fal - obras de infra-estrutura

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA - UNILA FUNDAMENTOS DA AMÉRICA LATINA III OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA NA AMÉRICA LATINA "Linhão de Guri e Rodovia Belém - Brasília" PROF. WAGNER ANTONIO CHIBA DE CASTRO CLAUDENNBERG NASCIMENTO E SILVA Mat: 2012101050102350

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAO LATINO AMERICANA - UNILAFUNDAMENTOS DA AMRICA LATINA III

OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA NA AMRICA LATINA"Linho de Guri e Rodovia Belm - Braslia"

PROF. WAGNER ANTONIO CHIBA DE CASTRO

CLAUDENNBERG NASCIMENTO E SILVAMat: 2012101050102350

Foz do Iguau, 26 de abril de 2015IntroduoWashington Lus, presidente do Brasil no perodo entre 1926-1930, certa vez disse: Governar construir estradas. Tal afirmao visava destacar a importncia da infraestrutura de transportes para o desenvolvimento da economia, pois com uma rede interligada e em boas condies, o custo e tempo para transporte de mercadorias seria menor, barateando o preo final dos produtos ao consumidor e universalizando o acesso a bens que antes eram exclusivos de uma regio. A ligao viria entre regies permitiu a especializao destas em reas econmicas em que tenham maior vocao gerando ganhos de produtividade e qualidade para a economia, alm do estabelecimento de laos econmicos e sociais, a partir do momento em que facilita o acesso da populao a outros comrcios.Contudo, quando falamos de infraestrutura nos referimos apenas a estradas, mas de toda e qualquer obra que traga melhoria para a qualidade de vida do cidado, como usinas hidroeltricas, hospitais, entre outros. O investimento em infraestrutura, est intimamente ligado ao bem estar da populao, pois ao fomentar a economia regional atravs das obras proporciona aumento na oferta de empregos, no valor de mercado do patrimnio, entre outros benefcios.Assim, dada a relevncia destes temas, o presente trabalho tem por objetivo apresentar os casos do Linho de Guri, obra de cunho energtico que liga o estado de Roraima ao sistema energtico Venezuelano, e a Rodovia Belm-Braslia, principal via de integrao nacional.

Linho de Guri

O Linho de guri foi inaugurado em 13 de agosto de 2001 pelos ento presidentes Fernando Henrique Cardoso do Brasil e Hugo Chavez da Venezuela. O empreendimento de ligao energtica Brasil/Venezuela consiste em um projeto de carter binacional construdo pela Eletrobras Eletronorte em parceria com Eletrificacio del Caroni Edelca (agora administrada pela Corporaccon Electrca Nacional SA), empresa responsvel pela gerao de energia hidreltrica na Venezuela.A linha possui 706 quilmetros de extenso, ligando Boa Vista ao complexo hidreltrico de Guri, em Puertos Ordas, na Venezuela. No total, so 516 quilmetros de linhas em territrio venezuelano, sendo 290 km entre a Usina Macgua II e a subestao Las Claritas, com 720 torres na tenso de 400 kV, e 226 km at Santa Elena de Uairen, com 529 torres em 230 kV, na fronteira com o Brasil. O complexo venezuelano possui capacidade instalada de 10 mil megawatts de potncia. O Linho de Guri abastece, atualmente, cerca de 334 mil habitantes, principalmente, em Boa Vista. Em territrio brasileiro so 190 km de linhas em 230 kV, localizadas ao longo da BR 174, que liga Manaus a Venezuela, passando por Boa Vista, Amajari e pela Terra Indgena So Marcos, em Roraima. Relativo a energia brasileira, Roraima faz parte dos 1,7% do territrio nacional que no esto interligados ao SIN (Sistema Interligado Nacional), responsvel pela produo e distribuio de energia no Brasil. Antes da entrada em operao do Linho a gerao em Roraima era feita com equipamentos antigos usando leo diesel, com custo seis vezes maior do que a gerao hidreltrica. Neste perodo, a regio sofria com constantes desabastecimentos, o que resultou em dificuldades para a populao, economia e imagem do estado. Durante sete anos a realidade foi positiva no que se refere a situao eltrica, entretanto, desde 2008 as antigas dificuldades retornaram. Em junho de 2014, a populao, que j sofria com frequentes interrupes no fornecimento eltrico, recebeu a notcia de um provvel racionamento a partir de setembro do mesmo ano. Desde ento, a Venezuela passou a pedir que o sistema fosse desligado no lado brasileiro. De acordo com o governo venezuelano, tais dificuldades na gerao de energia tm origem em questes hidrolgicas que causaram reduo da capacidade do complexo de Guri e dificuldades na distribuio no prprio pas.Frente a essa situao, o estado de Roraima se mobilizou para que trs usinas termoeltricas fossem reativadas na regio. Destas, uma maior com capacidade de 97 megawatts/hora e outras duas menores com capacidade de 20 e 12 megawatts/hora, respectivamente. Com esta medida, Roraima passa a no depender mais dos insuficientes 95 megawatts/hora oferecidos atualmente pelo Linho de Guri, entretanto, volta a gerar energia poluente e de alto custo. Apesar disso, Guri representou um importante fator para o desenvolvimento econmico da regio brasileira, alm de possibilitar maior aproximao entre os dois pases no que se refere a relaes econmicas e sociais.

Rodovia Belm-Braslia

O governo de Juscelino Kubitschek teve, como uma de suas marcas, os projetos de ampliao da malha rodoviria, que visavam solucionar as dificuldades em comunicao e transporte no pas. Durante seus 4 anos de mandato, previu a construo de 12 mil quilmetros de estradas. Para isso, contou com o apoio de Bernardo Sayo, responsvel por obras de unificao e integrao nacional nos governos de Getlio Vargas e Juscelino. Um dos projetos o qual foi nomeado para superviso foi a rodovia conhecida popularmente como Belm-Braslia, que oficialmente recebeu o nome de Bernardo Sayo.Para a construo da rodovia, que tinha por principal objetivo ampliar o mercado interno, foram gastos 2 bilhes e 700 milhes de cruzeiros. Alm disso, foram empregados seis mil homens. O trabalho, entretanto, enfrentou dificuldades tais como a malria e a fome. Dentre os diversos acidentes registrados durante a construo da rodovia, o mais marcante deles foi o da morte de Bernardo Sayo, atingido por um galho de uma rvore. Em 3 de fevereiro de 1959 foi inaugurada a rodovia Bernardo Sayo, agora visto como heri e mrtir da ocupao do interior do pas. Contudo, apesar de oficialmente inaugurada, a rodovia no estava completa. Obras, como a construo de pontes, a exemplo da ponte sobre o rio Tocantins, ainda estavam em andamento. Aps o governo de Juscelino Kubitschek, as obras no receberam mais investimentos e as estradas se tornaram praticamente intransitveis. Apenas dez anos depois as obras receberam nova ateno e foram concludas. Atualmente, a rodovia tem 2.123 quilmetros de extenso e engloba onze rodovias do pas (BR-060, BR-153, BR-080, BR-414, BR-242, BR-226, BR-230, BR-010, BR-222, BR-316 e BR-308). Com o projeto, quatro milhes de quilmetros quadrados foram incorporados ao territrio econmico e terras e recursos naturais adquiriram maior destaque no cenrio nacional. Alm disso, a obra trouxe avanos socioeconmicos para a regio, com implantao projetos agropecurios, madeireiros, desenvolvimento de ncleos urbanos e ampliao das relaes de importao e exportao.

ConclusoAs obras de infraestrutura so de grande relevncia para o desenvolvimento de um pas, tendo impacto no apenas em aspectos fsicos das cidades mas, tambm, na esfera socioeconmica da vida da populao. Dentre as obras de infraestrutura, destacam-se aquelas que tem papel importante na vida das pessoas e que hoje constituem necessidades bsicas para o funcionamento de um pas, tais como energia eltrica, distribuio de gua, sistema de esgoto e boas estradas. Quanto a isso, o Linho de Guri e a rodovia Belm-Braslia nos apresentam o grande impacto que obras como estas tm na vida da populao, tanto em aspectos positivos, como negativos. Neste sentido, a visualizao de um cenrio que deu certo e outro que enfrentou dificuldades mesmo anos depois de implantado, nos permitem a reflexo acerca da necessidade de manuteno destes e outros projetos, de modo que possam ser duradouros e constituam bons investimentos do dinheiro pblico, proporcionando, paralelamente, aumento na qualidade de vida das pessoas.

Referncias Bibliogrficas

http://memoria.ebc.com.br/radioagencianacional/taxonomy/term/13343/all acessado em 25/04 as 23:42 http://www.eln.gov.br/opencms/export/sites/eletronorte/modulos/correnteContinua/arquivosCC/CC241.pdf acessado em 26/04 as 00:15 http://www.proyanomami.org.br/v0904/index.asp?pag=noticia&id=2227 acessado em 26/04 as 00:15 http://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/revistaeducacaoemudanca/article/viewFile/478/476 acessado em 28/04 as 12:10