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INFORMATIVO PUBLICITÁRIOAno IV nº 15 | julho/setembro 2016

FAMÍLIA: SANTUÁRIO DA MISERICÓRDIA

2 | Pastoral popular

A PALAVRA DE MISERICÓRDIA PARA AS FAMÍLIASOra, se a misericórdia é o meio pelo qual podemos entender a família como parte do Reino de Deus proposto por Jesus Cristo, convém que seja também a misericórdia o critério de nossas ações pastorais para apressar a vivência do mesmo Reino.

FÉ E POLÍTICA Crer é também se comprometer pela libertação, pela ver-

dade existencial da convivência nas ruas, nas escolas, nas famílias, na Igreja, nos locais de trabalho. A fé tem uma

dimensão política: o Reino de Deus já começado na história humana para que ela seja história de salvação. Haverá no

país igualdade quando ela for igualdade cultural.

Rua Itororó, 144Bairro São Francisco74455-015 Goiânia-GOTelefax: (62) 4008 2350 www. [email protected]: scala.editoratwiter: ScalaEditora

EditorPe. Paulo Júnior S. Leão, C.Ss.R.

Projeto gráfico e diagramaçãoMarcia Lezita Silveira

RevisãoDivina Maria de Queiroz eEurípedes Amaro dos Santos

FotosAcervo fotográfico da C.Ss.R., GO

Impressão e acabamentoScala Editora(62) 4008-2350

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ular A ORAÇÃO E A PRÁTICA DA MISERICÓRDIA

No fundo, o cristão reza para se qualificar para a caridade. A oração é, por assim dizer, escola e sentido da caridade. A oração leva à prática do bem e a prática do bem leva à oração. É um movimento de ida e volta.

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Ano IV nº 15 | julho/setembro 2016INFORMATIVO PUBLICITÁRIO

19O NOSSO AMOR COTIDIANO Responder à vocação divina é viver a esperança utópica de

um mundo melhor, com pessoas que se amam e cuidam umas das outras. É poder suprir no outro aquilo que lhe

falta e também ser suprido. É estar ciente do papel que cada um é chamado a desempenhar.

Pastoral popular | 3

Caro padre e agentes de pastoralCPE. PAULO JÚNIOR SILVA LEÃO, CSSREditor

Constituir família é ter coragem de sonhar o sonho de Deus (Papa Francisco). Em um mundo marcado pela diluição dos costumes, dos valores e dos princí-pios básicos, a família se apresenta como uma instituição que pode favorecer a unidade. É justamente na relação interpessoal, estabelecida ao longo da vida, que nos formamos como seres humanos. Nossa identidade para ser constituída necessita de laços familiares. Estes laços se unem movidos pelo amor, pelo afeto e pelo carinho. Para mantê-los é necessário que exista entre os convivas o exer-cício do perdão, da compaixão, da misericórdia. Só assim os laços ficam fortes e não se desfazem por pequenas brigas ou diferenças. A intolerância diminui e cada um consegue suportar o outro no amor.

A Scala Editora oferece para você e sua comunidade um subsídio que vai fa-vorecer a reflexão e a oração em favor da família. O livrinho proposto para ser rezado no mês de agosto é o Ser Família, que traz como tema a Família é o santuário da misericórdia. Será bom compreender que a família é o espaço por excelência da vivência do amor misericordioso.

Aproveite a oportunidade para conhecer outros subsídios que irão dinamizar e alimentar a vida de sua comunidade. Merece destaque o lançamento da nova coleção chamada Bíblia. Com linguagem fácil e acessível os 12 livrinhos que compõem a coleção ajudarão você a conhecer o que é a Bíblia e a mensagem que traz cada livro que a constitui.

Que o sonho de Deus seja conhecido e faça parte dos sonhos de nossas famílias!

Mãe da Divina Misericórdia, rogai por nós!

4 de outubro 12 de outubro1º de outubro 7 de outubro

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1º de agosto 15 de agosto 1º de outubro 16 de outubro


PE. RAFAEL VIEIRA, CSSRBrasília-DF

A oração e a prática da misericórdiaAA caridade é o centro da vida cristã. A oração perde todo o seu valor se não estiver voltada para a prática da caridade. Claro que compreendendo essa palavra no seu sentido mais profundo e não apenas como assistência. Caridade compreendida como compaixão e soli-dariedade. No fundo, o cristão reza para se qualificar para a caridade. A oração é, por assim dizer, escola e sentido da caridade. A oração leva à prática do bem e a prática do bem leva à oração. É um movimento de ida e volta. A letra de uma música do cancioneiro chamado de brega, que fez sucesso nos idos anos de 1970, afirmava: “não adianta ir à igreja rezar e fazer tudo errado, não. Você quer ver a frente das coisas olhando de lado”. Parece ser uma boa expressão popular dizer sobre o ensinamento da parábola do Bom Samaritano.

Esta parábola é uma expressão de como fazer a vontade de Deus. O Papa Francisco, na me-ditação do Angelus de 14 de julho de 2013, volta a esse tema quando diz: “Jesus mostra que

o coração daquele samaritano é bondoso e generoso e que — ao contrário do sacerdote e do levita — ele pratica a vontade de Deus, que quer mais a miseri-córdia do que os sacrifícios”.

Vale a pena ressaltar que uma das bem-aventuranças diz respeito à misericórdia. Jesus diz que felizes são os misericordiosos, porque terão como presente o mesmo que praticaram. Papa Francisco ensina, nes-

ta meditação, que a misericórdia manifestada pelo samaritano que acudiu aquela pobre vítima da violência deu um pouco do que recebeu do próprio Deus que, na verdade, “quer a misericórdia do coração, porque Ele é misericordioso e sabe compreender bem as nos-sas misérias, as nossas dificuldades e até os nossos pecados. Dá a todos nós este coração misericordioso!” A oração precisa educar para a misericórdia. Se as pessoas rezam e per-manecem com a pele grossa, sem se deixar tocar pela situação de necessidade dos outros e sem se sentirem motivadas a ajudar, pode ser sinal de que a oração perdeu sua eficácia original e pode ter se tornado algo mais próximo da repetição de fórmulas ou de um estéril exercício religioso.

NO FUNDO, O CRISTÃO REZA PARA SE QUALIFICAR PARA A CARIDADE. A ORAÇÃO É, POR ASSIM DIZER, ESCOLA E SENTIDO DA CARIDADE. A ORAÇÃO LEVA À PRÁTICA DO BEM E A PRÁTICA DO BEM LEVA À ORAÇÃO. É UM MOVIMENTO DE IDA E VOLTA

Eleições Municipais 2016Resgatar a dignidade da PolíticaO subsídio conta com 7 encontros e indicativos de ações Pastorais. A cartilha quer ajudar a conscientizar sobre o papel da governança, a importância da participação de todos os cidadãos para evitar a corrupção, estimular a participação popular, cobrar parcerias nos diversos setores do poder público para que a democracia se consolide e que a fidelidade de quem governa seja a marca registrada nos municípios.Formato: 13,5 x 20,5 cm | 40 páginas

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Vendo a grande necessidade de uma séria Reforma Política no Brasil, nossa fé cristã não permite que fiquemos de braços cruzados. Este subsídio, contendo quatro encontros reflexivos, é para ajudar as pessoas e as comunidades a entenderem os principais pontos da Reforma Política. A política é para o bem de todos, façamos nossa parte.Formato: 13,5 x 20,5 cm | 24 páginas

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Reforma Política Democrática JÁO sistema político a serviço do povo


Fé e políticaEEstamos em período eleitoral. Votar é cidadania. É também expressão de uma fé que interage com a solidariedade por um sistema público onde todos tenham acesso a todos os serviços pú-blicos. Com quais critérios o(a) leitor(a) escolhe seus candidatos?

É hora de olharmos com o coração inteligente o que seja indignação ética. Que sejamos de fato contra os privilégios que limitam o princípio constitucional de igualdade política e jurídica. As desigualdades são assunto grave para o cristão. Crer é também se comprometer pela libertação, pela verdade existencial da convivência nas ruas, nas escolas, nas famílias, na Igreja, nos locais de trabalho. A fé tem uma dimensão política: o Reino de Deus já começado na história humana para que ela seja história de salvação. Haverá no país igualdade quando ela for igualdade cul-tural. Igualdade de oportunidades. Vale a pergunta: em que setores há exclusão no país? Se não se investir na educação, desde o berço, a criança pobre (branca, preta ou índia) não vai viver oportunidades iguais. Quem na política se interessa por isso?

Andei revendo o vídeo e relendo o livro sobre Fal-cão, meninos do tráfico. Dói muito ler ou ver (ou-vir) as razões, angústias, sonhos, maldades perver-sas, loucuras, gentilezas e delírios, e contradições desses meninos-pais. E saber que suas mães nunca aceitaram que estes filhos se tornassem fora da lei. E saber que as meninas-mães, agora viúvas desses meninos-pais... dizem agora: Matar o meu marido em nome da lei é fácil. Difícil agora é criar uma lei

para sustentar o meu filho. A figura do pai quando inexiste, a criança não cria nela o pacto de cultivar bons relacionamentos; prevalecem os impulsos agressivos, incestuosos, predatórios. A figura do Estado quando falha já não se tem garantia nem confiança no pacto de viver respei-tosamente em sociedade. Então, reaparecem os impulsos excludentes, raivosos, a delinquência e os homicídios.

Vamos votar em breve. Pense nisso. Crie critérios para a escolha de seus candidatos. E mais que isso: pense sobre estas realidades em família; discuta política em roda de amigos. Participe de projetos em defesa da verdade para a sua cidade.

CRER É TAMBÉM SE COMPROMETER PELA LIBERTAÇÃO, PELA VERDADE EXISTENCIAL DA CONVIVÊNCIA NAS RUAS, NAS ESCOLAS, NAS FAMÍLIAS, NA IGREJA, NOS LOCAIS DE TRABALHO. A FÉ TEM UMA DIMENSÃO POLÍTICA: O REINO DE DEUS JÁ COMEÇADO NA HISTÓRIA HUMANA PARA QUE ELA SEJA HISTÓRIA DE SALVAÇÃO

PE. DALTON BARROS DE ALMEIDA, CSSRBelo Horizonte-MG


A elevação do espírito humano pela arte sacraAA arte sacra, como experiência artística, toca o ser humano no seu senso estético, algu-mas padronizações e organizações transmitem a sensação de equilíbrio e serenidade. A organização dos espaços, as cores e linhas devem falar uma mesma linguagem e estar em unidade, mas não necessariamente em uniformidade, pois a gama de expres-sões artísticas de nosso tempo é muito ampla e variada.

A Igreja, como construção, é sempre provocada a ser um sinal, um marco, um farol, um luzeiro onde o espírito humano é convocado a uma experiência de Deus que o ple-nifique. Diferentemente do mundo com suas poluições e confusões, a Igreja é, em sua essência, expressão da Palavra de Deus, ela em si deve comunicar a dignidade a qual

fomos chamados pelo batismo e nos conduzir a um estado de graça, contemplação e oração.

Nisso cabe compreendermos que a arte sacra não é só uma arte que comunica algo “sobre” Deus, mas é uma comunicação “a partir” de Deus, mais do que se mostrar com figuras prontas e narrativas, a arte sacra adorna, san-

tifica (selecionada por Deus), reveste de dignidade o templo e os objetos que são de uso exclusivo das celebrações litúrgicas que ali se realizam. “Entre as mais nobres ativi-dades do espírito humano estão, de pleno direito, as belas artes, e muito especialmente a arte religiosa e o seu mais alto cimo, que é a arte sacra.” (Sacrosanctum Concilium nº 122)

A arte sacra é “pro-vocativa”, no sentido de nos despertar sempre para vocação essen-cial de todo batizado de “ser um” com Cristo, é uma arte exigente, ela exige tempo, paciência, espírito aberto, oração e contemplação.

“ENTRE AS MAIS NOBRES ATIVIDADES DO ESPÍRITO HUMANO ESTÃO, DE PLENO DIREITO, AS BELAS ARTES, E MUITO ESPECIALMENTE A ARTE RELIGIOSA E O SEU MAIS ALTO CIMO, QUE É A ARTE SACRA.”(SACROSANCTUM CONCILIUM Nº 122)

LÚCIO AMÉRICO DE OLIVEIRA Artista Sacro | Jundiaí-SP

Rosário Missionário(Subsídio para o mês de outubro, dedicado às Missões)Contendo cinco encontros de oração e reflexão (os quatros primeiros, contemplando os mistérios do Santo Rosário e no quinto, uma celebração missionária), o material quer ajudar a cultivar a dimensão missionária da vida cristã refletindo neste ano o tema: Missão é cuidar de nossa Casa Comum.Formato: 13,5 x 20,5 cm | 28 páginas

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Ser Família(Subsídio para a Semana Nacional da Família)Seis encontros dinâmicos, elaborados para ajudar as famílias, grupos e comunidades a rezarem e refletirem sobre o papel da família na Igreja e na sociedade. Este ano o subsídio traz como tema “Família: santuário da misericórdia”. Cada livrinho acompanha um encarte de porta.Formato: 13,5 x 20,5 cm | 28 páginas

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FA M Í L I A : SANTUÁRIO DA MISERICÓRDIA


A palavra de misericórdia para as famíliasRRecentemente, Sua Santidade Papa Francisco lançou a Exortação pós-sinodal Amoris Laetitia (A alegria do amor), sobre o amor na família, como o resultado dos dois últimos sínodos sobre a família. O documento propõe uma reflexão sobre o matrimônio e a vida familiar de acordo com a doutrina católica, como é próprio de um texto pontifício. Apesar disso, a eclesiologia presente na Exortação tem um caráter colegial, ou seja, é mais comunitária, não se limitando somente a ser sinodal a partir dos bispos, mas busca ouvir também outras vozes do povo de Deus.

Um documento que traz o amor como a temática principal, exige de cada leitor a chave de leitura adequada para compreender bem as provocações e orientações presentes em seu interior. Visto que se trata do amor cristão, isto é, pautado à medida de Jesus Cristo, faz-se necessária a clareza que se

deve lê-lo a partir da ótica da misericórdia. Desta manei-ra, como diz o documento Amoris Laetitia (AL), deve-se reconhecer que “às vezes custa-nos muito dar lugar, na pastoral, ao amor incondicional de Deus. Pomos tantas condições à misericórdia que a esvaziamos de sentido concreto e real significado, e esta é a pior maneira de aguar o Evangelho” (AL 311).

Ora, se a misericórdia é o meio pelo qual podemos en-tender a família como parte do Reino de Deus proposto

por Jesus Cristo, convém que seja também a misericórdia o critério de nossas ações pastorais para apressar a vivência do mesmo Reino. Isto posto, “é preciso estar atentos ao modo como as pessoas vivem e sofrem por causa da sua condição” (AL 79), atentos a interpretar, acolher e orientar, à luz do amor misericordioso do Pai Eterno, a vida de pessoas que se agrupam como família das mais variadas maneiras.

Por fim, obriga-se a dizer que é recomendável a leitura do documento por todos os discípulos mis-sionários de Jesus Cristo, porém é indispensável a sua leitura e reflexão pelos agentes pastorais, prin-cipalmente aqueles que trabalham com a Pastoral Familiar. Seria bom a formação de grupos de lei-tura e debate sobre Amoris Laetitia nas comunidades. Pois não se deve esquecer que “todos somos chamados a manter viva a tensão para algo mais além de nós mesmos e dos nossos limites, e cada fa-mília deve viver neste estímulo constante. Avancemos, famílias; continuemos a caminhar!” (AL 325).

ORA, SE A MISERICÓRDIA É O MEIO PELO QUAL PODEMOS ENTENDER A FAMÍLIA COMO PARTE DO REINO DE DEUS PROPOSTO POR JESUS CRISTO, CONVÉM QUE SEJA TAMBÉM A MISERICÓRDIA O CRITÉRIO DE NOSSAS AÇÕES PASTORAIS PARA APRESSAR A VIVÊNCIA DO MESMO REINO

IR. MARCOS VINÍCIUS, CSSRItália-IT

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HÁ 48 ANOS EVANGELIZANDO AS FAMÍLIAS DO BRASIL

A CHEGADA DO SALVADOR Fazemos a novena em família há 14 anos com um grupo de amigos. Este ano demos continuidade, e sempre foi muito bom celebrarmos essa no-vena, sobretudo com os jovens (fi-lhos dos integrantes do grupo.) São momentos únicos em que refletimos a palavra, aprofundamos a nossa fé e nos preparamos para a chegada do nosso Salvador.GLICE BARREIRA AMARALTaguatinga-DF

TEMA MARAVILHOSOO tema não poderia ser mais condi-zente e perfeito, e o mundo precisa disso, alegria, união das famílias, que nos dias de hoje se encontram tão dispersas, por tantas razões. Fi-zemos em nossa comunidade, e foi assim maravilhoso, escolhemos fa-mílias carentes, onde têm idosos, doentes, pessoas descrentes da existência de Deus, e graças a esse

Deus maravilhoso, obtivemos bons resultados. E o ponto alto foi o encer-ramento no dia 19, com uma grande confraternização, com um recital. “Cantiga por Francisco!” Pois a nos-sa comunidade tem como padroeiro São Francisco de Assis. Foram 21 canções que falam da vida, missão e espiritualidade do nosso Pai seráfi-co. Foi assim um evento maravilhoso graças a intercessão dele a Deus. E foi o primeiro de muitos.ANA RITA N. SAMPAIOCruz das Almas-BA

AÇÃO CONCRETADurante a novena do “Natal em Fa-mília 2015”, seguimos as orienta-ções do livrinho e realizamos uma ação concreta. Entregamos a cada dia mantimentos para que fossem entregues às famílias assistidas por nossa paróquia. Foi uma excelente oportunidade para redescobrirmos a família como dom de Deus Pai. E

também aprofundarmos nossa inti-midade com Jesus, aquele menino que nasceu em uma gruta simples de Belém.TEREZA MARISantos-SP

CAMPANHA CONSCIENTEEste livro nos ajuda todos os anos a fa-zermos uma Campanha de Natal mais consciente em nossos sentimentos para com nossos irmãos em Cristo.ODILON APARECIDO ZEFERINOSete Lagoas-MG

NOVENAA novena foi ótima, fazia muito tem-po que eu não participava, gostei muito, obrigado!MARGARIDA MARIA ANDRADESumaré-SP

NATAL EM FAMÍLIA Rezar a Novena do Natal em Famí-lia 2015 foi motivo de grande alegria

SEMENTES LANÇADAS

HÁ 48 ANOS EVANGELIZANDO AS FAMÍLIAS DO BRASIL

para todos os participan-tes da nossa rua. Os tex-tos foram muito bem ela-borados, fáceis de serem trabalhados, enfim, já es-tamos com saudades dos nossos encontros.MARIA MARLENE MULIN DE ASSISCantagalo-RJ

PARTILHAO livro Natal em Família é um alicerce para nosso Natal. Meu Natal em Fa-mília foi mais uma vez um momento único, onde eu e os vizinhos nos reu-nimos toda noite para a partilha do Evangelho e falar um pouco das nos-sas experiências enquan-to cristãos convictos. Já faz uns 10 anos que nos encontramos neste perío-

do para, acima de tudo, confraterni-zarmos uns com os outros e partilhar a Palavra de Deus.MARIA DA PAZ S. CRUZNatal-RN

REFLEXÕES Foi muito bom, pois eu rezei em casa com meus filhos e marido. Fiz uma na casa da minha sogra e, também, na casa de uma amiga. As reflexões foram de uma riqueza enorme, onde todos participavam com seus pen-samentos sobre cada tema. Garanto que eu e meus filhos ficamos mais preparados para celebrar o Natal. Muito obrigado por essa iniciativa.MIRIM LOPES DE SOUZA GALVÃOS. Antonio de Campo Formoso-BA

BÊNÇÃO E GRAÇA DE DEUS Rezar a Novena de Natal é trazer para nossos lares a bênção e graça de Deus.MARIA JOSÉ FERNANDESNovo Horizonte-SP

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Pastoral popular | 17 Pastoral popular | 17

Vocação: chamado para a felicidadeDDerivada do verbo latino “vocare’’, a palavra “vocação’’ significa “chamado’’. Todos so-mos chamados, no primeiro momento, à vida e, consequentemente, à santidade, que é a vocação por excelência dos cristãos batizados. Deus quer que tenhamos uma vida com total plenitude e, por isso, através do seu chamado somos convidados a colocar nossos dons e aspirações a serviço das pessoas, para que, através de nossa entrega, pos-samos nos encontrar e então vivenciar a verdadeira felicidade e gozar da vida eterna, como santos.

Podendo ser “ouvida’’ como um sopro suave ou uma grande tempestade - por meio de pessoas, acontecimentos, sofrimentos, orações - a vocação pode ser descoberta de diversas maneiras e se apresenta como algo novo, intransferível e único. Cabe

a cada um de nós a sensibilidade para ouvir esse valioso chamado que Deus faz no interior de cada ser humano.

Trabalhando com a ajuda de nossos dons e habi-lidades podemos perceber a vocação como um

convite a ser e agir conforme o próprio Cristo nos exorta “Sedes sal da terra e luz do mundo’’ (Cf. Mt 5,13-14). Colocar esses talentos à disposição do mundo é uma forma de contribuir para com a humanidade, que atualmente está tão sedenta de ajuda. É preciso se preencher com o amor vivo do Pai, para que transbordando, possamos der-ramar no próximo a alegria e o amor D’aquele que se deu na cruz por nós.

Responder à vocação é viver a esperança utópica de um mundo melhor, com pessoas que se amam e cuidam umas das outras. É poder suprir no outro aquilo que lhe falta e também ser suprido. É estar ciente do papel que cada um é chamado a desempe-nhar e com esta consciência fazer do mundo um lugar melhor para se viver. É se encontrar, apesar de tantos labirintos, e saber o que é ter a felicidade como estilo de vida.

TRABALHANDO COM A AJUDA DE NOSSOS DONS E HABILIDADES PODEMOS PERCEBER A VOCAÇÃO COMO UM CONVITE A SER E AGIR

EMMANUEL KOLLING DOS SANTOS Trindade-GO

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O nosso amor cotidiano

No chamado hino à caridade escrito por São Paulo, vemos

algumas características do amor verdadeiro: “O amor é paciente, o amor é prestável; não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não pro-cura o seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo des-culpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,4-7). Isto pra-tica-se e cultiva-se na vida que os esposos partilham dia a dia entre si e com os seus filhos. Por isso, vale a pena deter-se a esclarecer o sig-nificado das expressões deste tex-to, tendo em vista uma aplicação à existência concreta de cada família.

A primeira palavra usada é “ma-crothymei”. A sua tradução não é simplesmente “suporta tudo”, por-que esta ideia é expressa no final do versículo 7. O sentido encon-tra-se na tradução grega do texto do Antigo Testamento onde se diz que Deus é “lento para a ira” (Nm 14,18; cf. Ex 34,6). Uma pessoa

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mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos inte-riores e evita agredir. A paciência é uma qualidade do Deus da Alian-ça, que convida a imitá-Lo tam-bém na vida familiar. Os textos onde Paulo usa este termo devem ser lidos à luz do livro da Sabedoria (cf. 11,23; 12,2.15-18): ao mesmo tempo que se louva a moderação de Deus para dar tempo ao arre-pendimento, insiste-se no seu po-der que se manifesta quando atua com misericórdia. A paciência de Deus é exercício da misericórdia de Deus para com o pecador e mani-festa o verdadeiro poder.

Ter paciência não é deixar que nos maltratem permanentemen-te, nem tolerar agressões físicas, ou permitir que nos tratem como objetos. O problema surge quan-do exigimos que as relações sejam idílicas, ou que as pessoas sejam perfeitas, ou quando nos colo-camos no centro esperando que se cumpra unicamente a nossa vontade. Então tudo nos impa-cienta, tudo nos leva a reagir com

agressividade. Se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, antissociais, incapazes de dominar os impulsos, e a família tornar-se-á um campo de batalha. Por isso, a Palavra de Deus exorta-nos: “Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a mal-dade” (Ef 4,31). Esta paciência re-força-se quando reconheço que o outro, assim como é, também tem direito a viver comigo nesta terra. Não importa se é um estorvo para mim, se altera os meus planos, se me molesta com o seu modo de ser ou com as suas ideias, se não é em tudo como eu esperava. O amor possui sempre um sentido de pro-funda compaixão, que leva a acei-tar o outro como parte deste mun-do, mesmo quando age de modo diferente daquilo que eu desejaria.

Trecho da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia do Santo padre Francisco, §90-91

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No caminho com a Palavra““Só pela luz da fé e meditação da Palavra de Deus, pode alguém, sempre e por toda a parte, re-conhecer Deus, em quem vive-mos e nos movemos e somos (At 17,28), procurar em todo o acontecimento a Sua vontade, ver Cristo em todos os homens”. (Vat. II, Apostolicam Actuosita-tem, 4). A oração chamada Lectio Divina é um método que favore-ce a interiorização e a meditação da Palavra. “Toda oração deve ser preparada com amor. A ora-

ção é a conversa, o diálogo com a pessoa mais importante”. (Ir. Mara Claudete Patan)

Seguem as indicações para per-correr este bonito caminho tri-lhado pela Palavra de Deus.

Antes de tudo, colocar-se à luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda.

1º passo - Leitura

O que o texto diz?

A leitura é o primeiro passo, ou degrau da Leitura Orante da Bí-blia. Ler na Bíblia, reler, tornar a ler, cada vez mais, conhecer bem o que está escrito, até assimilar o próprio texto; respeitar o texto tal como ele é, sem interpreta-ções precipitadas, sem achar que já conhece esse texto.

2º passo - Meditação

O que Deus está me falando?

A meditação é o segundo degrau. Depois de ouvir e ler a Sagrada Escritura, de assimilá-la criati-va e ativamente, vamos usar a imaginação, palavras, a repetição mental ou oral de uma palavra, uma frase, um versículo. Repetir

de memória, com a boca, o que foi lido e compreendido.

3º passo - Oração

O que o texto me faz dizer a Deus?

O terceiro passo é a oração pes-soal que pode desabrochar em oração comunitária, expressão espontânea de nossas convicções e sentimentos mais profundos. (Rezar – suplicar, louvar, dialogar com Deus, orar com um salmo...)

4º passo - Contemplação

Qual o meu novo olhar? A par-tir da Palavra.

É o transbordamento do cora-ção em ação transformadora. É contemplativa a pessoa que tem o “jeito novo” de ser, viver, ver e assumir a vida, conforme o pro-jeto daquele que é o nosso único Mestre e que nos diz: “Vocês são todos irmãos” (Mt 23,8).

A Leitura Orante se torna uma atitude continuada no dia a dia por uma ação transformadora – pessoal, comunitária, social, mundial.

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