faixa rio preto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA CAMPUS REITOR EDGAR SANTOS

Instituto de Cincias Ambientais e Desenvolvimento Sustentvel

Emilayne Cristina Viana de Magalhes Wanderson Ricardo Fonseca Rocha

CARACTERIZAO LITOESTRATIGRFICA E ESTRUTURAL DA

FAIXA RIO PRETO ENTRE AS CIDADES DE BARREIRAS-BA E

CORRENTE-PI

Barreiras 2013

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Emilayne Cristina Viana de Magalhes Wanderson Ricardo Fonseca Rocha

CARACTERIZAO LITOESTRATIGRFICA E ESTRUTURAL DA

FAIXA RIO PRETO ENTRE AS CIDADES DE BARREIRAS-BA E

CORRENTE-PI

Trabalho apresentado ao curso de geologia da

Universidade Federal da Bahia - Instituto de

Cincias Ambientais e Desenvolvimento

Sustentvel - como requisito para nota parcial

da disciplina de Geologia de Campo II sob

orientao das professoras Rejane Lima

Luciano e Joilma Prazeres Santos.

Barreiras

2013

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RESUMO

A rea de estudo esta situado na faixa de dobramentos do Rio Preto localizada nos

estados da Bahia e Piau. Na regio aflora varias vrias formaes geolgicas e uma grande

diversidade de estruturas que, foram evidenciadas desde o embasamento cristalino do

complexo Cristalndia, as formaes Formosa e Canabravinha, os Grupos Bambu, Areado e

as coberturas recentes do chapado do Urucuia.

O presente relatrio apresentar uma caracterizao litoetratigrafica e estrutural da

faixa Rio Preto com as descries de suas litologias encontradas, estruturas rpteis e dcteis

com o objetivo de correlacion-las com as que so descritas na literatura e caracterizar cada

modelo estrutural e litoestratigrfico. Buscando sempre uma relao de associao com os

aspectos fisiogrficos da regio.

Com os dados obtidos em campo foram confeccionados; seo, mapa geolgico

regional e estreos facilitando assim o entendimento de toda dinmica de formao das rochas

e estruturas presentes no local.

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SUMRIO 1. Introduo ..................................................................................................................................... 6

1.1 Objetivos ................................................................................................................................. 6

1.1.1 Objetivos Gerais ........................................................................................................ 6

1.1.2 Objetivos Especficos ................................................................................................ 7

1.2 MATERIAIS E MTODOS .................................................................................................... 7

2 CARACTERIZAO DO MEIO FSICO ............................................................................. 7

2.1 Localizao .............................................................................................................................. 7

2.2 Acesso...................................................................................................................................... 8

2.3 Geomorfologia ......................................................................................................................... 9

2.4 Clima.......................................................................................................................................10

2.5 Vegetao ...............................................................................................................................11

2.6 Hidrografia e Hidrogeologia ....................................................................................................13

2.7 Solos .......................................................................................................................................13

3. GEOLOGIA ....................................................................................................................................14

3.1 Geologia Regional ...................................................................................................................14

3.2 Geologia Local ........................................................................................................................21

3.2.1 Litoestratigrafia ...............................................................................................................22

3.2.2 Geologia Estrutural ..........................................................................................................30

4. Geologia Histrica ........................................................................................................................35

5. Consideraes Finais ....................................................................................................................35

6. Referncias Bibliogrficas .............................................................................................................37

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NDICE DE FOTOS

fotografia 1: foto apresentando as unidades de relevo A; chapado do so francisco, escarpas

de eroso e plancies, B; relevos macios. ............................................................................ 10

fotografia 2: Litologias do Embasamento Complexo Cristalndia......................................... 22

fotografia 3: estrutura do tipo bandamento Gnaisse. ............................................................. 23

fotografia 4: dobras recubentes e lineao por orientao mineral. ....................................... 23

fotografia 5: Rocha com presena de dobras, e fraturas preenchidas por veios de quartzo. .... 24

fotografia 6: filito argiloso com estruturas de dobras de crenulao. ..................................... 25

fotografia 7: filito grafitoso com lineao por orientao minerais de limonita ..................... 25

fotografia 8: litologias da formao serra da mamona ........................................................... 26

fotografia 9: meta marga e arenitos da Formao Serra da Mamona ..................................... 27

fotografia 10: metamargas da formao e metasiltito da formao Riacho das Neves.......... 27

fotografia 11: Trs Barras do Grupo Areado com laminaes cruzadas. ............................... 28

fotografia 12: Laminaoes cruzada do F.M posse do Grupo Urucuia. ................................... 29

fotografia 13: depsitos das coberturas recentes d F.m Chapado. ........................................ 29

fotografia 14: A-interferncia de dobras do tipo dobras em lao apresentando dobras

parasticas em S e em W; B-interferncia de dobras do tipo domos e bacias . ....................... 32

fotografia 15: A-estrutura do tipo Delta indicando sentido de movimento sinistral, dentro da

estrutura se tem ainda dobras em quadrante indicando vergncia para NW e dobras

parasticas; B- estrutura Delta dentro da estrutura Delta maior.............................................. 32

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1. Introduo

O trabalho foi realizado na regio noroeste do Craton So Francisco abrangendo a

faixa Rio Preto entre o sul do estado do Piau e noroeste do estado da Bahia, entre os dias 19

23 de Novembro de 2013, apresenta um estudo das deformaes, formas e arranjos contendo

descrio, anlise e Interpretao das rochas e estruturas nelas presentes.

Atravs de pesquisas feitas com artigos e projetos foram realizadas descries dos

aspectos fsicos (solos, vegetao, relevo e outros) e tambm caracterizao da geologia que

se desenvolveu sobre um sistema de estgios tectnicos onde formaram zonas de

cisalhamentos (Caripar, Malhadinha-Rio Preto), dobras, falhas, lineamentos entre vrias

outras estruturas que d a rea um ponto favorvel para estudos.

As formaes Canabravinha e formosa pertencentes ao Grupo Rio Preto abrangem

quase toda rea de estudo, possuem rochas com pequeno grau de metamorfismo, mas este

aumenta medida que se aproxima das zonas de cisalhamentos, outras formaes e descries

mais detalhadas sero discutidas no presente trabalho.

1.1 Objetivos

Sero apresentados a seguir os objetivos os quais se pretende alcanar na elaborao

desse relatrio de campo.

1.1.1 Objetivos Gerais

O presente relatrio tem como objetivo realizar um estudo geolgico da regio, de

modo a identificadar descrever e classificar as; litologias, estruturas, e analisar as sequencias

estratigrficas correlacionando-as a fim de sugerir os eventos que ocorreram e fazer uma

reconstituio da histria durante o tempo geolgico e que levaram s caractersticas

geolgicas atuais. Objetiva-se tambm buscar nas bibliografias o estudo pr-campo e a

relao entre as formaes e estruturas j descritas e nomeadas com as litofcieis e estruturas

descritas em campo. E por fim elaborao de um mapa geolgico com as estruturas presentes,

estreos e seo geolgica dos pontos amostrados.

Tem-se como finalidade do relatrio a associao dos aspectos fisiogrficos que em

conjunto contribuem para o entendimento do contexto geolgico. So eles o clima,

geomorfologia, pedologia, vegetao e hidrogeologia.

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1.1.2 Objetivos Especficos

Para realizao dos objetivos gerais, faz-se necessrio prioritariamente a obteno dos

objetivos especficos mencionados a seguir:

Anotar, em campo, os atributos fsicos dos afloramentos, bem como direo e sentido

do caimento das camadas;

Reunir as informaes visveis em cada ponto sobre os aspectos fisiogrficos por meio

de descrio;

Remontar a evoluo geolgica da rea com base em estruturas e processos

sedimentares visto em campo bem como comparao com a bibliografia previamente

consultada;

Fazer a correlao entre as informaes existentes nas bibliografias e nos dados

coletados em campo.

1.2 MATERIAIS E MTODOS

Para a preparao do relatrio foram feitos levantamentos de material bibliogrficos

com pesquisas em artigos cientficos de diversos autores(as), sites e revistas cientficas.

Utilizou-se tambm de softwares como Google Earth e ArcGis.

A etapa de campo por sua vez se realizou com utilizao de cmera fotogrfica, lupa

de aumento 20x, GPS, bssola e martelo de gelogo com o qual foram feitas descries das

litologias, estruturas das rochas e localizao dos pontos amostrados, foram feitos tambm

descrio de aspectos fisiogrficos.

Com os dados coletados em campo, foram feitos anlises e descrio de rochas em

laboratrio, foi montado seo geolgica, plotados as estruturas no mapa, confeco de mapa

geolgico local atravs do ArGis 9.3 (ESRI, 2008) e construdos estereogramas com auxlio

do programa stereonet 8.

2 CARACTERIZAO DO MEIO FSICO

2.1 Localizao

A rea de estudo localiza-se do estremo noroeste do estado da Bahia e ao sul do Piau,

situa-se nos municpios baianos das cidades de Barreiras, Riacho das Neves, Formosa do Rio

Preto e os municpios de Cristalndia e Corrente no estado do Piau. (figura 1).

8

Figura 1: Mapa de localizao da rea de estudo

Fonte: Acervo pessoal.

2.2 Acesso

Para o aceso a rea de estudo os primeiros afloramentos encontrados localiza-se na

cidade de Barreias a aproximadamente 850 km da capital do estado, no sentido da BR-242 no

bairro Novo Horizonte possvel encontrar os primeiros aforamentos. Saindo da cidade de

Barreiras pela BR-135 no sentido Riacho das Neves, seguindo pelas cidades de Formosa do

Rio Preto que fica a uma distncia de aproximadamente 160 km. Em seguida parte da cidade

de Formosa Rio Preto at a divisa do estado com as cidades de Cristalndia no Piau a 40 km

9

e posteriormente encerando o percurso na cidade de Corrente que fica 80 km. As estradas so

em sua maioria rodovias federais em bom estado de conservao (figura 2).

Figura 2: Meios de acesso da rea de estudo, modificado do projeto Curimat

Fonte: Arcanjo J.B.A. & Braz Filho P.A. (orgs.) 1999

2.3 Geomorfologia

A regio de estudos contm unidades geomorfolgicas que so; chapado do so

Francisco com relevo aplanado sustentado por arenitos da formao Urucuia, unidades de

escarpas associadas eroso do chapado do so Francisco, patamares localizados entre o

chapado e as plancies do so Francisco composta por sedimentos do Grupo Bambu. Ambos

os relevos so possveis observarem na figura 06, nas regies de plancies tem-se relevos

macios cuja formao se associa s rochas metamrficas da regio (xistos, filitos e gnaisses).

Figura 3: seo geomorfolgico da regio de estudo, com trs unidades de relevo

Fonte: Modificado de Egydio-Silva 1987.

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A primeira unidade citada localiza-se na divisa com o oeste baiano e tambm a oeste

do Pia e caracterizada por possuir patamares que so limitados por escarpas, apresentam

planos de dissecao. Os patamares apresentam-se contornados por escarpas estruturais s

vezes descontnuas e com rebordos esculturais.

fotografia 1: foto apresentando as unidades de relevo A; chapado do so francisco, escarpas de eroso e

plancies, B; relevos macios.


A Chapada do So Francisco que segundo Gaspar (2006), tambm conhecida como

Chapado do Oeste Baiano considerada a unidade geomorfolgica mais importante da

regio, em termos hidrogeolgico, por conter a rea de recarga desse sistema e caracteriza-se

tambm por ser coberto pelas Veredas.

2.4 Clima

A fim de fazer o diagnstico do clima da regio de estudo faz-se necessria a anlise

da pluviosidade que a mesma possui, no entanto foi utilizado um grfico de climatologia com

dados de temperaturas e precipitaes da regio de Cristalnda do Piau por este possuir

estao pluviomtrica. Deste modo de acordo com os dados publicados pelo (http://pt.climate-

data.org) em 2013, podemos analisar na figura 04.

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Figura 4: Histograma da variao de precipitao e temperatura mdia mensal da regio de Cristalndia

do Piau.

Fonte: Climate-data.org, 2013.

Com base no grfico, notrio que a regio apresenta duas estaes bem definidas. A

estao de seca que abrange os meses de inverno e a estao chuvosa que abrange os meses de

vero, estas duas estaes bem definidas se aplicam tambm regio do oeste baiano onde se

tem perodos de excessos e perodos de dficit hdricos. Com Base nos dados do grfico

podemos concluir que os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro so os mais

chuvosos podendo chover at 180 mm (figura 5), o ms de Julho o ms mais seco a

precipitao pluviomtrica mdia anual de 900mm (CPRM, 2004), a maior temperatura do

ano outubro com temperatura mdia de 26.3 C e julho possue a menor temperatura mdia

do ano. De acordo com a classificao de tipologia climtica proposta por Kppen & Geiger,

1928, o clima da regio classificado como AW, ou seja, tropical quente e mido. Por estar

numa posio geogrfica prxima ao equador regio caracterizada por temperaturas

elevadas ao longo do ano devido a forte radiao solar.

2.5 Vegetao

De acordo com dados do IBGE, possvel notar que na regio entre Barreias-BA e

Corrente-PI predominam duas tipologias de vegetao, Cerrado e caatinga, existindo tambm

uma regio de transio entre as duas vegetaes (figura 06).

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Figura 5: Mapa de tipologia vegetacional da regio de estudo

Fonte: IBGE, 2004.

O cerrado o segundo maior bioma da Amrica do sul (MMA, 2013) caracterizado

por possuir rvores tortuosas e resistente queimadas visto que a vegetao comum em

clima tropical quente mido embora aproximadamente seis meses so marcados pela seca. O

cerrado tambm encontrado em clima sazonal, as rvores desse bioma possuem razes

longas o que permitem penetrar nas rochas metamrficas (xistos, filitos) da regio

propiciando a absoro de gua durante o tempo de seca.

A caatinga comum em climas semi-rido, sua vegetao cresce em solos pouco

desenvolvidos conforme viso na regio, suas plantas do adaptadas ao clima seco com arvores

que armazenam gua e apresentando bastantes espinhos e poucas folhas para evitar a perca de

gua pela transpirao.

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2.6 Hidrografia e Hidrogeologia

Os principais rios da regio de estudo so ao sul o rio grande com o rio de ondas e rio de

janeiro como afluentes e ao norte o reio preto com o rio de ouro como afluentes, ambos so

rios perenes com fluxos aproximadamente na mesma direo dos lineamentos que so

aproximadamente de W para E (Caxito, 2010).

No estado do Piau Os recursos hdricos superficiais gerados esto representados pela

bacia hidrogrfica do rio Parnaba (CPRM,2004) e em termos de domnio hidrogeolgico

predominam as rochas sedimentares da bacia do Parnaba o qual foram observadas na regio

de estudos rochas arenticas do grupo Areado, estas apresentam porosidade primria e maior

capacidade de armazenamento e fornecimento de gua.

2.7 Solos

Na regio entre as cidades de Barreiras-BA e Corrente-PI ocorrem solos pouco

desenvolvidos, devido o relevo macio que apresenta declividade e tambm por causa das

rochas impermeveis da regio (xistos, filitos, gnaisses). Este fator propicia que as guas

metericas penetrem pouco nas rochas de forma que haja pouca ao do intemperismo

ocorrendo este apenas nas proximidades de canais. O padro de drenagem do tipo pinado da

regio caracterstica do relevo do tipo macio produz ao longo dos canais de drenagens;

intemperismo, eroso e tambm promove o transporte do solo de forma que tenha sempre solo

novo s bordas das drenagens caracterizando o solo do tipo neossolo quartzarnico e litlico

(figura 7) provindos exatamente das rochas arenticas do Urucuia e das rochas filiticas do

grupo Bambu e do grupo rio preto. A regio contm tambm solos desenvolvidos de

materiais argilosos ou areno argilosos, materiais estes provenientes das rochas do grupo

Bambu e do grupo Rio Preto, so classificados latossolo amarelo e ocorrem em relevo plano

ou suavemente ondulado (EMBRAPA, 2013).

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Figura 6: : Mapa de solo da regio de estudo

FONTE: Embrapa, 2013.

3. GEOLOGIA

3.1 Geologia Regional

A faixa Rio Preto um cinturo de dobramentos do brasiliano que bordeja o Crton do

So Francisco em sua margem noroeste (Caxito 2010). Essa faixa est associa ao evento

tectono- termal ocorrido na Orognese Brasiliana / Pan-africana que foi responsvel pela

evoluo do paleocontinente Gondwana Ocidental que so datados do final do Proterozico

ao incio do Paleozico (Almeida 1967; Trompette 1994).

A regio de estudo localiza-se deste a poro Oeste da Bahia ao sul do Piau

estruturado geologicamente pelo embasamento do complexo Cristalndia; pelas formaes

Formosa e Canabravinha; pelo Grupo Bambu constitudo nesta regio pelas formaes So

Desidrio, Serra da Mamona e Riacho das Neves; pelo Grupo Areado com as formaes

Abaet, Quiric e Trs Barras; pelo Grupo Urucuia composto pelas formaes Posse e Serra

das Araras e ainda coberto por cobertura recentes da formao Chapado (Figura 8).

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Figura 7: Mapa da geologia regional da faixa Rio Preto

Fonte: cprm

Embasamento complexo Cristalndia

A localizao do embasamento da faixa rio preto situa-se parte norte representado

pelo Complexo Cristalndia do Piau (Caxito,2010) apresentando em sua litoestrtigrafia

composta por intercalaes entre biotita gnaisses e anfibolitos. Essas rochas apresentam idade

de 2,1 Ga (iscrona Rb-Sr em rocha total), com biotitas datadas em 540 Ma (K-Ar, Egydio-

Silva, 1987). Conjunto de gnaisses bandados, milonitizados, com freqentes intercalaes de

metabsicas e subordinadamente lentes de quartzitos e gnaisses granadferos. Apresenta

tambm uma associao de ortognaisses cisalhados, por vezes milonitizados, ortognaisses

porfiroclsticos, ocasionalmente milonticos e migmatticos bandados(Egydio- Silva, 1987).

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Formao Formosa

A formao formosa ocorre principalmente na poro setentrional do cinturo

brasiliano, com direo a norte da divisa dos estados da Bahia e do Piau (Edygio-Silva 1987).

Essa formao apresenta em sua litoestratigrafia rochas como (granada) mica-xisto, quartzito

micceo, metachert ferro-manganesfero, epidoto-actinolita-clorita xisto (xisto verde), e

localmente, intercalaes concordantes de orto-anfibolito. Esses litotipos apresentam registros

de metamorfismo incipiente a baixo grau de fcies xisto verde a epidoto-anfibolito (~500 C,

2-5 Kbar, 10-20 km de profundidade na crosta, (Caxito, 2010). Como essa formao

evidencia em suas litologias um forte tectonismo, e as mesmas apresentam rampas frontais e

laterais de baixo ngulo, a sua espessura praticamente impossvel de ser estimada, porm

intercalaes constantes de lascas de gnaisse do embasamento sugerem uma baixa espessura

preservada. (Caxito 2010). Em algumas pores essa formao apresenta ainda finas lentes

de (clinozoisita)-anfibolito intercalada concordantemente entre granada-mica xisto e

metaritmito areno-peltico; sendo assim essa formao pode apresentar pacotes com ate

200m de espessura (Caxito, 2010). Alguns autores como Caxito et al., 2011 sugere que esta

formao tenha sido depositada no Paleoproterozico (Orosiriano), provavelmente em uma

bacia relacionada a arco magmtico, e que portanto faz parte do embasamento da Faixa Rio

Preto juntamente ao Complexo Cristalndia do Piau. Essa descrio de datao foi possvel

pela ausncia de zirces do meso a neoproterozicos e a pela ausncia intercalao de rochas

mficas paleoproterozicas.(Caxito2011). Dataes realizadas atravs do mtodo K/Ar em

muscovita das rochas desta formao sugerem idade de 547 retratando a importncia do

metamorfismo destas rochas no ciclo brasiliano (Egydio-Silva, 1987).

Em relao aos depsitos que ocorrem nesta formao Montes et al. 1986, in Egydio-Silva

1987) sugerem que tenha ocorrido uma deposio em mar interior com circulao restrita de

gua, por apresentar uma conformao e presena de grafita (parmetros a favor da

restribilidade e quietude do stio deposicional), porm esse autor se atenta para esse descrio

devido as dificuldades decorrncias do metamorfismo e deformao nestas rochas ocultando

registro sedimentares.

Formao Canabravinha

Correlata com a formao Formosa, a formao Canabravinha segundo (Egydio silva

1987) composta basicamente por quartzitos lticos conglomerticos, feldspticos,

carbonticos e / ou micceos, com estratificao gradacional, plana, cruzada ou aspecto

macio; metagrauvacas, metapelitos, filitos, carbonosos e mica xistos; metaritmitos areno-

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pelticos; metadiamictitos; e, subordinadamente, lentes de metamarga. Vrios desses litotipos

apresentam limonitas eudricas milimtricas a centimtricas abundantemente disseminadas

(Caxito, 2010). Essa formao apresenta ainda uma variao lateral e vertical com litofcies

psefticas e psamticas a sul gradando progressivamente para litofcies com maior proporo

de material peltico a norte; essa formao geotectonicamente empurrada por falha reversa

sobre a Formao Serra da Mamona do Grupo Bambu (Egydio-Silva 1987; Egydio-Silva et

al. 1989); e a norte faz contato tambm tectnico, atravs de falha oblqua reversa destrgira

com transporte para norte, com a Formao Formosa.

Estudos apontam que essa formao tenha sido depositada em um ambiente mar

epicontinental, pela resultante ao de correntes subaquticas de fluxo gravitacional de

sedimentos que podem ter sido depositados por escorregamentos em taludes de forte declive,

em local limtrofe entre profundidades distintas (Dias e Mendes, 2008). A presena de

paraconglomerados pode significar fcies proximal de um leque submarino, e a ocorrncia de

estratificao gradacional sugere a deposio atravs de correntes de turbidez.(Dias e Mendes,

2008 ). Porm autores como (Sanglard et al. 2008) fazem sugestes de que os sedimentos

desta formaes tenha sido depositados por fluxo de detritos (diamictitos estratificados) e

correntes de turbidez (ritmitos areno-pelticos) em uma bacia do tipo rift, com rea-fonte a

SSE ( Dias e Mendes, 2008).

Grupo Santo Onofre

Esse grupo caracterizado por metassedimentos que constituem principalmente as

serras do Boqueiro e Estreito (Porcher, 1970). Esse grupo forma as unidades geocronologias

da serras orientais, caracterizado litologicamente por um conjunto de quartzitos, com filitos

subordinados, e mais raramente, lentes de metarenitos finos, metassiltitos e xistos

(Porcher,1970). A serra do boqueiro e estreito se caracteriza por litotipos por apresentarem

cores que variam desde cinza-claro ao creme-esbranquiado, exibem em geral granulao fina

a mdia, so recristalizados, silicificados, e formam expressivos bancos centimtricos a

mtricos (Arcanjo, 1994). Mostram-se foliados, dobrados, e apresentam localmente relquias

da estratificao original (Arcanjo, 1999).

As rochas que compe esse grupo encontra-se invariavelmente cisalhadas, e por vezes

portam lineaes de estiramento mineral. Os principais constituintes minerais desses littipos

so: quartzo, sericita, pirita ferruginosa e xido de ferro, alm de granada, moscovita,

feldspatos, zirco, turmalina e epidoto, os quais aparecem ocasionalmente. Em funo do

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contedo desses minerais, esses quartzitos so classificados como quartzitos puros, quartzitos

feldspticos, sericita quartzitos e moscovita quartzitos (Arcanjo,199).

Grupo Bambu

Esse grupo est inserido no Supergrupo So Francisco, conforme referenciado por

autores como Pflug & Renger (1973), que composto por uma seqncia basal, constituda de

rochas psamticas a pelticas, e outra superior, formada essencialmente por calcrios.

Na rea de estudo o grupo Bambu caracterizado pelas formaes So Desidrio,

Serra da mamona e Riacho das Neves de origem neoproterozoica.

Formao So Desidrio

Essa formao constituda basicamente por uma seqncia carbontica composta

principalmente por calcrios cinza-escuros, intercalados a margas e siltitos. Essa formao

apresenta um contato gradativo no topo com a Formao Serra da Mamona. A seqncia

dessa seo pode ser encontrada entre as cidades de Barreiras e So Desidrio, no estado da

Bahia (Dias e Mendes, 2008).

Formao Serra da Mamona

Essa formao encontra-se estratigraficamente sobreposta Formao So Desidrio, atravs

de um contato gradacional. Ela correlata a formao serra da saudade que aflora no estado

de Minas Gerais, essa Formao composta por metassiltitos, ardsias e metacalcrios

intercalados a metarenitos finos. Ocorre entre as regies de Barreiras e So Desidrio (Dias e

Mendes, 20008).

Formao Riacho das Neves

Essa formao aflora entre os municpios de Barreiras e Riacho das Neves, essa formao

composta por metarcseos e metarenitos, com lentes de metamargas e metacalcrios, essa

unidade estratigraficamente sobrejacente Formao Serra da Mamona, atravs de um

contato gradacional. (Dias e Mendes, 2008).

Grupo Areado

Esse grupo caracterizado em sua estratigrafia pelas formaes Abaet, Quiric e

Trs Barras (Campos, 1997; Gaspar, 2006).

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Formao Abaet

Essa formao constitui a poro da basal do grupo e apresenta ampla distribuio

horizontal, principalmente na poro centro-sul da bacia. Em sua estratigrafia apresentam

ocorrncia de conglomerados polimticos sustentados pela matriz e com predomnio de clastos

de mateassiltitos do embasamento local, que se depositaram sob condies dominadas por

leques aluviais, conglomerados sustentado pelos clastos com amplo predomnio de seixos de

quartzitos e grau mais organizado, foi controlada por correntes aquosas em regime de fluxo

superior, sendo dessa forma relacionada a um ambiente fluvial entrelaado. (Campos e

Dardene, 1997).

Formao Quiric

Formado por com folhelhos e siltitos esverdeados, rosados, ocres, violceos ou

avermelhados, que ocorrem interestratificados entre si, apresentando rpidas variaes de

cores. Subordinadamente ocorrem intercalaes de arenitos finos, mdios e grossos, os quais

so mais frequentes na parte superior da sequncia, alem de apresentarem em algumas

pores litologias peliticas(Campos E Dardene, 1997).

Formao Trs Barras

Esta unidade do Grupo Areado apresenta a maior diversidade litolgica, o maior

volume de rochas e a mais ampla rea de ocorrncia. Tambm apresenta as maiores variaes

laterais de fcies, sendo constatada a atuao simultnea de sistemas fluviais, fluvio-delticos

e desrticos (Gaspar,2006).

De acordo com Campos e Dardene,1997 essa formao foi dividida trs litofacies

distintas apresentando desde na fcies-1 arenitos mdios brancos, esverdeados, rosados, com

granulometria bimodal, gros esfricos e estratificao cruzada de grande porte, com foresets

tangenciais (SGARBI, 1989 e 1991, apud Campos e Dardene, 1997). Na fcies-2 apresenta

arenitos mdios a finos, brancos, amarelados com cimentos calcferos e com argilas

intercaladas. Arenitos rosados vermelhos apresentam matriz argilosa. Possuem estratos

decimtricos plano-paralelos e estratificaes cruzadas de pequeno a mdio porte, marcas

onduladas, covolutas e marcas de carga (Campos e Dardene, 1997). Enquanto que na fcies-3

ocorrem arenitos e wackes vermelhos, rosados na forma de lente, lobos, canais em bancos

macios com estratificao paralela ou estratos cruzados tabulares e acanalados (Campos e

Dardene, 1997).

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Grupo Urucuia

Segundo (Sgarbi (2001) esse grupo caracterizado por duas formaes as Formaes

Posse e Formao Serra das Araras.

Formao Posse

Essa formao caracterizada por arenitos muito finos, finos, mdios, bimodais, com

boa maturidade textural e mineralgica, geralmente apresentando bem selecionado. Em

algumas pores ocorrem lentes e nveis de conglomerados mdios a finos, com seixos do

prprio arenito, quartzo de veio e quartzitos, em qualquer posio estratigrfica. (GASPAR,

2006).

Formao Serra das Araras

Essa formao constituda basicamente por arenitos, argilitos, e conglomerados com

colorao avermelhada, intercalados com bancos, com espessuras variando de 50 cm a 2

metros. Possuem tambm arenitos polimodais, silicificados, vermelhos e com nveis

amarelados e conglomerados finos e grossos que formam nveis de at 50 cm, situados

geralmente na base dos nveis de arenitos. As estruturas sedimentares observadas so as

estratificaes cruzadas acanaladas de pequeno porte, sendo os estratos plano-paralelos mais

comuns. (GASPAR, 2006).

Coberturas Recentes Formao Chapado

Esses depositos so coberturas recentes, cenozoicas, arenosas, incosolidadas resentes

da bacia So Fransciscana que representa todos os depositos de carter aluvionares,

coluvionares e eluvionares (Campos & Dardenne, 1997a).

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3.2 Geologia Local

Figura 8: mapa de Geologia local com a localizao dos pontos de observao.

Fonte: CPRM 2006.

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3.2.1 Litoestratigrafia

As litologias encontradas na rea de estudo e comparadas com descritas na literatura

so as representaes, do embasamento cristalino do Complexo Cristalndia, as formaes

Formosa, Canabravinha, o Grupo Bambu, Areado, Urucuia e os depsitos de coberturas

recentes da Formao Chapado so os representantes da rea, ocupam de forma proporcional

o limite da rea em estudo, conforme sero descritas as unidades geolgicas encontradas e

correlacion-las com as conhecidas na literatura, assim como contar um a evoluo da rea,

suas estruturas associadas buscando sempre a evoluo baseada no tempo.

Embasamento Complexo Cristalndia

O contexto regional da rea de estudo est sobre o embasamento do complexo

Cristalndia que compreende a Faixa de dobramento Rio Preto, que caracteriza por uma

variedade de litologias, bem como vrias estruturas. Durante a fase do campo foi possvel

observar os afloramentos desde o ponto 10 com coordenadas 105339e 451235 at

afloramentos observados no ponto 18 com coordenadas 103749 e 451130 essas

camadas apresentavam em suas litologias medidas de caimento em baixo grau para SE.

Dentre os afloramentos associados ao embasamento vrias litologias foram encontradas

como: Moscovita Gnaisse, Moscovita Gnaisse, Gnaisse Quartzo Feldspatico, Moscovita

Gnaisse com Flogopita, Granada Gnaisse, Anfibolito, Clorita Gnaisse com Moscovita, Biotita

Gnaisse com limonita (Fotografia 2).

fotografia 2: Litologias do Embasamento Complexo Cristalndia

Fonte: Arquivo pessoal

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Essas litologias em sua maioria apresentavam diversas estruturas como foliao do

tipo bandamento Gnaisse marcado por uma variao granulomtrica e composicional,

(fotografia 3) bastante representativo com minerais flsicos como moscovita, sericita, quartzo

e minerais mficos como biotita, limonita e clorita. (Fotografia3).

fotografia 3: estrutura do tipo bandamento Gnaisse.

Fonte: Arquivo pessoal.

Foi possvel observar algumas outras estruturas como famlias de dobras recubentes

com vegncia para norte (fotografia 4), famlias de fraturas, lineao por orientao mineral,

de interseo e interferncia.

fotografia 4: dobras recubentes e lineao por orientao mineral.


Baseado na litoestratigrafia, nas estruturas e os minerais encontrados possvel

correlacionados como evidncia de um retro metamorfismo em algumas pores e

metamorfismo de incipiente a baixo grau ocorrendo nas rochas.

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Formao Formosa

Foram identificadas duas litologias distintas caindo em baixo ngulo para SE rocha de

colorao cinza composta de minerais de sericita, quartzo, muscovita alguns argila minerais e

o aparecimento de minerais de biotita que pode ser indicativo de um metamorfismo de baixo

grau.

Apresenta algumas estruturas como dobras, foliao do tipo clivagem filitica, lineaao

de interseo e por orientao mineral, e fraturas sendo prenchidas por veios de quartzo

(Fotografia 5)

fotografia 5: Rocha com presena de dobras, e fraturas preenchidas por veios de quartzo.


Formao Canabravinha

Em seqncia litoestratigrafica ocorrem os depsitos da formao canabravinha, onde

foram identificadas litologias como filito-argiloso de colorao a amarelada aavermelhada

com minerais de limonita, sericita, arligo-minerais e alguns minerais de biotita. Apresentando

estruturas como dobras crenuladas, clivagem de crenulao, lineaes de interseo,

orientao mineral e de interferncia (fotografia 6).

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fotografia 6: filito argiloso com estruturas de dobras de crenulao.


Outra litologia identificada nesta formao so os filitos grafitoso composto

por minerais de moscovita, limonita, quartzo, argilo-minerais e em maior proporo de

minerais de grafita. Apresenta estruturas como dobras de crenulao, clivagem filtica,

lineao por orientao mineral de interseo e fraturas prenchidas por veios de quartzo

recristalizados, indicando uma fase de metamorfismo de grau de incipiente. Os pacotes

referentes s rochas dessa formao no apresentavam camadas muito espessas variando de

comprimentos de aproximadamente 100 m e larguras de at 8 m, e em algumas pores mais

detalhadas apresentam finas laminas de arenito (Fotografia 7).

fotografia 7: filito grafitoso com lineao por orientao minerais de limonita


Grupo Bambu

Na sequencia estratigrafia foi possvel observar os depsitos do Grupo Bambu assim

como foram identificadas duas das formaes que o compe a formao Serra da Mamona e a

formao Riacho das Neves.

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Formao Serra da Mamona

Nas litologias encontradas dessa formao foi possvel identificar uma variedade de

rochas e estruturas. Os afloramentos onde foi possvel fazer essas identificaes apareceram

na cidade de Barreiras localizado ainda no permetro urbano onde foi possvel observar

metamarga com minerais de calcita, sericita e alguns argilo minerais; metasiltito com argilo

minerais e sericita; siltito com argilo minerais, sericita e quartzo; argilito siltoso com limonita

e uma grande porcentagem de argilo minerais e em maior porporo na granulometria de silte;

metargilito com minerais de limonita, sericita alguns argilo minerais, com predominncia da

granulometria da fase argila. (fotografia 8).

fotografia 8: litologias da formao serra da mamona


Neste afloramento correspondente a essa formao foi possvel identificar estruturas

como So, S1, famlia de fraturas preenchidas por veios de quartzo, foliaes do tipo clivagem

ardosiana, clivagem de interferncia, laminaes de acamadamento marcada pela variao

mineralgica e granulomtrica.

Foi possvel identificar litologias desta formao em afloramentos em corte de

estradas na BR-135 entre os municpios de Riachao das Neves e Formosa do Rio Preto,

rochas como meta margas, metasiltito e arenitos; com mineralogias que variam desde limonita

sericita e argilo minerais nos metas siltitos. Quartzo calcita e sericita na meta marga e sericita,

quartzo limonita muscovita no arenito. Alm de apresentarem estruturas de So S1 foliaes do

tipo clivagem ardosiana, lineaes de interferncia e por orientao mineral, fraturas

preenchidas por veio de quartzo; o que se correlaciona com os mesmos depsitos encontrados

no municpio de Barreiras relacionado assim ao mesmo tipo de formao. (Fotografia 9).

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fotografia 9: meta marga e arenitos da Formao Serra da Mamona


Formao Riacho das Neves

Os depsitos dessa formao encontram na coluna estratigrfica sobrepostos a

formao Serra da Mamona. Foram encontrados depsitos desta formao entre as cidades de

Barreiras e Riacho das Neves em afloramentos de corte de estrada localizados na BR 135

que liga o estado da Bahia ao estado do Piau. Foram encontradas trs litologias distintas

nestas formaes como metamargas com minerais de quartzo moscovita e sericita e com

presena de alguns arlino minerais principalmente de granulometria de silte Metasilito com

minerais de moscovita sericita e argilo minerais de granulometria da fase de argila e uma

maior poro de silte. Nesta formao foi possvel observar medidas de camadas de Sn,

foliaes do tipo clivagem ardosiana, clivagem de interferncia, lineaes de interseo e

algumas fraturas preenchidas por veios de quartzo (Fotografia 10).

fotografia 10: metamargas da formao e metasiltito da formao Riacho das Neves.


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Grupo Areado

Esse grupo representado em sua bibliografia por trs formaes distintas, porm na

rea estudada foi possvel identificar apenas a formao Trs Barras que caracteriza o topo da

estratigrafia desse grupo.

Formao Trs Barras

Na literatura esta formao dividida por alguns autores como (Gaspar, 2006) em trs

litofcies distintas porem baseado na mineralogia, e nas estruturas vistas em campo foram

evidencia apenas a fase2 dessa formao que foi observada em afloramentos de corte de

estrada na BR 135 entre as cidades de Cristalndia e corrente no Piau em torno do Km 606

sentido a cidade de Corrente. Foi observados pacotes de arenitos de colorao avermelhada

com gro de quartzo variando de sub-angulosos a sub-arredondados, com contatos pontuais

entre os gros, com pouca presena de matriz. Apresentavam estruturas como algumas gretas

de contraes e em algumas partes pequenas laminaes cruzadas marcadas pela variao

granulomtrica (Fotografia 11)

fotografia 11: Trs Barras do Grupo Areado com laminaes cruzadas.

Fonte:

Arquivo pessoal.

Grupo Urucuia

Esse Grupo representado por duas formaes distintas, a formao Posse e formao

Serra das Araras. Porm em campo foi possvel identifica os depsitos apenas da formao

Posse, localizado em afloramentos de corte de estrada na Ba 225 que liga o povoado de

Coarceral ao municpio de Formosa do Rio Preto. Foram observadas litologia de colorao

avermelhada apresentando gros de quartzo de sub-arredondados a arredondados, presena de

argilo minerais, sericita e algumas intercalaes de caulim. A rocha apresentava ainda

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algumas laminaes cruzadas onde foi possvel fazer medidas de So, alm de uma seqncia

de fraturas oblquas ao acamadamento, preenchidas por quartzo (fotografia 12).

fotografia 12: Laminaoes cruzada do F.M posse do Grupo Urucuia.

Fonte: Arquivo Pessoal

Coberturas Recentes formao Chapado

Na regio de estudo foi possvel verifica os depsitos dessas cobrturas, observadas

principalmente pelas formas de relevo encontradas. Foi possvel observar a predominncia

dessas coberturas principalmente na regio entre os municpios de formosa do rio preto a

cidade de Cristalndia onde o relevo expressava de forma mais suave, caracterizando assim as

coberturas recentes coluvionares. (Fotografia 13).

fotografia 13: depsitos das coberturas recentes d F.m Chapado.


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Figura 9: Seo geolgica da rea de estudos.


3.2.2 Geologia Estrutural

Acamadamento (So)

Na regio de estudos se tem poucos afloramentos que possibilitam medir atitudes de

So, o que se deve ao fato da regio estar localizado em uma faixa mvel (faixa Rio Preto) o

que propicia metamorfismo das rochas e deformao das camadas.

Foi possvel observar em campo que as medidas de So esto sub-paralelas as medidas

de S1 e os mergulhos variam ao sul indo para NW e medida que se aproxima do norte da

regio de estudos mergulham para SE (figura 11).

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Figura 10: Estereograma de planos para as medidas de So e foto ilustrativa mostrando acamamento por

variao granulomtrica em arenito no ponto 09

Fonte: arquivo pessoal

Foliao S1 e Sn

Os planos de S1 e Sn so observados pela orientao dos filossilicatos o que gera as

clivagens, xistuosidades e bandamentos. Ambos S1 e Sn remetem as clivagens sub-paralelas

So, no entanto quando no se tem So as foliaes se denominam Sn. De acordo com o estreo

nota-se a mudana dos mergulhos de S1 e So variando predominantemente para NW ao sul e

para SE ao norte, indicativo de formao de flor positiva.

expressiva a presena das foliaes na regio o que se deve ao metamorfismo que

tambm propiciou a formao de estruturas dcteis como dobras( fotografia 14) e deltas

(fotografia 15) com dobras em quadrantes indicando vergncia e as estruturas em deltas

indicando movimento sinistral, os flancos das dobras apresentam atitudes concordantes com

Sn e S1 apresentando vergncia para NW.

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Figura 12: Estereograma de planos indicando atitudes de S1

fotografia 14: A-interferncia de dobras do tipo dobras em lao apresentando dobras parasticas em S e

em W; B-interferncia de dobras do tipo domos e bacias .


fotografia 15: A-estrutura do tipo Delta indicando sentido de movimento sinistral, dentro da estrutura se

tem ainda dobras em quadrante indicando vergncia para NW e dobras parasticas; B- estrutura Delta

dentro da estrutura Delta maior.


Figura 11: Estereograma de planos indicando atitudes de Sn

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Foliao Sn+1

As foliaes do tipo Sn+1 so foliaes de crenulao apertada que afetam as foliaes

filticas, correspondem s estruturas dcteis onde Sn cortado pela clivagem mais recente.

Figura 13: Estereograma com medidas de Sn+1 e ao lado foto ilustrativa de foliao de crenulao no

ponto 04


Lineaes

Em campo foram encontradas lineaes de estiramento, lineaes de eixo de dobras de

crenules e lineaes de interseo, ambas plotadas em stereogama (figura 17).

As lineaes de eixo de dobras so geradas pela formao de microdobras de

crenulao cujo eixo ficam alinhados e paralelos formando lineaes.

As lineaes de estiramento minerais so lineaes de regime dctil, acontecem com o

estiramento dos minerais de quartzo e de moscovita que em alguns afloramentos chegam a

formar xistosidade do tipo bandamentos gnissicos.

Lineaes de interseo so lineaes de regime rptil e relacionam-se a fraturas onde

o plano principal de deslizamento interceptado por fraturas secundarias.

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Figura 14: Estereograma com medidas de lineaes


Fraturas

Os planos de fraturas so estruturas rpteis e apresentam variao bem ampla nas suas

direes entre os quadrantes NW/SE (figura 18), a maioria esto preenchidas por quartzo ou

calcita. Na regio ocorrem fraturas de mergulho que so paralelas s direes de mergulho,

fraturas direcionais que so paralelas s direes das feies planares, tambm ocorrem

famlias de fraturas em alguns pontos.

Figura 15: Estereograma com medidas de fraturas e fotografia com 3 famlias de fraturas diastrficas no

ponto 20.


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4. Geologia Histrica

Toda a histria de deformao das rochas na regio estudada aconteceu durante o

evento da orognese brasiliana que se deu no incio do paleozoico, as primeiras deformaes

foram marcadas pela orientao dos minerais e formao de foliaes S1 paralelas a So logo

se deu a deformao das camadas mantendo apenas as foliaes (S1) que por no haver mais

So se tornara (Sn), na parte sul da rea de estudos nota-se clivagens ardosianas e medida que

segue para norte se tem a evoluo dessas clivagens para clivagem filitica, xistosidades e at

bandamentos gnissicos evidenciando a maior deformao ao norte.

Devido continuidade do aumento das foras e da deformao se teve a estruturao

em leque divergente conforme mostrado na figura (figura 10), juntamente com a formao do

leque se teve formao de dobras com dobras parasticas com familias de dobramentos de at

cinco ordens apresentando vergncia para NW, ocorrncia de cizalhamento evidenciado pela

estrutura delta indicando movimento sinistral encontrada no embasamento e tambm

formao de foliao de crenulao. Mais ao sul onde a deformao foi menor onde no se

teve condies de formao de dobras aconteceram formaes de famlias de fraturas e

preenchimento dessas fraturas.

5. Consideraes Finais

Na Regio foi observado rochas metamrficas com predominncia de protolito gneo,

este foi interpretado como embasamento, em alguns pontos havia rochas metamrficas com

protlito sedimentar, cuja associao de fcies permitiu interpretar como rochas de ambiente

marinho e em outros ponto rochas de ambiente fluvio-elico. O metamorfismo das rochas

tanto sedimentares como gneas foi evidenciado pela presena de minerais metamrficos

como sericita e pelo quartzo recristalizado, as estruturas tambm evidenciam o metamorfismo

uma vez que se tem evoluo das foliaes passando de foliao ardosiana e filitica ao sul at

xitosidade do tipo bandamento gnissico ao norte.

As estruturas encontradas em campo so concordantes com o que diz a literatura, os

diagramas estereogrficos fornecem informaes que evidenciam a formao de estrutura em

leque divergente implicando no fechamento da bacia conforme citado por (Caxito, 2010).

Contudo desta forma foi possvel analisar que a regio estudada apresenta evidncias de

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tectonismo e de metamorfismo tanto em escalas regional como em escala locais. Tendo em

vista que em escala locais foi possvel fazer uma melhor descrio tanto das estruturas como

das litoestratigafias encontradas, buscando sempre associa-las a escalas regionais, permitindo

assim observar uma relao de evoluo do tempo geolgico da regio.

37

6. Referncias Bibliogrficas

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faixa rio preto

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