nº 561 . semanal . 31 de janeiro de 2011 . €1,40 (Cont.)

ADVOGADO AMERICANO, ÚNICA VISITA DE

RENATO SEABRA, AVISA:

“Chorei e agradeci a Deus”

Família de CARLOS CRUZ reage à entrevista de CARLOS SILVINO

“ELE É INOCENTE”

Patrocínio:

“Não se conhecem todos os factos, por

muito que se especule”

Marluce

Aos 30 anos, CATARINA

PERESTRELO PINTO é uma empresária de sucesso

em Nova Iorque, onde realizou

um sonho de adolescente

Na cidade que nunca dorme

e que está em constante mudança,

já se cruzou com várias estrelas

de Hollywood

“É a terra das oportunidades.

Quando a pessoa é boa e persistente, os americanos

acreditam, apostam

em nós...„

Atualmente, Catarina Perestrelo Pinto vive numa ponte aérea entre Nova Iorque e Lisboa

e diz que é nestas duas cidades que se sente feliz

Desde os 16, 17 anos, que se sentia fasci-nada pela ideia de viver em Nova Iorque. A primeira vez que

visitou a Big Apple tinha 21 anos e aos 27, quando tinha uma situação profi ssional absolutamente estável, Catarina Perestrelo Pinto, licenciada em Relações Públicas, fez as malas e partiu sozinha à conquis-ta do sonho americano. “Não conhecia absolutamente nin-guém. Cheguei cá, andava com o meu curriculum debaixo do braço e fui entregá-lo em mão aos hotéis que considerava seremos melhores de Nova Iorque. Aos 30 anos tem uma empresa, a Personal Concierge Services, que proporciona aos clientes uma outra forma de descobrir a cidade, frequentar os locais mais in do momento e conhecê-la não pelos olhos de um mero turista. E agora também presta o mes-mo serviço em Portugal.Lux – Porque é que decidiu partir à aventura para Nova Iorque?Catarina Perestrelo Pinto – Desde os meus 16, 17 anos, que tinha o sonho de vir para os Estados Unidos. Não me pergunte porquê, mas tinha a sensação de que não somos nós que escolhemos o sítio, é o sítio que nos escolhe a nós. Não sabia se era aqui que ia vingar ou não, mas sabia que queria ter uma experiência em Nova Iorque. Fui relações públicas do Hotel D. Pedro, em Lisboa, também fui guest relations do

Sempre sentiu que tinha de partir à aventura para Nova Iorque. Hoje,

tem uma empresa que pode descobrir em www.catarinaperestrelo

personalconciergeservices.com

“Todos os dias recebo cartas a pedirem-me ajuda porque têm o mesmo

sonho„

“É preciso persistência e um pouco de lata para chegar a um hotel com um CV e pedir-lhes cinco minutos do seu tempo porque tinha vindo de muito longe. E depois, desculpe-me,

mas é preciso ser-se bom no que se faz!”, confessa Catarina Perestrelo Pinto

“Conheci o Hugh Grant, que esteve à conversa comigo aí umas três horas num bar„

Four Seasons... Tinha uma vida profi ssional estável, não valia a pena deixar tudo para mergulhar no vazio. Mas, ao mesmo tempo, como já era independente, achei que era a altura certa para tentar concretizar este sonho. Lux – E partiu sozinha, sem nada em vista?C.P.P. – Sim, não conhecia abso-lutamente ninguém. Cheguei cá, andava com o meu curriculum debaixo do braço (licenciei-me em Relações Públicas e Marketing)e fui entregá-lo em mão aos hotéis que considerava serem os melhores de Nova Iorque (cer-ca de 70). Falava quatro línguas (inglês, francês, espanhol e por-tuguês) e tinha uma experiência no Four Seasons, que é muito reconhecido a nível internacional. Tive muitas entrevistas, mas ninguém me dava a hipótese de ter um visto de trabalho. Até que o Thompson Hotel me selecionou, entre dois mil e tal candida-tos norte-americanos. Faltava uma semana para eu voltar para Portugal quando me fizeram uma proposta de trabalho. Fiquei lá durante dois anos como front offi ce of the manager, nº 3 a nível das operações do hotel. Ia fazer 28 anos... Lux – E como é que surgiu a ideia de criar a Personal Concierge Services?C.P.P. – Durante aquele tempo, dei-me conta de uma lacuna. Mui-tos amigos me ligavam a pedir conselhos sobre que hotéis é que deviam escolher, quais os restau-rantes mais giros – muitas vezes nem atendem os telefones –, e como sabiam que eu tinha uma boa rede de contactos, era mais fácil terem acesso a essas coisas. Fiz isto durante nove meses de graça até que, às tantas, vi que estava a perder uma oportunidade de negócio e decidi avançar com o projeto. Tenho clientes em Itália, Angola, Inglaterra, Japão e Portugal e a ideia é mostrar-lhes Nova Iorque não da perspetiva de um simples turista. Ainda por cima, é uma cidade que está em constante mudança, sempre com espaços novos a abrir. É uma ideia simples mas funcional, na qual os meus contactos são uma mais-valia.

Catarina Perestrelo Pinto está noiva de um português que trabalha em Lisboa. A cerimónia acontecerá em julho, em Sintra, e vai ter convidados de várias nacionalidades. A empresária pretende continuar entre cá e lá mesmo depois do casamento

“Quando era miúda adorava o Tom Cruise e quando o vi saiu-me uma coisa tão estúpida como: “Tom, I love you„

Lux – Mas já conhecia Nova Iorque?C.P.P. – Tinha vindo uma vez, em 2001, visitar uns amigos e foi exa-tamente dessa perspetiva que conheci a cidade. Tinha 21 anos, fui a festas universitárias, a bares onde só se entrava com convite... Fui descobrindo coisas que me fi zeram apaixonar-me por Nova Iorque e o giro é estar sempre a acompanhar o ritmo de vida da cidade que está sempre a mudar e sempre na moda.Lux – Na altura, tinha uma vida estável em Portugal. Imagino que os seus pais devem ter pensado: ‘Ela enlouqueceu...’C.P.P. – (risos) Foi exatamente isso que eles acharam e que não ia

dar resultado nenhum. Aliás, o meu pai só brincava comigo e com aquilo que eu ia fazer. Mas essa falta de apoio até foi um incentivo. Pensei: ‘Ai não estão a acreditar em mim, então vão ver como sou capaz.’ Na altura vim por três meses com o visto de turista e, no início, também trabalhei num restaurante até conseguir um emprego que me proporcio-nasse o tal visto de trabalho, que é o mais difícil. Os Estados Uni-dos são mesmo a terra das opor-tunidades. Quando a pessoa é boa e persistente, os americanos dão-nos essa oportunidade. Eles acreditam, apostam nas pessoas, ao contrário do que vemos em

Portugal, independentemente da juventude. Mas é claro que quando os meus pais perceberam que era mesmo aquilo que eu queria, apoiaram-me imenso. E hoje algo que me enche de enorme orgulho é saber que a Escola de Hotelaria fez duas teses sobre o meu trabalho.Lux – E como é que foi descobrir Nova Iorque? C.P.P. – Quando cheguei, estive um mês em casa de uma família, mas depois de ter o meu espaço, essa foi a parte mais fascinante. Aliás, mais tarde, quando já tinha uma vida estável, sentia saudades daquela fase em que não sabia o que ia acontecer. Andava pelas ruas a passear e qualquer coisa

dentro de mim me dizia que o sonho era possível, entrava nos restaurantes, ia aos espetáculos... Durante os três anos em que estive só cá, apesar de continuar a ir e a vir, senti e sinto sempre que estou a aproveitar e nunca dou a cidade por adquirida. Tenho a sensa-ção de que todos os dias estou a conquistar a cidade.Lux – Entretanto, fez amigos, não?C.P.P. – Sim! Depois fui viver para um loft no Soho, onde partilhei casa com outras pessoas e uma delas é hoje uma das minhas melhores amigas. Aliás, tenho amigos de várias partes do mundo, o que se calhar não teria acontecido em Portugal.

Catarina frequenta os espaços mais trendy

de Nova Iorque e por isso também acaba por se cruzar com estrelas mundiais, como Tom Cruise, Beyoncé, Sarah

Jessica Parker ou Hugh Grant

“Sou muito feliz em Nova Iorque, mas também o

sou em Portugal, onde estão as

minhas raízes„

Lux – Agora, passa o tempo entre cá e lá?C.P.P. – Sim, estou sempre nessa ponte, a concretizar projetos, tenho sempre uma série de reuniões, necessidade de conhecer novos espetáculos, hotéis, espaços que vão surgindo, e gerir o acompanhamento dos clientes. Por exemplo, no verão passado tive em Portugal um grupo de 20 ingleses e outro grupo de 20 holandeses que vivem em Tóquio, aos quais prestei o mesmo tipo de serviço.Lux – E onde é que é a sua casa, em Portugal ou em Nova Iorque?C.P.P. – A minha casa é em Portugal. Em Nova Iorque é o trabalho,

o desafi o, a diversão, é a minha segunda casa. Sou muito feliz em Nova Iorque mas também o sou em Portugal, onde estão as minhas raízes. Nova Iorque é talvez a minha alma.Lux – E nessa vida social tão intensa nunca houve encontros daqueles que só imaginamos no cinema?C.P.P. – (risos) Quando era miúda adorava o Tom Cruise e quan-do o vi saiu-me uma coisa tão estúpida como “Tom, I love you”. A mulher dele, a Katie Holmes, ficou a olhar para mim, assim a pensar: “Olha esta louca!” Conheci o Hugh Grant, que esteve à conversa comigo aí umas

três horas num bar. Ele estava rodeado de modelos russas e quando percebeu que eu falava inglês fi cou encantado. De início, até pensou que eu era inglesa e quando soube que era portu-guesa, contou-me que gostava muito de Portugal, e que conhecia e adorava Sintra. Aliás, ele saiuda mesa das manequins e veio para a minha mesa, e dosmeus amigos. No outro dia almocei ao lado do Jay Z e da Beyoncé, cruzei-me com a Sarah Jessica Parker à porta da casa dela... Enfi m, nesta cidade tudo acontece. ■

texto Evelise Moutinho (emoutinho@lux.iol.pt)fotos Jayme Carvalho

Nos últimos anos, o ator tem-se dedicado à luta contra o genocídio no Sudão, por isso são muitas as vezes em que George Clooney, de 49 anos, viaja para aquele país africano. A trabalhar em conjunto com o Google e as Nações Unidas para prevenir uma nova guerra civil no Sudão, o ator viajou três vezes até África, nos últimos dois meses. Foi durante a viagem que fez no início de janeiro que George Clooney voltou a viver um mau momento e a ter de lutar pela vida. Apesar de ter tomado todas as precauções, o ator

apanhou malária, doença que se contrai através da picada de um mosquito infetado, e que mata cerca de um milhão de pessoas por ano em países em vias de desenvolvimento. Embora o susto tenha sido grande, depois de dez dias em recuperação, George Clooney, que já tinha contraído malária uma vez, já está curado e pronto para continuar a sua luta. Convidado de Piers Morgan para dar uma entrevista à CNN sobre o seu trabalho no Sudão, o ator falou sobre a doença e até brincou com a situação: “Acho que o mosquito

olhou para mim e achou que eu era uma espécie de bar”, gracejou. Mas George Clooney não fi cou por aí e levou a brin-cadeira mais longe, insinuando que o mosquito o teria picado a mando do Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, a contas com o Tribunal Penal Interna-cional por crimes de guerra e genocídio. Na mesma entrevista, Clooney falou de casamento, dando a entender que, apesar do namoro de quase dois anos com Elisabetta Canalis, não pretende voltar a casar-se:“Odeio estragar a história,

mas já fui casado. Já dei uma hipótese ao casamento”,afi rmou. Terminada a entrevista, o apresentador Piers Morgan não resistiu a partilhar através do Twitter os milhares de propostas que recebeu após a entrevista com o ator: “Atua-lização da malária do Clooney: temos agora 24.563 ofertas de mulheres que querem ser suas enfermeiras. Mas o seu re-presentante já afi rmou que a medicação deu resultado e que ele está bem. Peço desculpa, minhas senhoras”, escreveu. ■

GEORGE CLOONEY recupera depois

de vencer a malária

Tornada pública a sua doença, o ator recebeu

milhares de propostas de mulheres que queriam

ser suas enfermeiras

Em entrevista à CNN, George Clooney brincou

com o facto de ter contraído malária, afi rmando que

o mosquito o teria picado a mando do Presidente

do Sudão, que possivelmente não gosta da presença

do ator no seu país

foto Gtres on line

MARISA CRUZ exibe tatuagens

dedicadas aos fi lhos“É uma maneira de estarem

sempre junto a mim„

Cada vez mais elegante, Marisa Cruz é uma das manequins que integram o calendário de 2011 da Best Models, agência pela qual é representada. E foi durante a apresentação do calendário, no Hotel Altis Belém, em Lisboa, que a manequim e apresen-tadora deixou bem visíveis as tatuagens que tem nos pulsos, feitas em honra dos dois fi lhos, João, de 5 anos, e Diogo, de 1 ano e meio: “Fiz estas tatuagens logo a seguir ao nascimento dos meus fi lhos. Tive esta ideia e resolvi fazer. É uma maneira de estarem sempre junto a mim”, confidenciou à Lux.

Embora o fi lho mais novo seja ainda muito pequeno para perceber o gesto da mãe, o mais velho garante gostar das tatuagens e até já pediu para fazer uma: “Ele diz que também quer uma, por isso, às vezes na brincadeira, faço-lhe uns desenhos nos braços e ele fi ca todo contente”, contou, bem--disposta, Marisa Cruz. Casada há dois anos com João Pinto, a apresentadora garante que o marido aprova e gosta do resultado, mas prefere não revelar se o comentador aderiu à ideia da mulher: “Isso é melhor perguntar-lhe a ele...” ■

fotos Salvador Esteves

Mãe babada, Marisa Cruz tatuou em cada um dos pulsos o nome dos fi lhos, João, de 5 anos, e Diogo, de 1 ano

e meio. Aumentar a família não está nos planos da manequim

A luxuosa lista de presentes que BARACK OBAMA recebe de todo o mundo

Objetos extravagantes, originais e muito valiosos não chegam a ser usufruídos pelo Presidente e acabam nos Arquivos Nacionais

Todos os anos o Depar-tamento de Estado nor-te-americano divulga a lista dos presentes oferecidos a Barack

Obama e ao seu staff por líde-res políticos de todo o mundo. Recentemente foi divulgada a lista de ofertas relativas a 2009. Ao longo de 49 pági-nas é possível encontrar obje-

tos originais e extravagantes, que contrariam a crise econó-mica que se vive atualmente em todo o mundo. O rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abd al-Aziz Al Saud, é o responsável por alguns dos presentes mais caros e singulares que constam da lista. Abdullah ofereceu a Obama uma paisagem do deserto, com base de már-

more verde, pequenas fi gurasde palmeiras e camelos de ouro; deu-lhe também um medalhão de ouro com o selo real da ArábiaSaudita numa caixa verde de pele e um relógio Jaeger-LeCoultre de bronze e vidro, também numa caixa verde de pele. No total, o rei pagou cerca de 26 mil euros por estas lembranças, de que o Presidente norte-americano

Em cima, Barack Obama com a mulher, Michelle

Obama, e as fi lhas, Malia, de 11 anos,

e Sasha, de 9. De acordo com a lei americana,

o Presidente e a sua família não podem usufruir

dos presentes oferecidos no dever da sua função,

a não ser que os comprem

nunca poderá usufruir, por im-pedimento legal. A não ser que os compre ou os use a título oficial, os objetos avaliados acima de 220 euros acabam por ser transferidos para os Arquivos Nacionais. Bem mais contido foi o presente de Durão Barroso. O presidente da Comissão Euro-peia ofereceu a Barack Obama um conjunto da Faber-Castell

denominado “Lápis Perfeito”. A decisão do português re-caiu sobre uns lápis muito úteis, que têm borracha e afi a inte-grados e que rondam os 290 euros. Também Angela Merkel optou por algo útil, tendo ofe-recido ao Presidente norte--americano, em duas ocasiões diferentes, uma pasta Montblanc, um serviço de chá com motivos

fl orais e um livro. Tudo junto não custou mais de mil euros à Alemanha. Respeitando a tradição, também Bento XVI presenteou Obama com várias recordações, a maioria de cariz religioso. O Papa optou por oferecer ao Presidente um mosaico da Praça de S. Pedro, numa moldura dourada, vários livros, uma moeda decorativa e um chaveiro de prata, tudo

Os presentes são sempre aceites por

Barack Obama para não causar

embaraço

Em cima, Durão Barroso e Margarida Sousa Uva com o casal Obama, e os lápis

oferecidos pelo presidente da Comissão Europeia, que custaram €290. Em baixo, a pasta Montblanc, cujo valor ronda os €600, presente de Angela Merkel, à direita com

Obama, e o Presidente dos EUA com o rei da Arábia Saudita, que lhe ofereceu um relógio,

entre muitos outros presentes no valor de 26 mil euros

no valor de 5854 euros. Quem parece não se conter nos gastos no que toca a escolher presentes para Barack Obama é Nicolas Sarkozy e a sua mulher, Carla Bruni. Em diferentes ocasiões, o Presidente francês já ofereceu a Obama uma réplica de bronze de uma escultura de Edgar Degas, avaliada em quase dois mil euros, uma caneta da marca francesa S.T. Dupont, um livro sobre as edições limitadas da mesma marca e um perfume, no total de 900 euros. Numa outra situação, Sarkozy e Bruni escolheram para o Presidenteuma agenda Chanel de pele, um conjunto de canetas de ouro branco da S.T. Dupont e um livro sobre Andy Warhol, presentes que não chega-ram aos mil euros. De acordocom o porta-voz da Casa Branca, todas as oferendas foram aceites, pois “a não acei-tação poderia causar embaraço a quem oferece e ao Governo norte-americano”. ■

Em cima, Nicolas Sarkozy e a mulher, Carla Bruni, com Barack e Michelle Obama. À esquerda, um dos presentes de

Sarkozy, que custou quase €2000. À direita, uma

das canetas S.T. Dupont oferecidas pelo Presidente francês ao seu homólogo

norte-americano, cujo valor ronda os €500.Em baixo, o casal Obama com o Papa Bento XVI

Um mês antes do sismo, o Haiti

gastou 4460 euros em dois presentes

para Obama

texto Vanessa Bento (vcbento@lux.iol.pt)fotos Gtres on line, D.R. e Arquivo Lux

Vencedoras das Personalidades Femininas 2010 recebem

prémios num divertido almoço “Recebi esta distinção com imenso orgulho

e sinto-me muito honrada„ Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, vencedora na categoria Elegância

Em cima, Ana Sofi a, que venceu na categoria Moda, e o ator Nicolau Breyner, membro do júri, com Felipa Garnel, diretora da Lux. À esquerda, Cristina Ferreira,

vencedora na área de Televisão. A Seat foi, mais uma vez, patrocinadora ofi cial deste evento que culminou num almoço no Hotel Cascais Miragem

Em cima, Joana Vasconcelos (Artes Plásticas) com Jessica Augusto

(Desporto), e Joana Freitas (Beleza). Ao centro, Alexandra Lencastre (Teatro).

À esquerda, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas (Elegância), com Rosalina Machado, membro do júri.

À direita, Dalila Carmo (Cinema)

“É muito gratifi cante receber este

reconhecimento. Estou muito contente„

Alexandra Lencastre

Em cima, Teresa Lameiras, diretora de marketing da Seat, e António-Pedro Vasconcelos, membro

do júri. À esquerda, Ana Sofi a com a cantora Aurea, vencedora na categoria Música. Em baixo e à direita, a decoração da mesa do Hotel Cascais

Miragem. Em baixo, Jessica Augusto

“Foi um almoço muito interessante. Vou dar muito uso à bicicleta„

Jessica Augusto

Uma mulher nunca precisa de um pretexto para um almoço e dois dedos de conversa. Agora, imagine 13 mulheres que em comum têm o facto de terem sido eleitas

pelos leitores da Lux e pelos utilizado-res do site Lux.pt as Personalidades Femini-nas 2010. E se a elas juntarmos os membros do júri, o resultado é um divertido encontro, em que a alegria foi a palavra de ordem. O Hotel Cascais Miragem, com vista para o mar, foi o cenário ideal para este almoço, no dia 21, durante o qual as vencedoras receberam também os seus presentes: uma bicicleta da marca Specialized, um anel da Goms, produtos de beleza da L’Oréal Paris, e umas lembranças da Seat, patrocinadora ofi cial do evento. “Recebi este prémio com imenso orgulho, sinto-me muito honrada e fi quei particularmente

sensibilizada por saber que foram as leitoras que escolheram. Ou seja, isto não só duplica o meu agradecimento como a responsabilidade. As assessorias de gabinete nunca viram com bons olhos entrevistas a este tipo de revistas com receio de nos retirar credibilidade política, mas eu entendo exatamente o oposto. É uma forma de criar realmente ligação direta com os cidadãos e política é isso. E foi um almoço muito animado e engraçado com um grupo de mulheres muito interessantes”, revelou a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, eleita na categoria Elegância. Visivelmente satisfeita com este reconheci-mento mas também com os prémios estava a atriz Dalila Carmo, que venceu na categoria Cinema: “O fi lme [“Quero Ser Uma Estrela”] esteve muito pouco tempo nas salas e acho que este foi antes o reconhecimento que as leitoras têm do meu trabalho de uma forma geral. E fi quei muito contente por ter recebido esta bicicleta porque, nas últimas férias, apaixonei-me precisamente por uma bicicleta branca que vi numa montra”, confessou, divertida. Aliás, sentido de humor foi o que não faltou entre as convidadas. “Fiquei

Em cima, Sandra Anastácio, presidente da Ajuda de Berço, vencedora na área de Solidariedade, Joana Vasconcelos a experimentar a sua bicicleta, e Isabel Galriça Neto, eleita na categoria Política. Em baixo, Joana Freitas, e Nicolau

Breyner com Miguel Gil, administrador da TVI e também membro do júri

“Sempre disse que não trabalhava para prémios mas, na verdade, soube-me muito bem„ Sandra Anastácio

surpreendida com este prémio porque, como estava a competir com a Jani [Gabriel] que já tinha ganho o Globo de Ouro e o Fashion TV Awards, pensei que ia ser para ela. Mas depois fi z tanta campanha no Facebook que consegui muitos votos e ganhar”, brincou a manequim Ana Sofi a, que foi reconhecida pelo seu trabalho na Moda. Outra das mulheres premiadas, Helena Sacadura Cabral, eleita na categoria Literatura, não escondeu que, quando lhe telefonaram a dar a notícia, pensou tratar-se de uma brincadeira: “Fiquei muito surpreendida e achei que era uma piada porque os meus fi lhos [Miguel e Paulo Portas] têm a mania de brincar assim comigo.”Margarida Mangerão, eleita na área de Negócios, foi a única ausência no almoço, por motivos profi ssionais. ■

Em cima, as bicicletas Specialized que as vencedoras receberam. Ao lado, Alexandra Lencastre. Em baixo, Felipa Saraiva, editora executiva da Lux, Luís Norton de Matos, membro do júri,

e Cátia Gonçalves, relações públicas da Seat. Em baixo, Aurea, e Virgílio Castelo, membro do júri

“Quando percebi que tinha ganho, senti-me muito lisonjeada„ Aurea

texto Evelise Moutinho (emoutinho@lux.iol.pt) com Helena Pestana (hpestana@lux.iol.pt) fotos Artur Lourenço, João Cabral e Tiago Frazão

agradecimentos Seat Portugal, Goms Jewelry, L’Oréal Paris, Specialized, Anjewels, Rowenta, Hotel Cascais Miragem e Lojas Flor

Em cima, Cristina Ferreira, Dalila Carmo a mostrar o

anel da Goms, e Aurea com Gabriela Canavilhas. À direita,

Xandinha Jardim, relações públicas da Lux, com Joana Freitas, e Helena Sacadura

Cabral, membro do júri e vencedora na categoria Literatura, com Rosalina

Machado. Em baixo, Ana Sofi a

“À terceira foi de vez e foi com muita surpresa e honra que recebi o telefonema

a dizer que tinha ganho„ Joana Freitas

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PRÓXIMA EDIÇÃO

1 Out. 2010 29 Out. 2010 26 Nov. 2010 23 Dez. 2010 21 Jan. 2011 18 Fev. 2011 Copo de Vinho Tinto8 Out. 2010 5 Nov. 2010 3 Dez. 2010 30 Dez. 2010 28 Jan. 2011 25 Fev. 2011 Copo de Vinho Branco

15 Out. 2010 12 Nov. 2010 10 Dez. 2010 7 Jan. 2011 4 Fev. 2011 4 Mar. 2011 Copo de Água22 Out. 2010 19 Nov. 2010 17 Dez. 2010 14 Jan. 2011 11 Fev. 2011 11 Mar. 2011 Flûte de Champanhe

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“É uma doença autoimune, em que as células do próprio sistema imunitário atacam e destroem o folículo piloso„

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PERDAS DE CABELO FREQUENTES NA CRIANÇAAs alopécias, ou perdas de cabelo, podem ser cicatriciais (irreversíveis) ou não cicatriciais. Causas frequentes de alopécia não cicatricial na infância são a alopécia areata e a tinha do couro cabeludo. A tricotilomania pode confundir-se com as anteriores, pelo que também será abordada.A alopécia areata caracteriza-se pelo aparecimento súbito de uma ou mais áreas desprovidas de cabelo, circulares ou ovaladas, bem delimitadas, de dimensões variáveis, de superfície lisa e regular,sem alteração visível da superfície cutânea afetada. Atinge 0,1 a 0,2% da população de todas as idades, mas sobretudo o adolescente e o adulto jovem (até 50% antes dos 16 anos). Um em cada cinco doentes tem ou teve um familiar afetado. É uma doença autoimune, em que as células do próprio sistema imunitário atacam e destroem o folículo piloso. Pode estar associada a outras doenças auto-imunes, como o vitiligo, patologia da tiroideia, síndrome multiendócrino familiar e doença infl amatória intestinal. Pode ser precipitada por problemas emocionais. As lesões podem ser únicas, múltiplas, generalizadas a todo o couro cabeludo (alopécia total) ou a toda a superfície cutânea (alopécia universal).Na periferia da pelada observam-se cabelos partidos característicos, designados cabelos em pontode exclamação. Alguns padrões são característicos, como a pelada ofi ásica (localizada na região occipital, estendendo-se em banda periférica até à área de implantação das orelhas). Em cerca de 20% há alterações das unhas (picotado, estriação). O curso é variável. Podem surgir novas áreas de pelada ao longo de meses. Quando existem poucas lesões, o prognóstico é favorável, com repovoamento completo ao fi m de um ano em 95% dos casos. No entanto, as recorrências são frequentes. São fatores de mau prognóstico o início precoce (antes da puberdade), a multiplicidade ou a grande extensão das lesões, os padrões de alopécia total ou ofi ásica, as alterações das unhas e uma evolução superior a um ano. O tratamento controla as lesões, mas não impede o aparecimento de novas peladas. Atendendo à elevada percentagem de remissão espontânea, alguns autores defendem a abstenção de tratamentonos casos limitados. Nas crianças, a terapêutica mais frequente consiste na aplicação de tópicos. A terapêutica sistémica está reservada para os casos graves ou rapidamente progressivos.A tricotilomania é uma alopécia de tração que resulta do tique de arrancamento dos cabelos. Afeta crianças de ambos os sexos, geralmente com mais de 5 anos, e adolescentes jovens. O hábito é praticado na cama, antes de adormecer, ou enquanto está a ler, a escrever ou a ver televisão. É uma alopécia localizada geralmente na região anterior do couro cabeludo, circunscrita mas mal delimitada,de superfície áspera, pois contém cabelos partidos de diferentes comprimentos. A observação direta ou o achado de tufos de cabelo sobre a almofada confi rma o diagnóstico. O tratamento assenta numa boa relação médico-família-doente e na tomada de consciência do tique pela família e pela criança. Os casos graves e persistentes requerem a utilização de antidepressivos e acompanhamentopsiquiátrico.A tinha do couro cabeludo é uma infeção do cabelo causada por fungos dermatófi tos, típica das criançase que raramente se observa após a puberdade. Na verdade, não se trata de uma verdadeira alopécia,já que os cabelos afetados partem-se ao nível da superfície cutânea, observando-se os cotos implantados na pele. As áreas de pseudo-alopécia ocorrem em número e em dimensões variáveis e acompanham-se de descamação, eritema (vermelhidão) e prurido também variáveis. Por vezes pode observar-se apenas descamação, praticamente sem área de pelada. Os agentes mais frequentes são Microsporum Canis e M. Audouinii e Trichophytum Tonsurans, T. Violaceum e T. Soudanense. Podem transmitir-se entre humanos, de animais para humanos ou a partir do solo. A contagiosidade é elevada,o que explica os surtos que às vezes ocorram em escolas, creches e infantários. O diagnóstico assentanos aspetos clínicos e no exame microscópico direto e na cultura a partir do material recolhido (escamas e cotos de cabelos extraídos com pinça de depilação). O tratamento é prolongado (seis a oito semanas) e feito com fármacos orais, os únicos capazes de penetrar no folículo piloso. A criança pode frequentar a escola desde que apresente declaração médica comprovativa de que está efetuar o tratamento adequado.

por Carolina Gouveia Dermatologista Hospital CUF Descobertas Lisboa

vasco.sousacoutinho@hospitalcufdescobertas.pt

“Considerando que Manuel Alegre foi e continuou a ser um candidatoindependente – já que nem o PS nem o BE o teriam escolhido, se pudessem – os resultados da eleição foram a maior vitória de sempre para os independentes (...) A fraqueza partidária é má para a democracia. Os independentes ganharam muitos votos. É caso para desconfi ar destas eleições. Ou então não”Miguel Esteves Cardoso in Público

“Os portugueses até já dizem que se vivia melhor no tempo de Salazar. Não vivia, claro que não vivia. Havia era mais certezas e a certeza de que não havia más notícias nos jornais”Manuel Queiroz in i

“Se as coisas não resultarem, vou tentar ser hospedeira de bordo”Joana Duarte, atriz, in Correio da Manhã

“Cavaco Silva ganhou sem paixão, e Manuel Alegre perdeu com estrondo. Para além disso, Fernando Nobre tem razões para se sentir satisfeito e, acima de tudo, a sociedade portuguesa deve interrogar-se porque é que um inimputável como José Manuel Coelho pode chegar a ter 190 mil votos”João Marcelino in Diário de Notícias

“O homem [José Sócrates] deixou de ser um pobre pacóvio deslumbrado com o poder para se tornar numa fi gura internacional. Agora é uma criatura falada nas grandes capitais, de Berlim a Washington. Um sucesso obtido a pulso e com uma determinação inabalável: ‘Minto, logo existo’”António Ribeiro Ferreira in Correio da Manhã

“Cavaco não é claramente um homem que se arrisque e não vale a pena imaginar que ele mexerá um dedo para salvar a Pátria. Cavaco não se mexe. Excepto por Cavaco”Vasco Pulido Valente in Público

“Em lugar de ser generoso e magnânimo para com os vencidos, Cavaco foi rancoroso. (...) Além de lhe fi car mal, representa um erro político grave (...) com a agravante de que, feitas bem as contas ao volume da abstenção, a metade que votou nele está longe de ser maioritária”Mário Soares in Diário de Notícias

“Não ouvi nenhum candidato dizer o que me parecia necessário, resta-me esperar mais cinco anos por nova oportunidade. Oxalá então ainda haja República que

necessite de um Presidente”Miguel Sousa Tavares in Expresso

“A corrupção é a doença mais grave que afecta Portugal. A imunidade transformou-se em impunidade e nada acontece aos agentes políticos; são uma casta à parte. É um terceiro-mundismo mascarado de europeísmo”Júlio Isidro in Correio da Manhã

“Gosto do número 13. Numa lotaria de SantoAntónio, a 13 de junho, saiu-me o primeiro prémio, de 130 mil contos [650 mil euros]”Valentim Loureiro in Única

“Não me sinto realizado. Estou a tentar realizar-me neste curto espaço que me resta”Manoel de Oliveira in Diário de Notícias

“Quem manda na justiça é o Ministrodas Finanças. A crise é o pretexto para atingir a justiça que tocou nos intocáveis”Rui Rangel in Correio da Manhã

“Portugal tem uma fi scalidade hiperactiva. Os impostos

nascem, crescem, multiplicam-se (...) A criação meteórica de impostos, taxas e cobranças é (...) de tal modo desordenada que gera fenómenos ridículos, quase absurdos”Pedro Santos Guerreiro in Sábado

“Gostava imenso de fazer teatro. Falei com o Diogo Infante e disse-lhe: ‘Diogo, quando é que venho fazer uma peça?’ E ele respondeu: ‘Tu estás sempre grávida, mulher!’”Fernanda Serrano in TV 7 Dias

citações

“Baço, desajeitado, inculto sem cura, preconceituoso, assaltado

por pequenas vinganças e latentes ódios, ele é o representante típico

de um Portugal rançoso, supersticioso e ignorante„

Baptista-Bastos, sobre Cavaco Silva, in Diário de Notícias

paulo coelhoRu

i Mor

eno

www.paulocoelhoblog.com

“Vocês, que se acham perfeitos, não tiveram a humildade de receber, e o pobre homem não teve a alegria de dar„

DE COMO O MUNDO É UM ESPELHO

O ENCONTRO ESQUECIDOO mullah Nasrudin, personagem central da tradição sufi , marcou um encontro com um importante fi lósofo da sua aldeia – mas acabou por se distrair com outra coisa, e não chegou à hora marcada. O fi lósofo, depois de esperar algum tempo, escreveu na porta da casa de Nasrudin: “Irresponsável!”E foi-se embora. Horas depois, Nasrudin apareceu em casa dele. – Então, você esqueceu-se do nosso compromisso? – bradou o homem. – Sim, esqueci-me, e peço desculpa. Mas, ao chegar a casa, vi que deixara o seu nome no portão, e vim imediatamente.

A GENEROSIDADE E A RECOMPENSACompadecido com a pobreza do rabino Jusya, Ephraim colocava diariamente algumas moedas debaixo da sua porta. E reparou que, quanto mais dava a Jusya, mais dinheiro ganhava.Ephraim lembrou-se de que o rabino Baer era mestre de Jusya, e pensou: “Se sou bem recompensado ao dar ao discípulo, imagine o quanto ganharei se resolver apoiar o seu mestre.”Viajou para Mezritch, e cobriu de presentes o rabino Baer. A partir daí, a sua vida começou a piorar, e quase perdeu tudo. Intrigado, procurou Jusya e contou o ocorrido.– É muito simples – disse Jusya. – Enquanto você dava sem pensar a quem, recebia. Deus também fazia o mesmo. Mas quando começou a procurar gente ilustre para fazer as suas doações, Deus também passou a fazer a mesma coisa.

ENCHER O COPO ALHEIODurante um jantar no mosteiro de Sceta, o padre mais idoso levantou-se para servir água aos outros. Foi de mesa em mesa com muito esforço, mas nenhum dos padres aceitou.“Somos indignos do sacrifício deste santo”, pensavam.Quando o velho chegou à mesa do abade João Pequeno, este pediu-lhe que enchesse o seu copo até à borda.Os outros monges olharam, horrorizados. No fi nal do jantar, repreenderam João: – Como pode julgar-se digno de permitir-se ser servido por um homem santo? Não percebeu o quanto lhe custou levantar a garrafa? Não notou como as suas mãos tremiam? – Como posso impedir que o bem se manifeste? – respondeu o João. – Vocês, que se acham perfeitos, não tiveram a humildade de receber, e o pobre homem não teve a alegria de dar.

O ALUNO QUE FURTAVADurante uma das aulas do mestre zen Bankei, um aluno foi apanhado a roubar. Todos os discípulos pediram a expulsão do aluno.Bankei não fez nada. Na semana seguinte, o aluno roubou de novo, mas Bankei manteve-o na sua turma. Irritados, os outros escreveram uma petição exigindo que o ladrão fosse punido. – Como vocês são sábios – disse Bankei, ao ler o pedido. – Conhecem a diferença entre o que é certo e o que está errado. Podem estudar em qualquer outro lugar. Mas este pobre irmão – que não sabe o que é certo ou errado – só tem a mim para o ensinar, e continuarei a fazer isto.Uma torrente de lágrimas purifi cou o rosto do ladrão: o desejo de roubar havia desaparecido.

PAULO SOUSA COSTA emociona-se na estreia de “Os 39 Degraus”, numa noite dedicada ao fi lho

Com o apoio da namorada, CARLA MATADINHO, o produtor regressou ao trabalho quatro meses depois da morte de Paulinho

Paulo Sousa Costa teve direito a casa cheia no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, cidade natal de Paulinho, e mereceu rasgados elogios pela estreia de um dos espetáculos mais premiados da Broadway

“Como é bom estar em Coimbra! Quero dedicar esta noite ao meu filhote!” Foi assim que Paulo

Sousa Costa agradeceu o carinho do público na cidade dos estu-dantes, local escolhido para estrear a peça “Os 39 Degraus”, uma adaptação para teatro do clássico

de Alfred Hitchcock. Esta comédia hilariante, produzida pela Statement e protagonizada por Inês Castel--Branco, Joaquim Horta, João Didelet e Rui Melo, marca o regresso do produtor ao trabalho, precisamente quatro meses após a morte do fi lho. Na cidade que viu nascer Paulinho há sete anos, Paulo Sousa Costa teve direito a

casa cheia no Teatro Académico Gil Vicente e mereceu rasgados elogios pela estreia nacional de um dos espetáculos mais brilhantes e premiados, da Broadway ao West End. Ao lado da namorada, Carla Matadinho, Paulo Sousa Costa revelou à Lux como sobrevive, quatro meses depois de perder o fi lho.

Lux – Está feliz com a estreia?Paulo Sousa Costa – Para mim superou as expectativas. O público de Coimbra é fantástico. Eu estavaparticularmente nervoso, pelos motivos que sabemos, mas está-vamos muito contentes, se é que posso usar essa palavra hoje em dia. Já poucas coisas me deixam nervoso. Já me sentei na bomba

Paulo não tem dúvidas de que o fi lho daria um bom ator. “Foi um protagonista,

que deixa muitas saudades”, diz o produtor

“Já me sentei na bomba atómica,

portanto agora estou à prova de bala„ Paulo

atómica, portanto agora estou à prova de bala. Lux – Coimbra é um local especial para si...P.S.C. – Foi uma coincidência. Mas sei que o meu fi lhote esteve comigonesta estreia. Foi um momento muito emotivo para mim, até porque era o dia que era [quatro meses após a morte do fi lho]. Coim-bra é e será sempre a cidade do Paulinho. No fundo, foi uma forma de homenagear o meu filho. Quando escolhemos a cidadepara estrear a peça, estava longe de imaginar o que ia acontecer. Foi por tudo isto que dediquei a noite ao meu fi lhote. Tenho tentado, bem sei que é difícil, mas tenho tentado resguardar-me o máximo possível e só me expor quando faz sentido. Ninguém me vê a falar de sofri-mento e aqui o contexto é este, desistir não é uma opção e eu estou aqui a trabalhar.Lux – O trabalho ajuda-o a seguir em frente?P.S.C. – Ajuda muito. Lux – O Paulinho adorava teatro...P.S.C. – Sim, gostava muito. A última peça que ele viu foi “Os Produtores”. Ele já sabia as músicas e adorava este ambiente. Andava pelos bastidores e era a coqueluche da equipa. Não tenho o direito de o privar de estar comigo numa situação destas. Antigamente éramos dois em um, agora somos um em dois. Lux – O Paulinho daria um bom ator?P.S.C. – O Paulinho era um cómico. Muito expressivo e muito dramático

“Sei que o meu fi lhote esteve comigo nesta estreia. Foi um momento muito

emotivo para mim„ Paulo

Com esta peça, Paulo Sousa Costa, de 42 anos, e Carla Matadinho, de 28, estão juntos no amor e nos negócios. “A Carla está a ser uma excelente ajuda como relações públicas”, diz o namorado

também quando queria. Eu acho que ele iria ser ator. Foi um protagonista, que deixa muitas saudades.Carla Matadinho – O Paulinho era um verdadeiro artista...Lux – Com esta peça é caso para dizer que o Paulo e a Carla estão juntos no amor e nos negócios?P.S.C. – A Carla fez um ótimo trabalho de assessoria. Está a ser uma excelente ajuda como relações públicas. Para além de manequim, ela tem também trabalhado bastante nesta área e aqui tem-se revelado funda-mental numa série de fatores.Lux – É fácil trabalhar com o namorado?C.M. – É muito bom trabalhar com o Paulo e é ótimo podermos passar mais tempo juntos. Claro que em todos os trabalhos há difi culdades, independente-mente de ser com o namorado ou não.Lux – Com esta azáfama, ainda têm tempo para namorar e pôr de lado o trabalho?C.M. – Agora não tem sido possível (risos).P.S.C. – Estamos num ritmo alucinante que era previsível até à estreia. Temos tempo para tudo e para namorar também, claro. A Carla aqui é uma mais--valia. Ela acompanha-me muito e há momentos mais complicados do que outros. Ela tem-me apoiado bastante. Formamos uma boa dupla.Lux – Casar e ser mãe é um sonho que fi ca adiado?C.M. – Estamos os dois a dar prioridade ao trabalho. Uma coisa de cada vez... ■

texto Joana Côrte-Real fotos Ricardo Santos

maquilhagem e cabelo Andreia Moreira e Andreia Santos para Make it Up

agradecimentos Meliá Palácio da Lousã

INÊS CASTEL-BRANCO regressa ao trabalho,

três meses após ter sido mãe de Simão

“Era impensável fazer esta peça longe do meu bebé„

Inês Castel-Branco, de 28 anos, regressou ao trabalho, três meses após ter dado à luz o seu primeiro fi lho, Simão, fruto da relação de sete anos com Filipe Pinto Soares, de 36. A atriz protagoniza “Os 39 Degraus”, uma adaptação para teatro do clássico de Alfred Hitchcock, encenada pelo argentino Claudio Hochman e produzida por Paulo

Sousa Costa e Pedro Costa, da Statement. Ao lado de Joa-quim Horta, João Didelet e Rui Melo, Inês tem destaque nesta comédia hilariante, que em dia de estreia mereceu casa cheia, no Teatro Académico Gil Vi-cente, em Coimbra. “Foi muito emocionante. É um texto que já ganhou muitos prémios e que funciona pelo trabalho de equipa,

principalmente porque somos nós que construímos e des-construímos os cenários e as personagens”, revela a filha da escritora Luísa Castel-Bran-co, que não se afasta do seu bebé nem por um segundo. “Saiu-me a sorte grande. O Simão é um anjinho e tenho ajuda para cuidar dele enquanto estou a trabalhar. Ele está sempre

comigo nos ensaios e hoje, no dia da estreia, está nos bastidores à minha espera. Era impensável fazer esta peça longe do meu bebé”, diz a atriz que vai andar em digres-são pelo País até outubro. Por enquanto, Inês Castel-Brancojá perdeu 18 dos 25 kg que engordou durante a gravidez. ■

fotos Ricardo Santos

Inês Castel-Branco não se separa de Simão nem por um segundo. Enquanto está em palco, o bebé fi ca aos cuidados de uma babysitter nos bastidores do teatro. A atriz conta ter a visita de Filipe Pinto Soares

durante a tournée: “Ele tem de trabalhar, mas sei que não vai aguentar as saudades”, adianta

Na mesma semana IRINA SHAYK foi

considerada a mulher mais sexy do mundo

CRISTIANO RONALDO mostra

decoração da sua casa de 4,9

milhões de euros

O orgulho nas suas iniciais é revelado no momento em que se entra em casa. Do portão às almofadas e ao sofá em forma de C, tudo está personalizado com as inevitáveis CR. Em cima, a planta da mansão, uma das salas da casa, e o quarto de Ronaldo

Desde o verão de 2009 que Cristiano Ronaldo vive numa mansão de 4,9 milhões de euros, mas só agora o

jogador a apresentou ao mundo sem qualquer tipo de tabus, no programa “Supercasas”, do canal

espanhol La Sexta. Localizada em La Finca, o bairro mais exclu-sivo de Madrid, a casa de Cris-tiano Ronaldo tem 800 m2 e conta com todos os tipos de luxos e mordomias. Mas, ao contrá-rio do que se poderia pensar de um jovem de 25 anos, o inter-

nacional português não deixou os créditos por mãos alheias e, ao lado de Joaquín Torres, um dos mais prestigiados arquitetos espanhóis, fez questão de parti-cipar ativamente na decoração da casa. Por isso mesmo, nos sete quartos, dois closets, oito

casas de banho, três salas, pá-tio interior tipo japonês, piscina, garagem para seis carros e amplos jardins, é possível perceber o estilo de Cristiano Ronaldo, que revelou o seu lado mais narcisista e personalizou cada um dos espaços com peças que ostentam

Cristiano Ronaldo fez

questão de personalizar

todas as divisões da sua casa

as suas iniciais. Exemplo disso é logo o portão da entrada, onde chamam a atenção as letras CR incrustadas. Mas ao longo da reportagem foi possível ver muitomais exemplos, que vão desde o simples estampado nas almo-fadas ao sofá que fez questãode que fosse em forma de C. Pela primeira vez, Ronaldo deu a conhecer o quarto do fi lho,

Cristiano Jr., de 7 meses.Aqui o jogador optou pela sobriedade e pelo minimalismo, sobressaindo apenas as prate-leiras e pormenores em verde--alface. Apesar de todo o luxo, ainda assim a moradia do jogador é considerada na urbanização como sendo de “classe média”. Na mesma semana em que deu a conhecer um pouco mais da sua

vida privada, Cristiano Ronaldo celebrou ainda uma outra vitó-ria pessoal: a atribuição do título de mulher mais sexy do mun-do a Irina Shayk, a namora-da do jogador, pela revista espanhola DT, deixando em segundo lugar Sara Carbonero, a musa de Iker Casillas. ■

Em cima, vista da fachada da moradia de design moderno no bairro de La Finca, em Madrid, e o quarto do fi lho de Cristiano Ronaldo. Em baixo, o jogador na piscina

da sua casa. Ao lado, Irina Shayk há poucos dias num evento em Nova Iorque

texto Helena Pestana (hpestana@lux.iol.pt)fotos Arquivo Lux e D.R.

LEONOR SILVEIRA recebe condecoração

do Governo francês, sob

o olhar atento do marido,

JOÃO WEBD SOUSA PAZ

“É uma honra

enorme e uma

emoção única„

Leonor Silveira

Foi num ambiente de enorme alegria e emoção que Leonor Silveira recebeu as insígnias de Cavaleiro

da Ordem das Artes e das Letras das mãos do embaixador francês em Portugal, Pascal Teixeira da Silva. “É uma honra enorme e uma emoção única

sermos (nós, cinematografi a portuguesa) condecorados e presenteados pelo Gover-no francês, que continua a ver o cinema português de uma forma muito atenta e particular. Considero esta condecoração maravilhosa para o cinema português, e para mim é fantástica. Profi ssionalmente,

agradeço a ligação cultural que continua a existir entre os dois países”, afi rmou, visi-velmente feliz. A cerimónia, que decorreu no dia 25, na Embaixada da França, em Lisboa, contou com a presença de inúmeros amigos e admira-dores da atriz, de 40 anos, que mostrou toda a sua elegância

Em cima, à esquerda, Leonor Silveira, num elegante modelo de José António Tenente, com o marido, João Webd Sousa

Paz, com quem tem dois fi lhos, João Maria, de 6 anos,

e Beatriz, de 3. À direita, a atriz a receber a condecoração

das mãos do embaixador francês, Pascal Teixeira da Silva

A atriz contou também

com a presença dos pais e do realizador e

amigo MANOEL DE OLIVEIRA

Em cima, Leonor Silveira com o seu “mestre”, o realizador Manoel de Oliveira, que aos 101 anos continua no ativo, os pais da atriz, Maria Ana Monique e João José Lemos Gomes, e Leonor com o marido

“Quero agradecer aos meus pais

e ao meu marido, que me incentivaram sempre„ Leonor Silveira

num conjunto do amigo es-tilista José António Tenente. Entre os presentes encontra-vam-se algumas pessoas muito especiais para Leonor Silveira, como o marido, João Webd Sousa Paz, com quem tem

dois fi lhos, João Maria, de 6 anos, e Beatriz, de 3, e os pais, Maria Ana Monique e João José Lemos Gomes. Outro nome incontornável da carreira da atriz e que não poderia faltar é Manoel de Oliveira, por quem

Leonor Silveira tem uma enorme admiração e amizade: “O Manoel de Oliveira é o meu mestre e estes 24 anos juntos são uma vida. E ter tido a honra de o ter ao meu lado neste dia tão

especial e a presenciar esta minha condecoração é muito importante. É uma alegria e uma honra imensa”, confessou,emocionada. ■

texto Evelise Moutinho (emoutinho@lux.iol.pt)fotos Ricardo Santos

É sobre David Touger que recaem todas as esperanças da família de Renato Seabra, a poucos dias da decisiva audiência, marcada para 1 de fevereiro. O futuro do manequim

está agora nas mãos do advogado americano que tem preparado exaustivamente a defesa. Com uma vasta experiência na área do direito criminal, David Touger é reconhecido pelo seu pulso forte e goza de uma excelente reputação. Em vários fóruns da Internet, os antigos clientes perdem-seem elogios e classifi cam a sua atuação nos tribunais de excelente. “O seu vocabulário não inclui as palavras fugir, desistir ou perder. A sua capacidade de trabalho é inesgotável. A sua mente está sempre a questionar-se, a analisar… Ele é capaz de abalar mesmo quem tem nervos de aço e, ao mesmo tempo, tem uma profunda preocupação pelos seus clientes. É um verdadeiro homem de carácter que reco-mendo sem reservas”, pode ler-se num dos comentários. Em 1990, David Touger deu mostras da sua ousadia ao defender Ricardo Nova, de 19 anos, acusado de ter assassinado Brian Watkins. Alegou, em tribunal, que o depoimento do seu cliente, assumindo-se como culpado, tinha sido obtido

de forma ilegal, uma vez que as autoridades policiais não deixaram Brian telefonar para um advogado, um amigo ou mesmo um familiar, e não lhe leram os direitos antes da confi ssão, indo contra os princípios da Constituição americana. Esta pode vir a ser também uma das linhas da estraté-gia de defesa que David Touger está a preparar para Renato Seabra, uma vez que o manequim foi interrogado pela polícia em Nova Iorque quando ainda não tinha advogado e se encontrava internado na ala psiquiátrica de um hospital, sob vigilância médica e muito perturbado. Casado desde 16 de fevereiro de 1986 com Paula Bernhardt, antiga assistente do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o advogado é natural de Long Island mas vive em Milburn. É fi lho de um antigo contabilista, judeu e presidente de uma sinagoga local. Defende com unhas e dentes os seus clientes e, embora já tenha recusado prestar declarações sobre o caso de Renato, as suas palavras, mesmo vagas, são esclare-cedoras em relação à sua postura. “Não se conhecem todos os factos, por muito que se especule. O que é maravilhoso no nosso sistema de justiça é que ele é inocente até prova em contrário”, afi rmou. David Touger tem sido a única visita do manequim português

na ala prisional do Bellevue Hospital. Uma das estratégias da defesa será tentar demonstrar que o modelo foi atraído por promessas falsas. Os pais, Odília Pereirinha e Joaquim Seabra, que já visitaram o fi lho, de acordo com o cunhado, José Malta, não deverão estar em Nova Iorque no dia da audiência. “Acho que a minha sogra não vai ter condições para isso e o pai do Renato acabou de regressar e não deve ir lá tão depressa”, explicou à Lux. A família tem tentado a todo o custo reunir dinheiro para pagar a defesa de Renato. Odília Pereirinha pôs a casa à venda, já teve, pelo menos, um casal interessado, mas ainda não conseguiu desfazer-se do imó-vel, no centro de Cantanhede. “Admito que agora, com a crise que o País atravessa, não seja muito fácil vendê-la”, reconhece José Malta. A mãe de Renato regressou ao trabalho no Centro de Saúde de Cantanhede e ainda não decidiu se vai pedir a reforma antecipa-da nem se vai viver para Nova Iorque… Sem querer tomar decisões precipitadas, a enfermeira, que já confessou ao jor-nal Sol estar a viver um pesadelo, tem o seu coração nos Estados Unidos. Odí-lia Pereirinha desespera por notícias do fi lho. “Não há informação ofi cial. A minha

O advogado de Renato Seabra, em cima – que tem sido a única visita do jovem português no Bellevue Hospital –, tem uma vasta experiência em direito criminal, goza de uma excelente reputação e é reconhecido pelo seu pulso forte

Futuro de RENATO SEABRA nas mãos do advogado americano DAVID TOUGER

Fontes do Bellevue Hospital garantiram à Lux que o jovem de Cantanhede está bem e a recuperar a lucidez

É sobre David Touger que recaem todas as esperanças da família de Renato Seabra, a poucos dias da decisiva audiência, marcada para 1 de fevereiro. O futuro do manequim

está agora nas mãos do advogado americano que tem preparado exaustivamente a defesa. Com uma vasta experiência na área do direito criminal, David Touger é reconhecido pelo seu pulso forte e goza de uma excelente reputação. Em vários fóruns da Internet, os antigos clientes perdem-seem elogios e classifi cam a sua atuação nos tribunais de excelente. “O seu vocabulário não inclui as palavras fugir, desistir ou perder. A sua capacidade de trabalho é inesgotável. A sua mente está sempre a questionar-se, a analisar… Ele é capaz de abalar mesmo quem tem nervos de aço e, ao mesmo tempo, tem uma profunda preocupação pelos seus clientes. É um verdadeiro homem de carácter que reco-mendo sem reservas”, pode ler-se num dos comentários. Em 1990, David Touger deu mostras da sua ousadia ao defender Ricardo Nova, de 19 anos, acusado de ter assassinado Brian Watkins. Alegou, em tribunal, que o depoimento do seu cliente, assumindo-se como culpado, tinha sido obtido

de forma ilegal, uma vez que as autoridades policiais não deixaram Brian telefonar para um advogado, um amigo ou mesmo um familiar, e não lhe leram os direitos antes da confi ssão, indo contra os princípios da Constituição americana. Esta pode vir a ser também uma das linhas da estraté-gia de defesa que David Touger está a preparar para Renato Seabra, uma vez que o manequim foi interrogado pela polícia em Nova Iorque quando ainda não tinha advogado e se encontrava internado na ala psiquiátrica de um hospital, sob vigilância médica e muito perturbado. Casado desde 16 de fevereiro de 1986 com Paula Bernhardt, antiga assistente do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o advogado é natural de Long Island mas vive em Milburn. É fi lho de um antigo contabilista, judeu e presidente de uma sinagoga local. Defende com unhas e dentes os seus clientes e, embora já tenha recusado prestar declarações sobre o caso de Renato, as suas palavras, mesmo vagas, são esclare-cedoras em relação à sua postura. “Não se conhecem todos os factos, por muito que se especule. O que é maravilhoso no nosso sistema de justiça é que ele é inocente até prova em contrário”, afi rmou. David Touger tem sido a única visita do manequim português

na ala prisional do Bellevue Hospital. Uma das estratégias da defesa será tentar demonstrar que o modelo foi atraído por promessas falsas. Os pais, Odília Pereirinha e Joaquim Seabra, que já visitaram o fi lho, de acordo com o cunhado, José Malta, não deverão estar em Nova Iorque no dia da audiência. “Acho que a minha sogra não vai ter condições para isso e o pai do Renato acabou de regressar e não deve ir lá tão depressa”, explicou à Lux. A família tem tentado a todo o custo reunir dinheiro para pagar a defesa de Renato. Odília Pereirinha pôs a casa à venda, já teve, pelo menos, um casal interessado, mas ainda não conseguiu desfazer-se do imó-vel, no centro de Cantanhede. “Admito que agora, com a crise que o País atravessa, não seja muito fácil vendê-la”, reconhece José Malta. A mãe de Renato regressou ao trabalho no Centro de Saúde de Cantanhede e ainda não decidiu se vai pedir a reforma antecipa-da nem se vai viver para Nova Iorque… Sem querer tomar decisões precipitadas, a enfermeira, que já confessou ao jor-nal Sol estar a viver um pesadelo, tem o seu coração nos Estados Unidos. Odí-lia Pereirinha desespera por notícias do fi lho. “Não há informação ofi cial. A minha

O advogado de Renato Seabra, em cima – que tem sido a única visita do jovem português no Bellevue Hospital –, tem uma vasta experiência em direito criminal, goza de uma excelente reputação e é reconhecido pelo seu pulso forte

Futuro de RENATO SEABRA nas mãos do advogado americano DAVID TOUGER

Fontes do Bellevue Hospital garantem à Lux que o jovem de Cantanhede está bem e a recuperar a lucidez

sogra não sabe se o fi lho está ou não a ser medicado nem qual é o seu real estado de saúde. É um país longínquo e o hospital tem as suas regras. A mãe do Renato tem falta de informação e queixa-se muito disso. A maior preocupação dela é reunir condições para ir lá, só para estar com o fi lho, porque sabe que ele está sozinho”, confessa o cunhado domanequim. Fontes do Bellevue Hospital garan-tiram à Lux que Renato está bem e a recuperar a lucidez. Contudo, depois de visitar o fi lho em Nova Iorque, Odília Pereirinha não escon-deu a sua apreensão: “Vi-o muito perturbado, muito perdido. Tenho muito medo de que este estado possa ser irreversível”, disse ao semanário Sol. Entretanto, em Cantanhede, sucedem-se os esforços para ajudar a defender Renato Seabra.Um grupo de amigos criou a Associa-ção Estrela de Afectos, com o objetivo de ajudar as famílias daqueles que se en-contrem envolvidos em processos judiciais no estrangeiro. No imediato, pretendem reunir apoios para fi nanciar a defesa de Renato, mas estão ainda à espera de autorização das entidades governamentais para poderem divulgar o NIB da conta. ■

texto Natália Ribeiro (nribeiro@lux.iol.pt)fotos Tiago Frazão, Vítor Mota/Correio da Manhã, D.R. e Arquivo Lux

Uma das estratégias

da defesa será tentar provar

que o modelo foi atraído por falsas

promessas

À esquerda, Joaquim Seabra, pai de Renato, com a atual

mulher, Sónia, e o advogado David Touger. Em baixo, a mãe

do modelo e a sua casa de Cantanhede que está à venda

“Está perturbado e perdido. Tenho

medo de que este estado possa

ser irreversível„ Odília Pereirinha ao Sol

antena lux

Anton Beill e Benedita PaesJÁ LEVARAM CAROLINE PARA CASACaroline Frederika, a primeira fi lha de Benedita Paes e Anton Beill, nasceu no dia 18, com 3 kg e 52 cm, de cesariana, no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa. No dia em que levou o bebé para casa, o casal mostrou-se visivelmente feliz e encantado com esta nova etapa. “É uma enorme felicidade e uma emoção. Estamos os dois completamente apaixonados por ela. É um bebé saudável e calminho, mas quando chora fi co sempre um pouco angustiada. Ser mãe é muito mais do que alguma vez imaginei ou do que me diziam”, confessou.

Rute Marques e João PatrícioNAMORO DE DOIS ANOS CHEGA AO FIM

A ex-manequim não só terminou o namoro de cerca de dois anos com o realizador da Comunicasom,

como também afi rma ter deixado o meio televisivo. Rute Marques, que é mãe de Martim, fruto

do casamento com Bernardo Macambira, confessou que não houve nada de especial que ditasse o fi m

da relação, que foi uma decisão pensada a dois e que continuam amigos.

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Charlene Wittstock e Alberto II do MónacoFUTURA PRINCESA FOI O CENTRO DAS ATENÇÕES NA ENTREGA DOS PRÉMIOS DO CIRCO, NO DIA EM QUE FEZ 33 ANOSAo lado do noivo, o príncipe Alberto II, Charlene Wittstock foi a estrela maior do encerramento do Festival de Circo do Mónaco, que se realizou no dia 25, data do seu 33º aniversário. Charlene, que entregou os prémios, mostrou-se feliz ao lado da futura cunhada, Stéphanie, e da fi lha desta, Pauline Ducruet.

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Oprah WinfreyENCONTRA MEIA-IRMÃA apresentadora norte-americana descobriu que tem uma meia-irmã e apresentou-a no seu programa há dias. A mulher, de nome Patricia, tem 48 anos e foi dada para adoção quando Oprah tinha apenas 8. No programa, as duas mulheres viveram um momento muito emotivo: “Este é o milagre dos milagres”, disse Oprahaos telespetadores. Quando Patricia nasceu, em 1963, Oprah vivia com o pai e desconhecia que a mãe estava grávida. Patricia passou por vários lares de acolhimento até ser adotada aos 7 anos. A apresentadora conheceu-a em novembro de 2010 depois de Patricia reconhecer a mãe biológica, Vernita Lee, na televisão e de ter confi rmado o parentesco com um teste de ADN.

Cristina Simões e Luís Ribeiro

15 MILHÕES CONTINUAM NO BANCO O ex-casal de namorados

de Barcelos ainda não chegou a acordo em relação

ao prémio do Euromilhões, de 15 milhões de euros,

ganho em 2007. Cristina Simões não concordou com a decisão

do Tribunal de Barcelos de dividir o prémio em partes

iguais com Luís Ribeiro e recorreu da sentença.

Penélope Cruz e Javier BardemPRIMEIRO FILHO DO CASAL NASCEU EM HOLLYWOODÉ um menino e nasceu no dia 22, no conhecido hospital Cedars-Sinai de Beverly Hills, nos EUA, mas o casal ainda não divulgou o nome do bebé. Juntos há três anos, Penélope Cruz, de 36 anos, e Javier Bardem, de 41, que acabou de ser nomeado para o Óscar de Melhor Ator Principal pelo fi lme “Biutiful”, vivem o momento mais feliz das suas vidas.

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John HerbertATOR MORRE AOS 81 ANOS

Internado desde o dia 5 de janeiro, o ator brasileiro John Herbert morreu,

aos 81 anos, vítima de insufi ciência respiratória. Segundo nota do seu assessor, John sofria de enfi sema

pulmonar. O ator, que foi casado com Eva Wilma, era atualmente casado

com Claudia Librach, com quem teve dois fi lhos. O seu último trabalho foi

na telenovela “Três Irmãs”.

D.R

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CARLOS CRUZ ganha nova

esperança, depois de CARLOS

SILVINO dizer que os arguidos

do processo Casa Pia “são todos

inocentes”

“Espero que isto resulte

na total ilibação

do meu pai e que o seu bom nome fi que limpo„

Marta Cruz

D ois dias depois de o processo Casa Pia ter entrado no Tribunal da Relação – onde será apreciado pelos

juízes desembargadores, após os recursos apresentados pelos advogados dos arguidos –, Carlos Silvino, a principal testemunha de acusação, deu uma entrevista na qual diz ter mentido em tribunal. “O Carlos Cruz está inocente. São todos inocentes”, garante o antigo motorista da Casa Pia à revista Focus, acrescentando que foi manipulado pelos agentes da Polícia Judiciária e que estava sob o efeito de medicamentos: “Fui obrigado a mentir. Estava sempre drogado, tomava medi-

cação forte várias vezes ao dia. Durante mais de três anos não soube o que era dormir e não me lembro da maioria das coisas. Só agora é que estou a aper-ceber-me do que me fi zeram. Fui internado em Caxias e quando saí de lá parecia um esque-leto. Não comia e não dor-mia. Só levava injeções e tira-vam-me sangue. Depois, ainda aumentaram a medicação”, afirma. Estas queixas do ex--casapiano encontram eco numa avaliação feita pelo médi-co José Pinto da Costa. Con-frontado com as receitas que constam no processo, o especialista do Instituto de Medicina Legal fala num “cocktail

muito avançado”. Carlos Silvino começou a ser medicado em julho de 2003 e Pinto da Cos-ta mostra surpresa em relação àquilo que lhe fi zeram: “Ao que se sabe, ele não era esquizofrénico nem bipolar. Um tratamen-to destes, ao longo do tem-po, deve ter-se refl etido gra-vemente na sua condição física. Claro que não pode-ria estar na posse de todas as suas faculdades mentais. Esta medicação provocou-lhe, com certeza, uma forte alteração da personalidade e afetou as suas transmissões bioquímicas a nível cerebral”, disse o médico à Focus. Declarações que, pelo menos junto da opinião pública,

suscitam, hoje, algumas questões. Voltando à polémica entrevista, “Bibi”, como fi cou conhecido, ga-rante que nunca transportou crian-ças para as casas referidas no pro-cesso (Elvas, Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, e outras). Mais: o ex-motorista afi rma que as viu pela primeira vez quando lá foi levado pelos agentes da Polícia Judiciária, que o terão induzido a dizer que era para ali que levava os rapazes. A certa altura, Carlos Silvino chega a fazer acusações ao seu próprio advogado, José Maria Martins: “Tentei dizer a verdade em tribunal, mas a juíza, o procurador e o meu advogado não me deixavam.” O ex-motorista assegura que foi

As declarações de Carlos Silvino não chegam para sossegar Carlos Cruz: “Dão é alguma esperança de que ao longo da vida, mesmo nas pessoas mais básicas, a consciência desperta”, disse o ex-apresentador ao jornal Público

manipulado e levado a assumir crimes que não cometeu. “O meu advogado disse-me que era o melhor para mim. O inspetor Dias André e a coordenadora Rosa Mota fartaram-se de dizer o mesmo.” A Lux tentou obter uma rea-ção de José Maria Martins, que esteve incontactável. Mas as acu-sações de “Bibi” prosseguem. Incluindo aos rapazes que dizem ter sido violados pelos arguidos: “Pressionar os rapazes a dizer o que interessava foi fácil para a Judiciária. Tinha-os a todos na mão. São todos jovens proble-máticos, com comportamentos deploráveis na Casa Pia. Alguns deles violaram vários colegas.”

Referindo-se aos autos do pro-cesso, nomeadamente ao que contém a sua confi ssão, Carlos Silvino lança mais dúvidas: “Há muitos documentos onde a assinatura que está lá é foto-copiada. Não fui eu a assinar. Nada do que lá está sou eu que escrevo. Já estava escrito”, afi rma, insinuando assim que a investigação foi sempre orientada de acordo com objetivos previa-mente defi nidos. “Fui silenciado do princípio ao fim”, acusa, acrescentando que o advogado Dória Vilar [que o defendeu antes de José Maria Martins] teria documentos que implicavam outras pessoas: “Ele tinha uma lista onde havia políticos, gente

do futebol e do meio artístico.” Na entrevista, Carlos Silvino nega também ter sido chefe de uma rede de pedofi lia e faz mais acusa-ções: “Isso foi tudo montado pelo Dias André e pela Rosa Mota. A Catalina Pestana, o Américo Henriques (Mestre Américo, como é conhecido), o Pedro Namora e o Adelino Granja é que deram iní-cio a tudo isto. Uma caça às bru-xas. O Namora e o Granja é que andavam nos jardins de Belém com outros jovens do Colégio de Pina Manique.” As reações não tardaram. Pedro Namora já disse que a entrevista do ex--motorista “é uma encenação triste” e não é mais do que “uma manobra sem credibilidade”.

Catalina Pestana foi mais contun-dente: “O sr. Carlos Silvino não está a trabalhar por conta própria”, declarou ao Correio da Manhã, deixando no ar ainda mais insinuações. E acrescenta: “Não levo as suas declarações a sério. Para mim, é uma cena de teatro patética.” Por sua vez, Américo Henriques, à Agência Lusa, clas-sifi ca Carlos Silvino de “monstro” e considera que “está mais uma vez a violar as vítimas”. De volta à entrevista que está a abalar a opinião pública, a dada altura, Carlos Silvino refere-se a Ferro Rodrigues, Jaime Gama e Paulo Pedroso e mostra-se preocupado: “Tenho de falar com eles e explicar-lhes tudo”,

A entrevista de Carlos Silvino (em cima e em baixo) está a abalar o processo Casa Pia.

Com isso, Marluce e Marta (à direita) – ex-mulher e fi lha de Carlos Cruz – estão mais confi antes em que alguma coisa mude e “se faça justiça”

“Fiquei muito feliz, chorei e agradeci a Deus. Espero que tenha um efeito prático.

Se não tiver, está tudo doido!„ Marluce

diz, dando mostras de que-rer pedir-lhes desculpa. De res-to, o mesmo sentimento revela em relação aos outros arguidos. Diz que viu Carlos Cruz uma vez num encontro que se pode considerar casual, que nunca tinha visto o embaixador Jorge Ritto, que só conheceu Hugo Marçal quando este foi seu advogado e que “nunca na vida” tinha visto Gertrudes Nunes. Só conhecia Manuel Abrantes e Ferreira Diniz porque eram, res-petivamente, diretor e médico da Casa Pia. Alguns dos arguidos entretanto condenados já reagiram à entrevista de “Bibi”. Ferreira Diniz espera a reabertura do processo, enquanto os advo-gados de Carlos Cruz e Manuel Abrantes – Ricardo Sá Fernandes e Paulo Sá e Cunha, respeti-vamente – querem que a en-trevista seja incluída no recurso para o Tribunal da Relação. Já o advogado das vítimas tem opinião diferente, como seria de es-perar. Miguel Matias afirmou ao jornal i que as vítimas estão “indignadas e revoltadas” com as palavras de Carlos Silvino. Por outro lado, acredita que a entre-vista visou “descredibilizar ainda mais o processo”. Quanto às con-sequências que dela poderão resultar, o advogado não tem dúvi-das: “Não tem qualquer relevância processual.” Essa é também a opinião de outros especialistas, como o juiz desembargador Eurico Reis, para quem as decla-rações “são irrelevantes” e “insu-fi cientes” para reabrir o processo. Contudo, para os arguidos, digamos que a esperança se reacendeu. “O Carlos Silvinoque diz que não me conhece,o que me inocenta, é o que está a falar verdade”, diz Carlos Cruz, em declarações ao Público. Contudo, as mais recentes afi r-mações do ex-motorista ain-da não chegam para sossegar o antigo apresentador: “Dão é alguma esperança de que ao longo da vida, mesmo nas pessoas mais básicas, a consciência desperta.” Carlos Cruz acrescenta que virá o tempo de “desmontar a total ausência de investigação” e fala dos rapazes que o acusaram: “Gostaria que os rapazes que hoje são homens e estão sob a pressão

de terem recebido 50 mil euros de indemnização, com o andar do tempo percebam que, ao mentir, destruíram a minha família.” Mas a família continua presente. Contactada pela Lux, a mulher, Raquel Cruz, mostrou-se mais cautelosa nos comentários: “Ainda estamos a digerir... Natu-ralmente, estamos mais aliviados.” Já Marta Cruz, a fi lha mais velha, foi mais expansiva: “É pena que tenha demorado tantos anos para dizer isto, mas mais vale tarde do que nunca. Sempre disse que o meu pai é inocente. Esperoque agora venha tudo ao de cimae que se faça justiça fi nalmente.”E desabafou: “Não se pode afi rmar coisas e acusar pessoas levia-namente. Estas mentiras afeta-ram várias vidas.” Quanto ao futuro e ao que daqui possa resultar, Marta é clara: “Espero que isto resulte na total ilibação do meu pai e que o seu bom nome fi que limpo.” Do Brasil, Marluce, ex-mulher de Carlos Cruz, disse à Lux que se emocionou: “Fiquei muito feliz, chorei e agradeci a Deus por ele [Carlos Silvino] ter vindo dizer a verdade. Temosmenos peso em cima dos om-bros. Já falei com o Carlos e sinto que está mais animado ecom mais força. Acredito e espero que isto tenha um efeito prático. Se não tiver, está tudo doido!”Seis anos após o início do jul-gamento, este é um proces-so que nunca foi consensual junto da opinião pública e que dividiu – e divide – especialis-tas. Foi pretexto para pôr em causa, mais uma vez, a Justiça e o funcionamento dos tribunais, e a entrevista de Carlos Silvino só vem adensar o “nevoeiro” que sempre pairou sobre o caso. De tal maneira que para o comum dos portugueses, já não se consegue distinguir a verdade da mentira, tal é a confusão. Quan-to às entidades ofi ciais, em nota ofi cial enviada à Agência Lusa, a Procuradoria-Geral da Repú-blica garante que vai analisar a entrevista e diz que o procurador--geral da República, Pinto Mon-teiro, vai reunir-se com o pro-curador do processo, João Aibéo. ■

Carlos Cruz diz que houve quatro Carlos Silvinos ao longo do processo, numa alusão às suas mudanças de comportamento e de discurso. Mas tem uma certeza: “O que diz que não me conhece, o que me inocenta, é o que está a falar verdade”

Carlos Silvino diz que quer pedir desculpa a todos os que acusou texto José Guinot (jguinot@lux.iol.pt)fotos Arquivo Lux e D.R.

Amudança para a TVI apanhou toda a gente de surpresa, mas foi, segundo Fátima Lopes, a melhor decisão que poderia ter tomado. Feliz e realizada no trabalho,

a apresentadora das tardes da estação de Queluz é uma mulher completa tanto a nível profi ssional como pessoal, que não se preocupa com as constantes comparações com Júlia Pinheiro e enfrenta todas as mudanças na TVI com otimismo. Ao lado do marido, Luís Mo-rais, com quem se casou em 2005, e dos dois fi lhos, Beatriz, de 11 anos, fruto do primeiro casamento, e Filipe, de quase 2, Fátima Lopes encontra a estabilidade emocional de que pre-cisa: “Só tenho motivos para sorrir”, confessa.Lux – Continua feliz com a escolha que fez ao mudar para a TVI?Fátima Lopes – Felicíssima! Não só com a escolha, como também por aquilo que já fi z e pelo que ainda irei fazer. Lux – Voltou para o mesmo registo de entrevistas, mas quando chegou à TVI afi rmou que tinha vontade de fazer entretenimento...F.L. – Tinha vontade e continuo a ter, porque sei que vou fazer outras coisas nesse registo. Uma coisa que acho muito positiva nas opções da TVI é os apresentadores não fi carem prisioneiros dos seus próprios horários.

Sem rancores nem falsa modéstia,

FÁTIMA LOPES assume ter feito uma

escolha acertada ao mudar para a TVI

“Fazia-me falta sentir o sangue a pulsar desta

maneira. Eu preciso disso para ser feliz„

Há cinco meses na TVI, Fátima Lopes garante estar feliz, até porque

na estação de Queluz voltou a sentir o estímulo que lhe faltava

Constantemente comparada com Júlia Pinheiro, a apresentadora relativiza confessando que não liga e nem sequer lê o que escrevem sobre o assunto

“A Júlia é uma belíssima profi ssional e da pouca experiência que tive com

ela aqui na TVI, só tenho a dizer bem„

É bom sentir que pensam em nós e procu-ram ver todas as nossas capacidades e todas as nossas potencialidades. Mas realmente este registo de entrevistas é o que mais gosto de fazer e no qual me sinto melhor.Lux – Era disso que sentia falta antes desses desafi os?F.L. – Sim. Fazia-me falta sentir o sangue a pulsar desta maneira. Eu preciso disso para ser feliz profi ssionalmente.Lux – Entrou numa altura de muitas mudanças na TVI. Como é que está a ser vivido esse momento na estação?F.L. – Não se sente agitação e isso é bom. Sente-se que as pessoas sabem que muita coisa vai mudar – até porque saíram uns e vão entrar outros –, mas acho que, como da parte da administração houve o cuidado de acautelar, o espírito da TVI não sofreu turbulências. Lux – Apesar das mudanças, vive-se bem na TVI?F.L. – Muito bem! Tranquilamente...Lux – Ultimamente tem sido alvo de muitas comparações com Júlia Pinheiro. Como é que reage a isso?F.L. – Não me incomoda rigorosamente nada. Não li um único artigo que fi zesse essas comparações entre as duas pessoas ou entre as duas profi ssionais, pelo simples motivo de que somos bastante diferentes e somos as duas, modéstia à parte, grandes profi ssionais. A mim servem-me críticas cons-trutivas para eu melhorar a minha qualidade como apresentadora, mas isso é independente da Júlia. Têm comparado estilos e esses não se comparam, são diferentes. Nem o meu é melhor do que o da Júlia, nem o da Júlia é melhor do que o meu. A Júlia é uma belíssima profi ssional e da pouca experiência que tive com ela aqui na TVI, só tenho a dizer bem. Estou-lhe muito grata porque me recebeu muito bem e ajudou-me imenso enquanto este-ve na TVI. Não tenho senão razões para a elogiar. Desejo-lhe, aliás, as melhores felicidades.Lux – Como concilia a vida profi ssional com a pessoal?F.L. – O segredo é organização. Organizo a minha vida desde o momento em que me levanto até ao momento em que me deito. Sei a que horas faço cada uma das tarefas. A partir do momento em que chego a casa não olho para o trabalho, não atendo telefones, não vejo e-mails, nada! Até os meus fi lhos estarem a dormir, sou para eles. É tempo sagrado que só lhes pertence a eles.Lux – Como é que foi voltar a ser mãe, nove anos depois de ter tido a Beatriz?F.L. – Foi muito diferente. Quando temos o primeiro fi lho estamos a aprender e com o segundo há muita coisa que já relativi-zamos. Foi mais fácil no sentido em que já tinha mais experiência. Depois, por ser rapaz também é uma novidade. Eles são muito

Aos 41 anos, Fátima Lopes sente-se bem com a sua imagem, e cuida

de si com exercício, uma alimentação saudável e alguns mimos. No entanto,

as cirurgias estéticas não estão nos seus planos, por enquanto

“Adoro ter 40 anos. Não tenho complexos

nenhuns, é maravilhoso!„

mais mexidos, mais traquinas... Pelo menos, pela minha experiência. Foi muito bom ter voltado a ser mãe. Toda a gente sabe que adoro ser mãe e que os meus fi lhos são absolutamente sagrados na minha vida. Lux – Ter mais fi lhos faz parte dos seus planos?F.L. – Não está nos nossos planos. Nem é uma prioridade. Nem sequer falamos disso.Lux – A Fátima recorreu a tratamentos de fertilidade...F.L. – Na altura fi z um comunicado em que assumi que tinha feito. Nunca mais falei sobre esse assunto nem vou falar. Lux – A opção de não ter mais fi lhos tem também a ver com o facto de ter tido de recorrer a esses tratamentos?F.L. – Não, simplesmente não está nos nossos planos. Temos um fi lho os dois. Eu tenho mais um, por isso temos dois, até porque o Luís trata a Beatriz como se fosse sua fi lha... Não está mesmo nos nossos planos.Lux – Neste momento está com 41 anos. Foi difícil a entrada nos 40?F.L. – É absolutamente magnífi co. Adoro ter 40 anos, não tenho complexos nenhuns. O relógio biológico não para, por isso, temos é de o ajudar a avançar bem. Temos de ter tranquilidade, de nos mimarmos, de tratar-mos de nós. Tratar de nós cá dentro, porque quando estamos bem connosco, isso refl ete--se no resto. Aliás, gosto mais da mulher que sou hoje do que daquela que era aos 20. Lux – Mas imagino que tenha alguns cuidados consigo. A Fátima está mais magra agora, por exemplo...F.L. – Cuidadosa, sou. Sempre fui. Toda a vida fi z desporto. Depois faço uma alimentação saudável há muitos anos. Claro que vou a restaurantes e como aquilo que me apetece, mas não é por sistema. Em minha casa, eu, os meus fi lhos e o meu marido comemos de forma equilibrada. Isso ajudou-me a recuperar o peso. Lux – Perdeu 17 kg...F.L. – Na preparação para a gravidez baldei-me. Apeteceu-me. Mas depois de o Filipe ter nascido empenhei-me. Tive de investir a sério para recuperar porque eu gosto de estar bem. E assim foi. Em seis meses estava recuperada.

Mãe de Beatriz, de 11 anos, e Filipe, de quase 2, a apresentadora e o marido, Luís Morais, não pensam em ter mais fi lhos: “Não faz parte dos nossos planos”

“Sou uma pessoa feliz e não tenho medo de o dizer„

Sou muito determinada e tenho muita força de vontade. Quando ponho um objetivo na cabeça, ninguém me demove. Na altura em que tinha de perder peso, podia estar num lugar com as melhores iguarias do mundo que não lhes tocava.Lux – Nunca pensou em recorrer a cirurgias estéticas?F.L. – Há uns anos dizia “nem pensar,” mas hoje tenho uma atitude diferente. O nosso corpo não fi ca igual e se, daqui a uns anos, olhar para o espelho e não gostar da minha imagem e achar que posso melhorar, en-tão com certeza que farei. A cirurgia existe para podermos recorrer a ela, às vezes por questões de saúde, outras por razões mera-mente estéticas. Para já, não!Lux – Nunca sentiu essa necessidade?F.L. – Até agora não. Nunca fi z. Nunca fui pela

via do facilitismo. As pessoas muitas vezes têm um bebé e pensam no que é mais fácil, então lipoaspiram-se. Eu não, acho que devemos evitar os métodos invasivos até ao fim. Tenho uma força de vontade muito grande para chegar ao mesmo objetivo de forma natural. Dá mais trabalho, mas prefi ro. Prefi ro valorizar cada conquista minha.Lux – Vive uma fase muito equilibrada, tanto a nível pessoal como profissional. Pode dizer-se que está a viver uma das melhores fases da sua vida?F.L. – Há uns bons anos. Sou uma pessoa feliz e não tenho medo de o dizer. Mesmo com a mudança profi ssional que houve, isso não signifi ca que fosse infeliz. Signifi ca que gosto de crescer e por isso procuro a minha felicidade. Graças a Deus, só tenho motivos para sorrir.

Lux – O seu marido e os seus filhos são essenciais para essa felicidade...F.L. – O meu marido e os meus fi lhos são o pilar da minha vida, assim como os meus pais. Eles são a grande âncora, até para nos ajudarem com os nossos fi lhos. Tenho a felicidade de ter o apoio incondicional dos meus pais em todos os momentos e, vivesse eu mil anos, nunca seria capaz de lhes agradecer tudo o que fi zeram por mim.Lux – Tem medo do dia em que os seus pais já não estejam presentes?F.L. – Sei que faz parte do processo natural, mas vai custar-me horrores e nunca estarei preparada para isso. ■

texto Helena Pestana (hpestana@lux.iol.pt) fotos Rui Moreno produção Marina Garnel

maquilhagem Carla Pinho cabelo Sandra Castro agradecimentos Tiara Park Atlantic, Decénio e jóias João Rôlo

ANTÓNIO PINTO BASTO, de 58 anos, apaixonado

por estudante de 19

“É óbvio que os meus fi lhos se chocaram com o assunto, mas nada mais do que isso„ António Pinto Basto

fotos Hélder Maia

V isivelmente apaixonados, António Pinto Basto, de 58 anos, e Masha, de 19, estão juntos há cinco meses e a “viver um momento muito feliz”, como confi denciou a jovem estudan-te de Comunicação Social. Uma relação “bem aceite” pela família de Masha, que atualmente tam-bém mantém uma boa relação

com os cinco fi lhos do fadista, dois deles, Egas e Gustavo, mais velhos do que ela. “Houve uns problemas iniciais, mas agora está tudo bem, eles são miúdos maduros, perceberam e aceitaram e hoje em dia damo-nos muito bem”, garante. Para o fadista, a máxima “o amor não escolhe idades” é uma grande verdade,

ainda que tenha consciência de que não é a situação ideal para qualquer casal. “É óbvio que os meus fi lhos se choca-ram, como qualquer outra pes-soa, mas nada mais do que isso. Estou apaixonado e sinto-me devidamente compensado. A diferença de idades não inco-moda, não interfere nem pre-

judica ninguém, os únicos que podem ser prejudicados somos nós”, explica António Pinto Basto. Ainda que a viverem intensamen-te a relação, a jovem estudante está de momento concentradaem terminar o curso, pelo que não planeiam para já viver juntos ou casar-se. ■

Juntos há cinco meses, o fadista e a namorada mostraram-se felizes e apaixonados na estreia do documentário “Com que Voz”, de Nicholas Oulman, no Campo Pequeno, em Lisboa

look gala eusébio no coliseu dos recreiosfotos Salvador Esteves

Humberto e Laurence Coelho

Carla e Sandra da Silva Ferreira

O Pantera Negra apaga as velas do seu 69º aniversário

Neno Herman José com Nelson e Sérgio RosadoAbel Xavier

Eusébio da Silva Ferreira

Luís Filipe Vieira com Eusébio e Flora Ferreira

Judite Sousa e Fernando Seara

Rodrigo Contreiras

Luís Filipe Vieira com Eusébio e Flora Ferreira

Judite de Sousa e Fernando Seara

Rodrigo Contreiras

Sempre reservado, o

atleta não quis comentar o teor

da relação, mas a troca

de carinhos foi uma constante

O campeão olímpico marcou

presença na Gala Eusébio,

no Coliseu, em Lisboa,

em homenagem ao antigo futebolista

NELSON ÉVORA em clima de romance

com STÉPHANIE MOREIRA

Stéphanie Moreira, de 24 anos, e Nelson Évora, de 26,

mostraram-se apaixonados no Coliseu dos Recreios, na noite

em que Eusébio celebrava 69 anos, numa gala de homenagem à lenda do Benfi ca, transmitida pela RTP

Oatleta Nelson Évora foi um dos convidados de honra da Gala Eusébio, que se realizou no dia 25, data de aniversário do antigo futebolista do Benfi ca e da Seleção Na-cional, no Coliseu dos Recreios em Lisboa. Enquanto o campeão olímpico de salto em compri-mento subiu ao palco para

homenagear o aniversariante, na plateia, a jovem manequim Stéphanie Moreira, de 24 anos, que nasceu em França mas vive no Porto, não escondia o sorriso nem disfarçava o ar apaixonado. Nelson Évora, de 26 anos, não quis comentar a natureza desta relação, mas a cumplicidade entre os dois revela mais do

que uma simples amizade. Durante a noite, foram constantes as trocas de carinho, as mãos dadas, os segredos ao ouvido e o ar de quem está feliz. Em palco, sobreo homenageado, Nelson Évora dispensou o teleponto e disse o que lhe ia na alma: “Tal como o Eusébio, vim

de África cheio de sonhos, como qualquer criança, e recordo-me de que foi a ver as cassetes de VHS sobre ele que tive as primeiras lições do que era o desporto, do sacrifício que implicava. Ainda hoje penso nisso muitas vezes” confessou. ■

fotos Salvador Esteves

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Mónaco fl utuanteChama-se “Streets of Mónaco” e quando estiver construído será o iate mais caro do mundo. Com um custo estimado em 1,3 mil milhões de euros, este mega iate recria as ruas e os edifícios mais emblemáticos do principado do Mónaco. Tem 155 metros de comprimento, quatro andares, uma praia, uma piscina semiolímpica, o famoso circuito de F1, uma pista de karting, courts de ténis e, em vez de deck, tem edifícios. Quem embarcar neste luxuoso iate pode visitar o palácio dos Grimaldi, o Hotel Paris ou o Casino de Monte Carlo. Réplicas perfeitas para proporcionar umas férias no principado mas em alto mar.

Mulher sobrevive a queda de 23º andar

“Tive 30 segundos para abandonar o táxi. Vi que um polícia olhava para cima, olhei

também e vi a mulher a cair”, conta Miguel Cajal, de 39 anos, depois de ver

uma mulher em queda livre do 23º andar de um hotel no centro de Buenos Aires,

na Argentina, que “aterrou” sentada no seu táxi, no lugar do condutor. “Se não tivesse

saído, estaria morto.” A mulher, que depois de pedir um café, deixou cair a carteira e se

atirou pela janela, também está viva. Tem várias lesões e o seu prognóstico é reservado. Re

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DESTAQUES TV

“AVATAR”TVCineHD, sexta-feira, 28, 22h30James Cameron traz-nos a mais fantástica aventura de todos os tempos com “Avatar”. Um filme único, que nos conduz através de um mundo espetacular, muito além da imaginação, onde um humano inicia uma missão que implica transformar-se num Avatar: uma mente humana num corpo alienígena.

“JEAN MICHEL BASQUIAT – UM JOVEM BRILHANTE”RTP2, sexta-feira, 28, 23h45Basquiat teria feito 50 anos no dia 22 de dezembro, se não tivesse morrido aos 27de overdose de heroína no auge de uma carreira meteórica que fez estremecer a cena artísti