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FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL UNIBRASIL ESCOLA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL BACHARELADO EM JORNALISMO ALTAIR BENTO DA SILVA JUNIOR DANIEL ALEXANDRE OLIVEIRA SANTOS VISSOLELA NOELMA SIMÃO DA CUNHA PRELIMINARES UMA ANÁLISE JORNALÍSTICA SOBRE ASPECTOS RELEVANTES DO FUTEBOL AMADOR CURITIBA 2013

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FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL – UNIBRASIL

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

BACHARELADO EM JORNALISMO

ALTAIR BENTO DA SILVA JUNIOR

DANIEL ALEXANDRE OLIVEIRA SANTOS

VISSOLELA NOELMA SIMÃO DA CUNHA

PRELIMINARES – UMA ANÁLISE JORNALÍSTICA SOBRE ASPECTOS RELEVANTES

DO FUTEBOL AMADOR

CURITIBA

2013

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ALTAIR BENTO DA SILVA JUNIOR

DANIEL ALEXANDRE OLIVEIRA SANTOS

VISSOLELA NOELMA SIMÃO DA CUNHA

PRELIMINARES - UMA ANÁLISE JORNALÍSTICA SOBRE ASPECTOS

RELEVANTES DO FUTEBOL AMADOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como requisito para obtenção do título de

Bacharel em Jornalismo, da Escola de

Comunicação Social das Faculdades

Integradas do Brasil - Unibrasil

Orientador: Prof. Msc. Taiana Bubniak

CURITIBA

2013

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“Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco

do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,

incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria

história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no

recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “não”.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

É ter maturidade para falar: eu errei.

É ter ousadia para dizer: me perdoe”.

(Fernando Pessoa)

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos nossos amigos e familiares que nos apoiaram nos momentos mais

difíceis dessa trajetória da forma que foi possível e estava ao alcance.

Agradecemos nossos professores pelo empenho e presteza em nos auxiliar sempre

que os procuramos. Em especial a nossa orientadora Taiana Bubniak que teve

paciência e soube nos mostrar o caminho em muitas vezes durante esse nosso

trajeto em que estivemos sem rumo.

Agradecemos uns aos outros pela paciência que tivemos que ter em alguns

momentos desse trabalho em que precisamos buscar novos rumos ou aceitar uma

crítica construtiva do colega.

Agradecemos a Deus por ter nos dado saúde e sabedoria para distinguir o certo do

errado e por ao fim da nossa jornada poder sentirmos realizados e com a sensação

do dever cumprido.

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RESUMO

Este projeto visa eliminar uma lacuna existente na cobertura do futebol

amador de Curitiba, ao abordar não só a Série Ouro, mas também a Série Prata da

Suburbana da Capital. O projeto traz discussões teóricas acerca do jornalismo

esportivo e do radiojornalismo e propor como plataforma um programa de rádio

semanal que trará informações sobre as rodadas da competição, relembrará fatos

marcantes e tornará notórias ações e projetos sociais desenvolvidos pelos clubes

em prol das suas comunidades. O projeto tem como objetivo criar discussões sobre

a importância das agremiações para a construção e desenvolvimento das suas

comunidades, divulgar a competição que recebe cobertura limitada da mídia

esportiva local, trazer personagens que fazem ou fizeram parte da história da

competição e informar os frequentadores dos estádios das agremiações

participantes. Como o rádio permite a portabilidade para o ouvinte e possui um

alcance maior optou-se por construir o projeto utilizando como plataforma um

programa voltado para as emissoras de Rádio FM o que através de sondagem

verificou-se que possui grande audiência entre o público da competição.

Palavras-chave: Futebol Amador, Transmissões Esportivas, Rádio AM.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................05 2 DELIMITAÇÃO DO TEMA................................................................................08 2.1 O FUTEBOL NO BRASIL..................................................................................08

2.2 O FUTEBOL NO PARANÁ................................................................................09 2.2.1 OS TORCEDORES...........................................................................................10 2.2.2 OS OUVINTES..................................................................................................11 2.3 O FUTEBOL AMADOR........................................................................................13 2.3.1 A COBERTURA DO FUTEBOL AMADOR.......................................................15 3 PROBLEMA.....................................................................................................18 4 OBJETIVOS.....................................................................................................19 4.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................19 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................19 5 JUSTIFICATIVA...............................................................................................20 6 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................22 6.1 RADIOJORNALISMO.......................................................................................23 6.1.1 LINGUAGEM DO RÁDIO.................................................................................27 6.2 JORNALISMO ESPECIALIZADO....................................................................29 6.3 JORNALISMO DE PROXIMIDADE..................................................................30 6.4 JORNALISMO POPULAR................................................................................31 6.5 JORNALISMO SOCIAL....................................................................................33 6.6 JORNALISMO ESPORTIVO............................................................................35 6.6.1 AS TRANSMISSOES ESPORTIVAS DE RÁDIO.............................................37 7 METODOLOGIA..............................................................................................38 7.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO...............................................................39 7.2 PESQUISA DE OPINIÃO.................................................................................40 7.3 FORMATAÇÃO DO PRODUTO.......................................................................44 7.4 CRONOGRAMA...............................................................................................49 8 DELINEAMENTO DO PRODUTO...................................................................46 8.1 O QUE É O PRODUTO....................................................................................46 8.2 ESCOLHA DO NOME DO PRODUTO.............................................................47 8.3 PÚBLICO ALVO...............................................................................................47 8.4 VIABILIDADE DO PRODUTO..........................................................................47 8.5 CONTEÚDO ....................................................................................................48 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................49 REFERÊNCIAS..........................................................................................................56 ANEXOS....................................................................................................................56 ANEXO 1 – CRONOGRAMA DE PESQUISA...........................................................56 ANEXO 2 – ENTREVISTA FEDERAÇÃO PARANAENSE DE FUTEBOL..............57 ANEXO 3 – MODELO DE QUESTIONÁRIO QUALITATIVO APLICADO ...............59 ANEXO 4 – LAUDA PROGRAMA PRELIMINARES.................................................60 ANEXO 5 – REGULAMENTO AMADOR SÉRIE OURO...........................................63 ANEXO 6 – REGULAMENTO AMADOR SÉRIE PRATA.........................................69

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1 INTRODUÇÃO

No próximo ano, o futebol completa 120 anos em terras brasileiras e

coincidentemente, em ano de Copa do Mundo. Desde que foi trazido pelos ingleses,

popularizou-se e conquistou simpatizantes, o que se percebe ao verificar a audiência

de rádio e televisão, e a presença de público nos estádios durante competições

internacionais como a Libertadores da América e a Copa Sulamericana, nacionais

como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil e nos Campeonatos Estaduais.

Por um lado, o futebol profissional movimenta cifras gigantescas com

patrocínios e transações de jogadores. Isso recebe grande cobertura por parte da

mídia esportiva e demonstra o amadurecimento de alguns clubes no âmbito

administrativo. Por outro, as competições de futebol amador estão aí para trazer

outra realidade, já que não recebem a mesma atenção por parte dos meios de

comunicação existentes.

Embora apresentem traços de organização, tenham patrocínios e sejam

filiados à entidade máxima do futebol do estado, a Federação Paranaense de

Futebol (FPF), alguns clubes lutam para manter as contas em dia e fazem

malabarismos para montar times competitivos.

Mesmo com a simpatia de centenas de pessoas que frequentam

semanalmente os estádios e com a organização demonstrada fora das quatro linhas,

a competição não consegue receber um tratamento adequado por parte dos meios

de comunicação paranaenses. A competição recebe cobertura do jornal impresso

Tribuna do Paraná, das rádios Mais AM 1120 e Barigui AM 1560, sites1 e blogs2,

outros meios não dedicam atenção ao torneio e sequer fazem menções à liga.

Com base nisso, nosso objetivo é criar um programa que leve às

comunidades envolvidas na competição e aos simpatizantes do esporte uma

cobertura sobre o evento, proporcionando um boletim informativo semanal no qual

fatos esportivos e sociais dos clubes sejam levados ao público o que hoje ocorre de

forma limitada pela imprensa.

1 sites: futebolamador.com.br e balancandoarede.com.br

2 blogs: apenaweb.blogspot.com.br, velhospescadores.blogspot.com, olhoabertopr.blogspot.com,

blogs.odiario.com/jorgejunior

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Como o rádio convergiu para diversos meios como web, tablets, notebooks e

smartphones, a cobertura do evento feita por uma emissora de rádio pode atingir um

número considerável de ouvintes e eliminar a lacuna existente hoje entre as

estações de rádio da capital paranaense.

Para tanto, o produto denominado Preliminares: A Pré-jornada Esportiva que

aquece os amantes do Futebol Amador utiliza diversos recursos do jornalismo para

trazer ao público informações importantes que ele não encontra nos outros meios. O

programa pretende promover discussões sobre outros fatores que envolvem os

clubes compartilhando fatos levantados ou trazidos pelos ouvintes para a

programação.

O Campeonato de Futebol Amador de Curitiba – a popular Suburbana - tem

mais de 60 anos de história e é disputado em duas divisões a Série Ouro e a Série

Prata. Esse ano estão participando da primeira divisão: Bangu, Capão Raso,

Combate Barreirinha, Iguaçu, Nova Orleans, Novo Mundo, Operário Pilarzinho,

Santa Quitéria, Trieste, Uberlândia, União Ahú e Urano e da segunda: Arbesc,

Boqueirão, Caxias, Imperial , Ipiranga, Nacional, Olympique, Renovicente, Rio

Negro, Santíssima Trindade, Sergipe, Tanguá, Vasco da Gama, Vila Fanny, Vila

Hauer, Vila Sandra e Ypiranga.

Como o torneio envolve diversos clubes e movimenta torcedores

semanalmente nos estádios envolvidos, verificamos que a quantidade de meios de

comunicação que fazem a cobertura e o tempo dedicado a competição suburbana é

insuficiente.

A Série Ouro3 conta na primeira fase com 12 times divididos em dois grupos

de seis. Classificam oito times - os 4 melhores de cada grupo - para a segunda fase

em 2 novos grupos, os 2 melhores de cada grupo vão à semi-final em jogos de ida e

volta para disputar vaga na grande final. Para chegar ao título o campeão tem que

fazer 10 partidas na primeira fase, 6 na segunda fase, 2 na semi-final e 2 ou 3 na

decisão. Isso porque, o regulamento não considera o saldo de gols e sim os pontos

na final. Assim, se cada equipe vencer uma partida terá igualdade de pontos, o que

força a terceira e decisiva partida, que se empatar vai para os pênaltis.

3 Regulamento da Série Ouro nos anexos – Fonte: Federação Paranaense de Futebol

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Já a Série Prata4, esse ano conta com 17 times divididos em 3 grupos na fase

inicial, dois com 6 e um com 5. Classificam os 8 melhores para a segunda fase em 2

grupos com 4 equipes. Essa nova composição traz os 2 melhores de cada grupo – 6

agremiações - mais os 2 melhores terceiro colocados da primeira fase. Da segunda

fase classificam apenas 4 times que fazem a semi-final em jogos de ida e volta com

os dois melhores decidindo o título e garantindo vaga na Série Ouro.

Com relação a cobertura da Suburbana, o jornal impresso Tribuna do Paraná

traz uma página dedicada à Suburbana toda segunda, porém, a Série Prata só

recebe um parágrafo. As emissoras de rádio Barigui e Rádio Mais possuem

programas de jornada esportiva aos sábados - dia dos jogos - trazendo resultados e

tabela de classificação das duas divisões da competição. Já outros veículos, não

possuem periodismo e esporadicamente abordam o tema, normalmente o fazem em

fases decisivas do torneio.

O projeto pretende não só levar mais informação aos ouvintes da tradicional

competição, mas promover os eventos e ações sociais desenvolvidas pelas

agremiações em prol de suas comunidades.

4 Regulamento da Série Prata nos anexos – Fonte: Federação Paranaense de Futebol

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2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

2.1 O FUTEBOL NO BRASIL

Mesmo sendo considerado o país do futebol, o Brasil não foi o criador do

esporte mais popular em nossas terras. Segundo relato dos historiadores Machado e

Chrestenzen (2005), o jogo foi regulamentado e considerado esporte desde o dia 8

de dezembro de 1869, quando os ingleses criaram a Liga The Foot Ball Association.

O futebol chegou ao Brasil em 1894 trazido pelo paulistano Charles Miller que

retornava da Inglaterra, onde estudava. Ao retornar de lá, trouxe um livro de regras

do jogo que já era popular entre os ingleses e um objeto esférico – a bola - utilizado

para praticá-lo. Iniciou a difusão do esporte nas terras brasileiras e foi o “pai” da

paixão nacional (KLEIN, 2001).

Segundo o historiador Klein (2001), a primeira partida em solo brasileiro foi

em 14 de abril de 1895 e envolvia na disputa equipes formadas por funcionários de

empresas inglesas instaladas na capital paulista. Se confrontaram na partida

trabalhadores da São Paulo Railway e da Companhia de Gás. (KLEIN, 2001).

Não demorou muito e o esporte caiu no gosto do público e agremiações

começaram a surgir nas principais cidades do país. Clubes tradicionais da época

que se notabilizavam pela prática de outros esportes como o remo, passaram a

adotar o futebol como nova modalidade em seus quadros como o Flamengo (Rio de

Janeiro) e o Vitória (Bahia). Porém o primeiro clube criado tendo o futebol como

principal atividade foi o Sport Club Rio Grande (Rio Grande do Sul), da cidade

homônima, fundado em 19 de julho de 1900. (KLEIN, 2001).

O primeiro campeonato de futebol em solo brasileiro foi o Campeonato

Paulista de 1902 composto por cinco equipes formadas com estudantes e

frequentadores dos clubes, que na época eram o São Paulo Athletic, Clube Atlético

Paulistano, Associação Atlética Mackenzie College, Sport Club Germânia e Sport

Club Internacional (MACHADO E CHRESTENZEN, 2005).

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2.2 O FUTEBOL NO PARANÁ

Segundo Machado (1994), no Estado do Paraná o introdutor do jogo foi Victor

Ferreira do Amaral5 que trouxe a primeira bola e um livro sobre as regras do futebol

em 1903. A primeira partida disputada ocorreu no mesmo ano em Curitiba em um

bosque que havia na Rua Marechal Deodoro e foi praticada por atletas amadores. O

primeiro jogo oficial foi entre Coritiba Foot Ball Club e Operário Ferroviário Esporte

Clube de Ponta Grossa em 1909 e terminou 1x0 para o Operário, gol de Elias Motta.

Dissidentes do Coritiba criaram em 1924 seu maior rival o Clube Atlético

Paranaense.

No caso das transmissões radiofônicas, o primeiro jogo de futebol a ser

transmitido no Paraná foi um atletiba6 que aconteceu no Estádio Joaquim Américo, a

popular Arena da baixada. Segundo Machado (1994), o jogo foi realizado no dia 2 de

setembro de 1934 e acabou empatado em 1 x 1.

A transmissão foi feita pela Rádio PRB2, e os dois radialistas ficaram empoleirados em uma árvore de eucalipto, em uma espécie de apoio de madeira. Para se ter uma ideia as transmissões em meados dos anos 30 não eram completas em dia. Naquela época a rádio conseguia transmitir apenas um jogo devido a falta de condição tecnológica. (MACHADO, 2010).

O introdutor do esporte em Curitiba, o médico Victor Ferreira do Amaral foi

importante para o esporte tanto pela sua força política quanto pelo pioneirismo ao

difundi-lo em terras paranaenses. Segundo Machado (1994), na carreira de

humanidades, destacou-se pelo atendimento aos pacientes sem distinção de classe

social na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e por ironia do destino, no futuro, o

esporte faria o mesmo que ele em sua profissão, serviria a ricos e pobres para que

fosse praticado por ricos e pobres (MACHADO, 1994).

O primeiro campo da capital surgiu no Alto da Glória onde hoje está o Colégio

Estadual do Paraná, fundos do terreno da Família Leão. As partidas eram

comandadas e praticadas pelos membros Agostinho de Leão Junior, Agílio Leão e

Ivo Leão. O último foi artilheiro do primeiro Campeonato Paranaense de Futebol em

5Foi médico da Santa Casa de Misericórdia e fundador da Universidade Federal do Paraná.

6Nome que se dá ao clássico regional entre Clube Atlético Paranaense e Coritiba Foot Ball Club

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1915. Em 1909 no terreno da Cervejaria Brasileira foi criado o primeiro clube

profissional de Curitiba o Coritiba Foot Ball Club, que surgiu de disputas promovidas

por um grupo de jovens alemães (MACHADO E CHRESTENZEN, 2005).

2.2.1 Os torcedores

Machado (1994) explica que o fato de haver torcedores locais que torcem

para times de outros estados são compreensíveis pelo fato do estado ser

multicultural e atribui o fato à influência de outros estados pela amplitude limitada

dos sinais de rádios paranaenses quando o rádio era o veículo mais forte.

Mesmo Atlético e Coritiba sendo considerados as maiores forças do nosso

estado, ambos perdem para paulistas em números de torcedores no território

paranaense. É o que diz a pesquisa divulgada pelo jornal Gazeta do Povo em

23/12/2012. A dupla atletiba fica atrás de paulistas e até gaúchos em quase todas as

regiões do estado. Somente na capital ambos aparecem à frente das outras

agremiações, porém o Sport Club Corinthians Paulista vem logo atrás.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/conteudo.phtml?id=1330231

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Para alguns profissionais da área esportiva, alguns fatores podem ter

influenciado essa empatia “forasteira”. Um dos fatores mais apontados seria o

“bairrismo” utilizado pelos profissionais que cobrem um determinado campeonato,

explicitamente maior em outras praças do que no Paraná. Edileuza Soares (1994, p.

37) relembra que na Rádio Record de São Paulo, agradava tanto ao fazer campanha

a favor dos times paulistas que tornou-se conhecida como “A voz de São Paulo”.

Outro fator que pode influenciar a escolha de uma agremiação pode ser a a

influência paterna na escolha do clube. Daolio (2005) comenta isso em seu livro com

uma frase famosa que diz “uma vez criada, a tradição é o que se transmite”.

(DAOLIO, 2005, p. 30). Para ele, a educação do pai para o filho influencia em

algumas escolhas como religião, profissão e clube de futebol. Desta forma, o pai tem

influência direta na escolha do filho, principalmente nessas áreas.

Daolio (2005) afirma que testemunhos de amigos ou parentes próximos

podem influenciar nas escolhas de alguns indivíduos. Isso explica porque tantos

filhos seguem os clubes dos seus pais, mesmo não morando no estado dos clubes

que torcem.

O pai, ao educar o filho apresenta-lhe às vezes até de forma arbitrária uma proposta de vida. Por trás dessa proposição estão as experiências vividas, uma concepção de homem, de mundo e de sociedade e o desejo do que há de melhor para o caminho desse filho. Assim acontece na escolha da religião, da profissão e do clube para o qual torcer (DAOLIO, 2005, p.30).

Para Berlo, a empatia é um fator determinante e pode dar origem a

conceitos e adoção de papéis. “A teoria da adoção de papéis produz o conceito de

pessoa e adoção de um papel dá margem à empatia” (BERLO, 2003, p.129).

2.2.2 Os ouvintes

Em geral as emissoras de rádio que transmitem jogos dos clubes

paranaenses, apresentam um bairrismo moderado, exceto a Transamérica FM

(100,3), que não narra os gols do adversário e demonstra empolgação com os

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lances dos caseiros e toda a equipe demonstra explicitamente parcialidade pelos

clubes daqui.

A tentativa de despertar a empatia dos torcedores para os clubes

paranaenses esbarra no tempo escasso dos programas esportivos e nos interesses

comerciais das emissoras que transmitem as partidas. Muitas vezes os

patrocinadores de uma emissora têm influência direta na pauta e na linha editorial de

um veículo.

O investimento publicitário no rádio é pequeno se comparado com o que vai parar nas emissoras de televisão (59%) e nos jornais (18%). Apesar disso, a influência dos anunciantes é forte e leva, em alguns casos, a distorções no comportamento de emissoras e seus profissionais, comprometendo a credibilidade destes. (JUNG, 2004, p. 29).

A imprensa esportiva utiliza os recursos que dispõe para motivar as torcidas a

continuar acompanhando o futebol. Berlo (2003) trata dessas maneiras usadas pela

imprensa. As teorias da empatia interpretam a forma como a influência pode agir

sobre o comportamento do indivíduo. Depois, a empatia por interferência, dessa

forma o físico é relacionado pelo psicológico do indivíduo, que forma interpretações

para seu comportamento.

Um recurso que o rádio possui em relação aos outros meios que cobrem o

futebol e que pode trazer mais ouvintes para as transmissões é a emoção do

narrador. Schinner (2004) retrata a emoção do torcedor durante uma transmissão

esportiva pontuando os sentimentos e sensações que o esporte desperta.

Emoção é sem dúvida a palavra mais usada nas transmissões esportivas. É também o combustível mais importante do ser humano, pois funciona como gatilho de todos os sentimentos. Faz o coração bater mais forte, o suor jorrar pelos poros, o frisson tomar conta da barriga, o sangue ferver nas veias. Ao menor sinal de ação, perigo, empolgação, tristeza, alegria, medo ou raiva. A emoção vem a tona e toma conta da gente. (SCHINNER, 2004, p. 80).

Luckmann (2003) afirmam que apenas uma parte das experiências é retida na

consciência, esta parte é fixada na mente e é lembrada constantemente. “A

linguagem objetiva as experiências partilhadas e torna-as acessíveis a todos dentro

da comunidade linguística, passando a ser assim a base e o acervo coletivo do

conhecimento” (BERGER E LUCKMANN, 2003, p. 96). Essa linguagem simples

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exposta de forma objetiva é o que os programas de rádio devem utilizar para que o

ouvinte se interesse pela transmissão de rádio. A expressão contida na locução é o

que desperta sensações no público e o que diferencia o meio dos outros.

2.3 O FUTEBOL AMADOR

O futebol surgiu de forma amadora e era praticado por populares e não

possuía regulamentação, apenas regras básicas criadas pelos ingleses. As práticas

esportivas amadoras em geral, em que o futebol está incluso, só foram

regulamentadas no país em 24 de março de 1998 pela Lei nº 9.615. Embora seja

precursora do esporte profissional, demorou para ser reconhecida mesmo com suas

funções educacionais e por proporcionar integração social e promover a saúde.

O futebol amador iniciou de forma descompromissada e disputada pelo

simples prazer da prática. Amigos se juntavam para bater bola nas horas vagas e

com o passar do tempo passaram a representar seus bairros e suas comunidades.

Para Magnani (2003), os torneios entre os bairros foram imprescindíveis para

construir a identidade do torcedor com o futebol amador por promover a rivalidade

sadia com os times dos outros bairros.

Com o passar do tempo, o futebol amador se viu obrigado a reestruturar-se.

Como a Lei que regulamentava o esporte proibia a remuneração aos praticantes, foi

feita uma alteração na redação e sancionada nova legislação sob nº 9.981 em 14 de

julho de 2000, que permite o praticante receber incentivos materiais ou financeiros

provenientes de um patrocinador. A única diferença entre o amador e o profissional

está no registro federativo e na ausência do contrato, no caso do amador.

Presente em diversos centros urbanos brasileiros e longe dos holofotes dos

grandes clubes, as agremiações que participam de competições amadoras vivem

hoje uma realidade bem diferente das vividas por entidades desportivas

profissionais. O amadorismo do futebol está regulamentado inclusive em Lei

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Federal, conhecida como Lei Pelé, a Lei n° 9.615, de 24 de março de 19987 define e

regulamenta a prática esportiva.

Art. 1° O desporto brasileiro abrange práticas formais e não formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos fundamentos constitucionais do Estado Democrático de Direito:

I – A prática desportiva formal é regulada por normas nacionais e internacionais e pelas regras de prática desportiva de cada modalidade, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto.

II – A prática desportiva não formal é caracterizada pela liberdade lúdica de seus praticantes.

Machado (2005) conta que ao analisar os campeonatos amadores hoje, existe

um semiprofissionalismo, muitas vezes velado, no qual os atletas recebem para

jogar, mas sem contratos de trabalho. Para ele esse amadorismo, em grande

medida, é o universo que não se profissionalizou e a história do futebol amador no

século XX é a história da sua profissionalização.

À primeira vista, o nome “amador” daria a chave desta definição: o futebol amador seria aquele onde se pratica o amadorismo, ou seja, um futebol no qual estão ausentes relações monetarizadas. Isto, contudo, é apenas um ideal. Na prática, no futebol amador há, e não são poucas, relações monetarizadas. (MACHADO, 2005, p. 53)

Ao acompanhar uma final de competição amadora Machado (2012) fez a

seguinte constatação:

É acompanhar um futebol que ficou para trás, manteve-se amador, ligado muito mais a redes comunitárias de lazer do que ao universo das finanças e do dinheiro. Isto, de fato, é evidente para quem acompanha, pela primeira vez, a suburbana ou outros torneios amadores da cidade de Curitiba (MACHADO, 2012, p.54-56).

Os campos de pelada8 possuem significativa importância na trajetória dos

atletas que disputam uma competição amadora pois funcionam como escola para os

aprendizes e aspirantes a jogadores. Um campeonato amador é um esporte não

transformado em espetáculo através da mídia, pelo menos nos padrões

7 Palácio do Planalto. Leis Consolidadas. 2013. Disponível em:

www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9615consol.htm. Acesso em: 08/10/13

8 Campos de futebol de várzea, ou dos subúrbios sem medidas ou regras oficiais.

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estabelecidos e seguidos como é o futebol profissional no Brasil e em grande parte

do mundo (MACHADO, 2005).

O futebol amador iniciou sem organização alguma e só entrou em processo

de organização no âmbito mundial na década de 1920. No Brasil, começou a se

profissionalizar a partir de 1933. Em Curitiba, a Suburbana é a competição mais

antiga. Ela teve sua primeira edição em 1941 e o vencedor foi a equipe do Belmonte,

que venceu o Rio Branco na final. A equipe que mais vezes levantou o troféu do

campeonato foi o Trieste, totalizando 11 títulos. Já o time mais antigo é o Iguaçu,

fundado em 1919 (MACHADO, 2005).

A competição não possui uma média oficial de público nos jogos segundo a

Assessoria de Imprensa da Federação Paranaense de Futebol9. Isso se dá, pois não

são cobrados ingressos na maior parte dos jogos. Números não oficiais, estimados

por dirigentes, afirmam que aproximadamente 8000 pessoas assistem o

Campeonato, somando todas as rodadas e as duas divisões da competição.

Ainda segundo a Assessoria, a Federação fornece materiais esportivos

diversos, paga as taxas de arbitragem e concede a premiação ao final da

competição com o auxílio dos patrocinadores. Para ingressar na Série Prata, a

divisão inicial da Suburbana o clube deve estar regularmente filiado a Federação e

estar com o Estatuto em dia definindo qual a organização do clube.

Hoje o Futebol Amador de Curitiba conta com 35 equipes filiadas junto à

Federação e os estádios dessas agremiações recebem vistorias periódicas que,

segundo a Assessoria da Federação, não são obrigatórias pelos órgãos de

segurança, mas servem para coibir descasos com o público nessas praças

esportivas. Já a segurança, está inclusa no regulamento e é obrigação do clube

mandante solicitar apoio da Polícia Militar.

2.3.1 A Cobertura do Futebol Amador

9 Entrevista concedida por email pela Sra. Julia Abdul Hak em 30/10/13 aos autores.

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Desde os primórdios, o futebol pouco teve de amador, mesmo no início

enfrentando uma resistência por parte do público e da imprensa. A cobertura do

esporte na época era feita através de pequenas notas e com a popularização do

futebol amador entre as comunidades passou a receber um pouco mais de atenção

de alguns veículos impressos e de emissoras de rádio.

A cobertura da imprensa a essa modalidade seguiu a popularização do

esporte e no início conviveu com o preconceito, pois acreditava-se que as notícias

esportivas só despertavam interesse das pessoas com baixo poder aquisitivo. Foi

somente a partir da década de 30, com o início do profissionalismo no futebol, que

os cadernos esportivos ganharam mais adeptos e consequentemente maior difusão.

(COELHO, 2004).

Já a cobertura do futebol amador de Curitiba recebe pouco espaço da mídia

esportiva paranaense. Sobre a questão, um dos diretores do Grêmio Recreativo

Ipiranga, Carlos Moretto,10 afirma que a competição amadora nunca recebeu espaço

devido por parte da mídia e quando há cobertura é somente dos jogos decisivos da

Série Ouro. Moretto, além de diretor do clube, possui uma lanchonete na sede da

equipe e afirma que se houvesse maior cobertura atrairia mais torcedores e

melhoraria o movimento do seu comércio.

Os veículos que fazem a cobertura das competições amadoras em geral são

os que possuem menor aporte financeiro, casos da Rádio Barigui AM 1560 e da

Rádio Mais AM 1120. Além dessas duas emissoras, os portais

futebolamador.pr.com.br e balancandoarede.com trazem informações uma ou duas

vezes por semana, o jornal impresso Balançando a Rede é semanal e antecede as

rodadas, o jornal impresso Tribuna do Paraná dedica um página, todas as segundas

trazendo as informações sobre a rodada do fim de semana.

A história do futebol amador já foi contada em livro pelos escritores

curitibanos Allan de Paula Oliveira, Hélder Cyrelli de Souza e João Castelo Branco.

Allan é historiador, músico e antropólogo, professor da UNIOESTE. Hélder é

historiador e professor do Colégio Militar e João é fotógrafo e cineasta. A obra

10

Entrevista concedida pelo dirigente do GR Ipiranga aos autores em 05 de outubro de 2013.

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chamada O Futebol da Contracapa ilustra momentos da Suburbana e traz fatos

históricos da competição.

O futebol amador também já foi tema de artigo científico de conclusão de

curso apresentado nas Faculdades Integradas do Brasil. O aluno Denis Willian

Barbosa desenvolveu um projeto, no qual propunha a reformulação do site

Balançando a Rede e do jornal impresso homônimo para que mais espaço fosse

disponibilizado para os torcedores da Suburbana. Além disso, a proposta do autor foi

tornar o site mais moderno e de fácil acesso para o público.

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3 PROBLEMA

Existe uma lacuna por parte da mídia esportiva na cobertura do futebol

amador da capital. A construção do programa Preliminares está voltada para cumprir

o propósito de levar informação semanal ao público que acompanha essa

competição. Durante a pesquisa de campo feita no Trieste Futebol Clube, Série

Ouro, e no Grêmio Recreativo Ipiranga, Série Prata, os torcedores em geral vizinhos

dos clubes, afirmaram que ampliar a cobertura do evento é interessante pois ajuda a

divulgar o bairro, no caso Santa Felicidade e Capão Raso. Com isso, o programa de

rádio objetiva levar informação esportiva e ainda desempenhar uma função social,

um dos alicerces do jornalismo.

Fazendo uso dos recursos de rádio, o programa pretende descobrir como é

possível divulgar uma competição sem apoio, despertar o interesse das

comunidades para seus clubes e do meio jornalístico para o futebol amador. Por

isso, questiona-se: como divulgar de forma clara e eficiente os eventos relacionados

ao futebol amador e, mais especificamente, ao campeonato regional denominado

Suburbana?

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um modelo de programa de rádio que aborde o futebol amador

de Curitiba das séries A e B, trazendo fatos importantes e informações históricas

sobre a competição.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Dar visibilidade e divulgação ao futebol amador de Curitiba;

- Realizar registro histórico de fatos agindo como fonte de memória esportiva e

servindo como documento de consulta para amantes do esporte e torcedores das

agremiações;

- Tornar notória a função social do clubes de futebol de modo a servir de referência

na cobertura jornalística e como fonte para outros meios;

- Promover discussões sobre a importância do futebol suburbano para a sua

comunidade;

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5 JUSTIFICATIVA

Ao abordar futebol deve-se dedicar atenção especial à história do rádio, pois

segundo Jung (2004), o veículo foi o grande responsável pela propagação e

popularização do esporte e, em contrapartida, o futebol trouxe muitos ouvintes para

as emissoras. Segundo Coelho (2004), não só o rádio, mas o jornalismo esportivo

brasileiro, começou a ganhar expressão quando iniciou a profissionalização do

futebol em nossas terras.

Ao tratar o futebol amador da capital paranaense utilizando como plataforma

um programa de rádio há o resgate dessa relação histórica entre rádio e futebol. O

meio de comunicação é popular e o esporte também e essa identificação do público

com o esporte é que motiva o projeto. O interesse do público cresce a cada

campeonato o que se evidencia com a vinda de ex-jogadores profissionais para

jogar a competição. Com a vinda desses atletas, novos patrocinadores se somam às

agremiações, o que garante melhorias estruturais e investimentos na área social e

fideliza mais torcedores da comunidade.

O rádio alcança 96% do território nacional e possui a maior cobertura entre os meios de comunicação, com público aproximado de noventa milhões de ouvintes. A televisão, vedete no meio, está presente em pouco mais de 87% dos lares, com 90% da população sintonizada em alguma emissora ao menos uma vez por semana. (JUNG, 2004, p 13).

O projeto se justifica porque aborda um tema marginalizado pela maioria dos

meios de comunicação, promove a memória do esporte e de personagens que

fazem parte dele, traz a conhecimento público os projetos sociais desempenhados

por esses clubes nas suas comunidades e presta serviço público ao informar os fãs

do esporte sobre o andamento do campeonato em curso, através de boletins com

tabela e resultados da rodada.

A carência de cobertura midiática para uma competição tão tradicional é o

que motiva o projeto. Um esporte popular, que traz todas as particularidades dos

bairros e dos seus torcedores, com toda a movimentação que ocorre nos fins de

semana em que há rodada nos estádios é o que pauta nosso programa.

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Os meios de comunicação que não cobrem essa competição, esquecem que

o mesmo torcedor que torce para os times de futebol profissional também

acompanha e torce pelo clube do seu bairro. Ao abordar os clubes, fatores sociais,

geográficos, gastronômicos e até culturais podem receber incentivo, uma vez que o

bairro recebe divulgação.

O projeto busca a análise do esporte por outro viés, o de localizar fatos

benéficos e relevantes na competição e que mereçam divulgação pelo seu apelo e

interesse público. Para Coelho (2004), a única maneira de mostrar que o esporte é

viável, é mostrar que o jornalismo esportivo não é feito apenas por esporte, mas por

paixão.

O fim da paixão é também a derrocada do profissional, que já não enxerga a razão que o fez seguir o caminho do jornalismo. Essa lógica vale também para quem não entrou no mercado pela paixão pelo esporte, mas pelo amor ao jornalismo. O risco maior, no entanto, é enxergar em si próprio razão mais nobre para o interesse do público do que o esporte. E do que a notícia. (COELHO, 2004 p. 48).

A necessidade de disponibilizar informação ao ouvinte e a interação entre o

meio e o ouvinte tem como objetivo angariar mais torcedores aos clubes, tornar

público as ações sociais desenvolvidas pelos clubes e os anseios da comunidade.

Essa proximidade clube-bairro pode estabelecer uma identidade dos moradores com

os clubes e de ambos com o programa.

A construção de um programa de rádio irá contribuir jornalisticamente para

levar até o público do futebol amador informações atualizadas e de interesse da

comunidade. Em pesquisa realizada com torcedores dos clubes da suburbana11,

ficou evidenciado o interesse por notícias da classificação, entrevistas, fatos

históricos e eventos sociais do clube, nessa ordem de preferência.

Como aproximadamente 94% dos entrevistados afirmaram ouvir rádio e

desses, 68% gostam de programas esportivos, a plataforma radiofônica é a mais

viável para levar informações da suburbana a esse público. Já que pretendemos

informar o torcedor no estádio o questionário foi baseado no rádio pela portabilidade

do meio. A motivação do programa Preliminares é levar mais informações e

estabelecer fidelidade com o público ao estabelecer um periodismo e uma linha

editorial pautada no interesse da comunidade.

11

Pesquisa realizada mediante questionário aplicado em 05 de outubro de 2013 pelos autores.

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6 REFERENCIAL TEÓRICO

6.1 O RADIOJORNALISMO

O radiojornalismo baseia-se no princípio básico do meio e da mensagem, isso

é, a mensagem deve se adequar ao meio para ser apreendida. A plataforma possui

características próprias e sua síntese noticiosa exige narração cadenciada, voz clara

e entonação, para que a notícia seja captada pelo ouvinte. Segundo Jung (2004), o

jornalista de rádio exerce o papel de conquistador, pois os elementos não-verbais

utilizados por ele na voz podem fazer com que uma mesma frase assuma sentidos

diferentes.

O que mais prende a atenção do público não é tanto o que se diz, mas como se diz. Nesse processo, a voz é a principal ferramenta para conquistar o ouvinte, que tende a se dispersar devido à enorme quantidade de informações que concorre com a mensagem que transmitimos. Por isso, falar um pouco mais baixo e mudar o ritmo quebram a monotonia do discurso, convidam a pessoa a se aproximar do rádio. (JUNG, 2004, p. 120).

Nos primórdios do radiojornalismo brasileiro, em 1923, o método de noticiar

pelo rádio se resumia no fato de ler os jornais impressos e escolher as melhores

reportagens para colocar no ar. Com o passar do tempo esse procedimento passou

a ser conhecido como “gilete press”. Segundo Jung (2004), na rádio sociedade Rio

de Janeiro – PRA2, Edgar Roquette Pinto selecionava as principais matérias do

Jornal da Manhã e entrava no ar para divulgá-las.

Nos anos 1930, algumas emissoras surgiram com um pouco da programação

voltada para o jornalismo, como era o caso da Rádio Farroupilha, que tinha o mais

potente transmissor na época. Essa emissora revolucionou o radiojornalismo ao criar

uma redação com equipe especializada e apurar os fatos antes de levá-los ao ar. A

Rádio Nacional de Belo Horizonte também fez história, mas de outra forma. Ao

transmitir o programa A Hora do Fazendeiro falava diretamente com o povo do

interior e chegou a receber até 25 mil cartas de ouvintes.

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Na década seguinte surgiu o Repórter Esso na Rádio Nacional do Estado do

Rio de Janeiro, que depois foi retransmitido por outras emissoras distribuídas em

outros estados do Brasil. Este programa alavancou o jornalismo de rádio, pois a

notícia ficou mais sintética, com o tamanho pré-definido, de forma objetiva, sem

rodeios, para perder a prática de ler a notícia do jornal, como era o costume da

época (JUNG, 2004).

Com o passar do tempo, o rádio obrigou-se a inovar e se reinventar para não

perder público. Lima (2003), afirma que é dever da emissora de rádio que tem teor

jornalístico em sua programação, estar a frente dos outros veículos, para isso se faz

necessário buscar inovações tecnológicas e/ou de estilo.

.

Uma de suas características é que, ao contrário da televisão ou meio impresso, não vai ao estúdio fechado. É um jornal aberto que se limita a divulgação dos fatos ocorridos. A edição vai se alterando na medida em que o âncora aprofunda os assuntos com entrevistas e os repórteres, correspondentes e redatores vão apresentando novas notícias. A prestação de serviços deve ser continua com a informação do tempo, trânsito, estradas, aeroportos e mercado financeiro etc. (LIMA, 2003, p. 75).

Com todos estes serviços prestados pelo rádio, o projeto optou pela

representação social do veículo e pelo papel do cidadão ouvinte nessa troca de

informações, ao pautar o programa e receber em troca assuntos do seu interesse e

indiretamente receber divulgação da sua comunidade.

De acordo com Tavares e Faria (2006), as transmissões externas fazem parte

das diversas opções de transmissão de radiojornalismo. Quando uma emissora

pretende cobrir algum acontecimento, basta um repórter estar no local do evento

com um carro que tenha um equipamento de rádio, ou mais comumente nos dias

atuais, por meio de telefones celulares e as informações são repassadas quase

instantaneamente.

Outra figura importante do radiojornalismo segundo Tavares e Faria (2006) é

o comentarista. Na maioria das vezes não é um jornalista, mas um conhecedor

profundo de um assunto específico. O comentarista sintetiza para o ouvinte a forma

de um determinado time atuar ou de um determinado jogador se posicionar em

campo.

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A necessidade de um comentarista demonstra que o ouvinte precisa de um

esclarecimento. A mensagem deve ser passada de forma clara e objetiva para que

depois de ouvir as notícias a mensagem tenha informado. Por esse motivo, a

linguagem do rádio tem que ser igual a do povo.

Para Jung (2004), o rádio, veículo de comunicação com mais de oitenta anos,

possui maior abrangência no território nacional e consequentemente desfruta do

maior público entre os meios de comunicação se somadas todas as plataformas em

que está inserido. Diferente do que já foi especulado, segue firme e se reinventa a

cada dia e a cada plataforma que surge.

Um estudo foi realizado sob encomenda da Secretaria de Comunicação

Social da Presidência da República junto ao Instituto Meta de Pesquisas da Cidade

de Canoas12. Esse levantamento envolveu todas as regiões brasileiras e utilizou

percentuais de dados amostrais correspondentes a 75% da população no qual

verificou-se a frequência de audições, onde ouvem o rádio, quais dias da semana e

em quais horários.

12

Pesquisa acessada em 04/11/13 no http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/pesquisas/2010-12-habitos-ii/2010-12-habitos-de-informacao-e-formacao-de-opiniao-da-populacao-brasileira-ii.pdf

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Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

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Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

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Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

6.1.1 Linguagem do Rádio

O radiojornalismo, para atingir um grau macro de difusão, deve ter uma

linguagem que seja o mais universal e clara possível para informar a todos e mais

do que isso despertar o interesse do ouvinte, nesse caso além de ritmo e clareza, a

entonação vocal do locutor deve entrar em cena.

A notícia anunciada pelo repórter também varia segundo as condições que estiver exposto. Em uma nota lida no estúdio, a fala deve ser mais tranquila. E ao cobrir um levante civil, certamente deverá refletir na voz a situação de estresse que vivencia (JUNG, 2004, p. 63).

Para o sucesso da notícia e para que ela cumpra seu papel informativo além

da “interpretação” citada por Jung (2004), o locutor deve demonstrar o

comprometimento dele com a notícia e deixar isso claro ao narrar um fato ou cobrir

um determinado acontecimento.

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Você precisa ter interesse pela notícia. Esse é um princípio básico do radiojornalismo que precisa ficar bem claro. Se você não tiver esse cuidado – e demonstrar isso – é muito provável que o ouvinte perceba e também se desinteresse pelo assunto (HARRIS, 1998, p. 72).

Outro fator que também ajuda é o emprego de linguagem simples, solta e

variada, pois o ouvinte pode se cansar e não prestar a atenção no que está sendo

dito, e também não absorver a informação. Debater vários temas também pode fazer

com que um ouvinte que acabou de sintonizar a rádio se sinta perdido e não se

interesse pelo assunto. Porchat (2004), cita que o locutor deve, a cada bloco,

lembrar o tema e relembrar quem é o entrevistado para situar quem acaba de ligar o

rádio.

Lage (2003) afirma que a linguagem é um conjunto de itens determinados

para o emprego de um sujeito que as utiliza em determinada ação. Para Lage

(2001), esse conceito não serve para analisar a linguagem jornalística pois essa é

comum em todos os idiomas pelo fato do jornalismo ser uma prática social sem

fronteiras e mobilizar vários outros símbolos além da comunicação linguística, sendo

necessário um conceito mais amplo.

Precisamos de um conceito de linguagem mais amplo, que não se refira apenas a uma língua, mas à grande variedade delas; e que se relacione com disciplina mais abrangente do que a linguística, capaz de abarcar a totalidade dos sistemas simbólicos. Esta disciplina foi chamada de Semiologia por Ferdinand de Saussure, no início do século XX (LAGE, 2003, p. 36).

Como as transmissões de rádio não possuem um público segmentado e

atingem ouvintes de diversas camadas sociais, a premissa da linguagem simples e

universal também se faz necessária para atingir todo esses públicos e se fazer

entender por eles. Coelho (2004), lembra que são justamente as camadas mais

baixas, economicamente falando, as que produzem índices de audiência ainda

aceitáveis em emissoras de rádio com programação dedicada ao esporte.

Neste sentido, o profissional de rádio deve trabalhar para que seja facilitado o

entendimento do ouvinte, como afirma Harris (1998) ao afirmar que o narrador tem o

papel de fazer a conexão do ouvinte com o jogo, e por este motivo é

desaconselhável narrações rebuscadas que possam confundir o ouvinte, é preciso

ser objetivo .

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6.2 JORNALISMO ESPECIALIZADO

Com o tempo, o jornalismo passou a abordar os mais diversos assuntos e se

fez necessário a criação de diversas editorias. Para abastecer e gerar conteúdo de

diversas esferas foi necessário a criação do jornalismo especializado. Para Scalzo

(2004), o jornalista deve ter conhecimento do assunto tratado, mas não deve

abordá-lo como se fosse o tema mais importante do mundo, ser especialista é algo

que o jornalista não é, já que primordialmente é considerado um generalista, aquele

que fala de tudo um pouco.

Não ser específico facilita quando é abordado um assunto no qual as pessoas

tem pouco conhecimento, pois assim o repórter vai ter dúvidas semelhantes ao

leitor, o ouvinte, o telespectador, agindo como um porta-voz da população.

Para Coelho (2004), para ser especialista o que importa é o conhecimento,

saber decifrar os mecanismos que servem para construir uma boa matéria. Para ele,

é importante saber construir uma boa história de forma a atrair o público, priorizar o

que é informação, apurar os fatos e construir matérias corretas.

É a experiência que vai ensinar ao jornalista avaliar a importância da informação e definir qual tratamento dar a ela. E qual tratamento deve receber. E ao mesmo tempo vai fazê-lo não subestimar notícia aparentemente irrelevante. Não é a toa que os grandes colunistas da imprensa atingem grau de maturidade suficiente para se tornarem colunistas após anos de reportagem exaustiva nas ruas. (COELHO, 2004, p. 45).

Coelho afirma que o especialista deve amar a profissão e adquirir informação

e jamais confiar cegamente na memória desprezando a apuração dos fatos. Ele cita

que é necessário esforço, investir na cultura e ter cuidado jornalístico redobrado pois

a notícia deve ser construída com inteligência e conhecimento do assunto com

encadeamento de ideias o que exige bons profissionais.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Erbolato (1981) afirma que o papel do

profissional não é apenas pesquisar e escrever, mas sim ter o domínio sobre o

assunto que está escrevendo. Segundo Erbolato (1981), isso faz com que o público

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crie a sensação de que o repórter está falando diretamente com ele, fazendo com

que este tenha o desejo de ler uma produção direcionada.

6.3 JORNALISMO DE PROXIMIDADE

Como o fator proximidade é um critério importante de noticiabilidade, o

vínculo do público com a notícia é importante para o processo de comunicação.

Alsina (2009), define a proximidade temática como a necessidade que grupos têm

de trocar informações em temas diversos e expectativas em comum que envolvem

efeitos de identificação afetiva.

Para Traquina (2005), os jornalistas têm como parte de sua responsabilidade

dar sentido às notícias demonstrando de que forma um determinado acontecimento

tem um significado relevante para as pessoas em função de sua proximidade e

despertando o interesse desse público para com a notícia veiculada.

Essa proximidade do público com a notícia se dá quando são consideradas as

características do lugar e da informação transmitida. Segundo Antunes (2004), a

linguagem falada nas ruas e arquibancadas e que caiu na cultura popular consegue

aproximar o torcedor do jogador e do clube criando uma identificação e maior

proximidade entre as partes.

Para essa forma de jornalismo, a proximidade/relevância pode apresentar peso diferente se comparado a outros gêneros jornalísticos. Um jogo de futebol pode ter extrema importância no mundo dos esportes, mas não ter o mesmo interesse para o público que lê o jornal local, pois a relevância do fato em função de sua proximidade será muito pequena. Por outro lado, o resultado de uma partida de um time local pouco expressivo, muito dificilmente terá grande significância para o esporte mundial, mas para o leitor daquela cidade, daquele bairro onde está situado o time, possui um enorme valor notícia. (ALSINA, 2009, p. 158).

Para Peruzzo (2005), a proximidade pressupõe como valor o reforço da

identidade, que reflete um campo comum de significados para uma determinada

sociedade. Neste cenário, a função do jornalista vai além da publicação das notícias,

mas estar antenado, deixar de ser observador para tornar-se um participante do fato.

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Além disso, possibilitar o aparecimento de um público que não seja apenas

consumidor, mas interaja de forma direta na construção da notícia.

6.4 JORNALISMO POPULAR

Madruga (2009) conta que o jornalismo chamado “popular” nasceu na Europa,

no século XIX. Ele passou a ser denominado assim devido a Revolução Industrial,

quando a população veio em peso do campo para a cidade em busca de melhores

empregos e teve que se alfabetizar para trabalhar nessas empresas. Segundo

Madruga (2009), esse acontecimento obrigou os jornais, que inicialmente eram

voltados apenas aos burgueses, a abranger outro público que acabara de se

alfabetizar, adequando seu conteúdo para ser de entendimento dessa classe de

operários (BARBERO, 2008, apud MADRUGA, 2009).

Amaral (2006), cita que o termo popular remete, além da universalidade do

seu conteúdo que deve ser apreendido por todos, a um jornalismo que tem como

característica ser próximo e manter uma relação de empatia entre ambos,

fortalecendo-se pelos serviços prestados a sua comunidade.

Cecília Peruzzo (1999), conta que a comunicação popular costuma ser

entendida, do ponto de vista de alguns teóricos, em um nível de igualdade de

conhecimento entre emissor e receptor. Porém, este conceito é embasado sem ter

resultados práticos que comprovem isso.

Segundo Peruzzo (1999), há veículos que utilizam conceitos de comunicação

participativa proveniente de outros países latino-americanos, modo em que a

produção do conteúdo é feita sem uma análise para saber o que a população quer e

precisa receber de notícia. Ainda segundo Peruzzo (1999), não há a preocupação

em verificar se o produto criado corresponde à realidade concreta.

E, por se tratar, na maioria, de estudos de casos, ela [comunicação participativa] é encontrada tanto em experiências rudimentares quanto em outras mais elaboradas. como na produção de programas radiofônicos, por exemplo (PERUZZO, p.141, 1999).

Para Peruzzo (1999), a participação do público tem sido traçada como meta e

tem como objetivo “dar voz aos que não têm”, em diversos casos concretos de

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comunicação participativa na América Latina. No Brasil, a essência desse trabalho

midiático tem como principal meta abranger o plano de transmissão de mensagem

que segundo Peruzzo (1999), hoje se restringe a entrevistas, avisos e depoimentos.

Sabemos que o nível da comunicação participativa, além de ser desejável e importante, continua sendo de difícil realização em diversas partes de nosso continente, tanto pelas estruturas dos meios como pelas condições socioeconômicas e culturais de grandes contingentes populacionais. Não obstante, é preciso promover o desenvolvimento de formas mais ousadas de fazê-la presente, de maneira ampliada, nos meios de comunicação (PERUZZO, 1999, p. 143).

Este tipo de envolvimento já é visto como mais efetivo por parte do público,

segundo a autora. Ele ocorre devido à aplicação da capacidade pessoal e da

qualificação técnica de quem participa. É um nível de público que dá para se notar

que tem bom domínio dos recursos tecnológicos, e também percebe-se que eles

têm grande influência em tomadas de decisões dos veículos (PERUZZO, 1999).

Em todos esses níveis, a participação popular requer a existência de canais de participação abertos e desobstruídos. Porém, não lhe basta isso. Há que se incentivá-la e facilitá-la mediante uma metodologia que a privilegie enquanto processo que vai crescendo em qualidade (PERUZZO, 1999, p.145).

Para Peruzzo (1999), os movimentos sociais no Brasil contribuíram ao criar

um novo viés, expressando necessidades e interesses coletivos, de classes, tendo

como objetivo fazer valer a democracia e a igualdade para todas as classes,

contribuindo para a criação de valores.

Neste processo, eles forjam sua própria comunicação, ou seja, a comunicação popular, desenvolvida no contexto onde atuam, enquanto necessidade que os grandes meios massivos não conseguem satisfazer (PERUZZO, 1999, p.148).

Peruzzo (1999) comenta que a comunicação nos movimentos populares

representa um campo rico em significado político-cultural, porém, ela acaba

passando por várias limitações, entre elas a abrangência reduzida dos veículos. Por

isso, segundo Peruzzo (1999), as informações acabam chegando em grupos

limitados e em geral com atraso devido ao pouco alcance sonoro, visual ou ao

impresso ter pouca tiragem.

Preservação da memória – A comunicação popular, ao documentar decisões, programas e fatos relacionados com os processos de organização e de lutas dos movimentos, concorre para registrar a história dos segmentos subalternos (PERUZZO 1999, p. 157).

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Peruzzo (1999) afirma que a comunicação popular consegue alcançar lugar

nos meios massivos e com isso divulga informações da sua localidade. Para a

autora, os programas populares por democratizar a informação e o direito de se

expressar. Em geral se destacam pelo caráter de denúncia e de inconformismo,

apontando reivindicações e mobilizando a população.

Articulação da cultura - A comunicação popular abre espaços para a transmissão de produtos da cultura e da criatividade presentes na música, na canção, no desenho, na literatura, na poesia, na democratização teatral, na medicina popular e em outras manifestações da própria população, de pessoas da localidade, que assim tem onde se expressar (PERUZZO, 1999 p.157).

Segundo Peruzzo (1999), esse processo proporciona a reelaboração de

valores, a comunicação popular articula elementos culturais e acaba fazendo a

relação entre emissor e receptor ficar mais híbrida, com papéis modificados em

determinados processos. Desta forma, segundo a autora, os valores simbólicos são

moldados graças ao exercício da cidadania e graças à democratização da

informação.

6.5 JORNALISMO SOCIAL

A premissa básica do jornalismo é comunicar e compartilhar informações

relevantes. Tem como principal objetivo o interesse público da sociedade, por isso

se faz necessário abordar a função social dessa ciência. Para Lage (2003), há um

debate sobre qual é a função do jornalista na sociedade. Entendemos que o papel

do jornalista é servir à comunidade em que está inserido, com informações e

esclarecimentos que possam, de certa forma, contribuir para modificar a realidade

de exclusão.

O repórter está onde o leitor, ouvinte ou espectador não pode estar. Tem uma delegação ou representação tácita que o autoriza a ser os

ouvidos e os olhos remotos do público, selecionar e lhe transmitir o que possa ser interessante”. (LAGE, 2003, p. 23).

A imprensa social no Brasil, segundo Rodrigues (1997), prestou importante

contribuição à sociedade ao esclarecer e tornar notórios movimentos que se

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expressavam contra a miséria e a injustiça no nosso país. Rodrigues (1997) afirma

ainda que a função sindical desse jornalismo era notória já que buscava o bem estar

comum e defendia os interesses da sociedade.

Já para Peruzzo (1999), embora limitados os movimentos sociais populares

são imprescindíveis pois ajudam a construir a cidadania. O jornalismo social vem

para dar voz a esses excluídos. Segundo Peruzzo (1999), esse é um processo que

envolve a diversidade pois nossa sociedade é pluralista e as manifestações desses

grupos ajudam a construir a democracia, legitimando os movimentos e

compreendendo suas aspirações.

Os movimentos ocupam um espaço cujas expectativas e reivindicações os canais vigentes não estavam conseguindo absorver, como aquelas relacionadas às necessidades de moradia, de melhorias e de acesso a bens de consumo coletivo, às discriminações raciais e sexuais, às condições gerais de vida. Todavia no decorrer do processo, também esses vão se fortalecendo como instrumentos de luta dos trabalhadores (PERUZZO, 1999, p. 54).

Segundo Peruzzo (1999), pode-se destacar nos movimentos sociais o resgate

de experiências históricas, explicitar argumentos controversos em torno do seu

papel no contexto da sociedade, dando ênfase aos movimentos como agentes de

transformação da sociedade, mas cientes da limitação política. Para Peruzzo (1999),

as decisões tomadas pelo grupo deve ser feita com consenso e após discussões,

dessa forma, passam a ser consideradas instrumentos de mobilização.

A importância dos meios de comunicação para os eventos sociais é inegável

como propagadores e formadores de opinião. Porém, esses movimentos sociais

muitas vezes vão de encontro à linha editorial de determinado veículo ou aos

interesses comerciais da emissora. Muitos fatos não recebem apoio para divulgação

ou não há busca de solução para problemas locais a democratização dessas

notícias e a divulgação dessas ações não é feita pelos meios de comunicação.

Por isso, nosso produto pode ser considerado como um programa de rádio

que busca demonstrar o lado social do esporte utilizando recursos do jornalismo, ao

ressaltar a função social dos clubes, que fazem ações sociais que beneficiam as

suas comunidades.

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6.6 JORNALISMO ESPORTIVO

Coelho (2004) conta que o jornalismo esportivo teve início na década de 1910

com páginas no jornal paulista Fanfulla, voltado aos italianos que inicialmente

abordava notícias de outros esportes e depois passou a dar

espaço ao futebol. Até hoje serve de fonte de consulta por trazer informações

históricas como primeiros pontos, cestas e gols.

Com o passar do tempo e com o crescimento de público nos estádios, o

número de revistas e jornais especializados em esporte foi aumentando. Coelho

(2004) conta que o primeiro caderno dedicado exclusivamente ao esporte foi o

Jornal dos Sports do Rio de Janeiro que iniciou suas atividades na década de 1930.

Os títulos despertaram interesse do público e novos meios surgiram cobrindo o

esporte, mas o preconceito com o assunto perdurou.

Como poderia uma vitória nas raias – ou nos campos, nos ginásios, nas quadras – valer mais do que uma importante decisão sobre a vida política do país? Não, não poderia, mesmo que movesse multidões às ruas em busca de emoções que a vida cotidiana não oferecia. (COELHO, 2004, p. 7)

Segundo Coelho (2004), o esporte de maior fama no Brasil demorou certo

tempo para ser aceito pelos noticiários impressos das décadas de 1910 e 1920. O

jornalismo mostrava que a sociedade, na época, aceitava o futebol apenas como um

esporte amador. Franco Junior (2007) ilustra esse momento do futebol brasileiro na

transição do amadorismo para o profissionalismo quando explica a origem do termo

“bicho”. A expressão é usada até hoje quando após cada partida, o atleta recebe

uma quantia em dinheiro.

Cada vez mais frequente os jogadores receberem uma premiação, desde 1923, chamada de “bicho” – como o futebol era oficialmente amador, os comerciantes portugueses torcedores do Vasco recompensavam com uma vaca inteira as vitórias sobre o América, campeão do ano anterior, enquanto derrotar o Flamengo e o Fluminense, valia duas ovelhas e um porco, e assim por diante (FRANCO JUNIOR, 2007, p. 72).

O futebol era considerado pelos dirigentes de clubes uma atividade que não

exigia esforço intelectual, por isso não merecia retorno financeiro aos jogadores. Nos

jornais, o futebol não era dominante como hoje. “O Correio Paulistano, por exemplo,

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liberava apenas uma coluna para as matérias que incluíam futebol. E duas para o

turfe” (COELHO, 2004, p.11). Coelho (2004) conta que o remo dividia espaço com o

futebol, mas gozava de maior prestígio, então era comum as matérias da

modalidade aquática serem mais numerosas.

Ao longo dos anos, o futebol ganhou espaço nos grupos de comunicação.

Coelho (2004) afirma que nos anos 1950 houve romance entre o jornalismo e o

futebol, momentos em que Armando Nogueira e Nelson Rodrigues escreviam sobre

futebol fazendo uso de recursos literários, trazendo personagens que eram

protagonistas do esporte.

Calabre (2002) conta que antes da televisão e das novas mídias era o rádio

quem reunia as pessoas. “O rádio criou modas, estilos, inventou práticas cotidianas,

estimulou novos tipos de sociedade” (CALABRE, 2002, p.07). A autora ainda conta

que ao longo da década de 1950 o rádio ficou acessível para a população, pois foi o

momento em que teve início a valorização da televisão no Brasil. Foi através do

rádio que a maioria dos brasileiros ouviu a seleção brasileira ser Campeã Mundial de

Futebol em 1958. Ainda hoje o rádio é o meio de comunicação mais companheiro, já

que não exige exclusividade permitindo ao ouvinte desempenhar outra tarefa

enquanto ouve.

Não podemos por certo, dizer que o desejo de comunicar causa as organizações sociais, entretanto, pode-se dizer que a organização social há de ser mais ampla e complexa entre as pessoas que têm oportunidades adequadas de comunicação (BERLO, 2003, p.155).

Nesses termos, a comunicação e em especial o jornalismo esportivo pode

influenciar as atitudes dos homens, pois hoje a sociedade é dividida em grupos. O

comportamento de cada pessoa é diferente e dependendo da forma como é

influenciado pode extrapolar a paixão. A comunicação por ser importante formadora

de opinião e o esporte por despertar o sentimento do público segmentam grupos que

possuem afinidades.

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6.6.1 As transmissões esportivas de Rádio

Ao longo da história do nosso futebol e das nossas transmissões radiofônicas,

diversos fatos históricos aconteceram em especial nos Atletibas. Coelho (1994)

relata alguns fatos, como um jogo vencido pelo Atlético, mesmo com todos os

jogadores atleticanos fortemente gripados e com febre alta e outro vencido pelo

Coritiba, nos acréscimos da partida em 1968, que rendeu ao time alvi-verde o título

daquele ano.

Machado (2005) cita que para informar o resultado dos jogos no interior, por

exemplo, as rádios usavam o rádio amador do palácio do governo do estado que

fazia contato com a polícia da cidade que sediava o jogo do campeonato e da

delegacia informava o resultado da partida.

Machado destaca ainda os fatores políticos que podem ter influenciado a

empatia dos torcedores paranaenses por clubes de fora, entre elas, o fato do nosso

litoral ter tido predominância das rádios do Rio de Janeiro, na época capital federal o

que fez torcedores optarem pelos times de fora.

Atualmente as transmissões esportivas são feitas tanto por emissoras de

Rádio de Frequência Modulada (FM), quanto por emissoras de Amplitude Modulada

(AM). O estilo empregado por essas emissoras varia de estação para estação. Em

geral as emissoras de AM utilizam um formato mais sério e utilizam vinhetas de

forma pontual utilizando uma narração mais formal, já as rádios FM abusam de

efeitos sonoros, vinhetas e até músicas de fundo durante as transmissões.

Porém, mesmo com estilos diferentes na formatação dos programas, são os

bordões e a forma de narrar detalhada que transporta o ouvinte para o palco do

jogo. Esse recurso é bastante utilizado pelos narradores para fidelizar o ouvinte. Isso

vai ao encontro do que Coelho (2004) diz quando afirma que a linguagem do

jornalismo de rádio é primordial para manter o ouvinte ou até mesmo quando o autor

comenta que o jornalismo esportivo deve ser levado a sério pois lida com a paixão

do torcedor.

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7 METODOLOGIA

Para Gil (2012), a construção do objeto científico tem como objetivo chegar à

veracidade dos fatos não distinguindo a ciência de outras formas de conhecimento.

Ainda segundo ele, o que diferencia o conhecimento científico dos demais é a

verificabilidade e isso pode ser feito empregando métodos que permitem chegar a

esse conhecimento.

Segundo Gil (1999), os métodos esclarecem sobre os procedimentos que

deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e

da sociedade. Para Gil, são esses métodos que possibilitam ao pesquisador decidir

acerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da

validade de suas generalizações.

Estes métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fatos sociais. Mais especificamente, visam fornecer a orientação necessária à realização da pesquisa social, sobretudo no referente à obtenção, processamento e validação dos dados pertinentes à problemática que está sendo investigada. (GIL, 1999, p.33).

De acordo com Gil (1999), a pesquisa social exploratória descritiva tem como

finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias formulando

problemas precisos e hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores, através de

levantamento bibliográfico e documental, entrevistas e procedimentos de

amostragem quantitativas de dados o que foi utilizado nesse projeto.

As pesquisas feitas em campo foram desenvolvidas com o objetivo de

proporcionar uma visão geral de forma aproximativa para determinar o público e a

viabilidade do programa. Segundo Gil (1999) esse tipo de pesquisa deve ser

realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se

difícil formular hipóteses precisas.

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7.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

O primeiro passo foi buscar uma bibliografia capaz de sustentar o tema

proposto. Segundo Marconi (1996), o levantamento bibliográfico trata-se da

pesquisa sobre o assunto que está sendo pesquisado em livros, enciclopédias,

revistas, jornais, boletins, teses e dissertações a fim de colocar o pesquisador em

contato direto com o material que foi escrito sobre o assunto.

Para tanto, foram feitas consultas a livros que exploram o jornalismo

esportivo, o jornalismo social, o jornalismo especializado e o futebol amador para

conseguir subsídios para a elaboração do projeto e para a formulação do programa

de rádio que é o objetivo final do trabalho.

Autores como Machado (2005), Jung (2004) e Coelho (2004) foram

apresentados na Delimitação do Tema por contribuírem com o projeto ao evidenciar

aspectos históricos do futebol e do rádio e sua importância para a comunidade.

A Fundamentação Teórica baseou-se na tese central exposta por Mcluhan

(1964) de que o meio é a mensagem, conceito este que possui forte relação com o

rádio pois o meio necessita adequar a sua mensagem para os recursos que a

plataforma disponibiliza. Para sustentar essa ideia, Lage (2003), Traquina (2005) e

Jung (2004) foram os principais autores estudados e citados neste campo.

Dentro deste aspecto, o projeto procurou estabelecer a relação entre o rádio e

o jornalismo, utilizando autores como Jung (2004), Barbeiro (2003) e Chantler

(1998). Para conceituar o aspecto social do esporte e o conceito de proximidade do

futebol amador com a comunidade além dos autores já citados foram utilizado

conceitos de Peruzzo (1999), Lage (2003) e Rodrigues (1997). Lage (2003), foi o

autor que chamou atenção ao falar sobre o papel do jornalista de servir a

comunidade em que está inserido.

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7.2 PESQUISA DE OPINIÃO

Na Delimitação do Tema foi utilizado um levantamento feito com 83 pessoas

envolvidas no futebol amador, a grande maioria torcedores. Para tal processo

metodológico, foram realizadas entrevistas através de um questionário preenchido

espontaneamente com o público do evento abordado. O método utilizado foi a

Pesquisa de Opinião, com o objetivo de identificar qualitativamente o público da

competição, verificar como eles avaliam a cobertura midiática do evento e o que

gostariam de ouvir sobre a suburbana.

Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

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Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

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A opção por esse tipo de pesquisa deu-se pelo fato de que a mesma consiste

em procurar identificar atitudes, pontos de vista e preferências que as pessoas têm a

respeito de um determinado assunto. Para Marconi (1996), a pesquisa visa

identificar a opinião, constatar as falhas, descrever condutas e reconhecer

interesses e outros comportamentos de uma comunidade.

Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

Com a pesquisa foi possível verificar os índices de audiência do meio

utilizado, bem como a faixa preferida. Com a digitalização das emissoras de rádio, a

AM será extinta, o que nos obriga a focar o programa para FM. Outro fator

importante é a pesquisa qualitativa que identificou maior identidade do público com

essa frequência e a portabilidade em diversas plataformas o que facilita a interação

do público com o veículo.

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Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

Com a pesquisa efetuada com 83 pessoas, foi possível identificar as

preferências do público e pautar o programa para atendê-las. Desta forma, o

programa trará informações sobre a tabela e a classificação, entrevistas, eventos

sociais e fatos históricos, na ordem de preferência manifestada pelo público e com a

proporcionalidade de tempo disponibilizado.

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Pesquisa qualitativa feita em 05 de outubro de 2013

7.3 FORMATAÇÃO DO PRODUTO

Posteriormente, por meio dos conceitos descritos neste projeto e da pesquisa

de interesse junto ao público, foi dado início a fase de criação do programa de rádio

Preliminares. Nesta fase do planejamento inclui-se a elaboração da lauda com a

estrutura do programa e foi dado início as gravações, delineando assim o produto.

Conforme Jung (2004), é necessário dosar a quantidade de informações e prender o

público não com o que se diz, mas como se diz e a elaboração da lauda serve para

isso.

Essa etapa foi determinante para o sucesso do projeto pois o planejamento

possibilitou adequações na forma e no conteúdo. Britto (2011), afirma que um

projeto de sucesso deve refletir sobre o objetivo desejado e quais as melhores

formas de alcança-lo, traçando uma boa estratégia para colocar o projeto em prática.

Com esse planejamento traçado, foi realizado o esboço do programa,

estruturado com três blocos e aproximadamente 20 minutos de duração. No primeiro

bloco, o quadro de entrevistas “Dois Toques”, com alguma personalidade do futebol

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amador, no segundo bloco, o quadro “Recordar é Viver”, trará fatos históricos e o

quadro “Fique por Dentro”, trará informações sobre eventos ou ações sociais dos

clubes e no último bloco, o “Tabelão” irá trazer a tabela e as rodadas do torneio.

O quadro “Dois Toques” recebeu esse nome pois trará uma entrevista rápida

e curta, onde as perguntas e as respostas são diretas e abordam fatos atuais. O

quadro “Recordar é Viver” foi assim nomeado pois promoverá o resgate histórico da

competição recordando fatos marcantes do passado. O quadro “Fique por Dentro”

recebeu esse nome pois pretende tornar notórias ações dos clubes que poucos

conhecem. E por fim, o quadro “Tabelão” como o próprio nome acusa trará as

informações e os dados da competição.

Feito a formatação e a gravação do programa, restou a edição para tornar o

programa mais enxuto e eliminar informações desnecessárias. E por último a

escolha das trilhas para tornar o programa dinâmico e atraente. A opção pelo Rock e

Blues, se deu pela sonoridade e pelos ritmos já terem servido como hinos de

movimentos de classes descontentes.

Jung (2004) comenta que é necessário dosar o discurso e imprimir um ritmo

agradável que prenda a atenção do público para a informação, quebrando assim a

monotonia do discurso e convidando a pessoa a se aproximar do rádio. As trilhas e o

ritmo empregado buscam dar um dinamismo ao programa.

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8 DELINEAMENTO DO PRODUTO

8.1 O QUE É O PRODUTO

O produto é um programa de rádio semanal que vai ao ar todos os sábados

trazendo informações sobre as Séries Ouro e Prata da Suburbana de Curitiba,

entrevistas com personagens da competição, divulgação de eventos sociais dos

clubes e promoverá o resgate de fatos históricos da competição e das equipes. O

objetivo é ampliar o espaço midiático existente e levar informação em maior

quantidade e com maior diversidade aos amantes da Suburbana.

A interação do ouvinte será importante já que muitos deles podem servir de

fonte de informações históricas para o quadro “Recordar é viver”, em que fatos

marcantes do esporte serão abordados. Dessa forma, o programa busca identificar o

público com a mensagem e o fidelizar com o meio. Outro fator importante é o

interesse pela competição que acontece em seu bairro, o que ficou evidente na

pesquisa de campo efetuada13. O conteúdo foi elaborado de acordo com esse

levantamento e dessa forma pautado pelo interesse público.

Conforme Brito (2011), para se ter um projeto de sucesso, deve-se analisar

um produto que chame a atenção do público. Dessa forma, identificamos o modelo

de programa esportivo escolhido, que foi o da Rádio Transamérica 100.3 MHZ14,

pelo formato do programa e pelo fato de a emissora ser líder no segmento há mais

de dez anos na cobertura esportiva, o que comprova a preferência do público.

Assim, o compromisso do programa com o público é trazer a informação ao

ouvinte de forma dinâmica, analisando outros aspectos do esporte, pautando-se pelo

interesse dos ouvintes, buscando além de informar, entreter e prestar serviço a

comunidade, promover a interação do público com o programa ao disponibilizar

canais de comunicação para participação do ouvinte como SMS para o (41)8737-

4888 ou email para [email protected].

13

Questionário nos anexos, pesquisa efetuada em 05 de outubro de 2013. 14

Audição feita em 05 de novembro de 2013 no programa Jornada Esportiva que vai ao ar de segunda à sexta das 17h30 às 19h.

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8.2 ESCOLHA DO NOME DO PRODUTO

O produto foi intitulado “Preliminares: A Pré-Jornada Esportiva de Rádio que

Aquece os Amantes do Futebol Amador”, com o intuito de promover um serviço pré-

jornada esportiva ao trazer informações da rodada vigente e informações da rodada

anterior, destaques e fatos históricos da competição antes da bola rolar. O objetivo é

usar os conceitos e funções sociais do jornalismo para levar mais informação ao

público da competição amadora.

8.3 PÚBLICO-ALVO

O público alvo é formado por torcedores que frequentam os estádios da

Suburbana, em geral vizinhos das praças esportivas. Esses potenciais ouvintes são

pessoas ligadas direta ou indiretamente ao futebol amador e interessados em saber

mais sobre a competição. No levantamento feito, é possível verificar o quão

diversificado é o público ao abranger homens e mulheres de diversas faixas etárias

e classes sociais.

8.4 VIABILIDADE DO PRODUTO

O produto torna-se viável por conta de alguns elementos-chave: a cobertura

midiática existente é limitada, o público dos jogos é relativamente numeroso. Mesmo

a Federação não tendo números oficiais é notória a movimentação dos torcedores

nas praças esportivas, o que pode atrair publicidade e o programa pauta-se no

interesse do público verificado qualitativamente.

Outros pontos que facilitam a viabilização é o fato do público ouvir rádio,

desejar mais informações sobre a competição e contar com o alcance de difusão

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que o meio possibilita. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Comunicação

Social da Presidência da República, (SECOM), cerca de 33% da população nacional

ouve rádio e faz isso entre 1 a 2 horas por dia, desses 69,6% ouvem FM e 27,6%

preferem AM.

O horário do programa Preliminares, entre as 14 e as 15 horas de sábado, se

dá pois é o horário que antecede as partidas da Suburbana. O aumento da frota de

veículos e a popularização dos smartphones amplia o público que pode estar

ouvindo em casa, no trabalho, ou até mesmo no estádio aguardando a partida

começar e já ficando por dentro das informações do jogo no seu celular ou no rádio

do carro.

8.5 O CONTEÚDO

O conteúdo do programa será baseado no levantamento qualitativo realizado

junto ao público da Suburbana. Serão três blocos que trarão informações sobre a

tabela e sobre a classificação, fatos históricos dos clubes, ações sociais em prol da

comunidade e entrevistas com personagens que fazem ou fizeram parte da

competição.

As informações serão coletadas junto a Federação Paranaense de Futebol

que organiza a competição, in loco nos locais de jogo e junto a outros veículos que

fazem a cobertura. O principal recurso para tratar o conteúdo é abordar os fatos com

dinamismo para valorizar o espaço e o tempo limitado do programa levando o maior

número possível de informações e de forma mais diversificada possível.

A função do programa é democratizar a informação e o conteúdo deve ser

apreensível por todos. Segundo Novais (1989), a função do jornalista é trabalhar

para que todos os cidadãos tenham acesso à informação, já que é um bem social.

Novaes (1989) afirma que o jornalismo não é uma atividade, mas uma função que se

exerce por delegação da sociedade a quem pertence a informação e o direito ao seu

conteúdo.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao abordar o futebol, lembramos dos grandes clubes com receitas milionárias,

jogadores famosos e bem pagos, estádios lotados e torcidas organizadas. Enfim, o

espetáculo que mexe com a paixão do brasileiro. Ao analisar a cobertura desses

eventos, verifica-se pelas cotas pagas pelos grandes veículos o prestígio dessas

competições.

Por outro lado, o futebol amador, que é o objeto de estudo deste projeto,

recebe cobertura jornalística limitada por parte dos meios de comunicação, sendo

relegado aos veículos de menor aporte financeiro. A subvalorização da competição

amadora ao produzir conteúdos reduzidos vai de encontro com a expressividade

dessa tradicional competição.

A competição que surgiu de forma descompromissada com amigos se

reunindo semanalmente para representar seus bairros contra times de outras

localidades se organizou e hoje desperta o interesse do público da sua comunidade.

Esse elo, entre time é público é o que Magnani (2003) afirma que promove a

identidade entre o torcedor e o futebol amador e até entre o atleta e a competição.

O que se vê nos dias de hoje é uma competição que a cada dia demonstra

maior organização e atrai mais público para os jogos, fruto do empenho das

agremiações em melhorar suas estruturas, da federação que conseguiu

patrocinadores para o campeonato e do torcedor que nunca abandonou seu clube,

mesmo tendo acesso à informação limitada.

Como o rádio é um meio democrático e que possibilita o acesso através de

várias plataformas, optamos por ele pela proximidade e pela audiência dele junto ao

público o que ficou caracterizado na pesquisa de campo efetuada pelos autores e

nos dados levantados pelo Instituto Meta sob encomenda da Secretaria de

Comunicação Social da Presidência da República.

Outro ponto importante que motivou a escolha do rádio foi a constante

modernização do meio, o que recentemente culminou com a migração das

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emissoras AM para FM, aprovado pela Presidenta Dilma Roussef15, que extingue as

ondas médias e prepara as emissoras para futuramente digitalizar as transmissões

de rádio brasileiras.

Art. 1 º A extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local observará o disposto neste Decreto.

Art. 2º As outorgas para execução do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias poderão ser adaptadas para outorgas para execução do serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada (WWW.LEGIS.SENADO.LEG.BR)

Com todas essas melhorias operacionais e com a comprovada audiência do

meio, o projeto confirma sua viabilidade como programa jornalístico. Foca-se na

mensagem, considerando a tese de Marshall Mcluhan (1964) onde “o meio é a

mensagem” e a de Harris (1998) que recomenda comprometimento do jornalista com

a notícia para que o ouvinte não se desinteresse, o discurso será moldado para o

meio e para o público.

O levantamento feito em campo nos permitiu identificar o potencial público do

programa que é bastante diversificado, desta forma se faz necessário utilizar uma

linguagem simples e universal, sem termos técnicos ou frases rebuscadas.

O conteúdo do programa também surgiu do levantamento qualitativo, os

torcedores abordados responderam o questionário, no qual quatro opções estavam

disponíveis para compor o programa e todos receberam votos, sendo inseridos na

programação. Foram listados fatos históricos, nos quais o programa promove o

resgate de ídolos do passado; os eventos sociais do clube, em que ações em prol da

comunidade são enaltecidas; as entrevistas que trazem personalidades abordando

fatos importantes da competição e a tabela, na qual abordaremos a classificação e

as rodadas da Suburbana.

O principal alicerce do programa é o fato de ser feito pelo público e para o

público, aumentando o acesso a informações e promovendo um registro histórico

servindo como fonte de memória e de consulta. O conteúdo é colaborativo e vem de

atletas e torcedores e os dados oficiais são fornecidos pela Federação Paranaense

de Futebol, que é a organizadora da competição.

15

Decreto 8139 de 07 de novembro de 2013 que extingue a faixa AM e obriga emissoras a ir para FM, fonte www.legis.senado.leg.br – acessado em 08 de novembro de 2013.

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Ao utilizar o formato com blocos e trilhas, participações de entrevistados

diversificados, o projeto visou imprimir um dinamismo ao programa e democratizar

as informações, seguindo um princípio básico do jornalismo que é ouvir diversas

fontes e pontos de vista. E ao produzir conteúdo sobre a competição, cumpre sua

função social de divulgar.

A nossa conclusão é que ao ajudar a divulgar a Suburbana, o programa

Preliminares está prestando um serviço social à história dos bairros, aos clubes e às

suas tradições. Trazer informações sobre a competição com uma cobertura

jornalística é colaborar para que ela tenha mais reconhecimento do público e da

mídia pela sua expressão e pelo seu legado social e humano.

O programa e o projeto cumpriram os objetivos propostos porque atendem o

objetivo geral que é levar mais informações ao público sobre as duas séries da

Suburbana; por dar visibilidade e divulgação a competição; por realizar registro

histórico dos fatos preservando a memória esportiva e servindo como documento de

consulta para amantes do esporte e torcedores das agremiações; por tornar notória

a função social dos clubes e por promover discussões sobre a importância do futebol

suburbano para a sua comunidade.

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REFERÊNCIAS

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AMARAL, Márcia Franz, Jornalismo Popular. Editora: Contexto, 2006.

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nacional em José Lins do Rego, Mário Filho e Nelson Rodrigues. São Paulo: UNESP,

2004.

BARBEIRO. Heródoto, e RODOLFO DE LIMA. Paulo, Manual de Radiojornalismo,

São Paulo: Editora Campus, 2003.

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ANEXOS

ANEXO 1 - CRONOGRAMA DE PESQUISA

ATIVIDADES JUL AGO SET OUT NOV DEZ

REVISÃO DOS OBJETIVOS x x

PESQUISA BIBLIOGRAFICA X X X

METODOLOGIA X X X

PRÉ-DEFESA MONOGRAFIA

PESQUISA DE CAMPO X X X

TABULAÇÃO DOS DADOS X X X

ANALISE DOS DADOS X X X

CONCLUSÃO X X

REDAÇÃO FINAL X

PROTOCOLO X

APRESENTAÇÃO FINAL X X

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ANEXO 2 – Entrevista com a Federação Paranaense de Futebol

Entrevista concedida por email pela assessora de Imprensa da

Federação Paranaense de Futebol, Sra. Júlia Abdul Hak em 30/10/2013.

Julia Abdul-Hak

Assessora de Imprensa

(41) 8862.0009 / (41) 7815.7636 / ID 96*17452

[email protected]

http://www.federacaopr.com.br

1-Qual a estimativa média de público por rodada das séries A e B da

suburbana de Curitiba?

1- Não há cobrança de ingressos então é difícil precisar a média de público.

2-Quais meios de comunicação fazem hoje a cobertura do evento? Eles

são licenciados?

2- Apenas rádios locais.

3-Os clubes participantes das duas séries, recebem algum aporte

financeiro da federação?

3- A Federação paga as taxas de arbitragem, fornece materiais e faz a premiação ao final

da competição.

4-As competições possuem patrocinadores ou investidores?

4- Sim

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5-Quais critérios um clube tem que obedecer para ingressar na série

prata?

5- Estar regularmente filiado à FPF.

6-Os estádios que participam das competições A e B possuem laudo

para funcionar?

6- De acordo com o Estatuto do Torcedor, competições não oficiais não tem a

obrigatoriedade dos laudos, mesmo assim, a FPF realiza vistorias.

7-Quantos clubes amadores são filiados à Federação Paranaense de

Futebol?

7- Aproximadamente 35

8-Qual a data oficial de início das competições das séries A e B?

8- Segundo semestre

9-A Federação apoia ações ou eventos sociais promovidos pelos

clubes? Se sim, como?

9- Se solicitada pelos clubes, a FPF dá seu apoio sim.

10-Como é definido o trio de arbitragem, quem custeia e como eles vão

até o estádio?

10- Pela Comissão de Arbitragem da FPF. Os custos estão inclusos nas taxas de

arbitragem.

11-A segurança nos estádios fica a cargo da Policia Militar? Se sim

quem faz a solicitação os clubes ou a FPF?

11- O regulamento obriga o encaminhamento de policiamento pelos clubes mandantes.

Mesmo assim a FPF também encaminha pedidos.

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ANEXO 3 – Modelo de questionário aplicado em pesquisa qualitativa

1-Nome completo do entrevistado?

__________________________________________________________

2-Idade?

__________________________________________________________

3-Profissão?

__________________________________________________________

4-Renda Mensal?

( ) A)Até R$ 1.000,00 ( ) C)R$2.001,00 a R$3.000,00

( ) B) R$ 1.001,00 a R$2.000,00 ( ) D)Mais de R$3.000,00

5-Há quanto tempo mora no bairro?

____________________________________________________

6-O que gosta de ouvir no rádio? Com que frequência ouve?

____________________________________________________

____________________________________________________

7-Gosta de ouvir programas esportivos no rádio? Quais?

____________________________________________________

____________________________________________________

8-Tem preferência por emissoras AM ou FM? Quais?

____________________________________________________

____________________________________________________

9-Qual a principal área de interesse nos programas esportivos?

( ) Tabela e classificação ( ) Eventos sociais do clube ( ) Entrevistas

( ) Fatos históricos

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ANEXO 4 – Lauda do Programa Preliminares

PRELIMINARES 08/11/2013

EQUIPE: ALTAIR BENTO (PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO)

DANIEL SANTOS (PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO)

NOELMA CUNHA (PRODUÇÃO E EDIÇÃO)

BLOCO 1

VINHETA

TRILHA G. RIVER (DANIEL) OLÁ, HOJE É SÁBADO, 14 HORAS E 30 MINUTOS, DUAS E MEIA E DAQUI A POUCO A BOLA VAI ESTAR ROLANDO EM MAIS UMA RODADA MOVIMENTADA DA SUBURBANA, MAS ANTES DISSO VOCE SE INFORMA AQUI (PAUSA) NO PRELIMINARES – AQUECENDO OS AMANTES DA SUBURBANA. EU SOU DANIEL SANTOS E AO MEU LADO ESTÁ MEU AMIGO ALTAIR BENTO, NÓS VAMOS TRAZER PRA VOCÊ OS DESTAQUES DO PROGRAMA DE HOJE. TUDO BEM ALTAIR?

(ALTAIR) TUDO BEM SIM, BOA TARDE A VOCÊ DANIEL E A VOCÊ AMANTE DO FUTEBOL AMADOR. NO QUADRO DOIS TOQUES DE HOJE O ENTREVISTADO RICARDO VARGAS, COORDENADOR DO TRIESTE VAI TRAZER INFORMAÇÕES PARA O OUVINTE QUE TEM CURIOSIDADE EM SABER COMO É ORGANIZADO UM CLUBE AMADOR E COMO É A ROTINA DOS ATLETAS. LEMBRANDO QUE O OUVINTE PODE PARTICIPAR LIGANDO OU MANDANDO SMS ATRAVÉS DO 8737-4888 OU EMAIL PARA O [email protected]

(DANIEL) É ISSO AÍ PARTICIPE DO PROGRAMA DE HOJE ENVIANDO ASSUNTOS PARA O PRÓXIMO PROGRAMA OU RESPONDENDO A ENQUETE: QUEM FOI O CAMPEÃO AMADOR DA SÉRIE OURO 2012? O PRIMEIRO QUE ACERTAR E QUEM FOR SORTEADO LEVA PARA CASA UMA CAMISA DO GREMIO RECREATIVO IPIRANGA DA SÉRIE PRATA. FALANDO EM IPIRANGA, NO QUADRO RECORDAR É VIVER DE HOJE O CONVIDADO É UM GRANDE ÍDOLO DA TORCIDA, O ARTILHEIRO JORGE ALVES O JORJÃO, ELE VAI CONTAR COMO FOI A ÚLTIMA CONQUISTA DO CLUBE NA SÉRIE OURO EM 1989.

(ALTAIR) NO QUADRO FIQUE POR DENTRO DE HOJE VOCÊ QUE ACOMPANHA A SUBURBANA VAI FICAR SABENDO COMO VAI SER A LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE QUE PROMETE MOVIMENTAR OS CLUBES E AS COMUNIDADES, MAS QUE VAI COBRAR MAIS ORGANIZAÇÃO DAS AGREMIAÇÕES. O VICE-PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO IRÁ CONTAR COMO OS CLUBES PARTICIPARÃO E O QUE SERÁ COBRADO DELES. SERÁ QUE VEM DINHEIRO MESMO? VAMOS ESPERAR PRA VER!

(DANIEL) ENTÃO VAMOS LÁ. VAMOS AO QUADRO DOIS TOQUES QUE COMO DIRIA O GALVÃO É TOCO E ME VOY, É LÁ E CÁ.

SONORA (INTERAÇÃO COM O CONVIDADO – ENTREVISTA COM RICARDO VARGAS)

(ALTAIR) NÓS DO PROGRAMA PRELIMINARES AGRADECEMOS O COORDENADOR DO TRIESTE RICARDO VARGAS PELAS INFORMAÇÕES E JÁ DEIXAMOS O CONVITE FEITO PARA QUE ELE VOLTE QUANDO QUISER, FOI MUITO LEGAL TÊ-LO AQUI CONOSCO. VAMOS A UM BREVE INTERVALO E JÁ VOLTAMOS NÃO SAIA DAÍ, O PROGRAMA ESTÁ SÓ COMEÇANDO...

VINHETA (1min)

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BLOCO 2

VINHETA (15s)

TRILHA (20s) (DANIEL) 2 HORAS E 40 MINUTOS, ESTAMOS DE VOLTA PORQUE O PRELIMINARES DE HOJE ESTÁ RECHEADO DE ATRAÇÕES. E VOCÊ OUVINTE JÁ PARTICIPOU? RESPONDEU A ENQUETE? ESTÁ ESPERANDO O QUE? PARTICIPE QUE VOCÊ PODE LEVAR PARA CASA UMA DAS CAMISAS DO GRÊMIO RECREATIVO IPIRANGA, CORTESIA DO SASSA BAR QUE REFRESCA A GALERA DO IPIRANGA. VAMOS ENTÃO AO QUADRO RECORDAR É VIVER COM O MATADOR JORJÃO QUE CONTA COMO FOI O INESQUECÍVEL TÍTULO DO IPIRANGA EM 1989.

SONORA (3min) (INTERAÇÃO COM JORGE ALVES)

(ALTAIR) OS NOSSOS AGRADECIMENTOS AO CRACAÇO JORJÃO PELA PRESENÇA, SEMPRE ESTILOSO COM SUAS MADEIXAS A LA OSEIAS. OS MICROFONES ESTÃO SEMPRE A DISPOSIÇÃO PARA VOCÊ, PARA O IVANDEL E PARA TODA A TURMA LÁ DO IPIRANGA, UM ABRAÇO A TODOS. COM CERTEZA ESSE TÍTULO A TORCIDA NÃO ESQUECE, VENCER A SÉRIE OURO NÃO É FÁCIL, OBRIGADO PELA PRESENÇA. E HOJE O QUADRO FIQUE POR DENTRO ESTÁ IMPERDÍVEL, VERBAS VIRÃO PARA OS CLUBES MAS ELES DEVERÃO SOFRER MUDANÇAS PARA RECEBER VALORES. O GENIVALDO SANTOS, VICE PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO PARANAENSE DE FUTEBOL, VAI FALAR PRA GENTE COMO SERÁ A LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE QUE PROMETE MOVIMENTAR O FUTEBOL AMADOR.

SONORA (5min) (INTERAÇÃO COM GENIVALDO SANTOS)

(DANIEL) É... A VERBA VIRÁ MAS OS CLUBES VÃO SER OBRIGADOS A SE ORGANIZAR. ESSA AJUDA FINANCEIRA VAI FAZER COM QUE OS CLUBES POSSAM MELHORAR SUAS ESTRUTURAS, SANAR SUAS DÍVIDAS E ATÉ DESEMPENHAR MAIS AÇÕES NA COMUNIDADE. GOSTARÍA DE APROVEITAR QUE ESTAMOS FALANDO SOBRE AÇÕES E ABRIR ESPAÇO PARA DIVULGAR MAIS UMA BELA INICIATIVA DOS CLUBES AMADORES. NO DIA 15 DE DEZEMBRO, DIRIGENTES DOS CLUBES AMADORES ESTARAM ORGANIZANDO UM ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO, DEPOIS HAVERÁ AMIGO SECRETO, SORTEIO DE BRINDES E PELADAS ENTRE DIRIGENTES. O PREÇO DO ALMOÇO É 25 REAIS POR PESSOA OU 40 REAIS POR CASAL. VALE A PENA PARTICIPAR DESSA FESTA QUE TERÁ A RENDA REVERTIDA AOS CLUBES AMADORES. VAMOS A MAIS UM BREVE INTERVALO E JÁ VOLTAMOS NÃO SAIA DAÍ, O PRÓXIMO BLOCO VOCÊ NÃO PODE PERDER.

VINHETA (1min)

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BLOCO 3

VINHETA (15s) (ALTAIR) 2 HORAS E 50 MINUTOS ESTAMOS DE VOLTA, NESSE BLOCO VAMOS CONHECER OS GANHADORES DAS 2 CAMISETAS DO IPIRANGA. VEM AÍ O TABELÃO E AS INFORMAÇÕES DA SUBURBANA. AGORA ALGUNS RECADOS DOS OUVINTES: O VICTOR DAMAZIO DO BOQUEIRÃO FINAL DO TELEFONE 3264, FALOU QUE HOJE DA 3X0 PRO VILA HAUER CONTRA O IPIRANGA, O MAXIMILIANO CORREIA DE SANTA FELICIDADE FINAL DO TELEFONE 5587 DIZ QUE O COMBATE VIRA PRA CIMA DO TRIESTE E A CAROLINE LIMA DO SÍTIO CERCADO FINAL DO TELEFONE 0391, PARABENIZA O PROGRAMA, DIZ QUE NÃO PERDE UM E MANDA UM BEIJO CARINHOSO PARA VOCÊ DANIEL. E VOCÊ O QUE ACHA DESSA RODADA?

(DANIEL) OUTRO BEIJO PARA A CAROLINE. É ALTAIR O BICHO TÁ PEGANDO, NO JUVENIL, NA SÉRIE PRATA E NA SÉRIE OURO. O ÚNICO QUE ENTRA EM CAMPO CLASSIFICADO HOJE É O VILA SANDRA NA SÉRIE PRATA. NA OURO O TRIESTE DO BOM JOGADOR FERNANDO MIGUEL, EX PARANÁ CLUBE ENFRENTA O TRADICIONAL COMBATE BARREIRINHA DO ZAGUEIRO ROGÉRIO CORREIA EX ATLÉTICO. O SANTA QUITÉRIA DO BOM ATACANTE DINDA JOGA PELO EMPATE EM CASA CONTRA O IGUAÇÚ DO ZAGUEIRÃO FLÁVIO EX-CORITIBA.

(ALTAIR) EMOÇÃO GARANTIDA NESSA FASE FINAL, CERTEZA DE ESTÁDIOS CHEIOS PORQUE EM CAMPO ESTARÃO 16 EX-JOGADORES PROFISSIONAIS 4 NO SANTA QUITÉRIA, 4 NO COMBATE, 5 NO IGUAÇU E 7 NO TRIESTE. SÃO TIMES BEM ORGANIZADOS TATICAMENTE E QUE JOGAM PRA CIMA, GARANTIA DE MUITOS GOLS.

TRILHA BACK IN BLACK (DANIEL) COM CERTEZA. VAMOS AO TABELÃO COM AS RODADAS DO JUVENIL, SÉRIE PRATA E SÉRIE OURO DO AMADOR 2013. COMEÇAMOS ENTÃO COM O JUVENIL. NA RODADA PASSADA NO FRANCISCO MURARO, O TRIESTE, EM CASA DERROTOU O COMBATE POR 3X1 E JOGA PELO EMPATE NO JOGO DE VOLTA NO RECANTO TRICOLOR, JÁ O NOVA ORLEANS EMPATOU NO EGYDIO PIETROBELLI E TERÁ QUE BUSCAR A VITÓRIA FORA CONTRA O UBERLANDIA NO ESTÁDIO MAURÍCIO FRUET.

(ALTAIR) NA RODADA PASSADA DA SÉRIE PRATA, NO GRUPO “D” SÓ EMPATES, NO ESTÁDIO DOS LEÕES, RIO NEGRO E CAXIAS EMPATARAM POR 2 GOLS E NO ESTÁDIO 15 DE AGOSTO, NACIONAL E RENOVICENTE FICARAM NO 1X1. NO GRUPO “E” O YPIRANGÃO VENCEU O VILA HAUER NO ESTÁDIO JARDIM INDEPENDÊNCIA POR 3X1 E O IPIRANGA FICOU NO 1X1 NO ELBA DE PADUA COM O VILA SANDRA. NA PRÓXIMA RODADA NO GRUPO “D” TEREMOS CAXIAS X NACIONAL NO ESTÁDIO JOÃO SANTANA E RENOVICENTE X RIO NEGRO NO SOLAR DO BOSQUE. NO GRUPO “E” TEREMOS VILA HAUER X IPIRANGA NO ESTÁDIO DONATO GULIN E VILA SANDRA X YPIRANGÃO NO OZÓRIO DE BARROS.

(DANIEL) E NA SÉRIE OURO O TRIESTE VENCEU O COMBATE NO ESTÁDIO FRANCISCO MURARO POR 2X1 E JOGA PELO EMPATE NO JOGO DA VOLTA NO RECANTO TRICOLOR, JÁ O IGUAÇU PERDEU EM CASA NO ESTÁDIO EGYDIO PIETROBELLI POR 3X1 E TERÁ QUE BUSCAR A VITÓRIA FORA CONTRA O SANTA QUITÉRIA NO MAURÍCIO FRUET.

(ALTAIR) EU ALTAIR BENTO QUERO AGRADECER A VOCÊ AMIGO OUVINTE QUE ESTEVE CONOSCO ATÉ AGORA, AGRADECEMOS TAMBÉM OS NOSSOS CONVIDADOS DE HOJE, VEM AÍ AS SEMIFINAIS DO JUVENIL E DA SÉRIE OURO E A ÚLTIMA RODADA DA TERCEIRA FASE DA SÉRIE PRATA, SÁBADO QUE VEM ESTAREMOS AQUI DE NOVO NO MESMO HORÁRIO AQUECENDO VOCÊ AMANTE DA SUBURBANA.

(DANIEL) E PRA VOCÊ QUE PARTICIPOU DO PROGRAMA DE HOJE MANDANDO RECADOS OU SUGESTÕES VAMOS AO SORTEIO. A PRIMEIRA CAMISA DO IPIRANGA VAI PARA CAROLINE LIMA DO SÍTIO CERCADO, FINAL DO TELEFONE 0391 E QUEM ACERTOU A ENQUETE FOI MAURI DOS SANTOS JUNIOR DO XAXIM, QUE RESPONDEU QUE O CAMPEÃO FOI O IGUAÇU, PARABÉNS AOS DOIS OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO VOCÊS TEM ATÉ TERÇA-FEIRA PARA ENTRAR EM CONTATO COM A NOSSA PRODUÇÃO E RETIRAR O PRÊMIO. VAMOS FICANDO POR AQUI AGRADECENDO AS EDIÇÕES DE NOELMA CUNHA E AS MÃOS HABILIDOSAS DA MESA TÉCNICA DE ALINE PEREIRA. OBRIGADO PELA COMPANHIA ATÉ SEMANA QUE VEM, TCHAU!!!

SOBE VINHETA (1min)

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ANEXO 5 – Regulamento Série Ouro

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ANEXO 6 – Regulamento Série Prata

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