam a organização no cumprimento de sua missão.

Quatro pilares da Análise Ambiental, segundo Kotler (2000, apud BARROS e

OLIVEIRA, 2004), deram vazão à Análise SWOT “segundo o autor do termo em inglês

Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats”, uma avaliação global das Forças, Fraquezas,

Oportunidades e Ameaças.

Segundo Tenório (2004, p.29), algumas etapas devem ser seguidas para o processo de

planejamento estratégico, começando pela definição de missão, análise do contexto externo,

análise do contexto interno, definição de objetivos, definição de estratégias e redação ou

elaboração do plano. O processo só deve terminar, quando se faz uma avaliação do conjunto de

informações, garantindo assim maior coerência do Plano.

Abaixo, tem-se a Figura 4, que esclarece bem o pensamento de Tenório, mostrando as

etapas do processo que levarão ao planejamento estratégico da empresa.

MISSÃO

CONTEXTO INTERNO

CONTEXTO EXTERNO

OBJETIVOS

ESTRATÉGIAS

Figura 4 – Etapas do Processo de planejamento estratégico e suas interligações.

Fonte: TENORIO (2004, p.29).

Quando falamos em planejamento estratégico, temos que definir também o que é a

missão da empresa: Tenório (2004, p.30) afirma que missão é a finalidade, a razão de ser,

aspiração legítima que justifica, social e economicamente, a existência de uma organização e

para a qual devem ser orientados todos os esforços. O autor continua, observando que a missão

deve ser definida pela direção da organização, com a participação dos funcionários. A seguir

15 explica como fazer, para se definir a missão de uma organização. Para definir a missão,

recomenda se marcar uma reunião, especificamente, para tratar do assunto, com convocação

prévia e agenda. Após a explicação do significado da missão, deve se solicitar a cada

participante que defina o que considera ser a missão da organização. Feito isso, cada um deve

expor suas idéias, livremente, possibilitando o surgimento de definições novas e criativas.

Desse processo, surge uma definição prévia de missão que deve ser submetida às seguintes

questões: Qual o propósito de nossa organização? O que a organização deverá ser? O que será a

organização no futuro: Para onde vamos?

Observa ainda Tenório (2004, p.32-33) que, dentro do planejamento estratégico

importante é a influência que tem o ambiente sobre a organização, as oportunidades que

surgem, as ameaças que podem afetar essa empresa e a influência que tem o contexto externo

para a realização da missão esperada. O autor define contexto externo como instituições e

aspectos da sociedade que afetam a organização. Para ele, oportunidades são aspectos que

afetam, ou podem vir a afetar, positivamente, a organização, contribuindo para o cumprimento

de sua missão. Afirma ainda que ameaças são aspectos que afetam, ou podem vir a afetar,

negativamente, a organização, comprometendo o cumprimento de sua missão.

“Contexto interno são aspectos internos à organização que favorecem ou dificultam seu

desempenho, desenvolvimento e crescimento” (TENORIO, 2004, p.35).

Abaixo Tenório (2004, p.35) diz como fazer e como elaborar o contexto interno. As

informações a respeito do contexto interno podem ser obtidas através de discussão estruturada

ou a partir de resultados de levantamento, utilizando-se, por exemplo, um formulário que

aborde os temas citados. A discussão deve envolver, se possível, todas as pessoas que

trabalham na organização, dirigentes, técnicos, demais empregados e até mesmo cidadãos-

beneficiários, fornecedores e financiadores, para que se conheça a percepção externa acerca da

organização.

Para o autor, é importante levantar os pontos fortes e pontos fracos da organização, pois

com essas informações, podemos relacionar dados definindo as oportunidades e ameaças no

contexto externo e no interno. Segue ainda o autor: Pontos fortes e pontos fracos são os

aspectos da organização e dos indivíduos que nela trabalham que contribuem ou ameaçam a

sobrevivência e consolidação dessa organização.

Um outro conceito que se faz necessário abordar aqui é a definição de estratégias.

Tenório (2004, p.33-39) conclui que enquanto os objetivos nos dão idéia das escolhas

realizadas pelos dirigentes de uma organização, indicando onde estarão concentrados os

16 esforços, as estratégias nos indicam como se pretende atingir os objetivos. Eles representam

escolhas relativas à forma e aos instrumentos necessários para a realização do trabalho. As

Estratégias constituem respostas às ameaças e às oportunidades identificadas, aos pontos fortes

e fracos encontrados na organização quando da análise do contexto. Nascem do conhecimento

acumulado, da imaginação, de conjecturas e de projeções. Os objetivos devem ser quantificados

em termos de dinheiro, tempo, percentual, etc. Continuando, ele relaciona as informações e

explica como elaborar o contexto externo, identificando as pessoas que participarão, como

fazer para analisar os dados e os aspectos que mais vão contribuir para a organização. Na

análise do contexto externo, o primeiro passo é pedir ao grupo que participa do processo de

planejamento estratégico que faça uma relação de instituições e aspectos da sociedade que

afetam, de alguma forma, o trabalho da organização. Depois de elaborada a relação, o segundo

passo consiste em analisar o tipo de influência que cada instituição ou aspecto exerce. Para

reunir o maior número possível de observações, sugere que se formem pequenos grupos, cuja

tarefa será identificar se a influência representa uma oportunidade ou uma ameaça para a

organização. Em seguida, todo o grupo deve debater as observações, procurando chegar a um

consenso. Por vezes, faz-se necessário coletar dados numéricos, pesquisar documentos legais,

ouvir pessoas, a fim de que o grupo tenha subsídios para analisar, de modo mais abrangente e

profundo, os diferentes aspectos do contexto. O terceiro passo é selecionar os aspectos que têm

maior impacto sobre a organização e que deverão ser acompanhados continuamente, visto que é

impossível monitorar todas as influências provenientes do contexto.

No que se refere à variável para diagnóstico interno, Sampaio (apud BARROS e

OLIVEIRA, 2004), acredita que as mais comuns a serem julgadas pelas organizações são a

imagem da empresa perante os clientes; qualificação dos funcionários; tecnologia interna para a

fabricação dos produtos; recursos financeiros (capital); produtividade; qualidade de seus

produtos e serviços; preço de venda; capacitação da equipe de vendas; treinamento dos

funcionários; estoques disponíveis; localização da empresa; relacionamento com fornecedores e

clientes; prazos de entrega; seus produtos e serviços; e custos.

Com a intenção de identificar e facilitar as variáveis de diagnóstico do ambiente externo

colocamos um conjunto de informações no Quadro I, abaixo:

17 Econômicas Político-

legais Demográficas Sócio-

culturais Tecnológicas Mercadológicas

Tendência de consumo

Legislação Características populacionais

Fatores religiosos

Mudanças tecnológicas

Concorrências

Emprego Política internacional

Taxa de crescimento

Fatores geográficos

Inovações Tendência de mercado

Crescimento do setor

Política partidária

Fatores raciais

Transferências tecnológicas

Filosofia de marketing

Inflação Distribuição de renda

Distribuição populacional

Alfabetização

Marcas e patentes

Poluição e legislação

Taxa de juros

Situação social do segmento

P&D

Balança de pagamento

Eleições

Migrações

Situação política e sindical

Incentivo do governo

Ecologia

Quadro I – Variáveis para diagnóstico do ambiente externo Fonte: Adaptado de LAS CASAS (2002, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004)

Segundo Oliveira (2004, p.73), a Estratégia de uma empresa está relacionada à arte de

utilizar, adequadamente, os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a

minimização das adversidades e a maximização das oportunidades.

Para Gaj (1990 apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), empresas familiares são aquelas,

com capital aberto ou fechado, que foram iniciadas por um membro da família que as passou ou

tem intenção de passar a um herdeiro direto, ou parente por casamento. Para o autor, um dos

grandes problemas das empresas familiares é que os herdeiros, ou mesmo alguns dos sócios,

não estão preparados para dar seguimento ao negócio. Todavia, a profissionalização da empresa

familiar é uma forma simplista de tratar o problema. Para o autor, empresas familiares devem

ter sim, atitude profissional.

Já Bethlem (2004, p.129-142) traz alguns questionamentos sobre empresa familiar. Uma

conclusão preliminar é de que conhecemos pouco sobre empresas familiares e sobre qual a

administração adequada a essas empresas no mercado do Brasil de hoje. [...] A

profissionalização dessas empresas deveria ser entendida como estabelecimento de regras

‘profissionais`de eficácia e eficiência para a escolha de seus dirigentes e sua utilização, em vez

da consangüinidade. Consegue-se isto numa empresa familiar? Se isto ocorrer, fará diferença,

se o diretor é da família ou não?

18

Ao relatar sobre o processo de profissionalização de empresas familiares, Padula (2002,

apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) afirma que para estas se profissionalizarem, duas frentes

de ação devem ser respeitadas: (i) o processo de delegação de responsabilidade e (ii) o grau de

formalização dos mecanismos utilizados para o controle das ações no seio da organização. A

formalização dos mecanismos para controle deve advir de um planejamento que vise direcionar

os caminhos a serem percorridos pela empresa. No caso de empresas familiares, conforme

Oliveira (1999), o planejamento estratégico é tão fundamental quanto o é para empresas não

familiares. O autor diz que, ao abordar o planejamento estratégico em empresas familiares,

devem ser respeitadas a cultura da empresa e suas várias peculiaridades, sendo que cada

empresa, demandará um planejamento específico e customizado.

Drucker (1999, p.37), afirma que a empresa e a família somente sobreviverão e se sairão

bem, se a família for a empresa, que não deve ser dirigida para servir à família. A palavra mais

importante em ‘empresas administradas pela família’ não é ‘família’ e sim ‘empresa’.

O espírito empreendedor, segundo Gerber (1990, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004),

implica criar um negócio à imagem de quem é o seu dono. Para o autor, um negócio pode

fornecer um espelho para ver, de fato, como é o dono do negócio. Para tanto, este profissional,

segundo o autor, deverá entender, desde o início, de trabalhar o seu negócio, não no seu

negócio. Isso segundo o autor, dá uma clara conotação de que uma atitude profissional está

diretamente ligada às percepções que o indivíduo tem sobre os fatores ambientais e sobre si

próprio. Segundo o autor, a situação complica-se, pois cada pessoa que inicia um negócio

deverá ter dentro de si três pessoas: o empreendedor, o gerente e o técnico.

A aplicação de instrumentos de análise seguiu uma seqüência. A seguir será apresentada

técnica de análise para se chegar ao diagnóstico da empresa.

De acordo com Weiss (1990, p.69, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) Brainstorming

é uma técnica que consiste em uma atividade estruturada pela qual um grupo se reúne com uma

pauta previamente publicada e discorre livremente sobre a mesma.

Conforme Whiteley (1999, p.201) Brainstorming é uma técnica através da qual um

grupo de pessoas cria idéias originais em uma atmosfera sem inibições.

Elas ajudam os membros do grupo a contribuir criativamente, para a resolução de problemas.

Observa o autor que, na primeira fase da sessão, o enfoque é na qualidade das idéias; na fase

dois, o exame da lista das idéias garante que todos as entenderam; e, na fase três, um exame

adicional elimina redundâncias, questões sem importância e idéias claramente inviáveis, como

as que violam preceitos legais.

19 Segundo Porter (1986, p.23) existem cinco forças que atuam na concorrência do

negócio ou da organização, sendo elas a ameaça de novos entrantes, o poder de negociação de

fornecedores, o poder de negociação dos clientes, a ameaça de produtos ou serviços substitutos

e a possível rivalidade entre as empresas existentes, ou seja, a concorrência. O conhecimento

dessas fontes de pressão competitiva põe em destaque os pontos fortes e pontos fracos da

organização.

De acordo com Porter (1989, apud FERNANDES, 2004), ao enfrentar as cinco forças

competitivas, existem três abordagens estratégicas genéricas para superar as outras empresas,

que são a liderança em custos, que trata-se em oferecer preços baixos e uma grande variedade

de produtos, sendo que, para negócios de varejo de pequeno porte, normalmente, se tem

dificuldade para se ter uma economia de escala. As outras estratégias genéricas, as quais são

mais possíveis de serem adotadas para pequenos e médios negócios, são a diferenciação, onde

as empresas podem oferecer serviços e produtos diferenciados, e o enfoque, onde a empresa

pode selecionar um segmento ou um grupo de segmentos da empresa e fazer adaptações para

atende-los, otimizando as ações com o objetivo de ter vantagem competitiva nesse segmento,

embora provavelmente, não se consiga ter vantagem competitiva geral no negócio.

Para Barrizzelli (2001, FERNANDES, 2004), os pequenos varejos, na tentativa de

conseguir uma diferenciação em preços, excedem as suas preocupações nas atividades de

compras, deixando de lado a preocupação em vender, sendo que a obsessão para adquirir

produtos mais baratos dos fornecedores provoca muito desperdício de tempo e dinheiro. Ainda

segundo o autor, os varejistas deveriam se preocupar mais em melhorar o ambiente da loja

interna e externamente, e a pressuposição de que os consumidores são atraídos às lojas somente

pelo preço não tem sustentação, pois é preciso que todos os elementos do composto varejista

sejam aplicados para atrair clientes fiéis.

Conforme PME Negócios (1997), a análise SWOT é uma forma muito difundida de

fazer o diagnóstico Estratégico da empresa. O que se pretende é definir as relações existentes

entre os pontos fortes e fracos da empresa com as tendências mais importantes que se verificam

na envolvente global da empresa, seja no mercado global, no mercado específico, na conjuntura

econômica, nas imposições legais, etc.

Segundo Montana e Charnov (1998, apud AZEVEDO e COSTA, 2001) explicam que a

abordagem da análise SWOT utiliza a opinião dos executivos da organização, para avaliar os

pontos importantes do planejamento. São realizadas entrevistas com os executivos e as

informações obtidas são agrupadas em uma Matriz SWOT. Assim, considera-se que estes

20 executivos têm um entendimento abrangente da organização no que se refere a seus pontos

fortes, oportunidades, fragilidades e ameaças. Continuam os autores dizendo que o objetivo da

SWOT é definir estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade dos pontos fracos,

aproveitando oportunidades e protegendo-se de ameaças.

ANÁLISE INTERNA Predominância de

Pontos Fracos Pontos Fortes

Am

eaça

s

Sobrevivência Manutenção

AN

ÁL

ISE

EX

TE

RN

A

Pred

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Opo

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idad

es

Crescimento Desenvolvimento

Quadro II: Postura Estratégica da Empresa Fonte: OLIVEIRA (2004, p.138)

Com o objetivo de identificar o potencial ofensivo e defensivo da organização e

entender quais as principais competências a serem desenvolvidas, desenhou-se um mapa de

atuação.

Pontos Fortes Pontos Fracos

Oportunidades Alto poder ofensivo

Levantar as Oportunidades Focar esforços

Baixo poder ofensivo Construir competências

Ameaças Alto poder defensivo Manter competências

Baixo poder defensivo Construir Competências

Minimizar perdas Quadro III - Mapa de atuação

Fonte: MINISTERIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO (2004).

21

De acordo com Bethlem (2004, p.182-183), os cenários alternativos, gerados por um

decisor, não são, na realidade, uma previsão do que vai ocorrer, mas um exercício sobre

hipóteses geradas pelo decisor, visando prepará-lo melhor para enfrentar desvios do padrão

observado até o momento e alterar suas decisões ou ações. Cenário é um texto escrito em que

se apresentam seqüências hipotéticas de situações complexas, construídas com o propósito de

concentrar a atenção nos processos causais e pontos de decisão, e facilitar a decisão na situação

de incerteza e ignorância parcial em que se encontram os decisores.

Conforme Fernandes (2004), em um trabalho realizado na empresa em estudo,

classificou, em suas pesquisas, o quesito estacionamento como péssimo, podendo afirmar que o

assunto merece priorização e uma análise mais profunda para o estabelecimento das Estratégias

do Negócio. Na análise as pesquisas mostraram que a padaria tem uma importância

significativa no Negócio. A identidade do negócio é mais como padaria do que como

supermercado. O autor ainda mostra que um fator importante é o fato de haver menos

satisfação para clientes novos, podendo comprometer a renovação de clientes e a conseqüente

continuidade do negócio a médio e longo prazo. Para o autor, são pontos fortes a ‘amizade e

tradição’, ‘proximidade’, ‘atendimento’, correspondendo a 61% das causas que levam os

clientes a comprar. Em sua análise, Fernandes afirma que, pontos fracos pode ser destacada a

questão do Estacionamento e preço em relação à concorrência.

3 – METODOLOGIA.

Para fins de pesquisa, o método utilizado foi o estudo de caso de natureza exploratória.

De acordo com Yin (2001, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), o estudo de caso busca

examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. Ainda segundo o autor, estudo

de caso é uma investigação empírica, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não estão

claramente definidos, tal como ocorre na empresa em estudo. A natureza Exploratória, segundo

o autor, procura desenvolver e modificar conceitos e idéias, tendo como objetivo a formulação

de problemas mais precisos ou hipóteses para estudos posteriores.

O estudo do planejamento estratégico da organização envolve os acionistas,

funcionários e clientes da empresa. Devido à natureza do estudo, o presente trabalho terá um

caráter exploratório. Os dados foram coletados junto aos dirigentes que estão ligados

diretamente às decisões da empresa, junto aos funcionários e junto a clientes que,

22 periodicamente, visitam a empresa para comprar e negociar. As informações que pudessem

influenciar a organização foram coletados em jornais, internet e outros meios de informação

que estiverem disponíveis.

Os procedimentos utilizados na metodologia foram instrumentos de análise. O primeiro

instrumento utilizado foi o Brainstorming.

Na primeira fase, a pauta foi elaborada previamente e entregue aos empresários. Eles

discutiram e colocaram idéias, livremente, sobre o assunto. Uma pessoa escolhida foi

contratada para ser o facilitador e registrar, anotando cada idéia, confirmando com os

participantes sua interpretação. O facilitador deve encorajar os participantes a que coloquem

noções criativas, de todos os tipos, até idéias malucas e, aparentemente, ridículas no andamento

da reunião. Os participantes nunca devem criticar ou julgar idéias e sugestões dos outros.

Na fase dois, foi examinada a lista de idéias, para garantir que todos do grupo a

tivessem compreendido e a reunião pudesse continuar.

Na fase três foi examinada a lista, para eliminar redundâncias, questões sem importância

e propostas claramente impossíveis. É preciso que se obtenha o consenso sobre quaisquer

redundâncias ou questões sem importância, tornando as sessões dinâmicas e curtas.

O resultado propiciou uma lista de idéias que podem ser criticadas, priorizadas e

classificadas das mais importantes para as menos importantes. Forneceu também soluções

criativas para os problemas baseados nas contribuições de todos.

O segundo instrumento foi a elaboração de um cenário, do momento atual com previsão,

mesmo que aproximada, de um possível futuro, combinando variáveis de diferentes naturezas e

origens (econômicas, sociais, políticas, etc.), lidando assim melhor com as incertezas. Nesta

fase, foi elaborado cenários com a seleção de variáveis que são relevantes à empresa. O

processo foi totalmente subjetivo e refletirá a visão do selecionador.

Os cenários para a montagem do quadro (Quadro II, Cap.4), foram coletados em notas e

informações de Jornal, revistas, internet, etc. Através do contexto político, econômico e social

atual e de informações obtidas nos diálogos com os acionistas, foram elaborados os cenários em

que está inserida a organização hoje, e como poderá ser um futuro provável.

O terceiro instrumento foi análise SWOT dos dados coletados.

Na primeira fase, foi elaborado um estudo do contexto interno da empresa. Os dados

foram coletados através de informações obtidas no trabalho elaborado por Fernandes (2004) em

uma pesquisa nesta empresa, que contribuiu, auxiliando os acionistas na definição de

23 estratégias para o negócio. Outros dados foram coletados com o contador, funcionários e os

próprios acionistas.

A segunda fase, foi levantar variáveis do contexto externo, ou seja, o ambiente externo

que possivelmente poderia influenciar, de algum modo, o panorama mercadológico da empresa.

Os dados foram coletados em jornais, na Associação Comercial de Socorro, informes

geográficos, econômico e ambiental.

Na fase três, com o objetivo de identificar o potencial ofensivo e defensivo do

Supermercado Sartori e entender quais as principais competências a serem desenvolvidas,

foram elaborados quadros que cruzam informações do ambiente interno e externo da empresa,

para análise da relação entre elas.

A partir do resultado do Brainstorming e da Análise SWOT, foram então definidos os

objetivos e estratégias que orientarão as ações da empresa. Relembrando que os

objetivos nos dão idéia das escolhas realizadas pelos dirigentes de uma organização, indicando

onde estarão concentrados os esforços, as Estratégias nos indicam como se pretende atingir os

objetivos.

4 – RESULTADOS.

Abaixo estão os resultados do Brainstorming. O Facilitador dos trabalhos levantou dados de sua pesquisa e obteve o seguinte

resultado:

I. Tempestade de Idéias para a definição da missão da empresa

Questões: O propósito da empresa / A razão da empresa existir:

• Produzir alimentos de qualidade

• Atender os clientes, com qualidade

• Satisfazer as exigências do cliente

• Ter ambiente agradável para o encontro de pessoas

• Respeitar o cliente e visar ao bem estar do mesmo

II. Tempestade de Idéias para definição dos valores e crenças da empresa

Questões: O que vocês valorizam e acreditam que seja importante no trabalho da empresa:

• Respeitar os clientes e os funcionários.

• Respeitar os sócios da empresa.

24

• Ter amizade com os clientes e os funcionários.

• Trabalhar com honestidade.

• Conviver harmonicamente com outras empresas do setor.

• Ter responsabilidade para com o cliente e na produção.

• Valorizar a família, gerando confiança entre os sócios.

• Respeitar a sociedade, independente de cor, raça ou situação financeira.

• Respeitar o meio ambiente.

• Envolver-se com a comunidade local.

III. Tempestade de Idéias para a definição da Visão da empresa

Questões: Qual o grande objetivo que a empresa tem para o futuro? Como vocês vêem a

empresa no futuro:

• Ter produtos com maior qualidade, higiene e eficiência.

• Ter melhor atendimento no balcão e melhores condições gerais de higiene.

• Ter dois produtos da padaria, vendendo em grande escala.

• Ter Estacionamento para os clientes.

• Abocanhar uma maior parte do mercado de pães.

• Os sócios terem mais tempo livre.

• Uniformizar e treinar os empregados.

• Melhorar a área de produção, com maior espaço e condições de trabalho.

O Quadro-I, Resultados do Brainstorming, elaborado pelo facilitador mostra as premissas

para o planejamento estratégico da empresa.

25

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Negócio Produzir e comercializar alimentos através do varejo e atacado. Missão Produzir e comercializar alimentos de qualidade, buscando sempre o bem

estar e a satisfação dos clientes. Valores e O respeito às pessoas e ao meio ambiente deve estar acima de tudo. Crenças A honestidade e a ética devem estar presentes em todas as etapas do

trabalho da empresa. A amizade e o envolvimento com a comunidade local devem ser

incessantemente buscados. O aprimoramento dos produtos e do atendimento, buscando a qualidade,

deve ser constante. Visão Varejo: Ser um ambiente agradável para o encontro das pessoas e que

tenha produtos diferenciados com alta qualidade. Atacado: Ter os produtos em todas as cidades da região, com grande

aceitação pelos clientes.

Quadro I: Resultados do Brainstorming. Fonte: Elaborado pelo autor.

enários Conforme notas dos meios de informações e através do contexto político, econômico e

ocial atual e de dados obtidos nos diálogos com os sócios, foram elaborados os cenários em

ue esta inserida a organização hoje, e como poderá ser num futuro provável.

26

CENÁRIOS MACRO VARIÁVEL OTIMISTA REALISTA PESSIMISTA

Crescimento Econômico

Cenário de pleno crescimento, consumo e conseqüente aquecimento da indústria e comércio.

Economia em crescimento no País e em especial no Estado de São Paulo

Desempenho econômico em 2005 não terá o mesmo índice de 2004, há muitos sinais de redução.

Políticas Governamentais

Forte Redução do déficit público e impostos. Incentivos fiscais a pequena e média empresa.

Discreta redução dos gastos governamentais, aumento gradativo da carga fiscal, pequeno crescimento da economia.

Recessão Econômica, falta de incentivo, por parte do Governo, ao pequeno e médio empresário.

Fornecedores

Grande número de fornecedores de elevada qualidade, disputando o mercado de forma acirrada com condições excelentes de venda de seus produtos.

Grande diversidade de fornecedores, mas poucas possibilidades de negociação para compras em pequenos lotes.

Monopólio de alguns fornecedores, dificultando assim o poder de negociação da pequena empresa. Exigência de compra em grandes lotes.

Carga tributária

Redução da carga tributária favorecendo grandes investimentos no setor.

Manutenção da carga tributária.

Aumento da carga tributária, descomprometimento com relação às reformas da máquina administrativa. Dificuldades de investimento no setor.

Fontes de Financiamento

Fácil concessão de crédito pelos Bancos, devido ao crescimento do setor supermercadista com taxas atrativas.

Grande volume de recursos para empréstimo do BNDS, e estímulo à media e pequena empresa.

Grande dificuldade para conseguir recursos devido à queda nas vendas, baixo crescimento do setor, aumentando o risco dos Bancos.

Concorrência

Baixa concorrência, pois os supermercados existentes não possuem uma diversidade grande de produtos e serviços. Também não possuem produtos próprios e serviços de conveniência.

Concorrência moderada com mercado para todos. Possibilidades de novos Produtos e Serviços básicos ao consumidor.

Concorrência acirrada com a entrada de grandes supermercados, aumentando a oferta de produtos e serviços.

Mão de Obra

Grande disponibilidade de pessoas para trabalhar com ampla experiência no comércio.

Grande quantidade de pessoas, mas com a falta de experiência, principalmente no setor de padaria e confeitaria, balconistas, etc.

Difícil contratação de novos funcionários, devido à grande quantidade já existente na empresa, possibilitando assim a dispensa de alguns, visto que o setor está em baixa.

Perfil dos Clientes

Clientes totalmente satisfeitos com a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa.

Clientes satisfeitos com a qualidade dos produtos, mas exigentes quanto a mercadorias faltantes no supermercado e novos serviços.

Clientes insatisfeitos com a empresa, diminuindo assim a sua fatia no mercado, fazendo com que perca seus clientes atuais e potenciais.

Perfil dos produtos

Aumento da demanda por produtos de padaria e confeitaria, devido à qualidade e ao preço baixo oferecido ao consumidor.

Crescente demanda por produtos de padaria e confeitaria.

Baixa demanda por produtos de padaria e confeitaria devido à substituição desses por outros similares, como: Pão Pullman, etc.

Quadro II: Cenários Fonte: Elaborado pelo autor.

27 Resultados do SWOT. Parte do estudo para definir o contexto interno da empresa se baseou no trabalho de

“Estudo nas operações de serviços em um supermercado” feito por Fernandes (2004), cujos

pontos apresentados foram importantes e contribuíram, enriquecendo, de um modo geral, os

resultados.

Questionando os sócios sobre os investimentos de marketing, propaganda, treinamento

de funcionários, a resposta foi negativa, pouco se fez e não se deu muita importância a isso.

Sobre as retiradas de pró-labore, os sócios não mostraram que tinham preocupação em limitar

os gastos, não faziam controle de estoque ou melhoria do layout de exposição dos produtos, não

havia controle sobre a variedade dos produtos e pouca procura por negociações mais rentáveis

em termos de preços.

A empresa tem parceria com ONG ambiental e explora essa parceria com campanha em

sacolinhas plásticas.

Possui sistema informatizado, mas não explora todas as suas vantagens, as máquinas e

equipamentos no setor produção estão ociosos, tendo capacidade de produzir mais. O setor de

vendas no varejo, área de mercearia, tem capacidade de vendas bem superiores às atuais.

PONTOS FORTES – PF PONTOS FRACOS – PFr

PF01

Ótima localização geográfica PFr01 Falta de Estacionamento

PF02 Produção de diversos tipos de pães

PFr02 Altos preços ao consumidor final

PF03 Boa imagem da empresa, nome no mercado.

PFr03 Não realização de propagandas

PF04 Empresa parceira com ONG ambiental de Socorro

PFr04 Funcionários sem preparação

PF05 Bom clima organizacional

PFr05 Altos gastos dos sócios

PF06 Bom atendimento

PFr06 Espaço físico mal elaborado

PF07 Grande experiência no setor de padaria e confeitaria

PFr07 Falta de produtos e alguns setores no supermercado

PF08 Amizade e tradição

PFr08 Falta de habilidade nas negociações com fornecedores

PF09 Sistema de automação comercial

PFr09 Falta de renovação de novos clientes

PFO10 Máquinas e equipamentos têm condições de aumento da produção.

PFr10 Não tem controle de estoque.

PFO11 Setor de mercearia tem capacidade de dobrar suas vendas.

PFr11 Falta de administração financeira.

Quadro III – Análise do Ambiente Interno. Fonte: Elaborado pelo autor.

28 Informações obtidas na Associação Comercial Empresarial de Socorro relatam que

houve aumento, nos últimos cinco anos, de hotéis e pousadas, com previsão de aumentar ainda

mais. Foram feitos investimentos no comércio central com melhoria no visual de suas lojas.

Houve aumento de fluxo de turistas em períodos de férias e feriados, novos focos de negócios

surgindo, como: esporte aventura, exploração das belezas ambientais da região, através de

passeios e caminhadas. Nota-se crescimento de algumas malharias com produtos de qualidade

para que possam exportar, e verificou-se também o, nascimento de várias indústrias de água

mineral.

A cidade de Socorro está localizada em ponto estratégico, nas montanhas, divisa com

Minas Gerais, perto dos grandes centros industrias como a Grande São Paulo, Campinas,

Bragança Paulista, Jundiaí, etc, além de pertencer ao circuito das águas, junto com Serra Negra,

Lindóia, Águas de Lindóia, etc.

OPORTUNIDADES – Op AMEAÇAS – A 0p1 Melhoria das lojas e comércio central A01 Possibilidade de novos entrantes para

competir no mercado supermercadista em cidades vizinhas

0p2 Aumento do fluxo de turistas principalmente em férias e feriados.

A02 Alta nas taxas de juros

0p3 Aumento, nos últimos anos, de hotéis e pousadas

A03 Aumento de mini padarias, e muitas informalidade.

0p4 Novos negócios surgindo na região como: esporte aventura, caminhadas e outras atividades, envolvendo meio ambiente

A04 Inflação sendo controlada, mas não gera confiança.

0p5 Surgem novas industrias na cidade. A05 Supermercados com grande poder de negociação

0p6 Construção de casas populares e promessa de desfavelamento.

A06 Oscilação nos custos dos produtos

0p7 Socorro está localizada perto de grandes centros industriais com grande população.

A07 Necessidade de as pessoas terem facilidades para estacionar seus veículos, para que façam compras

0p8 Meio ambiente, começando a ser explorado pelo turismo.

A08 Consumidores mais exigentes em relação à variedade de produtos

Quadro IV – Análise do Ambiente Externo. Fonte: Elaborado pelo autor.

Como segue no Quadro V, os dados são analisados como Fatores Favoráveis do ambiente

interno e externo à organização, os pontos fortes (PF), as oportunidades (Op) são misturados e,

29 com isso, a visão do momento pôde ser analisada pelo autor que tirou suas próprias conclusões

sobre o momento atual.

PF01

Ótima localização geográfica

PF02

Produção de diversos tipos de pães

PF03 Boa imagem da empresa, nome no mercado.

PF07 Grande experiência no setor de padaria e confeitaria

PF08 Amizade e tradição

PF10 Máquinas e equipamentos têm condições de aumento

da produção.

Op02 Aumento do fluxo de turistas, principalmente, em férias

e feriados

OpO3 Aumento, nos últimos anos, de hotéis e pousadas

Op04 Novos negócios surgindo na região como: esporte aventura, caminhadas e outras atividades, envolvendo meio ambiente

Op07 Socorro está localizada perto de grandes centros industriais com grande população.

O Sartori já tem uma estrutura adequada ao mercado da região. Ótima localização geográfica, com uma produção variada de pães. A empresa tem uma imagem de qualidade garantida com os clientes, um bom produto final, sua experiência no ramo remonta a 36 anos, com uma clientela fixa. Seu equipamento lhe dá condições de aumentar a produção, sem precisar desembolsar capital. A cidade de Socorro, devido a sua localização; em relação aos grandes centros, devido ao setor hoteleiro da cidade estar crescendo; a exploração dos recursos do meio ambiente; tem oportunidade de mercado promissor para produtos da cidade. O investimento na melhoria do setor de padaria e alimentos pode ser a chance de que a empresa precisa.

Op05 Malharias começam a exportar seus produtos

PF04 Empresa parceira com ONG ambiental de Socorro

PF06 Bom clima organizacional

PF09 Sistema de automação comercial

PF011 Setor de mercearia tem capacidade de dobrar suas vendas.

Op01 Melhoria das lojas e comércio central

Op05 Surgem novas indústrias na cidade.

Op06 Construção de casas populares e promessa de desfavelamento.

Através do compromisso social, o Sartori, cada vez mais, estará fortalecendo sua imagem, dando maior credibilidade aos seus clientes e consumidores. Oportunidade na criação de novos produtos, como: produtos caseiros, pães de diversos sabores, etc. Oportunidade de estar aumentando sua carteira de clientes. Oportunidade de estar aumentando o seu negócio, buscando a variedade de produtos e serviços aos clientes

Quadro V – Fatores Favoráveis. Fonte: Elaborado pelo autor.

A seguir, no Quadro VI, os dados são analisados como Fatores Desfavoráveis do ambiente

interno e externo à organização. Os pontos fracos (PFr), as ameaças (A) são relacionados,

dando uma visão geral, podendo ser analisada e chegar a resultados.

30 PFr01 Falta de Estacionamento

PFr02 Altos preços ao consumidor final

PFr03 Não realização de propagandas

PFr04 Funcionários sem preparação

PFr06 Espaço físico mal elaborado

PFr07 Falta de produtos e alguns setores no supermercado

PFr09 Falta de renovação de novos clientes

FD01 Possibilidade de novos entrantes para competir no mercado supermercadista em cidades vizinhas

A03 Aumento de mini padarias, e muita informalidade.

A05 Supermercados com grande poder de negociação

A07 Necessidade de as pessoas terem facilidades para estacionar seus carros, para fazer compras

A08 Consumidores mais exigentes em relação à variedade de produtos

A empresa deverá rever sua política de preços e criar mecanismos que possam minimizá-los. Há necessidade urgente de construir um Estacionamento para proporcionar um melhor atendimento ao cliente e também para aumentar as vendas. Isso faz com que os consumidores deixem de comprar no Sartori para comprar na concorrência. O desafio maior é readaptar seu espaço físico na área de vendas, aumentando os setores, e conseqüentemente, aumentando a variedade de produtos, trazendo novos clientes para a empresa.

PFr08 Falta de habilidade nas negociações com fornecedores

PFr10 Não tem controle de estoque.

PFr11 Falta de administração financeira.

PFr05 Altos gastos dos sócios

PFr04 Funcionários sem preparação

A02 Alta nas taxas de juros

A04 Inflação sendo controlada mas não gera confiança.

A06 Oscilação nos custos dos produtos

O Sartori deverá treinar um funcionário para fazer as compras necessárias, reduzindo assim os seus problemas na negociação, por falta de preparo. O controle de estoque não é feito, ocasionando perdas por haver excesso de estoque ou devido a produtos que a clientela precisa é estão em falta. O controle financeiro é necessário inclusive das retiradas dos sócios. Faz-se necessário pensar no custo do dinheiro como um custo da empresa.

PFr09 Falta de renovação de novos clientes

PFr04 Funcionários sem preparação

A empresa não está renovando seus clientes, a longo prazo isso é ruim. O investimento no treinamento de funcionários é de suma importância.

Quadro VI – Fatores Desfavoráveis Fonte: Elaborado pelo autor.

Levantados os aspectos dos ambientes interno e externo da empresa Supermercado

Sartori, foi elaborado uma matriz de análise SWOT, na qual foram cruzados pontos fortes e

fracos, oportunidades e ameaças.

31

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

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Melhoria das lojas e comercio central

Aumento do fluxo de turistas principalmente em férias e feriados.

Aumento, nos últimos anos, de hotéis e pousadas

ovos negócios surgindo na região como: esporte aventura, caminhadas e outras atividades, envolvendo meio ambiente.

urgem novas indústrias na cidade. onstrução de casas populares e romessa de desfavelamento.

ocorro está localizado perto de grandes entros industriais com grande opulação.

eio ambiente começando a ser xplorado pelo turismo.

Possibilidade de novos entrantes para competir no mercado supermercadista

em cidades vizinhas

lta nas taxas de juros Aumento de mini padarias, e muita

informalidade. Inflação sendo controlada, mas não gera

confiança. upermercados concorrentes com grande oder de negociação scilação nos custos dos produtos. ecessidade de as pessoas terem

acilidades para estacionar seus carros ara fazer compras

onsumidores mais exigentes em relação variedade de produtos

Figura 5: Postura Estratégica da Empresa.

Fonte: Elaborado pelo autor.

32 5 – ANÁLISE DE RESULTADOS.

Com o cruzamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, e enfocando

sempre a missão, visão, valores e crenças e o tipo de negócio da empresa, foram definidos 3

objetivos.

1. Desenvolver uma melhor estrutura organizacional.

2. Aumentar as vendas no atacado.

3. Aumentar as vendas no setor de mercearia.

Para cada objetivo foram definidas diferentes Estratégias.

Objetivos Estratégias

1. Desenvolver uma melhor estrutura organizacional

I – Contratar pessoas eficientes para gerenciar cada setor II – Não misturar interesses familiares com a empresa. III – Ter um controle financeiro por centros de custos. IV – Estabelecer melhores relações entre o gerenciamento e produção. V – Estimular mais os funcionários na busca de resultados. VI – Limitar a retirada dos sócios. VII – Reduzir despesas sem diminuir a qualidade.

2. Aumentar as vendas no atacado.

I - Melhorar as condições do ambiente de trabalho e do espaço físico. II - Lançar produtos no mercado da zona rural e cidades de pequeno porte da região. III - Elaborar novas embalagens para os produtos IV - Competir na diversificação, diferenciação e qualidade dos produtos. V – Melhorar o controle de qualidade dos produtos. V - Fazer Benchmarking em outras empresas. VI – Desenvolver de novas tecnologias.

3. Aumentar as vendas no setor de mercearia.

I - Investir em marketing II - Fazer Estacionamento III – Associar-se a uma cooperativa de compras. IV - Negociar preços menores com fornecedores V - Elaborar um melhor layout nas prateleiras. VI-Investir em novas prateleiras e equipamentos. VI-Ter preços promocionais em um mix de produtos. VII – Ter pessoas treinadas no atendimento aos clientes. VIII – Controlar estoques IX – Elaborar um mix de produtos

33 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Na análise desse trabalho foi definido qual é o negócio, missão, visão, valores e crenças,

e os objetivos e estratégias que são importantes para os acionistas gerirem a empresa daqui para

frente. Um rumo foi encontrado e deve ser seguido, para que se solucionem os problemas que

existem na organização.

Com o conjunto de decisões, os acionistas deixaram claro quais os caminhos a serem

seguidos: Os principais pontos são de natureza administrativa e de pouco custo para a empresa,

a não ser problemas como a necessidade de Estacionamento e melhoria das condições internas

que acarretariam um maior investimento. A empresa tem capacidades mal administradas, e

vícios de empresas familiares.

O desejo dos acionistas é de que a empresa gere lucros, para tanto são necessários

sacrifícios por parte deles. A marca da empresa e o seu negócio têm tradição na cidade. Os

clientes antigos se mantêm, apesar dos problemas da empresa, mostrando que há confiança em

seu produto, e isso deve ser explorado com um bom plano de marketing.

No que tange a parte financeira, esta também necessita de estruturação. Os acionistas

não sabem o lucro real da empresa, não há, por exemplo, dados do fluxo de caixa e controle de

estoques. Todavia, a empresa honra seus pagamentos e obrigações, tanto fiscais quanto

bancárias.

O poder de criar da empresa é muito grande, pois tem recursos de sobra e capacidade

para se desenvolver, se investir no setor panificação e industrialização. Em suma, é possível

estruturar as idéias, elaborar os planos de ação que lhes permitirão sustentabilidade e lucro no

negócio.

Por fim, a aplicação e implantação do planejamento estratégico; um estudo mais

aprofundado, definindo projetos e planos de ação; um estudo do planejamento gerencial e

operacional darão à empresa riqueza e satisfação profissional e pessoal aos envolvidos.

34

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AZEVEDO, Marilena Coelho e COSTA, Helder Gomes. Método para avaliação da postura estratégica. Caderno de pesquisas em administração. São Paulo, v 08, nº 2, abril/jun 2001. BARROS, Luciano e OLIVEIRA, Leonardo Rocha de. Planejamento estratégico empresarial vinculado ao planejamento dos socios: Estudo de caso na empresa mundo animal Pet Center, 2004, Anais eletrônicos... BETHLEM, Agricola Estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 2004. DRUCKER, Peter. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira; São Paulo: Publifolha, 1999. FERNANDES, Luiz Antonio. Comparação entre como a organização julga estar atendendo seus clientes e como realmente os mesmos estão sendo atendidos: estudo nas operações de serviços em um supermercado. In: SIMPEP, 11, 2004. Bauru, SP: UNESP, 2004. 12p. MINISTERIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Planejamento estratégico ambiental e urbanístico 2005 – 2006. In: 8 Congresso de Meio Ambiente, 2º Congresso de Habitação e Urbanismo. Itatiba, 21 e 22 de outubro, 2004. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Empresa familiar. São Paulo: Atlas, 1999. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e prática. 20 ed. São Paulo. Atlas, 2004. PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7 ed. Rio de Janeiro. Campus, 1986. TENÓRIO, Fernando G. Gestão de ongs. 8.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. PME NEGÓCIOS Como fazer uma análise SWOT da sua empresa. [S.l : s.n], 1997. Disponível em : <http:/www.pmelink_public/EC/0,1655,1005_39755-3_41097-View_429,00.html> Acesso em 23/04/2005. WHITELEY, Richard C., A empresa totalmente voltada para o cliente. Tradução de Ivo Korytowskil. Rio de Janeiro. Campus; São Paulo: Publifolha, 1999.